Revista Business Portugal Outubro 2020

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Outubro 2020

FEMA

25 ANOS A TRANSPORTAR EMOÇÕES Paula Mainini, CEO

ESPECIAL SAÚDE | ESPECIAL PETS | SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 1 INOVAÇÃO NA ADVOCACIA | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS


Especialidades Médicas: Medicina Desportiva Ortopedia Pediatria Alergologia Alergologia Pediátrica Radiologia de Intervenção Medicina Interna Pneumologia Clínica Geral Medicina Estética

Reabilitação Intensiva: EPI SIS Fatores de Crescimento Ozonoterapia Soleve Infiltração Ecoguiada Hidrodistensão Cápsula Articular Barbotage Ondas de Choque Fisioterapia RPG Consulta da Coluna

Outras Especialidades: Podologia Osteopatia Psicologia Testes Psicotécnicos Nutrição Terapia da Fala Terapia Ocupacional

Estética Médica Avançada: Depilação a Laser Coollifting Mesoterapia Drenagem Linfática Peelings Químicos Aplicação de Botox Preenchimento Ácido Hialurónico Tratamentos Capilares Tratamento Celulite, Gordura Localizada Tratamento Pós-Parto Tratamentos de Rejuvenescimento Massagem Relaxamento 2 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL Massagem Desportiva

Largo das Rodas Edifício das Rodas, nº 9 r/c 4740-325 Fão 938660745 | 963262748 | 253162324 info@ccdiogocardoso.pt

www.ccdiogocardoso.pt


ÍNDICE

EDITORIAL

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ESPECIAL SAÚDE

SAÚDE E IMOBLIÁRIO NO ALGARVE

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA

LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Outubro chegou e trouxe consigo alguma chuva, as primeiras castanhas do ano, as bruxas mais friendly do mundo e… mais uma edição da sua revista de eleição. Com a entrada nos meses mais frios, a chegada da “época” das gripes e o aumento de casos de infeção por Covid-19 que nos alarma, a saúde não poderia deixar de ser um tema a abordar na nossa edição. Se por um lado a pandemia do novo Coronavírus está na ordem do dia, as outras patologias não deixam de existir. No Especial Saúde, destacamos o Dia Mundial da Visão; o Dia Mundial da Saúde Mental; o Dia Mundial da Osteoporose; o Dia Nacional da Luta Contra a Dor; e o Dia Mundial da Anestesiologia. Ainda no âmbito da saúde, mas também do investimento imobiliário, voltámos a pegar nas nossas malas e rumámos até ao Algarve. Por outro lado, também olhamos para o mundo animal e regressamos com o Especial Pets, onde lhe fazemos chegar alguns conselhos para os seus patudos. E como o novo normal tem sido marcado por novos desafios a cada dia, não deixamos de lhe dar a conhecer casos de empresários e empresas resilientes. Mesmo em sectores mais tradicionais, como o da advocacia, tem-se verificado o pulsar na tecla da inovação. A pandemia trouxe de arrasto várias coisas, como uma necessidade extrema de reinvenção, muito alicerçada na tecnologia. Estamos naquela altura do ano em que já começa a convidar a pegar numa manta, num copo de vinho, na Revista Business Portugal e a desfrutar de uma tarde de leitura no sofá da sala, enquanto se ouve a chuva a cair lá fora… Relaxe e tenha uma boa leitura do mundo empresarial!

Revista Business Portugal

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FEMA

Paula Mainini, CEO

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ANOS A TRANSPORTAR EMOÇÕES

No ano em que a FEMA Transportes Express & Logistics celebra 25 anos de sucessos no sector dos transportes, o rosto da empresa, Paula Mainini, esteve em entrevista com a Revista Business Portugal. Depois de verificar um crescimento sustentado, a FEMA contínua a crescer e, nesta data especial, assinala ainda mudança e prosperidade.

Paula Mainini é o rosto e o coração da FEMA Transportes Express & Logistics, marcando a diferença num sector maioritariamente liderado pelo sexo masculino. O que a inspira e motiva diariamente enquanto mulher e profissional? Como se define enquanto gestora e empresária? Há cada vez mais consciência acerca da igualdade de género no mercado de trabalho e considero isso justo. Se puder contribuir e inspirar outras mulheres a realizar os seus sonhos, sou muito grata. Não sei se o facto de ser mulher foi absolutamente determinante para o sucesso da FEMA. Aprendi com a minha experiência e acreditei, desde muito cedo, que podia vingar no mercado dos transportes, devido aos valores que defendo: a minha atitude, coragem, criatividade, o foco – principalmente no cliente –, paixão e o lado emocional. Tanto que, aos 25 anos de empresa, das milhares de mensagens que recebo, recebi uma que é o símbolo disso mesmo: “A FEMA não é uma empresa de distribuição de mercadorias, é uma empresa de distribuição diária de emoções!”. Defino-me como uma lutadora e o que me faz levantar da cama todos os dias é a missão de fazer a diferença na vida dos meus clientes e da minha equipa. Tenho a sorte de fazer o que gosto e o retorno está à vista. Pelo serviço personalizado e a intenção de ajudar sempre o cliente, com a melhor solução e parceria focada nas suas necessidades. O meu sucesso é graças também a eles e, ao longo destes anos, pessoas importantes passaram pela minha vida, deixaram a sua marca e ainda fazem parte dela. Estes 25 anos também foram construídos com o meu trabalho e da minha equipa, que prezo pelas relações e ambiente que criamos, a liberdade de partilha de ideias, o bem-estar, o espaço de conforto e motivação diária: essenciais para podermos encarar as adversidades fortes e dar 4 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

o melhor pelos nossos clientes. Sou, acima de tudo, extremamente grata por tudo. Tem sido uma jornada árdua, mas maravilhosa. A liderança no feminino centra-se na capacidade de resolução de problemas de forma criativa e inovadora, com autoconfiança, espírito de iniciativa, influência e resiliência, sem esquecer o poder da comunicação. Revê-se nestas palavras e características? Claro que me revejo. Numa visão mais abrangente, essa tem sido a chave do nosso sucesso. Pretendo salientar que todas estas características são o culminar do que na base, para mim, é o segredo da liderança: comunicação. Na verdade, é aquilo que fazemos a toda a hora: comunicar entre clientes e equipa de trabalho. E é isso a chave para lidarmos com as exigências do dia a dia, com uma atitude proactiva. Há 25 anos que a FEMA conquista o sector dos transportes e logística, proporcionando aos seus clientes um completo leque de serviços. Que balanço faz deste percurso e o que representa para si esta efeméride? É, de facto, um marco muitíssimo importante para nós. Não só sinónimo de sobrevivência e resiliência, mas também de prosperidade e inúmeras conquistas. Como disse, gosto muito do que faço e em tudo sempre procurei soluções, qualidade – em suma, valor acrescentado ao existente no mercado. Os resultados e todos estes anos são reflexo de trabalho diário, nunca baixar os braços nas mais pequenas coisas. O balanço é extremamente positivo e gratificante pelos clientes que apostam e confiam em nós, pela família e pelas relações humanas que foram e são criadas todos os dias. A FEMA é tudo


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isso. E se isso é sucesso, então tenho o privilégio de ser uma mulher de muito sucesso. O capital humano é um fator crucial em qualquer empresa e a FEMA demonstra isso mesmo, sendo uma empresa familiar que criou no seu núcleo de colaboradores uma família, potenciando o seu talento e criatividade. Podemos dizer que o ADN da FEMA são as pessoas? Respondo a esta pergunta com o meu eterno paradigma: o valor das empresas está nas pessoas, não apenas em mim. Tenho a sorte de ter uma equipa extraordinária que permanece a meu lado, na partilha de valores e visão, lutamos e aprendemos, crescemos juntos todos os dias. Todos nós gostamos de superar desafios e de crescer e isso gera felicidade e faz-nos sentir realizados, enquanto empresa, enquanto equipa, enquanto pessoas. A FEMA é o espelho disso mesmo. Acrescentando o conhecimento, a formação, a paixão e motivação das pessoas que escolhi para a minha equipa conseguimos, fortes e unidos, ir ao encontro da melhor solução para os nossos clientes. O capital humano é a essência e é essa sensibilidade para com as pessoas e o saber ouvir cada cliente com essa consciência que conseguimos ouvir as suas necessidades e servi-lo da melhor forma possível, rumo à sua satisfação. A FEMA disponibiliza aos seus clientes um vasto leque de soluções de expedições de modo a garantir um serviço à medida das suas necessidades. Como define o vosso portfólio de serviços e soluções? Quais as mais-valias que estes apresentam? Este é um caso em que a resposta se encontra na pergunta se separarmos a palavra: soluções. O objetivo será sempre ter nos nossos serviços a solução para os nossos clientes. A visão que temos montada em sintonia com esta intenção de ter uma solução adaptada e personalizada para os nossos clientes, permite-nos criar uma estrutura e serviços à medida. O aumento do mercado do e-commerce com a forte necessidade de exportação, faz com que a FEMA trabalhe de forma a abranger nos seus serviços expresso soluções globais tanto para as suas necessidades expresso no mercado nacional, mas também para o mercado internacional. A evolução é uma constante e as necessidades dos clientes também, por isso sabemos da importância de nos reinventarmos sempre, ainda hoje o fazemos, porque temos o cuidado de ouvir o nosso cliente. Salientar por isso que, cada vez mais, o nosso pensamento tem que se focar na necessidade e no produto do nosso cliente e muitos dos projetos necessitam de um pensamento menos lógico. Para estes casos, temos as nossas soluções fora da caixa, com o nosso departamento de serviços especiais, nos quais personalizamos um transporte à medida do que o cliente precisa. A mais valia é encontrar na FEMA uma empresa com uma enorme flexibilidade para se tornar um processo integrado da sua Supply Chain. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 5


DIA INTERNACIONAL DA MULHER | ATELIER 405

Ao longo do seu percurso, a FEMA tem evidenciado o seu carácter inovador, dinâmico e empreendedor. Na sua ótica, o que diferencia a FEMA num mercado cada vez mais global e exigente e de que forma a postura da empresa tem contribuído para alterar o paradigma do sector? Tanto a minha forma de estar, assim como o que diferencia a FEMA, é que não existe qualquer processo integrado, ou soluções de automação que ultrapassem o ouvir a necessidade dos nossos clientes e parceiros. Não estou com isto a tentar dizer que a FEMA desvaloriza, de algum modo, posso dizer com orgulho que temos vindo a criar cada vez mais soluções integradas e que só o tempo falta para finalizar tantos projetos. A verdade é que, hoje em dia, quem não tiver capacidade adaptativa à integração e automação de processos, não consegue acompanhar o comboio da evolução. Necessitamos de ter a audácia de saber ouvir. Na verdade, não aprendemos nada se não conseguirmos ouvir os nossos clientes e a partir daí, quando as soluções são criadas, são desenhadas para as reais necessidades e isso é o que faz com que a FEMA seja um elemento diferenciador no sector dos transportes. 2020 marca também uma nova realidade imposta pela pandemia, que trouxe novos desafios. Como é que estes foram encarados pela FEMA? Podemos dizer que a empresa tem o mindset ideal para este cenário? Seria questionável se qualquer líder ou gestor empresarial afirmasse que tem controlo sobre o impacto da pandemia no seu negócio e que tem o mindset ideal para encarar os próximos dois anos, principalmente porque não existe ninguém vivo que tivesse lidado com um pandemia nas circunstâncias em que esta está a acontecer. Mesmo com a referência mais próxima, Gripe Espanhola, que data ao início do seculo XIX, que ocorreu numa conjuntura de pré-globalização e numa era em que a China era uma fração reduzida do crescimento da economia mundial. Dito isto, a FEMA encarou este período mantendo uma visão balanceada de realismo e otimismo. Implementamos novos hábitos internos de equidade e de segurança para os nossos colaboradores e hábitos externos de resposta rápida às necessidades dos clientes e da sociedade. Não salientando departamentos, sabendo que cada pessoa que faz parte da equipa tem um papel importante e fundamental, quero agradecer a todos eles a resposta positiva que deram, a nossa confiança transferiu-se de dentro para fora. O empenho e segurança que cada um nos trouxe, em olharmos o futuro com positivismo, fez com que nunca tivéssemos desviado a atenção daquilo que são os nossos valores de serviço personalizado e a nossa estratégia de expansão para a empresa. 6 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Os 25 anos da FEMA marcam também um rebranding na imagem da empresa e a continuidade do seu processo de expansão com a abertura de uma nova delegação. Qual é a essência da mudança de imagem e onde poderemos encontrar um novo espaço FEMA? Os 25 anos vieram assinalar um novo patamar de responsabilidade. A revista sai numa data muito especial, 26 de outubro, sendo que foi ainda mais um motivo positivo que me fez aceitar o vosso convite. Faz todo o sentido partilharmos esta nossa mudança, convosco. Para quem me conhece, sabe o quanto gosto de festejar o meu aniversário e este ano, face ao atual estado social e com o vosso convite, vou celebrar o meu aniversário de forma diferente. E é com enorme gratidão que vos dou a conhecer esta Família – a FEMA – a vida de tantas e tantas pessoas que dela fazem parte e… da minha vida! A nova imagem tem como intuito efetuarmos e realizarmos um novo começo, sem deixar de parte todos os valores até ao dia de hoje. O objetivo é colocar em nós próprios a responsabilidade de não fazermos uma retrospetiva do que foram os primeiros 25 anos, mas sim, criar um novo marco e olharmos diretamente para os próximos 25. Queremos olhar em frente em busca do futuro, da evolução crescente do mercado, tendo sempre como base do que foram os nossos primeiros 25 anos, mas sem esquecer que a constante melhoria é importante. Sem dúvida que os últimos 25 anos foram especiais pela equipa que tenho ao meu lado, mas também pela amizade e confiança que os meus clientes depositam em mim/nós. Esta mudança também serve para agradecer a confiança, porque eles abraçaram esta ideia de proximidade e é nosso objetivo retribuir diariamente o que esperam de nós. Esperamos que aqueles que nos acompanham consigam apaixonar-se por este rebranding tanto quanto nós e que, especialmente, sintam esta transição como deles também… porque, sem dúvida, que fizeram parte deste processo. Em relação à abertura de mais um espaço FEMA, vem em função deste sentimento de gratidão, onde temos como principal objetivo estarmos mais próximos dos clientes. Desta vez, o local escolhido foi em Gaia, na Zona Industrial dos Terços, em Canelas. Vai reforçar isso mesmo e espero, em breve, chegar ao maior número de clientes e com soluções e melhor qualidade. Porque, presentemente, a nossa solução é global, contudo queremos que a nossa relação seja local.


FEMA

A responsabilidade social é um vetor que a FEMA assume com grande veemência. Este carácter solidário da empresa é uma forma de mostrar que juntos somos mais fortes e de poder contribuir para a melhoria da qualidade de vida da vossa comunidade? Pequenas ações, grandes emoções. Melhorar a sociedade à nossa volta é um sentimento que nos une enquanto equipa na FEMA. Por vezes, encontramos certas áreas da sociedade que a FEMA pode ter uma intervenção direta. E é nos momentos como o que estamos a atravessar que necessitamos de nos apoiar e disponibilizar os nossos serviços, em função dos que mais precisam. O exemplo mais recente foi, em parceria com a CM de Vizela, alocar os nossos serviços na distribuição de produtos alimentares para as famílias com maiores necessidades. Esta ação ajudou a promover a causa social, a motivar a nossa equipa e a gerar o sentimento de solidariedade das pessoas à nossa volta. A FEMA sempre teve um grande sentimento cívico que moldou o caracter das pessoas que se identificaram com a empresa. Com o crescimento e a expansão da empresa, um dos objetivos, a médio prazo, é integrar este caracter solidário regional nas comunidades abrangidas pela nossa expansão. Ter uma visão social presente para um futuro melhor.

Em termos de futuro, quais os objetivos e ambições para o crescimento da empresa, mantendo a proximidade e a identidade que pautaram estes 25 anos? Os futuros objetivos da FEMA continuarão por ser sempre as necessidades e satisfação dos seus clientes. Nós somos a ponte de ligação do seu produto com o consumidor final. O nosso objetivo será trazer cada vez mais valor acrescentado ao nosso cliente, com um sentimento de parceria, porque o sucesso dos nossos clientes irá traduzir-se no nosso sucesso. Portanto, a aposta será cada vez mais sermos competitivos, competentes e com parcerias estratégicas e de longevidade. As ambições da FEMA poderão seguir o rumo da internacionalização. Eu, FEMA Express & Logistics, olho para o capital humano, para o cliente e para os seus parceiros com um sorriso positivo de longevidade e de crescimento. Porque ao se abraçar esta ideia de proximidade e conseguindo ajudar o maior número de clientes possível com excelência, o mundo estará nas suas mãos. Avenida da Primavera N.º150 4815-756 Infias Vizela Telefone: +351 253 588 959 Email: geral@fema.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 7


Jรก viu por onde andamos?

Tlf: 223 700 510 Tlm: 937 575 Tlf. geral: 223 839 754 806 E-mail geral: geral@revistabusinessportugal.pt Tlm. comercial: 937 839 575 E-mail comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt E-mail geral: geral@revistabusinessportugal.pt www.revistabusinessportugal.pt E-mail comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt www.revistabusinessportugal.p t 8 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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Especial Saúde

STADA Portugal

Tiago Baleizão, General Manager

DIA MUNDIAL DA VISÃO | DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL | DIA MUNDIAL DA OSTEOPOROSE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 9 DIA NACIONAL DA LUTRA CONTRA A DOR | DIA MUNDIAL DA ANESTESEOLOGIA | CUIDADOS DE SAÚDE


ESPECIAL SAÚDE | STADA PORTUGAL

STADA PORTUGAL APONTA À POSIÇÃO DE KEY PLAYER DO MERCADO ATUAL E FUTURO A STADA Portugal assume uma nova estratégia e abordagem ao mercado português, com uma clara aposta no empreededorismo e inovação, na expansão do portfólio e no crescimento e diversificação do negócio, apontando à posição de key player do mercado atual e futuro. Em entrevista à Revista Business Portugal, Tiago Baleizão, General Manager da STADA Portugal, aborda esta nova etapa, as novidades e lançamentos e a forma como encara o futuro. A Ciclum Farma é agora STADA Portugal. Em que assenta esta mudança? A STADA Portugal surge neste mês de Outubro de 2020, assinalando uma etapa importante da evolução da Ciclum Farma, que culmina 20 anos de existência no nosso País. Atualmente, e apesar do contexto de pandemia, o mercado farmacêutico em Portugal está em fase de maturidade plena, com a maioria das empresas e respetivas propostas de valor convenientemente estabelecidas. É neste contexto que se justifica a materialização da STADA Portugal, trazendo uma nova estratégia e abordagem ao mercado português, que se diferencia por uma aposta clara no empreendedorismo, agilidade e inovação, no intuito de dar resposta aos novos comportamentos na era digital, às necessidades das novas gerações e da população em geral. Toda esta mudança assenta, igualmente, num investimento adicional no segmento do Consumer Healthcare, abrangendo ainda novas especialidades farmacêuticas e hospitalares, enquanto reforçamos o posicionamento na comercialização de medicamentos genéricos. Com esta expansão significativa do portfólio e consequente crescimento e diversificação do negócio, a STADA Portugal aponta à posição de key player do mercado atual e futuro. O Grupo STADA tem registado um crescimento sustentado, mesmo com os efeitos da pandemia. Isto quer dizer que podemos esperar que continuem a expandir o portfólio? Que novidades e lançamentos estão a preparar? O Grupo STADA tem expandido o portfólio com base no seu pipeline, com vários produtos a emergirem da atividade própria de R&D. Paralelamente, tem feito investimentos significativos na aquisição de produtos e empresas no sector 10 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Tiago Baleizão, General Manager

farmacêutico, reforçando a sua presença em várias geografias, em linha com a sua estratégia de expansão global. Enquanto STADA Portugal, elevamos o nosso compromisso de disponibilizar opções terapêuticas de benefícios clínicos comprovados, que irão proporcionar uma otimização de custos muito significativa para o SNS. Temos várias iniciativas em curso, como a integração de um conjunto de marcas de relevo comercial a partir de novembro de 2020, onde se destacam a Mebocaína®, Venoruton® e Tavegyl® e iremos cumprir com o lançamento de dez novos produtos genéricos e OTCs no último trimestre de 2020, priorizando aqueles que poderão representar uma opção preventiva ou terapêutica adicional no combate à Covid-19. Em 2021, iremos alargar a cobertura de patologias e condições clínicas, com mais de 20 novos lançamentos em plano, inclusive na área hospitalar, onde já contamos com o Movymia® (teriparatida) desde o início de 2020, o nosso primeiro medicamento biossimilar, contribuindo para a melhoria da saúde de milhões de portugueses, com garantia de qualidade e sem preocupação de custos acrescidos. Está confiante de que a STADA sairá fortalecida da crise gerada pela pandemia? Se sim, considera que isso se deve, essencialmente, a quê? O contexto de pandemia justifica uma reflexão profunda sobre o impacto económico, financeiro e social, que se estima atingir níveis sem precedente, antecipando-se uma contração generalizada da atividade comercial e, sem exceção, no acesso e utilização de produtos


STADA PORTUGAL | ESPECIAL SAÚDE

farmacêuticos. Em todo o caso, para a STADA, encaramos este desafio como uma oportunidade para elevar a nossa capacidade de resposta às necessidades adicionais que o país e a sociedade em geral enfrentam, sustentando o objetivo de nos assumirmos como parceiro de referência para os serviços de saúde nacionais, nomeadamente junto das farmácias e hospitais. Até ao momento, graças ao forte compromisso e empreendedorismo de todos os nossos colaboradores, temos conseguido fazer frente aos vários desafios que têm surgido, mantendo a dinâmica de crescimento e ritmo de transformação. Durante este período de interações limitadas, desenvolvemos um conjunto de iniciativas enfocando os valores da STADA, contribuindo para a criação de uma forte cultura corporativa, que acreditamos ser o sustento do sucesso futuro. Aproveito a oportunidade para agradecer a todos os colaboradores da STADA Portugal pela extraordinária capacidade de adaptação e elevada resiliência, assegurando todos os processos críticos e mantendo o foco nos nossos objetivos, materializando a missão da empresa.

Qual a sua perspetiva sobre o pós-Covid-19 e como encara o futuro da STADA Portugal? Independentemente da realidade que iremos encontrar no pós-Covid-19, a qual encerra um nível de incerteza inédito, há um fator que considero fundamental – a colaboração. Na minha perspetiva, o futuro da indústria farmacêutica e a capacidade de adaptação das empresas do setor, passará pelo estabelecer e reforçar iniciativas de mútuo benefício entre os principais integrantes do canal, nomeadamente com as farmácias, distribuidores/armazenistas e prestadores de cuidados de saúde. É minha convicção que, nos tempos que se avizinham, as parcerias em genuína perspetiva win-win serão ainda mais críticas para a sustentabilidade das nossas organizações e, em última análise, na evolução do tratamento dos nossos doentes. Ao concretizarmos a evolução para STADA Portugal, encaramos o futuro com capacidade e confiança reforçadas para estabelecer parcerias sólidas e de longo termo com todos os intervenientes no mercado nacional, assumindo um papel de maior relevo na melhoria dos cuidados de saúde da nossa população, em linha com a nossa visão.

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DIA MUNDIAL DA VISÃO O Dia Mundial da Visão é considerado a data mais importante na área da Saúde da Visão. É uma iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da International Agency for the Prevention of Blindness (Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira). A OMS considera que 80 por cento de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis, mediante prevenção adequada. Os dados apresentados pela OMS referem que 36 milhões têm cegueira e 217 milhões têm comprometimento moderado ou grave da visão, perfazendo um total de 253 milhões de pessoas com deficiência visual. Em Portugal, estima-se que as alterações da visão afetem cerca de metade da população e que perto de 20 por cento das crianças, tal como 50 por cento dos adultos, sofram de erros refrativos significativos. A retinopatia diabética e a ambliopia nas crianças são duas situações passiveis de prevenção e deteção precoce, bem como de tratamento oftalmológico e recuperação. Fonte: SNS Programa Nacional da Saúde da Visão O Programa Nacional para a Saúde da Visão aplica-se, fundamentalmente, através da implementação de estratégias de intervenção e do desenvolvimento de planos a nível nacional integrados, os quais devem ser replicados e adequados regionalmente, tendo em conta as especificidades e os recursos locais existentes a fim de melhorar o acesso universal da população aos cuidados de saúde visual. Os défices visuais corrigíveis, quando não diagnosticados atempadamente, constituem um importante problema de saúde pública, claramente identificado no Plano Nacional de Saúde, e que fundamenta a necessidade do presente Programa Nacional para a Saúde da Visão. Este programa vem na sequência do anterior, que foi elaborado por um conjunto de especialistas, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. O sentido da visão possui um elevado significado social, representando um meio de comunicação fundamental para a relação entre as pessoas e para a atividade profissional. Sabe-se, hoje, que mais importante do que a acuidade visual em si mesma é o modo como cada pessoa utiliza a visão que possui, ou seja, a sua visão funcional, e que existem medidas suscetíveis de a melhorar. Sabe-se, ainda, que a visão deve ser preservada desde o nascimento, sendo imperativo prevenir e tratar a doença visual, a qual provoca, sempre, diminuição da qualidade de vida, com repercussão negativa a nível pessoal, familiar e profissional, para além de causar elevados custos sociais. No entanto, as doenças dos olhos e do sistema visual são extremamente frequentes na população em geral, sendo o envelhecimento progressivo da população portuguesa um dos fatores que mais contribuiu para esta situação. A evolução tecnológica em geral e das ciências médicas em 12 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

particular, permite num elevado número de pessoas melhorar a acuidade visual e evitar a cegueira. De facto, uma melhor informação da população, associada aos enormes avanços que se foram conquistando nos últimos anos em matéria de diagnóstico e tratamento das doenças oftalmológicas, possibilita, hoje, a prevenção e o tratamento de doenças consideradas incuráveis há alguns anos. Embora a Oftalmologia, em Portugal, tenha tradições reconhecidas e se caracterize por elevado nível de qualidade científica, torna-se indispensável, para a potenciar, que se desenvolva o Programa Nacional para a Saúde da Visão e a Rede Nacional de Referenciação em Oftalmologia já existente, no sentido do melhor aproveitamento do que há, oferecendo condições apropriadas para o crescimento do que é excelente, preenchendo lacunas e reduzindo desigualdades, através da melhoria do acesso e equidade nesta área específica da prestação de cuidados de saúde. O Programa Nacional para a Saúde da Visão aplica-se, fundamentalmente, através da implementação de estratégias de intervenção do desenvolvimento de planos a nível nacional, os quais deverão sofrer replicação e adequação regional, tendo em conta as especificidades e os recursos locais existentes. Para concretizar estas estratégias, a Direção-Geral da Saúde constitui, no âmbito do Programa, um Comité Científico composto por representantes da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros, do ensino universitário de Oftalmologia, sem prejuízo de fazer recurso das necessárias colaborações científicas e técnicas de outras instituições e entidades, como as associações de doentes. As estratégias de intervenção consignadas no Programa Nacional para a Saúde da Visão devem ser operacionalizadas em interceção e complementaridade com outros programas de saúde integrados no Plano Nacional de Saúde, nomeadamente, Programa Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidado e Programa Nacional de Prevenção e Gestão da Doença Crónica. Fonte: DGS


Essilor é uma marca registada pela Essilor International. Prémios da exclusiva responsabilidade das entidades que os atribuíram.

