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REVISTA BUSINESS PORTUGAL EDITORIAL
Editorial
eSTAMOS LADO A LADO
FICHA TÉCNICA Diretor Fernando Silva
EDITORA Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt)
REDAÇÃO Catarina Carvalho Cátia Fernandes Márcia Cardoso Adélia Abreu Ana Lopes Rita Burmester Sílvia Dias Sílvia Martins (redacao@revistabusinessportugal.pt)
PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN Tiago Rodrigues (tiago.rodrigues@revistabusinessportugal.pt)
SECRETARIADO Paula Assunção
Por Diana Ferreira
A Revista Business Portugal tem-se pautado, indubitavelmente, pela seriedade com que trata as diversas temáticas que integram as suas páginas todos os meses, dando a palavra a administradores, CEOs, general managers e todos os outros activos que têm uma palavra fundamental no mundo empresarial português e, não raras vezes, também além-fronteiras. Consideramo-nos já um parceiro estratégico do tecido empresarial, atendendo a que representamos o veículo de divulgação para as mesmas darem a conhecer os seus produtos e, consequentemente, o seu lado mais inovador e empreendedor. É com orgulho que o fazemos com as mais variadas entidades, das mais diversas naturezas, desde as multinacionais e empresas de maior destaque, passando pelas PMEs e chegando até aos pequenos empresários que aqui figuram e apresentam ao leitor o que têm para oferecer. É o caso dos municípios portugueses. Reconhecidas as dificuldades que a maioria atravessa, é de louvar o esforço que mantêm em prol dos seus munícipes, como são exemplo as medidas de acção social, da área da educação, assim como dos projectos turísticos com o intuito de captar atenções forasteiras e, quiça, trazer novos habitantes às suas regiões; e a sua Revista Business Portugal nunca tem descurado em mostrar o trabalho exemplar que se tem feito por essas cidades. Mas não nos ficamos por aqui. Um dos maiores exemplos que o país e o mundo têm recebido no que ao empreendedorismo diz respeito são as ‘startups’. Montras de vontade, empenho e dedicação, estas pequenas empresas são de valorizar e, até, vangloriar. E porque os bons exemplos têm sempre lugar na nossa edição, este mês damos início a um trabalho sobre as ‘startup’ nacionais, trabalho esse que terá continuidade no futuro. E tantos outros exemplos que lhe damos a conhecer nesta revista e tantos outros continuaremos a dar. Estamos lado a lado com os empresários portugueses, estamos lado a lado com a inovação. Estamos lado a lado, consigo.
(paula@revistabusinessportugal.pt)
GESTÃO DE COMUNICAÇÃO Fernando Lopes
edição de setembro
Filipe Amorim
06- optech
Isabel Brandão José Machado Luís Silva Manuel Fernando Nuno Ferraria Paulo Padilha Pedro Paninho Sofia Silva
40 - município de mELGAÇO
EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.1/6.2 4400-134 - Mafamude (geral@revistabusinessportugal.pt)
CONTACTOS Tlf: 223 754 806 (Geral) Tlf: 224 109 098 (Redação)
GENÉRICOS E BIOSSIMILARES
INOVAR PARA CRESCER
INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS
ESPECIAL ARMAMAR
24 - Hospira 34 - Jaba Recordati 60 - APPII 62 - HBD
80 - Sapec AgroBusiness 84 - LactoAçores 109 - Quinta dos Ramozeiros 112 - Personalidade - Chef Rui Paula
DISTRIBUIÇÃO Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID Impressão: Lidergraf Sustainable Printing Depósito Legal: 374969/14 Edição de setembro
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL DIA MUNDIAL DA VISÃO
dia mundial da visão
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s principais causas dos 285 milhões de casos de baixa visão e cegueira no mundo são as cataratas, as doenças da córnea com opacificação, as infeções oculares e os erros refrativos não corrigidos. Todas elas poderiam ser prevenidas ou tratadas, se as populações tivessem acesso a cuidados de saúde adequados, o que não acontece na maior parte dos países em vias de desenvolvimento. Este ano, o Dia Mundial da Visão celebra-se a 9 de outubro, com o intuito de deixar o alerta: vigiar a saúde dos olhos é a única forma de manter a qualidade da visão. As principais causas de cegueira no mundo não são as mesmas que afetam os portugueses. Em Portugal, como noutros países do mundo ocidental, as principais causas de baixa visão e ou cegueira são a degenerescência macular ligada à idade (DMI), a retinopatia diabética e o glaucoma. Será importante ainda distinguir a cegueira legal e a cegueira médica. A cegueira legal está presente quando a acuidade visual é menor que 1/10 com a melhor correção ótica possível e ou quando o campo visual é menor que 10 graus. A cegueira médica é a ausência de perceção luminosa e é uma situação irreversível. Já a baixa visão acontece quando, como o nome indica, a visão é baixa e ou de má qualidade ótica, mas ainda permite a realização de tarefas pessoais e profissionais sem muita dificuldade e ou com ajudas técnicas. As visitas periódicas ao oftalmologista são fundamentais, assim como a observação dos olhos nas várias fase da vida, como por exemplo nas crianças para despiste da ambliopia, vulgarmente conhecido como “olho preguiçoso”, das mulheres grávidas ou em menopausa, cujas alterações hormonais possam provocar doença ocular, de todos os indivíduos na faixa etária dos 40 aos 50 anos em que surge a presbiopia, (a “vista cansada”) e nas faixas etárias mais avançadas para despiste de catarata e DMI.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL DIA MUNDIAL DA VISÃO
reconhecida inovação e qualidade Ophtec A marca Ophtec é líder mundial em lentes intra-oculares para cirurgia refrativa (miopia, hipermetropia e astigmatismo) e é reconhecida pela inovação e qualidade dos seus produtos nesta área. Sandra Bayan, general manager falou com a nossa revista, a propósito do Dia Mundial da Sáde. Conheça esta marca que é já uma referência em todo o mundo e que tem como principal propósito aumentar a qualidade da visão.
Que balanço faz do primeiro semestre do ano de 2014 no que respeita ao cumprimento das metas estabelecidas? A marca Ophtec é líder mundial em lentes intraoculares para cirurgia refrativa (miopia, hipermetropia e astigmatismo) e é reconhecida pela inovação e qualidade dos seus produtos nesta área. Neste momento, a empresa pretende, conquistar uma posição de destaque no mercado das lentes Premium de catarata. Assim, o grande objetivo da Ophtec para 2014, para o primeiro semestre, passou pela entrada no mercado da catarata, em particular no mercado das lentes intraoculares Premium para cirurgia de catarata. Estas são lentes que permitem tratar em simultâneo, para além da opacificação do cristalino do olho (catarata) também a correção do astigmatismo, ou seja, a visão distorcida, tradicionalmente corrigida com lentes de contacto ou óculos. Desta forma, permite-se aumentar a qualidade de visão em apenas um procedimento (etapa cirúrgica) diminuindo ou eliminando a necessidade de utilização de óculos. Conseguimos cumprir o nosso objetivo, pois nestes primeiros seis meses do ano, conquistamos a nossa posição neste mercado tão competitivo. Continuaremos, até ao final do ano, a alargar a nossa quota de mercado através da oferta de um serviço de qualidade que nos caracteriza e do desenvolvimento de relações de parceria com os profissionais da área.
Sandra Bayan General Manager
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Que estratégias têm delineado para o cumprimento dessas metas? A estratégia da empresa passa sempre pela demonstração efetiva dos benefícios e características distintivas dos produtos que fabrica e distribui. A longa fase de estudos clínicos que antecede o lançamento de um novo produto, permite-nos assegurar sempre, que as mais valias anunciadas correspondem de facto àquilo que os profissionais de saúde vão poder obter com os nossos produtos. É através da divulgação de resultados clínicos que passamos a mensagem aos oftalmologistas, pois esta é a melhor forma de credibilizar os produtos.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL DIA MUNDIAL DA VISÃO Foram introduzidos novos produtos no mercado? Quais? Lançámos, no final do ano passado, um novo produto – a Lio Precizon Tórica – . Como referi, no início desta entrevista, esta é uma lente que permite para além do tratamento da catarata (opacificação do cristalino do olho), tratar também a visão distorcida ou astigmatismo, possibilitando aos pacientes, na maioria dos casos, deixar de utilizar óculos ou lentes de contacto. Abraçámos este projeto com grande entusiasmo, pois acreditamos no potencial que esta lente tem e nas suas características distintivas face às lentes atualmente existentes no nosso mercado. Os profissionais da área (oftalmologistas) têm reconhecido as mais valias do produto e estão muito confiantes no mesmo, pois os resultados têm sido muito positivos. Os benefícios para os pacientes têm sido por eles percebidos uma vez que comprovam, de facto, uma melhoria significativa na sua qualidade de visão. Este facto é muito gratificante quer para os oftalmologistas, quer para nós, pois permite a ambos proporcionar uma melhoria significativa da qualidade de vida da nossa população. Para além do projeto de que me falou existe algum outro projeto que em desenvolvimento? A estratégia global da Ophtec para os próximos anos está claramente definida, e passa por poder disponibilizar um portfolio de produtos (lentes intra-oculares) que sirvam todas as áreas cirúrgicas desde a catarata à refrativa. Temos em carteira uma série de projetos, uns que passam pelo lançamento de novos produtos, outros relacionados com o reconhecimento da marca Ophtec quer para os profissionais da área, quer para o público em geral. A nossa estratégia de comunicação above e below the line passa essencialmente pela divulgação direta dos nossos produtos aos profissionais da área através da nossa força de vendas, presença em Congressos nacionais e internacionais e a organização de sessões informativas e cursos de certificação de cirurgiões. A par disto, estamos a investir bastante na internet e redes sociais (Youtube, Eyetube, Facebook, Twitter, Blogs) e também nos media impressos. É importante que através destes meios a Ophtec possa chegar à população com o objetivo de informar acerca das soluções de que dispõe para resolver de forma simples, eficaz e segura, anomalias de visão como as miopias, hipermetropias e astigmatismos. Temos a decorrer uma campanha publicitária a nível mundial, dirigida a um target mais jovem (20-49 anos) e cujo suporte principal é a internet. O grande objetivo desta campanha é informar o público acerca da existência de alternativas fiáveis e seguras, ao uso de óculos e lentes de contacto – as lentes intra-oculares (implantáveis para miopia, hipermetropia e astigmatismo) – As Artilens™ . Foi desenvolvido um sítio da internet específico (www. artilens.nl), onde é possível a consulta de informação e soluções, com exemplos práticos e objetivos do dia a dia, para pessoas com problemas refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo). A linguagem é simples e acessível a todos. Através deste sítio da internet, os utilizadores podem ver
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL DIA MUNDIAL DA VISÃO
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Quais as expetativas/objetivos para o futuro? Queremos ter um papel de liderança na área da cirurgia refrativa em Portugal, e ser uma referência a nível nacional no que respeita à qualidade e diversidade de todos os produtos por nós disponibilizados. Pretendemos disponibilizar, no curto/médio prazo, um vasto portfolio de produtos que permita cobrir as diversas áreas da oftalmologia. A prioridade será sempre dada às lentes intraoculares premium, mas estas inovações estender-se-ão também às áreas da Córnea, Glaucoma e Retina-Vítreo. O desenvolvimento de parcerias com instituições de referência na área da oftalmologia, no que respeita ao desenvolvimento de trabalhos científicos e ações de formação que contribuam para o desenvolvimento de melhores soluções para o tratamento de patologias na área da oftalmologia. A contribuição para a melhoria da qualidade de vida da população em geral, é para nós motivo de grande satisfação.
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esclarecidas grande parte das suas dúvidas num FAQ para lentes implantáveis.
Rastreabilidade e Identificação Única dos Dispositivos Médicos Um grande projeto que estamos a desenvolver neste momento está relacionado com a rastreabilidade e Identificação Única de Dispositivos Médicos (DM). Estamos a falar da rastreabilidade dos Dispositivos Médicos, que não é mais do que seguir e acompanhar todo o seu percurso, desde a produção, passando pelo armazenamento, distribuição e finalmente a sua utilização nos pacientes. Como é do conhecimento geral, a segurança dos pacientes e profissionais de saúde é um dos aspetos prioritários no setor da saúde. Quer a FDA (United States Food and Drug Administration) quer a Comissão Europeia, entre outros reguladores, criaram legislação específica no âmbito da Identificação Única de Dispositivos Médicos -UDI. Através dela, consegue-se uma melhoria significativa na segurança do paciente e em todos os processos do negócio da venda dos DM, desde a sua produção à utilização aquando da prestação dos serviços médicos. Portugal, encontra-se a este nível, numa fase primária no que respeita à utilização de tecnologias já existentes e implementadas noutros países, que permitem com melhor eficácia e maior fiabilidade, rastrear todos os Dispositivos Médicos utilizados pelas unidades de saúde. Este projeto que a Ophtec Portugal está a desenvolver, em colaboração com uma unidade de saúde pública, será pioneiro no nosso país. Estamos seguros quanto ao sucesso desta iniciativa e pretendemos implementá-lo no médio prazo em outras unidades de saúde, contribuindo desta forma para uma melhoria significativa da qualidade e segurança dos serviços de saúde prestados a nível nacional.
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sociedade portuguesa de oftalmologia Pelo desenvolvimento da oftalmologia
A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) foi fundada em 1939 e comemora este ano 75 anos de existência. É uma sociedade meramente científica cujos principais objetivos são, por um lado, a realização de congressos nacionais e internacionais para divulgação da ciência entre oftalmologistas e criação de programas de educação médica e desenvolvimento profissional continuado e, por outro lado, poder contribuir em campanhas de aconselhamento à população portuguesa sobre as principais patologias que podem afetar o olho e a sua função nobre que é a visão. Falamos com Paulo Torres, presidente da SPO.
Como está a visão dos portugueses? Nas últimas décadas temos vindo a assistir a um melhoramento da assistência médica em Portugal, com uma distribuição de cuidados médicos por todo o país. A oftalmologia nacional é de excelência, o que permite que todos os portugueses possam ter os seus problemas visuais resolvidos de uma forma adequada. Todos os serviços de oftalmologia que integram o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e as unidades privadas estão hoje preparados para tratar as doenças oculares que os possam afetar. Os portugueses têm cuidado com a sua visão? Nota que estão mais atentos e sentem que é também necessário controlar a visão? Os portugueses estão mais atentos devido a campanhas de educação e rastreio das doenças oculares, como também à medicina preventiva praticada no nosso país, entre outras especialidades, por médicos de família e pediatras. O Plano Nacional de Visão contempla que todos os portugueses devem fazer consultas periódicas de oftalmologia de acordo com a faixa etária e com as doenças oculares que apresentam.
Paulo Torres Presidente
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Este mês de setembro celebra-se o Dia Mundial da Retina. São importantes marcos como este para a consciencialização das populações? O Dia Mundial da Retina, que se comemora no dia 29 de setembro, é importante para alertar as populações de todo o mundo que as doenças da retina afetam a visão, muitas vezes de forma irreversível, levando a prejuízos pessoais, profissionais e com repercussões sócioeconómicas importantes. As três principais patologias da retina que a SPO destaca são a degenerescência macular
ligada à idade (DMI), a principal causa de cegueira irreversível acima dos 65 anos de idade, a retinopatia diabética (RD), a principal causa de cegueira irreversível nos países desenvolvidos abaixo dos 55 anos de idade e, por fim, o descolamento da retina, consequência de traumatismos oculares e de fragilidades estruturais da retina, como acontece, por exemplo, nos altos míopes. A importância da baixa visão e ou cegueira associada à DMI e à RD reflete-se no Prémio António Champalimaud de Visão 2014, atualmente o maior prémio monetário entregue na área das ciências médicas, que galardoou sete cientistas internacionais que descobriram o benefício do tratamento antiangiogénico nestas doenças após anos de estudo da fisiopatologia das mesmas. Como irão marcar esta data? Esta data irá ser marcada através de artigos jornalísticos e de spots em todos os media. Que outros projetos merecem destaque? O próximo projeto a destacar será a comemoração do Dia Mundial da Visão, em outubro. As principais causas de baixa visão e de cegueira no mundo ainda são a não correção dos erros refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo) e a catarata, situações estas que já, desde há muitos anos, são resolvidas atempadamente no nosso país. Nesse sentido, a SPO não quis deixar de contribuir para a prevenção da cegueira e reabilitação visual no mundo, iniciando uma cooperação ativa com o Hospital Central de Maputo na formação de profissionais de saúde, para realização de consultas e cirurgias com o intuito máximo de melhorar a saúde visual das populações moçambicanas tão necessitadas.
Radiações UV
Luz Azul e Reflexos
Choques
Encandeamento
Variações de Luminosidade
Gotas e Poeiras Riscos
Embaciamento
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DOIS OLHOS PARA UMA VIDA
DIA MUNDIAL DA VISÃO | 9 DE OUTUBRO Celebre connosco o Dia Mundial da Visão. Realize um rastreio visual gratuito numa Óptica Acreditada pela Associação Nacional dos Ópticos. Encontre a Óptica Acreditada mais perto de si em: www.ano.com.pt PODE CONFIAR, ATÉ DE OLHOS FECHADOS
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50 anos a dignificar o setor Associação nacional dos ópticos A Associação Nacional dos Ópticos celebra este ano cinco décadas de existência. Numa edição com destaque ao Dia Mundial da Visão, falamos com Rui Correia, presidente da direção desta Associação. Conheça ainda o caminho escolhido para os próximos 50 anos.
Rui Correia Presidente da Direção da ANO
Conheçamos um pouco da história da Associação Nacional dos Ópticos. Como nasce esta entidade e qual a sua principal missão? A Associação Nacional dos Ópticos foi fundada em 1964, ainda sob a designação de Grémio Nacional dos Comerciantes de Artigos de Óptica, a primeira associação que congregou os empresários e profissionais de ]] otica em Portugal. Em 1975, com a mudança de regime político, foi efetuada a alteração estatutária e a consequente designação para Associação Nacional dos Ópticos (ANO). Em linhas muito gerais, somos uma associação empresarial, que representa os empresários do setor da ótica em Portugal. Atualmente, contamos com cerca de mil associados, que representam mais de 1.500 pontos de venda em todo o país. A essas empresas, atribuímos a chancela de qualidade ‘Óptica Acreditada’. As óticas identificadas com este símbolo oferecem ao consumidor a garantia do cumprimento dos requisitos de qualidade, tanto em relação aos meios humanos – profissionais habilitados para o exercício da sua função – como em relação aos meios tecnológicos – espaços detentores de bons equipamentos e produtos de qualidade, exigência estatutária e regulamentar da ANO.
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Quais os objetivos da Associação? Os objetivos da ANO passam, sobretudo, pela promoção do desenvolvimento na qualidade, na inovação e na formação – permanente e a todos os níveis das empresas associadas, e dos seus profissionais, contribuindo para o desenvolvimento da concorrência, da economia e da sociedade. Um dos grandes pilares da Associação, desde sempre, é a aposta na formação profissional, tanto na área técnica da ótica ccular, como na área complementar, de gestão empresarial. Dinamizamos anualmente dezenas de ações de formação em subáreas do comércio, línguas, gestão e marketing, mas sendo sempre a nossa principal área formativa a ótica ocular, com módulos formativos que completam o saber fazer diário dos nossos profissionais, como Contactologia, Lentes Oftálmicas ou Anatomias e Patologias do Globo Ocular. Para tal, contamos com dois centros tecnológicos de formação, em Lisboa e no Porto, devidamente equipados para a preparação dos futuros e dos atuais técnicos de Ótica Ocular. Todo este investimento da ANO na formação profissional teve o reconhecimento da DGERT - Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, que atribuiu à Associação o título de Entidade Formadora Acreditada, em 2010.
Temos atualmente em curso o programa ‘Dinamizar’, apoiado pelo Fundo Social Europeu, promovido pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e financiado pelo Programa Operacional Potencial Humano (POPH), que tem como objetivo elevar a capacidade competitiva das micro e pequenas e médias empresas do comércio e serviços, neste caso, os associados da ANO inscritos neste projeto. Ou seja, mantemos sempre ativo o princípio de melhorar a formação do tecido empresarial do setor da ótica. Contam já meio século de dedicação ao setor ótico em Portugal. Que balanço faz destes 50 anos? ‘Meio século de dedicação ao sector da Óptica em Portugal’ foi o lema que escolhemos aquando da celebração do nosso aniversário, em janeiro último. Esta frase resume o que nos caracteriza desde a fundação da ANO. Desde 1964 que um conjunto de profissionais lutam diariamente para a defesa e a promoção de toda uma classe que, além de dinamizar a economia nacional, promove a sensibilização da população para as boas práticas de saúde visual. Em 50 anos, passámos de artesãos, fazedores de óculos, a empresários altamente qualificados nas áreas técnicas e de gestão, justificando
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orgulhosamente o nosso percurso associativo desde então. Na celebração destes 50 anos, fizeram questão de oferecer algumas distinções a nomes com uma importância significativa no setor… Não podíamos deixar de reconhecer o mérito das pessoas, entidades e empresas que, em conjunto com a ANO, ajudaram a consolidar não só esta Associação, como todo o setor da ótica em Portugal. Das universidades, às empresas fornecedoras de artigos de ótica, passando obviamente pelos quadros diretivos da Associação, todos eles mereceram um destaque merecido nesta data comemorativa, pois, sem todos eles, a Associação não seria o organismo vivo que é atualmente. Foram, assim, homenageados todos os presidentes dos Órgãos Sociais da ANO desde a fundação do Grémio Nacional dos Comerciantes de Artigos de Ótica aos dias de hoje pela respetiva entrega à causa associativa. Além disso, atribuímos três distinções de mérito, ao Professor Doutor Fernando Carvalho Rodrigues (carreira), à Essilor Portugal (indústria) e à Universidade do Minho (academia) pela promoção e desenvolvimento setorial nos últimos 50 anos. Nesta edição damos destaque ao Dia Mundial da Visão. Pergunto-lhe como está a visão dos portugueses. Está de boa ou má saúde? O Dia Mundial da Visão é uma comemoração que engloba o trabalho de responsabilidade social que os nossos associados e a própria Associação desenvolvem ao longo do ano, através da realização de Rastreios Visuais. Só nos últimos 18 meses, a Associação Nacional dos Ópticos promoveu dezenas de ações de rastreio, nas quais efetuámos testes de despistagem visual a mais de 2.000 pessoas. Os resultados destes testes variam muito da população alvo, em especial, pela idade dos rastreados. Nos últimos quatro anos, identificamos que mais de metade da população portuguesa não anda bem compensada visualmente. Porém, nos últimos dois anos, notamos uma melhoria, em especial, nas camadas mais jovens – mais sensibilizadas para as boas práticas visuais e sua compensação quando necessária, e um agravamento nas camadas seniores, altamente associado ao aumento da esperança de vida e ao consequente envelhecimento das estruturas oculares.
