Revista Business Portugal | Julho '14

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Plano de Missões 2014 Mercado EUA Colômbia e Panamá

S.Francisco/ Sillicon Valley Bogotá e Cidade do Panamá

México

Cidade do México

Angola

Luanda e Benguela

Angola

Luanda e Benguela

Cabo Verde

Praia

Cabo Verde

Praia

Moçambique

Maputo

Moçambique

Maputo e Beira

Moçambique

Maputo e Nampula

Qatar e Dubai

Qatar e Dubai

Missões de Importadores Alemanha

Aveiro

Evento

Data

Apoio e acompanhamento às empresas no programa de imersão GSI-IEP.

1 a 6 de Junho

Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados. Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados.

28 de Setembro a 4 de Outubro

Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados. Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados. Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados. Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados. TEKTÓNIKA Moçambique: Apoio e acompanhamento às empresas na Feira Internacional de Construção e Obras Públicas. Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados. Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados. Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados, com visita à BIG 5

23 a 29 de Março

Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas da região.

Julho e setembro

6 a 11 de Julho

26 a 31 de Outubro 8 a 17 de Abril 03 a 07 Novembro 26 de Fevereiro a 1 de Março 28 de Junho a 3 de Julho 23 a 29 de Novembro 15 a 21 de Novembro

Plano de Missões 2015 Brasil

S. Paulo

Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados.

Março 2015

Angola

Luanda e Benguela

Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados.

Março 2015

Cabo Verde

Praia

Abril 2015

Moçambique

Maputo e Beira

Indonésia e Timor

Jacarta e Dili

Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados. Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados. Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas; contactos institucionais quando solicitados.

Junho 2015 Maio 2015

Missões de Importadores China

Aveiro

Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas da região.

Maio 2015

Indonésia

Aveiro

Reuniões bilaterais previamente agendadas de acordo com o perfil da empresa; visitas a empresas da região.

Maio 2015

Para mais esclarecimentos contacte o GRE – Gabinete de Relações Exteriores da AIDA – 234 302 493 - Dr.ª Carla Vieira (c.vieira@aida.pt)


REVISTA BUSINESS PORTUGAL EDITORIAL

Editorial

FICHA TÉCNICA Diretor

até onde nos é permitido sonhar? Por Diana Ferreira

Fernando Silva

EDITORA Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt)

REDAÇÃO Catarina Carvalho Cátia Fernandes Márcia Cardoso Ana Lopes Andreia Lobo Carlos Borges Helena Matos Marta Caeiro Rita Burmester Sandro Santos Sara Pelicano Sílvia Dias Sílvia Martins

Casas de luxo, empreendimentos de sonho e paisagens deslumbrantes... seja bem-vindo às primeiras páginas da edição de Julho da Revista Business Portugal! Fomos à procura dos melhores dos melhores para investimentos imobiliários de alto topo num local de excelência... Portugal. Mas não nos ficamos por aqui. Nesta edição, propomo-nos a deixá-lo sonhar também com recantos escondidos num Portugal que merece ser descoberto. Antecipando a silly season, apresentamos-lhe alguns dos melhores lugares a conhecer em Baião, uma região esquecida por muitos e adorada por tantos outros, que, no nosso entender, deve ser local de passagem obrigatória no nosso país. Fica ainda muito por conhecer e apresentar, mas acreditamos que a vontade de ir até lá fica no ar. Se assim for, então teremos cumprido o nosso propósito. Pode começar já a folhear esta edição de Julho e sonhar... afinal, até onde nos é permitido sonhar? Dou por mim, não raras vezes, a sonhar acordada. Acontece-lhe o mesmo? Viajo muitas vezes nos meus pensamentos, encontro e reencontro muitas pessoas e revivo episódios que, de uma forma ou de outra, me marcaram e me fizeram também a pessoa que sou hoje. Não penso que o sonhar deva passar apenas pelo inalcançável. Até porque o que hoje é impossível, amanhã pode não ser. Por isso, sonhe. Sonhe com uma casa de luxo como as que lhe mostramos nesta edição ou sonhe com umas férias merecidas em Baião, mas sonhe... É bom, saudável e recomenda-se.

(redacao@revistabusinessportugal.pt)

PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN Tiago Rodrigues (tiago.rodrigues@revistabusinessportugal.pt)

SECRETARIADO

edição de julho

Paula Assunção

56 - Aransa

(paula@revistabusinessportugal.pt)

GESTÃO DE COMUNICAÇÃO Fernando Lopes Filipe Amorim Isabel Brandão Luís Silva Manuel Fernando Moisés Leite Nuno Ferraria Paulo Padilha Pedro Paninho Sofia Silva Susana Ramos

EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.1/6.2 4400-134 - Mafamude

06- noronha sanches SOLICITADORES E AGENTES DE EXECUÇÃO

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

TECMAIA

PORTUGAL SOU EU

24 - Isabel Alexandra Ramos & Associados 31 - Nuno Cardoso e Mafalda Pires de Lima 46 - INTSIS 52 - Wipro

64 - Municípios de Elvas 72 - Rede de Castelos e Muralhas do Mondego 108 - Nervir 110 - Veigalimentar

(geral@revistabusinessportugal.pt)

CONTACTOS Tlf: 223 754 806 (Geral) Tlf: 224 109 098 (Redação)

DISTRIBUIÇÃO Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID Impressão: Lidergraf Sustainable Printing Depósito Legal: 374969/14 Edição de julho

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

investimentos imobiliários

A

s imobiliárias de luxo oferecerem empreendimentos exclusivos, com localizações privilegiadas e uma qualidade de excelência. Um design inovador e atual, materiais de topo, acabamentos cuidados e precisos, pretendem satisfazer as necessidades e expetativas do cliente mais exigente. Geralmente inseridos nas zonas mais luxosas das cidades, os empreendimentos de luxo são encarados pelo comprador como um investimento importante para a vida pessoal de cada um, tratando-se de um espaço cómodo e acolhedor, para partilhar com família e amigos nos mais variados momentos. Moderno, atrativo e funcional, tanto nos espaços de interior como exterior. Edifícios que pretendem marcar a diferença. Ser muito mais que uma habitação, pretendem assumir-se como um estilo de vida. As construções de luxo, além de todas as caraterísticas enumeradas anteriormente, assumem serviços exclusivos para responder às mais variadas necessidades dos seus moradores. Mais do que vender, as empresas de imobiliárias de luxo valorizam o serviço pós-venda, desejando a fidelização dos clientes. Um tipo de serviço diferente, com inúmeras vantagens associadas e a garantia de excelência na qualidade dos materiais. Pretende-se que com o passar dos anos este tipo de empreendimento permaneça inalterado, sendo fundamental o rigor no momento de eleição dos materiais e na alta resistência dos mesmos. A preocupação ambiental junta-se às imobiliárias de luxo com o objetivo de reduzir gastos e emissões de CO2 preservando a beleza das habitações.

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Uma assinatura de qualidade Noronha Sanches – Investimentos Imobiliários SA Nascida no início de 1999, a Noronha Sanches – Investimentos Imobiliários SA tem como principal objetivo a promoção e construção de empreendimentos imobiliários, destinados preferencialmente à habitação, em terrenos criteriosamente selecionados para o efeito. Em entrevista à Revista Business Portugal, Samuel Noronha Sanches, fundador da empresa, explicou a filosofia da Noronha Sanches e os desafios que hoje o setor da promoção imobiliária atravessa.

samuel noronha sanches Administrador

Como é que surge a Noronha Sanches – Investimentos Imobiliários? A empresa teve origem na necessidade de dar uma outra organização a uma atividade que já vinha sendo exercida em nome individual desde meados da década de oitenta. Em 1981 comecei a minha vida profissional tendo trabalhado durante cinco anos numa empresa ligada ao setor da construção, a qual foi para mim uma grande escola, complementando os conhecimentos adquiridos na vida académica. Durante esse tempo tive a oportunidade de passar por vários serviços dessa sociedade, e de ter assim uma noção de como funcionava uma empresa no seu todo. Quando nasceu o meu primeiro filho, outras responsabilidades entraram em equação, e senti que não podia manter o mesmo ritmo de trabalho! Precisava de ter uma vida diferente, que me desse mais tempo, e foi aí que comecei a construir por conta própria. Em 1986 iniciei a construção de um primeiro projeto em nome individual, um prédio com 14 frações autónomas. Este primeiro projeto correu bem,

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avancei para outros e, passo a passo, fui começando a construir projetos cada vez maiores que começaram a implicar outras responsabilidades. Foi da necessidade de ter mais apoio e uma melhor organização que surge, no início de 1999, a Noronha Sanches - Investimentos Imobiliários Lda, posteriormente transformada em sociedade anónima. Desde esse momento até hoje já desenvolvemos diversos projetos imobiliários, localizados na sua maioria na Costa do Sol, Parede, Estoril, Cascais, etc. Como é que surge cada um dos projetos que desenvolvem e as ideias que resultam depois nos imóveis que têm a assinatura Noronha Sanches? Os projetos nascem da vontade de investir, investir em coisas sempre novas, de ter a estrutura da empresa sempre ocupada e de rentabilizar o capital que possuímos. Trata-se de uma área de negócio com as suas especificidades. Como qualquer uma tem coisas boas e coisas menos boas. Nós somos uma empresa

que tem o seu alvará de construção, com os quadros técnicos e os equipamentos necessários para esse alvará. Poderíamos fazer empreitadas de alguma dimensão para terceiros mas não o fazemos. E não o fazemos porque o upgrade de estrutura que isso implicaria face aos problemas que isso traz não nos interessa. Somos essencialmente promotores imobiliários e construímos os nossos próprios produtos que depois colocamos no mercado para venda. Os nossos projetos surgem na vontade de encontrar alternativas de investimento mais rentáveis do que aquelas que o mercado oferece para rentabilizar capital. Os investimentos são essencialmente nossos e acreditamos que o mercado imobiliário é um bom investimento. Sempre o foi desde que seja feito de uma forma controlada, criteriosa e com sentido de responsabilidade. Assim, procuramos terrenos para investir e os projetos nascem em função dos terrenos que nós vamos encontrando no mercado para construção e que cumprem os requisitos das nossas exigências. Nesse aspeto somos muito seletivos. Apostamos em locais com


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procura, compatíveis com a qualidade de construção que estamos habituados a fazer. Locais de excelência, de preferência com boas vistas de mar, e inseridos em zonas urbanisticamente consistentes. Até agora temos encontrado bons locais de investimento e as coisas têm-nos corrido bem. Acabámos, por exemplo, um empreendimento há pouco mais de um mês, um projeto que começámos há dois anos, numa época arriscada, em plena crise, contrariando os conselhos de alguns amigos nossos mas, é curioso, como a crise é um lugar de oportunidades... As pessoas por vezes esquecemse disso... Nós investimos e tivemos resultados! Temos já mais de 90 por cento do empreendimento vendido. Das 15 frações que o compõem esse empreendimento apenas resta vender uma. Claro que vendemos porque o projeto é bom, porque tem qualidade e está bem localizado. Tudo foi feito com muito critério. Mas há que semear para poder colher... Com base na sua experiência, quais as maiores diferenças que observa hoje no mercado relativamente ao passado? Ao longo de quase 30 anos de atividade, já construímos quer no meio da crise quer em pleno auge. Lembrome de em 1996 ter imensa dificuldade em contratar empreiteiros porque estavam todos ocupados com as obras da Expo 98, da ponte Vasco da Gama, etc. Nessa altura era preciso pagar o dobro para conseguir mão-deobra e fornecedores. Em tempo de crise conseguimos construir mais barato porque se precisamos de algum trabalho temos logo 20 empreiteiros a dar orçamentos para o mesmo. Temos, por isso, um maior leque de

escolha, sem prescindir da qualidade. O mercado imobiliário é muito cíclico. Cedo aprendi que o ideal mesmo é construir na crise e vender em alta. Embora isso seja arriscado e difícil de conseguir, até porque os projetos são morosos. Atualmente não temos sentido grande dificuldade de vender os imóveis e explico porquê: estão bem localizados e têm qualidade acima da média. Nos últimos dois ou três anos o mercado imobiliário sofreu uma metamorfose muito grande. O

cliente português desapareceu! É triste mas é verdade! Por exemplo, nas 14 frações vendidas neste novo empreendimento que referi, nenhum dos clientes é português. Na prática, estamos a exportar o nosso mercado imobiliário... Temos, neste exemplo, 14 clientes estrangeiros das mais diversas nacionalidades, oriundos de quatro continentes. O governo implementou diversos benefícios fiscais que atraíram estrangeiros para Portugal. Não foi só o Golden Visa mas também as isenções

jardim das palmeiras - monte estoril

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Vila são pedro - são pedro do estoril

Vila são pedro - são pedro do estoril

Vila são pedro - são pedro do estoril

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fiscais para reformados de países comunitários ou extra comunitários. São medidas que atraem inteligentemente capital estrangeiro para Portugal e o país precisa disso. Portugal é um país pequeno que tem para vender o sol, a sua cultura e a sua história. Assustam-me, no entanto, duas coisas. Primeiro o desaparecimento do cliente português! Não há dúvida que o cliente português perdeu poder de compra. Antigamente dizia-se que o que é bom vende-se sempre, mas hoje já não é assim! O cliente português que antigamente comprava aquilo que era bom deixou de comprar. Também há outro fenómeno social importante. Hoje existem menos 20% de jovens que há 10 anos, e a taxa de natalidade é cada vez mais baixa, atualmente 1,2 o que é manifestamente insuficiente para renovar a população. Comparando com o que acontecia há 10 anos atrás, existem menos 20 por cento de jovens a casar e portanto menos 20 por cento de jovens à procura da primeira casa. A juntar a esta baixa existem aqueles que também por falta de oportunidades em Portugal, emigram. Com a população a diminuir drasticamente, temos todo o interesse em captar os estrangeiros. Portugal pode ser um espaço muito interessante para a terceira idade europeia e não só. Temos bom sol, bom mar, boa gastronomia, ainda vamos tendo segurança, etc. Temos condições muito favoráveis para captar esses estrangeiros mas, para além das medidas políticas tomadas, é necessária uma melhor articulação entre o poder central e as autarquias para que todos ajam para o mesmo fim. Deparamonos muitas vezes com obstáculos burocráticos que só complicam o investimento estrangeiro em Portugal e que para além de o porem em causa dão uma má imagem do nosso país. Como estava a explicar, assusta-me por um lado o desaparecimento do cliente português, e por outro assusta-me aquilo a que poderemos chamar de uma exportação imobiliária desordenada. Com isto quero dizer que, apesar de os produtos da Noronha Sanches SA possuírem um espectro de clientes estrangeiros que abarca uma série de nacionalidades distintas maioritariamente ocidentais, os números demonstram que, só este ano, até ao final do mês de Maio, já foram concedidos mais de 900 Golden Visa, mais do que no ano anterior inteiro, e que mais de 80% desses foram atribuídos a chineses. Naturalmente que aos 900 Golden Visas correspondem no mínimo outros tantos imóveis vendidos. Se por um lado isto é


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bom pois vai-se escoando produto imobiliário, por outro não sei quais serão as consequências sociais deste fenómeno no futuro... É fácil de perceber que vão existir consequências. Mas estou convencido que ninguém as antecipa nem está preparado para as enfrentar. Por sua vez, os novos projetos imobiliários devem naturalmente contemplar estas mutações da procura e acompanhar a realidade de um mercado hoje bastante distinto.

saint thomas - estoril

saint thomas - estoril

Como é composta a equipa da Noronha Sanches – Investimentos Imobiliários? Nunca tivemos ambições de ser uma grande empresa em termos de dimensão, mas sim a de ser uma grande empresa em termos da qualidade do serviço que prestamos. Atualmente, após uma adequada redução de quadros e uma optimização de recursos, a empresa apenas possui nove elementos no seu quadro permanente, a que se associam outros elementos com contratos temporários quando o volume de trabalho obriga. São nove colaboradores que dignificam muito os nossos projetos pelo resultado da sua lealdade, entrega, dedicação e amor à camisola, o que me deixa muito gratificado. É um honra poder trabalhar com tão bons colaboradores e gostava que isso ficasse registado. É uma estrutura em que todos são formados para trabalhar em equipa. Não existe uma hierarquia determinada e todos somos muito versáteis embora cada um tenha a sua função bem definida. Todos de mangas arregaçadas, remando para o mesmo lado, com dinamismo e sem desentendimentos. É uma equipa que apenas dá por concluído um projecto, não

samuel sanches com Inês névoa e antónio liberal ferreira Administrador, Responsável Área Administrativa e Financeira e Responsável pela Área da Produção

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apenas quando se termina a respectiva construção, mas sobretudo quando se observa a satisfação dos nossos clientes a usufruírem do mesmo. No entanto, registe-se, que quando erguemos um novo projeto não ocupamos apenas a nossa equipa. É fácil de perceber que na construção de cada empreendimento damos trabalho a muita gente, dos mais diversos subempreiteiros que vamos utilizando e selecionando ao longo do tempo, a quem procuramos incutir o mesmo espírito de equipa e a quem também estamos gratos pelos bons serviços que têm prestado. São largas as dezenas de famílias beneficiadas na realização de cada projeto. E a relação com os vossos clientes depois de instalados nos vossos produtos, é fácil? No início temos como preocupação dar um tratamento muito pessoal aos nossos clientes. Sempre que entregamos um andar, entregamos um dossier personalizado onde vêm as fotografias da obra, o historial do empreendimento, a descrição de todos os fornecedores e subempreiteiros que foram utilizados, toda a informação útil para um cliente em particular. Organizamos ainda os condomínios emergentes por forma a que os nossos clientes se sintam enquadrados num projecto comum. Somos um forte denominador comum entre eles, porque estabelecemos um contrato com cada um e conhecemo-los todos, e entre eles praticamente não se conhecem. Por isso assumimos a responsabilidade moral de desenvolver a articulação entre os nossos clientes que vão assumir uma nova relação de vizinhança com gente desconhecida. Esta questão parece de menor importância, mas é fundamental na construção de um bom ambiente de sã convivência. É um detalhe que faz a diferença. Uma boa organização inicial dá segurança às pessoas, e os nossos clientes apreciam isso e sentem-se bem tratados. É evidente que nós permitimos e aceitamos que os nossos clientes sejam exigentes connosco mas nós também somos exigentes com eles. Este respeito mútuo é muito bonito e, salvo raríssimas exceções, faz com que tenhamos uma relação boa com todos eles e uma amizade que resulta da confiança estabelecida. Procuramos também assegurar uma boa assistência pós-venda e, dentro dos princípios normais de razoabilidade, vamos marcando sempre presença, não apenas nos prazos de garantia da construção, como também em momentos posteriores se o cliente precisar de nós. É interessante notar que temos conseguimos fidelizar clientes no mercado imobiliário. Temos clientes que compraram um primeiro imóvel, entretanto viram a família crescer, e procuraramnos novamente porque necessitam de uma casa maior e preferem os nossos imóveis pela satisfação que o primeiro lhes causou e pela forma como foram tratados. Os nossos clientes acabam por ser afinal a nossa melhor referência comercial pois a sua satisfação faz com que nos recomendem a outras pessoas e isso substitui, com muito eficácia, uma melhor comunicação de marketing. A Noronha Sanches cresceu também para lá das

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terraços de s. pedro - s. Pedro do estoril

varandas de moser - monte estoril

varandas de moser - monte estoril


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terraços de s. pedro - s. Pedro do estoril

terraços de s. pedro - s. Pedro do estoril

terraços de s. pedro - s. Pedro do estoril

fronteiras nacionais. Como se dá esse salto para o Brasil? Podíamos diversificar em Portugal mas as alternativas eram escassas e teríamos de aumentar a estrutura de uma forma mais arriscada, então pensámos dar antes um passo a nível internacional. Optámos por investir no Brasil, onde existem muitas oportunidades de negócio, onde se fala a mesma língua, e aí já temos atualmente um escritório e uma estrutura pequena. No Brasil não nos queremos introduzir na construção como fazemos em Portugal, porque isso seria um erro crasso já que a qualidade de construção no Brasil, não tem nada que ver com a qualidade de construção em Portugal. Se construíssemos no Brasil com a mesma qualidade que construímos em Portugal estávamos condenados ao insucesso porque, na venda, não nos conseguiríamos enquadrar nos preços de mercado, dados os elevados custos que a nossa qualidade acarreta. O negócio que lá criámos é parente da construção, está ligado ao urbanismo. É um negócio rentável, com menor risco, e que aqui em Portugal se tornou mais difícil porque já existem poucas zonas de expansão para lotear em áreas urbanas consistentes. Mas no Brasil, para além do setor urbanístico, entrámos também no setor florestal, na produção de madeira de eucalipto, diversificação esta que, à parte as dificuldades próprias da introdução numa nova área de negócio que antes desconhecíamos, nos dá uma satisfação muito grande por ver nascer e crescer novas florestas plantadas por nós próprios. Contudo, em ambos os negócios que estamos a desenvolver no continente sul-americano, sentimos o choque cultural de formas de estar e trabalhar distintas das nossas e isso por vezes é duro. Para finalizar, quais os projetos e expetativas para o futuro? Neste momento estamos expectantes! Apesar de tudo, aqui em Portugal, ainda temos algum stock imobiliário para escoar, estamos por isso mais concentrados na vertente comercial, na evolução das vendas, para depois orientarmos melhor os nossos investimentos em conformidade. Temos já em carteira um novo projecto para desenvolver em Lisboa, na Lapa, cuja construção arranca em setembro próximo, mas, fora esse, não estamos com pressa em começar outro, a não ser que apareça uma oportunidade de negócio boa, ou melhor, muito boa. Não nos podemos precipitar nos investimentos. Apenas nos metemos em bons projetos. Se eles não aparecem, preferimos esperar enquanto pudermos. Não vamos comprometer a especificidade da Noronha Sanches, uma empresa que tudo o que faz procura fazê-lo bem, em bons locais, porque, acima de tudo, acredita na qualidade. Sentimos uma enorme gratificação quando percebemos o reconhecimento da qualidade dos nossos produtos através da satisfação dos nossos clientes. E é isso que procuramos, é essa a nossa missão, servir os nossos clientes com a máxima qualidade e de forma diferenciada.

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“O que nos diferencia são as pessoas” Portobaixa Impulsionados pelo crescente interesse do turismo no centro das cidades e no seu património, assim como na sua cultura, clima e gastronomia, um grupo de investidores da cidade Invicta, com experiência em investimento imobiliário e reabilitação urbana, decidiram ser chegada a hora de reabilitar o centro histórico do Porto. E assim nasceu o projeto ‘PortoBaixa’ que tem sido fundamental na reabilitação da mesma, não só no que diz respeito aos seus edifícios, mas também na sua alma.

J

osé Teixeira e Pedro Soares são os rostos mais visíveis desta ‘nova cidade’ e revelam-se rostos verdadeiramente felizes com este projeto. Talvez por isso mesmo, quando questionados sobre o que os distingue dos demais, a sua resposta é, em uníssono e sem hesitações, as pessoas. “O que nos faz diferentes são as pessoas. Não são os materiais utilizados nem o design que colocamos nos nossos edifícios. São, sim, as pessoas que fazem parte desta equipa, pelo empenho e dedicação que colocam em cada projeto e também por amarem verdadeiramente a cidade onde intervimos. A isso, aliamos uma paixão inexcedível naquilo que fazemos”. Mas recuemos um pouco para percebermos como nasceu o ‘PortoBaixa’ e qual o seu propósito. De acordo com José Teixeira, sócio-gerente do grupo, “este projeto nasceu graças a um grupo de investidores das mais diversas áreas, que decidiram unir os seus conhecimentos e esforços resultando essa união num grupo que permite obter a confiança de investir num mercado que, ao contrário da construção de habitação nova, tem crescido e ganho força, mercado esse que é nada mais nada menos que a reabilitação urbana”. De referir que no centro da Europa, a reabilitação para fim

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residencial já representa 33 por cento do total do setor da construção civil, em detrimento dos cerca de 26 por cento de habitação nova. O porquê desta aposta? O crescente interesse nacional, mas também estrangeiro, pelo património da cidade, assim como pela sua cultura, clima e gastronomia, além da sua ligação ao rio e ao vinho a que a cidade dá nome. “O centro da cidade tem sido alvo de um crescente interesse por parte de quem investe. Vimos aqui um nicho de mercado interessante, além de que a reabilitação do centro histórico da cidade era necessário”, diz Pedro Soares.

reaproveitado, como fachadas, soalhos e um ou outro pormenor “que faz a diferença e torna aquele edifício em particular, único”. “Quando iniciamos esta aventura de reabilitar edifícios, muitos deles em total estado de ruína, o panorama geral do edificado era simplesmente desolador”. Muito já foi feito, mas ainda há muito por fazer por parte desta equipa, que confessa sentir “um grande orgulho em podermos estar a contribuir para esta transformação e revitalização da cidade que tanto queremos”, confessa Pedro Soares.

A reabilitação

O crescente interesse nas zonas históricas

O ‘PortoBaixa’ oferece várias soluções a quem procura investir numa habitação no centro histórico do Porto. “Há várias possibilidades de desenvolvermos o negócio à medida de cada cliente”. Aqui contam com um grupo multifacetado, composto por arquitetos, engenheiros, empreiteiros, designers e tudo o que está inerente a esta área de atividade. Em cada projeto, a ‘PortoBaixa’ tenta recuperar e aproveitar todos os materiais que o seu estado permite ser

As zonas históricas de várias cidades portuguesas têm ganho uma nova vida. Os nossos interlocutores afirmam que este ‘renascer’ tem acontecido em várias cidades europeias, fruto de uma nova geração que tem escolhido os centros das cidades como sua casa. “Tem-se evidenciado um gradual interesse nos centros urbanos e nas zonas históricas dos mesmos. Além de ser um impulsionador à reabilitação que há muito era precisa, falando especificamente na cidade onde

estamos inseridos, quem aqui escolhe viver tem uma qualidade de vida excecional. Tem mercado de rua, comércio de toda a natureza, desde pronto-a-vestir a farmácias, mercearias e cafés, além de ter uma rede de transportes que lhe permite chegar facilmente a qualquer destino”, diz José Teixeira, acrescentando que “o centro do Porto é relativamente pequeno, pelo que chegamos mais depressa a pé a algum lado do que de carro”. Questionado sobre o apoio das entidades competentes, os nossos interlocutores dizem-se satisfeitos com a atuação da Câmara Municipal e Porto Vivo e pela boa relação que têm mantido com as mesmas, “porque as entidades têm presente que estas reabilitações são necessárias e que são uma mais-valia para todos, desde cidadãos a turistas”. No entanto, não deixam de ressalvar que a burocracia continua a ser, no seu ponto de vista, “demasiada e muito demorada”, finalizam.

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“Quando o construir se transforma em arte” É sobre este mote que a Revista Business Portugal esteve à conversa com os responsáveis pela Decorando – Inner Spaces, uma empresa 100 or cento nacional, líder e especialista na área do interiorismo.

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om mais de 20 anos de existência, é hoje uma empresa de renome internacional na área da construção de espaços interiores, sendo procurada pelas maiores marcas nacionais e internacionais no difícil e exigente mercado do segmento de luxo. David Coimbra, o criador e mentor da empresa, optou desde o início por investir na especialização de um serviço onde a qualidade máxima era à data inexistente. Hoje, volvidos estes anos iniciais, os frutos deste investimento estão bem patentes no reconhecimento dos clientes e nas marcas com que trabalham. Com sede em Vila Nova de Gaia, exportam já para todo o mercado Europeu e norte de Africa sem

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contudo descorar o mercado nacional que continua a ser a sua principal prioridade e onde, apesar do atual contexto económico continua a ser uma das empresas de referência do setor.

Conceito ‘chave-na-mão’ Contando com uma equipa multifacetada, que engloba desde projetistas a diretores de obra, a Decorando resolve de uma forma vertical todas as vertentes inerentes à construção de áreas comerciais. Tendo como “core business” as Joalharias/Relojoarias e Óticas, tem, no entanto, sido solicitada a executar

diversas áreas que passam pelas clinicas, escritórios, pronto-a-vestir, habitação e farmácias. A utilização intensiva de maquetes virtuais e protótipos funcionais garante que o resultado final vai sempre de acordo às expectativas criadas pelo cliente. Notável é também a atenção dada ao pormenor, com início no gabinete de projeto onde colaboram designers, arquitetos e engenheiros em uníssono, muitas das vezes sobre um mesmo projeto, de forma a incluir, em cada obra, um detalhe novo e uma inovação funcional, revela-nos Marcos Barros, responsável pelo departamento de projeto. Simultaneamente, a Decorando trabalha também em


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parceria com gabinetes de arquitetura externos ou do cliente, executando a obra que lhes é solicitada, incutindo sempre o mesmo rigor e profissionalismo. Foi aliás esta atenção ao pormenor e cumprimento de prazos que fez progredir a Decorando num mercado cada vez mais exigente e atento a estas necessidades. Mas, porque os projetos não acabam aquando da entrega da chave, esta equipa aposta igualmente no serviço pós-venda, contando com profissionais vocacionados para essa temática onde uma rápida intervenção na resolução de uma emergência e um acompanhamento constante permitiram estabelecer standards elevados de confiança, prova feita pela manutenção de clientes que em muitos casos colaboram há dezenas de anos.

Além-fronteiras Contando com uma carteira de clientes de renome internacional, a Decorando está já presente há alguns anos noutros países como são exemplo Rússia, Argélia e Angola. “A qualidade do nosso trabalho tem-nos permitido conseguir a confiança de várias marcas que optam por mobilizar uma equipa portuguesa a outros países ao invés de contratarem lá e isso é, para nós, um sinal de que o que fazemos é uma referência”, esclarece David Coimbra, que faz questão de frisar que, ao contrário de grande parte das empresas nacionais, “não optamos por ir para fora por causa da crise. Quando esta surgiu, nós já tínhamos abraçado esta aventura”. Questionados sobre o futuro, a resposta não tarda: “passa por mantermos os nossos padrões de qualidade e constante inovação”, conclui o administrador.

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construíndo sonhos M.caetano Quando o que parece impossível se torna possível, acontece algo inédito. E é de algo inédito, singular, que falamos quando nos referimos ao condomínio Villas do Parque, um conjunto de moradias unifamiliares, exclusivas, construídas em total harmonia com a natureza que as envolve.

A

s Villas do Parque foram projetadas de modo a existir uma convivência salutar entre a paisagem construída, neste caso o Parque da Cidade do Porto, e a própria construção. A cor castanho terra dos revestimentos exteriores, os constantes envidraçados e reflexos vãos de janela, bem como os persistentes jardins e terraços verdes perseguem essa intenção, criando um condomínio que respeita os tempos e os espaços da natureza, e que é sustentável. Neste capítulo, destaca-se a domótica avançada, que permite controlar toda a moradia remotamente, contribuindo para o reforço da segurança no local 24 horas por dia, as madeiras naturais e os mármores de sedimentação florestal. O grande segredo do sucesso deste empreendimento foi a humildade com que integraram o projecto na paisagem. Depois, foi só deixar a beleza do Parque falar por si. O responsável por

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este fantástico empreendimento é o grupo M.Caetano e sua filosofia é dar aos clientes o que estes desejam e não encontram: residências de topo, completamente personalizáveis, nos locais mais apetecíveis da cidade do Porto e arredores. Consideram que há uma franja da população que procura soluções específicas, conjugações de espaço, funcionalidade, qualidade de materiais e localização. Há desejos por atender, “se um cliente quiser duas casas de banho no quarto, porque não?”. A sua preocupação é a satisfação de mais do que necessidades, vão mais longe e desafiam os clientes a esolher qualquer pormenor que os faça felizes. Todas as famílias ou indivíduos são diferentes, as suas vidas têm exigências diferentes, o grupo M.Caetano trabalha para que a casa dos seus clientes seja mais do que isso, querem dar-lhes o espaço com que sonharam. Estão atentos às tendências mas não marcam os seus

projectos nem impõem um estilo. Os espaços são fluídos, adaptáveis. Mas com muito caráter. Não são neutros, são elegantes. Os pormenores revelam-se a cada movimento. Todos os projetos são tipologicamente adaptados às zonas onde nascem, a um ritmo de vida mais ou menos lento, mais urbano ou mais contemplativo. Estas zonas são escolhidas criteriosamente, de entre os espaços mais desejados. É por estas razões que os próximos projetos terão lugar cativo na Foz do Douro e na Baixa da cidade do Porto. Na Foz, o projeto irá surpreender. Desde a fachada à evolução tecnológica do edifício, a exclusividade dos apartamentos estará realçada. Na Baixa do Porto encontram o coração da cidade. Prometem manter o que os edifícios têm de melhor, o valor histórico e arquitectónico será respeitado mas os interiores vão viajar para o século. XXI. O melhor de todos os mundos, portanto.


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Edifícios inteligentes, para pessoas exigentes jung portugal A operar em mais de 40 países espalhados pelos quatro continentes, a Jung é a empresa alemã que desenvolve mecanismos e sistemas elétricos por todo o mundo. A marca está intimamente ligada aos maiores nomes da arquitetura em Portugal como o Souto Moura, Siza Vieira ou Gonçalo Byrne.

A

história da Jung remonta-nos à Alemanha do passado século XX. Deve o seu nome ao pai da marca e seu fundador, o alemão Albrecht Jung. Com o objectivo de profissionalizar, potenciar e consolidar o seu crescimento no mercado, a Jung empreendeu em 2011 na aposta numa presença directa no país com a criação da Jung Portugal responsável pelos mercados de língua oficial portuguesa. “Quando definimos a marca em Portugal, ficámos com o controlo de todos os países de língua oficial portuguesa, estando hoje com uma presença já importante nos mercados de Angola, Moçambique e Cabo Verde, onde fazemos promoção direta”, conta António Andrade, diretor geral da Jung em Portugal. Com uma estratégia que recorre à promoção junto de Promotores Imobiliários, Arquitectos e Gabinetes de Engenharia, a Jung Portugal dedica-se à comercialização de linhas de interruptores e sistemas de controlo e gestão de energia, desenvolvidos com as mais modernas tecnologias, colocando à disposição dos clientes um vasto conjunto de soluções técnicas com elevados padrões de qualidade. Qualidade e exigência são palavras de ordem quando observamos bem de perto a política de gestão da Jung: “Sendo que este é um fabricante alemão, privilegia sempre a qualidade e tem normas muito exigentes de produção”, atenta o diretor. Esta qualidade de produção, associada a um design que se carateriza pela atualidade e intemporalidade, fez com que a marca alcançasse hoje os 40 países onde está já presente.