OS CONSUMIDORES PORTUGUESES VOLTARAM A PREMIAR AS LENTES OFTÁLMICAS DA ESSILOR.

MUITO OBRIGADO.

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DIA MUNDIAL DA VISÃO | ARTIGO DE OPINIÃO

SÍNDROME DE OLHO SECO NA ERA COVID

U

m filme lacrimal estável é fundamental para uma boa visão. Na Síndrome de Olho Seco, o filme lacrimal perde a capacidade normal de lubrificação, o que condiciona inflamação da superfície ocular, com baixa da visão, sensação de secura e dor ocular. Existem duas categorias de Olho Seco: por deficiência aquosa (diminuição da função da glândula lacrimal) e evaporativa (alteração da função das glândulas Meibomius produtoras de lípidos), que é muito mais comum. O Olho Seco é mais frequente no sexo feminino e aumenta com a idade, nos portadores de lentes de contacto e com o uso excessivo de plataformas digitais. Os sintomas oculares, incluindo Olho Seco, são comuns entre os doentes Covid-19 e podem surgir antes dos sintomas respiratórios. Algumas medidas para controlar o surto são prejudiciais para a superfície ocular, com muitas pessoas saudáveis a mostrarem sintomas de desconforto ocular, o que exigiu o uso de lágrimas artificiais. São apontadas duas grandes causas para o incremento do Olho Seco na era Covid: a má utilização das máscaras faciais e o aumento do uso das plataformas digitais. O posicionamento incorreto da máscara pode difundir ar ao redor dos olhos, levando a uma rápida evaporação das lágrimas. Até ao inicio da pandemia, 75 por cento das nossas atividades diárias envolviam o computador. Com o teletrabalho esta atividade aumentou muito. Se a Síndrome Visual do Computador (SVC) já era um problema de saúde pública emergente, epidémico e global, com uma prevalência de 60-90 por cento nos utilizadores de computador, acreditamos que à data de hoje este número disparou. A SVC ocorre quando uma plataforma digital é utilizada mais de 3 horas diárias, associando alterações visuais a problemas ergonómicos e stress psicossocial. Crianças, idosos e mulheres são mais vulneráveis. As crianças porque se posicionam inadequadamente, não controlam o uso dos dispositivos digitais e não ligam aos sintomas. Idosos, mulheres após a menopausa e portadores de lentes de contacto apresentam má lubrificação da superfície ocular e olho seco. Os sintomas da SVC são fadiga ocular, olhos vermelhos e irritados, fotofobia acentuada, cefaleias, visão dupla e enevoada, halos luminosos e secura ocular. A estes associam-se os sintomas músculo-esqueléticos secundários à posição inadequada no trabalho: dores cervicais, lombares e síndrome do túnel cárpico. Os sintomas oculares podem ser aliviados com repouso periódico e posicionamento adequado do monitor. De 20 em 20 minutos, aconselha-se desviar o olhar do ecrã, durante 20 segundos, fixando um alvo a cerca de seis metros. O monitor deve estar 15 a 20 graus abaixo do nível dos olhos e a cerca de 60 centímetros. Os materiais para leitura deverão estar acima do teclado e debaixo ou ao lado do monitor, de forma a não ser necessário movimentar a cabeça para os fixar. A posição do monitor deve evitar o brilho, em particular da iluminação superior ou de janelas. O brilho deve corresponder à luz circundante: se necessário, deve utilizar-se um filtro de brilho 14 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

à frente do monitor. O contraste e o tamanho do texto também são importantes. A cadeira deve ser acolchoada, em conformidade com o corpo, e ajustada para que os pés descansem no chão e os pulsos sobre a secretária ou nos braços da cadeira. De uma forma genérica, o tratamento do Olho Seco passa muitas vezes pela mudança do ambiente de trabalho, evitando o tabaco, o fumo, o vento ou ambientes muito secos e com altas velocidades do ar (ventiladores, aquecedores de automóveis, ar condicionado). É essencial o uso de lágrimas artificiais sem conservantes. No tratamento podemos associar a oclusão dos pontos lacrimais, administração de anti-inflamatórios, como corticoides e ciclosporina em colírio ou tetraciclinas orais e usar lentes de contacto terapêuticas. A higiene palpebral é um dos pilares no tratamento do Olho Seco evaporativo. Compressas quentes são calmantes e podem liquefazer as secreções meibomianas solidificadas. A terapia com luz intensa pulsada pode ser necessária e ensaios clínicos sugerem suplementos de ácidos gordos (ómega-3 e ómega-6) para melhorar os sintomas. É fundamental a observação pelo Oftalmologista, que pode diagnosticar e tratar desordens como conjuntivite alérgica, olho seco, distríquiase, blefarite, queratite de exposição, pestanejo inadequado, má posição das pálpebras e o uso de medicamentos que agravam a situação. Os defeitos refrativos devem ser tratados e, se necessário, devem prescrever-se óculos para o computador, para evitar o esforço ocular. A SVC diminui significativamente a qualidade de vida, uma vez que a saúde visual é crítica na manutenção da eficiência no trabalho. Cuide das condições de trabalho no computador, faça pausas para descanso. Use adequadamente a máscara facial. Maria João Quadrado, MD, PhD Deputy Director Faculty Medicine - Coimbra University Head Coimbra Eye Bank and Cornea Department Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra


SABIA QUE DOS OLHOS SECOS SÃO PELO MENOS PARCIALMENTE EVAPORATIVOS? 1

Ácido Hialurónico* a 0,24 % e Glicerol + Carbómero + Lípidos

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PARA TODO O TIPO DE OLHO SECO

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DIA MUNDIAL DA VISÃO | UNIDADE DE OFTALMOLOGIA DE COIMBRA

Joaquim Neto Murta Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Diretor de Centro Responsabilidade Integrado de Oftalmologia, CHUC Coordenador da Unidade de Oftalmologia de Coimbra (UOC)

UMA REFERÊNCIA NA OFTALMOLOGIA A NÍVEL MUNDIAL

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No âmbito do Dia Mundial da Visão, a Revista Business Portugal esteve em entrevista com o Professor Joaquim Murta, que coordena a Unidade de Oftalmologia de Coimbra (UOC), uma referência clínica da Oftalmologia Portuguesa. Coimbra continua a ser uma referência no campo da Oftalmologia? Sem dúvida. Estamos envolvidos em inúmeros projetos internacionais, nomeadamente europeus, mantemos parcerias com Universidades americanas (Harvard, McGill, UNIFESP, entre outras), temos o serviço, a nível nacional, com maior produção científica, com o maior número de doutorados, bem como de médicos no programa de doutoramento. Existe em Coimbra um ambiente favorável, eficaz e dinâmico em termos de Oftalmologia. Temos um hospital com uma das maiores produções assistenciais e com maior número de Centros de Referência (18), reconhecido em 10 Redes Europeias de Referência, temos unidades de investigação que permitem uma abordagem interdisciplinar, transversal e integrada da investigação em saúde (iCBR, CIBIT), associadas à Universidade de Coimbra (UC), temos os melhores espaços de incubação de empresas de base tecnológica (IPN, Biocant), temos inúmeras empresas privadas da indústria farmacêutica e de I&D. Enfim, Coimbra tem condições, quase únicas a nível europeu, para continuar a ser e se afirmar, cada vez mais, uma referência nas ciências da saúde. O sucesso da Oftalmologia em Coimbra deve-se a esse trabalho conjunto que se tem desenvolvido e dinamizado. O Professor Joaquim Murta dirigiu durante vários anos a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Considera que a UC se soube adaptar e que contínua a estar à altura das exigências do ensino do século XXI? É fundamental que o Centro Académico Clínico de Coimbra (CAC) comece de facto a funcionar, para que a dinâmica seja cada vez maior. É

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capital haver uma sinergia entre CHUC, UC, Câmara Municipal de Coimbra e CCDRC, considerando que as ciências da saúde são, definitivamente, uma, ou mesmo a mais importante, linha de desenvolvimento estratégico da cidade. Um apelo aos dirigentes e líderes da região para que não deixem perder esta oportunidade única, que se arrasta há anos demais. É o único oftalmologista português a integrar a Academia Ophthalmologica Internationalis (AOI). É mais um sinal do reconhecimento do nível de excelência a que chegou a Oftalmologia em Coimbra? Sou o único membro ativo português na AOI (o Prof Cunha-Vaz é membro emérito), uma Academia muito im-

"O sucesso da Oftalmologia em Coimbra deve-se a esse trabalho conjunto"


UNIDADE DE OFTALMOLOGIA DE COIMBRA | DIA MUNDIAL DA VISÃO

portante que reúne cem individualidades a nível mundial. Fui eleito pelo desenvolvimento do trabalho realizado pelo grupo que lidero, portanto, trata-se mais do que o reconhecimento de uma pessoa. É o reconhecimento de um grupo muito grande de pessoas envolvidas na Oftalmologia em Coimbra. Claro que esta representação é um motivo de enorme honra e orgulho para mim, mas é também muito relevante para todos nós, pois a Academia tem funções importantes e influentes no que diz respeito à saúde oftalmológica a nível mundial. Dirige o Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra desde 2008. Como avalia a evolução da capacidade de resposta do SNS face à procura, nomeadamente no caso da Oftalmologia? Hoje em dia, mais de metade dos Oftalmologistas trabalham no sector privado. As motivações para trabalhar no serviço público relacionam-se, fundamentalmente, com o facto de ter mais fácil acesso a novos tratamentos médicos e cirúrgicos, fazer investigação, participar em projectos nacionais e internacionais, bem como de um espírito de missão comunitária. No entanto, existe um défice tremendo de recursos humanos. Mesmo assim, temos mantido a mesma produção (cerca de 10% das consultas e mais de 50% das cirurgias de todo o hospital) e aumentámos a produção em termos científicos. Para além disso, os principais problemas prendem-se com as instalações e principalmente com a falta de organização estratégica dos cuidados de Oftalmologia. Já foram elaboradas, ao longo dos anos, redes de referenciação de Oftalmologia que nunca houve a coragem de as implementar. Nós somos o único Centro de Onco-Oftalmologia a nível nacional (melanomas e retinoblastomas). Temos dado uma resposta eficaz, ao nível do que melhor se faz no mundo e evitando a saída de doentes e familiares para o estrangeiro, que acarretavam custos financeiros e sociais enormes. Somos, igualmente, membros de Redes Europeias de Referência dedicadas a tumores, bem como a doenças raras. O que distingue a UOC de outras clínicas oftalmológicas nacionais? Replicámos, de alguma maneira, o modelo funcional do CRIO na Unidade de Oftalmologia de Coimbra (UOC). Possui um corpo clínico constituído por especialistas altamente diferenciados, líderes nacionais e internacionais em patologias diversas, apoiado por tecnologia extremamente sofisticada, alguma única a nível nacional. Prevenimos, diagnosticamos e tratamos de acordo com o que se realiza nos melhores Centros de Oftalmologia espalhados pelo Mundo. Só assim se explica a vinda de doentes de todo o território nacional, bem como de muitos doentes estrangeiros. Fazemos todo o tipo de tratamentos diferenciados e inovadores, alguns únicos a nível nacional, desde as doenças da superfície ocular e córnea (transplantes), cirurgia de catarata e a correcção da presbiopia com a tecnologia mais avançada que existe, as doenças da retina (área médica e cirúrgica), oftalmologia pediátrica, oculoplástica e rejuvenescimento oculo-facial, glaucoma, doenças

raras. Temos para todas as áreas clínicas equipas extremamente diferenciadas. Estamos também envolvidos em projetos diferenciadores de cuidados de prestação dos cuidados de saúde, com o intuito de promover a sua qualidade, envolvendo o doente na avaliação dos resultados. Por outro lado, a questão da segurança dos doentes e profissionais de saúde é, para nós, no momento que vivemos, um aspeto capital. Elaborámos, logo no início da pandemia, um guia de boas práticas Covid, que cumprimos intransigentemente, e que nos obrigou a contratar pessoal. Os doentes que recorrem à UOC são rastreados e estão completamente protegidos, bem como os profissionais de saúde e os técnicos que lá trabalham. Esta pandemia tem interferido na nossa visão? Sim, porque há milhares de doentes que não têm acesso aos cuidados de saúde. Economicamente, as pessoas estão mais frágeis e houve uma enorme quebra nos cuidados de saúde. Temos realizado um enorme esforço a tentar compensar este deficit, com trabalho adicional e com teleconsultas. No Dia Mundial da Visão também chamei a atenção à problemática relacionada com as crianças e o uso em excesso dos telemóveis. Em 2050, 50% das pessoas em todo o mundo serão míopes, ou seja, uma em cada duas pessoas vão sofrer desta doença (5 biliões) e cerca de 1 bilião sofrerá de miopia elevada, com todas as complicações que daqui resultam. Trata-se de uma verdadeira “pandemia” que cresce a nível global. Ainda no âmbito do Dia Mundial da Visão, que conselho gostaria de deixar? A cada cinco segundos, há uma pessoa que cega no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas, hoje em dia, 80% de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis, mediante prevenção adequada. Existe em Portugal um número de Oftalmologistas acima da média europeia. Os Portugueses têm de prevenir e tratar as doenças oculares. As pessoas têm de cuidar da visão, pois muitas das doenças são silenciosas. Existem agora tratamentos, que não havia outrora, que possibilitam evitar e tratar situações que poderão tornar-se irreversíveis, com todas as consequências sociais e financeiras associadas. Consulte regularmente o seu Oftalmologista. Não facilite!

239 096915 912507702 Email: info@uoc.pt

Praceta Robalo Cordeiro, Circular Externa de Coimbra, 3020-479 Coimbra REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 17


DIA MUNDIAL DA VISÃO | ALM OFTALMOLASER

TECNOLOGIA DE PONTA AO SERVIÇO DA OFTALMOLOGIA A ALM Oftalmolaser assume como missão prestar serviços oftalmológicos de qualidade, através de uma equipa diferenciada, que utiliza técnicas inovadoras adequadas ao diagnóstico e tratamento da patologia ocular e visual, como nos conta em entrevista Manuela Cidade, Administradora e Diretora Clínica da Unidade de Almada.

Manuela Cidade, Administradora Diretora Clínica da Unidade de Almada

Receção Unidade de Almada

Receção Unidade de Lisboa Bloco cirúrgico laser

A ALM Oftalmolaser conta com mais de 25 anos de atividade. Como surgiu esta clínica? A ALM resultou de um encontro de vontades e necessidades. Ela é a “descendente” de uma primeira empresa, a Oftalmolaser, que se dedicava exclusivamente à cirurgia refractiva por Laser, pioneira em Lisboa, deste tipo de tratamento da miopia, do astigmatismo, da hipermetropia e da presbiopia. A Oftalmolaser teve um crescimento rápido e o espaço onde exercíamos a nossa atividade foi-se tornando exíguo. Por outro lado, eram muitos os doentes que nos pediam um atendimento mais abrangente, que incluísse os vários tipos de consulta e a realização dos diferentes meios complementares de diagnóstico. Acresce que muitos tinham também necessidades cirúrgicas e que na época esta se fazia, essencialmente, com internamento e frequentemente com anestesia geral, o que tornava a sua realização nas clínicas privadas, bastante onerosa. Este acumular de vontades, levou-nos a encarar a possibilidade de criar uma clínica, dedicada exclusivamente à oftalmologia, em que o atendimento fosse diferenciado e da maior qualidade, realizado por profissionais de excelência e em que a cirurgia se fizesse exclusivamente em regime ambulatório e privilegiando a anestesia tópica. A nossa atividade nas atuais instalações iniciou-se em 1995 e é com orgulho que verificamos ter conseguido atingir os nossos objetivos – temos na ALM profissionais de extraordinária qualidade técnica e científica, estamos apetrechados com equipamentos topo de gama e inovadores, tendo a contínua satisfação dos nossos doentes permitido a expansão da empresa. A ALM é uma referência clínica da oftalmologia portuguesa. Em que áreas se especializou e quais as principais patologias que trata? Como já referi, a ALM tem agora uma dimensão completamente diferente da inicial, prestando cuidados altamente diferenciados em todas as áreas da patologia oftalmológica, tanto médica como cirúrgica. Temos doentes das mais diversas idades e patologias. É claro que entre as doenças das crianças se destacam as situações de ametropia e o estrabismo. Nos adultos, para além das situações refractivas e da sua correção com óculos, lentes de contacto ou com cirurgia, prevalecem a catarata, o glaucoma, as doenças vasculares, as doenças inflamatórias, a patologia do vítreo e da retina, nomeadamente a retinopatia diabética, os descolamentos de retina e as maculopatias. A Clínica também está habilitada para o tratamento das diversas patologias corneanas, nomeadamente para a realização dos vários tipos de transplantes de córnea. Felizmente, tem havido uma constante evolução terapêutica, pelo que estamos cada vez melhor apetrechados para tratar todas estas doenças. É da opinião que a visão dos portugueses tem sofrido com esta era Covid-19? Creio que ainda é cedo para avaliarmos de um modo global a sua influência, tanto mais que estamos a entrar numa nova vaga e que se teme que esta possa ter resultados ainda mais devastadores. É óbvio que houve repercussões negativas, apesar do esforço que todas as instituições têm feito para as minimizar. Tivemos uma primeira fase em que se sabia muito pouco sobre a doença e em que houve

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necessidade de confinar. Muitos consultórios e clínicas de menor dimensão encerraram e a diminuição do atendimento hospitalar é de todos conhecido. Isso levou a um enorme acumular de consultas, exames e cirurgias não realizados. Os doentes, só em situações percepcionadas por eles próprios como graves e urgentes, recorriam aos nossos serviços. Na ALM fizemos um enorme esforço de adaptação da clínica, reorganizando o espaço físico de modo a instalar algumas barreiras e a permitir o distanciamento social recomendado. Foi adquirido numeroso e variado equipamento de proteção individual, tendo sido adotadas rigorosas medidas de higienização. Sustentados pela implementação de um programa de contingência baseado nas recomendações de várias instituições idóneas, nacionais e internacionais, mantivemos a clínica aberta durante o período de confinamento, para a realização de consultas e cirurgias urgentes. Também foi implementado um sistema de vídeo consulta. A partir da segunda quinzena de maio, fomos aumentando gradualmente a nossa atividade, mas é claro que será impossível, enquanto a situação atual se mantiver, retomá-la em pleno, dado que não podemos usar simultaneamente todos os nossos gabinetes, havendo também restrições no número de doentes que podem permanecer nas salas de espera. A organização tem resultado, os doentes apercebem-se do rigoroso cumprimento do plano de contingência e mostram confiança. Se replicarmos as condicionantes que referi a todos os locais de atendimento oftalmológico do país, é fácil de concluir que as repercussões foram inevitáveis e que elas serão tanto maiores quanto mais grave e prolongada venha a ser esta crise. Que avanços significativos se têm vindo a assistir na oftalmologia nos últimos anos? De um modo geral, e como já referi, tem havido uma evolução muito positiva na deteção e no tratamento de quase todas as patologias oftalmológicas. Apraz-me salientar a cada vez maior eficácia e segurança do tratamento das situações oncológicas oftalmológicas, tanto do adulto como da criança e o tratamento de doenças degenerativas do nervo óptico e da retina, que classicamente conduziam inexoravelmente à cegueira e para as quais se abrem agora perspectivas bem diferentes. Mas mesmo as patologias mais comuns, muitas das quais já referi, têm tido evoluções muito positivas, graças à constante inovação técnica, que tem permitido diagnósticos mais precoces e precisos, feitos por métodos cada vez menos invasivos, e resultados cirúrgicos mais satisfactórios. Surgiram, por exemplo, novos métodos de caracterização e tratamento do Olho Seco, das

patologias corneanas, novas fórmulas e equipamentos para o cálculo das lentes intra oculares, que por sua vez evoluíram no sentido de permitir uma boa visão tanto para longe, como para perto, após a cirurgia de catarata, novas abordagens, inclusive cirúrgicas, no tratamento do Glaucoma, as vitrectomias comportam menos riscos e permitem melhores resultados e já é possível fazer vitriólise com Laser. O aparecimento de novos fármacos, nomeadamente os de aplicação através de injeção intravítrea, tem melhorado o resultado final de situações muito graves, infecciosas, inflamatórias e degenerativas, todas potencialmente indutoras de cegueira. No âmbito do Dia Mundial da Visão, que conselho gostaria de deixar? Neste momento, a nossa grande preocupação é que no contexto de pandemia em que vivemos, os doentes evitem fazer o controlo das suas doenças com receio de um eventual contágio. A Covid-19 está cá, mas as outras doenças não foram de férias e mesmo situações consideradas bem controladas, nomeadamente as resultantes de doenças crónicas, como por exemplo a retinopatia diabética ou o glaucoma, podem agravar-se sem que o doente se aperceba. As situações de degenerescência macular obrigam a uma vigilância apertada e, quando indicado, a tratamentos regularmente administrados. Do mesmo modo, perante situações agudas que se acompanhem de inflamação, dor ocular ou baixa de visão, devem os doentes procurar imediatamente uma observação especializada. De um modo mais geral, penso que os doentes podem estar confiantes nos cuidados prestados pelos oftalmologistas nacionais e na contínua evolução desta especialidade.

