JANSSEN PORTUGAL
junho 2019
Fotografia: Ricardo Junqueira
Especial • PME Excelência'18 • Portugal Criativo • Saúde • Mulheres Líderes • Regiões
FINANGESTE
“MAIS DO QUE INVESTIR, CRIAMOS SOLUÇÕES” Paul Henri Schelfhout, Presidente do Conselho de Administração
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JANSSEN PORTUGAL
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PME Excelência'18 • Portugal Criativo • Saúde • Mulheres Líderes • Regiões
OESTE SOLUÇÕES IMOBILIÁRIA
NA VANGUARDA DO SETOR IMOBILIÁRIO Cinara Santos, consultora imobiliária
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ÍNDICE
EDITORIAL
Junho 2019
Caro leitor,
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PME EXCELÊNCIA’18 11 RICA GRANJA Ovos portugueses de excelência nos mercados internacionais 19 NOVIBELO Distinção e profissionalismo no setor do mobiliário
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REGIÃO OESTE 38 RESTAURANTE MANJAR REAL “Cozinha temperada com amor”
79
MULHERES LÍDERES 80 POWER2BLOSSOM Coach de corpo e alma 82 CONFEITARIA MOURA Um negócio recheado de história e emoção
106
SETÚBAL 110 AMORLUX Segredo: paixão, dedicação e vontade de crescer 119 ANDAIMERENT A solução ideal na hora de escolher um andaime
Quando receber esta revista nas suas mãos, está a receber a segunda edição da nova geração da Revista Business Portugal, depois de efetivada a junção com a revista Portugal em Destaque. Como poderá confirmar, prometemos e cumprimos, pois com uma excelente e profissional equipa, supermotivada levamos, de novo, até si uma edição completa com tudo o que de mais importante, inovador e interessante se faz em Portugal. Desfrute e conheça tudo o que preparamos para si. Continuamos a agradecer a sua preferência. Ana Miguel Lopes Editora
ERRATA Na última edição, por lapso, foi publicada informação incorreta referente ao Restaurante Búzio.Pelos que vimos apresentar a versão correta do último parágrafo do artigo. Bem como a legenda correta da fotografia. “A continuidade de um negócio familiar que completa 60 anos em 2019, é mote para nos revelarem que a terceira geração começa a dar os primeiros passos na gestão do restaurante, enquanto isso, a segunda geração do Búzio mostra-se orgulhosa do negócio que gerem ao recordarem os anos de dedicação ao projeto criado por Alberto e Fernanda Mateus.” Onde se lê Alberto e Fernanda Marques , fundadores deverá ler-se Alberto e Fernanda Mateus , fundadores
FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: Guidetarget, Lda | Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 9ºandar, sala 9.4, 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 NIPC: 509 457 045 Conselho de Administração: Fernando Silva Participações sociais Fernando Silva (+5%) Diretor: Fernando Silva Direção Editorial: Ana Miguel Lopes (ana.lopes@revistabusinessportugal.pt) Direção Gráfica: Vanessa Martins (vanessa.martins@revistabusinessportugal.pt) Corpo Redatorial: Laura Azevedo, Sara Freixo, Sara Oliveira, Maria Garcia, Diana Correia, Raquel Caldas, Rita Garcia, Vanessa Ferreirinha Secretariado: Paula Assunção (paula@revistabusinessportugal.pt) Dep. Comercial: Fernando Lopes, José Luís Basto, José Machado, Luís Pinto, Luís Silva, Rui Moreira, Vera Pinho (geral@revistabusinessportugal.pt) Sede da redação: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 9ºandar, sala 9.4, 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 Distribuição: Gratuita com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/estatuto-editorial Periodicidade: Mensal junho 2019
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FINANGESTE
“MAIS DO QUE INVESTIR, CRIAMOS SOLUÇÕES” Paul Henri Schelfhout, presidente do Conselho de Administração da Finangeste, esteve à conversa com a Revista Business Portugal, com a intenção de transmitir os valores da empresa e desmistificar o setor onde se insere.
E
mpreendedor e visionário, o entrevistado, conta já com 25 anos de experiência no setor imobiliário português e internacional, com especial enfoque na concretização de transações e desenvolvimento nas áreas residenciais, comerciais e de resorts. Desde cedo geriu projetos imobiliários relevantes e promoveu serviços de consultoria e colaboração com um leque significativo de investidores e empresas imobiliárias.
Um percurso moldado ao longo dos anos Porém, a existência da Finangeste é anterior ao seu legado e Paul Henri Schelfhout reconhece o valor do trabalho dos seus antecessores. Fundada em 1978 pelo
Governo Português a empresa tinha como acionistas o Banco de Portugal e, mais tarde, um vasto leque de bancos portugueses. Em 2015, a empresa foi vendida e o rumo alterou-se. “Um grupo de investidores nacionais e internacionais com o intuito de potenciar o elevado nível de conhecimento e experiência da empresa numa altura em que o mercado imobiliário português começava a recuperar” tomaram conta da empresa. O presidente ressalva que o “importante é focar-nos no hoje. Hoje, a Finangeste é uma das empresas líderes na gestão de portefólios de imóveis, na promoção e construção de projetos imobiliários e na aquisição e gestão de créditos em
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Fotografia: Ricardo Junqueira
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Paul Henri Schelfhout, Presidente do Conselho de Administração
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FINANGESTE
incumprimento em Portugal. Na sua base de operação no nosso país a Finangeste, investe e gere elevados montantes financeiros em carteiras de propriedades e de créditos, sendo seus parceiros e co - investidores alguns dos maiores private equity e outros fundos de gestão de ativos internacionais. “A Finangeste é uma empresa que está em constante evolução e podemos dizer que também é a máquina de reciclagem do sistema bancário português”, explica.
Crescer para abraçar a Europa e o mundo Portugal enfrentou, nos últimos anos, uma vaga de exposição europeia e mundial que, pela sua dimensão, nos surpreendeu. Paul Henri Schelfhout deixa bem claro que é imprescindível que se abrace esta oportunidade. “Nós deixamos de ser de Portugal para ser do mundo e observar o que está a acontecer nas cidades portuguesas é uma prova disso. O turismo crescente e a procura por novas residências tornaram as cidades do Porto e Lisboa mais próximas de serem cidades europeias e temos de aproveitar todos os fatores favoráveis para crescer em termos económicos e consolidar a nossa posição enquanto destino turístico. A questão prende-se em saber gerir o sucesso, não pode ser oito nem oitenta, há que encontrar um equilíbrio. O crescimento económico tem de ser benéfico para os empresários, para os colaboradores e para a economia nacional no seu todo”. A Finangeste, sendo responsável pela gestão de grandes investimentos, aderiu a uma política de investimento responsável (ESG Environment, Social & Governance policy) que compreende uma série de princípios definidos pelas Nações Unidas sobre o investimento, os direitos humanos, o trabalho, o ambiente e a corrupção. De facto parte muito significativa dos investidores em fundos de investimento são reformados e famílias, pelo temos de ter a consciência de nos focar em investimentos responsáveis”.
te encontra-se numa posição privilegiada para identificar e criar novas oportunidades comerciais para a aquisição de portefólios real estate e de non performing loans em Portugal. Trabalhamos em conjunto com os nossos parceiros e clientes internacionais na avaliação, aquisição e gestão de grandes portefólios de ativos junto dos bancos portugueses, assim como de outras grandes entidades financeiras e grandes empresas em Portugal”. A Gestão de Créditos é também uma das especializações. “A Finangeste tem elevadas competências para diagnosticar e gerir os mais complexos créditos em incumprimento dos diferentes tipos de entidades. São equipas multidisciplinares, constituídas por asset, legal e real estate management, e estão distribuídas nos centros de Lisboa, norte e no Algarve para uma maior proximidade com os seus clientes locais. Têm uma larga experiência de trabalho com as entidades intervenientes, o que permite uma otimização dos prazos de resolução, sempre que possível”, explica o Presidente do C.A. A Gestão de Imóveis é um serviço que não pode ser esquecido. “A Finangeste tem sido reconhecida, em Portugal, como uma das empresas líderes na gestão de ativos imobiliários de grande complexidade. As equipas de Real Estate da Finangeste têm as competências especializadas para encontrar as melhores soluções para cada imóvel,
LOCAIS DE INVESTIMENTO DA FINANGESTE
A vasta oferta de serviços São diversos os serviços oferecidos pela empresa. Co-Investimento: “A Finanges-
Faro
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Évora
FINANGESTE
em função das tendências do mercado e dos programas de enquadramento urbanístico em curso. A nossa equipa de engenheiros e outros especialistas, conta com o apoio de uma vasta rede de prestadores de serviços externos tais como arquitetos, projetistas, designers e mediadores, em função das necessidades específicas da gestão e acompanhamento de cada projeto imobiliário”. Para além destes, existem outros serviços que a empresa pode prestar aos seus clientes e co-investidores internacionais, onde se destacam os seguintes: Project Management que presta um serviço completo de gestão de projetos de desenvolvimento e investimento imobiliário que compreende todas as fases do ciclo de vida do produto, desde a origem e desenvolvimento, à gestão e comercialização e Accounting que dispõe de parcerias com entidades especialistas em contabilidade que podem prestar aos clientes soluções completas nesta área.
têm de ser protegidos pela lei e os investidores têm de ter um enquadramento legal estável e claro bem como terem a liberdade de gerir os seus próprios imóveis. Se realmente o legislador quer adotar medidas de proteção aos mais carenciados deve ser o Estado e as Câmaras Municipais a assegurar esta função social”. É nesta falta de equilíbrio que se prende um dos maiores problemas neste contexto imobiliário. Por isso, é importante desmistificar as situações. “Desmistificando, a essência do investimento resume-se a isto: Quanto é que eu pago? Quanto é que me custa? Quanto é que eu recebo? E tem de haver liberdade de investimento. Tem de haver proteção para as classes mais desfavorecidas pelo Estado, já que esta é uma das suas funções”, afirma Paul Henri Schelfhout.
Caldas da Rainha: uma aposta na qualidade de vida “A localização é privilegiada e a cultura local é uma referência. Sendo assim, porque não investir nas Caldas da Rainha”? Lança o mote, o nosso entrevistado. O investimento foi de 10,5 milhões de euros e permite o avanço do projeto de reabilitação urbana que pretende criar 150 empregos e recuperar cinco edifícios. O empreendimento Caldas Terrace dará origem a 73 novas habitações, lojas e serviços. “O projeto Caldas Terrace, cujo primeiro dos cinco blocos se encontra em fase final de acabamentos, insere-se numa área urbana em renovação, com a criação prevista de novas superfícies comerciais, serviços de saúde, parques, ginásios, entre outros. Este investimento mostra de forma patente o posiciona-
Oeiras
As barreiras legislativas A legislação portuguesa está a colocar entraves ao crescimento do setor de arrendamento. “Nós temos de estar preocupados com os nossos portefólios e com os investidores. Temos sempre de ser cautelosos, porque é a eles que devemos a nossa lealdade”, afirma. Com a nova legislação, os que investiram em alojamento para arrendamento têm novas e difíceis condicionantes. “Com isto, não quero dizer que desalojar as pessoas foi a atitude correta e com a especulação imobiliária, existiram histórias que não se deveriam ter sucedido. No entanto, não podemos ser radicais. Os mais carenciados
Figueira da Foz
Lisboa
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FINANGESTE
Um olhar cauteloso para o futuro
mento da Finangeste enquanto marca dinamizadora e impulsionadora da reabilitação urbana. Ao desenvolvermos este grande projeto, nas Caldas da Rainha, estamos não só a contribuir para a política de reabilitação que a Câmara Municipal está a implementar, como também a alavancar um empreendimento que, estamos certos, será relevante para a economia e para as famílias da região”, refere a administração da Finangeste. Com a missão de apostar na reabilitação urbana encaram este projeto como um desafio de gestão das cidades e de reabilitação de edifícios que não foram finalizados e que se encontram em degradação. “O mercado português tem, só neste segmento imobiliário de carteiras de créditos não produtivos (NPL), mais de três mil milhões de euros em ativos expectantes de intervenção, com potencial comercial após reabilitação superior a 10 mil milhões de euros pelo que há ainda um vasto caminho que a Finangeste vai percorrer neste setor”, sublinha. Para além da gestão e da requalificação dos edifícios, a empresa está preocupada com o ambiente e é nesse sentido que “tentamos implementar uma filosofia verde nos nossos edifícios. Quando são feitos de raiz nós já os fazemos com essa filosofia. Quando fazemos reabilitação é mais complexo, mas tentamos, ao máximo, implementar as medidas essenciais. Nas Caldas da Rainha é o que estamos a fazer. Este tipo de empreendimentos dão uma qualidade de vida superior aos seus moradores”, explica. A reabilitação urbana é um desafio muito aliciante para os investidores que retiram desses investimentos, diversas vantagens. “Para cada tipo de capital e de investimento, se o trabalho for bem feito, nós conseguimos redirecionar os nossos clientes para zonas mais vantajosas porque existem mercados onde a qualidade de vida é superior, comparando com as grandes cidades nacionais. Com os mesmos investimentos, mas mais afastados dos grandes centros, é possível viver com mais qualidade de vida, com melhores serviços e comércio”, afirma. LISBOA Rua Barata Salgueiro, nº 37 - 7º. Piso 1250-042 LISBOA +351 213 808 340 . PORTO Praça do Bom Sucesso, n.º 61, 10º Piso, Sala 1006 4150-146 Porto . ALGARVE Rua Direita, nº 30 A Porches 8400-483 LAGOA +351 914 000 188
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“É essencial que as pessoas não se esqueçam que estamos a viver uma época de ouro, mas que, em 2013, e não foi assim há tanto tempo, não sabíamos onde íamos chegar e não tínhamos qualquer tipo de garantias ou perspetivas de melhorias. Hoje, é importante que pensemos também no futuro. Um futuro do qual não temos garantias e em que tudo pode mudar”, sublinha. O objetivo principal já foi alcançado, mas existe vontade de continuar o percurso com a aposta em novas cidades, implementando as medidas adotadas nas Caldas da Rainha. “Abranger mais cidades nesta política, e com esta missão, é o próximo passo. Figueira da Foz já faz parte dos planos, assim como toda a costa central de Portugal, desde Peniche até Coimbra, onde existe um grande potencial imobiliário. São vários os projetos para o futuro e, acima de tudo, o objetivo é apostar em Portugal. A construção de novos recintos, fazer mais reabilitações e a compra de empresas com dificuldades são objetivos a conquistar”, conclui Paul Henri Schelfhout, presidente do Conselho de Administração da Finangeste.
PME EXCELÊNCIA’18 O estatuto de PME Líder e Excelência, lançado pelo IAPMEI em 2008, tem como objetivo ‘distinguir empresas com perfis de desempenho superiores, conferindo-lhes notoriedade e criando-lhes condições otimizadas de financiamento para desenvolverem as suas estratégias de crescimento e de reforço da sua base competitiva’ (IAPMEI). A Revista Business Portugal foi descobrir como se diferenciam cada uma destas empresas. Estas mequenas e médias empresas fazem parte do grupo empresarial que representa um importante papel na economia nacional de qualquer país, em Portugal não é exceção. Para além deste contributo são empresas que pensam individualmente em cada um dos seus clientes e que trabalham para os satisfazer de uma forma personalizada e atenciosa, que muitas vezes não é possível numa empresa de maior dimensão. É na sua característica camaleónica e moldável que está uma das maiores vantagens deste grupo empresarial. A economia é evolutiva e a facilidade de adaptação às novas exigências é um ponto forte e diferenciador.
DESTAQUES 11 RICA GRANJA Ovos portugueses de excelência nos mercados internacionais 14 FIOBLUE CONSTRUÇÕES “A excelência é um hábito” 16 IMOPÉROLA Arte na Reabilitação Urbana 19 NOVIBELO Distinção e profissionalismo no setor do mobiliário 22 MANIA DAS PINTURAS Excelência na área das pinturas
EMPRESAS QUE INSPIRAM PORTUGAL Prémios às melhores Empresas PME Excelência 2018, por mérito e dinamismo demonstrados
Mérito por Criação de Valor
Rica Granja Imopérola Wallup CRP BeachBowlling
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Mérito por + Crescimento
Mérito por + Exportação
Novibelo
Sidetours
Azuribérica
Predipalma
Multitendas
Flexicell
Mérito por + Longevidade
Sirius Travel
Mérito por + Emprego
A. de Sousa & Ca, lda.
Francisco Teixeira
Olegário Fernandes
CTGA
Prémios Empresa Gazela
Mérito por + Produtividade
Malhas Sonix
Comefly
Mundiperfil
Movéis Mendes
Premierteck
Francisco Transportes
Springmark
PME Excelência 2018
Fioblue 14 | Revista Business Portugal junho 2019
Auto Mecânica Alvorgense
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RICA GRANJA
OVOS PORTUGUESES DE EXCELÊNCIA NOS MERCADOS INTERNACIONAIS A Rica Granja é a única empresa portuguesa que produz ovos brancos. Sediada em Proença-a-Nova, dispõe de quatro pavilhões, com capacidade para 150 mil galinhas cada, um centro de recria e utiliza laboratórios próprios para garantir a qualidade do produto. Da Rica Granja saíram, em 2018, 120 contentores de ovos para Israel, mas também viajaram outros tantos países como Inglaterra, França e Espanha. Considerada PME Excelência, esta empresa viu também ser-lhe atribuído o prémio de “Maior Criação de Valor”. O diretor geral da Rica Granja, Paulo Mota, explicou à Revista Business Portugal qual a importância desse reconhecimento.
A
Rica Granja foi um projeto que começou a ser pensado em 2008, aquando da saída para o mercado nacional da nova legislação que previa, a partir de 2012, que as galinhas poedeiras continuariam a poder ser mantidas em gaiolas, mas teriam de ter obrigatoriamente mais espaço. Isso reduziria o número de galinhas por pavilhão, a menos que os produtores conseguissem reconverter os seus espaços: “Havia alguns produtores que não iriam conseguir fazê-lo, porque não tinham capacidade financeira para tal. A Rica Granja foi constituída por diversos produtores de ovos e outros empresários ligados a montante e a jusante a esta atividade, que atualmente são acionistas desta empresa”. O projeto foi pensado de raiz e todos os pavilhões e espaços foram previamente pensados para aumentar a eficiência da atividade e reduzir o risco de doenças ou infeções, por parte das galinhas: “Dispomos de um ciclo completo – temos um centro de recria próprio, pois foi-nos possível aproveitar o know-how de alguns dos nossos acionistas e aplicá-lo nesse espaço. Assim, garantimos a saúde e a qualidade das pintas que mais tarde estarão aptas a pôr ovos. Com a qualidade da criação que fazemos, o tempo de atividade da galinha prolonga-se, em média, por mais dez semanas, o que a torna mais rentável”.
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Quando passa do centro de recria para um dos quatro pavilhões disponíveis, a galinha já está pronta para pôr ovos e essa é uma atividade que acontece diariamente, sempre de manhã, até cerca das 15 horas: “Cada pavilhão dispõe de dois trabalhadores, exclusivos de cada pavilhão e os ovos são transportados, através de tapetes rolantes, até ao nosso armazém, onde são avaliados, classificados e depois acondicionados para serem transportados quer para o mercado nacional, quer para exportação”. Dado que um dos principais mercados para onde a Rica Granja exporta é o israelita, a qualidade do ovo tem de ser irrepreensível: “O mercado israelita só consome ovos brancos. Há também outros países que consomem este tipo de ovos, como Inglaterra, Alemanha e França, para onde também exportamos, mas os mercados israelitas têm umas regras alimentares muito rígidas, nomeadamente no que respeita à comida kosher, que pode ser consumida de acordo com as leis judaicas. O ovo não pode ter qualquer sinal de sangue e, para isso, temos uma máquina que faz essa verificação”.
Uma empresa eficiente e preocupada com a qualidade e o bem-estar A Rica Granja criou uma estratégia de mercado direcionada, quase em absoluto, à exportação. Alguns
RICA GRANJA
mercados, nomeadamente Israel, e outros países europeus onde o consumo do ovo branco é generalizado são os responsáveis pelos 67 por cento de exportação desta empresa. Os restantes 33 por cento da produção são direcionados ao mercado português, onde a Rica Granja tem o exclusivo dos ovos brancos: “Quando iniciámos a produção, tínhamos um pavilhão dedicado a ovos castanhos, os mais consumidos em Portugal, mas percebemos que não se justificava e reconvertemos a produção para brancos”. A preocupação com a qualidade do produto é levada ao limite e começa logo na entrada da empresa, onde existe a obrigatoriedade de todos os veículos serem desinfetados, para garantir que não transportam consigo doenças que possam fragilizar as galinhas. Nos quatro pavilhões onde estão as galinhas poedeiras, os funcionários não passam de um pavilhão
Paulo Mota, diretor geral
A Rica Granja foi este ano agraciada com o prémio PME Excelência, acrescido do prémio “Mais Criação de Valor” para outro para diminuir, mais uma vez, o risco de infeções ou doenças. No que respeita aos funcionários, o seu bem-estar também é importante para a empresa: “Pagamos um valor acima do salário mínimo aos nossos funcionários e distribuímos, o ano passado, cerca de três por cento dos lucros finais da empresa. Acreditamos que pessoas motivadas trabalham melhor e queremos garantir a eficiência máxima, sem perda de qualidade”.
Uma empresa de excelência A Rica Granja foi este ano agraciada com o prémio PME Excelência, acrescido do prémio “Mais Criação de Valor”. Para Paulo Mota, os prémios são uma recompensa pelo bom trabalho, constante e evolutivo, e ainda uma prova de que Portugal tem muito boas empresas a laborar no setor agroalimentar. Desde o início do ano, já saíram da Rica Granja, para países terceiros, 89 contentores de ovos, o que dá um total de 28,5 milhões de ovos portugueses, brancos, a saírem do
país para outros mercados: “O crescimento das exportações tem sido acelerado. Todos os anos temos crescido e, até agora, já nos aproximamos do número total de contentores que exportámos o ano passado. Ainda podemos exportar mais – podemos fazer sair daqui, semanalmente, cerca de oito contentores de ovos. Se assim for, chegaremos em breve aos 400 contentores por ano. São números altos, mas que estamos preparados para atingir”, garante Paulo Mota, diretor geral da Rica Granja.
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FIOBLUE CONSTRUÇÕES
“A EXCELÊNCIA É UM HÁBITO”
Marco e Paula Ferreira, administradores
A Fioblue tem 20 anos de atividade e é uma empresa especializada na remodelação e construção de edifícios, essencialmente comerciais e de serviços. Parceira de grandes marcas de retail nacional, esta empresa sediada em Coimbra, tem capacidade para executar obras em todo o país, graças à sua equipa especializada e de confiança que a compõe. Renascida em 2007, depois de grandes dificuldades, a Fioblue recebeu o prémio PME Excelência como um reconhecimento de todo o esforço e dedicação que Marco e Paula Ferreira colocaram nesta nova etapa da Fioblue. A Revista Business Portugal esteve à conversa com ambos, para celebrar o prémio Excelência, a coragem e a determinação de quem sempre acreditou neste projeto.
“
Quando começámos, tínhamos sonhos, energia e vontade. Apenas isso”, começa Marco Ferreira, engenheiro, que juntamente com o irmão, fundou a Fioblue, em 1998. “Vínhamos de uma empresa de construção de grande renome em Coimbra que operava no mercado da construção (tradicional) de edifícios. Porém, nessa altura, percebemos que havia um nicho de mercado que não estava explorado – o da reabilitação e remodelação. Quando alguém precisava de remodelar uma casa, fazer uma pequena alteração no interior, era difícil encontrar quem assumisse o trabalho de forma organizada. Era aí que nós queríamos entrar”. E conseguiram. A Fioblue tornou-se numa empresa especialista em remodelações e reabilitações e foi o próprio mercado que acabou por dar à empresa uma especificidade ainda maior: “No edifício da nossa primeira sede, existia um espaço comercial, no rés do chão. Era de uma marca de ótica que resolveu apresentar-nos o desafio de remodelar
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uma das suas lojas. Aceitámos, correu bem e, daí em diante, tornámo-nos parceiros deles e de outras marcas de retail”. A empresa acabou por crescer a um ritmo incontrolável e, em 2006, sofre uma forte crise financeira “foram momentos complicados, aprendemos da pior forma que erros de gestão não se podem voltar a cometer…fomos obrigados a restruturar a empresa e definir novos objetivos e estratégias, entendemos perfeitamente o nosso caminho ”. Com coragem, vontade, humilde e determinação, deram a volta: “Precisámos da confiança dos nossos colaboradores, dos nossos fornecedores e de clientes, que voltaram a apostar em nós. Agora somos uma empresa renovada, sem preocupações de crescer, e se crescer, que seja sustentadamente. Felizmente, os clientes acreditaram em nós e temos uma equipa que nos permitiu responder aos desafios”.
FIOBLUE CONSTRUÇÕES
Especialistas em edifícios de comércio e serviços A Fioblue continuou na sua senda de especialização e, para isso, conta com uma equipa de profissionais dedicados, que estão disponíveis todos os dias, a toda a hora: “Um lojista não pode parar o trabalho porque teve um problema na loja. Nós temos serviços de especialidades, como arquitetura, e engenharia, o que obriga a garantir uma resposta célere, para não dizer imediata, ao cliente. As nossas equipas sabem que, quando iniciam uma obra, o trabalho vai ser feito fora do horário normal de trabalho e, muitas vezes, de noite porque a loja tem de estar a funcionar o mais rapidamente possível. Por isso mesmo, todas as especialidades irão ser trabalhadas ao mesmo tempo, o que significa que os carpinteiros, os canalizadores e os eletricistas vão cruzar-se na obra e tudo tem de funcionar. Felizmente, posso dizer que tenho uma equipa que me dá essa segurança, a de saber que são confiáveis e disponíveis”. Resiliência, equipa, confiança e lucro são, na opinião de Marco Ferreira, os quatro pilares da Fioblue. São estes fatores que fazem desta empresa uma parceira para
Resiliência, equipa, confiança e lucro são, na opinião de Marco Ferreira, os quatro pilares da Fioblue. São estes fatores que fazem desta empresa uma parceira para grandes marcas, como a SonaeSierra, Ikea ou a Delta: “São estes grandes clientes que nos mantêm sempre a funcionar
grandes marcas, como a SonaeSierra, Ikea ou a Delta: “São estes grandes clientes que nos mantêm sempre a funcionar. O trabalho é constante e isso é importante, para continuarmos estáveis. O prémio PME Excelência foi um reconhecimento merecido de todo o esforço que fizemos para voltar a colocar a Fioblue no caminho do sucesso, mas não nos deslumbramos. Temos de trabalhar todos os dias para a satisfação do cliente, estar presente, acompanhar e fazer bem. Só assim marcamos a diferença”.
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IMOPÉROLA
ARTE NA REABILITAÇÃO URBANA A Imopérola é uma empresa de construção civil, estabelecida há 25 anos e que tem como lema fazer “arte na reabilitação urbana”. Sediada no bairro de Campolide, a Imopérola continua a ser uma referência na arte da reabilitação urbana em Lisboa. Em entrevista à Revista Business Portugal, os fundadores da empresa, Guilherme e Filomena Pacheco, revelaram o trabalho que têm vindo a desenvolver.
C
ontam já com 25 anos de experiência na reabilitação urbana e com 30 colaboradores destacados para as várias especialidades. Trata-se de uma empresa familiar que tem vindo a desempenhar um trabalho de excelência fazendo a ligação entre as tradições existentes de um Portugal antigo e o modernismo que caracteriza o século atual. A sua atividade no mercado da imobiliária nasceu da ideia de reabilitar o bairro histórico de Alfama, o mais antigo bairro da capital, e com isso, indubitavelmente, ganhou notoriedade e é, até hoje, associada a esse feito. Foi através desta reabilitação que foi difundida a sua imagem de trabalho, a competência da sua equipa e honestidade dos fundadores. Para Guilherme Pacheco, este foi o grande projeto onde teve a possibilidade de reabilitar mais de 60 prédios na zona de Alfama e Bairro Alto. “Dá-me vida comprar, reabilitar e vender, é o que mais gosto de fazer”, pronunciou o CEO, Guilherme Pacheco.
DEPOIS
ANTES
como vai ficar após a reabilitação”, referiu o gestor. Para isso, segundo o mesmo, “é necessário que seja um estudo e análise prévia do imóvel, de forma a que, no fim, a obra seja concluída de forma responsável e competente. É com esta determinação que encaram o projeto (que iniciaram juntos), que Guilherme e Filomena Pacheco conquistaram o prémio de PME Líder em 2014. Contudo, o sucesso da empresa continuou a dar frutos e três anos depois, conquistaram também o prémio de Firma de Excelência pela maior criação de valor, em 2017. “Não contava ser chamado para ir ao palco. No meio de 2.300 pessoas, 40 foram chamadas para subir ao palco, e eu fui uma delas”, exclamou Guilherme Pacheco. Este último prémio PME
O lema da empresa é comprar imóveis degradados, alguns sem condições mínimas de habitabilidade e transformá-los em habitações com conforto, qualidade e segurança Excelência, na categoria “Maior Criação de Valor” teve como fim os resultados atingidos pela empresa até à data, que já conta com um portfólio enorme de obras.
25 anos de atividade O lema da empresa é comprar imóveis degradados, alguns sem condições mínimas de habitabilidade e transformá-los em habitações com conforto, qualidade e segurança. “O que me dá mais prazer é poder comprar um prédio velho e poder idealizar a forma
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Filomena e Guilherme Pacheco, administradores
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IMOPÉROLA
Reabilitar com arte Embora também arrendem imóveis, o casal prefere reabilitar e vender. “É muito mais fácil vender. Prefiro vender a totalidade dos prédios do que vender por frações ou até mesmo arrendar”, referiu o sócio fundador. Com estas ideias de reabilitação e com a criatividade depositada em cada projeto, o casal está sempre um passo à frente no mercado, afirmando que mesmo em tempos de crise, nunca a sentiram. O sucesso da Imopérola muito se deve à dedicação do casal e também das suas boas ações para com os outros. Guilherme e Filomena Pacheco chegaram a ter problemas com alguns inquilinos dos prédios que foram comprando os seus imóveis por Alfama. “Desde ameaças de morte por parte dos mais velhos ou até mesmo toxicodependentes, tivemos de tudo, mas sempre respeitámos as pessoas e tentamos ajudar cada um deles. Demos trabalho a muita gente necessitada. Reabilitamos as casas, mas também reabilitamos pessoas”. Segundo o fundador, “num bairro histórico é fundamental respeitar as pessoas, ser simpático, mas nunca mostrar medo. Foi por tudo isto que adorei trabalhar na Alfama, mas tínhamos de ter sempre muito cuidado”.
Esta empresa distingue-se pelo pulso firme e determinação de Guilherme e Filomena Pacheco e pela forte vontade de lutar para crescer a nível profissional, aliadas à sua competência e honestidade com que sempre encararam este projeto. “Só assim é que conseguimos ser valorizados pelas pessoas. DEPOIS
ANTES
Gestão equilibrada e crescimento sustentado
ANTES DEPOIS
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Nós gostamos de ajudar as pessoas e é ao ajudar que também somos beneficiados. Tentamos manter uma relação muito próxima com todos, e tento sempre perceber aquilo que pretendem, dando também sempre a minha opinião mais sincera”, afirmaram os sócios-fundadores. Neste momento, a Imopérola, conta com mais clientes estrangeiros do que nacionais e procuram alargar o seu mercado de oferta. “Comprei bastantes prédios na cidade de Setúbal. Considero que é uma boa altura para investir. A cidade está a ficar lindíssima e vai começar a ter bastante procura daqui a um a dois anos. Nesse sentido adquirimos onze prédios, com localização privilegiada, para desenvolvermos a atividade que nos caracteriza: reabilitar com arte para vender.” Proferiu Guilherme Pacheco. O investimento constante é o lema desta empresa que tem como projeto futuro, “a continuação do trabalho de compra e venda e sucessiva reabilitação, como forma, de melhorar a vida das pessoas”, remata Guilherme Pacheco, CEO da Imopérola.
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NOVIBELO
DISTINÇÃO E PROFISSIONALISMO NO SETOR DO MOBILIÁRIO Novibelo, uma empresa sediada em Paredes, é hoje um projeto com 12 anos de história e distinção no setor da indústria do mobiliário. É reconhecida pela sua capacidade de produção, conceção e montagem de mobiliário residencial e equipamento hoteleiro. A Revista Business Portugal esteve à conversa com o CEO Manuel Ferreira, que revelou o percurso da empresa até à data.
F
undada a 13 de setembro de 2007, é uma empresa que procura desenvolver, criar e inovar cada projeto que abraça. O seu core business é o trabalho por projeto, elaborado para clientes profissionais, atuando os mesmos na área residencial e contract. Para isso, firma importantes parcerias, potenciando assim o serviço que presta ao cliente. Como refere o CEO da empresa: “Esta cooperação entre as empresas permite-nos trabalhar cada projeto nas suas diversas etapas e de uma forma mais individualizada”.
A Essência da Novibelo Profissionalismo, integridade, responsabilidade, inovação e criatividade, são alguns dos valores pelos quais a Novibelo se rege, priorizando o bem-estar dos seus clientes, mas também dos seus colaboradores. “Costumo dizer que as minhas equipas são as
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melhores e faço questão de manter uma gestão de proximidade com todos os colaboradores. Isto permite-me trabalhar no sentido de manter toda a equipa motivada e perpetuar os valores que quero ver difundidos pela empresa. Não somos só uma equipa, somos uma família”, afirmou o CEO. Quando questionado sobre o projeto da empresa, Manuel Ferreira, esclareceu que são 12 anos de um projeto moderno, vanguardista e eficiente, dirigido essencialmente a entidades profissionais. A empresa tem, neste momento, cerca de 57 profissionais especializados em diferentes áreas, de forma a conseguir abranger qualquer tipo de projeto e atender a todas as solicitações dos mais variados clientes. “Só uma equipa multidisciplinar e bem estruturada nos permite ter a capacidade de dar respostas imediatas e eficazes aos diversos clientes”, afirma. Manuel Ferreira sente-se confiante com o trabalho desenvolvido e forma de estar no mercado. A aposta nos recursos humanos, bem como em infraestruturas e maquinaria de ponta permitem que a Novibelo operacionalize e execute todos os objetivos e desafios que lhe são propostos no setor do mobiliário: “Qualquer gabinete de arquitetura ou decoração, em qualquer parte do mundo, idealiza e desenha
NOVIBELO
Prémio PME Excelência
Manuel Ferreira, ceo
uma peça de mobiliário, e a Novibelo tem a capacidade de a produzir do inicio ao fim!” exclama com orgulho.
Novibelo pelo mundo Devido ao seu forte crescimento, a empresa exporta atualmente para 14 países, desde Espanha, França, Itália, Inglaterra, Holanda, Luxemburgo, Suíça, Rússia, EUA, Chipre, Canadá, Angola, Dubai e Israel. “Esta expansão geográfica é o resultado de um trabalho progressivo de toda a equipa, desde o contacto com o cliente à manutenção dos elevados padrões de qualidade. A abertura de novos mercados traz consequentemente novos desafios, novos conceitos, e temos conseguido retirar aprendizagens bastante positivas desta diversidade cultural subjacente”, afirmou Manuel Ferreira. Dentre os trabalhos realizados o CEO realça o projeto de remodelação de todas as sedes do Banco Nacional de Angola e, mais recentemente, firmou contrato para a renovação dos balcões de uma instituição bancária em Israel, projetos imponentes e que distinguem a empresa. Atualmente, a empresa tem diversos clientes a nível nacional, mas a exportação tem sido substancial, abarcando cerca de 70% do seu volume de faturação.
O profissionalismo e a qualidade do serviço que imprimem em cada desafio, resultaram no reconhecimento da empresa a nível nacional com o Prémio PME Excelência. “Fomos considerados uma marca com mérito pelo seu crescimento. Foi uma recompensa de todo o trabalho e esforço da equipa”, referiu com orgulho. O CEO da Novibelo mostra-se satisfeito com os resultados que a empresa tem vindo a alcançar e almeja ser uma empresa de referência no setor do mobiliário, tanto a nível nacional como internacional. A Novibelo quer ser reconhecida “não só como a melhor opção por parte de clientes e colaboradores, como também pela qualidade dos seus produtos, soluções e relacionamentos com fornecedores”, esclarece Manuel Ferreira. A Novibelo preocupa-se ainda com o marketing da sua marca e, por isso, apresenta um website com um layout moderno, onde se pode encontrar todo o trabalho que a empresa tem vindo a desenvolver. Isto surge como uma forma de garantir a proximidade entre a empresa e os seus clientes, e acompanhar as novas tendências pelo mundo digital. Para o futuro, a empresa pretende continuar a investir no crescimento e em novas capacidades de inovação. “O difícil não é chegar ao topo, o difícil é manter-se no topo. O crescimento, a criatividade e inovação das empresas é importante, mas tudo tem de ser bem planeado, de forma a manter e consolidar a estabilidade e sustentabilidade da Novibelo”, conclui o CEO, Manuel Ferreira.
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MANIA DAS PINTURAS
EXCELÊNCIA NA ÁREA DAS PINTURAS
Intitulada de Mania das Pinturas, a loja de tintas, situada no centro de Lisboa, pertence ao Grupo Central da Estrela. Fundada por Fernando Guimarães, tornou-se numa das lojas com ainda mais distinção ao receber o prémio PME Excelência 2018. A Revista Business Portugal entrevistou o fundador que nos revelou o segredo do sucesso da sua empresa e projetos para o futuro.
A
importância dos colaboradores Para o fundador, os colaboradores são a base da empresa, admitindo que o segredo é partilhar o sucesso da empresa com eles. “Sempre quis crescer, mas para crescer, sabia que tinha de contratar bons funcionários e, para isso, tenho de os remunerar bem e repartir com eles os lucros do crescimento da empresa”, assentiu o sócio-fundador. O criador do Grupo Central da Estrela, sente orgulho nos seus colaboradores, que diariamente vestem a camisola para representar a empresa de tintas, como se deles se tratasse. “O segredo é que que nós não conseguimos crescer sem eles, nenhuma empresa consegue crescer sem os seus funcionários. Somos uma família empresarial feliz”, afirma, orgulhoso, Fernando Guimarães. Os princípios de cooperação, amizade, honestidade e proximidade, que Fernando Guimarães tem com a sua equipa, trazem benefícios para a empresa, tais como, o constante crescimento no mercado ao longo destes anos. As 20 lojas O desenvolvimento positivo que a empresa tem vindo a alcançar permitiu uma evolução da mesma, com a criação de cerca de vinte lojas multimarca, todas empresas independentes e espalhadas pelo sul do país, nomeadamente, a Caparica Cor, Aldeia Nova, Cor Brilhante, Cor Divina, Damaia Cor, Santinho Cor, Brico Estrela, Mania das Pinturas 1, Mania das Pinturas 2, Mania das Pinturas 3, Cor de Violeta 1, Cor de Violeta 2, Azul Catita, RexCor, SabiCor, Malveira Cor, Templo das Tintas 1,Templo das Tintas 2 e Paleta Azul. Estas lojas, cada uma com uma identidade e nome próprio, são um sinal de um crescimento sustentado, alicerçado com vendas assumidas. Segundo o
Fernando Guimarães, gerente
mentor deste projeto, “o percurso, no geral, tem sido positivo ao nível do crescimento, com altos e baixos”. No entanto, refere que “são muitos mais os momentos positivos do que os negativos. Dentro dos momentos positivos, existem duas lojas que têm vindo a alcançar uma maior notoriedade em relação ao seu crescimento e subsequente faturação, a Azul Catita e a Mania das Pinturas”, sendo esta última a galardoada pelo prémio PME Excelência 2018, “uma recompensa notória nível nacional para a empresa”, relata o entrevistado e acrescenta que “é verdade! Nós crescemos, mas nunca demos passos maiores do que a perna, nem nunca arriscamos de forma a colocar uma empresa em perigo. Admito que o nosso serviço é muito personalizado e, modéstia à parte, também é muito bom. Temos um preço competitivo com qualidade, fazemos entrega imediata dos produtos aos nossos clientes e também ao domicílio”, assegurou Fernando Guimarães quando questionado acerca da origem da conquista do Prémio PME Excelência. As empresas do fundador, distinguem-se não só pelo atendimento personalizado ao cliente, como pela crescente faturação. Projetos para o Futuro Com o lema “bom atendimento, qualidade, bons preços e colaboradores felizes”, Fernando Guimarães tem como projetos futuros, continuar a crescer assegurando sempre a qualidade dos seus produtos e continuar a abrir novas lojas não só por Lisboa e proximidades, “mas também por outras partes do país”, remata o fundador, Fernando Guimarães.
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JANSSEN PORTUGAL
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AUTO MECÂNICA ALVORGENSE
RIGOR E EXCELÊNCIA NA MECÂNICA A Auto Mecânica Alvorgense, mais conhecida como AMA, situada no interior do país, venceu o prémio PME Excelência 2018 devido à forte competitividade e crescimento nas diferentes áreas de negócio, no setor automóvel industrial e agrícola. A Revista Business Portugal conversou com Gil Gonçalves, sócio da empresa, que apresentou o balanço da atividade até ao presente.
da empresa, situadas nas regiões de Leiria, Pombal, Soure e Ansião. A criação das filiais surge também da necessidade de apoio à agricultura e da proximidade ao cliente na zona do centro. “Tudo isto advém da necessidade de poder acompanhar de perto o cliente, uma vez que, no caso de termos um cliente que compre uma máquina agrícola, existe sempre a necessidade de estar próximo e prestar algum tipo de assistência que possa ser necessária. Por muito bom serviço que se tenha, se não estivermos nas proximidades dos nossos clientes, é mais complicado prestar um acompanhamento personalizado”, assentiu o filho do fundador.
A importância do cliente
Gil Gonçalves, ceo
A
origem O nome Auto Mecânica Alvorgense, já vem dos primórdios da sua criação por António Gonçalves, em 1976. Começou como uma empresa de mecânica e reparação de automóveis e tratores que, de ano para ano, foi-se fortalecendo e passou a fornecer um atendimento mais personalizado, numa área mais abrangente como a venda, assistência e reparação de equipamentos industriais e agrícolas. Já com um nível de crescimento bastante significativo, em 2001, Gil Gonçalves decidiu abraçar o projeto, e deu início a uma nova configuração da AMA, como braço direito do seu pai, António Gonçalves. A raiz do negócio e trabalho foi encarada como um grande desafio e, com esta determinação, os sócios da empresa, conseguiram o reconhecimento a nível nacional e internacional.
As 4 filiais Esse reconhecimento tem sido fruto do crescimento bem sustentado da AMA, que ao longo dos anos, foi alargando os seus horizontes em termos geográficos, ao criar, para além da sede em Alvorge, mais 4 filiais
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Para Gil Gonçalves, o cliente é o foco da empresa. “Como todas as empresas, o foco é o cliente, perceber as suas necessidades e prestar os melhores serviços, de forma a garantir que volte”. O sócio, refere ainda que se torna mais fácil conseguir um cliente novo do que manter um cliente antigo, embora o poder do passa-palavra dos seus clientes tenha sido uma vantagem para o reconhecimento da empresa. “Se os clientes antigos forem bem acompanhados, quase que se dispensa qualquer tipo de publicidade, devido à referenciação que vão fazendo aos seus conhecidos”. Sempre a pensar nas novas tecnologias e atenta às novas tendências, a empresa tem também um website que permite ao cliente uma análise e visão do negócio por outra perspetiva. Ao aceder à plataforma, o cliente pode obter as informações certas e necessárias sobre os produtos e serviços, o que permite uma capacidade de resposta da empresa ao seu público alvo, permitindo traçar planos e aceder a orçamentos dos produtos a nível setorial e global. Deste modo, esta
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AUTO MECÂNICA ALVORGENSE
criação é também um contributo para o crescimento sustentável da organização, tornando-a mais ágil e capaz de assegurar o permanente desenvolvimento do seu negócio.
Os Serviços Para a AMA é fundamental assegurar uma prestação de serviços de qualidade superior à dos mercados a nível nacional e internacional, com soluções de equipamentos, peças e assistência adequados às necessidades de cada cliente. Para isso, Gil Gonçalves, admite que é preciso agir de modo transparente com os clientes e colaboradores, criando relações de confiança e respeito entre as partes. “A garantia dos nossos serviços, a qualidade dos produtos que vendemos, o acompanhamento de volume de negócios.
70% de faturação com exportações
perto e a honestidade em relação ao que vendemos é essencial. Não podemos fazer malabarismos, ou seja, vender coisas que não servem ou que não são adequadas aos nossos clientes, porque o resultado são certamente consequências desnecessárias que a empresa não quer”, desabafou o parceiro de António Gonçalves.
Marcas Desde 1976, que a AMA tem vindo a comercializar inúmeras marcas como a Mitsubishi, Kioti, Galucho, Stihl, Case IH e Tomix que se distinguem no mercado pela versatilidade, alto desempenho e inovação. Estas marcas, representam soluções eficientes para qualquer tipo de trabalho e
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são adequadas às exigências dos seus mais diversos clientes.
Valores A prontidão, competência e tecnologia são os valores centrais da AMA, nos serviços de assistência técnica que oferece. A empresa garante a qualidade dos seus equipamentos e um acompanhamento regular, por parte da equipa técnica, no que toca à manutenção ou reparação pontual, cumprindo sempre com os compromissos assumidos com o cliente. Esta prestação de serviços personalizada, trouxe o êxito para a empresa e conseguinte o prémio PME Excelência 2018, resultado da sua autonomia financeira e crescimento de
A procura pelo crescimento sustentado através da qualidade e competência da sua atividade, resultou no início das exportações direcionadas ao Continente Africano como Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Gana e Guiné-Bissau, em 2014. Estas exportações trouxeram para a empresa um volume maior de compra e venda, resultando no crescimento da sua faturação. Atualmente a Auto Mecânica Alvorgense, aumentou no número de recursos humanos, ampliando a equipa com 30 funcionários, resultado do trabalho de exportação, que representa cerca de 70 por cento da sua faturação. Este aumento de colaboradores, representa uma responsabilidade social muito forte para a empresa, dado que, neste momento, são necessários não só técnicos nas suas filiais, como também, em permanência no exterior. Para o futuro, Gil Gonçalves, admite que pretendem continuar a ser uma empresa global e competitiva, vista como referência de qualidade e eficiência nas áreas de negócio onde atua. A expansão do crescimento em novas áreas de atividade, novos clientes, novos mercados e novos países é também um objetivo. “A exportação é o caminho a seguir. Avizinham-se novos projetos no mesmo segmento de mercado”, concluiu o sócio.
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AZURIBÉRICA
UM EXEMPLO EM EXPORTAÇÃO E INVESTIMENTO TECNOLÓGICO mercado que era médio/baixo e que foi o primeiro a ser atingido quando as encomendas começaram a falhar”. Em 2011, quando Joaquim Pratas assume a gestão da empresa. A Azuribérica contou com a ajuda de uma empresa de Mangualde, também da área têxtil, que estava altura assoberbada de encomendas e delegou algumas encomendas à empresa de Oliveira do Hospital: “Essa ajuda foi muito importante, porque estávamos a começar do zero. Não tínhamos clientes e, durante os três anos seguintes, trabalhámos com as encomendas da empresa dessa empresa de Mangualde. Porém, passado esse período, já havíamos conseguido clientes nossos e pudemos começar a trabalhar em nome próprio”. Joaquim Pratas, administrador
A Azuribérica é um caso de sucesso na indústria têxtil. Depois de ter encerrado em 2009, devido à crise económica que assolou o país, foi reaberta em 2011, pela mão do engenheiro e gestor industrial Joaquim Pratas, atualmente administrador da empresa. Apostando na mão-de-obra qualificada que estava no desemprego, e em tecnologia de ponta, a Azuribérica tornou-se, em oito anos, numa empresa merecedora do prémio PME Excelência, com mérito por “Mais Exportação”. A Revista Business Portugal esteve à conversa com o responsável da empresa, sobre o que é atualmente a Azuribérica e como se desenha o futuro.
A
zuribérica “Em 2009, a Azuribérica foi mais uma das empresas que fechou, em resultado da crise que se abateu sobre a indústria têxtil. Muita gente qualificada acabou por ficar no desemprego, porque já não tinha encomendas às quais dar resposta”. Assim se inicia a conversa com Joaquim Pratas, administrador da empresa que, atualmente, exporta mais de metade da produção da sua empresa. “Na época, a empresa trabalhava para um
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As primeiras encomendas em nome próprio e o mercado da exportação Uma fábrica com 120 pessoas precisava de rentabilizar as encomendas, de forma a garantir a sobrevivência da empresa e dos postos de trabalho. Assim, a primeira peça a ser fabricada foi o casaco masculino: “É uma peça que é rentável, o que nos permitiu solidificar a nossa capacidade financeira e prepararmo-nos para a internacionalização. Assim aconteceu”. A Azuribérica especializou-se em casacos e calças clássicas, maioritariamente
para serem usados por homens, sobretudo de estilo jovem e casual. Em 2015 já exportava cerca de 80 por cento da sua produção, todavia, foi o ano de 2016 que representou uma viragem para a empresa de Oliveira do Hospital: “Fizemos investimentos elevados em tecnologia de ponta, o que nos permitiu aumentar a nossa capacidade de resposta, quer em termos de quantidade, quer em tempo de resposta. O mercado espanhol coloca-nos uma encomenda aqui numa semana e nós temos capacidade de concluir o trabalho entre duas a três semanas depois”. Para além de Espanha e outros países europeus, os Estados Unidos da América
AZURIBÉRICA
representam também um país para onde a roupa é exportada: “De facto, a Azuribérica é das poucas empresas têxteis especializadas apenas em roupa masculina, nomeadamente blazers e calças clássicas, porque não são peças fáceis de fazer. Porém, a qualidade em que apostamos já levou a que se fale em Oliveira do Hospital como sendo o local de onde vêm os melhores fatos do mundo”. As grandes marcas, conhecidas mundialmente, como Hugo Boss, Carolina Herrera, Tommy Hilfiger, entre outras, produzem as suas coleções nesta região do país.
Os três pilares do sucesso Joaquim Pratas assume que o sucesso é composto por vários fatores, que contribuem, cumulativamente, para a qualidade dos produtos que apresenta: “Um deles é a tecnologia de ponta que faço questão de disponibilizar na fábrica. Não há nenhuma máquina de última geração, necessária para fazer o trabalho que aqui desenvolvemos, que eu não tenha. Estou sempre atento às últimas novidades, para garantir que os meus colaboradores têm tudo o que precisam para fazer um bom trabalho”. Além disso, os recursos humanos são fundamentais: “Os meus colaboradores são a minha jóia da coroa. Muitas destas pessoas estavam desempregadas quando lhes dei a oportunidade de voltar a trabalhar na indústria têxtil e são, por isso, já bastante conhecedoras deste setor. Além disso, te-
nho excelentes relações com o IEFP, o que permite estar constantemente a desenvolver formações e a atualizar conhecimentos”. O cumprimento de prazos é também muito importante nesta área: “As marcas mandam produzir uma coleção e querem-na dentro do prazo. Aqui, o importante é que consigamos entregar um trabalho com qualidade, da forma mais eficiente possível”.