Acredita que o assinalar de datas como esta é também um alerta de consciência? Claro, é o principal objetivo. Mais do que uma comemoração, esta data serve essencialmente para sublinhar a importância da visão para a melhoria da qualidade de vida e da aprendizagem em qualquer idade. A visão, na atual sociedade de informação, assume um papel cada vez mais relevante e a prevenção é fundamental, sobretudo para alertar, dos mais novos aos mais velhos, para as boas práticas visuais e preservação da saúde ocular. Sei que vão lançar uma campanha a propósito do Dia Mundial da Visão. No que consiste a mesma? No dia 9 de outubro, as óticas acreditadas, em todo o país, terão as portas abertas para a realização gratuita de rastreios visuais. Iremos, assim, mobilizar todos os nossos associados nesta missão de responsabilidade social. Serão registados todos os resultados e, após o devido tratamento da informação, iremos divulgar os dados obtidos e teremos um forte indicador de como vai a visão dos portugueses. Com um slogan e uma mensagem fortes, diria… ‘Dois olhos para uma vida’ é o slogan desta iniciativa a promover no Dia Mundial da Visão. Parte do princípio básico da proteção visual para a qualidade de vida, em qualquer idade. Enquanto Associação, a nossa mensagem passa pela ideia de confiança, com o slogan da campanha das óticas acreditadas: ‘Pode confiar, até olhos fechados’, insistindo no canal único especializado para a comercialização de artigos de ótica. Por onde passa o futuro da ANO? O futuro passa pela continuidade e natural evolução de tudo aquilo que temos vindo a fazer desde há 50 anos: continuar a defender os empresários de ótica, todos os profissionais deste setor, e a apostar na divulgação junto da população dos bons cuidados e práticas para um melhor desempenho do sistema visual. No fundo, a nossa missão assenta cada vez mais em três vertentes: empresas, profissionais e consumidores.
AF_ANO_OptTec_4serv.pdf
AF_ANO_OptComerc_3serv.pdf
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“estamos Comprometidos com a saúde dos portugueses” Bayer A Bayer viu recentemente um novo fármaco destinado ao tratamento da degenerescência macular da idade aprovado pelo Infarmed. Numa edição em que celebramos o Dia Mundial da Visão, e a propósito deste marco importante, conversamos com Nelson Ambrogio, diretor geral da Bayer em Portugal desde 2012, função que acumula com a direção da Bayer Healthcare e da Divisão Pharmaceuticals. fármaco? Com a obtenção do financiamento público para este importante medicamento, estamos seguros que muitos doentes poderão beneficiar deste tratamento inovador para a forma exsudativa da Degenerescência Macular da Idade (DMI). Segundo estimativas atuais, existem cerca de 46 mil portugueses com DMI, surgindo perto de 5 mil novos casos por ano. Esta é uma doença que maioritariamente surge a partir dos 65 anos. Nelson ambrogio Diretor Geral
Sempre na linha da frente no que diz respeito à inovação, a Bayer lançou recentemente um novo produto na área da oftalmologia. Quais as indicações do mesmo? A investigação e desenvolvimento estão no cerne das prioridades da Bayer a nível global, pois somos uma companhia comprometida com a inovação. É nesse sentido que a Bayer tem vindo ao longo dos últimos anos a apostar na área da oftalmologia, mais particularmente nas patologias da RRetina. Atualmente, em termos europeus, temos um medicamento já aprovado em três patologias da retina, o aflibercept, para o qual as autoridades portuguesas (INFARMED) aprovaram recentemente o financiamento público no tratamento da forma exsudativa da Degenerescência Macular da Idade (DMI), uma das principais causas de cegueira nos países ocidentais. Pelas valias que este medicamento traz ao tratamento das patologias da retina, acreditamos que esta é uma excelente notícia para o crescente número de doentes portugueses com DMI.
L.PT.SM.09.2014.0338
Quais as expectativas que têm neste novo
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Tendo por base o compromisso ‘Ciência por uma vida melhor’, este é mais um marco importante para a Bayer? Sentem que têm conseguido levar a cabo a vossa missão? A Bayer está presente e a investir em Portugal porque estamos comprometidos com a saúde dos portugueses, através da disponibilização de medicamentos inovadores que podem melhorar e salvar vidas. A presença da Bayer neste país data há mais de 100 anos. É a companhia farmacêutica de origem alemã com maior tradição em Portugal. O nosso investimento em Portugal é inspirado na nossa missão “Bayer - Ciência por uma vida melhor” e assenta em dois pilares, o do emprego e formação para os nossos mais de 250 colaboradores portugueses, e a investigação e desenvolvimento (I&D), tanto nos ensaios clínicos como na investigação básica. A chegada do aflibercerpt é mais um marco importante para a Bayer e certamente para os doentes portugueses. O compromisso com a comunidade científica desta área terapêutica está também patente na criação, desde 2012, de uma bolsa de investigação em oftalmologia - Global Ophthalmology Awards Program – GOAP (www.bayer-ophthalmology-awards.com). O GOAP é uma bolsa de investigação e formação mundial em
oftalmologia, cujo objetivo é promover o avanço do conhecimento científico e clínico relativo às patologias oculares. Trata-se de um incentivo à promoção de novos trabalhos nesta área da medicina proporcionando, assim, novas oportunidades para profissionais de saúde, que terão um papel fundamental na investigação e desenvolvimento de outras soluções para o tratamento de doentes com patologias oftalmológicas. Que outros produtos merecem destaque na oftalmologia? Em termos globais, continuamos a apostar no desenvolvimento do aflibercept em outras indicações para além das já aprovadas, com o intuito primário de ajudar todos os doentes com estas patologias. Paralelamente, e através de desenvolvimento próprio ou através de parceiras estratégias, a Bayer está a expandir o seu foco de investigação para incluir outras patologias oftalmológicas para as quais não existem atualmente alternativas terapêuticas disponíveis. Nesta edição damos destaque ao Dia Mundial da Visão. Acredita que estes marcos são importantes para a população em geral? Sim, acreditamos que estas efemérides são importantes datas, que se destinam fundamentalmente para alertar a população para determinado assunto, assim como para dar a conhecer informação sobre determinado tema em destaque, como é hoje o caso da saúde visual e a visão. A Bayer tem vindo a contribuir e apoiar a comunidade científica e a sociedade civil, associando-se às comemorações das principais associações e sociedades médicas que promovem a educação para a saúde, os rastreios oculares e a informação da população sobre estas doenças graves e incapacitantes.
BAYER PORTUGAL, S.A., Rua Quinta do Pinheiro, nº 5, 2794-003 Carnaxide, NIF 500 043 256
O momento em que descobre tudo o que está por detrás de uma lente ZEISS. Este é o momento para que trabalhamos.
Inovações nos Cuidados da Visão… …impulsionadas pela tecnologia e know-how da ZEISS. Tecnologia de Semicondutores
80% dos microchips em computadores, smartphones e tablets utilizam tecnologia ZEISS.
Permitiu a revolucionária tecnologia Freeform que abriu caminho para lentes mais personalizadas.
Microscopia
36 Prémios Nobel utilizaram microscópios ZEISS nas suas investigações.
Contribui para o desenvolvimento dos tratamentos anti-reflexo.
Tecnologia Médica
Duas em cada três operações às cataratas são feitas usando instrumentos ZEISS.
Os dados anatómicos recolhidos são utilizados para melhorar o desenho das lentes.
// CONFIANÇA MADE BY ZEISS
As turbinas dos aviões Boeing utilizam instrumentos de medição ZEISS.
Metrologia Industrial O know-how obtido permite centragens mais precisas com o i.Terminal® 2.
A cada segundo, em todo o mundo, duas pessoas sentem uma melhor visão graças à ZEISS.
Lentes Oftálmicas Desenvolve lentes inovadoras, com benefícios para os consumidores e inspira o mundo a ver coisas que antes eram invisíveis.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL MEDICAMENTO GENÉRICOS DE CONFIANÇA E MEDICAMENTOS BIOSSIMILARES
medicamentos genéricos de confiança e medicamentos biossimilares
O
s medicamentos genéricos são medicamentos com a mesma substância ativa do medicamento originador, cujos direitos de propriedade industrial (relativos às respetivas substâncias ativas ou ao processo de fabrico) caducaram. São, por isso, equivalentes terapêuticos, não só por terem a mesma composição quantitativa e qualitativa, mas também por possuírem a mesma forma farmacêutica. Os medicamentos genéricos são medicamentos aprovados pelo INFARMED, tal como os originadores. Segundo a legislação em vigor relativa ao Estatuto do Medicamento, todos os medicamentos genéricos são identificados pela inscrição da sigla MG nas suas embalagens. Por lei, estes medicamentos só podem ser comercializados após o período de proteção de patente do medicamento de referência ter expirado, o que equivale a um período de aproximadamente 20 anos. Um medicamento biossimilar é um medicamento que é similar a um medicamento biológico que já tenha recebido uma autorização de introdução no mercado – medicamento biológico de referência, entendendo-se por medicamento biológico, aquele cuja substância ativa é obtida ou derivada de um organismo vivo. São exemplos deste tipo de substâncias acivas a insulina ou a hormona do crescimento. A substância ativa de um medicamento biossimilar é semelhante à do respetivo medicamento biológico de referência, sendo que a biossimilaridade se define como a capacidade de um medicamento demonstrar similaridade em termos de qualidade, segurança e eficácia, relativamente ao medicamento biológico de referência, com o qual esteja a ser comparado. Os medicamentos biossimilares e os seus biológicos de referência, são normalmente utilizados na mesma dose para tratar a mesma doença.
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Generis®
genéricos de referência
A GENERIS® tem o compromisso de disponibilizar o maior portefólio de genéricos em Portugal. A GENERIS® possui 2 unidades fabris em Portugal promovendo as exportações ao assegurar 30% dos 13 milhões de embalagens produzidas por ano para 40 empresas das quais 20 multinacionais. Com 220 colaboradores, que são merecedores da sua confiança, a GENERIS® promove diariamente a garantia da qualidade. Fruto do forte investimento e de uma política de inovação contínua, a GENERIS® tem como objectivo o lançamento do 1º medicamento genérico de cada substância, promovendo a investigação própria no seu laboratório de desenvolvimento galénico. Com um equilíbrio na política de preços disponibilizamos soluções terapêuticas de elevada qualidade a um custo acessível.
www.generis.pt Sede Headquarters Rua João de Deus, 19 2700-487 Amadora, Portugal
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apogen
Pelo desenvolvimento do mercado de genéricos
paulo lilaia Presidente
A APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos é uma organização de âmbito nacional, sem fins lucrativos, que se rege por critérios democráticos, independente do Estado, da Administração Pública e de organizações profissionais ou confessionais. Qual o balanço que a APOGEN faz do primeiro semestre do ano? O primeiro semestre deste ano, no que respeita às vendas de medicamentos genéricos, ficou marcado por uma tendência de estagnação, que nos preocupa, sobretudo quando sabemos que ainda existe um grande potencial de crescimento de utilização destes medicamentos. Consideramos que são necessárias mais medidas apropriadas por parte do Governo, medidas essas já propostas pela APOGEN, que dinamizariam a oferta e a procura e estimulariam o crescimento do mercado de medicamentos genéricos. Nesta altura já é possível ter números concretos sobre a utilização de medicamentos genéricos no
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período acima referido? Os números tornados públicos até agora pelo INFARMED no seu relatório de monitorização do mercado (e que datam de abril deste ano) indicam que se atingiu uma quota de mercado de 46 por cento de medicamentos genéricos no mercado total de medicamentos, no ambulatório, tendo o crescimento destes sido, segundo a mesma fonte, de 1.67 por cento p.p. relativamente a período homologo do ano anterior. Estes dados confirmam a estagnação de que falámos ou, por outras palavras, que não houve crescimento do mercado de medicamentos genéricos, contrariamente ao que seria desejável. O que continua a faltar para Portugal atingir os 60por cento de medicamentos genéricos no SNS? Entende que essa meta estabelecida para 2014, de acordo com o Memorando de Entendimento com a Troika, será cumprida? Foi realmente esse o compromisso do Estado Português com a Troika. Se realmente o crescimento da quota
de mercado de medicamentos genéricos crescer dos 45 para os 60 por cento, Portugal vai alinhar-se com os países mais desenvolvidos e ricos da Europa. No entanto, sem um enquadramento regulamentar favorável à sustentabilidade de um setor económico não é possível dele esperar desenvolvimento e prosperidade. Para que essa meta possa ser cumprida, torna-se, portanto, em nosso entender, essencial uma abordagem multidimensional, incluindo medidas do lado da procura (as quais visam incentivar um aumento da utilização de medicamentos genéricos em alternativa aos medicamentos de referência), garantindo aos agentes envolvidos no ato de aquisição de um medicamento genérico (prescritores, distribuidores e utilizadores) incentivos que promovam a sua utilização fidelizada; bem como, medidas do lado da oferta (as quais visam contribuir para a sustentabilidade das empresas que comercializam medicamentos genéricos e como tal, evitar a retirada dos já existentes no mercado ou o não lançamento de novos medicamentos genéricos, por inviabilidade financeira), uma vez que é essencial
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garantir às empresas que comercializam medicamentos genéricos um enquadramento regulamentar que favoreça a sua atividade e o desenvolvimento dessa atividade, designadamente, limitando a regulação sobre os preços, de modo a que estes não sejam reflexo de práticas administrativas mas antes resultado de ajustes concorrenciais que reflitam práticas sustentáveis por parte dessas empresas. Pode dizer-se hoje aos utentes que os genéricos cobrem todas as áreas terapêuticas e que eles são a chave para um SNS sustentável? Pode dizer-se que os medicamentos genéricos cobrem hoje a maior parte das áreas terapêuticas. Tem, no entanto, de se ter presente que nas áreas terapêuticas onde só existem medicamentos sob patente, por vicissitudes legais, não podem existir medicamentos genéricos. É, de facto, importante que os utentes estejam conscientes que nas áreas terapêuticas em que estão presentes, os medicamentos genéricos são já hoje parte da solução para a contenção e diminuição da despesa do Estado com medicamentos, contribuindo de forma significativa, através das poupanças que permitem gerar ao Estado, para a sustentabilidade e preservação do SNS e para o controlo orçamental, ao disponibilizarem medicamentos de elevada qualidade a um custo mais acessível. Os medicamentos genéricos contribuem, assim, para ajudar a controlar a despesa do Estado com medicamentos, permitindo tratar mais doentes com o mesmo orçamento, e, muito importante, para que o Estado e o SNS possam libertar recursos para financiar outros tratamentos com medicamentos inovadores, mais dispendiosos.
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Relativamente à questão da descida dos preços dos medicamentos genéricos, qual é o ponto da situação? O preço dos medicamentos genéricos caiu, desde 2008, cerca de 70 por cento e isso criou uma pressão tremenda nas empresas que os comercializam. Os preços destes medicamentos, em Portugal, são hoje reconhecidamente muito baixos, não sendo fácil, para as empresas que os comercializam, viver desta forma, principalmente, num mercado pequeno num país com apenas dez milhões de pessoas. Estar num mercado pequeno, com preços muito baixos cria, de facto, grandes desafios e dificuldades às empresas que comercializam medicamentos genéricos. Em nosso entender, os preços dos medicamentos genéricos não podem nem devem ser tão baixos, ao ponto de contribuírem para que as empresas não sejam financeiramente viáveis e se retirem do mercado, ou contribuírem para que determinados produtos deixem de ser comercializados, até porque, grande parte das alternativas de marca desses medicamentos genéricos retirados do mercado, têm um preço muito mais elevado. Mediante aquela que é hoje a situação atual de Portugal na área dos genéricos, que medidas tem a APOGEN delineadas? A APOGEN continua empenhada no desenvolvimento do mercado dos medicamentos genéricos e simultâneamente na promoção de uma indústria de medicamentos genéricos sustentável, em Portugal. Para isso, continuaremos a insistir com as autoridades competentes sobre a necessidade de implementação de diversas propostas de medidas,que temos vindo a propor, tais como:
• Fim do Price Linkage e das descidas de preço administrativas generalizadas, sem relação direta com o normal funcionamento concorrencial do mercado; • Políticas de incentivo à prescrição de medicamentos genéricos, através da implementação de guidelines terapêuticas; • Políticas de incentivo à dispensa de medicamentos genéricos através de um sistema remuneratório adequado – neste caso alguma coisa já foi feita, através do acordo com a ANF, mas aguardamos ainda a sua implementação. • Reativação das campanhas de divulgação dos medicamentos genéricos junto dos profissionais de saúde e do grande público. • Resolução dos constrangimentos criados pela chamada lei das arbitragens, que pelos elevados custos que acarreta, constitui uma verdadeira barreira à entrada de medicamentos genéricos e ao desenvolvimento do seu mercado em Portugal É importante referir que a sustentabilidade da indústria de medicamentos genéricos é um dos elementos chave para garantir, o acesso aos medicamentos e a sustentabilidade do setor da saúde. Só uma indústria de medicamentos genéricos sustentável e um Estado que adota medidas adequadas, podem continuar a ser parceiros com o objetivo comum de geração de poupanças com medicamentos. É importante perceber que as empresas que comercializam medicamentos genéricos só conseguirão perseguir esse objetivo se a sua sustentabilidade financeira não for posta em causa, sob pena de pôr em causa, a própria sustentabilidade e preservação do SNS.
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os Medicamentos Biossimilares Hospira A Hospira é uma empresa farmacêutica global, com sede nos EUA, e com mais de 70 anos de atividade. A filosofia da Hospira consiste no Advancing Wellness™ (Bem Estar Avançado), concretizado através das pessoas certas e dos produtos certos. “Advancing é focarmonos na progressão positiva, e na forma proposta de olhar o futuro”, diz-nos Fernanda Aleixo.
fernanda aleixo Technical and Regulatory Affairs Director
‘Wellness’ representa o nosso vasto compromisso com os cuidados de saúde, através da variedade de produtos que podemos fornecer, os quais ajudam a melhorar o bem-estar dos doentes, a satisfação dos nossos clientes, dos nossos funcionários, dos nossos parceiros (stakeholders) e da comunidade no geral. A Hospira foca-se nos doentes, nos profissionais de saúde, e nos sistemas de saúde, com desenvolvimento de produtos de elevada qualidade, principalmente para as áreas terapêuticas de oncologia, hematologia, nefrologia, reumatologia, gastrenterologia e dermatologia. Somos 16 mil funcionários, presentes em mais de 70 países, com unidades de investigação, desenvolvimento e fabrico presentes em vários pontos do globo, desde a América do Norte à Austrália. A Hospira ‘abraçou’ também o desafio dos medicamentos biológicos, e comercializa já três medicamentos biossimilares. Foi, aliás, a primeira empresa a lançar um medicamento biossimilar em Portugal. As nossas instalações estão de acordo com o Estado da Arte, e a vasta experiência de produção, são vitais, dado os desafios tecnologócios inerentes ao desenvolvimento e à produção de medicamentos biossimilares. Na Hospira, possuimos as competências e recursos necessários para assegurar os mais elevados padrões de desenvolvimento e produção de medicamentos biossimilares.
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Medicamentos Biossimilares Os medicamentos podem ser classificados da seguinte forma:
Pela importância dos medicamentos biossimilares e a relativa novidade dos mesmos, a Comissão Europeia liderou um projeto com representantes de todas as partes envolvidas, incluindo Agências Regulamentares, Associações de Doentes, da Indústria Farmacêutica, Sociedades Científicas e outras, do qual resultou uma publicação (disponível na sua página eletrónica) – o Documento Informativo de Consenso 2013, “O que precisa saber sobre medicamentos biossimilares” – do qual extraímos a maioria das informações aqui mencionadas sobre estes medicamentos. A Biotecnologia permitiu o desenvolvimento de tratamentos para uma grande variedade de doenças graves. Em todo o mundo, muitos milhões de doentes têm beneficiado dos medicamentos biológicos aprovados. Estes medicamentos ajudam a tratar ou a prevenir numerosas doenças raras e graves, incluindo doenças como cancro, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla, diabetes, artrite reumatoide e doenças autoimunes. Os medicamentos biológicos são, assim, uma parte indispensável do atual arsenal terapêutico para o tratamento de uma grande variedade de doenças graves e debilitantes. Os medicamentos biológicos são, geralmente, mais onerosos do que os medicamentos de pequenas moléculas, e a gestão da sua utilização é um desafio para os financiadores. À semelhança dos medicamentos
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de referência (originadores), os medicamentos biossimilares apresentam mais dificuldades de produção, e acarretam mais custos de desenvolvimento do que os medicamentos genéricos de pequenas moléculas. Um medicamento biossimilar é um medicamento biológico que é desenvolvido para ser similar a um medicamento biológico existente (“medicamento de referência”). Os medicamentos biossimilares não são medicamentos genéricos. Se pensa que os medicamentos biossimilares são apenas ‘genéricos de biológicos’, pense novamente. O produtor de um medicamento genérico tem que demonstrar apenas que o seu produto é bioequivalente ao medicamento original de referência e com a mesma forma farmacêutica. Um medicamento genérico é um medicamento que é desenvolvido para ser equivalente a outro medicamento de referência de molécula pequena (química). O paradigma dos genéricos não pode ser aplicado aos medicamentos biológicos porque as moléculas destes são cem a mil vezes maiores e mais complexas do que as dos fármacos químicos, e são produzidos em sistemas de células vivas. Apenas os organismos vivos são capazes de reproduzir tal complexidade. As substâncias ativas de um medicamento biossimilar e a do seu medicamento biológico de referência são essencialmente as mesmas substâncias, sendo que os medicamentos biossimilares são autorizados vários anos após a aprovação do medicamento biológico de referência, pois este último beneficia de um período de exclusividade. Desde 1995 que todos os medicamentos derivados de biotecnologia são avaliados por procedimento centralizado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Os princípios gerais de desenvolvimento e de aprovação dos medicamentos pelas autoridades europeias aplicam-se aos medicamentos biossimilares, da mesma forma que se aplicam aos medicamentos biológicos de referência.
A caracterização do medicamento biológico de referência é a primeira fase do desenvolvimento de um medicamento biossimilar. Esta é seguida por uma fase extensa de desenvolvimento do produto e confirmação da comparabilidade entre o medicamento biossimilar e o medicamento de referência. É requerido, pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) para os medicamentos biossimilares um rigoroso ‘exercício de comparabilidade’, o qual pode demorar cerca de 8 anos. A legislação da União Europeia define os estudos a realizar para que um medicamento biossimilar possa demonstrar similaridade em termos de qualidade, segurança e eficácia (efeito terapêutico) em relação ao seu medicamento de referência. Existem orientações científicas que ajudam a determinar a extensão dos dados clínicos que é necessário submeter, sendo a decisão tomada caso a caso. Não existe evidência ou justificação científica que indique que os medicamentos biossimilares são mais suscetíveis de causar reações adversas do que os seus medicamentos de referência. Até à data, e com base nas informações publicadas, não foi identificada qualquer questão de segurança específica para os medicamentos biossimilares aprovados e comercializados. Como ocorre para todos os medicamentos, é importante monitorizar a resposta dos doentes e notificar qualquer suspeita de reação adversa (efeito negativo indesejável) para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. Os gastos globais com medicamentos biológicos é elevado e continua a aumentar. As implicações orçamentais com os medicamentos biológicos têm vindo a crescer ao longo dos anos, e a gestão na sua utilização tornou-se cada vez mais importante para os financiadores. Os medicamentos biossimilares podem oferecer uma alternativa menos dispendiosa em relação aos medicamentos biológicos atualmente disponíveis no mercado e fomentar a concorrência. Como resultado, a disponibilização de biossimilares pode melhorar o acesso de um maior número de doentes aos medicamentos
biológicos e contribuir para a sustentabilidade financeira dos sistemas de saúde. Assim, a sua disponibilização apresenta um benefício económico potencial para os sistemas de saúde, ao favorecer o acesso dos doentes a novas opções de tratamento resultantes dos avanços na ciência médica. O mercado dos medicamentos biossimilares está a iniciar-se verdadeiramente agora! Apesar deste tipo de medicamentos estar disponível desde 2006, as moléculas mais recentes (anticorpos monoclonais) pertencem a classes terapêuticas destinadas a tratamentos crónicos e para doenças mais complexas, cujo futuro sucesso vai depender de todos os stakeholders envolvidos, tais como os financiadores, empresas, profissionais de saúde, entidades de saúde, e até dos doentes. Em resumo: • Um medicamento biossimilar é um medicamento biológico similar a outro medicamento biológico que já tenha sido objeto de autorização de introdução no mercado, o ‘medicamento de referência’. • Um medicamento biossimilar não é um medicamento genérico. • O desenvolvimento e o processo de fabrico de medicamentos biossimilares são mais complexos e dispendiosos do que os dos medicamentos genéricos químicos (pequenas moléculas). • É de esperar que um medicamento biossimilar e o seu medicamento de referência tenham o mesmo perfil de segurança e de eficácia, sendo geralmente usados para tratar as mesmas doenças. • A disponibilização de biossimilares pode melhorar o acesso de um maior número de doentes aos medicamentos biológicos e contribuir para a sustentabilidade financeira dos sistemas de saúde. A Hospira continua a investir em medicamentos biossimilares, possuindo outras moléculas em pipeline. * Artigo Hospira
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A fazer parte da saúde dos portugueses Labesfal genéricos A Labesfal Genéricos é uma empresa portuguesa de medicamentos genéricos. É por conhecer bem os portugueses que sabe como cuidar da sua saúde. Agora, a empresa está ainda mais próxima da inovação tecnológica e de novas formas de comunicar. A Labesfal Genéricos está com o futuro dos portugueses. Ismael Gomes, diretor geral, falou à nossa revista sobre o presente e o futuro da Labesfal Genéricos.