Conforto, comodidade e poupança O facto de a empresa estar intimamente ligada a grandes nomes da arquitetura proporciona inúmeras regalias para o cliente, nomeadamente no que toca aos acabamentos finais: “O cliente acaba por ter uma palete de acabamentos diferentes pela necessidade de estarmos aptos a dar resposta aos requisitos da

teclado para knx

arquitectura moderna. Desde o plástico, ao aço inox, passando também pelo alumínio, ou a novidade do acabamento em latão escovado manualmente, em que cada interruptor se torna num elemento decorativo e exclusivo”, observa António Andrade. A Jung fabrica todo o tipo de acessórios para a instalação eléctrica convencional (interruptores, tomadas de electricidade, tomadas de comunicação, etc) com um alto nível de qualidade e uma infinidade de soluções técnicas e estéticas. No entanto, uma decidida aposta pelas mais modernas tecnologias em automatização, levou a Jung a desenhar, desenvolver e produzir, todo o tipo de dispositivos electrónicos para regulação de iluminação, controlo por comando á distância, controlo de persianas motorizadas e detecção de movimento. O ponto culminante desta aposta tecnológica, consiste no sofisticado sistema de controlo KNX, standard europeu para a gestão técnica de instalações eléctricas, que permite cobrir qualquer necessidade estética, interruptor da conceituada série ls 990

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Tradição em Latão Antigo Simbiose perfeita entre uma forma clara e uma elegância tradicional: Com base na série de grande sucesso LS 990 a JUNG apresenta um interruptor em latão antigo com acabamento escovado manualmente. Um toque de originalidade e exclusividade para o seu ambiente.

JUNG PORTUGAL, S.A.

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4470-605 Maia

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de conforto ou de poupança, nas instalações mais sofisticadas e exigentes do sector residencial ou terciário. Neste conceito, o conforto, a comodidade e a poupança de energia fundem-se sinergicamente, neste que é o único conceito mundial de domótica em que existem normas específicas. Conforme nos explica o diretor da empresa, trata-se de um protocolo aberto, único e intermutável, que pode ser usado por mais de 340 fabricantes a nível mundial. “Este é o único protocolo de domótica aberto que permite ao cliente ter uma solução segura e evolutiva pois não está dependente de uma marca, mas sim de um sistema”. Em termos práticos, através do sistema KNX o cliente consegue monitorizar a casa à distância, através do seu próprio Smartphone ou tablet. Pode fazer um controlo de iluminação ou de climatização, acionar as persianas, exercer videovigilância e até criar um cenário ambiente, entre toda uma infindável lista de outras singularidades que a marca oferece. Os videoporteiros, por exemplo, surgem de uma necessidade centrada na vertente arquitetónica. “Hoje o arquiteto é que define o espaço e um dos problemas que resolvemos na Jung é o de dar oportunidade ao cliente e ao arquiteto de associar o mesmo design e acabamento a todos os componentes eléctricos colocados na parede, criando espaços onde se conjuga harmonia e funcionalidade ”, refere o diretor.

Produto de topo e solução de topo Entre edifícios de habitação, públicos, hotéis ou moradias, a Jung oferece uma ampla gama de soluções e atrativos designs que se podem ver aplicados em numerosos projetos nacionais e internacionais. Em Portugal, o Edifício Estoril Sol Residence, em Cascais, abarca 110 apartamentos de luxo e é o maior edifício, com o conceito de KNX, feito alguma vez no país. A Fundação Champalimaud em Lisboa, o Edifício Sede da Vodafone no Porto, a Casa da Música ou o futuro Hotel Porto Bay Liberdade, em Lisboa, são algumas das grandes obras de referência nacional. Também o empreendimento Villas do Parque, no Parque da Cidade do Porto, merece também destaque no portfólio da Jung. Lá fora, a remodelação do emblemático Hotel Trópico, em Luanda, ou as Zenith Towers são dos melhores exemplos da presença da marca em África. Rigor, honestidade, empenho e um crescimento sustentado são os princípios em que a Jung aposta diariamente no desenrolar da sua missão. “Pretendemos ser vistos não só como uma marca de topo, mas também como consultores de soluções; queremos ter clientes satisfeitos e queremos que o maior veículo de publicidade sejam eles próprios”, conclui, satisfeito, António Andrade.

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estoril sol residence

sede vodafone porto



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Solicitadores e agentes de execução

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s profissionais da solicitadoria com inscrição em vigor na Câmara dos Solicitadores podem, em todo o território nacional, e perante qualquer jurisdição, instância, autoridade ou entidade pública ou privada, exercer atos próprios da profissão, designadamente atos jurídicos, e exercer o mandato judicial, nos termos da lei de processo, em regime de profissão liberal remunerada. Ou seja, o solicitador presta consulta jurídica, bem como, acompanha e representa os interesses das pessoas, sejam elas singulares ou coletivas, não só em todos os tribunais, mas também junto da administração fiscal, cartórios notariais, conservatórias dos registos predial, comercial, civil, automóvel, autarquias locais e demais órgãos e repartições públicas. Com o passar dos anos e as exigências de uma sociedade cada vez mais instrumentalizada surge a profissão de agente de execução. Este profissional é recrutado, inicialmente, de entre solicitadores de execução, e passou a desempenhar funções de relevo, nomeadamente, no desenrolar da ação executiva. A este profissional cabia a prática da generalidade das diligências de execução, por exemplo: penhoras, citações, notificações, despejos e arrestos. Com a simplificação da ação executiva, resultante da aprovação do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de novembro, assiste-se a um reforço do papel do agente de execução, que se traduz num leque mais amplo de competências no âmbito do processo de execução. De relevância significativa é o alargamento aos advogados do acesso a esta profissão. Com o novo regime, solicitadores e advogados estão sujeitos a uma formação específica, comum a ambos, destinada à sua inscrição como agentes de execução.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL ARTIGO DE OPINIÃO

artigo de opinião o papel do solicitador

Redigido por Maria João Ricardo, solicitadora generalista

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solicitador é um profissional que na maioria dos casos exerce a profissão de uma forma liberal, licenciado em Solicitadoria ou em Direito, devidamente inscrito na Câmara dos Solicitadores, órgão que tutela a profissão. O solicitador enquanto profissional exerce o mandato, representando os seus constituintes junto da administração pública, tribunais e outras entidades ou instituições públicas ou privadas, com vista à defesa dos direitos e interesses dos mesmos. Entendo que as áreas por excelência de intervenção do solicitador, são a fiscalidade, gestão de património, mobiliário e imobiliário, o direito societário, os atos conexos com as heranças. Apresenta também competência ao nível do aconselhamento jurídico, elaboração de documentos particulares autenticados,

bem como a representação dos seus clientes em processos judiciais nos termos legalmente permitidos. O reforço das competências profissionais dos solicitadores, tem sido uma preocupação dos órgãos da nossa câmara dos Solicitadores: o desenvolvimento de projetos como o “GEOPREDIAL”, o “CONSTAT” ou “ACTO DE CONSTATAÇÃO”, a figura do “SECRETÁRIO DA SOCIEDADE”, a “GESTÃO DE CONDOMÍNIOS”, e outros projetos que estão a ser implementados pela Câmara dos Solicitadores, deixam antever um futuro promissor para todos os solicitadores e para aqueles que queiram abraçar esta tão nobre profissão. Ao longo dos últimos séculos, e ainda nos dias de hoje, o solicitador é visto como o guardião dos “segredos” dos seus clientes, sendo nele em quem depositam as expectativas de

que os seus interesses se encontram salvaguardados. De ressalvar que, cada vez mais se torna premente que os cidadãos tenham alguém que conheça a história da família ou da empresa, e que, de uma forma preventiva e com visão de futuro, os possa aconselhar e assessorar nos diversos atos ou contratos que todos, sem exceção, inevitavelmente terão que efetuar no decorrer de uma vida. No meu caso em concreto, estou total e inequivocamente satisfeita por ter decidido pertencer a esta classe profissional, de que muito me orgulho, e honestamente convencida de que é uma profissão com futuro, da qual a sociedade em geral poderá retirar altos benefícios uma vez que conheço a grande dedicação e empenho, que cada um de nós, solicitadores, reserva a cada um dos seus clientes.

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“Esta será uma boa reforma, se for bem interpretada” Isabel alexandra ramos - agente de execução Foi com evidente orgulho no desempenho da sua atividade que Isabel Alexandra Ramos falou à Revista Business Portugal, abordando de forma fluente e espontânea, temas como o seu acesso à profissão, o papel do Agente de Execução e a reforma da Ação Executiva.

isabel alexandra ramos Agente de Execução

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uando, em 2003, surgiu pela primeira vez a figura do agente de execução, “é minha opinião que a Ordem dos Advogados considerou a atividade de menor importância, não aceitando assim que os advogados se tornassem agentes de execução”. A atividade foi então assumida pela Câmara dos Solicitadores, formando esta Entidade os Solicitadores para o desempenho da nova profissão surgida. Nessa altura, Isabel Alexandra Ramos integrava os quadros de uma sociedade de advogados, sendo a sua atuação direcionada de forma clara e objetiva: “Quando entrei para a Sociedade em questão, fui trabalhar

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essencialmente na área executiva, concretizando um interesse pela aplicação prática do processo civil que se manifestou ainda durante o meu percurso académico e adquirindo, assim, uma especial sensibilidade para a mesma”. Em 2008, face ao desejo de se tornar exclusivamente Agente de Execução, Isabel Alexandra Ramos não hesitou e suspendeu a sua inscrição na Ordem dos Advogados.

Isabel Alexandra Ramos & Associados Em cinco anos, a equipa da Isabel Alexandra Ramos

& Associados foi crescendo na medida das suas necessidades e das expectativas dos seus clientes. Entre advogados, solicitadores, contabilistas, administrativos e empregados forenses, são já atualmente mais de 20 os colaboradores “com quem contamos, uma equipa de profissionais aptos a tratar todas as questões e desafios que surgem diariamente”. “Os nossos empregados forenses, por exemplo, vêm de áreas profissionais onde desenvolveram aptidões para o contacto pessoal. Estão particularmente à vontade em situações onde é necessário interpelar, questionar, descobrir”, explica. “Garantir a credibilidade das informações obtidas e recuperar em tempo útil a dívida


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executiva é o principal propósito e para o conseguir é fundamental que os nossos empregados forenses sejam capazes de, durante uma diligência, identificar com acuidade a realidade dos executados”. Isabel Alexandra Ramos faz ainda questão de frisar que o seu escritório está sempre disponível para um contacto com exequentes e executados, pessoal ou telefonicamente, tendo optado por não se escudar no horário mínimo previsto por lei. “Não me parece viável cingir-me às horas decretadas por lei. É impossível um escritório da nossa envergadura, com o número de processos que nos são atribuídos, receber e esclarecer as pessoas num período de tempo tão curto. Preferimos este método de trabalho pois estamos convictos que o nosso papel também passa por esse esclarecimento”. Questionada sobre as principais dificuldades com que se depara no dia-a-dia, Isabel Alexandra Ramos defende que a não clarificação das funções do agente de execução ainda é um dos principais entraves ao profissional. E exemplifica. “Nem o exequente credor nem o executado devedor estão ainda totalmente elucidados quanto ao nosso papel: nem tudo o que o primeiro pretende é possível de concretizar dentro dos limites da aplicação normativa; de facto, e principalmente o exequente grande litigante entende a ação executiva como um meio de recuperar a qualquer custo a dívida de que é credor. Quanto ao segundo tem que entender que nós somos efetivamente mandatados, não agimos por vontade própria. Atuamos de acordo com as instruções do exequente através dos seus mandatários judiciais. A nossa primeira função é agilizar a recuperação do valor em dívida, ou seja, damos sempre a oportunidade ao devedor de pagar voluntariamente o que deve antes de avançarmos coercivamente com diligências de penhora. E estas nunca são efetuadas sem prévia indicação do exequente. É o exequente que nomeia os bens concretos que pretende ver penhorados.” A falta de conhecimento do papel e intervenção do Agente de Execução vicia a perceção do seu trabalho e não raras vezes é-lhe atribuído o papel de ‘mau da fita’. “Há uns anos surgiu a figura do ‘Cobrador do Fraque’ e as pessoas vêem-nos como tal, erradamente”, refere a nossa interlocutora. “Muitas vezes, somos forçados a constranger o nosso lado humano pois há situações, nomeadamente nas diligências de despejo e de remoção de bens móveis, em que somos confrontados com o desespero de pessoas na eminência de perderem o

que foram adquirindo ao longo da vida por causa de um infortúnio: seja porque ficaram desempregados e deixaram de cumprir com os seus compromissos, seja porque a saúde os atraiçoou e deixaram de poder trabalhar. São situações muito difíceis”. Ao contrário, há também os casos em que a má-fé dos executados é desde o primeiro momento evidente. Contraem responsabilidades sem qualquer intenção logo à partida de virem a cumprir com as suas obrigações. “Infelizmente ainda existem situações assim”.

O futuro do agente de execução “Espero que no futuro a ação executiva se mantenha nos moldes atuais, em que a figura do agente de execução como entidade coadjuvante da boa administração da justiça assume um papel preponderante na condução da mesma. Contudo, e tendo em conta as várias reformas sofridas desde 2003, continuamos expectantes relativamente às decisões do Ministério da Tutela”, diz apreensiva Isabel Alexandra Ramos. No que diz respeito à mais recente reforma, a nossa interlocutora afirma que esta “será uma boa reforma se for bem interpretada. As leis quando são feitas partem de uma premissa teórica, não tendo o legislador conhecimento da respetiva aplicação prática. Ou seja, uma coisa é termos a lei, outra coisa é aplicar essa mesma lei no dia-a-dia. O que se pode já constatar, desde a entrada em vigor da última reforma da acção executiva, em 1 de setembro de 2013, é que existem normas sem aplicação prática, algumas até incongruentes”. E acrescenta: “E isto é tão verdade que já existe Jurisprudência, nomeadamente Acórdãos do Tribunal da Relação de Évora e Lisboa, a declarar a inconstitucionalidade de alguns normativos. E prevejo que estes são apenas os primeiros.” “Não existe a lei perfeita. Concordo com a maioria da reforma desta lei, sendo que esta deve ser sempre interpretada e aplicada de forma extensiva e analógica, de acordo com os princípios básicos do Direito. A Ação Executiva fica seriamente comprometida sempre que algum dos intervenientes da mesma, inclusivamente Magistrados, se limitam à letra da lei”, finaliza.

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“O papel do solicitador é ajudar e proteger os direitos e interesses das pessoas” Elizete cró - SOLICITADORA Elizete Cró é solicitadora há 17 anos. Apaixonada pela solicitadoria, esta profissional que exerce funções na Anadia acredita que falta à classe a profissionalização e separação das tarefas mediante a função de cada profissional, nomeadamente notários, solicitadores, advogados e conservatórias. “Estamos todos a fazer o mesmo, o que não é bom para a classe nem para o cliente”, alerta. estar nesta atividade da nossa interlocutora. “Ao contrário de alguns dos meus colegas, eu não cobro consultas, sei que futuramente irei ter essa pessoa como cliente” .Esta estratégia temse mostrado acertada, pois até à data a nossa interlocutora conseguiu construir uma boa carteira de clientes, “que sabem que podem contar comigo para o que necessitarem”. elizete cró Solicitadora

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uando entramos nas instalações onde Elizete Cró trabalha, notamos de imediato a diferença no seu método de trabalho. Aqui, as pessoas são recebidas num espaço amplo, ao balcão, ao contrário do típico gabinete fechado embora o possua caso seja necessário. Questionada sobre o porquê deste método de atendimento, Elizete Cró explica que a sua experiência foi-lhe demonstrando que desta forma “as pessoas sentem-se mais à vontade, não há aquela conotação pesada de estarem num gabinete com apenas uma secretária e duas cadeiras que, parecendo que não, torna a reunião um pouco mais tensa. Aqui ao balcão isso não acontece. Quem quiser apenas colocar uma dúvida está mais confortável para o fazer”, esclarece. Esta forma de trabalho coaduna-se ainda com a forma de

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O papel do solicitador Afinal, qual o verdadeiro papel do solicitador? Elizete Cró não hesita: ajudar as pessoas. “Esse é o nosso verdadeiro papel, transmitir a ideia de segurança e credibilidade da nossa profissão junto dos clientes. Seja para escrever uma carta, preencher um requerimento, marcar uma escritura, promover um registo, o que for, essa é a nossa função. A nossa disponibilidade revertese em confiança em nós e no nosso trabalho por parte dos nossos clientes”. E no que concerne a papéis, a nossa interlocutora acredita haver uma falha na definição e estruturação de tarefas a executar pelas várias partes que intervêm nesta área: solicitadores, advogados, conservatórias e notários. “O problema que temos presenciado e vivido é que, de um momento para o outro, todos ficamos habilitados a fazer tudo. Contudo, penso que ficaríamos todos a

ganhar se nos focássemos numa área específica”. E deixa o exemplo: “há dias, fui a um Cartório Notarial e o funcionário estava a pedir aos clientes toda a documentação para efectuar a participação do processo de imposto de selo no Serviço de Finanças por óbito de uma determinada pessoa para posteriormente lavrarem a escritura de Habilitação de Herdeiros e Partilha. Outrora, apenas os solicitadores poderiam fazer esse tipo de participação porque a nossa formação é específica para tal, ao contrário da dos funcionários dos cartórios notariais”. O mesmo se passa com os agentes de execução. “Quando foi criada uma nova profissão – a agente de execução, foi entregue à Câmara dos Solicitadores e apenas os solicitadores podiam ser agentes de execução. Atualmente, os advogados também exercem essas funções”. Elizete Cró faz questão de frisar que “esta área deveria ser restrita aos solicitadores”. Apesar de se sentir atraída pela área da execução, Elizete Cró optou por não ser agente de execução por questões familiares. “Quando nos foi proposto, tinha duas crianças pequenas e este é um tipo de trabalho que nos rouba muitas horas e nos obriga a muitas deslocações. Não me pareceu justo privar as minhas filhas de horas com a mãe apenas para ganhar mais algum dinheiro”. Hoje não está arrependida dessa opção e reitera aos seus clientes que estes podem contar consigo sempre que precisarem, mostra-se sempre disponível e atenta, pronta a dar o seu melhor, demonstrando ter capacidade para desempenhar as funções de um solicitador de forma a honrar a classe e a entidade que representa. “A minha porta está sempre aberta para os receber”, finaliza


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“A união entre solicitadores, advogados e notários seria benéfica para a justiça” Carla carlão - solicitadora O gosto pela solicitadoria chegou-lhe quando exercia funções de secretariado para um advogado. Entre registos e escrituras, Carla Carlão foi fomentando o interesse pela área, tendo ingressado em 1999 o curso de solicitadores ministrado pela Câmara dos Solicitadores. Hoje faz parte da equipa da GMSCC Sociedade de Advogados e é ainda vogal do Conselho Superior da Câmara dos Solicitadores.

carla carlão Solicitadora

É solicitadora há cerca de 12 anos. Como tem sentido a evolução da classe? A evolução dos serviços, nomeadamente o surgimento da figura do agente de execução e a criação do balcão único foram aspetos muito positivos para os solicitadores. Contudo, o volume do trabalho diminuiu um pouco, muito por culpa da conjuntura económica que temos atravessado nos últimos anos. A introdução de novas áreas de trabalho para os solicitadores não tem ajudado, nesse sentido? Acredito que esta abertura a outras áreas não mudou muito o trabalho dos solicitadores. Eu, pessoalmente, continuo com a mesma carga de trabalho que tinha

a nível de registos e escrituras, por exemplo. Penso é que ainda não estamos muito à vontade nestas novas competências e estamos carentes de formação para as mesmas. Por outro lado, esta abertura trouxe muita concorrência e a meu ver, isso é positivo, porque a concorrência faz com que aumentemos a qualidade do nosso trabalho, na expectativa de adquirirmos novos clientes e servirmos melhor aqueles que já nos procuram. A concorrência leva-nos, inevitavelmente a trabalharmos mais e melhor e, só por isso, toda a concorrência é positiva, a meu ver. O balcão único veio favorecer os solicitadores e permitirlhes terem uma nova ferramenta e é uma forma de abrir novas portas à classe e, com a atualidade económica que vivemos, todas as novas portas são bem-vindas. Está associada a uma Sociedade de Advogados. É uma mais-valia? Penso que, sobretudo, é bom para o cliente uma vez que aqui, solicitadores e advogados trabalham em conjunto, partilhando suas competências e experiencias. Mediante o pedido do cliente, na GMSCC avaliamos qual dos profissionais é o mais indicado para solucionar o proposto, pelo que o cliente fica sempre a ganhar. Pensa que as classes se deveriam unir, de alguma forma? Sim, penso que sim. Acredito que a união entre

solicitadores, advogados e também notários seria benéfico para a justiça. Penso que se trabalhássemos num espírito de entreajuda conseguiríamos ir mais além e ficaríamos todos a ganhar, cada um na sua área. Mas essencialmente ajudar-nos-íamos uns aos outros e conseguiríamos, sem dúvida, alcançar uma melhor justiça. E há também que solidificar estas novas competências de todos e uma mais estreita conjugação de esforços através de mecanismos legais que a fomentassem. Enquanto membro da Câmara dos Solicitadores, como classificaria o trabalho que têm levado a cabo? Temo-nos empenhado bastante para levar a solicitadoria a um novo patamar mas, infelizmente, temo-nos deparado com alguns entraves. Por muitos planos que tenhamos e por muitos projetos que queiramos levar a cabo, há certas situações que não conseguimos que sejam aceites pelo Ministério da Tutela. Sinto que no que diz respeito aos solicitadores, ainda estamos a desbravar muito terreno e que a velocidade a que nos movemos nem sempre é acompanhada pela Tutela. Mas a Câmara está cada vez mais empenhada para que as coisas evoluam de forma positiva e tão rapidamente quanto possível.

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“É preciso procurar, inovar e dar a conhecer que o solicitador é capaz de solucionar todos os problemas que um cliente necessitar de resolver” Margarida rocha e gorete carvalho - solicitadoras e agentes de execução Margarida Rocha iniciou a sua atividade como solicitadora no ano de 1997, um desafio que se tornou numa agradável surpresa, rapidamente se tornou numa profissão construtiva, obrigando a um estudo diário a uma exploração constante. A solicitadora em entrevista à nossa revista afirmou que “ser solicitador é uma profissão em que todos os casos são diferentes, exigindo um estudo constante, uma formação permanente, sendo fundamental explorar e atingir um novo patamar”. Mais tarde em 2003, iniciou a sua caminhada como agente de execução, encarado como mais um desafio, foi rapidamente questionado por Margarida tornando-se numa feliz surpresa, exigindo que “todos os dias tenha de enfrentar novas situações, algumas complicadas, mas acima de tudo é imprescindível ter pulso firme e afirmarmo-nos como neutros”. competências de um profissional de solicitadoria? Muitas vezes as pessoas não recorrem de imediato aos solicitadores porque não sabem muito bem o que eles fazem, nem as vantagens dos serviços que dispomos. Ser solicitador é uma aventura diária, sendo necessária uma grande dedicação e exploração das competências. Acredito que com a evolução das mentalidades as pessoas comecem a consciencializar-se das vantagens inerentes a este tipo de serviço, nomeadamente ao nível da flexibilidade de horários, uma característica que ofereço no meu escritório. No fundo possibilito aos meus clientes que com a devida antecedência, dentro de um horário combinado, o meu cliente não necessita de dispensar o seu horário de trabalho para resolver questões pessoais, mas sim ao fim de semana, ou ao final do dia estarei ao dispor do cliente para resolver os seus problemas.

margarida rocha e gorete carvalho Solicitadoras e Agentes de Execução

Que tipo de serviços tem ao dispor do cliente? No meu escritório é possível encontrar todo o tipo de serviços que um profissional de solicitadoria está habilitado a exercer. Atualmente temos muito mais competências do que no passado, nomeadamente na área do notariado, já que podemos fazer documentos particulares autenticados, procurações, contratos, reconhecimentos de assinaturas, certificação de fotocópias entre outros, mas também acompanhamento integral quer de uma empresa em toda a sua atividade,

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como de particulares ajudando em todas as questões de quotidiano que envolvem a compra de um veículo, a um investimento de um terreno ou à realização de um crédito. Acima de tudo conto com a colaboração de excelentes colaboradores e juntos formamos uma equipa de trabalho, onde o cliente pode encontrar de tudo. As mentalidades têm vindo a mudar. Sente que as pessoas estão mais consciencializadas acerca das

Qual a visão do setor de atividade em que está inserida, desde a vertente de solicitadora à atividade de agente de execução? Acima de tudo é um desgaste muito grande, pois é necessário tempo para se executar as duas atividades da forma mais correta, cumprindo os prazos estipulados. Como agente de execução penso que a nossa câmara de solicitadores deveria rever a distribuição dos processos para os agentes de execução, de modo a acabar com as dificuldades que muitos escritórios atualmente estão a enfrentar por falta de processos. A distribuição não é feita em conformidade, pois se os grandes escritórios têm muitos processos em mão, um escritório vizinho de menor dimensão pode auxiliar nessa questão e resolver alguns desses processos. Desse modo e com muita pena, atualmente muitos escritórios estão com a extrema dificuldade em manter a máquina, porque não


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há distribuição de processos idónea. Enquanto solicitadora e agente de execução considera que atualmente os estágios profissionais e os apoios aos jovens são importantes para transmitir a realidade do trabalho? No seu escritório de que forma presta auxílio a esta questão? Sim penso que é uma questão que deve ser valorizada, sendo que faço questão de receber e ajudar muitos jovens que pretendam aprender mais e conhecer a realidade do mercado de trabalho. Quando recebo jovens no meu escritório tento pelo menos deixar a mensagem aos nossos jovens solicitadores que vale a pena a profissão que escolheram, e que apesar de todos os obstáculos subjacentes, devemos investir constantemente e apostar em novos desafios e formações, pois é preciso procurar, inovar e dar a conhecer que o solicitador é capaz de solucionar todos os problemas que um cliente necessite de resolver. Como prevê o futuro? Enquanto solicitadora pretendo continuar a defender e a exercer tudo o que me é possível, pois faço o que mais gosto e desejo continuar a apostar fortemente na minha área de atividade. Quanto aos contratempos que vão surgindo devemos lutar diariamente para os ultrapassar, e nunca baixar os braços para conseguirmos atingir os nossos objetivos, demonstrando sempre que solicitador

é uma profissão antiga, digna e capaz de solucionar muitas questões ainda desconhecidas.

Visão de Gorete Carvalho Gorete Carvalho é uma colega, colaboradora no escritório de Margarida Rocha. Questionada sobre a sua opinião relativamente ao modo de distribuição dos processos, a agente de execução afirma sendo “uma opinião muito negativa. A câmara dos solicitadores tem feito promessas ao longo dos anos, de modo a que a distribuição dos processos seja feita de forma justa, o que até ao momento ainda não aconteceu. Durante este ano de 2014, todos os processos que tenho vindo a trabalhar são processos delegados e processos declarativos, em que sou apenas nomeada pelo tribunal. No fundo processos executivos num período de seis meses ainda não tive nenhum. É uma situação que penso que nunca será devidamente resolvida, pois os protocolos que existem entre as grandes empresas e determinados agentes de execução são questões que teoricamente não eram possível de acontecer, mas que depois na prática toda a gente sabe que acontecem e isso acaba por ser uma questão muito complicada de contornar”.

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“Avançar uma meta de olhos vendados” Maria de lurdes paiva - agente de execução Maria de Lurdes Paiva integra o grupo pioneiro de agentes de execução que surgiu em Portugal, em 2003. Apesar de apaixonada pela solicitadoria, Maria de Lurdes Paiva considera fulcral a separação de funções de solicitadores, advogados e agentes de execução, em prol e profissionalismo da classe. Atualmente, a realidade é outra e Maria de Lurdes Paiva afirma que as tarefas de um agente de execução estão mais facilitadas e que o apoio que recebem da Câmara dos Solicitadores para o exercício pleno das suas funções é fundamental. De entre as demais dificuldades que os agentes de execução possam esbarrar no decorrer da sua atividade, Maria de Lurdes Paiva diz que não há complexidade maior que lidar com as pessoas. “Muitas vezes, os executados chegam a este papel não por má-fé ou decisões erradas mas sim porque tiveram um infortúnio como perder o emprego que, infelizmente, hoje é muito comum. O pior de tudo é defrontarmo-nos com estas situações que, por muito que não queiramos, mexem com o nosso lado humano”.

A definição dos profissionais

maria de lurdes paiva Agente de Execução

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uando a Câmara dos Solicitadores aceitou o desafio, em 2003, de integrar os agentes de execução, Maria de Lurdes Paiva pensou que estava também na altura de também aceitar um novo desafio. “Tinha à minha frente um desafio, uma profissão completamente nova e desconhecida, deixada na mão dos solicitadores pensei ‘porque não?’”, contanos a própria, no seu recente escritório no centro da cidade do Porto. Questionada sobre as dúvidas que tinha aquando desta sua decisão, a nossa interlocutora compara a mesma ao “avançar de uma meta de olhos vendados, pois nós solicitadores não fazíamos a mínima ideia do que efetivamente nos esperava”. As dificuldades iniciais foram muitas, “desde o programa

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informático que muitas vezes não funcionava ao sermos equiparados ao ‘Cobrador do Fraque’, pois na altura o papel do agente de execução ainda não estava bem esclarecido na população em geral”. Contudo, a principal dificuldade que a Maria de Lurdes Paiva apresenta era o número de casos atribuídos a cada agente. “Éramos muito poucos e, por isso, o número de processos atribuído a cada um de nós era bastante elevado, o que tornava complicado dedicarmos a atenção devida a cada um deles. Tivemos que nos adaptar a uma nova realidade, mas ao fim dos primeiros anos começámos a interiorizar estas novas funções na sua plenitude e com o tempo o processo executivo passou a funcionar na perfeição”.

Se inicialmente apenas aos solicitadores era permitido enveredarem pela profissão de agente de execução, nos dias de hoje esse lugar é também aberto a advogados. Na perspetiva da nossa entrevistada, esta decisão traz uma mais-valia à classe. Contudo, aos advogados e solicitadores é permitido o acumular destas funções, ou seja “um agente de execução pode ser, ao mesmo tempo, advogado ou solicitador. Este acumular de funções é prejudicial e cada um devia ter as suas carreiras definidas”, diz a nossa interlocutora. “Todos fazem um pouco e não está certo. Cada um deve fazer aquilo para que está preparado tecnicamente. Os advogados estão habilitados para os tribunais, para defenderem os seus clientes perante um juiz. Os solicitadores estão preparados para o ato processual, daí que não me pareça correto nem proveitoso acumularem funções porque irão, de certeza, falhar nalguma das duas e isso não é proveitoso para nenhuma das partes”, finaliza.


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“Temos que nos revelar uma mais-valia para a justiça, de modo a que a figura do agente seja ainda mais credível” Nuno cardoso e mafalda pires de lima - agentes de execução Se em alguns casos solicitadores e advogados andam de ‘costas voltadas‘ pelo facto de agora ambos poderem ser agentes de execução, Nuno Cardoso e Mafalda Pires de Lima são o exemplo de que as classes são mais fortes quando unidas e que, solicitadores ou advogados, o mais importante é tornarem-se “merecedores da confiança que nos deram”.

nuno cardoso e mafalda pires de lima Agentes de Execução

É

junto à Câmara Municipal de Ílhavo que Nuno Cardoso e Mafalda Pires de Lima trabalham diariamente enquanto agentes de execução e a advocacia e a solicitadoria aqui, não se misturam. “Aqui somos agentes de execução e é esse o nosso único papel. Estamos focados na mesma área e estamos a fazer o mesmo trabalho e a nossa única preocupação é fazê-lo bem feito”, diz-nos Mafalda Pires de Lima. Licenciada em Direito, decidiu enveredar pela execução após alguns anos a trabalhar com advogada em ação executiva, essencialmente ligada à área financeira. Em 2013 terminou o seu estágio no escritório de Nuno Cardoso, onde atualmente exerce funções de agente de execução. Por sua vez, Nuno Cardoso, solicitador, começou a exercer enquanto

agente de execução em meados de 2008.

O agente de execução: isento e imparcial Questionada sobre a leitura do público em geral sobre os agentes de execução, Mafalda Pires de Lima considera importante ressalvar que “os agentes de execução não representam nenhuma das partes, nem exequente nem executados. Nunca é demais referir que nós não agimos sobre vontade própria, mas sim em cumprimento da lei. Temos que ser isentos e imparciais, fazer cumprir a lei e não ofender os direitos do executado, mas, ao mesmo tempo conseguir recuperar o crédito do exequente, que é a isso que nos propomos com este trabalho”.

Nuno Cardoso complementa que hoje em dia o papel do agente de execução vai sendo mais claro e que já há um maior conhecimento em relação a estes profissionais. “Mas parece-me que muitas outras pessoas ainda não têm a noção do que é que fazemos exatamente no que concerne à nossa função e à nossa posição no meio do processo. Uma vez que somos quem dá a cara em primeira instância, muitas vezes o executado pensa que vimos a mando do exequente para cobrar. Não é esse o nosso propósito, mas sim fazer cumprir a lei”. E para tal têm sido fundamentais as mudanças que a ação executiva tem sofrido ao longo destes últimos 10 anos. De acordo com o nosso interlocutor “têm havido bastantes melhoras, algumas controversas, é certo, mas essencialmente têm-nos sido fornecidas mais ferramentas, de modo a tornarmo-nos mais eficazes e é isso que se pretende na ação executiva, além de que é isso que o exequente espera, que quando mete uma ação, que esta se conclua com a maior brevidade possível”. Contudo, e apesar das melhorias significativas que se têm feito sentir, Nuno Cardoso e Mafalda Pires de Lima sentem que perante as outras figuras da justiça, “ainda somos encarados como uma figura um pouco débil, somos até mal vistos e há até quem defenda que a figura do agente de execução não devia existir”. O agente de execução afirma que é essencial esta classe tornar-se merecedora da confiança que em si foi depositada, deixando o alerta aqueles que possam não cumprir com a exactidão precisa e exigida a sua função. “Temos que nos revelar uma mais-valia para a justiça portuguesa, de modo a que a figura do agente seja ainda mais credível. O momento dos agentes de execução tem que ser em crescendo, e não em declínio”.