“Os meus colaboradores são a minha jóia da coroa. Muitas destas pessoas estavam desempregadas quando lhes dei a oportunidade de voltar a trabalhar na indústria têxtil e são, por isso, já bastante conhecedoras deste setor Uma empresa virada para o futuro A Azuribérica ainda não produz, de forma expressiva, fatos por medida para homem, mas esse é um mercado onde Joa-
quim Pratas quer apostar: “Os executivos serão sempre um nicho de mercado no qual nós queremos apostar porque esses homens vão sempre vestir fatos. Neste momento, já temos alguma produção, mas ainda não é representativa. Eu gostaria de equilibrar a produção na ordem dos 65 por cento para produtos casual e 35 por cento para fatos mais clássicos, dirigidos aos executivos”. A juntar a este propósito, Joaquim Pratas quer também dar início a uma loja online, onde será possível fazer uma compra por medida: “Os jovens compram cada vez mais online. Se eu tiver uma loja aberta na Internet, vendo para todo o mundo. O objetivo é ter capacidade de resposta para pedidos personalizados, de forma rápida e com qualidade”. De olhos postos no futuro, a Azuribérica é já uma empresa ecológica, na medida em que já produz 30% da energia que consome, sendo que o objetivo final é tornar a empresa autossuficiente na produção de energia: “Todos estes detalhes contam, porque a nossa empresa é claramente investidora, sempre a apostar em novas tecnologias e formação, mas de forma sustentável. O prémio PME Excelência veio reconhecer a nossa solidez financeira e o galardão de “Mais Exportação” confirmou que estamos no bom caminho”.
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DESTAQUES 31 GRUPO OESTE SOLUÇÕES Na vanguarda do setor imobiliário 35 RESTAURANTE PÁTIO DO FAUSTINO/ RESTAURANTE MIDI Um “Páteo”com história e personalidade 36 LAVANDARIA TORREENSE “As pessoas ficam encantadas com o nosso serviço” 38 RESTAURANTE MANJAR REAL “Cozinha temperada com amor” 40 CANTINHO DO PÁTEO “Os prazeres da vida são para ser partilhados…”
REGIÃO OESTE Onde não falta o que fazer A Região Oeste é repleta de diversidade: tem lugares cheios de história, praias, museus e monumentos fascinantes, uma gastronomia com sabor a mar e doces regionais de fazer crescer água na boca: desde as cavacas das Caldas, os pastéis de feijão de Torres Vedras e os doces conventuais de Alcobaça. Com uma influência costeira e rural, destaca-se pela hortofruticultura, nomeadamente a Pera-rocha do Oeste, a Maçã de Alcobaça e a Ginja de Óbidos e Alcobaça. Cheia de castelos e fortalezas, faz-nos viajar ao passado, como no Forte de Peniche ou no Castelo de Óbidos. Podemos explorar o melhor da arte nacional, admirando o estilo Barroco e Gótico que por lá podemos encontrar e as mais antigas tradições regionais, apreciando os moinhos e os vinhos. Detentora de paisagens fascinantes, é também um dos melhores destinos de surf do Mundo. Quem por lá passa tem, obrigatoriamente, de ver as ondas gigantes da Nazaré e passar por Peniche e Santa Cruz. As matas da região convidam ainda para se usufruir da natureza e descansar ao ar livre. Na Lagoa de Óbidos, tem a oportunidade de encontrar animais raros e na Serra de Montejunto, pode apreciar as mais de 115 espécies de aves que por ali passam durante o ano. Pode ainda explorar as paisagens submarinas das águas límpidas das Berlengas, com visibilidade frequente a 50 metros, que abriga uma grande biodiversidade de espécies submarinas e que permite ver navios afundados e aviões da II Guerra Mundial. A Região Oeste tem ainda as termas e spas para gozar: as Termas do Vimeiro, Hospital Termal e as Termas das Caldas da Rainha oferecem programas de termalismo clássico, com diversas terapias relaxantes. O que não falta para fazer na Região Oeste são atividades. Desde passeios a festas: viva o Carnaval de Torres Vedras e o Natal de Óbidos. Jogue golfe nos melhores campos do país e descanse ainda no ambiente oriental do Parque Budha Eden.
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NA VANGUARDA DO SETOR IMOBILIÁRIO Sediada em Torres Vedras, a Oeste Soluções é uma imobiliária que tem vindo a fazer um percurso de contínuo crescimento. Sérgio Santos é o diretor e consultor imobiliário que implementou um modelo de negócio assente na dedicação, transparência e flexibilidade.
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oi em janeiro de 2019 que a Oeste Soluções comemorou o quinto aniversário. Em março, para celebrar a data, decidiram dar um ar mais moderno à casa de forma a “projetar a imagem da empresa para o exterior”. Consequentemente, acaba por dar “mais visibilidade, ao mesmo tempo que proporciona condições de trabalho agradáveis aos nossos consultores e mais conforto aos nossos clientes quando nos visitam”, afirma o diretor da empresa. Inicialmente, o projeto de remodelação foi pensado numa perspetiva mais simplista e com uma loja mais
pequena, mas o primeiro ano de atividade veio mudar essa decisão. 2014 foi o ano em que a imobiliária registou um crescimento - mais do que aquele que estava previsto - daí a necessidade de mudarem de instalações. Segundo as palavras de Sérgio Santos, hoje em dia “a imagem exterior é uma prioridade”, o que o leva a caminhar nesse sentido desde a data em que fundou a imobiliária. Se por um lado, a Oeste Soluções já causava um impacto positivo nos clientes, por outro, nada melhor do que 2019 para afirmar a mudança de instalações como objetivo principal. “Entrar em casa e sair com uma casa” é um dos lemas movidos por Sérgio com a nova arquitetura e decoração do espaço.
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A concretização de sonhos e de uma nova etapa na vida dos clientes Para fugir ao método das imobiliárias tradicionais, o nosso entrevistado defende que a principal missão da empresa rege-se por quererem que as pessoas entrem e se sintam em casa, mesmo antes de encontrar o lar ideal.
Como podemos descrever o mercado imobiliário na Região Oeste? Atualmente, no mercado oeste existe pouca oferta de apartamentos T2 e T3, apesar de serem Cinara Santos, consultora imobiliária
Segundo as palavras de Sérgio Santos, hoje em dia “a imagem exterior é uma prioridade”, o que o leva a caminhar nesse sentido desde a data em que fundou a imobiliária 36 | Revista Business Portugal junho 2019
duas tipologias procuradas com regularidade. A concentração do mercado prende-se com os centros de cidade, nomeadamente Torres Vedras, Lourinhã e Odivelas onde há bastante procura no que diz respeito à construção nova. O diretor e consultor explica-nos que “os projetos são vendidos ainda antes da construção se iniciar. Parece que regressamos ao mercado de há 20 anos”. Em 2014, Portugal passou por uma fase de crise difícil. “Quando começámos estava péssimo, mas agora estamos totalmente estabilizados”, assegurando que foram “capazes de
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lidar com todas as situações que apareceram e ainda antecipar algumas”. Uma dessas situações prende-se com a questão da falta de produto novo que Sérgio, na altura, acreditou que iria surgir. Para oferecer um serviço abrangente, a Oeste Soluções disponibiliza aos seus clientes um departamento dedicado exclusivamente à banca e ao investimento. Tudo isto se deve ao facto de há dois/três anos se venderem mais imóveis da banca, uma vez que os valores eram muito mais baixos. “Estou convencido de que essa época vai voltar (infelizmente) e, desta
EQUIPA
O PILAR DA OESTE SOLUÇÕES A paixão que a equipa da Oeste Soluções tem pelo trabalho que desenvolve e a forma como lidam com os clientes sobressaem e marcam a diferença, num setor tão competitivo e em constante mudança. Provar ao cliente que são uma mais-valia pela transparência e proximidade com que trabalham é primordial na hora da decisão. O espírito de família é crucial para o bom funcionamento de todo o trabalho desenvolvido pela equipa Oeste Soluções. Disponibilidade, simpatia, boa disposição e preocupação são elementos chave para estabelecer uma relação de confiança com o cliente. Por fim, só resta deixar o convite aos nossos leitores para entrarem e verificarem por si mesmos a nova imagem da imobiliária. Sérgio Santos (ao centro) e equipa, administrador
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forma, estamos um passo à frente”, assegura. Se formos a avaliar os últimos dez anos de mercado, podemos perceber que o setor imobiliário apresenta mudanças exponenciais de um momento para o outro. O diretor conta-nos que “esteve tão mal que nem os telefones tocavam e depois estava muito bem. Mais tarde havia falta de construção nova”, ou seja, “temos de estar sempre a planear o passo seguinte”.
Para oferecer um serviço abrangente, a Oeste Soluções disponibiliza aos seus clientes um departamento dedicado exclusivamente à banca e ao investimento
Questionado sobre o que os distingue num setor onde a concorrência é feroz, Sérgio Santos refere que ter este tipo de serviços faz com que a Oeste Soluções tenha valor acrescentado num mundo onde é imprescindível justificar o motivo pelo qual se recorre aos serviços de uma imobiliária. Porém, o nosso interlocutor realça que “não fazemos promessas em vão. Não vamos prometer vender a propriedade a um valor mais alto só para garantir a angariação da mesma”.
Futuro - “solidificar esta aventura” Com a ambição de querer abranger toda a região oeste, Sérgio Santos tem uma loja na Lourinhã - que irá sofrer alterações brevemente - e ainda em Odivelas - inaugurada em março. “Lourinhã subiu muito no início de 2019 e Odivelas está a correr muito bem. Ambas têm valores diferentes num mercado igualmente diferente”, explica. Para breve está pensada a abertura de mais um espaço nas Caldas da Rainha. “Esta foi a estrutura que idealizei quando fundei a Oeste Soluções: ser uma marca da Região Oeste”. Ainda a pensar no futuro do grupo imobiliário estão pensadas parcerias na área da decoração de interiores, de forma a solidificar o serviço chave na mão. Como pode ver, projetos não faltam para dinamizar o negócio, ainda que o futuro passe por “solidificar esta aventura”. Todas as decisões são ponderadas, mas certo é que o ano 2019 será dedicado ao investimento na imagem e na divulgação da imobiliária. “Queremos dar a conhecer a Oeste Soluções, angariar mais contactos e mais clientes”, conclui.
Criar um conceito chave na mão Entrar e sair da imobiliária sem preocupações é um dos objetivos que a equipa tem para todos os clientes, compradores ou proprietários. “O cliente compra casa, leva consigo a chave e entra em casa com tudo a funcionar: água, luz, tudo pronto”, salienta. LOJA DA LOURINHÃ
RTVON Foi criada em Fevereiro 2017 pelo grupo e é o único serviço de Televisão Online da Região. Com sede em Torres Vedras é uma televisão para ser alternativa às estações de televisão nacionais, dando particular destaque à população local e regional. Estando cientes de que este é um projecto para a sociedade, dando o devido destaque ao que nos rodeia, e com a proximidade que nos é exigida, a administração da Rtvon tem o objetivo de ajudar o desenvolvimento do tecido empresarial local e regional e de dar voz e projeção às comunidades locais. Contamos com três equipas fazendo cobertura diária na zona oeste, mais propriamente Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval, Sobral Monte Agraço, Peniche, Bombarral , Caldas da Rainha. Contamos com programas de produção interna que destacamos “ CARLOS ROSA CONVIDA; ONDA MUSICAL, RAIZES DO POVO, FESTA EM FESTA “ Noticiários diários com notícias da região e a voz dos políticos. Deixamos o convite para nos acompanharem . 38 | Revista Business Portugal junho 2019
LOJA DA ODIVELAS
OESTE SOLUÇÕES RITMOS E TEORIAS UNIPESSOAL, LDA | AMI: 10545 Morada: Rua Dr. José de Bastos, 2B 2560-332 Torres Vedras Telefone: (+351) 261096118 Telemóvel: 913580792 E-mail: info@oestesolucoes.pt www.oestesolucoes.com.pt
RESTAURANTE PÁTEO DO FAUSTINO/ RESTAURANTE MIDI
UM “PÁTEO”COM HISTÓRIA E PERSONALIDADE “É a casa mais popular de Torres Vedras”. Assim, poderíamos começar por descrever o Páteo do Faustino, espaço que lhe apresentamos nesta edição. A história é antiga e começou a ser escrita por António Faustino Ferreira há 30 anos. Restaurante Midi
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áteo do Faustino
O que começou com uma pequena taberna e mercearia no bairro é hoje uma referência gastronómica na região Oeste. Abílio Ferreira e sua esposa, Arcinda Ferreira, são segunda geração de continuidade deste ramo, que foi sempre crescendo em função do volume de clientes. São eles os ícones que fizeram do Páteo do Faustino “um sítio de referência e de paragem obrigatória em Torres Vedras”. Paulo e Cristina Carvalhal, neta do fundador, assumem a terceira geração desta casa, onde a cozinha tradicional portuguesa é rainha. Com três pratos diários diferentes, o Páteo do Faustino prima pela frescura dos alimentos e na sua cozinha só entra carne e peixe frescos, vindos, diretamente, de fornecedores locais. O bacalhau à casa e o cozido à portuguesa são os ex-líbris da casa e os pratos que mais atraem clientes ao fim de semana. À sublimidade da gastronomia junta-se a excelência dos vinhos portugueses, sobretudo da região de Lisboa, que aqui assumem especial destaque. Consideradas por muitos a melhor parte das refeições, as sobremesas caseiras do Páteo do Faustino primam pelo sabor. Se por um lado a tarte de pastel de feijão faz jus à qualidade da doçaria regional, as opções mais sofisticadas enchem a boca e os olhos de quem as prova. Paulo Carvalhal não tem dúvidas ao afirmar que o Páteo do Faustino é “um sítio de paragem obrigatória em Torres Vedras”. Com qualidade (com)provada o Páteo do Faustino está, presentemente, a efetuar uma remodelação total, de forma faseada, de modo a garantir a melhoria de condições a todos os clientes e a continuidade do bom serviço, tendo-lhe sido, mais uma vez, atribuído o estatuto de PME Líder e Excelência 2018.
Rua Maria Pereira – Largo do Choupal, 2560-616 São Pedro e São Tiago - Torres Vedras Tlf.: (+351) 261 324 346 restaurante@pateodofaustino.com | www.pateodofaustino.com
Com um conceito inovador e contemporâneo, o Restaurante Midi foi “uma lufada de ar fresco” para Torres Vedras. E o que surgiu como uma novidade em 2009, rapidamente, se tornou uma referência na região. Paulo e Cristina Carvalhal são os rostos por detrás deste espaço que tem feito as delícias dos amantes do bom garfo. Com uma gastronomia distinta, no Restaurante Midi a comida tradicional portuguesa é acompanhada pelo requinte da cozinha gourmet. Os fãs de boa comida podem contar com quatro pratos do dia diferentes, todos os dias da semana, bem como o cabrito assado no forno e o bacalhau com broa – prato já premiado – aos fins de semana, a que se juntam os peixes grelhados, marisco e pratos vegetarianos, feitos a partir de carne, peixe e legumes frescos. Aqui, as sobremesas são caseiras - com destaque para o pastel de nata - e a carta de vinhos é composta, unicamente, por vinhos portugueses. A experiência é ainda complementada pelo ambiente sofisticado e acolhedor do espaço, que convida ao desfrute de bons momentos. Ao jogo entre o preto e branco juntam-se as inscrições nas paredes que abrem o apetite para os sabores da sua cozinha. O balanço da última década não podia ser mais positivo e é com agrado que Paulo Carvalhal afirma que o Restaurante Midi é uma “referência em Torres Vedras”, tendo-lhe sido já atribuído o estatuto de PME Líder e Excelência 2018.
Avenida da Liberdade Nº2 Cruz do Barro 2560-271 Torres Vedras Tlf.: 261 312 482 | Tlm.: 968 018 088 Email: restaurantemidi@sapo.pt | www.restaurantemidi.pt junho 2019 Revista Business Portugal | 39
LAVANDARIA TORREENSE
“AS PESSOAS FICAM ENCANTADAS COM O NOSSO SERVIÇO”
Nesta edição da Revista Business Portugal damos-lhe a conhecer a mais antiga lavandaria de Torres Vedras. Com 42 anos de história, a Torreense é atualmente gerida pelo casal Fátima e Francisco. Foi com eles que estivemos à conversa para conhecer a génese do negócio e compreender o seu mais recente serviço de limpeza e desinfeção de estofados ao domicílio.
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undada em 1977 pelos pais de Fátima Santos, atual proprietária, a lavandaria Torreense “é a mais antiga de Torres Vedras. Os meus pais pensaram que seria uma mais-valia para Torres Vedras ter
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na lavandaria, então assumi a gerência do negócio”.. Qualidade, proximidade e know-how são palavras-chave na Torreense. Fátima e Francisco reconhecem que a lavandaria que gerem prima pela qualidade do serviço e que o segredo por detrás dos 42 anos de sucesso “está na técnica e na mão de obra. A limpeza a seco não consiste só em colocar dentro da máquina de lavar. Isso é apenas o início. A técnica e a qualidade da mão de obra são o segredo”. Os clientes acompanham a evolução do negócio e é com satisfação que o casal assume que a lavandaria tem clientes fidelizados desde sempre, que recorrem ao seu serviço sempre que necessário. “Recebemos roupas vindas do Porto, para serem lavadas por nós. Felizmente, temos clientes que só utilizam os nossos serviços e é, também, comum receber pedidos de clientes que ficaram insatisfeitos com outras lavandarias”.
Urbancleaner
Francisco e Fátima Santos, sócios-gerentes
um serviço de lavandaria”, começa por explicar Fátima Santos sobre a génese do negócio. A qualidade do serviço prestado ditou o êxito da casa e é com orgulho que a entrevistada reconhece que “a lavandaria teve desde início muito sucesso”. Hoje, é Fátima, em parceria com o marido Francisco, que assume a gerência do negócio, composto por duas lavandarias. Um desafio que abraçou em 2001, após o pai adoecer, (apesar de ter sido sempre o seu trabalho). “A minha mãe deixou de poder estar
Fátima e Francisco são o arquétipo do empreendedorismo e abril de 2019 trouxe um novo desafio para o casal. O desejo de “introduzir alguma novidade que desse uma lufada de ar fresco ao negócio e que fizesse isto mexer” levou Fátima e Francisco a apostar num serviço de limpeza e desinfeção de estofados ao domicílio.”Surgiu a ideia deste serviço, e achamos interessante”. Pioneiros em Portugal, Fátima e Francisco são, atualmente, os únicos representantes do serviço UrbanCleaner em território nacional. Direcionado para empresas e particulares este, recente, serviço permite limpar e desinfetar qualquer
LAVANDARIA TORREENSE
e Francisco apresentam um horário de trabalho flexível e adaptável ao horário do cliente, efetuando serviços em horário pós-laboral e ao sábado. É com uma folha em branco, mas com muita vontade de crescer no negócio, que Fátima e Francisco perspetivam o futuro. A grande aposta do casal passará pelo desenvolvimento e expansão do serviço de limpeza e desinfeção ao domicílio, aliando este recente serviço ao da lavandaria. “Para já, pretendemos focar-nos neste novo serviço. Desenvolve-lo e continuar a fazer com qualidade e profissionalismo o que temos feito até ao momento”.
superfície estofada. Limpeza de estofos, colchões, higienização dos ambientes por ozono e limpeza e desinfeção de tapetes e carpetes, são alguns dos serviços, atualmente, prestados pela Torreense. “No fundo, limpamos tudo o que tenha tecido ou peles”, afirmam. Com equipamentos de última geração, projetados para uso profissional, este inovador serviço permite limpar sem qualquer dificuldade os materiais mais delicados. Através de um processo de injeção e extração, juntamente com o seu potente motor, o equipamento alcança a limpeza mais exigente e profunda, devolvendo à superfície estofada o seu estado inicial. Inofensiva para humanos, animais de companhia e ambiente, esta limpeza não é invasiva. “É um processo muito simples. Em média, 24 horas depois o sofá ou colchão está pronto a ser, novamente, utilizado. As pessoas ficam encantadas com o nosso serviço”.
“O conhecimento é essencial” Fátima e Francisco assumem que a qualidade e inovação da Urbancleaner aliada ao know-how e (re)conhecimento dos diferentes tecidos, nódoas e produtos constitui uma mais-valia para a prestação de um serviço de excelência. “O conhecimento é essencial. Quer seja dos tecidos, quer seja das nódoas ou dos produtos a utilizar. A partir do momento em que identifico o tipo de nódoa sei, que produto devo utilizar”, afirma Fátima que assume ainda só trabalhar “com os melhores produtos de limpeza”. A qualidade do serviço é inegável e o casal já recebeu pedidos de serviço um pouco por todo o país, embora reconheçam que a Grande Lisboa representa o seu principal nicho de mercado. Uma vez que o serviço de limpeza se efetua ao domicílio, Fátima
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RESTAURANTE MANJAR REAL
“COZINHA TEMPERADA COM AMOR” Situado em Santa Cruz, o restaurante Manjar Real dedica-se à cozinha tradicional portuguesa há mais de 25 anos. António Elisiário é o atual proprietário e chefe de cozinha que encontrou a oportunidade perfeita para realizar o sonho de abrir o seu próprio negócio.
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onhecido pela comida tradicional, o Manjar Real é um dos restaurantes mais conceituados da região de Santa Cruz. Há cerca de um ano, António Elisiário aproveitou a sua formação técnica de alimentação e bebidas para encarar um novo projeto: ser proprietário de um restaurante que conta com mais de 25 anos de histórias.
Uma carta completa(mente) portuguesa Naturais de Azambuja, os antigos proprietários, tinham uma ementa muito relacionada com a comida típica da região. De forma a dar continuidade, o chefe de cozinha manteve alguns pratos e fez algumas alterações na apresentação dos empratamentos e nos acompanhamentos. Exemplo disso é o bacalhau à Manjar, polvo à lagareiro com
legumes salteados, feijoada de gambas, bacalhau com natas, lombo de porco grelhado com batata à murro e legumes, cozido à portuguesa e a caldeirada de peixe. Nos pratos sazonais está disponível o sável acompanhado com açorda de ovas, ensopado de enguias e as enguias fritas. Nos pratos de peixe, introduzidos por António, estão presentes a açorda de bacalhau com gambas, arroz de marisco e uma magnífica sopa real do mar. Já nos de carne há espaço para as frigideiras que podem ser de novilho com ovo a cavalo, com molho de mostarda Dijon, com molho de cogumelos e molho moscatel (uma continuidade), rolinhos de frango com alheira de Mirandela, costeletas de borrego grelhadas e bochechas de novilho com esmagada
Nos pratos de peixe, introduzidos por António, estão presentes a açorda de bacalhau com gambas, arroz de marisco e uma magnífica sopa real do mar 42 | Revista Business Portugal junho 2019
RESTAURANTE MANJAR REAL
de batata-doce e migas. Em relação aos vinhos existe uma diversidade de referências que o proprietário faz questão de manter. Apesar de ter vinhos de diversas regiões, há uma grande procura pelos vinhos da região de Lisboa, acrescentando ainda que “fui à procura de novos vinhos consoante aquilo que o cliente pergunta. Fui buscar vinhos que não se encontram nas prateleiras de supermercado”, refere. Para finalizar a refeição, não podemos prescindir das maravilhas tradicionais portuguesas, nomeadamente a “montanha russa” (claras em castelo no forno acompanhadas com dois cremes, canela e amêndoa), arroz doce, pudim caseiro de ovos, musse de chocolate, baba de camelo, serradura, a “deliciosa espuma de banana - que temos como doce da casa - é receita de família e não pode passar António Elisiário, proprietário
dade depositada em cada iguaria confecionada”. António Elisiário ressalva que com isto “quer que o cliente saia satisfeito e que se sinta como se estivesse em casa”.
em trabalhar na restauração devido à carga horária. A própria lei laboral, neste plano, não se ajusta à realidade para muitos restaurantes e similares”, confessa. Outro aspeto a realçar é a formação dada nas escolas. António considera que quem dá formação deve incutir a passagem do aluno por uma primeira fase, ou seja, “devem passar por várias etapas até chegar a chefe de sala ou de cozinha. É importante dar bases e incutir valores que foram perdidos”. No que diz respeito às acessibilidades a Santa Cruz, António deixa um apelo às entidades responsáveis para que melhorem os acessos à região. “O turismo pode ser uma mais valia para o concelho mas devem investir na acessibilidade, nos eventos e manter as tradições”. O proprietário e chefe de cozinha não termina a entrevista sem antes deixar um convite aos nossos leitores: “Convido os leitores a visitar o Manjar Real e até mesmo aqueles que não conhecem as magníficas praias de Santa Cruz”, finaliza.
Os desafios que se vivem na restauração e na região
sem ser o doce nas festas em família” . Por fim, os doces conventuais também fazer parte da lista, nomeadamente a sericaia, fidalgo e toucinho do céu. “Todos estes pratos são preparados numa cozinha temperada com amor, mas não só. São produtos frescos, como o peixe de Peniche que é vendido nas praças de Santa Cruz, os pastéis de feijão de produtores locais e ainda a quali-
Questionado sobre as dificuldades do setor, o proprietário afirma que existem vários desafios na atualidade, nomeadamente a sazonalidade e a mão de obra qualificada. “É difícil encontrar pessoas qualificadas que se empenhem e que tenham gosto pelo trabalho”, acrescentando ainda que “há um grande número de pessoas que não estão interessadas
Rua Jerónimo Vilarinho,15A 2560-492 Santa Cruz Tlf.: 261 937 310 Manjar Real resturante
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CANTINHO DO PÁTEO
“OS PRAZERES DA VIDA SÃO PARA SER PARTILHADOS…” É em Santa Cruz, no concelho de Torres Vedras, que está localizado o Cantinho do Páteo - um gastrobar que procura ser diferente, inovador e faz-se acompanhar por produtos frescos e locais. Gonçalo Roda e Rodrigo Miranda são os gerentes que impulsionaram um novo conceito na restauração.
Gonçalo Roda e Rodrigo Miranda, sócios-gerentes
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viagem pelo setor da restauração começou em 2014, quando decidiram abrir o Radio Station - um bar que servia tostas e hambúrgueres, mas rapidamente perceberam que o espaço era pequeno para a adesão que tinham. Assim, Gonçalo e Rodrigo tiveram a possibilidade de adquirir o espaço ao lado do bar e abriram o Cantinho do Páteo em 2016. Os gerentes definiram que no conceito do Cantinho do Páteo não poderiam faltar alguns ingredientes, a frescura dos produtos, a proximidade com os produtores locais e um serviço que permitisse saborear uma refeição às 10h00 ou até mesmo às 02h00 com a mesma qualidade. “O nosso intuito é dar apoio à restauração e as pessoas virem por recomendação, por saberem que a qualquer hora podem vir aqui”, acrescentam.
As especialidades da casa Os hambúrgueres, as tostas e os
petiscos são, sem sombra de dúvidas, as iguarias que fazem parte da ementa. Para complementar, os nossos entrevistados, disponibilizam um bolo de chocolate e amêndoas, ao qual intitulam de “ferrero rocher” e pode ser acompanhado por uma bola de gelado. Mais recentemente e com a Cidade Europeia do Vinho introduziram a carta de vinhos em 2018. “Trabalhamos só com vinhos da região, mas o nosso core são as cervejas artesanais (Lisboa, Porto e a nacional Super Bock 1927)”.
Sinónimo de inovação e diferenciação A frescura dos ingredientes é imprescindível para a cozinha de Gonçalo e Rodrigo. Para isso, têm fornecedores locais no que diz respeito aos legumes, hortícolas, frutas e carnes. “A carne é cortada todos os dias e vem do supermercado do bairro. Utilizamos peque-
nas quantidades, porque fazemos questão que seja o mais fresco possível”, referem. Já os molhos são preparados na hora e o pão é feito especialmente para o gastrobar. É nesta vertente que afirmam: “somos muito vocacionados para oferecer a melhor experiência turística possível, porque faz todo o sentido utilizarmos produtos da região”. Mas para ser diferente não basta servir qualidade, é preciso estar a par das novidades do mercado. Desta forma, os nossos interlocutores não tiveram mãos a medir e criaram um hambúrguer de polvo - “Em Portugal somos dos poucos a ter esse produto” - e um de marisco. “Tentamos sobressair e despertar a curiosidade dos foodies”, salientam. Ainda na inovação, o Cantinho do Páteo tornou-se num parceiro amigo do ambiente e excluiu da lista a utilização de palhinhas de plástico.
Um parceiro na promoção de Santa Cruz O Cantinho do Páteo é mais do que um agradável espaço para saborear uma refeição. É também um lugar onde a socialização das pessoas e a promoção de Santa Cruz estão presentes. Para isso, colaboram com a caminhada “Santa Cruz a mexer” realizada todos os fins de semana e no fim de cada prova oferecem fruta, água e biscoitos. Com capacidade para 35 pessoas no interior e 200 no exterior, os gerentes promovem (no pátio onde estão localizados) - juntamente com o restante comércio desse local - a praia e o que de melhor se faz na região. Eventos como o “Be Fashion”, o “Carnaval de Verão” e o “Remember Living” (com música dos anos 80) fazem parte da dinâmica do Cantinho. Porém, nos meses de julho e agosto, há música ao vivo todos os dias.
Desafios diários Com o objetivo de fazer mais e melhor, Gonçalo e Rodrigo ambicionam continuar a crescer e a oferecer uma experiência agradável aos clientes. Pelo caminho existem alguns projetos que ainda não podem ser revelados, mas sempre com a certeza de que o grande desafio “é conseguir passar desta sazonalidade até para remodelar o espaço e torná-lo mais aprazível”, concluem os gerentes Gonçalo Roda e Rodrigo Miranda. Rua da Azenha, Lote 2, Loja3 - Torres Vedras Tlf.: 261 931 507 - cantinhodopateo
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JANSSEN PORTUGAL
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PORTUGAL CRIATIVO O mundo está em constante mutação e tudo o que conhecemos altera-se a cada dia, a cada novo passo em direção ao futuro. Com as novas tecnologias e sistemas informáticos existe a necessidade de resguardar e proteger a sociedade. Os dados pessoais estão, hoje, mais facilmente expostos e é cada vez mais complexo combater a exposição pública. Assim, o objetivo é que cada cidadão tenha o controlo dos seus dados autorizando ou não a divulgação dos mesmos. ‘Proteção de privacidade’ passa assim a ser uma das preocupações da atualidade mais discutidas. Nesse sentido foi necessário desenvolver um instrumento de controlo de informação e aprovar o projeto Lei nº43/2004 de 18 de agosto, uma ‘lei de organização e funcionamento da Comissão Nacional de Proteção de Dados’ (CNPD). Esta lei vem regular o funcionamento da CNPD e proteger todo e qualquer cidadão nacional. Os perigos são reais e há uma maior consciência dos benefícios e malefícios da divulgação de dados pessoais de forma publicamente exposta. Assim, fica definido por lei, em Assembleia da República (Lei nº67/98 de 26 de Outubro), que o ‘ tratamento de dados pessoais deve processar-se de forma transparente e no estrito respeito pela reservada vida privada, bem como pelos direitos, liberdades e garantias fundamentais’. Nesta edição, a Revista Business Portugal procura ouvir empresas especialistas no tema e entender de que forma esta nova legislação vem alterar o dia-a-dia dos cidadãos nacionais.
DESTAQUES 44 INCENTIA M.I Inovação e Criatividade 46 FOCUS2COMPLY Privacidade, Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade 48 GEODISCOVER Um método 80 a 90 por cento fiável para a deteção de água subterrânea 50 MUSAMI Reutilizar para criar valor 51 ESRI PORTUGAL The Science of Where 52 PENÍNSULA DOS SORRISOS “Fabricamos sorrisos” 54 HYPERMETAL Pioneira na fabricação aditiva 56 ARTTE CONSULTORES a reinvenção do setor imobiliário
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INCENTEA M.I
INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE A inCentea Marketing e Inovação (M.I) é uma agência especializada na criação e gestão de marcas. Procura com rigor e profissionalismo entender o negócio do cliente, como se deles se tratasse, e encontrar fórmulas de o comunicar com sucesso. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Lopes, cofundador da inCentea M.I, apresenta a agência e os novos desafios a iniciar ainda este ano. José Lopes, cofundador
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A inCentea M.I resulta da fusão de duas agências criativas, a Sente Design e a Contraponto Publicidade, no grupo inCentea, presente em Portugal, Angola, Cabo Verde, Espanha, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Criada com uma grande capacidade de adaptação a um mercado cada vez mais exigente e em constante mudança, a inCentea M.I, implementa diariamente os processos que garantem a qualidade dos serviços aos seus clientes. Atualmente, a inCentea M.I centra a sua atenção no seu grande objetivo, que é “tornar-se uma agência de referência nacional”. O marketing, aliado à criatividade e tecnologia, permitem fortalecer e garantir o sucesso dos negócios com a flexibilidade, garra e o dinamismo que o mercado exige cada vez mais. “Neste sentido, somos mais que fornecedores, somos parceiros dos nossos clientes” refere José Lopes, cofundador da inCentea M.I “Somos agência, focada na criatividade, no profissionalismo e numa visão diferenciada como caminho para o sucesso. No êxito dos nossos clientes como medida para o nosso. E na proximidade como princípio essencial para o diálogo”, acrescenta José Lopes.
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O marketing, aliado à criatividade e tecnologia, permitem fortalecer e garantir o sucesso dos negócios com a flexibilidade, garra e o dinamismo que o mercado exige cada vez mais
INCENTEA M.I
A inCentea M.I trabalha atualmente para um amplo leque de setores, com expressivos projetos em curso ligados à “restauração, hotelaria e saúde”. Segundo José Lopes, “cada vez mais, estas áreas procuram novas formas de comunicar. Não basta que a imagem seja atraente - é necessário que o conteúdo conquiste. Cada Marca conta uma história, a Sua história.” A inCentea M.I conta com “accounts, designers, programadores e especialistas em marketing digital que permitem à agência encontrar soluções diferenciadoras que possam beneficiar as empresas, através da criatividade e da inovação” esclarece.
Através da forte vontade que a inCentea M.I tem de criar e inovar, o seu cofundador anunciou a apresentação oficial do novo produto, denominado de PowerSales, no Fórum Económico. Este evento, integrado na 4ª Semana da Economia de Braga, é organizado pela InvestBraga, e este ano é dedicado ao tema “Economia & Talento”. O PowerSales trata-se de uma solução de e-commerce B2C e B2B, que permite a integração com sistemas de faturação e outras aplicações. “Este novo produto contém um ADN próprio e é totalmente focado no comércio eletrónico.”, afirmou José Lopes. Para o futuro, José Lopes pretende obter a Certificação ISO 9001 da empresa e “dar a conhecer os processos de desenvolvimento e de gestão criativa, superar as expectativas e criar valor para os nossos clientes” conclui o cofundador da inCentea M.I
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FOCUS2COMPLY
PRIVACIDADE, CONFIDENCIALIDADE, INTEGRIDADE E DISPONIBILIDADE Pelo segundo ano consecutivo que a Focus2Comply - empresa da área da implementação e assistência à aplicação do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD)– está presente na Revista Business Portugal. Fernando Fevereiro Mendes, cofundador da empresa, fez um balanço após um ano de mudanças no que ao RGPD diz respeito.
Fernando Mendes, cofundador
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undador e Sócio da Focus2Comply, Fernando Mendes conta com 38 anos de experiência na área de Tecnologia da Informação, 30 dos quais dedicados à Segurança da Informação e de Tecnologias de Informação. Em 2015 juntou-se a Luís Lobo e Silva e, juntos, criaram a Focus2Comply. O Regulamento Geral de Proteção de Dados, aprovado em 15 de abril de 2016, muito tem dado que falar. Após um período de adaptação de dois anos, entrou em vigor em 25 de maio de 2018. Este, é um regulamento do direito europeu sobre privacidade e proteção de dados pessoais que se aplica a dados de todos os indivíduos da União Europeia e Espaço Económico Europeu e tem como objetivo devolver aos titulares o controlo desses seus dados. A Focus2Comply procurou ajudar os seus clientes nesta transição de obrigatoriedade para as empresas estarem em conformidade com o regulamento uma vez que “havia muitas interpretações sobre o que era o regulamento”. “Há deficiências na interpretação do próprio regulamento e da forma como deve ser aplicado. Numa primeira fase isto foi visto pelas empresas como um grande problema, mas começaram a dedicar alguns esforços para isso, principalmente
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pelo medo das coimas”, explicou Fernando F. Mendes. Inúmeras organizações têm dados pessoais e, muitas vezes, quando se cria um processo ou aplicação para tratamento de dados não é bem percetível o risco que se corre, e é este aspeto que Fernando F. Mendes realça dizendo que é necessária uma tipificação destes por parte das organizações, para que saibam internamente qual o valor da informação, pois a “utilização indevida não vai auxiliar em nada as organizações”. “Estas, de início, deveriam pensar
nisto, mas muitas não tem isso identificado”. “Nós identificamos algumas situações em clientes cá em Portugal que até sabiam minimamente que informação é que tinham ou que recolhiam, mas os procedimentos seguidos não eram os corretos”. É aqui que a Focus2Comply implementa um sistema dentro das organizações com o objetivo “de responder com um nível de conforto já elevado em conformidade com o regulamento” para depois ir “melhorando continuamente”, visto que isto “pode trazer grandes alterações às organizações”. “Nós estivemos a auxiliar vários clientes a implementar medidas necessárias para se adequarem ao RGPD e às suas componentes. Temos vindo a seguir um modelo em que numa primeira fase fazemos um diagnóstico de qual é o estado de conformidade do cliente face ao regulamento, face a uma norma de referência britânica, a BS 100012 – que nos diz como é que devemos implementar um sistema de gestão in-
FOCUS2COMPLY
“Há deficiências na interpretação do próprio regulamento e da forma como deve ser aplicado. Numa primeira fase isto foi visto pelas empresas como um grande problema, mas começaram a dedicar alguns esforços para isso, principalmente pelo medo das coimas”
terno para adequar as nossas atividades ao regulamento – e também com uma outra que é a ISO 27001 que diz respeito à segurança de informação”. Assim, é desenvolvida uma matriz inicial para levantamento da conformidade até cerca de 161 pontos. Ou seja, avaliamos na organização o estado de maturidade de cada um dos pontos e, com base nesse diagnóstico, é possível “elencar as principais zonas de risco ou as principais zonas de não conformidade com o relatório que devem ser atacadas”. É feita uma identificação das atividades de tratamento de dados, promove-se uma política de privacidade e proteção de dados e implementam-se processos para, por exemplo, “responder aos direitos dos titulares, que é uma obrigação”. Um novo serviço foi desenhado pela Focus2Comply, em janeiro deste ano, que é o DPOAssistance, que é “um serviço de auxílio aos responsáveis de proteção de dados ou privacidade dentro das organizações, para o assistir regularmente na
melhoria do desempenho das suas tarefas”. “Identificamos que muitas das pessoas que assumem o papel de responsável de proteção de dados das organizações não têm o conhecimento necessário de como intervir e desempe-
nhar as suas funções”. Assim, este é um processo que visa a continuidade, que vai “sempre melhorando os procedimentos e técnicas relativamente à parte da privacidade e proteção de dados”. Fernando F. Mendes ressalva que “a sensibilização tem de levar uma forte injeção de investimento porque faz falta dar conhecimento aos cidadãos dos seus direitos e é preciso garantir que as empresas sabem lidar com o RGPD”. TagusPark, Núcleo Central, 150 2740-122 Porto Salvo, Portugal Email: info@focus2comply.pt
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GEODISCOVER
UM MÉTODO 80 A 90 POR CENTO FIÁVEL PARA A DETEÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA Augusto Costa, geofísico
A Geodiscover nasceu em 2013, e em 2015 o Doutor Augusto Costa decidiu trazer para Portugal um método geofísico inovador no que respeita à prospeção de água subterrânea, com vista à sua posterior captação. O método sismoelétrico é, desde então, de utilização exclusiva da Geodiscover e Augusto Costa explicou-nos como funciona, quais as vantagens da sua utilização e quais as áreas em que a sua aplicação é eficaz.
L
icenciado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em Geologia e com um doutoramento pelo IST, em Ciências da Engenharia, acumulou experiência, durante 28 anos no Laboratório Nacional De Energia e Geologia. Enquanto diretor do Grupo de Águas Subterrâneas deste laboratório de Estado, utilizou os mais diversos métodos geofísicos de prospeção, nomeadamente a refração sísmica, métodos elétricos e eletromagnéticos, como o VLF, e mesmo a ressonância magnética: “De todos estes métodos, apenas a ressonância magnética, tal como o método sismoelétrico, é o um método geofísico direto para a água. Contudo a ressonância é impraticável devido
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aos custos elevadíssimos envolvidos. Eu só o pratiquei uma vez e a título experimental”. Logo após se reformar, Augusto Costa foi aos Estados Unidos da América, para trazer um método inovador: “Fui buscar o método sismoelétrico para Portugal. Tive de fazer uma formação de uma semana, para saber como utilizar o equipamento e o software, mas depois a dificuldade residiu em conseguir legalizá-lo. Felizmente, já está tudo finalizado”.
O que é o método sismoelétrico e como funciona O método utiliza ondas sísmicas, em busca de uma resposta elétrica, que a água dará quando é atingida pelas ondas sísmicas: “Emitimos um sinal sísmico – através da utilização de pólvora - e a água subterrânea, quando existe, responde com um sinal elétrico. Medindo o tempo que essa resposta demora a chegar, podemos calcular a que profundidade está a água e fazer uma estimativa da quantidade existente. Isso permite uma facilidade maior na captação, porque sabemos o que vamos encontrar e evitam-se sondagens negativas”. O sinal sísmico inclui as chamadas ondas P: “São as ondas Primárias, de compressão-expansão. Estas ondas vão propagar-se em profundidade e, quando atingem o teto do aquífero, vão produzir alguma compressão diferente na água e na rocha, resultando um movimento relativo dos iões da água em relação aos iões da rocha. É deste movimento de cargas elétricas que nasce a resposta elétrica”. A medição do tempo que demora a resposta elétrica ao estímulo sísmico, segundo Augusto Costa, permite calcular profundidades, admitindo um determinado modelo sísmico para a zona: “A seleção do modelo sísmico faz-se em função do enquadramento geológico da zona - xisto, granito, areias, calcários, etc. – sendo esta a chave de conversão dos tempos em distâncias”. Este método é fiável em qualquer tipo de rocha.
GEODISCOVER
filtragem do ruído elétrico e a utilização do método não envolve qualquer risco. Em condições ideais pode atingir os 600 m de profundidade. No que respeita às limitações, o método sismoelétrico não pode ser utilizado em locais com elevado ruído elétrico como sejam linhas de alta tensão e motores elétricos, para que a emissão de outro tipo de sinais não influencie as leituras do aparelho.
“A seleção do modelo sísmico faz-se em função do enquadramento geológico da zona - xisto, granito, areias, calcários, etc. – sendo esta a chave de conversão dos tempos em distâncias”
Método apto para utilização de empresas e particulares Augusto Costa já fez trabalhos para agricultores, sobretudo na região do Alentejo, para a possível criação de furos de rega. Além disso, a indústria da água, no que respeita à sua captação e engarrafamento, também já procurou a ajuda da
Vantagens e limitações deste método Tal como o método da ressonância magnética, o sismoelétrico também procura a resposta direta da água e consegue detetá-la. Além disso, é possível utilizá-lo numa área residencial e urbana, pois o software utilizado tem enorme capacidade de Geodiscover: “A investigação também pode utilizar este método. Somos parceiros numa candidatura liderada pelo LNEC, sobre recarga de aquíferos, em que intervimos na caracterização dos furos de recarga. Aguardamos financiamento comunitário”. Para quem não confia na sorte na construção de um furo de captação de água, este método está disponível, através da Geodiscover, para qualquer ponto do país.
Contactos: 214 081 513 / 91 44 51 700 geral@geodiscover.pt www.geodiscover.pt
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MUSAMI
REUTILIZAR PARA CRIAR VALOR Carlos de Andrade Botelho, diretor geral da MUSAMI, explana, na entrevista à Revista Business Portugal, o conceito da economia circular e os passos que deverão ser dados para que haja sustentabilidade para as populações mundiais.
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endo a economia circular um dos principais temas desta edição e no papel de diretor geral de MUSAMI, como define Economia Circular? A economia circular é um ato de amor. Quando amamos gera-se uma harmonia com o que nos envolve. Se concebermos produtos com a preocupação de harmonia com o ambiente, termos em conta todo o ciclo de vida do produto, o que nos conduzirá a exigir menos da natureza e de, no fim da sua vida, devolver à natureza o que dela retiramos, ou pelo menos substituir, como matérias-primas secundárias o que as novas produções vão requerer. Podemos estar a falar de recursos biológicos que podem ser tratados de forma a devolver carbono e outros nutrientes aos solos, reduzindo a mineralização dos solos e mantendo as suas capacidades agrícolas. Para outros materiais também podem ser reciclados e reintroduzidos em processos industriais. Mas há questões muito exigentes para pensarmos a economia circular que é aumentar a vida útil e reparabilidade dos produtos, um fator muito importante nos equipamentos elétricos e eletrónicos. A economia circular é uma economia que exige pouco da natureza e que redefine comportamentos, desde logo, no conceito dos produtos e na sua produção e comercialização, passando depois pelo consumo e por uma atitude assertiva quanto ao encaminhamento adequado no fim da vida.
Existe um longo caminho a percorrer no que diz respeito a esta questão da economia circular. Acredita que a mudança de mentalidades será o ponto de partida? Existe um longo caminho que tem de ser percorrido e com muita rapidez. O aumento rápido da população mundial e da redução da pobreza exercem uma pressão muito acentuada sobre os recursos. Algumas políticas típicas da sociedade de consumo não trazem para os produtos o seu custo ambiental, pelo que não apelam a uma mudança de atitudes. Por isso, vamos ter mudanças acentuadas nos próximos anos. Que influência/impacto tem este tema para a economia, sociedade e meio ambiente? A escassez de recursos traz uma forte pressão sobre os preços das matérias-primas que se traduzirá por alterações relativas dos seus preços. Estes problemas gerarão tensões nos mercados que trarão novas oportunidades de negócio com novas soluções e ruturas tecnológicas. Ao nível da engenharia dos materiais e da biotecnologia vamos assistir a uma transformação que trará novos atores e novos produtos passando por uma alteração relativa das vantagens concorrenciais dos países. É muito importante acompanhar e responder aos problemas presentes com soluções e não com desânimo e catastrofismo. Quais os maiores desafios sentidos no setor atualmente e o que seria necessário para cumprirmos essas metas? O setor dos resíduos é muito regulado e tem poucas fontes de receita e estas são duas condicionantes do seu desenvolvimento. Se tiver, hoje, uma solução promissora e quiser experimentá-la, aparecerá um regulador conservador a dizer que não pode fazê-lo. O mundo não evolui assim. É necessário trazer inovação ao setor e as autoridades e reguladores devem apoiar esta atitude. Esta será outra revolução que terá de se verificar. O setor dos resíduos podia aproveitar as suas instalações para o desenvolvimento de novas tecnologias por universidades e empresas tecnológicas para produzir tecnologia nacional exportável. Este ambiente não está ainda criado, mas poderia trazer vantagens para as empresas nacionais. A questão das metas está muito associada ao que nós somos enquanto povo, a nossa cultura e valores sociais. Não me parece que exista um desígnio nacional para a economia circular. Enquanto a população não quiser contribuir para a harmonia com o ambiente, não se pode considerar que faltam tecnologias ou sistemas de tratamento. Está muito longe de ser esgotada a capacidade de tratamento dos sistemas valorizarem resíduos, mas se as famílias e as empresas não iniciarem um processo generalizado de contribuir para essa visão, os resultados serão sempre tímidos e as metas ficarão por atingir. Rua Eng.º Arantes e Oliveira, 15 B 9600-228 Ribeira Grande Telefone: (+351) 296 472 990 E-mail: geral@musami.pt
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ESRI PORTUGAL
THE SCIENCE OF WHERE
Presente em mais de 130 países, a Esri existe em Portugal há mais de 30 anos. São pioneiros na resolução de problemas através dos Sistemas de Informação Geográfica e a sua missão é ligar as pessoas através de uma linguagem visual comum que inspire uma mudança positiva no mundo.
Rui Sabino, ceo
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m 1969, quando Jack e Laura Dangermond criaram a empresa nos Estados Unidos, “o objetivo era trabalhar a área do ambiente através da geografia”, explica Rui Sabino, CEO da Esri Portugal. No entanto, ao longo dos anos, com a evolução da tecnologia e dos próprios mercados, esta área de atuação expandiu-se largamente. “O nosso core business tem sido o apoio aos governos centrais e locais, pois são este tipo de associações que mais necessita de ter uma consciência geográfica da região onde se inserem. As questões relacionadas com o crescimento das cidades e a sua gestão eficiente, as chamadas “smart cities” estão diretamente ligadas com o nosso setor e são aquelas às quais podemos dar respostas eficazes e eficientes”, explica Rui Sabino. E acrescenta, “existe uma crescente preocupação com a governação do território, não só fruto do aumento exponencial do turismo, mas também da cada vez maior circulação das pessoas, e há muitas entidades hoje que, tirando partido da nossa tecnologia, conseguem ter uma noção efetiva da mobilidade e fazer análises sobre de onde e para onde as pessoas se podem deslocar. Estamos na era do IoT e da Inteligência Artificial e é possível hoje, através da nossa tecnologia, integrar a informação histórica existente com os dados recolhidos em tempo real através dos nossos dispositivos móveis, e
prever quais os locais sujeitos a maior aglomeração e tomar decisões mais conscientes, não só sobre a gestão do território mas sobre a segurança das pessoas”. Além da distribuição de tecnologia, a empresa presta serviços de consultoria e de formação. “A nossa equipa tem mais de 70 colaboradores e estamos organizados em equipas multidisciplinares e verticalizadas. Os nossos consultores e técnicos estão divididos por áreas de atuação e isto permite-lhe conhecer a fundo os desafios do sector e saber de que forma a Plataforma ArcGIS pode ajudar a superá-los. Trabalhamos todos os dias de perto com os nossos clientes e focados nas soluções que lhes podemos apresentar, e esta é uma das principais mais-valias que oferecemos”. Sobre o futuro, Rui Sabino, diz que se espera risonho mantendo aquilo que tem sido “um crescimento contínuo e encorajador. Apesar de ser muito específica esta é uma área que está em pleno crescimento e, hoje, nós já conseguimos oferecer aos nossos clientes uma cloud geoespacial, onde lhes
é possível integrar e analisar todos os seus dados. A localização e a análise espacial tornaram-se essenciais em qualquer área. Seja nas questões do ambiente e das alterações climáticas, no apoio às forças de defesa e segurança ou na operacionalização de ações comerciais, nós apoiamos os nossos clientes a adaptarem a sua atividade às constantes mudanças a que estão sujeitas. Hoje, as organizações entendem que a Geografia, nomeadamente a localização, é um fator crítico no delineamento das suas estratégias. E é por isto que acredito que esta inovação, que já faz parte do nosso ADN, vai permitir-nos continuar a crescer”.
Rua das Vígias, nº 2 1º andar 1990-506 Lisboa Telf.: (+351) 217 816 640 Suporte Técnico: (+351) 217 816 656 E-mail: info@esri-portugal.pt www.esriportugal.pt
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PENÍNSULA DOS SORRISOS
“FABRICAMOS SORRISOS” A Revista Business Portugal, esteve à conversa com João Henriques, CEO e Co-Founder do laboratório Península dos Sorrisos, que depois de ter terminado o curso na Faculdade de Medicina Dentária, em Lisboa, começou por trabalhar numa clínica que tinha um laboratório, em Mafra. Realizou um estágio, de três meses, no Rio de Janeiro e refere que essa experiência “foi importante para a abertura de horizontes, visto ser um país que valoriza muito a estética e continuo a fazer formações, todos os anos, pois como é uma área que está em constante evolução só com formação contínua se consegue acompanhar e aprimorar as novas técnicas”.
Elisabete Alves e João Henriques, ceo
natureza. Não inventamos nada, nós replicamos o que a natureza criou”.
Inovação é a palavra de ordem Com o passar dos anos, tem aumentado exponencialmente o número de materiais disponíveis para a prática da medicina dentária: “atualmente existem os compósitos com partículas de cerâmica, híbridos, entre muitos outros. Existe uma panóplia enorme de materiais dentários” afirma, acrescentando que “a diferença está na dureza, resistência e opacidade que são três caraterísticas importantes na nossa área. Se o material for opaco não conseguimos dar vida ao dente, porque os nossos dentes são exatamente o oposto, são transparentes. Estes novos materiais trazem mais transparência, porque não são negros como o metal, o que lhes confere um aspeto mais natural.”