Ismael Gomes Diretor Geral
Com o slogan CUIDAMOS DO FUTURO, quais são os valores e a missão que rege a Labesfal Genéricos? A Labesfal Genéricos definiu como missão a acessibilidade a medicamentos genéricos com preço justo, de forma sustentada, para todos, promovendo produtos de qualidade e eficácia reconhecida, como alternativas terapêuticas aos produtos de marca. Porque esta é a nossa tradição, a produção de medicamentos com altos níveis de qualidade, seguros e eficazes e que nos permitem garantir a confiança dos nossos clientes. Tencionamos cuidar do futuro dos portugueses, mantendo os princípios éticos que nos regem, evoluindo pela saúde, chegando sempre mais longe com a ambição de conquistar um lugar de referência.
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Quais são as áreas terapêuticas em que a Labesfal Genéricos tem no seu portefólio? A Labesfal Genéricos tem um amplo portfólio com mais de 100 moléculas comercializadas e para cima de 347 referências, que incluem diferentes áreas terapêuticas como o sistema nervoso central, cardiovascular, antiinfeciosos, sistema musculo-esquelético, anti-ácidos e anti-ulcerosos, doenças do metabolismo, analgésicos e antipiréticos. A Labesfal Genéricos tem vindo a alargar a sua gama de genéricos. Quais são os novos produtos que vão lançar a curto prazo? Temos como objetivo lançar mais de 20 moléculas no
decurso de 2014. São moléculas de diversas áreas terapêuticas, incluindo não só produtos cujas patentes expirarão este ano, mas também produtos já existentes no mercado mas não no nosso portfólio. Vão lançar em breve o projeto ‘Agir para Nutrir,’ uma campanha junto das farmácias nacionais. No que é que consiste este projeto? ‘Agir para Nutrir’ é um projeto de responsabilidade social do qual nos orgulhamos e vem ao encontro daquele que é também o ADN da nossa empresa. Pretende ajudar os profissionais de saúde na farmácia a identificar casos de desnutrição junto da comunidade.
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Sabemos que existe uma prevalência significativa da doença na população portuguesa, tendo sido identificadas a nível hospitalar situações graves de carência. Por essa razão, colocámos o desafio às farmácias de, com a nossa ajuda, implementarem ações de formação específica e desenvolvimento de um fluxograma (árvore de decisão) adequado, promovendo a identificação e aconselhamento dos utentes em risco de desnutrição. Desenvolvemos todo um conjunto de materiais para o efeito e com o apoio de Diana Mendes (dietista no Hospital de Santa Marta) na divulgação deste conhecimento aos profissionais de saúde, esperamos que esta ação possa providenciar o apoio necessário para facilitar a intervenção no meio comunitário. Com o ‘Agir para Nutrir’, os utentes são convidados a ir à farmácia para avaliação e aconselhamento de acordo com o seu estado nutricional, promovendo o seu eventual encaminhamento, quando necessário. Convidamos todas as farmácias a juntarem-se a este projeto de forma a garantir a maior cobertura possível, aumentando assim a probabilidade de identificar casos de desnutrição em todo o país e também o número de profissionais de saúde com competências para referenciar e aconselhar estes casos. Ao nível da internacionalização qual é a realidade atual da Labesfal Genéricos? A Labesfal Genéricos tem como um dos seus focos
prioritários a internacionalização, com o objetivo de evoluir para novos mercados e dar a conhecer o nosso portfólio, da Labesfal para o mundo. Queremos que cada vez mais países possam usufruir de produtos de qualidade, eficazes e seguros, a um preço justo. Os nossos produtos estão já presentes em Angola, Cabo Verde, Guiné, Guiné Equatorial, Iraque, Senegal e São Tomé e Príncipe. Qual é o balanço que faz dos últimos 12 meses de atividade? Foram 12 meses de intensa atividade, onde nos dedicámos sobretudo à reorganização da empresa, orientação estratégica e reposicionamento. Incrementámos a equipa, reforçando-a com posições essenciais para o mercado nacional e externo. Definimos os principais objetivos e ‘arregaçámos as mangas’, mergulhando no imenso mar da internacionalização com a mesma vontade que os primeiros exploradores portugueses no tempo das Naus. Esta é a nossa tradição! Projetos para o futuro? Os próximos passos são de consolidação da posição no mercado nacional e afirmação nos mercados externos. Prevemos um incremento contínuo do nosso portfólio, levando cada vez mais produtos de qualidade e preço justo, a mais pessoas. Existe um projeto de desenvolvimento de produtos com
maior intervenção por parte da Labesfal na elaboração da propriedade intelectual e forte aposta na investigação e desenvolvimento, que se enquadra plenamente com o que pensamos ser importante para o futuro e da forma como queremos ser parte integrante deste mesmo futuro. Qual é o estado atual do setor dos medicamentos genéricos em Portugal? O que é que ainda falta fazer para melhorar a competitividade deste setor? Depois de um período de forte crescimento, registase neste momento uma fase de acalmia do mercado, com valores claramente distantes do que se esperava e necessitava para garantir competitividade e equilíbrio ao sector do medicamento. Apesar disso, não se pode deixar de reconhecer o sucesso dos medicamentos genéricos e a sua importância, sobretudo em tempos críticos, como a crise financeira que a Europa atravessa e em especial o nosso país, assegurando poupanças fundamentais ao Estado e aos utentes. Necessitamos, no entanto, que a aposta nestes medicamentos seja assumida sem receios por parte das entidades competentes e que sejam quebrados definitivamente quaisquer bloqueios ainda existentes à sua livre entrada no mercado. Esta intervenção a nível regulamentar deverá também ser acompanhada de programas de incentivo ao consumo dos genéricos e manutenção da informação à população.
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foco nas necessidades dos doentes zentiva Zentiva é a marca de genéricos da Sanofi. Atualmente, é a tercceira empresa de medicamentos genéricos na Europa e a que apresenta um maior e mais rápido crescimento, pretendendo ser a empresa mais inovadora no setor europeu dos genéricos. Ana Lopes, marketing manager, revela-nos o presente e o futuro da marca.
paulo cabral e Ana Lopes Chefe Nacional de Vendas e Marketing Manager
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Falar em Zentiva é falar em genéricos de qualidade e confiança. Como apresentaria a Zentiva aos nossos leitores? Zentiva é a marca de genéricos da Sanofi. Atualmente é a terceira empresa de medicamentos genéricos na Europa e a que apresenta um maior e mais rápido crescimento, pretendendo ser a empresa mais inovadora no setor europeu dos genéricos. A Zentiva foi integrada no grupo Sanofi, em março de 2009, como um elemento importante da sua estratégia, para se tornar uma companhia global de serviços de saúde, focalizada nas necessidades dos doentes. Em Portugal, a Zentiva conta com uma equipa totalmente dedicada que tem por objetivo facilitar o acesso dos nossos medicamentos aos doentes a custos acessíveis e contribuir para a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde. Que áreas terapêuticas abrangem? Zentiva tem tido um percurso francamente positivo em termos de evolução. O nosso portefólio atual abrange as principais áreas terapêuticas – cardiovascular, doenças respiratórias, anti-infeciosos, tratamento de doenças do sistema nervoso central e foro gastrointestinal. Em termos estratégicos, procuramos continuar a diversificar a gama de medicamentos que disponibilizamos aos doentes em Portugal e a lançar novas moléculas atuais, fruto do trabalho da equipa de desenvolvimento da Zentiva. Exemplo disso foi o recente lançamento de um medicamento para o tratamento da obesidade, de medicamentos específicos para a mulher através da disponibilização de contracetivos orais de última geração e de terapêutica hormonal
de substituição. A Zentiva foi também pioneira no lançamento de soluções para a disfunção erétil. Há algum projecto para abarcarem novas áreas da saúde a curto prazo? Quais são elas? Este ano a Zentiva alargou a sua presença tendo-se estendido à área hospitalar, através do lançamento de moléculas nichos de mercado, que normalmente não são tão concorrenciais, mas representam uma redução considerável em termos de custos e contribuem para a sustentabilidade do nosso Sistema de Saúde. Adicionalmente, iniciámos este ano um programa inovador de ‘Dispensa Personalizada de Medicamentos’ junto das farmácias, cujo objetivo é promover a adesão ao tratamento e evitar os erros que podem ocorrer devido à toma de vários medicamentos por parte do doente. Com este programa a medicação é preparada nas farmácias aderentes, e entregue ao doente semanalmente. Acreditamos que este sistema é uma enorme mais valia para os diversos intervenientes, doente-cuidador-farmácia. Que balanço faz dos medicamentos genéricos em Portugal nos mais variados aspectos, nomeadamente aceitação dos utentes e a questão das patentes. Atualmente, os genéricos em Portugal são bem aceites pelo doente. As campanhas de esclarecimentos e informação levadas a cabo pelo Governo têm contribuído decisivamente para esta aceitação, sendo que hoje o próprio utente a solicitar estes medicamentos diretamente na farmácia.
Por outro lado, temos uma prescrição por DCI (Denominação Comum Internacional) de cerca de 80 por cento, o que reforça a posição do farmacêutico no ato da dispensa, tornando-o num elemento facilitador ao esclarecer e transmitir segurança e confiança ao doente. E no caso em particular da Zentiva, que balanço faz da marca desde a sua implementação em Portugal? Em Portugal, a Zentiva nasceu em setembro de 2011 como a marca de genéricos da Sanofi e, desde então, tem vindo a ganhar presença e afirmar-se, ocupando a sexta posição no ranking do mercado de genéricos. Atualmente, a Zentiva conta com 65 moléculas no seu portefolio, tendo 11 delas sido lançadas durante o ano de 2014. Um dos nossos objetivos é que os nossos medicamentos permitam tratar o maior número possível de doentes e simultaneamente contribuir para o equilíbrio em termos de despesa em saúde. E onde gostava de ver a marca, futuramente? Para a Zentiva, Portugal é um mercado muito importante onde queremos continuar a investir e a crescer como companhia, o que nos permitirá continuar a alargar a nossa gama de medicamento e a disponibilizar soluções de valor acrescentado para o doente e para os vários stakeholders. Pretendemos que a nossa marca faça a diferença e que sejamos reconhecidos pelos profissionais de saúde, doentes e população em geral, como fazendo parte da solução ao disponibilizarmos medicamentos que cobrem a grande maioria das patologias.
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Inovação no acesso da população à saúde Ciclum farma A Ciclum Farma inserida num dos maiores laboratórios farmacêuticos alemães, a STADA, pretende proporcionar a todas as pessoas uma melhor saúde e bem-estar, disponibilizando medicamentos de elevada qualidade e segurança. A Revista Business Portugal na sua edição de Setembro esteve à conversa com Moisés Apura, general manager da Ciclum Farma em Portugal, revelando um pouco do trabalho desenvolvido pela empresa na área das biossimilares. Atualmente, grande parte da inovação terapêutica passa cada vez mais pela investigação e lançamento de produtos de biotecnologia, que são adaptados a cada doença ou doente, e os primeiros medicamentos biológicos existentes no mercado há alguns anos estão a atingir os 20 anos de proteção de patente, abrindo uma janela de oportunidade. Para quem ainda desconhece este conceito, esclareça o que são medicamentos biossimilares. O medicamento biossimilar é um medicamento que contém na sua composição substâncias ativas que são obtidas a partir de organismos vivos ou derivados deste, e que têm um maior grau de complexidade na produção porque implicam a utilização de células de mamífero, bactérias ou leveduras. O medicamento biossimilar, como o nome indica, é similar a um medicamento biológico já comercializado e utiliza a mesma substância biológica mas podendo ser obtido através de diferentes métodos de produção. A produção de um medicamento biossimilar é mais complexa e tem maiores exigências clínicas e regulamentares que implicam maior risco no investimento, o qual não está ao alcance de todas as empresas.
Moisés Apura General Manager
A STADA é uma das poucas empresas envolvidas no desenvolvimento de biossimilares. Como é que se dá a aposta nesta área e porquê? A STADA, é uma empresa farmacêutica com mais de 100 anos de história e uma referência nos medicamentos genéricos. A nossa longevidade centenária foi conseguida devido à visão estratégica de responder sempre às necessidades futuras. O principal modelo de negócio da STADA passa pela investigação, desenvolvimento e
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lançamento de medicamentos que na sua composição têm substâncias cuja proteção de patente expirou. A aposta nos medicamentos biossimilares é uma extensão natural da mesma filosofia aplicada aos medicamentos genéricos; melhorar o acesso ao medicamento baixando o seu custo, integrando mais doentes em tratamento e contribuindo para melhorar a sustentabilidade dos diferentes Serviços Nacionais de Saúde dos países onde estamos presentes.
O que distingue os medicamentos biossimilares dos medicamentos genéricos? Os biossimilares, pelo grau de variabilidade natural na produção, como o medicamento biológico de referência também evidência, tem de comprovar a mesma eficácia e segurança em ensaios pré-clínicos e clínicos, comparado com o biológico de referência, para obter autorização de comercialização nas mesmas dosagens e indicações terapêuticas. Por toda esta complexidade é que não podemos dizer que os biossimilares são medicamentos genéricos, mas similares ao medicamento biológico de referência. Estes medicamentos são comercializados, quase exclusivamente, através das farmácias hospitalares e irão contribuir substancialmente para reduzir a despesa hospitalar com medicamentos. Os medicamentos genéricos são diferentes porque têm estruturas químicas mais simples e idênticas aos medicamentos de referência, bastando comprovar a bioequivalência para obterem aprovação.
Ciclum Farma Unipessoal, Lda. Quinta da Fonte, Edifício D. Amélia Piso 1, Ala B - 2770-229 Paço de Arcos Tel: 21 120 98 70 Fax: 21 441 07 54 www.ciclumstada.pt
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Relativamente ao ano corrente, qual o balanço que faz da atividade da Ciclum/Stada? Os objetivos definidos estão a ser cumpridos? A atividade da Ciclum Farma e Stada, Lda, filiais portuguesas da empresa alemã STADA, está condicionada pela envolvente externa que nos obriga a fazer adaptações constantes. O mercado de medicamentos genéricos não está a crescer como perspetivado para 2014, nem tão pouco as metas definidas pelo Ministério da Saúde serão alcançadas porque a lei não é aplicada, fiscalizada e o doente raramente é o decisor do preço a pagar. Existe muita imprevisibilidade económica e social acrescida de ameaças de medidas avulsas extemporâneas que podem surgir até final do ano, com impacto na rentabilidade em toda a cadeia do setor farmacêutico e, pelos dados de análise de mercado, facilmente constatamos que a concorrência entre as empresas de medicamentos genéricos já não está tão focada na conquista de prescrição e dispensa de medicamentos genéricos aos medicamentos de marca mas mais na sua própria sobrevivência, devido à redução drástica das margens, e em obter ganhos de quota de mercado
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em volume dentro do mercado dos genéricos, sem qualquer benefício para o utente. Pelas razões citadas, e faltando ainda três meses para concluir o ano de 2014, não posso afirmar, com segurança, que vamos cumprir os objetivos. No entanto, estamos a cumprir com os lançamentos planeados, a consolidação no segmento dos MNSRM (medicamentos não sujeitos a receita médica) e produtos de venda livre. E, mantemos o equilíbrio financeiro e liquidez necessária para cumprir com as nossas obrigações. A empresa cresceu em faturação relativamente ao igual período do ano anterior? Apesar de todas as circunstâncias adversas, estamos melhor do que no ano anterior devido essencialmente à aposta que fizemos na diversificação do nosso portefólio para marcas de produtos de venda livre e à excelente equipa de profissionais que temos a trabalhar e procuram ser mais eficientes e eficazes todos os dias. O nosso objetivo principal é garantir a rentabilidade desejada que garanta o futuro da Ciclum/Stada para continuarmos a proporcionar o bem-estar e medicamentos acessíveis a todos os portugueses.
Que novidades foram ou vão ainda ser introduzidas durante este ano de 2014? Temos planeado, e tudo indica que conseguiremos, lançar mais quatro novas substâncias de medicamentos genéricos até final de 2014, continuando a enriquecer o nosso portefólio neste segmento. Quais os projetos a médio/longo prazo que estão definidos? Os nossos projetos para Portugal, a médio/longo prazo, estão condicionados fortemente pela vontade política dos futuros Governos sobre a política do medicamento em geral e do que pretendem fazer com o mercado de genéricos e biossimilares em particular. Com a política atual ou falta de vontade, a realidade está a evidenciar que não interessa ter os genéricos no grupo dos mais baratos, como é o caso da Ciclum Farma/Stada, porque existem outros fatores que continuam a influenciar a prescrição e dispensa dos medicamentos em geral e dos genéricos em particular… Felizmente, a STADA está novamente antecipando o futuro com investimentos no segmento de medicamentos de marca e de venda livre, de diagnóstico e teste de ADN.
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O investimento na saúde é uma prioridade Jaba recordati A Jaba Recordatii, subsidiária portuguesa da multinacional farmacêutica Recordati, está presente no mercado português na comercialização de produtos farmacêuticos que beneficiam a qualidade de vida das pessoas, de modo a proporcionar-lhes uma vida longa e saudável. Na edição de setembro, a Revista Business Portugal esteve à conversa com Nelson Pires, general manager, revelando como tem sido o percurso na aposta no mercado dos genéricos e no lançamento de novos OTCS. Sendo a Jaba Recordati uma empresa de medicamentos de referência inovadores e de OTCS, o que a levou a apostar no mercado dos genéricos? A área de medicamentos genéricos foi criada em 2006 na Jaba Farmacêutica, ainda antes da aquisição pelo Grupo Recordati, em 2007. Entendemos manter esta área de negócios pois fazia parte da nossa estratégia apresentar aos nossos stakeholders, um projeto de saúde sustentável e inovadora, que se distinguisse pela qualidade e preço dos seus produtos e projetos associados. Por exemplo, desenvolvemos um projeto de educação para a saúde, ‘Menos Sal Mais Sabor a Vida’, associado à nossa área de genéricos, pois esta é mais uma forma de contribuir para a melhoria dos padrões e indicadores de saúde da nossa população. Por outro lado, promover a indústria portuguesa como fator económico de desenvolvimento, dado que todos os nossos genéricos são fabricados em Portugal. Esta aposta nos medicamentos genéricos teve os resultados que eram expectáveis? Do ponto de vista económico e financeiro reconheço que os resultados estão abaixo das expectativas, muito fruto da erosão de preços que os medicamentos genéricos tiveram nos dois últimos anos, em alguns casos de mais de 70 por cento de redução de preço. Quanto ao nosso objetivo estratégico de apresentarmos um projeto de saúde sustentável e inovadora, que se distinguisse pela qualidade e preço dos seus produtos e projetos associados, superámos as expectativas e melhorou consideravelmente a notoriedade externa da nossa companhia, bem como o reconhecimento e orgulho interno dos nossos colaboradores. Pelo que diria que estou satisfeito com os resultados atingidos. O que entende que a Jaba Recordati tem ainda a oferecer nesta área? Julgo que continuar com o nosso projeto de educação para a saúde, e todos os anos lançarmos duas moléculas genéricas inovadoras, com qualidade de fabrico Europeu, no mercado. Reforçando o nosso posicionamento de Nelson Pires General Manager
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companhia farmacêutica multinacional inovadora (quer ao nível de produto quer organizacional), dinâmica, com um elevado rigor ético e científico, bem como económico e financeiro; com um conjunto de colaboradores de elevada qualidade e compromisso e dedicação com a nossa missão; e cuja missão e compromisso é o de acrescentar mais e melhor saúde a todos os portugueses (médicos, farmacêuticos, enfermeiros, doentes e outros stakeholders da saúde). No vosso sítio da internet, relativamente aos projetos futuro, pode ler-se que os objetivos para 2014 passavam pelo lançamento de um novo produto na área de urologia, um produto na área da hipertensão e um outro na área da gastroenterologia, consolidando a aquisição da companhia Casen. Estes novos produtos são já uma realidade? A consolidação da Casen foi feita e está neste momento perfeitamente integrada. Quanto aos produtos, sofremos alguns atrasos na área de gastroenterologia e urologia. Aliás, neste segmento, apesar do atraso, alargámos o portfolio futuro que iremos ter disponíveis para os técnicos de saúde e os seus doentes, pois em 2015 e 2016 iremos lançar três novos produtos, para tratamento da disfunção erétil, ejaculação precoce e um tratamento revolucionário para o tratamento das doenças da próstata. Na área da hipertensão, esperamos ainda lançar este ano um novo produto, no 4º trimestre. Neste mesmo trimestre, iremos ainda lançar outro produto de utilização generalista, que será uma verdadeira revolução terapêutica para os doentes. Em suma, o 4º trimestre deste ano proporcionará um conjunto de desafios relevantes à nossa companhia. Na área dos genéricos e de produtos OTC com valor acrescentado, que novidades trouxe este ano de 2014, ou que novidades estão ainda para ser apresentadas? Ambas as áreas são bastante dinâmicas para a nossa companhia. Ao nível de OTCs com produtos como ‘Guronsan’, ‘Transact Lat’, ‘Aloclair’, ‘Euphon’, ‘Microlax’; ou seja, marcas muito conhecidas e consumidas pelos portugueses. Estamos neste momento a preparar o lançamento de um novo produto no segmento pediátrico
ainda para lançar este ano. E estamos a relançar um produto já existente com uma nova apresentação mais adequada aos nossos consumidores – Lyomer. Pretendemos lançar apenas um novo OTC por ano, quer seja na área da saúde oral, bem-estar e estilos de vida, ou então na área de pediatria. Ao nível da área de genéricos, lançamos já este ano o Sildenafil Jaba, que está a ser um real sucesso comercial para a nossa companhia, completando desta forma a nossa gama de urologia e um portfolio de 44 moléculas que comercializamos. Relativamente ao período já decorrido do primeiro ano que balanço é possível fazer? Existiu crescimento? Que crescimento foi esse? O balanço é positivo, pois temos atingido todos os objectivos a que nos propomos. Inclusive, num mercado como o português, intervencionado pela Troika, a Jaba Recordati foi galardoada com o prémio europeu de melhor empregador do ano 2013/2014 na final dos European Business Awards, em que se candidataram mais de 17 mil empresas a nível europeu. Esta sustentabilidade está assente na estratégia da companhia e também no nosso crescimento positivo que este ano é de +2,9 po cento enquanto o mercado caiu -1,6 por cento (fonte: IMS eur Ytd agosto). Ou seja, estamos em contraciclo com um mercado que nos três anos anteriores caiu mais de -40 por cento em valor, enquanto a Jaba Recordati sempre apresentou crescimentos positivos. Mais ainda quando não efetuámos os lançamentos de novos produtos que permitirão acentuar este crescimento positivo, o que irá acontecer no 4º trimestre deste ano. Que importância têm hoje os genéricos na Jaba Recordati? A área de medicamentos genéricos representa hoje cerca de 12 por cento do volume de negócios em euros da Jaba Recordati e cerca de 26 por cento em unidades. Com um importante nível de crescimento de +15.1 por cento versus o ano anterior enquanto o mercado cresceu +7 por cento (fonte: HMR Euros Ytd agosto). Ou seja, uma área relevante para o crescimento do turn over da companhia. O que será natural, pois quando a opção é feita por medicamentos genéricos que asseguram a qualidade, eficácia e eficiência necessárias,
o consumidor, tem neles a garantia de tratamento ou controlo da sua patologia a um custo mais baixo. Isto porque, como nós dizemos, a saúde não é um luxo de alguns mas sim o bem a que todos devem ter acesso. Que projetos, objetivos têm pensados a médio/ longo prazo? Em termos de empresa, consolidarmos a nossa solidez económica e financeira. Quanto a mercados onde estamos, para além do mercado português, queremos acentuar o crescimento do mercado Angolano, Moçambique e Cabo Verde, onde já estamos presentes. Estamos a projetar abrir em 2015, dois novos mercados da Africa subsariana, que são mercados que não são de língua portuguesa, o que significa que qualquer dia temos uma multinacional, dentro da própria multinacional. Em relação a produtos, consolidar os lançamentos dos novos produtos inovadores que tivemos em 2011 e 2012 (‘Livazo’ para o colesterol, ‘Zanipress’ para a hipertensão e ‘Urorec’ para as doenças da próstata), bem como preparar e lançar os cinco novos produtos inovadores que temos até 2016. Por outro lado, pretendia conseguir que Portugal participasse em dois estudos clínicos internacionais, de dois novos produtos inovadores, que temos a decorrer, pois temos a capacidade e a qualidade dos clínicos (e hospitais) para o fazermos com sucesso. Finalmente, em relação a pessoas, a minha principal missão é fazer de cada pessoa que trabalha na empresa uma pessoa Recordati, ou seja que viva a companhia, independente de gostar mais ou menos de determinadas atividades. Outra missão é demonstrar que a Jaba Recordati é uma empresa onde é agradável trabalhar, que tem um projeto, que é séria e ética. Pretendemos também intensificar o nosso projeto de responsabilidade social, o ‘Recordati Quer’. Em suma, as perspetivas, para nós, são boas e repletas de desafios, desde que tenhamos estabilidade legislativa. Nós temos a companhia, as pessoas, a estratégia, os produtos e a capacidade de investimento adequados para termos três anos que nos permitam alcançar os nossos objetivos económicos e financeiros; permitindo que os nossos colaboradores tenham um período trabalhoso mas sem sobressaltos, que é uma das minhas grandes preocupações como diretor geral.