Unidade de Lisboa Rua Dr. Nicolau Bettencourt, 39 1050-078 Lisboa 213 838 560 / alm.omc@alm.pt

Unidade de Almada Av. D. Nuno Álvares Pereira, 76A – 1º 2800-177 Almada 212 738 050 / alm.almada@alm.pt

Horários: Segunda a Sexta-feira das 8 às 20 horas Sábado das 9h às 13h (quinzenal) REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 19


DIA MUNDIAL DA VISÃO | OFTALCONDE

A OFTALMOLOGIA NO PÓS-PANDEMIA

Eduardo Conde,

Luís Torrão,

Diretor Clínico da Oftalconde

Oftalmologista da Clínica Oftalconde

A

Oftalconde nasceu em Matosinhos e foi com o Dr. Eduardo Conde que deu os seus primeiros passos. A sala de espera estendia-se pelas escadas e as horas corriam pela noite dentro. Os equipamentos desse tempo, sobriamente clássicos, continuam na Oftalconde de hoje - situada na Avenida da Boavista, Porto -, meticulosamente cuidados a cumprir os seus papéis; servir a avaliação técnica dos pacientes e lembrar o que de essencial transitou desse tempo: a relação médico-paciente. Foi assim que nasceu a Oftalconde e muitas outras clínicas pelo país. A relação médico-paciente serviu-lhes de base e a esta, um misto equilibrado de conhecimento, capacidade técnica e confiança. São essencialmente estes três conceitos que construíram as clínicas diferenciadas nos últimos 40 anos. O exercício da medicina em geral e da oftalmologia em particular desdobrou-se num inúmero de novos exames auxiliares e procedimentos técnicos que evoluíram a uma velocidade vertiginosa. Estes multiplicaram custos e tempo despendido em exames mais complexos e cirurgias que procuram reabilitar quadros clínicos cada vez mais difíceis. Por outro lado, as regras de boa prática tornaram cada vez menos aceitáveis a resignação perante quadros aparentemente irresolúveis. Existem mais caminhos e soluções e a expertise necessária para fazer a escolha criteriosa é mais exigente. A escolha do tempo certo de intervenção, de rastreio ou de seguimento é imperiosa e fará a diferença no resultado independentemente do caminho escolhido. Às clínicas clássicas sucederam as equipas que agregavam várias diferenciações. A oftalmologia pediátrica, neuroftalmologia, oculoplástica, superfície ocular, implanto-refractiva, retina médica ou cirúrgica, são nomes cada vez menos desconhecidos dos pacientes. O envolvimento complementar de duas ou três destas sub-especialidades deixou de ser a exceção e passou a ser a nova normalidade. O oftalmologista assistente passou a gerir a participação de colegas sub-especializados e das suas colaborações pontuais ou mais regulares. O plural passou a fazer parte do léxico dos pacientes; o meu oftalmologista foi substituído pelos meus oftalmologistas, sem nunca beliscar o papel do oftalmologista assistente. Os exames auxiliares que assistem as decisões destes sub-especialistas, são cada vez mais importantes e informativos, porém mais complexos. A partilha de competências e entreajuda foi a nova regra, com benefício claro na qualidade dos cuidados prestados e diminuição evidente do erro e da perda de oportunidade. 20 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


OFTALCONDE | DIA MUNDIAL DA VISÃO

Tudo parecia corretamente alinhado e encaminhado até que emergiu uma pandemia. O medo e a restrição nos acessos competiram com a perceção da segurança e da urgência nos cuidados assistenciais. Os pacientes questionaram o risco-benefício dos tratamentos e a possibilidade de serem diferidos no tempo sem compromisso da sua saúde. Os cuidados de saúde foram direcionados para a pandemia e todas as fragilidades da prática que havíamos desenvolvido emergiram; a sub-especialização afastou-nos do quadro geral, a pesquisa do detalhe ofuscou muitas vezes o quadro geral. Emergiram excelentes especialistas em todas as áreas da oftalmologia, com cuidados exímios na sua área e expertise como nunca antes havíamos tido. Do trinómio conhecimento - capacidade técnica - confiança, havíamos acrescentado como nunca antes conhecimento e capacidade técnica, esperando que estes se repercutissem numa relação diretamente proporcional na confiança. Estávamos totalmente errados! ou pelo menos de forma substancial. A confiança dos pacientes é um bem precioso que se cultiva com presença e partilha e a pandemia demonstrou bem isso. Já diz a sabedoria popular: “Não há bem que sempre dure e mal que nunca acabe”. É necessário percorrer a pandemia e preparar o pós-pandemia. O momento é disruptivo. social e economicamente, mas sobretudo na mentalidade que nos deve reger. Nunca como agora valorizamos a proximidade e a presença, mesmo quando procuramos na assistência à distância uma forma eficaz de compensar a sua impossibilidade. Nunca como agora valorizamos uma conversa, mesmo quando nos vemos obrigados a tê-la por meios telefónicos ou informáticos. Nestes momentos disruptivos, emergem novos modelos. Do caos emergirá uma nova ordem, mesmo que nos custe a vislumbrar o seu vulto. É momento de refletir e reconstruir o método e os procedimentos. Orientamos o rumo e a atividade sem certezas, mas com convicções fortes. O novo modelo deve privilegiar a multidisciplinaridade, não distante ou sequencial, antes a interação. Aumentar a rentabilidade do momento de contacto com o doente, com todas as opiniões e exames presentes, convidando-o à partilha da decisão no seu tratamento. Adicionalmente tornar a comunicação mais eficaz e pessoal, mesmo quando à distância ou com recurso a ferramentas de educação ao paciente. A comunicação será o maior desafio. Mais do que ensinar ou educar, devemos orientar a aprendizagem do paciente perante o desafio da sua doença. Hoje, a informação está ao alcance de todos e devemos, conscientes desse facto, orientar a informação que o paciente procura em vez de lhe impor um modelo ou um conhecimento formatado, seja este no sentido da cura ou de “simplesmente” viver com a sua doença. De igual modo, aprender a compreender as necessidades dos pacientes na sua hierarquia de valoração em vez de lhes impor o tratamento que nos pareça simplesmente o mais correto. Enganem-se aqueles que acham que o distanciamento fará parte do caminho do futuro. Entre as muitas dúvidas que emergem no momento que vivemos, talvez a única certeza seja que qualquer relação deverá sempre passar por equilibrar conhecimento, capacidade técnica e confiança, ou seja, pela relação entre o médico e o paciente que se acompanham e, juntos, escolhem a solução terapêutica. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 21


DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL O Dia Mundial da Saúde Mental é assinalado a 10 de outubro. Este dia visa chamar a atenção pública para a questão da saúde mental global e identificá-la como uma causa comum a todos os povos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticas ou sócio-económicas. Combater o preconceito e o estigma à volta da saúde psicológica é outro dos objetivos do dia. Esta data foi criada em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health). Segundo a Organização Mundial de Saúde (O.M.S.) cerca de metade das doenças mentais começam antes dos 14 anos. Estima-se que, em todo o mundo, cerca de 20 por cento das crianças e adolescentes tenham doenças ou problemas mentais. Uma conjuntura que ocorre em todas as culturas, mas que afeta sobretudo as regiões do mundo mais pobres. Todos os anos cerca de 800 mil pessoas cometem suicídio, 86 por cento das quais nos países de recursos mais pobres ou medianos. As pessoas que cometem suicídio encontram-se, maioritariamente, entre os 15 e os 44 anos de idade. Os homens dos países do leste europeu apresentam a mais elevada taxa de suicídio. Os transtornos mentais são uma das causas mais proeminentes e tratáveis de suicídio. O estigma que acompanha as doenças mentais e a discriminação dos doentes e das suas famílias impede as pessoas de procurarem os cuidados apropriados para o tratamento deste tipo de situações. Os níveis de estigma são mais acentuados nos meios urbanos, entre pessoas de níveis mais elevados de educação, do que nos meios rurais. De acordo com a O.M.S., centenas de milhões de pessoas em todo o mundo encontram-se afetadas por transtornos mentais, do comportamento e pelo abuso de drogas. A O.M.S. referiu que 154 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão e 25 milhões de esquizofrenia; 91 milhões encontram-se afetadas por problemas de alcoolismo e 15 milhões pelo abuso de drogas. A O.M.S. realça ainda que 50 milhões de pessoas sofrem de epilepsia e 24 milhões de doença de Alzheimer e outras demências.

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DIA DIA MUNDIAL INTERNACIONAL DA SAÚDE DA MENTAL MULHER| |LUNDBECK SOMETHING IMAGINARY

RESTAURAR A SAÚDE MENTAL Depois de ter assumido um novo desafio, ao tornar-se Country Manager da Lundbeck, Sara Barros esteve em entrevista com a Revista Business Portugal. Em primeira mão, desvendou-nos que o foco da companhia farmacêutica multinacional, que trabalha para reduzir o impacto socioambiental das doenças mentias, são a inovação e o talento. Com quase 20 anos de experiência na indústria farmacêutica, Sara Barros assumiu recentemente o cargo de Country Manager da Lundbeck. Como foi abraçar este novo desafio? Na verdade, não podia estar mais feliz com esta oportunidade. A experiência acumulada ao longo destes últimos 20 anos permitiram-me estar à altura de aceitar o desafio de estar à frente de uma companhia pioneira e inovadora na área em que opera. Os meus objetivos são liderar, inspirar e motivar a nossa organização, para garantir um crescimento sustentado do negócio em Portugal. Este desafio constitui uma enorme oportunidade de desenvolver linhas estratégicas para o desenvolvimento da companhia, tendo como missão melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem de doenças psiquiátricas e neurológicas. Mas também será, certamente, uma oportunidade de crescimento individual, de aquisição de novas competências que me permitam estabelecer objetivos claros, ambiciosos e realistas. A inovação e o foco no talento serão dois pilares essenciais que marcarão a nossa cultura. Que desafios tem vindo a enfrentar numa conjuntura de crise sanitária à escala global? Enfrentamos a pandemia Covid-19 e é evidente a necessidade acrescida decorrente do sofrimento psicológico das pessoas. Na verdade, estamos apenas a começar a conhecer as suas consequências a médio-longo prazo na saúde mental, em que observamos um aumento no número de sintomas de perturbação de ansiedade, depressão, perturbações de pânico ou problemas de abuso de álcool e substâncias. A Lundbeck é uma das únicas empresas farmacêuticas do mundo dedicada exclusivamente à investigação e desenvolvimento de medicamentos inovadores para doenças mentais, a fim de responder às necessidades ainda não atendidas em várias patologias. Esta é das áreas terapêuticas que requer mais tempo e tem uma das maiores taxas de falhas, o que contrasta com outras companhias que desviaram os seus recursos para outras patologias que oferecem melhores perspetivas de retorno do investimento. Juntamente com outras empresas e instituições académicas, na Lundbeck estamos envolvidos na descoberta de moléculas e biomarcadores para doenças mentais e do cérebro. Para isso, é crucial criar uma cultura colaborativa com outras instituições, porque ainda existem várias necessidades médicas não preenchidas e é necessário unir esforços através de parcerias de investigação e comercialização com alcance global. Deste modo, poderemos continuar a contribuir para o diagnóstico precoce, o acesso ao tratamento e a adesão à 24 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Sara Barros, Country Manager

terapêutica, pilares fundamentais para a recuperação completa dos doentes. Mas estes são desafios que enfrentamos com entusiasmo, profissionalismo e esperança. A Lundbeck está presente em Portugal desde 2002. Como avalia esta implementação no mercado nacional? Mais de um quinto dos portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica. Portugal é o segundo país com a mais elevada prevalência de doenças psiquiátricas da Europa, sendo apenas ultrapassado pela Irlanda do Norte. Entre as perturbações psiquiátricas, as perturbações de ansiedade e do humor são as que apresentam uma prevalência mais elevada. Na Lundbeck, trabalhamos para reduzir o impacto socioambiental das doenças mentais, que são doenças graves e com risco de vida, que afetam a qualidade de vida dos doentes e das suas famílias. A nossa forte herança e extensa experiência em neurociência proporcionam uma vantagem competitiva para ajudar as pessoas que vivem com uma ampla gama de doenças mentais no nosso país. Foi esse o compromisso da Lundbeck quando se instalou em Portugal, em 2002. Sabendo-se que se tem verificado um aumento significativo de pessoas a sofrerem de doenças mentais, como avalia a necessidade dos medicamentos que desenvolvem? Mais de 700 milhões de pessoas são afetadas por doenças mentais em todo o mundo, o que equivale a 13 por cento da carga global


ALEXANDRE MEIRELES - ANJE | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

com doenças. A depressão, por exemplo, uma das principais áreas de foco da Lundbeck e que é uma patologia grave associada a uma série de sintomas, incluindo melancolia, perda de energia, alterações cognitivas, dificuldade de memória e concentração e pensamentos suicidas, é reconhecida pela OMS como a principal causa de incapacidade no mundo. Globalmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofrem de depressão e quase 800.000 pessoas morrem todos os anos por suicídio. Os números mostram, claramente, que o peso da depressão vai, provavelmente, aumentar nos próximos anos, porque temos vindo a observar um aumento relativo da prevalência da doença. Na Lundbeck, estamos inteiramente dedicados a restaurar a saúde mental, para que cada pessoa possa estar no seu melhor e hoje já existem tratamentos farmacológicos eficazes para a depressão moderada e grave, no entanto, todos os dias nos esforçamos para melhorar o tratamento e contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com distúrbios psiquiátricos e neurológicos. Quais as patologias do foro mental que têm uma maior intervenção da Lundbeck? O nosso propósito é claro, estamos dedicados a restaurar a saúde do cérebro em áreas como a depressão, a esquizofrenia, o transtorno bipolar, a doença de alzheimer, doença de parkinson e enxaqueca. São doenças graves e potencialmente fatais que afetam a qualidade de vida dos doentes e dos seus familiares.

Como assinalou a Lundbeck o Dia Mundial da Saúde Mental? No Dia Mundial da Saúde Mental, a Lundbeck quis reforçar o seu compromisso com todos os doentes que sofrem de distúrbios mentais. Na véspera da efeméride, levámos a cabo uma iniciativa interna, em que desafiamos os nossos colaboradores a partilharem os seus desejos para o futuro da área da saúde mental num gigante laço verde (símbolo da saúde mental). A adesão à iniciativa foi enorme e foi emocionante ver o espírito que transpira de cada um de nós na perseguição da nossa missão de melhorar a qualidade de vida dos que sofrem de doenças do sistema nervoso central, para que cada pessoa possa estar no seu melhor. Mais recursos, melhores cuidados assistenciais, melhoria no acesso a serviços locais de apoio e a articulação entre eles e diminuição do estigma em relação à saúde mental, foram exemplos dos desejos manifestados por todos nós. Também foi destacado o desejo de implementação de políticas para manter uma boa saúde mental, em vez de apenas nos concentrarmos em tratar a fase aguda das doenças mentais, como tem sido até agora a prioridade. Na Lundbeck, somos ambiciosos e o nosso maior desejo é que todos os doentes possam recuperar a sua vida plena de sonhos e que tenham a possibilidade de os concretizar pela vida fora.

De que forma tem vindo a Lundbeck a trabalhar e a promover a inovação, a investigação e desenvolvimento? A Lundbeck, há mais de 70 anos, que tem estado na vanguarda da investigação neurocientífica. Estas doenças envolvem custos socioeconómicos muito importantes, daí ser imperativo para a sociedade em geral que sejam desenvolvidos medicamentos novos e inovadores. Nos últimos 50 anos, novos produtos farmacêuticos revolucionaram as opções de tratamento, mas permanece uma grande necessidade não atendida de novas e inovadoras opções terapêuticas. Assim, o investimento da Lundbeck em investigação e desenvolvimento é o pilar mais importante na ambição da companhia de melhorar o tratamento para pessoas que vivem com doenças cerebrais. Somos especialistas nesta área e temos laboratórios de investigação na Dinamarca e na Califórnia. Cooperamos estreitamente com parceiros estratégicos em todo o mundo, para garantir a melhor base possível para a inovação e o desenvolvimento de novas soluções de tratamento. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 25


DIA MUNDIAL DA OSTEOPOROSE O Dia Mundial da Osteoporose é celebrado anualmente a 20 de outubro. Neste dia internacional da osteoporose, faz-se uma chamada de atenção a nível mundial para os perigos da doença que afeta mais de 200 milhões de pessoas no mundo. De três em três segundos acontece uma fratura por osteoporose. Osteoporose em Portugal A osteoporose afeta 800 mil portugueses, tendo maior incidência nas mulheres após a menopausa, numa relação de um homem para cada três ou quatro mulheres afetadas, realidade comum em todo o mundo. Estima-se que cerca de 50 por cento das mulheres após a menopausa, irão sofrer uma fratura resultante da osteoporose. Uma em três mulheres e um em cinco homens acima de 50 anos parte um osso devido à osteoporose. A osteoporose é uma doença esquelética sistémica, que se caracteriza pela diminuição da massa óssea e por uma alteração da qualidade microestrutural do osso, que levam a uma diminuição da resistência óssea e consequente aumento do risco de fraturas, sendo estas mais frequentes nas vértebras dorsais e lombares, na extremidade distal do rádio e no fémur proximal. A osteoporose é uma doença de elevada prevalência nos países ocidentais, em que Portugal se insere. Existem, no nosso país, mais de meio milhão de pessoas, sobretudo mulheres, com osteoporose. A importância, em termos de saúde pública, desta doença, advém das suas complicações, isto é, das fraturas. Entre estas, as fraturas do fémur proximal são as que, a curto prazo, condicionam maior morbilidade, mortalidade e elevados encargos sociais e económicos. Todos os indivíduos com elevado risco de fratura devem ser identificados para introdução de terapêutica com vista à redução da incidência de fraturas de fragilidade. Fonte: DGS Win-Fit® osteo – os fitatos na Saúde dos Ossos Os fitatos e a vitamina D têm efeito preventivo na osteoporose. Os fitatos são compostos naturais, formados durante o processo de maturação de sementes de cereais. Podem ser encontrados em alguns alimentos tais como legumes, nozes, cereais integrais, etc. Aumentam a atividade dos osteoblastos e diminuem a atividade dos osteoclastos, que são dois tipos de células que participam no equilíbrio da formação óssea. Vários estudos demonstraram que os fitatos atuam na inibição da perda da massa óssea, prevenindo as fraturas. 26 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


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DIA MUNDIAL DA OSTEOPOROSE | PUBLIREPORTAGEM

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PUBLIREPORTAGEM | DIA MUNDIAL DA OSTEOPOROSE

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DIA NACIONAL DA LUTA CONTRA A DOR O Dia Nacional da Luta Contra a Dor assinalou-se no passado dia 16 de outubro. A data foi criada pela Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e comemora-se tradicionalmente na terceira sexta feira de outubro. O Dia Nacional da Luta Contra a Dor pretende sensibilizar para a procura de profissionais que ajudem a tratar e aliviar este problema, assim como alertar para as consequências socias e económicas causadas pela mesma. No final dos anos 90, a Direção-Geral da Saúde (DGS) reconheceu a necessidade de melhorar a abordagem da dor em Portugal. Da sua interação com a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) resultou o primeiro documento estratégico, o Plano Nacional de Luta Contra a Dor (PNLCD), aprovado por despacho ministerial em 26 de março de 2001. A este, seguiram-se, em 2008, o Programa Nacional de Controlo da Dor (PNCD) e, em 2013, o Plano Estratégico Nacional para a Prevenção e Controlo da Dor (PENPCDor). Com Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Dor de 2017, a DGS pretende dar continuidade à visão e missão dos planos e programas que o antecederam. O QUE É A DOR? Após quatro décadas e um processo de dois anos de observação e análise, a IASP e uma equipa multidisciplinar, desenvolveram uma revisão da definição de Dor. Aperfeiçoada com base em diferentes inputs, incluindo pessoas com dor e seus cuidadores, esta revisão tem por objetivo “transmitir as nuances e a complexidade da dor e esperar que isso conduza a uma melhor avaliação e gestão das pessoas com dor”. Tal como referiu o Dr. Raja, Presidente da Equipa da IASP e Diretor de Investigação da Dor, Professor de Anestesiologia e Medicina em Cuidados Críticos, Professor de Neurologia na Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins. A redefinição de Dor apresentada é a seguinte: "Uma experiência sensorial e emocional desagradável associada, ou semelhante à associada, a danos reais ou potenciais nos tecidos", IASP - International Association for the Study of Pain DOR AGUDA VERSUS DOR CRÓNICA Dor aguda A dor aguda é uma dor que, até certo ponto, tem consequências benéficas para o organismo. É um sinal de alarme que avisa da ocorrência de um traumatismo, uma queimadura, um derrame articular ou uma úlcera gástrica, por exemplo. Dor crónica A dor crónica é geralmente definida como uma dor persistente ou recorrente durante pelo menos 3-6 meses, que muitas vezes persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem, ou que existe sem lesão aparente.

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COMO TRATAR A DOR? O tratamento da dor deve ser feito, fundamentalmente, nos cuidados de saúde primários, ou seja, através dos médicos de família. Estes profissionais de saúde estão habilitados a diagnosticar e tratar a grande maioria das patologias dolorosas (a título de exemplo, todos os estudos epidemiológicos indicam que a dor crónica mais frequente é a lombalgia, ou seja, as vulgares dores de costas), dispondo para o efeito de um vasto leque de opções terapêuticas, que vão desde os medicamentos analgésicos anti-inflamatórios não esteróides, como a aspirina, até aos opióides fortes como a morfina, ou outro tipo de tratamentos como a fisioterapia e outras terapêuticas complementares. Fonte: Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED)


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mais forte que a sua

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DIA NACIONAL DA LUTA CONTRA A DOR | S. P. A.

DIA NACIONAL DA LUTA CONTRA A DOR Criado pela Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED), o Dia Nacional da Luta Contra a Dor pretende sensibilizar para a procura de profissionais que ajudem a tratar e aliviar este problema, assim como alertar para as consequências socias e económicas causadas pela mesma. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Maria do Rosário Órfão, presidente da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA). A dor causa sofrimento e por vezes leva a uma incapacitação parcial ou mesmo total do ser humano. Que papel tem o anestesiologista no controlo e tratamento da dor? O anestesiologista tem um papel fundamental no tratamento da dor crónica, coordenando as unidades de medicina da dor, com equipas multidisciplinares, realizando consultas e técnicas terapêuticas. Na dor aguda pós-cirúrgica ou do trabalho de parto, é o ator principal. Uma dor pós-cirúrgica bem tratada é fundamental para prevenir a evolução para dor crónica. No tratamento da dor e noutras áreas, o prognóstico do doente melhora quando o anestesiologista alonga a sua atividade do intraoperatório ao pós-operatório. Já existem unidades de dor aguda nos serviços de anestesiologia da maioria dos hospitais. A SPA tem uma secção de medicina da dor constituída por anestesiologistas que se dedicam à terapêutica da dor crónica ou aguda. Tem efetuado cursos e fóruns de discussão nesta área e, em 2018, elaborou recomendações sobre o tratamento da dor aguda pós-cirúrgica. No próximo dia 4 de novembro, a SPA vai realizar um webinar sobre “Dor Crónica Pós-Cirúrgica”. O que gostaria de salientar sobre este evento organizado pela Sociedade? A SPA está a organizar um ciclo de webinares e o de dia 4 de novembro será dedicado à medicina da dor crónica pós-cirúrgica. Está a ser organizado por colegas anestesiologistas, que se dedicam à medicina da dor e esperamos uma grande adesão, porque, apesar de estarmos numa situação de pandemia, é fundamental não esquecer as outras patologias e tratar a dor, os doentes Covid e não Covid. A formação contínua e reflexão são

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Maria do Rosário Órfão, Presidente da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia

imprescindíveis para garantir a qualidade e segurança em saúde. Neste webinar vamos ter uma introdução e apresentação ao tema e palestrantes por uma colega do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho, Rita Moutinho; posteriormente, vamos contar com a intervenção de um colega da secção de medicina da dor da SPA, Pedro Trincão, que irá falar da anestesia na prevenção da cronificação de dor; a finalizar as intervenções, teremos uma colega da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, Nádia Andrade, que falará da capsaicina no tratamento da dor neuropática pós-cirúrgica. À semelhança do que se tem verificado noutros webinares, pretendemos que este seja interativo. Após as intervenções, há espaço para discussão, onde são colocadas questões. Os intervenientes estão disponíveis para esclarecer qualquer dúvida existente e todos os colegas podem participar.


S. P. A. | DIA MUNDIAL DA ANESTESIOLOGIA

DIA MUNDIAL DA ANESTESIOLOGIA No dia 16 de outubro comemorou-se a Anestesiologia, uma área da ciência médica que reúne o conhecimento no âmbito da anestesia, da medicina intensiva, da medicina da dor e da medicina de emergência. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Maria do Rosário Órfão, presidente da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia (SPA). Assumiu a direção da SPA em 2014. Que balanço faz destes seis anos? O balanço é positivo. Nestas duas direções a que presidi, a Sociedade cresceu muito, foram criadas uma série de secções e grupos de trabalho e o número de sócios duplicou. Em 2015, foi criada uma secção de simulação, pois é fundamental aprender e manter o desempenho técnico e científico, os skills em ambiente simulado, sem risco para os doentes nem profissionais. A SPA estabeleceu protocolos com alguns centros de simulação para formação contínua dos anestesiologistas, mas também para formação de outros profissionais e da população em geral. Fomentamos e elaboramos uma série de recomendações clínicas, que visam uma melhoria da prática médica, subscritas por outras sociedades científicas, algumas das quais inspiraram ou foram adotadas como normas pela DGS. Tive ainda a oportunidade de elaborar e legalizar uns novos estatutos em 2016, mais em consonância com a grande evolução da anestesiologia nas suas principais áreas. O programa dos nossos congressos anuais também se tornou mais rico e o número de pessoas inscritas cresceu. A SPA, que celebra o seu 65º aniversário, tem vindo a desenvolver ações inovadoras, através da administração de cursos, atribuição de bolsas e prémios, nomeadamente na área da investigação. Fale-nos sobre a Academia SPA e sobre o trabalho desenvolvido. Uma das suas funções é promover a formação dos internos da especialidade, mas também a formação contínua dos anestesiologistas, então, em 2018 criámos o “Projeto da Academia”, onde se incluem a formação, com atribuição de bolsas para a formação contínua, a investigação e a comunicação científica. Organizamos diversos cursos: Via Aérea Difícil; Ecocardiografia; Eco em Medicina da Dor; Eco em Trauma; Eco em Anestesia Locorregional; Ecoweek; Emergências em Anestesiologia; Emergências Pediátricas; Emergências Obstétricas; Pain School; ICU Day; Master de Qualidade e Segurança; Anestesia em Cirurgia Torácica; SAV Pediátrico; e ainda cursos de formação para formadores, o CUFA. Estabelecemos também um protocolo com a Sociedade Europeia de Anestesiologia e Cuidados Intensivos, atribuindo bolsas a dois internos e um especialista, para irem estagiar em locais escolhidos por eles, entre os centros europeus certificados e disponibilizados para a SPA. Temos ainda dois prémios: um para o melhor trabalho de investigação – Prémio SPA/Biojam – e um prémio de publicação – António Meireles –, porque também é importante comunicar aquilo que fazemos, de forma a incentivar e ensinar outros colegas.

No âmbito do tema “Bem-estar Ocupacional dos Anestesiologistas”, considera que há consciência sobre a questão crucial do bem-estar no trabalho? Esse é o nosso projeto mais recente, tendo-nos associado à Federação mundial (WFSA) e ao Board Europeu de Anestesiologia. A consciência do bem-estar no trabalho está a nascer. Curiosamente, as gerações mais novas têm mais consciência e são mais reivindicativas, enquanto que as mais velhas estão mais acomodadas. Para conseguirmos cumprir a nossa obrigação ética, moral e profissional, temos que ter saúde física e mental. Só assim podemos ter uma prestação com qualidade que garanta a segurança dos nossos doentes. Nesse sentido, vamos desenvolver um conjunto de ações para a manutenção desse bem-estar profissional. Para isso, criámos um grupo de trabalho, composto por colegas de todo o país, que irá desenvolver várias iniciativas. É importante comemorar o Dia Mundial da Anestesiologia 2020, respondendo ao enorme desafio da pandemia. Para o conseguirmos fazer temos que permanecer saudáveis. Como tem lidado a especialidade da Anestesiologia com a era Covid-19? Os anestesiologistas portugueses, com os seus conhecimentos, capacidades técnicas, resiliência, serenidade e elevado sentido ético, deram mais uma demonstração do seu humanismo, polivalência, capacidade de trabalho e altruísmo, integrando na primeira onda da pandemia as equipas de primeira linha na resposta ao doente crítico e fazendo formação sobre proteção individual, entre outros. Posteriormente, multiplicaram-se na retoma da atividade assistencial, pois são imprescindíveis para que ela aconteça. Atualmente, num esforço heroico, desdobramo-nos entre anestesia, para recuperação das listas de espera, e a resposta à segunda onda da infeção por SARS-CoV-2, na abordagem do doente cirúrgico ou crítico, em equipas multidisciplinares. Estou certa de que continuaremos a dar uma resposta adequada ao enorme desafio apresentado à humanidade pela pandemia Covid-19. Como presidente da SPA, expresso o meu ORGULHO, RESPEITO e GRATIDÃO a todos os anestesiologistas portugueses.