Trabalho de equipa A Península dos Sorrisos é responsável pela criação dos implantes que, posteriormente, serão aplicados em clínicas. Estes trabalhos, apesar de serem desenvolvidos por entidades diferentes, acabam por ser complementares: “o sucesso do laboratório depende do dentista, como o sucesso do dentista depende do laboratório”, acrescenta o entrevistado. Tal como em tantas outras profissões, João Henriques, também enfrenta alguns desafios com os implantes dentários: “há desafios que estão fora do nosso controlo. Por vezes, o médico pode colocar o implante com uma ligeira inclinação, o que dificulta a nossa tarefa e objetivo que é o de fazermos implantes com excelentes resultados estéticos e funcionais”, conclui.
Tecnologia 3D
A
concretização do sonho Após esse primeiro contacto com o mercado de trabalho, João Henriques foi adquirindo experiência noutros locais: “entretanto fui para um laboratório em Alverca, seguindo o meu percurso profissional passando por mais laboratórios. O meu último trabalho, antes de criar o laboratório Península de Sorrisos, foi na Oralmed, em 2013, onde fui o fundador desse laboratório”. Após alguns anos de experiência em vários laboratórios e de ter diferentes visões de trabalho em cada um deles, João Henriques sentiu-se à vontade para abrir o seu próprio negócio: “no ano passado demiti-me e abri o meu laboratório.” Assim surgiu a Península dos Sorrisos, em janeiro deste ano.
A criação de próteses dentárias “As próteses podem ser colocadas sobre implantes, sobre dentes ou podem ser removíveis. No fundo, [o laboratório] é, por comparação, um backstage das clínicas, ou seja, quando as clínicas tiram um molde, ele vem para o laboratório e a partir desse momento, temos com a boca dos pacientes em gesso, sendo este o ponto de partida para começarmos a construir o(s) dente(s) que podem ser em vários materiais em simultâneo ou isolados”, explica João Henriques. Para o nosso entrevistado, a criação de próteses dentárias é uma forma de arte: “nós, técnicos, temos de ser copiadores da 56 | Revista Business Portugal junho 2019
O avanço das novas tecnologias também é uma grande mais-valia nesta área, uma vez que permite antecipar o resultado final, antes de se avançar com a aplicação do trabalho definitivo. “Fazemos sempre provas: a prova estética e a prova funcional para o paciente ver se realmente gosta do trabalho e se este é funcional. Quando há necessidade de colocar os dentes todos, primeiro fazemos um registo de mordida, para ver como é que a pessoa trinca e, a partir daí, criamos os dentes. Se a pessoa não tem dente nenhum, a tarefa é mais difícil, mas não é impossível. É um trabalho é muito minucioso, implicando várias provas ao longo do processo até atingirmos o objetivo de dar um sorriso ao paciente”, explana.
Quando se trabalha com a felicidade das pessoas Sendo a Península dos Sorrisos responsável pelo trabalho de backoffice, por assim dizer, João Henriques não assiste, por norma, à reação das pessoas ao verem o resultado final. No entanto, das vezes que assistiu a essa reação, diz ser uma sensação ótima: “quando há casos em que [os pacientes] foram tra-
PENÍNSULA DOS SORRISOS
tados por outras clínicas e o processo não correu bem, isso reflete-se nas suas expressões. Quando terminamos o processo e vemos um sorriso rasgado e lágrimas de alegria sentimos que cumprimos a nossa missão”, afirma, com orgulho, o CEO.
O papel do Serviço Nacional de Saúde Hoje em dia, ainda se olha muito para a saúde oral como
sendo algo ligado apenas à estética, no entanto, há muitas pessoas que padecem deste mal e sofrem porque estes tratamentos não são comparticipados pelo SNS - Serviço Nacional de Saúde e uma fatia muito grande da população portuguesa não consegue financiar os tratamentos do próprio bolso. Questionado sobre o papel que essa entidade poderia fazer para alterar este paradigma, João Henriques responde que “podia e devia fazer muito mais, claro! Não
existe esta especialidade no SNS, creio que há um projeto piloto na Madeira e em alguns centros de saúde, mas é claramente insuficiente para cobrir as necessidades da população portuguesa. Sorrir é um bem fundamental para todos os seres humanos e o acesso a estes tratamentos deveria estar ao alcance de todos”. O CEO remata a entrevista indicando que a Península dos Sorrisos poderá contar, num futuro próximo, com novos investimentos “queremos apostar na aquisição de maquinaria nova, do foro digital, e na contratação de um novo elemento para a continuarmos a fabricar sorrisos”! Conclui, com um sorriso, João Henriques.
Email: joaohenriquesprot906@gmail.com
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HYPERMETAL
PIONEIRA NA FABRICAÇÃO ADITIVA
Afonso Nogueira, sócio-gerente
A Revista Business Portugal esteve à conversa com Afonso Nogueira, fundador da HyperMetal. Sediada em Vila Nova de Gaia, é uma empresa especializada em fabricação aditiva que encontra nos setores aeronáutico/aeroespacial e automóvel o seu principal nicho de mercado.
A
HyperMetal nasceu em 2016, mas apenas há três meses iniciou produção. Afonso Nogueira é o rosto por detrás da empresa pioneira em soluções baseadas em fabricação aditiva, no Norte do país. “Somos a primeira empresa a oferecer este serviço, no Norte do país, e tal implica benefícios, mas traz também as dificuldades de criação de mercado”, conta Afonso Nogueira, fundador da HyperMetal. Se por um lado a fabricação aditiva plástica já é uma tecnologia relativamente bem implementada no mercado e conhecida do grande público, através das impressoras a três dimensões, por outro, o fabrico aditivo metálico é bastante inovador, uma vez que “permite a criação de peças com características mecânicas e estruturais específicas, recorrendo à impressão 3D”, começa por nos esclarecer o entrevistado.
Vantagens da fabricação aditiva Esta tecnologia mostra-se especialmente relevante na área da prototipagem, uma vez que o investimento feito no âmbito da produção de uma nova peça é apenas recuperado, na grande maioria das vezes, depois de grandes quantidades serem produzidas. Assim, a
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fabricação aditiva permite “a produção de peças altamente complexas, mas sem custos de ferramenta”, começa por explicar Afonso Nogueira. No entanto, desengane-se quem pensa que as vantagens da fabricação aditiva se
“Permite a conceção de peças que seriam simplesmente impossíveis de produzir a partir de outras tecnologias” limitam à redução dos custos monetários ou tempo de produção. Uma das grandes vantagens desta tecnologia é a maior flexibilidade e customização no processo de prototipagem. “Muitas vezes produzimos a mesma peça com espessuras diferentes
HYPERMETAL
para que o cliente possa avaliar qual a que melhor se adapta às suas necessidades”, explica Afonso Nogueira. A flexibilidade na produção permite também a conceção de peças que seriam “simplesmente impossíveis de produzir a partir de outras tecnologias”, acrescenta. Esta vantagem pode ser empregue aos diversos setores com que HyperMetal trabalha, como são exemplo a indústria aeronáutica, aeroespacial, automóvel e médica. “No caso da indústria aeroespacial, é útil na criação de peças finais, porque é possível otimizar a peça no sentido de a tornar mais leve”, oferece Afonso como exemplo, acrescentando que “na área médica, por exemplo, é possível produzir peças à medida de cada utente, customizando assim as próteses”. Além do fabrico, a HyperMetal também presta serviço de apoio ao cliente na etapa de projeção da peça. Como Afonso Nogueira explica, “por vezes, quem projeta as peças ainda tem na cabeça as limitações do processo tradicional e não consegue tirar proveito desta tecnologia”.
Armazéns virtuais O processo de fabricação aditiva além de todas as vantagens anteriormente enunciadas permite ainda, “a criação de armazéns virtuais, especialmente procurados pelo setor da aeronáutica e automóvel. Preparamos os modelos em 3D para pré-produção, fazemos um armazém virtual e num prazo extremamente curto, três dias ou menos, conseguimos entregar qualquer peça ao cliente”, explica o entrevistado, aludindo ao contributo desta inovação na gestão eficiente de espaço para a empresa.
Novos setores Apesar dos setores da aeronáutica/aeroespacial e automóvel representarem o seu principal nicho de mercado, a HyperMetal estendeu, recentemente, a sua área de atuação ao mercado do vestuário e calçado. Afonso Nogueira relata que
a empresa nortenha tem sido contactada para a produção de “calçado ligado ao design de alta qualidade”. O contacto com este mercado tem-se demonstrado “interessante e desafiante” e Afonso Nogueira confessa que a HyperMetal foi também já contactada para a produção de calçado de performance desportiva. “O cliente procura características especiais, por exemplo, no molde da sola que a nossa tecnologia é capaz de satisfazer”, conta.
Futuro “Sem o apoio do Portugal 2020, teria sido impossível avançar por meios próprios”, revela o fundador da HyperMetal. O projeto obteve excelentes resultados em concurso e assumiu lugar de destaque no pódio numa competição com cerca de 50 projetos ligados à inovação. Na jornada que se estende à sua frente, Afonso Nogueira assume como objetivo dinamizar a economia nacional e empregar mão de obra qualificada. Até ao final de 2020, está prevista a contratação três colaboradores e no par de anos seguintes, a equipa da HyperMetal deve chegar aos oito funcionários. Além disso, “um dos grandes objetivos é aumentar a exportação. Já trabalhamos com Espanha e o próximo objetivo é o mercado francês e alemão”, conclui Afonso Nogueira.
A fabricação aditiva (impressão 3D) consiste na criação de objetos sólidos tridimensionais a partir de modelos digitais. Este processo industrial constrói, camada a camada, todos os objetos correspondentes aos modelos iniciais, adicionando ou processando apenas o material necessário para os fazer.
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ARTTE CONSULTORES
A Artte Consultores inova no setor do imobiliário pelas soluções talhadas à medida do cliente. Sérgio Pinhão , fundador, este à conversa com a Business Portugal e contou tudo sobre o processo de aquisições de imóveis na Artte.
A REINVENÇÃO DO SETOR IMOBILIÁRIO
H
á cerca de quatro anos, nasceu a Artte Consultores – um projeto que alia o gosto pelo mercado imobiliário à capacidade de estudar as necessidades do cliente. Sérgio Pinhão, o homem ao leme da Artte, começou por explicar que esta assume-se como “mais que uma agência imobiliária”, dando o mote para uma conversa que esclareceu os fatores diferenciadores do projeto. Sérgio já tinha trabalhado como agente imobiliário noutras agências de renome da cidade de Aveiro, mas decidiu abalar e começar um projeto seu. “Por vezes pensava que era uma pena não aproveitarmos todas as oportunidades de negócio que surgem aquando a compra de uma casa”, explica. Assim, surgiu a ideia de criar a Artte que oferece uma solução integrada, que pode ajudar o cliente em todo o processo de aquisição de uma casa, “desde o projeto até ter a chave na mão”. Como tal, a Artte dinamiza parcerias com diversas empresas e entidades.
Localização privilegiada Aquando o seu nascimento, a Artte Consultores não tinha morada física, mas em 2018 Sérgio arquitetou o plano de montar o que “era para ser um escritório, mas acabou por ser uma loja”. Hoje, a localização privilegiada e o escritório personalizado fazem parte da imagem de marca desta agência. Com bancos altos e mobiliário avant-garde pintado em vermelho vivo, o espaço físico da Artte salta à vista. O fundador explica
que tudo foi pensado, “o objetivo passa por criar empatia com o cliente, num cenário informal, dissociado da habitual dinâmica das imobiliárias tradicionais.” A imagem é uma reflexão da postura que a Artte tem. “Estruturamos uma solução à medida de cada cliente”, explica Sérgio Pinhão, por isso é essencial que o cliente se sinta seguro e descontraído na hora de comunicar as suas necessidades ou feedback para que a interação seja mais honesta.
Inovação: um imóvel para o cliente O cenário ajuda, mas a equipa faz a diferença. Com uma oferta que promove uma solução integrada, a equipa da da Artte é constituída por consultores com formação específica. Na opinião de Sérgio, “é fácil trabalhar no ramo imobiliário, mas não é fácil vingar”. O facto do trabalho desenvolvido ter como foco o cliente torna essencial que a equipa saiba identificar as suas necessidades. Tal, é especialmente verdade no caso da Artte que inverteu o método de trabalho das tradicionais imobiliárias e preocupa-se em encontrar uma casa para o cliente e não
um cliente para um imóvel. Na perspetiva de Sérgio Pinhão, “a compra de uma casa é uma decisão emocional” por isso quem procura casa pode confundir involuntariamente as necessidades com os desejos. É frequente o cliente não saber detalhadamente o que procura, mas os consultores da Artte dão especial ênfase às conversas com o cliente para conseguirem apurar com rigor as suas necessidades. Sérgio explica com um aforismo “nem sempre o que queremos é o que precisamos”. Depois da escolha feita, todo o processo ocorre com totalidade transparência para o cliente, de forma a que este se sinta seguro e confiante na escolha que fez. Este método de trabalho tem garantido à Artte muitos clientes fiéis e Sérgio exemplifica narrando a relação com um cliente com quem já fechou cinco negócios. Com fundações já solidificadas na cidade de Aveiro, o futuro da Artte passa por uma expansão física. Sérgio só levanta o véu, mas expõe que no próximo ano provavelmente já será possível contar com os serviços personalizados da Artte noutros pontos do país.
Cais Fonte Nova 3810-200 Aveiro | 234064233 | 963074723 | geral@artteconsultores.pt | www.artteconsultores.pt
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ESPECIAL
SAÚDE
SAÚDE FEMININA NEUROPATIA SONO SAÚDE ORAL
SAÚDE FEMININA
COMPREENDER, PREVENIR E TRATAR A SÍNDROME GENITURINÁRIA DA MENOPAUSA Presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, coordenadora de Uroginecologia do Hospital São João (Porto), coordenadora da equipa de Ginecologia e Obstetrícia do Instituto CUF Diagnóstico e Tratamento (Porto) e Professora na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Teresa Mascarenhas fala à Revista Business Portugal sobre os desafios atuais da ginecologia. Durante este mês estão a promover uma campanha de sensibilização sobre AVV. Em que é que se traduz? A campanha de sensibilização, que iniciámos no início do mês de maio, pretende alertar todas as mulheres portuguesas para os sintomas associados à Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGUM) e à atrofia vulvovaginal, um dos sintomas mais marcantes da SGUM. Apostámos numa campanha de imprensa e mupis, com uma imagem que sugere um afastamento entre um casal, por estarem deitados de costas voltadas. Teresa Mascarenhas
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ara os leitores que não conhecem, pedimos que faça um enquadramento do que é e o que faz a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG)? A Sociedade Portuguesa de Ginecologia é uma associação cientifica sem fins lucrativos que tem como finalidade o estudo e a investigação de todos os temas relacionados com a ginecologia. Compete à SPG a realização de todas as atividades relacionadas, como promover e apoiar iniciativas com caráter educativo, técnico, cientifico e ético para os profissionais de saúde e público em geral. Elaborar e colaborar na realização de protocolos e de normas de orientação clínica que visem honrar a qualidade da saúde da Mulher. Este trabalho é o que nos move. 62 | Revista Business Portugal junho 2019
Porque é importante falar sobre este tema? Atendendo ao facto de que, hoje em dia, as mulheres vivem mais de um terço da sua vida na menopausa, não faz sentido continuar a ignorar um problema que afeta tantas esferas da vida da mulher. Uma mulher na menopausa é uma mulher perfeitamente ativa, que não deve comprometer a relação com o seu parceiro, se se identificar com estes sintomas. As mulheres têm de saber que existem tratamentos inovadores e acessíveis no mercado, para solucionar estes problemas. Qual o objetivo principal desta campanha? O que esperam conseguir? Esta campanha de sensibilização tem dois grandes objetivos. Por um lado, pretendemos que as mulheres portuguesas possam facilmente reconhecer estes sintomas e sentir-se à vontade para procurar aconselhamento junto dos profissionais de saúde. Pretendemos também que as mulheres não encarem estes sintomas como causas naturais do envelhecimento. Por outro lado, temos como objetivo sensibilizar os profissionais de saúde a ter uma atitude mais pró-ativa, para que questionem as suas doentes acerca destes sintomas e as informem das opções terapêuticas disponíveis. Onde está presente a campanha? A campanha de imprensa está presente em diversos
meios de comunicação de lifestyle, saúde e bem-estar. Já a aposta na campanha de mupis foi feita nas cidades de Lisboa e Porto. Como Presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e especialista em Incontinência Urinária Feminina e Prolapso Urogenital qual considera ser o caminho para desmistificar estas questões perante a sociedade? Queremos que a SPG mantenha a tradição da divulgação do conhecimento cientifico através da realização de reuniões científicas e a participação de campanhas junto das mulheres portuguesas. É nosso dever entender as necessidades da sociedade atual para cumprir o nosso papel enquanto ginecologistas de forma mais profissional. Como tal, a SPG e a sua direção tem de estar em sintonia com a realidade médica atual e com o desenvolvimento científico e tecnológico, com a inovação e com a prática médica numa relação sinergética. Aproxima-se a 193ª reunião da SPG que se realizará de seis ao dia oito do mês de junho, no hotel Tivoli Carvoeiro, na região algarvia. Quais os principais assuntos a debater no encontro? Este encontro tem como finalidade, definir o presente e futuro da ginecologia. Essencialmente o que pretendemos é passar a mensagem de que é importante compreender, prevenir e tratar a síndrome geniturinária da menopausa, apostar em novas abordagens terapêuticas e apoiar a tecnologia e pioneirismo na ginecologia. Serão abordados diversos temas desafiantes com os quais nos deparamos diariamente e que merecem a nossa atenção.
SAÚDE FEMININA
SÍNDROME GENITURINÁRIA DA MENOPAUSA (SGUM) A Revista Business Portugal esteve à conversa com Fernanda Geraldes, Presidente da Secção Portuguesa de Menopausa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), para transmitir as questões mais importantes sobre atrofia vulvovaginal.
P
ara que os nossos leitores possam entender, como caracteriza a atrofia vulvovaginal (AVV)? Conjunto de sinais e sintomas associados à redução dos estrogénios devido à cessação da função ovárica que ocorre na menopausa. Inclui alterações dos pequenos e grandes lábios, clítoris, vestíbulo, intróito vaginal, vagina, uretra e bexiga traduzindo-se em secura vaginal, dores nas relações e urgência miccional pelo que passou a denominar-se desde 2014, síndrome genito-urinária da menopausa (SGUM) por também incluir a uretra e bexiga. Qual a estimativa de mulheres portuguesas que sofrem com esta patologia? A SGUM da qual faz parte a atrofia vulvovaginal tem uma prevalência elevada, sendo o segundo sintoma mais frequentemente associado à menopausa logo a seguir à sintomatologia vasomotora. É reportado por mais de 60% das mulheres na pós-menopausa e 40% das mulheres a efetuar terapêutica hormonal sistémica mantém essa queixa. Segundo o REVIVE (Real Women’s VIews of Treatment Options for Menopausal Vaginal Changes), apenas cerca de 7% das mulheres com sintomas estão a ser tratadas. Em Portugal, a percentagem de mulheres aumentou para 52,2%, sendo que a população feminina entre os 30 e 69 anos cresceu 9% e para idades superiores a 69 anos, o cresci-
Fernanda Geraldes
mento foi da ordem dos 26% (INE Censos 2011) pelo que extrapolando os dados referidos poderemos afirmar que esta patologia tem uma prevalência elevada em Portugal. Quais os principais sintomas? • Secura genital • Irritação/ardor/prurido vulvar • Diminuição da lubrificação que condiciona desconforto/dor sexual • Hemorragia pós-coital • Diminuição da excitação/ desejo/orgasmo • Frequência urinária/urgência • Pode condicionar as atividades básicas diárias como andar, sentar e a prática do exercício físico • Forte impacto na sexualidade, redefinindo o papel de ser mulher Todos estes sintomas provocam stress emocional e diminuição da qualidade de vida que se estende ao companheiro. Como é feito o diagnóstico? Exame objetivo - Vulva des-
corada, seca, reabsorção dos pequenos lábios, diminuição da elasticidade, proeminência do meato uretral, retração do intróito, atrofia da superfície epitelial da mucosa vaginal, diminuição do pregueamento vaginal, redução da secreção do fluído vaginal. Índice de maturação/Exame microscópico a fresco - Aumento do pH vaginal >5, aumento das células parabasais, diminuição das células superficiais e de lactobacilos.
O que se deve fazer no caso das mulheres apresentarem estes sintomas? A mulher deve estar esclarecida sobre os sintomas e tomar a decisão de pedir ajuda ao seu médico de família ou ginecologista. Em causa está a qualidade de vida e a sua vida de relação pela insegurança, no que diz respeito à sexualidade e assim sentir que pode comprometer o relacionamento. Por outro lado, o médico deve estar sensibilizado, criar um ambiente favorável para poder questionar sobre os sintomas vulvovaginais, dar uma oportunidade para a mulher falar sobre a sua sexualidade, integrando-a num paradigma global de saúde e bem-estar. Deve ainda informar que existe solução para os sintomas e alterar o conceito de
inevitabilidade associado ao envelhecimento. As mulheres têm que investir em si próprias e os médicos têm que ter a perceção de que a sociedade mudou. Que tratamentos estão disponíveis? Os tratamentos que temos à nossa disposição são de fácil aquisição e aplicação, já que temos disponíveis no mercado tópicos vaginais em forma de cremes/gel e comprimidos com dosagens diferentes de estrogénios e também não hormonais que levam a um rápido alívio dos sintomas e recuperação da mucosa da vulva e da vagina, contribuindo para uma melhoria significativa da qualidade de vida. Têm surgido vários estudos sobre aplicação do LASER na atrofia vulvovaginal. É um método que, em vários países, tem vindo a expandir-se e também em Portugal. Apesar de ser uma técnica invasiva é bem tolerada com resultados satisfatórios necessitando ainda de mais estudos que nos assegurem a segurança e eficácia. O ácido hialurónico que promove a hidratação da mucosa da vulva e da vagina não apresenta contraindicações, mas tal como o LASER é um método invasivo implicando intervenção médica. Nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, entre os quais a Espanha, têm à disposição comprimidos por via oral para o tratamento da atrofia vulvovaginal. Brevemente, teremos em Portugal uma nova formulação tópica com DHEA. junho 2019 Revista Business Portugal | 63
SAÚDE FEMININA
O PAPEL DO GINECOLOGISTA NA VIDA DE UMA MULHER Em conversa com Ana Rosa Costa, Ginecologista/Obstetra no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de São João, a Revista Business Portugal foi saber qual o papel do ginecologista na vida da mulher.
Ana Rosa Costa
Q
ual o papel do ginecologista na vida de uma mulher? O ginecologista assume um papel primordial na vida da mulher, porque a acompanha durante a vida reprodutiva, continuando a acompanhá-la após a menopausa. Tem por isso uma posição privilegiada e importante na realização dos exames de rastreio adaptados às diferentes fases da vida, mas também na saúde da mulher em geral, aconselhando sobre hábitos de vida saudável para prevenção de outras patologias. É de opinião de que as mulheres se sentem à vontade nas consultas de ginecologia, ou evitam e escondem sintomas? A consulta de ginecologia tem as suas peculiaridades, pela “invasão da intimidade” das mulheres, e principalmente na primeira consulta não se sentem à vontade para falar de alguns assuntos, nomeadamente de sexualidade. Referem alguns sintomas físicos e só com o passar do tempo se sentem à vontade para abordar outros assuntos. Por vezes são os companheiros que verbalizam as queixas que as mulheres não referem. A nível da consulta hospitalar num hospital central e universitário, com colegas em formação e alunos a assistir, é mais difícil estarem à vontade. É frequente quando vamos realizar o exame ginecológico as doentes dizerem “não gosto nada de fazer este exame”, têm vergonha e ficam contraídas, principalmente se acham que vai ser doloroso. Em relação à menopausa, como a caracteriza e quais os principais sintomas que lhe são associados e consequências a médio-longo prazo? A menopausa é a data da última menstruação e significa a perda da capacidade reprodutiva da mulher e o declínio da produção de estrogénios pelos ovários. É este hipoestrogenismo o responsável pelos sintomas vasomotores (afrontamentos, suores noturnos...) e sintomas génito-urinários que interferem com a qualidade de vida da mulher. A médio e longo prazo, para além do agravamento dos sintomas génito-urinários, há aumento de risco de osteoporose e doença cardiovascular. Qual a relação da mulher portuguesa com a menopausa? Quando sentem os sintomas procuram ajuda médica? A maioria das mulheres portuguesas lida mal com a menopausa, porque associa este evento ao envelhecimento e habitualmente só procuram ajuda quando os sintomas interferem com a qualidade de vida, principalmente os afrontamentos que podem ser detetados por outros e que as embaraçam. A menopausa no século XXI tem de ser encarada de outra forma, porque acontece numa idade em que as mulheres estão ainda ativas profissionalmente, algumas com o adiar das gravidezes têm filhos pequenos; perdem a capacidade reprodutiva, mas mantêm-se sexualmente ativas, algumas com novos relacionamentos e precisam de se sentir bem para conseguirem 64 | Revista Business Portugal junho 2019
corresponder às exigências do dia a dia. A idade média da menopausa mantém-se nos 51 anos e a esperança média de vida aumentou para 84 anos; vão viver grande parte da sua vida na pós-menopausa e por isso a necessidade de hábitos de vida saudável e terapêutica individualizada. Agora que têm mais anos de vida é importante dar “mais vida aos anos”. Em relação às mulheres que sofrem AVV, de acordo com a sua experiência clínica, sente que as mulheres procuram ajuda ou sentem vergonha? Algumas mulheres referem os sintomas (secura vaginal, diminuição da lubrificação e dor nas relações sexuais...), principalmente se têm atividade sexual. Há mulheres que não têm atividade sexual, mas referem que os sintomas interferem com atividades do seu quotidiano. Outras, por fatores culturais, religiosos e crenças sociais, não se sentem confortáveis a referir as preocupações relacionadas com o sistema génito-urinário. Nestas situações, somos nós, ginecologistas, ao observarmos os sinais de atrofia, que devemos ter uma atitude mais proativa questionando sobre a sintomatologia que por pudor não é referida espontaneamente. É verdade ou mito que a vida sexual da mulher nesta fase da sua vida deixa de fazer sentido? É mito. Muitas mulheres mantêm atividade sexual e as consequências a nível génito-urinário podem induzir ou agravar uma disfunção sexual. A disfunção sexual feminina é frequente, multifatorial, com vários tipos de disfunção sobrepostas e não escolhe idades. Uma mulher que tenha disfunção sexual previamente à menopausa pode sofrer agravamento se não fizer tratamento para uma situação que é uma consequência inevitável, gradual e progressiva e que poderá ter repercussões no relacionamento do casal, principalmente no caso de mulheres mais jovens com companheiros da mesma idade ou mais novos e que pretendem manter uma sexualidade satisfatória. Algumas mulheres que sofrem de atrofia vulvo-vaginal acham que é um fenómeno natural próprio da idade e, desconhecendo as opções terapêuticas, evitam ter relações sexuais devido à dor. Tem alguma mensagem para as mulheres mais inseguras, quando precisam de ajuda? Quando deve uma mulher procurar uma consulta? A mulher pode aproveitar as consultas de rotina para esclarecer dúvidas e deve procurar o médico quando surgem os sintomas. Quanto mais precoce a terapêutica mais benefícios terá. Este é um problema que está subdiagnosticado e sub-tratado. Estima-se que das cerca de 2 milhões de mulheres portuguesas em menopausa / pós-menopausa, 35% sofram de AVV. É importante que tenham a noção que há terapêutica e que não a aceitem como uma situação inevitável própria da idade e sem tratamento. É importante os médicos inquirirem as mulheres sobre sintomas, principalmente quando no exame ginecológico existem sinais de AVV. O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas e exame ginecológico, e é importante a intervenção precoce para minorar as consequências negativas nas atividades diárias, na sexualidade, e na qualidade de vida em geral.
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Secura vaginal? Dor durante a relação sexual?
Melhore a sua qualidade de vida! Fale abertamente com o seu médico de família ou médico ginecologista sobre os sintomas associados à Síndrome Geniturinária da Menopausa (SGUM).
APOIO
junho 2019 Revista Business | 65 TTECNI192P1PG, Elaborado emPortugal março 2019
SAÚDE FEMININA - PROCARE HEALTH
“UMA EMPRESA QUE PRETENDE TER UM PAPEL ATIVO NA SOCIEDADE” O Papilocare é o primeiro produto criado para a prevenção e tratamento de lesões causadas pelo HPV, ou Papilomavírus Humano, uma das infeções de transmissão sexual mais comuns a nível mundial. Quem o criou foi a Procare Health, laboratório farmacêutico que se dedica essencialmente à saúde da mulher, que aposta no desenvolvimento de produtos não hormonais e de origem natural. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Miguel Coelho, Diretor Geral da Procare Health Portugal, que nos falou sobre o novo medicamento e a empresa.
A
Procare Health é responsável pela criação de um medicamento para a prevenção e tratamento de lesões cervicais causadas pelo HPV. Até agora, quais são os resultados obtidos pelo Papilocare? De que forma é que o mercado está a aceitar este medicamento? O Papilocare foi investigado para preencher uma lacuna terapêutica no tratamento do HPV. Não obstante a existência da vacina, a prevalência deste vírus é extremamente elevada, estimando-se que 80% das mulheres terão já tido contacto Miguel Coelho, country manager com o HPV, resultando num número considerável de cancros do colo do útero (CCU), uma das mais frequentes causas de morte por cancro entre as mulheres. Em muitas situações, o HPV acaba por ser eliminado espontaneamente. Contudo, existem casos em que o vírus persiste durante anos ou desenvolve lesões no colo do útero que obrigam a intervenções mais invasivas. Por outro lado, estando o HPV diretamente relacionado com o CCU, existe uma componente emocional muito grande, com dúvidas, incertezas e receios. Se questionadas, as mulheres dirão que não se sentem confortáveis com um HPV positivo que se arrasta no tempo, levando inclusivamente a inseguranças sobre se estarão ou não a “contaminar” o seu parceiro, se devem ou não partilhar o mesmo espaço íntimo com as suas filhas, etc. 66 | Revista Business Portugal junho 2019
O Papilocare, tal como com todos os produtos desenvolvidos pela Procare Health, foi e é submetido a um exaustivo plano de investigação, com ensaios clínicos em todas as fases, para que se obtenha a Evidência da eficácia que sustenta a mudança de paradigma no tratamento das consequências do HPV. O Papilocare é o primeiro produto para prevenir e tratar as lesões cervicais causadas pelo HPV e é a alternativa a esperar que o HPV se elimine espontaneamente. Hoje, perante os resultados finais do ensaio clínico PALOMA, reforçamos essa evidência. E é essa a ferramenta que os profissionais de saúde necessitam para integrar o Papilocare no seu esquema terapêutico e obter uma reparação efetiva das lesões cervicais e uma clearance do HPV num curto espaço de tempo. É com orgulho que vejo o Papilocare ser referenciado na comunidade médica pelos seus bons resultados. A criação de produtos não hormonais, de síntese não química ou de origem natural continuam a ser o foco da Procare Health? De que forma é que a indústria farmacêutica está a aderir a este tipo de tratamentos? Hoje existe uma maior procura de soluções naturais, em áreas como a saúde ou alimentação, por alternativa a compostos químicos, com efeitos colaterais. Terapêuticas naturais não são algo de novo. A forma como estes produtos são disponibilizados acaba por levantar dúvidas sobre a sua real eficácia. E aqui, marcamos a diferença. A lógica do sucesso da Procare Health resulta da constante preocupação em demonstrar a “Evidência Clínica”. O Profissional de Saúde toma decisões com base na Evidência Clínica. Não é suficiente dizer que um produto é eficaz e seguro. É fundamental demonstrá-lo. Os produtos da Procare Health são exaustivamente estudados. O programa de ensaios clínicos que desenhámos é financeiramente desafiante, mas é essencial para fornecer o conhecimento de que os doentes são tratados com soluções terapêuticas eficazes e seguras. Como nunca me canso de repetir, o nosso Marketing é Clínico, e as nossas mensagens são disseminadas com elevado rigor por todos os profissionais presentes na construção do projeto Procare Health. A prevenção e o tratamento do HPV não é o único problema que a Procare Health procura resolver. A ginecologia, a dor – artroses e osteoartroses também são áreas em que a farmacêutica está inserida. Já foram desenvolvidas e apresentadas soluções inovadoras no mercado? A Procare Health é uma empresa dedicada essencialmente à Saúde da Mulher. Existem, no entanto, outras áreas para que fomos desafiados. As doenças osteoarticulares são altamente debilitantes e tendencialmente crónicas. Se podermos dar um contributo para melhorar a Qualidade de Vida desses doentes, não hesitaremos em fazê-lo. Por outro lado, o programa “Cervix-on-a-chip”, em parceria com a UCLA e apoio da Universidade de Harvard, irá modificar a forma como são atualmente estudados novos produtos, sem recurso a experimentação animal. O que nos enche de orgulho é o facto de sermos parceiros nestes projetos, não obstante a nossa juventude e dimensão. Estamos a dar passos largos na construção de uma empresa que pretende ter um papel ativo na sociedade. A Sociedade Portuguesa de Ginecologia organiza eventos que abrangem muitos problemas relativos à saúde da mulher. Estes eventos são locais importantes para se fazer um levantamento de ideias para novas investigações? A apresentação da empresa em Portugal foi justamente no Congresso Nacional
SAÚDE FEMININA - PROCARE HEALTH
de Ginecologia, em junho de 2018. Totalmente desconhecidos, explicámos quem eramos e quais os nossos objetivos, enquanto empresa farmacêutica. Costumo dizer que a maior motivação que tivemos por parte da Comunidade Científica em Portugal foi o carinho com que fomos recebidos. Eventos como os que são organizados pela Sociedade dão-nos a possibilidade de falar com muitos profissionais, partilhar ideias, mas sobretudo sermos desafiados. Temos em curso um programa de investigação clínica também no nosso país, fruto da disponibilidade e interesse demonstrados pelos Especialistas. Entre os dias 6 a 8 de junho, no Algarve, vai realizar-se a 193ª Reunião da Sociedade Portuguesa de Ginecologia. Quais são as expetativas da Procare Health para esta reunião? Como nas anteriores, estaremos presentes nesta reunião. Este evento tem uma enorme importância para nós por dois motivos distintos. O estudo PALOMA, com Papilocare, terminou e estamos em condições de apresentar os dados finais. Pela sua relevância, é para nós fundamental falar com cada um dos médicos sobre estes resultados, no mínimo desafiantes.
Vamos reforçar a Evidência Clínica do Papilocare. Por outro lado, acabámos de colocar no mercado um novo produto, esta é uma excelente oportunidade de apresentar as suas características e os resultados obtidos. Para além das Reuniões da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, em que tipo de eventos é que a Procare Health marca presença? Participamos nos eventos internacionais de maior relevância de modo global. Estamos presentes nos congressos nacionais, mas também desenvolvemos ações exclusivas, sempre que queremos anunciar ou celebrar algo de novo. Por vezes, assumimos a posição de Sponsor Major, dada a importância dos eventos. Asseguramos os recursos para estarmos junto de quem trabalha com os nossos produtos, mas também de quem os consome. A doente assume um papel fundamental no nosso plano estratégico e a Procare Health Portugal será uma organização socialmente interventiva. Pode revelar-nos em que novos tratamentos é que a Procare Health está a trabalhar no momento? Tenho que ser um pouco mais específico quando me refiro aos próximos passos da empresa, considerando que estamos em Portugal há cerca de um ano e ainda não disponibilizámos todo o nosso portfólio, que continuaremos a lançar durante este ano. Mas teremos mais algumas novidades, que surgirão no momento certo para que tenham a recetividade que a sua qualidade exige. A nível internacional, estamos a trabalhar ativamente na globalização da empresa e no desenvolvimento do portfólio osteoarticular, mantendo sempre o foco na Saúde da Mulher de Hoje. junho 2019 Revista Business Portugal | 67
ARTIGO DE OPINIÃO
CHEGOU A ALTURA DE ESCUTAR O SEU CORPO Estima-se que cerca de 7 por cento da população europeia sofra de neuropatia. Jorge Brandão, médico de Medicina Geral e Familiar e VicePresidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, alerta para a importância da prática de hábitos de vida saudável e diagnóstico precoce, para retardar o seu desenvolvimento.
Jorge Brandão Médico de Medicina Geral e Familiar Vice-presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF)
O
que é a Neuropatia e quantas pessoas afeta? A neuropatia corresponde a um quadro de lesões nos nervos motores, sensoriais e/ou autónomos que afetam diferentes fibras nervosas. A neuropatia periférica, a mais comum, ocorre quando há lesão no sistema nervoso periférico, como nos nervos dos braços e das pernas. Estas lesões comprometem a normal transmissão de impulsos nervosos e estima-se que afetem 7 por cento da população europeia. 68 | Revista Business Portugal junho 2019
Existem grupos de risco? A causa mais comum da neuropatia periférica é a diabetes, ocorrendo em até 50 por cento dos doentes. Abuso de álcool, quimioterapia, infeções ou deficiências em vitaminas essenciais do complexo B são outros fatores de risco. Quais as principais causas, sintomas e impacto desta patologia? A lesão dos nervos pode estar relacionada com alterações metabólicas, como a diabetes ou a má-nutrição, mas também pode ser resultado de um trauma ou agressão direta ao nervo. As manifestações mais comuns de neuropatia são formigueiro, dormência e picadas nos braços e pernas, que podem evoluir para um estado de dor, dificultando a realização de tarefas simples do quotidiano e afetando a qualidade de vida. Os danos podem ser irreversíveis? Quando diagnosticada precocemente, os processos que originam neuropatia podem ser revertidos ou, pelo menos, controlados, pelo que é importante que as pessoas reconheçam os sintomas de modo a travar os possíveis danos que, a longo prazo, se verificam a nível do sistema nervoso periférico, tornando-se irreversíveis quando a perda de fibras nervosas ultrapassa os 50 por cento. Como pode ser feita a prevenção? A neuropatia periférica está relacionada com alguns hábitos de vida que podem e devem ser alterados: reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e tabaco, perder peso, fazer exercício físico, são algumas medidas simples que podem ajudar a prevenir ou retardar o desenvolvimento de neuropatia. Indivíduos com hábitos alimentares que impliquem o baixo consumo de vitaminas B, como os vegetarianos, devem estar atentos aos sinais de neuropatia e avaliar junto do seu médico a possibilidade de fazer suplementação. No caso da diabetes, a prevenção de neuropatia baseia-se num controlo apertado da glicemia e também requer que o doente e médico fiquem atentos aos primeiros sinais da doença.
Existe tratamento? O tratamento depende em primeiro lugar ,da causa e da sua adequada correção. Numa fase mais avançada, para o tratamento sintomático da dor, existem diversos fármacos e recomendações terapêuticas que propõem utilização de antidepressivos e/ou anticonvulsivantes. No entanto, estes medicamentos apenas permitem o alívio da dor. Como terapêutica adjuvante recomendam-se as vitaminas do complexo B, por estarem frequentemente deficitárias, sobretudo nos casos de neuropatia diabética, com tratamento prolongado com metformina. Estas vitaminas podem contribuir para a regeneração dos neurónios afetados e contribuir para o alívio dos sintomas e redução dos sinais clínicos, levando a melhoria da qualidade de vida destes doentes. Qual o principal objetivo da campanha “Escute o seu corpo”? “Escute o seu corpo” é o mote de uma campanha global, com o objetivo de combater a falta de informação e o subdiagnóstico da Neuropatia, de forma a prevenir e reverter lesões nos nervos afetados. É importante entender que sintomas que muitas vezes são desvalorizados, como perda de sensibilidade, formigueiro e ardor nos braços e pernas, podem ser indicadores de Neuropatia e que, caso estes sintomas existam, é importante mencioná-los ao seu médico. Lançada com o apoio da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), esta campanha foca-se em sensibilizar doentes, cuidadores e população geral, através de ações diferenciadas, como partilha de informação nos media, via website – www.escuteoseucorpo. pt e parcerias com instituições para rastreios.
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PERDA DE SENSIBILIDADE, FORMIGUEIRO E ARDOR SÃO SINTOMAS DE NEUROPATIA.1 NÃO PRECISA DE VIVER COM ELES.
CASO TENHA ALGUM DESTES SINTOMAS, FALE COM O SEU MÉDICO E CONSULTE WWW.ESCUTEOSEUCORPO.PT UMA INICIATIVA
1. Miranda-Massari J.R. et al.; Metabolic Correction in the Managementof Diabetic Peripheral Neuropathy: Improving Clinical Results Beyond Symptom Control. Curr Clin Pharmacol. 2011 November; 6(4): 260–273
PRT-OTH-1807-0110A(1)
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OPINIÃO SOCIEDADE PORTUGUESA DE PNEUMOLOGIA
Após divulgar resultados de inquérito que revelam que os portugueses dormem mal
SOCIEDADE PORTUGUESA DE PNEUMOLOGIA DEIXA ALGUMAS RECOMENDAÇÕES PARA DORMIR MELHOR 46% dos portugueses com idade igual ou superior a 25 anos dormem menos de 6 horas por dia, 21% dizem que demoram mais de 30 minutos para adormecer, 32% consideram ter um mau sono e 40% reportam dificuldade em manter-se acordados durante a condução e outras atividades diárias.
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stes são dados de um questionário realizado online pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia e pela Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho que abrangeu uma amostra de 643 portugueses com idade igual ou superior a 25 anos e que são agora divulgados no âmbito do Dia Mundial do Sono. Perante estes resultados, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia divulgou um vídeo onde as médicas Susana Sousa e Sílvia Correia alertam para os riscos das noites mal dormidas e para os maus hábitos de sono repetidos ao longo da vida e deixam algumas recomendações para que os portugueses possam dormir melhor: https://youtu.be/HzNPycIqdu4 “Apesar da crescente divulgação sobre a importância do sono e das doenças relacionadas com o sono, a maioria dos portugueses mantem maus hábitos de higiene do sono e não lhe atribui a mesma importância do que a uma nutrição saudável ou a prática de exercício físico regular”, afirmam as médicas pneumologistas. “A má higiene do sono afeta negativamente a qualidade de vida em termos de perda de memória, sonolência acentuada, défice de concentração, irritabilidade e alteração do humor. A sonolência associada a esta má higiene do sono aumenta o risco de acidentes de viação e de acidentes de trabalho. Se o número de horas de
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sono for inferior ou igual a 5 horas, o risco cardiovascular também aumenta”1 acrescentam Susana Sousa e Sílvia Correia. 10 recomendações para uma melhor noite de sono: - Evite cafeína, álcool e nicotina 4 a 6 horas antes de dormir - Mantenha a temperatura do quarto a 18/19 graus - Mantenha o seu quarto escuro e livre de ruídos - Tenha um colchão e uma almofada confortáveis - Dê preferência à leitura e não utilize tablets, telemóveis ou outros dispositivos eletrónicos antes de dormir - Tome um banho de imersão cerca de duas horas antes de ir para a cama - Pratique exercício físico mas evite o final do dia (pelo menos 3 horas de intervalo antes de dormir) - Mantenha horários regulares de sono evitando variações na hora de dormir e acordar - Mantenha-se à luz solar de manhã mas evite a exposição à luz intensa durante a noite - Evite refeições pesadas ou picantes ao jantar 1
Ayas NT, White DP, Manson JE, et al. A prospective study of sleep duration
and coronary heart disease in women. Arch Intern Med 2003;163(2):205–9.
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ORALMED VIANA DO CASTELO
“TODOS TEMOS O DIREITO A SORRIR PARA A VIDA”
Q
Viana do Castelo tem desde 2018 mais motivos para sorrir. A abertura da 30ª unidade clínica do Grupo OralMED tem na visão de Marta Moreira, Coordenadora da OralMED de Viana do Castelo, um claro objetivo: colocar a saúde oral ao alcance de todos.
uando e como surgiu a clínica OralMED Viana do Castelo? A OralMED Viana do Castelo foi a nossa 30ª Unidade Clínica a abrir em Portugal. A inauguração foi no dia 1 de julho de 2018. Queremos ser uma solução para resolver as carências de saúde oral registadas de Norte a Sul do país. Por isso, contamos já com 43 clínicas distribuídas um pouco por todo território nacional. Que serviços que prestam e quais as áreas médicas em que atuam? A OralMED Medicina Dentária conta com o maior corpo clínico especializado do país. São mais de 200 Médicos Dentistas vocacionados para as diversas áreas da Medicina Dentária. Graças ao nível de especialização das equipas, estamos preparados para cuidar em todas as áreas clínicas, como: a Implantologia, Ortodontia, Prótese Removível e Fixa, Periodontologia, Estética Dentária, Endodontia e Odontopediatria. O que vos distingue de outras clínicas? Temos uma visão que nos une todos os dias: acreditamos que a saúde oral deve estar ao alcance de todos. Por isso, procuramos eliminar os obstáculos que impedem as pessoas de se tratar. Através da oferta de facilidades de pagamento e de um acompanhamento rigoroso dos pacientes desde a primeira consulta. Porque todos temos o direito a sorrir para a vida.
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Nas nossas clínicas tratamos a boca como um todo, como o órgão único que é. Com o nosso Plano de Tratamento Integral, adaptado a cada paciente, devolvemos a saúde, função e estética a todos os sorrisos
Nas nossas clínicas, tratamos a boca como um todo, como o órgão único que é. Com o nosso Plano de Tratamento Integral, adaptado a cada paciente, devolvemos a saúde, função e estética a todos os sorrisos. Conseguimos que, no final do seu tratamento, o paciente recupere totalmente a sua saúde oral. Para garantir a melhor solução para cada caso, na primeira consulta fazemos sempre uma avaliação completa e sem qualquer compromisso, que inclui uma radiografia panorâmica e um diagnóstico avançado, e esclarecemos todas as dúvidas ou receios do paciente. Têm os vossos próprios laboratórios. Em que medida isso melhora a qualidade do serviço prestado? Uma das grandes vantagens é sem dúvida a proximidade que permite estabelecer entre os Médicos Dentistas e as equipas laboratoriais. Na fase de planeamento dos tratamentos protésicos, este relacionamento é muito importante, pois permite esclarecer os procedimentos, avaliar o plano traçado. Esta articulação em tempo-real permite um controlo de qualidade mútuo e mais rigoroso entre as equipas.
ORALMED VIANA DO CASTELO
Qual o contributo da tecnologia nesta área? Vivemos num mundo em constante mudança, em todas as áreas. Os avanços tecnológicos permitem-nos levar cuidados cada vez mais especializados aos nossos pacientes, permitindo uma evolução continuada ao nível dos processos e técnicas de tratamento. A tecnologia aliada a equipas em constante evolução, graças à nossa aposta na formação continuada dos nossos profissionais, resulta em clínicas de Medicina Dentária verdadeiramente inovadoras, capazes de apresentar as melhores soluções aos pacientes.
dições financeiras não se devem sobrepor à saúde oral. Por isso propomos um plano de pagamentos fracionados e ajustados às necessidades de cada paciente, sem obrigatoriedade de valor de entrada, para que todos possam
30 por cento dos portugueses só vai ao dentista em caso de urgência e 31,7 po cento diz não ter dinheiro para ir a consultas de Medicina Dentária. O que é preocupante, uma vez que os dados mostram ainda que 70 por cento dos portugueses tem falta de um ou mais dentes naturais. A melhor forma de evitar os problemas de Saúde é a prevenção. Procure saber como está a sua saúde oral. Nas nossas clínicas, oferecemos uma avaliação completa, sem qualquer compromisso, logo na primeira consulta. Tenha ainda cuidado com os seus hábitos de higiene oral. Procure saber se está a fazer uma escovagem adequada. Encontrará a Biblioteca de Saúde Oral no nosso site, em oralmed.pt, com tudo o que precisa de saber. Queremos que todos tenham as ferramentas que precisam, para que possam tomar as decisões mais acertadas no tratamento do seu sorriso.
Nas nossas clínicas, acreditamos que a saúde oral não é um luxo, mas sim um direito de todos. Acreditamos que as condições financeiras não se devem sobrepor à saúde oral
Há facilidade de pagamento para o paciente? Nas nossas clínicas, acreditamos que a saúde oral não é um luxo, mas sim um direito de todos. Acreditamos que as con-
usufruir de uma boa saúde oral. Como está a saúde oral dos portugueses? Conselhos a ter em conta. Os dados que nos chegam todos os anos da Ordem dos Médicos Dentistas são preocupantes. Pintam um país de costas voltadas para a saúde oral e não tem de ser assim. De acordo com os dados registados no Barómetro de Saúde Oral de 2018, mais de
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DESTAQUES 72 LA MAISON IMOBILIÁRIA Profissionalismo, Credibilidade e Confiança 76 SOPALMEIRA Um sonho às portas de Lisboa
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INOVAÇÃO
E COMPETIVIDADE A dinamização da inovação empresarial e o apoio à gestão da inovação têm sido temas centrais das políticas nacionais e comunitárias desde há longos anos, sendo hoje inquestionável e globalmente reconhecido que a capacidade de inovação das empresas é um dos fatores de competitividade mais determinantes para o seu crescimento e sustentabilidade nos mercados globais, fortemente competitivos. A inovação empresarial é o resultado dos esforços de uma empresa para desenvolver e colocar no mercado, novos modelos de negócios, processos, produtos ou serviços, com mais-valia reconhecida pelos clientes. No que concerne ao setor da construção é estrategicamente importante para a União Europeia já que disponibiliza os edifícios e infraestruturas necessários para o resto da economia e sociedade. Sozinho, gera quase 10 por cento do PIB e é responsável por 20 milhões de postos de trabalho maioritariamente nas PME, representando assim a maior atividade económica e o maior empregador industrial na Europa (FICE). Já no que diz respeito ao setor imobiliário, para Cristina Arouca – Diretora de Research da CBRE Portugal, “estão reunidas todas as condições para que o dinamismo verificado em 2018 no mercado imobiliário em Portugal se mantenha durante este ano. As previsões apontam para um volume do nível de investimento robusto, embora abaixo do nível de 2018. Depois de anos sucessivos de elevado investimento, que culminou num valor recorde em 2018, verifica-se menos disponibilidade de ativos para venda, o que vai sem qualquer dúvida influenciar o mercado. Em contraponto prevê-se um acréscimo no investimento em ativos para promoção, terrenos e imóveis para reabilitação”. Nesta edição da Revista Business Portugal, trazemos-lhe empresas destes e outros setores cuja resiliência, postura no mercado e caráter empresarial, as faz permanecer nas suas terras-natal, ajudando-as na sua dinamização e crescimento, mesmo que para isso seja necessário um maior sacrifício por parte da gestão administrativa. Palmas para estas empresas e empresários.
Especial
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LA MAISON
PROFISSIONALISMO, CREDIBILIDADE E CONFIANÇA Dr. Nuno Santos, CEO junho 2019 Revista Business Portugal | 75
LA MAISON IMOBILIÁRIA
PROFISSIONALISMO, CREDIBILIDADE E CONFIANÇA
A La Maison assume-se como uma empresa de referência na área da mediação imobiliária e da mediação financeira, norteando a sua atuação pelo atendimento personalizado e foco no cliente, apostando na inovação e modernidade como motores do seu desenvolvimento. A sua filosofia, assente em pressupostos fundamentais como a qualidade e a excelência, colocaram a La Maison, por direito próprio, no almejado pelotão dos melhores, como conta em entrevista à Revista Business Portugal, o Dr. Nuno Santos, CEO da La Maison.