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municípios em destaque
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ais uma vez, a Revista Business Portugal mostra-lhe um pouco mais dos municípios portugueses. Mostramos-lhe terras a descobrir, locais de passagem obrigatório, os melhores produtos regionais (de comer e chorar por mais), e os projetos de destaque que os executivos dos municípios têm levado a cabo para a melhoria significativa das condições de vida dos seus habitantes, assim como os programas de convite ao turismo. Nesta edição em particular damos destaque a Melgaço, uma vila raiana no distrito de Viana do Castelo. Outrora conhecida como terra de tradição de contos e fábulas, com criaturas fantásticas como arganões e outros seres com poderes mágicos, Melgaço é, hoje em dia, uma vila que beneficia das relações culturais com as regiões vizinhas, nomeadamente a Galiza. Por si, esta dinâmica estreita originou uma indústria redobrada nas excentricidades próprias dos meios rurais, transformando Melgaço no epicentro português dos mitos brejeiros e numa verdadeira babilónia de vernacular castiço. Falamos ainda com os principais intervenientes dos municípios do Médio Tejo.
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Melgaço, um epicentro português Município de melgaço Localizado no extremo norte de Portugal, Melgaço é uma vila raiana portuguesa com uma tradição de contos e fábulas bem demarcada. É o retrato de uma cultura popular oralmente transmitida ao longo de gerações que vai muito além de uma das suas marcas mais internacionais, o Alvarinho.
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ela privilegiada proximidade com a vizinha Espanha, sempre beneficiou das relações culturais com as regiões mais próximas, estabelecendo uma indústria redobrada nas excentricidades próprias dos meios rurais, transformando a vila de Melgaço num epicentro português. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Manoel Batista, presidente da Câmara Municipal de Melgaço, com o propósito de desmistificar um pouco o município de Melgaço e as suas potencialidades.
Relação com o país vizinho A proximidade com Espanha é extremamente positiva, existindo uma forte ligação com os municípios vizinhos. Manoel Batista, presidente da Câmara Municipal de Melgaço, revela que “existe uma forte cooperação transfronteiriça informal, em que não é necessário nenhum suporte protocolar para a sustentar, pois é possível esta cooperação e entreajuda através de pequenos protocolos”. Esta proximidade é também encarada como uma forte oportunidade na expansão dos produtos nacionais e regionais, bem como uma excelente ocasião de receberem diariamente inúmeros turistas que realizam algumas das suas compras em Portugal, fortalecendo, assim, a economia local e também nacional.
Turismo em todas as suas vertentes Melgaço é um município privilegiado em património
Parque Termal do Peso
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Museu do cinema
cultural, aliado a uma gastronomia de sucesso. Restaurantes completamente lotados são uma visão quase que natural, maioritariamente durante os fins de semana. Os pratos prediletos dos espanhóis que visitam Melgaço têm que incluir bacalhau, ou não fosse este um sabor típico português. Em épocas mais específicas do ano existem produtos característicos da época, como é exemplo a lampreia, entre os meses de janeiro e abril, altura em que todo o minho português é literalmente invadido por multidões que se querem deliciar com este petisco. “O nosso turismo cultural, assim como o nosso património, é bastante diversificado. Nos últimos 30 anos, a aposta em equipamentos culturais tem sido uma
das prioridades do município, sendo implementado uma iniciativa denominada de ‘espaços museológicos em rede’. A iniciativa tem como objetivo principal facilitar ao visitante o acesso e o devido conhecimento sobre os mais variados espaços museológicos existentes em Melgaço. Assim sendo, criamos a rede ‘Melgaço Museus’, rede essa onde estão englobados espaços como o Núcleo Museológico da Torre de Menagem e as Ruínas Arqueológicas da Praça da República, o Núcleo Museológico de Castro Laboreiro, o Museu de Cinema e o Espaço Memória e Fronteira. Quando implementamos este projeto tivemos como propósito principal proporcionar ao visitante a compra de um bilhete único de visita a todos os espaços culturais do município, com um preço mais atrativo e com uma validade de seis meses, apesar de continuar a ser possível visitar apenas um deles, adquirindo um bilhete específico”, esclarece Manoel Batista. Inserido na oferta cultural de Melgaço, existe também um museu de cinema, “resultado de uma combinação perfeita”, de acordo com o nosso interlocutor. Introduzido na zona histórica da vila e inaugurado no ano de 2005, o museu tem por base o espólio colecionado ao longo da vida de Jean Loup Passek, que gentilmente foi doado ao município. O gosto pelo cinema levou Passek a captar a realidade dos emigrantes em França durante vários anos e foi através desse trabalho que fazia juntos da comunidade de emigrantes portugueses que conheceu
REVISTA BUSINESS PORTUGAL MUNICÍPIOS EM DESTAQUE os melgacenses, nascendo uma forte ligação a Melgaço, ligação essa que nunca mais perdeu. O museu conta com duas exposições, uma a título permanente e outra temporária, distribuídas pelos dois andares do edifício. A exposição permanente é dedicada ao pré-cinema, onde o visitante poderá encontrar diversos aparelhos da época, nomeadamente lanternas mágicas com as respetivas caixas e placas de vidro pintadas à mão, e ainda um dos primeiros cartazes a anunciar o cinema em sala, bem como outros ilustrativos da evolução do cinema desde as suas origens até ao cinematógrafo.
últimos anos o concelho tem vindo a registar um grande acréscimo de interesse por parte da população mais jovem. No que concerne à área da educação, a Escola Superior do Instituto Politécnico de Viana do Castelo foi um sonho com visão futura da autarquia há cerca de 15 anos atrás, que permitiu a criação de um curso de desporto e lazer em Melgaço. Entretanto o curso evoluiu para Escola de Desporto e Lazer, atualmente instalada junto ao complexo desportivo Monte Prado. Trazer o ensino superior para Melgaço foi um passo muito importante para a região, de acordo com o nosso interlocutor, pelo que é igualmente importante referir que este ano a escola duplicou as suas vagas.
Crescimento gradual do turismo de natureza O turismo de natureza é uma das maiores referências do município, nomeadamente com a presença do Parque Nacional da Peneda-Gerês, que começa em Melgaço e se estende até Montalegre. Desse modo, Melgaço tem o privilégio de possuir uma natureza luxuriante, levando a que muitos dos que procuram esta terra, o façam essencialmente por ambicionarem encontrar uma região onde possam desfrutar destes espaços naturais. Tendo por base esta oferta natural, o concelho disponibiliza uma vasta oferta de desportos de natureza, nas mais variadas modalidades. Nos últimos 15 anos, Melgaço é reconhecido como imagem de marca da prática do rafting, o que originou a vinda de milhares de pessoas para experimentar a modalidade. Porém, existem outras modalidades de referência obrigatória, como são exemplo o BTT e as caminhadas, desportos com uma forte procura por turistas nacionais e estrangeiros.
Vinho Alvarinho, uma referência para a região O vinho Alvarinho é uma das imagens de marca do concelho, sendo cada vez mais reconhecida um pouco por todo o mundo. Esse fenómeno tem permitido uma vasta oferta de vinho e consequentemente de enoturismo que até há pouco tempo não existia na região. “Quando se fala de vinho Alvarinho de qualidade, rapidamente associamos esse mesmo vinho ao território de Monção e Melgaço, pelo que temos que tirar partido desse potencial, dando-o a conhecer… e a provar”, afirma o edil de Melgaço.
Futuro e novos projetos
Incentivos à população
instalação
de
nova
Num momento em que um pouco por todo o país as dificuldades económicas são evidentes, o município de Melgaço define como uma das suas prioridades identificar as mesmas e prestar auxilio às famílias que dele necessitam. Manoel Batista defende que é “fundamental atrair sangue novo, com novas ideias e novos projetos. Desse modo, Melgaço possui várias características que podem ser dinamizadas, de modo a atrair novas pessoas e preservar as existentes. Temos um polo industrial com cerca de 15 anos, e através desse investimento foi possível a captação de algumas empresas. Há cerca de dois anos instalou-se em Melgaço uma empresa que está a trabalhar o aproveitamento da biomassa. Porque é uma empresa a usufruir de um crescimento bem sustentado, está neste momento a expandir-se e contratar mais funcionários. Mas este é apenas um exemplo de sucesso de entre outras que existem na região. Apesar da nossa fileira industrial ser pequena, acreditamos que com tempo, trabalho e dedicação, é possível crescer”. No campo da agricultura, as potencialidades de crescimento económico são imensas, pelo que nos
“Penso que o futuro será promissor, e é com base nestes produtos culturais e da natureza que devemos sustentar o nosso futuro desenvolvimento”, acrescenta o presidente Manoel Batista. Melgaço possui inúmeros espaços a desvendar, desde os edifícios culturais à natureza de excelência, nunca esquecendo a gastronomia inigualável que a região dispõe. Para quem lá passa, trata-se de uma experiência enriquecedora que, com certeza, todos vão querer repetir.
centro de estágios de melgaço
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luxo e elegância perto de si Hotel monte prado Inserido no Parque Nacional da Peneda-Gerês, junto ao Rio Minho, o Monte Prado Hotel & Spa é um refúgio acolhedor. Um espaço diferente, rodeado de natureza, acompanhado de um ambiente acolhedor e moderno, com uma decoração minimalista e elegante. Uma experiência pessoal e intransmissível, é assim descrita por muitos a estadia no Monte Prado Hotel & Spa. Com 50 cómodos quartos e suítes disponíveis, com uma magnífica vista para o rio, é possível relaxar na piscina, respirar ar puro e desfrutar do River Spa, cujas ofertas e serviços se destinam exclusivamente a deslumbrar todos os seus clientes. Provido de um ambiente intimista e sofisticado, o River Spa oferece serviços de bem-estar, tratamentos completos e massagens, proporcionando momentos de reequilíbrio pessoal. Possuindo instalações para conferências e eventos
empresariais, o hotel é ainda destacado pelo Foral de Melgaço, onde é possível saborear deliciosas gastronomias regionais, sempre acompanhado de uma paisagem panorâmica minhota como pano de fundo. No exterior a oferta turística é diversificada. Desde os passeios pedestres, a atividades radicais, não esquecendo os percursos românticos, são inúmeros os locais e atrações turísticas e culturais da região. O Monte Prado Hotel & Spa encontra-se entre o Rio Minho e o Gerês, oferece assim aos seus hóspedes uma experiência inesquecível.
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Saúde e bem-estar aliados num só espaço Termas de melgaço Entre as margens do Minho e da Galiza, as Termas de Melgaço reabriram em abril de 2013, após 15 anos de inatividade. Uma viagem descontraída com a natureza e, simultaneamente, um recurso ímpar reconhecido pelo seu potencial terapêutico. Inserido no Parque Termal do Peso, o novo balneário termal constitui um circuito de hidromassagem, duches, massagens e envolvimento, mas também um conjunto de consultas
médicas, tratamentos de fisioterapia e reabilitação física, especialmente direcionado para o tratamento de doenças do aparelho respiratório, digestivo, osteoarticulares e diabetes. As águas reconhecidas pelas suas propriedades medicinais, adaptadas ao atual paradigma “saúde e bem-estar”, os programas das Termas de Melgaço disponibilizam as componentes de lazer e relaxamento,
beleza e estética. O espaço oferece a quem procura estes serviços a possibilidade de desfrutar de uma ligação descontraída com a natureza envolvente. As Termas de Melgaço aliam a saúde e o bem-estar num só espaço, oferecendo uma viagem terapêutica e relaxante.
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Um vinho de qualidade líder no mercado Quintas de melgaço Um conjunto de vinhos, uma história por revelar, a empresa Quintas de Melgaço é um lugar único. Uma empresa com qualidade, diferenciada pela inovação e desenvolvimento de novas marcas que afirmam o seu posicionamento no mercado.
constituiu momento de viragem das Quintas de Melgaço. Após alguns anos conseguimos inverter a situação. Este episódio foi vantajoso pelo aumento da penetração no mercado dos nossos vinhos e crescente notoriedade”.
Produtos Quinta de Melgaço
Pedro Soares CEO
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edro Soares, CEO da empresa esteve à conversa com a Revista Business Portugal, revelando como tudo começou e quais os projetos para o futuro, sempre focados na conquista da liderança do mercado através da qualidade e excelência do seu vinho. Com um objetivo principal muito delineado, a empresa Quintas de Melgaço, foi fundada em 1994, pela conceção visionária de Amadeu Lopes, um emigrante no Brasil. Perante a necessidade de escoar a uva proveniente dos agricultores que se debatiam com este problema, foi assim iniciado um processo de proliferação da plantação dessa mesma uva, que atualmente é uma das principais riquezas do concelho de Melgaço. Considerada a maior unidade produtora do concelho, ao longo dos anos debateu-se com algumas dificuldades. “No final de 2001, viviam-se tempos muito controversos. Assim sendo, tivemos de alocar à empresa a função de vendas e a sua dinamização, até então adstrita a terceiros, solução que se demonstrou vencedora e
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Na Quinta de Melgaço são produzidos três segmentos. O Alvarinho é a grande produção, depois ainda encontramos o vinho de lote denominado de Torre de Menagem, que resulta de uma mistura de duas castas e por fim são produzido vinhos verdes correntes, representando o que é a incorporação de Alvarinho, em que é feita uma pré-seleção de modo a canalizar as melhores uvas para cada tipo de vinho. Uma grande aposta da empresa tem recaído na pequena produção de espumante. Inserido na gama alvarinho existem dois espumantes: um intitulado de reserva, com estágio de 12 meses e um super reserva, com estágio de 24 meses. A empresa tem ainda uma colheita tardia. Questionado sobre qual a quantidade de produção, Pedro Soares afirma que no “presente ano de 2014 serão produzidos cerca de 900 mil litros. O que representa atualmente uma faturação de 2,5 milhões de euros, com um crescimento de 13 por cento registado até meados de agosto de 2014”.
Reconhecimento do vinho Alvarinho no mundo O vinho Alvarinho é um vinho de qualidade elevada com grande reconhecimento junto
do consumidor final. Pedro Soares revela que quem bebe Alvarinho “são pessoas geralmente exigentes, conhecedoras da matéria, que elevam demasiado a fasquia em termos qualitativos. O que não significa que as pessoas com menos conhecimento de vinhos não possam saborear um vinho Alvarinho”, deixa o alerta. Ao longo dos anos, as Quintas de Melgaço e o vinho Alvarinho têm sido alvo de inúmeros prémios e reconhecimentos em revistas da especialidade. A Revista Business Portugal pediu a Pedro Soares para comentar qual teve maior impacto na empresa, sendo referido com grande orgulho o “prémio vinhos de Portugal 2013, onde estiveram presentes mais de mil vinhos portugueses e, entre muitos alvarinhos, o Quintas de Melgaço foi considerado o melhor do ano, premiado com a medalha de ouro”.
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Verde Horizonte Município de mação Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação, elege as três praias fluviais e o Museu de Arte Pré-Histórica como os principais atrativos de Mação.
Mação que agrega os agentes económicos de todo o concelho apoiando o desenvolvimento das principais fileiras e do setor económico do concelho. Pretende também, em conjunto com a Associação dos Industriais de Carne, pretende dar um novo dinamismo ao setor das carnes.
Vasco Estrela Presidente
Como carateriza o concelho de Mação? Mação é um concelho grande, com 400 quilómetros², 120 localidades e uma população de cerca de 7.500 habitantes que se encontra dispersa por aquelas povoações. É um concelho com inúmeras potencialidades que importa valorizar para o seu desenvolvimento e com uma posição geográfica privilegiada: bem no centro do país. Que potencialidades apresenta o concelho de Mação aos turistas? Turisticamente, temos três praias fluviais e um parque de campismo que integram o roteiro de férias de muitos portugueses. A autarquia tem também promovido alguns festivais gastronómicos, no sentido de divulgar os nossos pratos típicos, património, história e tradições. Existe, no entanto, um défice da capacidade hoteleira, cuja lacuna está a ser colmatada aos poucos através de iniciativas privadas. Mação é uma terra de potencialidades e oportunidades. Em traços gerais, o Município produz cerca de 70 por cento do presunto em Portugal através das fábricas aqui instaladas, por isso temos a designação de ‘Catedral do Presunto’. Tem um extraordinário Museu de Arte Pré-Histórica, que pode ser visitado e onde são ministradas aulas de mestrado e doutoramento, constituindo um pólo europeu de investigação importantíssimo no âmbito arte rupestre. Existe associativismo em Mação? Sim e bastante ativo. As aldeias têm as suas associações, que são estruturas extremamente dinâmicas, com inúmeras atividades e que conferem vida às populações. Em termos mais empresariais, existe a Associação Amar
Que medidas tem tomado a Autarquia para a fixar a população? Temos tentado aproveitar as nossas potencialidades para contrariar a tendência de desertificação que assola o concelho de Mação e não podemos esperar pelas medidas do poder central. Temos trabalhado para potenciar ao máximo os nossos recursos endógenos e para tentar fixar pessoas. Estamos a desenvolver um plano estratégico de desenvolvimento do território que se vai ancorar nas nossas potencialidades territoriais, tirar partido dos produtos tradicionais e essencialmente olhar para os 40 mil hectares de floresta, organizá-los e tentar humanizar a floresta e o território. Temos também desenvolvido, por exemplo, uma política de apoio e incentivos à natalidade e famílias, temos a taxa mais baixa de IMI do país, assim como terrenos na zona industrial a um valor simbólico de 0,01€/m2 e ausência de taxa de derrama.
até agora? Ainda não tive uma daquelas decisões que me tirasse o sono, como presidente da Câmara Municipal, mas quando era vice-presidente e tive de dar a anuência para encerrar escolas. É um presidente próximo da população? Eu creio que sim! Continuo a ir aos mesmos locais que frequento desde sempre. Na Câmara, fazemos muito trabalho no terreno, visitando regularmente as várias freguesias para falar com as pessoas e escutar as suas opiniões, ideias, críticas… Como gostava de ver Mação nos próximos anos? Gostava de ver este território cuidado, que as pessoas mantivessem a qualidade de vida que têm neste momento, que tivessem oportunidades de emprego para se poderem fixar no concelho. Se conseguisse tudo isto valorizando os nossos produtos e a nossa história local, ficaria extremamente agradado.
Qual a sua opinião relativamente ao novo plano judiciário? Poderia ter havido outra sensibilidade com Mação e com as outras localidades onde fecharam totalmente os tribunais: deveríamos ter podido manter as chamadas secções de proximidade. Creio que seria a melhor solução, com excepção da manutenção do tribunal aberto, não transmitindo este sentimento de desistência do território e de ausência de justiça. Qual foi a decisão mais difícil que tomou
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365 DIAS À SUA ESPERA! Município de torre de moncorvo É com este slogan que o município de Torre de Moncorvo acolhe os seus visitantes. Um dos principais enfoques do executivo é o turismo, como refere o presidente do Município, Nuno Gonçalves, à Revista Business Portugal.
O que o motivou a assumir a liderança do município? Desde logo o regresso às origens. Estudei até ao 12º ano cá, fui estudar para Coimbra, voltei, candidatei-me e aqui estou a colocar as ideias do executivo em prática.
telúricas como dizia Miguel Torga, mas o que importa realçar é o turismo! Neste mandato queremos alavancar e realçar o turismo, queremos trazer as pessoas de fora e mostrar-lhes o que temos de melhor. Temos condições naturais como a serra do Reboredo, os rios Sabor e Douro, com a última aldeia piscatória do distrito, a Foz do Sabor, onde ainda há seis barcos rabelos. No que se refere ao cais, que está aprovado, há uma série de anos e ainda não está construído, a ser uma realidade será uma importante porta de entrada para uma das últimas aldeias piscatórias do país e para os Lagos do Sabor, com 70 quilómetros navegáveis, em que temos várias mais-valias juntamente com mais três municípios da Associação do Baixo Sabor – Torre de Moncorvo, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé e Mogadouro. O projeto ‘Cento e 12 Social’ é outra concretização no terreno da preocupação da autarquia. Em parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Torre de Moncorvo, esta iniciativa de cariz social proporciona reparações domésticas e cuidados de saúde à população idosa e sem recursos económicos do concelho. O ‘Banco Solidário de Torre de Moncorvo’ é outro grande exemplo. Intervindo junto da população mais vulnerável no combate à pobreza e exclusão social, esta equipa recolhe, ao longo de todo o ano, alimentos e vestuário que são depois encaminhados para as famílias mais carenciadas. Destaque ainda para o programa ‘Ninguém fica de fora’ com as IPSS do concelho.