Sociedade Portuguesa de Anestesiologia Centro de Escritórios do Campos Grande Av. do Brasil, nº 1 -5º andar, Sala 7, 1749-008 Lisboa Email: spa@spanestesiologia.pt Website: www.spanestesiologia.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 33


Diogo Cardoso, Administrador

TECNOLOGIA E CUIDADO MINUCIOSO AO SERVIÇO DA SAÚDE A Revista Business Portugal rumou até a freguesia de Fão, no concelho de Esposende, para conhecer o Centro Clínico Diogo Cardoso, onde esteve à conversa com o mentor do projeto ao qual dá nome. Com umas instalações modernas, tecnologias inovadoras e uma equipa especializada, este espaço garante um atendimento personalizado e é já uma referência no que respeita a cuidados de saúde nomeadamente na área da reabilitação. Diogo Cardoso, Fisioterapeuta / Osteopata, é a cara por trás do Centro Clínico que aqui lhe damos a conhecer. “Existem lacunas na área da reabilitação no que diz respeito à qualidade e resposta, principalmente a diferenciação e reabilitação na alta competição”, começa por nos explicar o nosso entrevistado. De forma a preencher essas lacunas na área da saúde, Diogo Cardoso decidiu apostar num percurso diferenciador e, há cerca de onze anos, iniciou o projeto Centro Clínico Diogo Cardoso. “Não é possível dar uma resposta com qualidade dentro daquilo a que chamamos convencional, então dediquei-me a um serviço diferenciado dentro da reabilitação para melhor poder servir quem precisa”, esclarece. Um Centro Clínico multidisciplinar Fisioterapia, Consulta da Coluna, Osteopatia, Reeducação Postural Global, Terapia da Fala, Nutrição, Psicologia Reabilitação Intensiva, Terapia Ocupacional, Avaliação do Gesto Técnico na Corrida e Desportivo, Termografia Clínica, Podologia e, mais recentemente, Reabilitação Dermatofuncional são alguns dos serviços clínicos disponíveis. No que respeita a especialidades médicas, é de referir a Medicina Desportiva, Pneumologia, Ortopedia e Consulta de Avaliação de Dano Corporal, Neuroradiologia de Intervenção, Medicina Interna e Medicina Estética. “Tentamos dedicar-nos a cada paciente de uma forma individualizada e personalizada, interligando as varias áreas de abrangência da clínica, em prol de uma otimização do resultado”, revela Diogo Cardoso. Na área da reabilitação, uma das preocupações da nossa equipa “é a nossa especialização e formação, os fisioterapeutas que trabalham comigo são altamente especializados, existe a preocupação de cada um deles trabalhar essencialmente com as patologias em que mais se dedicam. Penso que o sucesso desta clínica se deve à comunhão de saberes de todos nós! 34 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Aposta nas novas tecnologias Conseguir um serviço diferenciado e melhorar a qualidade de vida dos utentes é o mote do Centro Clínico Diogo Cardoso. Neste sentido, a aposta passa por equipamentos exclusivos que garantem tratamentos revolucionários. “Hoje em dia, quase ninguém tem disponibilidade para tratamentos diários, o tempo é precioso. Nós optamos por técnicas mais efetivas, propondo melhor resultado num tempo muito menor. Penso que o segredo será a interpretação da especificidade clínica do utente, aleando terapia manual de excelência com tecnologia de ponta” , justifica o nosso entrevistado. “Dentro das tecnologias, podemos apontar a Eletrólise Percutânea Intratecidular (EPI), que é uma técnica para regeneração de tecidos guiada por ecografia (abordagem minimamente invasiva em que vamos estimular uma autorreparação do tecido), muito usada em tendinites, ondas de choque focais e radiais; lasers de alta potência, Soleve (técnica única no país para dor crônica de coluna) ou Sistema Super Indutivo, Termografia e Ozonoterapia. Contudo, Diogo Cardoso ressalva “a individualidade de cada utente”, pois “quando, por exemplo, temos uma alteração numa estrutura com os meios eletrofisicos e tecnológicos, estimulamos a reparação do tecido, mas é necessária uma terapia manual de excelência e uma interpretação do movimento suficientemente válida para poder corrigir a causa inicial do problema normalmente postural ou de sobreuso. Uma das coisas que tentamos trabalhar aqui é a causa das patologias, ou seja, o que originou o problema. É importante a interpretação do movimento e, a partir daí, conseguir corrigir o problema”, refere Diogo Cardoso, que realça a importância da prevenção. Com a extensa panóplia de serviços aliada às tecnologias inovadoras, é possível um tratamento de grande destaque no mercado.


CENTRO CLÍNICO DIOGO CARDOSO | ESPECIAL SAÚDE

“Dentro do tratamento da coluna, temos um aparelho único em Portugal – Soleve –, que é para a dor crónica. É um equipamento que atua bastante rápido na dor e é totalmente automatizado”, explica o responsável do Centro Clínico. Ainda dentro dos tratamentos, “a técnica de ozonoterapia intra discal para hérnias discais é de destacar, sem pré e pós-cirúrgico sem riscos de maior, sem necessidade de internamento feito por uma equipa de radiologia de intervenção usando um aparelho de imagem radiológica, aplicando um gás dentro do disco e com 80 por cento de casos de sucesso” grande parte dos doentes com hérnias discais ficam sem sintomas em pouco tempo conclui o entrevistado. Clínica de Estética Médica Avançada No Centro Clínico Diogo Cardoso existe também uma área dedicada à estética, com uma equipa multidisciplinar constituída por enfermagem, fisioterapia e medicina, oferecendo um conjunto de tratamentos capilares, de corpo e rosto, com a melhor tecnologia e minimamente evasiva. “Faz todo o sentido que o reabilitar não seja só da doença, mas também de tudo que nos faz sentir menos bem… pode ser uma cicatriz, um pós-cirúrgico mamário, um edema linfático ou qualquer situação inestética, para que as pessoas se sintam bem com elas próprias”, explica-nos. O Centro de Estética inclui tratamentos diferenciados sempre com uma consulta de avaliação bem estruturada. Aposta em técnicas médicas como o preenchimento com ácido hialurónico, a aplicação de toxina botulínica, mesoterapia e tratamentos especializados como tratamento da hiperpigmentação entre outros.

Tratar em tempos de pandemia O país e o mundo atravessam um momento muito peculiar em termos de saúde pública e cada pessoa, cada empresa, viu-se obrigada a reinventar metodologias. “Para além do acompanhamento que fazemos on-line, tentamos criar um “ambiente ótimo”, desinfeção constante, isolamento das roupas e calçado, a higienização frequente das mãos e o uso de máscara é obrigatório. Todos são tratados como potenciais infetados não sendo descurados quaisquer cuidados. Obviamente que isto acarreta custos, mas é o que tem de ser feito neste momento, trabalhar com responsabilidade. Os tratamentos de saúde não podem parar”, remata Diogo Cardoso.

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C ESPECIAL SAÚDE | CLIABUM

“TRABALHAMOS PARA O FAZER SORRIR”

A

Cliabum é uma clínica dentária localizada no centro de Ílhavo, que se distingue pela forma personalizada, familiar e atenciosa com que recebe e põe a sorrir os seus pacientes. Carla Lourenço, médica dentista e administradora, deu-nos a conhecer este projeto resultante de muito trabalho e amor à profissão.

Com mais de duas décadas de atividade, a Cliabum é, sem dúvida, uma referência. Que retrospectiva faz do percurso da clínica e qual o conceito que traduz a sua identidade? Ser uma “referência na área da Medicina Dentária” é motivo de orgulho, mas não é e nunca foi um objectivo. É consequência de muito trabalho e amor à profissão. No entanto, temos consciência, como equipa, que “ser uma referência” não foi fácil e acarreta muita responsabilidade. Não é fácil chegar ao topo, mas mantermo-nos no topo é ainda mais difícil. A Medicina Dentária mudou muito nos últimos anos e essa mudança acarreta e acarretou estudo, adopção de novos métodos de trabalho, novas formas de comunicação com os pacientes, entre os elementos da equipa, com o laboratório de prótese e com o meio envolvente. Já não executamos os actos clínicos como nos foi ensinado na faculdade. Monotonia não consta no dicionário do dia a dia da nossa clínica. Cada paciente é único, com necessidades únicas e com tratamentos específicos e individualizados. E é essa a essência da clínica. Nunca paramos, nunca paramos de aprender, de servir a comunidade em que estamos inseridos e nunca paramos de desenhar sorrisos. “Temos um serviço para cada sorriso” significa que a Cliabum tem um vasto leque de serviços. Que serviços são estes e o que diferencia a clínica nos dias de hoje? A Medicina Dentária é uma área da saúde com um vasto leque de possibilidades de atuação. É impossível um único dentista

Carla Lourenço,

Médica dentista e Administradora

dominar todas as áreas e sub-áreas da Medicina Dentária. Assim, a clinica teve a necessidade de recrutar Médicos Dentistas para abranger todas as áreas de actuação. Sempre com o objectivo de executar actos de excelência para servir os nossos pacientes. E a “excelência” é obtida através da formação dos elementos do quadro clínico, como também no investimento em tecnologia. A clínica investiu e investe em equipamento tecnológico que está a permitir passar de uma fase analógica para uma fase digital. É um processo que passa por uma curva de aprendizagem e adopção de novos protocolos de atuação. Como está estruturada a Cliabum? Como é constituída a sua equipa? A Cliabum tem como diretora clínica, a Dr.ª Carla Lourenço. A sua área de atuação é em Ortodontia (aparelho de correcção dentária), Periodontologia (doenças das gengivas e tecidos moles) e também executa actos clínicos de generalista. A equipa tem mais Médicos Dentistas. Com mais tempo de “casa”, temos a Dr.ª Vânia Barros, que é uma médica dentista generalista, com forte formação em Endodontia (tratamento do canal) e Dentisteria (restaurações dos dentes). O Dr. Mário Moreira é o nosso Médico Dentista, cuja área de atuação é, principalmente, em Endodontia, todos os casos de elevado grau de exigência, nessa área, são encaminhados para ele. O Dr. Octávio Ribeiro atua na área de Oclusão (problemas de posicionamento dentário, ósseo e articular na cavidade oral), Disfunção Temporomandibular (dor orofacial e muscular) e reabilitação oral com implantes dentários. A Dr.ª Ana Paula Botto trabalha na área de Ortodontia e é doutorada na área. A aquisição mais recente é a nossa Médica Dentista estagiária, Dr.ª Ana Madaíl, cuja atuação é em Medicina Dentária generalista. A equipa também é composta pelas assistentes dentárias Natália Figueiredo e Céu Tavares, que para além de darem total apoio clínico, são responsáveis pela organização e higienização da clínica. A pandemia impôs uma nova realidade às empresas. Como é que a Cliabum enfrentou os novos desafios decorrentes deste novo cenário que vivemos? A pandemia é encarada pela nossa equipa como um desafio. Desafio ao nível da proteção individual, da proteção da equipa e

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CLIABUM | ESPECIAL SAÚDE CLIABUM | LIDERANÇA: ESPECIAL SAÚDE

ao ao nível nível da da proteção proteção dos dos nossos nossos pacientes. pacientes. A A clínica clinica ee as as clínicas clinicas dentárias, em geral, são muito seguras e com grande experiência dentárias, em geral, são muito seguras e com grande experiência no no controlo de infecções infeções cruzadas. controlo de cruzadas.No Noentanto, entanto,este estevírus víruseeooseu seumodo modo de de propagação propagação traduziu-se traduziu-se numa numa novidade. novidade. Porquê? Porquê? O O tempo tempo de de vida do vírus, no ar e em superfícies, como o vidro, é de vida do vírus, no ar e em superfícies, como o vidro, é de horas horas ee dias. dias. Nunca Nunca antes antes tinha tinha sido sido descrito descrito ee identificado identificado uma uma capacidade capacidade de sobrevivência tão grande fora do corpo de um de sobrevivência tão grande fora do corpo de um hospedeiro. hospedeiro. AA qualidade qualidade do do ar ar foi, foi, de de certa certa forma, forma, negligenciada, negligenciada, desde desde sempre, sempre, pelas clinicas. Para isso, investimos em equipamentos pelas clínicas. Para isso, investimos em equipamentos para para controlar controlar aa qualidade qualidade do do ar. ar. O O ar ar éé esterilizado, esterilizado, estatisticamente, estatisticamente, num num raio raio de 2 metros de cada equipamento e desinfetado num raio de 2de a de dois metros de cada equipamento e desinfetado num raio 4dois metros. Os equipamentos de proteção individual como toucas, a quatro metros. Os equipamentos de proteção individual, máscaras, proteção dos pés e batasdos descartáveis sãodescartáveis, equipamentos como toucas, máscaras, proteção pés e batas são que permitem a defesa dos profissionais de saúde e são essenciais equipamentos que permitem a defesa dos profissionais de saúde e para a atuaçãopara clinica nesta pandemia. são essenciais a actuação clínica nesta pandemia.

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Qual aa estratégia estratégia definida definida em em termos termos de de futuro futuro para para que que Qual cadacliente cliente continue continue aa ser ser especial especial na na Cliabum? Cliabum? Que Que objetivos objetivos cada acalenta a médio prazo? acalenta a médio prazo? Apesar da datransformação transformaçãodigital digitalda daclínica, clínica existe Apesar existe um um elemento elemento que não podemos descartar: a humanização das nossas atuações que não podemos descartar: a humanização das nossas actuações clínicas. Os Os nossos nossos pacientes pacientes são são mulheres mulheres ee homens homens que clínicas. que têm têm necessidades e características especificas. Vamos atuar sempre necessidades e características específicas. Vamos actuar sempre de de encontro aa essas essas necessidades. necessidades. Mas Mas aa humanização humanização não não passa passa só encontro só pelos nossos nossos pacientes. pacientes. A A nossa nossa equipa equipa também também precisa precisa de de quapelos qualidade de de trabalho trabalho ee qualidade qualidade de de vida. vida. Vamos Vamos fazer fazer um um esforço esforço lidade para adequar os nossos horários, marcações e atuações clínicas para adequar os nossos horários, marcações e actuações clinicas para conseguir conseguir esse esse objetivo. obje tivo.Assim, Assim, oo que que realmente realmente queremos queremos éé para desenhar “sorrisos em pessoas felizes que são tratados por médicos desenhar “sorrisos em pessoas felizes que são tratados por médicos dentistas igualmente igualmente felizes felizes ee equipa equipa feliz”. feliz”. dentistas

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ESPECIAL SAÚDE | MUNDIPHARMA Sofia Ferreira, Country Manager

“AS PESSOAS SÃO O PRINCIPAL PATRIMÓNIO DA MUNDIPHARMA” A Revista Business Portugal esteve em entrevista com Sofia Ferreira, country manager da Mundipharma, que destacou a visão desta empresa inovadora que, pelo quarto ano consecutivo foi distinguida como um "Best Place to Work".

“Mais do que fornecedores de medicamentos, tentamos ser parceiros”, em que se materializa esta máxima da Mundipharma? A Mundipharma é uma empresa com uma organização horizontal e sem burocracias. A nossa atividade rege-se pela agilidade, rapidez de resposta às necessidades do mercado, flexibilidade e capacidade de adaptação à mudança e estas características tornam-nos num parceiro único. Este “sentido de parceria” é muito mais do que o licenciamento, desenvolvimento e comercialização de medicamentos, baseia-se hoje em dia mais do que nunca – em ir ao encontro das necessidades de todos os intervenientes do ecossistema do sistema de saúde, começando nos doentes, a quem queremos fornecer os melhores tratamentos nos nossos campos de atuação, mas abrangendo também todos os profissionais de saúde, os cuidadores e autoridades. Quais as áreas terapêuticas em que focam a vossa atenção? A empresa está também a levar a cabo desenvolvimentos para entrar em novas áreas? Quais? Apesar de sermos uma empresa multinacional, o nosso portfólio é muito diferenciado de região para região, dada a capacidade de nos adaptarmos às necessidades locais. As áreas que consideramos mais importantes são aquelas em que atuamos, por isso estamos em Portugal na diabetes, doenças respiratórias e dor. A empresa está a levar a cabo desenvolvimentos para entrar em novas áreas, sendo elas a Oncologia, com foco na dor oncológica, infeciologia e também consumer health. Outra aposta, que começou o ano passado com um lançamento, são os

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biossimilares, que surge da necessidade de promover a sustentabilidade do sistema de saúde, no sentido de se proporcionar, a toda a população, o acesso a medicamentos a um melhor custo-efetividade. A Mundipharma Portugal foi eleita como "Best Place to Work" pelo quarto ano consecutivo. O que representa esta distinção? A Mundipharma está presente em Portugal há cinco anos e, desde o início, a chave do nosso sucesso são os colaboradores. Acreditamos nas pessoas e no seu potencial, pelo que continuarmos a ser nomeados como uma das melhores empresas para trabalhar é um orgulho e continuaremos a lutar para que este reconhecimento se reflita no futuro. A capacidade de nos alinharmos com as pessoas, mais do que com os funcionários, está espelhada nas nossas práticas, orientadas para uma gestão flexível e adaptada à realidade dos colaboradores. As pessoas são o principal património da Mundipharma, e acreditamos nas suas capacidades. São elas a base do nosso êxito e o nosso primeiro cliente. Aplicamos práticas de recursos humanos em prol dos nossos funcionários. A melhor forma de caracterizar a nossa cultura organizacional é através das palavras “ousar” e diferenciar, profundamente enraizadas no ADN da Mundipharma, sendo o nosso ponto de partida. A nossa herança empresarial é marcada por uma visão desafiadora que põe em causa o convencional e aposta na inovação. Regemo-nos por três valores: espírito guerreiro, coração prestativo e atitude de diversão. As nossas atividades

regem-se por um princípio irrenunciável: a integridade. Funcionamos segundo um modelo holocrático, através do qual os nossos colaboradores são convidados, sempre em equipa, a desenvolver projetos que contribuam para a estratégia da empresa. Apostamos numa equipa com experiência e com capacidade de decisão autónoma na sua área de conhecimento, sem interferência por parte da chefia, e confiamos em modelos de microgestão, tendo cada departamento ou função a sua autonomia. Cultivamos um ambiente desafiador, de alta performance e de constante aprendizagem, para obtermos colaboradores qualificados e competentes que façam a diferença. A autonomia e a responsabilidade compõem o nosso ADN e a responsabilidade individual e o espírito de equipa permitem-nos superar os desafios que enfrentamos. A Mundipharma assume o propósito – “To move medicine forward”, neste sentido, qual a visão estratégica e os objetivos definidos em termos de futuro? Temos uma visão desafiadora que põe em causa o convencional e aposta na inovação. Identificamos e aceleraramos o desenvolvimento de medicamentos significativos e inovadores, de forma a prolongar a vida dos doentes e acrescentar valor ao sistema de saúde e seus profissionais. A Mundipharma ambiciona deixar um legado que marque a diferença na sociedade portuguesa e impacte as gerações futuras, daí o nosso propósito ser exatamente “TO MOVE MEDICINE FORWARD”.


FARMÁCIA SÃO JOSÉ | ESPECIAL SAÚDE

Eugénio Machado, Rosa Costa, Eduardo Vilela, Fernanda Lima - Equipa

O DEVER DO FARMACÊUTICO DURANTE A COVID-19

M

ais do que nunca, neste período de pandemia, nós, os farmacêuticos, somos reconhecidos pela população enquanto profissionais de saúde, disponíveis 24 horas, prestando um apoio integrado à comunidade. Aqui, na Farmácia S. José, mantivemos o gabinete de apoio ao utente com todos os nossos serviços farmacêuticos. Temos essa responsabilidade e obrigação. Prestar um serviço de excelência à comunidade é crucial, na medida em que constituímos o primeiro contacto do utente na doença, essencialmente num momento de crise, como este que atravessamos. É de extrema importância garantirmos uma resposta solidária à população e é neste sentido que a Farmácia S. José se disponibilizou a prestar os serviços farmacêuticos, de forma gratuita, entre eles: aplicação de injetáveis, medição dos parâmetros bioquímicos, rastreios e gestão terapêutica. De salientar a relevância da ANF – Associação Nacional de Farmácias –, em tempos da Covid-19, que, através dos seus gestores de associados, garante a articulação da informação e um apoio permanente às necessidades de cada farmácia. No caso da Farmácia S. José, para além do gestor de associados, tem também ao dispor um serviço de consultoria, levada a cabo pela Adjustt (Glintt). Através das suas notáveis consultoras, assegura soluções às reais dificuldades da farmácia, inerentes à atividade, num contexto de crise, em particular. E para assinalar o Dia Nacional do Farmacêutico, deixo aqui uma saudação e agradecimento especial aos meus colegas e,

em especial, à Ordem dos Farmacêuticos, pela representação da nossa classe. Finalmente, pretendo agradecer e prestar a minha homenagem ao trabalho desenvolvido por todos os elementos da minha equipa, que desde sempre, mas agora em particular, no período que atravessamos, têm dado o seu melhor. Sempre presentes! Para tal, torna-se fundamental mencionar o valor de cada elemento que constitui a nossa equipa: • O Eugénio, jovem gestor que desempenha um papel preponderante e brilhante na administração e gestão da farmácia; • O Eduardo, farmacêutico que se revela uma mais-valia absoluta. É sempre disponível e prestável no desempenho das suas funções, com excelência; • Por fim, e igualmente importante, quero ressalvar o trabalho da dona Fernanda, responsável pela higienização da farmácia, que em tempos de pandemia, mais do que nunca, assegura as condições de higiene e segurança da farmácia, no seu melhor. Não quero terminar sem deixar de agradecer ainda a Deus, por toda a sua graça. A todos, o nosso muito obrigada e bem-haja!

Fazemos mais pela sua saúde. Serviços de saúde disponíveis na sua farmácia: • Gestão do medicamento • Medicamentos manipulados • Dermocosmética • Podologia • Nutrição • IMC/Peso • Enfermagem • Entrega ao domicílio • Testes de diagnóstico rápido: • Tensão Arterial • Colesterol Total • Triglicéridos • PSA • Ácido Úrico • Glicemia • Gravidez

CONTACTOS: Av. da República 306/314 4830-513 Póvoa de Lanhoso 253 102 766 farmacia_sjose@hotmail.com REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 39


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PETS ESPECIAL

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ESPECIAL PETS

CONSELHOS ÚTEIS PARA O SEU ANIMAL Não utilize sedativos antes e durante os voos. Podem ocorrer reações adversas a medicamentos, como dificuldades respiratórias durante a mudança na pressão de ar. As medidas que são necessárias saber para o transporte do seu cão são: • • • • • • •

Comprimento (cm) = Nariz à raiz da cauda – cauda excluídos; Altura (cm) = Chão ao topo da cabeça em pé; Largura (cm) = No ponto mais largo; Não alimente o seu cão imediatamente antes da viagem ou durante o voo; Não coloque brinquedos no interior da transportadora (devido ao risco de asfixia por ingestão). Também é aconselhável tirar a coleira antes da viagem; Exercite o seu cão antes da viagem; Treine o seu cão a estar dentro da transportadora que vai ser utilizada na viagem, pelo menos com um mês de antecedência. Este treino pode consistir em deixar a caixa numa zona acessível, torná-la confortável e deixar a porta aberta para que possa entrar e sair livremente. Qualquer viagem é sempre uma experiência nova para o cão, mas a maioria passa por esta situação sem qualquer dificuldade, pelo que devemos estar calmos e tentar não passar a nossa ansiedade! Carolina Rebelo, Médica Veterinária

Nome do medicamento veterinário Seresto coleira 4,50 g + 2,03 g para cães > 8 kg. Número de autorização: 365/04/11DFVPT. Data da autorização: 8 de Agosto de 2011. Espécies alvo Caninos (cães > 8 kg). Indicações Tratamento e prevenção de infestações por pulgas (Ctenocephalides felis, C. canis) durante 7 a 8 meses. Protege o ambiente envolvente do animal contra o desenvolvimento das larvas de pulga durante 8 meses. O medicamento veterinário pode ser utilizado como parte de uma estratégia de tratamento para o controlo da Dermatite Alérgica a Picada de Pulga (DAPP). O medicamento veterinário tem uma eficácia acaricida (mata) contra infestações por carraças (Ixodes ricinus, Rhipicephalus sanguineus, Dermacentor reticulatus) e uma eficácia repelente (impede a alimentação) persistente contra infestações por carraças (Ixodes ricinus, Rhipicephalus sanguineus) durante 8 meses. É eficaz contra larvas, ninfas e carraças adultas. As carraças já presentes no cão antes do tratamento podem não morrer nas 48 horas após a colocação da coleira, podendo permanecer fixadas e visíveis. Assim, é recomendada a remoção das carraças presentes no cão no momento da colocação. A prevenção de novas infestações por carraças inicia-se nos dois dias após a colocação da coleira. O medicamento veterinário oferece proteção indireta contra a transmissão dos agentes patogénicos Babesia canis vogeli e Ehrlichia canis pela carraça vetor Rhipicephalus sanguineus, reduzindo assim o risco de babesiose canina e erliquiose canina durante 7 meses. Redução do risco de infeção com Leishmania infantum transmitida por flebótomos por um período de até 8 meses. Tratamento de infestação por piolhos mastigadores (Trichodectes canis). Precauções especiais para utilização em animais Não aplicável. Precauções especiais a adotar pela pessoa que administra o medicamento aos animais Manter o saco com a coleira dentro da embalagem exterior até à utilização. Como para qualquer medicamento veterinário, não deixar as crianças pequenas brincar com a coleira ou colocá-la na boca. Os animais que usam a coleira não devem dormir na cama com os seus donos, especialmente as crianças. Enquanto a coleira está colocada, o imidaclopride e a flumetrina são continuamente libertados para a pele e pelo do animal. O medicamento veterinário pode causar reações de hipersensibilidade em algumas pessoas. As pessoas com hipersensibilidade conhecida (alergia) aos componentes do medicamento veterinário devem evitar o contacto como mesmo. Em casos muito raros, o medicamento veterinário pode causar irritação cutânea, ocular e respiratória em algumas pessoas. Em caso de irritação ocular, lavar os olhos abundantemente com água fria. Em caso de irritação da pele, lavar a pele com sabão e água fria. Se os sintomas persistirem, consulte um médico e mostre-lhe o folheto informativo ou o rótulo. Deitar fora imediatamente quaisquer restos ou pedaços cortados da coleira (ver Posologia e via de administração). Lavar as mãos com água fria após a colocação da coleira. Posologia e via de administração Uso cutâneo. Uma coleira por animal que deve ser colocada à volta do pescoço. Para cães com mais de 8 kg utilizar uma coleira de 70 cm de comprimento. Cães pequenos com peso corporal até 8 kg utilizar uma coleira para cães ≤ 8 kg de 38 cm de comprimento. Apenas para uso externo. Antes da utilização, retirar diretamente a coleira do saco. Desenrolar a coleira e verificar que não há restos das tiras de ligação de plástico agarrados à parte interna da coleira. Ajustar a coleira à volta do pescoço do animal sem apertar demasiado (como orientação, deve deixar-se uma folga suficiente de modo a que entre o pescoço e a coleira caibam 2 dedos). Puxar a coleira pela presilha e cortar o excesso do comprimento deixando 2 cm a seguir à presilha. A coleira deve ser usada continuamente durante o período de proteção de 8 meses e deve ser removida após o período de tratamento. Verificar periodicamente e ajustar se necessário, principalmente quando os cachorros crescem rapidamente. Medicamento veterinário não sujeito a receita médico-veterinária. Leia cuidadosamente as informações constantes do acondicionamento secundário e do folheto informativo e, em caso de dúvida ou persistência dos sintomas, consulte o médico veterinário.