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“elucidar o constituinte e garantir custos reduzidos dos nossos serviços” paula pereira - solicitadora Paula Pereira, uma profissional de solicitadoria, revela em entrevista à Revista Business Portugal como tudo inicialmente se afirmou numa paixão desconhecida, há cerca de 22 anos. Uma vasta oferta de serviços ao dispor do cliente, desde serviços notariais, reconhecimentos de assinaturas, autenticação e tudo o que está relacionado coma área judicial, Paula Pereira colabora ainda com uma advogada para ajudar nas situações que ultrapassem a sua área de intervenção e as suas competências enquanto solicitadora. No decorrer da nossa entrevista, a profissional expôs os seus ideais acerca da sua área de formação, bem como as dificuldades associadas.

juliana monteiro, paula pereira e ana rita matos Jurista, Solicitadora e Técnica de Serviços Jurídicos

As mentalidades têm vindo alterar-se. Sente que as pessoas estão mais consciencializadas acerca das competências de um profissional de solicitadoria? Na minha opinião, atualmente as pessoas estão mais consciencializadas da importância e do papel de um profissional de solicitadoria, mas muitas das vezes ainda desconhecem a totalidade de oferta de competências que os profissionais da nossa área de formação têm capacidade de exercer. Desse modo, acabam por perder tempos infinitos nos serviços públicos ou dirigem-se às pessoas erradas, originando que, muitas das vezes, o serviço não seja efetuado na totalidade ou devidamente resolvido. Assim se as pessoas encarassem o solicitador

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como um profissional capaz de lhes resolver grande parte dos seus problemas, num só local e a custos reduzidos, perceberiam que existem inúmeras vantagens associadas.

e a solução dos seus problemas fica-lhes mais barato. Por outro lado, há a procuradoria ilícita que, apesar de ser mais barato, nem sempre resolve devidamente a questão, originando que, posteriormente, fique mais caro. Se as pessoas se dirigirem a um profissional de solicitadoria, o serviço seguramente será mais rápido e eficiente. Desse modo, considero que ainda é fundamental alterar mentalidades.

Considera que era fundamental existir mais publicidade por parte da Câmara dos Solicitadores, com o intuito de consciencializar o cidadão comum? Atualmente, já existe mais campanha de divulgação, como se pode verificar na distribuição de panfletos, e que eu faço questão de ter bem visível no meu escritório, onde revelam as competências associais à nossa profissão. Por outro lado, considero que no ato de entrega desses mesmos panfletos as pessoas não valorizam a informação na totalidade, pensando que toda a promoção dos solicitadores realizada pela Câmara é, sem dúvida, louvável mas é necessário fazer muito mais, sobretudo na procuradoria ilícita que está no ativo.

Enquanto solicitadora considera que nos dias de hoje os estágios e os estágios profissionais são importantes para transmitir aos mais jovens a realidade do trabalho? No seu escritório tem ajuda de duas jovens colaboradoras, fale-nos um pouco dessa atividade. Sim, considero que é um passo muito importante, e que vivencio de muito perto. No meu escritório tenho a colaboração de uma colega licenciada em solicitadoria, Juliana Monteiro, que e está neste momento a realizar um estágio. Através desta oportunidade considero que existem grandes oportunidades para conhecer a realidade do mercado de trabalho e ficar mais conhecedora do dia a dia e das diversas situações com que nos deparamos na profissão. A Ana Rita Matos, que concluiu o 12º ano na Escola Profissional ETAP e é técnica de serviços jurídicos, sendo também minha colaboradora. No fundo, considero fundamental acolher os jovens neste tipo de iniciativas para incutir no estagiário o espirito de responsabilidade, seriedade, honestidade e das boas práticas da solicitadoria.

Qual a visão do setor de solicitadoria e quais as maiores dificuldades que os profissionais enfrentam? Dado a conjuntura económica do país as pessoas entendem que se pedir auxílio a terceiros, a informação


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O Agente de Execução é o lado bom da Justiça Maria joão Neto - agente de execução Maria João Neto da Silva, tornou-se solicitadora em 1995 e em 2003, quando nasceu a figura do Agente de Execução decidiu de imediato enveredar por esta área. Com atividade em Paços de Ferreira, apontou como urgente a resolução da criação dos depósitos públicos e o combate à procuradoria ilícita, sendo esta última da responsabilidade de todos os solicitadores colaborarem com os respetivos órgãos da Câmara dos Solicitadores.

maria joão neto Agente de Execução

“O

Agente de Execução é o lado bom da justiça e não o lado pobre, como durante muito tempo se mostrou “. É desta forma que Maria João começa esta conversa. Iniciou a atividade enquanto solicitadora em 1995, anos cheios de glamour profissional. Os solicitadores inscritos eram família, muito poucos e o trabalho chegava para todos, hoje com a diminuição a olhos vistos e o aumento de dia para dia de novos solicitadores, alguém sai prejudicado. Em 2003, assim que surgia o agente de execução, Maria João optou por esta área. “Sou da primeira fornada”, diz com orgulho. “Fizemos o curso ainda com o Projeto – Lei”, relembra. “Mas era um novo desafio, equivalia a um novo projeto profissional e fiquei, desde logo tentada a enveredar por aí”. A nossa interlocutora revela que inicialmente esta foi uma tarefa árdua para quem enveredou por esta área. “Em

termos profissionais, as ferramentas de trabalho na ação executiva têm evoluído, as diligências tornaram-se mais fáceis. Inicialmente foi muito difícil. Os agente de execução fizeram um grande esforço sem praticamente nada e entretanto conseguiram-se ultrapassar muitos obstáculos e acredito que os que hoje estão no ativo venceram as dificuldades, porque havia uma desconfiança total por quem nós éramos, por isso hoje posso afirmar que o solicitador é o lado bom da Justiça”. Ao contrário da ideia que possa transparecer, com a crise económica, o trabalho dos agentes de execução tem diminuído significativamente. O porquê? “Ao elevado número de insolvências, os exequentes não arriscam em ter mais custos/despesas e no final terem ainda de liquidar aos agentes de execução”. No fundo, ao dar entrada de uma execução não sabem qual vai ser o resultado. “Mas como a esperança é sempre a última a morrer, vamos acreditar no Pepex que aí vem, que passo a explicar. O Pepex é um procedimento, de natureza facultativa, permite um conhecimento prévio pelos credores, da existência de bens penhoráveis dos respetivos devedores, viabilizando decisões mais informadas quanto à instauração de acções executivas. Não sei se vai ter sucesso, vamos esperar para ver”. Na perspetiva da nossa interlocutora, não há uma responsabilidade por parte do devedor de querer pagar, optando por uma maior facilidade, declarandose insolvente. “Deveria haver uma maior rigidez relativamente a estas questões. É por estas coisas que não se acredita na Justiça”.

Depósitos Públicos e Procuradoria Ilícita

que tem sido negligenciada, passa pelos depósitos públicos. “As regras dos depósitos públicos não estão bem definidas, acredito ser urgente rever as mesmas essencialmente por causa dos bens móveis”. Ora, por depósitos públicos entende-se qualquer local de armazenagem de bens que tinha sido afeto à remoção e depósito de bens penhorados no âmbito de um processo executivo. Desta feita, o agente de execução, os exequentes querem a remoção dos bens, não existem armazéns suficientes para o depósito dos mesmos e das duas uma, ou ficam em casa dos executados e os mesmos nomeados como ‘Fiel Depositário’ ou se removem para a morada dos exequentes e os mesmos ficam nomeados ‘Fiel Depositário’, nunca atribuem esta responsabilidade aos agentes de execução, enquanto não existirem armazéns em quantidade que assegurem as necessidades de todos os agentes de execução. Outro problema apontado pela nossa interlocutora passa pela procuradoria ilícita. “Qualquer pessoa se desloca aos serviços públicos e resolve assuntos dos contribuintes/empresas sem que seja exigida procuração com poderes para os representar, a estes são chamados ‘Lareiros’. Os serviços públicos deveriam exigir a identificação do profissional. Acredito que a Câmara dos Solicitadores faça um esforço, mas esse esforço também deve partir de nós próprios”. Maria João Neto, termina, acrescentando que ”há muitas arestas a limar ainda na solicitadoria e nos agentes de execução, mas acredito que chegaremos a bom porto, eu gosto muito da minha profissão”.

Uma questão que a nossa interlocutora acredita merecer maior atenção por partes das entidades competentes e

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baião

Região em destaque Uma terra de potencialidades, onde o empreendedorismo, a inovação, turismo, cultura e defesa dos produtos da região são o ponto forte de um concelho que combate diariamente contra a desertificação. Conheça Baião através das páginas seguintes… e em futuras edições. 37


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“A hospitalidade é o melhor que este país tem para oferecer” Quinta do ervedal No extremo nascente do concelho, já nas portas do Douro Vinhateiro – Património Mundial, encontra-se a Quinta do Ervedal.

À

entrada, em jeito de boas vindas, uma quadra desconcertante escrita em azulejo:

“Meus Filhos! Abri a porta, Ao rico, se for amigo. Mas nunca deixeis d’abri-la Ao pobresinho… ao mendigo.”

eu ocupo-me dos hóspedes”, justifica-se Isabel que nos explica a mensagem deixada por sua avó. “Há muitos, muitos anos, este era um local de apoio aos peregrinos de Santiago de Compostela. Ali estão as vieiras no cimo do portão. Aprendi, com a minha família, a importância de bem receber. A hospitalidade é, a meu ver, o melhor que este país tem para oferecer a quem nos visita. E é esse espírito que preside quando alguém nos escolhe como destino”. Sobre a propriedade onde se localiza a

Abrem-nos a porta, Isabel e Henrique. Ela, a descendente da família, neta da autora dos versos. Ele, oriundo de Aveiro, artista plástico, não assistiu à entrevista a preparar mais uma exposição de pintura no seu atelier construído no meio do bosque. “O Henrique pinta e superintende os jardins e os arranjos exteriores,

Quinta do Ervedal, Isabel Almeida refere “aqui passei os melhores momentos da minha infância e, hoje, recrio a azáfama doméstica que se vivia quando recebíamos a família ou os amigos. Esta casa, este espaço, mais do que as paredes e a beleza dos campos, tem uma alma de paz e boa gente que procuro transmitir aos nossos

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hóspedes”. E o que se faz, aqui? – perguntamos. “O que quiserem. Baião tem como lema “Vida Natural”. O atraso a que foi votado este concelho durante anos, poupou-o aos exageros urbanísticos e desordenamento do território. Pois bem, capitalizemos esse abandono para proporcionarmos uns dias de tranquilidade, passeios pelos antigos trilhos, visitas a todo este património, banhos nas águas do Rio Teixeira (o afluente do Douro que atravessa a quinta)”. Em termos de gastronomia, como é? – Insistimos “Deixo isso ao cuidado dos restaurantes. Aqui preocupome por levar à mesa o que tiro da terra. Tudo o que produzimos é biológico e do que não temos procuro nos nossos vizinhos produtores: o vinho, os enchidos, os queijos, o mel, os licores, assim por diante. Importante é mostrar como vivemos e manter os rituais. As refeições são anunciadas pelo som da Cláudia Madur, a nossa fadista, as noites de Verão animadas com os “Andarilhos” esse grupo étnico formidável, o pão, servido nas cestas de Frende. Mantemos a traça da antiga cozinha e o fogão e o forno ainda são os de lenha. É divertido!” E projectos para o futuro, Isabel? “Não tenho. Só sei que não quero expandir a capacidade atual. Não quero perder esta possibilidade de acompanhar os nossos hóspedes aos eventos mais representativos desta terra, sejam os concertos, sejam as feiras gastronómicas, ou mesmo só de os ajudar a encontrar as pequenas grandes pérolas que temos por aí e não se encontram nos guias turísticos. O meu grande objetivo é sentir que cada um sai daqui mais rico, cultural e espiritualmente”

* Para mais informações visite o www.quintadoervedal.com


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Avesso do avesso Quinta do porto ferrado O Vinho Quinta de Porto Ferrado iniciou a sua produção há mais de 30 anos, por António Barreto. A melhor casta de vinho verde é caraterizado como uma preciosidade que necessita de ser promovida e conquistar novos mercados. um rosado, sendo um tinto feito de bica aberta, em que na nossa região chamamos de palhete, que é um rosé mais carregado. Onde podemos encontrar o vinho Quinta de Porto Ferrado? É possível encontrar os nossos produtos na região de Baião, em todos os restaurantes e supermercados da zona, bem como na nossa quinta. A conquista de novos mercados e de novos clientes é um dos meus grandes objetivos, e novos projetos vão surgir nesse âmbito. antónio barreto Administrador

E

m entrevista à nossa revista, António Barreto esclareceu algumas das nossas curiosidades acerca do vinho da casta avesso, nomeadamente como tudo começou. “Comecei a produzir vinho da casta avesso há mais de 30 anos, quando estava ligado ao setor da construção e adquiri uma quinta. Após essa aquisição passei a ser produtor de vinho da casta avesso, sendo essa a casta predominante na região. Um atividade complementar que me conquistou desde início, assim implementei a minha marca. Atualmente denominado de Ferrado, em que a imagem de rótulo tem vindo a ser devidamente trabalhada e adaptada de modo a dar resposta aos novos tempos e a marcar a diferença, com o objetivo de ser facilmente reconhecida”. Qual o volume de produção e que tipo de vinhos tem à disposição do cliente? A produção do meu vinho é em média de 100 pipas por ano, apesar de no ano passado termos alcançado as 180 pipas. Relativamente à oferta de vinhos temos o avesso monocasta, o avesso com predena, que é uma mistura de duas castas numa proporção de cerca de 50-50 e

Qual seria o cenário ideal para a realização dos seus projetos? Gostaria de num futuro próximo ver o vinho da casta avesso a ser promovido. Tenho consciência que só com a intervenção das unidades públicas, nomeadamente da Câmara Municipal esse passo seria devidamente alcançado. Temos um vinho verde considerado uma preciosidade, que deve ser valorizado e levado mais além. Para si, quais as formas de promoção que deveriam ser tomadas para que atingisse as proporções desejadas? Na minha opinião o meio mais indicado passaria por uma medida implementada pela Câmara Municipal como já referi anteriormente, e que já foi realizado com outros vinhos típicos de outras regiões. A constante promoção em feiras, durante anos consecutivos é fundamental para marcar presença, ficar na memória e alargar a carteira de clientes e apreciadores dos nossos vinhos. Nós temos uma casta muito boa, considero que é a melhor casta de vinho verde, e que só a região de Baião reúne todas as condições climatéricas para se desenvolver, pois é uma casta que necessita de muito calor para amadurecer. Um vinho diferente, com um sabor único. Quais

os projetos que estão a ser desenvolvidos para projetar o vinho do avesso? Com o principal objetivo de ampliar a nossa carteira de clientes, estou a desenvolver neste momento um armazém na cidade do Porto, em que vou contar com a colaboração de pelo menos mais dois vendedores, e que irá abranger o Grande Porto, nomeadamente Porto, Maia e Matosinhos. Além da produção de vinhos, estou ainda ligado à produção de porco bísaro, com o objetivo de desenvolver uma unidade industrial, sendo um produto gourmet que atualmente é muito procurado. Já temos cerca de 100 porcos, e na sequência deste investimento está o acompanhamento do nosso vinho da Quinta de Porto Ferrado, em que se o sucesso desejado fosse alcançado, o passo seguinte passaria pela criação de um restaurante só de porco bísaro na região. Aproveitando a beleza natural da região em que estamos inseridos, está a ser construído um lar privado no interior da quinta dos vinhos Porto Ferrado. Sem dúvida que o sítio é muito agradável, com uma vista privilegiada para o Douro. Subjacente o lar irá usufruir dos atrativos da própria quinta, nomeadamente as vindimas, um ginásio inserido numa antiga vacaria que já está desativada há alguns anos, uma piscina para as pessoas com mobilidade. Teremos ainda ao dispor uma sala de convívio fora do lar, para os familiares desfrutarem de alguma privacidade quando visitarem os utentes. Ação de promoção no Porto No próximo mês de Julho, irá realizar-se na cidade do Porto uma promoção para o vinho Avesso, organizado pela Confraria do Vinho Verde, que irá da Rua das Flores até ao Largo de São Domingos. A atividade do evento passará pela entrada dos membros da confraria em restaurantes aderentes, devidamente trajados, encenando um espetáculo típico, oferecendo um prova de vinho às pessoas, acompanhado de produtos regionais.

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Venha saborear a gastronomia d´A Cidade e as Serras Residencial borges Situada no concelho de Baião a Pensão Borges é cada vez mais procurada pelo silêncio do campo e pela beleza natural das serras da Aboboreira, do Marão e de Matos, coloridas também pelo pastoreio e pelo famoso rio Douro. Com uma oferta gastronómica riquíssima, convida os visitantes a experimentar os sabores regionais, os locais pitorescos e todo o património arqueológico e histórico, pois como muitos afirmam “Baião é história e tradição”.

A

Pensão Borges foi fundada em 1934, pelas famílias Trindade e Teresa Borges com o objectivo de servir como espaço de dormidas/refeições como era uso nas zonas rurais. Ao longo dos anos foram feitas várias alterações, nomeadamente na ampliação do espaço e no restauro do original permitindo uma maior capacidade de alojamento e de restauração inclusive com a crição de uma sala de banquetes/eventos. Espaço caracterizado pelo conforto, a Pensão Borges acolhe os seus hóspedes num ambiente rústico e de excelente qualidade. Ao dispor dos visitantes existem 12 quartos devidamente equipados em que o atendimento personalizado é o principal enfoque pretendendo-se a satisfação plena do cliente. No restaurante é possível encontrar uma cozinha tradicional, com uma oferta diversificada de pratos regionais como o anho, a vitela arouquesa, as alheiras, os enchidos, e ainda o tipico bacalhau. António Pinto, gerente da Pensão Borges revela que a questão da sazonalidade é cada vez mais premente, no entanto, “o nosso dever é praticar preços atrativos

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para trazer pessoas sem esquecer a preservação da qualidade de excelência dos nossos serviços”. Tormes é um local mitico e António Pinto pretende transmitir às pessoas o bem-estar que a região de Baião oferece, bem como a maneira de receber que apesar de simples é cordial. “Pretendo que as pessoas venham até cá, descubram as paisagens espetaculares e a excelência de toda a gastronomia, que resulta numa belíssima forma de passar um dia diferente em família”.

Inserido na sede da Fundação Eça de Queiroz surge o restaurante de Tormes, resultado de uma parceria entre a instituição e a Pensão Borges. O restaurante oferece a excelência da gastronomia e da literatura de um dos maiores nomes portugueses, Eça de Queiroz. Com um apetite insaciável pela boa mesa Eça imortalizou para todo o sempre o “arroz de favas com frango alourado, a carne assada à moda da Luísa, o fricassé de Ave, ... claro está sempre acompanhado pelos bons vinhos”, revela António Pinto. O projeto foi muito importante para o desenvolvimento económico e social da região de Baião, permitirá contribuir para um aumento da notoriedade a nível nacional e internacional tanto do concelho como da própria Fundação Este restaurante foi idealizado para responder a uma necessidade sentida pelos visitantes da Casa de Tormes que agora passam a dispor de um local único para experienciar a afamada gastronomia queirosiana, bem como todos aqueles que procuram um local privilegiado pelo seu cenário paisagistíco para apreciar, também, os pratos mais tipicos da região.


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Qualidade e excelência com vista para o Douro Douro palace O Douro Palace Hotel Resort & Spa, convida-o para uma experiencia única de conforto e elegância, num ambiente informal, onde o histórico e o contemporâneo se fundem numa simbiose perfeita. São vários os espaços que se vão descobrindo, proporcionando momentos inesquecíveis de puro prazer. Profissionalismo, conforto, qualidade e excelência dos serviços prestados, é o lema desta instituição.

O que distingue o Hotel dos restantes existentes na zona? A Região Douro dispõe de uma oferta hoteleira de qualidade e hoje afirma-se como um destino incontornável no turismo nacional. Assim sendo, a nossa aposta passa por um hotel com arquitetura contemporânea mas que não esquece as raízes tradicionais da região. Estamos numa localização privilegiada na margem direita do Rio Douro e esta unidade hoteleira está inserida numa Quinta com 100.000 m2 e conta com área agrícola biológica, floresta protegida e vinha o que proporciona várias experiências a quem nos visita, para além da nossa oferta gastronómica de elevada qualidade e que privilegia os produtos regionais, e obviamente de uma das nossas principais ofertas que é o nosso SPA. Estamos numa zona normalmente não associada ao Douro, que é Baião… Normalmente não associamos Baião ao Douro, mas essa é também uma das grandes vantagens deste Hotel e desta Região, o mote “ Tão longe e tão perto” carateriza muito bem a região. Aliás é curioso, porque esta região para além da sua beleza natural e da beleza do Rio Douro é considerada uma das três regiões com melhor qualidade do ar em toda a europa. Falemos de um outro projeto que têm em mãos, um hotel universidade. Como surge esta ideia? A empresa tinha já no seu plano de expansão, a construção de uma nova unidade hoteleira de 5 estrelas que completasse a oferta da empresa num

outro segmento. Foi um trabalho de grande rigor, quer na conceção do projeto, quer na escolha dos parceiros ideais para este projeto. Felizmente a parceria com o Instituto Politécnico do Porto, veio a confirmar o casamento perfeito entre duas entidades com grande ambição na área de turismo, quer do ponto de vista da oferta de formação de elevada qualidade e em contexto de trabalho. Qual o conceito do mesmo? O Douro Royal Valley, Hotel Escola de Aplicação, funcionará como qualquer outro hotel, e disponibilizará 70 quartos de elevadíssima qualidade, totalmente virados para o Rio Douro. Os serviços serão os típicos de um hotel de 5 estrelas e disponibilizará um fantástico spa, bar, restaurante, salas de congressos e reuniões. O que verdadeiramente diferencia este hotel é o fato de nas mesmas instalações funcionar uma escola de formação superior e técnica na área de gestão hoteleira e turismo que será coordenada pelo Instituto Politécnico do Porto e contará com 35 quartos para alunos e professores, salas de aula, laboratórios e outros serviços disponíveis para a escola, num contexto de aprendizagem “ aprender fazendo”. Quais as expectativas que colocam neste projeto? Esta unidade hoteleira associada à que temos já na região, fará com que a empresa seja a que dispõe de maior oferta de camas no Douro. Este projeto tem como objetivo uma forte e diversificada oferta para mercados internacionais e é a grande aposta da empresa na

sua internacionalização. As expetativas são altas, mas julgamos que completamente realistas na persecução dos objetivos a que nos propusemos quando decidimos investir no Douro. Queremos que a empresa seja um dos principais embaixadores do Douro dentro e fora do país e tudo faremos para merecer esse papel. A abertura oficial está marcada para o início do próximo ano.

Por onde passa o futuro de Baião, no que concerne ao turismo? Infelizmente, a região tem sofrido como todas as outras nos últimos anos, com a falta de empregos, agravada pelo fato de ser uma região de convergência e fortemente virada para a ruralidade e para agricultura. Baião tem um forte potencial turístico, e não temos dúvidas que se vai afirmar como um destino de excelência nos próximos anos. Pode ler a entrevista na integra na edição online

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Sinta-se em casa em família Aconchego das raízes O nome deste empreendimento turístico “O Aconchego das Raízes”, remete-nos para a história da família desta casa. Escolhido por Maria Leonor Fonseca, nascida e criada nesta habitação, a denominação radica no facto primordial da preservação deste património familiar poder ser fruído num ambiente calmo e acolhedor (remetendo o ‘Aconchego’) tal e qual o foi ao longo de três gerações (daí, as ‘Raízes’). Joaquim Ferreira explica-nos que a sua esposa pretende que os seus visitantes se sintam, aquando da sua estada, tão bem como ela se sentiu nesta casa. “A minha esposa pretendeu, com este nome, que os nossos hóspedes se sentissem tão aconchegados aqui como se se tratasse das suas próprias raízes”.

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eparados com a oportunidade de reconstruir uma casa de família, Maria Leonor Fonseca e Joaquim Ferreira decidiram transformar este empreendimento num espaço de turismo rural. “Este é um empreendimento turístico onde, em comunhão com a natureza e a serra, os nossos hóspedes poderão desfrutar de um descanso retemperador”. A escassos 1500 metros do centro da vila de Baião, quem escolhe o “O Aconchego das Raízes” pode contar com um ambiente de conforto, numa residência que data do primeiro quartel do século passado. Esta casa, com apenas três anos de existência enquanto

espaço de turismo rural, conta com seis quartos temáticos (sendo dois deles unifamiliares), além de uma sala de jantar tradicional. A piscina, a esplanada e um inovador bar no interior do espigueiro (aqui denominado canastro), assim como uma sala de reuniões e pequenas conferências completam a oferta deste espaço que marca a diferença, pela tradição, nesta vila de Baião.

Rua de Freixieiro, nº664 4640-174 Campelo Tel: 915 107 317 E-mail: info@oaconchegodasraizes.com

Cheira e sabe a Tradição casa do almocreve No edifício branco, pontuado pela pedra que remete para a imagem das casas mais típicas, cabe no rés-do-chão um restaurante que cheira e sabe a tradição e no primeiro andar todo um espaço que acolhe quem quer repousar sobre as memórias de Baião. A Casa do Almocreve abriu ao público recentemente, mas o restaurante já fazia, por essa altura, as delícias de muitos, há cerca de 18 anos.

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lexandra Pereira não quis deixar esquecer o trabalho dos avós e há cerca de dois anos e meio reformulou o espaço para, segundo ela, trazer as referências da terra e fazer com que as pessoas sintam a essência de Baião e não de outro lugar qualquer. Os sete quartos, a sala de convívio, que estão ao dispor de quem ficar instalado na Casa do Almocreve, foram decorados pormenorizadamente pela também arquiteta Alexandra Pereira. Cada um deles representa uma tradição de Baião e muitas das peças que os compõem foram restauradas à mão pela agora gerente da Casa do Almocreve. No restaurante, a tradição está nos cheiros e sabores. Aqui não falta o tradicional anho assado no forno a lenha com arroz do forno pingado, a vitela e o lombo no forno, os miúdos estufados com pão, sangue e hortelã, o bazulaque e tantas outras iguarias que pretendem, nas

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palavras da gerente, transmitir uma comida verdadeira e genuína. Para dar a conhecer aos que a visitam a qualidade dos produtos de Baião, Alexandra Pereira criou também no restaurante uma pequena loja onde estão disponíveis vários produtos típicos da região, ajudando assim os vários produtores locais. “Aqui tem-se qualidade de vida, paisagens magníficas, pessoas afáveis, gastronomia deliciosa, vinho fabuloso, alojamento bonito e confortável, os grandes prazeres da vida, reunidos num espaço único”, diz Alexandra Pereira, em jeito de convite para que visitem Baião e a Casa do Almocreve. Rua do Fontanário Portela do Gôve - 4640-270 Baião Tlf: 255 551 226 www.facebook.com/casadoalmocreve


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A cereja no topo do Douro Quinta de guimarães Situada no Douro Verde, a história da Quinta de Guimarães remonta a 1720. Esta Quinta que se pinta em tons de verde, salpicada pelo vermelho das cerejas que por esta altura caem aos magotes das árvores, tem vista para o Douro e convida, desde 2005, todos os que a queiram visitar.

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ransformada em casa de habitação, a Quinta de Guimarães conta para além da casa principal com mais três apartamentos, o da piscina, o da mata e mais recentemente, desde 2014, o da vinha. Cada um deles apresenta uma dimensão e decoração distinta, adaptando-se aos diferentes gostos e necessidades mas todos oferecem um cunho de independência à estadia. Fernanda é quem recebe os hóspedes que procuram este paraíso no Douro verde para relaxar. São os petiscos caseiros desta anfitriã, em quem a família, proprietária da casa, confia inteiramente, que fazem as delícias dos hóspedes. A acompanhar o vinho verde da quinta, vivo, fresco e de aromas florais, “Cazas Novas”. Aqui o silêncio ouve-se e é quebrado apenas pelo vento que volta e meia assobia. Ideal para os amantes da natureza, a Quinta de Guimarães é o local perfeito para umas férias em família,

ou uns dias a dois. A piscina, o campo de ténis, o campo de voleibol, a sala de jogos, a mata, os jardins e as bicicletas disponíveis para utilização dos hóspedes são algumas das possibilidades de entretenimento. Motivos não faltam, agora é só atrever-se a conhecer este local único, que muda de cor em todas as estações do ano oferecendo a cada visita uma nova experiência.

Quinta de Guimarães - Lugar de Miguas 4640-467 Sta. Marinha do Zézere Fax: (+351) 213 570 590 Telm 1: (+351) 912 915 699 Telm 2: (+351) 917 547 236 info@quintadeguimaraes.com

Baião no feminino! Quinta do ferro Situada na margem direita do rio Douro e fundada em 1999,a Quinta do Ferro desde finais de 2011 passou a ser liderada por Micaela Fonseca. Arquitecta de primeira formação, mas com outros interesses e formação em paralelo, no caso, a gestão e marketing, aceitou o desafio lançado pelo seu pai e fundador da Sociedade Agro Turismo Quinta do Ferro, para dar continuidade a este projecto que considera cheio de potencial e que engloba diferentes áreas.

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o entanto há que realçar aquela que até hoje faz a maior diferença , a grande irreverência do verde, a produção de espumante! Considerado ex libris da casa, e até da região, ou não tivesse sido a Quinta do Ferro a primeira a produzir espumante na zona, a sub região de Baião, pertencente a região dos vinhos verdes. Além do mercado nacional, que já reconhece a qualidade dos produtos Quinta Do Ferro, o percurso internacional começa, cada vez mais, a ser uma referência. O principal mercado de exportação de espumante QF e a Bélgica, que tem vindo a afirmar- se como grande apreciador de espumante made in Portugal, ou melhor, Portugal Sou Eu, e prova disso, foi neste ultimo mês a grande superfície Carrefour, na Bélgica, querer colocar nas suas mais de 400 lojas o espumante Quinta do Ferro. Além da Bélgica também esta presente a QF em Inglaterra, Suíça, Alemanha, Polónia, Itália, Macau, Japão e Taiwan. Continuando sempre em trânsito em

busca de novos consumidores, capazes de reconhecer este produto pela diferença e qualidade que impõe. Prova disso são também os prémios que tem vindo a receber tanto a nível nacional como internacional. Para esta jovem empreendedora e mulher de paixões, o tempo que passa em viagem, seja entre o seu gabinete de arquitectura em Matosinhos, loja da Quinta do Ferro em Felgueiras, Quinta do Ferro em Baião, e pelo resto do pais e estrangeiro, significa apenas que quem corre por gosto não cansa, e que afinal o mais importante são as pessoas, Micaela faz questão de mostrar o seu rosto e dar um rosto aquilo que representa, tentando sempre criar laços com os seus clientes. Pois estes são, acima de tudo parceiros! Ainda com orgulho e um sorriso nos lábios termina dizendo, “Há quem tenha um dom, a Quinta do Ferro tem três, Dom Ferro Reserva Bruto, Dom Ferro Super Reserva,e Dom Ferro Velha Reserva! Brindemos”.

Quinta do Ferro - Igreja - Gestaçô 4640-230 Baião Fax: (+351) 254 886 079 Tlf: (+351) 254 881 975 geral@quintadoferro.pt

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sabores com fumo Tasquinha do fumo Em Baião, onde há fumo... pode haver uma tasquinha. O estabelecimento, batizado de forma quase acidental de Tasquinha do Fumo, une os traços pitorescos de uma “tasquinha” rural ao distinto fumo dos assados e dos fumeiros, que se tornou parte indissociável dos ares de Baião.

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endo a sua génese num negócio de família, esta “tasquinha”, edificada na Serra da Aboboreira, em Baião, preconiza a qualidade dos costumes tradicionais como a chave de uma pequena porta que se abre ao país. Artur Soares é o gerente da Tasquinha do Fumo, há já cerca de 7 anos, e explicou aquilo que a torna numa das pérolas do roteiro gastronómico de Baião. “As pessoas vêm aqui porque é diferente. É um sítio acolhedor e, por norma, temos presentes 25 a 30 pessoas. Se alterássemos isto, estaríamos a alterar o conceito do nosso espaço”, confessou, sustentando que o alargamento do espaço nunca esteve nos planos: “Não tenho interesse nenhum em meter aqui mais 40 ou 50 pessoas, pois o nosso espaço tem um conceito diferente dos outros. Se o fizéssemos estaríamos a estragar o sentido das coisas”. Além do espaço, a comida, como não poderia deixar de ser, é a cereja no topo do bolo. Logo nas entradas, os clientes (com)provam a qualidade fomentada no

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estabelecimento. “O que servimos nas entradas é aquilo que as pessoas gostam de comer e não foge muito de um presunto, um queijo, uma alheira, que também é cozinhada por nós, e umas pataniscas de bacalhau - que é algo idêntico aos bolinhos de bacalhau, mas um pouco diferente. A pérola da ementa, fazendo jus ao afamado e também ao mais procurado prato de Baião, é o anho assado no forno com arroz e batata assada, que é o ex-libris aqui de Baião. Mas também fazemos cabrito, vitela ou bacalhau na brasa. Assamos muita coisa. No Inverno também sai muito cozido à portuguesa.” Dos assados, mas não só, emergiu um nome incontornável no roteiro dos apetites que visitam o concelho. “Nunca tivemos mesmo um nome e só depois de termos feito as obras é que surgiu este. Muitas pessoas faziam alusão ao fumo que se fazia sentir na cozinha, como forma de identificação do sítio onde estavam. Entre elas, o presidente da Câmara do Marco de Canaveses que um dia esteve aqui e telefonou seu homólogo de Baião

a dizer que estava numa casinha ‘cheia de fumo’. Então nós vimos que fazia sentido e adotamos o nome.” Na opinião de Artur Soares, o grande predicado da ementa da Tasquinha do Fumo é a maneira como os produtos são confecionados: “Ninguém é melhor do que ninguém e todos têm acesso aos produtos. Claro que procuramos sempre disponibilizar os melhores produtos aos nossos clientes, mas isso, por si só não seria suficiente. Aqui, as coisas são feitas na hora. Os clientes têm oportunidade de ver as iguarias saírem diretamente do forno ou das brasas para a mesa sem os tempos de espera habituais noutros locais. A diferença está nesses pormenores, pois a nossa ideia é que saiam do forno para a travessa e daí para a mesa”, revelou Artur Soares. O conceito geral é simples: as pessoas “sentem-se em casa” e, apesar de “não haver muita variedade... há aquilo de que as pessoas gostam.”


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Uma simbiose perfeita entre o rio e a serra Casas de pousadouro As Casas de Pousadouro localizam-se na margem do Rio Douro, em Santa Cruz do Douro, Baião. Este refúgio entre a serra do Marão e a serra de Montemuro assume-se como um local intimista, onde o verde domina a paisagem e propícia aos seus visitantes momentos de pura descontração, caminhadas por trilhos naturais ou simplesmente o desfrutar das refrescantes águas do rio.