Como define a linha que o executivo traçou para o município de Torre de Moncorvo e quais os aspetos que evidencia? O ferro é a alma da terra e isso faz de nós personagens
Qual é o principal objetivo da Associação do Baixo Sabor? A associação tem como principais objetivos promover a defesa do meio ambiente e recursos naturais; participar
Nuno Gonçalves Presidente
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na gestão da albufeira; a gestão técnica, administrativa e financeira, do Fundo Baixo Sabor de forma a garantir a existência de iniciativas de desenvolvimento sustentável com base na valorização dos recursos naturais e patrimoniais da região, numa óptica de criação de riqueza e de fomento de dinâmicas cívicas e de bemestar social assim como desenvolver e potenciar o turismo da região em todas as suas vertentes. A inclinação do país não o preocupa? A inclinação só me preocupa se olharmos para um navio e este estiver a adornar sempre para a mesma direção: o litoral! Nós não queremos ser compensados, queremos ser tratados de forma igualitária em relação aos outros. Temos muito mais qualidade de vida, respiramos ar com muito menos poluição e não há filas de trânsito até chegar ao destino. Por exemplo, na Escola Municipal Sabor Artes um aluno pode estudar piano, violino, tango, ballet clássico, entre outros, por apenas por 10 euros. Um outro exemplo é que somos o único concelho de Bragança que tem cinema digital em 3D e só custa cerca de três euros. Para o município disponível para visita 365 dias por ano tem de ter uma agenda cultural com um programa muito lato. Realça alguns? Tentamos ter uma agenda cultural variada: do cinema, às exposições, normalmente existem sempre exposições, passando pelos museus. Temos o programa ‘Museus com Vida’ em que pode entrar na Igreja da Igreja Matriz e visitar o Museu do Ferro e da Região de Moncorvo e quando sai pode ver o núcleo medieval constituído pelo Museu de Arte Sacra, a Casa da Roda, o único
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Centro Museológico de Fotografia do Douro Superior – onde se encontram as primeiras bobines de cinema que datam dos finais do séc. XIX e princípio do séc. XX; o Museu do Castelo e estamos a preparar um Museu de Interpretação de Arte Barroca e, após a aquisição da antiga sinagoga, queremos traçar uma rota do turismo judaico. Além da aposta no turismo religioso com a organização da Semana Santa, o turismo gastronómico não é esquecido com a realização anual do Festival das Migas e do Peixe do Rio e o Sabor D’ouro Summer Fest Wine, um encontro de produtores de vinho do concelho de Torre de Moncorvo, que se realizou este mês na praia fluvial Foz do Sabor. Promovemos também as festividades da Amendoeira em Flor, a Feira Medieval, Festival Carviçais Rock e um mês dedicado a Constantino, Rei dos Floristas, um dos primeiros emigrantes de sucesso do concelho, onde as populações, associações e outras entidades do concelho se empenham em engalanar as ruas da vila. A par destas iniciativas temos um património natural, histórico, arqueológico e edificado digno de visita em qualquer época do ano. De todos os eventos que acontecem em Torre de Moncorvo, quais são os que destaca? Destaco o Festival das Migas e do Peixe do Rio no qual eu gosto de salientar que a última aldeia piscatória está em Torre de Moncorvo e que há pessoas a viver exclusivamente da pesca. Em termos culturais saliento as Festividades das Amendoeiras em Flor, havendo um esforço para se criar um cartaz em conjunto com todos Municípios do Douro Superior, de forma a não haver
sobreposição de atividades. Importante durante estas festividades é a realização da Feira Medieval que é feita pela população de Torre de Moncorvo. Para os mais jovens destaco o Carviçais Rock que é o único festival rock do nordeste transmontano. Qual é o tipo de turista que visita Torre de Moncorvo? Os visitantes que se deslocam a Torre de Moncorvo procuram não só, descobrir a riqueza histórica e cultural do Concelho, mas também descobrir o Douro e as suas potencialidades. De todos os pontos do país, o leque de visitantes alarga-se a diferentes nacionalidades, sendo as mais frequentes, Espanha e França. De uma forma geral, a afluência de turistas estrangeiros tem vindo a aumentar. Devido à proximidade do concelho ao país vizinho, o município tem realizado várias ações em Espanha com vista a atrair um maior número de turistas espanhóis. Que medidas foram implementadas pelo executivo para fixar a população, principalmente os jovens? Estamos a desenvolver uma estratégia que é a Área de Reabilitação Urbana de Torre de Moncorvo –ARUTM. Entendo que não vale a pena fazer nova construção, que os centros históricos que temos devem ser requalificados e ocupados pelos jovens que podem beneficiar de apoios municipais, e de isenção de alguns impostos. Uma vez que os centros históricos se localizam no centro, logo o seu povoamento dá-lhe uma nova dinâmica. Apoiamos as famílias carenciadas e numerosas com fraldas e papas até aos 36 meses e roupas até aos seis anos de idade. Dispomos ainda de um banco solidário que
também apoia as famílias referenciadas. Queremo-nos tornar no primeiro concelho bilingue do país. Quase todos os serviços têm as listas, descrições, menus em português e em inglês, o sítio da internet da Câmara Municipal está a ser preparado nas duas línguas, isto tudo porque o inglês é a língua universal e é muito importante chegar a toda a população principalmente aos mais jovens desde muito cedo. O concelho sente falta dos quadros superiores que migram e não retornam? Sim, claro! E não é só no município de Torre de Moncorvo, assim como todos os territórios de baixa densidade populacional como o distrito de Bragança. Quais são os planos do executivo para o futuro de Torre de Moncorvo? Uma das apostas do município é transformar Torre de Moncorvo num concelho virado para o turismo. Criamos recentemente um Gabinete de Apoio ao Investidor com intuito de ajudar a população a criar o seu próprio emprego. Como detentores da maior jazida de ferro da Europa, na Serra do Reboredo, seria muito importante que a exploração mineira fosse uma realidade. Somos também o concelho com maior produção de amêndoa do país, logo faz todo sentido que esta cultura seja uma realidade reconhecida a nível internacional, para tal pretendemos certificar este produto e as tradicionais amêndoas cobertas. Não esquecemos também a importância da cooperação com as demais associações, instituições e entidades do concelho.
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Certame regional com projeção nacional Município de Vila verde A propósito da XXIII Festa das Colheitas, no município de Vila Verde, conversamos com António Vilela, presidente da Câmara. Conheça este município do distrito de Braga e aproveite o convite e visite a Festa das Colheitas, de 3 a 12 de outubro, aproveitando ainda para percorrer a 5ª Rota das Colheitas.
antónio Vilela Presidente
Inicialmente, e para quem não conhece o Município de Vila Verde, pedia-lhe que fizesse um enquadramento sobre este município no que diz respeito ao número de habitantes, ao território e às atividades económicas mais predominantes. O Município de Vila Verde, fundado em 1855, é um dos 14 municípios do distrito de Braga, sendo constituído após a última reorganização administrativa por 33 freguesias e ocupa uma área de sensivelmente 228.71 km. De acordo com os últimos dados disponibilizados pelo INE - Instituto Nacional de Estatística, o concelho de Vila Verde é habitado por 47.888 pessoas. No território concelhio desenvolve-se uma grande diversidade de atividades distribuídas pelos três setores de atividade. Nas freguesias mais a norte predominam atividades ligadas ao setor primário, principalmente a agricultura e a pecuária, assim como uma ainda significativa e até em alguns casos florescente atividade artesanal. No sul, mais urbanizado e industrializado, emerge uma economia assente nos setores secundário e terciário, sobretudo pequenas e médias indústrias, comércio e serviços. Graças às zonas de acolhimento empresarial que foram sendo criadas e ao Centro de Dinamização Empresarial e Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (IEMinho) existentes na freguesia de Soutelo, têm vindo a despontar indústrias ligadas ao aproveitamento de produtos agropecuários, ao setor têxtil, à produção de componentes para o aproveitamento de fontes de energia alternativas e ao aproveitamento das potencialidades das novas tecnologias. Como e quando surge a Festa das Colheitas? A Festa das Colheitas, que vai já na sua 23.ª edição, foi crescendo de uma forma sustentada e adquiriu
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uma projeção considerável a nível regional e no país, afirmando-se como um certame por excelência de promoção e valorização do mundo rural. Assim, com a dinâmica que foi tendo, afigurava-se um pouco redutor que se resumisse a alguns dias e tornou-se evidente a necessidade de criar uma programação integrada, mais alargada no tempo. Esta opção veio dar resposta às solicitações de várias instituições e forças vivas de vários pontos do concelho empenhadas na promoção das atividades, dos genuínos produtos rurais e de um artesanato muito rico e diversificado. Por outro lado, considerou-se igualmente estratégico organizar devidamente a oferta turística e mesmo fazer face a uma certa escassez de oferta na chamada época baixa do turismo em geral, criando-se assim uma mais completa programação turístico-cultural destinada a melhor aproveitar as imensas potencialidades agrícolas e artesanais do concelho de Vila Verde. Este evento estende-se de agosto a novembro mas atinge a sua expressão máxima na Festa das Colheitas que se realiza entre os dias 3 e 12 de outubro. Fale-nos um pouco desta festa. Em que consiste e qual a sua importância? A Festa das Colheitas é um verdadeiro hino ao mundo rural, apresentando uma vasta panóplia de atividades e iniciativas em que é possível sentir como em mais nenhum outro local ou evento o pulsar das atividades económicas ligadas à terra e a capacidade que as nossas pessoas, nas freguesias mais rurais, continuam a ter para produzir produtos de uma qualidade invejável. Ao contrário do que possa pensar-se, a economia agrícola e as atividades artesanais têm vindo a ganhar dinâmicas muito próprias e são a base de sustentação de muitos orçamentos familiares, ao mesmo tempo que têm um significativo peso na economia local. Por isso, e associando-se a esta vertente mais económica a importância crescente da valorização cultural de tradições seculares e a vontade de as manter bem vivas e como fator de atratividade turística, atribuímoslhe uma grande importância. Este certame tem ainda o condão de divulgar e promover as enormes potencialidades gastronómicas do concelho e da região. Este ano, o Festival Gastronómico (9.ª edição) é dedicado às carnes portuguesas certificadas, dai termos restaurantes a representar diversas raças: a minhota, a barrosã e a marinhoa. A Festa do Caurdo é uma outra iniciativa muito popular, em que milhares de pessoas, em pouco tempo, esgotam uma oferta muito variada
e rica de sopas artesanalmente confecionadas com os mais genuínos produtos da terra. Mas temos também concursos, exposições, desfiles, corridas de cavalos, desfolhadas, bênção de animais, folclore, enfim, um sem número de motivos de interesse para quem nos queira visitar nestes dias. Que outras iniciativas fazem parte da programação deste evento, Rota das Colheitas? Um das principais virtudes desta programação é a sua capacidade aglutinadora, isto é, a forma como envolve ativamente várias freguesias do concelho, cada uma com as suas tradições e as suas dinâmicas muito peculiares, embora todas em torno do objetivo da alavancagem do mundo rural. O pontapé de saída é dado pela Festa do Melão Casca de Carvalho, em Soutelo, um dos produtos genuínos de elevada qualidade que temos para oferecer, seguindo-se iniciativas muito ricas, nas freguesias, que ajudam a preservar tradições como a desfolhada de milho, a espadelada de linho, as festas das colheitas de diversas freguesias, as vindimas e pisadas de uvas, as rotas gastronómicas, como a rota das pastelarias, e os fins-de-semana gastronómicos que dinamizam a restauração e toda a economia local. Esta é uma iniciativa da autarquia que conta com o envolvimento das juntas de freguesia, das associações culturais e dos principais agentes turísticos do concelho. Como avalia a importância desta colaboração? Parceira é uma das palavras-chave da estratégia de desenvolvimento e de projeção das potencialidades naturais, culturais e humanas do concelho que temos vindo a implementar no sentido de mobilizar todas as chamadas forças vivas locais e de fazermos da promoção do nosso território a nossa principal bandeira. Temos a felicidade de contar com juntas de freguesia, associações, instituições e pessoas dinâmicas e empreendedoras que sabem colocar o interesse coletivo acima de quaisquer outros desideratos, o que muito nos orgulha e constitui um importante fator de motivação para se combater todas e quaisquer inércias e se construir fortes âncoras de desenvolvimento local, como a programação ‘Na Rota das Colheitas’. Esta é já a 5ª edição deste evento. Espera que esta iniciativa traga muitas pessoas ao concelho? Qual o número de visitantes no ano anterior e quais as expectativas para esta edição de 2014?
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Não tenho a menor dúvida de que o programa da ‘Na Rota das Colheitas’, pela diversidade e riqueza das iniciativas e pela forma altamente empenhada e articulada como todos trabalhamos para a concretização das mesmas, acrescentou um grande valor ao turismo e à economia da região, atraindo um crescente número de visitantes ao longo dos quatro meses de duração anual. Temos tido um feedback muito animador da hotelaria, particularmente das casas de turismo rural, assim como da restauração. Muitos milhares de pessoas visitam-nos anualmente e aqui procuram e encontram um turismo cultural e de natureza que tem cada vez mais adeptos. Este é um evento de programação turísticacultural que pretende valorizar as potencialidades agrícolas do concelho. Para além da área agrícola, a área do turismo e o seu desenvolvimento é uma preocupação da autarquia? Porquê e que outros eventos ou projetos têm dinamizado nesse sentido? Como referi, este evento é uma resposta à necessidade de organização da oferta turística e consubstancia a nossa convicção de que a valorização do turismo não pode ficar-se pelo discurso e pela manifestação de intenções, muito menos pode cingir-se a uma visão nostálgica do mesmo. Pelo contrário, reclama sinergias e ações muito concretas de incremento e dinamização das atividades agro-pastoris e artesanais. Iniciativas como a Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde, eventos desportivos de panorama mundial, o
programa ‘Namorar Portugal’ e toda a dinâmica em torno do aproveitamento dos motivos da tradição dos lenços de namorados para o lançamento de novos produtos, inserem-se numa estratégia integrada de desenvolvimento do turismo a partir da valorização das imensas potencialidades do nosso território e das nossas gentes, trazendo maior visibilidade ao concelho, atraindo visitantes e incentivando o empreendedorismo local e mesmo regional. Que projetos tem a autarquia de Vila Verde definidos para um futuro a médio prazo? A Câmara Municipal de Vila Verde tem no seu horizonte a continuidade de todo o trabalho que tem vindo a ser realizado para tornar o território concelhio ainda mais competitivo e com elevados níveis de atratividade. O desafio que este concelho e, no fundo, o país, tem pela frente, é o do crescimento económico e a necessidade de criar condições impulsionadoras do investimento privado, de modo a aumentar a produção de riqueza e a criar-se mais oportunidades de emprego para a população, especialmente para os jovens, no sentido de os fixar nas nossas freguesias e de aqui construírem os seus projetos de vida. Estes são problemas estruturantes que exigem medidas de fundo e reclamam grandes investimentos em infraestruturas na área das vias de comunicação, nos serviços públicos de tratamento de águas residuais e de abastecimento de água e na criação de novas áreas de acolhimento empresarial em locais estratégicos do território, assim como a consolidação
e até ampliação das áreas empresariais já existentes. É ainda fundamental investir na requalificação das nossas zonas ribeirinhas, criando áreas de lazer, equipamentos de desporto, ciclo e ecovias e atraindo ainda mais visitantes em todas as épocas do ano. Estamos completamente empenhados em contribuir para o avanço de grandes projetos supramunicipais, em muitas destas áreas, a serem financiados pelo novo Quadro Comunitário de Apoio, e que serão determinantes para este novo impulso que queremos dar ao Concelho. Uma mensagem aos leitores para que visitem esta 5ª edição da Rota das Colheitas. Esta 5.ª edição da ‘Na Rota das Colheitas’ é mais um passo importante na consolidação de um rico e multifacetado programa de apologia do mundo rural e estou certo de que, pela sua diversidade e riqueza, pela dedicação que os organizadores colocam na preparação de todas e de cada uma das atividades e iniciativas, vai surpreender todos os nossos visitantes de uma forma muito positiva. Acreditem que, nos vários pontos do concelho de Vila Verde onde a Rota das Colheitas acontece, a qualidade, a animação e a valorização das nossas tradições e produtos vão ser as palavras de ordem. Por isso, tenho absoluta certeza de que todos os nossos visitantes vão dar o seu tempo por muito bem empregue e, doravante, vão querer visitarnos todos os anos.
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Cidade de Templários Município de tomar Tal como os cavaleiros templários conquistaram terras aos mouros e as defenderam de invasões árabes, Anabela Freitas, a presidente da Câmara Municipal de Tomar, promete defender o património de Tomar e conquistar um lugar de destaque no turismo em Portugal.
anabela freitas Presidente
M
uito decidida e pragmática, a presidente da Câmara que está em funções há apenas um ano na autarquia de Tomar falou-nos da mudança “revolucionária” que pretende levar a cabo para tornar o município mais apetecivel. Num concelho com 40 mil habitantes, dos quais 18 mil residem no centro urbano e que vive essencialmente do setor dos serviços, Anabela Freitas garante que não é tarefa fácil atrair investimento para a cidade. “Até ao século XX, Tomar viveu da indústria. Existia o Grupo Mendes Godinho que empregava muitos habitantes, bem como a Fábrica de Fiação e as papeleiras. Depois de essas fábricas desaparecerem, todo o tecido industrial foi-se diluindo. De momento, não temos indústria... e por isso vivemos essencialmente de função pública. Temos, felizmente, todas as infraestruturas públicas a funcionarem muito bem; desde o ensino pré-escolar até ao ensino superior, o hospital, o tribunal, o centro de saúde... enfim! De momento grande parte da população ativa está empregada na função pública.” A presidente da Câmara de Tomar refere também que
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os militares são uma parte importante da população activa de Tomar. “Como cidade templária que somos, temos uma grande tradição militar... e o corpo militar cá instalado é também importante para a cidade e para o movimento da mesma”. Relativamente à saída da população de Tomar, a exemplo do que se passa no resto do país, verificase em Tomar um decréscimo populacional. É com preocupação que Anabela Freitas diz que “atualmente a cidade tem uma população envelhecida, facto para o qual contribuiu a extinção da indústria e dos vários postos de trabalho. A saída de tomarenses para grandes centros, principalmente para Lisboa, é uma questão que nos preocupa, pois normalmente estes habitantes não regressam. E se temos uma instituição de ensino superior temos de ter a capacidade para fixar os estudantes em Tomar. Ou seja, temos de nos tornar atrativos do ponto de vista da empregabilidade. Para isso é necessário criar sinergias com entidades existentes para que se possam criar condições para empregar os nossos jovens estudantes”.
Anabela Freitas explica ainda que “muito está a ser feito nesse sentido deste que iniciei o meu mandato”. A autarca esclarece que “já foi firmado um protocolo para a criação de startups de apoio à criação do próprio negócio, para criar condições para os jovens empreendedores investirem; todo o regulamento tem sido alterado e simplificado no que diz respeito às condições de investimento; as operações de ‘charme’ perante a AICEP e a CCDR são feitas regularmente através de argumentos como a boa qualidade de vida que temos para oferecer, a rede rodoviária e ferroviária, a proximidade dos grandes centros, apoio ao microcrédito, enfim...” . A autarca pretende que Tomar conste no lote de destinos apeteciveis para investir em Portugal e acredita que grande parte desse investimento será feito na área do turismo. “O turismo é o nosso corebusiness. Tomar é riquíssima em produtos turísticos. Temos o famoso Convento de Cristo, somos a cidade templária por excelência e por isso temos marcas dos cavaleiros templários por toda a cidade, como o Convento de Cristo ou a Igreja de Santa Maria
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dos Olivais, que tem estado um pouco esquecida mas que nós pretendemos reabilitar. Temos a Sinagoga mais antiga de Portugal e por isso o turismo religioso pode ser também um dos pontos fortes de Tomar. A autarquia esteve presente em Telaviv no sentido de promover precisamente esse turismo religioso e a nossa sinagoga e verificou um aumento de movimento turístico após essa iniciativa. Estamos também a criar ligações com os EUA, um mercado bastante apetecível, no sentido de promover Tomar. Queremos ainda criar a rota da romanização em conjunto com outros municípios, pois Tomar tem descobertas romanas, inclusivé um fórum romano, que se encontra em terrenos privados. Estamos em negociações para ver se conseguimos ‘trazer’ esses terrenos para o domínio público”. Para além do turismo histórico, religioso e patrimonial, Anabela Freitas garante que há outros nichos de turismo que podem ser explorados como, por exemplo, as práticas de desporto aquático. A albufeira de Castelo do Bode é alvo de procura de muitos amantes de atividades radicais aquáticas. A autarca confessa que “já tivemos contactos de equipas europeias de remo, como por exemplo a Seleção da Polónia, para saberem se
poderiam efetuar o seu estágio na albufeira de Castelo de Bode”. No entanto, foi com pesar que Anabela Freitas teve que recusar pois a albufeira não reúne todas as condições para a prática de qualquer desporto federado. “Infelizmente, não depende só da autarquia. Tem de existir o aval de um conjunto de outras entidades”, explica. Para sustentar este projeto de fomentar o turismo em Tomar, é necessário existir resposta hoteleira. A presidente da Câmara garante que “estão a ser feitos progressos nesse sentido. Por exemplo, o Convento de Santa Iria que estava parado e a degradar-se, foi adquirido pela autarquia no sentido de criar um hotel de charme”. A autarca garante que está a ser feito um caderno de encargos para ser captado investimento privado. Tradição, história e património. Assim se define a cidade templária de Portugal – Tomar. A presidente Anabela Freitas, garante que, apesar da situação financeira complicada que herdou do anterior mandato, acredita que vai conseguir promover o concelho ao nível turístico, ao nível de investimento e ao nível da boa qualidade de vida que é possível ter em Tomar.
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Terra de gente afável e hospitaleira Município da sertã Concelho de bom clima, excelentes paisagens e boa gastronomia. São estes os atrativos que José Farinha Nunes começa por apresentar à Revista Business Portugal para apresentar o seu concelho, a Sertã. O presidente do município deixa, desde já, o convite a todos os que queiram conhecer este belo concelho português.