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ESPECIAL PETS | PARASITAS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

PARASITAS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS

V

amos a factos: cada pulga põe cerca de 30 ovos por dia durante o seu ciclo de vida. Uma carraça põe cerca de quatro mil ovos e um mosquito não necessita de mais do que uma pequena quantidade de água parada para se reproduzir à velocidade de 150 ovos por dia durante o seu ciclo de vida. Conclusão? É fundamental manter uma regular higiene e fazer um tratamento preventivo das pragas que se infestam nas casas. E, para quem tem animais de estimação, o alerta é ainda maior: use um repelente eficaz contra os parasitas que facilmente se alojam nos animais – pela saúde deles e pela sua. A globalização – as mudanças sócio culturais, as alterações climáticas – interfere diretamente na existência de parasitas. As alterações climáticas do planeta – segundo relatórios de diversas agências internacionais a temperatura atual estará 0,5 ºC acima da média dos últimos 10 mil anos e a tendência é de aumentar cada vez mais – introduzem uma série de fenómenos na sociedade. Verificamos o aumento da sobrevivência dos agentes parasitários em épocas que normalmente eram desfavoráveis para a sua sobrevivência, como os invernos cada vez menos frios e mais favoráveis ao desenvolvimento e sobrevivência de carraças transmissoras de hemoprotozoários e riquétsias, das suas larvas que irão aumentar a população de ixodídeos na primavera seguinte, de flebótomos transmissores de Leishmania spp, de mosquitos vetores de Dirofilaria immitis e ainda um maior tempo de permanência de ovos e larvas de helmintes no ambiente. Além disso, aumentou a variedade de espécies de mosquitos e carraças. Ainda se questiona a influência real destes fatores no aumento de doenças dos animais domésticos, mas a verdade é que, nos últimos anos, têm sido registadas várias situações parasitárias com origem em artrópodes ou em doenças transmitidas por estes, que não se verificavam há alguns anos. Em Portugal, a Leishmaniose, doença provocada pelo protozoário Leishmania infantum, parasita do cão e dos humanos, continua a ser muito frequente. Como é transmitida por um inseto vetor do género Phlebotomus, a sua dispersão é relativamente fácil, com particular incidência nas áreas da Grande Lisboa, Alto Douro e Algarve. Assim, a solução passa por manter uma higiene cuidada da casa e uma atenção redobrada aos animais domésticos, com aplicações de repelentes contra os parasitas.

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L

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Dar é cuidar. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 45


SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE “O confinamento que aprisionou milhões de pessoas nas suas próprias casas está a obrigar o mercado imobiliário a repensar a habitação. Espaços exteriores e locais de teletrabalho são o novo normal. E a nova realidade assenta forçosamente em casas mais arejadas, com espaços exteriores e zonas específicas para o teletrabalho, pois como têm vindo a alertar os especialistas, este poderá passar a integrar os hábitos de trabalho, até porque após esta pandemia poderão surgir outras.” In Visão 2020 tem sido o ano dos desafios, das adaptações, das inseguranças e tem sido, também, o ano em que se repensa quase tudo. A saúde passou a estar, verdadeiramente, em primeiro lugar e tudo o resto tem de procurar salvaguardar o nosso bem-estar e o dos nossos entes queridos. No Algarve, apesar de região turística por eleição, o cenário acompanha o resto do país. As farmácias, clínicas e hospitais trabalham em dobro para conseguirem dar resposta às necessidades da população e os profissionais de saúde assumem uma importância maior do que nunca. A par da nossa saúde, temos outro bem muito precioso para todos. A nossa casa. O nosso lar. E foi com o propósito de perceber de que forma esta nova realidade alterou o conceito de “lar”, que nos debruçamos sobre este tema e que vos trazemos exemplos de empresas de saúde e do ramo imobiliário, por forma a darmos a conhecer o trabalho que tem sido feito na zona mais a sul do país.

Veja no interior: - Taviclínica - Farmácia Albufeira - Farmácia Alves de Sousa - Saber Dentária - Habiclinic - Mount Olympus - APA Imobiliária - RCM Construções

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Horário a partir do próximo dia 1 de Novembro:

Segunda a Sexta-feira: 8-23h Sábado: 8-22h Domingo: Encerrado

Especialidades Médicas de Especial Relevo: Medicina Geral e Familiar Medicina Dentária e Ortodontia Cirurgia Geral Cirurgia Vascular Cardiologia e ECD Angiologia Dermatologia Endocrinologia Gastroenterologia Ginecologia/Obstetrícia Neurologia Oftalmologia Ortopedia Otorrinolaringologista e Exames Auditivos Pediatria Psiquiatria Pneumologia Reumatologia Urologia Consultas Técnicas e Terapêuticas Alternativa: Psicologia Psicanalise Terapia da Fala Fisioterapia Respiratória Podologia Nutrição Acupunctura Osteopatia

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SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE | TAVICLINICA

AO CUIDADO DA SUA SAÚDE Jean Pierre Rancher, fundador

Em entrevista à Revista Business Portugal, Jean Pierre Rancher, fundador, apresenta-nos a Taviclínica, conhecida como a “clínica do francês”. A clínica chegou a Portugal há 30 anos e empenha-se em prestar as melhores condições de atendimento e garantir o bem-estar da população.

A

ntes de chegar a Portugal, Jean Pierre iniciou a carreira médica numa cidade no sul de França, Perpignan. Naquela região, recebia muitos portugueses, que na sua maioria eram de Tavira. Foi então, no decorrer do trabalho, que conheceu uma portuguesa natural da pequena cidade algarvia. Razão pela qual se mudou para Portugal e fundou a Taviclínica. A clínica conta com médicos especialistas em diversas áreas, de modo a oferecer uma equipa de excelência, com atendimento personalizado, disponível de segunda-feira a sábado; e ao domingo, por telefone. Disponibiliza serviços de consultas em ambulatório e consultas ao domicílio. Recentemente, também coloca ao dispor do paciente, vídeo-consultas para as especialidades de Clínica Geral, Dermatologia, Psicologia, entre outras especialidades, para aquelas pessoas que não consigam deslocar-se à clínica ou se encontrem em isolamento, proporcionando assistência médica a um maior número de pessoas. A acupuntura, análises clínicas, audiologia, enfermagem, fisioterapia respiratória, nutrição osteopatia, podologia, terapia da fala, são algumas 48 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

das valências que estão disponíveis. São, no total, 33 especialidades, 57 profissionais e 10 parcerias. A equipa que Jean Pierre considera “multifuncional e sempre disponível” é praticamente a mesma desde a abertura da clínica. O agradecimento estende-se à população de Tavira, por todo o sucesso que a clínica conseguiu conquistar ao longo do tempo: “São pessoas muito simpáticas”, afirma. 2020 e os novos desafios para a saúde Quando a clínica abriu, “trabalhava 24 horas por dia”, era algo momentâneo, mas acabou por seguir sempre esse horário de trabalho, até antes da pandemia. Hoje, esse serviço 24 horas é disponibilizado através de um serviço designado “SOS Médicos”, que funciona através de chamadas telefónicas: “A pessoa telefona para a clínica, há sempre

um médico disponível que, em caso de urgência, atende ao domicílio ou na própria Taviclínica”. Para além disso, a clínica encontrava-se aberta ao domingo e os pacientes podiam chegar em qualquer momento. No entanto, esse é outro ponto que se alterou, devido à situação provocada pela pandemia do novo Coronavírus, ou seja, Jean Pierre optou por encerrar a Taviclínica ao domingo, situação que se poderá reverter, uma vez que estão a ser feitos todos os esforços para reorganizar o funcionamento da clínica ao domingo, sempre de acordo com as normas de segurança em vigor. No entanto “a linha telefónica está sempre a funcionar para quem tiver alguma urgência”. Hoje, orgulha-se de poder dizer que tem na clínica “mais de 110 mil processos clínicos”, que se traduzem em cerca de 150 a 200 consultas por dia,


TAVICLINICA | SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE

DESDE 1992

distribuídas por todas as especialidades da clínica. Os utentes não vêm só de Tavira, vêm de várias regiões, principalmente de Lisboa, Portimão, Sintra e Alentejo. Apesar da situação atual não ser a mais favorável, na Taviclínica “trabalha-se ainda mais do que o habitual”. Consequência da diminuição do número de consultas no centro de saúde, que obrigou a população a procurar outros locais para responder às suas necessidades. E, por isso, como nos confidencia Jean Pierre, “o ano de 2020, até agora, foi um ano com muito mais trabalho”. Em Tavira, há cada vez mais casos de Covid-19, “mas a população tem consciência de que temos de tomar precauções”. Durante o confinamento, houve pessoas que ficaram mais de quatro meses em casa e, com o isolamento obrigatório, surgiram mais problemas de depressão, ansiedade, “sobretudo nas pessoas mais velhas” e, segundo o fundador, “há mais procura de consultas do foro psicológico”.

Projetos futuros No que diz respeito à situação pandémica, Jean Pierre acredita que “não haverá mudanças, pouco a pouco vamo-nos habituando a esta situação”. E, por isso, não receia o futuro do trabalho que tem vindo a desenvolver na clínica. A situação atual complica os negócios do ponto de vista financeiro, mas existem sempre novos projetos em mente. O médico tem a “intenção de construir um hospital em Tavira” e procura parcerias para concretizar esse “sonho”.

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SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE | FARMÁCIA ALBUFEIRA

FARMÁCIA HOLON ALBUFEIRA CELEBRA QUINTO ANIVERSÁRIO A Revista Business Portugal foi até à Farmácia Albufeira, onde esteve reunida com André Vila Nova, diretor técnico. Bem no centro de Albufeira, aqui encontramos uma equipa de profissionais que se dedica a proporcionar uma melhor qualidade de vida a todos os utentes. Ricardo Rocha, CEO

André Vila Nova e equipa

Começo por pedir que nos conte a história da Farmácia Albufeira. A Farmácia Albufeira tem cinco anos. Depois de adquirirmos a Farmácia Piedade, mudámos o conceito, quisemos inovar e marcar a diferença. Percebemos que Albufeira carecia de medicamentos e de proximidade entre a farmácia e a comunidade, portanto tentámos encontrar uma localização que servisse a todos. A outra farmácia estava muito virada para o turismo e, apesar do turismo nos fazer falta, temos de marcar a diferença, em primeiro lugar, com a nossa população. Quando iniciámos os serviços neste local, integrámos o Grupo Holon. Decidimos acompanhar este projeto porque nos revíamos nele e disponibilizamos, neste momento, os seguintes serviços: podologia; nutrição; pé diabético; dermofarmácia; preparação individualizada de medicação e acompanhamento farmacoterapêutico. Este último serviço é inovador e ainda está a dar os primeiros passos, tanto que nem é procurado pelas pessoas, somos nós que as tentamos recrutar, mas é também o que acaba por nos diferenciar. Ou seja, o que vos diferencia é o atendimento especializado? É isso que tentamos fazer desde que assumimos um compromisso com a população de Albufeira. Diferenciamo-nos pelos serviços, mas também pelo facto desses serviços serem prestados por pessoal qualificado na área da saúde. É nesse acompanhamento farmacoterapêutico que tentamos marcar a diferença. Este serviço tem uma consulta associada, mas a nossa missão começa ao balcão. O nosso objetivo é mostrar às pessoas que podemos ser úteis no acompanhamento contínuo dos seus problemas de saúde. Temos a perfeita noção de que, muitas vezes, a farmácia é a porta de entrada do SNS – Sistema Nacional de Saúde –, portanto, temos um papel fundamental no encaminhamento dos utentes. 50 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Como encararam este momento atípico? Foi e está a ser um grande desafio. Num primeiro momento, tivemos de fazer ver que era seguro para as pessoas deslocarem-se aqui. Não foi fácil, porque a farmácia nunca fechou e tivemos de implementar algumas medidas. Quando foi decretado o Estado de Emergência, havia filas enormes de pessoas, pelo que tivemos de separar a equipa, fazer turnos e reduzir o horário de funcionamento. Tivemos ainda de reinventar todo o método de atendimento, que passou a ser feito pelo postigo. Mas a farmácia não deixa de ser um negócio e, mais tarde ou mais cedo, sabíamos que íamos sentir uma enorme quebra, por isso, tínhamos que reabrir o espaço físico da farmácia o mais rápido possível, até porque no atendimento pelo postigo perde-se muito, não conseguimos ir ao encontro do tal atendimento personalizado. Como o nosso foco era voltar ao atendimento ao balcão, colocámos acrílicos de proteção e adotados um plano de contingência para qualquer eventualidade causada pela evolução da pandemia. Qual é o seu ponto de vista sobre tudo isto? O que podemos esperar dos próximos tempos? É imprevisível. Neste momento, estamos a viver dia a dia e é difícil fazer planos para o futuro. Até que surja uma vacina vai ser complicado e, mesmo depois dela surgir, vai demorar até que a população seja vacinada em massa. Até lá, iremos continuar a cumprir o nosso papel como farmacêuticos junto da população, com as limitações que temos, mas tentando sempre que a única barreira sentida seja aquele acrílico ou aquela máscara. E como está a situação no Algarve? Penso que nem toda a população tem bem noção se o Algarve está bem ou mal. Parece que a informação não chega às pessoas, a própria comunicação social não fala do Algarve como um todo e acabamos por não ter bem ideia de como está a evoluir a pandemia.


FARMÁCIA ALBUFEIRA | SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE

Consulta Farmacêutica Holon

Serviço Holon de Preparação

Serviço de Cessação Tabágica Holon Serviço Holon de Aconselhamento ao Viajante

Por outro lado, isto ajuda a que a população não fique alarmada, o que também acaba por ser bom para nós, porque quando há a notícia de algum surto, as pessoas deixam de procurar os serviços de saúde. E sendo nós uma região que vive muito do turismo, inclusive a farmácia, temos uma logística que nos leva a aproveitar o período do verão para assegurar algum conforto para o resto do ano. Este ano, os turistas que recebemos foram maioritariamente portugueses e ainda bem que vieram, porque nos permitiram ter alguma folga, possibilitando-nos o desenvolvimento de determinados projetos para o próximo ano. O que podemos esperar da Farmácia Albufeira daqui para a frente? Da Farmácia Albufeira podem sempre esperar o máximo empenho e responsabilidade em todo o seu serviço e no contacto direto com a população. Estaremos sempre disponíveis para tudo o que precisarem, sendo que, neste momento, já temos todos os serviços em funcionamento.

Serviço de Nutrição Holon

Serviço de Podologia Holon

Serviço do Pé Diabético Holon Entregas ao domicílio

Aberto 24 horas todos os dias

Serviço de Dermofarmácia Holon Serviço de Reabilitação Auditiva Holon

R. das Telecomunicações +351 289 512 254 26, 8200-184 Albufeira +351 925 837 135 farmacia.holon.albufeira@farmaciasholon.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 51


SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE | FARMÁCIA ALVES DE SOUSA

MAIS DE 100 ANOS DE EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE A farmácia é muito mais do que um simples local de compra e venda de produtos, tem um papel ativo e importante na sociedade. Exemplo disso mesmo é esta centenária de Albufeira, a Farmácia Alves de Sousa, que está ao serviço da população, não só em termos de produtos e serviços, como também ao nível da Educação para a Saúde. Em conversa com Isabel Rosa, diretora técnica, ficámos a conhecer mais de 100 anos de história.

Isabel Rosa, Diretora técnica

Fale-nos do percurso da Farmácia Alves de Sousa. Esta foi a primeira farmácia de Albufeira, sempre no âmbito da minha família e conta já com mais de 100 anos de atividade. Inicialmente, estávamos localizados na zona central de Albufeira, mas atendendo ao trânsito e à difícil acessibilidade ao centro, mudámos de instalações, em 2007. A nova localização é muito mais acessível e estas instalações são modernas, atualizadas e adequadas às novas necessidades e diversos interesses dos utentes. Qual é o tipo de cliente da Farmácia Alves de Sousa? Temos os residentes ao longo do ano, mas também os turistas de todos os continentes, na altura do grande afluxo turístico, entre março e outubro, sendo o maior pico entre junho e setembro. Este ano, como sabem, foi muito diferente. Houve menos turistas e, portanto, a vertente de apoio ao turista internacional não foi tão evidente, mas, em contrapartida, tivemos bastantes turistas nacionais.

Avenida da Liberdade, 103-B Albufeira 289 512 258

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Tendo em conta a sua experiência, como vê a evolução da carreira do farmacêutico? O farmacêutico comunitário sempre interveio com uma forte vertente de apoio e de diálogo com as pessoas e, em simultâneo, com a vertente de tentar resolver as questões de saúde que se colocavam, no entanto, era uma intervenção, talvez, menos científica e menos fundamentada, centrada na dispensa de medicamentos. Ao longo do tempo, esta vertente de apoio e de diálogo – por vezes até de apoio social, desviando-se da estrita área da saúde –, foi-se transformando e aumentando aos poucos. Paralelamente, a vertente da dispensa e do aconselhamento em relação ao medicamento, bem como a área da prestação de serviços foram-se também desenvolvendo. Agora, de forma mais consistente, conseguimos disponibilizar aos utentes várias valências, como os testes para determinação do colesterol e da glicémia, os serviços de nutrição, de podologia, de controlo do pé diabético, da hipertensão e da diabetes, de combate ao tabagismo, ou de apoio ao nível da toxicodependência. As pessoas acabam por nem ter uma ideia exata, mas, a título de exemplo, na questão do apoio a toxicodependentes, a farmácia teve um papel muito importante. No caso concreto de Albu-


feira, havia o grave problema das seringas deixadas na praia. Quando, por iniciativa da Associação Nacional das Farmácias, a farmácia passou a fornecer os kit’s – com um toalhete, um preservativo, um filtro, uma nova seringa e um desinfetante – em troca das seringas usadas, conseguiu-se controlar o enorme perigo do abandono das seringas, proteger a saúde pública e oferecer uma via de diálogo e de confiança a estes doentes. E, tendo em conta a atualidade do ano 2020, como está a ser a adaptação? Na altura do confinamento, passámos por uma situação muito complicada. Acabámos por nunca encerrar, tivemos sempre a farmácia a trabalhar, mas, durante mais de dois meses, fizemos o atendimento ao postigo. Foi muito desagradável para todos, mas principalmente para os utentes, que tinham de estar à espera na rua, em fila. No entanto, não deixámos de dar apoio e de securizar quem nos procurou. Chegámos mesmo a entregar medicamentos em casa de quem não podia, ou tinha receio, de sair. Não podemos deixar de realçar o enorme civismo demonstrado pela população de Albufeira nestes tempos complicados que temos vivido. Tomámos as medidas possíveis para manter o acompanhamento aos utentes e para garantir a dispensa dos medicamentos necessários, numa altura em que as pessoas estavam com receio que deixasse de haver medicamentos. Por outro lado, a nível interno, passámos a funcionar em espelho, ou seja, tínhamos colaboradores que só vinham da parte da manhã e outros que só vinham da parte da tarde, para evitar cruzamentos e possibilidades de contágio. Adicionalmente, implementámos as medidas de segurança que, agora, fazem parte do nosso dia a dia: acrílicos, máscaras, viseiras, luvas, desinfetantes, marcação de distâncias, cartazes de alerta. Com a entrada no outono, considera que se avizinham tempos difíceis? Penso que o facto de usarmos várias proteções individuais e coletivas, apesar de ser desagradável, vai ajudar-nos, pois irá defender-nos melhor dos contágios por via respiratória. De qualquer modo, a “época” das gripes é sempre uma altura complicada. Este ano, em algumas zonas do país, as farmácias também vão apoiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), realizando a vacinação. Em articulação com diversos municípios, muitos dos utentes que deveriam ser vacinados através dos serviços do SNS, poderão, também, ser vacinados nas farmácias, gratuitamente.

Passados mais de 100 anos, o que considera que ainda distingue esta farmácia das outras? Penso que um dos aspetos que nos distingue verdadeiramente é o facto de fazermos diversas atividades de Educação para a Saúde. Há muito que promovemos debates, encontros, caminhadas, rastreios, com o apoio de outros profissionais (médicos, enfermeiros, nutricionistas). Desenvolvemos também uma vertente de dinamização cultural. Já tivemos, por exemplo, uma exposição sobre o Museu da Farmácia, onde estavam expostas fotografias de peças do Museu. Anualmente, em maio, realizamos “A Festa do Coração”, com música ao vivo e baile, já que os nossos utentes precisam de se “mexer” e dançar é uma boa e divertida forma de exercício. Tentamos fazer uma ponte entre o apoiar as pessoas em termos de medicamentos e de serviços e o fazê-las sentirem-se acompanhadas, bem e alegres, mesmo em situações de doença. A Farmácia, para nós, enquanto agente de saúde e de bem-estar, tem uma forte vertente social, de partilha. Por outro lado, tentamos que seja ainda um local de cultura, de educação para a saúde, de integração. Trabalhamos para que a Farmácia Alves de Sousa continue, de forma atualizada científica e tecnologicamente, a apoiar a saúde das comunidades residentes e a saúde dos turistas que procuram o sol e o mar de Albufeira. Queremos estar neste presente preparados para o futuro. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 53


SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE | SABER DENTÁRIA

SABER DENTÁRIA: CRIAR SORRISOS PERFEITOS Proporcionar aos clientes uma melhor qualidade de vida é um dos principais objetivos da Saber Dentária, sublinha em entrevista à Business Portugal, Sara Mendes, administradora do grupo. A primeira clínica surgiu em Silves e, posteriormente, a administradora decidiu alargar a atividade a Monchique, Lagoa, Olhão e Almancil.