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projeto das Casas do Pousadouro como alojamento turístico nasce em 2007 primando desde o seu inicio pela excelência dos serviços prestados. Composto por um conjunto de 4 casas, que em tempos idos formaram uma aldeia, as Casas do Pousadouro mantêm ainda a traça original e o espirito identitário das gentes Durienses. A paisagem é marcada por uma simbiose perfeita entre os espelhos de água, o verde das encostas e o casario disperso que dão vida a este cenário. Aliando de forma harmoniosa a arquitetura tradicional aos interiores modernos e contemporâneos, as casas dispõem de amplas janelas que permitem a entrada de luz natural e propiciam uma estreita ligação com a natureza. Pequenos refúgios secretos onde o equilíbrio e a inspiração andam de mãos dadas. Quem escolher este paraíso natural para desfrutar de uns merecidos dias de descanso pode ainda desfrutar de um variado leque de atividades: piscina, passeios de barco e bicicleta, caminhadas, kayaks e atividades náuticas. Venha descobrir esta maravilha da natureza do município de Baião. Para mais informações contactar 913453541 ou visite http://www.casasdepousadouro.com

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as sensibilidades da cultura popular da Casa do Lavrador Casa do lavrador Se está nos seus planos visitar Baião, não pode deixar de passar pela Casa do Lavrador. Este ex-líbris do concelho leva-nos a recuar 100 anos para conhecer a vida dos lavradores da região. A Revista Business Portugal falou com Artur Borges, proprietário da casa e Presidente da Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro.

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endo esta casa, cuja recuperação se iniciou há 20 anos e que há 12 ficou concluída, Artur Borges chama, “um projeto de cultura popular. Foi feita uma primeira intervenção com vista a preservar-se aquilo que eram as referências populares relacionadas com as típicas casas dos caseiros. O concelho de Baião, tal como os concelhos limítrofes de Resende e Cinfães, têm uma grande tradição senhorial cujo sustento vinha da agricultura. Eram os caseiros que viviam à volta dessas casas que trabalhavam ,efetivamente, as terras, ficando com 1/3 do que estas davam. A Casa do Lavrador, parte integrante da Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro, foi criada com o propósito de ser um museu etnográfico ativo, que desse a conhecer as maneiras de agir e de fazer, o dia a dia, portanto, de uma família de lavradores típica da época”.

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A estrutura atual da casa nem sempre existiu: “Quando começamos a apostar na componente da gastronomia reparámos que a cozinha era um espaço onde as pessoas adoravam estar, mas cuja capacidade não excedia os 25 lugares.” Assim, as obras de alargamento incluíram uma nova sala que, apesar de ter sido construída de raiz, foi edificada com material provindo de casas da terra que foram, entretanto, destruídas, de forma a manter a sua traça característica: “A pedra, as traves e o lagar da loja são todos originais de casas de lavrador. A prensa que existe no lagar tem mais de 300 anos”, refere Artur Borges. Uma visita à Casa do Lavrador é uma experiência inesquecível: a tecedeira canta enquanto trabalha no seu tear e podem ver-se as louças ou as máquinas de sapateiro e de costura. Coube ao Rancho Folclórico de Santa Cruz do Douro, também ele parte da Associação

Cultural e Recreativa, grande parte do trabalho de pesquisa e recolha dos artefactos que enriquecem este lugar. Na adega da loja faz-se, todos os anos e por altura das vindimas, a Ceia de Lagarada: “Durante o dia colhem-se as uvas, que são depois descarregadas no lagar onde são sovadas enquanto se cantam as canções tradicionais desta atividade. A sova da uva é um momento em que muitos turistas gostam de participar ativamente. É um momento da faina agrícola que preservamos com grande orgulho”, refere o proprietário. Nesta loja realiza-se, também, não a matança mas o desmanchar do porco, entre novembro e janeiro. Os visitantes podem, igualmente, assistir ao encher das chouriças ou dos salpicões na cozinha da casa, bem como merendar na loja, à moda antiga, “durante todo o ano. A nossa cozinha tem todo o equipamento de ponta e está certificada para que se cumpram todas as normas de higiene alimentar. Servimos, principalmente, os chamados ‘pratos de trabalho’, pratos fortes que ajudavam na realização das tarefas agrícolas mais duras, como massa à lavrador, arroz de feijão vermelho com moira, mas também broa de milho, cozido de carnes ou pataniscas, muito apreciadas cá na casa”. Do vinho que é servido, uma parte é feita, exclusivamente, no lagar da casa, e outra provém da casta Avesso, típico da zona e comprado a produtores da região. Acima de tudo, refere Artur Borges, “existe a preocupação de mostrar aos visitantes uma casa a trabalhar como se fosse autêntica, uma recriação da época e das vivências com todo o pormenor, como um teatro vivo”. A Casa pode acolher, idealmente, até 50 pessoas, para que a experiência seja ótima, sendo necessária marcação (com pelo menos 24 horas de antecedência). À noite, garante Artur Borges, “a vista para a paisagem circundante é soberba”. A Casa do Lavrador de Baião espera a sua visita.


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Delícias tradicionais Restaurante “o alpendre” Situado na rua da Quintela em Baião, o restaurante “O Alpendre” nasce em 2011 da vontade e visão de António Pinto e faz as delícias de quem aprecia a gastronomia tradicional.

antónio pinto Administrador

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uem hoje passa na rua da Quintela não fica indiferente ao imponente edifício em pedra que tem à porta um grande letreiro que em castanho deixa ler “O Alpendre”. Aberto desde 2011, o restaurante nasceu da visão de António Pinto que encontrou no antigo beiral abandonado um lugar privilegiado para abrir uma casa que cheira e sabe a tradição. O grande investimento feito por António Pinto resultou num lugar acolhedor que guarda os traços mais característicos do antigo beiral, a pedra e os tetos em madeira, e lhe junta um estilo elegante e moderno. No primeiro andar as grandes janelas têm vista para a verde serra, para uma paisagem que respira ar. Inicialmente, conta o gerente, o “espaço era utilizado apenas para eventos e jantares de grupo” até porque António Pinto não tinha mãos a medir para gerir esta e as mais duas casas que possuía também na altura. Depois

de passar um dos negócios para se poder dedicar mais a este projeto, O Alpendre viu as suas portas abriremse definitivamente ao público. Hoje, o restaurante só fecha, diz o gerente, “às terças-feiras” para o merecido descanso de todos os que fazem parte deste projeto. Mas passemos ao sentido que mais interessa, o paladar. Os sabores do restaurante O Alpendre casam bem com aquilo que o olhar deixa entender na arquitetura que guarda as memórias do passado. Aqui serve-se a cozinha tradicional. O anho assado é prata da casa e de toda a região. O espeto de novilho com pau de loureiro marca a diferença e faz as delícias do que apreciam uma boa posta de carne e os aromas do presunto na brasa que ficam no ar. O polvo e os secretos de porco preto distinguem O Alpendre da sua concorrência e são mais um cartão-de-visita. Tudo servido com legumes e dando preferência sempre aos produtos da região. A acompanhar, o vinho avesso, a casta mais produzida no

concelho de Baião. Com 16 anos de experiência em restauração, António Pinto, refere que “o setor já viveu melhores dias” e que o iva “está a acabar com muitos negócios”. No restaurante O Alpendre, os seus clientes são sobretudo locais, embora garanta que “também vão aparecendo alguns turistas mas não tantos como seria desejável”. Neste sentido, António Pinto espera que “o hotel que está em construção na Pala venha dar uma ajuda”. Num meio rural sem indústria, não é fácil manter um projeto como este, explica o gerente, mas António Pinto está confiante. O futuro, diz, passa por manter o barco à tona da água. Para isso, António Pinto, garante que é importante apostar na qualidade de todos os produtos e servir sempre da mesma forma estas delícias tradicionais.

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tecmaia

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s parques empresariais são um conjunto planeado de unidades industriais cuja instalação tem como principal objetivo desenvolvimento industrial. Estes parques dispõem de extensas áreas de terreno necessárias para o seu desenvolvimento e expansão, bem como, infraestruturas e serviços de apoio às empresas, de forma, a beneficiar das sinergias que possam existir e fortalecer futuras parcerias. O Tecmaia, localizado na Rua Eng.º Frederico Ulrich, 2650, na Maia afirmou-se no contexto dos parques de ciência e tecnologia de uma forma precisa e dinâmica criando um número elevado de postos de trabalho, permitindo a muitas empresas encontrar o seu espaço como “the best place to work”. Assim sendo, a Wipro, Microswiss-Azurea e Intisis são apenas algumas das empresas que escolham o Tecmaia para se instalarem.

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Uma empresa Portuguesa... com certeza! intsis A INTSIS é uma empresa de tecnologias da informação, essa a sua matriz e claramente o seu ADN. Criada por Luis Brito e José Teixeira em 2000, foi sempre nesta área de atividade que desenvolveu o seu percurso ao longo dos catorze anos ação nos mercados Português, Angolano, Moçambicano e Cabo Verdiano.

luís brito Administrador

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as comecemos pelo início. Luís Brito é um homem cujo percurso profissional andou sempre de mãos dadas com as tecnologias. Foi na área aplicacional e em mainframes que desenvolveu a sua aventura pelo mundo das TI. Inicialmente ao longo de vários anos na multinacional Grundig, posteriormente na área comercial onde exerceu funções diretivas e de gestão em várias companhias. Foi numa dessas que conheceu José Teixeira, aquele que viria a ser o seu sócio, um homem claramente com competências técnicas, de “meter a mão na massa”, como se costuma dizer no meio. Com um percurso também tão evolutivo como empreendedor. Ambos tinham visões tão próximas quanto criticas da vida empresarial e da sua área de negocio em particular, sendo que o primeiro era claramente um gestor/comercial e um segundo um gestor/técnico. Assim nasceu a INTSIS uma empresa tão empreendedora e frenética quanto incentivadora de uma cultura muito própria, cuja identidade vem do contributo dos seus fundadores. Foi este conhecimento de quem viveu grande parte da sua vida “do lado de lá”, que deu a estes dois empresários a visão de negocio e de mercado que resultou numa empresa criada com 100 por cento de capitais próprios, sem recurso a financiamentos ou apoios de fundos europeus, ou seja, uma companhia que dá passos seguros e estruturados, com rumos bem definidos mas com uma abertura de visão empresarial que permite que o dia de amanhã seja possível com

as necessidades e limitações que cada mercado impõe. “As empresas são as pessoas” diz Luís Brito, atualmente o administrador da INTSIS e diretor geral após o recente falecimento do sócio José Teixeira. Foi com as pessoas, apostando em quadros técnicos diferenciados e altamente qualificados que a INTSIS mereceu a aposta de marcas tão importantes como a IBM, a INTERFORMS ou a ORACLE, entre outras. “Somos claramente arquitetos de sistemas e não vendemos produtos de catálogo ou generalistas”, afirma o gestor. O desenho de soluções à medida são o presente e serão certamente o futuro das tecnologias da informação, porque cada cliente tem necessidades especificas e não existem duas entidades iguais. A aposta em soluções desenhadas em função daquilo que o cliente precisa coloca a INTSIS num patamar diferenciado por congregar um equipe capaz de ser consultora, arquiteta e implementadora, com todas as garantias e certificações nacionais e internacionais exigidas para o efeito. Os mercados africanos, nomeadamente Angola, Cabo Verde e Moçambique foram uma consequência da crise. Mas até aqui os passos foram dados com cuidado e extrema segurança. O estudo dos mercados e o enfoque em áreas especificas dos mesmos ditou o sucesso da empresa por terras africanas. Com uma presença muito forte ao nível da banca em Angola, Moçambique e Cabo Verde, a INTSIS é hoje uma empresa de referencia nestes mercados nas suas áreas de atuação. “Fomos com cautela, rigor e profissionalismo e com a noção de que teríamos de nos distinguir pela eficácia”, diz Luís

Brito orgulhoso por ter criado relações de confiança com os seus clientes africanos, alguns com cargos de grande relevo económico e social nos seus países. Assim cresceu a INTSIS que aproveitou as receitas desses mercados para investir em quadros cada vez mais qualificados e distintivos. Assim, hoje, a INTSIS é responsável pela manutenção dos data centers de cerca de 85 por cento dos bancos Angolanos, Cabo Verdianos e já com importantes projetos no maior banco Moçambicano. Muito em breve terá como clientes na mesma área a maior companhia aérea angolana e dois Ministérios do mesmo país. O maior projeto de data center IBM implementado em Angola foi realizado pela INTSIS. “Hoje em dia, já não existem empresas de venda de pcs, as vendas de materiais são secundárias”, afirma, “cada vez mais, com a junção dos equipamentos a fusão das marcas, todos os produtos são bastante iguais, a diferenciação está no projeto, no serviço prestado e no apoio técnico constante, tudo especificamente adaptado a cada cliente - a solução final é o produto”. Nos projectos a curto prazo estão a expansão na áfrica central e ocidental. Em Portugal apostaram igualmente na área da banca e também na indústria automóvel, entre outros clientes de referencia. “Portugal é uma aposta inequívoca porque é o nosso país e é aqui que queremos estar”, diz Luís Brito. A verdade é que o capital dos negócios africanos foram investidos e capitalizados em Portugal, porque a INTSIS é uma empresa portuguesa...com certeza!

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Fabrico de peças para relojoaria de alta gama Azurea Tecnologias SA Uma empresa com uma longa história na tradição e fabrico de componentes e subcomponentes para relojoaria de alta gama, a Azurea Tecnologias SA, sediada na Suíça, esclarece à Revista Business Portugal qual o posicionamento da marca no mercado.

Pierre andré voutat e restante equipa

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Azurea prepara-se para celebrar um século de história, reconhecendo que um dos marcos mais importantes debate-se no ano de 1995, altura em que a empresa se direcionou para o fabrico de peças para relojoaria de alta gama. PierreAndré Voutat, diretor operacional da filial portuguesa da Azurea, assume vestir a mesma camisola dos seus colaboradores, pois “para mim não há distinção, trabalho ao lado deles, temos um objetivo final: o sucesso do nosso trabalho”. O mundo de uma máquina de um relógio pode ser um processo deslumbrante. Apesar de ser um elemento fundamental e ao mesmo tempo tão discreto, exige um rigor na fabricação de peças tão pequenas de grande

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minúcia e precisão. No decorrer da visita da nossa revista às instalações (da zona industrial) no Parque de Ciência e Tecnologia da Maia - TecMaia, Pierre-André Voutat exibiu as suas mesas compridas, com recipientes de (dezenas) milhares de peças minúsculas, explicando que “um simples cabelo dividido em dez é o tamanho das tolerâncias das peças produzidas”.

Formação técnica Um setor muito exigente, que enfrenta um grande obstáculo: a falta de pessoal com a devida formação. O fabrico das nossas peças envolve conhecimentos ao nível da mecânica da precisão, sendo que em Portugal



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esta atividade debate-se apenas para peças de grandes dimensões. O processo de fabrico de peças com dimensões reduzidas obrigam que as margens de erro na execução sejam muito diminutas, em que os pequenos detalhes exigem a formação de técnicos especializados. A formação é assim uma forte aposta da empresa, usufruindo da experiência de colaborares com bons conhecimentos na área da mecânica, tornando-se mais fácil na elaboração de pessoal especializado para as tarefas necessárias no processo de produção da relojoaria de alta gama. “Procuramos profissionais com elevados conhecimentos na área de mecânica. É fundamental que conheçam os vários materiais e ferramentas existentes, e alguns dos procedimentos para que seja mais fácil iniciar a sua formação em contexto laboral, isto é, em conjunto com outros colaboradores. No segmento da nossa atividade apesar de serem as máquinas a trabalharem as peças, os técnicos não se limitam apenas a pressionar botões, pois é fundamental fazer os botões funcionar”. Afirma o diretor Pierre-André Voutat.

O porquê de Portugal? A escolha de Portugal foi determinada por uma série de condicionantes, associados à mão-de-obra, (ao clima,) ao posicionamento do norte do país face a novos mercados emergentes na mira da holding, os apoios logísticos e financeiros gerados pelos programas estatuais para a fixação de empresas em nichos industriais como a TecMaia. O (executivo) diretor da Azurea em Portugal justifica a

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escolha geográfica, como meio de “descentralizar a produção a partir da Suíça. O fato de já termos muitos portugueses a trabalhar na nossa sede e a excelente opinião da sua capacidade produtiva, influenciou muito a nossa escolha. As condições climatéricas são também favoráveis às peças produzidas pela nossa empresa”. A produção desenvolvida em Portugal não vai diretamente para o cliente final. Primeiro ainda segue para a sede da empresa onde são efetuados uma série de processos determinantes para tornar o produto diferente, com um valor acrescentado. O diretor Pierre-André Voutat desmistifica esses processos como o “polimento, embelezamento e montagem, que compõem os acabamentos finais, e que são realizados perante os requisitos dos diferentes clientes para os quais se destinam os produtos”.

Maquinaria altamente inovadora A Azurea Portugal usufrui de uma panóplia de máquinas de última geração, provenientes da Suíça. Um espaço onde ninguém consegue ficar indiferente entre a discrepância da grande dimensão das máquinas, com a pequena dimensão das peças desenvolvidas. Uma recente aquisição suscita a atenção de PierreAndré Voutat que aproveita o exemplo de dois equipamentos de grandes dimensões para explicar que, “numa estávamos limitados ao nível do diâmetro da barra de onde sairão as peças, porque só pode ter quatro milímetros. Enquanto no outro equipamento é possível colocar a barra com dez milímetros. O incrível é que ambas fabricam o mesmo tipo de peça”. A aquisição de maquinaria inovadora permite à empresa

partir em busca de novos mercados, novos parceiros e potenciais clientes. A Azurea tem capacidade de se expandir para novas áreas de mercado, desse modo Pierre-André Voutat e toda a sua equipa estão confiantes e esperam um futuro promissor.



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Qualidade e excelência a nível mundial wipro portugal A Wipro Portugal lidera a vertical de Retalho da Wipro Technologies a nível mundial e é especializada na integração das soluções Oracle Retail, sendo também fornecedora de serviços de consultoria e de suporte para grandes retalhistas. Localizada na Maia esta empresa tem na inovação e na qualidade de excelência nos serviços que presta os seus maiores trunfos. implementação, suporte e manutenção de sistemas de gestão de informação em todo o tipo de retalhistas a nível mundial. Desde o grocery, passando pelo fashion e até na indústria farmacêutica. É esta abrangência de segmentação dos diferentes tipos de retalhista assim com, a amplitude das áreas de negócio onde têm competências distintivas a nível mundial que nos permite cobrir todo o ciclo de implementação em qualquer cliente.

manuel gaspar Senior Delivery Manager

Para que possamos contextualizar os nossos leitores, começo esta entrevista por lhe pedir que explique aos nossos leitores como nasce a Wipro Portugal? A WIPRO Portugal nasce da compra em 2006 da Enabler – Solutions for Retailing por parte da WIPRO. A Enabler foi uma empresa líder na implementação de soluções de retalho com clientes em todas as partes do Mundo. Inicialmente a Enabler tinha sido uma spinoff da Sonae Distribuição. Uma vez que a Enabler estava

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baseada na Maia, surge assim a WIPRO Portugal. A partir do escritório em Portugal é gerido globalmente a operação de retalho da Wipro, que inclui desde a preparação e gestão das competências das diferentes equipas assim como, a prestação dos diversos serviços que oferecemos aos nossos clientes. Esta vossa tecnologia é dirigida a que clientes específicos? A Wipro Portugal faz consultoria de processos,

Trazem às empresas com quem colaboram a inovação e tecnologia necessárias de modo a que estas ganhem volume de negócio e, por sua vez, sustentabilidade. Como é que ser o suporte de um bem maior e de valor tão elevado? Sim, é imperativo que, de facto, exista fatores diferenciadores naquilo que oferecemos aos nossos clientes, pois o mercado a isso nos obriga! Estamos equipados com um conjunto de serviços e respetivos modelos de entrega que nos permite adequar às realidades de cada cliente, no seu devido ciclo de vida dos projetos que pretendem desenvolver. O fator sustentabilidade, agora e mais do que nunca, é fundamental, e para tal, adequamos também o modelo de entrega à fase em particular em que o projeto se encontra. Para além dos projetos de consultadoria e implementação de projectos, a WIPRO Portugal tem uma área especialmente focada no suporte aos nossos clientes, garantindo o funcionamento de todas as operações em regime de 24h*7d, sem incidentes críticos que possam pôr em causa o normal funcionamento das lojas, dos entrepostos ou mesmo das funções centrais. Toda esta área é muito desafiante uma vez que, uma paragem nas operações de um cliente pode significar que uma loja ou um grupo de lojas poderão não ter os artigos para a venda ou produtos sem preços, ou balanças com preços errados, etc.. . É uma área de grandes desafios, mas também de grande satisfação quando sabemos que por vezes aqueles artigos estão à venda graças ao nosso trabalho e à elevada qualidade dos nossos serviços. Estamos a falar de um setor bastante dinâmico, isso torna o trabalho mais difícil, por não serem ‘experts’ numa única temática? Como encaram esta pluralidade? A WIPRO Portugal especializou-se em operações de


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retalho, e nessa área somos “Experts”. O caminho da WIPRO Portugal passa pela diversificação de serviços fornecidos, e aí sim teremos uma pluralidade de serviços. Neste caso e seguindo a política da WIPRO, criaremos áreas de especialização nas quais somos “experts” e trabalhamos por área de especialização. A compreensão de cada uma das componentes existentes dentro de cada área de especialização é fundamental, só desta forma conseguimos ter a visão global das operações dos retalhistas, permitindo sugerir melhorias ao cenário atual. Como se sentem por serem um dos grupos mais avançados no modelo de consultoria e implementação das TI nas mais diversas áreas de negócio? Numa palavra, orgulhosos. Sobretudo sendo a WIPRO Portugal o centro nevrálgico de serviços para o retalho. Aqui e a partir daqui (Portugal) se decide, se executa, se formam os melhores consultores a nível mundial no sector de retalho! A inovação é outro dos vossos pontos de destaque. Como caracteriza o vosso centro de I&D? O nosso centro de I&D funciona em parceria com os nossos clientes, em que as soluções que desenvolvemos têm já alguns objetivos a cumprir. Estamos também

alinhados com o centro de I&D central que tem um braço em UK, com o qual temos laços muito fortes. Temos também uma ligação próxima com as universidades, com as quais também temos desenvolvido projetos inovadores. O capital humano continua a ser a vossa maior arma? Sim, o principal foco da WIPRO Portugal são as pessoas, são elas que acrescentam valor ao negócio e por isso, motivo de orgulho deste centro e da WIPRO worldwide. Daí que a nossa aposta no desenvolvimento e motivação dos colaboradores seja uma preocupação constante. Possuímos o nosso próprio centro de formação WRI (Wipro Retail Institute) cujas formações são orientadas para a nossa área específica de negócio para garantir a entrega do melhor serviço. Dada a nossa consolidada e reconhecida experiência e conhecimento de retalho, parte destas formações são internas e já procuradas também pelos nossos clientes. O WRI atua de forma global, com gestão central a partir de Portugal e com uma unidade na India, chegando a todas as pessoas nas diferentes geografias em que operamos. Em Março de 2014, celebramos o 1º ano do nosso projeto interno “WE CARE – Our own forum of fun & care” que apresenta como principal objetivo, impulsionar o engagement dos colaboradores através

de atividades de promoção de saúde e bem-estar; work-life-balance; responsabilidade social; celebração e reconhecimento e do lado B de todos os que fazem parte da nossa prática. Por onde passa o futuro da Wipro Portugal? O futuro da WIPRO Portugal passa pelo crescimento na área de retalho na Europa e restantes continentes onde operam e pela diversificação dos seus serviços em Portugal. Temos já clientes nas áreas da Energia e estamos a preparamo-nos para aumentar os nossos serviços de near-shore center para clientes atuais da WIPRO Europeus. Fatores como por exemplo capital humano (muito devido ao trabalho das universidades complementado depois no caso da Wipro com o constante investimento na formação), capacidade de falar diferentes línguas (Inglês, Espanhol, Francês, Alemão, Austríaco), flexibilidade na presença onsite vs. Near-shore devido à proximidade face à Europa, boas condições em termos de instalações fazem toda a diferença na competição. Estamos otimistas face ao futuro, dado o número de oportunidades de negócio que temos tido. Com efeito, esperamos também contribuir para o desenvolvimento do tecido empresarial Português.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS

boss luxury tower and apartments Boss Luxury Tower and Apartments na Avenida do Bessa é um empreendimento exclusivo do Grupo Aransa.

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ntegra apartamentos T2 , T3 e T4.Estas diferentes distribuições permitem-lhe escolher o ambiente e tipologia mais adequada conforme as necessidades dos clientes. Aqui a distribuição dos espaços, o design atual e os materiais topo de gama conjugam-se na perfeição. Os acabamentos são cuidados e os serviços exclusivos. E um edifício que satisfaz as necessidades e expectativas

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de quem escolhe o Boss para viver. A envolvência é uma mais-valia, assim como os bons acessos e a proximidade dos serviços. O Boss Luxury Tower and Apartments está situado no centro financeiro e empresarial da cidade do Porto. Dividido em dois estilos, Urban e Classic, o empreendimento Boss foi desenhado para permanecer inalterado com o passar dos anos. Para que assim

seja, foram eleitos materiais nobres de reconhecidos fabricantes, de alta resistência, com excelente comportamento térmico e acústico. Reduzindo gastos e emissões de CO2, respeitando o ambiente sem que para tal a beleza e elegância das habitações e edifício sejam comprometidas. Moderno, atrativo, funcional, tanto no exterior como no interior e primando pela qualidade.


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municípios em destaque

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ortugal é um vasto território que está dividido em 308 concelhos com características identitárias, costumes e tradições completamente distintos. Assim sendo, a promoção, defesa, dignificação e representação de cada região através da gastronomia, lendas ou tradições assume uma particular relevância no contexto atual. Tendo em conta o estado atual que a economia portuguesa enfrenta, surgiu a necessidade de os próprios municípios se reinventarem e alavancarem novas soluções, assumindo-se como os principais interlocutores num processo pela busca contínua da sua sustentabilidade económica e social. “ No Alentejo viaja-se naturalmente com e pela História. A abundância e a qualidade do Património que a exprime tornam simples a sua descoberta, mas quem visita a região pela primeira vez pode sentir alguns problemas de escolha. Se é o seu caso, não hesite: opte pelas nossas sugestões e verá que a magia do Alentejo se encontra, com um infinito prazer, em todos os lugares”. A presença humana na região do Alentejo remonta ao período Paleolítico. A sua melhor visita é a Gruta do Escoural, cuja visita deve ser agendada previamente no Centro de Interpretação situado na vila do Escoural. Localizados no alto Alentejo, mais precisamente no distrito de Portalegre os municípios de Gavião, Elvas, Fronteira, Alter do Chão, Avis distinguem-se pelo seu espirito inovador e empreendedor e tem no turismo uma das suas principais apostas, no sentido de,criar mais empregar e fixar a população na região.

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Um Alentejo diferente Município de gavião Localizado no distrito de Portalegre, o município de Gavião é definido por José Pio, presidente da Câmara Municipal de Gavião, recentemente eleito como um Alentejo diferente com uma boa qualidade de vida. Em entrevista à Revista Business Portugal revelou que o seu município enfrenta todas as dificuldades inerentes aos municípios do interior, apresentando uma população jovem muito reduzida, mas que as medidas tomadas para instalar novas empresas e jovens na região são uma constante, sendo a aposta no turismo cada vez mais uma evidência.

josé pio Presidente

O turismo é um grande dinamizador da economia. Em Gavião sente-se a questão da sazonalidade? Quais as medidas tomadas para ultrapassar essa temática? A questão da sazonalidade não é muito sentida em Gavião, pois vamos realizando algumas atividades ao longo do ano para atrair pessoas ao concelho. Temos a praia fluvial do Alamal, que é um espaço muito apreciado pelos habitantes da região, bem como pelos visitantes vindos de concelhos vizinhos. Temos também, o complexo da Ribeira da Venda na freguesia de Comenda também ele um espaço de eleição que convida ao lazer e à boa disposição. São ambos espaços muito agradáveis onde os visitantes podem usufruir de um dia diferente. Apesar disso não se reflete no aumento da população pois as pessoas visitam-nos e regressam as casa ao fim do dia. Além da praia fluvial do Alamal, quais as atividades que os turistas encontram em Gavião? Juntamente ao turismo balnear temos dois percursos pedestres, que são muito apreciados pelos praticantes da modalidade, pois existe um contato muito forte e direto com a natureza. São realizados ao longo das margens do rio Tejo, passando pela barragem, pela praia do Alamal e pela anta do Penedo Gordo que faz parte do nosso património histórico-cultural.

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O Museu do Sabão, único em Portugal. Resulta do aproveitamento de uma antiga escola primária, sendo atualmente um museu de referência na região e no país, tendo sido inclusive aconselhado pela revista National Geographic. É um espaço que tem atraído muita gente, tendo-se registado após um ano da sua inauguração a visita de alguns milhares de pessoas. O Castelo de Belver arquitetonicamente um ícone do concelho de Gavião serve como enquadramento principal para a organização no mês de Junho da Feira Medieval em Belver. Este é um evento que festejou este ano a sua 11ª realização, tendo como objetivo principal divulgar as atividades da freguesia com o mesmo nome e ao mesmo tempo representar o regresso aos tempos medievais. No mês de julho o Município de Gavião organiza a Mostra de Artesanato, Gastronomia e Atividades Económicas, com a presença de um grande número de associações e comerciantes do concelho, pretendo com esta atividade a vinda de visitantes à nossa região mas também para mostrar de tudo aquilo que as nossas gentes são capazes de fazer nos mais diversos domínios, como música, artesanato, doçaria, atividades agrícolas… No que diz respeito ao património cultural, o Gavião tem muito outros locais a visitar, nomeadamente, o Largo do Município, a Igreja Matriz, o Pelourinho, o Cruzeiro,

o túmulo de Mouzinho da Silveira, a Fonte da Bica, a Capela Nossa Sra. Dos Remédios, a Igreja das Santas Relíquias, o caminho da fonte velha, a Capela da Nossa Senhora do Pilar... Quais os pratos típicos de Gavião? A gastronomia da nossa região é muito rica em pratos típicos. A sopa seca, é um exemplo, bem como a lampreia, o borrego, as migas de couve com feijão acompanhado de bacalhau assado e o sarapatel. O peixe do rio, o javali e os pratos de caça começam a ter alguma preponderância na gastronomia local e em festivais. Se há uns tempos atrás tínhamos uma certa dificuldade na oferta da restauração, neste momento com a abertura recente de dois restaurantes, resolvemos essa questão dando uma resposta adequada às necessidades. Na própria praia fluvial do Alamal existe restaurante de qualidade, onde as pessoas podem tomar as suas refeições e usufruir da beleza de um espaço de eleição. Quais as medidas implementadas para atrair novas empresas e casais jovens para o município de Gavião? Em termos de estímulo eu considero que seremos dos melhores do país. Temos uma zona industrial em que os preços do terreno é muito reduzido, isto é 0.01€/m2.


REVISTA BUSINESS PORTUGAL MUNICÍPIOS EM DESTAQUE Aos jovens casais, disponibilizamos apoio na construção de habitação, subsídios para as crianças até aos três anos de vida. Os manuais escolares até ao 9º ano são totalmente gratuitos e também as refeições são apoiadas pelo município. Garantimos ainda prolongamento de horários em parceria com Associação de Pais e Encarregados de Educação do Concelho de Gavião, e as atividades de enriquecimento curricular em parceria com o Agrupamento de Escolas de Gavião, também as atividades nas férias escolares são garantidas pelo Município. As acessibilidades são muito boas e a qualidade de vida é notória. A proximidade com a população é fundamental no momento de dar a conhecer todas as medidas de apoio ao dispor dos habitantes de Gavião. De que forma informam as pessoas das vantagens inerentes a viver no concelho? A proximidade com as pessoas é muito importante e eu como Presidente faço questão de preservar essas relações. Constantemente são realizadas campanhas, distribuição de panfletos, convidamos as pessoas a virem até à câmara conhecer os benefícios existentes adequados às suas necessidades. Infelizmente o maior problema que temos constatado e que é mais complicado de contornar é a falta de emprego, que origina que as camadas mais jovens procurem as grandes cidades para se instalar e construir as suas famílias. É uma situação que nos deixa muito tristes pois atualmente Gavião dispõe de tudo o que são espaços de utilização coletiva, equiparados aos das grandes

cidades, mas cada vez mais vão faltando as pessoas para usufruírem desses mesmos espaços. O presidente José Pio apesar de ter um longo percurso na vida política exerce o poder de presidente na Câmara Municipal de Gavião apenas há cerca de 7 meses. Qual o balanço que faz destes meses? Faço um balanço muito positivo. Acho que s pessoas estão agradavelmente satisfeitas com o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, até porque foi a continuidade do que já era exercido, sabendo que Gavião era uma Câmara saudável, com projetos bem realizados e uma situação financeira muito estável. Nós temos um rumo, sabemos para onde caminhamos e fazemo-lo com passos firmes e conscientes. Como prevê o futuro? Quais os grandes projetos que tem para explorar no decorrer do seu mandato? Estou confiante para os próximos tempos, pois o futuro é promissor e projetos não faltam. Neste momento estamos a musealizar a torre de menagem do castelo, com o intuito de retratar a história do monumento, e exemplificar o significado que este tem na vida do concelho. Encontra-se em fase de conclusão os conteúdos para o Museu das Mantas e Teares de Belver. Posteriormente temos dois grandes desafios: a construção da piscina municipal, sendo um dos espaços de utilização coletiva em falta que considero fundamental para Gavião; e um ninho de empresas traduzido num

pavilhão com oito espaços, devidamente equipados para jovens que quiserem instalar uma atividade comercial/ industrial, sem terem os custos iniciais do espaço. No fundo são dois projetos ambiciosos e que obviamente têm uma dimensão em termos monetários muito elevados, mas cá estaremos para, sem aventuras, conseguir a sua concretização. Pensando nos turistas e em todas as pessoas que nos visitam, vamos desenvolver um espaço junto do Alamal que permita aos nossos caravanistas instalarem-se com as condições que lhes são devidas. A execução de um posto de turismo também está nos nossos horizontes. A manutenção de todos os espaços existentes será uma preocupação constante que queremos que seja motivo de orgulho para os residentes e de qualidade para os visitantes. Para concluirmos a nossa entrevista, qual a mensagem que gostaria de deixar aos nossos leitores? Gostaria de transmitir a quem ainda não conhece Gavião, que este município é um Alentejo diferente, situado nas margens do Rio Tejo confinando com o Ribatejo e com a Beira, por isso venham visitar-nos, e deixemse contagiar pela amabilidade dos nossos habitantes e pelas magníficas paisagens que dispomos. A qualidade de vida em Gavião é diferente das grandes cidades, bem como a nossa oferta de turismo é cada vez mais diversificada, valendo a pena arriscar. Visite-nos, Gavião um Alentejo diferente…

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A CIDADE COM MURALHAS ÚNICAS CONSIDERADAS PATRIMÓNIO MUNDIAL Município de elvas Cidade fortificada do norte alentejano que recebe quem a visita com a sua beleza inigualável. Elvas faz fronteira com a cidade espanhola de Badajoz e teve a função histórica, devido à sua localização privilegiada, de ser a primeira defesa do país. Nuno Mocinha, presidente do município, falou à Revista Business Portugal sobre o seu concelho.