José farinha nunes Presidente
Como gostaria de apresentar a Sertã e as suas potencialidades aos nossos leitores? As potencialidades do município da Sertã são vastas e de qualidade. Bom clima, excelentes paisagens, é um concelho rico em recursos hídricos, é banhado por três albufeiras, boa gastronomia, ótimos equipamentos hoteleiros, proximidade com grandes centros urbanos, e gente afável e hospitaleira, características muito típicas desta região. O que de melhor tem este município para oferecer
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quer aos que o visitem, assim como a quem gostaria de viver na Sertã? Para aqueles que pretendam visitar-nos, podem aqui encontrar tranquilidade, sossego, arte de bem receber das nossas gentes, produtos tradicionais de muita qualidade, enfim, garantidamente um bom retempero de forças para combater o stress da vida quotidiana. Aqueles que pretendam cá instalar-se, garantidamente encontrarão qualidade de vida, uma terra com muito potencial de crescimento, aberta à captação de novos investimentos de onde destaco as oportunidades
proporcionadas pelos setores da floresta e indústria florestal, do turismo e das energias renováveis. São aí que incidem as nossas atenções. Todos aqueles que queiram contribuir para o nosso desenvolvimento podem contar com o apoio do município da Sertã. Que projetos de maior destaque têm sido levados a cabo pela autarquia? Dentro dos constrangimentos da atual conjuntura, que fez com que os tempos degenerassem em desinvestimento, apostámos essencialmente em três
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setores que se conjugam na perfeição com as nossas potencialidades endógenas: floresta e indústria ligada à floresta, turismo e energias renováveis. A constituição do SerQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta por parte do Município da Sertã, juntamente com a Universidade de Coimbra e o LNEC, a reconversão em parceria com um investidor local do antigo Convento de Santo António em hotel de quatro estrelas, e a vontade de retomar o projeto de aproveitamento hidroelétrico de Palhais, são disso bons exemplos. Os espaços públicos e jardins têm também merecido muita da nossa atenção, construído que está o Parque da Cerrada na Vila da Sertã, esperamos pela conclusão a breve prazo das obras do Jardim de Cernache. E depois todos os projetos e investimentos normais na vida de qualquer município. Quais as áreas que têm merecido mais atenção por parte do atual executivo e porquê? Além das atrás referidas, claramente a área social, nela incluída o emprego. Os problemas sociais têm sido desde sempre uma das minhas principais preocupações. Com a conjuntura que vivemos os problemas agravamse. O município está muito atento a estes problemas e através do seu Gabinete de Ação Social tem identificado e resolvido as situações mais agudas de acordo com o competente Regulamento de Apoio. Tem sido feito um investimento considerável em habitações sociais, implementámos o Regulamento de Apoio Social, privilegiamos a colaboração estreita e direta com as IPSS, foi criado o ‘Projeto Saúde Mais,’ e o ‘Banco de Recursos’ está em plena atividade com o apoio do município. Recentemente foi criada a InSer – Incubadora Empresarial da Sertã, de índole social e jovem, esta incubadora visa o apoio, o acompanhamento e a potenciação de oportunidades profissionais aos jovens e desempregados da região, disponibilizando-lhes instalações, serviços de consultadoria e secretariado. Como avalia o papel que a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo tem levado a cabo e o trabalho por ela desenvolvido? A CIM Médio Tejo é uma comunidade muito dinâmica e heterogénea e tem uma característica que me agrada muito: é uma comunidade extremamente solidária. Daí a minha apreciação só podia ser muito positiva. É uma
comunidade bem dirigida e atenta aos problemas e anseios dos seus municípios. Quais os projetos e expectativas que tem para a Sertã? É importante que se cative a atenção do Governo para que se concretizem as orientações estratégicas que idealizamos para o concelho e para a região, esperando que o novo Quadro Comunitário seja decisivo para o nosso desenvolvimento. Quer ao nível das acessibilidades, quer ao nível de equipamentos, de projetos, de ações imateriais, onde se inclui naturalmente a aposta nas energias renováveis, o município deve reivindicar e esperar do poder central medidas para que o concelho e a região se desenvolvam de uma forma categórica e sustentável. Pareceme ainda determinante apostar na regeneração urbana, na manutenção e fortalecimento dos serviços básicos, criar condições para a atração e fixação de população, e também potenciar a atração de unidades produtivas, assim como consolidar as existentes, por forma a criar postos de trabalho duradouros e gerar riqueza sustentada.
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Alcanena, 100 anos de História Município de Alcanena Uma vila portuguesa inserida no distrito de Santarém, na sub-região do Médio Tejo, Alcanena é um concelho com inúmeras potencialidades. Na edição de Setembro a Revista Business Portugal esteve à conversa com o rosto do município Fernanda Asseiceira, presidente da Câmara Municipal de Alcanena, de modo a avaliar as potencialidades da região, a sua indústria e projetos futuros.
FernaNDA aSSEICEIRA Presidente
“A
s potencialidades do concelho de Alcanena estão muito relacionadas com a sua localização”, foram estas as palavras que iniciaram a nossa conversa com Fernanda Asseiceira. Situada junto ao nó da A23 e da A1, Alcanena está referenciado no plano nacional do ordenamento de território como sendo a porta Norte de Lisboa. A centralidade do município é uma das vantagens inerentes às diversas potencialidades do país, sendo
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que estão a ser desenvolvidos projetos nomeadamente ao nível do planeamento e ordenamento do território com a revisão do PDM, com o objetivo de potenciar este nó com uma área bastante significativa, de extrema capacidade de atractividade e de desenvolvimento, para implementação de uma grande área empresarial, “a mais central do país”. Alcanena possui ainda inúmeras condições favoráveis associadas ao turismo, que devem ser aproveitadas da forma mais rentável e proveitosa para o município.
O turismo de natureza, a paisagem, o desporto, e a excelente localização origina que estejam em curso vários projetos, nomeadamente na implementação de rotas em todo o concelho, com a criação de percursos de BTT e percursos pedestres em cada uma das freguesias do concelho. Fernanda Asseiceira esclareceu que “procuramos sempre pensar no concelho de forma integrada. Pretendemos trazer pessoas à serra. Que as pessoas da região e os turistas possam circular de várias formas, de carro, a pé e de bicicleta, com o intuito de
REVISTA BUSINESS PORTUGAL MUNICÍPIOS EM DESTAQUE desenvolver a parte turística do concelho”.
Alcanena: Capital da pele “A indústria dos curtumes e a pele enquanto matériaprima é algo de que nos orgulhamos imenso. É um produto que se distingue pela qualidade, internacionalizado, que tem vindo a conquistar novos mercados”, revela Fernanda Asseiceira. Alcanena é intitulada como capital da pele, atualmente uma marca registada, e reconhecida mundialmente, tendo já diversificado a gama dos seus produtos, estando presente também no setor do mobiliário e na indústria automóvel. É uma indústria em constante crescimento, em que os postos de trabalho continuam a aumentar, o que significa um fator de atração de novas pessoas para o concelho de Alcanena.
Sustentabilidade ambiental do concelho Os projetos idealizados e em curso para o município de Alcanena são inúmeros, Fernanda Asseiceira destacou a importância de um projeto de sustentabilidade ambiental como meio de desenvolvimento da economia da região e da temática social. “Quando falamos em desenvolvimento sustentável, estamos a referirmo-nos também à preocupação com a vertente económica e social, pois procuramos ser um município solidário, preocupamo-nos com as pessoas mas também temos grandes preocupações ambientais. O concelho está muito associado a problemas de natureza ambiental mas actualmente estão em curso
projetos, que vão significar um virar de página e que se vão traduzir numa melhoria na qualidade de vida das pessoas e na valorização da indústria e de todo o território”. No ano de 2009 foi estabelecido um protocolo com o ministério do ambiente, actualizado em 2013, estando atualmente em curso a requalificação da Etar, concurso para uma intervenção na rede de colectores e a eliminação de um aterro de lamas. Os dois últimos projetos estão a decorrer em simultâneo e a conclusão está prevista para o final de 2015. Outros projetos de grande importância foram referidos ao longo de toda a entrevista, nomeadamente no apoio da Câmara Municipal às associações. “O apoio associativo é muito relevante no concelho de Alcanena, pois consideramos que as associações são parceiros fundamentais ao nível social, cultural e desportivo”.
Fixação jovem em Alcanena O problema do envelhecimento da população é um fator que se evidencia por todo o país. O concelho de Alcanena tem vindo a registar uma taxa de empregabilidade favorável e muito positiva, apesar de continuar a assinalar a falta de resposta para toda a diversidade de formação superior que nos dias de hoje se faz sentir em grande parte da população jovem. “Infelizmente apesar da nossa taxa de desemprego registar valores baixos, não conseguimos em muitos dos casos responder às solicitações mais qualificadas das camadas mais jovens, o que os obriga a sair da região, e procurar emprego fora, fixando-se muitas das vezes nas cidades onde fizeram a sua formação superior”,
esclareceu a presidente da Câmara Municipal de Alcanena. É uma situação que só pode ser ultrapassada com uma dimensão regional e nacional.
Novo mapa judicial… a favor ou contra? “Tem sido muito complicado estarmos a passar por alterações e reorganizações com grande impacto no território, enfrentando decisões da administração central com as quais não concordamos. Aconteceu com a redução do número de freguesias contra tudo e contra todos e agora com o Tribunal de Alcanena que passou a seção de proximidade. É injusta e até desumana a forma como o processo se desenrolou”. Fernanda Asseiceira afirma que tem esperança que o tribunal de Alcanena volte a abrir num futuro próximo, com a mudança de Governo. “Lutámos até ao fim, para que a situação fosse evitada. O que está a acontecer, infelizmente, dá-nos razão… não bastava uma justiça distante, temos agora uma justiça parada.”
O amanhã de Alcanena O grande desafio atualmente debate-se na questão do virar a página na vertente ambiental do concelho de Alcanena. Mas “acredito que o futuro é promissor e com trabalho e dedicação vamos conseguir alcançar todos os projetos idealizados, tendo em conta que estamos no início de um novo quadro comunitário, e pretendemos aproveitar essa oportunidade o melhor possível, para concretizar os projectos que ainda fazem falta a este concelho que assinala em 2014 o seu Centenário”, revela Fernanda Asseiceira.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS E REABILITAÇÃO URBANA
investimentos imobiliários e reabilitação urbana
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á um grande projeto que merece referência nesta nossa edição. Mark Shuttleworth, um milionário sul-africano, teve um sonho aquando uma das suas muitas viagens: fazer do Príncipe um exemplo de proteção da natureza e desenvolvimento sustentável. A ideia foi avante e está agora a ser concretizada por portugueses, na ilha perdida do Equador. Esta é uma missão que muitos acreditam poder mudar o mundo. Como é óbvio, a sua revista tinha que lhe dar a conhecer um projeto desta envergadura. Convidamo-lo a conhecer o mesmo nas páginas que se seguem. Mas, para além deste investimento, apresentamos-lhe também a Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários e o seu papel fulcral na defesa destes profissionais e na criação de uma porta de entrada em Portugal aos investidores estrangeiros no nosso país. Conheça ainda o papel desenvolvido pela Gebalis na requalificação dos bairros lisboetas, um trabalho que merece todos os louvores.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS E REABILITAÇÃO URBANA
Gestão e reabilitação dos bairros municipais de Lisboa gebalis A Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa é exemplo da boa gestão dos bairros da cidade que a Câmara Municipal lhe transmitiu. Pedro Tomás, diretor de conservação e património, em conversa com a Revista Business Portugal, revelou alguns dos projetos da GEBALIS, nomeadamente no âmbito da reabilitação dos bairros municipais.
Pedro Tomás Diretor de Conservação e Património
Reabilitação e Requalificação dos bairros de Lisboa
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defesa por uma política de gestão integrada, que privilegie a administração dos bairros, a qualidade de vida das pessoas residentes e a conservação do património, são princípios defendidos pela GEBALIS. “Promover a qualidade de vida, instruir a integração social, incentivar à autonomia das populações residentes, estimular a preservação do património com um forte apego, são valores que a GEBALIS transmite nas suas ações de sensibilização e formação nos diferentes bairros espalhados por Lisboa. Uma caminhada ao longo de 66 bairros, com cerca de 22700 frações de habitações”, revela Pedro Tomás.
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Apesar de muitos dos bairros municipais serem de construção relativamente recente, estes têm épocas, anos e formas de construção distintas, o que implica diferentes arquiteturas, métodos de construção e materiais aplicados. Esta situação confere a existência de diferentes patologias no edificado, sendo que, também o modo de utilização e apropriação dos espaços é diferente de caso para caso, o que obriga a intervenções quase à medida. Acontece com alguma regularidade, serem chamados para a resolução de problemas causados e da responsabilidade dos próprios moradores, outros, fruto de algum vandalismo existente nos bairros
e má apropriação, revelados pela forma como a habitação é utilizada, que não é a mais indicada nem a socialmente mais correta. Daí que, a par com a gestão do arrendamento, a GEBALIS desenvolva um grande trabalho na formação, sensibilização e transmissão de boas práticas aos moradores, para proporcionar uma melhor vivência adaptada à nova realidade habitacional e forma de cidadania ativa. A GEBALIS, nestes 18 anos de gestão do património municipal, tem focado a sua ação na manutenção, reabilitação e requalificação do património. “Se o nosso orçamento é suficiente para a conservação, que temos que fazer? É o orçamento que temos, mas confesso que não é o ideal. O valor mínimo para conseguirmos realizar uma boa ação de reabilitação em todos os bairros, passaria pelos 121 milhões de euros para um investimento programado e a longo prazo.” O baixo valor das rendas cobradas pela GEBALIS, calculadas com base na estrutura e rendimento do agregado familiar, será uma das razões para que o orçamento existente não seja o desejado. Pedro Tomás refere que, “recentemente foi realizado um estudo com alguma profundidade, onde constatámos que se aplicássemos o valor de uma renda, em que esta não fosse o valor de uma renda social, mas sim de uma renda de valor de mercado, conseguiríamos reunir um valor mais elevado.” Isto porque, o valor aplicado na manutenção e conservação do edificado provem única e exclusivamente dos valores das rendas. A realização de obras mais estruturais só é possível através da celebração de contratos-programa estabelecidos entre a GEBALIS e a Câmara Municipal de Lisboa. Pedro Tomás faz questão de distinguir o trabalho de reabilitação e requalificação, “dois termos distintos, muitas vezes confundidos, mas fundamentais para exercer um bom resultado nas diferentes infraestruturas”. Para ilustrar estas duas realidades toma-se como exemplo de uma requalificação, a obra a decorrer no Bairro do Condado, na Freguesia de Marvila. Perante uma zona de edificado que se encontrava com alguns problemas estruturais, agravados por situações de insegurança potencializados pela disposição e distribuição dos lotes existentes, foi decidido conjuntamente entre a GEBALIS e a Câmara Municipal de Lisboa, enquanto proprietária dos fogos, promover a requalificação desta malha urbana enquadrada no Programa Viver Marvila.
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A ação implicou a demolição de prédios, construção de zonas de lazer e estacionamento e a reabilitação de edifícios da Avenida João Paulo II (ação em curso). Com esta obra, ganhou-se em segurança, conforto, harmonia arquitetónica e valorização do património, fatores que se traduzem numa melhoria significativa da qualidade de vida dos residentes e restantes munícipes da cidade. A utilização do espaço existente foi alterada e modificada. Já no Bairro da Boavista, temos um exemplo de uma obra de reabilitação aliada à inovação através dos materiais aplicados, face à dimensão da mesma (dois quarteirões), a obra tem merecido a atenção da comunidade académica e de profissionais do setor. É um projeto em curso, financiado por fundos do QREN em 65 por cento e pelo Município de Lisboa em 35 por cento, estando inscrito no Programa Boavista Ambiente+. Nestes edifícios, o revestimento adotado (ETIC) tem uma componente natural, a cortiça. Deste modo, aproveita-se um recurso natural abundante no país, reconhecido pelas suas propriedades de isolamento térmico e acústico. O projecto em causa envolveu o LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) e a Lisboa E-nova (Agência Municipal de Energia-Ambiente de Lisboa). A preocupação ambiental é uma presença muito forte nesta obra, embora o principal objetivo do projeto seja o de proporcionar melhores condições no desempenho ambiental dos edifícios, com materiais ecológicos que respondam às necessidades das habitações e consequentemente ao conforto dos habitantes.
Bairro da BoaVista
O amanhã da GEBALIS “Pretendemos continuar a desempenhar um trabalho de mérito e a melhorar a qualidade de vida nos bairros municipais de Lisboa, continuar a merecer a confiança do nosso acionista, a Câmara Municipal de Lisboa e agradar aos nossos clientes – os munícipes da cidade. Essencialmente, temos uma excelente capacidade de mostrar trabalho, de partilhar experiências e conhecimento co0m a academia e delegações nacionais e estrangeiras que nos visitam e exploram conjuntamente com a GEBALIS a experimentação de materiais e métodos”, conclui o diretor Pedro Tomás.
Bairro do Condado
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Em prol dos promotores e investimentos imobiliários Associação portuguesa de promotores e investidores imobiliários Uma atividade económica de enorme impacto social, como é a promoção imobiliária, exige uma associação forte e representativa, como é a APPII desde 1991. Reunem as maiores e mais credíveis empresas de promoção imobiliária, que reconhecem o seu compromisso com a sociedade de construir melhores ambientes urbanos, com um elevado nível de profissionalismo e contribuindo de uma forma decisiva para a criação de verdadeira riqueza em Portugal. Falamos com Henrique de Polignac de Barros, presidente da direção.
Miguel de Castro Neto e henrique de polignac de barros na inauguração das novas instalações da APPII Secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza e Presidente da Direção
Começo por lhe pedir que nos faça uma apresentação da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários. Qual o seu principal propósito e objectivos? A APPII foi criada em 1991 e tem sido, ao longo dos 23 anos de existência, um ponto de encontro único e incontornável de contacto dos principais players do setor, revelando-se um centro vivo de troca de experiências, conhecimentos e de negócios. Com efeito, um dos propósitos que presidiu à criação da APPII - o da união dos promotores imobiliários portugueses em torno de uma só associação, permitindo criar uma porta de entrada aos investidores estrangeiros -, continua hoje a estar bem presente.
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Aliás, a APPII, como o seu próprio nome indica, reúne os mais importantes promotores e investidores imobiliários, sendo por isso um local privilegiado para a concretização de parcerias e negócios entre os promotores e investidores nossos associados. Fruto das novas tendências do mercado, temos apostado na internacionalização e abertura às novas oportunidades e é já larga a adesão do investimento estrangeiro à nossa Associação. Temos procurado incrementar uma política de contacto direto entre o investimento (atualmente, maioritariamente estrangeiro) e o promotor imobiliário, no âmbito de uma entreajuda benéfica para os nossos associados. Outro dos grandes desafios é também o alargamento
da base geográfica da APPII, pelo que temos vindo a angariar novos associados por todo o país, com destaque para o Porto e Madeira, onde temos estado recentemente muito ativos. Que mais valias têm para oferecer aos vossos associados? Na APPII temos bem presente a preocupação de representar para os nossos associados um plus nos seus negócios. Assim, procuramos representar um reforço dos investimentos e ativos imobiliários dos nossos associados, o que fazemos da seguinte forma: • Queremos consolidar-nos como um forte e importante ponto de contacto entre promotores e investidores
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imobiliários, nacionais e estrangeiros; • Mantemos um diálogo constante com o Estado, numa lógica de crítica construtiva e interlocutor responsável face às instâncias autárquicas e governativas; • Vimos defendendo, desde a primeira hora, a captação de fundos comunitários para o setor e - não menos importante – a captação de investimento estrangeiro; • Vamos retomar os famosos almoços-debate, que permitem o contacto direto entre o poder político com influência no setor e os nosso associados; • Lançámos uma nova forma de debate: as Executive Breakfast Sessions da APPII, onde os nossos associados têm, em exclusivo, a possibilidade de trocar ideias com as entidades decisoras e com os demais intervenientes do setor. Que avaliação faz do setor, atualmente? O setor está em franca recuperação, um processo que tem estado ligado a uma mudança no paradigma da promoção imobiliária, que teve origem, por um lado, na situação económico-financeira dos portugueses e na quebra da fileira do imobiliário, mas por outro, no recente aumento do investimento estrangeiro, em que 21 por cento do investimento imobiliário português já é feito por estrangeiros. Com efeito, a recente vaga de investimento estrangeiro tem sido da máxima importância, muito relacionada com a atribuição dos ‘Golden Visa’ (com o encaixe de mais de 800 milhões de euros desde o início do programa, dos quais cerca de 500 milhões dizem respeito a negócios concretizados no último semestre), bem como do regime do ‘Residente Não Habitual’, que contribuíram para combater os atuais constrangimentos do mercado imobiliário. Com o escoar de muito stock imobiliário, que aqueles regimes proporcionaram, os promotores imobiliários começam agora a estar em condições de voltar a olhar novamente para o mercado. Na sua opinião, o que seria necessário mudar? Como já referi, a mudança relaciona-se com o novo paradigma da promoção imobiliária, devendo os
promotores imobiliários ajustar-se às novas realidades. Este novo paradigma tem-se baseado num novo modelo de desenvolvimento, fundado na regeneração dos centros das cidades, com especial destaque para a reabilitação e o arrendamento. Note-se que 27 por cento das habitações em Portugal precisam de obras, sendo que nas principais cidades portuguesas essa taxa sobe 43 por cento. A forma clássica de realizar a promoção imobiliária não pode ser hoje encarada como o único caminho possível. Os promotores devem procurar encarar a reabilitação e o arrendamento como novas janelas de oportunidade, em alternativa à promoção imobiliária ‘tradicional’. Insisto que não devemos esquecer que Portugal está na rota dos investidores estrangeiros e que isto, somado o nosso produto imobiliário de qualidade, ao preço mais baixo dos nossos imóveis comparativamente com outros pontos da Europa, ao nosso clima de exceção e à nossa enorme capacidade em bem receber, torna o mercado imobiliário português um grande atrativo, que deve ser explorado por todos. A própria APPII já se adaptou e conta com importantes investidores estrangeiros como seus associados, que procuram entrar no mercado imobiliário português sob a égide de uma associação credível e que está no mercado há 23 anos. Notam o apoio necessário por parte das entidades competentes? Se pelo lado do investimento, o Governo proporcionou ao mercado um grande desenvolvimento com a aprovação dos regimes dos ‘Golden Visa’ e do ‘Residente Não Habitual’, pelo lado do promotor, é prioritário terminar o processo de incentivos à construção, com especial destaque para a reabilitação e arrendamento. Na verdade, a aposta do Governo na regeneração urbana já foi iniciada, através de uma séria de medidas entretanto implementadas: flexibilização do regime jurídico da reabilitação, aprovação das alterações ao novo Regime do Arrendamento Urbano, ou a criação
de alguns incentivos fiscais. Contudo, há ainda muito para fazer nesta matéria, de modo a tornar a reabilitação e o arrendamento um efetiva realidade (a reabilitação representa apenas 6.5 por cento do setor da construção em Portugal, enquanto que a média europeia são 36.8 por cento). A implementação das novas medidas deve possibilitar aos promotores a venda dos seus produtos a preços rentáveis, mas também compatíveis com as possibilidades dos portugueses. É absolutamente prioritário baixar o custo da reabilitação, tornando-a atrativa. Para isso, devem ser ainda adoptadas algumas medidas: (1) criação de linhas de financiamento direto à reabilitação nos novos quadros comunitários de apoio (que não se limitem à eficiência energética), (2) alargamento aos proprietários dos incentivos concedidos às autarquias e SRU´s; (3) redução e uniformização das taxas de licenciamento; (4) desburocratização do licenciamento (um dos maiores entraves ao investimento estrangeiro, recorde-se que 20 por cento do custo total da construção é gasto em burocratização) e (5) criação de uma reabilitação de escala, com parcerias estratégicas entre câmaras municipais e promotores imobiliários, para intervenções integradas em áreas pré-determinadas. Inauguraram no passado dia 9 de setembro as novas instalações da APPII. Este é mais um passo de dinamização e crescimento? Assim é. As novas instalações permitem-nos concretizar os atuais objetivos da APPII: reaproximação aos seus associados e potenciar a troca de experiências e de negócios entre promotores e investidores imobiliários nossos associados. A inauguração das novas instalações ficou marcada por uma forte afluência de várias personalidades do setor imobiliário, destacando-se a presença do Secretario de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel Castro Neto, bem como de um grande número de promotores e investidores imobiliários, nacionais e estrangeiros.
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Uma autêntica ilha oceânica no meio do Golfo da Guiné HBd Reza a história que a ilha do Príncipe foi descoberta em 17 de janeiro de 1471, já lá vão mais de cinco séculos, por corajosos navegadores portugueses, quase um mês depois de São Tomé, a ilha mãe deste arquipélago no golfo da Guiné.