A Saber Dentária é uma empresa na área da saúde, que tem como principal objetivo oferecer aos clientes uma melhor qualidade de saúde oral, através de serviços de Medicina Dentária na área da Pediatria, Ortodontia e Cirurgia especializada. Dispõem, na região do algarve, de serviços de apoio especializados em próteses (apoiado por um laboratório dentário), Imagiologia e exames médico-dentários. Tudo isto, aliado à oferta de tecnologia avançada, vai ao encontro das necessidades dos clientes. Atualmente, as clínicas têm uma relação cada vez mais próxima com os utentes e, como refere Sara Mendes, “é cada vez mais importante as pessoas sentirem que nós conhecemos os seus problemas”. Em resposta a essa situação, a administradora divide “por dias de semana” a sua presença em cada um dos cinco espaços. Conta ainda com a ajuda dos colegas que foi recrutando “à medida que as clínicas iam aumentando”, para assim responder à procura. É um grupo completo ao nível dos serviços existentes, porque disponibiliza diferentes especialidades, mas Sara confessa que “a Ortodontia é o serviço que acabou por ser mais procurado, pela sua especialização, embora tenha mais colegas nas restantes áreas”. Diversidade de mercados Apesar de pertencerem ao mesmo grupo, as clínicas têm entre si uma grande diferença: o público que as procura. “Em Monchique, há um nicho de mercado de estrangeiros que gosta de estar mais isolado, sem a confusão do Algarve”. Por outro lado, por exemplo, Silves tem um público diferente, porque “é uma cidade que está em crescimento e desenvolvimento”. Tendo em conta todas estas disparidades regionais, a estratégia de negócios tem, por isso, que ser adaptada a cada realidade, como nos explica Sara Mendes: “A minha postura em cada um dos sítios muda um pouco, consoante o tipo de cliente que tenho”. No entanto, a administradora encara essas diferenças como algo positivo e considera que tem “muita sorte em termos de qualidade e pessoas”, nomeadamente por conseguir trabalhar com crianças, “uma sorte acrescida”, acrescenta. Segundo Sara Mendes, nos últimos tempos, o público mais 54 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Sara Mendes, Administradora

jovem tem vindo a procurar cada vez mais os seus serviços e, por isso, “o nicho de mercado acaba por se focalizar mais nessa parte”. Como nos explica, isto acontece “porque o Serviço Nacional de Saúde (SNS) oferece, atualmente, os cheques-dentista, promovendo a procura do dentista”. Habitualmente, associa-se a falta de higiene oral à carência monetária, mas Sara deparou-se com uma realidade contrária quando se especializou em Ortodontia e Odontopediatria, em Monchique. Num estudo alargado a todas as escolas do concelho, percebeu que havia “crianças com mais dificuldades em Olhão do que em Monchique, ao contrário do que seria de esperar porque em Olhão têm mais acesso a profissionais da saúde oral”. Desafios impostos pela pandemia Gerir as clínicas perante a situação pandémica foi muito difícil, porque “no início as pessoas tinham muito medo”. No entanto, na abertura, os clientes voltaram a procurar os serviços, pois “como estiveram dois meses sem qualquer tipo de cuidado dentário, havia muitas urgências e tratamentos em curso”. O grande desafio para Sara Mendes, “é o preço elevado dos equipamentos e material, porque é tudo suportado por nós”. Tem de haver uma constante mudança de material e o custo aumentou muito nos últimos meses, “mas nós não podemos aumentar nos preços praticados, principalmente numa altura de crise”. O futuro das clínicas não preocupa a administradora, porque os clientes “já tinham confiança no serviço prestado e acabaram por voltar facilmente”. O maior problema “é lá fora, porque nós seguimos as regras”. Futuramente, está prevista a abertura de uma nova clínica, reforçando a presença do grupo Saber Dentária no Algarve.


DENTAL | SAÚDE THE YELLOW MANAGER SABER | PORTUGAL CRIATIVO

Voluntariado – A promoção de sorrisos perfeitos no mundo O gosto pelo trabalho com crianças e a preocupação que demonstra com a saúde oral das mesmas, levou Sara Mendes a partir numa missão. Em março, antes da pandemia, a administradora fez voluntariado em Cabo Verde (Tarrafal), através de uma ONG e do ministério da saúde local. Nesse seguimento, a nossa entrevistada tem como objetivo “conseguir mais apoios em países com menos acessibilidade a cuidados de saúde oral” e pretende, assim que possível, regressar a mais atividades relacionadas com o voluntariado.

Serviço de Urgência 9.00h - 19.00h Segunda a Sexta

Marcações online info@saberdentaria.pt www.saberdentaria.pt

Clínica Médica e

Clínica ASM

Clínica Particular

Centro Clínico

Clínica Internacional

Dentária de Monchique

João de Deus

de Lagoa

de Almancil

de Olhão

Rua Engenheiro

Rua Comendador

Rua da Liberdade Nº 38

Rua do Calvário Edifício 19

EN 125 Algarve Outlet

Duarte Pacheco Nº 35

Vilarinho Nº 9

8400-369 Lagoa

Bloco 1 R/C Esq.

Nº 100 Lojas 2.02-2.05

8550-462 Monchique

8300-157 Silves

8135-123 Almancil

8700-137 Olhão

+351 282 912 480

+351 282 440 030

+351 282 342 720

+351 289 390 870

+351 289 247 222

+351 925 533 001

+351 961 519 734

+351 916 369 734

+351 914 392 590

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SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE | HABICLINIC

SERVIÇOS DE SAÚDE DISTINTOS E INOVADORES Em entrevista à Revista Business Portugal, Hugo Arez deu-nos a conhecer a Habiclinic, uma unidade de serviços de saúde situada em Albufeira. Presente no mercado há já dez anos, a clínica possui as especialidades de medicina dentária, ecografia, fisioterapia, nutrição, psicologia, terapia da fala, acupunctura, enfermagem e fisiatria. Inicialmente, a Habiclinic era um espaço maioritariamente dedicado à fisioterapia, mas Hugo Arez percebeu que “havia necessidade de ter outras valências complementares à fisioterapia”. Foi então que decidiu abrir a clínica para “abranger mais áreas e também para dar resposta às necessidades das pessoas”. Com o alargamento de especialidades, a equipa foi aumentando, como nos explica o diretor: “Inicialmente, trabalhava só eu como fisioterapeuta, neste momento já somos quatro fisioterapeutas”. Conta com uma equipa multidisciplinar, dotada de profissionais com formação na sua área de intervenção, que recorrem às mais inovadoras técnicas de diagnóstico e terapêutica, de forma a “alcançar um mercado mais abrangente”. Serviço diferenciado A Habiclinic é uma empresa familiar, porque “a proximidade com a população é muito grande” e aposta na qualidade e diferenciação em termos de serviço. Hugo Arez refere que a clínica trabalha para o público em geral, maioritariamente entre os 50 e os 60 anos, mas também dá apoio às equipas de futebol e basquetebol da região algarvia. Nesse sentido, disponibilizam protocolos de colaboração com várias equipas a nível local. São vários os fatores que, de acordo com o fisioterapeuta, diferenciam o serviço da Habiclinic: “utilizamos técnicas de vanguarda e inovadoras e apenas atendemos um paciente por hora”, garante. Esse método de trabalho permite-lhes dedicar o tempo necessário a cada utente, por sua vez, conseguir “mais facilmente perceber a origem dos problemas da pessoa”. A clínica tem vindo a crescer em várias valências e procura profissionais que sejam os melhores nas suas áreas, para que desta forma possa acrescentar serviços que tragam mais valor e que respondam às necessidades dos clientes.

Hugo Arez, Administrador

A fisioterapia em 2020/na pandemia Para Hugo Arez, esta é uma área com grandes desafios: “é preciso desmistificar o que tem sido a fisioterapia nos últimos anos”. É uma área que está em constante evolução, porque, nos dias de hoje, são utilizadas técnicas diferentes e um pouco mais avançadas do que anteriormente e são deixadas de parte outras técnicas que utilizávamos há uns anos”. Durante a pandemia, o público continuou a procurar os serviços: “Inicialmente as pessoas tinham receio, mas agora há um maior à vontade para procurar a fisioterapia”. Mas, apesar de terem voltado a prestar os serviços dentro da normalidade possível, é importante transmitir a confiança ao público e, para isso, são diariamente cumpridas todas as normas impostas pela DGS. Futuramente, as principais ambições serão garantir estabilidade, continuar a crescer e oferecer um atendimento de qualidade ao cliente.

www.habiclinic.pt Urbanização Habijovem Bloco C, Lote D, loja Cj 8200 Albufeira

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www.facebook.com/Habiclinic habiclinic@gmail.com 289 516 938 / 964 615 524


MOUNT OLYMPUS | SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE

MOUNT OLYMPUS DÁ NOVO SIGNIFICADO AO CONCEITO DE VIDA INDEPENDENTE PARA SENIORES Este edifício-piloto, composto por 12 apartamentos de tipologia T2, será inaugurado na primavera de 2021. Mais do que uma construção com apartamentos de luxo, este é um conceito único que alia o bem-estar, à acessibilidade e aos serviços. Mount Olympus constitui uma oportunidade para os seus residentes desenharem o seu próprio estilo de vida, de acordo com as suas necessidades e expectativas. Este é um espaço privilegiado para aqueles que procuram um estilo de vida saudável e interação social. O fundador do conceito, Frank Decan, percorreu o mundo ao longo de toda a sua vida. É um empresário de sucesso e autodidata para quem o impossível não é um obstáculo, graças à sua capacidade de encontrar soluções e oportunidades onde habitualmente os outros apenas veem problemas. O seu empreendedorismo reflete-se no grande número de empresas em dificuldade, inclusive, algumas à beira da falência, que ele ajudou a reestruturar, reorganizar e garantir-lhes um futuro brilhante. Ao longo da sua carreira frequentou todo o tipo de hotéis, onde teve oportunidade de vivenciar a mais valia de um serviço de concierge nos hotéis mais prestigiados. Com a aproximação da fase sénior da vida, aquela em que se procura paz, estabilidade, comodidade e bem-estar, deparou-se com a dura realidade vivida por muitos seniores, independentemente do seu nível socioeconómico: as pessoas trabalham toda uma vida acreditando que um dia terão uma reforma gratificante e bem merecida, REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 57


SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE | MOUNT OLYMPUS

mas acabam muitas das vezes por sentir o peso da solidão e da dependência nos lares ou residências para seniores, ou ainda o constrangimento de voltar a viver com os filhos, condicionando a privacidade de todos. O desafio de responder a esta complexa situação motivou Frank Decan a, mais uma vez, encontrar soluções para este problema e a transformar uma ameaça numa oportunidade. O nome deste conceito deriva da mitologia Grega onde Mount Olympus representava “a Casa dos Deuses”. A intenção é oferecer aos residentes de Mount Olympus a liberdade de desenhar o seu próprio estilo de vida independente e dar a oportunidade de estes decidirem como e quando aceder ao vasto leque de serviços disponibilizado. Dos mais básicos serviços domésticos aos mais exigentes cuidados de saúde, passando pelo lazer e bem-estar, Mount Olympus reúne as condições ideais para que os seus residentes se sintam “como Deuses!” A Casa dos “Deuses” dispõe de um Roof Top panorâmico para beneficio de todos os residentes Quando se pensa em casas modernas e de luxo, o que se pretende na verdade? Podemos enumerar imensas características e fatores, mas, depois de se conhecer o Mount Olympus, apercebemo-nos do que realmente importa: a acessibilidade, a qualidade e a interação social.Comecemos pelo estilo de vida que se pretende promover. Aqui o conceito de interação social ganhará lugar e será incrementado pela disposição do próprio edifício. O roof top deixará de ser privilégio de uns para passar a ser acessível a todos. O jacuzzi, o bar e as zonas de lazer poderão ser usufruídas por todos os habitantes deste edifício. O isolamento e a solidão não serão mais um problema. Envelhecer é uma realidade transversal a todos, no entanto, são comuns as barreiras arquitetónicas que os edifícios apresentam. Simplificar e modernizar, por forma a tornar os espaços mais acessíveis e de fácil movimentação, tem sido um processo moroso, talvez porque o envelhecimento ainda não é muito pensado. Todos nos esquecemos que envelhecemos a cada dia que passa. Todos, menos quem idealizou o Mount Olympus. Aqui não existirão degraus desnecessários, eletrodomésticos de 58 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

João Pereira, Diretor geral do projeto

“Tive a honra e o privilégio de merecer a confiança do Sr. Frank no sentido de concretizar o conceito que lhe é de grande estima e para o qual as suas instruções foram bem claras: Criar algo único e excecional para os residentes, sem olhar aos custos. Eu acredito que o Mount Olympus poderá revolucionar a forma como o Algarve e Portugal poderão atrair a atenção do mercado internacional sénior. Se o Algarve já é conhecido pela hospitalidade, qualidade do atendimento, gastronomia e pelo clima, faltava mostrar que também somos capazes de fazer algo diferenciado, muito personalizado e a pensar no bem-estar das pessoas que nos procuram para viver esta fase da vida. Aqui procuramos conjugar a saúde e o envelhecimento com o imobiliário.”


MOUNT OLYMPUS | SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE

difícil acesso, fios, ou outros elementos que atrapalham, mas que “fazem parte”. Aqui tudo foi pensado ao pormenor e construído de acordo com o que se pretende: um edifício otimizado, que garante que todos os pormenores foram tidos em conta para um dia a dia tranquilo e sem sobressaltos evitáveis. A juntar a isto, temos a qualidade do ar que se vai respirar dentro do Mount Olympus. Todos os apartamentos têm uma funcionalidade pioneira em edifícios de habitação que diz respeito a um sistema de filtragem e purificação do ar. Ainda não existia a pandemia do Covid-19 e este fator já tinha sido pensado para estes apartamentos. Hoje, torna-se ainda mais necessário, atual e urgente, porque, assim, poder-se-á evitar, prevenir e controlar problemas respiratórios que advêm do ar poluído e não tão saudável a que todos os dias estamos sujeitos no interior de nossas casas. A garantia é de que aqui a qualidade do ar interior será elevada, protegendo os residentes do desconforto e complicações associadas à qualidade do ar e às doenças de foro respiratório. A questão da saúde e bem-estar também não foi descurada. Mount Olympus surpreende-nos com o inovador serviço personalizado “My Butler”. Este serviço integrado no conceito está disponível 24/7 e permitirá aos residentes usufruir ou requisitar um vasto leque de serviços desde a comodidade do seu lar, sem ter de aguardar dias, semanas ou meses pela concretização dos mesmos. Será como dispor de um serviço de concierge de um hotel 5 estrelas.

As mais-valias das sinergias locais Mount Olympus pretende rodear-se das boas empresas que já operam localmente, procurando assim otimizar os serviços já existentes e desafiar ao surgimento de novas ofertas. Todos os que se identifiquem com este conceito e pretendam fazer parte, serão bem-vindos. O objetivo é disseminar este conceito de “independent living” e colocar o Algarve e Portugal na rota dos destinos para viver a idade da reforma. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 59


SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE | APA IMOBILIÁRIA

A IMOBILIÁRIA QUE RESOLVE POR SI No mercado algarvio desde 1987, a APA Imobiliária afirmou-se quando, em 2008, criou a sua sede em Faro. E foi aí mesmo que a Revista Business Portugal esteve à conversa com Madalena Lança, gerente daquela que é uma imobiliária que regista um crescimento sustentado, alicerçado num serviço que prima pela proximidade dos clientes e pela confiança que transmite.

Madalena Lança, Gerente

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APA Imobiliária inseriu-se no mercado de Faro em 2008, na mesma altura em que Madalena Lança se estreou no setor imobiliário. Depois de vários anos dedicados à educação, enquanto professora, a nossa entrevistada decidiu aventurar-se por conta própria numa experiência completamente nova: “Resolvi mudar de vida e estou contente com essa decisão”, começa por nos contar. Depois desta ousada reviravolta, Madalena Lança foi adquirindo experiência no sector, ao mesmo tempo que a APA Imobiliária foi evoluindo e introduzindo novos métodos, traduzindo-se num aumento contínuo de clientes, que optam por esta imobiliária no momento de encontrar a solução ideal para comprar ou vender casa. Tendo, desde sempre, como primazia a confiança e proximidade dos clientes, a APA Imobiliária trabalha com dois mercados distintos: “Na sua origem, a empresa estava focada no mercado de residência permanente, no mercado local, mas depois da crise e com a quebra de distâncias através da internet, começámos a apostar em comunicação para outros países e o facto é que os resultados foram bastante positivos. Coincidentemente, nessa altura, Portugal fez algumas alterações a nível de impostos para atrair investimento sénior, nomeadamente a criação do estatuto Residente Não Habitual. “A partir desse momento, começámos quase que imediatamente a ter procura de países que até então não tinham Portugal no horizonte, como é o caso da França”, explica-nos. O mercado em tempo de pandemia Segundo Madalena Lança, o momento atípico que vivemos veio mudar a forma 60 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

como as pessoas olham para a sua casa: “Muitas vezes, as casas eram um espaço onde as pessoas iam, basicamente, dormir. A partir do momento que tiveram de ficar confinadas a esse mesmo espaço, começaram a refletir e a perceber o quão é importante estar confortável na sua casa. Houve uma mudança de conceito de lar, a partir de um determinado momento do confinamento, a procura por casas de campo disparou. Normalmente, este tipo de imóveis era mais procurado por mercados estrangeiros, mas também os portugueses que vivem na cidade começaram a olhar para eles. Por outro lado, aumentou a procura de casas com espaços exteriores e que não partilhem espaços com vizinhos”. Mas não só o perfil do consumidor mudou, também a forma de trabalhar teve de ser adaptada. Apesar da APA Imobiliária nunca ter interrompido a sua atividade, com o confinamento houve a necessidade de trabalhar à distância, o que levou a equipa da APA a arregaçar as mangas a partir de casa. Tarefa que foi encarada com otimismo e resiliência e que não foi difícil de implementar, também por “culpa” das tecnologias que facilitam e simplificam os processos. Apesar de todas estas contrariedades, Madalena Lança assegura-nos que o mercado imobiliário continua com bastante procura: “Não notámos que tenha havido uma quebra de confiança para o investimento. As pessoas estão a adiar a sua vinda, até que se sintam mais seguras, mas apesar de existirem estas limitações a nível da movimentação, o

número de pessoas que manifesta o desejo de comprar uma casa não reduziu”. Com um serviço pensado para o cliente, desde o início até ao fim, a APA Imobiliária assegura manter-se próxima dos seus clientes, nunca quebrando a confiança cimentada. Portanto, assim que rumar até Faro, na busca de uma solução à sua medida, esta equipa estará pronta para o receber, como sempre esteve, com o máximo profissionalismo e assegurando um acompanhamento sublime.

CONTACTOS: AMI: 11950 Rua de 1 Maio, nº 8 de 8000-411 Faro Telefone: (+351) 289 393 666 Telemóvel: (+351) 961 548 318

www.apaimobiliaria.pt info@apaimobiliaria.pt


R. C. M. & Filhos

Brejos-Branqueira 8200 - 315 Albufeira 964 570 935 rcm-construcoes@hotmail.com REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 61


SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE | RCM & FILHOS

PRIMAR PELA DIFERENÇA Com obras espalhadas por todo o Algarve, a RCM & Filhos Lda dedica-se, principalmente, à construção de grandes investimentos. Em entrevista à Revista Business Portugal, Eduardo Cavaco, administrador e filho do fundador da empresa, destaca a qualidade e a transparência que dedica a cada projeto.

Eduardo Cavaco, Administrador

Fundada em 2001, o Grupo RCM & Filhos Lda, sediada em Brejos, Albufeira, conta com com várias empresas ligadas ao grupo (Round Smile – Construções, Cordial Morning Lda e Quenn Palm Villas Lda), todas elas se dedicam, principalmente, à construção civil e imobiliária. Destaca-se no mercado pelos elevados padrões de qualidade, capacidade técnica e inovação, aliados à honestidade e transparência dos seus negócios. Eduardo Cavaco considera-se “ambicioso”, gosta de “comprar, vender, construir projetos de luxo” e de estar “envolvido nos negócios”. Desde muito jovem que tem um espírito de empreendedor, começou num negócio de praia, juntamente com um amigo, mas estar ligado ao negócio de família não era um dos seus objetivos. No entanto, em 2006, viu-se “obrigado” a agarrar o negócio do pai e daí crescer e desenvolver a empresa. Desde então, a empresa tem vindo a crescer e tem, neste momento, construções em toda a região do Algarve. Ponto chave: liderança Como nos explica Eduardo Cavaco, a RCM & Filhos conta com profissionais dedicados e que considera “braços direitos”. Na empresa trabalham cerca de cem pessoas diariamente, como o próprio refere, “não é fácil manter todos os funcionários com entusiasmo e com dinâmica”, papel que compete ao administrador desempenhar. “É preciso estar no terreno. Às quatro ou cinco da manhã já estou no terreno a trabalhar. Vou a todas as obras para ver se está tudo a funcionar”, acrescenta. Para além disso, a empresa conta também com profissionais especializados nas áreas de arquitetura e engenharia. O empresário salienta que o sucesso do negócio se deve à transparência que tem com os clientes e à preocupação constante com os pormenores de uma construção e que fazem a diferença: “Quando um cliente compra ou manda fazer uma casa de milhões de euros devemos enaltecer os acabamentos de luxo e de perfeição dos mesmos”. A pandemia não colocou qualquer entrave ao crescimento do negócio, uma vez que o trabalho foi sempre constante e nunca estiveram parados, até porque “há sempre um timing para começar e acabar” os trabalhos, sublinha o empresário. Para além disso, a empresa trabalha com clientes, maioritariamente estrangeiros, “com muito poder de compra”, o que não compromete a oferta e a procura de trabalho. 62 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


RCM & FILHOS | SAÚDE E IMOBILIÁRIO NO ALGARVE

Fazer a diferença em tempos de pandemia Na opinião de Eduardo Cavaco, a organização, estrutura e dinamica, são as “condições básicas” para o sucesso de um negócio, nomeadamente da RCM & Filhos. O objetivo é ser “completamente diferente dos outros, fazer a diferença”. Brevemente, a RCM & Filhos vai iniciar a construção de um aldeamento turístico, composto por apartamentos de luxo. O empresário mostra-se otimista relativamente ao futuro e refere que “o importante é ter vontade de trabalhar”, para enfrentar a situação da pandemia da melhor maneira possível. A pensar no futuro, a empresa aposta na diferenciação, apresentando cada vez mais qualidade nos serviços prestados, sendo este um fator chave nas definições da política competitiva da empresa. O empresário considera que a RCM & Filhos prima pela excelência no trabalho e pela relação de confiança com os funcionários e clientes.

"Na opinião de Eduardo Cavaco, a organização, estrutura e dinâmica, são as “condições básicas” para o sucesso de um negócio, nomeadamente da RCM & Filhos. O objetivo é ser “completamente diferente dos outros, fazer a diferença"

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ARTIGO DE OPINIÃO | ORDEM DOS ADVOGADOS

OS ATUAIS DESAFIOS À ADVOCACIA

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advocacia portuguesa atravessa, presentemente, uma fase extremamente complexa, em virtude da pandemia Covid-19 que, não apenas dificultou imenso o trabalho de muitos advogados, como também tem vindo até a pôr em causa os direitos e prerrogativas que lhes são garantidos por lei. Efetivamente, salienta-se, em primeiro lugar, que muitos serviços públicos praticamente deixaram de funcionar durante a pandemia, e que o atendimento aos mesmos apenas se consegue fazer por marcação telefónica, na qual não é respeitada a preferência no atendimento que é reconhecida aos advogados pelo art. 79º, nº2, do EOA. Tal representa uma clara violação da lei, que deverá ser impedida com a criação pelos serviços públicos de linhas próprias para atendimento aos advogados, onde a sua preferência no atendimento seja respeitada. Outro dos problemas que, atualmente, se verifica é a falta de condições de segurança e de trabalho para os advogados em muitos tribunais do nosso país, que têm mostrado ser lugares de risco para a propagação do novo Coronavírus. Na verdade, depois da desastrada reforma do mapa judiciário, levada a cabo pelo Governo anterior, o país ficou com os tribunais concentrados nas grandes cidades, o que levou ao encerramento de muitos tribunais do interior, onde se poderiam fazer julgamentos com todas as condições de segurança. Ora, os atuais edifícios dos tribunais não têm condições para garantir o distanciamento dos intervenientes processuais, o que levou à deslocação dos julgamentos para auditórios e salas de espetáculos, mas estas não permitem as adequadas condições de trabalho aos advogados. Na verdade, conforme exige o art. 72º do Estatuto da Ordem dos Advogados, os advogados têm que ter uma bancada própria onde possam trabalhar, não sendo por isso aceitável que sejam colocados na plateia de uma sala,

sem o tratamento compatível com a dignidade da sua profissão. Por outro lado, a solução que foi ensaiada durante o estado de emergência, que foi a realização de julgamentos à distância, mostrou-se totalmente inadequada. Na verdade, a ligação à internet caía sistematicamente, o que prejudicava a fiabilidade dos testemunhos, não havendo sequer garantias de que a testemunha não estivesse a ser instruída durante o depoimento. Da mesma forma, a exibição de documentos não se consegue fazer adequadamente por esta via, sendo assim manifesto que as audiências de julgamento têm que ser presenciais. Compete, por isso, aos órgãos de gestão da comarca e ao Ministério assegurarem as condições logísticas para que os julgamentos se possam fazer com as adequadas condições de segurança e de trabalho de todos os intervenientes processuais. Mas o desafio mais importante que se coloca presentemente aos advogados é a reforma do seu sistema de previdência. Efetivamente, a pandemia demonstrou as fragilidades deste sistema ao não tutelar adequadamente as necessidades dos advogados, sendo que a sua existência foi aproveitada pelo Estado para não estender aos advogados os mesmos benefícios que concedeu aos restantes trabalhadores independentes. Entendemos que essa discriminação tem que ser abolida e os advogados beneficiarem desses apoios, que são concedidos pelo Orçamento Geral do Estado e, por isso, devem estar acessíveis a todos os cidadãos. Deverá ainda ocorrer uma reforma da previdência dos advogados que tutele, adequadamente, as situações de incapacidade temporária para o trabalho. São assim inúmeros os desafios que se colocam à advocacia, mas tudo faremos para que a mesma saia desta crise mais fortalecida e com todas as condições para exercer a sua nobre tarefa de defesa dos direitos dos cidadãos. Luís Menezes Leitão Bastonário da Ordem dos Advogados

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BERNARDINO, RESENDE E ASSOCIADOS | INOVAÇÃO NA ADVOCACIA

INOVAÇÃO, FLEXIBILIDADE, TECNOLOGIA, SEGURANÇA E TELETRABALHO!

