JANSSEN PORTUGAL
dezembro 2018 Revista Business Portugal | 3
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4 | Revista Business Portugal dezembro 2018
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‘Ser diferente para ser insubstituível’’
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Travessa de São Paulo, nº57 - sala 7 | 4430-535 VN Gaia | suigeneris@suigeneris.com.pt | 91 356 65 76 | 91 279 59 94 | 22 784 95 89
ÍNDICE
EDITORIAL
Dezembro 2018
128
CAXAMAR QUALIDADE E EXCELÊNCIA
11
89
16 SPAUTORES Pela proteção dos direitos de autor
90 SOL PRIME Uma Escolha de Excelência e Máxima Discrição
PORTUGAL CRIATIVO
24 CLIMEX Climex Robotics
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GRUAS 76 TRANSGRUA Há 45 anos a operar no universo das gruas 86 MACHRENT Eficiência, produtividade, compromisso e rendibilidade
IMOBILIÁRIAS DE LUXO
92 INS GROUP Portugal: um bom investimento imobiliário
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SANTARÉM GENTE QUE FAZ BEM 98 IQV AGRO PORTUGAL SA “Assegurar a sustentabilidade e o respeito pelo meio ambiente”
A edição de dezembro já cá está! Cheia de novidades, temas de interesse e atuais como, aliás, temos vindo a habituá-lo desde o nosso número um! Nesta nova edição que antecede as festas, trazemos um especial sobre a saúde, onde pode conhecer o que de mais avançado existe nas áreas da saúde oral, da visão e também da diabetes. São questões que preocupam os portugueses diariamente e, por isso mesmo, são tema de reflexão obrigatória para a Revista Business Portugal. Mas nem só de saúde se faz a edição de dezembo. Se continua à procura das empresas mais inovadoras e empreendedoras de Portugal, procurou a publicação certa! ‘Portugal Criativo – inova e empreende’ continua a merecer destaque, edição após edição, mês após mês pois, felizmente, são vários os exemplos que merecem aqui figurar e serem dados a conhecer aos nossos leitores. A problemática da legislação das gruas em solo português torna a ser mote na nossa revista, assim como as regiões do Algarve e Santarém, que se repetem nas nossas páginas. Também a CPLP e a Embaixada da Guiné Equatorial marcam aqui presença. Conheça estas e muitas outras reportagens na Revista Business Portugal de dezembro. Boas leituras
FICHA TÉCNICA Propriedade: Guidetarget, Lda Diretor: Fernando Silva Direção Editorial: Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt) Direção Gráfica: Vanessa Martins (vanessa.martins@revistabusinessportugal.pt) Corpo Redatorial: Ana Miguel Lopes, Laura Azevedo, Sara Oliveira, Tânia Pacheco, Teresa Mata Outros Colaboradores: Ana Sofia Coelho, Joana Bárbara, Marta Caeiro, Patrícia Aguiar Secretariado: Paula Assunção (paula@revistabusinessportugal.pt) Direção Comercial: José Moreira Dep. Comercial: António Matos, Fernando Lopes, Isabel Brandão, José Luís Basto, Luís Pinto, Manuel Fernando, Manuela Nogueira, Rui Moreira (geral@revistabusinessportugal.pt) Redação e Publicidade: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 9ºandar, sala 9.4 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 Distribuição: Distribuição gratuita com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Periodicidade: Mensal dezembro 2018
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DESTAQUES 6 CA VIDA Proximidade e confiança, caminho para o sucesso
SEGURADORAS
8 ABARCA SEGUROS O despertar do setor Contratar um seguro é uma maneira de proteger um património, um bem. Da necessidade de segurança surge o seguro. Incertezas e riscos do quotidiano serão amenizados através do compromisso entre si e a sua seguradora. São várias as opções de seguro hoje em dia: automóvel, residencial, vida, acidentes pessoais, entre outros. Mediante o pagamento de uma quantia estipulada, a companhia compromete-se a indemnizar o cliente. O seguro pesa no orçamento, mas é, sem dúvida, a melhor forma de garantir a manutenção do património. Na realidade, o mercado de seguros está repleto de opções que importa conhecer para que possa tirar proveito deles. Constituir um seguro é usar de previdência. É ser cauteloso. O custo associado é sempre inferior ao custo de um sinistro o que possibilita conforto e segurança já que, apesar dos ricos e acidentes, com o seguro certo estará protegido das consequências. “Assegurar” é definido pelo dicionário de língua portuguesa como o acto de “tornar infalível, seguro; garantir”. Actualmente é fundamental procurar formas de preservar os seus bens, para isso, nada será melhor que a actuação exímia de uma boa seguradora. Nesta edição, a revista Business Portugal sugere-lhe algumas!
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CA VIDA
PROXIMIDADE E CONFIANÇA, CAMINHO PARA O SUCESSO Com 20 anos de experiência no mercado segurador, a CA Vida nasce para complementar o Grupo CA no desenvolvimento do negócio da banca de seguros. A Revista Business Portugal esteve à conversa com António Castanho, presidente do Conselho de Administração Executivo da CA Vida, que nos apresentou o contexto onde está inserida a seguradora, os seus valores e a estratégia.
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CA Vida é uma das maiores seguradoras do mercado nacional. Evoluiu, cresceu e mudou, sem deixar os valores de proximidade, confiança e simplicidade. Desde 1998, que a atuação do Grupo CA centra-se no customer experience, o que conduziu ao investimento direcionado para o desenvolvimento de produtos, na qualidade do serviço prestado e na proximidade com os clientes. Os valores e a cultura do Grupo Crédito Agrícola fazem da CA Vida uma Seguradora Vida feita de pessoas para pessoas. A CA Vida nasceu para responder eficientemente às necessidades de proteção dos clientes do Grupo Crédito Agrícola atualmente, com mais de 1.6 milhões de clientes e associados. O canal de distribuição está assente exclusivamente na rede de retalho do Crédito Agrícola, com forte abrangência nacional e concentração nas zonas menos urbanas. Garantem que, conjuntamente com as 663 agências bancárias, conquistam os clientes Crédito Agrícola, contando atualmente com cerca de 230 mil, distribuídos pelos seguros vida, seguros de capitalização e fundos de pensões. Os seguros respondem aos imprevistos e porque a CA Vida partilha desta visão, assume-se perante os clientes como protetores das suas famílias. No nosso dia-a-dia, estamos sujeitos a demasiados imprevistos. É, por isso, que os seguros de vida são fundamentais na vida dos portugueses: foram concebidos para
proteger o futuro e garantir que perante um drama de perda de um elemento familiar, as famílias conseguem responder às suas responsabilidades financeiras, manter e assegurar o nível de vida, garantir a educação e o futuro dos seus filhos. Desta forma, a CA Vida responde com produtos diferenciadores como por exemplo: o seguro de vida CA Mulher que perante o diagnóstico de uma doença oncológica feminina (cancro da mama ou ginecológico), indemnizam a cliente em 100% do capital escolhido, para que possa, no momento em mais necessita, aceder aos tratamentos mais convenientes ou simplesmente melhorar o seu bem-estar. A seguradora tem, naturalmente, produtos que se ajustam às diversas modalidades de crédito concedidas, mas também produtos pensados para a família, em que para além das coberturas de morte e invalidez, dispõe também de proteção em situações de internamento, intervenção cirúrgica e doenças graves. De forma sucinta, oferecem soluções completas, em que o cliente tem a total flexibilidade na escolha das coberturas que mais se ajustam ao seu perfil de vida e de preocupações. Para além do segmento particulares, onde se centra a maioria da carteira de clientes, a CA Vida dispõe também de soluções para o tecido empresarial aos vários níveis: grandes, médias e pequenas empresas. Naturalmente, pelo mercado onde o Grupo Crédito Agrícola atua, o segmento das pequenas e médias empresas é o que se mais destaca. A atividade da CA Vida compreende ainda os seguros de capitalização e a comercialização de fundos de pensões.
Prémio líder de Satisfação do Cliente, pelo 2º ano consecutivo A CA Vida foi reconhecida pelos clientes, pelo
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CA VIDA
António Castanho, presidente do Conselho de Administração Executivo
2º ano consecutivo no Ramo Vida, como Empresa Líder no Índice Nacional de Satisfação do cliente no European Consumer Satisfaction (ECSI) Portugal 2018. António Castanho refere que “este é um prémio que traduz a mudança estrutural dos últimos 5 anos. Simplificar, ver o ponto de vista de quem faz o negócio, com o mínimo de interações possíveis com o cliente, procurando responder rapidamente e sem complicações.” O Presidente do Conselho de Administração da CA Vida realça ainda que “no processo beneficiamos de uma ajuda essencial e o prémio é destas pessoas, as que estão nas caixas agrícolas, nas agências, no atendimento ao cliente. Estes são os principais vencedores, nós acabamos por estar na retaguarda, criando condições para que os nossos colaboradores nas agências possam tratar dos temas de forma clara e célebre, sem eles não era possível.” Expectante, acredita que “a expressividade da CA Vida aumente significativamente, tanto no sector segurador como no seio do Grupo Crédito Agrícola, no qual ainda existe uma grande margem de crescimento, principalmente no segmento empresas e nas novas gerações. Prevê-se que nos próximos anos, o grupo reforce a sua carteira
de clientes ao nível empresarial, a qual tem apoiado e incentivado o desenvolvimento do empreendedorismo no Portugal mais rural. Como também se perspectiva, um rejuvenescimento da carteira, com um aumento significativo das gerações Z e millenials, as quais valorizam cada vez mais a solidez, a proximidade, confiança e credibilidade das instituições com as quais interagem,” refere António Castanho.
O trilho para o futuro A revolução tecnológica na atividade seguradora está a mudar a interação entre clientes e seguradoras, prevendo-se profundas alterações a médio prazo. Seja na contratação dos seguros, na gestão dos sinistros ou na aplicação das poupanças, as seguradoras num futuro próximo vão estar mais interativas com os clientes, tudo há distância de um click. O CEO indica que “o grande investimento das seguradoras direcciona-se cada vez mais para a prevenção do risco e não para a proteção pós-sinistro. Os seguros atuais tendem a ser substituídos por outros mais próximos do comportamento e estilo de vida de cada cliente. Apoiadas pelos smartphones, pelas redes sociais e pelo IoT seremos
capazes de apresentar aos nossos clientes seguros cada vez mais personalizados.” A seguradora do futuro irá apresentar seguros à medida, a desmaterialização e a automatização irão conduzir à redefinição dos canais de distribuição. “Seremos o que hoje se entende como digitais e iremos proporcionar aos nossos clientes uma experiência omnichannel. Ou seja, estaremos onde o cliente necessitar, de forma personalizada, próxima e humana. No mercado em que a CA Vida atua a humanização e o contacto pessoal é fundamental, e nesse sentido estamos conscientes dos limites que temos que ter presentes para evitar excessos na robotização na relação com os clientes”, conta António Castanho.
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ABARCA SEGUROS
O DESPERTAR DO SETOR A Revista Business Portugal entrevistou Fernando Morales, CEO, por forma a ficar a conhecer a Abarca Seguros e como esta empresa se distingue no mercado.
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omo e quando nasceu a Abarca Seguros? Por que razão se estabeleceram em Portugal? A ideia de criar a Companhia em Portugal surgiu já há mais de cinco anos. O nosso ambiente de trabalho era Ibérico, e Portugal era um país bastante atrativo para o mercado de seguro de caução, para além de estar totalmente adaptado ao regime de Solvência II, com o qual não seriam exigidos esforços adicionais após a criação da Companhia, uma vez que a mesma nasceria já adaptada a este Regime. Este terá sido um dos principais motivos. Quais são as principais diferenças entre os mercados, nomeadamente, o espanhol e português? A dimensão das operações é geralmente maior no mercado espanhol, o que é lógico devido ao tamanho dos projetos, para além das empresas espanholas estarem mais habituadas a disponibilizar informação, o que é comum no seu dia-a-dia. As empresas portuguesas ainda têm alguma relutância em fornecer informações e atualizá-las durante a vigência da Garantia. Desde a entrada da Abarca no mercado português que se assiste a um despertar deste setor, embora aceitemos que tal não é devido apenas ao mérito da Abarca, admitimos que tivemos muito a ver
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Fernando Morales, ceo
com esse facto. O mercado português de seguro de caução está a crescer nos últimos anos a um ritmo excelente, e isso graças ao trabalho ‘didático’ das Seguradoras na sensibilização do seguro de caução relativamente às garantias bancárias. O volume de prémios brutos emitidos de Seguro de Caução no mercado português era, há três anos, de 2.5 milhões de euros, agora é cerca de oito milhões. Embora não seja um mercado de 60 milhões como o espanhol, é provavelmente um mercado que pode chegar aos 20 milhões de euros, pelo que é nossa convicção que há ainda caminho para crescer neste setor. Por outro lado, a Administração Pública em Espanha está mais habituada a lidar com seguros de caução, aceitando substituí-los por outros seguros de caução, ou garantias bancárias, etc. Dependendo das circunstâncias do momento, as empresas trocam os certificados de diferentes companhias ou até mesmo garantias bancárias por seguros de caução ou depósitos em dinheiro. Na Administração Pública Portuguesa, em geral, não é muito usual substituir garantias durante a vida das mesmas. Elas são entregues aquando do seu pedido inicial, permanecendo até ao fim. Que perfil de pessoas emprega a companhia? Temos pessoas com larga experiência no setor segurador e com grande entusiasmo. Quando contratamos, não procuramos um
ABARCA SEGUROS
protótipo de pessoa, procuramos uma atitude, um desejo de encarar novos projetos e desafios. Temos jovens, mas igualmente temos pessoas que poderiam já estar aposentadas, segundo critérios administrativos, mas o seu desejo e entusiasmo permitem-nos contar com elas. É claro que a formação e a experiência são importantes e são levados em conta, mas reitero que isso não é tudo para trabalhar num projeto como o nosso. Como descreveria a sua carteira de clientes? Temos empresas de todos os setores e de todas as dimensões, desde empresas de construção, de serviços, entre outras. Muitas delas utilizando pela primeira vez o seguro de caução. Que balanço faz destes anos de atividade? O balanço é muito positivo, a nossa mensagem tem subjacente a existência de uma forma diferente de fazer as coisas, respeitando a mais pura ortodoxia do setor, mas dando também um pouco de “ar fresco” a este ramo de seguro, que vem há décadas fazendo as mesmas coisas, e da mesma maneira. Inicialmente, quando se tenta passar esta mensagem, a resposta é de alguma desconfiança, perante um setor muito conservador como este, mas quando se discute o seu racional, fala-se sobre novos nichos de mercado, novos subprodutos e retira-se os complexos que existiam perante a Banca, creio que a mensagem é entendida no setor.
Em ambos os países verifica-se uma legislação pouco específica para este tipo de seguro. Acreditamos que este seguro é técnico e especializado o suficiente para que lhe seja dedicada uma legislação especial e diferenciada da que é dedicada aos restantes ramos de seguro. Essa falta de regulamentação específica significa que muitas vezes os modelos que são utilizados para o seguro de caução são uma cópia perfeita dos modelos utilizados para as garantias bancárias, o que causa muitos problemas, já que são produtos distintos, e a forma pela qual os riscos deste tipo de garantias são subscritas pelas companhias de seguros é totalmente diferente da dos bancos.
“Dependendo das circunstâncias do momento, as empresas trocam os certificados de diferentes companhias ou até mesmo garantias bancárias por seguros de caução ou depósitos em dinheiro.”
A Abarca está também em Itália. Como está a correr a operação? Temos autorização para operar na Itália há alguns meses e quisemos estar em Itália porque é um dos mercados mais importantes do mundo no âmbito do seguro de caução, com mais de 600 milhões de euros em prémios brutos emitidos. Porém, o nosso entusiasmo não nos impede de ver a realidade e a atual a situação que se vive em Itália, com certas mudanças políticas e legislativas, talvez não seja o momento ideal para iniciar as operações. É verdade que apostamos neste mercado, mas resolvemos fazê-lo pouco a pouco, de forma mais soft, estudando quais os setores de atividade a quem apresentaremos as nossas garantias e qual o perfil das empresas. Acima de tudo, a nossa ideia é dar apoio e ajuda às empresas portuguesas e espanholas com presença naquele país, e que pretendem realizar operações neste mercado. A legislação dos países em que estão presentes, é favorável ao exercício da companhia?
Quais são as vossas expectativas de crescimento? Gostaríamos de continuar a crescer de forma sustentada, mantendo um relacionamento de longo prazo com nossos clientes, mas sem cometer erros na subscrição dos riscos, ou seja, a nossa prioridade não assenta no crescimento pelo incremento na emissão de prémios de seguro, pois reconhecemos que esta lógica poderia por consequência aumentar os nossos custos com sinistros. De facto, a nossa taxa de rejeição é muito elevada, porque procuramos riscos controlados e bem estudados, embora para isso tenhamos que sacrificar a nossa produção e o volume de prémios emitidos.
Quais os principais desafios para a Abarca? Consolidarmo-nos como líder no mercado português e ser uma referência nos mercados em que operamos, Espanha, e em breve em Itália, mas quem sabe, talvez também em algum momento noutros países da U.E.
Pretendem avançar para outros mercados? Quais? O ambiente natural em que Abarca deve crescer é a UE, e não descartamos essa possibilidade ao longo do tempo, embora seja verdade que temos excelentes relações com companhias sediadas em toda a América Latina, o que nos permite encontrar soluções para empresas portuguesas e espanholas com presença nesses mercados. Temos igualmente boas relações com seguradoras que operam neste sector em países como Angola, Cabo Verde, etc. Presentemente, vamos focar a nossa atividade nos mercados
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ABARCA SEGUROS
em que estamos presentes, não afastando nunca a possibilidade de procurarmos uma solução através dos nossos parceiros, sempre que algum cliente nos solicite apoio nesses países. Quais são os principais desafios das seguradoras de caução? O principal desafio é poder competir numa base de igualdade com as entidades financeiras. Devemos remover o complexo, e das empresas também, para que este tipo de operações só possam ser realizadas pelos bancos, porque agora existem outras alternativas, igualmente boas, e legalmente autorizadas. Atrevo-me a antecipar uma colaboração muito próxima entre os bancos e as seguradoras em determinados projetos de grande dimensão, em que podem as duas instituições “andar de mãos dadas”. O que significa para a companhia o rating de B+ Stable atribuído pela agência de rating norte americana A.M. Best Company? Isso significa um grande sucesso. Uma seguradora que com menos de dois anos de vida no mercado alcança este rating seria impensável para muitos. Mas mais do que o rating, o que mais nos orgulha é que a atribuição do mesmo teve por base, para além da solvência, o grau de profissionalismo que foi atribuído à equipa de gestão da Abarca. Entendemos que a nossa Companhia sem os seus colaboradores não seria o que é, são as pessoas que dão valor a uma empresa como a nossa e sem elas a Abarca nunca teria chegado aqui.
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Por onde passa o futuro da Abarca Seguros? Fazendo um pouco de adivinho, creio que o futuro da Abarca passa pela inovação. Acredito firmemente que este fator deva existir. Se quisermos ser competitivos, temos de trazer coisas diferentes, novas formas de ver o mercado, novas maneiras de subscrever riscos e, em especial, detetar novos nichos de negócios e produtos, onde antes ninguém imaginava. Não estou a dizer que isso é fácil, mas acredito firmemente que é possível e que daqui a alguns anos seremos reconhecidos por este trabalho de inovação. Tentamos alterar o estado atual do mercado de seguro de caução, queremos mudar o “status quo” no que se refere ao equilíbrio entre as Entidades Financeiras e as Companhias de Seguros. Queremos que quando os clientes se dirigem à Abarca procurem uma maneira diferente de fazer as coisas. É claro que assumimos que existem produtos e setores que têm pouco espaço para inovação, e aí também queremos estar, porque também gostamos dos projetos fáceis, mas queremos que, quando as empresas estejam perante um projeto fora do comum, pensem imediatamente na Abarca. Isso não significa que façamos milagres, o que não poderá acontecer, mas pelo menos estudaremos se esse milagre é possível. Estamos conscientes de que a nossa forma de estar no mercado não parecerá adequada para todos, mas temos pessoas que acreditam fortemente nesta linha de atuação e, por outro lado, temos detratores, mas é algo com o qual temos que nos habituar a viver, tentando superar os desafios da melhor maneira possível.
PORTUGAL CRIATIVO
“Portugal está na moda!”: eis uma afirmação que o leitor, com certeza, já ouviu pelo menos uma vez. De facto, o nosso país tem corrido as bocas do mundo pelas melhores razões: segurança, empreendedorismo, inovação, beleza, património, qualidade de vida, criatividade, entre muitas outras. Portugal tem um dos melhores sistemas de saúde da Europa. É acessível aos menos afortunados, tem profissionais muito bem qualificados e infraestruturas para corresponder às necessidades do exercício da profissão. Não é uma área sem as suas dificuldades, mas há casos que superaram os obstáculos e o leitor pode encontrá-los nas páginas seguintes. São as várias as temáticas que aqui abordamos, mas todas elas são exemplos de empreendedorismo e inovação. No fundo, exemplo de um Portugal criativo, de um país no seu melhor. Os portugueses têm tendência de se subestimarem e, por vezes, só se lembram dos seus próprios feitos quando são reconhecidos por alguma entidade ou personalidade estrangeira. A Revista Business Portugal vem tentar contrariar essa predisposição e valorizar o que de bom e melhor Portugal tem.
DESTAQUES 12 LUSOSMILE Do oeste para portugal 16 SPAUTORES Pela proteção dos direitos de autor 17 J. PEREIRA DA CRUZ O direito de autor na evolução do mundo digital 18 TRANSNAUTICA GLOBAL LOGISTICS Evoluir e inovar 20 A MATOS CAR Mais de 30 anos de qualidade e proximidade no ramo automóvel 22 JFSC Canalizar forças para bem servir 23 RED OCEAN O seu parceiro digital 24 CLIMEX Climex Robotics
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LUSOSMILE
DO OESTE PARA PORTUGAL
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José Almeida
• Curso de cirurgia avançada sobre implantes: manipulação de tecidos moles e duros - UIC Barcelona • Curso de Fillers de Ácido Hialurónico Lisboa • Curso de Mesoterapia e Peeling - Lisboa • Curso de Toxina Botulínica- Lisboa • Curso de Carga Imediata – Técnica ‘open flap’ e cirurgia guiada, Lisboa • Curso de Cirurgia Avançada aplicada à Implantologia – enxertos e distrações ósseas, Braga • Curso de Implantologia Avançada Lisboa • Pós-Graduação em Ortodontia pela Gnathos - Lisboa • Curso de Dissecação Anatómica e Técnicas de Enxertos em Espécimes Humanos Faculdade de Medicina de Viena, Áustria • Curso Prático de Cirurgia Oral Básica Lisboa • Curso de Implantologia na Clínica Maló • Curso de Dentisteria Estética e Restauradora ‘Só Técnicas Estéticas’ - Porto • Licenciatura em Medicina Dentária pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa (FCSUFP)
CLÍNICA LUSOSMILE - CALDAS DA RAINHA Praça da República 92 2500-798 Caldas da Rainha E-mail: caldasdarainha@lusosmile.pt Tel:+351 262 840 090 12 | Revista Business Portugal dezembro 2018
omeço por lhe perguntar sobre o que o atraiu a aceitar integrar este projeto de Renato Sousa da Silva, a LusoSmile Medicina Dentária? Bom, para lhe responder a essa pergunta temos de voltar um pouco no tempo. Eu e o Renato somos amigos já desde o tempo em que estudávamos no secundário. Crescemos juntos e entretanto partimos para formações distintas, eu em Medicina Dentária e ele na área de Gestão e Marketing. Entretanto voltamo-nos a cruzar numa clínica de medicina dentária, já exercendo as funções de gestor e médico dentista. Rapidamente surgiu a vontade da abertura de um projeto profissional em conjunto. Em 2011 aconteceu finalmente, com uma clínica dentária multidisciplinar localizada na ‘Praça da Fruta’, centro da cidade das Caldas da Rainha, na altura ligada a um marca como uma clínica franchisada. Há cerca de um ano decidimos tornar-nos independentes, para ter uma maior liberdade de escolha nas políticas e gestão da clínica, surgindo assim a primeira unidade do grupo LusoSmile Medicina Dentária nesta cidade que tanto nos apoiou, razão pela qual se tornou o coração deste projeto. Após quase oito anos de uma sociedade com uma ótima relação em comum, na qual sempre partilhámos os mesmos princípios, objetivos e ideais, foi fácil para mim perceber, confiar e partilhar a visão que o Renato tem para o projeto LusoSmile Medicina Dentária. Sempre me cativou a sua abordagem honesta, de qualidade e justa, quer para o paciente como para a equipe residente. Estou confiante de estar perante um projeto com uma visão progressiva e com os princípios basilares sólidos e certos. O que distingue esta rede de clínicas dentárias das demais existentes no mercado? Todas as clínicas da LusoSmile Medicina Dentária têm como partner um médico dentista, logo têm uma visão clínica muito presente, sendo o foco o paciente e a qualidade de tratamento e serviço. Na faculdade tive uma disciplina que se chamava diagnóstico e planeamento. Com ela aprendemos a fazer um correto diagnóstico e a delinear o melhor plano de tratamento possível para o paciente, assente em três princípios: Saúde, Função e
Estética. Para isso estruturamos uma sequência de consultas, que vão desde o diagnóstico, o primeiro tratamento, passam pela resolução dos problemas existentes e a programação de consultas regulares de higiene e prevenção de problemas futuros. É com base nisto que surgiu a LusoSmile Medicina Dentária, para melhor servir o paciente, que fica informado logo na primeira consulta do seu estado de saúde oral, plano de tratamento e manutenção. Enquanto médico dentista não acredito no tratamento ‘dente a dente’, mas sim em encarar a saúde oral como um todo. Qual o processo que decorre desde a primeira visita do paciente até à fase final do seu tratamento? Na primeira vez que o paciente entra numa clínica LusoSmile é feito um diagnóstico, baseado num exame oral com o apoio de meios auxiliares de diagnóstico. Com a ajuda do paciente, no que respeita às expectativas pessoais, elaboramos um plano de tratamento. Com este plano é explicado ao paciente o tipo de consultas e a duração de todo o processo até à sua conclusão. Após este processo são marcadas consultas de Higiene Oral e revisão para assegurar a manutenção destes três pontos de que falei anteriormente: Saúde, Função e Estética. Como prevê o futuro do grupo? Com uma gestão consciente e séria, com uma evolução ponderada e rodeado de profissionais qualificados, é fácil acreditar que o futuro da LusoSmile Medicina Dentária será risonho. Quando os princípios certos estão presentes em qualquer projeto, o seu futuro será sempre bem sucedido.
LUSOSMILE
Sorrir é uma forma de estar.Sorrir é sentir que todas as portas se abrem.A LusoSmile encontra,diariamente,métodos inovadores para colocar um sorriso no rosto dos portugueses.Conheça,através dos seus parceiros,a verdadeira essência e paixão da LusoSmile Medicina Dentária.
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Gonçalo Macedo
• Curso de cirurgia avançada sobre implantes: manipulação de tecidos moles e duros - UIC Barcelona • Curso de Overlays, Técnicas de Cimentação e CAD/CAM - Bilbao • Curso Intensivo em ALL-on-4 e Carga Imediata com fibra de vidro Lausanne; • Curso e Certificação Invisalign Lausanne • Master em Estética Dentária e Cirurgia Mucogengival pela CEODont - Madrid • Curso Cirurgia Avançada no Branemark Center - Madrid • Curso 3i em Implantologia Avançada e Sinus Lift - Madrid • Pós-graduação em Cirurgia Avançada e Implantologia - Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Santiago de Compostela • Curso em Medicina Dentária Minimamente Invasiva - Colégio Dentisteria da Universidade de Helsínquia • Licenciatura em Medicina Dentária Universidade de Lisboa
omeço por lhe perguntar sobre o que o atraiu a aceitar integrar este projeto de Renato Sousa da Silva, a LusoSmile Medicina Dentária? Conheço o Renato há nove anos, quando ainda tinha todos os sonhos por realizar. Quando começamos a trabalhar juntos no grupo Vitaldent Clínicas Dentárias, cedo percebi que tinha algo de diferente. O trabalho desenvolvido com base na complementaridade das nossas aptidões e capacidades ao serviço dos pacientes foi um sucesso. Foi por isso que, quando o Renato me falou na LusoSmile Medicina Dentária, não hesitei em associar-me a este projeto que considero visionário em Portugal e tornar-me na sua primeira parceria LusoSmile Medicina Dentária Tomar, uma vez que é um projeto que tem como objetivo criar a maior rede nacional de médicos dentistas salvaguardando sempre o principal, a qualidade do serviço e a paixão pelo paciente.
o acesso aos nossos serviços,temos parceiros que nos permitem facilitar o pagamento a qualquer paciente, ou a famílias que tenham a necessidade de tratamento.
Um recente estudo revela que mais de metade dos portugueses considera caro ir ao dentista. Mas a saúde é um bem essencial, por assim dizer. Qual a postura da LusoSmile Medicina Dentária no que concerne a este acesso à saúde? A LusoSmile Medicina Dentária baseia-se no conceito de integralidade e de acompanhamento regular dos pacientes. Os tratamentos são realizados com as mais modernas técnicas e materiais dentários, que nos permitem garantir ao paciente o sucesso do tratamento. Devido a esta garantia e exigência de qualidade o grupo LusoSmile Medicina Dentária posiciona-se com a melhor relação qualidade/ preço do mercado. De forma a democratizar
Como prevê o futuro do grupo? Pedindo desculpa por alguma imodéstia, acredito que com os profissionais que estão a abraçar o projeto e os valores inerentes à LusoSmile Medicina Dentária, o futuro prevê-se risonho, porque acredito que a paixão nos ajudará a encarar todos os obstáculos com muito otimismo. Existe a consciência de que ‘nada cai do céu’ e que vai ser necessário muito trabalho, muita resiliência e muita paixão para conseguirmos chegar onde queremos sem ceder a pressões externas e sem ceder no que são os nossos valores. A nossa pretensão não é sermos os maiores, mas sim uma referência de qualidade nas cidades onde vamos estar implantados.
Quais as mais-valias que trará aos pacientes o facto de todas as clínicas estarem padronizadas? E para os profissionais que aí colaboram? A padronização das clínicas é outra pedra basilar da LusoSmile Medicina Dentária, pois permite a um paciente que, por exemplo, iniciou o seu tratamento na unidade das Caldas da Rainha, mas que cuja vida o levou para Felgueiras, continue a tratar-se com a mesma qualidade de serviço sem que tenha que fazer alguma alteração ao que foi definido no seu plano inicial. Em relação às equipas é igualmente importante, pois permite que os profissionais tenham uma fácil adaptação a qualquer unidade, ou seja independentemente do local, o que se destaca é o serviço e a qualidade LusoSmile Medicina Dentária.
CLÍNICA LUSOSMILE - TOMAR Rua Serpa Pinto nº 88 2300-592 Tomar E-mail: tomar@lusosmile.pt Tlf: 242 156 777 dezembro 2018 Revista Business Portugal | 13
LUSOSMILE
DO OESTE PARA PORTUGAL
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João Mendes
• Curso de Cirurgia Avançada, Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia • Curso de Prótese Fixa sobre Dentes e Implantes Sistema Procera, Nobel Biocare - Lisboa • Curso de Reabilitação Bucal com Implantes sistema Neodent - Porto • Curso intensivo em Implantologia, Bio-Horizons, Porto • Curso de Cirurgia Avançada aplicada a Implantologia, Enxertos e Distrações Ósseas - Braga • Curso de Prótese Fixa sobre Implantes, Oral Concept - Porto • Formação Avançada em Cirurgia Muco-Gengival, Sorriso Natural - Porto • Curso Modular de implantologia, Sorriso Natural – Porto • Pós-Graduação em Gestão e Direção de Unidades de Serviço de Saúde, Porto Business School • Licenciatura em Medicina Dentária pela Faculdade de ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa
CLÍNICA LUSOSMILE - FELGUEIRAS Rua Rebelo de Carvalho, 737 4610-212 Margaride – Felgueiras E-mail: felgueiras@lusosmile.pt Tel:+351 255 174 000 14 | Revista Business Portugal dezembro 2018
omeço por lhe perguntar sobre o que o atraiu a aceitar integrar este projeto de Renato Sousa da Silva, a LusoSmile Medicina Dentária? Com o evoluir dos anos de prática como médico dentista, desenvolvi uma vontade de participar de uma forma mais abrangente, num projeto com o qual conseguisse chegar ao maior número de pessoas possível, de maneira a contribuir e consciencializar os pacientes para os cuidados a ter com a sua saúde oral. Quando tive conhecimento do projeto LusoSmile Medicina Dentária, fiquei desde logo certo que seria o caminho a seguir. É um projeto sólido, bem estruturado e liderado por alguém com uma vasta experiência na área e acima de tudo com valores fundamentais nos dias de hoje. Conheço o Renato há oito anos, é um líder, um empreendedor e um ser humano fantástico, que coloca paixão e entusiasmo em tudo o que faz, contagiando todos os que estão a sua volta. Numa entrevista concedida anteriormente pelo Renato Sousa da Silva, este afirmou-nos que este é um grupo feito de pessoas, desde os pacientes aos profissionais e que, todos, formam uma família… De facto, é um grupo feito de pessoas e para pessoas. Partilhamos a missão de fazer mais e melhor pelo próximo, num ambiente saudável e de união em redor do
mesmo projeto. É um projeto motivador com o qual nos identificamos totalmente e no qual todos nos sentimos parte integrante. ‘Democratizar a saúde oral’, é esse um dos vossos propósitos? De que forma o estão a conseguir? A saúde oral em Portugal foi desde sempre negligenciada, não sendo uma prioridade para muitas famílias. Hoje em dia existe uma maior consciencialização da população, o que permite que as pessoas estejam cada vez mais atentas e informadas, o que resulta numa maior prevenção e procura de acompanhamento por parte de médicos dentistas. A Lu s o Sm i l e Medicina Dentária, em conjunto com os seus parceiros, permite proporcionar condições únicas para que os tratamentos sejam acessíveis a todas pessoas. Como prevê o futuro do grupo? Sucesso! Como referi anteriormente a LusoSmile Medicina Dentária é um projeto sólido e bem estruturado, formado por pessoas com uma capacidade de trabalho e dedicação extraordinárias , que colocam paixão e entusiasmo em tudo o que fazem. Com o objetivo de ajudar cada vez mais pessoas a sorrir, estou certo que o faremos por longos anos! Quando o que pensamos, dizemos e fazemos estão em harmonia, encontramos a plenitude. É isto que faz da LusoSmile Medicina Dentária, um grupo diferente!
LUSOSMILE
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Cristina Medalho
• Curso básico e avançado de Microimplantes - Villarreal • Curso Pré- Reunião- Reunião Científica Anual da Sociedade Portuguesa de Ortopedia Dento-facial - Viseu • Membro da equipa de ortodontia - ISCS-Egas Moniz • Certificação em Ortodontia Invisível - Lisboa • Curso Pré- Simpósio de Ortodontia - Universidade de Salamanca • Diagnóstico e Protocolos de Tratamento em Ortodontia e Ortopedia Dento-facial • Curso de Pós Graduação Ortopedia Dentofacial, Intercetiva e Ortodontia - Almada • Curso Clinico de Formação Continua em Ortodontia – Lisboa • Pós Graduação em Cirurgia Oral Avançada - Cuba • Pós Graduação em Metodologias de Ensino Dentisteria Operatória - FMDUL • Mestrado em Medicina Dentária - FMDUL
omeço por lhe perguntar sobre o que o atraiu a aceitar integrar este projeto de Renato Sousa da Silva, a LusoSmile Medicina Dentária? Decidi integrar este projeto porque já trabalho há vários anos com o Renato e conheço bem de perto a sua forma de trabalhar e de se entregar a cada projeto, dedicando-se de alma e coração. Foi esta paixão pelas pessoas que nos procuram, a forma de realizar os tratamentos médico-dentários e o objectivo de satisfação dos pacientes que me cativou e sensibilizou, pois partilho do mesmo entusiasmo e dos mesmos valores. Penso que é difícil mudar o mundo inteiro, mas podemos começar por mudar o que nos rodeia e, pouco a pouco, as coisas começam a acontecer. E como vai a saúde oral dos portugueses? Quais os principais problemas que continuam a afetar os portugueses? A medicina dentária em Portugal ainda é pouco valorizada. Na minha perspetiva, existe na nossa sociedade uma grande diferença entre a mentalidade de dois tipos de faixas etárias: uma mais jovem, que tem uma maior preocupação com a saúde oral, veem a boca como parte da saúde essencial e têm o hábito de ir ao médico dentista com regularidade. Nestes casos procuram-nos para manutenção da higiene oral (destartarização), e tratamentos menos invasivos (tratamento de cáries e tratamentos estéticos). Por outro lado, uma faixa etária mais avançada, que normalmente deixa os problemas avançar e só recorrem aos profissionais de saúde quando têm dor. Este fenómeno acontece porque trazem traumas do passado e o medo é um fator predominante, logo o procedimento principal é a extração e a reabilitação das peças dentárias, seja com Prostodontia removível ou fixa. É importante ter a noção que a Medicina Dentária deve ser preventiva, e se houver um
acompanhamento regular os tratamentos são menos invasivos e a extração passa a ser uma prática cada vez menos utilizada. O desejo de democratizar a saúde oral, que o Renato Sousa da Silva também já falou na última entrevista, é possível de conciliar com a qualidade dos produtos e do serviço prestado? Ou seja, é possível democratizar e manter a qualidade no topo? Claro que sim, com a ajuda dos parceiros que disponibilizamos, permitimos que famílias inteiras possam aceder a tratamentos e produtos com uma maior qualidade e com uma menor taxa de esforço financeiro mensal. A experiência clínica diária e o contacto próximo com os pacientes permitiu-me ter uma noção mais consciente do trabalho que desenvolvemos. É com orgulho que recebemos a gratidão e o reconhecimento que os pacientes têm demonstrado pela LusoSmile Medicina Dentária, uma vez que temos uma equipa médica competente e profissional, sem esquecer a empatia pelo paciente. Nas nossas clínicas o paciente é acompanhado por uma equipa de médicos, onde cada um deles exerce tratamentos especializados nas diferentes áreas da Medicina Dentária. O debate em conselho clínico sobre cada caso faz das nossas clínicas um conceito único, em que o objectivo passa por proporcionar um tratamento dentário individualizado adaptado a cada paciente. É extremamente importante referir que a cooperação e o diálogo constante entre o corpo clínico e os profissionais dos laboratórios é essencial para garantir uma elevada qualidade do tratamento final e satisfação do paciente. Como prevê o futuro do grupo? Prevejo para a LusoSmile Medicina Dentária um crescimento sustentado em pilares basilares como: respeito, dedicação e paixão para com as pessoas assim como qualidade do serviço prestado. Sabemos que irá ser um caminho longo a percorrer, que requer persistência e entrega, mas que valerá a pena o esforço e trabalho para que possamos ter o sentimento de missão cumprida. Esta é a consciência de que só assim vamos despertar muitos sorrisos. Isso para mim é um sinal de sucesso.
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SPAUTORES
PELA PROTEÇÃO DOS DIREITOS DE AUTOR Num mundo atual onde os direitos de autor são um tema cada vez mais pertinente, a Revista Business Portugal entrevistou José Jorge Letria, presidente da Sociedade Portuguesa De Autores, para abordar este e outros temas.
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ual é a relação dos autores com a Sociedade Portuguesa de Autores? A sua inscrição na sociedade é obrigatória? A relação é boa, mas pode sempre melhorar, porque os autores, sentindo-se desprotegidos, procuram o apoio de quem tem os meios jurídicos, técnicos e associativos para esses efeitos. A inscrição nunca foi ou é obrigatória. Trata-se de um ato de vontade, livre e essencial, que leva muitos criadores de todas as disciplinas a procurarem-nos. Têm aumentado o número de associados? Quais são os requisitos para ser sócio? Esse número tem vindo sempre a aumentar. Em cada reunião de Direção (mensalmente) entram mais de 40 autores, o que representa uma média superior a todos os anos anteriores. Os requisitos são simples: ter obra a ser protegida e pagar uma joia vitalícia de 150 euros. É o suficiente para se criar o vínculo que dura para o resto da vida, se for essa a vontade do autor. Os artistas e os seus direitos de autor estão devidamente protegidos? Estão mais protegidos do que estavam há anos. A SPA é transversal, o que significa que cobre todas as disciplinas com a atenção e empenho que as novas tecnologias fortalecem. Quais são as maiores dificuldades que a SPA enfrenta? As dificuldades estão relacionadas com a inexistência de uma legislação justa e moderna para a proteção dos direitos. O atual poder político não tem revelado especial sensibilidade neste domínio. Propusemos a revisão urgente do Código de Direito de Autor ao Audiovisual e a criação do Estatuto do Autor Português, mas nenhuma destas exigências foi atendida e não creio que
o venha a ser na presente legislatura, o que lamento. Continuaremos a apresentar estas reivindicações, que são justas e legítimas. O público em geral é conhecedor dos direitos de autor e do que esses direitos implicam? O público tem uma sensibilidade crescente em relação a este assunto, mas pode ser muito mais esclarecido e motivado para respeitar a defesa das obras protegidas. Sei que tem vindo a aumentar o número de cidadãos que são claramente contra a gratuitidade do consumo de obras culturais, o que é um bom sinal. De que forma as novas tecnologias vieram afetar os direitos de autor? Hoje, rapidamente se partilha informação da qual se desconhece a fonte… As tecnologias criaram um novo paradigma porque representam uma inevitável rapidez de circulação de todas as obras, bem como do abuso tantas vezes associado à sua utilização. Mas o problema não é só o direito de autor, é a própria vida do ser humano em sociedade. Como muito bem alertou Einstein, a tecnologia adquiriu um poder que ninguém imaginava possível há anos e esse poder não deve sobrepor-se à vontade do cidadão comum. Infelizmente, o poder da tecnologia está instalado, muitas vezes contra o próprio primado do direito de autor. Em setembro, o Parlamento Europeu aprovou a proposta de reforma sobre direitos de autor no mercado único digital, atualizando os direitos de autor no con-
José Jorge Letria, presidente
texto da Internet e uniformizando-os no espaço europeu. A SPA considera que esta proposta vem favorecer os autores portugueses? Podia-se ter ido mais longe, mas o documento, em geral, vem ao encontro dos interesses dos autores e de quem os representa e defende. Atualmente, há uma apreensão relativamente ao Novo Acordo Ortográfico: as opiniões dividem-se entre apoiantes e opositores. A SPA tem uma posição em relação a esta questão? A SPA não tem posição pública sobre o assunto, mas considera que esta matéria foi muito maltratada pelo poder político nestes últimos anos. Promovi um mini-referendo interno no qual cerca de 150 cooperadores votaram contra o Acordo e 27 a favor. Com base nessa manifestação de vontade ficou assente, por representar o propósito de uma expressiva maioria, que, enquanto instituição, não aderíamos ao uso da nova regra ortográfica.