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passo entre o sonho e a realidade é a atitude… foi esta a máxima seguida pelo Dr. Nuno Santos, um empresário carismático e dinâmico que tem pautado a sua atividade profissional por uma grande visão estratégica, sentido de responsabilidade e paixão. Com 15 anos de experiência no ramo imobiliário, um sólido know-how na área financeira e comercial e, depois de ter alcançado várias conquistas no seu percurso profissional, o Dr. Nuno Santos decidiu criar a La Maison, assumindo o desiderato de ser uma empresa diferente assente na qualidade e excelência. Com nove anos de atividade, a La Maison é hoje uma das mais reconhecidas agências imobiliárias na região. Mas o que a distingue? A resposta é simples:
LA MAISON IMOBILIÁRIA
um atendimento personalizado e a máxima dedicação ao cliente, desde o início ao fim do processo. Desde o primeiro contacto telefónico ou primeira visita à agência até à escritura, todo o processo é seguido por uma estrutura profissional e pelo olhar atento do Dr. Nuno Santos que faz questão de acompanhar todos os processos desde o primeiro minuto. Da panóplia de serviços da La Maison fazem parte a mediação imobiliária, o tratamento de documentação, a consultoria financeira e o acompanhamento de avaliação e de escrituras, processos que permitem ao cliente um serviço chave-na-mão, uma metodologia e um modus operandi que têm garantido a sua fidelização. Assumindo-se como uma empresa de mediação imobiliária e de mediação financeira, a La Maison trata da transação comercial de imóveis, processos de financiamento do crédito à habitação, leasing imobiliário, quer a nível de aquisição, quer de equipamentos, e até fundos de investimento imobiliário, mantendo “parcerias e acordos com todos os bancos”, refere o Dr. Nuno Santos, sublinhando que consegue disponibilizar aos seus clientes condições diferenciadas. Um exemplo único no mundo: um cliente da La Maison é um cliente para toda a vida, a nível financeiro, “o cliente faz um crédito habitação hoje, daqui a dois anos vem ter comigo e pede-me para rever as condições, eu faço um apanhado com as melhores propostas dos bancos e ele escolhe, a transferência de crédito é gratuita, ou seja, serviço de aconselhamento e tratamento processual gratuito até ao fim da vida dos clientes da carteira da La Maison. Este aconselhamento vitalício gratuito é inédito no mundo. Nenhuma agência que eu tenha conhecimento presta um serviço pós-venda igual ao da La Maison. Esta é mais uma forma de fidelização do cliente” refere e salienta “a nossa melhor publicidade são os clientes”. De acordo com o empresário, a La Maison trabalha com segmentos que pouca gente tem, tendo sido a primeira empresa de mediação imobiliária no concelho de Loures a trabalhar com o segmento dos imóveis bancários, bem como com os fundos de investimento imobiliário. Na verdade, a inovação, a modernidade e a competitividade fazem parte do ADN da empresa, porque todos os dias “estamos à procura de soluções novas para os nossos clientes, no
sentido de garantir a sua total satisfação. Desta procura contínua surgiram protocolos e parcerias assinados com diversas entidades, que somam incontáveis vantagens aos clientes. Desde há um ano, por exemplo, está em marcha um protocolo com entidades como a GALP Energia e o Grupo Santogal e ordens profissionais, que permite que qualquer funcionário da empresa ou entidade parceira tenha oferta da escritura na aquisição de um imóvel, bem como, a possibilidade de desconto de comissionamento na venda deste. “A La Maison oferece os serviços na promoção e venda de imóveis, se um cliente ou funcionário destas empresas e entidades quiser comprar um imóvel tem a oferta da escritura e o tratamento de todo o processo incluído, ou seja sem qualquer custo adicional. Se porventura quiser vender tem automaticamente através de protocolo direto desconto de 0,5 % na comissão e, se o imóvel entrar em campanha, também há a oferta da escritura para o cliente comprador”. Desta forma, as empresas/ entidades oferecem um excelente protocolo aos funcionários, não gastam nada, a La Maison capta mercado com novos clientes, compradores ou vendedores e esses próprios clientes beneficiam do protocolo, ou seja uma verdadeira win win situation.
“Dentro do concelho todas as entidades municipais, instituições bancárias e jurídicas conhecemnos e trabalham connosco, esta é uma relação de proximidade conquistada com respeito, trabalho e qualidade. Não dizemos que somos melhores, apenas somos diferentes. O nosso trabalho fala por nós”
Uma agência imobiliária diferenciada
A La Maison ao contrário de todas as outras agências não trabalha e não quer trabalhar em exclusividade, por duas razões muito simples: primeiro porque gosta de competir e invariavelmente ganha com avanço considerável, segundo porque presta um serviço de qualidade ao cliente e não quer prender o cliente à agência, explica o Dr. Nuno Santos. O profissionalismo, a credibilidade e a confiança são pedras basilares da atuação da La Maison, e tem sido esta postura e abordagem ao mercado que têm sido agraciadas não raras vezes por diversas entidades e instituições bancárias, porque o mais importante é servir o cliente. Desta política empresarial diferente e diferenciada faz parte o atendimento personalizado, o aconselhamento próximo e informado, bem como uma aposta forte na divulgação da imagem da empresa, no sentido de se dar a conhecer e mostrar o porquê de ser diferente. “Dentro do concelho todas as entidades municipais, instituições bancárias e jurídicas conhecem-nos e trabalham connosco, esta é uma relação de proximidade conquistada com respeito, trabalho e qualidade. Não dizemos que somos melhores, apenas somos diferentes. O nosso trabalho fala por nós”, revela o CEO da La Maison, acrescentando: “Quem conhece o meu trabalho não precisa do meu currículo e quem
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LA MAISON IMOBILIÁRIA
precisa do meu currículo não conhece o meu trabalho”. A La Maison e o Dr. Nuno Santos alcançaram um patamar de excelência, uma posição conquistada por direito próprio através de trabalho, esforço, talento, foco e resiliência. Assumindo-se inconformado e inconformista, o empresário confessa que a sua satisfação e da sua equipa passa por “no dia da escritura apertar a mão aos clientes, vê-los felizes e sentir que eles nos vão recomendar a um amigo ou familiar com segurança do que estão a fazer. Não quero que nos recomendem por simpatia, mas sim por qualidade. Queremos ser distinguidos por essa qualidade e pelo acompanhamento personalizado que prestamos”, admite, porque na verdade quando falamos em casas falamos no futuro das pessoas e das famílias. “Temos que ter a responsabilidade de saber que estamos a mexer com o orçamento familiar das pessoas, uma boa ou má decisão pode condicionar a pessoa a ter uma vida mais ou menos feliz. E tudo tem que se ter em conta, desde a zona, a envolvente, a acessibilidade a transportes, a tipologia da casa adequada, ou a rede de escolas. Por isso, tentamos adaptar o imóvel ao caso prático de cada cliente, porque conhecendo a realidade imobiliária e financeira de cada cliente torna-se mais fácil encontrar a solução mais adequada”, evidencia o nosso entrevistado.
Com os olhos postos no futuro Valorizando o passado, vivendo o presente e pensando no futuro, a La Maison adota uma filosofia vanguardista, estando sempre um passo à frente do seu tempo, tendo como linhas orientadoras para a prossecução dos seus objetivos, a simplificação da criação de conhecimento e a criação e disponibilização de produtos e soluções de qualidade. Estes valores basilares encontram-se ainda representados na manifestação do seu empenho em continuar um percurso de contínua inovação e na constatação
Dr. Nuno Santos, Ceo
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“No dia da escritura apertar a mão aos clientes, vê-los felizes e sentir que eles nos vão recomendar a um amigo ou familiar com segurança do que estão a fazer. Não quero que nos recomendem por simpatia, mas sim por qualidade. Queremos ser distinguidos por essa qualidade e pelo acompanhamento personalizado que prestamos” de que mesmo nos anos de forte recessão na área imobiliária, a La Maison deu cartas. Em 2011, 2012, 2013 e 2014 a agência foi premiada, por exemplo, como o melhor mediador a nível nacional pelo Banco Popular. Pelo terceiro ano consecutivo, a La Maison foi o eleito mediador exclusivo da Caixa Económica Montepio Geral para o concelho de Loures. Foram já três as vezes em que atingiu o objetivo anual mínimo proposto para imóveis, reconhecido pelo BCP. Mas, para o Dr. Nuno Santos, CEO da La Maison, o maior prémio é um cliente sair satisfeito
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sustentado”. E destaca: “Falar verdade às pessoas, manter a postura correta que temos tido até aqui e dar a cara por todos os nossos clientes. Cada pessoa que aqui chega tem um nome, tem um sobrenome, tem um rosto e tem uma importância. Na La Maison, o cliente nunca será mais um e, aliás, nós somos filhos da terra, conhecemos muita gente daqui e a relação de proximidade e de personalização com todos os clientes tem sido a chave do nosso sucesso. Queremos, acima de tudo, continuar a fazer famílias felizes sempre fazendo jus ao nosso lema de profissionalismo, credibilidade e confiança”. e recomendar a agência a outro. Esse é o prémio com um valor incomensurável, destaca orgulhoso. Com os olhos postos no futuro, desenhado pela determinação e ambição que têm resultado na excelência, o Dr. Nuno Santos mantém a vontade de continuar a consolidar os passos dados até aqui: “Estes últimos dois anos foram de crescimento, que permitiram fortificar a nossa imagem, implantá-la de forma ainda mais sólida no mercado”, por isso a estratégia “é continuar a apostar num crescimento
La Maison - Agenda Mediática, Mediação Imobiliária, Unip. Lda Rua Pedro Álvares Cabral, 24 B 4, Quinta do Infantado 2670-391 Loures Tlf.: 219 844 130 | Tlm.: 961 039 629 Email: geral@la-maison.com.pt
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SOPALMEIRA
UM SONHO ÀS PORTAS DE LISBOA Qualidade e diferenciação definem a Sopalmeira, empresa que lhe damos a conhecer nesta edição. Eurico Pereira é o rosto por detrás da empresa, que encontra nas áreas de urbanização, habitação e comércio a sua principal atividade.
A
s três décadas de atividade e os mais de 30 projetos concluídos, fazem da Sopalmeira uma referência no setor da construção civil. Eurico Pereira, responsável pela Sopalmeira, reconhece na qualidade e diferenciação os elementos chave e as principais apostas da empresa. “Procuramos construir habitações a um preço compatível, mas a aposta é, sobretudo, na qualidade, na diferenciação e sempre na procura de melhores soluções, quer do ponto de vista estético, quer do ponto de vista construtivo”. Eurico Pereira reconhece que a empresa está “num patamar elevado” que só é possível manter com “equipas de trabalho competentes”. Uma exigência que Eurico admite não ser fácil alcançar, uma vez que “há dificuldade em encontrar mão de obra especializada que consiga estar atenta a todos os pormenores da construção”. Para isso, e de forma a garantir a excelência do serviço prestado, a Sopalmeira conta, atualmente, com uma equipa de projetista e de obra, “capaz de acompanhar todo o ciclo. Quando projetamos um edifício ou um complexo habitacional temos que olhar em todas as vertentes”, afirma o entrevistado que prossegue: “Muitas vezes as pessoas esquecem-se de algo fundamental, o aspeto estrutural do edifício. É muito importante que as pessoas percebam que, mais do que a estética, é importante a estrutura e a segurança do edifício. É preciso que quem constrói tenha em atenção todos os aspetos do ponto de vista estrutural”. Com um vasto portefólio de obras realizadas de qualidade (re)conhecida, a Sopalmeira foi já distinguida com os Óscares do Imobiliário, tendo-lhe sido atribuído o terceiro lugar, a nível nacional, com o Edifício e Apartamentos Solar Nossa Senhora do Carmo, em Santa Cruz, Torres Vedras.
Residências Valbom Prestes a terminar a última fase de construção, o Empreen80 | Revista Business Portugal junho 2019
dimento Residências Valbom, em São Julião do Tojal, afigura-se a escolha ideal para quem procura qualidade de vida, sossego e tranquilidade. Com uma localização privilegiada, o empreendimento alia o sossego do campo à praticidade, estando situado a três minutos da Autoestrada A9 CREL/CRIL A8. Com uma arquitetura distinta, e que capta a atenção de quem por lá passa, o empreendimento une a modernidade e inovação à tradição da sua arquitetura exterior. “Quando pensámos neste projeto, pensamos em construir uma Quinta da Beloura em ponto pequeno”. Com uma construção e acabamentos concebidos com materiais de excecional qualidade, para o máximo conforto, durabilidade e segurança, Eurico Pereira reconhece o sucesso do projeto e não hesita ao afirmar: “As pessoas que aqui vivem estão, particularmente, satisfeitas, quer com o ambiente envolvente, quer com a proximidade a Lisboa”. Com 12 particularidades o Empreendimento Residências Valbom assume uma nota diferenciadora e uma imagem de marca da Sopalmeira. “Temos 12 itens que nos distinguem dos restantes empreendimentos da zona. Podemos começar, desde logo, pela pintura exterior da Sotinco, em tinta acrílica, com 10 anos de garantia em relação à estabilidade da cor. Basta olharmos para o primei-
Eurico Pereira, administrador
ro edifício desta urbanização que tem cerca de 12 anos e podemos comprovar que a pintura exterior está praticamente intacta. Temos tomadas individuais no parqueamento para o carregamento de carros elétricos e as paredes das nossas cozinhas, quartos e wc têm papel de parede Vescon”, enumera o entrevistado. Para o futuro o objetivo é simples: “Continuar a trabalhar com qualidade e inovar, a cada dia”. Com uma vasta carteira de projetos desenvolvidos, a Sopalmeira irá iniciar em outubro do presente ano, um novo desafio, que promete surpreender. “Para este ano temos prevista a construção de um edifício habitacional no Infantado, à saída de Lisboa, e que será totalmente diferente do que lá está. Vamos ter uma arquitetura e um edifício único”. 2660-376 São Julião do Tojal +(351)961 039 629 +(351) 961 548 494 info@sopalmeira.com
SOPALMEIRA
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MULHERES LÍDERES A Importância do Business Mentoring A associação WomenWinWin lançou a 4ª edição do Programa de Business Mentoring, uma ferramenta essencial para ajudar as empreendedoras a desenvolverem competências de gestão e liderança que lhes permitam fazer crescer os seus negócios. Benedita Vasconcellos e Maria de Oliveira Dias sabem que a liderança de uma empresa pode ser um lugar solitário, onde as responsabilidades se multiplicam e as incertezas são muitas. Para lhes fazer face, juntaram-se ao programa de business mentoring da associação de empreendedorismo feminino, WomenWinWin. Os resultados não tardaram: com o apoio de um mentor, Benedita, fundadora dos Goodmorning Lisbon Hostel, viu aumentar a faturação em 15 por cento, e Maria, que criou a The Love Food, reformulou o objetivo da marca, orientando-a para a presença no digital e os negócios online. Neste programa, o primeiro passo é fazer corresponder os objetivos das empreendedoras com a orientação de um empresário ou empresária experiente na criação e gestão de negócios. Neste processo, o mentor é um parceiro crucial na adoção de uma visão mais estratégica para a empresa: contribui na definição ou reavaliação de um plano de negócios, estimula a reflexão, ajuda a solucionar problemas e a tomar decisões de forma mais eficaz. Tem um papel dinâmico no desenvolvimento de técnicas de gestão e no reforço de aptidões comportamentais como resiliência, liderança, gestão de equipas e foco. Traz ainda a mais-valia de uma base de contactos mais alargada. A pensar nos desafios das mulheres empreendedoras, a WomenWinWin lançou a 4.ª edição do Programa de Business Mentoring, a 13 de maio, na Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, em Lisboa. Com a duração de um ano, o programa assenta em reuniões mensais e one-to-one entre mentoranda e mentor, incluindo ainda a participação em 4 sessões temáticas sobre diferentes áreas do negócio, uma sessão de feedback em grupo com um coach qualificado e a realização do teste Entrepreneurial Mindset Profile, desenvolvido pelo Leadership Institute do Eckerd College, que permite à empreendedora conhecer melhor o seu perfil empreendedor. O evento de lançamento da edição deste ano contou com a presença de Kerrie Dorman, fundadora da UK Association of Business Mentoring, que partilhou a sua experiência na palestra “The Importance of Business Mentoring: How to Foster your Business Skills & Business Result”.
DESTAQUES 80 POWER2BLOSSOM Coach de corpo e alma 82 PASTELARIA E CONFEITARIA MOURA Um negócio recheado de história e emoção
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JANSSEN PORTUGAL Fotografia: Helena Duque
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uem é Luísa Vasconcelos?
A resposta a esta questão é um work in progress. Sou uma açoriana “cidadã do mundo”, com paixão pelo desenvolvimento do potencial humano. Gosto de estratégia de expansão pessoal e profissional; interna e externa... Alinhar quem somos com o que mostramos ao mundo é essencial para o meu trabalho e para mim. Como traça o seu percurso até chegar à Power2Blossom? Quais são as suas áreas de especialização? O meu percurso profissional é uma manta de retalhos que hoje em dia se transformou na minha maior mais valia. A minha formação base é Filologia Clássica, depois juntou-se Marketing, Direito, Coaching e Microexpressões, Liderança e Gestão Estratégica, Terapia Cognitiva-comportamental e várias formações na área da Bioenergética. Trabalhei muitos anos numa multinacional até que decidi sair e criar a minha empresa.
COACH DE CORPO E ALMA A Power2Blossom é uma consultora especializada em soluções de gestão de vida e de negócios a que Luísa Vasconcelos se dedica de corpo e alma. Apresentamos-lhe a Power2Blossom. Luísa Vasconcelos, Coacher 84 | Revista Business Portugal junho 2019
Em que se baseia o coaching transformacional? O coaching transformacional parte da premissa de que somos corpo, mente e alma numa expressão diária destas 3 dimensões. Através do método socrático, vamos aprofundando o entendimento da nossa presença no mundo, indo mais fundo do que apenas o questionamento do coaching tradicional e tendo a coragem de parar, observar e entender tudo o que está na raiz das nossas motivações e escolhas na vida. Implica uma disponibilidade para verbalizar medos, para ter coragem de assumir a nossa essência e coloca ao serviço de quem conhece esta metodologia ferramentas – primeiro de auto-conhecimento e depois de impacto - de forma a garantir que cada cliente de coaching se sinta num ambiente seguro para evoluir. O coaching transformacional fortalece, expande e capacita para a criação de uma vida da qual nos podemos orgulhar. A Power2Blossom é uma consultora especializada em soluções de gestão de vida e de negócios. Para contextualizar o nosso leitor, qual a génese da Power-
POWER2BLOSSOM 2Blossom e que soluções disponibiliza? A perda da minha mãe, como consequência de um processo longo e desgastante, foi o motor da minha mudança, de ter abandonado o mundo corporativo e decidido abrir a minha empresa. Fui preparando o caminho, fazendo várias certificações e pensando que mais valias em termos de serviços podia trazer ao mercado. Power2Blossom – soluções que ajudam a florescer – é essa a metáfora. Comecei sozinha com o coaching para mulheres – em 2013 - depois fui fazendo parcerias para formações em empresas, o coaching deixou de ser apenas para o feminino, evoluímos nos produtos que criámos, desde uma revista (a BMAG) a retiros empresariais, e neste momento focamos a nossa atenção em internacionalizar os nossos produtos; no mentoring individual e consultoria em novos negócios, nos processos e na certificação em coaching transformacional e na contínua parceria com soluções de desenvolvimento e expansão do conhecimento, como acontece com as nossas soluções de aprendizagem com formatos de realidade aumentada e virtual. A Power2Blossom é especialista em empowerment feminino. Que tipo de serviços disponibilizam? Trabalhar com mulheres está na minha essência. Porque normalmente não recebemos o que damos; não sabemos defender o nosso lugar no mundo profissional; sentimo-nos descontentes com a nossa vida pessoal; sentimo-nos sozinhas ou com falta de auto-estima. Observei que geralmente são as melhores pessoas que menos se sabem defender e isso não é justo. Portanto, criar soluções (quer seja através do networking, estratégia, treino de competências, exercícios de auto-conhecimento) que permitam melhorar o desempenho no dia a dia das mulheres é uma das nossas forças. Trabalhamos em áreas como a política, os novos negócios digitais, a criação de identidade pessoal na abertura de uma marca (muitas vezes com clientes que vêm do mundo corporativo) ou o treino de competências em equipa.
nacional da Mulher, estava no Muro das Lamentações em Jerusalém e assisti a um exemplo de luta de desigualdade de géneros, quando fui ‘empurrada’ a dirigir-me para o meu lado do Muro – essa geografia de raiz histórica leva a reações violentas se for desrespeitada, mas faz pensar... No Quatar, em reuniões de networking, ouço mulheres com MBA começarem as suas frases com: ‘Como mulher obediente que sou, tudo passa pelo meu marido’ e isso faz pensar... Há uns anos, fiz voluntariado num lugar fora do mundo. Uma instituição em Munique onde estão pessoas com transtornos psíquicos graves; outros que, estando sozinhos, criaram o seu próprio mundo interno e perderam a capacidade de comunicar; nesse lugar fora do mundo existem também crianças e adolescentes ‘indomáveis’... Comunicar com todos tinha por base a nossa capacidade de presença e a forma como a nossa energia afecta positivamente o outro. Por isso, quando me pergunta como trabalho empowerment feminino: primeiro com auto-conhecimento e conhecimento do mundo que nos rodeia; depois com o recurso a networking nos bastidores; com autenticidade e com a procura constante de ferramentas que criam resultados de forma rápida e duradoura. A liderança no feminino centra-se na capacidade de resolução de problemas de forma criativa e inovadora, autoconfiança, espírito de iniciativa, influência e resiliência, sem esquecer o poder da comunicação. Revê-se nestas palavras e caraterísticas? Sim, tudo isso são caraterísticas importantes mas nada disso se concretiza se não existir um foco e um trabalho consistentes no combate à solidão, ao burn out, à falta de uma vida pessoal recompensadora, às compulsões alimentares e falta de auto-estima, à insegurança e aos medos provocados pelo ‘estado de limbo’... Ser líder implica sabermos muito bem quem somos, luz e sombra, e traduzir isso num dia a dia que crie impacto.
Costumo dizer sempre que quando a intenção é pura as coisas acontecem. Noutro capítulo, pode-se dizer que a Power2Blossom, pioneira em Portugal na organização de retiros para empresas, tem como conceito a junção do treino de competências e exercícios de autoconhecimento? Porquê a escolha dos Açores como local para a realização dos retiros empresariais? Os Açores são a minha casa. Cada vez faz mais sentido criar projetos que me permitam estar mais tempo lá. Depois, não é ‘um esforço’ criar um formato de treino onde os cenários actuam como parte ativa do mesmo. Temos parceiros de grande qualidade em todas as áreas que necessitamos – hospitalidade, eventos, animação turística e a natureza é o maior atividador e criador de memórias. Um formato imersivo de formação permite retirar os colaboradores do seu dia a dia, das pressões e das alavancas associadas ao seu trabalho. Numa cultura empresarial sincera, de criação de momentos de evolução para os colaboradores, esse formato traz benefícios impactantes no team bonding, no desenvolvimento de liderança, na forma como os colaboradores assimilam os conteúdos. Se fazemos uma intervenção fora de sala, o colaborador tem um papel ativo na sua aprendizagem. Depois, juntamos momentos de lazer e de reconhecimento, conteúdos apresentados de forma criativa; formatos inovadores (como a realidade aumentada e virtual) e temos um produto de sucesso. Como antecipa os próximos anos, no que diz respeito aos desafios e oportunidades? Quais são os seus objetivos e ambições? Estou muito entusiasmada com o futuro desta área de trabalho.O meu maior objetivo é consolidar a nossa marca internacionalmente, procurar novos nichos de mercado, como a realidade aumentada e virtual, e aprender cada vez mais sobre soluções de desenvolvimento pessoal e profissional … sempre com uma intenção pura.
Capacitar no feminino é importante. Como constrói os formatos que cria para trabalhar empowerment feminino? Nas minhas viagens em trabalho, entro em contacto com experiências de vivência no feminino que me fazem colocar as minhas próprias crenças em perspetiva. No passado dia 8 de março, dia Inter-
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CONFEITARIA MOURA
UM NEGÓCIO RECHEADO DE HISTÓRIA E EMOÇÃO
É a confeitaria mais conhecida de Santo Tirso e a grande responsável pela criação do ex-líbris da cidade. A laborar desde 1892, a Pastelaria e Confeitaria Moura é o arquétipo do empreendedorismo feminino. Alda Moura e Fernanda Pelayo assumem a 4ª geração do negócio familiar e em entrevista à Revista Business Portugal revelam os desafios do negócio que abraçam de corpo e alma.
Alda Moura, sócia-gerente
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uando se fala em Santo Tirso fala-se em jesuítas. Uma reputação que se deve à Confeitaria Moura, pastelaria responsável pela criação desta tradição, em 1892. A verdade é que ninguém lhes resiste. Com uma receita secreta que poucos sabem preparar, e que vem passando de geração em geração, os jesuítas da Confeitaria Moura preservam a receita e sabor ancestrais, criados há 126 anos.
Miguel Silva, gestor operacional
126 anos de liderança no feminino
Fernanda Pelayo, sócia-gerente
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A receita por detrás do fabrico dos apreciados doces tirsenses não é o único segredo deste negócio. A verdade é que, poucos sabem que, desde a sua fundação a Confeitaria Moura vem sendo gerida no feminino. Se em 1892 a bisavó de Alda Moura e Fernanda Pelayo assumia o comando do negócio, hoje cabe a Alda e aos primos, Fernanda Pelayo e Francisco Pinheiro, a gestão do património. As herdeiras assumem a 4ª geração desta “pesadíssima herança”, como carinhosamente apelidam o negócio, há seis anos, após receberem o legado da sua tia, a saudosa “Menina Antonieta”. Desde então, Alda reconhece que “têm sido anos de luta e de imensa dedicação. Acho que, essencialmente, somos uma família de mulheres com
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uma grande capacidade de trabalho e isso tem permitido alcançar os bons resultados”. Apesar de se dedicar de corpo e alma à Confeitaria Moura, ressalva que esta não é a sua ocupação profissional. Coordenadora de uma clínica de imagiologia, a entrevistada reconhece que só é possível conciliar a vida profissional com o negócio de família “com muita vontade e com muita dedicação. São muitas preocupações, mas, ao mesmo tempo, também é muito gratificante. Costumo dizer que sou uma mulher com sorte por fazer parte desta tradição”.
NorteShopping irá acolher novo espaço Adaptar o negócio às exigências dos clientes e às novas tendências do mercado tem sido uma das principais apostas de Alda e Fernanda. “Temos tentado personalizar a empresa, conquistar novos clientes e inovar, mantendo sempre a tradição”. Se antes tínhamos de rumar a Santo Tirso para nos deliciarmos com os jesuítas, limonetes, éclairs e pivetes, hoje, com o início da expansão do negócio, é, também, possível comprovar a sua qualidade e sabor em diferentes espaços da cidade do Porto. “Este era um passo que já estava planeado, mas os grandes responsáveis foram os nossos clientes do Porto, que nos pediram para abrir espaços na cidade”. À pastelaria mãe, situada em Santo Tirso, juntou-se uma pequena banca no Mercado do Bom Sucesso, em 2012. Mais recentemente, foi a vez da Baixa da cidade ser presenteada com uma nova loja. Mas desengane-se quem pensa que os pontos de venda pararam por aqui. Julho traz uma nova e deliciosa novidade. “A experiência tem sido muito positiva. Por isso, decidimos abrir, novamente no Porto, um novo espaço”. Direcionado para “um modelo de negócio diferente”, este espaço irá abrir portas ao público no conhecido Centro Comercial NorteShopping, em julho de 2019. A equipa vem, também, acompanhando o sucesso do negócio. Com cerca de 22 colaboradores, alguns deles com décadas de serviço, a Confeitaria Moura prima pelo atendimento personalizado. Aqui, a simbiose entre a sabedoria e a jovialidade é perfeita. “Temos funcionários com 50 anos de casa, mas também temos bastantes jovens a trabalhar connosco. O paradigma mudou e temos que nos adaptar. Um bom atendimento é indispensável para o negócio e queremos ser uma referência pela qualidade e profissionalismo”. A equipa da Confeitaria Moura conta também com a preciosa ajuda de Miguel Silva, que recentemente assumiu a função de gestor operacional. “Achamos que estava na altura de contratar um gestor operacional e a verdade é que tem sido uma mais-valia e o resultado tem sido, sem dúvida, muito positivo”.
enorme sorriso Alda Moura. As perspetivas para o futuro são animadoras, mas ressalva que “a estratégia definida é muito ponderada e sustentada, para que os resultados alcançados sejam os pretendidos”. A grande aposta para futuro está na 5ª geração, que já está, nas palavras de Alda, “com as mãos na massa. É com agrado e com o sentimento de dever cumprido que Alda Moura olha para os seis anos na liderança. “Esta é uma área de negócio muito enriquecedora, porque há uma grande partilha de emoções onde se lida com o prazer sistematicamente.
Finalista nas 7 Maravilhas Doces de Portugal Os jesuítas da Confeitaria Moura são, incontornavelmente, uma marca da terra, um exemplo único na arte da doçaria regional. Um exemplo vivo da preservação de sabores e tradições. É com um enorme orgulho que Alda Moura anuncia que o jesuíta da Confeitaria Moura é finalista distrital das 7 Maravilhas Doces de Portugal. “Foi uma surpresa muito agradável. Isto é o culminar do percurso de sustentação da marca. Considero que estamos a ter o reconhecimento do trabalho que temos desenvolvido na empresa”. A decisão final está nas mãos do público, que irá eleger, em setembro, os melhores doces de Portugal.
“A 5ª geração já está a ser preparada” “Mesmo após 126 anos, a Confeitaria Moura continua a crescer em volume de negócio, afirma com um
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DESTAQUES 87 COLUNA DO MUNDO Uma empresa jovem que preza a qualidade 90 DECISÕES E SOLUÇÕES LAGOA Quando se procuram soluções à medida do cliente 93 SMARTAVILLAS Alojamento de qualidade a preços acessíveis 96 COMFEIPAS Duas décadas de sucesso 98 SIMPLEMOVE Fazer da simplicidade um negócio 100 ALGARPALCOS “Eventos s sul” 103 RESTAURANTE MAR SALGADO A futura referência gastronómica de Monte Gordo
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ALGARVE O calor regressa à famosa região algarvia. Os conhecidos areais enchem de cidadãos nacionais e estrangeiros, que procuram uma excelente fusão de mar, areia, calor, cultura e gastronomia. ‘Investir’ é uma das palavras que associamos à região que recebe, todos os anos, novos habitantes movidos pelas suas potencialidades e encantos. Calma, segura, bela e um paraíso económico, é assim que muitos a vêm. De malas feitas, portugueses e estrangeiros rumam para uma nova aventura num dos 16 municípios à escolha. Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António. 16 destinos distintos, cada um com as suas riquezas gastronómicas e turísticas. Não só de mar e praia é feito o turismo Algarvio. Para os amantes da serra, Monchique é uma excelente opção. Entre Portugal e Espanha, deslumbra com uma vista para a foz do rio Guadiana, para a ria Formosa em Faro e para a praia da Marinha em Lagoa. A fauna está também presente na região e os amantes da natureza podem observar o Pisco (espécie de pássaro comum na região) e as ovelhas. Muito para ver num território apaixonante.
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UMA EMPRESA JOVEM QUE PREZA A QUALIDADE Valentyn Tymoshchuk está em Portugal há 19 anos, tendo trabalhado durante os primeiros 10 para empresas na área da construção civil. Em 2010, graças ao facto da qualidade do seu trabalho ser reconhecido, o empresário avançou para a constituição de uma empresa própria e assim nasceu a Coluna do Mundo. Com um amplo espetro de trabalhos na área da construção civil e uma equipa fixa de mais de 20 pessoas, a empresa algarvia está preparada para executar obras de construção e remodelação por todo o Algarve.
Também montamos cozinhas e construímos a piscina da habitação – ou remodelamo-la, se for caso disso”. A construção ou remodelação da piscina é um trabalho específico, que o próprio Valentyn desempenha: “Só fazemos esse serviço, caso façamos também todas as obras na habitação. Fazemos a remodelação ou a respetiva construção, mas a manutenção fica a cargo do cliente. Depois, entrega esse serviço a uma empresa especializada”. Das obras até agora efetuadas, a maior é o Aquashow Park Hotel, complexo hoteleiro que integra o Aquashow, parque aquático em Quarteira: “Neste caso, éramos uma empresa subcontratada, que realizou os trabalhos de alvenaria, reboco, azulejaria… No que respeita a obras públicas,
N
a Ucrânia, onde nasceu, Valentyn Tymoshchuk nunca chegou a trabalhar. Depois da fase de estudo, concluiu a tropa e veio de seguida para Portugal. Foi já em território nacional que a construção civil se mostrou uma possibilidade: “Foi aqui que aprendi praticamente tudo desta área. Eu tinha alguns conhecimentos de eletricidade, mas tudo o que se relaciona com alvenaria e construção, propriamente dita, aprendi aqui. Estive 10 anos a trabalhar por conta de outras empresas e foi durante esse tempo que percebi que as pessoas gostavam do meu trabalho. Acabei por me estabelecer, em nome individual, mas comecei a precisar de gente para trabalhar comigo e mandava sempre vir alguém da Ucrânia. Quando me apercebi, já tinha entre 20 a 30 pessoas a trabalhar comigo”. A maioria dos trabalhadores é ucraniano, mas também existem moldavos e, no que respeita à carpintaria limpa e cozinhas, o trabalho é feito por portugueses: “Conseguimos fazer todo o tipo de serviços. Construção civil, remodelação, aplicação de chão, incluindo flutuante, aplicação de gesso cartonado, pladur, canalizações, trabalhos de eletricidade e microcimento.
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COLUNA DO MUNDO
também já tivemos oportunidade de concorrer e ganhar alguns projetos, nomeadamente uma escola na Guia”. Valentyn Tymoshchuk lamenta que nem sempre seja possível o recurso a concursos públicos, porque embora a empresa disponha da mão-de-obra e da capacidade técnica necessária para levar a
Valentyn Tymoshchuk, proprietário
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cabo um projeto grande, estes são difíceis de ganhar, nomeadamente quanto aos orçamentos apresentados. Assim, atualmente, a Coluna do Mundo tem em curso obras de remodelação em diversas moradias, essencialmente no concelho de Olhão: “Estas moradias são casas que foram, quase todas elas, compradas em ruínas e posteriormente remodeladas. Uma casa remodelada, apesar de ser tão cara quanto uma construção de raiz, acaba por compensar quem a adquire, porque a burocracia é muito mais rápida. É uma casa que já tem água, luz, esgotos, e por isso está pronta a
“Conseguimos fazer todo o tipo de serviços. Construção civil, remodelação, aplicação de chão, incluindo flutuante, aplicação de gesso cartonado, pladur, canalizações, trabalhos de eletricidade e microcimento
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habitar logo que as obras terminem. É isso que os clientes procuram”. Os clientes da Coluna do Mundo são, essencialmente, estrangeiros. Alguns deles são investidores, outros são apenas novos residentes que querem ter uma casa reabilitada em Portugal: “Eu conheço um investidor que já comprou várias casas aqui, eu remodelo-as e depois ele coloca-as à venda. Ele próprio vive numa casa que comprou em ruína e agora está remodelada. Mas também
existem os estrangeiros residentes – italianos, franceses, ingleses, belgas – que vêm para Portugal, gostam do país e dos seus benefícios fiscais e acabam por comprar uma casa antiga, para depois a reabilitar. São pessoas que já chegaram à idade da reforma e que querem viver aqui sossegadamente, mas numa casa com qualidade. Ainda assim, não estão dispostos a gastar muito dinheiro nas obras”. Os materiais utilizados ainda são, sobretudo, os tradicionais, mas no que respeita à utilização do capoto e dos blocos térmicos, Valentyn Tymoshchuk admite que os dá a conhecer a quem o contacta: “Os materiais mudaram, há novas alternativas para a construção, mas estamos sempre dependentes dos clientes, da sua capacidade económica e do que eles acreditam. Há quem não se imagine a isolar a casa com capoto e há quem esteja muito familiarizado com isso e não utilize outra coisa”. Para o futuro, Valentyn Tymoshchuk
apenas pede que as obras continuem a surgir: “O que é importante é ter trabalho e nós temos andado sempre a procurá-lo. Temos uma equipa fixa, capaz, que trabalha inclusivamente aos sábados, para cumprir prazos e que assegura um trabalho de qualidade máxima, por isso a Coluna do Mundo tem tudo para ter sucesso”.
Rua José Afonso L.t 8 R/C Direito 8700-457 Olhão Tlm.: (+351) 968 432 172 Email: colunadomundo@gmail.com www,colunadomundo.pt
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DECISÕES E SOLUÇÕES LAGOA
QUANDO SE PROCURAM SOLUÇÕES À MEDIDA DO CLIENTE A Decisões e Soluções é uma empresa de consultoria imobiliária, que já conta com vários anos de história. O empreendedorismo é uma forte aposta, sendo que é prestado um serviço de aconselhamento personalizado e independente, a particulares e empresas. A Revista Business Portugal esteve com Rui Oliveira, proprietário das agências de Lagoa (na qual é diretor) e de Faro (diretora Patrícia Lopes) e que nos explicou que apresentam soluções a nível de compra, venda e arrendamento de imóveis, bem como ao nível do crédito bancário, seguros, obras, remodelação e construção de casas. Para que possam prestar um serviço de excelência aos seus clientes, têm ainda protocolos com as principais instituições bancárias, financeiras e seguradoras do país.
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origem do negócio A Decisões e Soluções foi criada em 2003. Neste momento, a empresa é a maior rede de consultoria imobiliária e de intermediação de crédito a atuar em Portugal. Com uma rede de cerca de 100 agências a nível nacional e mais de 300.000 clientes por todo o país, esta empresa pretende prestar um serviço exemplar aos seus clientes e preocupa-se com a responsabilidade social, tendo-se já associado a associações e promovendo ações de
Rui Oliveira, proprietário
voluntariado junto dos seus colaboradores e tendo sempre presente a necessidade de gerar
vários postos de trabalho. A título pessoal, Rui Oliveira confessou que desconhecia o modelo de negócio praticado pela empresa: “foi um projeto cujo modelo não conhecia. Quando percebi o conceito, baseado na ideia de criação do próprio emprego, decidi avançar. Eu vinha da Banca, onde tinha sido gerente duran-
DECISÕES E SOLUÇÕES LAGOA
te muitos anos e tinha uma boa base de clientes a quem podia melhorar as condições de crédito, através da entrada neste projeto, e foi com eles que comecei. Quando abrimos as portas já tínhamos clientes e referências. Entrámos no mercado muito bem”. No ano passado, mudaram de instalações e abriram a loja de Faro que, segundo o mesmo, “está a trabalhar bem”. A Decisões e Soluções é uma empresa que atua em várias áreas de negócio: “logicamente começamos com consultoria financeira, sendo a maior a nível nacional. Depois, temos a parte dos seguros e em 2012 foi criada a parte da imobiliária ”. A grande prioridade da empresa passa sempre por ajudar da melhor forma o cliente: “é para solucionar a vida do cliente que nós estamos cá”.
lente trabalho da Patrícia Lopes ao longo dos últimos sete anos) é dona de um palmarés invejável, que já conta com diversos prémios até à data: “felizmente, tem corrido bem. A marca também nos tem proporcionado essa oportunidade e é importante referir isso”. Este ano, a loja de Lagoa celebra 10 anos de atividade e Rui Oliveira faz um balanço positivo: “tem sido gratificante, temos sido uma loja de referência. Ao longo destes 10 anos de trabalho, temos 74 prémios, diretos da Decisões e Soluções, sem contar com os prémios atribuídos pelos nossos parceiros, nas áreas da Banca e dos seguros. Tem sido muito bom”. Em 2016 fizeram ‘o pleno’: “Recebemos os três prémios, nas principais áreas de atuação da empresa, nomeadamente Melhor Agência de Faturação, Melhor Agência Imobiliária e Melhor Agência de Consultoria Financeira, a nível nacional”.
“Analiso tudo primeiro. Fazemos a triagem e verificamos se há condições no processo, para depois poder encaminhá-lo para o crédito bancário. Se não houver condições, informamos logo o cliente”
O cliente como foco principal Rui Oliveira revela que tem uma maneira de trabalhar diferenciada: “analiso tudo primeiro. Fazemos a triagem e verificamos se há condições no processo, para depois poder encaminhá-lo para o crédito bancário. Se não houver condições, informamos logo o cliente”. Esta transparência e sinceridade com o cliente é uma mais-valia e, acrescenta, “a verdade é que graças a isso temos 93 por cento de taxa de aprovação junto da Banca”. Para Rui Oliveira, nesta área não vale tudo: “por exemplo, no que diz respeito à parte imobiliária, a instrução que temos dado aos nossos clientes é que após uma chamada não vamos a correr fazer visitas, temos que fazer a triagem financeira. Eu não posso mostrar um apartamento de 230 mil euros a quem só pode pagar 100 mil”. Confessa que nem sempre acertam nas triagens, mas, como o próprio indica: “só não comete erros quem não trabalha”.
As flutuações do mercado Este é um tipo de mercado que oscila e muda de
“Somos, no global, a terceira melhor agência de sempre da rede DS nos 15 anos de existência” É política da empresa, assegurar todo e o melhor acompanhamento na escolha e seleção do imóvel que o cliente procura, através de uma equipa de profissionais qualificados, para continuar a ser reconhecida e ser uma empresa em quem os clientes confiam. A equipa de Rui Oliveira, que foi pessoalmente reconhecido com o Prémio Carreira 2015 e ganhou o troféu de mérito e excelência, (salientando também o exce-
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JANSSEN PORTUGAL vender”. Numa altura em que se fala em grande especulação imobiliária em algumas regiões do país, Rui Oliveira afirma que “o que se verifica é que alguns preços praticados não correspondem à qualidade do imóvel. Em algumas regiões, o mercado terá de se reajustar”. Rui Oliveira defende a ideia de que “o cliente fica sempre melhor servido com a compra, mas há pessoas que preferem arrendar, ou porque não conseguem pagar ou por opção própria”.
O recurso ao crédito A Decisões e Soluções é, também, a maior rede de intermediação de
cenário várias vezes, razão pela qual é importante consultar sempre um profissional. Segundo Rui Oliveira: “atualmente, é uma boa altura para vender. No entanto, quem vai comprar precisa de ter maior atenção. Nós não angariamos imóveis fora de preço, porque não vai valer a pena e é melhor não ter um produto do que o ter e não o conseguir
“A minha experiência comprova que um cliente satisfeito trás dois, um insatisfeito leva sete. Queremos garantir que continuamos como até aqui – a ser recomendados pelos próprios clientes”
DIÁLOGOS REAIS - MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA UNIPESSOAL, LDA | Lic. AMI 9474 Rua Dr. Afonso Costa nº 27, A B 8400 - 317 Lagoa • Tlf.: 282356496
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crédito do país. Com uma experiência de 15 anos no mercado, conta com uma equipa de profissionais qualificados que prestam todo o tipo de operações de crédito bancário. Rui Oliveira alerta para o facto de, na sociedade portuguesa, estar novamente a aumentar o regresso ao crédito e explica que tal solução só deve ser utilizada quando as pessoas estão seguras da sua opção: “Ainda assim, para ajudar a combater soluções desmedidas, os bancos já criaram e reforçaram alguns mecanismos de controlo, que ajudam a compreender melhor a realidade financeira de cada um e a consciencializar o cliente para a decisão que está prestes a tomar”. O balanço do trabalho desenvolvido pela equipa de Rui Oliveira até aqui é positivo, sendo que este afirma que a agência de Lagoa foi um projeto ganho. No entanto, apesar do trabalho estar a correr pelo melhor, é necessário manter-se sempre o ritmo e não se deixar acomodar: “a minha experiência comprova que um cliente satisfeito trás dois, um insatisfeito leva sete. Queremos garantir que continuamos como até aqui – a ser recomendados pelos próprios clientes”.
JANSSEN PORTUGAL
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SMARTAVILLAS
ALOJAMENTO DE QUALIDADE A PREÇOS ACESSÍVEIS Rachel Robinson chegou a Portugal há 18 anos e há 10 fundou a Smartavillas, uma empresa de arrendamento de propriedades, que trabalha exclusivamente a área Este do Algarve. Da Fuzeta a Castro Marim, esta é a área em que se concentram as 143 propriedades, das mais variadas tipologias, que a Smartavillas trabalha, com o objetivo de satisfazer os clientes- proprietários e os clientes que arrendam os imóveis por curtos períodos, nas férias. Numa conversa agradável e descontraída, Rachel Robinson explicou como a empresa que criou há uma década é agora a maior do seu setor, na região.
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ntes de vir para o país, Rachel Robinson tirou um mestrado e foi diretora de Recursos Humanos numa cadeia a retalho: os supermercados Walmart, o que lhe permitiu adquirir conhecimento sobre as necessidades dos clientes e sobre as estratégias que são necessárias para
Rachel Robinson, administradora (ao centro) e equipa
sustentar um negócio. A decisão de vir para Portugal passou por estar junto dos pais, que já aqui se encontravam. Depois de chegar e passar alguns meses sem trabalho, começou a procurar oportunidades e é aí que começa por limpar e administrar casas para um amigo, alguma delas que são agora parte do seu portefólio de arrendamento. E assim começou a traçar-se a criação da sua própria empresa: “A maioria dos proprietários das casas eram ingleses e eu comecei a organizar os arrendamentos das casas daqueles proprietários. Na época, era só eu e outra pessoa. Depois, em 2009, consegui finalmente
SMARTAVILLAS
mais familiar, que procura descansar de forma tranquila, num local onde ainda é fácil chegar da serra ao mar. Não queremos investir no Oeste, porque o cliente procura mais diversão noturna, agitação, e tem padrões de qualidade diferentes”.
A Smartamoves – uma imobiliária O mais recente projeto de Rachel Robinson é a Smartamoves, criada em 2018, uma imobiliária que se dedica a vender propriedades de clientes que já trabalhavam com a Smartavillas
reunir tudo o que era necessário para abrir o meu próprio negócio. Foi aí que nasceu a Smartavillas. Sete anos depois alcançávamos a designação de ‘Unipessoal’”. A evolução fiscal representa por si só um crescimento da empresa. Atualmente responsável por 143 propriedades, a Smartavillas orgulha-se de ser uma empresa que se coloca no lugar dos clientes, aquando do arrendamento: “Só conseguimos arrendar aquilo em que acreditamos. A nossa filosofia passa por surpreender as pessoas, sempre positivamente. Prefiro que as fotos de apresentação não reflitam tudo o que a propriedade é, e quando chegam as pessoas têm uma surpresa boa. É importante que se perceba que, na sua maioria, os meus clientes que arrendam casas para férias, têm apenas 15 dias para descansar. É o seu ‘grande tempo de descanso’ anual e tem de ser perfeito”. Para garantir esse serviço de excelência, a Smartavillas assegura aos clientes que arrendam os imóveis serviços de transfers, de abastecimento de compras para a casa, de aluguer de carro e a garantia de check in e check out sem problemas: “Fazemos questão de garantir que a habitação que estamos a arrendar está em plenas condições de limpeza, de manutenção, tem ar condicionado, bom mobiliário e conforto para quem chega. Olhamos sempre para os imóveis como se fossemos nós que fossemos arrendar. Procuramos sempre superar as expectativas”. A maioria dos clientes da Smartavillas é portuguesa, e a prova de que o serviço é de qualidade é a taxa de clientes que regressam, ano após ano – 32 por cento. No que respeita aos clientes proprietários, a Smartavillas baseia o seu serviço numa confiança e proximidade muito grandes: “Alguém que deixa o seu imóvel à nossa responsabilidade tem de confiar em nós. Pelo nosso lado, asseguramos a manutenção, a limpeza da casa, o seu arrendamento e as expectativas do próprio dono da casa. É importante que ele entenda que faremos uma gestão justa de quem irá ocupar a sua casa nas férias e
também dos preços praticados”. As propriedades têm características e tipologias muito variadas – algumas têm piscina, outras ficam situadas perto da praia, e os clientes podem arrendar desde um T0 a uma moradia V9: “Os preços variam de acordo com as épocas do ano, mas posso dizer que temos valores entre os 50 e os 1000 euros por noite”. O maior desafio, na opinião de Rachel Robinson, é conseguir gerir as expectativas de quem é proprietário e quer arrendar e de quem vem de férias e quer desfrutar de um excelente ambiente familiar, a preços justos.
“Tavira tem alma” A Smartavillas só trabalha com propriedades situadas no Este algarvio, nomeadamente desde a Fuzeta até Altura: “Entre Tavira e Cabanas de Tavira temos cerca de 70 propriedades. Gostamos de trabalhar nesta região, porque o cliente é diferente. É um cliente
mas querem agora desfazer-se do imóvel, embora também aceite propriedades para venda direta: “Recebemos as propriedades e o nosso propósito é vendê-las, para ir de encontro ao objetivo dos proprietários, mas também temos o objetivo de, após a venda, manter a propriedade connosco e convencer o novo proprietário a arrendar”. Fazendo um balanço dos 10 anos de atividade da Smartavillas, e dos seus 18 anos em Portugal, Rachel Robinson considera que o país e, em partilhar a região algarvia, continua a ser uma excelente opção para passar férias, devido à segurança, à simpatia e bem receber portugueses e à tranquilidade e charme que a região apresenta.
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COMFEIPAS
DUAS DÉCADAS DE SUCESSO A Comfeipas iniciou atividade em 1999, com o propósito de servir as indústrias da panificação, confeitaria e pastelaria por todo o Algarve e na região do Baixo Alentejo.
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á 20 anos, quando Maximino e o irmão José Manuel Marques iniciaram a empresa, o objetivo era dar a conhecer à indústria da panificação, confeitaria e padaria as soluções existentes no mercado – nacional e internacional – que se adequavam melhor à sua realidade. Pela mão dos dois irmãos, a empresa cresceu e hoje representa várias marcas, nacionais e internacionais, de acessórios para confeitaria e pastelaria, bem como de matérias-primas, consumíveis e decoração. Inicialmente, o projeto revelou-se desafiante, mas com o esforço diário e a dedicação de uma equipa focada no cliente e na satisfação das suas necessidades, procurando sempre o produto e relação qualidade-preço que melhor se ajustavam a cada empresa, a Comfeipas cresceu e solidificou o seu negócio.
Equipa
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Soluções e produtos à medida de cada empresa São centenas de referências de produtos, nas mais variadas áreas, que satisfazem o mais exigente dos clientes. O desafio, quando se navega pela loja online desta empresa algarvia, é escolher a melhor solução.
COMFEIPAS
No que respeita a matérias-primas, o cliente pode encontrar aromas, leveduras, açúcares, chocolates, recheios, farinhas, preparados e semi-preparados para pastelaria e padaria, leveduras, frutas confitadas, geleias, gorduras, massas, molhos e
No que respeita a matériasprimas, o cliente pode encontrar aromas, leveduras, açúcares, chocolates, recheios, farinhas, preparados e semipreparados para pastelaria e padaria, leveduras, frutas confitadas, geleias, gorduras, massas, molhos e mesmo preparados para a indústria alimentar mesmo preparados para a indústria alimentar. Os frutos secos e as sementes são dos produtos que, atualmente, mais se utilizam na pastelaria e cozinha, seja para preparar refeições ligeiras e pouco calóricas, como para utilizar num prato gourmet e de fine dinning. A Comfeipas consegue satisfazer, também nesse requisito, as necessidades de quem a procura. Amêndoa, amendoim, avelã, caju, castanhas, favas, milho e outros frutos secos estão disponíveis para compra, sob as mais variadas formas (inteiros, moídos ou em pedaços). No setor das bebidas, chocolate quente, chás e batidos de frutas são a grande aposta como um complemento valioso na área da pastelaria e restauração, ambos em franco crescimento. A aposta em marcas de confiança, com grande respeito granjeado, para garantir aos clientes a melhor qualidade, ao melhor preço. O mesmo acontece no mercado da geladaria. Com a aposta cada vez maior em casas especializadas nesta sobremesa gelada, a empresa também disponibiliza toppings, complementos e bases para gelado de uma marca bastante conhecida neste mercado.