Que parte da cidade está classificada como património mundial? Está classificado todo o centro histórico, ou seja, são as muralhas e tudo o que está dentro delas, assim como o Aqueduto da Amoreira, o Forte de Santa Luzia, três fortins e o que se designa como a joia da coroa, que é o Forte da Graça. Esta classificação completa agora dois anos e é a nossa imagem de marca. Devido à sua localização, a fazer fronteira com Espanha, Elvas foi criando outro tipo de raízes, nomeadamente a relação transfronteiriça, daí ambicionarmos, conjuntamente com Badajoz, desenvolver o conceito de Eurocidade. Em Setembro de 2013, foi assinado um protocolo de intenções onde se identificavam algumas áreas possíveis de cooperação, como a recuperação de património, a organização de alguma divulgação comum e a organização de eventos. Os fundos comunitários incentivam esta relação transfronteiriça. Como define o conceito de Eurocidade? Define-se como dois territórios, de dois municípios, de dois países diferentes e aquilo que se pretende é geri-los como se tratasse de um único município. Isto sem perder a autonomia, mas ganhando na complementaridade entre os dois municípios e, por esta junção, alcançar outra dimensão de afirmação e de atração quer de investimento, quer de pessoas. O que se pretende com este conceito? Estamos no eixo Lisboa-Madrid e, com esta Eurocidade, podemos aspirar a ser o maior centro urbano dentro deste eixo; temos todas as condições para isso. Aspiramos ter uma plataforma logística que abranja os dois lados da fronteira, aproveitando a ligação dos portos atlânticos de Sines, Setúbal e Lisboa ao Caia e daí para Madrid e resto da Europa. Ambicionamos desenvolver o conceito de património mundial para que este sirva de

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âncora a outro tipo de atividades e, com isso, melhorar as infraestruturas rodoviárias e ferroviárias. Que mais-valias resultam da criação da plataforma logística? Podemos potenciar as duas cidades, com a instalação de novas empresas que pretendem utilizar este meio de transporte. Um meio como a ferrovia consegue estreitar o território, tudo fica mais perto, mas acima disso podemos colocar um meio de transporte ao serviço das empresas, em que elas podem tirar ou colocar na ferrovia os seus produtos. As empresas de logística, de armazenagem e de transporte serão as principais interessadas. Existe alguma parceria que abranja uma instituição espanhola? Estamos a tentar implementar conceitos que possam servir Portugal e Espanha e conjugar o saber fazer de cada um dos lados. Existe uma parceria que junta quatro instituições de ensino superior: a Universidade de Lisboa, Universidade de Évora, Instituto Politécnico de Portalegre e a Universidade da Estremadura espanhola. Estão a desenvolver um curso de pós-graduação em Reabilitação Urbana, aproveitando os recursos do nosso património, para a vertente mais prática durante o curso. O que, basicamente, carateriza a cidade de Elvas? O excelente património arquitetónico existente e que foi todo recuperado, bem como o conjunto de monumentos e muralhas que delimitam o Centro Histórico e que foram classificados pela UNESCO. A cidade foi, durante séculos, guardiã da fronteira e para essa missão foram construídos fortes, fortins, muralhas, existindo ainda exemplos de muralhas árabes, fernandina e seiscentistas, bem como todo um conjunto de edifícios militares, para albergar os exércitos que por cá passaram e que fizeram


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de Elvas uma cidade ímpar, única, com um património invejável. A nossa monumentalidade atrai visitantes e turistas de todo o mundo e que vão encantados com o mesmo e com vontade de regressar. Para além do património, Elvas distingue-se pela gastronomia, que é muito apetecível para quem vem do país vizinho e isso vê-se principalmente ao fim-de-semana, com uma afluência significativa à nossa restauração. As nossas infraestruturas, como os jardins e piscinas, são também muito requisitadas pelos nossos vizinhos para aqui passarem os seus tempos de ócio. Mas melhor do que abordar aqui todo o nosso riquíssimo património, é fazer uma visita. Quem vier conhecer a nossa cidade irá regressar encantado, até porque somos um povo que sabe muito bem receber quem nos visita. Situada no coração do Alentejo, numa altura em que a agricultura assume relevância, neste setor como está Elvas? Temos um perímetro de rega, com cerca de sete mil hectares, que vem de Campo Maior até Elvas e muita dessa área tem sido dedicada à fruticultura, devido ao microclima que carateriza esta região. A sua utilização ascende aos 80 por cento, com uma gestão eficiente da água, embora algumas áreas necessitem de intervenção para evitar desperdícios. A ligação terrestre à capital de distrito é a esperada pelos elvenses?

Infelizmente, não. Não temos uma ligação privilegiada do nosso concelho à capital de distrito, Portalegre. Se nascer uma plataforma na zona do Caia, conjuntamente com o Caia espanhol, e esta não estiver devidamente interligada à capital de distrito, os aspetos positivos que essa ligação poderia trazer ficam muito abaixo do expetável. Como exemplo: se um veículo pesado quiser ir do Caia a Portalegre, tem de vir a Elvas, ir a Campo Maior e aí apanhar outra estrada para Portalegre. Era necessário estender essa ligação de Campo Maior até à fronteira, por uma via que servisse os veículos ligeiros e pesados em segurança e com a rapidez necessária. Não é necessário construir uma autoestrada, mas sim uma estrada segura e eficiente. Em traços genéricos, quais são as debilidades do concelho? Sofremos do problema de que todos os municípios se queixam neste momento: o desemprego. Temos uma taxa de desemprego elevada e, no fundo, estamos um bocado esquecidos da política de investimentos que foram feitos ao longo dos tempos e por vários governos. O que pretendia, e fora de partidarismos, era que olhassem para o interior do País, que eu considero ser a porta de entrada na Europa, com um olhar diferente, como um território que poderia descongestionar alguns dos problemas que existem no litoral. Basta olhar para um conjunto de circunstâncias, porque hoje é relativamente fácil trabalhar à distância, os meios de

comunicação facilitam esse trabalho, e localizar aqui alguns serviços. A proximidade com Espanha é uma mais-valia? Muitas análises e estudos terminam na fronteira como se houvesse uma barreira intransponível. Eu costumo dizer que temos uma cidade património mundial chamada Évora a cerca de 40 minutos; à mesma distância temporal tenho, do lado espanhol, mais duas cidades património mundial, Mérida e Cáceres; e andando para norte temos Marvão; e andando para sul temos Monsaraz e o Alqueva. Então, por que não olhar para esta centralidade, de maneira diferente? Mas também é verdade que, neste raio de 40 minutos, tenho cerca de 800 mil pessoas e esta realidade não é percebida por quem está em Lisboa. Sem dúvida alguma, temos uma vocação para ajudar o nosso País a penetrar no mercado espanhol e é isso que os espanhóis já fazem: penetram no mercado português, através de Elvas. O hospital corre o risco de fechar. Quais as principais consequências? Está a ser debatida na Assembleia da República uma petição por cauda do nosso hospital. Sou contra o encerramento de qualquer serviço do Hospital de Santa Luzia de Elvas, o que defendo é podermos ir à procura de novos mercados. Se temos valências instaladas no nosso hospital, por quê parar o nosso serviço na fronteira? Existe disponibilidade para

nuno mocinha Presidente

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prestação de serviços de saúde do lado espanhol; essa disponibilidade foi-me transmitida pelo presidente da Junta da Estremadura e existem valências do nosso lado que podemos disponibilizar aos nossos vizinhos, por que não aproveitá-las? Aliás, as grávidas de Elvas e Campo Maior, até há pouco tempo, tinham os bebés em Badajoz, o que fazia alguma confusão a Lisboa; parecia que havia uma perda de soberania, de lesa-pátria. Mas antes muitas delas já se deslocavam a Espanha, porque tinham seguros de saúde que o permitiam fazer. Houve um acordo entre os estados que permitia, quando ocorreu o encerramento da nossa maternidade, de nos socorrermos de uma maternidade em Badajoz, que está a cinco minutos por autoestrada. O que não faz sentido é dizer que hoje não nos podemos socorrer desse hospital em Badajoz e termos de ir para Portalegre, que fica a 50 quilómetros, ou para Évora, que fica a quase 90. Mais do que o transtorno da viagem, é a família que fica muitas vezes privada de visitar mães e bebés, por causa destas distâncias, e o inconveniente das consultas, após o nascimento, serem feitas nas mesmas instalações, mais longe de casa. Que soluções aponta? Nesta matéria, temos sempre que falar do mesmo: de números. Se falamos dos números, há que aproveitar uma unidade de saúde e torná-la viável, aumentando a sua prestação, aumentando as receitas e controlando os custos de forma equilibrada. Creio que esta nova maneira de ver as coisas pode fazer a diferença. Só existe um fator de risco, mas que é determinante para o sucesso: é a confiança entre as pessoas. Se houver essa confiança, se as pessoas acreditarem nos projetos e se respeitarem mutuamente, existe viabilidade. Existem diferenças incontornáveis entre Elvas e Badajoz? Sim. Enquanto Elvas tem cerca de 23 mil habitantes, Badajoz tem 200 mil; é uma dimensão totalmente diferente da nossa, com a qual eu não posso nem devo concorrer; o que devo é complementar. A mudança de mentalidades não é fácil; dizer aos nossos comerciantes que o domingo não é um bom dia para fechar, porque é ao fim-de-semana que recebemos mais espanhóis e é o dia em que o comércio espanhol fecha, pode não ser muito bem aceite e altera a matriz de qualquer concelho; que fechar às 23 horas rentabiliza mais o negócio e que não necessita de abrir às 9 horas, é difícil de assimilar para a maioria das pessoas. O que precisávamos era de uma mudança de pensamento e atitude, mas isso não se consegue de um dia para o outro. Também fazemos um esforço para nos modernizarmos em tudo, porque quem ficar fora de determinado tipo de percursos acaba por morrer. Estamos a tentar aproveitar o conceito das “Smart Cities” e nos alavancarmos com Badajoz, para trazer alguma modernidade e mobilidade. Sente-se o efeito da crise no município de Elvas?

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A crise que se instalou em Portugal é muito forte e encontra-se em todos os municípios. Afeta muitas famílias que deixaram de ter quem as ajude e a porta a que vão bater é a da câmara municipal; isso leva a câmara a fazer um esforço adicional para prestar essa ajuda e trava alguns investimentos. Sendo uma autarquia socialista, os valores estão bem marcados: prefiro deixar alguns projetos de lado e apoiar as pessoas. Foi para isso que se foi poupando ao longo dos tempos. Que atividades lúdicas marcam a cidade? A nossa estratégia é ir fazendo pontualmente eventos, mas todos os fins-de-semana temos atividades. Ainda num mesmo fim-de-semana de junho, tivemos uma maratona de BTT onde juntamos mais de 600 atletas, um campeonato de futebol que juntou 40 equipas, ou seja 500 atletas de um lado e do outro da fronteira, e um evento cultural e desportivo no coliseu que juntou cerca de três mil pessoas. Por ano, existem quatro eventos que marcam a cidade: o Festival Medieval em julho, o Carnaval, o Natal, por causa da pista de gelo artificial, e as festas da cidade em setembro. Também apostámos nas localidades rurais com a construção de lares, escolas, polidesportivos, loteamentos, zonas verdes e pavilhões multiusos, para que elas possam reter as pessoas que nelas habitam. Para além disso, temos as associações que são mais de cem, estão vivas, organizam eventos e animam o concelho.

quando só 250 pertencem aos quadros. É um esforço financeiro enorme. Além disto, ainda apoiamos os idosos com 75 por cento do valor dos medicamentos, para que eles não tenham de optar entre pagar a água, luz ou comprar medicamentos. É um presidente próximo da população? Muito! Um presidente que não seja próximo da população não consegue ser presidente. Uma das coisas que mais satisfação me dá é ver a alegria das pessoas. Quando cumprimento uma pessoa, consigo perceber se me está a cumprimentar por obrigação ou por agrado e sinto que a população sente carinho por mim. O grande desafio das câmaras municipais é a articulação com as pessoas e o estar muito despertas para os fenómenos sociais que vão acontecendo. Como gostava de ver Elvas dentro de dez anos? Gostava de ver uma cidade que se conseguisse afirmar dentro do contexto do património mundial, que conseguíssemos ter pessoas que, quando nos viessem visitar, já não estivessem só um dia, que estudassem a nossa localização de forma a poderem estar uma semana. E que o mundo empresarial tivesse conseguido gerar os postos de trabalho necessários para que as pessoas tivessem um sorriso na cara. Era assim que eu gostava de ver Elvas, daqui a dez anos!

Quais são os principais eventos anuais, os que não se podem perder? A não perder é o Carnaval, que é um carnaval internacional, com participação de Elvas, Badajoz e Olivença nos desfiles; no início de julho, temos o Festival Medieval; depois as festas do Senhor Jesus da Piedade, que são as festas da cidade, embora o feriado municipal se comemore no dia 14 de janeiro; e pelo Natal, temos a pista de gelo artificial, por sinal a maior do país em espaço coberto, e iluminação decorativa nas ruas de maior movimento comercial. Qual foi o desafio que o marcou mais? Foi o de arranjar soluções para pessoas que não têm emprego. Ainda estou a sair de casa e as pessoas já me estão a pedir ajuda, isto marca-me todos os dias. Ultimamente, tem-me afetado muito o desemprego jovem. Uma das caraterísticas da câmara de Elvas é ser social, e para isso implementámos 25 programas sociais para podermos atuar a todos os níveis, inclusive ao nível da alimentação das crianças nas escolas. Temos muitos programas de apoio aos jovens estudantes, aos estagiários, ao aluno que está a frequentar uma disciplina e pretende completar o seu horário e que nós financiamos com uma bolsa. Integramos pessoas do Centro de Emprego, as que estão a receber o rendimento mínimo ou subsídio de desemprego. Neste momento, tenho um universo, dentro da câmara municipal e das juntas de freguesia, de 1200 pessoas,

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Será Avis a futura capital do remo? Município de avis No distrito de Portalegre encontramos o concelho de Avis. Ao contrário das típicas cidades do interior, Avis tem-se esforçado por captar a população mais jovem. Muitos optam por ficar na terra que os viu nascer ao invés de emigrarem ou escolherem o litoral. Nuno Paulo da Silva revelou à Revista Business Portugal quais os principais projetos do município e da importância cada vez mais crescente que o remo tem ganho em Avis.

nuno paulo da silva Presidente

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om um espelho de água com cerca de 40 quilómetros de extensão, o concelho de Avis tem sido escolhido por várias seleções mundiais remo para realizarem os seus estágios antes de grandes provas internacionais. “Aspiramos em tornar Avis ‘a capital do remo’. Os campeões nacionais e internacionais desta modalidade escolhem o nosso concelho para treinar, graças às excelentes condições que o nosso espelho de água oferece”, revela-nos o edil. Alicerçado a isso, surge também o Complexo do Clube Náutico, onde estão inseridas as piscinas municipais e a praia fluvial. Ainda ligado aos desportos náuticos, a Albufeira do Maranhão é também uma mais-valia para quem é adepto destas modalidades. “Temos conseguido valorizar outras práticas como a canoagem e o windsurf. A nossa albufeira está muito vocacionada para este tipo

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de desportos ao invés dos desportos motorizados. Além disso, encontramos aqui várias espécies piscícolas, o que impulsiona também a prática da pesca”. Os excelentes restaurantes e as condições excecionais do parque de campismo são também um atrativo para quem quiser visitar ou passar o seu período de férias neste concelho alentejano. “A prática de BTT e de caminhadas são também duas áreas onde estamos a apostar fortemente”, diz Nuno Paulo da Silva. Pertencente à terra do Mestre de Avis, D. João I, o município de Avis tem todo um património histórico, arquitetónico e cultural. O Centro Interpretativo da Ordem de Avis está instalado numa das partes das dependências do antigo Convento de S. Bento de Avis e integra-se num projeto alargado de requalificação e recuperação do Centro Histórico de Avis. A criação deste equipamento cultural constitui um projeto que, além da

requalificação e valorização de um edifício histórico, permitirá a divulgação da Ordem de Avis, bem como trazer novos públicos ao centro histórico da vila, com base no conhecimento e valorização do património histórico. A instalação do centro no espaço conventual pretende, de igual modo, restituir a dignidade física ao edifício mais emblemático do centro histórico. Ainda ligado à mais importante história de Avis surge o Centro de Arqueologia, instalado numa das frações do Conjunto Monástico de S. Bento de Avis, monumento classificado como Imóvel de Interesse Público. “A nível de eventos promovidos pelo município merece destaque a nossa Feira Medieval”, faz questão de referir o presidente. “Nesta recriação histórica convidamos todos aqueles que nos visitam a viajar no tempo. Viagem essa que poderão cumprir a rigor, devidamente trajados, enveredando no mais ínfimo espírito da feira”.


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Mas a par da feira, existem muitos outros eventos de referência, onde tem ganho muita força o teatro, e a dança. “Temos um auditório com excelentes condições para recebermos várias modalidades e espetáculos”. Com base nisso, o teatro tem sido uma grande aposta por parte do Município, tendo já criados quatro grupos de teatro no concelho, o que acaba por ser bastante benéfico para todos. “Iremos recuperar uma mostra de teatro em que o principal objetivo é levar o teatro a todas as freguesias”, diz o edil.

Para miúdos… A pensar nos mais pequenos, Avis conta com uma rede de ludotecas por todas as freguesias do concelho, ludotecas essas que são gratuitas para todas as crianças, onde estas poderão desenvolver todo o tipo de atividades lúdicas. “Estes espaços contam com animadores socioculturais, educadores de infância e outros técnicos qualificados. As Ludotecas municipais desempenham um importante papel de apoio à família, desenvolvendo, ainda, um conjunto de atividades de animação com caráter sociocultural ao longo de todo o ano, como sejam os desfiles de carnaval; as marchas populares; ludo-acampamentos e outros festivais e encenações. Durante o período de férias, as ludotecas estão sempre a funcionar”. Diz Nuno Paulo da Silva acrescentando: “Disponibilizamos, também, apoio psicológico e psicopedagógico individualizado aos

alunos que frequentam as Escolas do nosso concelho e que carecem deste suporte. Oferecemos, ainda, aos alunos, um vasto conjunto de atividades, promovidas tanto pela autarquia como por outros agentes locais: atividades de leitura como a “Hora do Conto”, realizada pela Biblioteca Municipal de Avis, no decorrer da qual poderão requisitar livros para leitura em casa; participam, com o apoio do Município, em diversas visitas de estudo e estão envolvidos em projetos de educação ambiental. Mantemos uma boa articulação com as instituições de ensino, pois temos muito em atenção a educação dos mais novos, que consideramos fulcral”.

… E graúdos Criado em 2008, o projeto AnimaSénior é dirigido a todos os idosos, reformados e pensionistas, “embora as pessoas que não se encontrem ocupadas e pretendam preencher os seus tempos livres também possam participar”. Este projeto visa, essencialmente, a promoção de atividades que proporcionem a esta população uma participação mais ativa na sociedade e, acima de tudo, uma maior qualidade de vida. “Através deste, pretendemos diminuir o sedentarismo, estimular a dinâmica de grupo, permitir o contacto com outras realidades e culturas, promovendo momentos de lazer e convívio”, diz o nosso interlocutor. Para tal, são promovidas atividades semanais em todas as

freguesias do concelho sendo que a planificação das mesmas procura ir, sempre, ao encontro das que mais se adequam aos seniores que frequentam as sessões indo de acordo com as suas preferências, interesses, objetivos e motivações.

E outras faixas etárias O ‘Avis+’ e ‘Jovens em Movimento’ são dois projetos do município que vão de encontro a uma camada mais jovem. O primeiro destina-se a pessoas até aos 30 anos (ou 35, no caso de famílias monoparentais) e o segundo para os mais jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 25. “O Avis+ tem a duração de três a seis meses e destina-se a diferentes públicos, nomeadamente para jovens que estão desempregados e que aqui podem encontrar uma forma de ocupar o seu tempo, ajudando também no desenvolvimento do seu próprio concelho”, esclarece o edil. Por sua vez, “o Jovens em Movimento é dividido entre três períodos, durantes os três meses das férias de verão estando encaminhado para jovens, preferencialmente estudantes. Visa, sobretudo, proporcionar o contacto direto com algumas atividades profissionais, potenciando a sua capacidade de intervenção e participação cívica, começando, assim, a adquirir responsabilidades para quando ingressarem o mundo do trabalho, no futuro. Em ambos os programas os jovens têm, naturalmente, direito a uma bolsa horária”, completa.

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História viva em terra de arte equestre Município de alter do chão Terra do interior de Portugal, Alter do Chão conta com 325km2 de área dividida em quatro freguesias. Zona tipicamente agrícola, esta vila do Distrito de Portalegre sofre essencialmente pela falta de água para a agricultura, uma vez que a única barragem do plano de Barragens de Salazar que não foi construída é a do Crato/Pisão prometida já no tempo da ditadura, e ainda não foi construída. Joviano Vitorino, edil do município afirma que tem faltado vontade ao poder central em ajudar a fazer renascer as terras do interior.

joviano vitorino Presidente

“S

omos uma zona iminentemente agrícola, os nossos solos são de excelente qualidade. Mas, como todos sabemos, a agricultura sofreu demasiadas reviravoltas nos últimos anos, fruto essencialmente da nossa adesão à União Europeia. Felizmente estamos num processo de inversão, o Alqueva é um exemplo disso. Beja está completamente diferente. Contudo, o nosso problema ainda ninguém o resolveu, que é a falta de água para a agricultura. Não temos água porque a única barragem do plano de rega, ainda do tempo de António Salazar que não está feita é a nossa”. É desta forma que Joviano Vitorino começa por

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revelar à Revista Business Portugal um dos mais sérios problemas da vila de Alter do Chão. Tomando como exemplo uma propriedade do Concelho, que conta com um regadio que abrange cerca de 600 hectares e tem em média cerca de 80 postos de trabalho. Alter beneficiaria de variadas formas com um projeto desta envergadura, mas enquanto a prometida barragem não ganhar forma, a agricultura não poderá crescer. “Quando tivermos a dita barragem, tudo mudará nesta região do norte alentejano. Nomeadamente no nosso Concelho iriam ser criados cerca de 5.000 hectares de regadio, o que alteraria por completo a nossa estrutura produtiva, além de um aumento significativo de postos de trabalho. Ganharíamos nas duas vertentes”, afirma com convicção o presidente. De acordo com o nosso interlocutor, Alter precisa de dois projetos estruturais. São eles a barragem do Crato/Pisão, “que vinha modificar tudo isto e capitalizar postos de trabalho na agricultura, mas também por ser uma reserva estratégica de água para consumo humano”. Outro projeto que Joviano Vitorino considera fundamental é a Coudelaria de Alter, “uma estrutura que não precisa de investimentos, apenas de uma gestão mais assertiva, de modo a capitalizar a atividade aí existente e atrair visitantes”. Por opção governamental, a Fundação Alter Real desapareceu, tornando a sustentabilidade desta referência da vila de Alter de Chão um verdadeiro quebra-cabeças. “Penso que com boa vontade será

possível tornar esta coudelaria um pólo de excelência na nossa região alicerçada no cavalo Alter Real, um cavalo puro-sangue lusitano digno do país e do mundo, pois existe qualidade e condições para tal”.

Mais turismo para descobrir Mas para além da Coudelaria, Alter do Chão tem muito mais para descobrir. “Alter tem muita história. Temos no subsolo uma vila romana, assim como umas termas que foram descobertas em 1956. Mais recentemente foi descoberto um mosaico romano, ímpar ao nível nacional, que vai agora ser coberto para que este possa ser visitado pela população e pelos visitantes desta Vila”. Outro ponto de passagem obrigatório é a Casa e Quinta do Álamo, localizada mesmo no centro da vila, ocupando quase dois hectares, formando um conjunto de grande valor entre o património cultural de Alter do Chão, sendo um dos seus monumentos classificados, com a categoria de Imóvel de Interesse Público. Para além da exposição permanente, onde está preservado o interior original da Casa, o edifício tem um espaço para exposições temporárias cujo programa assenta nas coleções do museu, na história e no património cultural do concelho de Alter do Chão. Outro ponto de interesse é o Castelo, propriedade da Fundação da Casa de Bragança e situa-se, no centro da vila. E porque estamos numa terra onde a arte equestre faz parte da história, um passeio a cavalo é obrigatório. Alter do Chão é conhecida em todo o país pela sua Coudelaria, fundada em 1748 por D. João V, com vista à criação de cavalos de raça lusitana para a Picaria Real. Nos dias de hoje fornece cavalos para a Escola Portuguesa de Arte Equestre e é aí que funciona a Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão.

Uma população envelhecida À semelhança do que acontece nos municípios do interior de Portugal, uma grande parcela da população


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de Alter são as pessoas idosas. “Os idosos são uma das camadas populacionais mais desprotegidas económica e socialmente pelo que a Câmara Municipal de Alter do Chão, considera prioritária a necessidade de apoiar os idosos, no sentido de promover a dignificação e melhoria das suas condições de vida”, afirma Joviano Vitorino. Com esta preocupação presente surge o ‘Cartão Municipal do Idoso’, criando e dinamizando respostas assentes no princípio da discriminação positiva dos idosos carenciados. “Algumas das vantagens deste cartão passam por descontos na fatura da água e um plafond de 20 euros/mensais para gastar em medicamentos”, esclarece o nosso interlocutor. Aliado a este cartão surge o projeto PAS – Projeto de Acompanhamento de Séniores. “Este projeto pretende reforçar a nossa intervenção junto da população mais idosa, com vista a contribuir para um conhecimento e acompanhamento de proximidade, prevenindo o risco inerente à solidão e aumentando o sentimento de segurança”, esclarece o edil. Este projeto tem lugar junto dos utentes do Cartão Municipal do Idoso, usando como metodologia as visitas domiciliárias. O município providencia ainda vários apoios às IPSS existentes em Alter do Chão, “sempre tendo presente a necessidade de apoiar a nossa população mais idosa. É sempre em prol do seu bem-estar”, finaliza.

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História que o Passado criou e que o Presente mantém Agência para o desenvolvimento dos castelos e muralhas medievais do mondego Uma Rede de Castelos e Muralhas Mondego: este é o projeto que oito municípios abraçaram em 2011 e que vêm hoje apresentar aos leitores da Revista Business Portugal. Um projeto assente na riqueza patrimonial da linha defensiva do Mondego que visa uma valorização e intervenção da arquitetura militar, através de um produto de turismo cultural de excelência na região Centro.

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Rede de Castelos e Muralhas do Mondego foi criada em 2011 e dela fazem parte as cidades da Figueira da Foz, Pombal e Coimbra e as vilas da Lousã, de Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Penela e Soure. Esta, que começou por ser a verdadeira “Linha Defensiva do Mondego”, tinha como função a guarda avançada da cidade de Coimbra na época da Reconquista e acabou por dar origem à criação da rede, onde a presença de elementos patrimoniais de grande importância histórica está ainda hoje presente. Os Castelos de Montemor-o-Velho, de Soure, de Penela, da Lousã, de Pombal, a Torre Sineira de Miranda do Corvo, a Atalaia de Buarcos e a cidade muralhada de Coimbra são o hoje resta desta época histórica na rede. A história reporta-nos ao ano de 1064, quando D. Fernando, o Magno, reconquista Coimbra e entrega a guarda do condado a D. Sesnando, tornando-o primeiro Governador de um extenso território encabeçado por Coimbra. Este moçárabe acaba por requalificar um conjunto de estruturas defensivas, assegurando nesta época a guarda avançada da cidade de Coimbra. Assim, estes oito municípios, apoiados por um consórcio alargado de entidades públicas, do qual fazem parte a Entidade Regional de Turismo, o Turismo do Centro, a Direção Regional de Cultura do Centro, o Instituto Pedro Nunes e a Universidade de Coimbra, uniram-se para valorizar os Castelos e Muralhas do Mondego. “Estamos orientados naquilo que é a estratégia nacional de turismo e temos um vastíssimo e riquíssimo património cultural para ser experimentado”, conta Luís Matias, presidente da Direção da Agência para o Desenvolvimento dos Castelos e Muralhas Medievais do Mondego. Para além da valorização do património, pretendese também que esta rede seja a base para o desenvolvimento económico local, desenvolvendo então um produto de turismo cultural de excelência na região Centro. “Procuramos implementar uma dinâmica de valorização deste património, associado àquilo que são hoje os fatores distintivos do âmbito cultural e da própria história,

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e, a partir daí, criar um produto turístico inovador”, afirma o presidente. E “inovação” passou a ser também palavra de ordem quando nos referimos a este projeto e a esta Agência. Encontramos uma inovação social, presente na ligação do património às pessoas, “para elas próprias poderem ter orgulho naquilo que é o legado de que são também responsáveis”, conforme refere o, também, autarca de Penela. A tecnologia é tão ou mais inovadora em cada atividade ou desafio lançados à população no âmbito desta iniciativa.

Os Áudio-guias Um dos primeiros e grandes equipamentos lançados no âmbito da valorização dos castelos foram precisamente os guias interativos, um projeto desenvolvido pela empresa CrossingAnswers, tratando-se de um equipamento cujo download pode ser feito através do website da Rede de Castelos e Muralhas do Mondego a partir do dia 15 de junho de 2014. O equipamento visa uma permanentemente interação com cada um dos pontos de interesse existentes à volta de cada monumento da Rede. “Cada monumento tem os seus pontos de interesse, que são inovadores, não só em termos das temáticas, mas também na sua apresentação: temos lendas, músicas, histórias de vida e conteúdos ao nível de todas as outras ciências (biologia ou geologia), que se relacionem com o monumento”, explica Ivânia Monteiro, coordenadora técnica da Agência. À medida que o utilizador se vai deslocando no monumento, é localizado através de um identificador, recebendo notificações pertinentes sempre que passe perto de algum ponto de interesse. O áudio-guia está disponível em cinco línguas (português, castelhano, francês, inglês e alemão) e existe até uma versão para invisuais, desenvolvida em colaboração com a ACAPO.

Caixa de Memórias Lançado em Março de 2012, o projeto ‘Caixa de Memórias’ recolheu vivências pessoais de centenas de

idosos no âmbito de 15 Instituições de Solidariedade Social da Rede. Ivânia Monteiro explica-nos como funcionou a dinâmica: “Oferecíamos às IPSS’s uma caixa vazia e ao longo de um ano os idosos eram convidados a recolher memórias, recordações sobre o património material ou imaterial e, simultaneamente, a visitar os nossos monumentos. Fizemos mais de 50 visitas aos monumentos da Rede e percebemos que, a maior parte dos idosos, nunca tinha ido ao seu monumento de residência. Para além de terem contribuído para enriquecer um conjunto de memórias que agora estamos a trabalhar, sentiram-se eles próprios valorizados, ao fazerem uma coisa que nunca tinham tido oportunidade de fazer”. Hoje, após terem sido recolhidas 15 caixas cheias destas memórias, elas estão a ser trabalhadas e é possível visitar a exposição itinerante até ao final de 2014. Em junho ela estará no concelho de Penela.

Música e Muralhas Esta iniciativa estende-se muito para além da música e das muralhas no seu conceito literal. Todas as formas de manifestação artística se uniram com o propósito de dar um cunho cultural aos monumentos. Várias entidades culturais, no domínio da música ao teatro, ou mesmo à dança têm, desde há três anos, um lugar especial dentro dos castelos, nos meses de maio, junho e julho. Assim, conforme atenta a coordenadora técnica, “as pessoas podem observar o património e desfrutar dos espetáculos que lá ocorrem”. Os projetos, atividades e iniciativas promovidas pela Rede de Castelos e Muralhas do Mondego, em conjunto com os restantes municípios e entidades parceiras, não terminam e em tudo se revelam inovadores. Entre outros desafios lançados às crianças e ao público em geral, a Agência para o Desenvolvimento dos Castelos e Muralhas Medievais do Mondego acaba de lançar um glossário infantil, em formato tecnológico, e único na Península Ibérica, onde identifica e descodifica mais de 100 termos que as crianças não conhecem no âmbito da arquitetura militar.


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misericórdias em portugal

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Revista Business Portugal tem pautado a sua intervenção no sentido de divulgar e dar a conhecer o trabalho eficiente e eficaz que as Santas Casas da Misericórdia têm vindo a desenvolver ao longo dos séculos. Desde a sua fundação, há mais de cinco séculos de existência, as Misericórdias têm sido “porto de abrigo” para milhares de portugueses. Estas instituições nasceram do preceito cristão da caridade, expresso nas 14 obras de bem-fazer, sete espirituais e sete corporais. Atualmente, encontram-se a funcionar cerca de 400 Santas Casas da Misericórdias espalhadas por todo o território português, que em muitas localidades, a par da Câmara Municipal são uma das principais entidades empregadoras da região, movimentando a economia local e alavancando a fixação de população mais jovem nas regiões mais despovoadas. Com variadas valências como lar de idosos, centro de dia, creche, posto médico, cantinas socias, lojas socias e unidades de cuidados continuados prestam um apoio indispensável à população e proporcionam cuidados adequados a quem mais necessita. Com uma nobre missão estas instituição não são alheias aos constrangimentos que Portugal atravessa, e em muitos casos lutam com grandes dificuldades para enfrentar o dia a dia. Cabe-nos também o papel de dar a conhecer os serviços, valores e princípios que regem as Santas Casas da Misericórdia de Portugal, e nesta edição demos especial enfoque às instituições do alto Alentejo, nomeadamente do distrito de Portalegre.