J. PEREIRA DA CRUZ
O DIREITO DE AUTOR NA EVOLUÇÃO DO MUNDO DIGITAL A J. Pereira da Cruz é uma sociedade de consultoria especializada em Propriedade Intelectual: Propriedade Industrial e Direitos de Autor, entre outros. Em 2005, os advogados que colaboram com a J. Pereira da Cruz decidiram organizar-se em sociedade de advogados e criaram a Pereira da Cruz e Associados (PCA).
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specializados em Propriedade Intelectual, “enquanto sociedade de advogados, herdamos muito da postura e dos valores da J. Pereira da Cruz, tudo numa cultura de dedicação personalizada a cada caso e numa relação de proximidade com os clientes, o que criou a necessidade de estarmos presentes com um escritório no Porto”, revela Nuno Cruz, advogado da PCA. O direito de autor é uma das áreas de atuação com que se debate a PCA e quando questionados sobre se o público em geral é conhecedor destes direitos e do que implicam, confessam que lhes parece que é um tema pela qual não se preze a devida atenção. “O público em geral não terá uma perceção muito completa do alcance de direito de autor. É um problema geral da propriedade intelectual mesmo quando falamos em marcas ou patentes, nem sempre há uma sensibilização para a importância destes direitos de exclusividade. A questão torna-se ainda mais relevante no mundo virtual justamente as obras e os conteúdos circulam livremente no mundo digital e, portanto, há uma menor consciência por parte do utilizador em relação à necessidade de respeitar esses direitos”, confessa o advogado. A advogada Ágata Pinho, realça ainda que “o próprio autor por vezes desconhece quais são os direitos que lhe assistem, e o utilizador não sabe quais os limites da utilização de determinada obra. Há por vezes a ideia de que a partir do momento em que o autor coloca a obra à disposição do público terminam os seus direitos sobre a mesma. Por seu turno, o utilizador desconhece que determinadas utilizações da obra carecem da autorização do respectivo autor ou pelo menos a identificação do mesmo.” Este desconhecimento ganha ainda maior dimensão quando o direito de autor ultrapassa a barreira física e entra no ciberespaço. Os desenvolvimentos tecnológicos dos últimos anos permitem quase no ime-
diato a divulgação das criações intelectuais na internet, tudo de forma rápida e de fácil acesso. “O próprio mundo digital tem vindo a evoluir, passamos de uma web 1.0 para a geração 2.0, surgiram novos modelos empresariais e, acima de tudo, “novos intervenientes”. Veja-se por exemplo a gigante tecnológica google que deixou de ser um mero motor de busca e hoje tem um papel bastante ativo na disponibilização de conteúdos digitais, já não é um mero “intermediário” na internet. Esta rápida evolução trouxe uma incerteza jurídica a que é preciso dar resposta através de quadros normativos uniformizados. Actualmente inexiste regulamentação quanto ao uso, por parte das plataformas tecnológicas, destes conteúdos criativos protegidos pelo direito de autor. Os autores sentem que não são renumerados ou devidamente remunerados pela utilização que é feita por estas plataformas das suas obras. Outro dos problemas é a facilidade do anonimato no mundo digital que, na prática, traz dificuldades no que toca a apurar responsabilidades”, expõe Ágata Pinho.
até agora estava um pouco no vazio, resta aguardar para ver como se vão efectivar e colocar em prática aquelas medidas”, revela a advogada. “Em Portugal todos os casos de propriedade intelectual são da competência de um único tribunal, o Tribunal da Propriedade Intelectual (TPI) instalado em Lisboa. No entender da PCA a criação do TPI foi um avanço importante mas certamente o sistema poderá ser melhorado, sem que isso implique, necessariamente, mais custos, desde que sejam adoptadas as políticas adequadas. É desde logo fundamental a consolidação da experiência dos magistrados, o que pressupõe permanências mais longas naquele Tribunal. Seria também importante a instalação de um segundo TPI no Porto.”, opina Nuno Cruz. Finaliza Ágata Pinho destacando que “deve haver uma maior sensibilização sobre o conteúdo dos direitos de autor para que sejam tomadas medidas preventivas para acautelar estes direitos.”
A proposta de directiva relativa aos direitos de autor no mercado único digital A PCA acredita que a diretiva procura estabelecer um equilíbrio, tentando salvaguardar e proteger a posição dos criadores de obras, sem comprometer os interesses dos utilizadores. No fundo, “a Directiva dos direitos de autor no mercado único digital vem tentar resolver o problema da desigualdade que existe na distribuição dos proveitos económicos que são gerados pela utilização das obras pelos prestadores de serviços na sociedade de informação. “Embora estejamos num bom caminho, já que pelo menos estamos a regular uma situação que dezembro 2018 Revista Business Portugal | 17
TRANSNAUTICA GLOBAL LOGISTICS
EVOLUIR E INOVAR
Armando Oliveira, General Manager Air & Ocean
Criatividade significa “evoluir e inovar”, afirma-nos Armando Oliveira, General Manager Air & Ocean, da Transnautica Global Logistics, S.A. Em conjunto com Miguel Pereira, General Manager Land & Contract Logistics, a nova administração tem a responsabilidade de fazer a Transnautica regressar ao posicionamento de mercado que ocupou durante anos: líder. E estão a consegui-lo.
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ransnautica há 58 anos que é uma referência no mercado da logística. Porém, é também uma empresa que não soube acompanhar a evolução dos tempos. Em finais do ano 2015, o Grupo Desfo (detentor, por exemplo, das lojas DeBORLA, Desicor- Indústria de Madeiras e Cortiças, SA e Mega-Cash & Carry, Moçambique), conhecedor do potencial desta empresa, comprou 67 por cento das ações de mercado à família que a detinha. No entanto, não se registou o crescimento expectável, levando o Grupo no final do ano transato, a adquirir as ações restantes. É em fevereiro deste ano que Armando Oliveira é chamado a assumir o cargo de General Manager Air & Ocean, trazendo consigo anos de experiência distribuídos
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em várias empresas pelas quais trabalhou e com a função de reavivar este emblema da logística. Em conjunto com Miguel Pereira, General Manager Land & Contract Logistics, encontraram uma empresa que operava quase exclusivamente com os transportes terrestres, pouco ou nada negociava no departamento marítimo e aéreo, algo que Armando Oliveira considerou ‘um risco’. “Uma empresa transitária deve conter as vertentes todas: terrestre, aérea, marítima, logística e, outros produtos de valor acrescentado. Esta foi a conclusão que eu tirei quando fui convidado a assumir a gestão desta empresa”, expõe. Meteu mãos ao trabalho, aproveitou o que “estava a ser bem feito” e esforçou-se por aprimorar o que assim o poderia ser: “implementar o que achamos necessário para a empresa continuar a crescer, voltar a ter a dinâmica que já teve. Há ainda muito
a fazer, principalmente na minha área de aéreo e marítimo”. O gestor acredita perentoriamente que o “maior ativo das empresas são as pessoas”. Na Transnautica encontrou funcionários que não estavam a ser desafiados, nem motivados, algo de que precisam para crescer. Assim, na sua área, não trouxe consigo nenhuma equipa de fora da empresa, pelo contrário, esforçou-se por conhecer a equipa já existente e deu-lhes responsabilidades acrescidas, bem como a motivação para desenvolverem as suas capacidades. A aposta na formação de pessoal é uma constante e é uma necessidade, para que nunca se deixem conformar e encontrarem formas de abrir horizontes profissionais. Há partilha de informação entre colaboradores e entre estes e a chefia, uma linha aberta de comunicação que tem o dom de transmitir confiança entre quem trabalha e de fazer os funcionários sentirem que a sua voz é ouvida. “As pessoas precisam de evoluir e de crescer. É necessário acreditarmos em nós próprios e no nosso trabalho”, confidencia-nos Armando Oliveira.
O sucesso da nova gestão A Transnautica irá fechar o ano de 2018 com uma faturação de 14.5 milhões de euros, o que se deve, sem dúvida, à nova
TRANSNAUTICA GLOBAL LOGISTICS
gestão, ao sucesso das novas metodologias de trabalho implementadas e, ao apoio constante dos Investidores. “Estamos a ganhar clientes importantes”, assegura o nosso interlocutor, “para isso foi preciso criar condições para que essas parcerias se concretizassem: renegociamos contratos existentes dispondo de outros meios de transportes, reduzimos custos, acrescentamos escritórios e rotas que não existiam como Coimbra, (o centro do pais é fulcral como centro logístico, para as cargas over night serem distribuídas para todo o país), entre outras medidas”. Houve um esforço de dinamização dos meios de transporte marítimo e aéreo, realizou-se contratações para dar acompanhamento ao crescimento do volume de trabalho, são apresentadas soluções mais adaptadas a cada cliente devido à diversidade de meios de transporte e estão a investir num novo programa de logística que se adapta às exigências do mercado, o qual irá permitir ao cliente fazer o acompanhamento em tempo real da sua carga. A Transnautica já fez, no corrente ano, vários transportes de carga projeto (carga sobredimensionada) desde a Holanda, para Israel, controlada em Portugal. A curto pra-
zo, “iremos abrir a Transnautica em Maputo, sendo que temos a documentação a correr nesse sentido”. Este é um mercado onde “estamos a crescer”. Além de vária carga completa, “teremos para oferecer ao mercado consolidação de carga de grupagem em temperatura controlada”, refere-nos. Acima de tudo, promover o melhor preço que se coadune com o serviço desempenhado. A empresa garante o cumprimento de prazos e ser o elemento transitário entre o fornecedor e o cliente, um “elo de ligação que tem de existir no mercado para que a informação e todas as componentes de serviço sejam geridos de uma forma construtiva, económica e profissional”, garante-nos Armando Oliveira, que acrescenta: “O transitário que evoluir consoante o mercado é um elemento fundamental para a economia de cada país”. O sucesso é visível, com a Transnautica a lutar para recuperar (ou até ultrapassar) a dinâmica que teve no passado. O nosso interlocutor ambiciona continuar a desenvolver as bases para que a empresa possa continuar a crescer e, “passo a passo, adaptá-la às novas situações de mercado”. É importante estarem “sempre atentos” e preparados para os novos desafios de amanhã.
Estas são algumas das concretizações alcançadas pela nova administração da Transnautica Global Logistics, S.A.: • Crescimento de 40 por cento do volume de negócios • Reforço das saídas semanais para França, Alemanha, Benelux (2F, 3F, 6F), UK, Escandinávia e Bálticos (3F e 6F) • Serviço direto de e para Itália (Milão, Turim, Verona, Modena), três saídas semanais. Importação flexível e rápida através da nossa rede de agentes ou direta para cargas de maior dimensão. • Aumento do número de clientes e volume de mercadorias geridas no âmbito da logística contratual (30 000 m2, 28 000 paletes) • Distribuição nacional em 24h • Criação do departamento de cargas completas e respetivo centro de competências, tendo já ultrapassado os 1500 em menos de 6 meses • Estruturação de um novo departamento de Customer Service, 100 por cento dedicado ao cliente, com medidas de antecipação e proatividade no acompanhamento global de cada transporte. • Lançamento do Produto Multimodal Rail-Truck desde a Àsia para Portugal • Lançamento do Produto Aéreo On-Board Courier • Abertura de novo armazém em Coimbra • Abertura de novas instalações em Alverca /7.000M2
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A MATOSCAR
MAIS DE 30 ANOS DE QUALIDADE E PROXIMIDADE NO RAMO AUTOMÓVEL Com origem em Portalegre, a A MatosCar surge no mercado em 1986, sendo hoje uma empresa de referência no setor automóvel. A Revista Business Portugal, em conversa com Pedro Matos, administrador do grupo, foi perceber o que faz da empresa uma das atuais líderes no mercado automóvel.
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omo o próprio nome indica, trata-se de uma empresa ligada ao setor automóvel, concessionária de mais de 20 marcas, e que, para além da venda de veículos novos, seminovos e usados, presta às suas marcas todos os serviços de assistência de após venda. A diversidade é por isso um motivo de orgulho para este grupo. Atualmente constituído por três empresas a A MatosCar, a A MatosCar Beiras e a Lubripor, o grupo tem concessões na Guarda, Fundão, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja. A escolha pelo interior do país foi, e é de facto, uma aposta. Identificaram na região interior uma possibilidade de proximidade às
origens e uma conexão entre a cidade onde estão sediados – Portalegre – e as restantes cidades por onde se têm desenvolvido. Outro dos fatores é o facto de se tratar de uma região de “empregabilidade escassa”, tendo levado o grupo a ter uma preocupação contínua com a qualificação e experiência das equipas. “Investimos muito na formação dos nossos mais de 300 colaboradores“, sublinha Pedro Matos e conclui que estar no interior é um aspeto fundamental para nos distinguir. “Queremos transmitir ao cliente que somos um Grupo do interior a trabalhar no interior. E o consumidor percebe isso. Temos uma preocupação extrema com o bem-estar e a qualidade e sabemos que trabalhar no interior é diferente de trabalhar no litoral. O fator proximidade ainda conta muito”, explica.
Excelência no ramo dos automóveis Desempenham um trabalho de excelência que, ano após ano, tem atraído novos clientes e fidelizado os já existentes, um reflexo do valor e dedicação que têm para com o público. Com uma oferta alargada de automóveis novos e usados, atuam no âmbito pós-venda e trabalham, atualmente, com diversas marcas, nomeadamente, Opel, Nissan, Isuzu, Volvo, Skoda, SEAT, Citroen, Ford, Hyundai, Fiat, Volkswagen, BMW, Chevrolet, Alfa Romeo, Jeep, Chrysler, Dodge e Iveco. Para Pedro Matos o setor está em constante movimento e atualização. “A nossa atividade tem muitas oscilações de mercado, pelo que é normal que quando a economia está em alta as pessoas se sintam mais confortáveis e aptas para adquirir carros novos. Em contrapartida, quando assistimos
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A MATOSCAR
a quedas, as pessoas optem mais por manter a sua viatura. A oferta das marcas vai mudando de acordo com a legislação em vigor e com as exigências dos consumidores. Neste momento, assistimos a uma clara preferência pelas viaturas a gasolina, que a pouco e pouco estão a ocupar a liderança detida de há muitos anos a esta parte pelos motores a diesel. É o mercado a funcionar”, esclarece Pedro Matos, e estamos cá para o acompanhar.
“Temos uma preocupação extrema com o bem-estar e a qualidade e sabemos que trabalhar no interior é diferente de trabalhar no litoral. O fator proximidade ainda conta muito”
Desafios e perspetivas de mercado Corresponder às constantes mudanças neste setor, talvez seja o maior desafio. Isto porque é fundamental estar a par das novas tendências e preferências do target. “É necessário um constante investimento e temos de corresponder às exigências do mercado”. No que toca à relação preço/qualidade, segundo o entrevistado, trata-se de um “fenómeno interessante que varia mediante as marcas”. Muitos dos clientes preocupam-se, efetivamente com a qualidade, outros, por sua vez, dão mais importância ao preço. Com uma estratégia que assenta na sustentabilidade da própria empresa, existe um esforço na procura dos melhores mecanismos que permitam um sólido desenvolvimento interno. Assim, primam pela consolidação do trabalho já desenvolvido, mas ressalvam o objetivo de, nos próximos 2 anos, crescerem 30 por cento. “Digo que estamos moralizados e otimistas quanto ao futuro”, finaliza Pedro Matos.
Guarda • Fundão • Castelo Branco • Portalegre • Évora • Beja
amatoscar.pt
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JFSC
CANALIZAR FORÇAS PARA BEM SERVIR Há 42 anos a realizar obras no concelho de Sines, José Silva, habituou os seus clientes a trabalhos de qualidade e duradouros. O trabalho no terreno ensinou-lhe o que não se aprendia na escola e, apesar das vicissitudes, mantém a força e dinamismo de quando iniciou. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Silva, gestor da JFSC, contanos a história da empresa e o rumo que lhe tem imposto. José Silva, gestor
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s canalizações e estruturas de redes fazem parte da sua vida desde que altura? Iniciei-me nesta atividade aos 18 anos, em nome individual, e constituí a empresa JFSC Canalizações Unipessoal, Lda em 2001 conto, por isso, 42 anos de atividade. Comecei com as canalizações e, mediante as necessidades, fui aumentando o leque de serviços para instalação de ar condicionado, aquecimento central, painéis solares, bombas de calor, redes de gás, redes de incêndio e ar comprimido, etc.
Atualmente o setor da construção, para o qual presta a maioria dos seus serviços, está a crescer novamente, mas houve alturas menos boas.... No passado trabalhei para alguns grupos nacionais de construção civil e os negócios não acabaram bem para o meu lado. Tudo
começou a partir de 2005, fiz todas as obras a que me comprometi, paguei os materiais aos fornecedores, os ordenados do meu pessoal e não recebi nada desses grupos. Fui no engodo de me encomendarem mais obras, continuavam a pedir-me orçamentos, sempre com a promessa de que iriam começar a pagar no mês seguinte. Tive de me endividar para pagar aos fornecedores e aos meus funcionários, abri ações em tribunal e a justiça não me deu razão, pelo contrário, ainda se colocou do lado do grande grupo e condenou-me a pagar as despesas do tribunal, mesmo sem receber nada dos devedores e sabendo eu que tinha a razão do meu lado. Em todos os processos que abri em tribunal nunca fui convocado para me poder defender e apresentar as provas que tinha na presença do devedor e do senhor juiz, apenas foram as minhas testemunhas e as dos arguidos, bem como os próprios devedores. Considero, portanto, que não foi feita justiça porque tive de pagar as custas judiciais e não recebi os valores em dívida das empresas que contrataram os meus serviços. O total do valor que faturei e não recebi chega aos 134.932,53 euros, tendo ficado por faturar 104.849,49 euros.
Valor faturado e não recebido: 134.932,53 euros Valor por faturar: 104.849,49 euros
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Atualmente trabalha com que entidades? Atualmente trabalho com a Administração do Porto de Sines, EuroResinas (grupo Sonae), Indorama, Câmara Municipal de Sines, MareDeus, Oceanic, Portsines, entre outras entidades. Ultrapassados os anos menos bons da construção dediquei-me, quase exclusivamente, ao ramo industrial e optei por investir numa equipa mais pequena, com nove elementos, composta por técnicos especializados. Procuro ter os melhores profissionais comigo, ofereço a formação especializada e muito trabalho a quem quer fazer carreira na JFSC, garantindo a qualidade e durabilidade dos serviços que fazemos. Como conseguiu levantar a sua empresa e ter forças para continuar? Foi a minha persistência e muita perseverança. Tive de reforçar a empresa com dinheiro da minha conta pessoal e de pedir um empréstimo para saldar as dívidas que tinha contraído para entregar as obras dentro dos prazos a que me tinha comprometido. Mas não desisti e investi nas pessoas e no material de trabalho. Tenho quatro carrinhas diariamente na rua a concretizar obras distintas, consigo fazer a gestão de todas elas, saber como estão a correr e se necessitam de maior supervisão mediante a dificuldade que apresentam. Decidi alargar o leque de ofertas e de serviços quando, em 2016, abri uma drogaria para a minha filha que, sendo um negócio complementar ao meu, serve todos os empresários do setor e estava em falta nesta região. Mas acima de tudo foi a minha força de vontade, de trabalho e por não desistir de receber o dinheiro, que é meu por direito, que me deram forças para continuar e voltar a crescer.
REDOCEAN
O SEU PARCEIRO DIGITAL A RedOcean é uma consultora de vertente tecnológica integrada a 100 por cento, com crenças fortes e uma cultura unificada. Fundada em 2014 na cidade de Viseu, é reconhecida pelo seu trabalho incansável para tornar os seus clientes ainda melhor sucedidos.
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omo e quando surgiu o projeto? O projeto surgiu em 2004, num desafio feito por mim ao que é agora também sócio e amigo, no sentido de se lançar em Viseu, no interior do país, uma empresa tecnológica de visão disruptiva e que pudesse colocar ao dispor das PME da região, soluções tecnológicas avançadas que facilitassem o seu crescimento e desenvolvimento com custos acessíveis. O desafio foi aceite e a partir daí foi lançar mãos à obra e lançar o projeto, convidando um terceiro sócio que complementasse o know-how de base para que a empresa pudesse nascer, crescer e desenvolver a visão. Quais os serviços/produtos desenvolvidos pela empresa? A empresa nasceu para desenvolver software à medida das PME’s e, com isso, ajudá-las e também contribuir para o desenvolvimento do interior do país. No entanto, e em função das dinâmicas do mercado, tivemos que efetuar alguns ajustes, pelo que na lista dos nossos serviços, temos desenvolvimento de APP’s; marketing digital; consultoria de reengenharia de processos; formação de marketing digital; implementação de processos de inteligência artificial ajustada à realidade das empresas e, finalmente, implementação de processos de BigData. Que balanço faz destes anos de atividade? Um balanço muito positivo e uma grande aprendizagem, pois permitiu-nos crescer enquanto empresa e enquanto empresários. No tocante ao retorno material não tem sido relevante, pois todos os rendimentos da empresa são para reinvestir e fazer com que a mesma cresça. No campo imaterial fica a sensação de plena satisfação pelo feedback dos empresários acerca do nosso trabalho, o que nos orgulha. O mercado é muito competitivo? Se sim, como se distinguem?
Paulo Oliveira, gerente
A nossa vantagem competitiva, prende-se na dedicação e paixão que depositamos em todos os projetos que desenvolvemos Não acredito que existam hoje mercados que não sejam competitivos, a não ser que estejam isolados física e digitalmente, como tal o nosso mercado é muito competitivo. A nossa vantagem competitiva prende-se na dedicação e paixão que depositamos em todos os projetos que desenvolvemos, associados a uma grande bagagem de know-how da equipa, que apesar de jovem é muito pró-ativa e
de cariz inovador, com grande investigação na sua base. Neste sentido, poderemos dizer que fazemos bem, somos competitivos no preço e ainda nos orgulhamos de no final de cada projeto ganhamos não só um cliente, mas também um amigo. Somos implacáveis na componente do relacionamento humano com uma presença muito forte junto do cliente e com um serviço de apoio permanente e de resposta rápida. Por onde passa o futuro da Red Ocean? O futuro da RedOcean, espero eu, estará na internacionalização da empresa, ou na aquisição de parte do capital da mesma por uma grande grupo, que nos permita abrir portas até agora encerradas, para a desejada escala global, permitindo que a RedOcean cumpra a sua missão e a sua visão de forma mais rápida. Se isto não acontecer, não temos a menor dúvida que lá chegaremos, haja o que houver.
Quinta da Alagoa lote 200 R/C Esq. Fracção A 3505-606 Viseu Tlf.: +351 232 399 534 Email: info@redocean.pt www.redocean.pt
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CLIMEX
CLIMEX ROBOTICS A Climex introduziu dois robots em dois clientes industriais nacionais, tornando-se, assim a primeira empresa de limpeza em Portugal a colocar ao serviço do cliente a limpeza de pavimentos autónoma.
Sara Hipólito, diretora de marketing innovation and training
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empresa aposta na inovação tecnológica e na diferenciação como forma de garantir um serviço de melhor qualidade ao cliente e, assim, deter vantagens competitivas face à concorrência estabelecida no mercado. Desenvolveu o sistema Climex Mobile System, o qual se trata de uma solução única e inovadora no mercado, onde são registados os serviços que a empresa presta aos seus clientes e permite um melhor controlo e a tomada de decisão sobre os mesmos. A Climex entende a dinamização do serviço de limpeza através da robótica como um serviço de valor acrescentado para o cliente. Uma solução robotizada inovadora de limpeza automática de pavimentos. Um passo importante que tinha que ser dado no caminho da inovação. A intervenção humana e dos técnicos de limpeza tornou-se ainda mais importante e valorizada. As equipas de limpeza são essenciais à prestação do serviço e o seu trabalho reconhecido, sendo alocadas a tarefas de maior valor acrescentado, de maior complexidade. As tarefas rotineiras e repetitivas, como a lavagem de pavimento, passam a ser executadas pelos robots. A introdução da robótica contribui para a valorização da profissão e aumento da perceção da notoriedade do serviço. A par das inovações e tecnologia, a Climex celebrou em Portugal, em conjunto com os seus clientes, pela primeira vez, a
As tarefas rotineiras e repetitivas, como a lavagem de pavimento, passam a ser executadas pelos robots. A introdução da robótica contribui para a valorização da profissão e aumento da perceção da notoriedade do serviço.
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CLIMEX
para um ambiente melhor. 17 de outubro, o Dia Internacional dos Técnicos de Limpeza. Um dia por ano para celebrar e reconhecer a importância vital que os técnicos de limpeza proporcionam para criar ambientes saudáveis. Foi reconhecida, pela Ordem dos Psicólogos Portugueses com o 3º prémio – Locais de Trabalho Saudáveis ’17: Grandes Empresas, o que demonstra que é possível conciliar a responsabilidade social e a inovação tecnológica na prestação do serviço. O mercado está a mudar rapidamente e a forma de fazer negócio também. A prestação de serviços de Higiene e Limpeza e a área dos Facility Services é um dos setores mais dinâmicos na medida em que satisfaz necessidades básicas da sociedade e da indústria, relacionadas com a higiene e segurança dos espaços de trabalho e lazer. Quando a nível mundial se verifica a tendência e a transformação digital para serviços e processos integrados, os serviços de Higiene e Limpeza fazem também parte deste processo e não podem ficar para trás. Adequar os processos de prestação do serviço de Higiene e Limpeza ao cliente de hoje, sim, tendo bem presente que é preciso percorrer o caminho dos clientes de amanhã. Onde as soluções devem ser capazes de interagir com os restantes sistemas de gestão e todos os meios de produção estão integrados num sistema para
o qual fornecem e do qual recebem informação, aplicando-se os mais recentes métodos de gestão da informação (aprendizagem automática, Big Data). Climex – Intelligent Cleaning, o futuro começa hoje.
ESCRITÓRIO LISBOA / SEDE Rua Visconde Santarém, 18 . 1049-021 Lisboa Telefone. (+351) 21 847 58 54 Fax. (+351) 21 847 81 61 Email. climex@climex.pt ESCRITÓRIO PORTO Rua Padre António Vieira, 222- 1º Esq . 4349-010 Porto Telefone. (+351) 22 519 42 00 Fax. (+351) 21 847 81 61 Email. climex@climex.pt
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DESTAQUES 27 CPLP Idioma comum, com laços históricos e culturais 30 GUINÉ EQUATORIAL Meio século de independência
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CPLP A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) trata-se de uma organização internacional formada por países lusófonos, criada em 1996. Composta inicialmente por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, acolheu Timor-Leste como país integrante em 2002, após a conquista da independência. Com uma missão assente na integração e desenvolvimento dos países que têm como fator comum a língua portuguesa. A CPLP assume-se como um projecto cujo fundamento é a Língua Portuguesa, vínculo histórico e património comum dos Estados que constituem um espaço geograficamente descontínuo, mas identificado pelo idioma comum. Esse fator de unidade tem fundamentado, no plano mundial, uma atuação conjunta cada vez mais significativa e influente. A CPLP procura convergir as nações que representa para a unidade, através da união de esforços em prol de ideais e ideologias sociopolíticas comuns. Esta entidade tem como objetivos gerais a concertação política e a cooperação nos domínios social, cultural e económico. Para a prossecução desses objetivos a Comunidade tem promovido a coordenação sistemática das atividades das instituições públicas e entidades privadas empenhadas no incremento da cooperação entre os seus Estados-membros. As ações desenvolvidas pela CPLP têm objetivos precisos e traduzem-se em diretivas concretas, voltadas para setores prioritários, como a Saúde e a Educação, a Segurança Alimentar e o Ambiente, entre outros domínios. Para tal, procura-se mobilizar interna e externamente esforços e recursos, criando novos mecanismos e dinamizando os existentes.
Neste esforço, são utilizados não apenas recursos cedidos pelos governos dos países membros, mas também, de forma crescente, os meios disponibilizados através de parcerias com outros organismos internacionais, organizações não-governamentais, empresas e entidades privadas, interessadas no apoio ao desenvolvimento social e económico dos países de língua portuguesa. No tocante à concertação político-diplomática, tem-se dado expressão crescente aos interesses e necessidades comuns em organizações multilaterais, como, por exemplo, a ONU, a FAO e a OMS. Nas negociações internacionais de caráter político e económico, a CPLP tem-se assumido como um elemento capaz de fortalecer o potencial de negociação de cada um de seus Estados-membros. No campo económico, procura-se aproveitar os instrumentos de cooperação internacional de um modo mais consistente, através de uma concertação regular entre os Estados e da articulação com outros atores. Outro ponto importante em que se tem vindo a desenvolver esforços significativos é o da cooperação empresarial. Para a valorização e difusão do idioma comum, realça-se o papel crescente que é exercido pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), sedeado em Cabo Verde, assim como pelo Secretariado Executivo da CPLP, que desenvolveu uma rede de parcerias voltadas para o lançamento de novas iniciativas nas áreas da promoção e difusão da língua portuguesa. A vitalidade e o dinamismo da Comunidade reflectem-se, também, nos diversos acordos, convénios e protocolos que têm vindo a ser assinados nos últimos anos. Atualmente, este estreitar de laços entre a CPLP e diversas entidades intracomunitárias e internacionais dota a Organização de novas ferramentas para alcançar os seus objetivos.
CPLP
IDIOMA COMUM, COM LAÇOS HISTÓRICOS E CULTURAIS “A CPLP representa, hoje, cerca de 300 milhões de cidadãos de nove Estados, distribuídos em quatro continentes e inseridos, cada um, em contextos regionais específicos. Trata-se, assim, de uma organização de grande potencial estratégico, político e económico”. Maria do Carmo Silveira, Secretária Executiva, faz o balanço do seu mandato que termina este ano.
Maria do Carmo Silveira, secretária executiva
C
omo é que viu a sua candidatura ao cargo de Secretária Executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e que sentimento a envolveu quando foi eleita? Foi para mim uma grande honra ter sido escolhida pelo governo do meu país, São Tomé e Príncipe, como a candidata santomense ao cargo de Secretária Executiva da CPLP. Ao ver essa candidatura acolhida e endossada pelos demais Estados-Membros da organização por ocasião da Cimeira de Brasília, em 31 de outubro de 2016, senti ao mesmo tempo orgulho pela oportunidade de servir o meu país numa nova frente e o peso da responsabilidade que o cargo traz consigo. Foi certamente um momento bastante especial na minha trajetória pessoal e profissional. Em final de mandato, que balanço é possível perpetuar deste período? Quais foram as principais conquistas? Que cunho tem procurado deixar nesta entidade? Foram dois anos de intenso trabalho e bastante desafiantes. Tive a oportunidade de visitar quase todos os nossos Estados-Membros e de dialogar com autoridades governamentais e membros da sociedade civil, e entrar em contato com diferentes visões e perspetivas sobre o papel a ser desempenhado pela CPLP. O meu mandato coincidiu com a presidência pro-tempore do Brasil, que elegeu como tema ‘A CPLP e Agenda 2030 para o Desenvolvimento’. Nesse sentido,
trabalhamos para incorporar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Agenda 2030 das Nações Unidas nas estratégias e programas de cooperação da CPLP, de modo a fazê-los convergir com a agenda global de cooperação. O meu mandato coincidiu, também, com o início da implementação da Nova Visão Estratégica para a CPLP para o decénio 2016-2026, adotada pela Cimeira de Brasília, no final de 2016, na mesma ocasião em que fui eleita como Secretária Executiva. No seguimento da adoção da Nova Visão Estratégica, coordenei no primeiro semestre de 2017 a elaboração de um documento de operacionalização desta Nova Visão, que traduz em iniciativas e ações as diretrizes e orientações estabelecidas pelos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade. Esse segundo documento proporcionou à CPLP, em geral, e ao Secretariado Executivo, em particular, um mapa e um enquadramento para o planeamento, a implementação e o acompanhamento das suas atividades. Paralelamente, pudemos dar um contributo importante à visibilidade da CPLP levando a nossa organização para grandes palcos regionais e internacionais onde não só demos a conhecer a Organização como também levamos a perspetiva da CPLP sobre grandes questões da agenda internacional. A CPLP cresceu como organização, alargou o número de observadores associados e consultivos e alargou também os horizontes para parcerias futuras, sendo prova disto a assinatura de protocolos de cooperação com várias organizações como é o caso do FIDA, da ONU Mulheres e a carta de intenções para um compacto financeiro com o BAD. A consolidação destas parcerias poderá alavancar o desenvolvimento social e económico dos Estados-Membros. Tive igualmente a feliz oportunidade de desenvolver um estimulante diálogo com outros espaços de base linguística e cultural, nomeadamente com a Organização Internacional da Francofonia (OIF), a Secretaria-Geral Ibero-Americana (SEGIB) e a Commonwealth. Em junho de 2017, as Secretárias-Gerais destas organizações e eu, na qualidade de Secretária Executiva da CPLP, lançamos o “Apelo por um Humanismo Universal”, uma resposta conjunta aos desafios e ameaças do mundo contemporâneo. No seguimento do Apelo, temos procurado identificar áreas e atividades para ações comuns, focadas especificamente nos jovens e nas mulheres, que constituem a maioria das nossas populações. Finalmente, promovi no Secretariado Executivo a elaboração e adoção de medidas, instrumentos e ferramentas de trabalho que visam dotar as atividades desenvolvidas de mais eficiência e transparência. Deixo o Secretariado Executivo da CPLP com o sentimento de ter dado o melhor de mim tendo em conta o período de tempo e as circunstâncias que me foram proporcionadas. Um dos pontos que apontou como prioridade quando iniciou funções foi dar continuidade aos esforços dos seus antecessodezembro 2018 Revista Business Portugal | 27
CPLP res com vista a aumentar a visibilidade e o impacto da CPLP. Considera que este objetivo foi cumprido? Em que medida? Este é um trabalho constante, que nunca está inteiramente concluído e que requer uma estratégia ao mesmo tempo permanente e flexível, para que seja possível adaptar-se às condições de cada momento. Por um lado, creio que a CPLP nunca teve tanta visibilidade internacional. O aumento exponencial de países interessados em adquirir o estatuto de Observador Associado da organização é uma clara demonstração disto. A CPLP tem estado presente em alguns importantes eventos multilaterais, como o Fórum Mundial das Águas, realizado em Brasília, em março de 2018, ou a conferência anual do Conselho Mundial de Alimentação, em Roma, em outubro de 2018. Tive a honra de representar a CPLP nesses eventos e também fui convidada para falar sobre a organização em instituições de renome mundial, como a Chatham House. No quadro da cooperação existente entre a CPLP, a OIF, a SEGIB e a Commonwealth, participei em alguns eventos de âmbito internacional na companhia das Secretárias Gerais daqueles organismos. Por outro lado, e talvez de forma paradoxal, a CPLP ainda é pouco conhecida nos seus Estados-Membros para além dos círculos diplomáticos e governamentais. Este é um desafio que ainda precisa ser vencido. Temos procurado fortalecer a nossa presença nos mídias sociais, que são o grande instrumento de divulgação do nosso tempo, e tive a oportunidade de conceder diversas entrevistas nas quais divulguei o trabalho da CPLP. Mas estou convencida de que ainda nos faltem ações de mais impacto e visibilidade, com efeito direto na vida dos nossos cidadãos, para que a imagem da CPLP seja mais difundida nos nossos países. De que forma é que a CPLP tem vindo a privilegiar o aprofundamento da cooperação e amizade entre os seus membros? Quais têm sido as mais-valias nestas relações e as lacunas que ainda identifica? Os Estados-Membros da CPLP já mantêm entre si intensas relações bilaterais. Nesse sentido, a questão que se coloca é qual o ‘valor agregado’ que uma organização multilateral como a CPLP pode proporcionar aos seus membros, ao acrescentar uma nova dimensão a estas relações já existentes. Estou convencida de que, apesar das nossas assimetrias e diferenças, funcionamos bem enquanto um coletivo, na medida em que possuímos muito em comum, além do idioma. E, justamente, por causa das nossas diferenças, temos muito a aprender uns com os outros. Penso especialmente na troca de experiências e boas práticas na formulação e execução de políticas públicas que enfrentem questões, oportunidades e desafios que são comuns a todos, mesmo que afetem cada país de forma distinta. Nesse sentido, a CPLP tem conseguido estimular e facilitar a formação de redes de instituições e técnicos em diversas áreas, como a saúde, a educação, a segurança alimentar, o trabalho e a cultura. Estas redes constituem espaços de partilha e aprendizagem mútua e de valor inestimável. O simples fato de servir como plataforma para a formação dessas estruturas já justifica a existência da CPLP. Porém, é claro que há ainda muito por fazer no sentido da ampliação destas redes e da sua replicação em áreas onde ainda não existem. Trata-se de um processo lento, que depende, também, de recursos nem sempre disponíveis. E talvez falte também associar, aos olhos dos cidadãos, a formação de melhores agentes públicos, para a qual a CPLP contribui de modo relevante em alguns setores, e a melhor prestação de serviços por parte dos governos. 28 | Revista Business Portugal dezembro 2018
A mobilidade é uma das questões principais em cima da mesa. Qual a importância do tema para os cidadãos da CPLP? Que avanços foram feitos? Como referi anteriormente, a questão da mobilidade parece-me uma dimensão essencial e prioritária para o futuro da CPLP. O incremento da facilitação da circulação de pessoas entre os nossos Estados-Membros constitui uma aspiração legítima dos cidadãos da Comunidade e é um fator com o potencial de gerar, nos cidadãos, o sentimento de pertença a esta comunidade. Contudo, trata-se, ao mesmo tempo, de um tema de extrema sensibilidade para os governos dos Estados-Membros, tendo em vista as particularidades de cada um no seu contexto regional, bem como nos compromissos assumidos neste âmbito. Tais particularidades devem ser respeitadas e tomadas em conta se quisermos realizar avanços efetivos em termos de mobilidade. Há que se considerar, também, que já existem instrumentos e mecanismos, seja ao nível multilateral, seja na esfera bilateral, que, tomados, no seu conjunto, contribuem para uma maior mobilidade no espaço da CPLP. Creio que falta-nos esta visão geral da situação. No seguimento da Cimeira de Santa Maria, realizada em julho de 2018, o Secretariado Executivo recebeu o mandato de compilar toda a legislação existente nos Estados-Membros referente a este assunto, o que nos permitirá ter um panorama mais amplo das facilidades de que já dispomos. Devo registar, com satisfação, que conseguimos realizar, no primeiro semestre de 2018, uma reunião que congregou as autoridades das instituições que lidam com esta temática nos Estados-Membros, algo que não ocorria há muitos anos. A referida reunião permitiu que o diálogo sobre mobilidade fosse retomado ao nível técnico e foi alcançado um compromisso de tornar esses encontros regulares, numa base anual. Ao nível político, acredito que a prioridade dada ao tema da mobilidade pela Presidência de turno da CPLP, que será exercida por Cabo Verde até 2020, possibilitará que a discussão seja aprofundada e que, espero, resulte em medidas mais concretas. A promoção da cultura e língua portuguesa são um pilar da CPLP. Que trabalho tem sido feito neste sentido? A promoção e difusão da língua portuguesa no âmbito da CPLP ganharam novo impulso com a realização das sucessivas Conferências sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, em Brasília (2010), Lisboa (2013) e Díli (2016) e com a adoção dos respetivos planos de ação que, tomados em conjunto, constituem uma sólida estratégia multilateral nessa matéria. Destaco, entre algumas iniciativas mais recentes, a elaboração, liderada pelo Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), do portal para professores de português como língua estrangeira, bem como o apoio dado pelo IILP à elaboração de Vocabulários Ortográficos Nacionais em vários Estados-Membros e o projeto em curso de elaboração do Vocabulário Ortográfico Comum. Trata-se de elementos essenciais para a implementação do Acordo Ortográfico. Paralelamente, vêm crescendo, ano após ano, as celebrações do Dia Internacional da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP, assinalado a 5 de maio. Em 2018, por exemplo, ocorreu um dia de festividades relacionadas com a efeméride nos jardins das Nações Unidas, em Nova Iorque, com a presença do Secretário-Geral da ONU, Engenheiro António Guterres. Estas ações contribuem para dar visibilidade e projeção ao nosso idioma comum. No que se refere ao futuro, creio ser essencial o fortalecimento institucional e financeiro do IILP, para que o mesmo possa ampliar as suas ações
CPLP que, em muitas ocasiões, as prioridades e os focos mudem, deixando, em segundo plano, ou enfraquecendo a vontade política que dá fôlego à Comunidade. Mas o fato de que um potencial não seja plenamente explorado ou realizado não faz com que ele deixe de existir. Faz parte do trabalho do Secretariado Executivo procurar alimentar a vontade política que nos sustenta e lembrar aos Estados-Membros o extraordinário instrumento de projeção internacional e de cooperação que têm nas mãos, sem nunca esquecer que caberá a eles decidir o que fazer com tal instrumento.
de promoção do português dentro e fora dos nossos Estados-Membros. Vejo também com otimismo o crescente interesse dos Estados-Membros em atuarem conjuntamente na difusão da língua portuguesa, ao buscar sinergias entre as suas estruturas nacionais, como o Instituto Camões e os Centros Culturais brasileiros no exterior, por exemplo. Finalmente, caberá aos Estados-Membros decidir com que nível de intensidade e engajamento irão comprometer-se com a causa da adoção do português como língua oficial de organismos internacionais na esfera das Nações Unidas e seu sistema. Que visão tem para o futuro da CPLP? A CPLP representa, hoje, cerca de 300 milhões de cidadãos de nove Estados, distribuídos em quatro continentes e inseridos, cada um, em contextos regionais específicos. Trata-se, assim, de uma organização de grande potencial estratégico, político e económico. Singular, na sua configuração geográfica, a CPLP carateriza-se, também, por uma enorme diversidade interna. Os Estados que a integram apresentam níveis muito distintos de desenvolvimento económico. E, no entanto, apesar de todas as assimetrias que nos poderiam separar, a CPLP conseguiu consolidar-se, ao longo dos seus 22 anos de existência, como uma organização capaz de construir consensos internos e de afirmar a sua presença no cenário internacional. Como já tive a oportunidade de mencionar, esta presença tem sido reconhecida por um número crescente de países, que tem manifestado de forma inequívoca o seu interesse em aproximar-se da CPLP e a ela associar-se por meio da obtenção do estatuto de Observador
Associado. Não penso exagerar ao afirmar que a CPLP oferece um extraordinário e estratégico instrumento de desenvolvimento interno e de projeção internacional para os seus Estados-Membros que pode, pelo seu caráter transregional, contribuir para a dinamização das relações entre os vários continentes, a diversos níveis. Este instrumento pode tornar-se ainda mais relevante se tivermos em conta que, num mundo globalizado e interdependente, a busca de soluções coletivas para os desafios que se apresentam a todos os nossos países, mesmo que de maneiras e com intensidades diferentes, é cada vez mais urgente. A experiência recente em algumas áreas, como a segurança alimentar e nutricional, a saúde e o fomento do setor audiovisual, para mencionar apenas algumas, demonstra que, juntos, podemos conseguir avanços significativos, desde que se conjuguem a vontade política, as competências diversas distribuídas pelos nossos Estados-Membros e os meios adequados para a ação. Naturalmente, refiro-me aqui à CPLP no seu melhor. Como qualquer organismo intergovernamental, a CPLP reflete, na sua atuação, a convergência possível dos diferentes interesses nacionais que nela se projetam. Nesse sentido, a situação interna e a inserção internacional, real ou desejada, de cada Estado-Membro condicionarão, sempre, o seu envolvimento em qualquer organização em que participe. Desta forma, a plena realização do potencial da CPLP dependerá sempre do nível de engajamento de cada Estado-Membro nas atividades da organização. Os avanços concretos são, muitas vezes, obtidos lentamente e com dificuldades. As oscilações na evolução da situação interna de cada país fazem com
Que mensagem lhe aprazaria deixar a todos aqueles que tanto têm feito para o crescimento da comunidade de expressão portuguesa? O idioma comum e os laços históricos e culturais que unem os Estados-Membros da CPLP foram, sem sombra de dúvida, fatores que forneceram uma base sólida sobre a qual construir a Comunidade como um projeto coletivo. Mas creio, também, que o fermento que permitiu que esses fatores facilitadores iniciais florescessem e dessem frutos foi a vontade política dos idealizadores e criadores da CPLP, e alimentada pelos seus sucessores, de constituir um organismo horizontal e democrático, onde todas as vozes fossem igualmente ouvidas e as decisões tomadas coletivamente. Um organismo – que não por acaso decidiu autointitular-se ‘comunidade’ – onde as assimetrias não se traduzissem, automaticamente, em hegemonias. O trabalho, a dedicação e o empenho de todos aqueles - mesmo aqueles cuja atuação não está diretamente vinculada à CPLP, que acreditam no extraordinário potencial que uma comunidade de expressão portuguesa representa, têm sido essenciais para alimentar e renovar o nosso património comum, bem como a vontade política de prosseguir os esforços no sentido da construção e do fortalecimento da nossa organização e da nossa comunidade de cidadãos. A estas pessoas, quero deixar, em primeiro lugar, um sincero e profundo agradecimento pelo que têm feito direta e indiretamente em prol da CPLP. Além disso, peço para que continuem a acreditar no projeto da Comunidade e que prossigam contribuindo para aprofundar os seus ideais, pois a sua incansável atuação é essencial para impulsionar o trabalho dos atores políticos dos Estados-Membros no sentido de dar prioridade à CPLP no contexto das suas respetivas políticas externas. dezembro 2018 Revista Business Portugal | 29
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GUINÉ EQUATORIAL
MEIO SÉCULO DE INDEPENDÊNCIA A Guiné Equatorial comemorou 50 anos de independência face à colonização de Espanha. Tito Mba Ada, embaixador da Guiné Equatorial em Portugal, considera que o país tem tido um percurso positivo, marcado pela superação e instalação de uma democracia sem convulsões, onde prevalecem os direitos e liberdades individuais da população. Em entrevista à revista Business Portugal, abordamos a comemoração do cinquentenário, o estado da economia nacional, assim como os principais desafios para o futuro do país.