Acessórios e decoração – os complementos indispensáveis Apesar de todos os produtos para a panificação, confeitaria e padaria serem importantes, a decoração e os acessórios de trabalho são, cada vez mais, fundamentais. O “cake design” muito em voga e todos os produtos necessários à confeção de um bolo que é também uma obra de arte estão acessíveis. Pasta de açúcar, flores de açúcar, obreia, moldes, cortadores, formas e mesmo pratos de papel ou alumínio, tudo isto está disponível através de uma ida direta ao armazém, na loja online ou do contacto direto com um comercial da empresa.
Os clientes e fornecedores – os responsáveis pelo sucesso da nossa empresa Os clientes são, para a Comfeipas, a sua razão de existir. Com uma relação de proximidade e a garantia de satisfação a empresa tem por base valores sólidos de confiança, eficiência e qualidade. Fruto desta dedicação contínua, os clientes acompanham a empresa no seu crescimento, evoluindo em conjunto. Só com bons parceiros de negócio e de confiança é que se consegue, obter bons resultados e, desde sempre, a estratégia passou por ter consigo as empresas mais credíveis, em cada uma das áreas em que atua, objetivo esse que considera alcançado. A trabalhar com grandes marcas nacionais e internacionais, garante qualidade a um preço competitivo. Com 20 anos de mercado conquistado em toda a região algarvia, agora também no mercado global através da venda online, a Comfeipas é o exemplo de uma empresa regional, que cresce com uma marca da qualidade associada a um trabalho árduo, contínuo e de respeito pelos clientes e fornecedores. Confirme por si: www.comfeipas.pt
Zona Industrial de Olhão, 3ª Fase - Lote 6 8700-281 Olhão Tel.: 289701262 (Loja) Telm.: 968 705 166 (Loja) Telm.: 966 364 724 Email: geral@comfeipas.pt www.comfeipas.pt
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SIMPLEMOVE
FAZER DA SIMPLICIDADE UM NEGÓCIO Susana Rebelo e Miguel Jorge são um casal de engenheiros que se apaixonou por Sagres, há 15 anos e não resistiu a mudarse para esta vila algarvia. Com uma necessidade de mudar de vida, reinventaram-se e criaram a SimpleMove, uma empresa de gestão de obras, arrendamento turístico e construção de portable homes, para os mais variados fins. Numa conversa com os administradores, ficámos a conhecer a identidade da empresa, o seu mercado e os projetos que desenvolvem.
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palavra que melhor define Susana Rebelo e o marido, Miguel Jorge, é ‘descomplicar’. O casal de engenheiros assume-se como empreendedor, capaz de reconhecer uma boa oportunidade de negócio, dinâmico e disruptivo. A decisão de saírem de Lisboa, numa altura em que já eram pais, e de se mudarem para Sagres é a prova desse arrojo: “Queríamos cortar laços com a grande cidade, algo que acredito que acontece com muita gente que tem uma vida agitada, mas também sabíamos que não o podíamos fazer de repente, sobretudo porque seria preciso reunir condições financeiras para tal e teríamos de saber para onde ir e que condições de saúde, educação e trabalho iríamos encontrar”. Sagres surgiu por acaso, depois de uma windsurf trip de
Miguel Jorge: “Percebi a potencialidade e beleza natural desta terra. Sagres era lindíssima e lembro-me de chegar a casa e dizer que tinha encontrado um local muito bonito, onde não me importava nada de viver”. Dois anos depois, essa vontade concretizou-se. O casal conseguiu reunir as condições financeiras necessárias para a mudança e, já com dois filhos, rumou a Sagres. Aí, compraram um terreno e construíram a sua casa: “Foi a partir desta altura que percebemos que em Sagres ainda estava tudo por fazer, o que só podia ser bom, porque as oportunidades existiam, nós só teríamos de saber ler o mercado e investir naquilo que mais fizesse falta. Detetámos uma enorme necessidade no setor da habitação para alojamento local e foi por aí que começámos”. Inicialmente o casal arrendava a própria casa, para períodos de férias. Isso levou ao passo seguinte: “Construímos uma outra casa, para onde fomos viver, e optámos por arrendar a primeira. Todavia, isso fez-nos ver que as casas e quartos para arrendar em Sagres eram claramente inferiores ao nível da procura existente, pelo que evoluímos para o serviço de gestão e supervisão de obra”.
Um serviço chave na mão
Susana Rebelo e Miguel Jorge, engenheiros
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Os clientes da SimpleMove são maioritariamente estrangeiros que pretendem investir na região. Susana Rebelo e Miguel Jorge assumem-se como gestores do processo total – desde encontrar um terreno, licenciar a obra, supervisionar a construção do imóvel, garantindo que o projeto é cumprido como estipulado e, eventualmente, assumir posteriormente a gestão, manutenção e arrendamento da propriedade: “Existem aqueles clientes que apenas querem ter uma casa de férias e optam por assumirem eles mesmos o arrendamento, para rentabilizar o facto de não usarem o imóvel mais do que 15 dias por ano, e existem aqueles que querem continuar a trabalhar
SIMPLEMOVE
“Temos um outro projeto, semelhante, que está em fase de licenciamento, mas aguardamos quem queira investir numa habitação para posterior arrendamento”
connosco, na medida em que não têm de se preocupar com nada. A gestão do arrendamento passa por nós, sendo que ainda conseguimos garantir uma rentabilidade entre os cinco e os dez por cento”. Nestes últimos anos a SimpleMove esteve envolvida na conceção e construção de várias casas unifamiliares em Sagres com jardim e piscina privada e sempre carinhosamente batizadas com um nome como sendo a Villa Martinhal, Villa Blanca, Villa Palmeira, Villa Cercado, Villa Sagres, Villa Lesita, Villa Medronho, etc. Neste momento, Susana Rebelo gere o Alojamento Local de algumas dessas propriedades.
Projetos em curso “Sagres ainda é uma terra de oportunidades e tem muito para crescer”, adianta Miguel Jorge. “Sendo o core business a gestão e supervisão de obra, e reconhecendo uma grande falta de oferta no mercado do alojamento local, é nesta área – construção e arrendamento – que continuaremos a enveredar os maiores esforços”. Neste momento, a SimpleMove tem 12 casas térreas, com capacidade para quatro pessoas cada, com jardim e piscina privadas, em construção. Já estão vendidas e, inclusivamente, já existem reservas para férias de verão 2019: “Temos um outro projeto, semelhante, que está em fase de licenciamento, mas aguardamos quem queira investir numa habitação para posterior arrendamento”.
Portable homes – a solução perfeita para vários fins Este é um projeto complementar à construção e supervisão de obras e surgiu de uma forma transversal. Miguel Jorge tinha um contentor marítimo no seu quintal, que aproveitou para transformar em casa, tendo cuidado nos acabamentos exteriores e interiores e nas comodidades garantidas: “Esta é uma ideia com mais de 70 anos, excelente para adaptar ao alojamento local, nos parques de campismo, ou para qualquer outra atividade. A SimpleMove já construiu três casas portáteis e construiu também outras quatro destas estruturas preparadas para funcionar como estúdio de música, como loja de surf, como Surf Center e como Bike Center de um hotel de 4 estrelas”. A SimpleMove é uma empresa simples, descomplicada, mas sempre pautada pelos valores da qualidade e da excelência. Inspirada em Sagres e na vida que se leva naquela vila, esta empresa é a imagem dos seus proprietários – pró-ativa, dinâmica, moderna e com muitos projetos por concretizar.
Tlm.: (+351) 967 235 838 Email: info@simplemove.pt www.simplemove.pt
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ALGARPALCOS
“EVENTOS A SUL”
Ponte em estrutura metálica, Triatlo de Quarteira
Palco 15m x 12m para concertos de Passagem de Ano em Albufeira
Fundada há 19 anos, a Algarpalcos é hoje uma das maiores empresas na área de montagem e produção de estruturas para eventos musicais e desportivos no Algarve, e não só. Inicialmente pensada apenas para dar resposta às necessidades técnicas dos artistas que um dos fundadores já agenciava, o seu exponencial crescimento deveu-se à evolução do setor, mas sobretudo à excelência e qualidade do seu trabalho.
À
conversa com Carla Rodrigues, administradora da Algarpalcos e da ALG Eventos, a Revista Business Portugal foi descobrir mais uma história de sucesso empresarial. Inseridas nas áreas de montagem de estruturas para eventos e produção dos mesmos, estas duas empresas têm dado cartas a sul e um pouco por todo o país. “A Algarpalcos nasceu há 19 anos, por uma necessidade inerente ao trabalho que o meu irmão começou a desenvolver na altura, como manager de alguns artistas. O grupo ‘Moçoilas’ era — e ainda é — um desses artistas e, de forma a colmatar as fracas infraestruturas que existiam na época, começámos a investir no nosso próprio material. Na altura, eu estava a estudar em Lisboa, onde acabei por ficar a trabalhar durante algum tempo. O facto é que o negócio começou a crescer e, rapidamente, percebi que o meu irmão precisava de ajuda. Deixei de lado a minha profissão e voltei para o
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Algarve, pois verifiquei que fazia falta uma empresa especializada em montagem de grandes estruturas para a realização de eventos”.
Com capacidade para realizar, em simultâneo, vários eventos de grande dimensão, a Algarpalcos é praticamente autossuficiente em estruturas, recorrendo apenas a alguns parceiros na área dos audiovisuais
Do agenciamento de artistas à produção e montagem de eventos
“O próprio mercado forçou-nos a crescer”, explica Carla Rodrigues. “Éramos frequentemente contatados por promotores de eventos, que queriam alugar as estruturas que tínhamos disponíveis, bem como as entidades públicas, que também começaram a recorrer aos nossos serviços”. Hoje, a Algarpalcos é responsável pela montagem de grandes estruturas, como palcos de festivais, bancadas, estrados, pontes e pórticos de eventos desportivos, tendas para feiras internacionais, eventos particulares ou, mesmo, pequenas conferências, montagem de stands e de estruturas auxiliares como torres de PA ou TV. Dentro do seu portefólio contam-se eventos tão conceituados como o Festival
ALGARPALCOS
MED, o Festival F, a prova nacional de triatlo de Quarteira, o mega evento de fitness Tribal Clash, o campeonato do mundo de F1 Motonáutica, o Campeonato da Europa de Equipas de Corta-Mato e, mais recentemente, a última edição da prova de desportos náuticos, em Lagos, WaterKings. Dentro dos eventos, para além das estruturas, o grupo conta com o know-now da empresa ALG Eventos na produção chave na mão de alguns eventos como o Festival Al-Buhera em AlMontagem de bancadas no torneio de ténis Grand Champions, Vale do Lobo
bufeira, a passagem de ano, também, deste concelho, a produção dos espetáculos do palco principal da noite branca em Loulé e, em setembro passado, por exemplo, a produção do XXXI Campeonato de Pesca Submarina em Sagres. O crescimento da Algarpalcos obrigou à separação das áreas de trabalho, nascendo assim o grupo ALG Eventos, que ficou responsável pela produção de eventos e pelo agenciamento de artistas. “Hoje em dia, temos capacidade para organizar um evento ‘chave na mão’. Os promotores de eventos podem apresentar-nos uma ideia, que depois desenvolveremos ou, podem já ter uma conceção completa do evento que querem realizar e apenas colocamos em prática a logística necessária para o fazer acontecer. Podem recorrer a nós para a
Palco Principal do Festival MED, Loulé
Iluminação exterior da Capela da Nossa Senhora da Orada para concerto de Marco Rodrigues, Albufeira
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ALGARPALCOS
Transformação de praça de touros em recinto para jantar e festa privada, Sevilha
Decoração e set-up de jantar de gala durante o Campeonato Internacional de Pesca Submarina, Sagres
Portugal organiza eventos com muita qualidade
Produção de zona lounge para festa privada
Montagem de tenda, decoração interior e audiovisuais, no Ombria Resort, Loulé
escolha e contratação do artista, para a organização do evento e para a montagem das estruturas”. Com capacidade para realizar, em simultâneo, vários eventos de grande dimensão, a Algarpalcos é praticamente autossuficiente em estruturas, recorrendo apenas a alguns parceiros na área dos audiovisuais. O grande desafio, na opinião de Carla Rodrigues, é a mão-de-obra: “Não existe, na área da montagem de estruturas, um curso ou uma formação oficial, por isso, quem vem
trabalhar connosco não tem, normalmente, conhecimentos técnicos específicos, a não ser que já tenha trabalho numa empresa semelhante. O que fazemos é explicar, a quem vem trabalhar connosco, qual a filosofia da empresa, mostrar como se monta uma estrutura e depois colocá-lo a trabalhar com uma equipa já experiente.” Para cada evento, a Algarpalcos destaca um responsável pelas estruturas e sua montagem, da mesma forma que a ALG Eventos faz para a produção. “No final de cada montagem, o nosso responsável faz uma vistoria final, acompanhado do cliente, de forma a verificarmos em conjunto se está tudo conforme pedido. Ficamos sempre felizes quando o nosso trabalho é elogiado, claro. Existem contratempos, como em todas as áreas, mas a prova da qualidade do nosso trabalho é os clientes voltarem no ano seguinte.”
Loteamento Industrial de Loulé • Área B - Lote 33 8100-272 Loulé • Tel: 289 090 554 algarpalcos@algarpalcos.com • www.algarpalcos.com
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Carla Rodrigues reconhece que a qualidade dos espetáculos organizados em Portugal é muito boa mas também refere que esse talento não é ainda reconhecido além-fronteiras: “A qualidade da mão-de-obra portuguesa, especialmente esta mais técnica, é pouco reconhecida no estrangeiro, sobretudo no que respeita a estas duas áreas em que trabalhamos – os espetáculos e os eventos desportivos. Quando, por exemplo, uma equipa desportiva vem para o Algarve estagiar, treinar ou para uma prova oficial e vê o nosso método de trabalhar, volta sempre, mas o facto é que precisam de vir para ficarem a conhecer o que se faz por cá. No que respeita aos eventos musicais, os técnicos portugueses são muito bons, têm uma qualidade incrível e o que é contratado tecnicamente para os artistas, em termos de audiovisuais, é o que de facto apresentamos.” Em conclusão de conversa, e para quem ainda tinha algumas dúvidas, no Algarve, para além do sol e lugares fantásticos à realização de eventos, terá também boas empresas à sua disposição para realização e produção dos mesmos. A Algarpalcos e a ALG Eventos são dois bons exemplos que comprovam esta afirmação.
RESTAURANTE MAR SALGADO
A FUTURA REFERÊNCIA GASTRONÓMICA DE MONTE GORDO
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eresa Calvinho recebe-nos nervosa, mas quando começa a falar do seu projeto, os olhos enchem-se de alegria e brilho. O restaurante Mar Salgado é recente – completa um ano dia 27 de junho – mas a experiência em restauração e, em particular, naquele local da praia, vem desde muito jovem: “Existia aqui um restaurante chamado Contreiras, que era um sucesso quando eu era pequena. O dono da concessão – que tinha arrendado o restaurante – conhecia a minha família e foi-nos dando trabalho, sempre que podia. Éramos sete irmãos e eu fui trabalhar para ele com nove anos. O meu irmão Paulo era pouco mais velho que eu e também foi – ele foi para a praia e eu fiquei a trabalhar nos balneários. A minha função era receber o dinheiro da utilização dos chuveiros e dos produtos de banho”. Dos 12 aos 19 anos foi trabalhar num minibar, criado especificamente para Teresa Calvinho – inicialmente só vendia água e gelados, mas com o sucesso do projeto, Teresa acabou a vender sumos, imperial, hambúrgueres e tostas a quem vinha da praia: “Faziam fila para comer um snack no minibar do Contreiras. Aos 19 anos terminei os estudos e fui trabalhar para a área dos Recursos Humanos de uma cadeia de hotéis e acabei por não poder voltar a trabalhar a tempo inteiro ali. A restauração terminou, para mim, em 1992 ou, pelo menos, aquela primeira fase”. Em 2009, Teresa havia de regressar à restauração, por intermédio do seu irmão, Paulo Calvinho: “O Paulo veio ter comigo porque o filho do fundador do restaurante Contreiras lhe tinha feito uma proposta de arrendamento do espaço. O Paulo queria avançar com o projeto, mas como sempre tinha ficado na parte da concessão da praia – insufláveis, cadeiras, desportos náuticos – sabia que eu estaria mais à vontade para cuidar do restaurante. Eu aceitei o desafio”.
Do Contreiras ao Mar Salgado Quando assumiu o projeto, Teresa Calvinho encontrou um restaurante cuja qualidade e fama se tinham perdido no tempo: “O Contreiras estava descaracterizado. As pessoas já não olhavam para aquele espaço com o respeito que ele tinha granjeado, ao longo
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RESTAURANTE MAR SALGADO
Um espaço cultural dos anos. Assim, o primeiro grande desafio era limpar a imagem do restaurante”. Para isso, Teresa apostou na renovação do espaço e na qualidade da matéria-prima: “Começámos imediatamente a apostar na qualidade dos ingredientes que comprávamos. A comida tinha de voltar a ser o ponto alto daquele restaurante, mas o próprio espaço estava a precisar de obras e de uma requalificação. Eu fui fazendo o que podia, nomeadamente comprando cortinados coloridos, substituindo as mesas de plástico por outras de outro estilo e até os próprios empregados de mesa viram o seu uniforme clássico – calça preta e camisa branca – ser substituído por uns corsários e polos, para passarem uma imagem mais descontraída e condizente com a localização do espaço”. Não foi fácil, mas Teresa e Paulo Calvinho conseguiram colocar novamente o restaurante a funcionar. Em 2016, surgiu a oportunidade de adquirir o espaço da concessão e assim fizeram. Foi também a partir daí que se impôs a remodelação do espaço: “Tivemos de fazer
Paulo e Teresa Calvinho, proprietários
Pedro Amorim, chef
um investimento grande, mas era absolutamente fundamental que o fizéssemos. O restaurante precisava e eu aproveitei esse momento para fazer um espaço exatamente à minha imagem”. De facto, o Mar Salgado é diferente de todos os restaurantes de praia. Com duas salas claramente distintas, ainda que possa tornar-se um espaço único, este restaurante dispõe de uma esplanada, com cadeiras confortáveis, de braços e assentos largos, para quem está sentado poder desfrutar ao máximo da vista de praia, sem sentir pressa em ir embora. Mesas de madeira e pequenos apontamentos de cor, como velas e flores, enfeitam as mesas e animam o espaço, marcado pelos símbolos da história da região, nomeadamente fotografias de outras épocas, que documentam alguns momentos, espaços ou tradições icónicas de Vila Real santo António e Monte Gordo. A sala interior tem uma decoração totalmente diferente. Em tons de bege e verde, o espaço faz lembrar elementos naturais, transmitindo leveza e bem-estar a quem entra. Com muita luz e com a madeira a ser novamente o material de eleição para as mesas e cadeiras, esta sala é confortável e acolhedora: “Procurei trazer para esta sala o meu conceito. No fundo, queria que tudo combinasse com tudo. Mais uma vez, uma das preocupações fundamentais foi o conforto das cadeiras”.
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O restaurante Mar Salgado pretende ser mais do que um simples restaurante. Teresa Calvinho assume que quer tornar este local uma referência em Monte Gordo, mas isso não se cinge à comida: “Dou muito valor à cultura e, quando abri o restaurante, fi-lo com
a certeza de que tudo teria o seu lugar. O próprio nome – Mar Salgado – foi escolhido porque queríamos ter uma referência ao mar, mas também a algo português e surgiu o poema de Fernando Pessoa, cujo título é Mar Salgado. Inclui o poema na nossa esplanada, bem como em todas as ementas, mesmo aquelas que são para estrangeiros, onde o poema se encontra traduzido”. A juntar a isso, o restaurante recebe regularmente bandas e artistas da região e do país: “Queremos ser um local onde os artistas queiram vir. Neste momento, já começamos a ter quem venha de longe para cantar aqui. Funcionamos como casa de apresentação de novos artistas e já começam a reconhecer-nos esse mérito”. Os produtos portugueses estão também em destaque. Teresa Calvinho valoriza tudo o que é nacional e de qualidade: “No caso dos vinhos, temos apenas vinho português, das diversas regiões do país, incluindo o Algarve. As caipirinhas e mojitos são feitos com rum da Madeira, em vez da tradicional cachaça e tenho licores produzidos no Norte do país, com versos de Luís de Camões e Fernando Pessoa nos rótulos. Gosto de valorizar o que é português e, sobretudo, de dar a conhecer o que temos de bom. Faço questão de mostrar e explicar isto aos nossos clientes estrangeiros e mesmo aos portugueses que nos visitam”.
RESTAURANTE MAR SALGADO
A comida é uma arte A comida é soberba. Cada prato é preparado ao momento com muito amor e carinho pela equipa chefiada por Pedro Amorim, um chef brasileiro, uma aposta ganha, que chegou a Portugal recentemente e descobriu no Mar Salgado um projeto com que se identificou inteiramente: “Todos os produtos são o mais tradicionais possível e só vem de fora aquilo que não conseguimos encontrar aqui. Só depois do verão é que conseguimos analisar a ementa e preocupar-nos em adaptá-la. Durante a época alta as minhas preocupações foram organizar o pessoal na cozinha e ser eficaz no serviço ao cliente”. Depois da renovação da carta, esta apresenta dois pratos de carne – Black Angus e Angus, ambas carnes caracterizadas pela sua maciez e gordura saudável, servidas acompanhadas de migas e batata-doce frita, um mexilhão com molho especial e feijoada à brasileira, com verdadeira carne seca, que o próprio chef prepara: “Este é um prato de fim de semana, mas é fundamental para se destacar na carta. Por outro lado, temos o bife à Mar Salgado, picanha, o Mar à Mesa, a cataplana de marisco, entre outros. No que respeita a sobremesas, os doces tradicionais também se destacam e a sobremesa mais desejada é um mini pão-de-ló com uma bola de gelado caseiro nacional. Com um terraço fantástico, uma vista desafogada sobre a praia e excelentes cocktails, o Mar Salgado é um restaurante e beach bar com muito charme. Sem se identificar com a ideia de requinte,
Teresa Calvinho quer que o seu restaurante seja conhecido pela elegância, pela comida deliciosa com apresentação com arte e pelo bem-receber da sua equipa. A uma só voz, no Mar Salgado todos trabalham para o bem-estar do cliente, muito em breve, este espaço vai ser conhecido como a referência gastronómica de Monte Gordo. Passe por lá!
Praia de Monte Gordo - Monte Gordo Tlf.: 281 404 407 marsalgadolda@gmail.com MarSalgadoBeachBar
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DESTAQUES 107 ENA Junte a sua à nossa energia! 110 AMORLUX Segredo: paixão, dedicação e vontade de crescer 112 LALLEMAND “Diversidade, inovação e diferenciação” 114 INTERMARCHÉ MOITA Há cinco anos ao lado dos clientes 116 EMIÁTOMO Líderes no comissionamento industrial 118 GABINETE DE ARQUITETURA CARLOS ALBERTO GOMES Há 27 anos a marcar pela diferença 119 ANDAIMERENT A solução ideal na hora de escolher um andaime 122 UNIÃO DE FREGUESIAS DE SETÚBAL Ser setubalense: um estado de alma 124 JUNTA DE FREGUESIA DE CORROIOS Corroios: uma vila com potencial de cidade 126 ARQUIQUAL 127 RESTAURANTE “O CASTIGO” Cozinha de qualidade e proximidade
SETÚBAL O (en)canto mais azul de Portugal Setúbal: terra que nasceu do rio e do mar, onde o azul do céu toca o azul da água. Dono de uma das sete maravilhas naturais de Portugal, é região de bom peixe, moscatel e paisagens de cortar a respiração. Deve a sua beleza ao cruzamento entre o Oceano Atlântico, o Rio Sado e as montanhas, que rodeiam a cidade. Setúbal é natureza: terra por onde passam inúmeros golfinhos e que sempre esteve ligada à atividade marinha. Terra da Serra da Arrábida, de Tróia, que viu nascer para o Mundo Bocage, José Mourinho e Luísa Todi. Desde sempre viveu da pesca e da agricultura, mas está cada vez mais ligado ao turismo. Atualmente, estão presentes na região cerca de 80 operadoras turísticas, que tudo fazem para promover o local da melhor forma e proporcionar experiências únicas, aproveitando o potencial e as suas características muito próprias. Não falta o que fazer: pode visitar o centro histórico, praticar desportos aquáticos, passear por jardins, fazer uma caminhada pelas serras, turismo balnear, tours de vinhos… Quem visita Setúbal tem tudo para viver em pleno a localidade. Portugal foi considerado o melhor destino europeu e para tal feito muito contribuiu este distrito, situado no Litoral-Sul do nosso país: praia, gastronomia, vinho, cultura, património… Setúbal é um mundo de diversidade, de escolha, de alternativas. A região oferece experiências fantásticas, únicas e maravilhosas a quem os visita e a quem por lá fica.
Arrábid`IN! é um Hostel que se encontra ao seu dispor situado em pleno centro histórico da cidade de Setúbal, no bairro da Fonte Nova. Situa-se a 50 metros dos restaurantes típicos, 200 metros dos bares e divertimentos nocturnos. Localiza-se a 5 minutos a pé do cais de embarque para a península de Tróia, autocarros e comboios. Dispomos de 5 quartos, 1 individual com varanda, 1 duplo e 3 mistos com beliches. É composto por sala comum e cozinha partilhadas, um espaço exterior de lazer e serviço de aluguer de bicicletas. Em frente ao hostel existe a nossa casa de petiscos onde servimos pequenos-almoços, almoços e jantares, onde se destaca o nosso saboroso choco frito. Rua José Adelino dos Santos 2B - Setúbal • 913 816 875 arrabidinhostel@gmail.com • arrabidinhostel
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ENA
JUNTE A SUA À NOSSA ENERGIA! (ENA) é uma associação sem fins lucrativos, criada em 2006, que desenvolve atividades nas áreas do ambiente e da energia e que visa o desenvolvimento sustentável da comunidade onde se insere, atuando enquanto promotora da alteração de comportamentos e hábitos de utilização dos recursos e envolvendo os diversos agentes locais de modo a criar uma cultura energética e ambiental verdadeiramente eficiente. Sérgio Marcelino, presidente desta agência, e Cristina Daniel, administradora delegada, foram os porta-vozes da ENA para esta nossa edição.
S
ediada na Península de Setúbal, a área de intervenção da ENA abrange os municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra. Esta agência tem desenvolvido e participado em projetos com repercussões nas áreas energética, ambiental, económica, sociodemográfica e territorial, numa região, a Arrábida, que reúne atividade industrial e tecnologia de ponta, florestas, agricultura e artesanato, infraestruturas turísticas e áreas naturais. Através de atividades técnicas, projetos de investigação e cooperação, campanhas de sensibilização, informação e formação, a ENA disponibiliza conhecimento e assessoria aos municípios, freguesias, entidades públicas e privadas, associações, indústria, centros tecnológicos, universidades, população escolar e cidadãos. A ENA participa ativamente na RNAE – Rede Nacional de Agências de Energia fazendo parte da direção como vogal, e é
membro associado da Energy Cities, participando na elaboração e discussão de políticas e estratégias internacionais e nacionais nos temas do ambiente e da energia, bem como projetos específicos de cooperação. Desde 2006, a ENA trabalha em vários projetos europeus, nacionais e locais, estabelecendo parcerias e desenvolvendo atividades específicas que permitem adquirir conhecimentos e experiência para o desenvolvimento e aplicação dos projetos.
As atividades da ENA distribuem-se pelas seguintes linhas de ação: 1 - Eficiência Energética; 2 - Fontes de Energia Endógenas e Renováveis; 3 - Mitigação e adaptação às alterações climáticas; 4 - Mobilidade, acessibilidade e transportes sustentáveis; 5 - Ambiente, energia e clima nos projetos municipais e planeamento urbano; 6 - Sensibilização, educação, informação e comunicação; 7 - Criação de parcerias e participação em redes nacionais e internacionais; 8 – Desenvolvimento de projetos e novas formas de financiamento.
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ENA
Quais as principais dificuldades com que a ENA se depara no exercício da sua atividade? Sérgio Marcelino: As dificuldades são facilmente identificáveis. Primeiro, as agências de energia não estiveram sempre presentes na nossa vida. A nossa foi criada em 2006 e quando aparece a ENA a debitar informações e a propor aos municípios várias mudanças, é natural que se criem algumas barreiras. A verdade é que os municípios têm uma dinâmica muito própria já enraizada e quando se apresenta alguma mudança essa é encarada com alguma resistência. Eu recordo-me que, quando tomei posse em 2009, havia técnicos na Câmara Municipal que questionavam o que era a ENA, no entanto, hoje em dia, tendo em conta o trabalho que foi feito e temos vindo a fazer, já somos totalmente aceites e reconhecidos.
Momento de viragem na Arrábida Os municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra encontram-se perante uma enorme mudança de mentalidades e utilização dos recursos da região. Neste sentido, a ENA, com o objetivo de consciencializar a comunidade, está neste momento a desenvolver e promover, entre outros, três projetos financiados pelo programa de Cooperação Territorial Interreg Med.
Como avalia a importância do Projeto COMPOSE? Cristina Daniel: O COMPOSE teve início em novembro de 2016 e terminará em outubro deste ano, por isso já está em fase de recolha dos resultados dos projetos-piloto. Este projeto é muito interessante e nós temos tido demonstração de interesse de outros projetos internacionais relativamente ao que estamos a fazer aqui, nomeadamente no caso da Biovilla, que consiste num espaço de experimentação e inovação nas temáticas da sustentabilidade, sediado em Vale de Barris, no concelho de Palmela. Aqui foram instalados diversos equipamentos com base em fontes renováveis de energia. Foram instaladas bombas solares para irrigação de pomar e hortas, um grelhador e um forno solares e um desidratador solar de grandes dimensões que serve para secar e desidratar os produtos resultantes da exploração agrícola da Biovilla. Este desidratador, aliás, está a servir para acelerar o processo natural de conservação de sementes de espécies florestais autóctones e a sua utilização para a reflorestação, a nível nacional, em áreas afetadas pelos fogos. O outro projeto piloto do COMPOSE está localizado em Sesimbra Natura Park, que abrange uma área de 867 hectares de usufruto turístico da natureza, consistindo na instalação de 44 módulos fotovoltaicos para produção de energia
para autoconsumo. Este projeto COMPOSE pretende o aumento da eficiência energética e das energias renováveis para o desenvolvimento local das comunidades rurais, servindo de inspiração e acabando por ser transversal em muitas áreas.
O Compose é um projeto de três anos cujo principal objetivo é aumentar o contributo das fontes de energia renováveis locais nas estratégias e planos energéticos de comunidades rurais em 11 regiões do Mediterrâneo. Através da troca de conhecimentos, experiências e abordagens inovadoras para aumentar a consciencialização sobre a importância da eficiência energética, as entidades participantes neste projeto têm implementado 15 ações-piloto, demonstrando o potencial de medidas de eficiência energética e de introdução de fontes de energia renováveis nas comunidades locais, contribuindo não só para economias de energia, mas também demonstrando as oportunidades de desenvolvimento e replicação das medidas em outras regiões.
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E o que nos traz o Projeto ESMARTCITY? Cristina Daniel: Este projeto, de 30 meses, teve o seu início em 2018 e está centrado nas questões das cidades inteligentes. Contando com 16 parceiros de 10 países da região mediterrânica, o ESMARTCITY considera o desenvolvimento de projetos piloto, prevendo-se, no caso da ENA, a aquisição e instalação de sistemas de monitorização de consumos de energia elétrica. Estes equipamentos vão ser instalados em 24 edifícios municipais dos três concelhos (Palmela, Setúbal e Sesimbra), cuja informação vai ser transmitida em tempo real. Toda esta informação, por um lado, vai capacitar os municípios de ferramentas para planearem e melhorarem os consumos desses edifícios, porque sabem aquilo que consomem, onde consomem e, portanto, vão ter maior poder de decisão. Por outro lado, vai ajudar os municípios, enquanto educadores junto dos cidadãos e outras entidades, a divulgar boas práticas, incentivando entidades e cidadãos a alterar os seus comportamentos.
ENA
Mas ainda nos falta falar de um outro projeto… Cristina Daniel: O Projeto EnerNetMob, com duração de 48 meses, foi também iniciado em 2018, contando com um consórcio de 15 parceiros de 11 países da região mediterrânica e pretende criar redes de cooperação inter-regionais para a promoção de sistemas de transporte sustentável e da intermodalidade de baixo carbono. Trata-se de um projeto muito centrado na mobilidade elétrica. No caso da ENA, será desenvolvido um Plano de Mobilidade Elétrica que vai abranger a região da Arrábida, o que significa trabalhar os municípios de Palmela, Setúbal e Sesimbra como um todo, uma vez que o seu elemento comum é a Serra da Arrábida, não descurando, contudo, as características, problemas e expetativas de cada, um no que diz respeito à mobilidade. O EnerNetMob também visa desenvolver projetos-piloto, dirigidos aos setores público e privado, para partilha de soluções ao nível da mobilidade elétrica (como “e-car sharing”, “e-car pooling”,”e-bike”)
A ENA, com o objetivo de consciencializar a comunidade, está neste momento a desenvolver e promover, entre outros, três projetos financiados pelo programa de Cooperação Territorial Interreg Med e capitalizar e partilhar políticas e estratégias inter-regionais para o transporte elétrico, bem como normas comuns e orientações de conceção para sistemas de mobilidade elétrica.
Avenida Belo Horizonte Edifício Escarpas Santos Nicolau 2910-422 Setúbal Tel.: (+351) 265 546 194 Email: geral@ena.com.pt www.ena.com.pt
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AMORLUX
SEGREDO: PAIXÃO, DEDICAÇÃO E VONTADE DE CRESCER No ano em que a Amorlux celebra o vigésimo quinto aniversário, o seu fundador, Vítor Guisado, em conversa com a Revista Business Portugal, relembrou o início do projeto e mostrou-se orgulhoso no caminho percorrido.
Vítor Guisado, administrador
C
orria o ano de 1994 quando Vítor Guisado decidiu aliar a sua experiência profissional como técnico certificado pela DGEG (Direção Geral de Energia e Geologia) e pela ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações), com a vontade de gerir um negócio seu. “A atividade da Amorlux compreende o desenvolvimento, engenharia, instalação, e assistência técnica de instalações especiais em empreendimentos habitacionais, escritórios, unidades industriais, unidades hoteleiras e infraestruturas públicas. Optamos sempre pela utilização de produtos de referência, a preços competitivos para os nossos clientes, mantendo sempre um nível de qualidade elevado”, começa por explicar. A Amorlux prima pela seriedade total. Nunca ficou por pagar uma conta a um fornecedor, a um colaborador ou à banca nestes 25 anos de atividade. Além disso cumpre os prazos de pagamento. Apesar de, ao longo destes anos, termos tido perdas avultadas devido à crise do setor, nunca a Amorlux refletiu isso a jusante. Pelo contrário, lutámos e absorvemos os prejuízos e seguimos em frente. O setor deveria “pensar seriamente em moralizar-se com o princípio do pagador exemplar que cumpre os prazos, para distinguir o trigo do joio. Assim a nossa economia daria um salto qualitativo e tornar-se-ia saudável”.
“Aqui, cumprimos os prazos, fazemos acompanhamento de pós-venda, temos credibilidade junto dos nossos clientes e fornecedores e é isso que nos define e nos diferencia
Mercado, serviços e forma de atuação Sediado na margem sul do Tejo vê, desde cedo, a potencialidade dos mercados da capital e da região Algarvia, as principais apostas da empresa. Foi com a adaptação aos mercados e às suas exi114 | Revista Business Portugal junho 2019
gências que a empresa cresceu e se tornou uma referência. “A empresa foi pioneira no solar fotovoltaico da microgeração, mercado onde apostamos durante três anos. Após esse período vimos na hotelaria um potencial que devia ser aproveitado. Hoje, é esse o nosso melhor mercado e no qual nos focamos. É gratificante e interessante trabalhar com este setor”, explica o fundador. Certificada há 15 anos com o Sistema de Gestão da Qualidade ISSO:9001:2015, conta com vários títulos de PME (PME EXCELÊNCIA 2018) e com a certificação da Autoridade Nacional de Proteção Civil. “Isto é o que eu sei fazer e dedico-me com muito afinco. Fui sempre lutando para aprender mais, para evoluir e fazer a empresa crescer”, afirma. Os serviços disponibilizados pela empresa são instalações elétricas, de telecomunicações e de segurança eletrónica. Com o passar dos anos, de forma a construir uma aliança entre as diversas vertentes, o fundador fez nascer mais dois projetos: Amorlux Constr uções e a Eletronics Life. A Amorlux Construções surge devido à forte relação com o setor e a Eletronics Life surge para facilitar o funcionamento das demais, através da venda dos produtos. No entanto, não trabalham só entre si e são empresas disponí-
AMORLUX
veis no mercado para outros clientes. A mão-de-obra especializada “é cada vez mais uma dificuldade, mas manter a qualidade não é discutível”. São 30 os colaboradores da casa que espelham o excelente trabalho e a dedicação com que abraçam os projetos. Esta forma de atuação, tendo em vista o crescimento comum, torna o serviço mais eficaz e os clientes mais satisfeitos. “Aqui, cumprimos os prazos, fazemos acompanhamento de pós-venda, temos credibilidade junto dos nossos clientes e fornecedores e é isso que nos define e nos diferencia. Em cada trabalho executado pretendemos sempre deixar a nossa marca, marca essa que tem sido o nosso melhor marketing na angariação de novos clientes. Estamos no mercado há 25 anos e pretendemos melhorar, cada vez mais, o dia a dia do nosso cliente”, conta.
Novas formas de olhar para o setor O setor tem caminhado a par e passo com a inovação tecnológica e a empresa tem sido uma referência no assunto. “Temos desenvolvido sistemas de CCTV em que nos dedicamos à importação, comercialização e montagem de sistemas de circuito fechado de vídeo vigilância com transmissão e visualização remoto através de smartphones, tablets e computadores. Temos apostado em redes estruturadas onde possuímos experiência comprovada e estamos perfeitamente equipados para fazer instalações e certificação de redes
estruturadas de computadores de qualquer dimensão e para todos os fins. Estamos aptos também no que toca a redes estruturadas em fibra ótica e par de cobre. Desenvolvemos e implementamos instalações elétricas de baixa tensão em condomínios, escritórios, unidades industriais e hoteleiras, atividade que é complementada com o fabrico e instalação de quadros elétricos”. Apostam, simultaneamente, “em sistemas de domótica (casa inteligente) em que integramos na mesma aplicação em smartphone toda a iluminação, estores, climatização, controle de acessos, vídeo porteiro, CCTV e alarmes. O âmbito das energias renováveis não é esquecido e a empresa foi pioneira na certificação, “junto das entidades competentes, uma instalação de Microgeração ao abrigo do Decreto-Lei nº 363/2007”, afirma.
Olhos postos no futuro Com o país virado para o turismo, a Amorlux direcionou-se para esse mercado e colaborou na construção/reconstrução de vários hotéis, nomeadamente da cadeia de Hotéis Tivoli, entre outros. Com dois hotéis em andamento e uma agenda repleta até ao final do ano, só resta afirmar que o “balanço é positivo. Não imaginava onde podia chegar, mas dei o meu melhor a cada dia. Sempre com paixão pelo setor e sempre procurando formas de aprender e de ser melhor”, remata o CEO, Vítor Guisado.
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LALLEMAND
“DIVERSIDADE, INOVAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO” Maria do Carmo Amaral, diretora comercial da Lallemand, esteve à conversa com a Revista Business Portugal para transmitir aos leitores as principais motivações e objetivos da administração da empresa, sediada em Setúbal.
U
m passado histórico “A Lallemand é uma empresa familiar fundada por um imigrante da Alsácia no Canadá - Fred “Lallemand” - no final do século XIX. Começou a fazer vendas de produtos para as padarias locais de Montreal e, pelo seu sotaque, ficou conhecido por: «o alemão». Essa mesma alcunha dá origem ao nome da empresa que ainda hoje mantém”, explica Maria do Carmo Amaral. Em 1952, Roland Chagnon adquiriu a Lallemand e desde essa data que o negócio pertence à família Chagnon. Atualmente é dirigida pela terceira geração e foi na segunda que viram o volume de negócios aumentar de forma exponencial. “A Lallemand é uma empresa especializada na investigação, desenvolvimento, produção e comercialização de leveduras e bactérias, assim como de outros ingredientes derivados destes microrganismos”, acrescentando que “a Lallemand é líder mundial de leveduras e bactérias destinadas aos mercados de especialidade — nutrição humana e animal, enologia, cerveja, entre outros”.
Conquista de público e território A busca por novos territórios foi, desde cedo, uma prioridade para a empresa. Ano após ano o alcance é alargado. Para além de Portugal, estão presentes em quase 50 países. Canadá, Estados Unidos da América, Dinamarca, Alemanha, Áustria, Polónia, Eslováquia, Estónia, Finlândia, África do Sul, Moçambique, Reino Unido, França, México e República Checa são alguns dos exemplos. Os produtos tiveram de se reinventar ao longo dos anos de forma a conquistar os novos públicos que foram surgindo. O consumo de pão tem vindo a decrescer nos últimos anos porque este produto tem sido substituído por outros mais apelativos. Nesse sentido, foi importante “começarmos a promover a levedura
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“Orgulhamonos de ter a marca de levedura mais antiga de Portugal e é com grande ânimo que podemos dizer que temos clientes e fornecedores que nos têm vindo a acompanhar ao longo de todos estes anos” de panificação como um ingrediente que pode originar alternativas mais saudáveis e que vão de encontro com as necessidades e expectativas dos clientes. Produtos e ingredientes mais naturais, mais amigos do consumidor. O mesmo acontece para as restantes leveduras”, afirma. Por sua vez, os produtos originais deram lugar a produtos mais complexos
e que abrangem mais públicos, o que permitiu alcançar uma diversidade de destinatários. Hoje em dia, “a empresa oferece leveduras, bactérias e respetivos derivados, adicionando-lhes serviços de valor acrescentado para os mercados de panificação, bebidas fermentadas (vinho, cerveja e espirituosas), bio-etanol, nutrição
LALLEMAND
É nas indústrias de maior dimensão que encontram a grande parte dos clientes. Ao longo dos anos foram muitos aqueles que se mantiveram fieis e que confiaram na empresa pela sua qualidade, diversidade e profissionalismo. “Orgulhamo-nos de ter a marca de levedura mais antiga de Portugal e é com grande ânimo que podemos dizer que temos clientes e fornecedores que nos têm vindo a acompanhar ao longo de todos estes anos”, assegura. A equipa tem vindo a crescer e a acompanhar a empresa na aventura de levar a Lallemand cada dia mais longe. São cerca de 70 colaboradores em Portugal e mais de quatro mil a nível mundial. “Temos uma equipa forte e ambiciosa que nos pode levar a alcançar os sonhos e objetivos pretendidos”.
Equipamento e inovação Todos os anos são feitos investimentos em equipamentos de produção, no sentido de melhoria contínua e com o objetivo de servir melhor os clientes. “No ano passado, duplicámos a produção de levedura seca e com isso duplicámos os nossos equipamentos para conseguirmos produzir mais e melhor. Para além da maquinaria, investimos em higiene e segurança de forma regular para que possamos cumprir todos os requisitos impostos. Estes são os principais fatores de diferenciação da nossa empresa”, realça a nossa entrevistada. Os laboratórios experimentais são também uma das apostas da Lallemand. Por isso, tem ao dispor uma padaria experimental onde são desenvolvidas aplicações e descobertas novas leveduras e novas formas de aplicar as mesmas. É através das experiências que conseguem arriscar e apresentar propostas inovadoras.
O desejo de continuar a crescer
humana e animal, farmacêutico e cuidado de plantas”, conta-nos a diretora comercial.
Uma empresa focada nos clientes O título de “única fábrica da Península Ibérica que produz os três tipos de leveduras: secas, líquidas e prensadas” faz da Lallemand a primeira escolha do consumidor.
O balanço é positivo e o contentamento pelo percurso feito é evidente. “Olhamos para o futuro e pensamos que só podemos esperar sucesso, porque estamos focados na biotecnologia, estamos sempre a evoluir, a testar as nossas capacidades, a procurar novos mercados e produtos. Manter as nossas parcerias com universidades e centros de investigação é uma prioridade, visto que o futuro da empresa passa pela aposta na diversidade, na inovação e na diferenciação”, conclui.
Cachofarra - 2910-524 Setúbal E-mail : geral@lallemand.com Telefone: 265 730 043 www.lallemand.pt
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INTERMARCHÉ MOITA
HÁ CINCO ANOS AO LADO DOS CLIENTES
Fundado em 1993, o Intermarché da Moita foi, outrora, o primeiro supermercado da Moita. Atualmente, o negócio é gerido por Hugo e Sandra Almeida, que assumem a gerência da casa, desde 2014. Em conversa o empresário recordou a génese do negócio e revelou que a qualidade, proximidade e confiança são a fórmula do sucesso alcançado.
H
Sara e Hugo Almeida, sócios-gerentes
ugo e Sandra Almeida são o arquétipo do empreendedorismo. Desde 2014, que o casal assume em parceria a gerência daquele que, outrora, foi o primeiro supermercado da Moita. Desde cedo ligados à área da ótica, Hugo e Sandra estavam longe de imaginar que o futuro passaria pela gestão de uma loja da insígnia Intermarché: “A certa altura, optamos por ter um negócio próprio. Ou abríamos uma ótica, que era o que sabíamos fazer, ou
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apostávamos em algo diferente. Na altura, a minha irmã já tinha uma loja Intermarché, em Mirandela, e nós decidimos, depois de conhecer o conceito, apostar também neste negócio”, começa por contar o entrevistado sobre a génese do negócio.
Proximidade e confiança Cinco anos passados, Hugo Almeida admite que a gestão do negócio “tem sido um desafio. Sabia que iria ser trabalhoso, mas não tanto. Não nos podemos esquecer que temos aqui florista, papelaria, padaria, restaurante e posto de combustível. Isto é um trabalho de domingo a domingo”. Com uma estrutura organizacional distinta o Intermarché é o único grupo dirigido diretamente por empresários independentes, que assumem, na íntegra, a responsabilidade pela gestão de cada loja. Hugo Almeida encontra na proximidade um dos elementos diferenciadores do seu negócio e a chave para o sucesso alcançado. “Aqui, continuamos a ter a ideia de que isto é uma mercearia em ponto gigante. Por isso, procuramos oferecer aos nossos clientes um serviço próximo e de confiança”. Para isso, Hugo e Sandra contam com uma equipa de 50 profissionais que, diariamente, prestam um serviço de excelência e incólume a todos os clientes. “A loja está aberta desde 1993 e nós temos funcionários a trabalhar aqui desde esse ano. Funcionários que tratam os clientes pelo nome e que conhecem toda a gente. As pessoas sabem quem eu sou e sabem quem é a minha esposa. Aqui, o normal é conhecermo-nos todos pelo nome”.
Aposta na qualidade dos produtos regionais A diferenciação do Intermarché da Moita não se esgota na proximidade do atendimento prestado. A qualidade e variedade dos produtos em loja é alvo de um “cuidado especial” e Hugo Almeida garante que a escolha dos produtos é um processo acompanhado a par e passo pelo próprio. “A grande diferença é que somos nós que o fazemos. Somos nós que vamos, diretamente, aos produtores comprar a fruta ou os produtos de charcutaria. Sou eu que vou à lota de Sesimbra comprar o peixe”. Com uma clara preferência pela qualidade e pela promoção regional, Hugo Almeida aposta em produtos e produtores locais, que garantem a frescura, qualidade
INTERMARCHÉ MOITA
e variedade dos produtos colocados em loja. “Tentamos trabalhar com produtos e produtores locais. Na secção de charcutaria trabalhamos com uma grande variedade regional. O mesmo acontece com os vinhos. Trabalhamos muito com vinhos da região e são muito poucos os vinhos do Douro que temos à venda. Se houver oportunidade tentámos trabalhar com produtos da região”. Uma aposta que Hugo Almeida reconhece que tem apoiado e incentivado a produção nacional e, consequentemente, contribuído, significativamente, na alavancagem da economia da região.
“Valorizamos muito a parte social” Com um modelo de funcionamento muito próprio e próximo da realidade da comunidade onde se insere, a insígnia Intermarché destaca-se também pela vertente da responsabilidade social. Hugo Almeida reconhece que este é um princípio da loja que gere e admite: “Valorizamos muito a parte social e apoiamos diversas entidades”. A Associação Famílias com Esperança, que ajuda famílias
“Tentamos trabalhar com produtos e produtores locais. Na secção de charcutaria trabalhamos com uma grande variedade regional. O mesmo acontece com os vinhos. Trabalhamos muito com vinhos da região e são muito poucos os vinhos do Douro que temos à venda carenciadas da Moita e os Bombeiros Voluntários da Moita são algumas instituições apoiadas. “Trabalhamos com eles e ajudamos sempre que necessário. Apoiamos alguns canis da zona e, para além disso, todos os anos recebemos dezenas de peregrinos, que rumam a Fátima, e oferecemos o almoço”, conta com satisfação o entrevistado, que afirma ainda que “é também comum apoiar as Festas da Moita. Não são apenas as pessoas que vêm ao nosso encontro. Nós também vamos ao encontro delas”.
Para o futuro? A continuidade Para Hugo Almeida não restam dúvidas, o balanço, até ao momento, é positivo e “o ano de 2019 vai superar o de 2018 com toda a certeza”. Para o futuro, o entrevistado confessa que “estão previstas obras de melhoramento na secção de padaria, mas para já é a única intervenção que temos já definida”. Para além disso, Hugo Almeida espera “continuar a ser reconhecido pela qualidade”, para isso espera continuar a contar com o esforço, dedicação e paixão de toda a equipa. “Temos, cada vez mais, a confiança das pessoas. Isso é muito satisfatório e é assim e que pretendemos continuar”.
INTERMARCHÉ MOITA Rua da Classe Operaria - Quinta de Santa Rosa 2860-050 Moita 212899590 intervedros@gmail.com
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EMIÁTOMO
LÍDERES NO COMISSIONAMENTO INDUSTRIAL Nascida em 2008, a EmiÁtomo dedica-se ao comissionamento industrial e já garantiu um posicionamento de destaque no mercado. A Revista Business Portugal esteve à conversa com António Relvas, diretor geral, que há cerca de uma década fundou, juntamente com Fábio Costa, a empresa de Sines.
A
EmiÁtomo – Projetos e Manutenção Industrial foi fundada em Sines, no ano de 2008. O projeto surgiu depois de uma análise de mercado que indicou existir “falta de empresas especializadas na área do comissionamento”. O objetivo passa pelo apoio na construção de unidades industriais assegurando a transferência de instalação industrial para operações e manutenção com segurança. Com a prestação de serviços de qualidade, a EmiÁtomo foi fidelizando clientes e o crescimento intensificou-se. Tal crescimento trouxe novas exigências e mais tarde, a empresa expandiu-se para outras áreas, nomeadamente a manutenção. Atualmente, a atuação da EmiÁtomo prende-se com Refinarias, Tratamento de Águas, Indústria Mineira,
Petroquímicas, Plataformas Offshore, Pasta & Papel, Indústria Alimentar e Produção de Energia.Com uma oferta tão extensa e um leque tão variado, é claro que a empresa é sustentada por equipa altamente competente e profissionalizada. A equipa da EmiÁtomo é multidisciplinar e emprega técnicos de diferentes áreas: Eletricidade, Instrumentação, Automação e Controlo, Mecânica, Deteção de Emissões, Segurança e Qualidade.