Estêvão Augusto Bernardino Advogado e sócio fundador da “Bernardino, Resende E Associados, Soc. Advogados” (BR Portuguese Boutique Law Firm)

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pandemia está na ordem do dia, é real e está presente no nosso quotidiano. Permanecerá na história da humanidade tal como outras pandemias que o mundo conheceu no passado e que ficaram no registo da história mundial, onde as presentes e futuras gerações irão estudar e olhar para esta, como nós olhámos para as que existiram. Quando surgem determinados eventos sociais, económicos ou quando somos assolados por certos fenómenos naturais, catástrofes ou, neste caso, crises sanitárias, como aquela que estamos a viver (e, diga-se, em abono da verdade, que nos últimos 20 anos assistimos a várias crises de fome e guerra), quaisquer agentes económicos, onde se incluem as sociedades de advogados, têm que se reinventar, de forma a encontrar novas formas de ultrapassar “o cabo das tormentas e vencer os quatro cavaleiros do apocalipse”, pois, é de facto uma espécie de doença apocalipsea que estamos a defrontar, à semelhança das gravuras do mestre alemão Albrecht Dürer. Para tanto, fomos obrigados a “carregar na tecla da inovação” e usar meios de inteligência artificial, (legaltechs) que permitem aos advogados uma gestão mais eficiente do seu trabalho, tornando-se preciosos instrumentos para uma melhor e mais rápida gestão de documentos e de processos e, também na realização das mais diversas diligências jurídicas relacionadas com os tribunais, por exemplo, através de uso de conferências

realizadas à distância por vídeo, usadas também com clientes, em face das regras do distanciamento social. Como em qualquer outra atividade, as sociedades de advogados rapidamente se adaptaram e encontraram o seu posicionamento, utilizando meios alternativos de organização e prestação do trabalho, mas muito mais exigentes a nível tecnológico, onde a estrutura humana das suas organizações passou a ser pensada de forma diversa, destacando um modelo e uma cultura interna assente numa maior flexibilidade, onde se permite às pessoas trabalharem em tempo e em lugares diferentes da sede dos seus locais de trabalho, onde o trabalho à distância veio desempenhar um papel fulcral, na medida em que conseguiram transcender-se os limites geográficos, culturais e temporais, permitindo uma maior e mais eficiente colaboração entre as sociedades e os seus colaboradores. Assistiu-se, por outro lado, a uma maior distribuição de responsabilidades e autonomia, assente num paradigma diferente da estrutura organizativa clássica do mercado de trabalho e emprego, que é personificada pelo planeamento, coordenação e execução do trabalho. As novas linhas de orientação do mercado de trabalho trazem consigo uma verdadeira revolução estrutural e cultural, no mercado do trabalho e emprego. De acordo com as estatísticas do EuroFound 2020 (European Foundation for the Improvement of Living and Working Conditions), desde o início da Pandemia Covid-19, aproximadamente 40 por cento das pessoas que trabalham na União Europeia, começaram a trabalhar através de teletrabalho; em toda a Europa as sociedades de advogados, à semelhança de outras organizações de pessoas, alteraram a sua forma de trabalhar e de gerir o seu tempo, através de uma maior partilha de tarefas e de cooperação. Porém, rapidamente verificámos que as dificuldades operacionais em manter um negócio remotamente, é agora uma realidade nova que veio para ficar, levando a que todos nós olhemos para as sociedades de advogados como um modelo de funcionamento atual que se adaptou eficazmente a todos os desafios que se levantaram subitamente, para desta forma, poder acompanhar a sociedade, bem como dar à mesma o que ela necessita, isto é, segurança jurídica. A ética profissional, e as questões com que nos deparámos pela forma como começámos a trabalhar remotamente, trouxe uma análise mais profunda à segurança cibernética dentro e fora do escritório, bem como o contínuo dever de representarmos os clientes com a mesma competência e diligência, protegendo informações confidenciais, cumprindo prazos e, inclusive, comparecendo remotamente a diligências nos tribunais. O uso das novas tecnologias e o teletrabalho levou a que tomássemos a consciência que muito dos velhos paradigmas relacionados com forma tradicional de encararmos a nossa profissão, podiam e foram ultrapassados, pois, fomos capazes de operar, de coordenar trabalho e equipas e de garantir com recurso às tecnologias, o armazenamento seguro dos registos dos nossos clientes, otimizando o nosso tempo e a forma como priorizamos as questões profissionais sobre as quais temos que trabalhar. A eficiência da tecnologia acaba por ser uma arma benigna para os advogados, na medida em que lhes devolve o que muitas vezes não conseguiam ter, equilíbrio entre a família e o trabalho! E, assim, dando por terminadas as minhas alegações, peço que se faça a costumada Justiça!

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INOVAÇÃO NA ADVOCACIA | ASQ & ASSOCIADOS

António Santos Quintas, Advogado e Administrador

ASQ: A DIFERENCIAÇÃO PELA INOVAÇÃO A ASQ & Associados foi fundada em 2006, tendo por base o desejo de um exercício empresarial da Advocacia. A sua identidade tem como pilares basilares, desde a sua fundação, a projeção dos valores: Rigor, Independência, Conhecimento e Inovação, como conta em entrevista António Santos Quintas, advogado e administrador da ASQ & Associados. A realidade da pandemia do novo coronavírus acelerou a tecla da inovação num sector muito tradicional. A ASQ & Associados já trilhava este rumo de inovação com a internacionalização e intervenção na economia digital. Como decorreu este processo? Desde o início, a Sociedade teve sempre presente a diferenciação pela inovação. Trilhando um caminho na vanguarda tecnológica e de utilização das ferramentas digitais ao seu dispor, ao ponto de termos definido para a presente década uma alteração do paradigma da prestação dos serviços jurídicos. Com as condicionantes da pandemia que nos afetou, fomos obrigados a acelerar esse processo. O teletrabalho em regime de ligação virtual ao posto de cada de um dos advogados, as reuniões através de plataformas digitais, quer com clientes e parceiros, quer entre a própria equipa e a partilha de dados foram encarados de forma natural. A utilização de ferramentas de gestão e de organização de trabalho levaram a um aumento da produtividade de toda a equipa e foram um terreno fértil para a partilha de experiências e de novas ideias. Aproveitamos, também, para fortalecer os processos existentes e aprofundar os conhecimentos e a produção de conteúdos na área digital e da formação em ambiente virtual. Quais os benefícios da vossa presença nas redes sociais e de que forma a sua gestão tem impacto na imagem que querem transmitir on-line? A advocacia tem regras rígidas ao nível da publicidade que não devemos deixar de ter presentes no nosso posicionamento ao 66 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

nível das redes sociais. A evolução dos tempos e da própria forma como a profissão tem vindo a ser pensada e exercida não podem, contudo, impedir que as sociedades de advogados se posicionem e estejam presentes nas mesmas. Numa sociedade cada vez mais globalizante e global, as redes sociais servem, sobremaneira, para estabelecer uma maior proximidade entre os advogados, os seus clientes e eventuais parceiros de negócios. A confiança, elemento fundamental na relação advogado-cliente, sai reforçada com a utilização da presença nas redes sociais. Além do mais, servem para o exercício da responsabilidade social das Sociedades de Advogados. Nas redes sociais podemos e devemos fornecer aos cidadãos informações de caráter geral que possam servir de ajuda para aqueles que não podem, pelos mais variados motivos, ter acesso à informação. Usamos, ainda, as redes sociais como uma forma de dar a conhecer a nossa equipa de um ponto de vista menos formal. Na sua ótica, a advocacia 4.0 é o berço de uma mudança no paradigma típico de prestar serviços jurídicos, através da simplificação, colaboração e inovação? O advogado 4.0 é a antítese da advocacia tradicional e tem por base profissionais capazes de utilizar uma comunicação clara, direta, concisa e sem reverências. O respeito que a nossa profissão merece terá de partir da forma com que os outros se apercebam do nosso valor e não do estatuto que se tem por, simplesmente, envergar uma toga. O advogado 4.0 tem de encontrar soluções e não levantar problemas. Tem de perceber o cliente e fazer-se entender para ele. A relação de confiança, numa economia digital, sem contacto presencial, tem por base a confiança. O advogado 4.0 vê na tecnologia e na inteligência artificial, que já utilizamos em várias aplicações, uma forma para superar as adversidades do mercado e os tempos de crise. A inteligência artificial permite automatizar as tarefas repetitivas e transformar a dinâmica da advocacia numa atividade menos burocrática. O advogado pode dedicar-se ao desenvolvimento do conhecimento jurídico e de peças de excelência. A capacidade de inovar e reinventar-se passa a ser essencial. Os algoritmos, presentes nos softwares jurídicos, são capazes de realizar previsões de possíveis sentenças e demais decisões judiciais, pelo que a inteligência artificial na advocacia possui, também, a função de maximizar os resultados obtidos pelas Sociedades de Advogados. Os advogados necessitam de evoluir como profissionais, com formação contínua e com a participação em eventos jurídicos e atividades de networking. Além dos conhecimentos jurídicos, para a organização das Sociedades de Advogados, é fundamental ter conhecimentos em marketing e gestão. Nesta revolução que se avizinha, é fundamental que advogados apresentem os seus serviços de forma diferenciadora. As sociedades de advogados devem estar abertas à mudança e, cada vez mais, conseguir conciliar, de forma equilibrada, a vida pessoal e profissional dos seus membros. Este é o nosso paradigma para esta década.


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS O mundo empresarial, como o conhecemos hoje, não se define apenas como um mercado competitivo. É preciso ser, particularmente, inovador, primar pela diferença, num mercado em que parece que tudo já está inventado e não há nada de novo que se possa oferecer. Mas ser diferente e inovador, em tempos de pandemia, é o melhor e mais desejado cenário para alcançar o sucesso. Só se conseguem manter no mercado aqueles que sejam resilientes, com capacidade de inovar e reinventar. Atualmente, ser empresário é uma profissão assustadora para alguns, mas encarada como um desafio por outros. A realidade é que vemos novos negócios a surgirem e a aproveitarem o “melhor” que este momento lhes pode proporcionar. As novas gerações de empresários serão aquelas que melhor irão conseguir lidar com a instabilidade do mercado, são líderes com um perfil distinto e cada vez mais jovens. Carregam consigo as aprendizagens do passado, vivem um presente que nunca se viveu e estarão muito melhor preparados para um futuro mercado que se altera como uma grande rapidez. Tudo está diferente e incerto, desde a procura, ao público e mesmo a forma como se trabalha, tem de haver uma readaptação de todos. Num cenário como o que vivemos a palavra chave é: diferença. As empresas apostam cada vez mais na diferenciação dos produtos e serviços, apostando na qualidade, que lhe garanta uma boa posição no mercado. Como se comprova na história da humanidade, são as piores alturas económicas e sociais que conduzem à reinvenção e as empresas que participam nesta edição da Revista Business Portugal são exemplos dessa resiliência. Demonstram a importância de ter capacidade de liderança. São vários os setores que, com dificuldades e caminhos diferentes, continuam a prosperar no mercado e com uma visão otimista do futuro que se aproxima. O foco não deve ser, neste momento, pensar quando se irá voltar ao “normal”, mas sim pensar no que poderá ser feito. Tem de haver readaptação e inovação.

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | D.S. OEIRAS / D.S. SEIXAL

FOCO NO CLIENTE Em entrevista à Revista Business Portugal, Carlos Gouveia, diretor da agência, deu-nos a conhecer as Decisões e Soluções de Oeiras e do Seixal, que prestam um serviço focado no cliente.

Como define o seu percurso e das Decisões e Soluções de Oeiras e do Seixal? Depois de cerca de 28 anos de atividade profissional ligado à área financeira, decidi que estava chegada a altura de ter um negócio próprio e, como sempre tive atração pelo mercado imobiliário, encontrei na Decisões e Soluções o modelo adequado para desenvolver o meu negócio. A agência de Oeiras está quase a fazer seis anos de existência e a evolução do negócio tem sido muito positiva, com crescimento sustentado de transações e de clientes, o que permitiu abrir uma segunda agência no Seixal, que se encontra em funcionamento desde o passado mês de junho. Desde o ano de abertura que a agência DS Oeiras Parque dos Poetas se tornou uma referência na rede Decisões e Soluções, fruto do excelente trabalho e dedicação da equipa de consultores e de suporte, tendo ganho inúmeros troféus a nível regional e nacional. Asseguram soluções 360º. Em que medida é que isso se torna uma vantagem para o cliente? O modelo de negócio da Decisões e Soluções é único na forma como se foca no cliente para a oferta de um serviço 360º que integra cinco áreas de negócio. Este serviço proporciona ao cliente uma oferta integrada ao nível da Mediação Imobiliária, Intermediação de Crédito, Mediação de Seguros, Mediação de Obras e de Construção, através do contato com um único consultor. É um serviço de grande comodidade para o cliente, porque só tem um único interlocutor para avaliar as suas necessidades e lhe apresentar as melhores propostas do mercado. O cliente encontra sempre uma solução à sua medida? O foco do nosso modelo de negócio é totalmente centrado no cliente e o serviço de aconselhamento que os nossos consultores especialistas na área financeira e seguradora prestam tem sempre como objetivo final encontrar, junto dos nossos parceiros, a melhor solução para as necessidades que o cliente nos apresenta. Nas áreas dos financiamentos e dos seguros, somos especialistas em encontrar soluções que permitam a redução de encargos das famílias com o pagamento das mensalidades e prémios, de produtos que tenham contratado anteriormente, através da renegociação ou da transferência desses produtos para outras instituições, sem qualquer custo para o cliente. 68 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Carlos Gouveia, Diretor

Prestamos um serviço de aconselhamento diferenciador ao nível das obras e da construção de todo o tipo de imóveis. Temos soluções construtivas que vão desde o tradicional às soluções tecnologicamente mais avançadas. Oferecemos um vasto leque de modelos personalizados de moradias que combinam design, atualidade, requinte e bom gosto. Na área imobiliária, os nossos consultores estão devidamente formados e informados para prestar um serviço de excelência aos nossos clientes, quer ao nível da compra, venda ou arrendamento. A DS Oeiras e a DS Seixal estão posicionadas para o segmento médio e médio alto e tem na base da sua oferta, maioritariamente, apartamentos e moradias para venda e arrendamento entre Lisboa e Cascais, através da agência de Oeiras; Almada e Setúbal, através da agência do Seixal. O facto de estarmos inseridos na rede DS360, com cerca de 100 agências a nível nacional, traz-nos uma vantagem acrescida pois permite-nos difundir, rapidamente, os novos imóveis que anunciamos através das aplicações informáticas de que dispomos, bem como encontrar os imóveis que os clientes compradores procuram, diminuindo significativamente o tempo para a concretização dos negócios. Qual o impacto da Covid-19 na empresa e que medidas foram tomadas? A pandemia veio alterar a nossa forma de trabalhar habitual, que passou a ser mais digital, através de plataformas que nos permitem estar em contato com toda a equipa de consultores, bem como com os clientes, sem ser no mesmo espaço físico. As visitas aos imóveis passaram a ser efetuadas garantindo todas as regras de proteção quer de proprietários, compradores e consultores. O atendimento físico de clientes nas duas agências é efetuado por marcação para evitar a presença de muitas pessoas no mesmo espaço. Não obstante os tempos que vivemos, adequamos os nossos serviços de forma a poder continuar a ajudar os nossos clientes a encontrar sempre as melhores soluções no mercado.


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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | FÁTIMA SIMÕES IMOBILIÁRIA

Sandra Simões, Administradora

VENDER COM DEDICAÇÃO E PROFISSIONALISMO Fundada em 2014, a Fátima Simões - Mediação Imobiliária tem como objetivo prestar um serviço adequado a cada tipo de cliente. Em entrevista à Business Portugal, Sandra Simões, atual proprietária da empresa, explica-nos como o sector do imobiliário, em Vila Praia de Âncora, tem conseguido responder à procura.

F

Rua 5 de Outubro, nº 26 4910-456 Vila Praia de Âncora www.fatimasimoesimobiliaria.com geral@fatimasimoesimobiliaria.com 912 279 864

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A Fátima Simões - Mediação Imobiliária abriu em junho de 2014, com um espaço “pequeno” que, com o passar dos anos, foi “crescendo e melhorando”, permitindo, em 2018, fazer a mudança para outras instalações que acompanhassem o crescimento da empesa. A fundadora, Fátima Simões, já tinha trabalhado na área da imobiliária durante seis anos e, após anos de experiência na área, decidiu abrir a própria empresa, com o apoio da filha. Após terminar os estudos, a filha foi trabalhar como rececionista e ajudar a mãe no arranque do negócio e hoje é a proprietária da empresa, após o falecimento da mãe. A equipa é composta por três pessoas, uma rececionista, um comercial e por Sandra Simões, que está responsável pelas escrituras, partes burocráticas, “tudo o que a mãe fazia”, como a própria nos confidencia. A empresa trabalha essencialmente entre Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, mas neste momento

“a maior procura tem sido Vila Praia de Âncora, Moledo, Caminha e aldeias próximas”. Personalização do serviço à medida de cada cliente Como nos explica Sandra, a empresa dedica-se principalmente ao sector das vendas, como apartamentos, moradias, terrenos, ruínas e quintas. O arrendamento é algo secundário, até porque, “apesar de haver muita procura, não há imóveis para arrendar”. Para colmatar essa “falha” de oferta, a Fátima Simões - Mediação Imobiliária preocupa-se em servir o cliente

"Ouvimos o cliente e fazemos uma seleção"


FÁTIMA SIMÕES IMOBILIÁRIA | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

da melhor maneira possível, com aquilo que podem oferecer: “Ouvimos o cliente e fazemos uma seleção dentro daquilo que eles procuram. Fazemos uma pesquisa e filtramos aquilo que o cliente procura”. A empresa reduz ao máximo o trabalho que o cliente possa ter e, por isso, responsabiliza-se pelo tratamento dos contratos de mediação imobiliária, dos contratos de promessa compra e venda, da marcação das escrituras, da recolha dos documentos, até à realização final do negócio, “para que fiquem satisfeitos com o serviço prestado”. Todo esse trabalho acaba por mais tarde compensar, através da recomendação que os clientes satisfeitos fazem do serviço. “O passa a palavra acontece muito, porque já tivemos casos concretos e é essencial, acaba por ser a melhor publicidade”, salienta. O público que procura os serviços da empresa são essencialmente da zona, “que recorrem a créditos para a primeira habitação”. Mas há também clientes de outras regiões que recorrem para habitação de férias e ainda alguns estrangeiros, “nomeadamente ingleses que procuram o sossego e a tranquilidade numa zona que tem muito para oferecer”. Pandemia: diferenças no mercado Com o chegar da pandemia, a empresa teve de tomar medidas de prevenção e seguir todas as normas de segurança impostas pela DGS: “Limitamos bastante o número de pessoas que vão fazer as visitas e deixamos de transportar clientes no nosso carro”. Mas o serviço e a maneira de trabalhar tem-se mantido. Apesar da situação que o país atravessa, “tem havido bastante procura”, porque as pessoas procuram sítios “mais recatados e sossegados”. O grande problema, segundo Sandra, é que “não há muitos imóveis para venda” para conseguir servir

toda a gente. Essa realidade reflete-se no valor dos imóveis. Os clientes optam por construção mais recente, pagam mais, mas “sabem que estão a comprar com qualidade”. Há alguns anos, os clientes compravam muitos imóveis e depois remodelavam, hoje, preferem pagar mais, mas comprar algo mais recente. Futuro do mercado Em Vila Praia de Âncora, a construção tem evoluído tanto que há construtores à procura de terrenos e espaços onde possam fazer prédios e não encontram. Neste momento, “só há duas construções novas”. À complexidade de encontrar imóveis, acresce a dificuldade de “não termos imóveis com determinadas características que o cliente procura”, acrescenta. Por isso, a jovem empresária refere que “o foco da empresa não tem sido a expansão para outros mercados, mas sim a procura exaustiva de imóveis”. Na opinião de Sandra Simões, “o cliente está mais exigente do que antes: mais informado, mais impaciente, e mesmo que queiramos fazer o serviço, muitas vezes não temos possibilidade, porque estamos dependentes de outros serviços que funcionam por marcação”. Este é um mercado muito procurado e por isso, Sandra perspetiva um bom futuro.

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UMA ARQUITETURA ÚNICA E SUSTENTÁVEL Em entrevista à Revista Business Portugal, Hugo Mónica deu-nos a conhecer a Greenflux Landscape Architecture. O fundador explicou-nos que a empresa, sediada em Vilamoura e Lisboa, se dedica a um design paisagístico que preza, desde 2005, o meio-ambiente.

Direcionada para o segmento de luxo, a Greenflux Landscape Architecture surgiu no mercado há 15 anos e viu na pandemia uma oportunidade de fortalecer a relação junto do seu público, como nos explica em entrevista Hugo Mónica, administrador e fundador da empresa. O percurso profissional do nosso entrevistado iniciou-se com a arquitetura e engenharia civil, a sua área de formação técnica, tendo trabalhado em grandes projetos, onde destaca pontes, estádios desportivos e pavilhões. Em 2003, decidiu investir na arquitetura paisagista, fazendo uma especialização e dois anos mais tarde nasce a Greenflux, sediada em Lisboa e Vilamoura. Desde então, o trabalho de Hugo Mónica direciona-se para um segmento de luxo, tendo como base numa arquitetura mais sustentável. Serviço direcionado para o segmento de luxo Como nos explica Hugo Mónica, a Greenflux trabalha para um público específico, nomeadamente tendo como foco “moradias particulares, parques ou jardins com alguma dimensão a nível particular”, embora também realize algumas recuperações em linhas de água ou parques urbanos. O público procura este tipo de negócio essencialmente pela privacidade, um dos pontos fortes da empresa, “para além de trazer um enquadramento estético com a arquitetura, uma poupança na água e nos custos de manutenção”, que são muito dispendiosos. O enquadramento com a arquitetura é muito importante, porque “tem de estar ligada a arquitetura paisagista”, salienta o nosso entrevistado. 72 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

No que diz respeito ao serviço que disponibiliza, a Greenflux oferece um serviço personalizado e exclusivo para cada cliente. “O serviço no mercado de luxo tem de ser personalizado mediante o programa que os clientes sugerem, uma vez que as casas são dos clientes e muitos dos jardins são à imagem do próprio cliente.” Arquitetura sustentável A Greenflux foca-se, essencialmente, numa arquitetura sustentável, isto é, mais económica. Neste caso, através de “jogos com pedras, sistemas de rega adaptados com consumos muitos baixos de água, indo ao encontro da oferta tecnológica do mercado que garante menos manutenção, menos gastos e oferece alguma beleza estética e artística aos jardins”, salienta Hugo Mónica. As soluções tecnológicas que existem atualmente “ajudam a ter as melhores escolhas na seleção das plantações (sistema de rega, manutenções de baixo consumo)”. O principal objetivo é “criar uma simbologia própria nos jardins” de cada cliente, que resulta de uma “grande interação” que a empresa mantém. Ao contrário de outros segmentos de negócio, que com a pandemia tiveram grandes perdas de procura, a Greenflux vivenciou o oposto. Como explica Hugo Mónica, passando mais tempo em casa, as pessoas viram no jardim um escape perante a situação que estamos a viver, porque passaram a “viver fora de casa, mas dentro da propriedade, com novos espaços de lazer”. Assistimos a uma “valorização do espaço exterior da casa, porque mesmo vivendo em apartamento ou num espaço mais pequeno, as pessoas querem um espaço verde em casa”, explica. Por isso, a pandemia “deu ainda mais realce à questão das manutenções do baixo consumo”, uma


GREENFLUX | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Hugo Mónica, Arquiteto Paisagista

vez que existe uma maior procura pelos clientes. Segundo Hugo Mónica, a Greenflux distingue-se, principalmente, pela oferta de serviço com “baixa manutenção, baixo consumo de água e um valor estético enquadrado com a arquitetura da casa”. Estes são os três principais pontos pelos quais as pessoas escolhem a Greenflux como parceira. Contudo, é fundamental uma “cooperação com outros colegas e empresas da área”, conclui.

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | CENTURY 21 PRINCIPAL

PORTUGAL TERÁ VOZ NO CORAÇÃO DA NATIONAL ASSOCIATION OF REALTORS A PARTIR DO MONTIJO Em entrevista à Revista Business Portugal, Luís Filipe Janeira, Diretor da Century 21 Principal traça o balanço de oito anos de atividade e mostra o orgulho pela recente nomeação como international member of the board of Directors da National Association of Realtors.

Luís Filipe Janeira

A Century 21 Principal nasceu com o objetivo de superar as expectativas dos clientes. Que retrospetiva faz destes oito anos e como define o vosso modelo de negócio? Ao alterarmos a nossa denominação para C21 Principal, reformulámo-nos para nos tornarmos a porta principal dos novos residentes da cidade do Montijo, superando na altura o desafio financeiro que Portugal atravessava. Apresentamos à cidade do Montijo um serviço de mediação internacional pela primeira vez. Desde o primeiro o dia, pretendeu-se sempre que a nossa agência se tornasse uma referência de qualidade no sector imobiliário nacional. Começámos há oito anos como uma agência dimensionada para uma expressão meramente local, para hoje sermos uma agência imobiliária com um cariz internacional direcionada para lá do mercado residencial tradicional. Hoje temos certificação em Luxury Real Estate, especialistas residenciais, comercial, de investimento e, fomos mais além, ao sermos também já intermediários de crédito. Atualmente, para álem do residencial, somos os únicos na região que apresentamos profissionais de Luxury, Comercial, Corporate e com um cariz internacional. 74 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Como é que a Century 21 Principal se diferencia num mercado global e competitivo? A nossa verdadeira diferenciação começou na seleção na contratação de pessoas, com uma formação assertiva e certificada, conseguimos durante estes últimos anos ter sempre profissionais altamente eficazes. Hoje, a C21 Principal é reconhecida pela extraordinária qualidade dos seus recursos humanos, resultado de contratações com elevada seleção. Levamos o profissionalismo, o brio profissional e o bem-estar de todos os colaboradores muito a sério, pelo que se reflete na qualidade de serviço que prestamos. A C21 Principal caracteriza-se pela implementação do seu código ético, que visa elevar ao máximo o serviço que é prestado a um cliente. Temos permanentemente presente que esta é uma atividade de pessoas para pessoas, onde o respeito, sigilo, confiança, proatividade, patriotismo e amor à nossa cidade são princípios inegociáveis. Foi recentemente nomeado international member of the board of Directors da National Association of Realtors, a maior associação mundial com 1 400 000 associados. O que representa para si esta nomeação? Para mim foi um orgulho enorme esta nomeação para servir a NAR, sempre tive pessoalmente uma grande admiração por esta instituição. Para além de ser talvez a maior associação à escala global, defende um código ético, regula a sua implementação, intervém governamentalmente em nome do sector, defende profissionalismo, transparência e dignidade. Pela primeira

vez existirá um Board Director Português a representar toda a Europa Ocidental, fruto do trabalho já desenvolvido em Portugal pelo PIR (Portuguese International Realty) e numa aposta clara no nosso país da NAR. Para mim e para minha empresa é uma honra termos sido nomeados, pois de alguma forma existe um reconhecimento de ética, profissionalismo e competência. Desta forma teremos capacidade de colocar inputs no coração da NAR, fundamentalmente é uma aposta para que Portugal possa de uma vez por todas profissionalizar o sector da mediação imobiliária. O que faz da Century 21 Principal um parceiro de referência? A C21Principal apresenta-se hoje como uma mediadora perfeitamente integrada num mundo global, a sua internacionalização precoce colocou um valor significativo ao serviço da cidade do Montijo. Diferenciamo-nos pelo grau executivo que implementamos a qualquer operação, tanto de mediação imobiliária como de intermediação de crédito. Usamos um código ético, onde garantimos o melhor valor de venda a um proprietário. A C21Principal está atualmente em expansão, mas não abdica dos seus elevados padrões de seleção, profissionalismo. Apresentamo-nos hoje como a mais forte opção de profissionalismo que a situação atual exige.