Tito Mba Ada, embaixador
Q
ual o significado do quinquagésimo aniversário da Guiné Equatorial, enquanto país livre da colonização? Os 50 anos de independência de um país não se cumprem todos os dias. Para quem não conhece a história, a Guiné Equatorial é um exemplo de superação, que vem ultrapassando diferentes desafios ao longo da sua vida, ao longo destes 50 anos. Falámos de um país que conheceu a escravatura e a ocupação colonial durante mais de 200 anos, por Espanha, sem esquecer os mais de 300 anos anteriores por Portugal. Durante este período passamos pela escravatura e pela colonização, em que não existiam direitos dos povos autóctones. 32 | Revista Business Portugal dezembro 2018
Só muito mais tarde obtivemos o estatuto de autonomia por Espanha, em duas províncias, antes de afirmarmos contundentemente a independência, que se firmou a 12 de outubro de 1968. Nesta época houve nacionais que derramaram sangue por causa da independência, os nossos mártires. A data que realmente o povo da Guiné Equatorial assume como o renascimento do país é 3 de agosto de 1979. Na primeira década as liberdades individuais dos cidadãos foram constantemente e claramente violadas. A partir desta data, o presidente Obiang Nguema Mbasogo decidiu promulgar vários decretos que visavam a recuperação dessas mesmas liberdades, nomeadamente religiosa, expressão, segurança. Por outro lado, iniciou-se uma prática de concessão de amnistias para os condenados políticos e o país começou a analisar o seu percurso, sem economia e sem quadros preparados. O presidente Obiang Nguema Mbasogo formou uma equipa tendo como o objetivo a formação dos mais jovens no estrangeiro, organizou politicamente o país, e encetou a luta contra a pobreza. Por outro lado, iniciou conversações com os países amigos e entrou na Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), que tem como moeda comum o franco CFA. Assim, se deu início ao caminho de entrada em diferentes organizações, nomeadamente a Francofonia, a CEEAC (Comunidade Económica dos Estados da áfrica Central), a CPLP e a OPEP, combatendo o isolamento em que nos encontrávamos nessa época. Anos mais tarde, os recursos humanos que foram enviados para o estrangeiro começaram a regressar, seguindo o exemplo do próprio presidente, melhorando a estrutura governativa, que ainda era insuficiente. Por isso mesmo, é um enorme orgulho perceber que cinco décadas após a conquista da independência a Guiné Equatorial tem duas universidades, uma estatal e outra privada, nas diversas áreas do ensino, desde a medicina, ao direito e à economia. Só neste âmbito já é um enorme motivo para festejar. Por outro lado, as mulheres conquistaram o seu lugar no governo, nas instituições, nas empresas. Saímos de um estado isolado, para um país que contempla mais de 47 missões diplomáticas por todo o Mundo, fazendo amizade, cooperação e solidariedade. Estamos presentes nas grandes instituições do mundo contemporâneo, como no Conselho de Segurança das Nações Unidas e no Conselho de Paz da União Africana. Um caminho duro, mas que fez sobressair a voz da Guiné Equatorial em África.
GUINÉ EQUATORIAL Durante o período de transição, houve decerto inúmeros desafios para a classe governativa da Guiné Equatorial. Nessa altura, o país e, principalmente, a economia estavam numa situação muito difícil. As condições não eram as melhores para nos desenvolvermos como um novo estado. Em primeiro lugar, os colonos não tiveram em conta a preparação dos quadros nacionais, futuros governantes do novo estado democrático. Portanto, essa falha foi notória. Havia nacionalistas, mas não quadros preparados para acompanhar a tarefa de governar e responder aos desafios que se avizinhavam. Outra das dificuldades prendeu-se com o facto de a economia não ser nacional. A produção de cacau, café e madeira era exportada para Espanha, em troca de bens de primeira necessidade. Portanto, quando a Guiné Equatorial assumiu a independência começou a enfrentar diferentes desafios. Depois temos a questão política, pois apenas cinco meses depois da tomada de posse, a Guiné Equatorial enfrentou outro desafio, mais propriamente, a existência da tentativa de um golpe de estado. Este facto criou um ambiente de desconfiança no país. Portanto, os primeiros 11 anos de independência foram muito complicados, pondo em causa a liberdade e provocando novas ameaças, como a miséria, a pobreza e a violação sistemática dos direitos dos cidadãos. Contudo, hoje partilhamos com a comunidade internacional os frutos das nossas diferentes conquistas. Por exemplo, contribuímos com milhares de dólares para a FAO (Food and Agriculture Organization), no sentido de combatermos a fome, nos países africanos com grandes problemas de alimentação, contribuímos economicamente através da OMS para a luta contra o ébola em África, e patrocinamos o Prémio UNESCO para as Ciências da Vida. Nós recebemos, mas queremos igualmente partilhar e ajudar outros países. Do ponto de vista económico qual foi a evolução da Guiné Equatorial desde a conquista da independência? A descoberta de grandes reservas de petróleo, e a consequente exploração, trouxeram desafios para a política nacional. Por isso mesmo, convocamos uma cimeira nacional, convidando parceiros bilaterais e multilaterais para discutirmos o assunto, de forma a perceber como fazer para aproveitar as vantagens deste recurso económico. Após esse evento criamos um plano, o “Horizonte 2020”, para o desenvolvimento do país. Primeiro fomentámos a criação de infraestruturas (escolas, hospitais, estradas, portos, aeroportos, habitações, água, eletricidade), promovendo o desenvolvimento de novos centros urbanos em todas as comunidades do país. Hoje, a Guiné Equatorial tem estradas, aeroportos internacionais, portos marítimos, escolas, etc. No entanto, o objetivo passou sempre pela diversificação da economia, fomentando novas fontes de crescimento e é essa a nossa fase atual, identificando os clusters da agricultura, do mar e do turismo como focos de futuro. Mas ainda existe muito para fazer. Começamos do zero e estamos agora numa curva ascendente de desenvolvimento, sempre
com o intuito de melhorar o futuro do nosso povo. A questão do petróleo é desafiante, porque mesmo as Nações Unidas identificaram novos pontos de desenvolvimento, tendo em linha de conta o estado atual do Mundo, e é com essas metas que estamos a trabalhar. Portanto, o plano nacional “Horizonte 2020” será revisto em 2019. Em 2014 tornaram-se membros da CPLP. Que desafios trouxe este processo de adesão? Estamos contentes, ganhamos com a CPLP e vice-versa. Não trabalhamos com complexos históricos. Temos uma relação antiga com Portugal, portanto faz parte da herança dos primeiros descobridores, das nossas ligações ao mundo lusófono. Relativamente a uma das questões delicadas levantadas como a pena de morte, essa é uma das heranças que nos foi deixada pelos colonos. A Guiné Equatorial é um país com muito respeito pelos direitos humanos. Antes de pertencer à CPLP, já estávamos a lutar contra a pena de morte com a outorgação de amnistia e concedendo indultos aos condenados para facilitar a sua reinserção na sociedade. No momento da nossa adesão à CPLP foi adotada a Moratória, já que legalmente não era possível abolir a pena de morte. Já não se pratica pena de morte na Guiné Equatorial. No entanto, o desafio continua, porque, devido à herança das leis coloniais, a ausência de acervo jurídico obriga-nos a trabalhar para que a pena de morte tenha leis alternativas nos diferentes códigos do país. No dia a dia vamos introduzindo essas práticas nas nossas leis, um trabalho gradual. Portanto, o que é necessário agora é cooperação técnica neste domínio e ajuda à formação dos novos juristas, para cumprirmos o objetivo da melhor forma, sem pressões improdutivas. Para terminar, quais os principais objetivos para o futuro da Guiné Equatorial? Estamos contentes com os passos dados no nosso compromisso a nível nacional e internacional, mas igualmente continuaremos o nosso compromisso político e a manutenção do processo democrático sem convulsões, para o bem estar da população. Fundamentalmente, queremos continuar a manter um país pacífico, livre e seguro, aberto a novos investidores. Por outro lado, estamos a receber imigrantes qualificados e somos procurados por muitos países africanos, asiáticos, americanos e europeus. Neste âmbito temos uma experiência diferente da imigração porque estamos a gerir diversas nacionalidades, o que se torna uma grande vantagem no quadro da CPLP. A paz é muito importante para nós, por isso a comemoração do quinquagésimo aniversário em conjunto com o povo português é importante pelo contributo que tiveram na construção do país. Somos países amigos e aliados, que estamos obrigados a viver juntos para sempre, devido à nossa longa ligação.
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DESTAQUES 36 SIMPLY RENT Um sonho que cresce a cada ano 38 INTERMARCHÉ OLHÃO Uma marca onde as pessoas contam 40 RESTAURANTE RAÍZES Tradição e modernidade com vista para o Barrocal algarvio 42 RESTAURANTE PRAZERES O prazer de comer bem em Olhão 46 PISCINAS WATERAIR 722 exemplos da qualidade Waterair no algarve 48 JRCO Engenharia e construção de luxo no Barlavento 50 RECLALGARVE Uma boa publicidade é o primeiro passo para o sucesso
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ALGARVE
DE EXCELÊNCIA O turismo é uma das áreas mais interessantes em Portugal, é também a culpada pela receção de turistas que enriquece cada vez mais a economia do país. E tudo isto porque temos lugares que emanam histórias e empresas turísticas que transformam as histórias e os cenários naturais em destinos incomparáveis. Para onde quer que as atenções se virem, o Algarve é sempre um ponto de referência. Não fossem as cores da serra, do mar e do clima mediterrânico sempre presentes, e uma oferta de serviços cada vez maior a fazer da região algarvia um marco de atração para milhares de estrangeiros e portugueses. Ao nível empresarial assistimos a um pano-
rama transversal que se baseia sobretudo em investimentos, inovações, novos projetos e acima de tudo, a uma mentalidade confiante de quem já sabe como e onde chegar. É por este prisma que nesta edição lhe apresentamos exemplos de empresários algarvios que, mediante a sua natureza empreendedora e visionária, têm acrescentado valor à região e obtido sucesso ao longo dos tempos. É o caso da hotelaria – que tem sido mestre em inovação, da saúde – que tem feito uma forte aposta na qualidade do serviço, dos transportes – com serviços personalizados e pacotes completos e de outros tantos ramos que criam mais-valias para o turismo nacional.
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SIMPLY RENT
UM SONHO QUE CRESCE A CADA ANO As rent-a-car são um negócio em expansão em todo o território nacional, associado ao crescimento do turismo. A SimplyRent nasceu há três anos, resultado de um sonho improvável de João Gago. Hoje, é uma empresa que alia simplicidade, bom acompanhamento ao cliente e simpatia e que cresceu, no espaço de um ano, cerca de 300 por cento. pelas agências de aluguer de automóveis tenham menos de cinco anos ou 100 mil quilómetros. Caso contrario, têm de ser sujeitos a uma inspeção especial e conseguir um selo, do IMT, que garanta a sua aptidão para o serviço. A maioria das agências de aluguer vende os automóveis. Fomos ao nosso fornecedor de Ferragudo, um senhor que tinha uma pequena rent-a-car a quem comprámos 10 carros. Durante a conversa, ele propôs que ficássemos com a rent-a-car, pois ele ia ter com a mulher, a Inglaterra”.
A SimplyRent
João Gago e pai, administradores
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Com uma frota de perto de 60 veículos, constituída maioritariamente por veículos citadinos, para um tipo de cliente não muito exigente
uando João Gago acabou o ensino secundário, a dúvida costumeira surgiu. “O que é que eu vou fazer agora? Desde sempre, o meu pai esteve ligado ao setor automóvel. Inicialmente, tinha uma oficina de mecânica e depois avançou para a venda de veículos e anexou à oficina um stand de automóveis. Falei com ele e pedi-lhe para ficar a trabalhar no stand, durante dois meses. Foi a minha primeira experiência no ramo de negócio e contacto com clientes”. Dois meses transformaram-se em dois anos e João Gago percebeu efetivamente que vender e conversar com os possíveis clientes era a sua paixão: “o stand é grande. A estrutura do meu pai dá trabalho a 15 pessoas, entre mecânicos, pintores, bate-chapas e gestores de clientes, no stand e nas oficinas”. João Gago teria continuado no mais carros para vender. “As rent-a-car são dos stand, não fosse uma ida a Ferragudo, maiores fornecedores de carros para venda. Exiscom o pai, precisamente para adquirir te uma lei que obriga a que os veículos usados
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A ideia de ter uma rent-a-car não passou pela cabeça de João Gago, mas fez-se sonho, nessa mesma noite. “Nem pensei naquela conversa, mas acabei por sonhar com ela. Logo no dia seguinte, decidi falar com o nosso fornecedor e fiz-lhe uma proposta pela empresa. Ele aceitou, e foi apenas necessário formalizar o negócio”. Quando terminou o processo burocrático, João Gago viu-se a braços com uma empresa sua – uma rent-a-car – algo em que nunca tinha pensado trabalhar, e reconhece a importância da família e do antigo proprietário do negócio para o seu sucesso. “Foi o antigo proprietário que me explicou como se gere uma rent-a-car e me falou na importância das parcerias, nomeadamente com os hotéis mais próximos. O meu primeiro ano foi passado a distribuir panfletos nas unidades hoteleiras da região de Tavira, de forma a explicar que havia uma nova opção de rent-a-car disponível”. Entretanto, João Gago continuava a trabalhar como gestor de clientes no stand do pai – algo que faz até hoje - e era também o responsável por gerir a frota de veículos com que a agência de aluguer de automóveis tinha ficado: “todo o trabalho passava por mim. O meu pai aconselhou-me, e bem, a não comprar mais carros no primeiro ano, por isso trabalhei com cerca de seis
SIMPLY RENT
primeiro ano de atividade, existia apenas um escritório, no stand do pai, onde João Gago ainda assumia o seu papel de gestor de clientes: “tínhamos uma secretária e o nome da empresa escrito na parede. Foi ali que tudo começou”.
Uma empresa simples, metódica e em crescimento
carros, no primeiro ano”. João limpava os carros e fazia a sua entrega aos respetivos clientes, a maioria deles conseguidos através dos hotéis, que recomendavam o serviço da SimplyRent. “O nome da empresa também foi complicado. Quis dar um novo nome à empresa que comprei e queria que fosse um nome com que as pessoas se identificassem e que, de certa forma, distinguisse a empresa das restantes. Como o meu objetivo é sempre ser claro com os clientes, o mais claro e simples possível, adotei o título de SimplyRent”. Durante o
Se no primeiro ano de SimplyRent, o desafio do sucesso esteve entregue a João Gago, no segundo ano o crescimento da empresa já obrigou o proprietário a contratar alguém para o ajudar. “Eu não conseguia lavar os carros, prepará-los e entregá-los. Arranjei um rapaz para trabalhar comigo nas lavagens, enquanto eu entregava os carros aos clientes. Trabalhávamos muito, mas compensava”. Em 2017, João Gago sentiu a necessidade de encontrar um espaço para si. Encontrou-o em Março e em Junho estava oficialmente aberto ao público o primeiro espaço oficial da SimplyRent: “era uma antiga garagem e estava muito suja. Porém, sentia a necessidade de ter um espaço oficial, central em Tavira, de forma a captar clientes para além dos de hotel. Neste momento, conseguimos ter clientes que nos pesquisam na Internet, outros que vêm recomendados pelos hotéis com que temos parcerias e ainda aqueles que passam por
aqui e entram, porque precisam de um carro”. Há ainda um outro tipo de cliente – aquele que vem através do Broker -, serviços online que permitem marcar hotel e também alugar um automóvel na mesma plataforma. Com uma frota de perto de 60 veículos, constituída maioritariamente por veículos citadinos, para um tipo de cliente não muito exigente, mas que quer segurança e simpatia, e outra grande fatia dedicada a veículos de categoria C, aqueles que funcionam perfeitamente para famílias, que necessitam de um carro mais cómodo, mas também um pouco mais caro, a SimplyRent apresenta um crescimento de 300 por cento. “Expandimos o nosso serviço de lavagens a todo o público, para rentabilizar o espaço e, pelo facto de ter um stand na família, consigo rentabilizar um carro na rent-a-car, durante duas épocas, e vendê-lo ainda com um ano de circulação. Isso garante-me uma frota nova, sem problemas mecânicos e com qualidade”.
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INTERMARCHÉ OLHÃO
UMA MARCA ONDE AS PESSOAS CONTAM O Intermarché de Olhão está há quatro anos sob a responsabilidade de Angel Martin. De um percurso ligado à informática, atividade na qual chegou a ter a sua própria cadeia de lojas, mudou para o ramo da distribuição alimentar. Atualmente, é também o responsável pela área da Informática do Intermarché, a nível nacional e dispôs-se a conversar sobre o seu percurso, as diferenças que distinguem a marca Intermarché das restantes da mesma área de negócio e o que ainda falta fazer na loja para estar sempre na vanguarda das necessidades dos clientes.
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ngel Martin sempre soube que seria informático. Desde novo, essa sempre foi a área que o apaixonou e acabou mesmo por se formar em Informática. Trabalhou em várias empresas destacando a IBM, o INE e terminou o seu percurso de trabalhador por conta de outrem na cadeia de 75 lojas como diretor Informático da Osfone. “Foi nessa altura que decidi abrir um negócio próprio – lojas ligadas à assistência informática. Cheguei a ter três em simultâneo”. Porém, outro desafio aguardava Angel Martin: “eu e a minha esposa procurávamos um franchising, e tínhamos alguns familiares que falavam muito bem desta marca francesa, pois eram aderentes há algum tempo e estavam muito satisfeitos com o modelo de negócio e as lojas que tinham”. Foi precisamente durante uma visita à FIL, num stand da marca Intermarché, que Angel Martin e a Carole Diogo que tomaram a decisão de aceitar o desafio e gerir uma loja da marca.
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A formação Intermarché Durante os primeiros seis meses, o casal que assume o compromisso de ser aderente da marca passa por um período de formação intensivo, onde lhes são ensinadas todas as matérias que são necessárias à gestão de um supermercado, nomeadamente Contabilidade, Higiene e Segurança no Trabalho, Gestão de Stocks, Marketing e Publicidade, Recursos Humanos, entre outras. “Durante este tempo, não temos nenhuma loja atribuída, mas no final da formação podemos escolher um projeto novo – à criar – ou ficar com uma loja disponível existente. Foi o nosso caso, com esta loja de Olhão”.
Uma loja com uma nova dinâmica O Intermarché de Olhão já existia antes da chegada do Casal, mas não conseguiu fazer frente à concorrência: “num curto espaço de tempo, houve um grande aumento de outras superfícies comerciais e, dado o investimento inicial, esta loja não se conseguiu readaptar, para fazer frente a essa situação. Por isso, o aderente da altura já
tinha abandonado o projeto e este espaço estava a ser gerido pela empresa-mãe”. Quando os novos aderentes chegaram, a loja foi reformulada totalmente. “O Intermarché de Olhão não é nada daquilo que era há quatro anos atras. Sofreu uma remodelação completa, desde o parque de estacionamento, aquisição de novas lavagens, serviço de lavandaria, jardim e pinturas. O interior da loja também foi todo renovado, desde a reorganização dos lineares, um novo sistema de iluminação e redução de custos no sistema de frio, bem como nova decoração e moveis em toda a parte de frescos, como fruta, peixe, carne e charcutaria”. Angel Martin apostou fortemente na secção da garrafeira, procurando ter disponíveis vinhos de todas as regiões portuguesas e também vinhos estrangeiros. Uma outra aposta passa pela comida saudável, dietética e biológica e ideal para diabéticos ou portadores de doenças alimentares. “Este é um nicho de mercado em crescimento e queremos enriquecer cada vez mais o nosso corredor de produtos naturais, para permitir uma maior escolha ao cliente”. Numa superfície comercial cuja loja tem 2000 m2, um restaurante com 300m2 e a galeria comercial 800 m2, a rentabilização
INTERMARCHÉ OLHÃO
entre outros que são típicos desta região”. Além disso, também apoiamos as comunidades de ação social local, sempre que é solicitado. Reconhecendo as diferenças entre esta marca e as restantes do mercado, estamos muito satisfeitos por fazer parte de um projeto maior, em que as pessoas são valorizadas e podem aspirar a uma carreira dentro do grupo Intermarché. “Todos os nossos cargos de chefia, integraram na empresa como colaboradores, passaram a responsáveis e agora são chefes. Agora esperemos que venham a ser colegas aderentes!”. O empresário acredita que é sempre possível crescer, mas não deixa de salientar que o mais importante serão sempre as pessoas, ou não fosse o Intermarché um grupo “familiar”, onde todos se conhecem e trabalham para fazer mais e melhor, sempre.
Angel Martin e Carole Diogo, sócios-gerentes
do espaço torna-se fundamental e o empresário soube criar parcerias com outros empresários da cidade, que trouxeram os seus negócios para dentro do Intermarché. Assim, os clientes podem beneficiar dos serviços de um spa, assistência informática, uma papelaria, um cabeleireiro e uma enorme florista. Existe ainda um ginásio de 1000m2 marca gymnasium integrado no mesmo espaço e brevemente uma Parafarmácia, uma loja de telemóveis e parque de autocaravanas
Uma marca de pessoas para pessoas O Intermarché é conhecido pela proximidade com que clientes, colaboradores e responsáveis de loja convivem. “A maioria dos clientes sabem quem nós somos. Muitos vêm falar connosco, porque um aderente desta marca está perto dos seus clientes e dos colaboradores. Fazemos questão de nos aproximarmos e de saber as suas necessidades”. Para com a sociedade e a região em que está inserido, o Intermarché assume a responsabilidade social que tem e, por isso, colabora com produtores portugueses, através do programa Origens, e muitas das vezes locais. “O nosso peixe é em grande parte da lota de Olhão, temos também produtores de frutas e legumes que são locais, bem como mel, licores vinhos, conservas, os folares
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RESTAURANTE RAÍZES
TRADIÇÃO E MODERNIDADE COM VISTA PARA O BARROCAL ALGARVIO
Nuno Pinheiro e António Carmo, sócios-gerentes
Em pleno Barrocal algarvio, instalado entre o mar e a serra e fazendo fronteira direta com os concelhos de Faro, Loulé e São Brás de Alportel, encontramos o restaurante Raízes. Situado na freguesia de Santa Bárbara de Nexe, este espaço acolhedor e descontraído leva-nos numa viagem de sabores, através da gastronomia tradicional portuguesa, com pitadas de modernidade e uma apresentação sofisticada de cada prato.
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uem deixa para trás a cidade de Faro e sobe a serra entra em Santa Bárbara de Nexe. Uns quilómetros depois, seguindo em frente, fica o restaurante Raízes, uma aposta de Nuno Pinheiro, chef de cozinha, e de António Carmo, especialista em cocktails e responsável pela sala deste espaço icónico.
A paixão pela cozinha e pela restauração Nuno Pinheiro e António Carmo têm muitos anos de experiência no setor da restauração e ambos passaram por casas de referência. Nuno Pinheiro é natural de Cascais, embora as suas raízes estejam no norte do país e desde sempre foi um apaixonado pela arte de cozinhar. Aos 12 anos já sabia que queria ser cozinheiro e, quatro anos depois, inscreveu-se na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril, de onde saiu formado com distinção no curso de Cozinha e Pastelaria, em 2003. A partir daí, trabalhou no conceituado Porto de Santa Maria, um restaurante na altura galardoado com uma estrela Michelin, para de seguida ingressar no Silva Carvalho 40 | Revista Business Portugal dezembro 2018
Catering (Grupo Ibersol). O restaurante Faz Figura, em Santa Apolónia, o hotel Aqua Luz Troia e o restaurante Eleven, em regime de estágio, também fazem parte do currículo de Nuno Pinheiro. Em 2010 começou a trabalhar no Catering Companhia dos Paladares, enquanto chefe de cozinha. “Fiz um bom trabalho e esse desempenho de qualidade garantiu-me a entrada na Quinta Os Agostos, em Santa Bárbara de Nexe, através do Catering Hortelã da Ribeira, onde ainda sou responsável pela Chefia”. No ano seguinte, Nuno Pinheiro viu-se confrontado com um convite especial - que aceitou – e foi ocupar o lugar de sub-chefe de Catering no Grupo José Avillez. Em 2012, passou a chefe de Catering. Apesar de ter deixado o Grupo José Avillez em 2015, durante o tempo em que integrou a empresa teve a possibilidade de integrar vários projetos, como o Peixe em Lisboa e o ‘Jantar a seis mãos` com os chefes José Avillez, Leonel Pereira e Miguel Castro e Silva. Esteve ainda presente no SISAB, com o chefe José Bengaló dois anos consecutivos. António Carmo é também um homem experiente neste setor e já conta com 20 anos de profissão. Natural de Faro, tirou o curso de restaurante e bar na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, onde também concluiu Técnica de Gestão Hoteleira. Logo após terminar a escola, iniciou a fase de estágios, onde passou por espaços tão importantes como os hotéis Vila Vita Park e Le Meridien Dona Filipa. Trabalhou em espaços únicos como o Clube Casa do Castelo, hotel Real Santa Eulália, The Lake Resort, fez chefia de bar no Hotel Mónaco e participou em vários concursos de cocktails.
O nascimento do Raízes Ter um projeto próprio é o sonho de qualquer chef de cozinha e Nuno Pinheiro não é exceção. Quando lhe surgiu a oportunidade de ter um restaurante à sua imagem, agarrou-a. Com um espaço reconstruído à medida do desafio, o Raízes abriu em junho de 2017. A sala, composta por várias mesas e cadeiras de tamanhos e cores distintos, e o espaço exterior, onde o mobiliário feito de paletes reina, num ambiente marcado pelas cores azul e branco garantem a quem chega uma reação de bem-estar e uma vontade de sentar à mesa para saborear uma refeição, enquanto também desfruta da companhia da família ou dos amigos.
Uma gastronomia que recorda as origens O restaurante Raízes apresenta a gastronomia tradicional portuguesa de um ponto de vista único. A modernidade está presente nas técnicas de cozinha
RESTAURANTE RAÍZES
utilizadas pelo chef e o seu braço direito David Loureiro, bem como na apresentação cuidada de cada prato, mas a ‘comida de conforto’, que junta a família à mesa é a base desse trabalho. Propostas como cachaço de porco Ibérico confitado ou costeletas de borrego cozinhadas em sous vide estão presentes na carta do restaurante. “Também temos opções de peixe, nomeadamente o carapau marinado, cataplana de peixe, caldeirada de peixe... e pratos vegetarianos, como o risoto de griséus, feito com puré de ervilhas e leite de coco e o tofú com batata doce e legumes grelhados”. Quem quiser tem também a possibilidade de optar pelo ‘prato do dia’ servido ao almoço, que é criado por Nuno Pinheiro diariamente. Ao Domingo, o Raízes disponibiliza um brunch, entre as 12 e as 15 horas. “Cada
pessoa tem direito a uma degustação de cinco ou seis pratos, todos eles saídos diretamente da cozinha. Estivemos seis meses sem repetir um único prato e quem nos visita dá um excelente feedback desta iniciativa”. Os cocktails são também uma especialidade da casa, desta feita pela mão de António Carmo. “Temos cerca de 20 opções na carta, mas vamos aumentar a lista e o cliente pode sempre sugerir um da sua preferência”. Criados para satisfazer aqueles que gostam de consumir um aperitivo ou um digestivo, os cocktails são também uma aposta para o futuro do restaurante.”Podem beber o seu cocktail na nossa excelente esplanada com vista para serra e mar”. Com um público maioritariamente constituído por estrangeiros residentes na região, e turistas recomendados pelos alojamentos locais, o restaurante Raízes assume-se como uma casa distinta, que pretende oferecer aos seus clientes uma verdadeira degustação de cada refeição. “O primeiro ano já passou, e mesmo com alguma dificuldade, conseguimos crescer. De três elementos passámos a cinco, “mas não ficaremos por aqui, agradecendo de coração a quem nos acompanha” e já conseguimos figurar entre os 20 restaurantes de Faro distinguidos com a catego-
ria de Excelência na Restauração. O futuro avizinha-se promissor, mas não podemos esquecer a nossa origem”. O Algarve não é só mar. O restaurante Raízes proporciona, a par de uma excelente refeição, uma vista deslumbrante sobre a serra algarvia. Venha conhecê-lo!
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RESTAURANTE PRAZERES
O PRAZER DE COMER BEM EM OLHÃO A Avenida 5 de Outubro, em Olhão, é conhecida pela sua enorme quantidade de restaurantes. Em frente ao mercado da cidade, encontramos o restaurante gerido por Bruno Brito e pelo chef Paulo Filipe, com uma equipa de seis pessoas, este restaurante de Olhão dá a conhecer o que de melhor se faz na gastronomia algarvia.
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mas optamos sempre pela qualidade: “os nossos produtos são sempre frescos e não há nada que não seja confecionado na hora. No que respeita ao marisco, que está muito presente nos nossos pratos, este é comprado duas vezes por dia, uma antes de o restaurante abrir para os almoços e outra antes dos jantares terem início. O chef Paulo Filipe é o responsável pelas compras”. Questionado sobre a quantidade de peixe necessária para fazer funcionar o restaurante, o chef afirmou que,
uem passa em frente ao mercado de Olhão não consegue ficar indiferente ao restaurante Prazeres. Com uma esplanada pequena, mas evidente, o destaque vai para a sua montra de peixe exterior, que apresenta a frescura do que melhor se pesca na Ria Formosa. Esta casa nasceu em 2013. Nessa altura, “os turistas estavam a vir todos para a baixa da cidade e tinha acabado de abrir uma grande unidade hoteleira, que estava a dinamizar muito a cidade. Estudámos o público e percebemos como utilizar os nossos produtos, vindos da Ria Formosa – sobretudo o marisco e o peixe – e trabalhá-lo de forma tradicional para agradar àqueles que iam ao nosso restaurante”.
Gastronomia algarvia típica O novo restaurante Prazeres surgiu numa altura difícil, economicamente,
Bruno Brito, gerente
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diariamente, são consumidos muitos quilos de peixe e marisco: “a nossa matéria-prima é o peixe e o marisco que provém da Ria Formosa. Salvo algumas excepções, todo o nosso marisco vem desta ria”. Paulo Filipe explicou ainda que a variedade de pratos confecionados com base no peixe é imensa. “Temos várias cataplanas – de bacalhau, marisco, tamboril, atum, polvo – que levam cerca de 30 minutos a preparar, entre a preparação do prato em cru e o momento da cozedura”. Este é um dos pratos mais pedidos pelos clientes, bem como a mariscada, também muito solicitada. “A maioria dos nossos clientes é estrangeira – essencialmente inglesa, francesa e italiana -, pelo que fica fascinada com a apresentação dos pratos e mesmo com o próprio conteúdo, pois há muitos turistas que não têm um acesso fácil a peixe e marisco no seu país de origem. Muitas vezes, escolhem um prato por sugestão nossa e ficam fascinados com aquilo que lhe apresentamos”. Um dos pratos com maior sucesso, e que foi criado pelo chef Paulo Filipe, é o peixe na telha, “é um prato que não se vê noutros restaurantes, porque foi o nosso chef que criou”, explica Bruno Brito. O chef do restaurante Prazeres conta que o peixe
RESTAURANTE PRAZERES
“A nossa matéria-prima é o peixe e o marisco que provém da Ria Formosa. Salvo algumas excepções, todo o nosso marisco vem desta ria”
na telha é um prato feito no forno, cuja característica única é a de que o peixe - atum, linguado, sardo, pargo, dourada, robalo, entre outras espécies – é cozinhado em cima de uma telha de barro e é assim que é servido ao cliente. “É sempre feito no forno e acompanha com os ingredientes típicos de um assado, todos eles portugueses e comprados no mercado aqui em frente. Todos estes pratos são confecionados na hora e o que atrai os clientes é exatamente isso – o facto de serem tão tradicionais e frescos“. Apesar de o restaurante Prazeres ser conhecido pelo seu peixe, os clientes
Paulo Filipe, chef
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RESTAURANTE PRAZERES
Paredes repletas de carinho
têm também oportunidade de experimentar pratos de carne. “A novidade agora é o bife na pedra, que os clientes adoram. Vai para a mesa o bife, acompanhado de uma pedra de granito quente e são os próprios clientes que cozinham a sua refeição”. Outras sugestões para os amantes de carne são a picanha grelhada com camarão ou o bife de frango com molho de cerveja. Para terminar a refeição, nada melhor que uma sobremesa e Bruno Brito assegura que a mousse de chocolate do seu restaurante é digna de nota: “fazemos mousse confecionada como antigamente. Temos o segredo e é uma mousse divinal”. A carta de vinhos está, também ela, trabalhada ao pormenor, algo fundamental para um restaurante-marisqueira. “Tenho uma carta extensa, com vinhos de todas as regiões de Portugal, do Norte ao Sul, mas destaco os vinhos algarvios, quer sejam brancos, tintos ou rosés, particularmente os da Quinta do Morgado da Torre, cujo vinho branco, por ser suave, é perfeito para acompanhar uma mariscada”.
No restaurante Prazeres, um cliente satisfeito pode deixar a sua satisfação patente na parede da casa. A atriz Margarida Vila-Nova iniciou a tradição e, desde então, têm-se multiplicado as mensagens de carinho e agradecimento pelo bom tempo e a excelente refeição proporcionados. “A mensagem desta atriz está emoldurada porque ela foi a primeira a assinar a nossa parede. Depois dela, já recebemos outras personalidades como a cantora Teresa Salgueiro, o futebolista Rui Costa e um grupo de teatro que, anualmente, vem atuar para crianças, na região”. Constatações como a atenção e o rigor do atendimento, a excelente confeção de comida e a qualidade dos produtos utilizados são sempre destacados pelos clientes. Também na ferramenta TripAdvisor o restaurante Prazeres faz sucesso, sendo a casa com mais avaliações, somando já mais de mil. Os comentários seguem a vertente de agrado e felicitação das mensagens deixadas na parede do restaurante. Por esses motivos, Bruno Brito afirma que a necessidade de ser melhor a cada dia está sempre presente: “queremos proporcionar uma experiência fantástica aos nossos clientes. Queremos que se sintam em casa, sem que os pressionemos para nada, mas em simultâneo estando atentos, para que nada lhes falte e temos sido recompensados por isso. É muito bom”.
Av. 5 de Outubro 94 (Em frente ao Mercado de Peixe) | 8700-302 Olhão | Tlm.: 289 703 656
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JANSSEN PORTUGAL
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PISCINAS WATERAIR
722 EXEMPLOS DA QUALIDADE WATERAIR NO ALGARVE As piscinas Waterair surgiram em 1972, no mesmo ano em que Samuel Bacalhau nasceu. O seu tio Fernando Bacalhau e, posteriormente, o seu pai foram os responsáveis por trazer este conceito de piscinas inovadoras para Portugal, tornando a empresa António Bacalhau Lda num representante exclusivo desta marca na região do Algarve. Fique a conhecer a marca de piscinas que se afirma como uma alternativa clara às construções em betão e fibra.
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que salta à vista na primeira vez em que se visita a empresa é a piscina oval, em pleno funcionamento, no interior da loja/exposição. De acordo com Samuel Bacalhau, não existe outro exemplar em funcionamento no interior de empresas ligadas à construção de piscinas. “Estas piscinas são fáceis de montar, porque vêm em módulos – é um kit -, mas são certificadas e têm várias vantagens no que respeita à durabilidade, à qualidade dos materiais utilizados, à sua aplicação e montagem e ao seu lado ecológico e sustentável”.
O mundo de vantagens Waterair Samuel Bacalhau entusiasma-se quando fala sobre a ‘sua’ marca de piscinas: “a Waterair é uma marca francesa, que foi criada em 1972 e patenteada. Quando o meu tio veio para Portugal, trouxe com ele o responsável pela marca, e foi assim que o negócio teve início. O meu pai, António Bacalhau, não trabalhava no setor das piscinas, mas lidava de perto com construtores civis que facilmente tinham pedidos desses. Por esse motivo, e reconhecendo as vantagens desta marca, o meu pai resolveu apostar nesta área de negócio, em 1993”. As piscinas Waterair são, em primeiro lugar, de construção muito fácil. Além disso, podem ser instaladas elevadas ou enterradas. “Não existe piscina que não se possa aplicar no terreno. Há cerca de 12 modelos, sendo que dentro destes temos mais de 200 mil variantes. A única condição, no caso de ser uma piscina elevada, é a de que o chão da piscina tem de ser plano, para ficar totalmente assente no solo”. Para construir este tipo de piscina não é necessário muito betão, visto que a maioria
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Vânia Gomes e Samuel Bacalhau, administradores
da construção é modular: “as piscinas vêm em kit e, posteriormente, são montadas. Para construir uma piscina destas, a quantidade de betão é residual. Os módulos são feitos em aço galvanizado, que depois é zincado”. Esta estrutura de piscina tem uma garantia de 20 anos e Samuel Bacalhau afirma que são feitas para durar entre os 60 e os 80 anos. “Estamos a fazer algumas renovações de piscinas já bastante antigas e a corrosão é absolutamente superficial”. O facto de serem montadas em kit permite às piscinas Waterair serem transportadas facilmente: “a logística associada à montagem de uma piscina Waterair é pequena. Somos cerca de quatro pessoas – o manobrador da máquina, no caso de ser uma piscina enterrada, a minha esposa Vânia Gomes, como administrativa/ comercial, o nosso técnico e o ajudante. Podemos atravessar o interior da casa do cliente com os nossos
PISCINAS WATERAIR
painéis e montar a piscina no exterior, ou num terraço, se for esse o desejo do cliente”. Apesar de a montagem ser feita por módulos, Samuel Bacalhau garante que todos os cálculos de solidez e resistência foram previamente efetuados. “As nossas piscinas vêm todas com uma memória descritiva a acompanhar, onde se detalha com precisão a carga exercida, a pressão máxima a que pode estar sujeita e a estabilidade que é necessária”. Samuel Bacalhau salienta que, no que respeita à capacidade de resistência, a pressão máxima que uma piscina de fibra suporta é de 2,5 toneladas, enquanto as piscinas Waterair podem ser sujeitas a uma pressão de 19,9 toneladas. Têm também uma resistência antissísmica própria do material com que são construídas e do seu modo de construção, o que assegura um por cento de margem, relativamente ao tamanho da piscina, em que a terra pode tremer sem que a piscina fique danificada.
Piscinas amigas do ambiente A ecologia e a sustentabilidade são também fatores diferenciadores para quem escolhe as piscinas Waterair. Os equipamentos de filtração são mais eficientes, visto que estas piscinas têm como característica física a não existência de ângulos retos nos seus modelos: “isso garante que o esforço exercido pela bomba é menor, logo o gasto de energia também. As bombas de calor, que garantem o aquecimento da água, para permitir um usufruto da piscina durante todo o ano, também têm um período mais curto de funcionamento, pois no espaço de um dia conseguem garantir o aquecimento da água. “A água fica entre os 23 e os 24 graus e o arrefecimento é lento, porque o aço retém o calor”. Numa piscina de betão, o calor seria absorvido por esse material e a água facilmente arrefeceria, alcançando os 17 graus e dificultando o uso da piscina no inverno: “além disso, existe a questão da reciclagem do produto. Estas piscinas têm a capacidade de ser desmontadas e montadas novamente noutro local ou mesmo serem alteradas, no que respeita à sua forma, mas caso o seu destino seja o lixo, este material é muito menos poluente do que o betão ou a fibra”.
Certificação, prémios e uma garantia para o futuro As piscinas Waterair são certificadas, desde os seus elementos de montagem, ao seu processo de montagem, pela Bureau Veritas e a marca já ganhou diversos prémios, por diversos anos pela inovação e constante desenvolvimento de novos produtos e melhoria dos existentes. “É uma marca que nos dá segurança. Contamos com a equipa técnica para responder aos desafios mais difíceis e temos a satisfação de entregar a cada cliente um manual da sua piscina, que é como um Bilhete de Identidade daquele equipamento. Independentemente do tempo que passe, se precisar de ajuda, é só ligar, dizer o seu número de cliente e nós temos acesso à sua piscina, com todas as especificações”. Estas garantias fidelizaram à António Bacalhau Lda muitos clientes, (98% d satisfação) que gostam de todas as vantagens que a marca francesa de piscinas lhes dá. No futuro, a empresa Antonio Bacalhau,Lda quer continuar a crescer e a impor o seu produto no mercado: “o Algarve tem potencial para a construção de cerca de 25 mil piscinas e nós queremos aumentar a nossa presença nas casas Algarvias”.