Elevados padrões de qualidade
Equipa Emiátomo
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O sucesso da EmiÁtomo tem sido reconhecido tanto pelos seus clientes, que continuamente depositam a sua confiança na empresa, como por entidades externas que
EMIÁTOMO
mediadoras são todas espanholas”, descreve. No mercado nacional, apenas têm um cliente. Tal pode ser explicado pelo facto de serem uma empresa com serviços únicos e por essa razão terem dificuldade em imporem-se no mercado nacional. Em Portugal, “destaca-se a obra da Almina”, diz António Relvas, relacionada com a assistência e a manutenção da instrumentação e instalação da instrumentação na unidade de lavaria, por exemplo. Fora do país, os projetos multiplicam-se e pode destacar-se a intervenção na Central de Biomassa de Huelva, em Espanha, o Terminal de GNL de Zeebrugge, na Bélgica e também o Projeto Energia de Valle de México, no México, entre muitos outros. Apesar do portefólio já ser extenso, na EmiÁtomo o sonho é ir sempre mais além e a próxima paragem é Holanda. “Estamos a abrir uma sucursal na Holanda, mas por algumas questões burocráticas ainda não está em pleno funcionamento”, explica. Contudo, a situação irá ser regularizada até ao final do ano.
Em 2018, foi distinguida com o prémio PME Líder e em 2017 como PME Excelência pelo IAPMEI Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação
distinguiram a empresa de Sines. Em 2018, foi distinguida com o prémio PME Líder e em 2017 como PME Excelência pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação. Apesar disso, o cofundador da empresa António Relvas afirma “não trabalhar para prémios” explicando que estes são apenas reflexo do trabalho feito na EmiÁtomo. A sustentar os prémios estão os padrões de qualidade muito elevados que assentam num contexto de certificação consideravelmente completo. A EmiÁtomo direcionou os seus esforços para a certificação, sendo certificada em 2010 pela norma NP EN ISO 9001, no âmbito de “Comissionamento e Arranque de Unidades Industriais”. Depressa constatou a necessidade de acrescentar valor aos seus serviços e, em 2011, optou pela implementação de um sistema integrado de Gestão da Qualidade, Segurança e Ambiente, sendo certificada pelas normas NP EN ISO 9001, OHSAS 18001 e NP EN ISO 14001. Em 2018, fez a migração da OHSAS 18001 para a norma ISO 45001 da Segurança. Na perspetiva de António Relvas, “as certificações podem não trazer trabalho, mas sem elas muitas portas estariam fechadas. Não ganhamos obras por sermos certificados, mas se não formos não somos sequer consultados”, explica. Deste modo, a certificação é uma pedra angular da internacionalização levada a cabo pela empresa.
Um futuro acompanhado pela qualidade Atualmente, a EmiÁtomo é uma empresa bem consolidada no mercado nacional e internacional. Desta forma, o futuro passará por manter os altos padrões de qualidade a que têm habituado os clientes. “Julgo que os clientes procuram a Emiátomo sobretudo pela qualidade do nosso serviço”, afirma. “O balanço dos anos de atividade tem sido positivo”, refere. Porém, salienta que um dos maiores desafios prende-se com a falta de técnicos especializados. Ainda assim assegura que tal não inviabiliza a capacidade de resposta ao cliente que, aliada aos equipamentos inovadores, descreve a fórmula de sucesso da EmiÁtomo.
Edifício Zils, Monte Feio Escritório 515 7520-064 SINES www.emiatomo.com
De Sines para o mundo A EmiÁtomo nasceu em Sines, mas o mercado que abarca o maior volume de faturação sempre foi o espanhol. “Trabalhamos maioritariamente com Espanha, embora com ação em vários países, as empresas
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GABINETE DE ARQUITETURA CARLOS ALBERTO GOMES
HÁ 27 ANOS A MARCAR PELA DIFERENÇA Nesta edição da Revista Business Portugal damos-lhe a conhecer o gabinete de arquitetura Carlos Alberto Gomes – Arquitectos Associados. Sediado em Almada e a celebrar o 27º aniversário, o gabinete dedica-se à elaboração de projetos de arquitetura e planeamento urbano, tendo sempre por base a busca harmoniosa entre funcionalidade e estética. Vila Nova de Cerveira, Montalegre, Lourinhã, Aveiro e Pombal, são alguns exemplos.
Equilíbrio entre funcionalidade e estética
C
Carlos Alberto Gomes, arquiteto
arlos Alberto Gomes cedo percebeu que o seu futuro passaria pela arquitetura. A paixão pelo desenho surgiu em tenra idade e o entrevistado recorda que “desenhava desde miúdo. A minha professora de desenho do liceu percebeu este meu gosto e incentivou-me a seguir esta área”. E assim foi. Depois de uma passagem pela administração pública, tendo desenvolvido atividade na Câmara Municipal de Almada, na Câmara Municipal de Sesimbra e ainda na Associação de Municípios do Distrito de Setúbal, decide embarcar na aventura de abrir o seu próprio gabinete de arquitetura, em 1992, que desde então tem desenvolvido a sua atividade na elaboração de projetos de arquitetura e planeamento urbano. Carlos Alberto Gomes assume que o gabinete que gere encontra nos concelhos do distrito de Setúbal, como Almada, Seixal e Sesimbra, o seu nicho de mercado, muito embora tenha já realizado projetos em vários pontos geográficos do país. “A nossa atividade é muito centrada no concelho, mas também já realizamos projetos noutros locais do país”. Lagoa, Monchique, Ferreira do Alentejo, Grândola, Alcácer do Sal,
“São os projetos habitacionais que representam maior percentagem no volume total de negócio do gabinete, embora tenha havido um tempo em que remodelamos diversos espaços comerciais”. “Atualmente a habitação continua a ser o mais necessário”, confessa o entrevistado. A trabalhar maioritariamente com clientes nacionais, o gabinete acompanha a par e passo a evolução do projeto. “Numa primeira fase, discutimos com o cliente o programa, até chegarmos a um consenso. Depois, acompanhamos a entrega do projeto na câmara municipal, até à aprovação. O acompanhamento de obra também é assegurado até à conclusão da mesma”, afirma Carlos Alberto Gomes. Com uma pós-graduação em Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental e uma pós-graduação em Reabilitação de Centros Urbanos, Carlos Alberto Gomes confessa não ter nenhum traço criativo definido. Para o arquiteto a elaboração de um projeto de arquitetura deve ter por base uma preocupação fundamental: atingir a síntese equilibrada entre a funcionalidade, o valor estético e a integração no espaço. “Preocupo-me em primeiro lugar com a funcionalidade, ou seja, estruturar o espaço interior com boas condições de
utilização. Depois, dou o tratamento visual exterior. Não condiciono o meu trabalho a uma presença, fortemente, estética”.
“Sinto-me satisfeito” Com um vasto portefólio de projetos realizados, de onde fazem parte o projeto da Sociedade Recreativa Estrelas do Feijó, o projeto de envolvimento da Praça Lima de Freitas ou o estudo de renovação do Cinema da Academia Almadense, Carlos Alberto Gomes assume: “Depois de todos estes anos continuo a trabalhar com a mesma vontade e energia, porque me diverte trabalhar”. As quase três décadas de trabalho desenvolvido deixam Carlos Alberto Gomes com a sensação de dever cumprido. “Acho que valeu a pena e sinto-me satisfeito. Não tenho ambição de ser uma estrela ou uma referência nacional na minha área, mas acredito que sou uma referência local, pelo tipo de trabalho que desenvolvemos e como desenvolvemos”. Este trabalho só foi e é possível concretizar com uma equipa de bons colaboradores. O entrevistado não quis terminar a conversa sem deixar um breve conselho a quem, no futuro, escolha enveredar neste mercado de trabalho: “Não é fácil, é preciso ser persistente. Mas, acima de tudo, é preciso ter paixão pelo que se faz”.
Rua Ramiro Ferrão 26-r/c -E Cova da Piedade | 2805-346 ALMADA Tlf.: 212 748 073 | Email: arquitectos@carlosgomes.mail.pt | www.arqcarlosalberto.pt 122 | Revista Business Portugal junho 2019
JANSSEN PORTUGAL
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ANDAIMERENT
A SOLUÇÃO IDEAL NA HORA DE ESCOLHER UM ANDAIME A Andaimerent foi criada para colmatar uma lacuna existente no mercado nacional e distingue-se no ramo do aluguer e venda de andaimes torre em alumínio. O fundador e administrador, conversou com a Revista Business Portugal e explicou porque deve o cliente optar pela Andaimerent.
D
esde 1998 que Nuno Santos trabalha no ramo dos andaimes, plataformas elevatórias, monta-cargas e andaimes de alumínio. Em 2009, verificou que, no mercado nacional, não existia especialização e acompanhamento dos andaimes de alumínio. Foi então que Nuno Santos criou uma empresa especializada em andaimes Torre com rodas, andaimes suspensos, andaimes em consola e com uma vasta gama de soluções para os seus clientes. Hoje, a Andaimerent tem a sua sede em Palmela e o seu foco são os andaimes de alumínio direcionados para as especialidades. Após seis meses de funcionamento, Nuno Santos conta que sentiu a necessidade de criar uma delegação em Matosinhos.“Começamos a ser contactados por diversas empresas que trabalhavam na zona norte do País e tivemos de acompanhar a imposição do mercado”. Explica ainda que as principais razões para o aumento do volume de trabalho
Nuno Santos, administrador
são o reinvestimento no setor da construção civil, o turismo, o investimento no setor da saúde e Indústria. Atualmente, e devido às circunstâncias do país, a delegação sul representa 65% do volume de negócio, seguida da zona norte com cerca de 28% e os restantes 7% são vendas diretas. Contudo, a atuação da Andaimerent não se cinge somente ao território nacional e já migrou para o mercado Angolano. “Temos uma sucursal em Angola onde apostamos apenas na venda direta e somos representantes oficiais da Marca Custers assim como também somos representantes da referida marca em Portugal. A Andaimerent também já trabalhou para Argélia, Marrocos, França, Inglaterra e Holanda”, referiu Nuno Santos. A marca Custers que Andaimerent é representante oficial, é uma marca com uma vasta experiência no fabrico de andaimes em alumínio. É uma empresa que investe bastante na inovação e na segurança dos seus equipamentos e, a Andaimerent comercializando os seus andaimes assegura uma elevada qualidade nos seus produtos e serviços. O cliente da Andaimerent estende-se desde a pessoa singular à empresa, mas as 124 | Revista Business Portugal junho 2019
ANDAIMERENT
soluções oferecidas relacionam-se sobretudo com situações onde o acesso é especialmente complexo. “Somos solicitados quando o cliente tem um trabalho mais específico para realizar e o meio de acesso é difícil”, esclarece Nuno Santos.
das como requisito para trabalharmos com determinados clientes”. Detalha. É, portanto, dado assente que a equipa faz a casa que é Andaimerent e é um facto preponderante para o sucesso da empresa. A opinião da equipa conta muito para Nuno Santos – “a empresa não era o que é hoje sem os excelentes profissionais que compõem a equipa da Andaimerent” declara. As boas relações transbordam para o exterior da empresa e Nuno Santos aponta o bom relacionamento com a concorrência como ponto importante para o bom funcionamento do mercado. “Temos uma boa relação com outras empresas do mesmo setor e considero isso saudável” confessa. Alguns clientes chegam à Andaimerent por recomendação de outras empresas, o que representa, na perspetiva de Nuno Santos “uma sinergia vital” que promove a satisfação do cliente. O inverso também acontece e caso o cliente necessite de algum equipamento que Andaimerent não possa fornecer, a empresa trata de encaminhar o cliente para quem possa oferecer essas soluções.
Produto diferenciado Atuando num nicho de mercado muito específico, o produto e serviços oferecidos são necessariamente diferenciados. Os andaimes oferecidos pela Andaimerent são feitos de alumínio “uma liga mais leve que o aço” explica o nosso entrevistado, acrescentando que “não conseguiríamos fazer o mesmo tipo de montagens caso utilizássemos um outro tipo de equipamento mais pesado que o alumínio”. “Por vezes os locais onde os clientes querem aceder são de tão difícil acesso que caso o equipamento fosse em aço (ferro) as peças seriam muito mais pesadas o que dificultaria bastante o nosso tipo de montagem”. Complementa Nuno Santos esclarecendo que com este tipo e modelo de andaime a Andaimerent consegue garantir o sucesso em cada montagem”. É caso para dizer que a Andaimerent chega onde mais ninguém chega. O andaime de alumínio em termos de fiabilidade e robustez é equivalente ao andaime em aço. Assim, podemos afirmar que Andaimerent oferece uma solução com a mesma qualidade que muitos competidores do ramo, com a vantagem de o equipamento ser mais leve e versátil, consequentemente mais fácil de transportar. Tal é obviamente muito importante quando falamos de cargas tão volumosas como os andaimes. O andaime comercializado baseia-se numa ideologia “do it yourself ”, ou seja, faça você mesmo. “O cliente pode chegar aqui com a sua própria carrinha, alugar o nosso andaime e, através do manual que acompanha o equipamento pode monta-lo sem qualquer dificuldade”. O manual é de fácil interpretação, seguindo um código de cores e números que estão devidamente assinalados. “Se o equipamento fosse em aço, este método seria mais difícil de ser aplicado. O nosso andaime pode ser montado autonomamente pelos nossos clientes até uma altura de 6 metros físicos 8 metros de altura de trabalho”, salienta Nuno Santos. Se o andaime é de alta qualidade, o atendimento e assistência não destoam. “Presta-
Futuro
mos ao cliente um serviço de excelência e bastante completo, iniciando no aconselhamento, passando pelo departamento comercial e acabando no departamento técnico e operativo com a conclusão da montagem. Deste modo, a Andaimerent não se limita a alugar o andaime” afirma, “ O nosso objetivo é a satisfação dos nossos clientes.”
Segurança e profissionalismo A área é altamente regulamentada, uma vez que um erro na montagem ou uma falha no equipamento pode representar risco para a vida humana. “Não entramos em nenhuma obra sem que os nossos técnicos estejam preparados para cumprir com todas as normas e requisitos de segurança” informa. “Anualmente, os nossos técnicos deslocam-se à Holanda, às instalações da Custers, para obterem uma formação em novas técnicas e novos produtos que vão sendo lançados no mercado, outras vezes são engenheiros da Custers a deslocarem-se às nossas instalações. Além disto temos formações internas ministradas pela Andaimerent e também formações outsourcing obrigatórias e exigi-
“Conseguimos com bastante orgulho chegar aos dez anos”, afirma Nuno Santos. O percurso nem sempre foi fácil. Tivemos de trabalhar bastante, em equipa, para conseguir atingir o nível a que nos apresentamos hoje. Entre altos e baixos tivemos sempre um crescimento ascendente. Conseguimos que a marca Andaimerent seja reconhecida como uma empresa credível. “Temos que planear no presente para conseguirmos atingir os nossos objetivos no futuro”, reflete Nuno Santos, adiantando que “é preferível ter um mau plano do que não ter plano nenhum. Um mau plano pode sempre ser ajustado”. “Durante dez anos nunca perdi o foco nem a motivação”. O percurso envolveu perseverança, muita dedicação e trabalho de equipa e talvez por isso o futuro seja promissor. “Prevejo, se continuarmos neste caminho, seguindo o plano que traçamos, um futuro risonho”. Explica. A Andaimerent teve de acompanhar a era digital e nunca foi tão fácil para o cliente solicitar um acompanhamento, opinião e até o seu orçamento à sua medida, para tal basta aceder a nossa página online – www. andaimerent.com e analisar as opções. A Andaimerent espera por si. junho 2019 Revista Business Portugal | 125
UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SETÚBAL
SER SETUBALENSE: UM ESTADO DE ALMA Com seis anos de existência, a União de Freguesias de Setúbal demonstra ser um exemplo de uma mega freguesia dentro da cidade. Rui Canas, presidente da União de Freguesias, é um fervoroso setubalense e apresenta a “sua” terra tal e qual como ela é.
O
nascer da União de Freguesias 2013 é o ano que marca uma mudança na cidade. Num processo de “fusão”, nasceu “uma mega freguesia dentro de Setúbal”, explica Rui Canas. Desde essa data juntaram-se três – São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça – das oito freguesias que constituíam Setúbal. Hoje em dia, com esta junção, só existem cinco. A história faz parte da cidade de Setúbal e por isso o presidente da União de Freguesias não deixa de enumerar alguns dos locais a visitar, nomeadamente a Casa da Cultura, a Casa da Baía, o Museu da Cidade, o Convento de Jesus, a Galeria Municipal de Arte, as principais Igrejas de Setúbal e o Mercado do Rio Azul (renovado recentemente).
“As pessoas, antigamente, não diziam que eram de Setúbal, diziam que eram da Margem Sul. Nós viemos, de certa forma, devolver esse orgulho de dizer que se é de Setúbal”
população, acabam por ser uma porta de boas vindas para aqueles que chegam pela primeira vez. Como grande conhecedor do que Setúbal tem para oferecer, o presidente destaca um dos pontos fortes da sua cidade: a “gastronomia única”. Dela faz parte o choco frito, a caldeirada de peixe (um dos grandes ex-líbris) e o peixe fresco grelhado. “Não se come peixe grelhado em mais lado nenhum como se come em Setúbal”.
Ao encontro das necessidades da população Ouvir a população é a principal missão de Rui Canas. Enquanto presidente refere que ao longo do mandato existem sempre projetos que vão sendo alterados conforme
Uma cidade de festa e boa gastronomia Questionado sobre as principais festividades, Rui Canas assegura que existe muito para conhecer. A semana do Mar e do Pescador - de 23 de maio a 2 de junho - e o Fest’Asso - que irá decorrer de 22 de junho a 7 de julho - são dois dos eventos em destaque. Na semana do Mar e do Pescador a promoção da economia do mar é destacada pela ligação que Setúbal tem ao mar e aos pescadores. Já o Fest’Asso é uma iniciativa que promove o movimento associativo e envolve quinze dias de música, gastronomia, artesanato e projetos musicais. “O Fest’Asso é uma mistura de modernidade com tradição”, acrescenta. Assim, percebemos que estas são tradições que o presidente quer manter ativas, porque para além de serem as festas da
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Rui Canas, presidente
UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SETÚBAL
as necessidades de cada um dos habitantes. Exemplo disso é a criação do projeto “Ouvir a população, construir o Futuro” com o intuito de reunir todas as associações existentes nas freguesias, visitar escolas e fazer um levantamento das necessidades de cada um, em conjunto com uma equipa técnica. “Levantámos 804 problemas e, durante estes quatro anos, vamos ter de os resolver. Fizemos um livro, onde diz qual é o problema, quem deve intervir e quando se prevê a sua resolução. Isto é um contrato que fazemos com as pessoas”, explica.
Aposta na área social A ação social é também um dos pontos de trabalho mais importante para o presidente da União de Freguesias. “Nunca pensei que fosse uma área com tanta necessidade de intervenção”. Sendo uma das áreas de maior intervenção por parte da Junta de Freguesia, foram criados mecanismos, através de vários projetos, para que certas questões fossem resolvidas de forma a que se minimizassem os maiores problemas existentes. Desde uma loja social à criação de dois centros comunitários – com a intenção de serem três – a União de Freguesias tenta ajudar as crianças, os jovens e os idosos com atividades e espaços dedicados a todos. Apoiar a população é o objetivo principal, daí ter um conjunto de apoios que distribui pelas 113 associações e clubes que existem. Ajuda também as escolas, o Campus Universitário e as associações académicas. A prioridade é sempre melhorar a qualidade de vida e resolver - de forma eficiente e rápida - todas as questões.
O que é ser setubalense? “Ser setubalense não é uma coisa que se fale, é uma coisa que se sente”. Foi assim que, rapidamente, o presidente nos respondeu a esta questão. Como bom filho da terra acrescenta: “Eu já trabalhei noutros concelhos, já prestei serviços noutros concelhos, mas não há nada melhor do que trabalhar em Setúbal”. É com satisfação que diz que a qualidade de vida em Setúbal é diferente das outras cidades. “As pessoas, antigamente, não diziam que eram de Setúbal, diziam que eram da Margem Sul. Nós viemos, de certa forma, devolver esse orgulho de dizer que se é de Setúbal”, confidencia.
“Sinto-me satisfeito com o trabalho feito até agora, mas o mais importante é que toda a população se sinta feliz por viver aqui” Um caminho percorrido pelo bem-estar da população Por fim, o presidente Rui Canas mostra-se satisfeito com o percurso que tem vindo a delinear. Olha para o passado e para o presente com o sentimento de dever cumprido. “Sinto-me satisfeito com o trabalho feito até agora, mas o mais importante é que toda a população se sinta feliz por viver aqui”. Em jeito de convite admite que Setúbal é um destino que vale a pena conhecer nas suas particularidades, ou seja, pelas praias, pela Reserva Natural do Estuário do Sado, pela Serra da Arrábida, pelo Forte de São Filipe, pela caldeirada de peixe, pelos petiscos tradicionais e pela oferta cultural. “Temos a arte de saber receber. Não existem fronteiras e aqui todos são bem-vindos”, finaliza. Polo Santa Maria da Graça (SEDE) Horário: Segunda a sexta-feira09h00 às 12h30 14h00 às 17h00 Morada: Rua Mormugão, 40 2900-504 Setúbal Contacto(s): 265 428 752 E-mail: geral@uf-setubal.pt
www.uf-setubal.pt
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JUNTA DE FREGUESIA DE CORROIOS
CORROIOS: UMA VILA COM POTENCIAL DE CIDADE Situada no concelho de Seixal, a freguesia de Corroios tem cerca de 51 mil habitantes e 42 mil eleitorados. Eduardo Rosa é o presidente da Junta de Freguesia da vila que se afirma jovem e dinâmica. Eduardo Rosa, presidente
A
comemorar os 26 anos de existência de Corroios, o presidente Eduardo Rosa começa por nos falar de alguns espaços que se apresentam como uma mais-valia para a vila. Um desses exemplos é o Parque Urbano da Quinta Marialva - com 100 mil metros quadrados - utilizado para as mais diversas atividades. Ali são realizadas as festas da vila de Corroios (no último fim de semana de agosto), uma feira de velharias e ainda a Mostra Mensal de atividades económicas. Porém, o espaço é cedido para servir de pavilhão multiusos, de espaço para desporto, cultura, educação mas, acima de tudo, para o tecido empresarial ter a oportunidade de fazer ali as suas exposições. A freguesia conta ainda com o auditório José Queluz - onde são realizadas as assembleias da freguesia e apresentações de livros e autores - e a Quinta da Água - lugar que recebe um conjunto de iniciativas, nomeadamente a feira do chocolate, feira do livro, feira de queijos e enchidos, encontro de clássicos, entre outros.
Aposta nos Mercados e na Mostra Mensal A junta reúne esforços para dinamizar o comércio local: “temos mais dois mercados: o Mercado de Corroios e o Mercado de Miratejo, que infelizmente são mercados que estão a decair face às grandes superfícies”, refere o entrevistado, acrescentando que não é fácil manter o conceito. No entanto, a Mostra Mensal continua a ter um grande impacto e a ser reconhecida além fronteiras. Tal como referido anteriormente é realizada no Parque da Marialva e surgiu com o intuito de promover o local. “Era um espaço demasiado importante para
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JUNTA DE FREGUESIA DE CORROIOS
ser apenas ocupado uma vez por ano”. O presidente afirma ainda que ir à feira é melhor que ir a uma grande superfície: “É um espaço de oportunidade para qualquer tecido empresarial”. São os próprios produtores que fazem o produto chegar ao cliente, não tendo de passar por nenhum revendedor. Há uma grande dinâmica e aderência de comerciantes de vários locais, desde Viseu, Alentejo, Setúbal, à própria vila de Corroios. A Mostra Mensal conta com 350 participantes dos mais distintos setores de atividade (produtos agrícolas, queijos, enchidos, animais, vinhos, sapatos e roupas).
Manter os mais jovens na terra A Junta de Freguesia de Corroios faz o que está ao seu alcance para manter os mais jovens na vila. Para “fixar jovens é preciso criar emprego” e isso não passa pelas Juntas. No papel de presidente, Eduardo Rosa defende que as estratégias da Junta passam por dinamizar a localidade em termos culturais, desportivos e económicos para que os jovens se possam manter em Corroios. “Este é o nosso papel enquanto freguesia, porque todo o outro tem de passar pelas Câmaras ou pelo poder central. É preciso dar aos jovens, nas suas terras, eventos desportivos, culturais, e equipamentos de lazer”.
“Corroios a nossa vila, no futuro a nossa cidade” Pelo papel ativo que desempenham, garantem ser uma freguesia preparada para passarem a cidade, daí o mote: “Corroios a nossa vila, no futuro a nossa cidade”. No entanto, Eduardo Rosa salienta que “não é a ser cidade que somos mais. Corroios é outra música pelo dinamismo, diversidade, inovação, criatividade, pelo querer mais para a nossa população, porque a freguesia não está para ter lucro, está para servir as pessoas”. É desta forma que mesmo não sendo cidade, a Junta assume estar próxima da população, procurando sempre ajudar e encontrar soluções para todos.
População feliz com o trabalho desenvolvido O segredo de bem servir as pessoas é trabalhar para elas e ouvi-las. “As avaliações são positivas e as votações são prova disso. As pessoas reconhecem o trabalho desenvolvido. Tentamos ver sempre o que é melhor
No papel de presidente, Eduardo Rosa defende que as estratégias da Junta passam por dinamizar a localidade em termos culturais, desportivos e económicos para que os jovens se possam manter em Corroios para toda a população. Não estamos a trabalhar para nós, estamos a trabalhar para as pessoas que vivem na freguesia”, assegura.
Sobre o futuro Para motivação de final de mandato, o presidente espera ter uma boa rede de transportes e um pavilhão escolar. Ambiciona ainda que as freguesias passem a ter mais condições para conseguirem ser um
verdadeiro poder junto das populações. Passa pelos projetos desta Junta continuar a reivindicar para as freguesias aquilo a que têm direito e continuar a proporcionar diversas atividades para a população, servindo de exemplo para outros e incentivando o trabalho em equipa. “Todos os projetos a que nos propomos têm tido sucesso, de tal forma que esses projetos acabam por ser um modelo para os planos de atividades de outras freguesias. Isto mostra que somos valorizados, o que para nós é um motivo de orgulho. Quando deixarmos de ser tão egoístas e formos mais solidários ficamos todos a ganhar”, confidencia. Eduardo Rosa conclui a entrevista a afirmar que o segredo para o trabalho desenvolvido é pensar nas pessoas. “Considero-me mais um representante da população do que um político, porque eu ouço a população, eu não faço política”.
Junta de Freguesia de Corroios (Sede) Morada: Largo do Mercado, 2855-100 Corroios Tel: 212 535 814 Fax: 212 546 583 E-mail: geral@jf-corroios.pt www.jf-corroios.pt
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JANSSEN PORTUGAL
A ARQUIQUAL - Arquitetura e Urbanismo Unipessoal Lda. surge em 2004 quando o Arquiteto João Simões Raposo deu por concluído o seu trabalho na Atris – Atelier de Arquitetura Lda que tinha fundado em 1983, com o colega José Luís Amaro. A maior parte dos projetos realizados, localizam-se em Almada, Seixal e Sesimbra. Os projetos são da responsabilidade do Arqt.º João Simões Raposo e da Arqt.ª Raquel Marques. Da Arquitetura Um projeto é uma síntese que tem em consideração todos os elementos que o condicionam, não só em relação às características do Lugar, e às normas técnicas e regulamentares, como o mundo pessoal de cada cliente, com tudo o que isso implica, tendo sempre em atenção o respeito pela sua individualidade e personalidade. É da análise e descodificação destes dois universos (Lugar e Cliente) que nasce a ideia, o projeto. O que distingue a Arquiqual é a metodologia própria e inconfundível que se foi aperfeiçoando ao longo dos anos, numa maneira de ser e estar perante a profissão, perante cada desafio, onde sobressai o direito à diferença, à originalidade e à unicidade do produto final. PLANO DE URBANIZAÇÃO DE LAGOA DE ALBUFEIRA
Do Urbanismo Tal como na Arquitetura, tudo se inicia com a análise e compreensão da realidade existente, nas suas componentes físicas, geográficas, morfológicas e humanas. Em seguida é fundamental perceber as vocações e expectativas dos agentes envolvidos no processo. É imprescindível partir sempre de uma análise do geral para o particular, secundarizando os problemas menos expressivos. Devem-se construir sempre soluções, em interação e com a participação de todos os intervenientes, encarando-as como parte de um processo sempre em movimento e transformação, que não se compadece com os estudos que demoram anos a ser efetuados e que quando concluídos, já estão desatualizados. O diálogo não pode ser hermético, eclético e exclusiva e absurdamente técnico. Somente o conhecimento das ações, do programa e objetivos pretendidos e a sua verificação progressiva, poderá ser mobilizador e estimulante para os diversos agentes envolvidos e permitirá a sua intervenção crítica e criativa de forma a conseguir-se um entendimento e sintonia, mais generalizados.
Projetar não é só delinear formas e espaços, mas também emoções. Em todos os projetos há uma atenção especial às novas exigências em termos ambientais, particularmente no que se refere aos sistemas a utilizar, de forma a se obterem os melhores resultados, ao nível da sustentabilidade e da certificação energética dos edifícios. 130Rua | Revista Business Portugalnº junho 2019 Cidade da Amadora 6 – Atelier
6 e 7, 2855-116 Corroios – Seixal | Tel: 21 253 46 88 | Tlm: 91 7222882 | email: arqjoaosr@gmail.com
RESTAURANTE “O CASTIGO”
COZINHA DE QUALIDADE E PROXIMIDADE Nesta edição da Revista Business Portugal damos-lhe a conhecer o Restaurante “O Castigo”. Sediado em Alcobaça, (re)abriu portas em 2012 pelas mãos de Micael Pedras e foi com ele que estivemos à conversa, para descobrir o segredo por detrás do sucesso do negócio que lidera.
M
icael Pedras estava longe de imaginar que o seu futuro passaria pela restauração. Desde cedo ligado à área automóvel, embarcou na aventura de abrir o seu próprio restaurante, em 2012. O espaço, que já existia anteriormente, manteve a mesma designação que, apesar de pouco comum, “os clientes achavam engraçada”. Micael reconhece que a génese do negócio não foi fácil e que só “com o apoio de amigos, equipa e fornecedores, que sempre acreditaram em mim e no projeto”, foi possível levar o negócio a bom porto.
Diferenciação “Limitei-me a fugir das tendências e do corriqueiro”, começa por confessar o entrevistado. Quando abraçou este desafio, Micael não tinha dúvidas do que pretendia para o Restaurante “O Castigo”: a autenticidade. Aos pratos regionais, que procuram recriar o “sabor da comida da avó”, juntam-se os grelhados, sobejamente apreciados, feitos a partir de carnes de qualidade reconhecida e do melhor dos bacalhaus. “A nossa casa oferece diariamente uma opção de carne e outra de peixe. Depois, temos os grelhados de porco e vitela e o bacalhau à lagareiro, que também é muito apreciado, grelhados em frente ao cliente. Apostamos num serviço transparente
e de proximidade, não gostamos de cozinha camuflada”. Com uma carta de vinhos diferenciada, e que “foge do tradicional”, o Restaurante “O Castigo” aposta em vinhos da região de qualidade (re)conhecida, que transmitem o conceito do espaço. “Quando procuro um vinho, preocupo-me em oferecer algo diferente, mas com qualidade. Não trabalho com vinhos corriqueiros, trabalho com quintas mais pequenas e com vinhos que tenham menos visibilidade”.
Carnes de criação própria Aqui, a carne é rainha e a qualidade imprescindível. A falta de produto de qualidade no mercado “obrigou” Micael a ir mais longe e a apostar num espaço dedicado à criação de animais, e que “permitisse marcar pela diferença”. Na quinta com cerca de 10 hectares, situada em Salvaterra de Magos, os animais são “criados em total liberdade. Temos porcos de raças autóctones, como o porco malhado de Alcobaça e o porco preto. Temos também galos e, mais recentemente, iniciamos o projeto para a criação de vitelos, mas, como ainda vamos conseguindo encontrar produto de qualidade no mercado, ainda está em fase de teste”. A par da criação própria, o Restaurante “O Castigo” trabalha em parceria com produtores regionais que garantem a excelência da produção local.
“Convidamos ao convívio e à partilha” As mesas compridas que
preenchem o espaço denunciam o conceito familiar que o Restaurante “O Castigo” pretende transmitir. Aqui, os elementos de decoração rústica fundem-se com o ambiente descontraído, que convida ao convívio. Micael reconhece que a equipa da casa trabalha nesse sentido: “A diferenciação faz-se com atendimento personalizado e não com ementas. Aqui, convidamos ao convívio e à partilha”. É também na equipa de colaboradores que Micael reconhece parte do sucesso do projeto que abraça. “É preciso que as pessoas que estão no projeto, sintam o projeto e eu sei que eles vestem a camisola, como se o restaurante fosse deles”. Desafio, superação e determinação, foram palavras chave para a equipa da casa. Apesar de reconhecer a dificuldade do início do projeto, Micael reconhece que o balanço não podia ser mais positivo e assume: “Não estava à espera de ter uma evolução tão rápida”. Micael não esquece quem acompanhou o crescimento do negócio e em jeito de despedida deixa “um agradecimento a todos os que acreditaram e confiaram em mim, desde fornecedores, equipa, clientes, amigos e, em especial à pessoa responsável por cuidar da quinta”, remata.
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DESTAQUES 129 PANIFICADORA COSTA & FERREIRA “A razão do nosso sucesso é a vossa preferência” 132 MARQUES, LDA. Há 63 anos a evoluir com a indústria automóvel 134 PRIMETOOL Uma empresa jovem com três décadas de experiência 135 QUALITESTE Avaliamos o seu produto
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SANTARÉM É o distrito dos “Escalabitanos” ou “Santarenos”, do CNEMA, dos tradicionais Pampilhos, Celestes e Arrepiados de Almoster. É Santarém! Mais de 61 mil habitantes e 18 freguesias fazem parte da riqueza da região da ‘gente que faz bem’. Por falar em riqueza, é um distrito que valoriza a história, a cultura, a arte e a educação. Para os interessados pela cultura, o distrito dispõem de espaços como o cineclube, o grupo de forcados amadores, o museu biblioteca Anselmo Braamcamp Freire, o museu Ferroviário, o museu Municipal, o núcleo museológico do Tempo, a praça de Touros Monumental Celestino Graça e o teatro Sá da Bandeira. Porém, é no património histórico que se destacam. São diversos os teatros, igrejas, templos e conventos que fazem parte do espólio da região. Alcáçova e Muralhas da cidade, Torre das Cabaças, Fonte das Figueiras, Igreja de Santa Maria de Marvila, Capela de Nossa Senhora do Monte, Convento de São Francisco, Convento das Capuchas, Ermida do Milagre, Templo Romano, Teatro Rosa Damasceno, Ponte de Alcource, entre outros. Santarém viu crescer personalidades como Bernardo Santareno (médico e escritor), Celestino Graça (regente agrícola e etnólogo), Mário Viegas (ator, encenador e diseur de poesia), Joana Amendoeira (fadista), entre outros nomes conhecidos. Mas o melhor ainda está por vir. Nesse sentido, a Revista Business Portugal foi descobrir o distrito de Santarém, a sua cultura, tradição e gentes.
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PANIFICADORA COSTA & FERREIRA
“A RAZÃO DO NOSSO SUCESSO É A VOSSA PREFERÊNCIA” Este é o slogan da Panificadora Costa & Ferreira, a empresa responsável pelo fabrico do afamado Pão de Rio Maior. Para esta edição da Revista Business Portugal, estivemos à conversa com Rita Costa que administra esta Panificadora em conjunto com o marido Joaquim Costa.
A
origem do Pão de Rio Maior remonta à própria origem da Costa & Ferreira, quando o proprietário, Joaquim Costa, iniciou o fabrico de uma receita exclusiva de um pão caseiro cozido a lenha em fornos de alvenaria para fornecimento de duas pequenas churrasqueiras que detinha em conjunto com a sua esposa, Rita Costa. Com a grande procura por restaurantes e posteriormente pequenos mercados, o pão tradicional ficou a ser conhecido por Pão de Rio Maior, devido ao seu fabrico se encontrar localizado nesta região ribatejana que dista 80 quilómetros de Lisboa. Com a frescura e a qualidade inalterada por um longo período de tempo, o Pão de Rio Maior passou a ser conhecido através dos seus consumidores e comercializado a nível nacional nas grandes superfícies, assumindo-se, hoje, como uma das marcas mais reconhecidas como um produto tipicamente português. Assim, a Sociedade Panificadora Costa & Ferreira é uma indústria de panificação tradicional portuguesa e encontra-se instalada num complexo com mais de 50 mil metros quadrados.
O verdadeiro Pão de Rio Maior O cuidado com uma alimentação equilibrada que salvaguarde o consumo excessivo de sal foi desde cedo uma preocupação para
Rita Costa, administradora
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“O nosso pão não contém qualquer aditivo nem conservante. É feito apenas com água, farinha, sal e fermento”
PANIFICADORA COSTA & FERREIRA
esta Panificadora, uma vez que nas suas receitas é utilizado muito menos sal do que o máximo recomendado: “Nós temos plena consciência de que fabricamos um produto que é consumido diariamente pelas pessoas e, por isso, fazemos questão de que ele seja 100 por cento natural e com o melhor sabor possível, através da nossa receita inalterada ao longo de quase três décadas”, enalteceu a nossa entrevistada. O pão que se tornou famoso pela sua côdea estaladiça e interior macio e saboroso é produzido 24h por dia nas instalações da Panificadora Costa & Ferreira (em Rio Maior), através de um processo tradicional e artesanal completamente inalterado: “O nosso pão não contém qualquer aditivo nem conservante. É feito apenas com água, farinha, sal e fermento”, reiterou. O método de fabrico assume-se como sendo “diferente” e extremamente artesanal: “Cada pão passa por muitas mãos antes de chegar ao consumidor final e é o que garante a qualidade e o sabor único que caracteriza o Pão de Rio Maior”.
Produtos 100 por cento nacionais Desde o pão de centeio ao de milho, passando pelo pão de forma, a Panificadora Costa & Ferreira assume o fabrico de cerca de 25 toneladas de pães por dia. Para isso, conta com uma equipa de cerca de 250 pessoas – “muitas delas imigrantes porque a verdade é que falta mão-de-obra na nossa região e, pelo que vejo, um pouco por todo o país também” – e uma frota de camiões e carrinhas para distribuição de pão e transporte de farinhas, composta por cerca de 100 veículos. Este processo completo e restrito permite que a Panificadora Costa & Ferreira garanta todo o processo que envolve o fabrico de pão que produz, desde o transporte da farinha até ao momento em que o pão é entregue ao cliente. Esta empresa, no âmbito da atividade de “fabrico de pão”, que contempla todas as atividades de produção, armazenamento, expedição de congelados e distribuição de produtos de panificação, considera a qualidade e a segurança alimentar dos produtos que comercializa como parte fundamental da sua estratégia comercial. Assim, esta é uma empresa certificada e, para além disso, uma empresa distinguida com os prémios de PME Líder e PME Excelência – prémios que reconhecem a postura sólida e a confiança com que trabalham no mercado.
A Panificadora Costa &Ferreira obteve em 2014, a certificação de Pão Regional de Rio Maior, sendo este o primeiro produto do setor da panificação tradicional certificado a nível nacional.
Rita Costa explicou que passará a contar com um novo túnel de congelação em espiral e com um novo edifício que irá operar como entreposto logístico, que irão garantir a existência de produto nas épocas do ano em que a procura é mais elevada.
Um futuro em crescimento A Panificadora Costa & Ferreira encontra-se numa fase de ampliação das suas instalações.
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MARQUES, LDA.
HÁ 63 ANOS A EVOLUIR COM A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL A Marques, Lda destaca-se por ser o concessionário da Mercedes - Benz mais antigo de Portugal e dos mais antigos da Europa. Fundado a 6 de fevereiro de 1956, situa-se na zona industrial de Santarém e em Tomar tendo como objetivo a comercialização e assistência da marca. A Revista Business Portugal esteve à conversa com o atual administrador, Bernardo Leal de Oliveira, que falou do percurso da empresa até ao presente e da constante atualização do mercado.
C
om 63 anos de existência, a Marques, Lda, atravessou quatro gerações na família de Bernardo Leal de Oliveira. “Tudo começou com o meu bisavô, seguindo-se o meu avô, o meu pai e agora eu. Foi com a Mercedes-Benz que nascemos há 63 anos e é com a Mercedes que tencionamos continuar”, referiu o atual proprietário.
Serviços de qualidade e garantia Mercedes-Benz O concessionário dedica toda a sua atividade à marca Mercedes – Benz, desde a comercialização e assistência de veículos novos e usados, peças, acessórios originais e boutique. Com mais de meio século, a empresa abarca características especiais que honram a marca Mercedes – Benz, para conseguir vingar no mundo do setor automóvel e resistir a este negócio, tais como a experiência que foi adquirindo, o atendimento personalizado e o investimento em profissionais de qualidade para a equipa.
“Somos uma família onde todos vestem a camisola” A Marques, Lda prima pelo bom ambiente entre os seus colaboradores, de forma a que estes se sintam parte da família. “Eu olho para a Marques, Lda como uma família. São muitos anos a trabalharmos todos no mesmo sentido. Temos o espírito de família, o que é raro hoje em dia nas empresas”, afirmou Bernardo Leal de Oliveira. Para o engenheiro, o bom ambiente no trabalho entre as hierarquias é fundamental para o bom funcionamento da empresa, assim como o subsequente sucesso. “Os meus colaboradores podem contar comigo para o que precisarem. A minha porta está e estará sempre aberta para todos eles, seja para assuntos de serviço, assuntos pessoais ou particulares. Sabem que podem contar comigo e eu sei que posso contar com eles. Gosto de conversar com eles, de os ouvir, perceber as suas ideias, o que os move. Tudo isto é fundamental para que tudo resulte bem e em sintonia”, afirmou o bisneto do fundador. Para Bernardo Leal de Oliveira, o contacto humano é imprescindível e esse é o motivo para administrar funcionários que já contam com mais de 40 anos a trabalhar com a Marques, Lda. “Isto só demonstra que as pessoas se dão bem, se sentem em casa e sentem que o Concessionário também é deles. “Os nossos funcionários vestem a camisola”.
A importância dos clientes
Bernardo Leal de Oliveira, administrador
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O lema da empresa é “viver os clientes”. Bernardo Leal de Oliveira certifica-se diariamente que os seus funcionários conhecem bem esse lema, de forma a garantir um atendimento o mais personalizado possível, assim como trabalhar para garantir o seu regresso. “Um cliente que se
MARQUES, LDA.
sinta bem acolhido e que o serviço prestado tenha ido ao encontro ou superado as suas expectativas, regressa”, assegura. O administrador sente como um dever garantir o bom atendimento e de certa forma estabilizar uma proximidade com o seu cliente, como um método de conseguir perceber as suas exigências e necessidades.
A evolução da indústria automóvel Para a equipa de Bernardo Leal de Oliveira poder captar todos os requisitos e imposições que vão surgindo por parte dos seus clientes é necessário estar atentos à evolução tecnológica da indústria automóvel, que acontece todos os dias. Com esta constante inovação, a equipa sabe da necessidade de começar a fazer uma nova adaptação do atual modelo de negócio ao mundo virtual e à nova realidade tecnológica dos carros.
“A compra direta dos automóveis é sempre feita no stand, mas já vendemos muitos veículos através das informações que disponibilizamos ao cliente no nosso website
Com o avançar das novas tecnologias, são cada vez mais os clientes que surgem à procura de informações sobre os novos produtos da Mercedes-Benz através da internet. “A compra direta dos automóveis é sempre feita no stand, mas já vendemos muitos veículos através das informações que disponibilizamos ao cliente no nosso website. Muitos dos nossos clientes já vêm ter connosco com as ideias preconcebidas daquilo que querem”, proferiu o atual administrador. Toda esta renovação constante no setor da indústria automóvel requer, por parte da equipa, uma permanente readaptação e reorganização das medidas de trabalho, de forma a, futuramente, poder colmatar todas as situações que possam surgir.
Os novos carros elétricos O aumento dos automóveis elétricos e híbridos existentes é gradual e, cada vez mais, a Mercedes-Benz tem apostado na venda de veículos com este tipo de tecnologia. Conhecida como uma marca
de referência no setor automóvel, a Mercedes-Benz tem vindo a adaptar-se à nova realidade, apostando assim nas novas tendências e comercialização daquele que dizem ser o veículo do futuro. Contudo, de acordo com a opinião de Bernardo Leal de Oliveira, esta transição ainda vai demorar algum tempo. “Quando dizem que daqui a pouco tempo vai deixar de haver carros com motores de combustão e que vai passar a ser tudo elétrico, eu creio que será pouco provável que isso aconteça assim com essa rapidez e facilidade. Não há país nenhum do mundo que esteja preparado para isso. Acredito que seja radical demais o modo e a forma como se tem abordado este assunto, uma vez que os motores a combustão produzidos atualmente, nomeadamente pela Mercedes-Benz, são cada vez mais tecnologicamente evoluídos e por consequência as emissões para a atmosfera serem praticamente residuais”.
Bernardo Leal de Oliveira adiantou também que já foi apresentado o primeiro Mercedes-Benz 100% elétrico e que este chega a Portugal ainda este ano. “São poucas as unidades que estarão disponíveis de início. Mas é óbvio que esses carros vão ter procura, há sempre alguém que se interessa e compra este tipo de veículo”, refere o administrador da Marques, Lda. Quando questionado acerca desta nova realidade da inovação tecnológica no setor automóvel, Bernardo Leal de Oliveira, admite que o futuro e a inovação não o preocupam. “O que me preocupa mais é poder perder o contacto com o cliente. Isso sim, não é bom. Cada vez mais, vão começar a apostar nas compras online, bem como a assistência de um carro elétrico terá pouco que ver com a realidade atual, onde o contacto habitual com o cliente se irá perder. Claro que isso me deixa apreensivo, mas preocupado não, porque eu e a minha equipa temos plena consciência da realidade e, portanto, estamos preparados para o futuro”, assegura o administrador, Bernardo Leal de Oliveira.
Rua do Matadouro Regional, Lote 8 – Zona Industrial - 2005-002 Santarém • Tel: +351 243 305 920 Email: vendas@marques.lda.pt • www.marques.mercedes-benz.pt
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PRIMETOOL
UMA EMPRESA JOVEM COM TRÊS DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA A Primetool foi criada oficialmente em 2010, mas conta com mais de 30 anos de experiência, provenientes da sua empresamãe, a Filipe Faria, fundada em 1982. Com a expansão e crescimento, a Filipe Faria transformou-se num grupo, dividindo as áreas de atuação por três empresas distintas – Primetool, Upbrand e Lastpower. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Sara Faria, diretora de Vendas e Marketing da Primetool, e é sobre esta empresa que recai este artigo. connosco há várias décadas e essa confiança resulta exatamente desta experiência de mercado que a Primetool ostenta”.
Clientes exigentes e satisfeitos
“
A empresa Filipe Faria nasceu em 1982, mas por necessidade de crescimento empresarial transformou-se em grupo, em 2010. Foi nessa altura que dividimos as áreas de atuação por três empresas – a Primetool, que é responsável pela produção e fabrico dos produtos de comunicação que os nossos clientes necessitam, a Lastpower, que faz a montagem, instalação e assistência a esses mesmos produtos, e a Upbrand, que é uma pequena agência de comunicação, que dá resposta a alguns pedidos de clientes, nomeadamente em trabalhos de design e manipulação de imagens, para posterior utilização publicitária”, começa por contar Sara Faria, filha do fundador e Diretora de Vendas e Marketing da Primetool. “Esta é uma empresa que trabalha com os recursos humanos e a experiência de quem já está no mercado da publicidade e comunicação há mais de 30 anos, apesar de termos criado uma imagem apenas há nove anos. Alguns dos nossos clientes também já estão
A Primetool tem no seu portefólio de clientes nomes como Sonae, Allianz, Cin, Fidelidade, Minipreço, Caixa de Crédito Agrícola e outras grandes marcas, o que obriga a um trabalho eficiente e uma resposta rápida e de qualidade: “Estes grandes clientes já têm as suas predefinições de materiais, cores, imagens e design e recorrem a nós com um caderno de trabalhos. A nossa função é executar o pedido. Todavia, o que fideliza estes clientes são as mais-valias que conseguimos apresentar em termos de serviço, nomeadamente o acompanhamento do processo – começamos por receber o trabalho, ir ao local tirar medidas e fazer fotografias do espaço, construir as imagens do projeto e enviar ao cliente. Caso o projeto avance, executamos o pedido e, posteriormente, fazemos questão de marcar um
dia e uma hora para irmos montar o trabalho. Assim, para que o cliente possa estar presente, tem a facilidade de coordenar connosco um horário”.
“O futuro da publicidade passa pelo digital” De entre os produtos oferecidos pela Primetool constam reclamos luminosos, outdoors, expositores, sinalética e merchandising, e também ecrãs LED e LCD, sendo que nenhum destes produtos é trabalhado de forma estanque: “Tudo é personalizado. Os clientes têm sempre especificações próprias e nós temos de dar a resposta adequada aos pedidos”. No que respeita ao futuro desta área, Sara Faria reconhece que este passa pelo digital, com a cada vez maior utilização de LCD e painéis de LED: “Um reclame luminoso é estático e de cada vez que é preciso mudar algo, obriga a uma logística grande. Um painel de LED permite que o próprio cliente altere a sua publicidade, além de permitir algum movimento de imagens e, portanto, maior dinâmica. Acredito que o futuro passe sobretudo por este tipo de publicidade e nós já estamos preparados para ele”.
Praça da Cerrada - Polo Filipe Faria | Zona Industrial Cerrada Grande 2350 - 483 Torres Novas | +351 249 824 323 | contacto@primetool.pt www.primetool.pt 138 | Revista Business Portugal junho 2019
QUALITESTE
Irene Alves e equipa, diretora técnico-científica
AVALIAMOS O SEU PRODUTO
Desafios do futuro Face a um consumidor cada vez mais “exigente, seletivo e pró-ativo nas suas decisões de compra, torna-se cada vez mais necessário caracterizar e conhecer o mercado alvo, obrigando os fabricantes e retalhistas a ter em conta “a opinião” dos consumidores, para assim desenvolverem novos produtos ou adaptarem os já existentes aos novos mercados”. Os estudos de análise sensorial disponibilizados pela Qualiteste têm como objetivo, “por um lado perceber o produto, avaliando e caracterizando as suas características sensoriais e por outro lado perceber o consumidor, através da identificação das suas atitudes, comportamentos, hábitos, necessidades e vontades.” A Qualiteste tem assim, como principal missão “oferecer às empresas um
Apostada em avaliar as características sensoriais de bens de consumo, a Qualiteste foi criada em 2008, com a direção técnica de Irene Alves, a qual refere que a análise sensorial é uma ferramenta indispensável para a garantia do sucesso de um produto no mercado.
A
Qualiteste A Qualiteste foi constituída em 2008, para com o recurso à análise sensorial, “apoiar aqueles que têm a responsabilidade de criar, desenvolver, melhorar e assegurar a qualidade dos produtos, na procura da satisfação do consumidor dispondo, para o efeito, de uma equipa de profissionais com elevada experiência e preparação para responder às necessidades dos clientes”, começa por explanar Irene Alves e acrescenta que “a análise sensorial ou avaliação sensorial é a ciência que utiliza os sentidos humanos visão, olfato, tato, paladar e audição, para avaliar as características ou atributos de um produto, permitindo determinar diferenças, caracterizar e medir atributos sensoriais, e quantificar a aceitação e preferência dos consumidores”.
serviço que assegure que os produtos são conceptualizados e produzidos de forma a atingir as expectativas dos consumidores, utilizando para isso todo o know-how do mercado já adquirido ao longo da sua atuação”, conclui Irene Alves, Diretora Técnico-Científica da Qualiteste.