Nuno Rodrigues CEO
A
tualmente, mantém a singularidade das suas paisagens, capazes de cortar a respiração de quem as visita e recantos do seu território que permanecem intocados pelo homem. Dos 543 anos de história, apenas 39 foram vividos sob a égide da independência, traduzindo-se num ‘quase’ esquecimento e desenvolvimento diminuto da ilha. Sendo a segunda ilha do arquipélago de S. Tomé e Príncipe, com apenas 142 quilómetros quadrados e 7.500 habitantes, é talvez dos poucos locais no mundo que se pode classificar como um “verdadeiro paraíso na terra”, graças à sua paisagem natural e biodiversidade, tal como outras ilhas do golfo da Guiné, nomeadamente Bioko e Pagalu. Desta forma, a ilha do Príncipe é considerada ainda ‘a casa’ para várias das espécies únicas e ameaçadas do planeta, sendo que o passar dos séculos alterou o curso da evolução da maioria das espécies que habitam este pedaço de terra esquecido. Atestando este caráter único, em julho de 2012, quando se comemoravam os 37 anos de independência de
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São Tomé e Príncipe, a UNESCO decidiu reconhecer a ilha do Príncipe como ‘Reserva da Biosfera Mundial’. O presidente do Governo Regional da Ilha do Príncipe da altura e atual, José Cassandra, enaltece “o equilíbrio que existe no Príncipe, entre a conservação e o desenvolvimento e, sobretudo, a convivência entre o homem e a natureza. Portanto, quer dizer que a grande parte da natureza autóctone ainda existe na ilha”. São Tomé e Príncipe é ainda o habitat para cerca de 25 espécies de aves endémicas, um número extraordinário e comparável ao arquipélago das Galápagos (22 espécies), com um tamanho oito vezes superior a São Tomé e Príncipe.
Bill Gates sul-africano Passar as sensações e emoções da ilha, de viver o Príncipe de uma forma diferente, convidar as pessoas a conhecerem a ilha, a querem tocar-lhe, olhar e sentir a magia e os encantos desta pequena, mas enorme,
ilha no meio do Atlântico, foi o projeto a que Mark Shutteworth se propôs em 2009, quando o avistou do céu, antes de aterrar o seu jato particular neste pequeno paraíso. Este milionário, de apenas 40 anos, foi aclamado durante muito tempo como ‘Bill Gates sul- africano’ e tem como objetivo “tornar o impossível, possível”, revela Nuno Rodrigues, CEO da HBD, que viu no Príncipe a oportunidade de concretizar um projeto assente num desenvolvimento sustentável, em que tudo tem que estar em perfeita harmonia com a natureza. Desde cedo que Mark Shutteworth se revelou um homem “à frente do seu tempo”. Com apenas 22 anos, e ainda estudante de Economia da Cidade do Cabo, mas já um aficionado pela área da informática e dos computadores, tentou a sua sorte no ainda inexplorável mundo da internet. Assim sendo, formou uma pequena empresa na garagem dos pais e direcionou toda a sua energia para um nicho de mercado: a segurança do comércio eletrónico, os certificados de identidade e a
REVISTA BUSINESS PORTUGAL INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS E REABILITAÇÃO URBANA assinatura digital. Volvidos apenas quatro anos, demonstrou que apostou ‘no cavalo certo’, ao vender a sua empresa, a Thawte ao VeriSign de Silicon Valley, tornando-se oficialmente milionário, com uma fortuna avaliada em 500 milhões de euros. “O passo seguinte foi uma viagem ao espaço, área pela qual sempre se mostrou apaixonado e que teve um grande destaque na imprensa, pelo facto de ser o primeiro sul-africano no espaço e por ter realizado uma conferência com Nelson Mandela”, revela o CEO da HBD. Do espaço traz dois conceitos: a intervenção humana na terra é enorme e a proximidade entre povos é inquestionável. Com essa fortuna criou a HBD, uma empresa na área do investimento, voltada essencialmente para a inovação e as startups tecnológicas. “O Mark Shutteworth tem utilizado a sua fortuna para apostar em negócios que exprimam uma consciência de inovação”, salienta Nuno Rodrigues; ou seja, é verdade que já existem sistemas operativos para os computadores, mas que são pagos. Na ótica deste visionário, os sistemas operativos têm que ser gratuitos, no sentido de que não se pode limitar o acesso à informação, já que é a informação que move o mundo. Os sistemas operativos de Mark Shutteworth têm uma grande implementação em África e vão agora começar a ser comercializados para outros dispositivos, como tablets e smarthphones em várias partes do mundo, sempre numa lógica de propagar o acesso à informação. A HBD propõe-se ainda fazer coisas que ainda não foram feitas, “é como um ovo de Colombo, nós fizemos, foi inovador e, depois, todos conseguem fazer”, revela o nosso interlocutor. “A ideia também é essa, porque isso quer dizer que o modelo foi bem construído”, conclui. Mark Shutteworth visa ainda provar que é possível promover um desenvolvimento económico sustentável, ou seja, criar riqueza, preservando a biodiversidade.
Inovação no Príncipe “Já há muito tempo que a HBD queria executar projetos ligados à inovação social em São Tomé e Príncipe, mas nunca arranjámos ninguém que tivesse credibilidade para nos ajudar a fazer isso”, começa por dizer Nuno Rodrigues. Atualmente, a HBD desenvolve diversos projetos em parcerias com instituições de renome: “estamos com um projeto com a fundação Calouste Gulbenkian e com a fundação EDP que vai dar visibilidade ao trabalho que estamos a desenvolver no Príncipe”, refere o CEO da empresa. Hoje em dia, existe uma grande preocupação com a sustentabilidade, que deve andar de mãos dadas com aquilo que se constrói, que deve estar em simbiose perfeita com a natureza. “Existem cada vez mais clientes preocupados com esta temática, e que estabelecem critérios muito específicos quando decidem gastar o seu dinheiro numa férias e, ao mesmo tempo, contribuir para determinadas causas”, adianta Nuno Rodrigues. Assim sendo, os promotores imobiliários mostram um interesse crescente em demonstrar que os seus projetos estão integrados neste desenvolvimento sustentado. Um dos pilares fundamentais que o projeto da HBD trouxe para a ilha do Príncipe foi a criação de emprego,
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dado que em todo o arquipélago existe uma total taxa de inadequação dos seus quadros e uma taxa de desemprego bastante elevada. A economia da ilha gira à volta da daquilo que a terra dá, nomeadamente a pesca e a agricultura, e existe ainda uma componente associada aos serviços, nos quais a hotelaria desempenha um papel fundamental. Há três anos atrás, antes da chegada de Mark Shutteworth e da equipa da HBD, a realidade desta ilha do Golfo da Guiné era bastante diferente. Os habitantes do Príncipe eram e, infelizmente, ainda são bastante pobres. Não raras vezes valem-se apenas dos alimentos que derivam das árvores de fruta dos quintais e dos matos… Mas passam diversas necessidades, nomeadamente, a dupla insularidade, que cria uma dependência constante do barco de mercadorias vindo de São Tomé para os bens essenciais; como as leguminosas e o combustível que move toda a ilha, o gasóleo. A dependência deste combustível é tal que a eletricidade funciona através de geradores alimentados por este. A pobreza na ilha é uma constante, quer seja nos pés descalços das crianças que jogam à ‘bola’ com frutapão ou garrafas de plástico, ou nas habitações ao estilo espartano, onde não existe em praticamente nenhuma casa de banho; na roupa ressequida pelo tempo ou na magreza extrema da população. Encontramo-la ainda nas crianças que pedem boleia para escola, para encurtarem as duas horas de caminho que têm que percorrer diariamente. O maior empregador da ilha era o Governo Regional, e na quase totalidade das pessoas auferia o salário mínimo nacional, cerca de 40 euros. O cenário alterouse completamente. Findos três anos, o projeto da HBD emprega atualmente 460 funcionários, dos quais cerca de 8 por cento são ex-patriados. “Existe a criação líquida de emprego que, em termos locais, representa cerca de 430 postos de trabalho, com salários bastante acima dos praticados, o que está a ter um impacto económico bastante interessante”, refere o CEO da HBD. Por outro lado, a criação deste projeto, que passa por toda a sua
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constituição em Portugal, “por força nossa, porque assim o ditamos, ao demonstrar que não era necessário um investimento vindo diretamente da África do Sul, pois havia uma mais valia a nível diplomático e de capacitação do projeto, permitiu criar 30 postos de trabalho para jovens talentos”, sublinha Nuno Rodrigues. Mas o que se pretende neste projeto é que os ex-patriados transmitam todo o seu conhecimento para os habitantes locais de forma a que, dentro de poucos anos, os locais estejam perfeitamente capacitados. Esta capacitação é também vantajosa ao nível económico, uma vez que os custos de ter uma pessoa deslocada são muito mais elevados do que com um habitante local. A ampliação do aeroporto da ilha do Príncipe foi outro dos aspetos focados pelo projeto da HBD, que espera que venha a ter um grande impacto na ilha. “Esta era uma questão estratégica, dado que a dupla insalubridade se reflete diariamente no Príncipe, com apenas um voo diário limitado a 18 lugares”, adianta o CEO. Assim sendo, o investimento da HBD vai permitir ter um aeroporto com naves de maior porte, que transportem entre 60 a 70 pessoas, mas de forma a não permitir a massificação rápida da entrada de pessoas. Para Nuno Rodrigues, o que realmente vai alavancar a economia nos próximos anos é a construção de pequenas unidades hoteleiras, que vão atrair turistas com elevado poder de compra. E para o correto funcionamento do setor turístico, torna-se fundamental dotar os habitantes locais da língua inglesa, que, nos dias de hoje, se tornou o idioma transversal a nível mundial. Neste sentido, foi deslocalizada para a ilha uma equipa de professores que dão aulas às crianças durante o dia, enquanto que durante a noite ministram um curso de formação aos adultos. Por outro lado, é necessária uma estruturação dos negócios, porque os turistas que futuramente chegarão à ilha vão à procura de experiências que serão criadas localmente por habitantes da ilha. Sendo um país altamente dependente da agricultura, a questão agrícola torna-se fundamental. Alimentos como o cacau, o café, a pimenta e a baunilha são produtos de
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excelente qualidade que necessitam de uma roupagem nova, de forma a criar uma gama exclusiva de produtos, como forma de valorizar a ilha e a sua atividade agrícola. A questão dos cuidados médicos é também premente na medida em que, atualmente, não existe uma estrutura de saúde condigna, um dos aspetos fundamentais e necessários para um desenvolvimento sustentado.
Desafio irresistível Com um palmarés profissional invejável, em que se conta uma passagem pela Deloitte e a publicação de um livro sobre Direito Comercial, Nuno Rodrigues é, desde 2011, o CEO da HBD. “Tinha a oportunidade de gerir uma grande empresa, trabalhar com alguém tão genial como o Mark e num projeto inovador a nível mundial. Era impossível não aceitar”, sublinha Nuno Rodrigues. Para concretizar o sonho de este milionário sul-africano, o CEO da HBD tem duas regras básicas: “todo o dinheiro que gastámos está documentado ao cêntimo, e não admitimos qualquer tipo de descriminação, de raça, sexo, religião ou outra”.
Futuro Qual será o futuro do Príncipe daqui a uma década? Ninguém sabe. Nuno Rodrigues deseja que a ilha esteja “economicamente sustentável e com pleno emprego, sempre numa lógica de desenvolvimento concertado com a natureza e a população”. Idealmente, e num futuro não muito longínquo, a ideia é de que este projeto assente no desenvolvimento sustentável, desenvolvido pela HBD seja replicado para outros sítios de África ou, quem sabe, do mundo. Mark Shutteworth não quer fazer nada que possa ser visto do ar ou do mar. Nada que transforme a silhueta perfeita da ‘ilha verde’ que esconde os seus tesouros abrigados numa geografia impossível e uma floresta “quase” impenetrável.
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empreendedorismo e startups
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udo começou durante a época que chamamos de ‘bolha da Internet’, entre 1996 e 2001. Apesar de usado nos EUA há várias décadas, só na bolha ‘ponto-com’ o termo ‘startup’ começou a ser usado por aqui. Significava um grupo de pessoas a trabalhar com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia dar lucro. Além disso, ‘startup’ sempre foi sinónimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento. Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa no seu período inicial pode ser considerada uma “startup”. Outros defendem que uma ‘startup’ é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Mas há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma ‘startup’ é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável. O modelo de negócios é como a ‘startup’ gera valor - ou seja, como transforma o seu trabalho em dinheiro. Ser escalável é a chave de uma ‘startup’: significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos bastante baixos. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza. Micro e pequenos empreendedores, assim como grande empreendedores, encontram nas ‘startups’ uma forma de crescimento, uma espécie de teste/adaptação de mercado, onde se objetiva alcançar um grande número de clientes, evoluindo rapidamente em termos de lucros, sem que haja um aumento significativo de custos, tudo isto num curto espaço de tempo. Assim, os empresários têm a possibilidade de estudar a viabilização ou não do seu projeto, a sua aceitação no mercado, assim como o seu público-alvo. Dos melhores exemplos de startups que vigaram, cresceram e atualmente são empresas de grande referência, temos a Google, o Twitter, o MySpace e a Jamba Juice.
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startup lisboa INOVAÇÃO E EMPREENDORISMO A Startup Lisboa é uma incubadora de empresas, que acolhe empreendedores e startups na área Tech, Comércio e Turismo. Trata-se de uma associação sem fins lucrativos que nasceu em 2011, graças à vontade dos cidadãos, já que foi uma das ideias mais votadas no Orçamento Participativo de Lisboa, uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa. Tem como fundadores três instituições: Câmara Municipal de Lisboa, IAPMEI e Montepio.
Fotos: Startup lisboa
Quais os seus principais objetivos? A Startup Lisboa foi criada com a missão de apoiar o desenvolvimento e o crescimento das startups, ajudando-as a atrair clientes, investimento, a escalarem e a tornarem-se globais. Outros dois objetivos que desde o início presidiram à sua criação são a criação de emprego e contribuir para a requalificação e revitalização urbana, económica e social da Baixa de Lisboa e do centro da cidade em geral.
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Expliquemos aos nossos leitores as suas várias vertentes… Como funciona a StartUp? A Startup Lisboa possui neste momento dois edifícios, um destinado a acolher empresas de base tecnológica (Rua da Prata) e outro para as empresas relacionadas com comércio, turismo e serviços (Rua Castilho). Temos um terceiro edifício, também na Rua da Prata, e igualmente para projetos tecnológicos, prestes a ficar concluído e que será mais um pólo agregador de startups e ajudará a responder à enorme procura de apoio por parte de
jovens empreendedores nacionais e estrangeiros que temos tido. O nosso modo de funcionamento e apoio às empresas consiste num modelo de incubação que inclui a cedência de espaços de trabalho a um custo abaixo do valor de mercado. Mas mais importante do que isso, a Startup Lisboa estabelece a ligação a mentores (fundadores de empresas, CEO ou especialistas) para ajudar os empreendedores a desenvolverem o seu negócio; providencia o acesso a parceiros que oferecem, ou disponibilizam a um custo mais baixo, serviços
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especializados; conecta os empreendedores a business angels, investidores de capitais de risco e outros tipos de financiamento; promove a partilha de conhecimento entre os incubados e atividades e eventos de networking; organizando atividades exclusivas, como workshops e sessões de esclarecimento, para os empreendedores incubados. De um modo geral, tentamos que as nossas incubadas desenvolvam o seu negócio de forma eficaz e crescente para que num espaço de três anos (tempo máximo que as empresas podem ficar incubadas) estas possam ser independentes e bem sucedidas e dêem lugar a outras para passarem pelo mesmo processo. Como tem sido a aceitação da mesma? Muito boa. Nascemos num período de grave crise económica e financeira, não só em Portugal mas um pouco por todo o mundo, mas é em momentos complicados que surgem as grandes oportunidades e temos tido através dos diversos projetos bem-sucedidos e postos de trabalho criados, direta e indiretamente, a perfeita noção de que este trajeto tem valido muito a pena. O interesse mediático que a constante criação de projetos inovadores e de sucesso tem despertado nos media tem elevado internacionalmente o nome da nossa incubadora e tem permitido que muitos dos nossos projetos se vão expandido e tornando em referências em mercados internacionais, o que também nos permite captar o interesse de projetos estrangeiros para Lisboa. Tudo isto tem sido fortalecido por uma rede de apoio (parceiros, mentores, empresas e entidades parceiras) e hoje em dia orgulhamo-nos que muitos nos vejam como um porto de esperança, alguém que pode ajudar novas empresas a crescerem, criarem postos de trabalho e contribuírem para o desenvolvimento económico do país. Sentimos orgulho mas, acima de tudo, uma grande responsabilidade, já que devemos unir este ecossistema empreendedor e fortalecê-lo para que sobreviva à crise e à pós-crise. Nesta edição em particular falamos de empreendedorismo e inovação. Qual tem sido o papel da StartUp nestas duas vertentes? Nascemos como apoiante fiel do movimento empreendedor e da inovação como fator diferenciador
no mercado de negócios. Isso está na nossa génese e faz, inclusivamente, parte dos critérios de avaliação que temos para receber novas empresas na Startup Lisboa. É importante realçar que o nosso principal papel neste ramo da inovação é mostrar às pessoas que é possível passar as suas ideias para a prática, desde que se perceba que há uma equipa competente, complementar e com conhecimento do mercado em que se insere o seu porduto. Ou seja, se o projeto for realmente exequível – é necessário ser minucioso neste ponto, já que ideias interessantes há muitas, mas importante é que haja equipa e possibilidades reais de as realizar – se for competitivo, sustentável e apresente potencial de crescimento estamos cá para apoiar. Sabemos que o sucesso do nosso projeto passa também pelo rigor, daí que a nossa taxa de aceitação seja sensivelmente 10 por cento dos projetos que se candidatam, e já se candidataram desde o início mais de 1.500. Sente que os portugueses estão mais empreendedores e inovadores? Que justificação encontra para tal? Diz-se que o empreendedorismo está na moda... Está na moda em Portugal e não só. Está na moda no mundo inteiro, em grande parte devido às novas tecnologias. O empreendedorismo tecnológico tem permitido nos últimos anos que seja possível montar uma empresa global, a baixos custos, muito rapidamente, podendo passado pouco tempo estar a vender para o mundo inteiro. O empreendedorismo tecnológico está a mudar o paradigma de criação e desenvolvimento de uma empresa, daí a importância que lhe é dada, tanto na imprensa como nos meios financeiros. Acreditamos que esta realidade empresarial vai manterse em Portugal, até porque temos condições únicas, designadamente muitos recursos humanos altamente qualificados, muitos deles disponíveis por via do desemprego, e que começam progressivamente a encarar a possibilidade de criar o seu próprio negócio ou trabalhar numa startup ao invés de optar pelas grandes multinacionais. Por outro lado, as grandes empresas já perceberam que as startups podem ser o seu principal fornecedor
e fonte de inovação; é muito mais ágil, mais flexível e mais barata feita do que feita em exclusivo internamente. Contudo, é preciso também alertar para o facto de que nem todos nasceram para ter uma empresa e que é preciso aceitar o insucesso. É duro ser empreendedor, e felizmente existem cada vez mais empreendedores a partilhar os seus casos de sucesso, mas também os seus falhanços e experiências menos agradáveis. A taxa de insucesso das jovens empresas em Portugal é muito elevada, é por isso que somos tão rigorosos na seleção que fazemos das startups que se candidatam à nossa incubadora; é preciso não criar falsas expetativas. Por onde passa o futuro da StartUp Lisboa? O futuro da Startup Lisboa passa por onde passou o seu passado e presente: apoio constante a novas startups para que estas cresçam e conquistem o seu espaço revitalizando a cidade de Lisboa e a economia nacional, e conquistem mercados internacionais. O objetivo é transformar Lisboa num dos principais pólos europeus de startups e creio que estamos no bom caminho, já que dispomos de todas as condições para tal: - Lisboa é um local de excelência para criar um negócio, testar um produto e validar um conceito. O benefício entre o custo/qualidade da mão de obra nacional comparada com grandes mercados europeus como Berlim ou Londres, por exemplo, é muito satisfatório. - Em Portugal é possível contratar, por exemplo, engenheiros altamente qualificados a um valor de mercado mais baixo do que a maioria dos principais palcos europeus e dos EUA de startups. - O nosso custo de vida é consideravelmente mais baixo do que a média europeia e a qualidade de vida que Lisboa proporciona à população não tem comparação com qualquer cidade europeia. - Aqui o aeroporto está localizado a 15 minutos do centro da cidade e temos um clima ameno com sol durante cerca de 200 dias por ano. - A cidade é extremamente segura e é possível abrir um negócio aqui em poucas horas, graças a uma organização burocrática eficiente. - Dispomos de uma localização geográfica privilegiada que nos permite ser uma porta de entrada para África, América do Sul e União Europeia.
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Negócios com integridade PricewaterhouseCoopers portugal A PwC é uma rede de empresas em 158 países com mais de 180 mil pessoas que estão empenhadas em oferecer qualidade em serviços de auditoria, impostos e consultoria. No fundo, a PwC procura ajudar organizações e individuais a criar o valor que pretendem alcançar para si e para as suas empresas.
A PwC distingue-se por ser a primeira organização so setor de atividade a ter um Código de Consuta que se aplica a nível global. Este Código é um conjunto de princípios que guiam a sua atividade, com o objetivo de sustentar uma cultura ética e de integridade semelhante em todos os territórios em que a PwC está presente. Baseado nos valores de excelência, trabalho de equipa e liderança, o código fornece linhas-guia para orientar a relação entre os colaboradores, bem como a interação com os clientes. A propósito de empreendedorismo e inovação em Portugal, falamos com António Brochado Correia sobre a visão e empenho da PwC no que diz respeito às startups em Portugal. O que acha deste movimento de apoio e mais destaque às startups em Portugal? Acho fundamental. Em todo o mundo, as startups e o empreendedorismo ocupam papel fundamental no desenvolvimento económico. Portugal tem tudo a ganhar em fomentar esta prática na sociedade, nas universidades e nos municípios, através da criação de centros que tenham as condições adequadas ao funcionamento de negócios. O fomento destas actividades acaba por estar relacionado não apenas com a criação dos negócios empresariais de quem os cria, mas torna a sociedade mais ágil, inovadora e aproveitadora do potencial nacional. Quais as dificuldades que ainda enfrentam e que passos deveriam ser dados para os colmatar? Segundo o último estudo do GEM (Global Entrepreneurship Monitor), os empreendedores consideraram como mais desfavorável o pouco entusiasmo, a falta de vocação das escolas para o empreendedorismo, a burocracia e as políticas internas. Poderia ainda acrescentar o reduzido venture capital existente em Portugal atribuído ao desenvolvimento destas atividades (o nosso equivale a 10 por cento dos maiores, que são a Irlanda, Israel, EUA ou a Noruega). Apesar destas dificuldades, tem havido boas iniciativas António brochado correia Partner PwC
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de desenvolvimento destas atividades e quer o Governo e municípios, quer as próprias escolas mostram-se mais abertas e com iniciativas concretas para que sejam cada vez mais os que conseguem transformar boas ideias em empresas e as atividades concretas em sucesso. Há já bons exemplos de movimentos no terreno para estas iniciativas? Sem dúvida. Hoje quase todas as universidades têm já ‘incubadoras’ ou centros de desenvolvimentos de empresas nos seus campus e os próprios municípios também, como são bons exemplos a startup Lisboa e startup Braga. O próprio Governo tem anunciado vários fundos de apoio ao empreendedorismo, como recentemente anunciado através da Portugal Ventures e os programas de mentoring. É preciso recordar, p.e.
a Google, gerada em Standford, aquando do IPO que gerou 200 milhões de dólares à instituição. Há alguma coisa que o Governo e as instituições publicas devessem fazer mais e melhor para os empreendedores serem mais bem sucedidos? O Governo pode e deve continuar a incentivar estas iniciativas de apoio e facilitação à criação e desenvolvimento destes agrupamentos, providenciando mais fundos de venture capital para apoio de projetos inovadores, e continuando a criar mecanismos de maior agilidade à criação das empresas, muitas vezes microatividades. Através da educação nas escolas, deve criar os mecanismos que permitam que a mentalidade dos nossos jovens esteja hoje mais desperta ao empreendedorismo.