António Bacalhau Lda. Urbanização da Passagem Lote 3 Parchal Lagoa - Faro Tlf.: 282 424 599 Email: antoniobacalhaulda@gmail.com
antoniobacalhau.lda
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JRCO
ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO DE LUXO NO BARLAVENTO Rui Chaparro formou-se em engenharia civil na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, trabalhou em empresas de renome no território nacional, mas foi em Angola, para onde se mudou em 2011, que descobriu a sua vocação empresarial. Quando regressou a Portugal, e ao Algarve, em 2015, trouxe consigo alguns colaboradores, que o acompanharam na jornada angolana e também uma vontade férrea de criar uma empresa. Tendo por base a sua experiência, encontrou na construção e reabilitação de moradias de luxo o seu mercado e aposta, agora, numa outra vertente empresarial – a promoção própria de imóveis.
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uando iniciou a sua atividade profissional, Rui Chaparro fê-lo em empresas nacionais, que atuavam em áreas de construção civil específicas, como a construção de viadutos, por exemplo. Tentou trilhar um percurso profissional que permitisse contatar com os diferentes tipos de obras, quer públicas quer privadas e de várias naturezas. Passou pelas infraestruturas, obras de arte, construção civil e construção civil de luxo. Por outro lado, também esteve ligado a uma empresa de construção civil que era responsável por alguns imóveis em Vale do Lobo, permitiu Rui Chaparro, administrador
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assim ao empresário conhecer diferentes realidades da engenharia civil. Quando, em 2011, recebeu, mais um convite para ir para Angola, Rui Chaparro não pensou muito. “Em Portugal atravessávamos um período de forte crise, e em Angola acontecia o oposto. Esse país estava a crescer muito e a construção era uma das áreas com maior expansão”. O empresário relembra a sua chegada àquele país e o momento em que percebeu que havia gruas espalhadas por toda a capital. “Para um engenheiro civil, é a imagem ideal. Em Angola, tive a possibilidade de liderar projetos com orçamentos de milhões de dólares e mais de mil colaboradores em simultâneo. Foi onde realmente senti que podia ser apenas engenheiro e ter a liberdade de construir”. Durante os cinco anos que passou em Angola, o engenheiro civil português transformou-se em empresário. “Acabei por chamar alguns arquitetos e engenheiros, que tinham trabalhado comigo em projetos anteriores, também eles portugueses, e investi na criação da minha primeira empresa, com sócios locais… como tinha de ser”. Em meados de 2015, com a crise do preço do petróleo e o abrandamento da economia angolana, Rui Chaparro regressa a Portugal, trazendo consigo alguns dos elementos que trabalhavam na empresa criada em Angola. “Regressei a Portugal a tempo inteiro e percebi, aqui, que precisava de criar uma empresa minha. Tinha essa
necessidade, inclusivamente porque já sentia a necessidade de ser empresário. Foi assim que nasceu a JRCO”.
O início de um projeto único Dado o seu bom conhecimento na área de estruturas de betão armado pré esforçado Rui Chaparro acabou por ver aí uma oportunidade de negócio, uma vez que os arquitetos atuais, impulsionados por clientes cada vez mais exigentes, vão requerendo vãos maiores no mercado de luxo, assim acabou por se focar nas obras de luxo, sobretudo de moradias. “Aqui existe mercado para moradias com grandes vãos, que precisam de uma engenharia e de materiais diferentes para que a obra resulte e foi nessa área que me especializei. Eu tinha conhecimentos de trabalho em pré-esforço, dado o meu trabalho numa empresa responsável pela construção de viadutos e acabei por trabalhar com base nesse conhecimento”. A JRCO inicia-se com uma obra de um arquiteto de renome em Carvoeiro e foi precisamente nesse projeto que retoma os contactos em Portugal. “Era uma obra que, inclusivamente, alterámos o projeto, porque da forma como estava desenhado não ia ser
JRCO
possível executá-la e o dono da obra percebeu isso. Precisava de ser acompanhada de elementos de betão armado pré-esforçado e foi isso que fizemos”. Estas moradias são projetos com um orçamento sempre acima de um milhão de euros e constituídas essencialmente por estruturas de betão armado com recurso e introdução de cabos de pré esforço, caixilharia de alumínio “generosa” e grandes áreas envidraçadas: “Os clientes sabem que temos experiência neste tipo de estruturas e contactam-nos especialmente por isso”.
A promoção própria de imóveis Depois de se especializar numa área da construção, que sustenta em 80 por cento a atividade da empresa, Rui Chaparro começou também a conhecer melhor o mercado em que estava inserido. Esse conhecimento permitiu-lhe perceber que Portimão tem falta de imóveis para quem é residente na cidade ou vem residir. “Os quadros médios sazonais ou os residentes com uma maior capacidade financeira, não têm uma boa oferta habitacional. Assim, decidimos apostar na construção de um edifício de apartamentos, que se irá inserir em classe média/alta. Avançamos para a compra de terreno e estamos a erguer neste momento a realizar a estrutura do edifício, que se prevê estar concluído no final de 2019”. A promoção do edifício vem em seguida: “considero que as agências imobiliárias não fazem tudo o que deviam para promover os imóveis que angariam. Para o nosso projeto de construção, quero algo diferente. Ainda estamos a estudar o modelo que iremos aplicar na comercialização das frações, talvez seja a própria JRCO a comercializar as unidades ainda disponíveis. Felizmente já contamos com unidades reservadas”. Este edifício será constituído por apartamentos de gama média/alta, com uma piscina na cobertura e outra no rés-do-chão. O objetivo de Rui Chaparro é criar habitações adequadas a quem reside na região e não apenas destinados a turistas. “Um apartamento de 200 mil euros, sem arrumação interior, com um lugar de garagem e uma cozinha pequena e sem despensa é caro. A maioria da construção é destinada aos turistas e dificilmente se pensa em quem aqui vive todo o ano”.
Este edifício será integralmente revestido a capoto, pela parte exterior, o que lhe garante um melhor comportamento e isolamento térmico, bem como o seu material de construção, que será o bloco térmico, em substituição do tradicional tijolo. Assim, Rui Chaparro espera e traça o objetivo de alcançar uma classificação energética de classe A+, algo que se espera valorizado pelo público a quem esta construção se dirige. No futuro, Rui Chaparro acredita que conseguirá desenvolver esta área da promoção própria de imóveis, sendo que tendencialmente o plano comercial será sempre traçado pela JRCO. “Conheço o tipo de construção que a empresa faz e garanto a sua qualidade, inclusivamente faço questão de explicar aos futuros compradores todo o material que a casa tem, bem como a sua construção. Isso é importante até para que se valorize o imóvel que se adquire ”. Em curso, a JRCO tem atualmente cinco obras, o que garante uma rotatividade aos parceiros que trabalham com a empresa, de forma a trabalharem todo o ano em conjunto: “estas parcerias são importantes, porque sabemos exatamente com quem contamos. O objetivo não é crescer muito mais. Necessitamos de contratar um ou dois engenheiros para nos ajudar a sistematizar e afinar a produção e talvez também um ou dois encarregados. Estabilizaremos assim a nossa equipa de produção”. Urb. Horta da Raminha | Praceta Tengarrinha, Lote 9, Lj 1 8500-826 Portimão Email: geral@jrco.pt Telefone: +351 282 431 266 | Telemóvel: +351 969 360 488 www.jrcoconstrucao.pt
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RECLALGARVE
UMA BOA PUBLICIDADE É O PRIMEIRO PASSO PARA O SUCESSO A Reclalgarve é uma empresa de publicidade especializada em reclamos luminosos, fundada por António Gomes, e que comemora em breve 30 anos de existência. No comando da empresa estão agora as filhas Rita e Joana Gomes, com quem a Revista Business Portugal conversou, para dar a conhecer a importância deste setor e do trabalho que a empresa desenvolve com os seus clientes.
Q
uando António Gomes fundou a empresa já tinha na bagagem uma vasta experiência na área da publicidade, pois trabalhou nas filiais de Faro de duas grandes empresas desta área sediadas em Lisboa. Foi a abertura do Aeroporto Internacional de Faro que promoveu o crescimento da empresa. Durante os primeiros anos, foi o proprietário que geriu a empresa e, em simultâneo, era um dos técnicos especializados. “Foram tempos duros, o Sr. Gomes trabalhava dia e noite para cumprir prazos e fazer face ao acréscimo de volume de trabalho”, relembra Joana Gomes.Tal como todas as empresas, os tempos 50 | Revista Business Portugal dezembro 2018
de crise colocaram à prova a estabilidade da empresa: “tivemos de reduzir custos e despedir colaboradores que estavam na empresa há muitos anos”. É neste momento mais crítico que o empresário começa a trabalhar com uma das filhas. Joana Gomes é formada em Arquitetura e o percurso profissional foi precioso para permitir uma ajuda sólida na empresa. “A arquitetura permite-nos ver para além do que existe. Quando um cliente nos solicita um tipo de publicidade e vem com uma ideia, consigo visualizar como ficará e, se considerar necessário, proponho uma alternativa. O facto de ter trabalhado também em construção civil e decoração de interiores, permitiu-me conhecer apro-
fundadamente técnicas e materiais, o que acabou por se revelar fundamental para agarrar a empresa”. Há cerca de seis anos a trabalhar na Reclalgarve, Joana Gomes reconhece que chegou à empresa sem saber exatamente em que consistia o trabalho ali desenvolvido, mas com a força, determinação e persistência que a caracterizam, conheceu todas as fases técnicas e começou a formatar a empresa à imagem da sua exigência e rigor: “o maior obstáculo foi mudar as mentalidades, no que respeita à forma de trabalhar. Gosto de colaboradores motivados, realizados e rigorosos no que fazem, com capacidade para analisarem se o trabalho está bem feito ou se é necessário melhorar e, sobretudo, que entendam que a empresa tem um padrão de qualidade e de serviço que é necessário respeitar”. Atualmente, Rita Gomes, colabora em relação estreita com a irmã no que respeita às áreas financeira, de recursos humanos e de marketing. Formada em Gestão Financeira, o seu contributo garantiu maior solidez de gestão da Reclalgarve, permitindo uma aposta segura nos investimentos necessários para crescer. “É preciso arriscar, ainda que de forma ponderada, mas sabendo investir naquilo que, de facto, fará a empresa evoluir”. A reestruturação da empresa não passou apenas pela introdução de uma gestão
RECLALGARVE
mais eficaz, mas também com a entrada de novos elementos na equipa. As empresárias garantem que, atualmente, encontrar um bom colaborador é um desafio. “Para pertencer à equipa da Reclalgarve, é necessário que a pessoa seja muito responsável, pró-ativa, humilde, tenha vontade de aprender e, sobretudo, que não tenha medo de questionar. Atualmente temos uma super equipa.” Um dos pontos de diferenciação da empresa é a capacidade de aconselhamento técnico aos clientes sobre a escolha correta de materiais e técnicas e a importância da imagem: “estudamos a melhor solução para cada projeto, e cada um deles é único. Distinguimo-nos pelo atendimento de excelência.” Os prazos são também um ponto de honra da Reclalgarve: “a publicidade é, normalmente, a última área a ser tratada nas empresas, por isso o cliente que vem pedir um serviço recorre a nós com um prazo reduzido, daí sabermos que garantindo o prazo captamos o cliente. Estes fatores chave permitem-nos um nível de fidelização de clientes empresariais muito elevado.” A área da publicidade envolve muitos riscos e é necessária atenção ao detalhe, sobretudo porque qualJoana e Rita quer erro sai caro Gomes, na conceção do administradoras trabalho. “Hoje existe uma maior preocupação com a competência, qualidade e perfeição com que o produto chega ao cliente. Todas as
António Gomes e equipa
nossas vitórias são fruto do trabalho de equipa. Nenhum produto é desenvolvido sem passar por todos os colaboradores e por isso, todos são essenciais para o produto final. A publicidade é uma arte que engloba simultaneamente design, pintura, escultura, arquitetura e engenharia.”, refere Joana Gomes. O sucesso da empresa está na experiência de mais de 50 anos do fundador aliada ao rigor dos detalhes e no pormenor com que trata cada projeto e cada desafio.
A importância da publicidade A publicidade é um investimento do qual se pretende retorno, mas para isso tem que ser bem planeada. “Esse é o nosso propósito ajudar as empresas a conseguirem esse retorno
de forma mais fácil, através dos nossos serviços”, explicam. As pequenas e médias empresas ainda veem a publicidade como um custo e não como investimento, ao contrário das grandes marcas: “as grandes empresas, que são a maioria dos nossos clientes, compreendem a importância de investir em publicidade, mas as pequenas e médias empresas descuram esse lado. É, aliás, o primeiro setor a sofrer cortes, quando há necessidade de reduzir despesas”. Rita e Joana Gomes consideram que ainda existe um longo caminho a percorrer para mudar a mentalidade dos empresários que julgam a publicidade como algo de pouca importância. “A imagem das empresas é fundamental para captar negócio, o grande desafio é tornar consciente que a imagem conta para o sucesso das empresas, o que faz toda a diferença. Cada projeto que é finalizado e instalado é a nossa imagem também e isso é extremamente importante para nós”.
O início de um futuro promissor As responsáveis pela Reclalgarve já delinearam o futuro: “queremos crescer, a nível de espaço e
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equipa, mas isso exige investimento sustentado e o timing certo. No que respeita a recursos humanos, há um desconhecimento do que se faz nesta área e não existe nenhum curso de formação que ensine a fazer publicidade. Internamente formamos os colaboradores, o que acaba por compensar, adequando-os ao padrão de exigência da empresa”. Além disso, a Reclalgarve está a delinear em pormenor a sua estratégia empresarial e a reforçar a sua capacidade técnica para se direcionar ao segmento da decoração de interiores, uma paixão de Joana Gomes e onde, de acordo com a própria, existe bastante mercado para explorar. “Temos o setor hoteleiro, que está sempre a reformular espaços, e também os clientes particulares, que querem, cada vez mais, uma casa decorada por profissionais. Nesta área temos know-how, materiais e técnicas que podem ser aplicados, sendo uma área alternativa à publicidade tradicional”. Decididas a provar que as mulheres são tão capazes e conhecedoras do mundo da publicidade como os homens, Rita e Joana Gomes veem na empresa um projeto com um futuro promissor e que se diferencia como uma alternativa à restante oferta publicitária, que resulta da sua visão única e estratégica do setor. TESTEMUNHOS “O Aeroporto de Faro conta com a Reclalgarve em diversos sectores, da concepção gráfica à produção de equipamento especializado, demonstrando sempre grande profissionalismo e disponibilidade. São mais de vinte anos de esfoço conjunto. Horas intermináveis de trabalho, que permitiram fortalecer ambas as equipas, rumo a metas cada vez mais exigentes.” Carlos Andrade Pernas, Product Management and Passenger Service, ANA Aeroportos de Portugal
“A empresa Reclalgarve é parceira de negócios da CCAM do Algarve desde a sua fundação. Contamos com a empresa desde o aconselhamento até à execução dos trabalhos no âmbito da sua atividade.” Maria Aurora Cabrita, Coordenadora Área Administrativa e do Património, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Do Algarve
“A Reclalgarve é uma grande empresa com profissionais muito competentes que se destacam pelo seu profissionalismo, total disponibilidade e simpatia. Recomendaria esta empresa aos nossos parceiros, sem qualquer reserva. Obrigada por serem um parceiro fantástico!” Ângela Matos, Coordenadora Marketing - Hertz Portugal
“Somos parceiros há mais de 15 anos, muito profissionais e sempre com o foco na satisfação do cliente, tanto no apoio como na rapidez na execução dos serviços, são uma mais valia para qualquer organização.” Manuel Guerreiro, Diretor Caetano Baviera Faro
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SAÚDE Saúde aliada à qualidade de vida Qualidade de vida: eis um conceito que, por vezes, preocupa mais do que saúde. Ter um estilo de vida saudável com qualidade é o objetivo primaz que nos move. Nesta edição, trazemos até si o tema da Saúde Oral, Saúde da Visão e Diabetes. A Saúde Oral, um aspeto da saúde ainda um pouco descuidado, é fundamental e afeta o nosso dia-a-dia, desde o sistema digestivo, até à nossa autoestima. Um sorriso bonito e bem cuidado é motivo para sentirmos que podemos conquistar o mundo e aumentar a nossa confiança. Os nossos parceiros, que aparecem nas páginas seguintes, são exemplos de serviço de excelência, qualquer um pronto a recebê-lo com toda a simpatia e conforto. Até vai esquecer o medo de visitar o dentista. A visão, por outro lado, é tema recorrente. Seja pela idade, ou porque passamos os nossos dias com os olhos postos em ecrãs, cada vez mais são os cidadãos afetados com problemas de visão. Tal como o sorriso, os óculos são muito associados à estética. Os profissionais que entrevistamos não consideraram, no entanto, que isso seja preocupante. Afinal, todos os motivos que levem o cidadão a cuidar da sua saúde são válidos. Usando como pretexto do Dia Mundial da Diabetes, também abordamos esta condição que afeta um milhão de portugueses. Em Portugal, uma em cada dez pessoas vive com diabetes e uma em cada duas tem a doença, mas desconhece que a tem. A diabetes evolui muitas vezes de forma silenciosa e só se descobre casualmente, quando se faz um exame de rotina ou, na pior das hipóteses, na decorrência de alguma complicação relacionada. Os hábitos alimentares inadequados e a obesidade são os principais fatores para o desenvolvimento da diabetes, uma doença crónica que, não sendo revertida, resta ao indivíduo seguir à risca o tratamento para evitar ou atrasar as suas complicações. Sensibilizar e alertar é uma das nossas responsabilidades.
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SAÚDE ORAL
Exponor recebe Expodentária e Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas Nos dias 8, 9 e 10 de Novembro realizou-se na Exponor a 27ª edição do Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) e a Expodentária, a maior feira nacional de medicina dentária. O Congresso da OMD é o impulsionador da formação contínua e da valorização profissional por excelência. É organizado para reunir todos os médicos dentistas, estudantes de medicina dentária e demais profissionais da área da saúde oral, que queiram compartilhar os recentes desenvolvimentos em medicina dentária a nível nacional e internacional. A Expodentária proporciona a todos os visitantes um local ideal para contactar com as novidades e tendências do sector da medicina dentária. Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral As doenças orais, como a cárie dentária e as doenças periodontais, são um sério problema de saúde pública, uma vez que afetam grande parte da população, influenciam os seus níveis de saúde, de bem-estar, de qualidade de vida e são vulneráveis a estratégias de intervenção conhecidas e comprovadamente eficientes. O Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) tem como objetivos a redução da incidência e da prevalência das doenças orais nas crianças e jovens, a melhoria dos conhecimentos e comportamentos sobre saúde oral e a promoção da equidade na prestação de cuidados de saúde oral às crianças e jovens com necessidades de saúde especiais. Em 2008, foi determinado o alargamento do PNPSO a dois outros grupos populacionais considerados de particular vulnerabilidade (grávidas e idosos carenciados) e o desenvolvimento de uma estratégia de intervenção orientada para a prestação de cuidados de saúde oral a um número muito superior de crianças e jovens. Esta estratégia baseia-se em procedimentos simplificados e está orientada para a satisfação de necessidades de saúde que influem nos níveis de bem-estar e na qualidade de vida da população beneficiária, ao longo do ciclo de vida. Em 2010, o PNPSO passou a abranger os doentes infetados pelo VIH/SIDA. Em março 56 | Revista Business Portugal dezembro 2018
de 2011 foi publicado, através da Orientação 007/2011, de 25/03 da DGS, o Plano B do PNPSO, um documento que visa refletir sobre as dificuldades operacionais deste programa. Foi tomada a decisão de propor aos atores no terreno um conjunto de reflexões e de instrumentos que lhes permitissem atingir os objetivos traçados e assumidamente mantidos, adotando caminhos alternativos, uma vez que os anteriormente definidos se mostraram difíceis de percorrer ou estão desajustados das realidades locais. Em 2014, o PNPSO passou a abranger a intervenção precoce no cancro oral, com especial enfoque no grupo de risco (homens, fumadores, com idade igual ou superior a 40 anos e com hábitos alcoólicos). O Despacho nº 12889/2015, de 9 de novembro, do Ministro da Saúde prevê o alargamento aos jovens de 18 anos que tenham beneficiado do PNPSO e concluído o plano de tratamentos aos 16 anos, bem como um ciclo de tratamentos aos utentes infetados pelo vírus do VIH/Sida que já tenham sido abrangidos anteriormente e que não fazem tratamentos há mais de 24 meses. O mesmo Despacho, às crianças de 7, 10 e 13 anos com necessidades de saúde especiais, nomeadamente portadores de doença mental, paralisia cerebral, trissomia 21, entre outras que não tenham sido abrangidas pelo PNPSO e sempre que não seja expectável a colaboração numa consulta de saúde oral prevê o seu encaminhamento para os serviços de estomatologia dos hospitais da sua área de residência. O Despacho nº 8591-B/2016 do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, publicado no DR nº 125, 2ª série, de 1 de julho determina a implementação de consultas de saúde oral nos cuidados de saúde primários, no âmbito do PNPSO de forma faseada, através de experiências piloto. Têm acesso doentes portadores de diabetes, neoplasias, patologia cardíaca ou respiratória crónica, insuficiência renal em hemodiálise ou diálise peritoneal e os transplantados, inscritos nos Agrupamentos de Centros de Saúde onde decorrem as experiências piloto. Fonte: Direção-Geral da Saúde
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HIGIENE ORAL Para que mantenha uma boa higiene oral, é necessário que adquira alguns conhecimentos e competências. Actualmente, essa aprendizagem é potenciada na infância e adolescência, mas, como em tudo, nunca é tarde para aprender. Para manter uma boa saúde oral, há algumas regras basilares a seguir: 1) Escovar os dentes depois das refeições principais e antes de dormir. Só com uma escovagem eficaz é que se consegue remover a placa bacteriana. Os dentes devem ser escovados durante dois a três minutos. Esta prática deve iniciar-se logo que os dentes erupcionem. É essencial que o dentífrico tenha flúor na sua composição (1000-1500 ppm). A escovagem dos dentes com um dentífrico fluoretado remove a placa bacteriana e promove a remineralização dos dentes, tornando-os mais resistentes. Até aos seis anos, deve colocar-se na escova uma porção de dentífrico semelhante ao tamanho da unha do dedo ‘mindinho’ do bebé ou da criança. A partir dos seis anos, é suficiente usar cerca de 1cm de dentífrico, por cada escovagem dos dentes. Quanto à escova dos dentes, o tamanho deve ser adequado à boca de quem a utiliza. A textura deve ser macia ou média e quando os pêlos começam a ficar deformados, a escova deve ser substituída (normalmente de três em três meses). A escova de dentes é um objeto pessoal e intransmissível. 2) Passar o fio dentário uma vez por dia. Esta prática ajuda a remover a placa
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bacteriana que se acumula nos espaços entre os dentes, onde a escova de dentes não chega, prevenindo assim o aparecimento da cárie dentária e das doenças periodontais. As crianças devem começar a usar fio dentário quando tiverem destreza manual para o fazer (normalmente a partir dos oito anos de idade). 3) Usar elixires. Para tornar os dentes mais resistentes e prevenir o aparecimento e o desenvolvimento da cárie dentária. 4) Fazer uma alimentação saudável (evitando doces entre as refeições e consumindo alimentos com fibras). 5) Consultar o Médico Dentista e/ou Higienista Oral, duas vezes por ano. As principais doenças e alterações orais provocadas por uma higiene oral deficitária são a Cárie Dentária, a Gengivite, a Periodontite e a Halitose. A placa bacteriana é constituída por micróbios (bactérias) e componentes da saliva que aderem fortemente aos dentes, condição que lhe permite resistir às forças de auto-limpeza fisiológica, relacionadas com os movimentos da língua e das bochechas. A cárie dentária é uma doença localizada e com origem nas bactérias. Estas bactérias, a partir dos açúcares dos alimentos, produzem ácidos que provocam uma perda dos minerais do dente, formando-se com o tempo uma cavidade no mesmo. Gengivas avermelhadas, inchadas e a sangrar facilmente, são sinais de gengivite. A periodontite é a inflamação e destrui-
ção dos tecidos que suportam os dentes na boca. Há uma perda do osso e alteração das gengivas, ficando os dentes com mobilidade e ‘descarnados’. Estas doenças podem provocar uma entrada das bactérias para o sangue, ameaçando todo o organismo (afeções nos olhos, coração, ossos, tubo digestivo, rins, pulmões, gânglios, articulações). A Halitose, ou mau hálito, pode tornar-se um problema preocupante por dificultar as relações interpessoais ou diminuir a auto-estima. O primeiro passo para eliminar ou minorar a Halitose, passa por ter uma boa higiene oral, limpar a língua com a escova ou limpadores próprios e antes de dormir bochechar com elixires. Os portadores de prótese dentária, devem lavá-la sempre e após as refeições e mergulhá-la uma vez por semana em soluções desinfectantes. Deve beber muita água durante o dia, principalmente se sentir a boca seca. Estimular as glândulas salivares com pastilhas elásticas e rebuçados sem açúcar também ajuda. É importante fazer uma alimentação rica em alimentos fibrosos, pois a alimentação é a melhor forma de estimular as glândulas salivares. O tabaco e o álcool são agentes a evitar, pois além de secarem a boca, são grandes promotores de halitose. Se tem uma boa higiene oral e a halitose persiste, deve consultar o médico.
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MÊS DA
DIABETES SPEDM volta a lançar campanha no âmbito das comemorações do mês da diabetes O foco da campanha da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e Diabetes (SPEDM) no mês de novembro, mês da diabetes, é sensibilizar e chamar a atenção da população em geral e dos profissionais de saúde para uma doença com uma grande prevalência em Portugal. Encontro Nacional anual da Diabetes Na semana passada, mais concretamente entre 22 e 24 de novembro, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) organizou e realizou o 2º Congresso Nacional APDP e o 2º Congresso do Pé Diabético. Três dias em que especialistas desta área puderam refletir e discutir sobre o atual panorama da Diabetes em Portugal. Observatório Nacional da Diabetes com novo diretor João Raposo, diretor clínico da Associação Protetora de Diabéticos de Portugal (APDP), foi nomeado diretor do Observatório Nacional da Diabetes, uma estrutura integrada na Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD). No âmbito do Dia Mundial da Diabetes, destaca o facto de o Observatório ser uma ferramenta de extrema utilidade que, por existir em Portugal há 10 anos, causa até “inveja” a muitos países, como teve oportunidade de notar em diversos congressos internacionais. Aproveita ainda para salientar a importância de “não baixar a guarda na luta sem tréguas contra a pandemia da diabetes”. DIA MUNDIAL DA DIABETES - 14 DE NOVEMBRO Atualmente, a Diabetes é a mais comum das doenças não transmissíveis com elevada prevalência e incidência crescente. Atinge já cerca de 415 milhões de pessoas em todo o mundo e continua a aumentar em todos os países, estimando-se que em 2040 haja um aumento para 642 milhões de pessoas atingidas pela doença. À nossa escala, Portugal posiciona-se entre os países europeus que registam uma das mais elevadas taxas de prevalência da Diabetes a qual foi estimada em 13,3% da população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, o que corresponde a mais de um milhão de indivíduos, de acordo com os últimos dados do Observatório Nacional da Diabetes. O Dia 14 de Novembro existe por causa de todas estas pessoas com diabetes e para travar o crescimento imparável da pandemia de Diabetes. A campanha do Dia Mundial da Diabetes é liderada pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e é imbuída de uma temática multianual. Portugal foi um dos 5 países que apadrinhou a resolução 61/225 das Nações Unidas (os outros países foram Áustria, Geórgia, Malta e Ucrânia) e, posteriormente, votou a favor. Em Portugal, desde 2007, o Dia Mundial da Diabetes é assinalado por diversas iniciativas sendo o evento central o Fórum Nacional da Diabetes, uma reunião multidisciplinar dirigida a pessoas com diabetes, familiares e profissionais de saúde. Fonte: controlaradiabetes.pt 60 | Revista Business Portugal dezembro 2018
Programa Nacional de Controlo da Diabetes O Programa Nacional de Controlo da Diabetes existe, em Portugal, desde a década de setenta, tendo sido atualizado em 1992 pela então Direcção-Geral dos Cuidados de Saúde Primários e revisto em 1995, quando da reformulação das Administrações Regionais de Saúde e à luz de uma visão integradora entre cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares, sendo, portanto, um dos mais antigos programas nacionais de saúde pública.A comissão de acompanhamento do Programa Nacional de Controlo da Diabetes criou o Guia do Diabético, como elemento responsabilizador do alcance de objetivos terapêuticos da pessoa com diabetes e várias normas de boas práticas profissionais na abordagem desta doença, nomeadamente no que se refere ao diagnóstico precoce e tratamento das suas principais complicações, como a cegueira por retinopatia diabética, a insuficiência renal terminal, a vasculopatia e neuropatia periféricas e as doenças cardiovasculares. A Assembleia Geral das Nações Unidas, reconheceu que o fortalecimento dos sistemas públicos de saúde e do sistemas de prestação de cuidados de saúde é vital para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio; reconheceu, também, que a diabetes é uma doença crónica, debilitante e dispendiosa, associada a complicações graves, o que representa grandes riscos para as famílias, para os Estados-Membros e para o mundo inteiro; reconheceu, ainda, a necessidade urgente do empreendimento de esforços multilaterais para promover e melhorar a saúde humana e providenciar acesso ao tratamento e à educação para os cuidados de saúde. Assim, decidiu, por Resolução de 14 de dezembro de 2006, encorajar os Estados-Membros a desenvolverem políticas nacionais para a prevenção, tratamento e controlo da diabetes, em consonância com o desenvolvimento sustentável dos respetivos sistemas de saúde, tendo em conta os objetivos de desenvolvimento, internacionalmente definidos. Atendendo à necessidade de inverter a tendência de crescimento da diabetes e das suas complicações em Portugal e à necessidade de aumentar os ganhos de saúde entretanto obtidos, foram agora revistas pela DGS, com a colaboração científica da Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) e das Associações de Diabéticos, as estratégias nacionais em vigor, dando origem a uma nova versão do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, que agora se apresenta. Tais estratégias assentam na prevenção primária da diabetes, através da redução dos fatores de risco conhecidos, incidindo, sobretudo, nos fatores de risco vulneráveis da etiologia da doença, na prevenção secundária, através do diagnóstico precoce e do seu tratamento adequado de acordo com o princípio da equidade, na prevenção terciária, através da reabilitação e reinserção social dos doentes e na qualidade da prestação dos cuidados à pessoa com diabetes. Fonte: Direção-Geral da Saúde
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DESTAQUES 64 FLORINDO ESPERANÇINHA 65 JOSÉ SALGADO-BORGES 66 ENTREVISTA A JOÃO PAULO CUNHA 67 OPINIÃO DE RUFINO SILVA 68 EDOL Saúde que se vê 61º Congresso Português de Oftalmologia Promovido e organizado pela Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, o sexagésimo primeiro congresso nacional do setor irá realizar-se de 5 a 8 de dezembro, no Vilamoura Marina Hotel.O tema principal versará o envelhecimento do sistema visual. Debater-se-ão igualmente outros temas da visão como a presbiopia, o glaucoma, a degenerescência macular relacionada com a idade e o olho seco. Grupo Português de Retina e Vítreo e Sociedade Espanhola de Retina e Vítreo organizam mais uma reunião conjunta A II Reunião Conjunta do Grupo Português de Retina e Vítreo e da Sociedade Espanhola de Retina e Vítreo decorreu nos passados dias 9 e 10 de novembro no Hotel Sheraton, no Porto. Foram dois dias que proporcionaram uma excelente oportunidade para se debaterem as doenças da retina. Dia Mundial da Visão assinalou-se a 11 de outubro O Dia Mundial da Visão é considerado a data mais importante na área da Saúde da Visão. É uma iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da International Agency for the Prevention of Blindness (Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira). A OMS considera que 80 % de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis mediante prevenção adequada. Os dados apresentados pela OMS referem que 36 milhões têm cegueira e 217 milhões têm comprometimento moderado ou grave da visão, perfazendo um total de 253 milhões de pessoas com deficiência 62 | Revista Business Portugal dezembro 2018
SAÚDE VISÃO
visual. Em Portugal, estima-se que as alterações da visão afetem cerca de metade da população e que perto de 20 % das crianças, tal como 50 % dos adultos, sofram de erros refrativos significativos. A retinopatia diabética e a ambliopia nas crianças são duas situações passiveis de prevenção e deteção precoce, bem como de tratamento oftalmológico e recuperação. Fonte: SNS Programa Nacional da Saúde da Visão O Programa Nacional para a Saúde da Visão aplica-se, fundamentalmente, através da implementação de estratégias de intervenção e do desenvolvimento de planos a nível nacional integrados, os quais devem ser replicados e adequados regionalmente, tendo em conta as especificidades e os recursos locais existentes a fim de melhorar o acesso universal da população aos cuidados de saúde visual. Os défices visuais corrigíveis, quando não diagnosticados atempadamente, constituem um importante problema de saúde pública, claramente identificado no Plano Nacional de Saúde, e que fundamenta a necessidade do presente Programa Nacional para a Saúde da Visão. Este Programa vem na sequência do anterior que, foi elaborado por um conjunto de especialistas, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. O sentido da visão possui um elevado significado social, representando um meio de comunicação fundamental para a relação entre as pessoas e para a atividade profissional. Sabe-se, hoje, que mais importante do que a acuidade visual em si mesma é o modo como cada pessoa utiliza a visão que possui, ou seja, a sua visão funcional, e que existem medidas suscetíveis de a melhorar. Sabe-se, ainda, que a visão deve ser preservada desde o nascimento, sendo imperativo prevenir e tratar a doença visual, a qual provoca, sempre, diminuição da qualidade de vida, com repercussão negativa a nível pessoal, familiar e profissional, para além de causar elevados custos sociais. No entanto, as doenças dos olhos e do sistema visual são extremamente frequentes na população em geral, sendo o envelhecimento progressivo da população portuguesa um dos fatores que mais contribuiu para esta
situação. A evolução tecnológica em geral, e das ciências médicas em particular, permite num elevado número de pessoas melhorar a acuidade visual e evitar a cegueira. De facto, uma melhor informação da população, associada aos enormes avanços que se foram conquistando nos últimos anos em matéria de diagnóstico e tratamento das doenças oftalmológicas, possibilita, hoje, a prevenção e o tratamento de doenças consideradas incuráveis há alguns anos atrás. Embora a Oftalmologia, em Portugal, tenha tradições reconhecidas e se caracterize por elevado nível de qualidade científica, torna-se indispensável, para a potenciar, que se desenvolva o Programa Nacional para a Saúde da Visão e a Rede Nacional de Referenciação em Oftalmologia já existente, no sentido do melhor aproveitamento do que há, oferecendo condições apropriadas para o crescimento do que é excelente, preenchendo lacunas e reduzindo desigualdades, através da melhoria do acesso e equidade nesta área específica da prestação de cuidados de saúde. O Programa Nacional para a Saúde da Visão aplica-se, fundamentalmente, através da implementação de estratégias de intervenção do desenvolvimento de planos a nível nacional, os quais deverão sofrer replicação e adequação regional, tendo em conta as especificidades e os recursos locais existentes. Para concretizar estas estratégias, a Direção-Geral da Saúde constitui, no âmbito do Programa, um Comité Científico composto por representantes da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, da Ordem dos Médicos, da Ordem dos Enfermeiros, do ensino universitário de Oftalmologia, sem prejuízo de fazer recurso das necessárias colaborações científicas e técnicas de outras instituições e entidades, como as associações de doentes. As estratégias de intervenção consignadas no Programa Nacional para a Saúde da Visão devem ser operacionalizadas em interceção e complementaridade com outros programas de saúde integrados no Plano Nacional de Saúde, nomeadamente, Programa Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Autocuidado e Programa Nacional de Prevenção e Gestão da Doença Crónica. Fonte: Direção-Geral da Saúde
JANSSEN PORTUGAL
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PASSADO, PRESENTE E FUTURO DA OFTALMOLOGIA Florindo Esperançinha
• Formação em Gestão para Altos Dirigentes da Saúde pela AESE • Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, 2005-2006. Presidente do Colégio de Oftalmologia, 20062011. • Representante na Comissão Regional do Internato Médico durante 3 anos. • Secretario Geral da Comissão Instaladora do Colégio de Oftalmologia. • Coordenador do Projeto de Criação do Programa de formação de Internos. • Presidente do Júri Nacional de Oftalmologia durante 6 anos. • Representante Nacional na União de Médicos Especialistas de Oftalmologia (UEMS)
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oi presidente da SPO e do Colégio de Oftalmologia. Como vê o trajeto da oftalmologia desde então? O Serviço Nacional de Saúde (SNS) no passado e no presente tem formado oftalmologistas de excelente qualidade, mas a resposta do SNS tem tido dificuldades no acesso, com listas de espera inaceitáveis, que chegam a ultrapassar dois anos. Somos 1.050 oftalmologistas, mas só 470 estão no SNS. Recentemente foi publicada uma Estratégia Nacional de Saúde da Visão (ENSV) que deixa de fora cerca de 600 oftalmologistas. Está contra esta estratégia? Só posso! Repare, temos um ratio de um oftalmologista para 10.000 cidadãos quando a OMS considera que um ratio de um para 20.000 é o ideal. Se não conseguimos responder ao que os portugueses necessitam é porque o modelo organizacional está errado e a ENSV insiste num modelo exclusivamente público, afastando da solução as Misericórdias, a Cruz Vermelha, Fundações, Clínicas e Hospitais Privados. Que modelo proporia? O SNS é fundamental para a prestação de cuidados, mas cito o Presidente da República na Convenção Nacional de Saúde (CNS), que disse ser necessário em contexto de complementaridade, um “equilíbrio virtuoso” entre os setores público, social e privado; o Bastonário dos Médicos 64 | Revista Business Portugal dezembro 2018
afirmou na CNS que consagra como uma exigência para a década a necessidade de criar a complementaridade entre os três setores. Diga-se de forma clara, que nada disto levaria a um aumento de despesa para o cidadão, desde que fossem negociados contratos, convenções ou acordos sujeitos à avaliação das necessidades e aos princípios da economia, eficácia e eficiência. Quais as medidas a adoptar para preservar e elevar os padrões de qualidade da saúde ocular? Os padrões têm que ser avaliados pelos cidadãos e pela qualidade técnica que lhes é fornecida. Se os cidadãos não têm acesso pensam seguramente mal, se esperam demasiado pela consulta, exames ou cirurgias não gostam; quanto à qualidade técnica, os utentes têm dificuldade em avaliar a não ser pelos resultados visuais, mas nem sempre isso significa que mais baixas visões sejam consequência de má técnica. A SPO deveria disponibilizar os seus grupos de subespecialidade para elaborar pareceres independentes e, com isso, prestar um serviço de utilidade pública. Ao Colégio de Oftalmologia pelo pequeno número de elementos que o compõem, compete-lhe apreciar o conteúdo dos pareceres. Apostar na formação profissional continuada é uma necessidade para manter e elevar os padrões de qualidade. A tecnologia e investigação trazem novidades constantes. Quais as mais importantes? A cirurgia da catarata evoluiu para um nível,que leva a rápidas recuperações com excelentes resultados. As lentes intra-oculares multifocais e as de correção de altos míopes, a cirurgia da miopia com laser, os transplantes da córnea, as vitrectomias, os antiangiogénicos para a DMI e diabéticos, o uso de células estaminais, os estudos genéticos e muitas outras novidades, modificaram a oftalmologia que se pratica atualmente. A inteligência artificial no diagnóstico, integrada com o registo de outcomes clínicos, está em desenvolvimento e os jovens oftalmologistas serão os grandes utilizadores destas aplicações. As plataformas com centros clínicos digitais que permitem uma prestação de serviço de proximidade é uma novidade cada dia mais presente. O futuro da Oftalmologia passa por incutir hábitos de prevenção na população? Sim, e cito alguns como a proteção dos raios ultravioletas e companhas mediáticas e rastreios do“ladrão silencioso da visão” que é o glaucoma e da diabetes, em que um milhão de portugueses diabéticos devem ser sensibilizados para os efeitos deletérios sobre a visão. Os oftalmologistas são os profissionais que os sabem diagnosticar e tratar prevenindo a cegueira. Infelizmente, ainda muitos doentes nos aparecem em estado de cegueira quase terminal porque pessoas sem certificação para o diagnóstico, praticam atos de saúde ilegais. Qual o grau de investimento na investigação? É algo que o Estado deve promover em Centros Académicos e Hospitais que apresentem projetos viáveis quanto aos objetivos e financiamento. A investigação clínica integrada com processos de ‘Big Data’ pode ser desenvolvida em Centros Clínicos/Hospitais que para isso mostrem apetência e competência. Infelizmente, o investimento estatal nesta investigação é reduzido, pelo que o recurso a investimento privado das empresas é algo que se deve estimular e a SPO deve estar disponível para ser um facilitador neste processo.
“OFTALMOLOGIA: O CAMINHO PARA O FUTURO”
T
em uma larga experiência no setor público e privado na especialidade de oftalmologia. Como vê o atual estado da saúde oftalmológica em Portugal? Em Portugal, em 2018, há ainda muitas assimetrias. É fundamental pugnar pela qualidade dos serviços prestados, sejam eles realizados num hospital central ou periférico, no continente ou nas ilhas. O SNS do nosso país é geralmente considerado dos melhores a nível Europeu, para já não falar na Ásia ou África. Para que assim se mantenha é imprescindível definir muito bem as prioridades assistenciais. Nos dias de hoje, com as grandes contingências orçamentais é fundamental uma racionalização dos recursos instalados e criar uma complementaridade entre os Serviços prestados no SNS, no setor social e no privado. Só assim o sistema terá sustentabilidade. Na sua opinião, quais foram, na última década, os grandes avanços tecnológicos e legislativos em relação a esta matéria? Nos últimos 30 anos, as mudanças e avanços tecnológicos foram inimagináveis, tanto em Oftalmologia como na Medicina em Geral. Na Oftalmologia é de realçar evolução havida no campo da Cirurgia de Catarata, novas abordagens dos doentes com patologia Retiniana (Diabética, com Descolamento da Retina ou com Degenerescência Macular da Idade) e começam a vislumbrar-se o Transplante Celular e a Terapia Genética. Podemos afirmar que estamos, atualmente, em Portugal ao nível do que melhor se faz em todo o mundo. A nível legislativo é crucial definir o que realmente tem que ser feito para que a saúde visual da população seja assegurada. O Oftalmologista, como Único Profissional Responsável pela identificação das patologias oculares e seu tratamento médico e cirúrgico, tem que ser o motor e o coordenador de toda uma verdadeira Estratégia Nacional da Saúde da Visão. Somos contra a publicidade enganosa e o exercício ilegal de várias profissões não reconhecidas na saúde, claramente potenciadas pela estratégia de prestação de cuidados exclusivamente pública. Os rastreios deveriam começar ainda mais cedo e serem menos espaçados? As doenças mais comuns deveriam ser alvo de vigilância mais apertada e menos prolongada? Para além de ser recomendado fazer exames oftalmológicos de rotina é fundamental a prestação de cuidados oftalmológicos rigorosos e a realização de programas de rastreio de doenças com alta morbilidade, tais como a retinopatia diabética, o glaucoma e a ambliopia na criança. Obviamente é muito importante, não só realizar os rastreios, mas também criar toda uma estrutura que permita dar uma solução médica e/ou cirúrgica atempada e clinicamente aceitável após o diagnóstico ter sido efetuado. Sendo um dos nomes mais sonantes e galardoados, na área da oftalmologia, tornou-se lógica a candidatura a presidente da Direção da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), para o biénio 2019/20. Revele-nos as suas motivações e principais objetivos. Apresento-me como candidato a presidente da SPO com um objetivo muito claro: defender o interesse dos doentes e dos profissionais do setor público, social e privado, num plano exequível, sem desperdícios, inovador
José Salgado-Borges
• José Salgado-Borges é atualmente Diretor da Clinsborges e Coordenador dos Serviços de Oftalmologia dos Hospitais Trofa Saúde Matosinhos/Maia. • Licenciado em Medicina pela FMUP, 1978. • “Fellowship” na Universidade de Illinois, 1985-1987. • Doutoramento na FMUP – Oftalmologia,1990. • Até 1998 exerceu funções docentes na FMUP, acumulando com as funções de Assistente Hospitalar de Oftalmologia no HSJ. • Diretor do Serviço de Oftalmologia do H. S. Sebastião (CHEDV), 1998-2013. • Professor Convidado da Universidade Fernando Pessoa, desde 2005. • Recebeu 29 Prémios/Distinções e apresentou 782 trabalhos em Reuniões Científicas Nacionais e Internacionais. • Conferencista ou moderador em 82 Cursos, Simpósios ou Mesas Redondas, 26 dos quais de âmbito Internacional. • Publicou até à data 151 trabalhos (38 como 1º Autor), 36 publicados em Revistas Internacionais Indexadas (12 como 1º autor).
e de qualidade científica e organizacional. Olhamos para o futuro, num processo de melhoria contínua da qualidade, preparando os jovens oftalmologistas – que são os que vão tratar a atual geração – e permitindo a atualização das gerações que os precedem, integrando a tecnologia com a experiência. Em conclusão pretendemos uma Sociedade Portuguesa de Oftalmologia de Todos os Oftalmologistas e com Olhos no Futuro. dezembro 2018 Revista Business Portugal | 65
ENTREVISTA A JOÃO PAULO CUNHA
CATARATAS: OPACIFICAÇÃO DO CRISTALINO A propósito da saúde da visão, fica a entrevista a João Paulo Cunha, oftalmologista.