GALBILEC | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

PARA A GALBILEC CADA PROJETO É ÚNICO A Galbilec® completou em maio o 10º aniversário, uma década de muitos projetos, pessoas e histórias. Octávio Lourenço, Director de Arquitetura da A77®, e José Figueiras, CEO da Galbilec, falaram do percurso e dos objetivos traçados. e enriquecedora. Queremos continuar a crescer e a merecer a confiança que temos tido, e que também nos responsabiliza e motiva a sermos sempre melhores.

Que balanço fazem destes dez anos? Nesta primeira década de atividade, foi-nos possível desenvolver uma ideia do projeto que pretendemos para a Galbilec. Todas as circunstâncias pelas quais passamos, em especial o período de crise até 2013/14, permitiu desenvolvermos e consolidarmos a nossa especialização nos sectores de atividade que são dois dos pilares da sociedade: a área da saúde e a área social. Tivemos a felicidade de participar em muitos projetos, todos com a sua importância, alguns pioneiros no país e na europa, entre os quais posso destacar a participação na construção de muitas Unidades de Cuidados Continuados Integrados espalhadas pelo país. Isto permitiu-nos conhecer muitas realidades e ficar com uma maior percepção das assimetrias existentes no apoio de saúde e social que existem no país. Tem sido, por isso, um processo de construção, de angariação de conhecimento, mas também de muita criatividade na definição das melhores respostas às necessidades das pessoas, a quem pretendemos sempre responder com o melhor que sabemos e podemos. Mas temos consciência que a construção, do que quer que seja, envolve tempo, dedicação, vontade, resiliência. É preciso arriscar. É preciso acreditar e confiar nos nossos projetos e em quem está ao nosso lado durante o trajeto. Ao longo destes dez anos muitos foram, e são, os projetos dos quais temos a satisfação e o orgulho em participar. Muitas são as pessoas que se cruzaram no nosso caminho e, certamente, muitas mais farão parte desta história, que queremos que seja duradoura

Que tipo de serviços disponibilizam aos vossos clientes? Trabalhamos empenhados em desenvolver as melhores soluções. Entendemos, por isso, que a proximidade aos clientes necessitava de incluir todos os serviços que, em regra, são necessários num processo de investimento. Com isto, retiramos peso e responsabilidade para que os clientes se possam dedicar à sua atividade. Apresentamos as melhores referências nos serviços de Elaboração de Projetos, Fiscalização de Obra, Consultoria Técnica e Financeira para Financiamentos, Processos de Contratação Pública e Gestão da Manutenção de Edifícios de Serviços. Que projetos do vosso portfólio considera mais emblemáticos? Identificamos dois projetos que estão ligados a um tema muito atual, e cada vez mais importante, relacionado com o envelhecimento, que tem a ver com as demências. Em 2013, participámos na construção de raiz do primeiro edifício para pessoas com doença de Alzheimer em Portugal, a Unidade de Cuidados Continuados Integrados Bento XVI, em Fátima. Atualmente, estamos envolvidos num outro projecto que é a construção do CIDIFAD (imagem ilustrativa artigo), um centro de investigação, desenvolvimento e acompanhamento de pessoas com demência em Riba de Ave, mas que tem uma abrangência maior do que o de Fátima, porque já envolve investigação na área do comportamento das pessoas com demência, bem como formações especializadas quer para profissionais, quer para cuidadores informais. Mais recentemente, tivemos também a Unidade Cirurgia de Serpa, um trabalho que fizemos num prazo completamente louco e com indefinições de

programa também muito grandes, mas conseguimos fazer o projecto, licenciá-lo, levá-lo a concurso. Um ano depois, a obra está em fase de conclusão. Portanto, foi um verdadeiro desafio, mas, todos juntos, conseguimos. A pandemia alterou a forma como os arquitetos projetam espaços dedicados à 3ª idade? Indiscutivelmente, a pandemia alterou a forma como se projetam não só as residências séniores, mas também todos as estruturas de habitação das pessoas. Passamos a dar mais valor àquilo que antes tínhamos garantido: a nossa liberdade na nossa habitação. No caso das residências séniores, é fundamental salvaguardar que, em situações de confinamento, continua a ser possível que as pessoas idosas mantenham o seu bem-estar emocional. Para isso, a relação do edifico com o exterior é crucial, mas não só: a separação entre os serviços de apoio e alojamento, evitando os contactos entre pessoas internas e externas, a criação de espaços de atividades interiores e exteriores, entre outros. O que faz da Galbilec um parceiro de referência? Na Galbilec pensamos cada projeto como sendo único. A nossa especialização nas áreas social e da saúde, bem como a experiência dos últimos anos, permite-nos ter um grande conhecimento nestas áreas. O facto de incluirmos no nosso modelo de trabalho o conceito de serviços 360 faz com que as entidades se concentram na sua atividade, ficando a Galbilec com a responsabilidade do projeto. Assim, cada uma das partes faz o que sabe melhor, com amplo benefício para o projeto e para todos os intervenientes. Queremos e trabalhamos para que a Galbilec e a A77 sejam marcas de referência nacional na área da economia social e da saúde. Olhamos para o futuro com otimismo, com empenho e garante de confiança aos nossos clientes e utilizadores finais, contribuindo para o aumento da sua qualidade de vida.

No mercado há 10 anos, oferecemos soluções globais de projeto. • Estudos de Investimento • Candidaturas a Financiamento • Elaboração de Projetos Construímos juntos.

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | ENGIGEO

“VAMOS APOSTAR DE FORMA MAIS FORTE NA INTERNACIONALIZAÇÃO” Com dois anos de história, a Engigeo nasceu com o objetivo de constituir uma empresa especializada na área da Geotecnia, tirando partido da experiência dos seus membros em mercados exigentes, onde o conhecimento e a inovação são vetores fundamentais. Em entrevista à Revista Business Portugal, Pedro Chitas Martins, sócio-gerente da Engigeo, abordou o percurso, a ligação às universidades e a visão estratégica em termos de futuro.

A Engigeo nasceu em 2018, com o objetivo de constituir uma empresa especializada na área da Geotecnia. Pelo que tem sido pautado o vosso percurso? O nosso percurso tem sido pautado por um crescimento sustentado, com uma carteira de clientes cada vez mais diversa. Para além do aumento do número de clientes, temos já novas adjudicações de clientes de trabalhos anteriores. A fidelização de clientes é a melhor medida da satisfação com o nosso trabalho. Que serviços disponibilizam aos vossos clientes? Quais as áreas em que a Engigeo se pretende tornar, cada vez mais, uma referência? Os nossos serviços englobam todas as vertentes do Projeto Geotécnico, incluindo a Gestão de Projeto. Tendo em conta a nossa atividade, a estabilização de taludes naturais, a estabilização de taludes em infraestruturas de transportes e as estruturas de suporte são as áreas em que nos queremos tornar cada vez mais uma referência. Dando cumprimento ao nosso plano estratégico, estamos a ter uma contribuição no dimensionamento de um cais incluído no projeto de exploração de gás natural na Província de Cabo Delgado, em Moçambique. Tendo em conta o vosso amplo portfólio, que obra ou projeto consideram mais emblemática ou desafiante? Apesar de pequena, a contribuição referida na questão anterior foi bastante complexa, dadas as condições do terreno e todos os condicionamentos logísticos que a execução de uma estrutura num local remoto acarreta. Está já em fase de conclusão uma obra de reforço e de estabilização de taludes naturais, na costa norte da Ilha da Madeira, que traduz claramente a nossa experiência neste tipo de trabalhos. A Engigeo tem uma estreita ligação às universidades e aos centros de saber. Quais as mais-valias decorrentes desta ligação ao mundo académico? Há desde logo uma mais-valia, a maior facilidade no recrutamento de jovens talentos. Tendo em conta a redução no número de alunos na nossa área, e as quebras nas médias de acesso ao Ensino Superior, a escassez de talento é um problema de importância crescente. A colaboração com o mundo académico permite-nos estar a par das evoluções e tendências do nosso sector. 76 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Pedro Martins, Sócio-gerente


ENGIGEO | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

O ano de 2020 fica marcado pela pandemia do Coronavírus, que acabou por alterar o paradigma do trabalho. De que forma é que a Engigeo enfrenta esta nova realidade e desafios? A nossa gestão já era bastante flexível, dada a necessidade de executar os projetos com o contributo de vários parceiros, às vezes em locais remotos. A pandemia acabou por valorizar essa nossa estratégia de gestão. Conseguimos dar resposta às solicitações que nos foram feitas. O que faz da Engigeo um parceiro de referência? Que projetos e ambições assumem para o futuro? A Engigeo contribui sempre de forma ativa, empenhada e justa para o sucesso dos projetos que integra. Esta atitude é um requisito fundamental no mercado e sabemos que os nossos clientes a valorizam. Vamos continuar o nosso plano estratégico: crescer de forma sustentada, equilibrada. Vamos apostar de forma mais forte na internacionalização, sem descurar a necessária presença no nosso mercado de base.

"A Engigeo contribui sempre de forma ativa, empenhada e justa para o sucesso dos projetos que integra"

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LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | C. M. DE CAMINHA

CAMINHA: RELAÇÕES TRANSFRONTEIRIÇAS A vila de Caminha está inserida na região do Minho, a zona de maior ligação com Espanha e, em entrevista à Business Portugal, Miguel Alves, presidente da Câmara Municipal de Caminha, considera que “ainda há muito mais que pode ser feito”. É importante o que se está a fazer na ferrovia no que diz respeito à passagem transfronteiriça, mas “há programas comunitários que têm alguma capacidade para potenciar a economia”.

Tal como outras regiões do interior, a vila de Caminha tem merecido a atenção e investimento por parte do Governo central. Destaca-se a modernização da linha do Minho, vantajosa para a região, “porque moderniza tudo aquilo que tem a ver com a ligação ferroviária” e potencia as relações transfronteiriças. Cria uma “melhor acessibilidade, descarboniza a linha e melhora a ligação com o território, uma vez que colmata algumas deficiências de passagens de nível”. Para quem está do outro lado da fronteira, será uma forma “mais fácil e simples” de passagem e de criar uma relação a nível industrial, “porque não é só para passageiros, mas também para mercadoria”. Nesse sentido, o Município de Caminha irá financiar um estudo que servirá para estudar a possibilidade de “aquisição e manutenção de uma embarcação diferente do ferry boat que permita superar os problemas de assoreamento existentes e avaliar os custos e rentabilidade económica e ambiental de uma ponte ou de um túnel sob o estuário do rio Minho, que é uma zona Rede Natura 2000 e tem um contexto particularmente sensível no que respeita à biodiversidade e à paisagem”. Investimentos futuros em Caminha A autarquia tem já vários projetos pensados para o futuro de Caminha, nomeadamente a nível transfronteiriço. Miguel Alves começa por destacar “um investimento privado de oito milhões de euros” num Centro de Exposições Fronteiriças. Será um pavilhão multiusos com capacidade para 78 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Miguel Alves, Presidente

2600 espetadores em eventos desportivos e culturais e 5500 espetadores em feiras, congressos ou convenções, o “maior centro de exposições do Alto Minho e um dos maiores no norte do país”. Com este investimento “criam-se condições para combater a sazonalidade e potenciar o aparecimento das estruturas hoteleiras.” A reabilitação urbana será também um dos focos do investimento, que para além de servir a população residente, é também um cartão de visita para quem visita Caminha. Haverá um “investimento de um milhão e 500 mil euros em Vila Praia de Âncora, de forma a melhorar o espaço público. A que se acrescenta a requalificação do centro histórico, onde já foi iniciada a primeira fase, com “intervenção nas redes de água, na rede de saneamento e gás natural e um piso com materiais novos”. O investimento da reabilitação urbana alarga-se ao mercado Municipal de Caminha, num investimento de 600 mil euros, que, de acordo com o autarca, é “um mercado obsoleto com 40 anos”. A partir de novembro será construída “uma ecovia com uma extensão de cerca de 1500 metros”, que faz a fronteira da vila com o rio Minho.

Um outro investimento, que apenas se fará sentir “daqui a dez anos”, será a reabilitação da Escola Secundária de Caminha, e a construção de uma nova Escola Básica em Vila Praia de Âncora e uma nova sede para a Academia de Música Fernandes Fão, obra que corresponde a um investimento global de quase dois milhões de euros e que se pretende que avance até ao final deste ano”. Este grande investimento tem como principal objetivo “melhorar as condições dos nossos alunos”, uma vez que, na opinião de Miguel Alves, Caminha precisa de “alunos que saiam preparados para o ensino superior e famílias mais descansadas pela qualidade do ensino”. No prazo estimado de dois anos, o parque escolar de Caminha, ao nível do ensino básico e superior, será “completamente modernizado, requalificado, servindo já a população, mas sobretudo aqueles que serão os cidadãos empregados daqui a dez anos”, salienta. Estes investimentos complementam o que a autarquia pretende fazer no presente e no futuro de Caminha, para “manter o ritmo que tinha antes da pandemia”, altura


C. M. DE CAMINHA | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

SÃO O FUTURO DA REGIÃO em que registava um crescimento do número de turistas e o número de desempregados nunca tinha sido tão baixo como no último ano. A pandemia trouxe mais movimentação ao Minho e a Caminha Durante a pandemia, o Governo central decidiu encerrar as fronteiras, deixando apenas aberta a ligação do Alto Minho. Esta situação tornou-se insustentável e o autarca considera que “foi um erro, porque não se criaram outras alternativas e demorou muito a ser resolvido”. A partir do momento em que foi permitida a abertura de fronteiras, o município beneficiou da permeabilidade natural que tem com Espanha: “A nível de restauração e comércio registaram-se valores e visitas no mínimo iguais aos do ano passado. Os hotéis e as casas de turismo ficaram lotadas, assim como o alojamento local.” A pandemia veio reforçar e sublinhar a importância da região: “Demos continuidade à programação cultural com toda a segurança e com todas as regras e esse sucesso tem a ver com a permeabilidade das fronteiras”. Miguel Alves destaca ainda que “fazem falta fundos comunitários que tenham a ver com as regiões transfronteiriças, que sejam aplicados com critérios claros de proximidade e que permitam potenciar o rio Minho como espaço de turismo e de ligação entre dois povos”.

www.cm-caminha.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 79


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | OAFR Isabel Paula Santos,

A IMPORTÂNCIA DE POLÍTICAS CAPAZES DE VALORIZAR A FAMÍLIA

Coordenadora

Em entrevista à Revista Business Portugal, Isabel Paula Santos, Coordenadora, salienta o objetivo de sensibilização de todas as autarquias para a importância da implementação de políticas de família globais, integradas e transversais.

Que balanço faz dos 12 anos do Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis? Ao longo destes 12 anos, o trabalho feito junto das autarquias tem sido muito positivo. O número de autarquias participantes no inquérito anual cresceu de 38 em 2009 (primeira edição) para 141 em 2019, o que representa mais 45 por cento dos municípios portugueses. Também ao nível do número de autarquias distinguidas como mais familiarmente responsáveis, temos assistido a um crescimento progressivo e sustentado (de 13 em 2009 para 76 em 2019). Recebemos também das autarquias um feedback muito positivo: ao abranger 11 áreas de intervenção (distribuídas por vários departamentos municipais), ajudamos os municípios a tomarem consciência do conjunto e da integração das medidas. Mas temos a noção de que existe ainda muito trabalho a fazer em prol das famílias. As autarquias, como órgãos de poder local, dada a proximidade que têm das famílias, têm uma responsabilidade acrescida na prossecução de políticas que contribuam para o seu bem-estar. Que medidas e iniciativas têm vindo a ser desenvolvidas para contribuir para que todas as autarquias desenvolvam políticas transversais capazes de acolher e valorizar a família? O trabalho desenvolvido com os municípios tem sido muito interessante, porque vai muito mais além do inquérito anual e da distinção. Criámos uma plataforma on-line de partilha das boas práticas, pública e que pode ser consultada por qualquer autarquia, mesmo que não se encontre registada no Observatório, porque acreditamos que esta partilha de experiências é fundamental. Apostamos também em ter relações de proximidade com as autarquias de forma a trabalharmos em conjunto na construção de políticas de família transversais e estáveis ao longo do tempo, e que vão ao encontro das necessidades específicas das famílias residentes.

Como vê a atuação dos municípios neste período de pandemia e de que forma estes podem estar mais próximos das famílias? Este ano, com os desafios acrescidos que a situação de pandemia trouxe, as autarquias, uma vez que dispõem de meios e conhecimento essenciais, surgem como atores-chave no processo de contenção e combate ao vírus. Mais do que nunca, cabe às autarquias proteger e apoiar as populações, especialmente as mais vulneráveis. Em abril, o Observatório levou a cabo um levantamento das medidas excecionais de apoio às famílias implementadas pelos municípios portugueses, cujos resultados podem ser consultados no nosso site. Este levantamento permitiu-nos perceber como as autarquias se readaptaram e reforçaram o apoio às famílias, através da criação de medidas muito diversificadas, em resposta a esta situação de crise. Das medidas mais implementadas destacamos o serviço de entrega em casa de bens alimentares, produtos de primeira necessidade e medicamentos, o fornecimento de refeições aos alunos do 1º escalão em regime de take-away, a criação de linhas de apoio social para pessoas em situação de isolamento e sem qualquer suporte familiar (em especial para a população idosa) e a criação de linhas de apoio psicológico. Qual a visão estratégica do OAFR em termos de futuro? O objetivo principal do Observatório a longo prazo é que todos os municípios portugueses sejam reconhecidos como mais familiarmente responsáveis. Mas para já gostaríamos que todas as autarquias estivessem sensibilizadas para a importância da implementação de políticas de família globais, integradas e transversais. Políticas capazes de valorizar a família e capazes de garantir às famílias o pleno exercício das suas responsabilidades e competências de forma a prevenir e apoiar situações de risco e vulnerabilidade. No fundo, contribuir para ter famílias mais fortes e resilientes.

www.observatorioafr.org

77 municípios hastearam a bandeira verde de Autarquia Familiarmente Responsável em 2019. 80 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL Business_oafr20.indd 1

O Observatório promove, desde 2009, um inquérito às autarquias, que avalia o conjunto de práticas adotadas em matéria de política familiar para com os seus munícipes e os seus colaboradores.

15/10/2020 17:31:40


REGIONAL VALONGUENSE | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

COZINHA REGIONAL AUTÊNTICA E CRIATIVA Para abrir o apetite, a Revista Business Portugal leva-o numa viagem de sabores até Valongo, à A Regional Valonguense. Em entrevista com o atual proprietário, Ismael Lourenço, ficamos a conhecer um espaço criativo e polivalente, que leva até si o melhor da cozinha tradicional portuguesa.

João Granjo Lopes, Diretor-geral

Passados 35 anos desde a sua abertura, A Regional Valonguense continua a surpreender. Ismael Lourenço, que começou o seu percurso aqui como empregado de mesa, há 25 anos, é hoje proprietário da empresa. Com uma veia criativa que está sempre a pulsar, o nosso entrevistado foi introduzindo várias valências. “Viciado” em criar marcas e coisas diferentes, Ismael já lançou compotas (Vanuskas); licor de ginja com anis (Código 69); azeite (Olival da Carolina); e vinhos (Leonês e, para breve, Bubêla). São vários os produtos que aqui são produzidos para consumo e para venda, mas mesmo os que são adquiridos têm uma coisa em comum com os primeiros: são autênticos, frescos e de extrema qualidade. Ora, com matéria prima de nível, o que chega à mesa só pode fazer qualquer um viajar por entre sabores divinos. Com uma ementa diversificada, o nosso entrevistado diz que não se pode deixar de provar: Posta à Regional; Polvo Assado no Forno; Cozido à Portuguesa; Tripas; Cabrito; Bife à Parmegiana; Picanha à Francesa; Lengalenga de Aromas. Ismael garante que “aqui tudo é completamente diferente do que existe no mercado. Os pratos que servimos são de comida tradicional portuguesa, mas todos com uma roupagem diferente”. E tudo é original, desde as entradas até às sobremesas… todas elas confecionadas no restaurante, têm nomes bem característicos, como “Pito Seco” ou “Não Sei”. E para acompanhar toda esta criatividade com os alimentos, A Regional Valonguense disponibiliza uma impressionante carta de vinhos com cerca de 500 referências nacionais e internacionais. “Temos vinhos que primam pela diferença, adquirimos colheitas muito limitadas e a preços competitivos para os clientes. Aliado a isso, temos escanção, para proporcionarmos aos nossos clientes a melhor harmonia possível entre o prato e o copo.”

Ismael Lourenço, Proprietário

PME Líder 2020; PME TOP 10% & PME TOP 25% Com provas dadas de criatividade e competência, A Regional Valonguense conseguiu o extraordinário feito de ser PME Líder 2020, PME TOP 10% e PME TOP 25%, feito que, segundo Ismael, “não é nada fácil no ramo da restauração”, o que deixa toda a equipa muito orgulhosa. O que também contribuiu para esta conquista, é a extraordinária capacidade de adaptação e reação da empresa. Com a chegada da pandemia, A Regional Valonguense começou a fazer entregas de comida em casa, mercado que resultou muito bem e que veio para ficar; por outro lado, houve ainda o lançamento da loja on-line, que já estava pensada há bastante tempo. No entanto, o serviço de mesa mantem-se, bem como o de catering e da organização de eventos. E tendo em mente que há sempre quem prefira sentir os sítios, A Regional Valonguense também está na linha da frente da tecnologia ao serviço da segurança e do conforto. “Instalámos oito máquinas que deixam todo o espaço livre de vírus e bactérias, para proteção dos clientes e do staff”, finaliza.

Rua D. Pedro IV nº150, 4430 – 633 Valongo – Portugal regionalvalonguense@sapo.pt www.aregionalvalonguense.com +351 224 223 299

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LIDERANÇA: NOVOS NOVOSDESAFIOS DESAFIOS||FRUTORRA KEEZAG

UMA NOVA ATITUDE, O SABOR E A QUALIDADE DE SEMPRE

José Ramos Duarte, CEO

Há 32 anos no mercado, a marca sentiu a necessidade de evoluir e desenvolveu uma imagem mais moderna, atual e próxima, preparando-se para os desafios dos próximos anos. Há mais de 30 anos no mercado, a Frutorra assume uma nova imagem, logótipo e packaging. Em que fatores assenta esta mudança e quais as razões desta aposta? Fizemos uma reflexão estratégica e sentimos necessidade de modernizar a marca, com o propósito de a consolidar no seu papel de líder nacional no mercado de frutos secos. Realizámos um estudo de mercado e compreendemos que a marca era percecionada como tradicional, ainda que especialista em frutos secos e de alta qualidade, mas não estava a conectar-se com o seu público-alvo. Encarámos este rebranding

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como um processo necessário de evolução da marca, mantendo os seus valores e ideais, e não como a morte dela para o nascimento de uma completamente nova. Esta é uma forma de reforçar o posicionamento da portugalidade da marca? A Frutorra é uma marca portuguesa desde sempre, há 32 anos que está ao lado dos seus consumidores. Enquanto que a portugalidade não é algo novo para nós, mas sim parte do nosso ADN, este posicionamento é a nossa forma de dizermos que temos orgulho em ser portugueses, homenageando as nossas raízes e origem. Isso está claramente veiculado no nosso novo claim “É portuguesa. Naturalmente!”. De que forma esta aposta vem reforçar o caminho estratégico da marca, no patamar que os consumidores esperam hoje da Frutorra? Para nós era vital manter os atributos marcadamente positivos já reconhecidos à marca, percecionada como especialista e comprometida com a qualidade, mas afirmar-nos também como autênticos, genuínos e, naturalmente, portugueses. Queremos que o consumidor reconheça que

somos a marca de frutos secos nacional, que valoriza o que é nosso, e que oferece os melhores produtos ao consumidor. Com este novo caminho trilhado, o que podemos esperar desta marca no futuro? Avançámos com este rebranding, confiantes que esta nova imagem vem reforçar o caminho estratégico da marca, reforçando um propósito comum de fazermos mais e melhor. A nossa estratégia passa por dar uma resposta assertiva às necessidades dos nossos consumidores, seja através da manutenção dos nossos padrões elevados de qualidade, mas também pela liderança da categoria em termos de inovação e capacidade de surpreender. Rua do Carril, s/n Degracias 3130 Soure – Portugal geral@frutorra.pt (+351) 236 910 520


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