Serviços Qualiteste Os serviços da Qualiteste são aplicados a produtos das áreas alimentar, cosmética, higiene pessoal e do lar, bazar e ainda da área de pet food e pet care. Para a sua realização “dispomos de uma base de dados de consumidores, abrangente em termos etários e de hábitos de consumo. Efetuando os testes nas suas próprias instalações ou em local de consumo, de acordo com as especificações do produto e necessidades do cliente”. A Qualiteste apoia as empresas na Investigação e desenvolvimento (I&D), “na escolha e seleção de matérias primas e processos de fabrico, na escolha e comparação de formulações, no controlo de qualidade, na conservação dos produtos, na verificação das especificações do produto e na sua evolução no tempo (vida útil) e ainda na escolha das embalagens e sua imagem”. Explica a Diretora Técnico-Científica.
Av. Bernardo Santareno, nº 13 Loja D.ta 2005-177 Santarém Tlf: 243 094 036 Tlm: 915 770 338 Email: info@qualiteste.pt
www.qualiteste.pt
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DESTAQUES 137 CASA GALRÃO Casa Galrão celebra 75 anos 138 FEXPOMALVEIRA’19 Fexpomalveira celebra 31ª edição 140 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE ALJUSTREL E ALMODÔVAR Entre Aljustrel e Almodôvar 142 ERA SINTRA/COLARES A máquina imobiliária em Sintra 144 CLÍNICA VETERINÁRIA DE LOUREL 15 Anos de sucesso dedicados à saúde animal 146 RESTAURANTE DON PEDRO GUEDES I “Um Buffet autêntico de sabores nacionais” 148 RESTAURANTE ROMARIA DE BACO Saborear Portugal no Coração de Sintra
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SINTRA Palacetes luxuosos, serras misteriosas e praias fantásticas. Sintra é assim! Um misto entre paraíso e história, que resultam numa região autêntica e única. Introduzida na área metropolitana de Lisboa, a vila de Sintra sai privilegiada pela sua localização e pelos fáceis acessos à capital. Estes fatores fazem com que a região se torne, frequentemente, destino de escapadinhas românticas e familiares. A arquitetura romântica é assumida e a classificação de ‘Paisagem Cultural de Sintra, Património Mundial da UNESCO’ é conhecida e merecida. O património da vila é vasto e diversificado. Arquitetura, arqueologia, história e etnografia de mãos dadas para tornar a região numa referência. No património natural, podem ser apreciados o campo de Lapiás da Granja dos Serrões, a duna fóssil do Magoito, as pegadas de dinossauros da Praia Grande, o fojo e pedra de Alvidrar, a duna viva da Aguda, o monumento natural de Carenque, entre outros. No arquitetónico, destaca-se o convento dos Capuchos ou de Santa Cruz, o santuário da Peninha, a capela de São Lázaro, o Castelo dos Mouros, o Palácio Nacional da Pena, a Quinta da Regaleira, o Palácio de Seteais, o Palácio de Monserrate, o Palácio Nacional de Queluz e o edifício dos Paços do Concelho. Com uma forte componente agrícola, mas com um crescimento empresarial notável, a região apresenta diversas possibilidades que a Revista Business Portugal quer dar a conhecer nas páginas seguintes.
CASA GALRÃO
CASA GALRÃO CELEBRA 75 ANOS
No ano em que uma das empresas mais emblemáticas da Malveira celebra o seu 75º aniversário, a Revista Business Portugal esteve à conversa com Carla Galrão, colaboradora e familiar dos membros da administração desta marca de rações e sementes reconhecida um pouco por todo o país.
D
omingos Galrão foi o fundador desta empresa. Cesteiro de profissão, viu na compra de sementes nas quintas e nos casais da região e posterior venda nas feiras da Malveira e arredores, um nicho de mercado onde valia a pena investir. Depois de se dar a conhecer, fixou-se numa loja na Malveira, local onde a Casa Galrão permaneceu até 2000 (ano em que mudaram de instalações para a morada atual, também na Malveira). Apesar de se ter iniciado com a comercialização de sementes, a Casa Galrão expandiu a sua atividade para a produção e comercio de rações para animais: “A procura das sementes agrícolas e hortícolas sofreu uma significativa redução. O fracionamento das propriedades, o envelhecimento da população ligada ao cultivo da terra e a pouca rentabilidade dos produtos agrícolas, fez com que a agricultura na região seja hoje uma atividade com pouca expressão. Por isso, a nossa maior aposta, atualmente, é nas rações”, explicou-nos a nossa entrevistada. A Casa Galrão fabrica e comercializa rações simples para aves e animais de grande porte (bovinos, ovinos, suínos, equinos, entre outros), no entanto, é nas rações para os pombos-correio que se diferencia: “Foi António
Luís Galrão, filho do fundador desta casa e columbófilo por paixão, que criou a primeira ração para pombos-correio no país. Uma ração que cedo teve sucesso no setor e que ainda hoje mantém a sua exclusividade, embora já sendo recriada também por outras marcas”, confidenciou-nos a porta-voz da Casa Galrão.
Desafios da atualidade Carla Galrão apontou a diminuição do poder de compra da população, que leva a cortes também nas despesas com os animais, a concorrência existente neste setor e a manutenção do conceito familiar da Casa Galrão, como os principais desafios impostos à administração: “Somos uma empresa familiar que quer manter o bom nome criado pelas duas gerações que nos antecederam sem, no entanto, expandir o negócio para além de um patamar que ultrapasse o âmbito do domínio familiar. Sa-
bemos que temos a nossa importância na região e também por isso cumprimos com as nossas responsabilidades sociais, no entanto, não ambicionamos crescer deliberadamente, mas sim de forma sustentável”, justificou. Com uma marca consolidada e distribuída em todo o país e, também, um pouco por Espanha e França, a Casa Galrão pretende continuar a sua aposta no mercado das rações para animais de companhia destacando os alimentos para pombos-correio, equinos, cães e gatos, uma vez que a maior consciencialização da população no que diz respeito à alimentação e aos cuidados com os animais de estimação, permite que o negócio se vá concretizando de forma rentável para esta empresa que já conta com 75 anos de atividade.
Carla Galrão
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FEXPOMALVEIRA’19
FEXPOMALVEIRA CELEBRA 31ª EDIÇÃO Vítor Gomes e Nuno Pedro, presidente da junta e presidente da organização
Cumprindo a tradição, a Vila da Malveira será palco entre os próximos dias 13 e 18 de Agosto de mais uma edição da Fexpomalveira. Nesse âmbito, a Revista Business Portugal esteve à conversa com Nuno Pedro, presidente da organização do evento e Vítor Gomes, presidente da União de Freguesias da Malveira e São Miguel de Alcainça.
A
Fexpomalveira assume-se como sendo uma mostra dos costumes e tradições da região saloia, para além de uma exposição daquilo que são as atividades económicas do concelho e do movimento associativo. Neste ano de 2019 celebrar-se-á a 31ª edição do evento que tem assumido cada vez mais importância e atraído cada vez mais visitantes para a região.
“Festejar a Reciclar” será o mote para a Fexpomalveira 2019. “Dentro de um espírito de divertimento que a todos deve invadir, a preocupação pelo ambiente é condição primeira para que a festa aconteça e que todos dela possam disfrutar da melhor forma”, afirmou Nuno Pedro. Vítor Gomes contou-nos que a primeira Fexpomalveira partiu de um grupo de amigos do Atlético Clube da Malveira, “alguns deles ligados à Junta de Freguesia de então”, com o intuito de angariar fundos de apoio ao clube. O público aderiu e o evento continuou a ser realizado ano após ano, até aos dias de hoje. A única condicionante parece ser o espaço onde costuma ser realizado o
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“Muitos dos espetáculos que temos promovido, no âmbito da Fexpomalveira, têm tido lotação esgotada e, por questões de segurança, não podemos disponibilizar mais ingressos do que aqueles que a capacidade do espaço permite”
FEXPOMALVEIRA’19
evento – na Mata Paroquial – uma vez que já começa a tornar-se pequeno para a quantidade de pessoas interessadas em marcar presença num certame cujo prestígio ultrapassa largamente as fronteiras do próprio concelho de Mafra. “Muitos dos espetáculos que temos promovido, no âmbito da Fexpomalveira, têm tido lotação esgotada e, por questões de segurança, não podemos disponibilizar mais ingressos do que aqueles que a capacidade do espaço permite”, esclareceu Nuno Pedro.
Cartaz musical: a surpresa Um dos aspetos que tem vindo a valorizar a principal festa da Malveira é o seu cartaz musical. Este ano não irá fugir à regra e por isso foi feita uma grande aposta que reunirá artistas de renome e agradará aos diferentes públicos que visitem a feira de exposições da vila.
No ano passado, a Fexpomalveira foi visitada por mais de 50 mil pessoas, oriundas da região metropolitana de Lisboa, como também por muitos turistas que nesta altura do ano optam pelas praias da zona Oeste. Feira do Gado tenta renascer A tradicional Feira do Gado realizada na Malveira, um dos ex-libris locais, já teve melhores dias. O decréscimo de participantes e interessados, fatores que levaram à sua suspensão, é justificado pelas difíceis deslocações do gado (cada vez mais alvo de rigorosas regras e burocracia). Perante este cenário, a União de Freguesias lamenta a situação, ao
mesmo tempo que demonstra o seu interesse e empenho para que a mesma volte a ganhar a importância de outrora. Porém, também este setor continua a ser um dos polos de atração da Fexpomalveira, com a exposição de gado, na sua maioria “oriundo de criadores da região”.
Um dos aspetos que tem vindo a valorizar a principal festa da Malveira é o seu cartaz musical Entre o mar e a serra Para além da Fexpomalveira, da simpatia dos malveirenses e da gastronomia de alta qualidade pela qual é conhecida, esta vila portuguesa orgulha-se de ter uma das mais importantes feiras semanais, a nível nacional: a Feira da Malveira, que se realiza todas as quintas-feiras. Nela reúnem-se desde pequenos agricultores a comerciantes de vários produtos, oriundos das mais diversas regiões do país. A nível cultural, o Forte da Feira, integrado na Rota Histórica das Linhas de Torres, assume um papel preponderante e ativo no ensino da região. Para além disso, a Malveira conta com o Circuito Ciclista da Malveira “que tem mais edições do que a Volta a Portugal”, conforme nos diz o seu autarca, Vítor Gomes. E por fim, mas não menos importante, a proximidade a Lisboa e às praias tornam a vila da Malveira num local com “uma enorme qualidade de vida tanto para quem vem como para quem cá está”, assumiram os nossos entrevistados.
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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE ALJUSTREL E ALMODÔVAR
ENTRE ALJUSTREL E ALMODÔVAR Orlando Felicíssimo, administrador da Caixa de Crédito Agrícola de Aljustrel e Almodôvar há três anos, concedeu uma entrevista à nossa revista por forma a ficarmos a conhecer um pouco mais sobre a importância que esta entidade assume na comunidade em que está inserida.
o banco mais próximo porque está inserido nas próprias regiões e a capacidade de resposta também é mais rápida por isso. A autonomia de decisão permite que a resposta seja mais célere e o serviço não tão centralizado.
Orlando Felicíssimo, administrador
C
omeçava por lhe perguntar o que é que, na sua essência, distingue a Caixa de Crédito Agrícola dos outros bancos? A distinção principal de qualquer Caixa Agrícola é a proximidade que tem das regiões em que está inserida. A Caixa de Crédito Agrícola é o banco cooperativo que existe em funcionamento em Portugal e que trabalha exclusivamente nessa base. Existem cerca de oitenta Caixas no país, incluindo Açores, e na Madeira existe um balcão que pertence à Caixa Central, portanto, estamos representados por Portugal inteiro. No nosso caso em específico, na Caixa de Aljustrel e Almodôvar, abrangemos os três concelhos: Aljustrel, Castro Verde e Almodôvar. O que acontece é que cada uma destas Caixas tem de ter uma organização à sua dimensão e à sua escala, mas com todos os requisitos e funções que um banco tem de ter. Temos de ter análise de risco, área de crédito, auditoria interna, portanto todas as exigências que existem em termos regulamentares. É
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Aquela conotação agrícola associada ao vosso banco ainda existe muito ou falamos de um negócio mais transcendente? A conotação existe sempre. A génese do Crédito Agrícola começou com a concessão de crédito ao setor agrícola, em 1911, ano em que foram constituídas as primeiras Caixas - esta foi a terceira a ser fundada no País - e, por isso, essa conotação existe sempre. No entanto, hoje, o Crédito Agrícola é um banco “universal”, na medida em que trabalha todos os outros produtos que a banca comercial também trabalha, embora com alguns condicionalismos motivados pelo regime jurídico que existe
em vigor para o Crédito Agrícola Mútuo, em Portugal.
Em termos globais, a Caixa de Crédito Agrícola tem uma quota de mercado média, nestes três concelhos, superior a 36 por cento e no concelho de Aljustrel está perto dos 60%. Como é que se encontra a região económica e industrialmente? E qual a importância que o vosso banco assume nesse cenário? Estamos numa região que abrange três concelhos muito distintos em que, por um lado, na zona de Aljustrel, começamos a verificar a influência que o Alqueva tem tido na proliferação de projetos agrícolas, por outro lado temos Castro Verde que se assume como uma zona protegida e, por último, Almodôvar com a sua serra. Tratam-se de três concelhos distintos e que nos trazem clientes distintos também. No entanto, temos algo que une os três: as minas. Podemos dizer que a nossa Caixa apanha a zona forte onde as minas estão em funcionamento, o que nos traz outro tipo de cliente, o cliente com poder de compra. Isto porquê? Porque existe emprego. Sobre a importância que assumimos na região, posso dizer que muitas empresas hoje não existiam se não houvesse uma Caixa de Crédito Agrícola, que as apoiou e, a dada altura, acreditou nelas. Enquanto administrador desta Caixa de Crédito Agrícola, o que pretende fazer? Fechamos 2018 com um Volume de Negócios superior a 211 milhões de euros, o que para a nossa região é considerável. Reduzimos o crédito vencido para metade, portanto o nosso crédito vencido bruto ronda os 0,6 por cento e temos conseguido melhorar os indiciadores económicos e financeiros da instituição. O que pretendo fazer na Caixa de Crédito Agrícola é manter o processo de crescimento que temos tido nos últimos anos. Esta Caixa cresceu bastante. Todos os anos tem registado crescimentos substanciais, em todos os parâmetros, tanto em crédito, como em recursos e em produtos não financeiros que são comercializados.
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808 20 60 60
Atendimento 24h/dia, personalizado 2ª a 6ª feira: 8h30 às 23h30; sábados, domingos e feriados: 10h às 23h.
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ERA SINTRA/COLARES
SINTRA
A MÁQUINA IMOBILIÁRIA EM SINTRA José Marques e Célia Fonseca são os administradores da ERA de Sintra/Colares há já 13 anos. O primeiro foi nosso entrevistado para esta edição da Revista Business Portugal.
S
intra, território turístico por excelência, é um dos temas desta edição. Nesse sentido, procuramos saber, junto de quem sabe, como se encontra o setor imobiliário da região: “O mercado está bom. Temos muita procura e, a par do resto do país, estamos a sofrer com preços extremamente inflacionados e com pessoas iludidas a achar que o cliente estrangeiro quer comprar a qualquer preço”, começou por alertar o nosso entrevistado. A construção existente em Sintra não acompanha as solicitações e José Marques lamentou o facto de o PDM (Plano Diretor Municipal) se encontrar em revisão desde 2011: “Nos últimos três anos estamos sob a alçada de medidas preventivas que limitam a construção e sabemos que o novo PDM vai ser muito castrador, uma vez que está contemplada uma diminuição das zonas urbanas de Sintra”, deu-nos conta.
Turismo do frio e investimento consciente A par das limitações de construção e do consequente valor elevado por metro quadrado de terra disponível em Sintra, começa a surgir um tipo de turismo diferente: o turismo do frio – aquele que atrai turistas que dispensam as temperaturas elevadas e os grandes aglomerados urbanos, privilegiando as zonas verdes, a
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SINTRA
tranquilidade e as temperaturas amenas. Nesse sentido, Sintra é uma terra muito procurada por holandeses, alemães, belgas, franceses e suecos: “Pessoas que têm a capacidade de transmitir muito bem o que querem e que procuram sítios especiais”, confidenciou-nos o agente imobiliário. Claro que a juntar à magia que a Serra e os monumentos de Sintra transmitem, temos a segurança, a recetividade das pessoas, a cultura, a gastronomia e a proximidade a Lisboa. Mil e uma razões que justificam a boa fase que o setor imobiliário de Sintra atravessa. No entanto, e apesar do bom momento, José Marques prevê uma diminuição dos preços das casas para breve: “Atualmente estamos com números de transações superiores aos do ano passado, no entanto, as coisas demoram mais a acontecer. Enquanto que antes vendíamos uma casa numa semana ou em duas, agora demoramos dois ou três meses. Esse é o primeiro sinal da mudança”, alertou. Segundo o administrador da ERA de Sintra/Colares, o que aconteceu há uns anos não vai voltar a acontecer, isto porque “os preços vão descer e inevitavelmente a procura vai abrandar. Mas Sintra apresenta uma peculiaridade que nos descansa, metade
ERA SINTRA/COLARES
dos investimentos aqui feitos são realizados com capitais próprios, o que nos protege das imposições e situação da banca”, adiantou.
O agente imobiliário e a identidade ERA A principal função (e mais trabalhosa) de um agente imobiliário é “conhecer muito bem a zona em que atua”, reiterou José Marques. Para o nosso entrevistado, conhecer as pessoas, as mais-valias e menos-valias de cada zona, as pessoas e as suas peculiaridades, são meio caminho andado para a concretização de um bom negócio: “Uma das coisas que fazemos com os nossos clientes é percorrer a zona e perceber onde o cliente se sente melhor através da conversa e da partilha de histórias”, revelou o agente ERA ao mesmo tempo que nos dava conta da principal característica que diferencia a família ERA das demais imobiliárias nacionais: “É a nossa cultura que nos distingue. Mesmo que as outras empresas repliquem o nosso
“Uma das coisas que fazemos com os nossos clientes é percorrer a zona e perceber onde o cliente se sente melhor através da conversa e da partilha de histórias”
método, o resultado nunca é o mesmo. É uma questão cultural e a cultura ERA distingue-se pela forma como implementa o que faz”. Por fim, ficaram os conselhos: “Ao vendedor, eu aconselho vender agora porque o mercado está em alta e isso garante que pode obter o melhor preço pela sua casa. Ao comprador, aconselho estar atento, porque as melhores oportunidades desaparecem muito rapidamente. Aliás, as melhores oportunidades nem chegam à internet. Nesse sentido, procurar ajuda profissional junto de um agente imobiliário de confiança, é a melhor forma de se conseguir um bom negócio”, finalizou José Marques.
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CLÍNICA VETERINÁRIA DE LOUREL
A Clínica Veterinária de Lourel, sediada no concelho de Sintra, tem como filosofia, a eficácia nos seus serviços e a valorização da vida dos seus animais. Fundada em 2004, a instituição aposta nos melhores serviços veterinários que garantam a qualidade, dedicação, rigor e ética. A Revista Business Portugal, esteve à conversa com a fundadora e Médica Veterinária Dra. Inês Guerra que revelou o trabalho que tem vindo a desenvolver.
A
criação Esta instituição de Medicina Veterinária, foi criada de raiz pela Dra. Inês Guerra e conta com 15 anos de uma história de sucesso dedicada ao mundo animal. “Comecei por trabalhar sozinha, até que fui aumentando a equipa aos poucos”, refere a Médica Veterinária. Atualmente, a equipa é composta por cinco colaboradores, sendo eles, três médicas e dois auxiliares, que trabalham diariamente para garantir os melhores serviços aos seus clientes.
Os serviços Para isso, a clínica, conta com os mais variados serviços veterinários desde todo o tipo de consultas (medicina interna, dermatologia, nutrição, pediatria…), internamento, cirurgias assim como um serviço de urgências 24 horas de apoio ao cliente por via telefone e presencial. “Tentamos fazer sempre a melhor medicina possível, com os meios a que temos acesso, de forma a garantir que os nossos clientes se sintam satisfeitos com os nossos serviços”, afirma a diretora clínica. Trabalha também com colegas com áreas de especialidade em ortopedia, oftalmologia, dermatologia e animais exóticos. Sendo assim por esta clínica não passam só cães e gatos, mas também aves, tartarugas, furões, coelhos, hamsters, cobras, iguanas… Rua Barbosa du Bocage, 1 - Lourel 2710-353 Sintra Tel.: 219 248 962 Urgências: 916 328 655 Email: clinica.v.lourel@gmail.com www.veterinariolourel.com
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15 ANOS DE SUCESSO DEDICADOS À SAÚDE ANIMAL Clientes satisfeitos Esta variedade reflete-se numa vasta gama de clientes satisfeitos com o trabalho desenvolvido por parte da equipa, em relação aos animais que lhes são confiados. “Gostamos de explicar aos tutores dos animais, tudo aquilo que fazemos e o porquê de o fazermos, de modo a podermos dar um prognóstico e procedermos ao tratamento mais apropriado. Para isso dispomos de métodos de diagnóstico como radiologia digital, ecografia e aparelhos de análises sanguíneas que nos permitem chegar a um diagnóstico fiável. Os nossos clientes entendem que a medicina é dispendiosa, tanto a veterinária como a humana, sendo que a medicina veterinária tem um IVA de 23 por cento. Esta percentagem dificulta muito a nossa atividade e acresce um esforço financeiro aos tutores de animais de estimação. Somos a única medicina taxada com o IVA máximo”- esclarece a médica. “No entanto, mesmo Equipa com estas condicionantes as pessoas têm vindo a evoluir na sua mentalidade e muitas delas olham para o seu animal de estimação como um membro da família, só não fazendo por ele aquilo que realmente não podem”, indicou.
Projetos futuros Como projetos futuros, para além de querer dar continuidade ao crescimento sustentável, a diretora clínica, refere que pretende remodelar e criar uma nova dinâmica em certas áreas, de forma a torná-las ainda mais confortáveis, não só para os seus colaboradores, mas acima de tudo, para os animais e seus tutores. Prova disso é a existência de uma sala de espera só para gatos e seus tutores, onde aguardam calmamente e sem confusões com uma vista relaxante para a Serra de Sintra. Apostando deste modo no conceito de clínica “cat friendly”. A chave para o sucesso, tem sido o acompanhamento de perto, como forma a garantir uma relação de confiança e profissionalismo para com os seus clientes. “É importante que as pessoas sintam que realmente nos preocupamos. Um dos nossos grandes objetivos, é essencialmente o de aliar o profissionalismo a uma relação de empatia e proximidade para com os nossos clientes e animais”, concluiu Dra. Inês Guerra.
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RESTAURANTE DON PEDRO GUEDES I
“UM BUFFET AUTÊNTICO DE SABORES NACIONAIS” O restaurante Don Pedro Guedes I, está sediado em Terrugem na cidade de Sintra, e é um dos maiores restaurantes buffet de comida tradicional portuguesa. Uma cozinha aliada ao bom gosto, com um toque de criatividade e sofisticação que dão lugar a pratos deliciosos. Pedro Guedes e Elizabete, o casal fundador desta casa, estiveram à conversa com a Revista Business Portugal e desvendaram a alma do seu negócio.
I
naugurado em 2011, conta atualmente, com oito anos de um projeto ligado ao setor de restauração, servido em buffet livre. A ideia da sua criação, surgiu da perceção de que o mercado não oferecia memórias gustativas servidas em buffet suficientes, para as pessoas se fidelizarem durante alguns anos nos restaurantes. Hoje, é local de paragem obrigatória por quem passa pela cidade de Sintra e dos Sintrenses. Este é um negócio concebido de raiz, resultado da ideia de criar um buffet com qualidade, inspirado nos sabores tradicionais portugueses. “No Don Pedro Guedes I, servimos em quantidade, qualidade e com profissionalismo. Inspirados nos nossos sabores tradicionais, os nossos pratos têm a particularidade de serem servidos em buffet, onde cada cliente, tem a liberdade de escolher o que quer comer, e na quantidade que pretender”, referiu o casal.
de diversas regiões do país, saladas, variados pratos quentes de peixe, carne e legumes, frutas e ainda diversas sobremesas caseiras. Tudo isto, confecionado diariamente com produtos frescos, fornecidos por produtores locais. “No nosso restaurante, cada prato é um hino à cozinha”, especificou a empresária. Para o casal, é também essencial procurar a diferenciação face aos demais, e
“Combinação de sabores numa só cozinha”
A qualidade do serviço que o restaurante Don Pedro Guedes I, presta aos seus clientes, aliada a um preço sem comparação, faz deste negócio um êxito no setor da restauração. A determinação e a paixão com que o casal serve esta casa é o fator principal para o sucesso que têm vindo a alcançar e o subsequente crescimento no mercado.
Sempre bem recebidos com simpatia e por um serviço personalizado por parte dos colaboradores, os clientes que entram neste restaurante podem experienciar todo o tipo de fusão de sabores. Desde as entradas quentes e frias, mesas de queijos e enchidos 150 | Revista Business Portugal junho 2019
é através de uma ementa singular e original ou pela decoração cuidada do espaço que vão alcançando sempre pontos a seu favor.
“Um serviço de êxito”
“Temos de ter atitude enquanto empresários. Querer é poder, seja qual for a área de negócio. A determinação é essencial, mas para isso, temos de gostar do que fazemos”, esclareceu Pedro Guedes e Elizabete. Para o casal, os clientes são o foco e, para isso, prezam sempre pela qualidade do serviço prestado, conseguindo satisfazer o cliente de forma exemplar, sendo este, um meio de comunicação por excelência, e isso reflete-se sempre pelo “passa palavra” a amigos, familiares e conhecidos, que vêm de norte a sul do país para provar as iguarias do Don Pedro Guedes I. Este negócio do casal de Sintra, é mais que vender pratos, é uma mistura de atendimento, espaço, produtos, recomendações e principalmente das sensações que a experiência no restaurante causa nas pessoas que o visitam. Contudo, para desenvolver este trabalho e garantir o retorno, esta atenção que Pedro e Elizabete prestam a alguns detalhes é de extrema importância para ampliar a possibilidade de alcançar o sucesso. Tendo em conta a tradição gastronómica em Portugal, que valoriza não só a confeção e os ingredientes, mas também a arte da degustação e o prazer de estar à mesa, o segmento da restauração que criaram, baseado na gastronomia nacional constitui, portanto, um poderoso veículo de comunicação aos
RESTAURANTE DON PEDRO GUEDES I
seus clientes. Cada vez mais, a evolução do perfil do consumidor exige, uma maior qualidade dos serviços que são prestados e o casal não vê qualquer tipo de dificuldade em relação a isso. “Os clientes são exigentes, mas nós também somos muito exigentes com o produto final que lhes apresentamos, daí o feedback ser tão positivo”, acrescenta Elizabete. Seja os clientes que vêm diariamente, ou até mesmo os turistas de vários cantos do mundo, todos eles assumem ficar deliciados e surpreendidos com a vasta variedade de iguarias portuguesas em apenas um só restaurante. Quanto aos métodos utilizados para o notável sucesso que este estabelecimento tem vindo a desenvolver, os fundadores admitem não ter nenhum em especial. “Apenas tentamos manter os padrões de qualidade que representam a marca Don Pedro Guedes I”.
“A equipa de sucesso” Para o casal, os seus colaboradores são também uma grande ajuda para preservar os padrões de qualidade e os bons serviços prestados aos seus clientes. São os responsáveis pelo serviço de alimentos e bebidas fazendo a articulação com o serviço de cozinha e afins, desde a preparação do serviço de mesa, sala, bar e balcão, à receção de clientes, apresentação e aconselhamento dos diversos produtos e posteriormente à estimulação ao consumo. “São todos muito simpáticos e profissionais. Todos vestem a camisola e estão sempre prontos a ajudar e colaborar com tudo o que lhes é proposto”, indicou Elizabete.
“Um futuro aliado ao bem servir” O casal mostra-se bastante satisfeito quanto ao balanço deste projeto, que ao longo destes 8 anos de existência, tem vindo a de-
senvolver um crescimento sustentável no mercado da restauração. O “bem servir”, com qualidade, distinção e profissionalismo, é o lema da casa de buffet mais conhecida da região. Portugal é um dos países mais especializados nas atividades de restauração. De facto, graças às condições geográficas do país, o turismo é um dos setores mais desenvolvidos e, por consequência, todos as atividades associadas, nomeadamente a Restauração, estão desenvolvidas, havendo mesmo um grau de especialização muito significativo face a outros países europeus. Por isso mesmo, no âmbito da economia portuguesa, as empresas do setor da Restauração são de extrema importância para o desenvolvimento, não só económico, mas também social do país, e como tal, as perspetivas dos fundadores do Don Pedro Guedes I, para o futuro, são de continuidade e distinção através de uma gastronomia com identidade, acompanhando as novas tendências gastronómicas e promovendo boas práticas, tal como têm vindo a fazer até agora, e quem sabe, a abertura de um novo espaço com os mesmos ideais e princípios. “Pretendemos abrir um novo espaço no futuro, prestando o mesmo serviço de sempre”, concluiu o casal.
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RESTAURANTE ROMARIA DE BACO
SABOREAR PORTUGAL NO CORAÇÃO DE SINTRA O restaurante Romaria de Baco encontra-se localizado em pleno Centro Histórico da Vila de Sintra. Desde 2011 que aqui se podem degustar os mais variados sabores portugueses. Pedro Miranda, coproprietário e gerente do espaço, explicou-nos o conceito que está por detrás do sucesso desta casa.
E
ngenheiro Eletrotécnico de profissão, Pedro Miranda é apaixonado por gastronomia desde tenra idade e foi por essa razão que se aventurou pela área da restauração numa das vilas mais visitadas do nosso país.
O petisco português em forma de tapa Na carta do Romaria de Baco figuram os principais sabores nacionais, em forma de petiscos ou refeição tradicional. Falamos de uma vasta lista, onde podemos encontrar Bacalhau à Brás, Pataniscas de Bacalhau, Bochechas de Porco Preto, Lulinhas fritas, Polvo, Pica-Pau ou ainda uma variedade de queijos e enchidos artesanais que tão bem caracterizam o nosso país. No que diz respeito aos vinhos, esses estão muito bem representados com várias referências de prestígio nacional. Podem ser servidos a copo, em garrafa ou nos jantares vínicos que neste espaço também são organizados. Para completar o cenário, temos a decoração inti-
mista e a música ambiente com a predominância do jazz. Trata-se de um espaço totalmente pensado para que todos os que por lá passem usufruam de um bom momento num verdadeiro apelo aos cinco sentidos.
O segredo do sucesso: qualidade Pedro Miranda confessou que o segredo do sucesso do Romaria de Baco está na espinha dorsal do mesmo: a equipa. É raro o comentário nas plataformas online que não evidencie a excelência do atendimento neste restaurante. E, esta é só mais uma boa razão para vir ao
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RESTAURANTE ROMARIA DE BACO
Rua Gil Vincente n.2/ 1º Sintra Tlf.: 219 243 985 Tlm.: 915 448 999 Facebook: /restauranteromariadebaco Email: romariadebaco@gmail.com Site: www.romariadebaco.pt
Romaria de Baco. Um restaurante que se assume pela qualidade dos produtos servidos, todos confecionados no momento, com produtos maioritariamente nacionais e sempre que possível artesanais. A sua postura no mercado: “Não somos uma armadilha para turistas e temos demonstrado isso ao longo dos anos”, reiterou o responsável pelo espaço.
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DESTAQUES 152 MUNICÍPIO DE SEVER DO VOUGA Vem aí a XII Feira Nacional do Mirtilo 154 GRUPO PASSA A PALAVRA Passa a Palavra: a qualidade e a tradição aliadas ao sonho
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SEVER TURISMO E GASTRONOMIA Descobrir Sever do Vouga é percorrer paisagens e tempos deixados, nos lugares certos, pela natureza e pelas suas gentes que, através da sabedoria popular e erudita, demarcaram esta região do Médio Vouga. Exemplos destes são bem visíveis, para quem percorre as sete freguesias do concelho. Sever do Vouga, apresenta-se em tons de verde, por entre rios e riachos, cascatas e albufeiras e envolvido pelas magníficas paisagens do grandioso Vale do Vouga até à mais alta serra do concelho, o Arestal. Todo este cenário cria-nos um refrescamento e um bem-estar inegável. Um concelho de eleição para desfrutar de momentos tranquilos e de contemplação de pormenores inesquecíveis, marcados pelo verde e pela fragância da natureza. Por outro lado, a gastronomia em Sever do Vouga é motivo de presença de muitos visitantes. Predominantemente oriundos de outras regiões do país, sabem apreciar os pratos locais, num ambiente rural com reminiscências do litoral, o que demonstra bem a capacidade das suas gentes, que souberam extrair proveitosos resultados dessa simbiose geocultural. A gastronomia em Sever do Vouga é já imagem de marca através de alguns dos seus famosos pratos regionais: o destaque vai para a vitela assada à moda de Sever com arroz no forno, para o cabrito assado, para a lampreia em arroz, para os rojões com grelos e para várias iguarias de peixe do rio em escabeche. Seja feita justiça aos seus múltiplos restaurantes ou casas de pasto que, d’entre a variedade de pratos gastronómicos, apostam decididamente nos que são tipicamente característicos da região. Quanto à doçaria, embora o concelho disponha de padarias e pastelarias, com um fabrico de elevada qualidade neste ramo, até maio de 1995 o concelho não possuía um doce considerado regional, talvez pelo facto de não existir uma tradição conventual. E foi esta a razão pela qual o Pelouro da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Sever do Vouga decidiu levar a efeito em maio de 1995 um concurso para a criação do “Doce Regional do Concelho de Sever do Vouga”, concurso que se processou em três eliminatórias e que teve como vencedor o doce “Beijinhos de Sever”. Mas para quê mais palavras? Venha a Sever do Vouga e delicie-se com as suas iguarias...
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MUNICÍPIO DE SEVER DO VOUGA
VEM AÍ A XII FEIRA NACIONAL DO MIRTILO O Parque Urbano da Vila de Sever do Vouga acolherá, de 27 a 30 de junho, a 12.ª edição da Feira Nacional do Mirtilo. Este evento vai contar com o habitual espaço de exposição, onde estarão presentes empresas ligadas à fileira dos pequenos frutos, produtores, comercializadores e viveiristas. António Coutinho, presidente do município, desvendou um pouco mais sobre as atrações do concelho e do evento.
António Coutinho e Adelino Silva Matos, presidente e galardoado
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ara quem não conhece, como pode caracterizar Sever do Vouga? Sever do Vouga é um concelho do distrito de Aveiro e é o concelho mais a leste desta região, ou seja, o concelho mais interior e, por isso, mais montanhoso e rural. A nossa maior desvantagem é a questão da acessibilidade. O acesso prioritário à A25 continua a ser uma luta, uma vez que iria permitir que as nossas empresas saíssem mais com os seus produtos, ao mesmo tempo que iríamos cativar mais investimento para aqui. Hoje a agricultura está na ordem dos sete por cento, muito mais reduzida do que outrora. Éramos um concelho de grande produção leiteira, no entanto, com o passar dos anos essa realidade alterou-se. Hoje, a produção de pequenos frutos como o mirtilo, groselhas, framboesas, maracujás e limas, fazem de nós uma terra reconhecida nacional e internacionalmente. Nesse seguimento, estamos às portas de mais uma Feira Nacional do Mirtilo. Com o que podemos contar este ano? O mirtilo é uma marca registada do concelho e é por isso que nos assumimos, orgulhosamente, como sendo a capital do mirtilo. No
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que diz respeito à Feira, de ano para ano fazemos várias alterações, sempre na perspetiva de aumentar a dimensão da feira e a procura dos visitantes. Vamos ter muita animação, venda de mirtilos e dos seus mais diversos derivados, eventos culturais, palestras, workshops, showcookings e muita música. O turismo também tem tido a sua importância para o concelho… Nós consideramos que é importante darmo-nos a conhecer. A nossa natureza e paisagens bucólicas deslumbrantes são elogiadas por todos quantos nos visitam. Nesse sentido, estamos a criar uma rota de cascatas porque temos mais cascatas para além da Cabreia. Estamos a promover a acessibilidade a alguns desses locais e fizemos uma espécie de passadiços ao longo do rio Gresso para permitir a realização de caminhadas. O concelho é todo ele paisagem, beleza natural, verde e água. Fomos dotados de uma natureza invulgar e aqui respira-se um ar diferente. O próprio património histórico e monumental faz de nós uma atração ímpar para qualquer visitante. Estamos muito bem servidos de alojamentos locais, muito bem localizados, para fazer face a esta crescente procura. E ainda
MUNICÍPIO DE SEVER DO VOUGA
temos a nossa gastronomia, marcante, que traz cá muita gente. A lampreia e a vitela são as nossas principais atrações gastronómicas.
Cerca de 70 por cento do concelho de Sever do Vouga é floresta
Foi para reconhecer o papel desses empresários que foi organizada a I Gala Mirtilo D´Ouro? Sim, a primeira gala Mirtilo D´Ouro foi precisamente para reconhecer o mérito dessas pessoas que tão bem fazem pela nossa terra. Estiveram lá empresas de todos os setores de atividade que atuam no nosso concelho e foi um sucesso que pretendemos replicar nos próximos anos.
E como são as gentes de Sever do Vouga? As pessoas são o nosso maior produto. São tipicamente acolhedoras, muito educadas, respeitadoras e próximas. Nós gostamos de receber e essa é uma fortíssima característica nossa. É também por isso que nós, município, trabalhamos muito para as pessoas, não só para dignificar a vida delas como para as dar a conhecer. E ao nível industrial? Apesar de o município conceder bolsas de apoio aos estudantes universitários, por forma a aumentar a qualificação dos nossos habitantes, a verdade é que não temos capacidade para absorver toda essa mão-de-obra qualificada. Assim, começam a surgir novas oportunidades de negócio e empreendedorismo. Muitos jovens viram na agricultura uma nova saída profissional. Por outro lado, dou muito valor ao bairrismo dos nossos empresários que continuam a investir na nossa terra, apesar das dificuldades que enfrentam no que diz respeito às acessibilidades rodoviárias. Largo do Municípo 3740-262 Sever do Vouga Tel: 234 555 566 Email: cm.sever@cm-sever.pt www.cm-sever.pt
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GRUPO PASSA A PALAVRA
PASSA A PALAVRA: A QUALIDADE E A TRADIÇÃO ALIADAS AO SONHO Solange Barbosa tem 27 anos e é natural do Porto. Há dois anos, largou o negócio que tinha na rua de Cedofeita e mudou-se para Sever do Vouga para fazer a diferença. Hoje, em conjunto com o marido, Orlando Pinto, são detentores de dois restaurantes e um bar, mas garantem que não ficam por aqui.
S
ever do Vouga não estava nos planos de Solange Barbosa quando abriu o seu primeiro negócio, aos 21 anos, na rua de Cedofeita, no Porto. Foi através de um amigo que a jovem, há dois anos, ficou a conhecer a terra que é hoje a sua casa. Quando surgiu a oportunidade de abrir um restaurante na zona, que tanto a tinha apaixonado, Solange não hesitou e mudou-se de malas e bagagens para Sever do Vouga onde, aos poucos e poucos, está a concretizar os seus sonhos. O Passa Palavra 1 abriu portas em junho de 2017 e é o “menino dos olhos” de Solange Barbosa. O nome escolhido pela jovem portuense para o seu primeiro restaurante foi propositadamente elegido pela necessidade que tinha de que os habitantes da terra “passassem a palavra” quanto ao novo espaço que ali tinha aberto. Solange Barbosa e Orlando Pinto, o seu companheiro e vida e de aventura nos negócios, têm um objetivo e uma forma de trabalhar definida. “Nós quando fazemos, fazemos com tudo. O nosso objetivo não é ser melhor, mas sim ser e
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Orlando Pinto e Solange Barbosa, sócios-gerentes
fazer diferente”. O casal explica que, “o fazer diferente”, passa por manter a tradição e a história da comida que serve nos seus espaços. Tudo o que é confecionado nos restaurantes e bar tem a mão de Solange Barbosa, pois faz “questão que tudo o que é feito seja elaborado da forma como aprendeu quando era mais nova”. A qualidade daquilo que servem é o mais importante.
A receção e a vida em Sever do Vouga Solange Barbosa e Orlando Pinto, que antes vivia em Castro Daire, dizem que foram “muito bem recebidos” pelos habitantes da terra. “Viemos para aqui de braços e coração abertos. Fomos recebidos de forma igual”. A jovem de 27 anos diz que trocar o reboliço e a confusão da cidade do Porto pela calma e a pureza de Sever do Vouga só lhe fez bem. “Apaixonei-me por esta terra. Toda a gente aqui é muito zelosa do espaço de todos. Tudo aqui é bonito. Os espaços verdes são bonitos, a localidade está sempre muito limpa, as rotundas estão sempre enfeitadas com flores. Aqui tudo é diferente”. É esse amor a Sever do Vouga que faz com que Solange Barbosa e Orlando Pinto marquem presença em todas as festas e eventos da terra. São elementos bastantes ativos na comunidade e tudo fazem para melhorar os pequenos aspetos que, por vezes, têm de ser melhorados. Para além de uma presença assídua, tentam, também, ajudar
GRUPO PASSA A PALAVRA
todas as causas que lhes batem à porta. “Fazemos questão de ajudar quem nos vem pedir ajuda. Seja para festas, causas sociais, ou outros. Ajudámos como podemos monetariamente ou em forma de alimentos e refeições. Temos gosto em fazer pela nossa terra”. Explicam que, sempre que conseguem, tentam criar dias diferentes para a comunidade e para criar uma dinâmica diferente na terra. “Sempre que podemos tentamos criar dias diferentes. Por exemplo, no Dia da Criança desenvolvemos um dia dedicado às famílias, com insufláveis, balões e atividades para todos”. Esse trabalho que fazem para os outros e pela terra que já consideram deles também, é reconhecido pela população. Solange Barbosa explica que “as pessoas reconhecem o nosso trabalho e o esforço que fazemos para estarmos o mais ativos possível aqui. Sabem que nós fazemos tudo com o maior gosto e esforço”.
A expansão do negócio Solange Barbosa e Orlando Pinto não são de ficar de braços cruzados e, por isso, quando aparecem oportunidades para criar coisas novas e marcar a diferença, o casal aceita todos os desafios. A expansão do negócio e a criação do grupo Passa a Palavra com a gerência dos dois, para além de um sonho, tem sido uma grande aventura. Em 2019, Solange Barbosa e Orlando Pinto decidem abraçar um novo negócio e abrir um bar de praia na Praia Fluvial da Quinta do Arco. “O bar é para ele”, explica Solange, “É um espaço que vai ser ele a explorar, no fundo, o cantinho dele. Mustache era a alcunha do Orlando, por isso fomos buscar esse pedacinho da vida dele para colocar no bar”. O bar – Mustache Lounge – é um espaço diferente do que alguma vez houve na terra. O casal de empresários explica que, para além de um horário alargado, estão abertos o ano inteiro, o que até então não acontecia, estando aquele espaço só disponível durante a época balnear. Para além disso, o objetivo de Solange Barbosa e Orlando Pinto é terem disponíveis produtos que não existem durante o ano em Sever do Vouga. “Nós queremos ter disponíveis, no bar, produtos que as pessoas, muitas vezes, têm de esperar pelas festas daqui ou têm de ir a outros sítios, mais longe, para comer. Vamos ter
crepes, waffles, chocolate quente, gelados, snacks… Tudo isto vai ser feito na hora, com as pessoas a verem. Nós queremos criar outros hábitos que não existiam”. Para juntar ao Passa Palavra 1 e ao bar Mustache Lounge, o casal, recentemente, abriu o Passa Palavra 2 que veio complementar o grupo. Situado na zona industrial de Sever do Vouga, o novo espaço traz novos sabores e pratos diferentes dos que se podem encontrar no primeiro restaurante do casal. Enquanto que no Passa Palavra 1 se encontra a Francesinha à moda do Porto, a Posta à Casa, o Bife na Caçarola e Grelhados, no Passa Palavra 2 pode ser provada a Vitela assada no forno a lenha, o Cabrito assado, o Bacalhau assado e, mais para a frente, também se vai poder provar o Polvo.
Solange explica ter a ver com o seu primeiro trabalho aos 15 anos – e uma discoteca, trazendo o seu lado citadino para o Interior. Solange Barbosa e Orlando Pinto dizem-se felizes por se terem mudado para Sever do Vouga e, para o futuro, além de todos os sonhos, querem continuar a fazer diferente, sempre com maior transparência. Deixam o convite a todos aqueles que ainda não conhecem a zona, para visitarem a terra e os seus estabelecimentos. “Vão ser todos recebidos de braços abertos”.
A Equipa e o Futuro O grupo tem 14 elementos na equipa, para além de Solange Barbosa e Orlando Pinto. Enquanto patroa, Solange Barbosa diz que tem a maior sorte por ter conseguido as pessoas que trabalham todos os dias consigo. “Nenhum patrão consegue e é alguma coisa sem a sua equipa de trabalho”, diz a jovem portuense. “Eu sem a minha equipa não era nada. Se faltar um, falta-me qualquer coisa”. Solange Barbosa e Orlando Pinto olham para os seus funcionários como uma família. Sabem que as pessoas que têm a trabalhar consigo são o mais importante de tudo, pois sem eles não consigam levar os três estabelecimentos a bom porto. A união e a entreajuda entre todos são dois dos aspetos que mais se destacam na equipa do grupo Passa a Palavra. Com uma equipa unida e coesa, Solange Barbosa e Orlando Pinto ainda têm sonhos que gostariam de concretizar. Embora vivam um dia de cada vez, o casal não coloca de parte a hipótese de abrir uma padaria – que
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DESTAQUES 158 REMAX BARCOVEZ Vender sonhos com sucesso 160 DERMOBODY Novo espaço: um passo mais perto do sonho 162 CANTINHO MINIMEU Uma lufada de ar fresco 163 MERCEARIA PUREZA Um novo estabelecimento, um novo conceito 164 ATELIER ROSA GOMES ARQUITETURA E ENGENHARIA Um ponto de partida para o futuro 166 RESTAURANTE MINI ZIP Uma referência na cozinha minhota
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A NORTE A região norte de Portugal não foi esquecida nesta edição da Revista Business Portugal. Apesar do grande foco dado à região metropolitana e ao sul do país, a riqueza nortenha continua a brilhar nas nossas edições. Nesta edição começamos na invicta e viajamos até aos Arcos de Valdevez. “Viver e Investir nos Arcos” é o lema do Município localizado no Alto Minho. Porém, este é um lema que se aplica facilmente a todo o país e em especial à região norte onde vale a pena viver e investir pelas pessoas, pela cultura, pela gastronomia e pelas tradições. Entre as duas regiões está localizada a região de Ponte de Lima, bastante presente nesta edição. Vila pequena, mas versátil, assim é Ponte de Lima. Com enfoque na Feira do Cavalo de 2019, a revista Business foi conhecer a tradição e os eventos dinamizados na região. O turismo não é tema de assunto só no sul. No norte existem também diversas opções turísticas interessantes e para todos os gostos. Divertir-se em família, com amigos ou com a cara-metade é uma obrigação para quem percorre os trilhos da região do Porto e do Alto Minho.
JANSSEN PORTUGAL
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RE/MAX BARCOVEZ
VENDER SONHOS COM SUCESSO A aposta na região de Ponte da Barca foi, em 2006, uma aventura que Tiago Fernandes decidiu abraçar. Ao longo dos anos a Barcovez sofreu alterações, entre elas a saída de sócios, a abertura de uma nova loja nos Arcos de Valdevez e a mudança de marca. Reestruturar a imagem era a prioridade e, nesse sentido, em 2013 escolhe a RE/MAX pela qualidade, valores e profissionalismo.
U
ma região onde a natureza é rainha Ponte da Barca e Arcos de Valdevez são mercados muito semelhantes. “Ambas as regiões têm produtos muito equivalentes. Ambas são zonas rurais onde se privilegia a natureza e onde se encontram as casas típicas e as quintas brasonadas. O que acontece é que são regiões envolventes semelhantes, mas com valores negociais diferentes”, explica. É nos Arcos de Valdevez que vem uma maior evolução ao longo dos anos e onde se assiste a uma subida de valores mais significativa. “Acima de tudo eu acho que começamos a ter uma marca, a marca Arcos de Valdevez, e temos a vantagem de podermos promover o que temos de melhor, a natureza. Não temos vergonha de sermos de um meio rural, aqui tiramos partido da nossa mais-valia”, afirma.
Uma marca além-fronteiras As regiões rurais são hoje mais alcançáveis devido aos acessos, serviços e comércios envolventes. Apesar de ser uma região onde a população é envelhecida, os jovens começam a encontrar alternavas adequadas às suas preferências, exigências e necessidades. Relativamente perto do aeroporto do Porto e de Vigo tem a vantagem de ser de fácil
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acesso a investidores nacionais e estrangeiros. “O turismo tem sido um grande aliado no nosso trabalho. Nós lidamos com clientes provenientes de todos os cantos do mundo e podemos agradecer esse fator à exposição nacional e internacional do país e da região, mas não podemos esquecer que o nome RE/ MAX, presente em diversos países, é também uma forte alavanca”, explica.
Uma equipa de sucesso
Tiago Fernandes tem “a vantagem de ter
“O turismo tem sido um grande aliado no nosso trabalho. Nós lidamos com clientes provenientes de todos os cantos do mundo e podemos agradecer esse fator à exposição nacional e internacional do país e da região, mas não podemos esquecer que o nome RE/MAX, presente em diversos países, é também uma forte alavanca” uma equipa de 22 colaboradores fantásticos. A minha equipa é constituída por pessoas que quiseram tornar-se empresários e ajudar as pessoas a serem felizes e a conquistar os seus sonhos”. A formação inicial, contínua e obrigatória tornam a equipa mais forte, equilibrada e atualizada, valores muito respeitados pelo broker que acredita no projeto e que valoriza a “partilha” entre todos. Na visão do gerente este modelo devia ser aplicado em todas as imobiliárias e a legislação necessita de alterações urgentes. A formação é um passo fulcral e todo o agente imobiliário deveria ter acompanhamento obrigatório de forma contínua. É com o objetivo de responder de forma imediata e com qualidade aos clientes que,
RE/MAX BARCOVEZ
dia após dia, encontram novas formas de comunicar. “Nós queremos satisfazer os nossos clientes. Eles são exigentes e nós valorizamos isso e a pensar neles temos nas nossas instalações, capacidade para que o cliente não venha só comprar e vender uma casa. O cliente pode sair daqui com contrato de água, luz, gás, seguros, entre outros”, explica. Com o objetivo de conseguir satisfazer, ainda mais o cliente, a RE/MAX Barcovez, está à espera de aprovação para poder exercer como intermediário de crédito e poder oferecer ao cliente um serviço de acompanhamento e apoio na obtenção das melhores propostas de crédito habitação, entre outros.
O reconhecimento pela qualidade e excelência Em 2017 a RE/MAX Barcovez foi distinguida como “agência cinco estrelas do grupo norte, a melhor agência do grupo B”, sendo que esta qualidade é possível de conseguir, mesmo com a quantidade, visto a agência ser nos últimos três anos líder em transações imobiliárias em todo o distrito de Viana do Castelo, afirma. Para o futuro “nós temos o objetivo de continuar a crescer no nosso mercado. Nós temos uma visão destes dois mercados como um só e agora queremos continuar a crescer e estamos atentos à evolução dos mercados vizinhos que são bastante interessantes. Ainda sem confirmações de nada, achamos viável avançar para Monção ou Paredes de Coura. Temos ainda a possibilidade de rumar ao atlântico e poder trabalhar Ponte de Lima e Viana do Castelo. O nosso crescimento pode surgir nestas direções e basta existirem as oportunidades certas. Mas acima de tudo, o que quero para o futuro é continuar a acreditar no meu trabalho e olhar para o setor com paixão”, remata.