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que são as cataratas e a quem afeta? Podemos definir catarata como uma opacificação do cristalino. O cristalino é a lente transparente que o olho possui localizado atrás da íris. A catarata pode provocar diminuição da acuidade visual, afetar um ou os dois olhos e mais frequentemente desenvolve-se lentamente. A catarata pode causar visão desfocada, diminuição de sensibilidade ao contraste, alteração da visão das cores, halos à volta das luzes, dificuldade em observar luzes brilhantes e dificuldade em ver durante a noite ou em dias com muito sol. Esta diminuição da função visual pode ter um impacto negativo na condução, na leitura, no reconhecimento de rostos e ainda aumentar o risco de acidentes, quedas e estar na origem de depressão e exclusão social. Estas opacidades do cristalino são formadas por depósitos de proteínas ou pigmentos amarelados, que diminuem a transmissão de luz para a retina. A maior parte dos casos de cataratas deve-se ao envelhecimento da pessoa ( catarata senil), mas a doença pode também ter outras etiologias (causas) como traumatismos, exposição a radiações, outras doenças sistémicas (ex: diabetes) ou oftalmológicas, podendo ainda estar presente desde o nascimento (catarata congénita). O seu diagnóstico deve ser realizado numa consulta de oftalmologia, onde deverão ser explicados os tratamentos possíveis e prognósticos. Que outras patologias podemos corrigir no decorrer de uma cirurgia às cataratas? Quando operamos uma catarata, podemos e devemos corrigir os principais erros refrativos ou ametropias
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(miopia ou hipermetropia). Para tal é fundamental a realização de uma biometria, exame em que se medem algumas variáveis do olho a operar, em particular o comprimento do mesmo. Um bom conhecimento dos erros refrativos do doente e antecedentes cirúrgicos, nomeadamente cirurgias laser à miopia, hipermetropia ou astigmatismo é fundamental para a obtenção de bons resultados. Estes erros refrativos, a miopia e a hipermetropia poderão ser corrigidas através de implantação de lentes intraoculares monofocais. Também a presbiopia, isto é, diminuição progressiva da capacidade de focar objectos ao perto (perda da acomodação), está associada ao envelhecimento do olho, e associado ao endurecimento do cristalino. Também este erro refrativo poderá ser corrigido durante uma cirurgia de catarata através da implantação de lente intraocular multifocal. E o que é o astigmatismo e que tipo de atividades diárias esta patologia pode condicionar? O astigmatismo é um tipo de erro refrativo que não permite ao olho focar a luz na retina de uma forma uniforme devido ao facto da córnea e/ou o cristalino não serem uniformemente curvos ou ‘esféricos’. No astigmatismo, a córnea ou o cristalino têm um eixo mais curvo e outro mais plano e pode ocorrer em combinação com outros erros refrativos, como a miopia e a hipermetropia dando origem a uma visão desfocada. Também este doentes podem queixar-se de cansaço na leitura de livros ou computadores, legendas ou rodapés na televisão ou no cinema
João Paulo Cunha, oftalmologista
e dificuldade na condução nocturna ou halos à volta das luzes. Costumo comparar a visão dos astigmatas aos quadros de El Greco ou de Modigliani. Já este erro refrativo, que quando de pequena monta , poderá ser contrariado pela incisão realizada aquando da cirurgia, quando significativo poderá ser corrigido através da implantação de de lentes tóricas. Também estas poderão ser mono ou multifocais. As primeiras corrigirão os astigmatismos hipermetropicos e/ou miopicos e as segundas corrigirão alem dos astigmatismos miopicos/ hipermetropicos também a presbiopia. É necessário aguardar que a catarata esteja totalmente desenvolvida para proceder à operação? A cirurgia de catarata pode ser proposta quando a opacificação do cristalino prejudica a qualidade visual e consequentemente o estilo de vida e sua qualidade. Toda a investigação realizada ao longo das últimas décadas mudou esse paradigma de operar só após a ‘cegueira legal’. Estou em crer que a invenção da lente intraocular constituiu uma das revoluções cientificas do seculo XX na área da Oftalmologia e não posso deixar de homenagear Sir Harold Ridley, o primeiro oftalmologista a implantar uma lente intraocular.
Com o apoio,
ARTIGO DE OPINIÃO
A RETINOPATIA DIABÉTICA E A VISÃO A DIMENSÃO DO PROBLEMA E COMO É QUE EU POSSO EVITAR A PERDA DE VISÃO.
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Retinopatia diabética é a primeira causa de cegueira, em Portugal, na população em idade produtiva (entre os 20 e os 65 anos).Esta cegueira pode ser evitada se forem tomadas as medidas apropriadas. Em Portugal existe cerca de 1.300 000 diabéticos. Cerca de 300 000 têm retinopatia diabética e pelo menos 30 000 têm perda de visão e 13.000 estão cegos devido à retinopatia diabética. Mais de 90% destes casos de perda de visão ou de cegueira podiam ter sido evitados se tivesse sido feito um bom controlo metabólico e um tratamento atempado da doença. O que pode ser feito para evitar que a diabetes provoque perda de visão? - Um bom controlo metabólico: Controlo da glicémia, da tensão arterial, colesterol, peso/obesidade. - Vida sedentária com prática de exercício físico diário. - Alimentação saudável - Avaliação periódica pelo Médico Oftalmologista Quando é que um diabético deve consultar pela primeira vez um Médico Oftalmologista?: - Na diabetes tipo 1- até 5 anos após o diagnóstico da diabetes - Na diabetes tipo 2- na altura do diagnóstico. E depois disso? O médico oftalmologista vai certamente informá-lo do estado da sua retina e indicar-lhe quando deve fazer uma nova avaliação.
Quais são os tratamentos existentes para a retinopatia diabética? Há tratamentos novos? São mais eficazes? Durante mais de 30 anos a fotocoagulação laser foi o único tratamento existente para a retinopatia diabética. Permitiu salvar da cegueira muitas pessoas. Hoje mantem a sua indicação no tratamento das formas mais
No tratamento do edema macular – a forma mais frequente de perda de visão – pode ser usada, quando indicada, como tratamento associado aos antiangiogénicos ou aos corticoides intravitreos. graves da doença – a retinopatia diabética proliferativa. No tratamento do edema macular – a forma mais frequente de perda de visão – pode ser usada, quando indicada, como tratamento associado aos anti-angiogénicos ou aos corticoides intravitreos. Estes são os novos tratamentos que existem actualmente para o edema macular e que permitem estabilizar a visão com que se inicia o tratamento na grande maioria dos casos e melhora-la em mais de metade dos doentes tratados. São efetuados de forma repetida, com maior frequência no primeiro ano e
representam uma grande inovação no tratamento do edema macular. Têm uma eficácia muito maior que a fotocoagulação laser, mas, mesmo apos iniciar o tratamento, o bom controlo metabólico e a mudança no estilo de vida são fundamentais para conseguir bons resultados e para mantê-los. Apesar de termos estes novos medicamentos, os aspetos mais importantes do tratamento da retinopatia diabética residem na prevenção, no diagnóstico precoce e no tratamento atempado. Os rastreios são uma arma importante. Permitem diagnosticar a retinopatia diabética mais cedo, antes de haver perdas graves de visão, e orientar os doentes para o tratamento. Devem ser feitos sempre sob a orientação dos Médicos Oftalmologistas e em coordenação com os médicos de Medicina Geral e Familiar. O tratamento iniciado em fases tardias da doença esta associado a maior prevalência de cegueira e maiores custos. Dispomos hoje, pois, de novas armas terapêuticas que são mais eficazes. Mas o diagnóstico precoce, o bom controlo metabólico, a adopção de um estilo de vida saudável e o tratamento iniciado nas fases precoces da doença, são certamente os aspectos mais importantes a reter, no tratamento da retinopatia diabética. No seu conjunto permitem evitar a perda de visao em mais de 90 por cento dos casos. Rufino Silva, Médico Oftalmologista
CLIORS, LDA Rua Câmara Pestana, 37 3030-163 Coimbra Tel. 239 484 348 Fax. 239 481 487 rufino.silva-clinica@oftalmologia.co.pt www.oftalmologia.co.pt
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EDOL
SAÚDE QUE SE VÊ Esta é a premissa da Edol, a Empresa de Dermatologia e Oftalmologia de Lisboa. Num trabalho sobre a saúde da visão, uma entrevista a Mafalda Pimpão, diretora de marketing da Edol, é obrigatória.
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ara que possamos contextualizar os nossos leitores, pergunto-lhe como nasce a Edol. A EDOL (Empresa de Dermatologia e Oftalmologia de Lisboa) empresa de capital 100 por cento português nasce em 1952, na Farmácia Bairrão, em Alcântara. Na época começamos o desenvolvimento de produtos nas áreas de Dermatologia e Oftalmologia. O negócio foi crescendo e dez anos depois, foi construída a primeira unidade fabril, a qual fomos modernizando a aumentando ao longo das últimas décadas até hoje. Nestes últimos anos, temos desenvolvido e comercializado produtos noutras áreas, expandindo o nosso negócio para outros nichos de mercado como é o exemplo da Otorrinolaringologia. A aposta nos mercados de exportação e o nosso crescimento no mercado nacional ditou que investíssemos numa nova unidade fabril, que se encontra em construção até fevereiro de 2019. Em que áreas da saúde atuam? Atualmente, as nossas áreas de atuação são a Oftalmologia, onde somos líderes em Portugal (número de unidades), Dermatologia, onde temos uma forte posição, Dermocosmética e Otorrinolaringologia. O nosso core passa pelo desenvolvimento, fabrico e comercialização de medicamentos, dispositivos médicos e cosméticos para cada um destes nichos de mercado. Porquê estas áreas? O que vos distingue das demais empresas farmacêuticas? O porquê destas áreas é explicado pela génese do Lab. Edol. Há mais de 6 décadas que o nosso know how é no desenvolvimento, produção e comercialização dos mais variados produtos tópicos para estes mercados. O nosso negócio tem como principal objetivo, colmatar as necessidades dos nossos profissionais de saúde e doentes. Ouvimos os nossos clientes e desenvolvemos o que eles necessitam. A
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Mafalda Pimpão, diretora de marketing
dermocosmética nasce da necessidade dos hospitais terem um produto cosmético que na sua composição tivesse ingredientes de elevada qualidade para os doentes acamados. Os produtos de ORL nascem da necessidade dos médicos de otorrinolaringologia terem gotas auriculares especificas para a sua prática clinica, ao invés de utilizarem os colírios oftálmicos. O que nos distingue é exatamente isto! Somos 100 por cento portugueses, temos uma responsabilidade acrescida para com os profissionais de saúde e doentes em Portugal e nos mercados para os quais exportamos. Os vossos produtos são os mais variados, incluindo os dispositivos médicos. Porquê esta diversidade? Qual a estratégia por trás da mesma? O mercado tem pedido este tipo de produtos. Trata-se de produtos que têm bons perfis de segurança e que podem ser utilizados profilaticamente numa série de patologias. Por outro lado, sendo que em Portugal, a Constituição diz que a medicina é universal e tradicionalmente gratuita, o Edol tem a obrigação em cumprir a sua parte e isso passa por responder ao mercado com produtos de qualidade, seguros e com preços acessíveis. Faz parte da nossa responsabilidade social enquanto empresa portuguesa.
EDOL
Como é que conseguimos alcançar uma ‘Saúde que se vê’? Abraçamos esta máxima diariamente! Uma das nossas fortes apostas internamente é no controlo de qualidade, no qual o rigor, o controlo permanente, a segurança e a qualidade estão sempre presentes. Isto requer uma formação constante dos nossos recursos humanos e muita dedicação por parte de toda a equipa Edol. A verdade é que oferecemos respostas terapêuticas comprovadas e inequívocas e isso vê-se! Uma vez que nesta edição damos destaque ao Dia Mundial da Visão, questiono-lhe como vai a saúde visual dos portugueses. Uma das prioridades do Governo em 2018 foi a saúde visual dos portugueses. A verdade é que foram implementadas algumas medidas, tais como o rastreio nacional de saúde infantil ou a reformulação do programa de rastreio da retinopatia diabética, o que indica que se está a dar maior atenção e a aumentar-se recursos nesta área. Contudo, a falta de informação dos portugueses acerca ‘das doenças dos olhos’ ainda é grande e sabemos que algumas patologias são silenciosas, tal como o Glaucoma. É preciso educar os cidadãos na área da saúde visual. Temos todos a responsabilidade de o promover e implementar. Considero que estamos num bom caminho se este tipo de medidas de educação e prevenção forem implementadas. No que depender do Laboratório Edol, tudo faremos para que isso aconteça!
Que projetos estão programados para 2019? 2019 vai marcar uma vitória na história do Edol: a conclusão da nova unidade fabril em Carnaxide, a qual está em construção. Esta unidade fabril, vai aumentar a competitividade da nossa empresa nos mercados onde atuamos e vai-nos permitir alargar o nosso portfolio com a introdução de novos formatos e desenvolvimento de mais soluções terapêuticas. Este tem sido o maior projeto dos últimos anos! Paralelamente, solidificar a nossa presença no mercado dos PALOP’s, principalmente em Moçambique. Desde 2017, que iniciamos a nossa própria atividade em Moçambique com o arranque do nosso armazém logístico, onde distribuímos e promovemos os produtos do Laboratório Edol e de outras farmacêuticas no mercado moçambicano. E ainda, continuar a aumentar exponencialmente a exportação dos nossos produtos. Infelizmente em Portugal, so-
mos apenas 10 milhões de habitantes! Ao juntar as exigências regulamentares e ao mercado estar saturado, o sucesso do Edol passa, obrigatoriamente, pelos mercados externos. Por onde passa o futuro da Edol? O futuro do Edol vai assentar em quatro pilares fundamentais! O primeiro, passa por solidificar a nossa posição no mercado nacional. O segundo pilar passa pelos mercados internacionais, onde temos como objetivo que estes venham a representar 50 por cento da faturação da empresa. O terceiro pela produção para terceiros, uma vez que temos capacidade instalada para produzir para outras empresas e iremos aumentar essa capacidade com a conclusão da nova unidade fabril. Em quarto lugar, a aposta continua no nosso capital humano, investindo na formação das pessoas, na retenção de talento e no desenvolvimento profissional e pessoal.
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OPTICALIA
SE GOSTA DE ÓCULOS, GOSTA DA OPTICÁLIA “Porque andamos de mão dada com as últimas tendências. Porque lhe propomos um vasto catálogo de óculos para que possa encontrar aqueles que lhe dizem mais e que melhor complementam o seu estilo. Porque contamos com marcas exclusivas como a Mango, Custo Barcelona, Hackett, Pedro del Hierro, Victorio & Lucchino, Davidelfin, Amichi, Pepe Jeans, Pull&Bear, Javier Larrainzar e THELOOK”. Conversamos com Cidália Ferreira, da Opticalia Esenor.
temos tido sempre um crescimento ao longo dos anos, sustentando no nosso trabalho e numa equipa que no dia a dia coloca em prática toda a nossa filosofia da empresa. Quantas lojas tem atualmente? A Opticalia Esonor já conta neste momento com 11 lojas localizadas em Valongo, Gondomar, Vila Nova de Gaia (quatro lojas), Paredes, Penafiel, Paços de Ferreira, Póvoa de Varzim e Rio Tinto.
orquê a aposta nesta rede? A aposta na rede Opticalia foi uma decisão pensada e ponderada, em que decidimos com base no relacionamento pessoal de mais de 25 anos com as pessoas que lideram este projeto em Espanha e Portugal. Só tendo muita confiança nas pessoas à frente do projeto é que faria sentido avançarmos para um grupo.
Para além da venda de óculos, que outros serviços oferecem? Cada vez mais nas nossas óticas há muito mais do que a simples venda de óculos. Há toda uma experiência de compra que para nós é fundamental. Começa no momento do exame visual e que no caso da Opticalia Esonor, temos um serviço permanente premium em optometria e contactologia que é assegurado por 19 optometristas licenciados pela Universidade do Minho. Por outro lado, trabalhamos diariamente para desenvolver cada vez mais o profissionalismo e o atendimento que o cliente tem quando se dirige a uma das nossas lojas, daí que tenhamos um serviço de visagismo assegurado por 20 técnicos de vendas devidamente especializados em cada uma das nossas lojas. Fazendo com que os clientes saiam encantados, e o ato de compra seja um momento mágico de satisfação total ,devido ao aconselhamento técnico e visual de todos os intervenientes no processo.
Todos os percursos têm altos e baixos. Como tem sido o percurso desta empresa? Como diz e muito bem, os percursos têm sempre momentos mais altos que outros, mas acreditamos que é assim que se aprende, se cresce e que se evolui. No caso da nossa empresa não foi diferente, mas temos hoje em dia muito orgulho em olhar para o que construímos e vermos que
No mundo de trabalho, onde o homem é dominante e consegue facilmente chegar a líder, como foi o caminho percorrido até chegar à chefia? Comecei como funcionária de uma multinacional, mas sempre fui muito ambiciosa e tive os meus obje-
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Cidália Ferreira, sócia-gerente
tivos muito bem definidos e sabia exactamente o queria e estava disposta a trabalhar para o conseguir. Depois de dois anos e meio a trabalhar para outros, criei a minha própria empresa e a minha primeira loja. Acho que mais do que ser homem ou mulher, o importante é sabermos o que queremos, não baixarmos os braços, e lutarmos pelo que acreditamos. Portugal ainda tem um longo caminho a percorrer pela equivalência na renumeração? Penso que temos um caminho a percorrer em termos de determinação, definição de objetivos, espírito de sacrifício e trabalho. Principalmente em sonhar com o que se realmente quer. Temos uma cultura que sempre foi muito opressiva em relação ao empreendedorismo e que agora aos poucos se começa a mudar. Na nossa empresa o género não é importante, temos mais mulheres que homens, mas ambos são tratados da mesma forma e tem mesmas obrigações e regalias dentro da empresa. Existem muitos outros fatores mais importantes que o género, como o desempenho de funções que lhe são atribuídas, a disponibilidade, a motivação, a ambição, a vontade de evoluir constantemente e ser boa pessoa. São tudo fatores que consideramos essenciais para o sucesso profissional. Por onde passa o futuro da empresa? Sempre por fazer melhor a função a que nos propomos. E por agarrar as oportunidades que irão surgindo... Talvez até novas aberturas...
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MUNDIPHARMA
PORTUGAL: UMA APOSTA QUE ESTÁ A CRESCER DE FORMA SÓLIDA E SUSTENTÁVEL Mundipharma aposta em Portugal com a certeza que é um país excelente para investir. A Revista Business Portugal esteve com o diretor geral, Salvador Lopez Orland, para entender as valências de Portugal e a dinâmica da empresa.
Salvador Lopez Orland, diretor geral
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endo a Mundipharma uma multinacional americana, qual o motivo da aposta em Portugal? Portugal é um dos países mais bem posicionados dentro da UE para o desenvolvimento e crescimento de empresas. O governo prioriza investimentos e, consequentemente, o ambiente de startups em Portugal está a crescer. Na Mundipharma, estamos a seguir o exemplo: investimos em empresas a começar, sejam serviços de análise de dados ou de business intelligence. Também apostamos em parcerias fortes e em novas tecnologias, por exemplo: estamos a colaborar com a IBM para um novo projeto na área da diabetes, que inevitavelmente levará a uma redução de
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custos envolvidos na gestão dessa doença complexa. Com a ajuda da IBM e das autoridades, pretendemos criar assistentes virtuais que identificarão condições específicas para doentes, individualmente, e fornecerão o medicamento apropriado. Dado o tamanho e a geografia do país, Portugal é adequado para projetos-piloto. De facto, o nosso projeto de assistente virtual para diabetes será testado em Portugal, antes de se expandir e exportar para o resto da Europa. Portugal posiciona-se como o país de escolha para pilotar novas estratégias, para atrair indivíduos altamente talentosos e na indústria farmacêutica, a Mundipharma está bem preparada para capitalizar estes pontos fortes. A minha missão de estabelecer a afiliada aqui foi impulsionar as operações, fortalecer o modelo de negócios e germinar a cultura da empresa, influenciada pela Mundipharma globalmente, ainda que especifica para Portugal. Qual a principal missão e características da empresa? Na Mundipharma, somos ágeis e conseguimos tomar decisões rápidas e eficazes; isso explica porque somos capazes de agitar o mercado e lançar operações de maneira eficiente. A evolução que temos tido, manifesta-se nos nossos resultados. Por exemplo, a meta em 2017 era de 1,846 milhões de euros, mas atingimos 2,6 milhões no total - o que equivale a um crescimento de 150%; e em 2018 pretendemos crescer cerca de 130%. Eu tento transmitir esta mensagem todos os dias à minha equipa: devemos entregar resultados, pois a nossa reputação está em jogo. E a nossa principal estratégia para conseguirmos os resultados é utilizar a nossa cultura de empresa única no mercado farmacêutico Português. Esta cultura assenta essencialmente no empowerment do colaborador através de uma organização sem hierarquias, na implementação ágil das táticas locais que se adequam melhor às necessidades dos nossos stakeholders, na experimentação sem medo de errar e nas relações baseadas na confiança e na procura de oferecer a melhor experiência aos nossos parceiros. Em suma, criamos confiança no nosso ambiente de negócios, com base no nosso desempenho, ano a ano, e executamos uma estratégia orientada para resultados. Estamos focados, adotamos novas tecnologias e somos criativos na solução de problemas. Na Mundipharma, temos uma combinação dos melhores talentos do
MUNDIPHARMA
mercado e uma excelente cultura empresarial. A somar a isto, o mercado em Portugal oferece um enorme potencial para um crescimento rápido e sustentável. Aliás, a afiliada portuguesa é uma das que mais cresce na Europa. Começámos com uma organização simbólica e uma vez que ganhamos força nas vendas de produtos, aumentamos a equipa rapidamente. Em apenas um mês, passamos de cinco funcionários permanentes, para 15 representantes de vendas e neste momento, empregamos 30 pessoas em Lisboa, com uma forte ambição de continuar a expandir a uma taxa sustentável. Através de que serviços e produtos é que conseguem satisfazer as necessidades dos clientes? A Mundipharma tem soluções inovadoras na área respiratória, nomeadamente no tratamento da asma, na área da dor e na área da adição. O nosso principal objetivo para 2018 foi conseguido: entrar no mercado competitivo das doenças crónicas, em particular na área da diabetes. O governo aloca a esta área cerca de 8% a 10% do orçamento para a saúde. Na Mundipharma, como inovadores, pretendemos revolucionar esta área, gerando com as nossas soluções inovadoras, poupança para todos os stakeholders. Com esta nova classe de medicamentos em Portugal, os inibidores da SGLT2, esperamos reduzir o custo do tratamento, não apenas em relação ao custo da doença, mas também redução dos tempos de espera. A proteção cardiovascular é outra das grandes vantagens para o doente, que se poderá traduzir em vantagens económicas num futuro próximo. Estamos muito orgulhosos por ter lançado este produto em 2018. A Mundipharma é a empresa líder em
De facto, o nosso projeto de assistente virtual para diabetes será testado em Portugal, antes de se expandir e exportar para o resto da Europa biossimilares na Europa e 2019 será o ano de Portugal, para incluir esses medicamentos no nosso portfólio. Queremos reduzir os gastos com saúde e ampliar o volume de doentes que têm acesso a medicamentos inovadores, oferecendo alternativas mais eficientes às opções atuais. Esta estratégia está perfeitamente alinhada com a nossa vontade de ser um parceiro de eleição para as autoridades em Portugal e contribuir para um Sistema Nacional de Saúde mais sustentável.
profissionais talentosos, altamente motivada e focada. Somos a melhor empresa para trabalhar em Portugal em 2018, de acordo com o Great Place to Work Institute. Este reconhecimento por parte dos colaboradores, transmite claramente a vivência diária que nos caracteriza, de espírito guerreiro, coração prestativo e atitude de diversão. Na Mundipharma Portugal, queremos ser a melhor empresa para os nossos funcionários trabalharem, e também um parceiro de eleição para as autoridades e demais stakeholders, na área da saúde. O nosso objetivo é trabalhar para um melhor sistema de saúde para as gerações futuras. Acreditamos que, através das nossas plataformas comerciais, entregamos diariamente aos doentes Portugueses, as melhores soluções disponíveis no mercado. Num ambiente nem sempre fácil, estamos a avançar e a ganhar terreno, confiantes de que estamos a cumprir o nosso papel. A Mundipharma Portugal, está para ficar! Lagoas Park – Edificio 8
O futuro da Mundipharma passa por continuar a apostar em Portugal e nos Portugueses? A Mundipharma está perfeitamente integrada em Portugal. Temos uma equipa de
R. Encosta das Lagoas, 2740-268 Porto Salvo, Oeiras, Portugal Email: geral@mundipharma.pt Telefone: +351 219 013 162 www.mundipharma.pt
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DESTAQUES 76 TRANSGRUA Há 45 anos a operar no universo das gruas 80 MONTALGRUA Qualidade e segurança ao serviço do cliente 82 EUROTAGAR Criar novas soluções com competitividade 86 MACHRENT Eficiência, produtividade, compromisso e rendibilidade
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GRUAS EM PORTUGAL A Revista Business Portugal orgulha-se de trazer aos seus leitores temas que não são abordados com frequência nos outros meios de comunicação social. Um dos quais, pela segunda edição consecutiva, é o tema do vazio legislativo que aflige as empresas de aluguer de equipamentos industriais. As empresas deste setor respeitam todas as regras de circulação, manutenção e manuseamento destes veículos, mas não existe legislação que lhes permitam circular na via pública dentro de prazos aceitáveis. Referimo-nos à circulação de gruas de 60 ou mais toneladas nas vias públicas, as quais precisam de uma autorização, requerida ao Instituto da Mobilidade Terrestre (IMT) que, por sua vez, tem de transmitir o pedido às Infraestruturas de Portugal (IP), que solicita autorização de viabilidade de trajeto às várias concessionárias dentro do percurso que se pretende fazer. A autorização requerida demora meses a chegar – três, seis ou até nove meses. Partindo do princípio de que é aprovada, as empresas ficam, assim, com trinta dias para proceder à deslocação da grua até ao destino. E, até há bem pouco tempo, eram obrigados a efetuar outro pedido de autorização para deslocar a máquina novamente para a empresa sua detentora. A licença representa em si mesma um gasto que é, apesar de tudo, bastante inferior ao prejuízo que causa às empresas pela demora em chegar. As entidades veem-se impedidas de garantir prazos aos clientes, uma vez que se encontram constantemente dependentes do tempo que demora a emissão das licenças. Apesar das dificuldades que enfrentam, os profissionais deste setor continuam na sua labuta diária para satisfazer as necessidades do mercado.
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TRANSGRUA
HÁ 45 ANOS A OPERAR NO UNIVERSO DAS GRUAS
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TRANSGRUA
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MONTALGRUA
QUALIDADE E SEGURANÇA AO SERVIÇO DO CLIENTE – Orientação para o cliente: superar as expectativas dos clientes, procurando soluções flexíveis e seguras; – Confiança e Lealdade: transparência profissional e nos contactos estabelecidos; – Respeito e Ética: Sustentação de uma conduta respeitosa e eticamente responsável
Serviços especializados
Fernando Pinheiro, ceo
Presente no mercado desde 1978, a Montalgrua tem como principal segmento de negócio o aluguer de auto gruas para todo o país. Segurança, eficiência, produtividade e compromisso com o cliente são os pilares que evidenciam a empresa. A entrada da terceira geração na estrutura da empresa, redireciona a Montalgrua para novos objetivos e mercados
M
issão A nossa empresa, sempre com o intuito de promover/dinamizar a visão apresentada, adota assim uma missão que garante e que permite obter capacidade de resposta e flexibilidade para enfrentar quaisquer restrições e contras que poderão surgir ao longo de todo o processo (desde o envio da consulta por parte do cliente, até à execução da operação), ajustando o máximo os meios à realização do serviço prestado confirme o
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pedido do cliente. Consegue-se deste modo, atingir níveis de qualidade reconhecidos nos mercados alvo, baseando-nos assim no constante desenvolvimento e melhoria de políticas de qualidade, gestão e ambiente, e na aquisição de novos equipamentos ao longo do tempo para poder dar resposta a todas as exigências de um serviço competitivo. Valores Sendo o foco a realização da missão e visão, é essencial a partilha de valores com o cliente como:
A Montalgrua tem como core business o aluguer de gruas telescópicas e de rastos, e em complemento de gama: multifunções, empilhadores e plataformas elevatórias, aliando a experiência dos recursos humanos à inovação tecnológica dos seus equipamentos. “Desde a década de 80 que começamos a dotar a empresa dos melhores equipamentos. Sempre quisemos evoluir, criar e inovar neste setor. Falamos de auto-gruas com programas de funcionamento de chassi extraordinários, que permitem uma enorme facilidade de adaptação ao espaço para onde são requisitadas, mesmo existindo limitação desse mesmo espaço”, salienta Fernando Pinheiro. A Montalgrua está, assim, preparada para uma multiplicidade de solicitações, no que respeita a trabalhos de serviços de grua de rastos, montagem de vigas, entre outros serviços.
Mercados de Incidência Civil: Durante as últimas décadas a envolvência e a diversidade de atuações no mercado tem vindo a aumentar, no entanto, a indústria civil iniciou o caminho que ainda hoje é percorrido pela Montalgrua, que sempre se demonstrou presente no grupo de áreas de atuação abrangentes. Eólico: A Montalgrua foi das primeiras empresas a instalar Torres Eólicas em Portugal, iniciando esta área especifica em 1997, numa fase em que a Indústria Eólica ensaiava os seus primeiros passos. Indústria: Outro marco no conjunto de atividades da empresa, são o mais variado tipo de indústrias; cimenteiras, fábricas de pasta de papel, farmacêuticas, entre outras que exigem a instalação de equipamentos e estruturas de grande porte.
MONTALGRUA
Marítimo e Portos: Ainda que esta área de serviços tenha estado sempre presente na rotina de serviços da Montalgrua, a mesma tem vindo a alargar-se devido ao aumento de necessidade de execução de vários tipos de tarefas de grande porte. Entre os serviços prestados estão a construção e reforço de pontões de costa, onde temos vindo a desenvolver ao longo dos anos, inúmeros trabalhos com clientes do setor. Transportes: Dispõe de uma crescente frota de equipamentos de transporte onde se incluem desde sistemas modulares, porta máquinas, estrados diretos, semi-reboques extensíveis, entre outros, respondendo à crescente procura. A Montalgrua detém um quadro técnico com profissionais detentores de conhecimentos de engenharia capazes o suficiente para dar resposta a qualquer problema relacionado com adaptação a cada serviço. Desenvolve ainda em conjunto com outros parceiros, soluções para serviços de design, projeto e construção dos seus próprios acessórios, bem como de soluções especificas para cada cliente.
Um olhar sobre o setor Fundador da ANAGREI – Associação Nacional de Alugadores de Equipamentos Industriais, Fernando Pinheiro tem uma visão muito própria sobre o estado atual do setor em Portugal, nomeadamente na questão da atribuição de licenças para o exercício deste trabalho. “Desde 1986 até 1998 que as auto-gruas com peso bruto superior a 60 ton desta empresa obtiveram sempre licença de utilização para todo o país, apenas com ressalvas de passagem a determinadas horas ou de interdição para algumas localizações. Falámos de uma altura em que as autorizações eram anuais, obtidas em duas semanas, e as condições das infraestruturas rodoviárias totalmente diferentes do que se passa hoje em dia”, ressalva o administrador. Contudo, com o decreto de lei de 1999 e devido a um acontecimento esporádico de uma outra empresa de um outro setor de atividades que as entidades oficiais começaram a condicionar a obtenção de licenças para este tipo de equipamentos, assim como aumentaram substancialmente o tempo de espera de atribuição da mesma, como nos explica Fernando Pinheiro: “Raramente obtemos uma licença num período inferior a dois meses e com autorização apenas para 30 dias, ou seja, essa é a validade de tempo para utilização. Se olharmos para Espanha, essa mesma auto-grua tem uma licença atribuída em 10 dias e com a validade de quatro anos. Portanto, é um paradoxo incrível com os nossos vizinhos. Por outro lado, enquanto em Espanha a licença é valida para todo o país, no nosso caso temos de mencionar às Estradas de Portugal o percurso que pretendemos fazer, sendo que a responsabilidade por qualquer casualidade ou acidente é sempre da nossa empresa. Enquanto questionados sobre os percursos
A Montalgrua tem como core business o aluguer de gruas telescópicas e de rastos, multifunções, empilhadores e plataformas elevatórias, aliando a experiência dos recursos humanos à inovação tecnológica dos seus equipamentos. disponíveis entre dois pontos (partida e chegada) nos circuitos oficiais responsáveis pela emissão de licenças, prontamente e rapidamente tem informação sobre os itinerários possíveis e as zonas e/ou horários onde existem limitações de tráfego. Em Portugal quando esses pedidos de informação foram solicitados, nunca tiveram resposta.” Durante estas duas décadas continuam as reuniões para a alteração de legislação, sem qualquer solução à vista, o que tem provocado uma reação negativa do setor. Por isso mesmo, Fernando Pinheiro alerta para a necessidade das entidades institucionais mudarem drasticamente a forma como olham para esta área de atividade.
GRUPO TAGAR
CRIAR NOVAS SOLUÇÕES COM COMPETITIVIDADE O Grupo Tagar iniciou a sua atividade na Venezuela há mais de 30 anos num mercado ligado a equipamentos para apoio à construção. De forma a solidificar o bom trabalho já existente na Venezuela, é em Portugal que opta por criar a Eurotagar, uma empresa exclusivamente dedicada às autogruas. Em entrevista à Revista Business Portugal, Ilídio Tavares, CEO, aborda um passado reforçado pela internacionalização e fala de um presente marcado pelo contínuo sucesso.
É
na Venezuela em 1984 que Ilídio Tavares inicia a sua atividade ligada a equipamentos para apoio á construção. O sucesso foi uma característica que acompanhou a empresa desde a sua fundação, mas com a entrada do Presidente Hugo Chávez (em 1998) a instabilidade instalou-se neste país da América do Sul. “O seu discurso político não foi do meu agrado. Projetei que o país entraria num plano de decadência, uma vez que estava a ser dirigido por um Coronel de tendência militar e com pouca formação académica no âmbito da economia e gestão”, salienta o empresário. Foi nesse mesmo ano, em 1998, que passou a desacreditar num país que vivia dentro de um regime tipicamente militar com um pensamento rígido. Este foi o grande motivo que levou Ilídio Tavares a instalar-se em Portugal, país que temia ser mais competitivo do que aquilo que realmente era. Assim, conseguiu evidenciar a Eurotagar no mercado português, ao ponto de fazê-la crescer gradualmente no sector da construção civil. Em 2000, já em território nacional, mais precisamente Arrifana (Santa Maria
da Feira), o CEO decidiu começar um negócio que já conhecia: as autogruas. “Portugal, no ano 2000, florescia com a proliferação de construção, tanto de edifícios, como de vias públicas, autoestradas e pontes. Fomos crescendo com gruas que estavam mais direcionadas ao setor da construção civil (obras públicas e privadas) ”, acrescenta. De forma a posicionar-se à realidade de mercado a Eurotagar, viria a abraçar novos desafios. Em 2009 direcionaram-se para o setor eólico, o principal core atualmente do grupo. “Após análise da realidade existente cheguei á conclusão que esta área de negócio era mais promissora, nesse momento os preços dos combustíveis fósseis eram muito altos, e começou a surgir a consciência ecológica e a noção de pegada ambiental, a Europa teria de procurar novas soluções e alternativas, naquela época só estava a equacionar uma: o eólico”.
Setor eólico em expansão Após a crise americana de 2008, em 2011/2 grande parte dos projetos eólicos foram suspensos, pois as taxas de juro para financiamento destes projetos dispararam, tornando-os inviáveis. Este fator fez com que a empresa
“Portugal, no ano 2000, florescia com a proliferação de construção, tanto de edifícios, como de vias públicas, autoestradas e pontes. Fomos crescendo com gruas que estavam mais direcionadas ao setor da construção civil ” tivesse de encontrar soluções e o caminho foi a expansão e a aposta na internacionalização. “O nosso primeiro projeto fora de Portugal foi na Nicarágua e a partir do momento em que mostramos aos nossos clientes a nossa capacidade de eficiência e profissionalismo, mesmo num dos países da América Central com um sistema complexo, deu-nos
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GRUPO TAGAR
abertura e credibilidade para entrar numa short list de empresas convidadas para projetos eólicos em diversas geografias”. Conta ainda que optaram por entrar em países com “maior domínio, maior conhecimento e melhores condições climatéricas”.
Pela América e Europa… mas não só! Chile, Venezuela, Argentina (América Latina) são alguns dos países onde se centra a presença do grupo. O CEO revela que, por agora, não é prioritário iniciar atividade em mais nenhum país no qual não haja garantias de recompensa financeira para justificar o gasto adicional. África do Sul, Quénia, Nicarágua, Panamá e Moçambique são outros pontos geograficamente estratégicos selecionados para dar cartas num trabalho que se caracteriza pelo seu elevado grau de exigência e rigor. Já na Europa, destacam-se países como Espanha, França e Portugal. Questionado sobre a representatividade do trabalho em Portugal em comparação com o resto do mundo, Ilídio Tavares afirma que corresponde a um quarto da faturação. Já os restantes 75 por cento do volume de negócio surgem dos países em que estão presentes.
Ilídio Tavares, ceo
Core business Com cerca de 80 gruas automóveis e com uma capacidade entre 40 e as 1200 toneladas, a empresa refere que o seu core business é a montagem de parques eólicos, não descurando os outros setores onde opera o Grupo. Ao longo de mais de três décadas, Ilídio Tavares aproveitou da melhor forma o mercado, com competitividade e com soluções inovadoras, “a que os meus concorrentes não estavam dispostos”, destaca. O futuro estará de mãos dadas com a arte de bem servir acompanhado pela exigência do mercado, já que a dedicação e o trabalho irão sempre fazer parte daquilo que é o GrupoTagar.
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GRUPO TAGAR
Alugue o equipamento certo apenas enquanto precisa
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MACHRENT
EFICIÊNCIA, PRODUTIVIDADE, COMPROMISSO E RENDIBILIDADE Paulo Martins e Hugo Fonseca, CEO e Diretor Comercial
Presente no mercado desde 2007, a MACHRENT assume-se como uma referência nacional no aluguer de equipamentos. Eficiência,produtividade,compromisso e rendibilidade para como cliente são os principais pilares que demarcam a empresa no mercado. A contar 11 anos de existência,a MACHRENT adota como principais ambições para o futuro a contínua inovação, o crescimento e acompanhamento das necessidades dos mercados e dos seus clientes.
A
MACHRENTfoi fundada em 2007,única e exclusivamente com capital português. Em 2010, adquiriu a empresa MH XXI, o que permitiu diversificar a área de atuaçãoparaossetoresdaindústria,manutençãoeserviços.“A empresa na sua constituição investiu 100 por cento em equipamentos para a construção civil. Aquando da crise de 2008 e 2009, essencialmente, concentrada na construção, os acionistas tiveram a coragem de vender metade das máquinas, que haviam sido adquiridas há apenas um ano, com o objetivo de diversificar a sua oferta. Nos anos seguintes, disponibilizámos uma frota completamente reestruturada capaz de responder eficiente e eficazmente às novas e atuais necessidades do mercado”, conta o CEO da empresa, o engenheiro PauloMartins.