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Um exemplo de modernidade Santa casa da misericórdia de vila flor A sustentabilidade das Misericórdias portuguesas e principalmente das Unidades de Cuidados Continuados que grande parte delas alberga é o desafio mais presente e difícil destas instituições. Quem o afirma é Quintino Gonçalves, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Flor, que acredita piamente que o espírito de voluntariado continua bem presente em todos aqueles que abraçam esta causa, “ajudar as pessoas”.

quintino gonçalves Provedor

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mpossado provedor em 2011, a ligação de Quintino Gonçalves a esta instituição surge em 1998, aquando da sua inscrição na mesma. Vive esta casa muito de perto, fazendo questão de aqui passar diariamente e visitar os utentes, desde miúdos e graúdos. Elogiando o trabalho dos seus antecessores, o atual provedor sentiu necessidade de reestruturar todos os setores, criando uma linha de proximidade entre todos e a sua pessoa, tudo em prol da qualidade dos serviços. “A qualidade é fundamental numa área de ação social como é a nossa, porque não nos podemos esquecer que o motivo da nossa existência são as pessoas”. Ciente de que a economia social é essencial nos dias de hoje, Quintino Gonçalves não tem receio em afirmar que o papel das Misericórdias tem sido fulcral nestes tempos de crise, “e todas elas têm desempenhado o seu papel de apoio às populações da melhor forma possível e de acordo com as suas possibilidades”. Mas o provedor vai mais longe, deixando o alerta que se não houver brevemente alterações por parte das entidades governamentais, no que diz respeito aos apoios, muitas destas casas tornar-se-ão insustentáveis, “essencialmente no que diz respeito às unidades de cuidados continuados que obrigam a gastos avultadíssimos”. O nosso interlocutor revela algum receio que os sucessivos cortes nos subsídios possam colocar em causa a qualidade dos serviços de algumas destas instituições. Daí que Quintino Gonçalves aponte a sustentabilidade como o caminho a seguir. “Casas desta natureza não podem estar dependentes exclusivamente de apoios estatais. É necessário pensar alternativas”. Em Vila Flor são exemplo dessas alternativas a quinta

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agrícola e a estufa da Misericórdia, onde são produzidos a maior parte dos produtos hortícolas necessários à elaboração das refeições. Ou ainda a padaria, onde são confecionados todos os produtos que abastecem a instituição, havendo ainda venda ao público. Acresce também a farmácia, que serve todos os utentes da Misericórdia. “Há que pensar alternativas para garantirmos aos nossos utentes, sejam eles idosos ou crianças, a qualidade e o bem-estar que eles merecem e precisam”, diz o provedor. Mas para além dos utentes, é também necessário pensar os funcionários. No caso específico da Santa Casa da Misericórdia de Vila Flor, referimo-nos a 212 postos de trabalho, distribuídos pelas mais diversas valências. “Em variados casos, as Santas Casas são os maiores empregadores da região onde estão inseridas. Se a sustentabilidade não for uma realidade em cada uma delas, teremos dois problemas graves de índole social: a falta de apoio e ajudas a quem dela precisas e o flagelo do desemprego”, alerta. Para Quintino Gonçalves é fundamental pensar hoje estas estruturas inseridas já no amanhã, “sempre tendo em conta as exigências que existirão daqui a 20 anos. Só assim poderemos vingar”.

Uma rede funcional Uma das principais características desta Santa Casa está na sua cobertura espacial. As diversas valências cobrem todo o concelho, sabendo quem aqui habita que pode contar com a instituição, independentemente da freguesia onde vivem. Esta realidade ganha ainda mais força nas valências dedicadas a uma população mais idosa, como são exemplo o apoio domiciliário, os lares e os centros de dia. “Somos a única instituição desta índole em todo o concelho, e garantimos cobertura de todas as aldeias. Entre o apoio domiciliário, que conta com mais de 30 viaturas específicas a este serviços e os seis lares que temos espalhados pelo concelho, conseguimos garantir que nenhum idoso fica desamparado”, diz, com orgulho na voz. O provedor considera fundamental que os seus utentes mais idosos desfrutem de espaços verdes e que não estejam confinados a quatro paredes, incentivando-os a sair da instituição e conviverem com a comunidade local, quando as condições e o estado dos utentes permite tal. É por isso mesmo que em qualquer um


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dos edifícios desta Casa nos deparamos com espaços muito verdes, ao ar livre e, o mais importante, uma porta sempre aberta, disposta a receber quem nela quiser entrar. Mas mudar mentalidades é também um dos propósitos do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Flor, essencialmente em relação à camada mais desprotegida, os mais idosos. Quintino Gonçalves acredita ser fundamental transparecer a imagem de que atualmente os lares não são o outrora depósito de pessoas mas sim casas de repouso, “onde os idosos estão mais apoiados e com qualidade, sabendo que nesta fase mais delicada da sua já longa vida, em muitos casos, têm alguém do seu lado que os sabe e pode ajudar”. E esta ajuda provém, independentemente da idade e classe social. “O papel da Misericórdia é ajudar quem precisa. Foi com esse propósito que estas instituições foram criadas e com base nesse espírito que pretendo conduzir a Santa Casa da Misericórdia de Vila Flor”, finaliza.

As valências Para assistir utentes impossibilitados de se deslocarem aos centros de dia e lares que a Misericórdia dispõe, ou simplesmente porque não querem deixar as suas casas,

a instituição, na valência de apoio domiciliário, a partir das suas 14 cozinhas, localizadas estrategicamente de modo a servir todo o concelho, prepara e distribui diariamente refeições ao domicílio e assegura a prestação de cuidados de higiene pessoal, habitacional e tratamento de roupas, num total de 27 aldeias. Às famílias mais carenciadas, a Santa Casa da Misericórdia de Vila Flor disponibiliza 29 habitações sociais, alugadas a valores mais baixos no seu Bairro Social. No que diz respeito aos centros de dia, são nove os centros que a Misericórdia dispõe, cinco independentes e quatro acoplados aos lares. Estes centros são uma resposta social que contribuem para a valorização pessoal, partilha de conhecimentos e experiências pessoais, proporcionando ainda durante o dia a resolução de necessidades básicas pessoais, terapêuticas e socioculturais às pessoas afetadas por diferentes graus de dependência, contribuindo para a manutenção da pessoa no seu seio familiar. Além do seu papel social por ser parte integrante da Misericórdia, a farmácia tem ao dispor dos seus utentes diariamente a medição da tensão arterial e de parâmetros sanguíneos, nomeadamente glicemia, colesterol e triglicerídeos. Faz ainda a recolha de medicamentos fora de prazo e garante toda a medicação

necessária aos utentes da instituição, em qualquer uma das suas valências. O jardim de infância Flor de Liz recebe crianças dos 4 meses até aos mais crescidos do primeiro ciclo do ensino básico, devidamente divididos entre creche, préescolar e ATL. Seis casas de repouso servem toda a comunidade de Vila Flor. Todos eles estão devidamente equipados e contam com profissionais qualificados. Com um papel fundamental enquanto uma empresa de inserção, quem visita a Padaria da Misericórdia tem à sua disposição variados tipos de pão, bolos e outras iguarias da pastelaria tradicional. A Quinta de Santo António tem um papel preponderante, onde são produzidos, em seis estufas, os produtos hortícolas para consumo nas diversas valências da instituição. Finalmente, a Unidade de Cuidados Continuados disponibiliza um total de 29 camas divididas nas áreas de média e longa duração. O antigo espaço do hospital foi totalmente remodelado para receber esta unidade.

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“A nossa maior preocupação são os idosos” Santa casa da misericórdia de vila franca de xirA A Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira uma das mais antigas Instituições do país foi criada por El Rei Dom Sebastião. Apesar de não existir uma data específica da sua criação, os registos históricos atribuem o ano de 1561 para o início da grandiosa obra. Os Corpos Gerentes são-no no mais puro regime de voluntariado; a relação de partilha solidária com a União das Misericórdias Portuguesas constitui elemento vital de coesão institucional.

carlos caetano dias Provedor

“O

s projetos são inúmeros e ajudar os outros é a nossa prioridade”, confidencia o provedor Carlos Caetano Dias à Revista Business Portugal. A Santa Casa da Misericórdia como a maioria das Instituições do nosso país foi fundada segundo a matriz de Hospital Civil, uma obra de dedicação aos mais desfavorecidos, prestando apoio no âmbito da pobreza, mas também integrada na vertente social da saúde. Os anos foram passando e em 1951 foi construído um novo hospital em Vila Franca de Xira, nacionalizado em 1975 e extinto em 2013; tais rudes golpes, vulnerabilizaram a Sociedade Civil e a própria Instituição. Considerado o segundo maior empregador do concelho com cerca de 105 funcionários, a Instituição presta serviços a cerca de 120 utentes em resposta social de Lar, com uma média de idade de 85 anos. As valências da Misericórdia estão direcionadas para os idosos, não tendo qualquer tipo de valência ao abrigo das crianças. O lar nº 2 construído em 2004 possui capacidade para 80 idosos, e ao lado da igreja existe outro lar, o nº1, onde funcionou o primeiro Hospital da Instituição (Misericórdia e Hospital Civil – 1915), hoje com capacidade para receber 40 utentes. Possuem ainda a valência de centro de dia e de apoio domiciliário (45 e 42 utentes). “As necessidades sociais são cada vez maiores, resultando num acolhimento de pessoas de várias partes do País”, revela o Provedor. Uma das maiores referências da instituição define-se pelo apoio que a Misericórdia oferece durante todo o

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ano aos sem-abrigo, que é cada vez mais frequente, disponibilizando várias refeições. Diariamente são disponibilizadas de “15 a 20 refeições, e o número não é mais significativo pois felizmente existem mais comunidades locais a apoiar as causas sociais”. O espírito de partilha e ajuda é o lema da instituição, não discriminando nenhum ser humano independemente da sua cor ou nacionalidade. Foi com orgulho que o Provedor revelou que a instituição apoia na égide das Obras de Misericórdia todos os anos cerca de 200 peregrinos, nas rotas de Fátima e de Santiago de Compostela. Os grupos estrangeiros representam 25%, sendo que os restantes são de nacionalidade portuguesa. “As nossas condições nem sempre são as melhores e mais agradáveis, mas a boa vontade e o espirito de ajuda é o mais importante, desse modo ajudamos com alimentação e um local para repousar, acolhendo normalmente grupos de 20 a 30 peregrinos”. O espírito empreendedor constitui um desígnio importante segundo o Provedor Carlos Caetano Dias, mas a conjuntura económica do país nem sempre é a mais favorável para a realização dos projetos idealizados. “Mais do que investir em novos projetos, gostariamos de revitalizar algumas edificações do património da Instituição de modo a rentabilizar mais receitas para benefício dos utentes”. O património da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira desde início estabeleceu uma estreita e profícua relação com a vertente religiosa, sendo que têm em sua posse um Santuário localizado na região, em que os esforços para o preservar e rentabilizar vêm encontrando algumas dificuldades. Outro edifício da Instituição é a Praça de Touros “Palha Blanco”, construída em 1901, em prol do Asilo-Creche “Afonso de Albuquerque” que nas palavras do Provedor, também tem causado alguns constrangimentos de gestão, uma vez que “a receita gerada no último ano não compensou os gastos efetuados”, atenta a sua vetusta idade. A Igreja da Misericórdia do Século XVI faz também parte do património, que atualmente tem um papel complementar no culto religioso da paróquia. O Museu de Arte Sacra representa um espaço de grande interesse e valor para a Instituição, mas “por razões de segurança têm abertura e visitas condicionadas”. Uma lezíria com cerca de 100 hectares confere

algum rendimento à Santa Casa, ao contrário de uma propriedade agrícola de cerca de 73 hectares localizada no concelho, que atualmente não é passível de ser explorada e obter algumas receitas, pois inserida numa zona semi montanhosa, com planaltos e patamares tem causado alguns constrangimentos ao nível de rentabilização. Os projetos são inúmeros, e o provedor Carlos Caetano Dias salienta uma propriedade da instituição que gostaria de reabilitar: o antigo palácio do Conde de Farrobo, um edifício a norte do concelho de Vila Franca de Xira. “Atualmente está realmente degradado, e na minha opinião o melhor projeto a desenvolver seria uma espécie de homenagem ao Conde, figura impar da sua época, através da implantação de infraestrutura para apoio a crianças e idosos”. Questionado de como esperava que fosse o futuro da Santa Casa da Misericórdia o provedor revela-se confiante, afirmando que, “estamos convictos que com as melhorias da conjuntura económica do país, tudo se fará para ajudar a nossa instituição a dar uma resposta criativa em prol dos mais carenciados, nomeadamente na implementação da valência de Cuidados Continuados Integrados de grande qualidade, para a qual se busca financiamento e gestor de exploração. No caso de Vila Franca as instalações já existem no antigo Hospital, mas carecem de obras de reestruturação; infelizmente a nossa instituição não tem possibilidades para assumir esses encargos, por falta de fundos próprios para desenvolver esse projeto”; é nossa convicção de que sendo as Irmandades pertença das Misericórdias, elas constituem incontornávelmente um legado secular das populações, razão nuclear pela qual importa que o Estado, a Autarquia e a Sociedade Civil, na defesa dos serviços de saúde e sociais, potencializem os recursos disponíveis na prossecução das inerentes politicas em prol do bem estar e qualidade de vida dos cidadãos. A economia do terceiro sector, continuará a constituir um vetor de nuclear importância no apoio e qualidade de vida dos mais desfavorecidos. “Em conclusão e por justiça elementar, é de referir o importante papel dos benfeitores ao longo dos séculos e de que recentemente se destacou o nosso Benemérito Teodoro Damas Amorim (falecido em 2013), e que acolhido à nossa proteção, doou o seu património à Irmandade”, finaliza



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Séculos de história em prol dos mais necessitados Santa casa da misericórdia de portalegre No dia 13 de janeiro de 2012 a Santa Casa da Misericórdia de Portalegre iniciou um novo ciclo da sua vida sob a provedoria de José Serrote. “Os novos corpos sociais trouxeram consigo a disposição inabalável de humanizar e cristianizar o trabalho desenvolvido na Santa Casa”, afirmou o provedor.

josé serrote Provedor

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sta instituição existe há mais de cinco séculos, dado que o início do seu funcionamento data de 1501 sob a premissa da ajuda aos mais necessitados. Atualmente, esta instituição conta com a valência de lar de idosos onde presta cuidados a 97 utentes, lar residencial para pessoas portadoras de deficiência onde acolhem 10 utentes, apoio domiciliário com 40 utentes, centro de dia com cerca de 20 utentes, centro comunitário com 100 utentes e centro infantil com 100 crianças até aos 3 anos de idade. Assim sendo, o serviço do apoio domiciliário é um dos mais importantes que a instituição presta aos seus utentes, “que preferem estar nas suas casas, com apoio nas tarefas diárias, antes de serem institucionalizadas” revela o provedor. “Quando os novos corpos gerentes tomaram posse, o apoio domiciliário estava moribundo, e havia até a intenção de acabar com este serviço, nós pelo contrário reanimamos este serviço e prestamos todos os serviços desde a alimentação, higiene do lar, até ao acompanhamento a consultas médicas”, salientou José Serrote. Nos dias

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de hoje, as instituições sofreram algumas alterações decorrentes das modificações dos estilos de vida, isto é, as instituições tem que se ir adaptando às alterações da sociedade de modo a prestar um leque de serviços adequado. Neste sentido, esta organização conta com a competência e a qualificação de uma equipa de 107 elementos, que diariamente trabalha para assegurar o bem-estar e os cuidados necessários aos seus utentes. Exemplo disso mesmo é “a equipa de enfermagem e o médico que integram a nossa equipa e cuidam dos nossos idosos”, salienta José Serrote. Situada no centro da cidade de Portalegre, a Santa Casa da Misericórdia goza de uma localização privilegiada, aliada a um edifício com uma fachada histórica que tem sido preservada ao longo dos séculos. “Este edifício onde nos encontramos sofreu obras de requalificação, atualmente funciona aqui o lar, mas no futuro passará a ser o lar residencial”, revelou o provedor. Em funções há apenas três anos, José Serrote orgulha-se de alguns projetos, entre quais está a conclusão das obras no edifício ao lado do edifício sede, durante o mês de julho, onde passará a funcionar o lar de idosos num espaço com mais qualidade. Outro projeto que provavelmente se iniciará já no próximo ano é a gestão dos dois lares de jovens em risco que existem em Portalegre, atualmente sob a alçada da Segurança Social, e que no entender de José Serrote “não dispõe nem das competências, nem da disponibilidade adequada para o

desempenho destas funções”. A Santa Casa da Misericórdia de Portalegre admite os seus utentes, através de um processo de seleção que se inicia nos seus serviços administrativos (instrução de processo administrativo) e no serviço social (instrução de processo social), que procede à avaliação técnica do candidato, em função da sua área de residência e em concordância com os critérios de prioridade estabelecidos no regulamento interno, baseados no seu grau de isolamento, situação de dependência e condição socioeconómica. “Queremos repor elevados níveis de humanização no relacionamento com todos os que precisam dos serviços da Santa Casa - os seus utentes”, concluiu o provedor.


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“Porto Seguro” para os habitantes de Alegrete Santa casa da misericórdia de alegrete Ao longo de mais de cinco séculos de existência, as Misericórdias têm sido “porto seguro” para milhares de portugueses. A Santa Casa da Misericórdia de Alegrete foi uma das primeiras a ser fundada, no entanto, durante vários anos esteve inativa, uma vez que, os últimos documentos oficiais datam de 1855 e ninguém sabe porquê!

maria do carmo serrote Provedora

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pós a revolução dos cravos, surgiu a necessidade de reerguer a instituição, como forma de dar resposta às crianças, e por iniciativa do padre Américo a Santa Casa da Misericórdia de Alegrete renasceu com o propósito de ajudar os que mais necessitam.

Alegrete Alegrete é uma freguesia portuguesa do concelho de Portalegre, com perto de 2 mil habitantes que foi vila e sede do concelho até ao final do século XIX, mais precisamente, 1855, altura em que se deu a última reforma administrativa operada por Mouzinho da Silveira. Localizada em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, a uma altitude de 500 metros, localiza-se a cerca de 2 quilómetros da margem direita da ribeira de Alegrete, caracterizada por uma enorme diversidade geológica, paisagística, faunística e florística. As atuais instalações da Santa Casa da Misericórdia de Alegrete situam-se no antigo edifício da casa do povo de Alegrete, que há cerca de duas décadas sofreu profundas intervenções que permitiram adequar as instalações às necessidades da instituição. Atualmente, o rosto da instituição é Maria do Carmo Serrote, que vai já no seu segundo mandato como provedora. Há seis anos no cargo, esta professora de físico-química reformada faz um balanço muito positivo deste período. “Encontrei dinheiro no banco, mas estava tudo para fazer”, adianta. “Não faço favor nenhum à Santa Casa da Misericórdia, é antes uma mais-valia para mim” afirma a provedora. A Santa Casa da Misericórdia dispõe de diversas

valências que permitem dar resposta à população da freguesia. Assim sendo, na valência de lar tem atualmente 29 utentes, 22 com acordo da Segurança Social e 7 em regime privado. Em centro de dia tem 7 utentes, na valência de apoio domiciliário atualmente apoia 26 utentes e na creche conta com 10 crianças. Uma das novidades introduzidas por Maria do Carmo Serrote foi a abertura do centro de convívio, num antigo edifício da Câmara Municipal, que se encontrava inativo, onde as senhoras de Alegrete se encontram diariamente para conviver e onde realizam vários trabalhos de costura, pintura e outros. Alegrete é o espelho da realidade do interior do país em que as instituições assumem um papel primordial na economia social da região. Deste modo, a Santa Casa da Misericórdia com cerca de 40 trabalhadores é a maior entidade empregadora da freguesia. “O problema da economia social é que somos empregadores, mas não produzimos mais-valias”, revela a provedora. Relativamente às necessidades da instituição, Maria do Carmo Serrote revela que são necessárias mais vagas na valência de lar. “Alguns utentes das valências de centro de dia e de apoio domiciliário tinham a necessidade da institucionalização no lar, mas, não dispomos de vagas”, afirma a provedora. Desde que chegou, Maria do Carmo Serrote tem-se empenhado em otimizar o funcionamento estrutural da instituição. Prova disso é que a Santa Casa da Misericórdia de Alegrete tem concorrido a fundos

comunitários para a realização de vários projetos. Um deles foi um projeto de energias sustentáveis em que a colocação de painéis solares com uma caldeira de biomassa permite uma poupança mensal na ordem de vários milhares de euros, e ainda possibilita um rendimento extra.

Projetos futuros A Santa Casa da Misericórdia de Alegrete não para e tem em mente diversos projetos para o futuro. O principal é a restruturação do atual edifício da instituição, em que os utentes passarão a dispor de melhores condições.

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no apoio aos mais desfavorecidso Santa casa da misericórdia de arronches A Santa casa da Misericordia de Arronches tem a linda idade de 512 anos. Um percurso solidário para os mais necessitados e doentes.

deolinda pinto Provedora

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aralelamente à sua longa história hoje a sua atividade social desenvolve-se com o funcionamento, desde 1993, de um Lar de grandes dependentes e como resposta social mais recente nos cuidados de saúde. Em 2007, a Misericórdia de Arronches passou a integrar a Rede Nacional de Cuidado Continuados. Com o surgimento desta resposta nasceu um novo edifício, pensado de raiz e com todas as condições que se exigem ao funcionamento adequado desta unidade. Para além deste a Santa Casa da Misericórdia tem ainda o edifício sede onde funciona o referido lar para grandes dependentes, com capacidade atual de 31 utentes. Como nos foi dito, este ultimo edifício fruto de ser uma construção muito antiga coloca algumas limitações aos profissionais e utentes da Instituição apesar das melhorias de que tem sido alvo. À frente da instituição desde outubro de 2006, o que a tornou uma das mais jovens provedoras do país, Deolinda Pinto, faz um balanço muito positivo da atuação da Santa Casa da Misericórdia no contexto local, e desde logo pautado por várias alterações relativamente aos recursos humanos e materiais. Não poderia deixar de ser assim, referia a provedora – “em 2007, começámos com a tipologia de média duração e reabilitação e em 2011 integramos a tipologia de longa duração e manutenção”. Atualmente contam com 23 utentes na Unidade de Média duração e 29 utentes na

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unidade de Longa Duração. A unidade de cuidados continuados da Santa Casa da Misericórdia de Arronches cumpre todos os requisitos exigidos aquando da sua integração na RNCCI e, como tal, está apta a receber utentes de todas as regiões do país que aqui esperam encontrar o melhor tratamento. “Estes cuidados são extremamente importantes porque o aumento da esperança média de vida faz com que haja pessoas mais velhas e pessoas mais novas com patologias associadas aos modelos de vida que hoje temos”, salientou Deolinda Pinto. “O nosso objetivo é a continuidade de cuidados com vista ao regresso dos utentes ao seu domicilio”, frisou a provedora. A unidade de cuidados continuados tem ao serviço dos seus utentes um leque muito diversificado de serviços: psicologia, terapia da fala, motricidade humana, animação sociocultural, serviço social, serviço médico e de enfermagem, serviços de apoio dos assistentes operacionais e de fisioterapia. Com uma vasta equipa, esta unidade respeita na integra as exigências da RNCCI ao nível dos recursos humanos tento sempre em vista o tratamento eficaz dos utentes. No total, a Santa casa emprega 80 funcionários que faz desta instituição a segunda entidade empregadora do concelho, apenas superada pela Câmara Municipal. “Em termos de economia social empregamos jovens da terra e trazemos ainda outros jovens com especialidades necessárias para trabalharem em Arronches e cá constroem a sua

vida e a sua família” salientou a provedora. Enfermeira de profissão, Deolinda Pinto coordena uma equipa especializada que faz toda a diferença no contexto real de trabalho. “Por exemplo, é com muito orgulho que digo que não temo incidência de úlceras de pressão nos nossos utentes, fruto da formação contínua da nossa equipa de enfermagem que academicamente, praticamente toda, é pós graduada em ferida”, referiu a provedora. Constatamos que Deolinda Pinto, natural de Arronches, não deixa de sonhar em novos projetos. Um deles é a construção de uma nova unidade para doentes com demência, ainda sem data definida para arrancar e dependente dos apoios que materializem uma vontade alicerçada em forte capacidade de gestão de recurso humanos e materiais que a Misericórdia tem demonstrado fazendo do terceiro setor – social- um pilar do desenvolvimento local. Como provedora da Santa Casa da Misericórdia de Arronches, Deolinda Pinto revela-nos a sua admiração pelos idosos, utentes maioritários da instituição e a quem também todos os colaboradores envolvem na missão de os ajudar a manter a sua autonomia e contribuir para a sua auto estima. Em contrapartida, disse, também aprendemos com eles grandes lições de vida e generosidade porque, como alguém disse, “quando um idoso morre é uma biblioteca que arde”.



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380 Anos ao serviço da população Santa casa da misericórdia de castelo de vide A Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide nasceu em 1633, século XVII sob o lema da ajuda aos mais necessitados, missão que perdura até aos dias de hoje. Atualmente, sob a direção de Fernando Soares, provedor no exercício de funções há seis anos, esta instituição recuperou alguma da sua vitalidade e sustentabilidade financeira.

fernando soares Provedor

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pós ter passado pela autarquia de Portalegre e de Castelo de Vide, pelos Bombeiros Voluntários de Castelo de Vide e pela Região de turismo do Alentejo, Fernando Soares foi convidado por um conjunto de cidadãos, “os irmãos” para liderar esta organização. “Com muita calma e tranquilidade consegui ir recuperando a capacidade financeira da Santa Casa da Misericórdia”, revela o provedor. Um dos projetos empreendidos por Fernando Soares foi a recuperação do edifício onde funcionava o antigo hospital, corria o ano de 2012. Curioso, ou talvez não, é o facto de o pai de Fernando Soares também ter sido provedor desta instituição e ter inaugurado o mesmo edifício como hospital em 1956, e passados 58 anos, o filho inaugura o mesmo edifício, agora com a função de lar. Com recurso a financiamento externo, o provedor transformou um edifício abandonado num novo lar, “um autêntico hotel”, revela com orgulho Fernando Soares, que apesar de já estar em funcionamento desde outubro de 2013, só vai ser inaugurado formalmente no próximo dia 1 de julho, numa cerimónia que em que

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estará presente o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares. A Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide, na valência de lar, conta ainda com um edifício doado por uma família abastada, onde funciona o lar para inválidos do trabalho agrícola, que apoia estes cidadãos desde 1956. Com o passar dos anos as Santas Casas da Misericórdia foram evoluindo, e com a revolução operada em 25 de abril de 1974 estas intuições sofreram alterações, no entanto, nunca deixaram de prestar auxilio a quem mais precisa. “Atualmente, estas casas tem muito mais capacidade de intervenção”, salienta o provedor. A Santa Casa da Misericórdia de Castelo de Vide presta apoio a 63 idosos na valência de lar, 35 em apoio domiciliário, 18 em centro de dia e serve cerca de 80 refeições diárias na cantina social. Para o correto funcionamento desta estrutura conta com uma equipa de cerca de 43 profissionais, qualificados e empenhados na prestação de cuidados de excelência aos seus utentes. “Temos uma boa equipa para trabalhar, hoje os jovens esforçam-se muito no desempenho do seu trabalho”, afirma Fernando Soares.

A mudança de alguns estereótipos veio também ajudar à fixação de alguns jovens nas regiões do interior. “Temos aqui jovens em vários setores que realizam um excelente trabalho, e inclusive são muito acarinhados pelas colegas de mais idade”, revela o provedor. “Esta situação há alguns anos era impensável” concluiu. “Umas das coisas que eu mais prezo é trabalhar com gente jovem e poder garantir-lhes os seus postos de trabalho”, referiu Fernando Soares. Nascido e criado em Castelo de Vide, o provedor é um filho da terra que tem ainda muitos projetos para o futuro. Acaba de ser classificada como monumento de interesse público a igreja de Santo Amaro, o segundo melhor monumento do barroco a sul do Mondego, que irá ser transformado provavelmente num museu internacional do fogo, é apenas um deles. A introdução de elevadores no edifício mais antigo da instituição, numa candidatura aprovada pelo PRODER também já tem luz verde e possibilitará a utilização de mais espaços de um edifício. “O cuidado da saúde e do bem-estar dos nossos utentes, é a nossa preocupação diária”, salienta Fernando Soares.



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Instituição exemplar Santa casa da misericórdia de montalvão Desconhece-se a data exata da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Montalvão. Esta instituição, assim como outras similares só muito recentemente começou a suscitar algum interesse, na tentativa de descodificar o longo caminho percorrido e dar a conhecer a essência da sua vida.

rui coutinho Provedor

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ficialmente, e segundo documentos originais a instituição foi criada no início do século XX, mais precisamente a 11 de dezembro de 1916. “Atualmente, estamos a tentar rebuscar coisas antigas, no sentido de dar a conhecer o que a Misericórdia fazia no seu início”, revelou o provedor Rui Coutinho. Tal como as Misericórdias de todo o país, a Santa Casa da Misericórdia de Montalvão tem atrás de si uma história de apoio social aos mais carenciados, sobretudo à população idosa.

A atualidade Montalvão é uma pequena freguesia do concelho de Nisa, com apenas 600 habitantes, mas, que encontra na Santa Casa da Misericórdia uma resposta concertada e eficiente. Assim sendo, atualmente esta instituição apoio 81 utentes distribuídos por três respostas sociais vocacionadas para a população idosa, que representa a maioria da população da freguesia. Em lar estão 36 utentes, 11 em centro de dia e 34 em apoio domiciliário. O atual edifício onde funciona a Santa Casa da Misericórdia de Montalvão foi construído de raíz para a instituição, tendo sido inaugurado em 2005. Tem ao dispor dos seus utentes um excelente espaço exterior, com jardim e vinha, onde os dias solarengos do alto Alentejo são passados à sombra, aliadas a umas instalações interiores adequadas às necessidades e

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ao bom funcionamento da instituição. “ As construções estão em constante evolução, se fosse hoje faríamos algumas coisas diferentes, mas considero que dispomos de um bom edifício”, salienta Rui Coutinho. Com 67 anos, Rui Coutinho ocupa o lugar de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Montalvão desde 2012 e é o rosto do dinamismo e das mudanças que se têm feito sentir na instituição. Oriundo de Lisboa, mas convertido ao Alentejo pelo casamento, o provedor considera que estas instituições merecem outro tratamento: “acho que as Misericórdias deveriam estar isentas de iva, e ter outra abertura, uma vez que, o próprio Estado se apoia muito nas Misericórdias”. Com uma equipa de 34 colaboradores, a Santa Casa da Misericórdia de Montalvão assume-se como principal empregador da freguesia. Tem ao dispor dos seus utentes uma equipa multidisciplinar, constituída por enfermeiros, médicos, fisioterapeuta, animadora e pessoal não qualificado que trabalha 365 dias por ano em prol dos seus utentes.

As inovações Desde que assumiu a provedoria, Rui Coutinho tem pautado a sua atuação pela modernização e otimização dos recursos da instituição. Deste modo, a operacionalização de todo o sistema informático, no sentido de acelerar o tratamento dos assuntos foi uma das primeiras mediadas a ser tomada. A instalação

dos painéis solares, que estão em funcionamento há já dois anos, foi outra das inovações que permitiu uma poupança mensal considerável e proporcionou uma maior qualidade aos utentes. Ainda sobre o mote da inovação, a Santa Casa da Misericórdia apresentou na festa de Natal um espetáculo diferente. Todos os responsáveis pelos utentes foram convidados a participar juntamente com os seus dependentes, por forma a potenciar o convívio e estimular a mobilidade.

Projetos para o futuro Numa altura em que as instituições se encontram em constante dinamismo e evolução, os projetos para o futuro são muitos. A Santa Casa da Misericórdia de Montalvão não foge à regra e tem já em curso a alteração do brasão da instituição. “O atual brasão nada diz que é uma Misericórdia, nesse sentido, vamos alterálo com o propósito de expressar no emblema a história da Santa Casa da Misericórdia”, salienta o provedor. Tem também em marcha um concurso para a recuperação e aquisição de novo material, assim como, a construção de um furo de captação de água. Sobre os motivos que o levaram à provedoria Rui Coutinho revela que “gosto de conviver e gosto de estar aqui”.



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Séculos a trabalhar em prol dos mais necessitados Santa casa da misericórdia de alpalhão Desde a sua fundação, há mais de cinco séculos de existência, as Misericórdias têm sido “porto de abrigo” para milhares de portugueses. Estas instituições nasceram do preceito cristão da caridade, expresso nas 14 obras de bem-fazer, sete espirituais e sete corporais e a Santa Casa da Misericórdia de Alpalhão não é exceção. Nasceu em 1675 sob o preceito da ajuda aos mais necessitados, e nas últimas três décadas teve como provedor José Lopes Duarte Baião.

josé lopes duarte baião Provedor

Do século XX até à atualidade Alpalhão é uma das maiores freguesias do concelho de Nisa, e foi vila e sede de concelho entre 1512 e 1855. Atualmente, conta com 34,16 km² de área e 1.800 habitantes, segundos os últimos sensos. No início do seu funcionamento a Santa Casa da Misericórdia dispunha também do antigo hospital da Misericórdia, mas com a revolução do 25 de abril ocorreram grandes modificações, e a instituição sofreu uma reconversão em prol da diminuição do número de utentes. As atuais instalações foram construídas com o apoio da Câmara Municipal e a instituição tem ao serviço dos seus utentes quatro valências que têm como objetivo dar resposta às necessidades da população. Assim sendo, atualmente presta apoio a 20 utentes em centro de dia, 23 utentes em lar, em que a média de idades ronda os 85 anos, 23 utentes em apoio domiciliário e 18 crianças na creche. Com 40 funcionários, a Santa Casa da Misericórdia

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de Alpalhão orgulha-se de ter sido a primeira entidade em todo o Alentejo a empregar cidadãos socialmente desfavorecidos e que até hoje se revelaram uma boa aposta. “Temos duas funcionárias que acabamos por efetivar, pois revelaram-se ótimas no cumprimento do seu trabalho”, revelou o provedor. As Santas Casas da Misericórdia, a par das autarquias, são as maiores entidades empregadoras da região onde se localizam, alavancando a economia da região. Em Alpalhão, esta instituição possui uma equipa multidisciplinar com diretor técnico, animadora sociocultural, enfermeira, médico e pessoal não especializado que asseguram o melhor tratamento aos seus utentes. José Baião, atualmente com 73 anos de idade, é natural de Alpalhão e reside nesta freguesia do distrito de Portalegre. Assume as funções de provedor há 30 anos e revelou as suas principais motivações: “Gosto de fazer bem, sempre gostei do de fazer voluntariado”. Juntamente com as funções de provedor, José Baião acumula as funções de 2º secretário do secretariado

distrital de Portalegre e está também ligado à igreja, nas funções de catequista. “Gosto de ajudar e trabalhar em prol dos outros”, salienta o provedor.