Tiago Fernandes, broker
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DERMOBODY
NOVO ESPAÇO: UM PASSO MAIS PERTO DO SONHO Ponte de Lima foi a vila escolhida por Daniela Ribeiro e Maria do Céu Costa para a aposta numa clínica de estética que veio revolucionar o mercado local. Dermobody foi o nome escolhido e hoje, com quatro anos e meio de atividade, o balanço não podia ser mais positivo.
M
otivadas pela ambição e pela vontade de terem um conceito próprio, criaram um espaço onde há uma margem de crescimento, de aprendizagem e, acima de tudo, liberdade para poderem satisfazer os clientes da melhor forma possível. Sem amarras a marcas e equipamentos começaram a construir uma casa com base nas melhores opções do mercado. “Ponte de Lima estava a precisar de um espaço de saúde estética, preocupado com os clientes e que tivesse serviços personalizados de acordo com as necessidades de cada um”, explicam as fundadoras. Satisfazer os clientes com qualidade e profissionalismo são os pilares da Dermobody. “Aqui não temos de obedecer às regras de ninguém e podemos ir procurar o que os clientes desejam. Porém, quando não conseguimos responder a essas exigências, somos as primeiras a dizer que não temos resposta. É assim que conquistamos os nossos clientes e é assim que enfrentamos a nossa profissão todos os dias”.
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Maria do Céu Costa e Daniela Ribeiro, sócias-gerentes
Pontos de diferenciação Apostar na tecnologia foi o caminho escolhido pelas jovens empreendedoras. As formações na área são constantes e fundamentais. “É na tecnologia que nos concentramos e que apostamos. Trabalhamos com tecnologia reconhecida porque vivemos numa altura em que a estética foi banalizada e foi alvo de investimentos desmedidos. Nós tivemos de nos distanciar e diferenciar e foi na qualidade que vimos essa diferença. Não queríamos ser mais um gabinete como todos os outros, queríamos ser a Dermobody”, afirmam. Com o objetivo de dar resposta a diversos clientes e continuar a apostar na qualidade,
DERMOBODY
Praceta de Macau Ponte de Lima Contacto: 258 028 247 Email: dermobody@gmail.com Dermobody
escolhem dar o maior ênfase às máquinas inovadoras. Equipamentos das marcas VIORA, Endermologia LPG e Pollogen são dos mais requisitados para tratamentos de depilação definitiva, celulite, gordura localizada e flacidez. Porém, são muitos os tratamentos disponíveis: desde os tratamentos antienvelhecimento, massagens e até tratamentos com vertente médica, como é o caso dos preenchimentos de Botox e Ácido Hialurónico executados pela doutora Maria José Rocha Ferreira.
Saúde estética para todos Uma das maiores preocupações era descobrir se havia público para os produtos e serviços do centro estético. Enfrentando a dificuldade de não estarem inseridas num grande centro, procuraram na vila as suas maiores valias e adequaram as suas formas de atuação. “Os nossos primeiros clientes vieram e ficaram. Hoje são mais que clientes, são amigos”, contam. Mais importante do que conquistar novos clientes é manter os clientes antigos, fiéis aos serviços prestados. “Fomos inovadoras e provámos que havia interesse por parte dos cidadãos locais e, prova disso, foi a concorrência que se formou depois de nos instalarmos”, explicam. A privacidade foi um dos valores mais preservados. “Temos de ser sempre cuidadosas em garantir a privacidade dos nossos clientes porque ainda existe muito a ideia de que estes serviços são fúteis, quando, na realidade, estes tratamentos estão ligados a nossa saúde”. O público masculino tem sido recorrente neste tipo de serviços e teve de existir uma adaptação da Dermobody às novas exigências. “Há cada vez mais público masculino e, por causa disso, tivemos de mudar o nosso conceito. Este espaço foi idealizado para não ser um espaço nem feminino nem masculino. Queremos que todos entrem cá e se sintam bem. A decoração do espaço e o nosso profissionalismo são as chaves para esta nova imagem”, contam.
Novos passos, novas direções Maio de 2019 fica marcado pela mudança de estabelecimento. Mais clean, mais inclusivo, maior e mais adequado aos sonhos das proprietárias. Um novo passo em direção ao sonho. Os dados estão lançados e o crescimento é inevitável. “O desejo é de continuar a crescer, apostar em novos projetos e no desenvolvimento da equipa mantendo a qualidade e aumentando os serviços”, rematam as fundadoras Daniela Ribeiro e Maria do Céu Costa.
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CANTINHO MINIMEU
UMA LUFADA DE AR FRESCO Chegou em dezembro de 2016 ao centro histórico de Arcos de Valdevez para conquistar os habitantes locais… e não é que o sonho se tornou realidade? O Cantinho MiniMeu, concebido por Catarina Soares é uma lufada de ar fresco no setor da restauração.
C
atarina Soares, Mestre em Biotecnologia Alimentar pela Universidade de Aveiro, decidiu em dezembro 2016 abrir o seu próprio negócio na Rua Dr. Vaz Guedes em Arcos de Valdevez concretizando assim um sonho antigo que a fez regressar as suas origens. O espaço, idealizado e pensado ao pormenor por esta jovem empreendedora, natural da vila vizinha Ponte da Barca, faz-nos sentir todo o conforto de uma casa,“uma das minhas grandes preocupações no momento da construção do espaço foi com que as pessoas se sentissem confortáveis tal como nas suas casas, daí toda a decoração ser tão pormenorizada”. E não é só a decoração que é pormenorizada, também a carta do Cantinho MiniMeu é especial, com várias opções vegetarianas e vegan, “todos os pratos do nosso menu forma idealizados por mim, por forma a satisfazer todos os nossos clientes. A carta foi crescendo à medida que sentíamos que o nosso público procurava algo novo e diferente”.
Aqui podemos deliciar-nos com as já famosas tapiocas, saladas, hambúrgueres artesanais (e maravilhosos), massas, tostas vegetarianas e vegan, assim como outros pratos menos comuns como o pão Bao oriundo da china ou até mesmo as famosas poke bowls, prato típico do Havai, sempre acompanhados pelos maravilhosos sumos naturais que saltam à vista de quem entra. “Não existe na nossa carta um prato de excelência, mas sim existem sempre aqueles que os clientes mais apreciam e aí talvez as tapiocas, os hambúrgueres acompanhados pela batata-doce, e as recentes poke bowls ganhem o pódio”. Mas não são só os pratos salgados que fazem as delícias dos arcuenses, também os lanches fazem crescer água na boca dos que aqui passam quer pela pastelaria caseira, quer pelas frescas smothie bowls ou ate mesmo pelo maravilhoso iogurte com granola. As “famosas” panquecas são uma referência, “as panquecas são sem dúvida uma das nossas especialidades, desde as normais, às red velvet, às
de aveia ou até mesmo as vegan. No entanto, os crepes, os MiniMimu’s, um nome adaptado para os poffertjes holandeses, ou até mesmo os nossos churritos são muito apreciados”. Neste espaço existe ainda a opção de Brunch para os amantes desta refeição britânica, que conta com diversas opções desde as panquecas com ovos mexidos e maple syrup, a tosta de manteiga de amendoim com banana e granola caseira, pudim de chia, iogurte com granola, sumo detox, matcha latte, golden milk, sumos naturais, chás entre outros. É na potencialidade turística da região e na mentalidade aberta da população local que vão buscar forças para continuar o projeto. “A Câmara Municipal tem trabalhado muito setor do turismo o que possibilita ao comércio local ter vários tipos de público. Aliada a esta enchente de turistas, temos um público local com uma mentalidade muito aberta que deposita diariamente confiança no nosso trabalho e nos nossos produtos”, explica Catarina Soares.
Rua Dr. Vaz Guedes n.49 Arcos de Valdevez | Tlf.: 258 105 278 | Email: cantinhominimeu@gmail.com Facebook: Cantinho MiniMeu | Instagram: Cantinho MiniMeu 166 | Revista Business Portugal junho 2019
MERCEARIA PUREZA
UM NOVO ESTABELECIMENTO, UM NOVO CONCEITO Em janeiro de 2019, Catarina, abre um novo espaço na rua vizinha ao Cantinho MiniMeu. Pureza, em homenagem à sua avó que em tempos teve uma mercearia típica na aldeia, é o nome escolhido para o espaço acolhedor e inovador, com um conceito diferente em Arcos de Valdevez.
Catarina Soares, proprietária
“
Neste espaço pretendemos que as pessoas tenham acesso a diversos produtos que lhes permitam ter uma alimentação mais saudável e sustentável, valorizando os produtos biológicos e a granel”, explica a proprietária que realça ainda: “queremos sensibilizar as pessoas para a compra a granel, tal como faziam antigamente, por forma a tornar o consumo mais consciente e o desperdício mais reduzido. Fomos os pioneiros deste conceito nos Arcos de Valdevez e o feedback que temos recebido é excelente”, explica a proprietária. Neste espaço podemos encontrar diversos produtos, desde os legumes e frutas frescas, chás, infusões, especiarias, superalimentos entre muitos outros de diversos pontos do mundo. A consciência ambiental é uma das preocupações da proprietária, que implantou nos seus negócios, políticas ambientais que deviam ser seguidas além-
-fronteiras. A consciência sobre o mundo que a rodeia e os seus desafios, é um dos fatores que diferencia este negócio dos demais. “O consumo do plástico é algo que nos preocupa e nesse sentido tentamos sensibilizar as pessoas para a sua redução. Aqui na Pureza já não usamos nenhum tipo de plástico e este é um conceito que queremos implementar também no Cantinho MiniMeu. Já conseguimos substituir as garrafas de plástico por vidro, as palhinhas de plástico por palhinhas de cartão, as colheres do gelado já não são descartáveis e os sacos de take away são de papel”, conta. Em forma de despedida, Catarina fala sobre o futuro. “Estou
muito feliz com aquilo que eu e a minha equipa conquistamos diariamente, no entanto procuramos sempre mais e melhor, não só porque os nosso clientes esperam isso de nós, mas acima de tudo porque eles o merecem”.
Rua Cerqueira Gomes - Arcos de Valdevez | Telefone: 258 076 666 | Email: purezamercearia@gmail.com Facebook: Pureza | Instagram: Pureza junho 2019 Revista Business Portugal | 167
ATELIER ROSA GOMES ARQUITETURA E ENGENHARIA
UM PONTO DE PARTIDA PARA O FUTURO
O sonho estava a ser percorrido, mas uma divergência de valores fez com que Rosa Gomes, a proprietária do atelier Rosa Gomes Arquitetura e Engenharia, desistisse da antiga sociedade a que pertencia e apostasse em nome individual. Abril de 2019 marca o início de uma nova história na vila de Ponte de Lima.
O
projeto tem como objetivo dar voz aos clientes de forma mais correta podendo assim corresponder melhor às suas expectativas. “Errar é humano” e a proprietária não esconde que existem erros, no entanto, é no sentido de os diminuir que abre uma empresa cujo foco é o cliente. “Fiscalizar pessoalmente todas as obras em que estamos envolvidos é uma das formas de garantir que tudo corre pelo melhor”, conta. Renovação, inovação e frescura eram os pilares mais importantes para se diferenciar em da concorrência. Uma equipa pequena, mas eficaz onde “a palavra dada fosse o mais importante. Podermos ter respostas
Porém, Rosa Gomes admite que faz parte do futuro apostar na decoração de interiores. “Apesar de ser uma área em que o cliente Português ainda não aposte tanto nós queremos ser mais completos e podermos também oferecer esse serviço complementar para os que tiverem poder de compra”, explica. Atualmente os projetos em curso são moradias familiares, ampliação do Carmo´s Boutique Hotel, edifícios multi familiares e loteamentos. A proprietária admite que gostava de concretizar o sonho de transformar uma fábrica numa habitação, porém, garante estar realizada e feliz com o seu trabalho. Em jeito de despedida, Rosa Gomes deixa a mensagem aos clientes e parceiros que a tem acompanhado e que podem vir a fazer parte da história da empresa. “Confiem no nosso atelier e contem com a nossa experiência, dedicação e profissionalismo”, remata.
Atualmente os projetos em curso são moradias familiares, ampliação do Carmo´s Boutique Hotel, edifícios multi familiares e loteamentos
Rosa Gomes, administradora
mais seguras e mais imediatas é um orgulho para nós”, refere a proprietária. É na projeção de todo o tipo de edifícios que se concentra o core business da empresa.
Rua Conselheiro Pinto Osório, N°30, Ponte de Lima | Telefone: 258 095 214 | Email: geral.rosagomes@gmail.com
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XIII FEIRA DO CAVALO DE PONTE DE LIMA - RESTAURANTE PICADEIRO
“UM DESPORTO DE PAIXÃO!” O gosto pelo desporto equestre surge quando Filipe Pimenta era ainda pequeno. Ao longo dos anos essa paixão foi crescendo e a vontade de fazer, desse sonho, algo maior ficou evidente.
“
O desporto equestre é, acima de tudo, uma atividade movida pela paixão, que para além da atividade equestre transforma em comunicação e promoção de um destino”, o município adota a estratégia de “apostar num projeto ligado ao cavalo de forma a conseguir projetar o nome de Ponte de Lima a nível nacional e internacional, conectando-o com a excelência e com o prestígio”. A criação de um recinto onde fosse possível dinamizar eventos e competições foi a primeira medida adotada. “Passamos a ter uma infraestrutura onde podemos receber eventos nacionais e internacionais e altas competições. Desde a inauguração já decorreram aqui mais de 100 eventos equestres e alguns deles foram distinguidos pela excelência”, conta. Para além de ser um projeto que encanta os apaixonados pelo desporto, é um projeto que traz mais-valias para a região. Os eventos movem multidões que procuram usufruir da gastronomia, da hotelaria e dos produtos-chave da região. A qualidade é importante e a realização dos eventos é planeada ao pormenor de forma a distinguir campeões nacionais e internacionais. Portugal está bem representado e o entrevistado destaca o famoso cavalo Lusitano, uma das grandes atrações uma referência de Portugal. De maio a agosto de 2019 serão vários os eventos dinamizados. Já de-
correu o Concurso Regional Dressage e o Festival Internacional de Saltos, já realizado ultrapassou as expectativas de cavaleiros nacionais e internacionais. Em julho decorrerá a XIII Feira do Cavalo e em agosto decorrerão os Jogos Equestres e o Campeonato da Europa de Horseball. Ano após ano, o objetivo é continuar a crescer na qualidade e excelência com que se dinamizam os eventos, levando, a cada dia, o nome de Ponte Lima além-fronteiras.
“Passamos a ter uma infraestrutura onde podemos receber eventos nacionais e internacionais e altas competições. Desde a inauguração já decorreram aqui mais de 100 eventos equestres e alguns deles foram distinguidos pela excelência”
Rua Senhor de Pias nº 1336, Feitosa | 4990-179 Ponte de Lima Contactos: 258 943 834 / 966 291 791 Email: geral@restaurantebarpicadeiro.pt www.restaurantebarpicadeiro.pt
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RESTAURANTE MINI ZIP
UMA REFERÊNCIA NA COZINHA MINHOTA Foi de braços abertos e com sorriso largo que Vânia Dantas nos abriu as portas do seu restaurante. Situado na zona histórica de Melgaço, território mais a norte de Portugal, o Restaurante Mini Zip é um dos restaurantes mais procurados na vila minhota. Com especialidades regionais e uma carta de vinhos de excelência, o espaço faz as delícias dos seus clientes.
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ânia Dantas embarcou na aventura de assumir as rédeas do Mini Zip há dez anos. Apaixonada pela atividade, a entrevistada confessa: “Nasci nesta área”. Com 23 anos de existência, e situado junto à Câmara Municipal de Melgaço, o espaço, que outrora foi um café, deve o seu nome ao icónico programa televisivo Zip-Zip que marcou a televisão nacional, no ano de 1969. O café deu lugar a um restaurante, há cerca de 15 anos, quando os pais de Vânia Dantas assumem a gerência do negócio. O gosto pela área levou Vânia a seguir as pisadas dos pais, acabando por assumir a gerência da casa cinco anos depois.
Qualidade gastronómica É com orgulho e entusiasmo que a proprietária afirma que o Mini Zip é um dos restaurantes mais concorridos de Melgaço. E não é para menos. A vasta oferta gastronómica, sempre acompanhada da qualidade, justifica a grande afluência que o restaurante regista, diariamente. Com doze pratos disponíveis aos amantes do bom garfo, o Restaurante Mini Zip tem especialidades gastronómicas que seduzem os seus clientes. Se o costeletão e a vitela assada são os pratos de carne mais apreciados, o tradicional bacalhau faz as delícias dos “vizinhos” espanhóis. Aos fins de semana o cabrito assado é rei nas mesas do Mini Zip e durante o inverno é o cozido à portuguesa quem chama mais clientes. Quisemos saber qual a sugestão de Vânia para o almoço da equipa da Revista Business Portugal, e a resposta foi clara: “O bacalhau ‘à casa’ ou o tradicional bacalhau à minhota”.
“Acho que estou a conseguir levar o projeto onde quero e, por isso tornou-se necessário criar outras instalações”. O novo Mini Zip, que está a ser construído de raiz, irá abrir portas no Monte Prado
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Frito em azeite e alho, o bacalhau é coberto pela tradicional “cebolada”, composta por cebola, alho e camarão, sendo depois polvilhado com maionese e queijo. O forno é o passo seguinte, para onde vai gratinar. Depois de pronto é servido com arroz e legumes salteados. Ficamos com água na boca! E se por um lado, o bacalhau “à casa” nos oferece uma receita personalizada, o
RESTAURANTE MINI ZIP
bacalhau à minhota segue à risca o receituário do prato típico da região do Minho. “O bacalhau à minhota também é muito apreciado. O bacalhau é frito e acompanhado por batatas fritas às rodelas e coberto com a típica cebolada”, descreve a entrevistada. Não menos importante, e um dos trunfos do restaurante, é a vasta carta de vinhos disponível. Considerada, por muitos, a melhor casta enxertada nas vinhas portuguesas, o Alvarinho é a sugestão predileta. “Tentámos sempre dar a conhecer o nosso vinho, o Alvarinho. Também temos vinhos de outras regiões do país, bem como o vinho da casa, de produção própria”. Para adoçar, e terminar, a refeição, nada melhor do que a lista de sobremesas, caseiras e feitas no dia.
“É o meu pai que me motiva” “Estamos a crescer todos os anos, cada vez mais”, afirma, com satisfação, Vânia Dantas. O balanço dos anos de atividade não podia ser mais positivo. Quando questionada sobre o segredo por detrás do sucesso alcançado, Vânia não hesitou em afirmar: “Sou eu e a minha mãe”. É a mãe de Vânia que assume o “comando da cozinha” do Mini Zip e é graças às suas habilidosas mãos que, todos os dias, dezenas de clientes saem satisfeitos. A equipa de trabalho também contribui para o sucesso do negócio e Vânia garante que “sem eles não conseguia ter os clientes que tenho”. É no pai, que faleceu recentemente, que a entrevistada encontra a motivação necessária para continuar na busca do sucesso. Uma motivação que a leva a fazer mais e melhor, a cada dia. “É o meu pai que me motiva. É ele que me dá o ‘empurrãozinho’ e que me motiva. Continua, sem dúvida, a ser o meu pilar”.
Abertura de novo espaço O crescimento tem sido de tal ordem que Vânia tem prevista
Vânia Dantas, proprietária
a abertura de um novo espaço. “Acho que estou a conseguir levar o projeto onde quero e, por isso tornou-se necessário criar outras instalações”. O novo Mini Zip, que está a ser construído de raiz, irá abrir portas no Monte Prado. Com capacidade para cerca de 120 pessoas, afigura-se um espaço ideal para a realização de eventos. Vânia Dantas assegura que a localização afastada do centro da vila não representa um problema e que “será a qualidade que irá continuar a atrair os clientes ao Mini Zip, esteja ele no centro da vila ou no Monte Prado”. A conversa não terminou sem que Vânia Dantas deixa-se um convite aos nossos leitores. “Venham experimentar e saborear os nossos deliciosos pratos, porque tenho a certeza que vão adorar. Estamos aqui de braços abertos para vos receber”, concluiu.
Avenida Inês Negra, 74 | 4960-534 Melgaço | Tlf.: 251 418 286 | Tlm.: 937 811 208 Restaurante Mini Zip
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QUINTA DA RABAÇOSA
A NATUREZA E A PAZ NUM SÓ ESPAÇO É numa das saídas da estrada nacional 2 que encontramos um percurso que nos leva ao paraíso. O silêncio, a harmonia entre a natureza e as pessoas e o ambiente familiar dão as boasvindas aos turistas, na Quinta da Rabaçosa, em Castro Daire.
Q
uem se aventura pelo caminho até à entrada do turismo rural, não imagina o que vai encontrar até se deparar com as primeiras casas. Entre árvores e, ao fundo, o rio Paiva, podemos ver vários elementos que logo identificamos como o Olimpo – a Quinta da Rabaçosa. Com dez anos de existência, este turismo rural conta com sete quartos, que dispõe de uma casa de apoio, uma casa com dois quartos com cozinha própria, piscina, local para jogos e diversão e tem, também, animais de companhia que são o espelho da familiaridade que Fátima Jesus quer passar. Para além de todas estas comodidades, os mais aventureiros podem fazer um passeio pedestre de 11.3 km que passa pela serra e pelo rio e algumas atividades aquáticas como passeios de barco a remo, pesca desportiva ou observação de flora animal e aves de rapina. Amante da natureza e, em busca de alguma paz, Fátima Jesus decidiu, em 2005, aventura-se pela reconstrução de um hectare de espaço que, para muitos, não tinha salvação possível. “Não foi uma tarefa fácil”, garante, “mas, após três ou quatro anos, já estava a trabalhar.”. Hoje, após todo este tempo de aventura, recebe turistas de todo o mundo que se apaixonam pelo silêncio, pelo verde e pela sensação de paz que este local transmite. “É um espaço muito de rua, que passa energias positivas e transmite muita tranquilidade”. Os hóspedes que procuram a Quinta da Rabaçosa não são os “típicos hóspedes de hotel”. Quem escolhe este Turismo Rural para passar uns dias, “quer o que a natureza tem para oferecer e com comodidades mais pequenas e familiares”, revela a interlocutora.
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O conforto e a felicidade daqueles que recebe, diariamente, na sua casa são o foco de Fátima Jesus que trabalha para que nunca falte nada. “Hoje em dia, recebo 50 por cento portugueses, 50 por cento estrangeiros”, confidencia. Quando questionada se os hóspedes repetem a experiência, afirma que os clientes têm a tendência a voltar, “porque gostam de tudo o que a Quinta da Rabaçosa e Castro Daire oferecem aos seus visitantes. Embora esteja num espaço mais deslocado do centro do concelho, acaba por ser um chamariz de turistas para a localidade”, confessa. Se voltasse atrás, admite que, “possivelmente, não teria coragem porque os tempos estão diferentes”, mas diz-se muito “contente com o que conseguiu construir” e pela forma como o negócio está a correr. Com o som do rio de fundo, Fátima Jesus explica que, por opção própria, fecha quatro meses por ano – de novembro a fevereiro – tendo o seu negócio em funcionamento de março a outubro. Para os clientes conseguirem reservar, diz-nos que o podem fazer através do site, pelo número de telefone da Quinta da Rabaçosa ou através das plataformas digitais comuns. Entre o verde dos vales de Castro Daire, com o rio Paiva como banda sonora, a Quinta da Rabaçosa abre as suas portas para que, aqueles que querem fugir do reboliço da cidade e do barulho, possam desligar. Com espaços exteriores junto à água, com um jardim para passeio e um alojamento preparado com todo o pormenor, oferece tudo o que é necessário para uns dias longe da confusão. De braços abertos e sorriso no rosto, Fátima Jesus, com os seus animais, convida todos aqueles que gostem de mergulhar num estilo de vida mais tranquilo, a visitarem o seu espaço. Quinta da Rabaçosa, 3600-430 Mões 937 593 365 info@quintadarabacosa.pt www.quintadarabacosa.pt
ANDREA CAMPELO MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA
A PROXIMIDADE ALIADA AOS SONHOS DOS CLIENTES
Andrea Campelo, ceo
Inaugurada em 2015, a Andrea Campelo Mediação Imobiliária é uma empresa de referência na vila de Ponte de Lima. A Revista Business Portugal entrevistou a CEO que nos falou sobre a atualidade do setor, bem como a paixão que sente ao realizar os sonhos de cada um dos clientes.
um setor apaixonante, não só pela concretização de sonhos mas também pela proximidade com os clientes. Numa fase inicial, o papel da nossa interlocutora é perceber, juntamente com o cliente, o negócio ideal para ele e (muitas vezes) passar do sonho à realidade. “O sonho das pessoas é sempre muito mais elevado. O meu trabalho é ver o que realmente é importante: fazer a qualificação financeira bem quanto ao produto (imóvel) e trazê-los à realidade”, assinala. É desta forma que acredita que a transparência é um elemento chave na
C
om um amplo know-how na área da mediação imobiliária, a CEO Andrea Campelo decidiu aproveitar a experiência adquirida anteriormente para abrir o seu próprio espaço. “Já conhecia o negócio e tinha uma vasta carteira de clientes que me acompanharam ao longo de vários anos. As pessoas recomendam-me como uma referência e isso foi um fator motivador para eu abrir a minha porta”, afirma. Andrea rapidamente percebeu que este era Mediação Imobiliária Lda Licença da AMI nº 11853
Rua de Souto, nº23 4990-107 Ponte de Lima
hora de negociar. “Não podemos criar falsas expectativas”, acrescentando que o ideal é apresentar ao cliente o valor máximo da sua capacidade financeira para efetuar a compra e “depois selecionamos alguns imóveis dentro desse mesmo patamar”. Questionada sobre a presença em vários sonhos dos seus clientes, a CEO revela-nos que já participou em diversos,“ao ponto de me pedirem para comprar um ramo de flores e o colocar sobre a cama ou até mesmo as esposas só conhecerem a sua nova casa no dia de escritura”. São estas histórias que mostram um grande sinal de confiança entre a imobiliária e o comprador. “O meu lema de vida é realizar os sonhos dos outros e se eu faço aquilo que gosto e o que gosto me dá uma realização pessoal e profissional é muito compensatório. Sinto-me privilegiada”. O mercado imobiliário em Ponte de Lima Se há cerca de cinco anos não se via construção, hoje em dia a realidade é diferente. Naquela época “vendiam-se alguns usados, algumas situações pontuais e poucas as situações de imóveis entregues à banca no concelho de Ponte de Lima, a procura começou a ser muito diminuta por parte de quem necessitava crédito. Continuou haver procura, mas por sua vez procura a pronto pagamento por parte de investidores, fruto da instabilidade das instituições bancárias sentida na altura. Entretanto, o mercado imobiliário começou a melhorar face aos incentivos que a banca estava a dar em relação ao crédito. Com isto, “estamos numa posição em Ponte de Lima em que o buraco ainda não está feito e já temos apartamentos vendidos”. Com base na procura mediante a oferta, Andrea salienta que os valores dos imóveis continuam a subir. Sobre a compra de imóveis, a nossa entrevistada refere que há muitos estrangeiros a investir em Portugal, principalmente ingleses, holandeses e, atualmente, um grande boom de franceses. Um modelo de negócio com identidade própria Andrea Campelo criou um negócio personalizado e que tivesse a sua identidade no modelo que definiu. Vinda de uma conceituada rede imobiliária acredita que a forma que tinha de trabalhar anteriormente é a forma que tem de trabalhar agora, só com uma grande diferença no que diz respeito com a proximidade. “A ligação que criamos com o cliente e a segurança que lhe passamos é o que nos vai levar a bom porto”, conclui.
Tlm.: 924 346 600 Tlf.: 258 404 492
Email: geral@andreacampelo.pt www.andreacampelo.pt
junho 2019 Revista Business Portugal | 173
STAY HOTELS
2019 SERÁ UM ANO DE NOVOS INVESTIMENTOS E CONSOLIDAÇÃO PARA A STAY HOTELS
A
marca portuguesa de hotéis citadinos tem 65 projetos em pipeline e as próximas aberturas estão para breve. O STAY HOTEL LISBOA CENTRO CHIADO será a primeira nova unidade da marca a abrir portas em Lisboa, oferecendo uma localização premium no Chiado. A rede hoteleira assume-se como uma marca de referência de hotéis citadinos, com serviço limitado, onde o cliente paga apenas o que realmente precisa: localizações centrais nas principais cidades do país e o máximo conforto. Com a premissa JUST WHAT YOU NEED, a STAY HOTELS apresenta-se como uma marca jovem, que assegura a melhor relação qualidade-preço num ambiente sempre conectado e com experiências únicas e onde os clientes preferem ficar. A marca estreou-se em 2013 com a abertura do seu primeiro hotel, o STAY HOTEL TORRES VEDRAS CENTRO. Atualmente, possui oito unidades, localizadas em Coimbra, Évora, Faro, Guimarães, Torres Vedras, Lisboa e Porto. O branding mais recente ocorreu em Coimbra, no final de 2018, com a abertura do STAY HOTEL COIMBRA CENTRO, antigo Hotel Almedina. No portfólio da STAY HOTELS consta ainda o mais antigo hotel do Porto, o Grande Hotel de Paris, situado em pleno coração da Invicta. Este hotel histórico teve como hóspedes habituais algumas das maiores personalidades da cultura portuguesa do final do século XIX, como Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós. A STAY HOTELS irá iniciar em breve a renovação desta emblemática unidade de modo a preservar a personalidade do espaço, conjugando-a com os valores da marca, que se inspiram na modernidade, simplicidade, proximidade e bem-estar dos clientes. A administração da STAY HOTELS falou à Revista Business Portugal sobre os seus projetos e objetivos para os próximos meses.
Quais são os principais projetos da STAY HOTELS para este ano? A STAY HOTELS pretende prosseguir com a expansão da marca nos principais centros urbanos do país. No segundo semestre, o grupo irá inaugurar a sua nona unidade, o STAY HOTEL LISBOA CENTRO CHIADO, que resulta da reconversão de um edifício existente na Rua do Crucifixo. Este hotel goza de uma localização privilegiada (um dos nossos maiores fatores de diferenciação) e irá disponibilizar um pequeno almoço com alimentos frescos, servido em horário alargado (das 06:30 às 12:00), snacks JUST DELICIOUS disponíveis 24 horas por dia, wi-fi gratuito em todo o hotel, quartos amplos e confortáveis, e um atendimento de excelência. O hotel de quatro estrelas irá dispor de 38 quartos de diversas tipologias. O investimento para esta nova unidade rondou os 2,5 milhões de euros. Também em Lisboa, o Hotel Princesa Lisboa Centro está a ser alvo de um rebranding para passar a assumir a marca STAY HOTEL LISBOA CENTRO SALDANHA, numa intervenção de dois milhões de euros. O STAY HOTEL FARO CENTRO esteve recentemente em processo de renovação de todos os quartos. A STAY HOTELS irá continuar a investir na expansão da cadeia hoteleira e a trabalhar para fortalecer a nossa promessa: hotéis de cidade, que servem o cliente com o que ele realmente precisa – uma qualidade excecional nos serviços base e uma experiência memorável na relação com a marca.
A STAY HOTELS irá continuar a investir na expansão da cadeia hoteleira e a trabalhar para fortalecer a nossa promessa: hotéis de cidade, que servem o cliente com o que ele realmente precisa – uma qualidade excecional nos serviços base e uma experiência memorável na relação com a marca
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E num futuro mais vasto? A STAY HOTELS está atenta ao mercado e está permanentemente a analisar novas oportunidades de negócio, focadas sobretudo nas cidades de Lisboa e Porto, localizações onde iremos apostar nos próximos quatro anos. Em pipeline, temos mais de 65 hotéis, e o grupo pretende continuar
STAY HOTELS
Administração STAY HOTELS: Nicolau Pinheiro da Veiga, Paula Gandra e Jorge Bastos
Lançámos recentemente a campanha STAY CORPORATE que oferece condições únicas ao cliente business para reservas efetuadas através do nosso site www.stayhotels.pt a crescer de forma sustentável, aumentando o número de quartos e de unidades hoteleiras.
CORPORATE que oferece condições únicas ao cliente business para reservas efetuadas através do nosso site www.stayhotels.pt. Esta campanha tem dois níveis de vantagens associados: o GREAT CORPORATE, que oferece 10% de desconto no valor da estadia, e o JUST CORPORATE, que concede 5% de desconto e crédito, sendo que os códigos promocionais devem ser solicitados através do e-mail staycorporate@stayhotels.pt ou na receção de cada hotel. Queremos, com esta oferta, tornar as reservas empresarias mais simples, sem burocracias, e à distância de apenas cinco cliques.
Como têm decorrido as operações dos diversos hotéis este ano? De uma forma geral temos registado níveis de atividade elevados e em linha com o crescimento do setor do turismo em Portugal. Em 2018, a STAY HOTELS alcançou um volume de negócios superior a 7 milhões de euros. O cliente corporate tem sido uma prioridade para a marca? Como é que a STAY HOTELS tem vindo a reforçar a sua aposta neste segmento? As nossas unidades gozam de localizações privilegiadas e de uma oferta de serviços que se adapta às necessidades do cliente empresarial, pelo que este segmento se tem mostrado cada vez mais importante para a STAY HOTELS. Além disso, a maioria dos hotéis dispõem de salas de reuniões totalmente equipadas. Com foco nesta premissa, lançámos recentemente a campanha STAY
Email: geral@stayhotels.pt www.stayhotels.pt
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CASA DO BOLINHOL/ CONFEITARIA KIBOM
O FIEL SABOR DA TRADIÇÃO Existem doces motivos para visitar a cidade de Vizela. O Bolinhol Kibom (Pão-de-Ló coberto de Vizela) é a principal referência do fabrico antigo e pode ser saboreado na Casa do Bolinhol/Kibom. Fátima Ferreira Salgado assume a quarta geração de descendência feminina na proteção deste património e foi com ela que estivemos à conversa para conhecer melhor a origem do ex-líbris da cidade.
É
com um sorriso nos lábios que a nossa entrevistada recorda com saudade momentos da sua infância e adolescência, marcados pelo cheiro dos doces acabados de cozer nos enormes fornos, naquele tempo aquecidos com caruma e carqueja. Era a casa dos seus avós (Albina e Joaquim) que a mandaram construir e para onde foi transferido o negócio em 1922. Coube em partilhas, no final da década de 70, ao tio de Fátima, sendo hoje gerida por um neto. Desta casa partiu, também, em finais da década de 30, um familiar de Joaquim que trabalhou o Bolinhol com a marca Primor e cujas instalações e marca se conhecem hoje por “Fina”. Maria da Conceição Silva Ferreira, a filha mais velha de Albina e Joaquim e mãe de Fátima, na sua curta passagem por Terras de Vera Cruz deu continuidade ao fabrico de Família. Quem provava o bolo regional de Vizela não
R. Dr. Abílio Torres 431, 4815-552 VIZELA Telf. / Fax: 253 587 527 Email: kibom@casadobolinhol.pt Facebook: casadobolinholkibom 176 | Revista Business Portugal junho 2019
conseguia esconder o agrado e as palavras “qui bom” seguiam-se a cada dentada. De regresso a Portugal, Maria da Conceição Silva Ferreira faz jus ao saber herdado inaugurando em 1974 – 100 anos após o nascimento da “bisavó Joaquina” - a Confeitaria Kibom (atual Casa do Bolinhol). Ao lado do seu pai Joaquim e do seu irmão José honrou o nome da família Ferreira, obtendo a perfeição na elaboração deste receituário, motivando a atribuição de alguns prémios, entre os quais um 1º prémio em Concurso Nacional.
Bolinhol – O tradicional Pão-de-Ló coberto de Vizela Nascida em 1874, no atual nº 738 da Rua Dr. Abílio Torres da cidade de Vizela, Joaquina P. Ferreira Fátima Ferreira Salgado, proprietária da Silva foi a autora do doce em formato retangular primorosamente coberto com calda de açúcar, sua especialidade. Como forma de o proteger para as festas e romarias que frequentava, a doceira decide envolvê-lo em linhol, um tecido de algodão semelhante ao linho. Assim nasce o Bolo-do-linhol, ou Bolinhol de Vizela que se caracteriza pela cobertura de açúcar, pelo formato retangular e por ser mais pequeno do que a tradicional rosca de Pão-de-Ló, “o tal manjar divino de textura leve e fôfa”.
Mais de um século de saber e de sabor O passar dos anos não adulterou a iguaria. Desde 1908, o ano em que a Famíla festejou o 15º aniversário de Albina (2ª geração), o Pão-de-Ló coberto de Vizela continua a surpreender quem o prova. Fiel aos sabores da memória coletiva, o Bolinhol Kibom, confecionado a partir dos melhores ingredientes, torna-se uma marca identitária da região de Vizela. Fátima Ferreira Salgado e filha abraçam com paixão e carinho este legado gastronómico assumido, religiosamente, como compromisso de vida e cujo juramento confrádico confirma: “preservar, proteger, divulgar...”. O melhor mesmo é rumar até ao nº431 da Rua Dr. Abílio Torres e (com)provar a qualidade, o sabor e o atendimento da Casa do Bolinhol / Confeitaria Kibom. Repouse, saboreie e confira também a veracidade histórica desta casa, fielmente documentada: “bisavó Joaquina”, Albina e Joaquim, Maria da Conceição… Mais de 100 anos de fidelidade aos sabores de tradição, revividos em pleno, nos dias de hoje, por Fátima Ferreira Salgado na Casa do Bolinhol “Kibom”.
JUNTA DE FREGUESIA DE LUSTOSA
UMA JUNTA PRÓXIMA DO POVO Armando Silva, presidente
Qualidade de vida A qualidade de vida é um dos temas que mais preocupa Armando Silva. Sempre que há conhecimento de algum casos com mais dificuldades, não hesitam em ajudar: “nós damos cabazes a pessoas (…) porque as reformas ou o rendimento mínimo não chega para as necessidades diárias”. Para além desta preocupação em ajudar, a freguesia tem ainda uma indústria forte e bons acessos, o que atrai pessoas de localidades vizinhas, tornando a freguesia cada vez maior e mais populada.
Armando Silva, um apaixonado por carros e que adora cantar desgarradas, vive para servir as pessoas. O gosto que nutre por desafios ambiciosos levou-o a candidatar-se a Presidente da Junta de Lustosa, em 2013. Em entrevista à Revista Business Portugal revelou os objetivos que traça para a freguesia que gere.
“
Quem visita Lustosa vai feliz” Quem o afirma é o Presidente Armando Silva, com quem estivemos à conversa. Desde sempre se empenhou para servir bem a sua terra, juntamente com o resto da equipa da Junta de Freguesia. A capela de São Gonçalo, a casa mortuária, um parque de estacionamento com 66 lugares, que também serve de recinto para as festas da localidade, o restauro de fontes antigas, são algumas das obras já feitas pela Junta, que tem o cuidado de as manter sempre apresentáveis, para os locais e visitantes: “As pessoas começaram a dizer que gostavam de ter um Presidente de Junta como o de Lustosa”, refere, acrescentando que isso “se deve ao facto de ter entendido que devia ir para o terreno e ver o que se passava.”
Servir bem as pessoas A equipa que acompanha Armando Silva preocupa-se com o bem-estar da sua gente e exemplo disso é o espaço para idosos que disponibilizam dentro do edifício da junta de freguesia. Funciona de segunda a quinta-feira, das 13h às 18h e lá são desenvolvidas várias atividades: fazem ginástica – já foram, inclusive, campeões nacionais de boccia – e estão a preparar uma peça de teatro, onde o próprio Presidente irá participar. “Estamos sempre à procura de mais”: para além dos projetos já realizados, é objetivo ter um espaço de enfermagem diário para rastreios e pequenos curativos na própria Junta. É ainda objetivo ter uma ambulância própria: “interessa-nos muito porque estamos a oito quilómetros do quartel de bombeiros do centro de Lousada e, brevemente, irá abrir um centro de saúde que vai servir 8 mil utentes, com a garantia de que será um dos melhores do Norte”. Sendo que a saúde é uma preocupação, em junho, estão agendadas duas caminhadas: uma a São Bento e outra alusiva à Liga Contra o Cancro. Também este mês, haverá um passeio de motorizadas antigas, onde costumam participar cerca de 150 motas e um passeio a Fátima, onde se esperam que entre 16 a 18 autocarros.
Amor à camisola Segundo o Armando Silva, não vale a pensa ser Presidente se não se tiver os princípios para ocupar o lugar: “porque é que eu entretanto nunca mais fiz nada? Porque me apareceu este desafio… Eu só ligo o meu cérebro à Junta. Não vou ligar o meu cérebro à Junta e a outras atividades, que me vão roubar tempo. Para se desempenhar um bom papel, é necessário haver uma entrega total”, afirma o presidente.
Balanço muito feliz Já foi desenvolvido muito trabalho e o objetivo é continuar no mesmo caminho. O povo de Lustosa está satisfeito com quem os lidera: “aquilo que me dizem é que estão contentes com o trabalho desta Junta. Claro que se eu estou aqui por gosto e se vejo as pessoas muito contentes, fico muito mais contente do que elas (…) estou aqui muito feliz, mesmo sabendo que se estivesse noutro lado angariava mais dinheiro. O destino foi este e eu estou aqui com uma satisfação e uma alegria muito grande”. Ainda sem certezas se irá candidatar-se nas próximas eleições, tem consciência que esta Junta tem vindo a desempenhar um bom papel e não irá “entregar o ouro ao bandido”. Armando Silva dá a garantia de que irá trabalhar sempre com a Junta de Freguesia de Lustosa para manter o povo feliz.
Rua da Junta de Freguesisa Nº 901 | 4620-257 Lustosa | Telefone: 253 566 204 | Email: armandosilvajf@gmail.com junho 2019 Revista Business Portugal | 177
HIDRIMPACT
RUMO À GALIZA A Revista Business Portugal esteve à conversa com Fernando Matos e Ilca Matos, pai e filha, líderes da Hidrimpact – Materiais de Embalagem e Fixação.
S
ediada na freguesia de Lustosa, em Lousada, já soma doze anos no seu bilhete de identidade. O seu fundador é Fernando Matos, mas agora o testemunho já está na mão da sua filha, Ilca Matos. Aquando inquirido acerca da motivação para criar a Hidrimpact, Fernado confessou à Business Portugal que a sua real motivação foi preparar o futuro de Ilca, a sua filha. “Criei a empresa para a minha filha, para preparar o seu futuro”, explica o empreendedor, acrescentando que o seu objetivo passava por criar uma empresa com dinamismo e novos produtos de embalagem. A gama de produtos oferecidos pela Hidrimpact estende-se desde material de parafusaria, setor que Fernando Matos já dominava antes, a filme para paletização, passando pelas fitas adesivas e pelas fitas impressas personalizadas “importantes para as empresas que querem publicitar os seus produtos”. Atualmente, o setor mais preponderante na empresa, é o setor da embalagem que representa cerca de 80% das vendas, com especial destaque para o filme de paletização manual e automático que servem vários setores, com especial ênfase no têxtil.
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Na perspetiva de Ilca Matos, a Hidrimpact distingue-se pela pontualidade nas entregas e qualidade do produto. O cliente pode confiar que o produto é entregue com “celeridade e a tempo e horas”, o que é uma qualidade imprescindível em operações de embalamento que têm um peso decisivo em todo processo logístico.
Novas instalações Desde 2007 até hoje a dimensão da Hidrimpact tem “aumentado substancialmente”, atesta Ilca Matos. Desta forma, pai e filha desenharam uma “nova estratégia para a empresa que visa triplicar o
O cliente pode confiar que o produto é entregue com “celeridade e a tempo e horas”, o que é uma qualidade imprescindível em operações de embalamento que têm um peso decisivo em todo processo logístico volume de faturação”. Esta nova estratégia passa, numa primeira fase, pela mudança de instalações que permitirá uma maior dinamização do negócio. O contínuo crescimento da empresa de Lousada, nos seus doze anos de vida, levou a que Fernado e Ilca optassem pela
Ilca Matos, administradora
mudança da empresa para um novo pavilhão. Atualmente, a Hidrimpact tem uma área de cerca de 640 metros, mas até ao início do próximo ano, 2020, vai passar a funcionar num novo espaço, também situado na Zona Industrial de Rebordelos, mas com 2000 metros – o triplo da área do pavilhão atual. A mudança de instalações virá acompanhada da expansão da equipa. A Hidrimpact conta agora com 12 funcionários, mas no ano vindouro o número de trabalhadores irá aumentar para 15.
Futuro: Galiza à vista Ainda longe de atingir a maioridade a empresa de Lousada já voou para longe do ninho e fornece o país do norte até Lisboa. Atualmente, a maior parte das vendas foca-se em Guimarães e Famalicão, mas a expansão vai abrir portas para o exterior de Portugal. A internacionalização ibérica é um dos objetivos para o futuro. A Galiza é o território que está na mira de Ilca, escolhido tanto pelas afinidades geográficas como pelas pessoas, dado a presença de familiares nesta região. Aos clientes, Fernando e Ilca asseguram que no futuro além vão continuar a “fazer tudo o que é possível para dinamizar a economia local e trabalhar em busca de preços mais baixos e competitivos, sem perder de vista a qualidade”.
JANSSEN PORTUGAL
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CERVEJARIA GAZELA
O ORIGINAL CACHORRINHO ESTÁ NA CERVEJARIA GAZELA A história da Gazela remota ao ano de 1962 e desde essa data é uma referência não só na cidade do Porto, mas também além-fronteiras. Américo Pinto é o responsável pela famosa cervejaria que, para além da casa original, abriu o segundo estabelecimento, em agosto de 2018.
A
Cervejaria Gazela está a celebrar 57 anos e, por isso, Américo Pinto abriu as portas da casa mais recente, para nos contar a história de um dos espaços mais emblemáticos do Porto. A cervejaria nasce pelas mãos de um patrão de Américo, que adorava animais africanos, daí o nome “Gazela”. O atual proprietário começou a trabalhar em 1970 nessa casa. O bichinho e a paixão pelo negócio ficaram, até que em 1981, teve a “oportunidade de adquirir o espaço e foi aí que tudo começou”. O cachorrinho é o rei da casa Com certeza que já ouviu falar da Gazela e dos seus famosos cachorrinhos, mas afinal qual é o segredo para tanta fama? “Existem vários segredos”, começa por nos explicar
O ex-líbris da Gazela é o único cachorro português galardoado a nível mundial. Mais recentemente, marcaram presença em Paris, no concurso “The World Restaurant Awards”, em que concorriam pela melhor especialidade da casa - (a house special)
Américo. “Vão desde o pão, linguiça, salsicha fresca (onde todos compram e é da Salsicharia Leandro), queijo, molho picante e, o mais importante, a própria confeção”, acrescenta. O ex-líbris da Gazela, é o único cachorro português galardoado a nível mundial. Mais recentemente, marcaram presença em Paris, no concurso “The World Restaurant Awards”, em que concorriam pela melhor especialidade da casa -(a house special). A casa portuense foi uma das cinco finalistas, motivo pelo qual Américo Pinto se mostra orgulhoso e afirma “que não estava à espera. Foi uma autêntica surpresa”. Embora o cachorrinho seja um dos pratos com maior aderência - por partes de clientes portugueses e estrangeiros -, à lista fazem-se acrescentar especialidades, como o pica-pau à Américo, prego em prato, prego em pão e bife enrolado. Para acompanhar qualquer uma destas iguarias, não pode faltar a típica cerveja. A Superbock é, sem sombra de dúvidas, a grande escolha da casa. “O nosso forte é a cerveja. Só trabalhamos com a Superbock”, salienta.
2018 ficou marcado pela abertura de um novo espaço Agosto de 2018 é uma data especial para a família Gazela. Agora, há mais um motivo para visitar este espaço: fica do outro lado
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CERVEJARIA GAZELA
uma cervejaria, é também uma marca e muito desse trabalho que foi desenvolvido, deve-se à equipa de 19 colaboradores. Eficácia, rapidez, qualidade e profissionalismo são características inerentes a toda a equipa. Para o futuro estão pensadas algumas remodelações na casa original e existem projetos em vista que ainda não podem ser desvendados. Porém, razões não faltam para ir à Cervejaria Gazela. Américo Pinto assegura que “não encontram em mais lado nenhum esta especialidade. Aqui está o cachorrinho original”, conclui.
da Praça da Batalha, na rua de Entreparedes, e é maior do que a casa original. O objetivo? Manter a tradição, num local maior. “Quis trazer mais espaço, pois era algo que precisava”, realçando ainda que “quis dar mais condições de trabalho aos meus funcionários e aos clientes, uma vez que tem mesas para se sentarem com a família”. Na ementa da nova Gazela introduziram a francesinha em pão bijou e o caldo verde. A restante ementa e a tradição mantêm-se iguais à casa mãe.
Tradição e futuro de mãos dadas Hoje em dia, podemos afirmar que a Gazela não é apenas
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PIROTECNIA MELRO
100 ANOS DEDICADOS À PIROTECNIA A Pirotecnia Melro, sediada em Santo Tirso, celebra este ano o seu centésimo aniversário. A empresa que foi fundada por Luís Guedes encontra-se já na sua quarta geração, a cargo dos irmãos José e Vítor Guedes. O primeiro foi nosso entrevistado para esta edição da Revista Business Portugal.
A
pesar de terem sido fabricantes de artigos de pirotecnia por mais de 80 anos, a verdade é que, atualmente, cerca de 80 por cento dos produtos comercializados pela Pirotecnia Melro são importados e alvo de revenda por todo o país. No entanto, esta é uma empresa muito direcionada para o mercado livre de artigos de pirotecnia: “Vendemos artigos de venda livre para o cidadão comum, mas também temos artigos para venda profissional e para a realização de espetáculos”, esclareceu o nosso entrevistado. A empresa que é certificada desde 2012 abandonou o fabrico de pirotecnia no ano de 2010 devido à implementação das novas normas que regem o setor: “A pirotecnia exige muitas regras de segurança e em 2010 o mercado começou a evoluir de uma forma que nos obrigava a reconstruir as nossas instalações. Ou fazíamos um grande investimento ou direcionávamo-nos para outro caminho. Escolhemos a segunda opção”, desvendou.
“Nós para termos um espetáculo licenciado, precisamos da autorização dos bombeiros, autarquia, proteção civil e PSP/GNR O perigo da proibição As proibições de lançamento de fogo que aconteceram no ano passado influenciaram negativamente a Pirotecnia Melro “e não só. Diminuímos as vendas e isso afetou, também, todos os nossos fornecedores. Existem muitas famílias a viver da pirotecnia em Portugal, não somos um setor minoritário”, afirmou o nosso entrevistado.
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Ainda sobre este tema, José Guedes salientou a importância de uma maior consciencialização da opinião pública sobre o que de facto está envolvido em cada espetáculo pirotécnico que é realizado no nosso país: “Nós para termos um espetáculo licenciado, precisamos da autorização dos bombeiros, autarquia, proteção civil e PSP/GNR. Logo, trata-se de um lançamento de fogo plenamente
seguro e é preciso desmistificar este assunto. Nós não temos nenhum interesse em correr riscos, só queremos que nos deixem trabalhar e que difundam uma informação mais correta acerca da pirotecnia em Portugal. A nossa maior luta é tentar explicar que nós não somos pirómanos, somos pirotécnicos”, lamentou o empresário pirotécnico responsável por quase todas as festas realizadas no concelho de Santo Tirso e região circundante. Burgões - Santo Tirso Tlms. 919 589 071/ 919 388 255 919 791 635 Email: pirotecniamelro@gmail.com
JANSSEN PORTUGAL
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JANSSEN PORTUGAL
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