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A referida crise foi interpretada pela MACHRENT como uma oportunidade para se fazer, em contra-ciclo, uma série de reestruturações internas que resultaram na implementação de um propósito mais claro e mais completo para todos. Foram realizados investimentos significativos na gradual e adequada manutenção, renovação e crescimento da frota, sempre acompanhados pelaselecçãodetecnologiasdevanguarda,optimizaçãode processos, maior capacitação dos seus colaboradores, das suas ferramentas e das suas infraestruturas. A atividade da MACHRENT não se resume ao simples aluguer de equipamentos. Investindo proativamente em disponibilizar a solução mais adequada a cada necessidade, cria assim uma maior segurança, produtividade e rendibilidade aos seus clientes. A empresa “disponibiliza uma solução que permite ao cliente, libertar capital, energia, tempo e recursos para a sua atividade e, em simultâneo ter acesso à melhor e mais recente seleção de equipamentos e tecnologias de vanguarda adequados ao trabalho específico que quer executar e apenas pelo prazo necessário. Tudo com a garantia de uma equipa de técnicos especializados e experientes que prestam um serviço personalizado com acompanhamento permanente de 24 horas por dia, sete dias da semana, focado no que deseja e necessita o cliente para superar os desafios aos quais estão sujeitos para conseguirem o sucesso”, revela Hugo Fonseca, Diretor Comercial. A MACHRENT tem como core business o aluguer de equipamentos, contando com uma frota de mais de mil unidades com cerca de 200 categorias de equipamentos
MACHRENT
A MACHRENT tem vindo a conquistar um desempenho notável que merece a credibilidade e a confiança dos seus clientes. a empresa é já uma referência no sector de aluguer de equipamentos
bique, a MACHRENT tem conseguido crescer, vencer adversidades exigentes, adaptar-se a novas dinâmicas e estar melhor preparada para os desafios que vão surgindo, preocupando-se em primeira instância em alavancar a produtividade do país”,evidencia o CEO,PauloMartins. A MACHRENT é uma empresa que acredita em parcerias e que procura criar relações de confiança e de compromisso que contribuam decisivamente para que os seus parceiros(internos e externos) sejam bem-sucedidos nas suas tarefas. Esta política tem permitido criar uma carteira de clientes fidelizada, que testemunha a capacidade da empresa de se afirmar,dia após dia,como a melhor solução para o cumprimento de prazos e orçamentos. Fruto da sua afirmação no panorama nacional a MACHRENT aposta na diversificação de oferta,abrangência nacional(presente em quatro delegações: Lisboa, Porto, Pombal e Algarve) e gestão profissionalizada dotada de “best practices”internacionais, oque a caracteriza pelo sucesso. Formação certificada A MACHRENT tem como seu primeiro valor, a segurança, “até porque a vida de um trabalhador não tem preço”, confidencia Hugo Fonseca. E daí advém a necessidade de criar o primeiro centro de formação
diferentes, incluindo plataformas elevatórias, empilhadores convencionais, empilhadores telescópicos, escavadoras, retroescavadoras, mini-escavadoras, mini-pás carregadoras, cilindros de compactação e geradores de energia. Com uma assistência técnica que persegue a excelência e outros serviços complementares de valor acrescentado para o cliente, a MACHRENT tem vindo a conquistar um desempenho notável que tem vindo merecer a credibilidade e a confiança dos seus clientes, que fazem da empresa uma referência no setor. Numa aposta de internacionalização, a MACHRENT entrou no mercado de Moçambique, em 2013. Singulares, acabam por dadas confessar a possibilidade de explorar outras oportunidades latentes. “Em Moçam-
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MACHRENT
aprovado pelo IPAF (Federação Internacional de Plataformas Aéreas), onde “neste momento, oferecemos programas certificados e específicos para cada necessidade associada a cada tipo de equipamento e a todos os operadores,encarregados de obra, técnicos de segurança ou inspetores. O impacto tem sido de tal forma significativo, que nos últimos três anos fomos o centro com mais formações certificadas pela IPAF, efetuadas na Península Ibérica, quer em termos nominais quer em termos percentuais, o que demonstra a importância que damos a este tema”,confessam os entrevistados. “Com iniciativas, formamos o
maior número de operadores para permitir que exista um desafio à consciencialização das pessoas sobre o setor. Não é apenas carência de segurança, é também, do saber trabalhar. É importante que se perceba que a formação possibilita uma eficiência entre operador e máquina. Uma das razões da existência da MACHRENT é que as pessoas entendam que permitimos um acréscimo de produtividade, porque nós especializamo-nos neste setor. A nossa missão é esta: dotar os países onde estamos presentes de um acréscimo de produtividade”, esclarece o engenheiro PauloMartins. Osetoreofuturo O aluguer de equipamentos necessita de uma mudança de paradigma, de forma a mudar a maneira comoas entidades públicas olham e tratam o setor em Portugal. Quando questionados sobre este assunto, Hugo Fonseca refere que “esta atividade está pouco amadurecida em Portugal. A título de exemplo, em Inglaterra,todos os manobradores são habilitados da profissão com um cartão que dá acesso ao tipo de
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máquinas para as quais sabem trabalhar, caso não tenham formação o equipamento nem aciona.” Unânimes na convicção, o CEO e o Director Comercial admitem que “apesar de a MACHRENT ser uma empresa jovem, procura sempre um conjunto de melhorias, nomeadamente, inovar, aprender e fazer ainda melhor. Não nos acomodamos ao que existe. Quem faz parte da família MACHRENT tem esta ambição e paixão. Acreditamos que temos produzido qualidade para o sector e que temos vindo a mudar mentalidades em Portugal, não só interna como externamente.” A cultura de posse existente em muitos países, como é o caso de Portugal sustenta um paradigma assente numa política de pouca produtividade, no entanto, a MACHRENT procura através dos seus serviços inovar. “O futuro depende essencialmente das decisões que forem sendo tomadas a cada momento e nós MACHRENT temos a noção de que este crescimento estruturado nos permitirá explorar as muitas oportunidades que se encontram identificadas”, revelam ambos os entrevistados. A empresa cada vez mais se afirma como líder do setor quer pela inovação, qualidade de serviço e visão estratégica, permitindo assim afirmar que a MACHRENT é a escolha ideal no mercado de aluguer de equipamentos.
IMOBILIÁRIAS DE LUXO
As imobiliárias de luxo oferecerem empreendimentos exclusivos, com localizações privilegiadas e uma qualidade de excelência, geralmente são as características de ordem para as imobiliárias de luxo. Um design inovador e atual, materiais de topo, acabamentos cuidados e precisos, pretendem satisfazer as necessidades e expetativas do cliente mais exigente. Geralmente inseridos nas zonas mais luxosas das cidades, os empreendimentos de luxo são encarados pelo comprador como um investimento importante para a vida pessoal de cada um, tratando-se de um espaço cómodo e acolhedor, para partilhar com família e amigos nos mais variados momentos. Moderno, atrativo e funcional, tanto nos espaços de interior como exterior. Edifícios que pretendem marcar a diferença. Ser muito mais que uma habitação, pretendem assumir-se como um estilo de vida. As construções de luxo além de todas as caraterísticas enumeradas anteriormente assumem serviços exclusivos para responder às mais variadas necessidades dos seus moradores. Mais do que vender, as empresas de imobiliárias de luxo valorizam o serviço pós-venda, desejando a fidelização dos clientes. Um tipo de serviço diferente, com inúmeras vantagens associadas e a garantia de excelência na qualidade dos materiais. Pretende-se que com o passar dos anos este tipo de empreendimento permaneça inalterado, sendo fundamental o rigor no momento de eleição dos materiais e na alta resistência dos mesmos. A preocupação ambiental junta-se às imobiliárias de luxo com o objetivo de reduzir gastos e emissões de CO2 preservando a beleza das habitações.
DESTAQUES 90 SOL PRIME Uma Escolha de Excelência e Máxima Discrição 92 INS GRUPO IMOBILIÁRIO Portugal: um bom investimento imobiliário 95 PORTO CAPITAL A apresentar soluções à medida de cada cliente
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SOL PRIME
UMA ESCOLHA DE EXCELÊNCIA E MÁXIMA DISCRIÇÃO O grupo Sol Prime é uma marca de referência, em Aveiro, e oferece aos seus clientes um conjunto diversificado de serviços, que se complementam na hora dos seus clientes decidirem o seu investimento, desde da área da imobiliária, seja (re)construção, passando pelo aconselhamento jurídico até à decoração, finalizando com a ajuda da mudança para o novo lar. Mónica Laranjeiro (diretora geral) e Liliana Silva (coordenadora geral) falam das suas experiências e partilham os novos projetos.
C
omo é que começou este projeto, Sol Prime? M.L: Nós começamos por ser uma imobiliária, como eu chamo de ‘normal’, até que, atendendo à conjuntura do mercado, começámos por sentir necessidade de mudar porque, cada vez mais, hoje quem compra não quer ser identificado. Isto nota-se especialmente em Aveiro, Coimbra e no Porto. Embora eu tenha dez anos de experiência nesta área, esta empresa foi inaugurada em maio de 2014. E o porquê este nome? M.L: Este nome tem a sua simbologia, até porque houve um estudo prévio. Sol, porque vem de luz, vem de energias positivas e de raios. E Prime, porque o nosso segmento é o de prestígio. Começou por ser Sol Prime Imobiliário, Sol Prime Financeira, Sol Prime Construção até que decidimos formar um grupo e registamos a marca no nosso país, dando a autorização para as empresas que exploram a marca poderem usar. Daí sermos um grupo, constituído por cinco sócios, em empresas diferentes Qual é o perfil dos vossos clientes? M.L: Temos que distinguir em duas partes: o cliente normal que entra pela porta e temos aquele cliente que quer a máxima discrição e quer um bom investimento. O que é um bom investimento? M.L: Desde um escritório perto do tribunal, por 25.000 euros, até um prédio devoluto na Avenida Lourenço Peixinho, por dois milhões e meio, para ser demolido e construir um novo prédio. Tem que se tratar de um bom negócio e, para isso, temos uma equipa de arquitetos e advogados para esclarecimento de qualquer dúvida, sempre disponíveis, para demonstrar que será um bom investimento. Que tipo de serviços têm disponíveis? M.L: Eu, neste momento, e mais quatro pessoas da equipa, só 90 | Revista Business Portugal dezembro 2018
nos dedicamos à área de investimentos e tivemos a necessidade de nos ligar à parte da construção, ou seja, mediação de construção. Somos uma imobiliária, com leiloeira, construção e remodelação, e ainda uma empresa de prestação de serviços com departamento jurídico, departamento decorativo e mudanças. Conseguimos juntar tudo num mesmo grupo, ou seja, o cliente chega até nós com vários problemas e sai com tudo resolvido, porque sentimos essa necessidade. Em Portugal, por exemplo, na área de (re)construção já temos tudo preenchido até 2021, não conseguimos aceitar mais. A vossa equipa é formada por quantas pessoas? M.L: Com todas as áreas, o grupo é formado por cerca de 50 pessoas, atendendo à existência de várias parcerias e de pessoas com vínculo contratual. Damos formação às pessoas, porque não queremos uma pessoa para três ou quatro meses, queremos para anos. O grupo atua em que pontos? M.L: Estamos presentes a nível nacional de norte a sul. A nível internacional, vamos revelaremos no próximo ano, porque estamos a fazer novas parcerias. Posso concluir que este negócio não é de casas, mas de pessoas. Concorda? M.L: A maior parte dos meus clientes diretos, até porque já trabalho nesta área há dez anos, são aqueles que eu acabo por criar laços de amizade. Ajudando a obter o crédito à habitação, auxiliando a passar todos os obstáculos burocráticos, criamos uma ligação de proximidade com os clientes. Eu digo que é de pessoas para pessoas, as casas valem o que valem, as pessoas é que enriquecem as casas. Até porque hoje não há oferta para tanta procura, daí criarmos a parte da remodelação. Neste momento, não temos para arrendamento, porque não há produto. O produto que existe para arrendamento
SOL PRIME
gosto de mudar os móveis e a sua disposição, já nem isso conseguia no espaço anterior. Ficamos na mesma zona, até porque tem a Conservatória e vários serviços necessários à nossa atividade nas proximidades e o estacionamento é gratuito. E encontro-me na mesma rua, há 10 anos. Que balanço é que fazem destes anos? M.L: Cada ano tem sido melhor e em momentos de crise é quando ganhamos muito mais, porque arranjamos outras possibilidades de negócio.
Equipa
é de clientes investidores, que nos compram prédios e depois transformamos em apartamentos para arrendar, como está a acontecer neste momento. Um arredamento em Aveiro T1 custa 500 euros. Com esse valor já se paga uma prestação de uma casa e não se vai para o mercado do arrendamento. Não podemos esquecer que 580 euros é um ordenado mínimo. Qual é o balanço que faz destes anos de atividade? M.L: Eu apanhei as partes boas e as partes más da área do imobiliário. Há três anos voltamos a subir. Com tanta concorrência, de que forma é que vocês se diferenciam? M.L: Nós não somos só uma imobiliária comum. Temos disponíveis serviços que englobam todo o estudo da rentabilidade de um investimento e oferecemos acompanhamento personalizado. As pessoas que nos contactam não vêm apenas para a parte de imobiliária. Liliana Silva: Em média temos cerca de 100 contactos diários, a nível nacional.
porque queria tudo pendurado e não queria roupa dobrada. Qual é o vosso lema de ação que vos oriente? M.L: É tratar todos por igual e criar uma relação de proximidade. L.S: Tentar ir sempre ao encontro das expectativas dos clientes, estudando cada caso individualmente. Qual foi o momento-chave do vosso percurso? M.L: Foi no início do ano, quando viemos para estas novas instalações. Foi quando me enervei, chorei e resolvi os problemas. O espaço anterior já não dava para tudo e já não tínhamos condições de trabalho, até porque é o espaço onde eu e os meus colegas passamos mais tempo. Eu, particularmente,
Se vocês tivessem o poder de mudar alguma coisa, a nível legal, para ajudar agilizar o vosso dia a dia e que acaba por ser um entrave? M.L: Era importante haver a profissionalização da área, havendo formação específica e fiscalização, como há em outras áreas. Todas as pessoas deviam ser formadas minimamente, deveria haver uma regra em que todos tivessem que pagar por igual. Nós fazemos descontos, temos que ter licenças, regras, funcionários, porque temos todas as pessoas nos quadros da empresa. E, lá fora, temos pessoas sem formação e que estão atrapalhar os negócios. Até porque há pessoas que anunciam no Facebook e não declaram tal atividade e ninguém vê. L.S: Em Portugal devia ser obrigatório qualquer negócio imobiliário ter que passar por uma imobiliária, não o poderem fazer particularmente. E projetos para o futuro? M.L: Planeamos a abertura de mais uma empresa, mas estamos a estudar o mercado. Porque nós não somos só uma imobiliária.
Já tiveram algum pedido surpreendente, situação engraçada ou um pedido estranho? M.L: Há uns anos tivemos um cliente, que ia recorrer ao banco para comprar um apartamento e ganhou um prémio do Euromilhões e pagou a pronto. Pedidos estranhos recebemos quase todos os dias, mas tivemos uma senhora que transformou dois quartos num quarto para a roupa e para as malas, dezembro 2018 Revista Business Portugal | 91
INS GRUPO IMOBILIÁRIO
PORTUGAL: UM BOM INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO Com sede no Estoril, onde decorreu a nossa entrevista, a INS Grupo Imobiliário garante um serviço de assessoria imobiliária de alta qualidade. O administrador, Francisco Próspero, apresentou-nos a sua empresa, explicou-nos de que forma esta se distingue da concorrência e ainda conversou connosco acerca do setor imobiliário e projetos futuros.
Francisco Próspero, ceo
F
rancisco Próspero conseguiu bastante know-how através do seu percurso profissional além-fronteiras. A sua carreira teve início numa empresa suíça, no ramo imobiliário. Mais tarde, mudou-se para Florença, Itália, local onde estabeleceu durante seis anos a sua vida pessoal e profissional. Porém, “sempre pensei em regressar”, admite-nos o empresário. Já tinha alguns investimentos imobiliários em Portugal, situação que o influenciava na vontade de retornar. Corria a década de 80 quando começou a “arrendar e a vender alguns imóveis”, dos quais era proprietário, em terras lusas, e “como o mercado imobiliário estava pouco desenvolvido, apercebi-me que com profissionalismo e uma visão internacional poderia ser um bom negócio, daí tudo se começou a desenvolver”. Fundou a INS Grupo Imobiliário, conjunto de várias empresas de mediação imobiliária, investimentos e construção e abriu escritórios em todo o país. “Para mim, o padrão de qualidade sempre foi o mercado imobiliário em Inglaterra, principalmente no que toca à preocupação com o rigor, o profissionalismo e a imagem. Tive contacto com este modelo de imobiliária na minha experiência profissional na Suíça e na Itália. Queria implementar o modelo inglês adaptado à realidade portuguesa”. Na altura em que fundou o grupo “não havia muita concorrência” e aquela que existia “era pouco profissional”, pelo que foi “relativamente fácil a im-
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plantação”. “Nessa altura”, expõe o empresário, “alguns consultores imobiliários tinham má reputação devido à falta de preparação. Eu procurei através da formação e do coaching adequar a minha equipa ao mercado e aos objetivos que se pretendia atingir”. Com toda a sua experiência, consideramos que Francisco Próspero estaria qualificado para nos esclarecer acerca da crise de 2008 e se esta poderia ter sido evitada. Explicou-nos: “A mais recente crise do setor imobiliário foi o resultado de uma grave crise global e de um endividamento excessivo aos bancos por parte das famílias portuguesas. Os financiamentos eram
‘’Em 2019 pretendemos iniciar as nossas atividades no Norte e no Sul do país fundamentalmente nas áreas de investimento.” demasiado fáceis, os bancos financiavam a compra da casa e ainda sobrava dinheiro para comprar um carro e a mobília”. A procura superava a oferta e, em consequência disso, os preços foram inflacionados, apesar de os imóveis não terem a qualidade correspondente. “Não havia sustentabilidade para os preços que se estavam a praticar” o resultado disso foi “a quebra da procura interna e externa e a consequente falência de várias imobiliárias e empresas de construção civil e a grande crise financeira que atravessou o país”. Nessa altura, o nosso entrevistado dedicou-se aos
INS GRUPO IMOBILIÁRIO
negócios que já tinha no Brasil, ao mesmo tempo que mantinha a estrutura já existente em Portugal. “À exceção de um, mantivemos todos os escritórios, diminuímos o pessoal e serramos fileiras a nível de trabalho nas zonas onde éramos conhecidos, mas passavam-se meses sem se vender nada e as despesas eram muitas, mas valeu a pena”, manifestou Francisco Próspero. Há cerca de três anos atrás, os ventos da bonança previam-se favoráveis para terras lusas. Esse fator, em conjunto com a realidade social, política e económica
INS ESTORIL - Av. Aida, Estoril Garden, 353 A, 2765 – 187 Estoril | Tel: +351 214 659 600 | E-mail: ins@ins.pt
INS LISBOA - Rua Artilharia I, 51, Loja H, Páteo Bagatela | Tel: +351 214 659 600 | E-mail: ins@ins.pt
FLORBELA GUILHERME Fine Properties Manager Sou responsável da INS Fine Properties e conheço bem a empresa onde trabalho há mais de 15 anos e estou certa que vamos ter muito sucesso nesta nova área de negócio.
no Brasil, levaram-no a regressar ao seu país. “Os contactos estabelecidos no Brasil e nos EUA foram muito úteis para a fase da retoma, para captar investidores para Portugal”, acrescentou. “Todas as crises são importantes”, informou-nos, obrigam a uma reformatação das empresas, das mentalidades e a ganhar outra agilidade. “As crises por vezes são positivas e fazem-nos pôr tudo em causa, evitar despesas desnecessárias e pôr a tónica no trabalho como o elemento essencial”. Atualmente, a INS Grupo Imobiliário emprega mais de 30 pessoas e iniciou neste ano uma “política de contratações de profissionais com qualificações bem definidas, por forma a dar resposta ao mercado de qualidade e a permitir à empresa estar na linha da frente em relação ao público-alvo que pretende atingir”. O nosso interlocutor refere ainda que “em 2017/2018 associamo-nos à Leading RE (www.leadingre.com) e ao Luxury Portfolio das quais fazem parte as mais conceituadas empresas imobiliárias a nível mundial e que nos permite ter acesso a parceiros privilegiados para divulgar imóveis em Portugal e no Mundo. Em 2018 criámos uma área de negócio, a INS FINEPROPERTIES, com profissionais experientes e tecnologia de ponta a nível digital para a comercialização de imóveis de luxo, iniciámos a remodelação de todos os nossos escritórios, desenvolvemos uma política de contratações de qualidade, no país e no estrangeiro, mantendo a formação como elemento essencial, iniciámos os preparativos para a abertura de duas filiais no início de 2019, no Porto e no Algarve. Em 2019 pretendemos continuar a desenvolver as nossas relações com pro-
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INS GRUPO IMOBILIÁRIO
O cliente é cada vez mais informado e exigente, e o mercado imobiliário português está cada vez mais profissionalizado ANA PAULA ESTEVÃO Diretora Administrativa Trabalho na INS há 20 anos e já atravessei períodos de expansão e crises, e estou certa que a área administrativa e financeira são fundamentais para se poder estruturar uma empresa com solidez.
que pretendam investir e procurem a sua consultoria. A missão do INS Grupo Imobiliário é “inovação, qualidade e serviço. Temos de estar sempre atentos à evolução do mercado e sobretudo estar focado nas necessidades e exigências dos nossos clientes, tanto compradores como vendedores, que afinal são a razão de existirmos e de subsistirmos todos estes anos”, finaliza.
motores de imóveis de luxo, iniciar as nossas actividades no Norte e no Sul do país, fundamentalmente nas áreas de investimentos. O principal objetivo estratégico para o próximo ano no qual já estamos a trabalhar, será a associação da nossa empresa a uma multinacional de renome no mercado imobiliário mundial, que nos possa permitir um acesso privilegiado aos canais de comercialização mundiais, à tecnologia de ponta e às melhores práticas do mercado”.
Imóveis em Portugal: uma boa aposta São vários os clientes estrangeiros que apostam no mercado imobiliário em Portugal. Há muito boas razões para isso acontecer: “qualidade de vida – segurança, clima, gastronomia, mas, principalmente, a rentabilidade de investimento”. O cliente é cada vez mais informado e exigente, e o mercado imobiliário português está cada vez mais profissionalizado e com a capacidade de corresponder a essa exigência. Não está a ser criada nenhuma bolha imobiliária pois a qualidade arquitetónica que agora existe e não existia há uns anos atrás, as práticas bancárias mais conservadoras diminuem a possibilidade de uma bolha especulativa”. Faz falta construção nova e de qualidade. Condomínios de apartamentos e moradias de luxo para a classe média-alta são os targets de imóveis que Francisco Próspero aponta como em carência no mercado onde a sua empresa está focada. Ficam a faltar, também, incentivos fiscais para o arrendamento e legislação que favoreça a opção de arrendar.
VANESSA ELIAS Responsável Comercial dos escritórios de Oeiras e Lisboa Estou na INS há pouco tempo. Aceitei o desafio de ser responsável da área comercial de Lisboa e Oeiras e estou certa que com a experiência e a filosofia da empresa e o meu dinamismo, podemos desenvolver um bom trabalho.
O futuro da INS Grupo Imobiliário “Queremos melhorar cada vez mais a qualidade dos nossos serviços”, declara Francisco Próspero, acrescentando que os objetivos fundamentais para 2018/2019 são providenciar uma maior dinâmica ao INS Grupo Imobiliário na expansão da marca melhorando os resultados comerciais e financeiros dentro dos objetivos definidos, reiterando a vontade de expandir que já havia referido. A curto/ médio prazo estão focados no desenvolvimento tecnológico nos recursos humanos e no marketing digital para permitir um melhor serviço aos promotores e apoio a clientes nacionais e estrangeiros
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JORGE PRÓSPERO Diretor Comercial A minha experiência internacional no mercado imobiliário foi muito importante nesta fase de expansão do mercado imobiliário em que o investimento estrangeiro desempenhou e desempenha um papel fundamental.
PORTO CAPITAL
A APRESENTAR SOLUÇÕES À MEDIDA DE CADA CLIENTE Há mais de 15 anos, Arménia Moreira da Silva tem conduzido a Porto Capital para uma posição de prestígio e credibilidade no seio do setor imobiliário nacional. Pragmática e sempre pronta para superar desafios, Arménia Moreira da Silva é um dos fantásticos exemplos de empreendedorismo e liderança no feminino, no nosso país.
C
omo surge a Porto Capital Imobiliária? O nome Porto Capital Imobiliária nasceu do meu amor à Invicta que, para mim, é a cidade mais bela de Portugal. A beleza do Porto está também ligada à sua história, nos monumentos e nos edifícios e é aqui que nasce a Porto Capital, sendo uma miscelânea do nosso tão tradicional Porto, com a arquitetura moderna e de luxo que prima pelo conforto e bom gosto das suas linhas. Uma vez que estando eu já ligada a este ramo decidi criar a minha empresa e torná-la a minha capital de negócio. Contando já com mais de 18 anos na atividade, viveram certamente momentos mais favoráveis e momentos de crise menos f a - voráveis. Como enfrentam estas realidades distintas? Uma vez que o target da empresa assenta sobretudo no mercado de luxo, não sentimos tanto as oscilações económicas. No entanto, a Porto Capital utiliza uma postura visionária, utilizando mecanismos de investimento multifacetados, desde o reaproveitamento do imóvel, muitas das vezes devoluto à posterior venda a investidores. É consensual que há especulação em algumas zonas, mas não é um problema transversal. Há, sim, uma nova realidade: só quem tem capital é que consegue comprar casa no centro do Porto ou Lisboa. Ouvimos muitas vezes falar na existência de uma procura maior do que a oferta. Mas na realidade, quais são os imóveis mais procurados e os mais oferecidos? E que tipo de clientes procuram mais os vossos imóveis? Devido ao boom turístico no Porto a necessidade de
investimento no ramo imobiliário triplicou, gerando uma necessidade maior na aquisição de ativos imobiliários nas zonas mais centrais do Porto, não na típica habitação comum de tipologia familiar, mas sim turística como é o caso de prédios com fins de turismo habitacional, sendo maioritariamente para reabilitação urbana. Deste modo, os imóveis mais procurados continuam a ser de Arménia Moreira da Silva, um segmento Prime e Luxury administradora mas direcionados para o investimento, refletindo uma oferta mais tradicional, como por exemplo prédios para alojamento local, moradias para reabilitação, hostels e hotéis. Neste momento, o nosso tipo de cliente trata-se de um cliente investidor tanto nacional como estrangeiro, tendo a Porto Capital imóveis a nível nacional, ilhas, África Ocidental e República da Costa do Marfim. Como é que a Porto Capital Imobiliária Luxury Real Estate & Investments se distingue das demais imobiliárias presentes, não só na cidade Invicta, mas em todo o território nacional? A Porto Capital é composta por uma equipa polivalente que nos permite dar respostas personalizadas ao cliente. Tenho a meu lado técnicos especializados na área comercial, jurídica, urbanística como arquitetos, engenheiros e designers. Na minha ótica, é necessário entender para atender é, definitivamente, o que fará com que tenhamos sucesso neste mercado altamente envolvente e desafiador. Devemos conhecer e estar em sintonia com o cliente, construir uma boa rede de contactos, e nunca nos esquecermos para ambos os lados que ‘tempo é dinheiro’. É fácil ser mediador em Portugal? Ser mediador imobiliário em Portugal continua a ser uma instigação para profissionais que colocam qualidade no que fazem e buscam atualização constante. Haverá sempre lugar a empresas boas, e menos boas, bons e menos bons profissionais. No entanto, não restam dúvidas de que os que oferecerem um serviço de elevada excelência, e baseado na qualidade e perspicuidade, irão decerto crescer e permanecer no mercado nacional e internacional.
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DESTAQUES 98 IQV AGRO PORTUGAL SA “Assegurar a sustentabilidade e o respeito pelo meio ambiente” 101 RIO PLACA A magia da reconstrução 102 CLÍNICA DENTÁRIA PEDRO VASQUES Dois espaços, o mesmo compromisso: a qualidade do serviço 104 CLÍNICA DENTÁRIA ARRÁBIDA Uma nova etapa festejada com sorrisos 105 OPTICALIA RIO MAIOR Atendimento personalizado e à medida de cada cliente 106 M SILVA Criatividade e Qualidade Na Produção 108 QUINTA DO ARROBE Uma tradiçao familiar nos vinhos que conquista prémios 110 CASA DAS RENDUFAS Um doce único e incomparável
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SANTARÉM
GENTE QUE FAZ BEM Santarém esteve sempre presente nos principais momentos da história de Portugal. Aqui nasceram príncipes, viveram reis, reuniram-se cortes do reino, decorreram batalhas, construíram-se torres e mosteiros, templos e palácios dos mais belos do país. Situada num planalto, rodeada pelos cumes de Alcáçova, Capuchos, Outeiro da Forca, Sacapeito, S. Bento, Senhora do Monte e Monte dos Cravos, banhada pelo majestoso Rio Tejo, a cidade de Santarém, também chamada cidade das sete colinas, é capital de Distrito, capital da província do Ribatejo e considerada, pelo seu passado artístico imponente e glorioso “capital do gótico português”. A cidade de Santarém possui igrejas cheias de interesse e o conhecido Jardim das Portas do Sol, jardins rodeados pelas muralhas medievais da cidade, com vistas magníficas sobre o rio e as vastas planícies. Neste jardim ainda se preserva parte das muralhas defensivas da cidade, que teve grande importância na Idade Média, período em que adquiriu a maioria do seu rico patrimó-
nio artístico e cultural. Vale a pena visitar a Igreja romano-gótica de S. João de Alporão, onde está instalado o Museu Arqueológico de Santarém, e alguns dos tesouros góticos desta cidade, como a Igreja da Graça, a igreja de Santa Clara ou a Igreja de Santa Maria de Marvila. Merece também visita o Santuário do Santíssimo Milagre e o Núcleo Museológico do Tempo, instalado na Torre das Cabaças e uma das primeiras gerações de torres-relógio construídas no país. Na lezíria, outros pontos de interesse, como Alpiarça, com a sua bela igreja e a Casa Museu dos Patudos ou Almeirim, conhecida pelos seus vinhos e, em especial, a sopa de pedra. Também as bonitas ruas da cidade de Tomar valem uma visita, assim como o Convento de Cristo que pertenceu à Ordem dos Templários e cuja arquitectura partilha traços românicos, góticos, manuelinos, maneiristas e barrocos. Perto daqui, o santuário de Fátima, onde se diz que a Virgem Maria apareceu a três pastorinhos, atrai centenas de milhares de peregrinos por ano.
JANSSEN PORTUGAL
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IQV AGRO PORTUGAL SA
“ASSEGURAR A SUSTENTABILIDADE E O RESPEITO PELO MEIO AMBIENTE” A Revista Business Portugal esteve à conversa com o country manager da IQV Agro Portugal SA, Francisco Bogas, para entender a dinâmica empresarial do grupo e conhecer a gama de produtos que oferecem.
D
esde a fundação, quais foram as evoluções, no que respeita ao crescimento da empresa, que gostaria de destacar? Em Portugal, a IQV Agro Portugal S.A nasce em dezembro de 2002, com um grupo de acionistas portugueses e espanhois, sendo detido pela Cadubal e pelas Indústrias Químicas dos Vallés. Assumi funções de Administrador Delegado em 2003, e desde aí destaco alguns momentos. Quando adquirimos um fábrica em Cheste à empresa Bayer Crop Science (passando a IQV a deter duas fabricas); quando a empresa IQV Portugal passa a ser detida a 100 por cento pela Indústrias Químicas dos Vallés; quando surge a IQV Estados Unidos; com a criação da IQV China e ainda com incorporação da empresa no grupo MatHolding que opera no setor fito-sanitário (IQV) e no setor das águas (Regaber, Hidroglobal, Dorot, etc). Quais são os principais produtos produzidos, neste momento, na empresa? Os nossos principais produtos são os sais de cobre (Calda Bordalesa, Oxicloreto de cobre e Hidróxido de cobre) e o metalaxil. Apesar de não os produzirmos de raiz também comercializamos herbicidas, inseticidas e outros. Com a nova tecnologia, e a sustentabilidade necessária ao ambiente nos dias de hoje, houve necessidade de fazer algumas alterações aos vossos produtos? Sim, a política da empresa sempre foi a de assegurar a sustentabilidade e o respeito pelo meio ambiente e pelos nossos recursos naturais, minimizando o impacto da aplicação de produtos fitofarmacêuticos no nosso ecosistema. Aliás, a grande maioria dos produtos produzidos ou comercializados por nós estão hoje registados e homologados para serem aplicados em produção biológica. Além disso, a nossa fábrica de Cheste tem 98 | Revista Business Portugal dezembro 2018
um certificado atribuído pela EMAS – Eco Management and Audit Scheme, que garante que são aplicadas as melhores formas de produção, de forma a minimizar os efeitos da produção e da comercialização destes produtos no meio-ambiente. Com mais de 300 referências em produção, quais são os problemas ou pragas aos quais os vossos produtos dão resposta? O nosso catálogo abrange fungicidas (para as doenças), herbicidas (para os infestantes), insecticidas (para as pagras) e outros. Porém, a nossa gama mais completa é a aplicada à cultura da vinha, nomeadamente os fungicidas, que se aplicam nas doenças como o mildio e o oídio. Apostamos sobretudo nos MatHolding Group
Francisco Bogas, country manager da IQV Agro Portugal SA
IQV AGRO PORTUGAL SA
insecticidas para a vinha, para combate à cicadela, cigarrilha verde e cochonilhas. Na fruticultura temos uma gama de produtos completa para doenças como o pedrado (da macieira e da pereira), bem como para o bichado da fruta. Além disso, a nossa gama também é vasta para as culturas da batata e do olival, sendo que na região do Alentejo, no olival, a IQV Agro Portugal, S.A detém já uma quota de mercado considerável, em face da crescente aplicação dos nossos cobres. Como está organizada a empresa, de forma a cobrir todo o território nacional? Em Braga está instalada a sede comercial da empresa, mormente para reuniões financeiras, comerciais e onde se encontra a nossa administrativa/comercial, bem como uma pessoa que apoia o lançamento de novos produtos e a divulgação dos já existentes. Temos ainda quatro delegados-comerciais que cobrem as regiões do Algarve/Alentejo, Lisboa/Vale do Tejo e Oeste, Beira interior e Beira litoral, e Douro/Trás-os-Montes/Minho. A nossa plataforma logística situa-se em Setúbal, a partir da qual se fazem os transportes para os distribuidores. Na sede social, em Santarém, existe ainda um responsável pelo controlo de crédito.
fitofarmacêuticos possam ter, e são elementos cuidadosamente avaliados. As normas da UE aplicam-se hoje ao manuseamento/ obtenção das matérias-primas, às embalagens, ao fabrico/produção, ao armazenamento e ao transporte dos nosso produtos ao longo da cadeia que une a IQV aos seus clientes. Somos certificados com ISO 9001 (sistema de certificação da gestão de qualidade, para satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes, e melhorar o desempenho global da empresa) desde 2008 e com ISO 14001 (sistema de certificação de sistemas de gestão ambiental, para alcançar uma confiança acrescida por parte dos clientes, colaboradores, comunidade envolvente e sociedade, através da demonstração do compromisso voluntário com a melhoria contínua do nosso desempenho ambiental) desde 2004. A nossa empresa respeita todas as normas e procedimentos da UE e nacionais, tanto que a maioria dos nossos cobres estão registados e homologados para a aplicação em produção biológica. Além disso, em 2018, lançámos um produto totalmente biológico denominado T34 Biocontrol, para controlo de fungos no solo e adequado na aplicação de plantas solanáceas e ornamentais. Qual a importância da tecnologia para conseguir combater as pragas sem prejudicar o meio ambiente? A European Crop Protection Association (ECPA) que representa a indústria fitofarmacêutica a nível europeu, estimou já que cerca de 20 por cento a 40 por cento do potencial mundial de produção agrícola será perdido devido a infestantes, pragas e doenças. Estas perdas irão aumentar, se for abandonada a utilização de produtos fitofarmacêuticos.
Para serem comercializados no mercado os nossos produtos têm necessariamente que ser previamente homologados pela DGAV – Direção Geral de Alimentação e Veterinária Porém, e como é óbvio, isso não implica a sua aplicação cega, para se aumentar a produtividade agrícola enquanto se mantém a biodiversidade e a qualidade ambiental, é necessário desenvolver uma produção sustentável de bens agrícolas suficientes, seguros e de elevada qualidade. E tal só é possível através da ciência e da investigação, que desde sempre ofereceram soluções fitofarmacêuticas, que cada vez surgem mais evoluídas. A investigação e o desenvolvimento dos produtos, que resulta em novas soluções para a proteção das culturas, pode oferecer importantes benefícios para a biodiversidade. Cada nova geração de produtos tenta aperfeiçoar o que já existe, melhorando o desempenho da eficiência e minimizando os efeitos indesejados.
Quais são os principais requisitos, no que respeita às normas europeias, que obrigaram a alterações na vossa produção? Para serem comercializados no mercado os nossos produtos têm necessariamente que ser previamente homologados pela DGAV – Direção Geral de Alimentação e Veterinária. A toxicidade, o perigo e o risco são parâmetros importantes que desempenham um papel fundamental na quantificação e avaliação dos efeitos secundários que os produtos dezembro 2018 Revista Business Portugal | 99
IQV AGRO PORTUGAL SA
tem vindo nos últimos anos a promover diversas iniciativas que procuram esclarecer empresários, agricultores e consumidores sobre os desafios colocados à agricultura, evidenciando os desafios inerentes ao setor e apresentando factos relacionados com a ciência e tecnologia para a proteção das culturas, em torno dos temas da sustentabilidade e segurança alimentar agrícola. A IQV está a par destas iniciativas e está sempre disponível para melhorar as suas práticas de produção, distribuição e comercialização de produtos fitofarmacêuticos, como empresa responsável do setor, que visa obviamente ter sucesso comercial, mas sempre com respeito por um desenvolvimento sustentável.
Quais os novos desafios que se colocam à vossa equipa de I&D? A nossa equipa de I&D está sedeada no laboratório das instalações industriais de Cheste, em Barcelona, que em 2018 foi completamente renovado e equipado com tecnologias inovadoras, e é ali que a empresa assegura o aperfeiçoamento contínuo dos nossos produtos fitofarmacêuticos e uma melhor proteção das culturas, com reduzido potencial de impacto ambiental. As substâncias ativas determinam o comportamento e a eficácia dos produtos fitofarmacêuticos. Essas substâncias são o resultado de anos dedicados à investigação e são baseadas em estruturas moleculares específicas (chamadas ‘compostos líderes’), que têm efeitos biológicos e que prometem vir a ser uma solução eficaz para um problema específico das culturas. No entanto, os elevados custos da investigação e uma baixa taxa de sucesso, limitam o progresso de descoberta de novas e melhores moléculas. Globalmente, só um número muito limitado de empresas tem recursos para realizar a I&D necessária para colocar um novo produto no mercado. Pesquisar novas e melhores moléculas requer tempo, é dispendioso e muitas vezes dececionante, pois só cerca de uma em 140 mil novas moléculas chegam ao mercado como um produto novo de sucesso. Além disso, em média, são gastos cerca de 12 anos na pesquisa e desenvolvimento. Durante este tempo, as condições de mercado, as práticas agrícolas e a distribuição de pragas e doenças podem mudar
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drasticamente, o que pode provocar uma perda de todo o tempo de pesquisa e dinheiro gasto durante o ciclo de desenvolvimento de qualquer nova substância ativa. Este é o verdadeiro desafio, continuar a apostar na investigação e na ciência para progredir na produção sustentável de novos produtos e na sua aplicação com o menor impacto possível no meio ambiente. Como se foi a empresa adaptando à passagem do tempo e às mudanças do mercado? A adaptação da IQV Agro Portugal, S.A ao mercado continua a fazer-se, apesar de termos um passado recente em Portugal, nunca recusamos desafios, e os que hoje se colocam são enormes, porém, penso que a nossa equipa técnica e comercial está unida e sempre disposta a fazer mais e melhor. As mudanças no mercado eram inevitáveis, quem não as esperava não andava atento. Logo em 1992 a criação da ANIPLA – Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas, que representa as empresas que investigam, desenvolvem, fabricam e comercializam produtos fitofarmacêuticos, que hoje atinge cerca de 95 por cento das empresas que atuam no mercado português, e à qual a IQV Agro Portugal S.A aderiu há anos, deu um claro sinal de que o mercado português, e por isso os seus agentes, não queriam ficar para trás no contexto agrícola europeu e das políticas associadas à mesma. Esta associação nacional, membro da European Crop Protection Association (ECPA),
Como vê o futuro deste setor? Para mim, apesar da existência de muitas vozes negativas, o setor dos fitofarmacêuticos nunca irá deixar de existir, pois é impossivel assegurar ou manter a variedade e a qualidade alimentar hoje existente, e sobretudo a preços acessíveis, a uma população mundial em crescimento sem que se apliquem produtos desta natureza. É óbvio que a indústria fitofarmacêutica evolui continuamente e atualiza os seus produtos com vista a uma utilização mais segura e eficiente, por forma a que, de acordo com a atual legislação da UE, não tenham efeitos colaterais não aceitáveis, para que o uso de fitofarmacêuticos seja seguro para o ambiente e para o utilizador. Mas o crescente interesse público na segurança alimentar e no ambiente não pode servir de bandeira para a defesa de que todos os produtos fitofarmacêuiticos são nocivos ao ambiente ou à saúde humana ou que podemos continuar a assegurar níveis de quantidade e de qualidade de produção sem a sua aplicação, há que chegar a um equilíbrio. Temos de promover uma agricultura sustentável baseada na responsabilidade social, mas também na viabilidade económica e no reconhecimento da importância da biodiversidade para o setor. SEDE CENTRAL Rua Dr. Hilário Barreiro Nunes, Lote 49 Zona Industrial de Santarém 2005-002 Várzea de Santarém Telefone: +351 253 217 304 Fax: +351 243 329 112 email: portugal@iqvagro.com www.iqvagro.pt
RIO PLACA
A MAGIA DA RECONSTRUÇÃO
João Paulo e João Rogério eram colegas numa outra empresa quando decidiram fundar a Rio Placa, uma empresa de Rio Maior especializada na remodelação de interiores e reconstrução de moradias e edifícios antigos.
E
m 1997 a empresa nasce com o objetivo de servir as necessidades na área dos tetos falsos, no entanto, com a crise de 2010 a área de atuação foi aumentando. Sendo só os dois sócios os responsáveis pela logística e produção, começaram a aportar na reconstrução. “A reconstrução de casas antigas é uma área que está a ganhar a sua importância e existem muitas casas que tem de ser reconstruídas”, explicam os sócios. A proximidade com Lisboa faz com que exista uma procura maior deste tipo de serviço. Aos dias de hoje, afirmam serem capazes de reconstruir uma casa do início ao fim sem ajudas externas. A faceta multifacetada que foram construindo ao longo dos anos tem vindo a dar frutos. Os clientes são, na sua maioria, particulares, mas não negam trabalhos de empresas e admitem que tem na sua lista de clientes habituais algumas empresas que são fieis aos seus serviços. Existe nos últimos tempos uma procura maior tam-
bém pelo público internacional. “Nos últimos dois ou três anos a procura internacional tem vindo a aumentar. Franceses, Ingleses e Escoceses têm vindo contactar a empresa”, explicam. O acesso à informação tem vindo a tornar os clientes mais exigentes. Mas mais do que terem clientes exigentes, a Rio Placa tem trabalhadores exigentes. Os sócios referem que “primamos pela qualidade e trabalhamos com clientes que querem o trabalho perfeito”. Esta exigência leva a uma procura pelas novas técnicas, materiais e tecnologias. As feiras em que marcam presença servem essencialmente para essa troca de conhecimento e métodos inovadores que vão originar produtos mais adequados. O objetivo final de toda esta questão é servir bem o cliente, proporcionando um resultado final que seja o conjunto dos desejos do cliente. Uma qualidade de excelência a preços acessíveis é um dos lemas da empresa. “Há, hoje em dia, clientes que pedem o que
Rua D. Afonso Henriques 32-armz 18 | 2040-273 Rio Maior | Tlf.: 243 991 627
Tlm.: 919454014 - 919454015 | Email: rioplaca@gmail.com www.rioplacatectosfalsos.com |
Rioplaca Lda
querem e não se importam de pagar. No entanto, não andamos aqui a pedir mais do que o preço justo pelo serviço”, explicam. Tanto aceitam trabalhos de milhares de euros como obras de dezenas de euros e isso leva a uma maior procura e especialização no mercado particular, e em especial no serviço chave na mão. A grande vantagem de trabalhar para particulares é o pagamento muito mais rápido. “Em empresas, ou até mesmo para o Estado, os pagamentos não são imediatos. Contudo, no particular não funciona assim. Por vezes parte dos pagamentos são feitos até antes de iniciar o processo de trabalho”. Trabalham em todo o território nacional, mas com especial incidência na zona centro/sul (de Santarém ao Algarve). “No norte é mais complicado porque existe muita concorrência lá e são empresas que prestam bem os serviços”, afirmam. A Rio Placa trabalha com cinco “excelentes profissionais e ótimos funcionários”. A confiança na equipa é uma das questões que não pode ser ultrapassada. Explicam, ainda, que existe cada vez mais uma dificuldade acrescida na contratação de mão de obra especializada. “É fácil contratar pessoas para trabalhar que não sejam profissionais, mas contratar pessoas com conhe-
cimentos e que saibam fazer os projetos com autonomia é muito complicado”, explicam. Outra das mais-valias é o cumprimento dos prazos e dos orçamentos. “Não acabamos obras após a data prevista de conclusão e tentamos sempre fazer com que os imprevistos sejam contornados de forma a não afetar o cliente. Podemos ter de trabalhar dia e noite, mas a qualidade, os preços e os timings tem de ser sempre cumpridos”, afirmam. A empresa tem vindo a crescer e o balanço tem sido positivo. “O ano de 2017 foi bom, o ano de 2018 foi melhor ainda e esperamos de 2019 seja igual, ou melhor”, rematam.