Projetos futuros Tendo em conta a situação económico-financeira débil que o país enfrenta, José Baião faz uma gestão muito criteriosa das contas da instituição, não fosse ele um bancário reformado. Sob este lema, a Santa Casa da Misericórdia de Alpalhão tem como projetos para o futuro a recuperação de antigas casas, com vista à obtenção de rendimento mensal extra, ao mesmo tempo que reconstrói antigas habitações e contribuí para a fixação da população. Outro projeto que está ainda pendente é a aquisição de uma habitação anexa às atuais instalações da Santa Casa da Misericórdia e que vai possibilitar o alargamento do edifício e aumentar o número de quartos e salas para reuniões.



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Dar mais vida à terceira idade Santa casa da misericórdia de bombarral Sediada no coração do Bombarral, a Santa Casa da Misericórdia tem dado mais vida à geração mais envelhecida do concelho. Ainda que tenra em idade, a instituição apresenta uma experiência madura no que toca às suas principais valências.

Luís Duarte e josé vítor Provedor e Mesário

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pós a extinção da antiga Santa Casa da Misericórdia, aquando da revolução de abril, Bombarral viu-se despido da sua oferta social aos mais fragilizados. Apercebendo-se desta lacuna, foi Luís Duarte, que é hoje o provedor desta instituição, quem se lançou na sua reedificação. “Percebi que havia muito pouca oferta social no nosso concelho; pus mãos à obra e, com um conjunto de pessoas, fundámos esta Santa Casa”, conta Luís Duarte. Com 17 anos de idade, a Santa Casa da Misericórdia do Bombarral (SCMB) põe à disposição da população uma vasta rede de serviços de cariz social. O primeiro deles refere-se ao Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), que acompanha cerca de 65 utentes no concelho do Bombarral. De modo a completar esta valência e a acompanhar a tempo inteiro os idosos do concelho, a SCMB lança-se, recentemente, num projeto de lar. “O apoio domiciliário não consegue ultrapassar aquilo que é a realidade de um lar, que é ter alguém 24 horas por dia, sete didas por semana a prestar atenção e cuidados ao idoso”, refere o provedor. Em termos de Cuidados Continuados, a Santa Casa disponibiliza atualmente 10 camas para casos de convalescença, 14 para cuidados de média duração e reabilitação e as restantes 16 camas para cuidados de longa duração. Integradas nesta unidade funcionam

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ainda as mais variadas vertentes da fisioterapia. “Estes Cuidados Continuados estão na fronteira daquilo que é um hospital e um lar de idosos. Nós garantimos um serviço de saúde que os lares de idosos não conseguem garantir”, afirma Luís Duarte. A instituição conta ainda com um Centro de Convívio, atualmente com 26 utentes. Inaugurado em 1952, fruto da boa vontade e benemerência de algumas entidades coletivas e pessoais, o Hospital Casimiro da Silva Marques recebe, em nome da SCMB, consultas de especialidade que vão desde a fisiatria, psicologia e cirurgia geral à nutrição, podologia, entre outras. E é através de uma espécie de consultório móvel que a Santa Casa tem feito o combate às doenças cardiovasculares. “Há uma unidade móvel que se desloca todas as quartas-feiras a uma aldeia diferente, fazendo rastreios com eletrocardiograma”, explica o provedor. Acrescendo ainda o serviço de enfermagem, o apoio técnico e a cantina social (com 100 refeições gratuitas diariamente), a SCMB assegura assim o acolhimento e apoio dos grupos mais fragilizados do concelho do Bombarral. Esta que é considerada a terceira entidade empregadora no concelho recebe até pessoas dos distritos e regiões vizinhas, como Lisboa e Alentejo.

Humanização na prática Quando questionado acerca dos valores primordiais que fazem esta casa, Luís Duarte não hesita na reposta: Humanização. “É uma preocupação permanente porque estamos a falar de pessoas que estão completamente dependentes e muito fragilizadas do ponto de

vista psicológico”, declara. Para um futuro próximo, está já em mente o serviço a uma faixa etária mais nova. Este será dado a crianças com dificuldades de aprendizagem escolar. A par deste apoio educativo, a SCMB pretende trabalhar também as famílias destas crianças, contribuindo para a sua reestruturação familiar. Hoje, passados 17 anos, o provedor Luís Duarte reconhece o esforço realizado pelas Santas Casas de Misericórdia para tentar minorar os atuais e futuros problemas sociais: “Nós no fundo, somos a entidade que cumpre aquilo que é a obrigação do Estado. Isto nunca deve ser posto em causa. Hoje, quase se abatem os cidadãos para garantir a boa saúde das finanças. Subvertem-se os valores. Se chegarmos a um ponto em que se põem em causa as nossas instituições, então põe-se mesmo em causa aquilo que é o fulcral do apoio social àqueles que mais precisam”, conclui Luís Duarte.



REVISTA BUSINESS PORTUGAL TEMA GUIMARÃES, CAPITAL DOS NEGÓCIOS

inovar para crescer

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imaginação, esse lugar sem local de onde brotam as ideias e surge a inovação crucial para o crescimento. O que seria do sere humano se não tivesse tido a capacidade de imaginar e criar. Se tivesse ficado apenas preso ao que já conhecia. Jamais teria evoluído. O mundo mudou. A globalização trouxe grandes oportunidades às empresas mas trouxe também grandes desafios. A concorrência cada vez maior obriga a uma constante afirmação no mercado, sendo a inovação um dos caminhos mais eficazes para a sua diferenciação. Para as empresas portuguesas essa é a palavra de ordem para chegar a novos mercados tão apetecidos, para crescer lá fora e ao mesmo tempo afirmar-se dentro das fronteiras nacionais Em mais uma edição da Revista Business Portugal apresentamos algumas empresas que são exemplos de dinamismo e capacidade de inovar.

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Mediação de obras e reparações iMo 24h A Imo24h é uma rede de obras e reparações, presente no mercado desde 2006. Uma marca do Grupo Onebiz é líder na prestação de serviços profissionais, focado na realização de obras, remodelações e reparações de qualquer natureza. Com a garantia de profissionalismo e otimização de custos, na seleção dos fornecedores e na prestação dos serviços, está presente em diversas áreas de negócio, nomeadamente nos serviços imobiliário, financeiro e comércio.

24 HORAS A CUIDAR DO SEU IMÓVEL

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lém de Portugal e Brasil, a internacionalização da Imo24h atualmente marca presença na Europa e nos PALOP, sendo estes os mercados em que o Grupo está a apostar com grande expetativa. Com garantia de toda a segurança e eficácia, e de forma gratuita a empresa Imo24h ostenta as melhores soluções para a execução de obras, seja qual for a sua natureza. A inovação é fundamental para o desenvolvimento das empresas, estando a investir muito nos pequenos serviços. Em entrevista à nossa revista, Paulo Trindade, administrador da empresa confessou que “o mercado nacional está um pouco ou nada organizado no segmento dos pequenos serviços, considerando essa atividade como o mudar de uma torneira ou a instalação de uma cabine de duche”. A Imo24h tem investido nesse setor estabelecendo parceria com algumas empresas, nomeadamente a Bricomarché, do Grupo Os Mosqueteiros, que comercializa produtos de bricolage e construção. Através desta parceria a empresa irá prestar serviços especializados em montagem e instalação dos variados artigos comercializados nas 35 lojas do grupo, percorrendo todo o território nacional. Um serviço

completo, profissional, com garantia de dois anos, com toda a qualidade e preços altamente competitivos em relação aos concorrentes. Outra parceria muito importante para a Imo24h foi protocolada com a Century21. Um acordo de parceria de âmbito nacional, que irá proporcionar aos seus clientes uma solução profissional, integrada em obras, reparações e certificações energéticas. Questionado qual a sua visão do mercado e das diversas dificuldades que atravessa o setor, Paulo Trindade afirma que “o mercado novo é um mercado que se encontra em velocidade lenta, enquanto o mercado de ocasião é um mercado que está atualmente muito interessante e em forte crescimento e evolução. Neste momento na Imo24h surgem muitos pedidos de remodelação. As pessoas estão a evoluir num sentido de remodelar uma habitação a seu gosto, conscientes de que é possível obter resultados fantásticos, representando um investimento pessoal muito forte”. O futuro é promissor, e a Imo24h pretende desse modo aumentar a rede de franchisados para acompanhar as parcerias existentes, e abrir novas parcerias no mercado com outros operadores de diferentes ramos. É assim desejado uma diversificação horizontal, com cada vez mais serviços dirigidos para o consumidor final.

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A comunhão entre o tradicional e o sofisticado Porto réccua vinhos sa Das idílicas paisagens do Douro, emergiu uma empresa que promete levar o vinho do Porto a portos nunca antes navegados. Alicerçada na qualidade dos seus produtos, a Porto RÉCCUA Vinhos SA personifica a comunhão entre o tradicional e o sofisticado. Para os mais jovens, terá chegado uma nova moda: Réccua Cocktails!

paulo osório Administrador

Como nasceu a Porto RÉCCUA Vinhos, S.A. e quais os seus fins? É uma empresa com origem nas Caves Vale do Rodo - uma cooperativa da Régua, Armamar e Tabuaço – e foi fundada o ano passado. Foi apoiada tanto pela cooperativa do Vale do Rodo como pelos seus associados, individualmente, e dentro dos ativos há a participação de 51% da cooperativa e de 49% dos seus associados e funcionários. No fundo é uma empresa que se vai dedicar às marcas renomadas da cooperativa: o Cabeça de Burro e a linha RÉCCUA. Contudo, já hoje, a capacidade de venda da Porto RÉCCUA ultrapassa a

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própria cooperativa, tornando-se necessário comprar vinho fora.

descurar o mercado nacional, onde temos crescido nos setores mais tradicionais.

Como tem sido a evolução da empresa desde a sua criação? Tem sido positiva. Como existe uma ligação muito forte às Caves Vale do Rodo, temos estado a trabalhar em conjunto e a ajudar a desenvolver os mercados, beneficiando deste esforço de partilha de clientes e mercados, os quais temos desenvolvido com propostas novas. Temos perspetivas muito interessantes de futuro e esperamos aumentar o peso das exportações sem

Em termos comerciais, como tem sido o seu desenvolvimento? Nós queremos desenvolver-nos cá em Portugal e no estrangeiro, com um foco especial nos pontos do mundo de crescimento mais rápido - os países emergentes -, onde já estamos com alguma força. Queremos reforçar o nosso crescimento em países como Brasil, Angola ou China, além de mantermos aquilo que temos na Europa e na América. Isto exige um esforço muito grande


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em termos comerciais e em termos da qualidade dos produtos. Estes últimos estão assentes em duas propostas fundamentais: os vinhos do Douro e os vinhos do Porto. Na marca RÉCCUA, com uma gama alargada de produtos, quer nos vinhos do Douro quer nos vinhos do Porto, diria que temos vinhos desde os 3 aos 30 euros, portanto não há razão para que as pessoas não possam comprar os nossos vinhos. Será uma empresa aberta a outros investidores? A Porto RÉCCUA Vinhos é uma empresa que se quer abrir a outros capitais. Tende a abrir o capital a outras empresas, a outras cooperativas e a outros investidores, nacionais ou estrangeiros. Então é uma empresa que se vai perfilar no mercado de maneira a captar investimento. Que tipo de produtos se distinguem na vossa oferta? Temos uma gama muito alargada de vinhos para todas as ocasiões. Também fazemos uma aposta grande nos Cocktails Réccua, que são produtos especialmente desenhados para fazer cocktails. A proposta é muito simples: junta-se gelo, Porto ou Moscatel Réccua, uma rodela de limão ou laranja, água tónica e uma folha de Hortelã. Depois é só desfrutar do Verão e da companhia dos amigos. Estamos interessados em desenvolver também este conceito em outros países como os Estados Unidos ou Brasil. Como tem sido a aceitação desse produto? A aceitação do novo produto tem sido fantástica, sobretudo junto dos consumidores finais. As pessoas que provam ficam muito surpreendidas com o conceito e dizem que os Cocktails Réccua são muito bons. Isso tem-nos acontecido não só em Portugal, mas por todo o mundo. As pessoas ficam maravilhadas com os cocktails e com a facilidade em consumi-los. Isso ajuda-nos a atrair novos consumidores, a criar novas atitudes de consumo para os nossos vinhos e a fidelizar as pessoas à nossa marca. Acreditamos que é possível abrir caminho para uma moda muito interessante, pois é divertido, fácil de comprar - não é caro -, pode ser encomendado diretamente por e-mail para entrega em casa e não faz mal à saúde.

De que forma têm os jovens aderido a esta oferta? Quem prova gosta! Uma das nossas propostas é ter várias cores, portanto, às vezes, as pessoas escolhem por causa da cor. Depois escolhem outra cor, para outro momento, e trocam experiências entre elas. Temos um produto que é naturalmente fácil de gostar. E é importante que os jovens adiram a isto, que não tenham “medo” de se afirmar desta forma, com uma bebida portuguesa e que sejam os primeiros a fazer moda. Qual é a posição do Cocktail no seio da empresa? Queremos que venha a ser um dos ex-libris da Porto Réccua Vinhos, a par da já conhecida marca Cabeça de Burro, que, para além do vinho do Douro branco e tinto, tem o espumante Cabeça de Burro, que está ligado a momentos de festa, celebração e a alguma sofisticação. É uma aposta nova e diferente; é um espumante do Douro com a qualidade “Cabeça de Burro”, muito apreciado por golfistas, gente do Ténis e da Moda. Quais as expectativas futuras da Porto RÉCCUA? A Porto RÉCCUA Vinhos também vai ter como especialidade a compra de vinhos. A nossa expectativa é de que iremos além daqueles que têm origem na cooperativa e, por conseguinte, vamos bater esse Douro todo de modo a conseguirmos contratos de fornecimento com gente muito boa. Nós gostávamos de criar um novo tipo de contrato de compra de vinhos e essa especialização também não existe tanto. Por termos origem numa cooperativa, gostaríamos de ter alguma propensão para fazer negócios com outras cooperativas. Contudo, sempre na perspetiva de que nós, antes da vindimas, possamos dizer quanto queremos e quanto pagamos. Assim teremos o produto exatamente como havia sido encomendado - o que é um bocadinho diferente do que acontece atualmente. Basicamente, a nossa ideia é ir para o mercado comprar vinhos por encomenda. Elevam-se os preços do vinho, mas, em compensação, compram-se vinhos de qualidade.

Que são os traços que caracterizam estes cocktails? Procuramos ter uma linha que fuja ao mercado tradicional. Somos a única empresa que tem 5 produtos, 5 cores, especificamente desenvolvidos para cocktail, além de termos desenvolvido o nosso próprio figurino de cocktail: temos um copo especial, largo e abundante, que se torna atrativo nas esplanadas, mas também nos eventos ao ar livre, como desportos náuticos e radicais, por exemplo. Temos essa vocação para criar uma linha que vá de encontro a um mercado que não temos, que o Vinho do Porto não tem. Dentro deste nosso leque de produtos, a fatia onde temos mais interesse em evoluir é, claramente, em Portos destinados à juventude.

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AIDA em missão empresarial Aida enquanto entidade socialmente responsável, procurando incutir no dia a dia empresarial a importância de interiorizar este conceito que, por ser intangível, nem sempre é devidamente valorizado.

elisabete rita Vice Presidente Executiva

Para que possamos contextualizar os nossos leitores, pedia-lhe que nos fizesse uma apresentação da Associação Industrial do Distrito de Aveiro (AIDA) e qual a sua principal missão e objetivos. A AIDA, à qual em 1991 foi concedido o estatuto de pessoa coletiva, é uma entidade sem fins lucrativos que visa, essencialmente, representar as empresas da região de Aveiro, aqui delimitada pelo distrito, abrangendo assim, em termos de representatividade, as NUT III do Entre Douro e Vouga e Baixo Vouga. Esse trabalho de representação e interlocução entre o tecido empresarial e demais agentes económicos no sentido de promover condições para o exercício da sua atividade, que constitui o cerne associativismo, passa no caso da AIDA por uma relação de estreita proximidade com os empresários e pelo incentivo à sua participação ativa na vida da associação. O conhecimento que a AIDA detém sobre as especificidades das empresas da região, em especial as dos vários setores da indústria, tem permitido à associação adequar e especializar os diversos serviços colocados ao serviço das empresas, adaptando a organização e equipa técnica aos diversos contextos económicos. E é essa especialização que se acredita diferenciar a AIDA das demais associações, razão pela qual se mantém a opção tomada pelos associados fundadores de, atendendo às características da sua área geográfica

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de abrangência, assumir um cariz industrial mult-isetorial O eixo de atuação nuclear da AIDA é, assim, a promoção das empresas do distrito enquanto motores do desenvolvimento económico. A missão da AIDA passa, desta forma, por proativamente identificar e satisfazer as necessidades de representação, apoio e acompanhamento técnico ao nível da criação, funcionamento e expansão das empresas, em especial as de micro, pequena e média dimensão que, dada a sua estrutura, serão aquelas que mais carecem deste tipo de suporte. Nesse sentido a AIDA, que se encontra certificada pela APCER no âmbito da Qualidade, está estruturada no sentido de, internamente ou através do estabelecimento de parcerias institucionais, dar resposta a todo o tipo de necessidade das empresas. Quando se dirigem à AIDA, as empresas encontram apoio técnico ao nível do processo de licenciamento industrial e da propriedade intelectual, eficiência energética, formação profissional, recursos humanos e aconselhamento jurídico, só para enumerar alguns exemplos. Outra área de forte especialização é a da internacionalização, sendo de salientar o facto de a AIDA ser uma das nove entidades nacionais, públicas e privadas a integrar a rede do Enterprise Europe Network A AIDA não esquece também que o desenvolvimento económico é indissociável do bem-estar de colaboradores e populações pelo que se assume

Contam já com mais de 25 anos de atividade. Como caracterizaria a evolução do tecido empresarial da região neste período de tempo? O tecido empresarial da região é composto por uma multiplicidade de sectores impulsionados, numa primeira fase, pelos recursos naturais disponíveis e pela localização geográfica. Pense-se, por exemplo, na cerâmica e nas atividades ligadas ao mar. Com as alterações verificadas, desde 1986, no contexto político-económico, caso da entrada na União Europeia e adoção do euro, as empresas da região tiveram de se adaptar e procurar novos mercados, para se manterem competitivas. Conceitos como Inovação e Investigação&Desenvolvimento são incontornáveis neste processo evolutivo e a esse nível as empresas da região têm sabido, desde logo, aproveitar a abertura que a Universidade de Aveiro, com a qual a AIDA tem um estreito relacionamento institucional, demonstra no sentido de transferir saber e promover competências. Para além dos setores tradicionais, tem vindo a crescer na região o setor das Tecnologias da Informação e empresas de nova geração. A diversidade de recursos naturais, juntamente com a excelente localização geográfica e o caráter empreendedor demonstrado pelos empresários da região são fatores que justificam os bons resultados económicos apresentados. A título de curiosidade digase que a região de Aveiro ocupa o segundo lugar do ranking nacional da atribuição de incentivos do QREN às empresas. Apesar de toda a vitalidade demonstrada, as empresas debatem-se com graves constrangimentos ao exercício da sua atividade que passam, designadamente, pela complexidade e instabilidade do sistema fiscal, pela rigidez da legislação laboral e morosidade do sistema judicial circunstâncias que, além de prejudicarem o seu desempenho, fazem com que Portugal não seja atractivo aos olhos dos investidores estrangeiros. E este é um cenário que urge inverter até porque convém não esquecer que o setor industrial é responsável, ao longo dos anos, por dois terços da empregabilidade da região, sendo o seu principal dinamizadora ao representar cerca de 48 por cento do total de volume de negócios e mais de 53 por cento do total de Valor Acrescentado Bruto. Por esse motivo pode afirmar-se que o papel da AIDA


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enquanto representante do tecido empresarial é hoje, tal como há 28 anos, fundamental para que este ganhe escala e poder negocial junto do poder político. A internacionalização continua a ser uma forma de evolução e crescimento para as empresas portuguesas. Neste sentido, que apoios dá a AIDA aos empresários aveirenses? A AIDA começou a trabalhar a área da internacionalização já em 1991, ano em que realizou a sua primeira Missão Empesarial, que teve Angola como destino. Por motivos que são sobejamente conhecidos, as empresas portuguesas estão a direcionar-se para mercados externos. Ora, uma boa prospeção de mercado é algo moroso e, acima de tudo, dispendioso. E é no sentido de minimizar estes obstáculos que a AIDA trabalha minuciosamente as acções relacionadas com a internacionalização. A abordagem de um novo mercado exige que se conheçam as preferências e cultura dos seus consumidores e será, naturalmente, facilitada caso exista um parceiro com conhecimento do mesmo. O que a AIDA faz é precisamente assumir-se como parceira das empresas que pretendem internacionalizase o que passa pela identificação dos mercados externos, definição e implementação de estratégias de abordagem, divulgação de oportunidades de negócio e potenciais clientes estrangeiros e dinamização de projetos de cooperação empresarial. A aposta no apoio à internacionalização tem sido, indubitavelmente, um dos maiores propósitos da Associação que, ao longo dos anos, tem vindo a realizar diversas ações direcionadas para as PME da Região, grande parte delas inseridas em projetos financiados, para as PME da sua região, caso do INTEXInternacionalizar e Exportar, que termina a 30 de Junho de 2015. Até ao momento foram já organizadas pela AIDA 65 missões empresariais a diversos mercados, tendo participado nas mesmas 743 empresas das quais mais de 71 por cento aumentaram as exportações para os mercados visitados e cerca de 46 por cento investiram directamente através de uma unidade industrial e/ou comercial. E esta é só uma pequena amostra do trabalho desenvolvido.

Neste ponto gostaria de frisar que os planos de ação desenvolvidos pela AIDA no âmbito da internacionalização têm subjacentes a realização de estudos sobre as potencialidades dos mercados selecionados e as manifestações de interesse das empresas auscultadas, sendo o objetivo último apoiar as PMEs da Região de Aveiro a aumentar as suas exportações, alargar a base exportadora da região e diversificar os mercados de destino. Essencial à competitividade das nossas empresas, e consequentemente ao sucesso dos seus processos de internacionalização, é aumentar a sua produtividade, apostando na qualidade e inovação enquanto factores diferenciadores. Para tal, a AIDA trabalha também tendo em vista apoiar a mudança dos processos de gestão empresarial, sensibilizando e incentivando as empresas a procurar formas de cooperação empresarial. Para 2014 e até junho de 2015, e numa lógica de continuidade do trabalho que tem vindo a ser efectuado, estão programadas, no âmbito do INTEX – Internacionalizar e Exportar, um conjunto de atividades, das quais se destacam as Missões Empresariais a mercados externos, ações coletivas de prospeção, reforço e consolidação, e as Missões Empresariais de importadores interessados nos produtos portugueses. Desde 1991 que a AIDA organiza missões empresariais a mercados selecionados de acordo com a manifestação de interesse declarada pelos seus associados. Estão a apostar agora nos mercados do Dubai e Quatar. Porquê? Os mercados de destino das missões empresariais são, efetivamente e conforme já referi, selecionados de acordo com as potencialidades comerciais que encerram, as quais são aferidas através da auscultação dos empresários e de estudos efetuados pela AIDA. Os países árabes constituem, presentemente, uma parte muito importante daquilo que se pode designar como

mercados prioritários e estratégicos para as empresas portuguesas. Efetivamente, os mercados Árabes oferecem um vasto conjunto de reais oportunidades de negócio a todos os patamares da atividade económica, dado que beneficiaram de um grande desenvolvimento na última década. O facto de estes mercados terem uma reduzida carga fiscal, um consumo crescente, potenciado pelos rendimentos resultantes do petróleo, estando geograficamente próximos de alguns dos estados mais ricos do mundo constituem vantagens irrefutáveis para quem quer investir no estrangeiro. Acresce que as mais recentes previsões económicas perspetivam excelentes oportunidades de negócio para os empresários portugueses dos mais variados setores de atividade. Refira-se que, apesar de presentemente a economia do Dubai ser amplamente baseada no comércio, a previsão do Governo para 2015, demonstrada no Plano Estratégico deste país, enfatiza a diversificação da economia assente num maior conhecimento e nos serviços como o principal objectivo estratégico, garantindo a posição deste país como líder do turismo, centro financeiro e de negócios, bem como interveniente imobiliário. Nesse sentido, foi anunciado o projeto de construir no Dubai, até 2030, o maior campo de energia solar a nível mundial, pretendendo o país receber a Exposição Mundial 2020. Já o Qatar, enquanto maior exportador mundial de gás natural e considerado pelo Banco Mundial o país mais rico do mundo em termos de PIB Per Capita, será o país organizador do Mundial de Futebol de 2022. Tudo isto permite-nos afirmar que existe um elevado e amplo espaço de oportunidades nestes países para o tecido empresarial português, cada vez mais reconhecido pela qualidade nos serviços que presta e

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aposta na tecnologia e inovação. Não esqueçamos contudo, que estes mercados são dos mais exigentes, em alguns casos, com um grau de sofisticação muito elevado. Nesse sentido, e no âmbito do projecto INTEX, a AIDA encontra-se a preparar um conjunto de actividades, nomeadamente uma missão empresarial para os mercados do Qatar e do Dubai, pretendendo-se aprofundar o relacionamento com estes países, tanto no plano das relações comerciais como no do investimento. Como acreditam que irá correr esta missão empresarial que terá lugar em novembro? Como antevêem a mesma? Atravessamos, atualmente uma enorme crise económico-financeira, mas os períodos de crise são igualmente conhecidos por serem períodos de oportunidades que não devem ser descuradas. A missão prevista para Novembro, irá ter como mais valia o facto de coincidir com a BIG 5 a maior feira internacional da realizar no Dubai, pelo que julgamos ser um valor acrescentado e uma oportunidades para a realização de negócios e estabelecimento de parcerias. Considerando as potencialidades que acima referi, e tendo em conta os contactos institucionais que a AIDA teve oportunidade de efetuar aquando da missão preparatória já efetuada ao Qatar e Dubai, estou convicta que esta Missão Empresarial será muito profícua, não só para as empresas participantes como para as restantes empresas nacionais que beneficiarão deste “desbravar de caminho”. O que têm os empresários portugueses a oferecer a estes mercados, especificamente os empresários da região de Aveiro? No âmbito da deslocação de prospeção, efetuada pela AIDA, aos mercados do Qatar e Dubai, tive oportunidade de reunir, para além da AICEP, com diversas entidades, nomeadamente com a Dubai FDI – Investment Support & Promotion Division, Dubai CHamber. Abu Dhabi Chamber of Commerce & Industry e Sharjad Chamber

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of Commerce & Industry, entre outras. Estas reuniões foram fundamentais para perceber, in loco, o funcionamento dos mercados e as oportunidades existentes para as empresas da nossa região que, de fato, são inúmeras. É importante relembrar que o distrito de Aveiro se caracteriza pela sua multisectorialidade, conjugando a a qualidade oferecida pelos sectores tradicionais com a das empresas de referência ao nível das novas tecnologias, sendo a inovação e qualidade do que se produz uma característica desta região. O Qatar e o Dubai encontram-se a efetuar elevados investimentos em infra-estruturas , inclusivamente redes viárias, ferroviárias e marítimas, e no setor das energias renováveis. As nossas empresas são capazes e estão aptas a oferecer produtos de qualidade nas mais diversas áreas de atividade, desde os materiais de construção, passando pelos setores da energia, tecnologias de informação, agroalimentar e turismo, entre outros. Acredita que este projeto terá força? Uma das premissas de atuação da AIDA consiste em acreditar em todos os projetos em que se envolve, pois só assim é possível contribuir de forma eficaz e eficiente para apoiar as empresas nas mais diversas áreas de atividade. Promover o crescimento da economia do distrito, criando riqueza, emprego e, simultaneamente, protegendo o ambiente, e dotar as empresas dos recursos necessários para apostarem numa estratégia de internacionalização competitiva, constitui um dos maiores desafios da associação. De forma a poder dar resposta às solicitações dos mercados externos, qualquer empresa tem que conseguir transformar, a ritmos cada vez mais acelerados, informação em conhecimento, conhecimento em decisão, decisão em ação e ação em inovação. O projeto INTEX – Internacionalizar e Exportar, aprovado ao abrigo do COMPETE – Programa Operacional Factores de Competitividade, assenta num conjunto de

ações complementares de apoio à internacionalização, devidamente estruturadas e articuladas com os interesses das PME aderentes. O projeto prevê a realização de missões empresariais a 11 países, incluindo a deslocação à região de Aveiro de importadores provenientes da Alemanha, China e Indonésia. O rigor tido na escolha dos mercados e na preparação de cada uma das ações que integra este projeto permite-nos acreditar no seu sucesso ou melhor dizendo no sucesso que terão as empresas participantes nas várias ações e que, certamente, se difundirá às demais empresas portuguesas cuja visibilidade aumentará. Que mensagem gostaria de deixar aqueles que têm algum receio de apostar nestes mercados? Às grandes recessões ocorridas no passado seguiramse mutações profundas na estrutura empresarial. A atual conjuntura possibilitou o germinar de novas oportunidades em mercados que não faziam parte do grupo tradicional de “clientes” das nossas empresas. O trabalho é desafiante e difícil, pois estamos perante dois dos mais exigentes mercados que conhecemos: no serviço, na exclusividade e na qualidade. A entrada no mercado terá de ser feita com uma atitude competitiva, orientada e rigorosa. Porém, as empresas não devem ter “medo” de apostar em mercados novos e emergentes. Devem sim, efetuar uma boa prospecção de mercado no sentido de ficar a conhecer as especificidades do mesmo e adequar a sua oferta. Para o efeito é essencial o recurso a entidades que, como a AIDA, possuam know how e recursos humanos qualificados que apoiem a implementação dos projectos de internacionalização empresarial. È importante, também, que se inverta a cultura individualista e se opte mais por formas de cooperação empresarial que permitem ganhos de escala e facilitam a entrada nos mercados externos.


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Um benefício significativo para o ambiente valorpneu Fundada com o objetivo de organizar e gerir o sistema de recolha e o destino final de pneus usados, a empresa Valorpneu trabalha diretamente com cerca de 49 pontos de recolha, distribuídos por todo o território nacional e nas regiões autónomas, para o armazenamento temporário dos pneus em fim de vida.

destino final adequado dos resíduos de pneus que são gerados em Portugal. Também é sua missão a comunicação e sensibilização de boas práticas em matéria ambiental relativa aos pneus, assim como promover a investigação e desenvolvimento de novos métodos para o tratamento dos pneus usados e de novas soluções de aplicação. O que faz, no fundo, a Valorpneu? A Valorpneu organiza e gere uma rede de 49 operadores de recolha que se distribuem de norte a sul do país, incluindo as regiões autónomas e que se constituem como locais de entrega e armazenagem temporária dos pneus quando estes chegam ao fim de vida. A Valorpneu contratualiza igualmente com destinos finais que procedem ao tratamento dos pneus bem como, com transportadores que efetuam o transporte desde os pontos de recolha até esses destinos. Semanalmente a Valorpneu, através de um sistema informático que é transversal a todos os operadores da rede, dá instruções para o encaminhamento de cargas de pneus dos locais de recolha para os diferentes destinos finais. As operações efetuadas no fluxo assentam num conjunto de normas e procedimentos previamente definidos pela Valorpneu e a avaliação de desempenho dos operadores é seguida através de um sistema de indicadores de qualidade. Que utilidades pode ter um pneu usado? O pneu usado pode ser reutilizado, recauchutado, reciclado e também valorizado energeticamente. Desde 2003, ano de início do sistema, que já foram recolhidos e enviados para estes destinos 1 milhão de toneladas de pneus usados.

climénia silva Diretora Geral

Como nasce a Valorpneu e qual o objectivo inerente à sua criação? A Valorpneu nasce em 2002 para dar resposta ao DL 111/2001, de 6 de Abril, que estabelece as normas para a gestão dos pneus quando chegam ao final de vida. É uma sociedade de direito privado, mas sem fins lucrativos. Este decreto-lei determina a responsabilidade de quem fabrica ou introduz pneus no mercado nacional, pelo seu tratamento adequado quando se transformam

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em resíduo. A Valorpneu é a sociedade para a qual essas entidades transferem a sua responsabilidade mediante o pagamento de uma prestação financeira. Qual considera ser a principal missão desta sociedade? A missão principal da Valorpneu é a gestão e organização do fluxo específico dos pneus usados, ou seja, a recolha, o transporte e o encaminhamento para

Peço-lhe agora que nos explique de que modo são utlizados os pneus usados em cada uma das categorias anteriormente nomeadas, ou seja, reutilização, recauchutagem, reciclagem e valorização energética. O pneu usado pode ser reutilizado para o mesmo fim para o qual foi concebido, no caso de apresentar condições técnicas e de segurança para voltar a circular, ou reutilizado para fins diversos como por exemplo nas


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barreiras de proteção de autódromos e kartódromos. Por sua vez, a recauchutagem dá uma nova vida ao pneu. É um processo industrial que procede à reconstrução do pneu através da colocação de um novo piso ou de um novo piso e das paredes laterais. Este processo requer que a carcaça (designação que se dá ao esqueleto do pneu) ainda se encontre em boas condições técnicas, pelo que previamente ao processo de recauchutagem existe uma inspeção rigorosa do pneu. Pela reciclagem os pneus são transformados nos materiais que os constituem: a borracha, o aço e o têxtil. O granulado de borracha obtido é utilizado nos pavimentos de parques infantis e recintos desportivos, nos campos de relva sintética, na indústria de artefactos de borracha e de isolamentos, nas misturas betuminosas com borracha para pavimentação rodoviária, entre outras utilizações. Os pneus são também aproveitados energeticamente, dado o seu elevado poder calorifico. Por exemplo, a indústria cimenteira utiliza com benefício o pneu quer inteiro, quer fragmentado como combustível alternativo. Quem tem a obrigatoriedade de entregar à Valorpneu os pneus usados? Os distribuidores são obrigados a receber dos seus clientes os pneus usados na mesma quantidade e tipologia dos pneus novos vendidos, devendo entregalos nos locais adequados. Em que locais deve ser feita essa entrega? Os locais para a entrega dos pneus são os pontos de

recolha, que são operadores licenciados para o efeito e que os armazenam temporariamente. Qualquer detentor de pneus usados, desde que se identifique, poderá descarregar pneus nos pontos de recolha da rede Valorpneu sem qualquer custo pelo depósito. A rede de pontos de recolha poderá ser consultada no site da Valorpneu (www.valorpneu.pt). A população em geral já tem a percepção de que este tipo de material deve seguir para um reaproveitamento em prol do ambiente? Já notam essa preocupação? A Valorpneu tem investido periodicamente na comunicação e sensibilização, através dos mass media, com campanhas na TV, rádio e imprensa e ainda publica uma newsletter quadrimestral com distribuição de 3.000 exemplares. Tem também organizado e participado em inúmeros eventos, a rede de operadores encontra-se sinalizada uniformemente e o site da Valorpneu disponibiliza imensa informação útil. Tudo isto, justamente para dar conhecimento da sua atividade e para sensibilizar o público em matéria ambiental relativa aos pneus usados. Por exemplo, a campanha deste ano veio dar a conhecer que a atividade do sistema gerido pela Valorpneu trouxe um benefício muito significativo, não só ambiental, mas também económico e social. Efetivamente, por tonelada de pneu gerido foram evitadas cerca de 1,5 toneladas CO2 eq o que corresponde, se considerada a quantidade total valorizada desde 2003, às emissões de 589.000 automóveis a circular sem parar durante

um ano, e foi igualmente evitado o consumo de 48,8 GJ de energia. Não há dúvida que desde o início do sistema e até agora se verificou uma enorme evolução na mentalidade e nos comportamentos das pessoas e das empresas nestas matérias, no entanto há ainda quem não percecione ou queira respeitar as vantagens do correto encaminhamento e tratamento dos pneus em fim de vida. Se tal não acontece, o que deve mudar? Para além de se continuar a apostar em ações de sensibilização, a inspeção tem um papel fundamental. Hoje não existe nenhuma razão para que os pneus em fim de vida não sejam encaminhados e tratados corretamente. Lamentavelmente ainda existem situações que, por comodismo, desenvolvimento de atividades de forma marginal à economia e desrespeito pelos outros e pelo ambiente, tal não sucede. Estas situações devem ser denunciadas em prol do bem estar comum. Por onde passa o futuro da Valorpneu? A Valorpneu gere um fluxo cujo sistema já se encontra consolidado e com resultados acima dos objetivos legalmente estabelecidos, nomeadamente quanto à recolha e reciclagem dos pneus. Tem sido inclusive um case study de referência internacional. Há no entanto que continuar a garantir a sustentabilidade do sistema, o que passa sobretudo pela investigação e pelo desenvolvimento de novos produtos que incorporem materiais resultantes da reciclagem de pneus.

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Educação Bilingue como Benefício para o Desenvolvimento do Pensamento Criativo e Global da Criança Queen elizabeth’s school Duas culturas, duas bandeiras, dois hinos e muita interação de forma a que cada criança fale tão bem português como inglês, respeitando as diferenças culturais e históricas de Portugal e do Reino Unido, a aliança mais antiga do mundo.

conceição oliveira martins Diretora

M

argareth Denise Eillen Lester, de nacionalidade britânica, fundou a Queen Elizabeth’s School em novembro de 1935 e instituiu uma fundação privada com o seu nome em fevereiro de 1965 para dar continuidade à sua obra depois do seu desaparecimento. Denise Lester foi condecorada e homenageada pelo seu trabalho na área da educação pelo Rei Jorge VI e Rainha Isabel II e pelo Presidente da República Portuguesa, Américo Tomás. O anterior Presidente da República de Portugal, Jorge Sampaio foi aluno deste estabelecimento de ensino. A doença degenerativa do foro circulatório de que Denise Lester padecia desde muito jovem, nunca a impediu de levar a sua escola por diante, tendo a Queen Elizabeth’s School começado com três alunos, crescido para os 300 alunos quando Denise Lester ainda era viva, e atualmente para perto dos 400 alunos. Maria da Conceição de Oliveira Martins é membro da Direção Colegial da Queen Elizabeth’s School e eleita

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desde abril de 2013 como presidente do Conselho de Administração da Fundação Denise Lester. Nas suas mãos está a continuidade da obra iniciada pela fundadora desta escola, falecida em 18 de julho de 1982, e mantida pelo anterior presidente do Conselho de Administração, Joaquim Pedro de Oliveira Martins, que desde o desaparecimento de Denise Lester ficou à frente do destino da Fundação Denise Lester e da Queen Elizabeth’s School até 8 de dezembro de 2011, data em que sofreu um fatal acidente de viação. Conceição Oliveira Martins, conheceu Denise Lester como antiga aluna, e também na qualidade de filha de um dos primeiros antigos alunos desta escola e anterior presidente do Conselho de Administração da Fundação que superintende esta superiormente, vê como uma missão honrosa e de grande responsabilidade prosseguir o trabalho levado a cabo por ambos, ao longo dos 78 anos de existênca desta escola. A fundadora sempre afirmou que alunos, antigos alunos,

professores, colaboradores e encarregados de educação desta instituição de ensino deveriam fazer parte de uma grande família denominada Queen Elizabeth’s School e os laços nela criados permanecer pela vida fora. Segundo Maria da Conceição de Oliveira Martins a maioria dos antigos alunos guardam muito boas recordações desta escola, sendo muitos dos alunos filhos e netos de antigos alunos, bem como alguns dos professores antigos alunos também, constituindo este facto um motivo de orgulho. A educação é primordial e por isso Maria da Conceição de Oliveira Martins tem dois grandes projetos para o próximo ano: a abertura do berçário com lotação para quatro bebés, uma sala heterogénea de creche dos 12 aos 36 meses, com lotação para dezasseis crianças e a implementação de um currículo bilingue, portuguêsinglês, fazendo uso de uma nova abordagem no ensino de línguas estrageiras no âmbito da Aprendizagem Integrada de Línguas e Conteúdos (AILC) / Content Language Integrated Learning (CLIL). “O ideal é mesmo fazerem a aprendizagem de duas línguas em simultâneo em idade precoce, a materna e uma segunda língua, esta em contexto idêntico ao da língua mãe”, afirma a diretora. “Até porque os pais fazem muito gosto em que os irmãos mais novos frequentem a mesma escola dos filhos mais velhos que estão no pré-escolar ou no 1º ciclo do ensino básico, os bebés vão passar assim a ser os mais novos alunos da Queen Elizabeth’s School, já durante o próximo ano letivo”. A Queen Elizabeth’s School é um estabelecimento de ensino com a valência de berçário, creche, educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, como tal os alunos iniciam desde tenra idade a aprendizagem de uma segunda língua de uma forma muito intuitiva e natural em contexto bilingue, sendo que a abertura do berçário vem dar mais consistência à implementação do currículo integrado bilingue. “Há estudos na área das neurociências e também da linguística que provam que as crianças que iniciam a aprendizagem de uma segunda e terceira língua precocemente, têm um desempenho melhor em termos cognitivos do que as crianças monolíngues porquanto estas últimas apresentam melhores resultados no que diz respeito à obtenção de informação factual e memorização por terem um domínio maior da língua, mas em contrapartida têm


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piores resultados no que respeita à busca de informação relevante porque os alunos bilingues e trilingues habituam-se a desenvolver níveis de atenção mais elevados para descodificar a segunda e terceira língua, e como tal têm melhor desempenho em tarefas mais complexas que exigem uma maior flexibilidade mental, e permitam aplicar o seu saber a novas realidades”, afirma a diretora, citando o estudo de um professor Universitário Emérito da Universidade de Bruxelas, perito em Linguística, consultor da Comissão Europeia em educação bilingue, Hugo Baetens-Beardsmore. A Queen Elizabeth’s School é designada desde 2013 como Cambridge Internacional School e Cambridge Primary School do Programa Internacional de Educação da Universidade de Cambridge. Esta não é a única certificação sendo que é também membro do Instituto Britânico no Programa de Parceria de Exames “Addvantage”, Centro de Exames do Trinity College London desde 2010. Os alunos são avaliados por examinadores externos. Maria da Conceição de Oliveira Martins considera muito importante que os alunos se habituem a expressar as suas opiniões e comunicar com outras pessoas que não apenas os seus professores, com quem já se encontram familiarizados, é essencial que sejam preparados desde cedo a enfrentar novos desafios. Neste ano letivo foi feito um exame de artes performativas pelo Trinity College London, “Trinity Stars – Stage I e Stage III”, exame este que foi realizado em Portugal pela primeira vez nesta escola, tendo sido implementado há um ano atrás pela primeira vez em Itália. Este exame de artes performativas consiste na elaboração da sinopse, de um guião, construção dos cenários, caracterização das personagens e apresentação de uma peça de teatro ou musical em inglês que faça uso de vocabulário e funções linguísticas adequadas ao grupo etário dos alunos. A Queen Elizabeth’s School desde sempre dá muito valor às áreas das expressões, sendo que a expressão dramática e musical à semelhança do que se passa nas escolas inglesas, são utilizadas como um instrumento de excelência na aprendizagem de línguas estrangeiras e no desenvolvimento do pensamento criativo e global, assim como proporcionam uma melhor integração e bem-estar da criança em contexto escolar. Ao longo do ano letivo são realizadas muitas atividades, estando muitas vezes presentes antigos alunos. Algumas dessas atividades fazem parte da cultura desta escola e desde sempre são incutidas nos alunos porque são tradições britânicas, tais como: o “Guy Fawkes”, “Remembrance Day”, “Christmas Carols”, “St George’s Day”, “Sports Day” e nos últimos anos o “Halloween”; bem como a realização do “Nativity Play”, uma peça de Natal escrita pela Fundadora em Inglês, que é apresentada nessa língua pelos alunos do 4º ano aos encarregados de educação, uma vez que Denise Lester era muito católica. A Queen Elizabeth’s School é uma escola católica e prepara os seus alunos, com o auxílio do Senhor Prior da paróquia de S. João de Brito, para os Sacramentos da Iniciação da Vida Cristã - Batismo, Confirmação e Primeira Eucaristia. Contudo outras confissões religiosas

são respeitadas e os alunos que não professam a religião católica têm o prazer de assistir à celebração da Primeira Comunhão dos colegas, se assim o pretenderem, atendendo a que a educação para os valores é parte integrante do projeto educativo desta escola. A Queen Elizabeth’s School é uma escola inglesa para crianças portuguesas para quem os pais ou encarregados de educação desejem uma educação inglesa coextensiva com a educação portuguesa, procurando esta acompanhar os programas de ensino vigentes nas escolas britânicas. No próximo ano letivo as disciplinas de matemática e ciências serão lecionadas em inglês e avaliadas pelos “Cambridge Primary Progression Tests” e pelos “Cambridge Primary Checkpoint” do Programa Educativo Internacional Primário da Universidade de Cambridge. A par desta avaliação continuarão a ser realizados os exames de Inglês como segunda língua da Universidade de Cambridge - “Young Learners English Tests” (Startes, Movers e Flyers) - sendo estes reconhecidos pelo Programa Educativo Internacional Primário da Universidade de Cambridge; e os exames do Trinity College London - “Integrated Skills in English” (ISE 0); correspondendo ambos estes exames internacionais aos níveis A1 e A2 do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas do Conselho da Europa (QECR); assim como as provas nacionais portuguesas de Língua Portuguesa e Matemática. Já fora do currículo há ainda uma vasta possibilidade de clubes a frequentar caso os pais dos alunos pretendam, e com uma frequência elevada encontramse os de Inglês onde os alunos podem pôr em prática os conhecimentos nesta segunda língua através da construção de um portfólio de trabalhos. Para além deste são possíveis atividades como: ballet, música onde podem ser aprendidos instrumentos (piano, flauta, guitarra e canto coral), natação, karaté, futebol e ténis; atividades estas que contam com professores com excelentes feitos nas suas áreas, como é o caso da

mestre de Karaté Sofia Oliveira, responsável pelo Clube de Karaté do Queen Elizabeth’s School e professora desta modalidade no referido Clube, que se sagrou campeã Mundial da modalidade em kata (técnica), no 20 de Outubro de 2013, na Dinamarca, em representação do Sport Lisboa e Benfica. Os antigos alunos podem continuar a realizar os exames subsequentes de Inglês da Universidade de Cambridge (First Certificate in English, Cambridge Advanced in English) e Trinity College London (ISE I, II, III), frequentando os clubes de Inglês para antigos alunos com vista à obtenção dos níveis B1, B2 e C1 do QECR. Os alunos finalistas do 4º ano fazem uma viagem a Londres no final do ano letivo com a duração de uma semana, organizada por uma “English Summer School” acreditada pelo British Council, para tomarem contacto com a cultura inglesa. A Queen Elizabeth’s School privilegia a formação de base, seguindo o currículo oficial do ensino português, dando aos seus alunos “asas para que possam voar”, apostando na internacionalização do seu currículo com a implementação no próximo ano letivo do Programa Internacional de Educação da Universidade de Cambridge, sendo uma mais valia e um fator de diferenciação para esta escola que vai passar a integrar um currículo considerado de excelência a nível internacional em complementariedade com o currículo nacional. A fundadora deixou em testamento os valores e ideais de humanismo cristão que gostava de ver postos em prática, sendo que a diretora faz o seu trabalho sempre com um grande empenho e entusiasmo, de forma a que os desejos de Denise Lester sejam cumpridos, o que presupõe uma abordagem holística e uma pedagogia de desenvolvimento integrado e global da criança, respeitando a sua individualidade, realização pessoal e sucesso escolar.

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Qualidade, inovação e funcionalidade 100% portuguesa Fccmat - fernando calado & couto, lda A FCCmat é uma empresa familiar que nasceu no final dos anos 60 fruto da vontade, do querer e do saber de Fernando Calado.

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om uma forte aposta na qualidade e durabilidade dos seus produtos a empresa tem-se mantido como empresa de referência no mercado nacional. Com o objetivo de proporcionar soluções eficientes e eficazes aos seus clientes. Numa lógica de “cada tapete é um tapete” a empresa é agora gerida por Filipa Calado, filha dos fundadores, que desde 2008 tem sabido manter a aposta na inovação no design e na qualidade, que sempre foram bandeiras desta empresa. Falamos de uma empresa 100% portuguesa. Como é que nasce a FCCmat? A Fernando Calado & Couto, Lda é uma empresa portuguesa especializada no fabrico, conceção e comercialização de tapetes de entrada, que nasceu pelas mãos dos meus pais que está presente no mercado desde 1968. O meu pai era uma pessoa muito empreendedora e com vontade de fazer coisas diferentes, mas também muito metódica e organizada, que trabalhou em várias multinacionais e de onde foi também buscar uma organização exímia. Hoje, apesar de sermos uma micro empresa, somos muito bem estruturados, mantendo os pressupostos iniciais de investir no design e inovação, temos várias patentes e modelos registados, nossa propriedade, e alguns dos nossos fornecedores nacionais e também colaboradores e clientes, mantém-se desde o início, assim não só temos capital humano e tecnologia nacional como trabalhamos com outras empresas que, por sua vez, também o têm. Desta forma ajudamos, à nossa escala, a impulsionar a economia nacional e afirmamo-nos como empresa 100 por cento portuguesa. Qual a principal missão e propósito da empresa? A principal missão da empresa passa por contribuir com qualidade, inovação, eficiência, estética, e rápida

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capacidade de resposta na produção de tapetes funcionais para as entradas de todo o tipo de edifícios. A inovação, criação e aperfeiçoamento permanente de novos modelos tem sido e continuará a ser o nosso objetivo principal, onde cada produto é elaborado com elevados níveis de exigência e qualidade. Quais as características que identificaria como diferenciadoras da FCCmat? Para além da forte aposta na qualidade e na inovação, a durabilidade e funcionalidade dos nossos tapetes é algo fundamental. Fabricamos tapetes desde 1968, temos muita experiência neste campo e um conhecimento profundo das necessidades do cliente, ou seja, sabemos muito bem aconselhar quando nos transmitem as características da entrada em questão. Mais do que maximizarmos o valor da venda, tentamos sempre perceber de que forma podemos melhor ir ao encontro das necessidades reais da entrada a que o cliente se refere. Em termos de resposta ao cliente, somos rápidos e cumprimos sempre os prazos estabelecidos. E quando nos surge um pedido diferente, com outras características, é para nós um desafio a que procuramos responder com a mesma eficácia e eficiência a que os nossos clientes já se habituaram. Relativamente à gama de produtos de que dispõem, o que tem para oferecer aos clientes? Oferecemos quase tudo em termos de tapetes de entrada e também estamos abertos a propostas com que os clientes por vezes nos confrontam, tentando integrar dentro das possibilidades do nosso fabrico, alguns pormenores de diferenciação que nos são solicitados numa lógica de produção virada para as necessidades dos clientes. De base fabricamos tapetes de alumínio resistente combinado com PVC,

borracha, têxteis ou escovas e comercializamos uma série de outros tapetes de entrada como cairos, vinis e alcatifas personalizadas. Os nossos tapetes adaptam-se facilmente a edifícios de arquitetura contemporânea e também histórica e a nossa gama é tão alargada que temos tapetes de entrada adequados para todas as entradas sejam edifícios públicos ou privados, moradias ou condomínios de habitação, escritórios, lojas de rua, centros comerciais, entre outros. Por onde passa o futuro da empresa? A minha chegada trouxe um novo olhar e uma nova abordagem para a empresa, que se reflete numa aposta séria no design, inovação e personalização dos nossos produtos e também da comunicação com o exterior. Temos feito melhoramentos nas instalações, na produção e eficiência do fabrico, sempre com vista a aumentar a eficiência e rapidez de produção, bem como, a qualidade de alguns produtos em que começamos a observar lacunas que puderam agora ser resolvidas. A exportação faz também parte do futuro da empresa, por sermos pequenos, apesar de termos alguns clientes diretos na Europa e África, a exportação faz-se essencialmente por via de clientes no seu processo de internacionalização, julgo que a aposta na qualidade e na eficiência, é um fator diferenciador que consolida os clientes antigos e ajuda a criar novas relações comerciais dentro e fora de fronteiras. O facto de ser uma empresa familiar faz com que haja uma forte identificação com os princípios originais da empresa. Há também uma responsabilidade no sentido de manter e melhorar o resultado do esforço que os meus familiares fizeram. Esta mesma responsabilidade e identidade faz com que não haja dúvidas na opção pela qualidade e seriedade do nosso trabalho. Por aqui é o caminho da FCCmat.



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ortugal somos todos nós. Portugal é cada um de nós. ‘Portugal Sou Eu’. Uma iniciativa do programa do Ministério da Economia que tem como principal objetivo a valorização da oferta nacional. Um projeto que visa o crescimento económico, e destaca a importância socioeconómica do consumo de produtos com relevante contributo para a economia e para a criação de emprego. Este programa através de um vasto conjunto de iniciativas procura melhorar a competitividade do país, e contribuir para o equilíbrio sustentado da balança comercial. No fundo pretende reforçar o desenvolvimento das empresas portuguesas, através da valorização da oferta nacional, assente numa estratégia coletiva inovadora e diferenciada. Com o objetivo de aumentar a produção nacional, dinamizar o mercado interno e colaborar em estabelecer condições para aumentar o número de empresas com novos mercados, com grande enfoque no mercado internacional. Até ao momento já aderiram cerca de 200 empresas, e mais de 1.400 produtos, enquanto outros aguardam certificação. É importante consciencializar as pessoas da importância de escolher produtos nacionais, cientes de que estarão a fazer uma escolha com qualidade e autenticidade. O sucesso da iniciativa está a ser assegurado por um órgão operacional composto pela AEP, AIP, CAP e liderado pelo IAPMEI. É importante consciencializar as pessoas e informar o setor empresarial de que qualquer empresa ou instituição pode associar-se à iniciativa Portugal Sou Eu. Neste número damos a conhecer o trabalho da NERVIR que se caracteriza como uma associação multissectorial, que representa as empresas e empresários de todos os setores de atividade, localizados no distrito de Vila Real. A edição de julho conta também com a Veiga Alimentar, empresa de fabrico e distribuição de produtos alimentares e com a empresa Ervas Finas produtora em modo biológico de ervas aromáticas, flores comestíveis, legumes bebé e micro, que aderiram ao programa por intermédio da NERVIR.

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O braço direito dos empresários Nervir A NERVIR caracteriza-se como uma associação multi-setorial de base regional e, por esse facto, representa as empresas e empresários de todos os setores de atividade localizados no distrito de Vila Real, ou cujas atividades possam estar de algum modo relacionadas. A propósito do programa Portugal Sou Eu, conversámos com Luís Tão, presidente da direção da associação.

luís tão Presidente da Direção

Este ano a NERVIR comemora 25 anos ao serviço das empresas do distrito de Vila Real. Que balanço faz do trabalho realizado pela instituição e, atualmente, quais os principais desafios com que se deparam? A minha primeira função na NERVIR foi como vogal. Cumpro atualmente o meu primeiro mandato como presidente da direção. Contudo, a minha ligação à NERVIR surge como empresário e devo dizer que beneficiei muito da formação que a NERVIR me proporcionou enquanto empresário. O empresário, licenciado ou não, não é uma pessoa que domine todas as áreas, ou seja os recursos humanos, a contabilidade, entre outras, pelo que a formação é sempre uma mais-

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valia para a sua carreira. Temos, então, uma associação que nos presta este tipo de serviço, que considero ser de um valor inestimável e de uma mais-valia enorme para os empresários. Disponibilizamos ainda um advogado que esclarece as diversas dúvidas que vão surgindo aos empresários, em que setor for. Nesta perspetiva, sempre vi a NERVIR como um complemento às empresas, uma espécie de braço direito dos empresários da nossa região. Nos últimos 25 anos tudo foi evoluindo e a NERVIR foi acompanhando as empresas, ajudandoas no seu próprio desenvolvimento e crescimento, de modo a que estas nunca perdessem o rumo. Que caracterização faz do tecido económico do

distrito de Vila Real? Aqui encontramos essencialmente micro-empresas, ou seja, empresas que recebem até cinco trabalhadores, e estas instituições representam 98 por cento do tecido empresarial da nossa região. Como o resto do país, vivemos ancorados no mercado da construção, muito fruto de sermos uma cidade universitária que foi crescendo e consigo foi aumentando a necessidade de construir habitações para os estudantes oriundos de outras cidades. Com esta crise, o mercado da construção caiu, as empresas de construção e tudo o que vivia à sua volta, sejam canalizadores, eletricistas e até a restauração (com a falta de trabalhadores das obras) sentiram essa queda. Estamos essencialmente


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focados no mercado nacional, temos poucas empresas exportadoras e daí a nossa agonia em não percebermos como é poderemos dar a volta à situação, uma vez que o mercado nacional vem a perder poder de compra diariamente. É desta forma que consigo caracterizar o nosso tecido económico… em agonia, pensando apenas na sobrevivência, sem pensar sequer em planificações e sem verem grandes perspetivas. Mas tendo em vista a inversão desta realidade, a

NERVIR é um dos parceiros de apoio às empresas que pretendam aderir ao programa ‘Portugal Sou Eu’. Que registo faz da adesão dos empresários da região a este selo e quais os motivos adjacentes a esta aposta? Penso que o programa, mesmo a nível nacional, até ao momento não teve grande adesão, infelizmente. Considero-o um programa inteligente, que apela ao coração dos portugueses e tem tudo para ser um programa de excelência, com sucesso e temo que

não alcance o êxito que deveria ter e que as empresas que produzem nacional mereciam também. Falta aos portugueses perceberem que envolverem-se neste projeto, através da aquisição destes produtos, todos saímos a ganhar, e isso é uma realidade sem qualquer exagero. Se nós puséssemos o empenho que colocamos na seleção de futebol no programa ‘Portugal Sou Eu’, este seria um sucesso a nível mundial e acredito que este é o único caminho que temos para desenvolver e fazer crescer o mercado nacional. Não temos outro.

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Um projeto de vida e um regresso às origens Veigalimentar Luís Veiga tinha apenas 12 anos quando deixou Trás-os-Montes para ir trabalhar para a capital. Mas há 24 anos foi chegada a hora de regressar às origens. O desejo de encontrar um novo desafio onde ajudasse a sua terra a combater o flagelo da desertificação foi o mote ideal. E assim nasce a Veigalimentar, uma empresa ‘Portugal Sou Eu’.

equipa da veigalimentar

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epois de 30 anos na restauração, foi chegada a hora de agarrar um novo desafio, com uma única certeza: “esse desafio tinha que passar por Trás-os-Montes”. E porquê, questiona o leitor: “Fui para Lisboa muito novo, tinha apenas 12 anos, e senti a necessidade de combater a desertificação sentida na minha terra”. De que forma? Escoando o produto de excelência da região, a batata. “E foi assim que regressei às origens, até porque, para mim, este projeto não faria sentido em qualquer outra região do país”, diz, com orgulho Luís Veiga. Não foi tarefa fácil, “até porque nunca soube como fazer batatas fritas de pacote!”, revela, “mas sempre soube que o nosso produto era de excelente qualidade e que, além disso, Trás-os-Montes é visto como uma marca de excelência, principalmente no que diz respeito à gastronomia”. A produzir cerca de quatro toneladas de batata bruta por dia, atualmente a empresa garante 11 postos de trabalho na área de produção e mais dois elementos na equipa comercial. Luís Veiga diz carregar consigo o sentimento de dever cumprido. “Foi e continua a ser difícil porque todos os dias procuramos conseguir novos clientes e continuar a agradar e manter fiéis os que já

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temos em carteira”. Por aqui, nada é deixado ao acaso e a qualidade é uma das preocupações mais fortes do nosso interlocutor. Desde as batatas aos óleos, tudo é pensado. “Fazemos análises rigorosas à batata crua por causa dos pesticidas, avaliamos a água onde os produtos são lavados e o controlo do óleo é muito, muito rigoroso”, explica Luís Veiga. Mais de 30 por cento da produção da Veigalimentar já está destinada a exportação para países como Angola, Inglaterra, França e Espanha. Os maiores consumidores da batata frita Barrosã são a cidade do Porto, Paris, seguidas por Lisboa. “No que diz respeito à batata frita caseira, nós somos líderes no Grande Porto, pelo canal Horeca, da área de hotelaria”, afirma com orgulho o nosso interlocutor, que ainda nos confidencia que para implementar o seu produto na cidade Invicta contou com uma vantagem muito curiosa: grande parte das pessoas que estão à frente das casas de restauração do Porto são transmontanas, pelo que a aceitação em experimentarem e comercializarem um produto proveniente das suas origens tornou-se mais fácil. “Encontrei uma porta meia aberta nestes casos, e não totalmente fechada”.

Portugal Sou Eu Conheceu o programa ‘Portugal Sou Eu’ através de Luís Tão, presidente da NERVIR, e de imediato, acedeu. “Penso que há cada vez mais uma sensibilidade das pessoas de consumirem aquilo que é nosso e penso que esta é uma forma de mostrar que este produto é português, incentivando também, por isso, ao consumo do mesmo”. Luís Veiga diz notar que a camada mais jovem está mais aberta a esta consciencialização de que consumir português é benéfico para todos, uma vez que “ajuda a economia nacional, ajuda as empresas portuguesas a sobreviverem e, regra geral, ‘português’ é sinónimo de qualidade, pelo que o consumidor está também a ganhar”. O nosso interlocutor vai mais além, afirmando que este é um problema cultural e que obriga a intervenção de todos para que deixamos de pensar que os produtos estrangeiros são superiores aos portugueses, “porque não o são. Cabe às entidades competentes dar condições às empresas portuguesas para criarem produtos de excelência e ajudarem a moldar consciências com programas como o ‘Portugal Sou Eu’. Acredito que estamos no bom caminho. Temos é que acreditar”, finaliza.



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ERVAS FINAS, SEGREDOS QUE SE COMEM Ervas finas É o slogan da empresa criada em janeiro de 2006 em Fonteita, uma aldeia rural perto de Vila Real. A fundadora e diretora da empresa Ervas Finas, Graça Saraiva, recebe-nos ao sabor de uma infusão de rosinhas e gerânios, pão de Mirandela e geleia de amores-perfeitos.

Que género de plantas têm no jardim? ‘O jardim que se come’ tem cerca de 250 espécies e utilizamos tudo: desde a raiz à semente passando pelas folhas e flores. Os nossos clientes apreciam o produto e a sua qualidade; e a consultoria, que ensina a utilizar cada erva em cada proposta. A cozinha também é um laboratório? Este projeto só faz sentido com a nossa cozinha/ laboratório em pleno campo, uma vez que é importante desenvolver a aplicabilidade dos produtos novos, partilhar o conhecimento e nestes processos utilizar as nossas ervas e flores fresquíssimos, acabados de colher.

graça saraiva Diretora

Como descreve o seu percurso até chegar à Ervas Finas? O meu percurso é diversificado. Sou licenciada em Engenharia Zooténica, estagiei em Tecnologia Alimentar e estudei Arquitetura Paisagista, sem nunca perder a paixão pela natureza e pelas ervas. A Ervas Finas surgiu como um projeto da minha paixão tripartida: a natureza, a gastronomia e a arte. Como surgiu o nome Ervas Finas? O nome Ervas Finas surgiu da expressão francesa Fines Herbes, que agrupa quatro ervas aromáticas de aroma e sabor delicados. O nome é a tradução dessa expressão, mas fizemos questão de registar a empresa como Ervas Finas de Trás-os-Montes para realçar a origem e porque, para nós, não são apenas essas quatro ervas. Como é composta a equipa? Somos três pessoas, mas deveríamos ser mais. A parte dos recursos humanos é muito complexa, porque quem vem precisa de aprender muitos pormenores e ser muito dedicado. Todos os dias há coisas novas a aprender, pela diversidade de plantas, de atividades e ideias a desenvolver.

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Já tem uma panóplia vasta de produtos. Quer falar-nos das novas criações? Temos vários produtos alimentares em ensaio, e dentro destes existem alguns fantásticos que estão já a ser comercializados no canal da hotelaria e restauração e brevemente num mercado um pouco mais abrangente. Como é feita a representação da Ervas Finas? Em termos de produto trabalhamos essencialmente com hotéis, restaurantes, empresas de catering e escolas de hotelaria. Em termos de consultoria trabalhamos com empresas de turismo, instituições e particulares, quer na Ervas Finas, quer em ações pedagógicas externas. Quais as atividades que oferece aos seus clientes, a quem vos visita? Este espaço é polivalente. Recebe grupos para formação quer no campo, sensibilizando para o modo biológico de produção e para a biodiversidade com interesse alimentar, quer na cozinha, ensinando a cozinhar com essa biodiversidade, realçando a utilização de ervas e flores e formas saudáveis de confeção de alimentos. Como ocorreu a adesão da Ervas Finas ao projeto ‘Portugal Sou Eu’? Ocorreu porque me identifico com dois aspetos que estão inerentes à marca: pelo orgulho em ser portuguesa e valorizar o trabalho em parceria. A Ervas Finas já chegou ao mercado estrangeiro? Sim, já chegou com alguns produtos preservados e pela participação em eventos internacionais. Neste caso,

quando vamos para fora fazemo-lo sempre em parceria, com chefes de cozinha. Que projetos pretende vir a desenvolver? Quero muito ter uma linha de infusões especiais e de condimentos, uma espécie de jardim preservado em caixinhas. Da procura de embalagens 100 por cento naturais, com características especiais, resultou a parceria com a Papel D`Ouro, que conheci no projeto ‘Portugal Sou Eu’. O resultado desta parceria será apresentado ainda este mês de julho. Que mensagem gostaria de deixar? Portugal é um retângulo único, com uma enorme diversidade por quilómetro quadrado, que nos permite fazer coisas únicas no mundo! Só temos que acreditar, materializar e caracterizar o que fazemos. Faz sentido fazermos coisas simples, valorizá-las e vendê-las com muito mimo, e nisso os portugueses são muito bons!



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artigo de opinião

Riscos para o investimento de um novo agravamento fiscal Redigido por João Rafael Koehler, Presidente da ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários

Concluído formalmente o programa de ajustamento negociado com a troika e conhecidas as decisões do Tribunal Constitucional (TC) sobre o Orçamento do Estado para 2014, é com preocupação que muitos portugueses olham para o impasse em que se encontra o país e temem que os sacrifícios a que famílias e empresas foram sujeitas nos últimos três anos possam, agora, não ter o retorno merecido. Ora o Portugal do futuro não pode ser condicionado pelo Portugal do passado, sob pena de se condenar o país a uma perpétua estagnação económica. As notícias que dão conta de um possível agravamento fiscal para compensar os cortes na despesa recusados pelo TC só nos podem deixar apreensivos, considerando os entraves ao relançamento do investimento e à recuperação do mercado interno que a subida de impostos irá certamente colocar. Como sabemos, o relançamento do investimento depende muito da estabilidade e previsibilidade do sistema fiscal. Ora, num momento de recuperação económica como o atual, é importante gerar confiança nas empresas e nas famílias com uma tributação competitiva, justa, constante e expectável. Há sinais inequívocos de recuperação da economia portuguesa. Vários setores vivem hoje um momento

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histórico em termos de competitividade internacional e capacidade exportadora, como é caso dos têxteis, do calçado, do agroalimentar, do mobiliário ou do turismo. Por outro lado, as contas públicas portuguesas prosseguem o seu processo de consolidação, fator essencial para garantir o acesso do país aos mercados financeiros e para que o nosso crescimento económico seja mais sustentável. Verifica-se ainda que o saldo da balança corrente e de capital permanece positivo, o que significa que também na frente externa há indícios de um ajustamento estrutural. Mas o ritmo de crescimento do país vai depender, em larga medida, da evolução do investimento. Para que a economia cresça sustentadamente, é necessário que aumente o investimento em setores de bens transacionáveis e que estes setores aprofundem os seus níveis de internacionalização. Com mais investimento, afigura-se possível a consolidação da rota de crescimento das exportações portuguesas, agora já não pela sobreutilização da capacidade instalada das empresas ou pelo esmagamento de preços e margens de lucro. Simultaneamente, o aumento do investimento teria reflexos positivos na produção industrial e promoveria a substituição de importações por bens e serviços

nacionais. Também não nos podemos esquecer que as empresas portuguesas mergulharam na crise excessivamente endividadas, com baixo retorno dos ativos e baixa cobertura dos custos financeiros. Tanto assim que as dívidas das empresas pesam 154 por cento no PIB. Neste cenário, a recuperação do investimento é necessariamente mais lenta e complexa. Importa, pois, encontrar mecanismos para facilitar a reestruturação da dívida das empresas, como aliás tem sido defendido pela troika. Por fim, a promoção do investimento exige a criação de um ecossistema mais favorável ao empreendedorismo jovem de base tecnológica, científica e criativa. Embora sejam de saudar as recentes medidas de desagravamento fiscal das startups, há ainda que criar mecanismos de financiamento para pequenos investimentos, eliminar procedimentos burocráticos sobre a atividade empreendedora e sobre os processos de licenciamento de novos negócios, proporcionar programas de mentoring para jovens empreendedores e aprofundar o relacionamento entre o tecido empresarial e as universidades, centros de inovação e institutos de investigação.




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