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CLÍNICA DENTÁRIA PEDRO VASQUES
DOIS ESPAÇOS, O MESMO COMPROMISSO: A QUALIDADE DO SERVIÇO A Clínica Dentária Pedro Vasques é, atualmente, uma referência no concelho de Santarém, com um polo na cidade de Santarém e outro na cidade de Rio Maior. Numa altura em que os consultórios dentários tendem a apostar num serviço generalista e comercial, esta clínica destaca-se pelo serviço especializado de alta qualidade e pelo atendimento de proximidade aos utentes. Em entrevista à Revista Business Portugal, Pedro Vasques, médico dentista e diretor clínico, falou-nos nalguns pontos diferenciadores das suas clínicas.
A
garantirmos a longevidade dos tratamentos realizados. Procuramos um atendimento próximo dos nossos pacientes, onde se sintam confortáveis. Acredito que a chave do sucesso passa pela qualidade do tratamento dentário mas este nunca pode ser dissociado de outros fatores fundamentais: simpatia, proximidade, capacidade de resposta. Defendo que, na área da saúde, a componente empresarial não se deve sobrepor à componente humana. Para mim, é esse o grande desafio.
clínica abriu em 2007 em Santarém e em 2017 em Rio Maior, porquê a aposta nestas cidades? Sou natural de Santarém, é aqui que tenho as minhas raízes, onde me sinto em casa. O início deste projeto só poderia ser em Santarém. Em 2016, quando decidimos crescer e cimentar a nossa aposta na área da implantologia e reabilitação oral, procurei um local que se enquadrasse numa série de parâmetros que defini, a escolha acabou por recair em Rio Maior. Entre muitos desafios ultrapassados e conquistas obtidas, que balanço faz destes 11 anos de atividade? Em primeiro lugar, uma enorme satisfação pelo trabalho que toda a equipa tem desenvolvido ao longo destes anos. Orgulho pela forma como fomos trilhando o nosso caminho e pelo reconhecimento dos nossos pacientes. É para eles que trabalhamos e são eles que fazem valer a pena. Os desafios são constantes e temos que nos manter sempre atentos para conseguirmos melhorar. É relativo falar em conquistas, acredito em conquistas diárias, em cada consulta, sempre que satisfazemos as reais necessidades de cada paciente. A Clínica Pedro Vasques tem atualmente a abrangência de todas as valências no que diz respeito à saúde oral. Isso é fundamental para garantir um serviço de qualidade com um acompanhamento
total em qualquer caso? Cada vez mais, os tratamento devem ser abordados numa perspectiva multidisciplinar. Havendo competência para isso, tudo se torna mais fácil. Procuramos, essencialmente, oferecer na mesma estrutura resposta a todas as necessidades dos pacientes. O tempo é essencial nas nossas vidas, convém otimizá-lo.
A inovação na saúde é constante, tanto com novos tratamentos como nos equipamentos. Conseguem fazer um acompanhamento sempre atualizado das inovações que vão surgindo na área? As clínicas têm que se manter atualizadas. Queremos estar sempre a par das novidades. Vivemos na era digital. Com a utilização fácil e recorrente das novas tecnologias, surgem muitos produtos no mercado. Fundamentalmente procuramos aqueles que podem ser uma mais valia para a nossa prática clínica e para os nossos pacientes.
Num mercado cada vez mais competitivo, como se distinguem? A concorrência é saudável, obriga-nos a ser melhores, a sair da nossa zona de conforto. Existem várias formas de nos posicionarmos no mercado. O meu modelo defende a qualidade do serviço em todas as suas vertentes. Oferecemos o que gostamos de receber. Trabalhamos unicamente com materiais de qualidade porque essa é a melhor forma de
Os portugueses têm cuidado com a sua saúde oral? Os portugueses são cada vez mais preocupados/interessados com a sua saúde oral. Num passado não tão distante, os tratamentos eram negligenciados. As razões eram variadas, falta de informação, poucos recursos financeiros, baixo desenvolvimento tecnológico e técnicas que muitas vezes conduziam a dor e trauma, entre outros. Tudo isso tem vindo a mudar gradualmente. Fundamen-
Santarérm: Avenida Madre Andaluz, 8A- 2000-210 Santarém | Telefone: 929 192 008 Rio Maior: Avenida Dr. João Afonso Calado da Maia, 52B - 2040-333 Rio Maior | Telefone: 934 979 798 102 | Revista Business Portugal dezembro 2018
IMPLANTOLOGIA E REABILITAÇÃO ORAL
Percebe-se a aposta na Implantologia... Naturalmente. O nosso objetivo é estar na vanguarda. A implantologia é uma área que tem sofrido enorme evolução e que permite reabilitar desde casos simples a situações bastante complexas de forma extremamente previsível e com excelentes resultados estéticos funcionais.
“Acredito que a chave do sucesso passa pela qualidade do tratamento dentário”
ortodontista a partir dos 6-7 anos de idade para se proceder a uma primeira avaliação. O diagnóstico precoce, em muitas situações, permite intervir de forma a prevenir, intercetar ou tratar várias alterações, como por exemplo, a falta de espaço para erupção dos dentes definitivos. Os tratamentos ortodônticos vão sempre ao encontro dos objetivos estéticos e funcionais do paciente e cada caso deve ser analisado individualmente.
Por onde passa o futuro da Clínica? O futuro é hoje. Passa por continuarmos a fazer da mesma forma o que fazemos bem e melhorarmos o que não está tão bem. Sermos atentos aos pormenores. Obcecados pela excelência. Nunca esquecermos que os nossos pacientes são o centro de toda a equação. Acredito em crescimento sustentado. Ser grande não implica ser gigante, implica procurar a superação.
talmente, a dor deixou de fazer parte da equação, com o desenvolvimento de técnicas anestésicas simples e eficientes que tornam os tratamentos confortáveis. O aumento da pressão social e a própria auto-estima de cada um, são outros fatores que levam a uma maior procura. A qualidade dos resultados, aumenta a confiança. Ainda existe o medo de ir ao dentista? Como contornam essas situações? O medo continua a existir. Recebemos muitos pacientes com traumas relacionados com tratamentos dentários. Primeiro passo, ouvir e tentar perceber a causa desse medo. Normalmente as razões são justificáveis mas estão associadas a um período temporal em que a medicina dentária era totalmente diferente. Depois de conversarmos um pouco, procuro estabelecer um compromisso entre as partes. Pessoalmente, defendo que os tratamentos devem ser indolores. As pessoas devem racionalizar o medo, não se deixar vencer por ele. O resto vem naturalmente com a confiança que se desenvolve durante os tratamentos.
Pedro Vasques, diretor clínico
Tornou-se habitual vermos pessoas com aparelhos dentários. A partir de que idade os pacientes devem marcar uma consulta de Ortodontia? Podemos colocar aparelhos ortodônticos dos 8 aos 80 anos, desde que estejam reunidas as condições necessárias. Idealmente, os pacientes devem ser vistos por um dezembro 2018 Revista Business Portugal | 103
CLÍNICA DENTÁRIA DA ARRÁBIDA
UMA NOVA ETAPA FESTEJADA COM SORRISOS Quase a completar 10 anos de existência, a Clínica Médica Dentária da Arrábida, terá em breve um novo estabelecimento com mais serviços, mais valências, um espaço maior e mais agradável que permitirá à médica dentista Mafalda Baptista continuar a construir o seu futuro.
18 anos de experiência e uma paixão para trabalhar com miúdos e graúdos são duas das valências desta médica. “Já tinha alguma experiência na área e achei que tinha chegado o momento certo para abrir a minha própria clínica. Foi uma ideia que foi surgindo com o tempo e cresceu aqui em Torres Novas , ”porque me apaixonei por esta cidade”. Com uma pós-graduação em odontopediatria, vê nos mais pequenos a sua grande paixão, no entanto, não nega que existam dificuldades de trabalhar com os mais novos. “Primeiro é necessário ganhar confiança das crianças, saber brincar, saber conversar e estar segura daquilo que fazemos”, explica. É a pensar nos mais novos que a clínica aderiu aos cheques dentistas que tem tido um papel importante na saúde oral da população. “Serviu para alertar a população da necessidade e importância de vigiar a saúde oral e deu a possibilidade de muitas pessoas que não ti-
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nham capacidades poderem agora usufruir deste serviço de saúde”. Para além do serviço de odontopediatria, a clínica oferece todo o tipo de serviços da medicina dentária sendo que alguns são através de parcerias com empresas externas. Esses serviços que Mafalda Baptista considera serem “serviços de qualidade a um preço acessível” que atraem os clientes que voltam depois da primeira visita e que passam a mensagem a novos clientes. Quando fala de pacientes, a dentista identifica que a maior dificuldade é “lidar com o medo que algumas pessoas trazem de experiências passadas”. A saúde oral é a cada dia uma questão de relevo na população. Há uma consciencialização maior com o tema e com as questões que o abrangem. Segundo Mafalda Baptista, os principais fatores para manter o sorriso bonito são “alimentação saudável, higiene oral e visitar com
Mafalda Baptista, médica dentista
frequência o dentista (cerca de duas vezes por ano)”. Para além de uma procura maior pela saúde oral há também uma preocupação estética cada vez maior. Os dentistas, tal como os ginásios e nutricionistas sentiram este aumento de preocupação com os assuntos estéticos. Um trabalho que tem a responsabilidade de influenciar a autoestima dos pacientes. Um bom sorriso é uma porta aberta para oportunidades para enfrentar os obstáculos da vida. “As pessoas saírem daqui a sorrir e com vontade de sorrir é o que mais desejamos”, explica. A equipa da Clínica Dentária da Arrábida deixa a mensagem para “que visitem, em breve, as novas instalações, usufruam dos novos serviços e que venham aprender a sorrir sem constrangimentos”.
OPTICALIA RIO MAIOR
ATENDIMENTO PERSONALIZADO E À MEDIDA DE CADA CLIENTE A Revista Business Portugal esteve na Opticalia Rio Maior a conversar com Joana Ferreira e Maria Fernandes, sócias-gerentes. O projeto nasce por vontade das duas proprietárias de criarem o negócio que refletisse as suas vontades e ideias.
Maria Fernandes e Joana Ferreira, sócias-gerentes
C
omo surgiu a Opticalia Rio Maior? A Opticalia Rio Maior surge do desejo que ambas tínhamos de ter um projeto próprio. Após alguns anos de experiência na área da óptica e da saúde ocular sentimos a vontade de planear uma iniciativa à nossa imagem e depois de trabalharmos juntas, percebemos que fazia sentido fazê-lo em conjunto. Porquê a escolha do grupo Opticalia Portugal? A escolha da Opticalia como grupo baseou-se essencialmente na confiança que temos na equipa que a dirige em Portugal, profissionais que conhecemos de experiências anteriores. É um grupo jovem e dinâmico, atualmente bem estabelecido no mercado nacional e em contínuo crescimento. Esta associação concedeu-nos uma imagem coletiva e forte, com acesso privilegiado a acordos e parcerias, sem perder a autonomia na gestão do nosso negócio. Quais são as valências que oferecem aos vossos clientes? A Opticalia Rio Maior disponibiliza os serviços de Optometria, Ortóptica, Contactologia e Audiologia, realizados por técnicas especializadas. Estes são seguidos de um aconselhamento personalizado, com um acompanhamento dedicado na escolha da melhor solução para cada caso. Na nossa oficina contamos com os meios técnicos e humanos para
executarmos os trabalhos dos nossos clientes e as assistências necessárias. A área da ótica combina as necessidades da saúde ocular com as tendências da moda mundial. Como conseguem esta interação? É importante estarmos em constante formação e atentas a todas as novidades nas duas vertentes. Nesta área, onde a saúde está associada à moda, procuramos acompanhar as últimas tendências, dispondo de uma variedade de marcas que incluem representações exclusivas de nomes como Mango, Pepe Jeans, Hackett London, Pedro del Hierro, entre outras. Numa indústria repleta de ideias, como se distinguem? A proximidade e o acompanhamento aos clientes são importantes para o sucesso? É fundamental. Num mercado tão competitivo, temos mesmo que nos distinguir não só pelos nossos produtos, que primamos que sejam de qualidade, como pelo serviço e acompanhamento dedicado aos nossos clientes, não só na hora da consulta e ou da compra mas ao longo do tempo. O serviço que prestamos não se esgota quando entregamos o produto final, é um trabalho contínuo. A preocupação com a saúde visual ainda está muito centrada nos óculos graduados? É um facto, no entanto tem vindo a crescer a preocupação com os cuidados de saúde primários na visão, principalmente nas crianças.
Ainda assim há um longo caminho a percorrer. É importante perceber que a primeira consulta não deve esperar pela idade escolar, ou que nem todas as alterações da saúde ocular provocam alterações imediatas na visão. Portanto, não se deve esperar até sentir uma diminuição da visão para fazer uma avaliação. Efetivamente, a saúde visual vai muito além dos óculos graduados. Por exemplo, hoje em dia, existem muitas queixas associadas ao nosso estilo de vida e às alterações ambientais. Passamos muitas horas sujeitos a dispositivos digitais e equipamentos eletrónicos, normalmente em espaços fechados com luzes artificias ou até com iluminação desadequada. São situações que se resolvem eficazmente com utilização de lentes com filtros protetores e aplicação de lubrificantes oculares, que nos proporcionam um grande conforto no dia a dia e inclusivamente nos protegem de alterações oculares a longo prazo. Outra proteção muito importante é a utilização de óculos escuros, o sol está cada vez mais perigoso, não só para a nossa pele. Também os nossos olhos estão sujeitos aos seus malefícios e a forma de os protegermos é com óculos se sol, graduados ou não, de acordo com as necessidades de cada um, mas sempre com lentes de qualidade. É fundamental perceber que o facto de uma lente ser escura não é suficiente, tem que ter filtros eficazes. Que projetos têm para um futuro próximo? Fortalecer a nossa presença no mercado, mantendo o compromisso com os nossos clientes de continuar o trabalho que temos vindo a desenvolver, com a mesma dedicação e entrega. Sempre com o objetivo de oferecer um serviço cada vez mais completo nas diferentes valências da ótica e da saúde ocular. Prometendo continuar a acompanhar as últimas tendências no que diz respeito à nossa oferta de produtos.
Av. Ferreira da Maia Nº 22 e 23, 2040-319 Rio Maior 243 357 553 | 964 338 672 Email: riomaior@opticalia.pt
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MSILVA
CRIATIVIDADE E QUALIDADE NA PRODUÇÃO Móveis por medida constituem o deleite de qualquer divisão. A MSilva, marca escalabitana de gema, alia o design à tecnologia, numa produção de qualidade que se traduz na perfeita materialização das intenções daqueles que a procuram.
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óveis por medida Móveis por medida são a elite do mobiliário. A atenção ao detalhe, a personalização e a adaptabilidade ao espaço são algumas das vantagens desta opção de decoração. A MSilva é uma marca da Fábrica Manuel Armando Reis da Silva & Fºs Lda., situada em Vilar dos Prazeres, cidade de Ourém, e uma verdadeira referência neste setor. A fábrica, fundada por Manuel Armando Reis da Silva, projeta, fabrica e instala móveis por medida desde 1981. A Revista Business Portugal esteve com José Armando Silva, o atual responsável pela fábrica e propulsor da marca. “Nunca fiz duas peças iguais!” Criativo da empresa, José Armando Silva designa-se como decorador e arquiteto de interiores. Uma designação que se reflete na capacidade de projetar e conceber o recheio de ambientes internos, pensados à medida das pretensões dos clientes.
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O acompanhamento dos técnicos da MSilva assegura o resultado final que melhor se adequa ao espaço. São móveis que encaixam na perfeição no local designado e que, por isso, satisfazem o mais exigente dos clientes. Assim, criatividade e a funcionalidade são o âmago de todas a soluções de mobiliário concebidas pela MSilva. “Nunca fiz duas peças iguais!”, garante José Silva. O engenho da arte que pratica desde os 13 anos de idade: “ comecei a trabalhar aqui na fabrica com 13 anos estudei de noite 10 anos. Comecei por tirar o bacharelato em Economia e Gestão e, mais tarde, senti a necessidade de tirar uma formação em Decoração e Arquitetura de Interiores. Foi o que fiz. Na altura, havia um curso do IATA no Porto. Andei dois anos e meio a viajar todos sábados para Porto, foi difícil mas valeu a pena”. É esta fusão de características como a qualidade da matéria-prima, refinamentos manuais de requinte, o total aproveitamento do espaço disponível e um design arrojado e inovador. A mesma técnica, maior precisão! “A mesma técnica mas com maior precisão”, afirma o responsável pela MSilva que impulsionou o lançamento da marca além-fronteiras, no ano de 2008. Hoje em dia, 80 por cento da produção é destinada à exportação. A base da produção é o contraplacado marítimo, feito à base de madeira de carvalho e MDF hidrófogo lacado. Um material de alta qualidade, com um veio aprazível e de considerável maleabilidade. Os melhores materiais e as mais modernas técnicas de fabrico permitem processos de montagem e acabamento de excelência. Destaca-se também o projeto criativo de desenvolvimento do mobiliário, este que passa sempre pelas mãos do criativo e empreendedor José Silva, que cria a peça mediante a funcionalidade e o seu enquadramento no design do espaço abrangente. Quem procura qualidade e durabilidade, procura a MSilva. Com mais de 36 anos de atividade, a empresa certificada de Ourém tem uma percentagem de 0.2 por cento de reclamações. O segredo deste número, conforme diz José Silva, está em “preservar a qualidade do produto e dar um bom serviço na pós-venda”. Trata-se de um mote, preservado de pai para filho, que resulta na satisfação de clientes que se mantêm os mesmos desde a data de fundação da empresa.
Manuel Armando Silva, fundador
JANSSEN PORTUGAL
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QUINTA DO ARROBE
UMA TRADIÇÃO FAMILIAR NOS VINHOS, QUE CONQUISTA PRÉMIOS Longe vão os tempos em que os vinhos do Ribatejo se destinavam apenas a grandes produções. Sinónimo da qualidade que se tem vindo a elevar na região ribatejana, surge a Quinta do Arrobe, situada em Casével, Santarém. Com uma produção de vinhos distinta e pela excelência, conferida pela singularidade microclima e as mãos de uma família, Familia Gaspar.
Maria e Alexandre Gaspar, gerentes
O
Sol põe-se no horizonte e, ainda que a luz seja menos reluzente, é durante o fim da tarde que a vinha ganha uma nova tonalidade - dourada e avermelhada, saturada de cores leves e carregadas. Afinal, o outono traz consigo essa beleza às videiras. Chegamos assim à Quinta do Arrobe, um local simples, harmonizado pela vinha e pela tradição. Os irmãos Alexandre e Maria Gaspar receberam-nos amavelmente para falarem à Revista Portugal em Destaque sobre os vinhos que ali produzem. Gerentes e responsáveis por fazer erguer de uma tradição familiar uma marca de renome. Maria Gaspar é também a enóloga da casa que, juntamente com a dinâmica de Alexandre, vai criando e recriando um produto tão
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tipicamente português como o vinho. Mais do que um negócio, Quinta do Arrobe surge como uma aposta na tradição familiar no mundo dos vinhos, na certeza do terroir distinto que tinham no Ribatejo para o caminho de qualidade e consistência com que estes vinhos têm brindado o consumidor, desde o seu inicio. Pretende se uma focada, média de bastante rigor, fugindo aos vinhos industrializados, sem personalidade, qualidade e cunho. “É um negócio que começou há 11 anos, mas já está na terceira geração. Desde 1882 que o meu bisavô Joaquim, começou por produzir uvas de qualidade e também produzia vinhos, começou por explicar Alexandre Gaspar, o surgimento da Quinta do Arrobe como marca. “Em 2008 iniciamos com a produção dos nossos próprios vinhos e fomos evoluindo desde então”, prosseguiu. Colocados num mercado tão competitivo, introduzem os vinhos com a excelência que lhe é reconhecida: “Queremos vinhos, agradáveis, elegantes, requintados e surpreendentes, queremos que sejam acessíveis a nível de palato. No fundo o objetivo passa por fazer vinhos diferentes e fora da caixa. Depois temos a preocupação com todos os pormenores, a caixa, o rótulo, as cápsulas, as rolhas. Tudo é importante quando se quer junto de um consumidor conhecedor e de topo”, rematou Alexandre. Sempre querendo marcar pela diferença e pela qualidade, criaram várias marcas: Sensato, Mensagem, Oculto e Quinto Elemento – cada uma com a sua simbologia. O vinho sensato é a gama de entrada, vem da sensatez “porque é um vinho que nunca nos deixa ficar mal”, adianta o gerente. Oculto e Mensagem são gama intermédia, sendo que o segundo é uma clara homenagem a
Fernando Pessoa, escritor que celebrizou a frase: ‘Boa é a vida, mas melhor é o vinho’. Os vinhos Quinto Elemento são uma gama de topo o nome relaciona-se com os quatro elementos fundamentais para a vida, em que o quinto é precisamente o vinho. O Quinto Elemento diferencia-se pela sua excelência e robustez sendo um vinho monocasta (seja Syrah, Cabernet Sauvignon, Arinto e o mais recente blanc de Noir de Trincadeira-Preta). A produção varia entre brancos, tintos e alguns rosés, já as castas utilizadas, são várias, dependendo do blend que se pretende em cada vinho. Destacam-se as castas de Arinto, Fernão Pires, Moscatel, Sauvignon Blanc e Verdelho nos brancos e nos tintos temos Syrah, Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Merlot. Tão ao mais importante que a seleção de castas é o tratamento feito na vinha, que a enóloga Maria Gaspar considera fundamental: “o terroir em que as vinhas estão é essencial. Os terrenos são ricos em argila e calcário e isso influencia a uva. Trabalhamos muito a qualidade na vinha, da forma mais biológica possível, para que depois na vinifi-
QUINTA DO ARROBE
cação não exista a necessidade de mexer. É preciso respeitar a casta para que o vinho não perca a sua identidade. A favor da qualidade levamos a maturação fenólica até ao fim. Com isso perdemos algum líquido, mas como concentramos mais, torna-se mais suave”. Apesar dos apenas 11 anos no mercado, os vinhos da Quinta do Arrobe têm arrecadado vários prémios ao longo dos anos inclusive conquistaram as melhores pontuações do ribatejo. Destaca-se a distinção por parte de Robert Parker (um dos críticos de vinhos mais respeitado do mundo). Para além de atuarem no mercado português, fazem a aposta na conquista pelo mercado externo. “De momento a exportação é importante para a distinção e credibilidade da marca e é uma aposta que queremos manter. Exportamos muito para países europeus, mas também para a China, para os Estados Unidos e para o Brasil”, afirmou Alexandre Gaspar. A inovação é um dos fatores que determinante no sucesso dos vinhos da Quinta do Arrobe. A produção sendo tradicional, aqui é abordada de forma diferenciadora: “Estamos a fazer uma experiência nova, baseado na minha tese de mestrado, que é uma experiência de híper-oxidação de brancos, isto para dizer que estamos sempre a tentar inovar e criar vinhos diferentes”, referiu Maria Gaspar. Além disso uma das criações será o Quinto Elemento Branco, produzido através da típica casta ribatejana, a Trincadeira-Preta : “não há mais ninguém a fazer um vinho assim”, destacou a enóloga. Para o futuro, pode-se esperar ainda mais no que diz respeito a vinhos diferenciados, e novas criações com palatos únicos e
irreverentes. Assinale-se a Quinta do Arrobe a normal qualidade consistente e a audácia que irá surpreender qualquer enófilo. Alexandre Gaspar concluiu com os objetivos traçados para o futuro da empresa: “queremos apostar no enoturismo, que será importante para complementar o negócio dos vinhos. Vamos também ampliar a adega no próximo ano e vamos ter um espaço para ter a capacidade de conseguir guardar vinhos engarrafados durante dois anos e só depois, no fim do estágio é que vão para o mercado, ou seja só ao fim de 5 anos de casa é que vão para o mercado. Para além destes projetos queremos manter aquilo que nos trouxe até aqui, inovação, qualidade e qualidade”.
Quinta do Arrobe | Várzea de Baixo | 2000-460 Casével - Santarém Tel.: 243 441 901
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CASA DAS RENDUFAS
UM DOCE ÚNICO E INCOMPARÁVEL A Casa das Rendufas é uma casa de família, tradições e sucessos. Manuel Vieira e Maria do Carmelo deixaram aos seus cinco filhos (Ana Isabel, Maria do Carmelo, Manuel Vieira, João Vieira e Maria Carolina) a herança que se veio a tornar numa empresa com futuro.
E
ntre as maravilhosas paisagens Ribatejanas chegamos à Casa das Rendufas, localizada, precisamente, nas Rendufas, em Torres Novas. É uma casa no seio familiar há gerações, mas foi com os cinco irmãos que se transformou num negócio. Na origem deste empreendimento
João Vieira, administrador
está produção e venda dos figos em calda, um produto único e com uma grande aceitação no mercado. “Fizemos a renovação completa do figueiral para vendermos figos, mas depois chegamos à conclusão que era melhor vender o figo em calda que ficou conhecido como: figo Casa das Rendufas”, explicou João Vieira. A colheita do figo é feita, normalmente, em agosto, mas o ano de 2018 foi atípico. As condições climatéricas obrigaram a uma colheita tardia, mas que apesar de tudo se revelou favorável e surpreendente. É na casa das Rendufas que ocorre todo o processo de transformação dos figos até ao produto final para o consumidor. “Nessa altura da colheita temos uma equipa a apanhar os figos e temos ao mesmo tempo, uma equipa no fogão. O nosso fogão tem oito bicos e são cerca de 80 panelas que asseguram toda a produção”. Para além dos figos da sua própria produção compra ainda Rua da Capela, 13, Rendufas figos aos vizinhos que querem 2350-077 Rendufas da Estrada vender a sua produção. É no Tlf.: +351 916 927 062 figo Pingo de Mel que enconEmail: casadasrendufas@gmail.com tram a receita perfeita para os www.casadasrendufas.com figos em calda “porque tem a
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textura ideal para ir à panela” e confessa, João Vieira, que estão numa localidade em que abundam estes tipos de figo que são sempre de qualidade garantida. Dezembro é o mês com maior número de vendas devido à época festiva.“Os nossos figos são frequentemente oferecidos como presente no natal”, explicam. Durante o restante ano é nos restaurantes ao nível nacional que vem os seus maiores clientes. Para além deste dizem ainda que “os nossos clientes principais são os que já provaram porque quem prova gosta e volta para comprar”. Para os interessados em adoçar a boca os figos em calda da Casa das Rendufas estão disponíveis nos restaurantes, nas lojas gourmet do El Corte Inglês (disponível em todas as lojas a nível nacional), em algumas lojas nos centros cosmopolitas e ainda no estrangeiro onde chegam através dos emigrantes e de pequenos exportadores. A relação qualidade/preço tem vindo a proporcionar um esgotamento anual dos produtos. “Todos os anos vendemos toda a produção que fazemos e, se fosse maior a produção, com um pouco mais de esforço também se venderia mais”, elucidou. O ano de 2018 não foi diferente. A produção de 2017 já foi toda vendida e a nova colheita já está pronta a ser vendida no mercado nacional.
Turismo Rural Este negócio de sucesso permite aos herdeiros pensar mais à frente e criarem na casa um novo negócio relacionado com o turismo rural. “Depois da consolidação dos figos apostamos no turismo rural. A casa, como é uma casa relativamente grande tem 10 quartos, todos com casa de banho, e nós pensamos em transformar num segundo negócio. Nos anexos a renovação foi quase total, só aproveitamos as paredes. Dentro da casa foi renovação básica para termos melhores condições”. O espaço caracteriza-se pelo toque leve da tradição combinada com leves toques contemporâneos. A localização é favorável, entre Fátima e Tomar, o que torna o turismo rural apetecível. Para quem visita é uma experiência diferente. Existe uma ligação dos dois negócios proporcionando aos turistas que visitam uma viagem não só rural, mas também gastronómica. “Damos logo de manhã um figo com requeijão e eles provam, um pouco desconfiados no início, e no fim compram porque gostaram”.
INOVAÇÃO
DESTAQUES
E EMPREENDEDORISMO Nas últimas décadas tem-se assistido a uma viragem profunda da economia de “gestão” de empresas para uma economia “empreendedora” e à consequente valorização social do empreendedor. Peter Drucker, o decano do “management” foi quem primeiro acentuou esta tendência: “O que todos os empreendedores de sucesso revelam não é uma qualquer personalidade especial, mas sim um empenhamento pessoal numa prática sistemática de inovação”. Assiste-se, actualmente, à tendência para abordar o empreendedorismo e a inovação numa óptica integrada, quando estes são promovidos de forma concertada, por considerar que “os empreendedores são agentes de mudança e crescimento numa economia de mercado, podendo agir para acelerar a geração, a disseminação e a aplicação de ideias inovadoras”. Na verdade, a qualidade do desenvolvimento económico depende basicamente do processo de actualização das pessoas, empresas e instituições - mais, melhores e mais ino-
vadoras – e, sobretudo, de empreendedores capazes de aproveitar as oportunidades, investindo e gerando riqueza. Despertar a capacidade empreendedora, passa então por instigar condutas e procedimentos favoráveis à inovação constante, por criar dinâmicas de aprimoramento incessante e por acelerar o processo de modernização e crescimento económico. Paralelamente, se essa capacidade empreendedora estiver associada a uma capacidade de inovação, o desenvolvimento terá uma natureza criadora, geradora de oportunidades de mercado, e consequentemente dará lugar a investimento, empresas, crescimento e bem-estar, num “ciclo virtuoso” altamente profícuo. Com efeito, podemos concluir que há uma correlação entre a competitividade e a eficiência do sistema nacional de inovação que tal correlação depende da existência de condições gerais que estimulem a iniciativa empresarial e a inovação.
112 MAIS NEGÓCIO 113 PARCEIROS MAIS NEGÓCIO Artseven Sabores da Terra HMendes Team 116 SOCIEDADE DE ADVOGADOS TOBO & QUINTANA Um escritório no mundo 116 ENVIRONMENTAL WAVES “Aliar a tecnologia à inovação e apresentar soluções ambientalmente sustentáveis” 120 GOTA LIMPA Uma referência no mercado 122 COMPANHIA DAS LEZÍRIAS As coudelarias do Estado Português
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MAIS NEGÓCIO PORTUGAL
MAIS NEGÓCIOS, MELHORES PROFISSIONAIS A Mais Negócio Portugal surgiu em 2014, com o objetivo de ajudar os empresários a ganhar mais dinheiro, aqui juntam-se os melhores profissionais para se possam satisfazer as diferentes necessidades do mesmo cliente. Pedro Ribeiro, Presidente, deu a conhecer este negócio.
É
um modelo estruturado de networking em constante expansão pelo país. Presente em várias cidades, a Mais Negócio Portugal apoia os empresários locais a aumentar a visibilidade das suas empresas assim como a encontrar novos clientes e parceiros. Aqui, são selecionados os melhores profissionais do mercado de forma a fazerem parte de grupos de trabalho. Há vários grupos e, em cada um deles, há apenas um profissional de cada setor de atividade. Assim, dentro do mesmo grupo consegue-se satisfazer as diferentes necessidades dos clientes, face à diversidade de áreas de negócio representadas e garantindo sempre a exclusividade da área de negócio no grupo de trabalho. “Criamos e potencializamos as relações de confiança entre os parceiros para que quando tiverem necessidades pessoais / empresariais contratarem internamente dentro do grupo. Mas, melhor do que isso, é sempre que identificarem que alguém tem uma necessidade, poderem referenciar o parceiro do grupo para chegar a clientes, que caso não fossem referenciados, dificilmente conseguiriam alcançar. Na prática é esse o objetivo principal – Potenciar os negócios.”, refere o presidente. Para reconhecer os melhores profissionais o mais importante é o elevado nível de ética, a personalidade, o compromisso, a responsabilidade e a vontade de trabalhar em prol do cliente ao invés dos objetivos pessoais.
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“O que conta para nós são as pessoas que estão a representar as empresas. Muitas vezes é o que diferencia, é quem realmente quer estar no mercado e perdurar, são as pessoas que realmente vivam dos negócios, respiram o negócio. Procuramos sempre que sejam pessoas referenciadas por alguém, no entanto, nós também temos uma elevada capacidade de análise que facilmente identifica quem quer trabalhar dentro dos parâmetros”. Apesar de ser uma empresa recente, com quatro anos e meio, o balanço é positivo e os membros estão muito satisfeitos. “Todos os membros que entrem e percebam o conceito, têm resultados. Toda a gente têm resultados desde que sejam profissionais de referência, com ética e que realmente vá atrás das oportunidades, elas surgem e não podemos esperar que venham ter connosco. Quem segue as nossas premissas tem resultados”. Com um crescimento cada vez mais notável a nível nacional, o objetivo é ir de norte a sul até 2020. A cobertura nacional, em todos os distritos, vai ser uma realidade onde no mínimo, vai haver um grupo Mais Negócio a fazer os profissionais crescer e desenvolver os negócios. Além disso, Pedro Ribeiro desvenda que neste momento está a ser feita uma “reestruturação da marca” e que “a internacionalização já é, também, um passo praticamente firmado” e essa será “a novidade até ao final do ano”. No entanto, espera-se a abertura de novos grupos, chegar a novos mercados e ajudar mais empresários. “Estamos cá para ajudar que isso aconteça”, termina.
ARTSEVEN
GASTRONOMIA RECHEADA DE ARTE Situado no epicentro da forte triangulação artística do grande Porto, entre a Casa da Música e a Casa de Serralves, o restaurante/ café ArtSeven Porto promete envolver os visitantes numa harmoniosa atmosfera, onde a fusão entre a gastronomia e as restantes formas de arte é garantida.
E
stamos aqui, neste magnífico novo espaço da cidade do Porto. O que é o Artseven Porto? O Artseven Porto é um espaço de dinamização Cultural, Social e Empresarial, com a missão de tornar a arte em movimento no quotidiano das pessoas. É importante mostrar a missão da arte na sociedade. Este é o nosso grande objetivo! Como pretendem atingir este objetivo? Começamos pelo início, pela casa. Uma casa palaciana ao estilo da época belle époque. Aqui, seremos surpreendidos com pintura, poesia, literatura, música, moda, tertúlias, eventos, sem nunca faltarem os encontros e refeições de empresários, mas também de amigos e família. Os bailes sevenianos ao estilo vienense e os eventos temáticos soarão por entre o Salão Nobre, o Club e a Biblioteca que abraçará as refeições intimistas repletas de cultura e conforto. Ou seja, vai diferenciar-se pelo requinte… Sem dúvida, a elegância e o glamour serão sempre a marca por excelência. Falou em refeições…o espaço tem restaurante? Sim, temos duas salas de refeições distintas, a Sala Restaurante Biblioteca e a Sala Restaurante Artseven. Na sala Restaurante Biblioteca, os livros cobrem com sabedoria as paredes do espaço. Para informação, a casa possui uma coleção particular de 4.800 livros, todos para consulta gratuita dos seus clientes. Na Sala Restaurante Art Seven, que era a antiga sala de jogo dos burgueses que habitavam a casa por volta do ano de 1910, temos também cafetaria e esplanada.
formações e workhops.
Filipe Rebelo e Anabela Rocha, diretor comercial e ceo
da comunidade CPLP. Teremos algumas surpresas para apresentar futuramente. Pode adiantar? Ainda não, mas sendo uma casa de cultura, algo dos sentidos iremos despertar. Falou em dinamização empresarial, o que quer dizer concretamente? Este ponto é fundamental para o Artseven Porto. Temos um andar totalmente dedicado ao público empresarial, com um salão nobre, duas salas intimistas e um café terraço, para a realização de reuniões, almoços e jantares de negócios, assim como Bussines Drink, momentos de networking, apresentação de novas marcas e projetos,
Recebem reservas para Jantares de Natal? Claro que sim! E também para aniversários. O espaço possui também um club para dinamização social, onde após os jantares, todas as noites poderá usufruir de momentos diversos. Que tipo de momentos? Todos os dias teremos uma dinâmica diferente. Às sextas, temos confirmado o Seven Jazz com o Miguel Braga e seus convidados e às quartas o All Dance ( aulas de danças de salão) com o Samuel Ferreira. Brevemente as quintas serão recheadas com Fado e as terças com poesia, teatro, comédia e magia. Para terminar, gostaria de salientar mais alguma coisa? Sim, não posso deixar de referir os apontamentos de arte em todo o espaço, com variadas exposições de pintura e moda. Para finalizar, o grande exlibris da casa é a nossa garrafeira, em parceria com o E.Leclerc, numa grande homenagem ao bom vinho de Portugal. Entrevista a Anabela Rocha, ceo
Qual o tipo de cozinha que podemos encontrar? Temos para oferecer aos nossos clientes uma cozinha variada, baseada principalmente na gastronomia tradicional portuguesa, com elevado relevo nos sabores dos Açores e nos pratos de carne arouquesa. Mensalmente, teremos o dia da Cozinha Africana e de outros países
Artseven Porto, Avenida da Boavista, 919, Porto reservas@artsevenporto.pt (ceo) +351 917643134 (diretor comercial) +351 965149816 dezembro 2018 Revista Business Portugal | 113
PARCEIROS MAIS NEGÓCIOS: HMENDES TEAM / SABORES DA TERRA
HMENDES TEAM – GESTORES DE IMÓVEIS A ideia surgiu depois de um convite para integrar o ramo imobiliário, em 2011, como comercial e, desde então, a empresa atingiu um outro patamar a nível nacional e internacional. Num cenário pulsante do ramo em Portugal, o setor turístico tem também sido uma grande aposta, por tudo o que o Porto e o país são, mas também pelas pessoas e dinâmica económica.
A
tendimento Personalizado Os serviços são os habituais de uma empresa imobiliária. Passam pela compra, venda e arrendamento (sendo a venda o grande motor da empresa), mas o que difere a empresa é o atendimento personalizado. O profissionalismo é a marca registada da empresa que tem crescido dia após dia rumo ao sucesso. “Prestamos um serviço personalizado aos nossos clientes por várias razões, porque conhecemos bem o nosso mercado, porque percebemos o valor pelo qual os clientes não devem vender, pois muitos estão ligados emocionalmente aos imóveis. Então, nós, como empresa impar-
cial, conhecedores e especialistas, temos ferramentas que nos ajudam e assim conseguimos ter mais resultados. Como agentes de mercado, damos o melhor aconselhamento ao cliente, mediante a necessidade vemos os melhores locais e as condições, proximidade de transporte e qualidade”, afirma Carlos Mesquita. A nível de parcerias, o entrevistado ressalva as já feitas com solicitadores, arquitetos, engenheiros e advogados e sublinha que esta rede
Estrada da circunvalação, 6658 Porto | Tlm.: 924 456 713 |
de networking só tende a otimizar os resultados “Com quantas mais pessoas se interage, mais contactos, mais clientes e assim potenciamos os nossos objetivos”, afirma. Para o futuro, visionam a empresa como uma referência no Porto, uma boa vivência com os parceiros e a expansão no mercado portuense e nortenho. Carlos Mesquita e Hélder Mendes, administradores
hmendesteam.pt
SABORES DA TERRA Patrícia Ferreira e Pedro Carvalho, gerentes
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epois de cinco anos na Suíça, Patrícia Ferreira e Pedro Carvalho já tinham saudades da terra e pela falta de produtos no país em que se encontravam. Na altura, achou que investir em artigos tradicionais portugueses era uma saída. Primeiro por não serem, de alguma forma, tão conhecidos no mercado internacional e depois porque ali vinha um grande potencial. Depois de retornar a Portugal, a ideia ganhou força e foi através das vendas online que o negócio se expandiu. A Sabores da Terra reúne as riquezas gastronómicas de 114 | Revista Business Portugal dezembro 2018
Portugal de modo a manter viva as tradições nacionais, através de várias marcas portuguesas. Os produtos passam pelo azeite, bacalhau, fumeiro, licores, compotas, azeitonas, cafés, chás e, de momento, estão a produzir para a época natalícia os cabazes de Natal. A verdade é que a empresa é, sim, um sinónimo de inovação. Trabalham com produtos artesanais e orgânicos e tem sido uma referência no setor. Tem crescido e estabelecido parcerias com restaurantes, empresas de distribuição e tem criado uma rede de contactos ainda mais sólida. A missão da empresa conjuga-se com o que visionam para o futuro. “Ser reconhecida como uma empresa completa, comprometida com a qualidade, variedade e excelência, trabalhando com alto desempenho e dedicação, para garantir que os nossos produtos cheguem a todos os destinos, seja ele qual for”.
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SOCIEDADE DE ADVOGADOS TOBO & QUINTANA
UM ESCRITÓRIO NO MUNDO Sem fronteiras territoriais, o Direito é hoje uma ciência que se baseia num novo paradigma, o qual assenta na especialização do conhecimento jurídico aliado ao contexto da atividade em que se insere o cliente. Com um forte vetor internacional a sociedade Tobo & Quintana, elucida-nos sobre a atividade.
Ana Quintana, advogada
Daniela Tobo, advogada
A
globalização trouxe consigo a necessidade de internacionalização de investimentos, de propriedades, de bens e, até, de pessoas. A sociedade de advogadas Tobo & Quintana com conhecimento amplo em diversas áreas do direito, consegue acompanhar os seus clientes desde o início dos seus projetos. Orientam, particulares ou empresas, em todos os aspetos do investimento, desde a abertura de uma sociedade e
tudo o que implica, como o tratamento da situação tributária, trabalhista, bancária, plano de negócios, até a fixação dos membros societários em Portugal, tratando dos vistos, autorizações de residência e nacionalidades. “Devido a conjuntura global e à necessidade de desenvolver uma maior abertura para o investimento em Portugal, a Tobo & Quintana está cada vez mais vocacionada para a prática da consultoria ao investimento”, refere Ana Quintana. Com escritório sediado no Porto, Daniela Tobo e Ana Quintana, com vasta experiência, explicam as mais-valias de uma sociedade. “As sociedades apareceram, desde o início, como a melhor forma de responder ao exercício da advocacia, são mais amplas e abrangentes na prestação de serviços”, explica Daniela Tobo. “Naturalmente, há outras virtualidades que distinguem as sociedades do exercício da advocacia em prática isolada. As sociedades permitem uma maior massa crítica o que se traduz em mais eficiência”, confessa Ana Quintana. A Tobo & Quintana é uma sociedade essencialmente vocacionada para clientes estrangeiros, quer empresas, quer particulares. Com foco na consultadoria, sem deixar de lado a atividade processual, Ana Quintana revela que “a maioria dos clientes são estrangeiros e como o nosso site é de livre acesso em vários países, maioritariamente o primeiro contacto é via email, e depois são elucidados na consulta sobre todas as opções exequíveis.” Internacionais, presentes em diversas parcerias no Brasil, Reino Unido, Luxemburgo, Espanha, França, Suíça e com escritório na Dinamarca e em Portugal, trabalham com todas as áreas que envolvam investimento seja português ou estrangeiro. “Os nossos parceiros procuram na nossa sociedade a vertente de consultoria fora dos seus países e como conseguimos dar várias opções no procedimento de investimento, o cliente pode sempre optar pela melhor solução”, relata Daniela Tobo.
Rua Júlio Dinis, n. 561, 4º Andar, sala 403 | 4050-460 Porto Tlf.: 223 235 277 | Tlm.: 912 547 000 | Email: geral@toboequintana.com www.toboequintana.com
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O paradigma do direito O estado de Direito e da Justiça em Portugal são assuntos que andam na ordem do dia e a revista não quis perder a oportunidade de questionar a sociedade Tobo & Quintana. “O sistema judicial em Portugal é lento, no entanto, tendo como termo de comparação alguns países com o qual trabalham, até parece rápido! Acredito que é através de uma advocacia preventiva que se conseguem resoluções mais eficazes”, conta Daniela Tobo. As advogadas realçam que a maior barreira em Portugal no sector de investimentos tem sido a bancária. “Os bancos estão com regras apertadíssimas para estrangeiros. Uma empresa ou um particular quando chega ao país para investir, a primeira coisa que precisa é de uma conta bancária. E, é aqui que temos o maior problema, uma vez que a abertura da atividade da empresa deve ser feita em 15 dias e com conta bancária disponível. Não cumprindo esta determinação, são aplicadas multas por parte da Autoridade Tributária”, explica Daniela Tobo. Num olhar para o futuro, a sociedade Tobo e Quintana é bastante otimista entretanto salienta que “O importante é continuarmos a auxiliar Portugal a criar investimento e a prover os melhores serviços aos nossos clientes/parceiros para que possam ser bem sucedidos”, revelam à revista.
ENVIRONMENTAL WAVES
“ALIAR A TECNOLOGIA À INOVAÇÃO E APRESENTAR SOLUÇÕES AMBIENTALMENTE SUSTENTÁVEIS” A Environmental Waves Engineering and Consulting surgiu no mercado para dar aos clientes soluções de engenharia inovadoras e competitivas com o foco na preservação do meio ambiente. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Emanuel Santos Silva para conhecer um percurso recheado de sucesso.
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Depois
A
paixão e experiência de Emanuel Santos Silva pela área levaram-no a fundar a Environmental Waves, uma empresa dedicada à engenharia e consultoria com uma diversidade de serviços ligados ao setor da água. Pioneiros e visionários no seu setor de atuação, a empresa distingue-se por prestar apoio aos clientes aliando a tecnologia à inovação, com soluções chave na mão. O leque de clientes vão desde entidades municipais a referências nacionais do setor da água. A diversidade não se salienta apenas nos clientes, mas também nas ofertas de serviços e desenvolvimento de soluções totalmente inovadoras no mercado nacional e internacional, “trabalhamos todo o ciclo da água apoiando o cliente através da inovação e do upgrade tecnológico”. Todos os serviços são adaptados não só às necessidades dos clientes, mas também apresentam características que se encaixam nos setores agrícola, pecuário
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ENVIRONMENTAL WAVES
e alimentar por via do reaproveitamento das águas residuais. A tecnologia utilizada pela Environmental Waves permite o desenvolvimento de soluções para o tratamento de efluentes da água e o seu reaproveitamento. Desde o desenvolvimento de sistemas de tratamento de água à projeção e materialização de piscinas naturais ou de ozono, os serviços apresentam-se com soluções vanguardistas, exemplo disso é a utilização de ozono para tratar a água. Uma das aplicações do ozono é a oxidação dos compostos presentes nas águas residuais, diminuindo os custos e os consumos de produtos químicos que ajudam a respeitar os valores limites de emissão. É muito eficaz na remoção de odores porque é uma molécula altamente reativa que destroi compostos, bactérias e esporos associados aos maus odores. Outra vantagem é o facto de se apresentar como um oxidante e desinfetante de elevada capacidade e os sistemas de tratamento poderem ser integrados nos equipamentos existentes, assim como o reaproveitamento das águas cinzentas. O Waves Floating System (também conhecidas como ilhas flutuantes) é uma das soluções naturais criadas para as fito-ETARs e que consistem na utilização de plantas para o tratamento da água em ambientes naturais. As maiores vantagens prendem-se com a descontaminação dos diversos tipos de águas residuais com um processo passivo, natural e sem consumo energético. Comparativamente com as ETARs de plantas tradicionais, que necessitam de solo para a sua sustentabilidade, o Waves Floating System não requer qualquer tipo de solo para a sua implementação,
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Emanuel Santos Silva, administrador
ENVIRONMENTAL WAVES
pelo contrário, apresenta a vantagem de as ETARs poderem ter maior profundidade, proporcionando maior volume de água, reduzindo a velocidade do fluxo e aumentando o seu rendimento. As raízes das plantas desempenham um papel determinante nos processos de tratamento das águas residuais. Estas soluções foram desenvolvidas tendo como foco a aplicação de um aperfeiçoamento que consiste na diminuição de custos de instalação e manutenção, este resultado previne problemas como a colmatação de leitos, bem como a emissão de maus odores. Esta solução está disponível há já quatro anos e apresenta excelentes resultados.
A tecnologia utilizada pela Environmental Waves permite o desenvolvimento de soluções para o tratamento de efluentes da água e o seu reaproveitamento Outros dos serviços que destaca a veia de inovação da empresa é a tecnologia de ultrassons para impedir o desenvolvimento de algas e biofilme em reservatórios de água canais de irrigação, em rios ou lagoas. Tudo isto é feito perante um processo eficaz e com foco na preservação do meio ambiente. Estas soluções já mereceram o reconhecimento por parte de entidades de renome nacional e internacional. A Câmara Municipal de Bragança louvou o resultado da aplicabilidade destas soluções, “o que aumentou a nossa popularidade no mercado nacional e projetou-nos a nível internacional”, acrescenta o entrevistado. Inevitável será dizer que a interna-
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cionalização foi um passo lógico na caminhada para o sucesso tendo o mercado francês como um exemplo. “Estabelecemos acordos de parceria com alguns países europeus, estendendo a área de atuação para África do Sul, Moçambique e Equador”, refere o diretor geral “as propostas chegam dos quatro cantos do mundo, como por exemplo da Argélia, um projeto para reciclagem de águas das lavagens de carros”.
E o futuro? Os desafios futuros da empresa irão sempre de encontro às mais variadas necessidades dos clientes e na optimização da monitorização. Já estão a desenvolver novas soluções inovadoras que irão permitir aos seus clientes otimizar os resultados operacionais. A competitividade e a preservação do ambiente são os grandes objetivos da Environmental Waves.
Rua Almirante Reis n.º2 - 1ºdto | 4490-463 Póvoa de Varzim | Tlf.: (+351) 252 618 057 E-mail: info[at]environmental-waves.com | www.environmental-waves.com
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GOTALIMPA
Gabriel Barata, sócio-gerente
UMA REFERÊNCIA NO MERCADO PME Líder desde há vários anos e, mais recentemente, PME Excelência, certificados com a ISO 9001 e ISO 14001, a Gotalimpa está no mercado há uma década. A empresa regista um desempenho de alta qualidade e de fiabilidade para com os seus clientes. Gabriel Barata, sócio-gerente, contou-nos alguns dos segredos do sucesso.
“
Termos uma equipa muito coesa, tanto a nível administrativo, como de supervisão no terreno”, começa por nos contar Gabriel Barata, justificando dessa forma as distinções recebidas pela Gotalimpa, nomeadamente a de PME Excelência ’17 e as ISO 9001 e 14001.. Em parte, o segredo do sucesso é “não querer abarcar o mundo inteiro”. O sócio-gerente reitera que “neste ramo, tal como noutros, é possível controlar até uma determinada dimensão, recorrendo a bons supervisores. A dimensão nunca
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deve pôr em causa a qualidade”. As nossas certificações de qualidade são a prova disso…. Assim sendo, a produção em menor quantidade garante um serviço de qualidade superior. De outra forma, garante-nos, “seria impossível”. A Gotalimpa surge em Portugal no ano de 2008, depois de Gabriel Barata ter adquirido uma empresa dentro do mesmo setor, em 2006 a Restaurilimpa já com 25 anos no mercado, a qual tinha no Estado Português o seu maior cliente. “O Estado prioriza o preço em detrimento da qualidade, não pode ter as duas coisas. Comecei a perceber que o cliente privado dava valor à qualidade. Toda a gente quer um bom preço, claro, mas os privados têm uma outra atenção à qualidade”, expõe, acrescentando: “A partir do momento em que compreendi isso focamo-nos nesse caminho e começamos a ganhar clientes”. Assim se traçou o percurso que viria a destacar e a definir a Gotalimpa desde a sua criação: uma empresa de serviços integrados de limpeza que se distingue no mercado pelo seu elevado profissionalismo e excelência no desempenho. A empresa
“Comecei a perceber que o cliente privado dava valor à qualidade. Toda a gente quer um bom preço, claro, mas os privados têm uma outra atenção à qualidade”
GOTALIMPA
registou, desde então, um volume de negócios considerável e um crescimento prospero constante: “Essa foi a opção que tomei, não entrar na guerra dos preços, primar pela qualidade”, confirma-nos. A entrada no mercado brasileiro acontece em 2011, em São Paulo,. Na época, Portugal encontrava-se numa crise económica, enquanto que o panorama brasileiro era próspero: “Iriamos trabalhar lá exatamente da mesma forma. No Brasil a oferta de qualidade é muito reduzida. A verdade é que crescemos muito e muito depressa, agora já estamos presentes noutros estados, como Pernambuco, Santa Catarina, Firminópolis e há a possibilidade de nos expandirmos para Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Obtivemos o dobro da faturação de Portugal em muito pouco tempo”. Os clientes que escolhem a Gotalimpa mantêm-se clientes, por vezes, durante anos. “Temos clientes com quem já trabalhamos há 10 anos e sabemos que não somos a sua opção mais barata, todavia eles optam pela nossa qualidade. “As empresas começam a ter a perceção, principalmente as de maior dimensão, de que se querem qualidade têm de pagar um pouco mais. Às vezes baixamos as nossas margens de lucro para permitir essa parceria mais longa. O preço é sempre justo, temos sempre esse cuidado”. Operam a nível nacional em ginásios, fábricas, indústrias, escritórios, condomínios, stands de automóveis, oficinas, bancos, mercados municipais, hospitais privados, e até entidades da área
alimentar. O check-out de alojamentos locais tem sido uma aposta mais frequente nos dias de hoje: “Há grande procura nessa área”, garante-nos, que é uma area exigente, porque o proprietário é avaliado de acordo com a limpeza que apresenta”. Para fazer face à concorrência neste mercado tão competitivo, a empresa de Gabriel Barata aposta em maquinaria adequada e atualizada. Referimo-nos a equipamentos e produtos de qualidade reconhecida, cuja ação dá origem a um resultado muito mais eficiente. São cerca de 300 funcionários só em Portugal, muitos mais no Brasil, que vestem a camisola da Gotalimpa e se esforçam para cumprir os elevados padrões autoimpostos. Outra das caraterísticas que distinguem esta entidade é a resolução rápida de possíveis
complicações: “imprevistos acontecem todos os dias . A questão é quanto tempo demoramos a resolver a situaçao. Tem que estar resolvida em 24 horas, seja ela qual for. Essa resposta que damos ao cliente é o que faz a diferença. Tentamos ter a solução mal o problema apareça”. Para o futuro, que se antevê promissor, Gabriel Barata confessa que “crescer mais um pouco seria o ideal” e estão a esforçar-se nesse sentido: “Em 2019 temos essa hipótese, mas acima de tudo ser reconhecido como uma empresa com um bom desempenho, de confiança e que cumpre com os impostos e com as suas obrigações para com os seus funcionários. Se os clientes trabalham connosco anos a fio é porque confiam em nós e isso é o facto de que mais nos orgulhamos”, finaliza.
Contactos para orçamentos 918263202 Lisboa: Rua Agostinho Lourenço 4 1000- 010 Lisboa Oeste e Norte: Loteamento Fortunato Cabecinhos lote 18 2460-143 Alfeizerão
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COMPANHIA DAS LEZÍRIAS
AS COUDELARIAS DO ESTADO PORTUGUÊS Por António de Sousa – Presidente da Companhia das Lezírias Atualmente o Estado português gere, por intermédio da Companhia das Lezírias, três coudelarias: a Coudelaria da Companhia das Lezírias (ferro CL), situada em Braço de Prata, no Porto Alto, a Coudelaria Alter Real (ferro AR), situada na Tapada do Arneiro, em Alter do Chão e a Coudelaria Nacional (ferro CN), situada também na Tapada do Arneiro. Qualquer destas coudelarias tem uma história específica, longa e, naturalmente, repleta de altos e baixos. Muito foi feito, mas muito deverá ainda ser feito e melhorado. É nisso que está empenhado o atual Conselho de Administração da Companhia das Lezírias, sob a liderança de António de Sousa, coadjuvado por Isabel Vinagre e Georgete Félix.
P
ara efeitos de contextualização, quando e como é que nasceram estas Coudelarias e quais os principais marcos históricos desde a sua fundação? Sendo a mais antiga, a Coudelaria Alter Real foi fundada, em 1748, por decisão de D. João V já no final do seu reinado. Essa decisão foi muito influenciada pelo seu filho D. José que, desde muito novo revelou fascínio por cavalos. A Coudelaria teve grande prosperidade no
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reinado deste (1750-1777), com os Alteres a brilharem no Picadeiro Real. A história desta Coudelaria desde a sua fundação até aos nossos dias está repleta de momentos conturbados e de momentos áureos. Passou pelas invasões francesas, pela implantação da República, pelo regime ditatorial, pelo período revolucionário dos anos setenta do século XX, pela consolidação do regime democráti-
co, por tentativas de privatização e, passados 270 anos, chegou aos nossos dias. Teve também diversos modelos de governação, desde o monárquico, ao militar (Coudelaria Militar de Alter) na dependência do Ministério da Guerra, ao modelo institucional civil (Coudelaria de Alter) sob a égide da Direção-Geral dos Serviços Pecuários ou do Serviço Nacional Coudélico, ao modelo de Fundação e, finalmente, com tutela dos Ministérios da Agricultura e das Finanças, ao modelo atual de gestão empresarial, gerido pela Companhia das Lezírias. São estes, em traços gerais, os grandes marcos históricos desta Coudelaria. Ela passou por tudo isto. E, portanto, se continua viva e pujante, é porque é uma instituição forte. Um pouco de toda esta história acaba por estar presente no leilão de Alteres que esta Coudelaria faz todos os anos, a 24 de abril. Para além de ser a Coudelaria
COMPANHIA DAS LEZÍRIAS
mais antiga da Europa a funcionar no mesmo local, ela tem tudo o que diz respeito ao mundo equestre. Tem história, seleção reprodutiva, certificação de identidade e filiação dos animais, registo e preservação de raças, com especial relevo para o Puro-Sangue Lusitano - PSL (cuja eguada é composta por cerca de 60 éguas de ventre). Tem investigação e cuidados de saúde animal (unidade clínica veterinária em parceria com a Universidade de Évora), tem um laboratório de genética molecular (por onde têm de passar todos os Puros-Sangues Lusitano nascidos no mundo), tem banco de DNA e tem atividades de formação, de turismo equestre, de competição (com muitos prémios ganhos) e de visitação (com espólios museológicos ligados ao cavalo e à arqueologia). Tudo concentrado num único local. De uma riqueza inestimável, tem-lhe, no entanto, faltado sempre qualquer coisa. Umas vezes a organização, outras vezes os recursos financeiros, outras vezes as pessoas certas nos lugares certos. Nunca se encaixou tudo ao mesmo tempo. Penso que está na hora de isso acontecer. E se isso acontecer será extraordinário para o nosso país. Estamos empenhados nisso, com fortes investimentos em curso na modernização de estruturas. Quanto à Coudelaria da Companhia das Lezírias, importa referir que em 1896 os registos evidenciam a existência de equinos de trabalho. Só na década de 30 do século XX se constata um princípio de seleção através da inscrição de éguas na Comissão de Remonta do Exército. A reprodução de cavalos de recria e desporto, com destaque para a raça Puro-Sangue Lusitano, só tem forte impulso a partir de 1976. Atualmente produz Puros-Sangues Lusitanos de grande qualidade que recria e desbasta, destinando-se a dressage, tauromaquia e atrelagem. A política de seleção adotada orienta-se pelo modelo e andamentos, em conjugação com a funcionalidade dos animais. Nos últimos anos a Companhia das Lezírias tem obtido vários prémios em diversos concursos hípicos. A eguada é composta por cerca de 20 éguas de ventre. Situada em Braço de Prata, a Coudelaria da Companhia das Lezírias dispõe de um dos melhores complexos hípicos nacionais. Para além de pistas para várias competições, campos de treinos, picadeiros e alojamento de cavalos, tem também um conjunto de serviços de apoio aos praticantes e visitantes. Destes, importa destacar o restaurante “A Coudelaria”, o complexo de bungalows, com relva e piscina, como alojamento de excelência, recentemente licenciado pelo Turismo de Portugal. Portanto, temos tudo num só espaço: centro hípico extraordinário, ótima comida e bom alojamento. Tudo isto é fruto de um percurso longo e árduo de trabalho. Haverá, no entanto, sempre espaço para melhorar. É nisso que estamos empenhados. No que concerne a Coudelaria Nacional, depois da extinção da Fundação Alter Real passou por uma fase de
reestruturação, tendo sido deslocada da Quinta da Fonte Boa, em pleno Vale de Santarém, para a Tapada do Arneiro, em Alter do Chão. Foi fundada em 1887, continua ativa e em plena produção de cavalos. Para além de cavalos Lusitanos, inclui Árabes e Sorraias. Os Sorraias são um pequeno núcleo de cavalos muito importante. Fazem parte de um património genético muito valioso e de grande interesse zootécnico. A Coudelaria Nacional tem 20 éguas de ventre Sorraias, sendo os cavalos usados nas mais diferentes áreas. Existe um trabalho recente de divulgação e preservação da raça, estando protocolados vários animais com diversas instituições. A Coudelaria tem vários reprodutores machos e usa-os na sela, na sua generalidade, e na atrelagem. A eguada de Árabes tem 8 animais e a eguada de Lusitanos tem 15 animais. Atualmente as Coudelarias do Estado apenas fazem criação exclusiva do cavalo Puro-Sangue Lusitano? Quais as caraterísticas desta raça? A Coudelaria de Alter e a Coudelaria da Companhia das Lezírias só criam Puros-Sangues Lusitanos. Mas a Coudelaria Nacional, conforme foi referido, para além dos Puros-Sangues Lusitanos, faz criação de Árabes e de Sorraias. O Puro-Sangue Lusitano é um cavalo dócil, ágil e corajoso. Destaca-se pelo seu temperamento nobre, sendo capaz de entender tanto profissionais como amadores, adaptando-se a cada situação particular com versatilidade. Estas características fazem que tenha uma tendência natural para os exercícios de concentração, con-
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COMPANHIA DAS LEZÍRIAS
ferindo-lhe grande aptidão para o toureio, maneio de gado, caça e exercícios de Alta Escola. É um animal com grande história de seleção com base na funcionalidade. Tendo em conta os diversos prémios que foram ganhando ao longo dos anos, qual a vantagem de participar nestes concursos? Qual o número total de prémios ganhos? As vantagens de participação em concursos, seja de Modelo e Andamentos, seja Concursos Desportivos de várias disciplinas hípicas, tais como ensino, equitação de trabalho ou atrelagem, estão relacionadas com ganhos de notoriedade e prestígio, com a consequente promoção das Coudelarias e valorização dos respetivos animais: a procura de cavalos das linhas genéticas dos premiados aumenta e, naturalmente, com isso também o preço. Quanto a número de prémios, não conseguimos precisar a totalidade de prémios ganhos, tal a quantidade conseguida nos últimos anos. No entanto, podemos adiantar que neste ano de 2018, até agora, os cavalos das Coudelarias do Estado, em conjunto, já ganharam mais de 30 prémios em concursos nacionais e internacionais, considerando só os três lugares do pódio. Este é um negócio que em Portugal tem alguma expressão? Ou os maiores interessados, ou seja, o maior número de clientes é internacional? A produção equina na Companhia das Lezírias (três coudelarias) é um negócio de nicho, com relativamente pouca expressão no volume de negócios total da
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empresa e, normalmente, deficitário em termos económicos. No entanto, é muito rico em termos de património intangível, pela atuação em termos de preservação da genética. Naturalmente que a vertente da competição é também muito importante, proporcionando-nos, como já foi referido, cada vez mais notoriedade, um valor hoje inestimável. Mas há muito espaço para melhorar em todas as vertentes. Em Portugal, o negócio já tem alguma importância, mas está ainda muito longe das performances de outros países do centro da Europa, tais como França, Inglaterra, Holanda e Alemanha. O negócio ganha, no entanto, mais importância com transações de cavalos específicos (de grande qualidade) para públicos destes países. As Coudelarias do Estado oferecem que serviços? As Coudelarias do Estado, como já foi referido, têm uma história muito rica e ao mesmo tempo muito atribulada. Naturalmente que isso tem reflexos nos serviços oferecidos em cada momento. Hoje, estas coudelarias oferecem o mesmo que a maioria das outras. Estamos em pleno processo de reestruturação e investimento, mas os serviços que hoje oferecemos vão desde a
tradicional atividade de cavalos a penso, até diversas modalidades de turismo equestre, tais como: lições de equitação, aulas de volteio, passeios a cavalo, atrelagem em circuito de campo e em circuito urbano, batismos a cavalo, visitação da eguada e de acervos museológicos associados ao cavalo e à arqueologia, alojamento em complexo turístico de bungalows e em casa de campo, etc, etc, etc. E num futuro próximo a atividade turística englobará também um hotel de quatro estrelas, em curso de construção pela cadeia de hotéis Vila Galé, no âmbito de um projeto REVIVE na Tapada do Arneiro, na Coudelaria de Alter. Para além de, conforme já referido, termos o melhor complexo hípico do país (Coudelaria da Companhia das Lezírias). A criação de cavalos ainda é um negócio pouco explorado em Portugal? Ou existe muita concorrência? Como foi referido anteriormente a criação de cavalos em Portugal é um negócio nicho, com dificuldades recorrentes e cheio de “pseudo-segredos”. O setor é muito fechado e revela dificuldades em se abrir ao exterior e a outras visões vindas de fora dele. Cada criador tem tendência a comportar-se como se tivesse o melhor cavalo do mundo. Só que o melhor cavalo é, naturalmente, só um. Portanto, o setor deve abrir-se a novas perspetivas e a novas abordagens, trabalhando melhor, para além da produção, também a comercialização, o marketing e a gestão como um todo. Tem de se ter uma abordagem holística do setor, explorando sinergias e experimentando novas formas de fazer. Numa palavra, há que dar um salto de paradigma, de uma atitude conservadora para uma atitude exploradora de novas abordagens de gestão. Focando
COMPANHIA DAS LEZÍRIAS
mais na gestão estratégica do que na gestão corrente. O futuro pode-se começar a construir sustentadamente a partir de hoje. Mas se não começarmos estaremos condenados a ficar sempre no mesmo sítio. Há que mudar profundamente. Quanto à concorrência, ela existe, embora assuma formas mais destrutivas que construtivas. A concorrência é boa e salutar se for assumida pela positiva, como aprendizagem geradora de círculos virtuosos de desenvolvimento e não de círculos viciosos. Penso que estamos a tempo de mudar a ordem das coisas. A concorrência lá fora não é assim. Por isso, aí, o setor é mais competitivo. Na sua opinião o que distinguem as Coudelarias do Estado? Cada Coudelaria tem as suas especificidades. Naturalmente, as Coudelarias do Estado têm responsabilidades acrescidas, precisamente por serem do Estado. Importa relembrar que saiu dos serviços do Estado a introdução e a obrigatoriedade da constituição do registo genealógico. Este registo, em tempos, escrupulosamente organizado pelos serviços oficiais a partir das eguadas do Estado, das eguadas de particulares que se serviam dos garanhões dos depósitos estatais e dos registos próprios de alguns criadores mais esclarecidos, deu origem ao Registo Nacional de Equinos (RNE), com controlo de filiação por hemótipo primeiro (1992) e, depois (1998), por tecnologia de constituição de ADN. O Stud Book da Raça PSL é ancorado neste RNE. É por tudo isto que as Coudelarias do Estado têm responsabilidades acrescidas na defesa da preservação de uma raça geneticamente bem definida. O que as distingue, hoje, para além deste atributo, é a qualidade do seu património genético, a sua longa e riquíssima história e, naturalmente, as suas infraestruturas. Qual o segredo do sucesso das Coudelarias do Estado? Para mim, o segredo do sucesso foi a perseverança, ou seja, o lastro de rigor e de teimosia para conseguir vencer as adversidades recorrentes que, sucessivamente, foram encontrando ao longo da sua história. Hoje, à distância, lendo o seu percurso histórico poderemos dizer que foi feito aquilo que poderia ter sido feito em cada momento. Houve momentos críticos, mas se eles foram ultrapassados é porque o conhecimento, a
flexibilidade e o pragmatismo, prevaleceram sobre a ignorância, o dogmatismo e o lirismo. Este foi, genericamente, o lastro de personalidade deixado pelos diversos responsáveis e trabalhadores ao longo da história destas Coudelarias. Só assim elas sobreviveram e continuam dinâmicas. Em traços gerais, é este o segredo do sucesso. Quantos colaboradores têm as Coudelarias do Estado? A tempo inteiro e diretamente a trabalhar nelas, poderemos dizer que a Coudelaria Alter Real e a Coudelaria Nacional têm cerca de 12 colaboradores e a Coudelaria da Companhia das Lezírias tem 6 colaboradores. Para além de diversos prestadores de serviços. Qual é a aposta da empresa (Companhia das Lezírias) no que concerne à formação dos seus colaboradores? Sendo uma área onde muitos aspetos terão de ser melhorados, a formação deverá ser alvo de atenção acrescida no futuro, com investimentos bem direcionados. Não devemos esquecer que a formação e a aprendizagem são os mecanismos, por excelência, que transformam a informação em conhecimento, o tal fator produtivo estratégico do século XXI. Apostar na formação é criar condições para uma maior eficiência e eficácia no trabalho operacional e na gestão. Estamos conscientes que muito há ainda a fazer nesta área. E vamos fazê-lo. Quais as perspetivas de futuro e projetos para a empresa? Genericamente, as linhas mestras da Estratégia Empresarial são: Rentabilização Responsável, Foco nos Recursos Humanos e na Reorganização de Processos, Reestruturação do Turismo e Melhoramento da Comunicação e Imagem. Tudo isto para a Companhia das Lezírias no seu todo e, naturalmente, também para as três Coudelarias do Estado. Em termos de projetos específicos, será de salientar mais uma vez o grande investimento de está a ser feito na Coudelaria de Alter, na decorrência do Programa REVIVE, o qual foi ganho pelo Grupo Hoteleiro Vila Galé para construir um Hotel de quatro estrelas na Tapada do Arneiro. O objetivo é fazer de Alter um destino turístico centrado no Cavalo. O investimento por parte deste Grupo supera os 8 milhões de euros e deverá estar terminado em 2020. Em paralelo foi também aprovado pelo Turismo de Portugal um Projeto VALORIZAR, no valor aproximado de 400 mil euros para, no âmbito do objetivo de valorização dos territórios do interior, dar à Coudelaria de Alter condições acrescidas de modernização de infraestruturas. A tudo isto acrescerá ainda um investimento direto da própria Companhia das Lezírias de aproximadamente 500 mil euros, para obras de manutenção e adequação de infraestruturas, no âmbito de toda esta dinâmica de revitalização da Coudelaria.
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DESTAQUES 128 CAXAMAR Qualidade e Excelência 130 MEIA DÚZIA Orgulhoamente Portuguesa
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ESPECIAL
SABORES DE NATAL No Natal o convívio ganha novo sabor. A quadra natalícia sugere uma mesa farta, aromas quentes, família reunida e doces com fartura. A menos de um mês para um dos feriados mais importantes no calendário católico português, a revista Business Portugal aborda explora os sabores que devem, com certeza, completar o cardápio da sua consoada. É sabido que o bacalhau não pode faltar! A tradição exige a presença do peixe que faz parte da dieta de qualquer português. Servido às postas, cozido com batatas, ovos e couve, o bacalhau é o ingrediente rei da Consoada de Natal. Para consolidar a ceia de Natal são várias as opções. Frutos secos, suspiros, sonhos, filhoses, Bolo-rei, Bolo-rainha, o arroz doce, as queijadas, os pastéis de arroz, pão-de-ló, Bolo de nozes, Bolo de laranja, coscorões e as conhecidas rabanadas, são alguns dos doces típicos de Portugal. Nesta quadra, pode acrescentar a deliciosa compota de natal, um mimo para o palato, feito à base de produtos nacionais de qualidade inquestionável.
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CAXAMAR
QUALIDADE E EXCELÊNCIA Quando se fala em bacalhau de qualidade, temos necessariamente de falar da Caxamar, uma empresa com base familiar, que conquistou uma posição de destaque no mercado da transformação e comercialização de bacalhau salgado seco e demolhado ultracongelado, com um portfólio de clientes espalhados por vários países. Assumindo sempre uma filosofia de seriedade e credibilidade, orgulha-se da relação de confiança estabelecida com todos os seus parceiros de negócio e promete continuar a surpreender.
F
undada em 1989, a Caxamar nasceu pelas mãos de Manuel Mendes Bastos e Madalena Bastos, tendo como objetivo a comercialização a retalho de bacalhau salgado seco nos mercados tradicionais. Fruto de uma forte dedicação, paixão e visão estratégica, a empresa foi crescendo e ampliando o seu volume de negócios, instalando-se em 1998 na Zona Industrial de Casal de Frades, em Ourém, numas instalações atualmente com 3500 metros quadrados de área coberta. Em 2001, o casal empreendedor fez um projeto para uma unidade de armazenamento e produção seca, ou seja comprar salgado verde e fazer a produção para salgado seco. Mas é também em 2001, que por motivos de âmbito familiar e de saúde do fundador que se dá uma transformação na estrutura da administração da empresa. Esta nova etapa implica uma reestruturação da empresa, fazendo com que Madalena e os seus filhos, Gonçalo e Elisabete assumissem a gestão da Caxamar, com grande dedicação e vontade, adaptando-se a uma nova realidade. Com a mudança na gerência da empresa, a Caxamar deixou de realizar somente o comércio, passando a desenvolver toda a parte de indústria que o setor possui. Numa primeira fase a empresa de Ourém trabalhava apenas com bacalhau tipicamente seco, cura tradicional portuguesa, incindindo sobretudo nos mercados tradicionais, restauração, e pequeno retalho. Com o passar dos anos, “um maior conhecimento e experiência na área e sobretudo devido à vontade de crescer, a Caxamar assumiu novas formas de trabalhar, procurando sempre a realização de parcerias ao nível de fornecedores e clientes com os quais foi crescendo”, salienta Gonçalo Bastos, realçando que a empresa começou também a marcar presença em feiras internacionais e a dar-se a conhecer ao mundo.
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Gonçalo, Madalena e Elisabete Bastos, administração
Um marco na história da empresa Com uma visão estratégica e um olhar atento ao mercado, a Caxamar em 2005 iniciou a comercialização de bacalhau demolhado ultracongelado, tendo investido em unidades de armazenamento e logística. “Desde há alguns anos, o mercado tem vindo a modificar-se verificando-se uma alteração nos hábitos de consumo. Os clientes começaram a preferir o bacalhau demolhado ultracongelado”. Este é um dos marcos mais importantes para a empresa. “Começando a trabalhar com o bacalhau demolhado, alargámos a gama de produtos e passámos a ter o típico bacalhau pronto a cozinhar”, afirmam Gonçalo e Elisabete Bastos. Em setembro de 2013, foi concluído um projeto de modernização e ampliação de toda a unidade produtiva, que integra a linha existente de produção de bacalhau salgado seco e a nova linha de produção de demolhado ultracongelado bem como novas unidades de armazenamento e logística. “Continuámos a crescer, focando-nos bastante no demolhado ultracongelado e cativando mais e melhores clientes”, realça Gonçalo Bastos, sublinhando que a Caxamar pretende desta forma criar uma marca com forte identidade e de valor acrescentado, para que as pessoas quando pensem em bacalhau pensem Caxamar. Assumindo critérios de rigor e excelência, Gonçalo Bastos evidencia que “com o demolhado ultracongelado conseguimos passar a nossa melhor qualidade ao cliente”, porque ao comprar um bacalhau demolhado ultracongelado Caxamar, saberá que este tem cerca de 10 a 12 meses de cura, foi
CAXAMAR
pescado na mesma altura do salgado seco, mas a demolha é feita industrialmente, conseguindo controlar a temperatura, o tempo, a salinidade e o processo de congelamento. Mas, seja salgado seco ou demolhado ultracongelado há algo que não muda: a qualidade.
Visão estratégica Uma grande parte do sucesso da empresa é explicada pela pro-
“Neste momento, o foco é a divulgação do Bacalhau Caxamar com participação em diversas feiras nacionais e internacionais, promoção junto dos distribuidores, divulgando o que de melhor a Caxamar tem para oferecer”
“Este ano vamos fazer um volume de negócios de 7.500 toneladas com um volume de faturação superior a 25 milhões de euros e queremos continuar a crescer, apostando nas equipas e investindo e na formação, sempre a crescer em termos de recursos humanos, profissionais competentes”. Para além disso, a empresa tem nos seus horizontes duplicar o espaço das atuais instalações. Nova dinâmica, mais projetos, mais perto do consumidor. A Caxamar olha para o mercado com muita atenção, a pensar nos próximos cinco anos e, nesta medida, Gonçalo Bastos desvenda que a Caxamar está a desenvolver um projeto já com frutos na América do Sul, nomeadamente no Peru, mas com potencial de abranger mais países que se encontram em grande crescimento e com elevados padrões no que respeita à gastronomia. O futuro da Caxamar é promissor, sendo certo que o céu é o limite.
ximidade mantida com o produto, garantindo “variedade e qualidade”. Gonçalo Bastos, administrador da Caxamar, desloca-se com frequência entre outros países à Noruega, Islândia, Canadá, de forma a garantir a escolha da matéria-prima. Depois disso, todos os processos de indústria são seguidos e controlados de forma “rigorosa e criteriosa”, acrescenta. E se em 1989 ainda não se falava de internacionalização, hoje não há obstáculos ao crescimento. Nunca descurando o mercado nacional, a Caxamar há muito que entrou na rota da internacionalização, marcando presença na Europa em vários países como França, Espanha, Luxemburgo, Reino Unido, Suíça, Bélgica, Itália, mas também noutros pontos do globo como Angola, Guiné, Moçambique e também no Brasil. “Neste momento, exporta cerca de 20 por cento do volume de faturação”, sendo esta, segundo Gonçalo Bastos, uma das “formas de crescimento sustentado”. Para o futuro, a empresa está a desenvolver novos investimentos e produtos de acordo com as exigências do consumidor, e é nessa base que toda a produção é direcionada. “Neste momento, o foco é a divulgação do Bacalhau Caxamar com participação em diversas feiras nacionais e internacionais, promoção junto dos distribuidores, divulgando o que de melhor a Caxamar tem para oferecer”, refere, evidenciando que está a ser desenvolvida uma nova marca com um posicionamento diferenciado e inovador, nomeadamente as para famílias jovens, urbanas e com vidas ativas, cujo o tempo é muito escasso.
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MEIA DÚZIA
ORGULHOSAMENTE PORTUGUESA A propósito da época natalícia que está a chegar, a Revista Business Portugal esteve à conversa Jorge Ferreira, CEO da meia duzia. Conheça esta empresa orgulhosamente portuguesa e inspire-se para as suas lembranças de Natal, sabores portugueses em bisnaga.
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edimos-lhe que comece por nos apresentar a meia.dúzia, quando e como surgiu, bem como qual a inspiração por detrás deste projeto tão inovador. A meia.dúzia foi fundada em 2012 por mim, Jorge Ferreira e pela minha irmã, Andreia, ambos com formação e experiência na área da engenharia alimentar e química. Inspirados nos tubos de tinta do mundo da pintura, desenvolvemos um novo conceito - a meia.dúzia - uma cor, uma fruta, uma experiência de sabor! Com a missão de surpreender, inovar, e dar a conhecer as melhores matérias-primas de várias regiões de Portugal, com mais 100 experiências de sabores portugueses a meia.dúzia leva para tudo mundo desde 2012 o melhor de Portugal com reconhecimentos internacional e prémios no Reino Unido , Alemanha , Bélgica . Como tem sido a aceitação no mercado? Muito positiva , marcamos presença me mais de 20 mercados por todo o mundo. Os portugueses gostam e tem orgulho na nossa marca e isso é uma satisfação enorme para quem acredita que podemos fazer a diferença e orgulharmo-nos do que fazemos e temos no nosso país. A nível internacional, somos reconhecidos pela qualidade e serviço exemplar que proporcionamos com profissionalismo que é exigido nos mercado mais exigentes como UK, Alemanha, Correia, Dubai e USA. Num mundo atual onde as refeições pretendem-se cada vez mais rápidas, compotas em bisnaga vêm ajudar a colmatar essa necessidade. Esse aspeto prático foi um dos motivos que vos encorajou à criação destes produtos? Sim , o objetivo é que possamos ter uma experiência de sabor em qualquer momento . Numa viagem , numa pausa para trabalho numa tosta , iogurte , crepe ou num momento mais relaxante com a família ou amigos com uma tábua de queijos , presunto , pão. Experimentar vários sabores como de várias 130 | Revista Business Portugal dezembro 2018
regiões. As embalagens tem um design único e diferenciado, são mais práticas, higiénicas e fáceis de transportar que os tradicionais frascos de vidro, evita a oxidação pela luz, conservando e preservando durante mais tempo a cor e o sabor característico das frutas e dos restantes ingredientes. Quais são os sabores que disponibilizam? Privilegiam os sabores tradicionalmente portugueses? Temos mais de 100 sabores atualmente entre doces, cremes de chocolates, mel, pastas de azeitona , chutneys e licores e chás. Os produtos da meia.dúzia são o resultado de misturas de frutas portuguesas de Denominação de Origem Protegida (DOP), Identificação Geográfica Protegida (IGP) ou Biológicas, com vinhos Portugueses (como por exemplo, vinho do Porto ou da Madeira e Moscatel do Douro), ervas aromáticas biológicas, especiarias, Cacau de ‘São Tomé’ e Príncipe entre outras matérias-primas de qualidade Premium. Assim surgem experiências de sabores como Amora com Alfazema, Ananás dos Açores com Erva-Príncipe, Morango com Vinho do Porto e Malagueta, Pera Rocha e Groselha com Cidreira e Pimenta Rosa, Cereja do Fundão com Lima, Chocolate ‘São Tomé’ com Mirtilo e Vinho do Porto, Pasta de Azeitona negrinha do Douro, Chutney de pimento vermelho e outros sabores únicos e inesperados que surpreendem os consumidores. Onde podemos adquirir as compotas em bisnagas meia.dúzia? Podem encontrar os nossos produtos no
Natal nos nossos pontos de venda no comércio tradicional, na Rua da Flores, Porto, Rua Santa Catarina – Via Catarina e Centros Comerciais como Amoreias, Colombo, Norteshopping e Mar Shopping. Se não estiver nestes centros urbanos pode comprar na nossa loja online, em www.meiaduzia. pt e nossos revendedores espalhados pelo país inteiro. O que aguarda o futuro da meia.dúzia? Estar mais próximo de portugueses o ano inteiro, divulgar a marca junto e turistas em centros históricos em Portugal, e divulgar o que melhor fazemos pelo mundo. Afirmar-se com orgulho uma marca de origem Portuguesa reconhecida internacionalmente. Prémios internacionais • Salon Gourmet Award 2014 – 1st prize presentation / Prémio Salón de Gourmets 2014, Madrid – 1º prémio – apresentação do produto • ITQI Award 2015 – 1 star – Plum Extra Jam with Lemon thyme / Prémio ITQI Awards 2015 Bruxelas – 1 Golden Star Doce Extra de Ameixa ‘Rainha-Cláudia’ com Tomilho-Limão • Great Taste UK 2015 – São Tomé Spread Chocolate with Azores Pineapple / Prémio Great Taste 2015, Reino Unido – 1 Estrela - Creme de Chocolate Negro ‘São Tomé’ com Ananás dos Açores • Salón Gourmet Award 2016 – 1st prize versatility / Prémio Salón de Gourmets 2016, Madrid – 1º prémio – TRAVEL KIT - versatilidade do produto • ITQI Award 2016 – 2 stars – Strawberry Extra Jam with Port Wine and Chilli / Prémio ITQI Awards 2016, Bruxelas – 2 Golden Star – Doce Extra de Morango com Vinho do Porto e Malagueta • ITQI Award 2017 – 2 stars – ‘Negrinha do Douro’ Olive Paste / Prémio ITQI Awards 2017, Bruxelas – 2 Golden Star – Pasta de Azeitona ‘Negrinha do Douro’ • Great Taste UK 2017 - São Tomé Spread Chocolate with Blueberry and Port Wine / Prémio Great Taste UK 2017 - Creme de Chocolate Negro ‘São Tomé’ com Mirtilo e Vinho do Porto • Great Taste UK 2017 - São Tomé Spread Chocolate with Strawberry and Chilli / Prémio Great Taste 2017, Reino Unido – 1 Estrela - Creme de Chocolate Negro ‘São Tomé’ com Morango e Malagueta • Great Taste UK 2017 – Fig and Orange Extra Jam with Cinnamon / Prémio Great Taste 2017, Reino Unido – 1 Estrela - Doce Extra de Figo e Laranja com Canela • Red Hot Award 2017 – Honey Experiences Pack / Prémio RedHot Awards 2017, Alemanha – Design Embalagem - Pack Experiências de Mel
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