Em Portugal, empresas de 1-9 colaboradores representam 20 por cento do nosso valor acrescentado, no Japão é 5 por cento, na Alemanha ou Suécia é 10 por cento, ou seja, estas empresas pequenas, muitas delas criadas por estes jovens, representam uma fatia importante do nosso tecido empresarial e do nosso emprego gerado. O que define um bom empreendedor ou promotor de uma startup? Como qualquer empresário, capacidade de arriscar, de gerir várias sensibilidades empresariais (comerciais, produtivas/operacionais, financeiras), execução e implementação de ideias, esforço e dedicação.
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Competência e parceria Areias advogados Com mais de 25 anos de experiência na advocacia, a Areias Advogados, com sede em Chaves, é um dos parceiros da Startup Lisboa. Numa edição onde o empreendedorismo e a inovação têm lugar de destaque, a Revista Business Portugal conversou com David Salgado Areias, um dos seus associados, e ficou a conhecer o porquê desta parceria ser um caso de sucesso: a partilha pelo espírito empreendedor e pela vontade de sucesso fazem também parte do ADN desta sociedade.
Areias & associados, sociedade de advogados
Para conhecermos um pouco melhor a história da Areias Advogados, explique-nos como e quando nasce esta sociedade. A Areias Advogados é uma sociedade de advogados com sede em Chaves, com uma base de mais de 25 anos de experiência. Nesse período a advocacia em Portugal evoluiu muito e tornou-se capaz de dar resposta a novas realidades, seja em novas áreas do direito, seja no trabalho para clientes de grandes dimensões ou com atividade no estrangeiro. Essa evolução foi vista por nós como um desafio de mudança e de crescimento. Não só na forma como olhamos para a nossa organização interna, mas também na forma como olhamos para os nossos clientes e na forma como os nossos clientes reconhecem valor no nosso trabalho. Nunca caímos na tentação ou facilitismo do discurso que com frequência opõe as grandes sociedades aos advogados em prática isolada, como se uns fossem os maus e outros os bons do setor. Há que reconhecer que se trata de realidades diferentes, que resultam da necessidade de resposta a realidades também diferentes. O que para nós tem sido sempre importante é trabalhar com competência apenas nas áreas que são do nosso domínio para garantir que o nosso trabalho produz resultado aos clientes, sejam particulares ou empresariais. Também nunca assumimos a localização do nosso escritório em Chaves como uma
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barreira ao nosso desenvolvimento. Pelo contrário, com a informatização dos meios de trabalho e maior facilidade nas deslocações, sempre assumimos prestar os nossos serviços, não em Chaves, mas a partir de Chaves. Quais as palavras-chave que definem a Areias Advogados? Competência e parceria. Procuramos desenvolver um trabalho sério e competente junto dos nossos clientes, mas também transparente e empenhado. Só assim podemos criar com eles uma relação de confiança e de parceria que nos permita a todos crescer e desenvolver em conjunto projetos de futuro. Valorizamos por isso uma relação de proximidade com os nossos clientes, assente numa resposta rápida e capaz em várias áreas de trabalho. Também empenho social. Procuramos todos participar nas nossas comunidades através do associativismo, seja de cariz social, cultural, desportivo ou empresarial. Em que áreas de atuação trabalha esta sociedade? Durante muito tempo o foco do nosso trabalho esteve essencialmente no contencioso civil, comercial e laboral, o que nos levou a desenvolver experiência e capacidade muito relevantes nestas áreas. Com o desenvolvimento de novas áreas e com o crescimento dos nossos clientes,
houve necessidade de alargar a base de trabalho em dois sentidos. Por um lado, no desenvolvimento do trabalho de consultoria e de auditoria legais, através do qual prestamos apoio na organização e desenvolvimento das estruturas e negócios dos nossos clientes. Segundo, na abordagem mais séria e capaz das áreas de direito societário e direito fiscal, de forma a proporcionar um serviço mais completo aos nossos clientes. Mais recentemente, temos desenvolvido competência nas áreas do direito da propriedade industrial e direitos de autor, o que está relacionado com a nossa expansão para Lisboa. Em 2013 a Areias Advogados expandiu-se com a abertura de um escritório em Lisboa e com o aumento da sua equipa. Como se dá esta expansão e qual as razões que resultaram na abertura deste segundo escritório? Como referi antes, gostamos que o nosso crescimento seja feito a par do crescimento dos nossos clientes. O advogado não pode ser considerado pelo cliente como um encargo ou alguém que de forma permanente lhe coloca obstáculos, ao invés de soluções. A nossa posição tem sido sempre a de tomar interesse no desenvolvimento da atividade dos nossos clientes e ajudá-los a criar condições para executarem os
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da Startup Lisboa, que percebeu que partilhávamos do mesmo espírito empreendedor e vontade de sucesso. O nosso trabalho tem consistido maioritariamente no aconselhamento legal das empresas em incubação, em áreas como a contratação comercial, a proteção de dados e a propriedade industrial. Creio que temos conseguido dar resposta rápida a todas elas e que lhe temos sido úteis. Fundamental para nós é discutir o negócio da empresa em incubação numa perspetiva mais ampla, de forma a dar aos empreendedores uma visão mais completa, sinalizando outras situações que devem merecer a sua atenção. Não gostamos de nos limitar às questões que nos trazem, pois sabemos por experiência que muitas vezes essa questão é apenas a mais urgente, mas não a mais importante. Tentamos que possam desenvolver os seus projetos sem os estarem a sujeitar a constrangimentos legais que mais tarde lhes possam sair caros.
seus projetos. Trata-se da relação de parceria que há pouco referi e que é para nós de extrema importância. Começámos a sentir a necessidade de ter escritório em Lisboa por termos já solicitação de trabalho que justificava dar esse passo. A oportunidade consumouse com a junção do José Varanda ao projeto, que partilha das nossas ideias e trouxe para o grupo novas competências, designadamente na propriedade industrial e direitos de autor. Relativamente à questão do novo mapa judiciário, que está hoje na ordem do dia, qual é a avaliação que faz desta reforma? É profundamente negativa a avaliação desta reforma. Creio que grande parte dos profissionais da justiça (advogados, magistrados, funcionários judiciais…) não se terá apercebido atempadamente do impacto negativo que esta reforma iria ter a vários níveis, sendo certo que ninguém esperaria tamanha tragédia na transição informática. Quando, no final de 2012, os advogados de Chaves, Montalegre e Boticas se lançaram numa greve que durou mais de um mês com vista a forçar alterações ao projeto de reforma, muitos acharam que exagerávamos. A verdade é que os nossos piores receios se começam a confirmar. Que impacto positivo/negativo terá na sua perspetiva este novo mapa. Não vejo, sinceramente, que impacto positivo possa
ter este novo mapa. Tem desde logo um profundo impacto negativo sobre o equilíbrio territorial do país. Parece-me que, em coordenação com os planos para encerrar conservatórias e serviços de finanças, o que se pretende verdadeiramente é abrir caminho à extinção de muitos concelhos, esvaziando-os antecipadamente de presença pública. É uma situação que afeta os concelhos mais pequenos do interior, mas também muitos concelhos do litoral que, sem qualquer razão, se veem subalternizados. Acresce que o afastamento dos tribunais dos cidadãos irá naturalmente trazer-lhes mais custos para recorrer à justiça, numa altura em que os meios para isso já são escassos. Pior, nenhum destes aspetos terá uma compensação positiva. Não só a especialização dos tribunais é mais aparente do que real, como o que se está a fazer é lançar milhares de processos para tribunais que não têm condições para os receber, desaproveitando estruturas públicas já existentes. É uma reforma cara e que não trará nada de bom à justiça portuguesa. Esta sociedade é atualmente parceira da Startup Lisboa. Como nasce esta parceria e que trabalho desenvolve a Areias Advogados enquanto parceiro? Esta parceria nasce da nossa vontade em conhecer e poder trabalhar com uma nova geração de empresas, que sentimos verdadeiramente distinta, inovadora e disposta a arriscar. Tivemos uma boa receção por parte
Rua Direita 188 1º Andar 5400-220 Chaves Tlf: 276 332 339
O que consideram ser importante sublinhar sobre as incubadoras como a Startup Lisboa enquanto potenciadoras do empreendedorismo em Portugal? Quer pelos contatos com responsáveis da Startup Lisboa, quer pelos contatos com os empreendedores, percebemos que algo de importante se está a passar em Lisboa ao nível do empreendedorismo. Incubadoras bem organizadas, com uma boa rede de mentores e parceiros como a Startup Lisboa, têm um papel muito importante na criação de empresas. Em particular de empresas com caráter inovador e potencial de crescimento. Este é hoje um bom exemplo para ser seguido por outros municípios e associações empresariais. Quais os projetos de futuro da sociedade Areias Advogados? Continuar a crescer junto com os nossos clientes, mantendo uma boa capacidade de resposta para os seus novos desafios. Para isso, continuamos a expandir a nossa capacidade de trabalho, o que agora fazemos nas áreas de proteção de dados e tecnologias da informação, onde há muito por explorar no âmbito jurídico. Somos hoje chamados a dar assistência a novas realidades, que resultam da presença dos nossos clientes na internet e redes sociais, seja como plataformas de comercialização e contratação, seja apenas como plataformas de comunicação e marketing. No nosso horizonte próximo estão a expansão da equipa de trabalho em Lisboa e o alargamento da nossa competência para o direito administrativo, assim como o alargamento das relações com parceiros internacionais.
Avenida da República nº6, 7º Esq. 1060-191 Lisboa Tlf: 213 303 754
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A melhor Business School de sempre em Portugal Católica business school De acordo com o ranking do Financial Times, a CATÓLICA-LISBON é a única Business School portuguesa entre as melhores 25 da Europa, lugar alcançado em apenas cinco anos. Com um programa único destinado ao empreendedorismo e gestão da inovação, o PAEGI,a Revista Business Portugal esteve à conversa com Luís Cardoso, diretor da formação de executivos da CATÓLICA-LISBON, para conhecer este programa ímpar. Para que possamos contextualizar os nossos leitores, começava esta entrevista por lhe pedir que contasse um pouco da história da CATÓLICALISBON School of Business & Economics. Criada em 1972, a CATÓLICA-LISBON é atualmente reconhecida nacional e internacionalmente como uma das melhores Business Schools, sendo a melhor escola portuguesa de acordo com o ranking do Financial Times que elege as melhores da Europa e do mundo. Esta reputação internacional é reforçada pela Triple Crown, conjunto das acreditações atribuídas pelas três agências de referencial internacional na certificação de Business Schools. Com cerca de um milhar de estudantes de licenciatura e mestrado e mais de uma centena de docentes, desenvolvemos uma intensa atividade nos domínios do ensino e da investigação tendo esta última sido sempre classificada como excelente por painéis internacionais de especialistas no contexto da avaliação de unidades de investigação levada a cabo pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Ao nível da Formação de Executivos, a CATÓLICALISBON tem sido sistematicamente a melhor escola portuguesa presente no ranking do Financial Times para a formação de Executivos, estando neste momento entre as 20 melhores escolas europeias, e conta atualmente com mais de 100 programas, formando anualmente cerca de 2.000 profissionais de diversas áreas como Gestão, Economia, Comportamento Organizacional, Liderança, Marketing, Finanças, Saúde, entre outras.
Luís Cardoso Diretor da Formação de Executivos
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Como descreveria a escola a potenciais alunos? Qual o lema por que regem a vossa atividade? Os programas de formação da CATÓLICA-LISBON Executive Education têm a preocupação de não só responderem às necessidades dos seus participantes, mas sobretudo, surpreendê-los com conteúdos e abordagens que façam a diferença no dia a dia dos seus desafios profissionais. A missão da nossa escola é continuar merecedora da confiança dos nossos empresários e quadros das nossas empresas como até
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aqui. Quais os cursos lecionados? A Formação de Executivos da CATÓLICA-LISBON tem mais de 40 programas de inscrição aberta e 60 intraempresa realizados anualmente e é responsável pela formação de executivos a mais três mil participantes por ano. Nesta edição falamos de empreendedorismo, uma área na qual a CATÓLICA-LISBON tem apostado em força, nomeadamente através do Programa Avançado em Empreendedorismo e Gestão da Inovação. Pode fazer-nos uma apresentação do mesmo? Como escola de gestão, a CATÓLICA-LISBON tem feito uma aposta muito relevante na área do empreendedorismo, que passa pela formação de novos gestores capacitados para protagonizar novas empresas. De facto, o atual contexto económico e social caracteriza-se por um elevado ritmo de mudança, globalização da competitividade (facilitada
pelas novas tecnologias da informação e comunicação) e encurtamento do ciclo de vida dos produtos. A promoção de uma cultura empreendedora e da capacidade de inovar no seio da empresa, funcionam, neste contexto, como catalisadores de mudança, de competitividade e prosperidade económica. O PAEGI vem assim impulsionar esta cultura, formando gestores empreendedores que atuem como agentes de mudança, com capacidade de acelerar a criação, a disseminação e a aplicação de ideias inovadoras.
• Construir um plano de novos negócios.
Quais os objetivos do PAEGI? Quais as mais valias que o programa traz aos seus frequentadores? Os principais objetivos/mais-valias do PAEGI podem ser descritos em cinco pontos: • Orientar a gestão da empresa no sentido da captura constante de novas oportunidades de negócios; • Compreender os principais desafios na criação de novas unidades de negócio; • Promover uma cultura empreendedora no seio da empresa; • Desenvolver as características de empreendedor;
Por onde passa o futuro do PAEGI? Ao longo do nosso projeto da Formação de Executivos, temos sido capazes de introduzir novidades que visam responder às necessidades do mercado que, como sabemos, são dinâmicas. Para o futuro, no PAEGI como em todos os nossos programas de executivos, é fundamental estar atento às necessidades existentes na sociedade portuguesa, identificando iniciativas que contribuam para a capacidade de empresas e executivos em criar valor.
Sente que o programa tem trazido um impacto diferente e importante ao empreendedorismo e à inovação em Portugal? De que forma? Ao longo das suas várias edições, o PAEGI já formou vários empreendedores que, após o programa, lançaram novos negócios e tornaram-se casos de sucesso. Este facto é para nós um motivo de enorme orgulho, mas sobretudo dá-nos motivação para continuar esta aposta.
PROGRAMA AVANÇADO EM EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DA INOVAÇÃO
12ª
EDIÇÃO
Início: 20 FEV 2015 | Duração: 103,5 horas COORDENAÇÃO: Francisco Veloso Diretor da CATÓLICA-LISBON Pedro Oliveira Diretor Académico do The LisbonMBA “...um dos melhores investimentos da minha vida.” Pedro Janela - WYgroup, CEO
INFORMAÇÕES E CANDIDATURAS: www.clsbe.lisboa.ucp.pt/executivos/paegi Tel.: 217 227 801 ou 217 214 220 E-mail: acduarte@ucp.pt
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inovar para crescer
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novar atuação, desde desde novarpara paracrescer crescerééjájáum umtermo termocom comque quese setem temfamiliarizado familiarizado com com aa sua sua revista revista de de negócios. negócios. Nesta edição trazemos-lhe, uma vez mais, diversas áreas de atuação, aaconsultodoria, consultodoria,ààprodução produçãode deprodutos produtosalimentares, alimentares,entre entre outros. outros.
AASapecAgro fitofarmacêuticos. SapecAgroBusiness Businesstorna tornaaaeleger elegeraaRevista RevistaBusiness Business Portugal Portugal para para apresentar apresentar oo seu seu mais mais recente produto na área dos fitofarmacêuticos. Trazemos-lhe, ainda, a VL Consulting, uma empresa de auditoria e consultoria, que pretende ser o veículo que falta às empresas portuguesas e internacionais para para levar levar os os Trazemos-lhe, ainda, a VL Consulting, uma empresa de auditoria e consultoria, que pretende seus seusprodutos produtoseeconhecimentos conhecimentosalém-fronteiras. além-fronteiras. AALactoAçores gura também ca do LactoAçoresfifigura tambémnesta nestanossa nossaedição, edição,com com uma uma reportagem reportagem fotográfi fotográfica do seu seu mais mais recente evento. Conheça Conheçaainda aindaootrabalho trabalhoexemplar exemplarlevado levadoaacabo cabopela pelaSanta Santa Casa Casa da da Misericórdia Misericórdia de de Boticas. Boticas.
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“INOVAR FAZ PARTE DO NOSSO ADN” Sapec AgroBusiness A Sapec AgroBusiness acabou de conquistar a patente de um produto que chegará ao mercado nacional e internacional em 2015. Investindo anualmente 5 por cento do seu volume de negócios no esforço de inovação e regulamentar, o grupo é líder nacional incontestado e ocupa a terceira posição no ranking ibérico global, detém presença crescente nos mercados francês e italiano e espera entrar no mercado brasileiro muito em breve.
manuel duarte Diretor Técnico
A Sapec Agro acabou de conquistar a patente de um novo produto. Como classifica o compromisso da empresa com a inovação? A Sapec Agro sempre apostou na inovação. Nos anos 90, as alterações regulamentares do setor levaram a empresa a reposicionar-se e a tornar-se, definitivamente, numa empresa baseada na inovação, através da aposta contínua em genéricos diferenciados. Posso dizer que inovar faz parte do nosso ADN. O que significa o termo ‘genéricos diferenciados’? Onde entra a inovação quando falamos de genéricos? A Sapec AgroBusiness inova a partir de moléculas que já caíram no domínio público, que já não têm proteção de patente. A inovação surge por duas vias: através de formulações diferentes, em que a mesma molécula é apresentada em formulações com melhores características; ou através da
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combinação de diferentes moléculas com características complementares num só produto. A Sapec aposta nestes dois tipos de inovação, com especial incidência no segundo caso. A patente conseguida agora entra nesse âmbito. Quais são as vantagens da opção estratégica pelos genéricos diferenciados? Temos enormes vantagens. Nós não temos restrições na utilização de quaisquer moléculas, desde que estejam já no domínio público, o que acontece à maioria das moléculas. Podemos estudar combinações muito alargadas, procurando sinergias e melhores características. Ao contrário, as empresas com investigação de base estão, por definição, limitadas às moléculas que elas próprias criam. Nós não temos essa limitação. Eu diria que, em certo sentido, podemos ir mais longe do que as empresas com investigação de base.
Que tipo de investimento é preciso para se chegar a este patamar? A Sapec AgroBusiness investe cerca de 5 por cento do seu volume de negócios na área de inovação e regulamentar (registos). Há, de facto, um enorme e contínuo investimento em know-how, muito próximo ou equivalente ao que realizam as empresas com investigação de base. Mas este é o nosso fator diferenciador. As empresas de genéricos ‘puros e duros’ não investem em know-how nem em dossiers, e para além disso à qualidade do produto e ao serviço não é dada a mesma prioridade que é dada na Sapec. Na sua opinião, foi essa preocupação com a qualidade e o serviço ao cliente que conduziu a Sapec AgroBusiness à liderança no mercado nacional global, e também ibérico, no segmento dos genéricos? Sim, sem dúvida. A aposta contínua da Sapec
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AgroBusiness em criar valor para os seus clientes e parceiros está na origem dessa liderança. E quando falo em criar valor, é fundamental a questão da inovação, qualidade e serviço. Como se processa, na Sapec AgroBusiness, esse esforço de inovação? Toda a nossa inovação procede do conhecimento que temos do mercado. São as necessidades que detetamos no mercado que orientam o nosso trabalho de desenvolvimento de novas soluções. Qual é o futuro dos fitofármacos? Os produtos fitofarmacêuticos são essenciais, tendo em conta que deles dependem, em boa medida, as necessidades alimentares do género humano. A equação é bastante simples: a população mundial continua a aumentar e as terras aráveis não aumentam. Tem que haver, portanto, uma grande eficácia produtiva com um enorme respeito pelos recursos naturais existentes. Aí, o papel dos fitofármacos é absolutamente crítico. Que alterações prevê para o setor nas próximas décadas? Neste momento estamos a assistir ao início duma alteração de cenário, com uma aposta crescente na investigação na área dos biopesticidas, que a Sapec também está a explorar. Na minha opinião, anuncio final 18-09-2014 af.pdf os biopesticidas nunca baixo irão substituir os produtos
químicos. Vai ter que haver uma integração destas duas ferramentas, para garantir um equilíbrio que conduza a resultados ótimos, quer ao nível dos impactos, quer ao nível da produção.
Relativamente à patente que foi concedida, pode explicar do que se trata? Trata-se de um fungicida para o controlo do míldio nas culturas da batateira, tomateiro e alface. A inovação resulta da descoberta de que há um forte efeito sinérgico entre as duas moléculas que compõem o produto. Esta sinergia permite uma grande eficácia com doses inferiores ao que seria esperado. Por outro lado, a complementaridade de modos de ação dos seus dois componentes fazem dela um produto ‘completo’ com forte ação preventiva, curativa e erradicante, a que se associa a ação sistémica. E em termos de impactos? O perfil ambiental e ecotoxicológico das duas moléculas é muito favorável o que, associado às doses mais baixas, reduz os impactos ambientais e contribui ativamente para a sustentabilidade dos ecossistemas agrícolas. Estamos muito orgulhosos por podermos disponibilizar aos nossos agricultores e a todos os mercados em que estamos presentes um produto novo, que acrescenta valor em todos os sentidos. 1
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SAPEC GROUP AGRO BUSINESS UMA HISTÓRIA DE SUCESSO
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Multidisciplinariedade vencedora VL consulting Com uma vasta experiência na área da auditoria e consultoria, João Villa-Lobos é o rosto da VL Consulting. A sua missão passa por serem um parceiro dos seus clientes, com o propósito de ajudá-los no seu crescimento e criação de valor. “Mais do que uma consultora, queremos acompanhar as empresas na mudança e ser o seu parceiro para as ajudar a encarar o futuro com optimismo”.
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aseando a sua missão em princípios fundamentais de integridade, empenho, objetividade e confidencialidade, a VL Consultores, trabalha sempre no sentido de exceder as expectativas dos seus clientes. Para isso contribuirá, em grande parte, a experiência de mais de 15 anos desta equipa multidisciplinar nas mais diversas áreas, como são exemplo a consultoria de gestão, avaliação de empresas, aconselhamento estratégico, análise económica e financeira, apresentação de candidaturas a programas comunitários, desenvolvimento de veículos de investimento e aquisição, venda e fusões de empresas. A VL Consulting presta um serviço especializado e personalizado no aconselhamento estratégico a particulares e empresas. Para além desta multidisciplinariedade, contribui igualmente a vasta carreira de João Villa-Lobos, consultor sénior da empresa. “Comecei a minha carreira profissional na área da auditoria, uma experiência que marcou toda a minha carreira e me ensinou o valor da dúvida estratégico e o controle exaustivo”, revela-nos o nosso interlocutor. Com esta base, a VL Consulting quer incentivar as empresas a adotar uma atitude positiva e ativa, aconselhando as mesmas das estratégias mais adequadas e ajudando-as a antecipar desafios e obstáculos. “Temos que ajudar os nossos clientes, queremos ser seus parceiros, ajudando-os a ultrapassar os obstáculos com que se deparam no dia a dia e ajudálos a detetar as oportunidades de maior valor”. Ainda nas palavras de João Villa-Lobos, a competitividade das empresas e a sua capacidade de sobrevivência dependerão cada vez mais da sua capacidade de interiorizar inovação, rentabilizando os seus processos e produtos. Ainda a dar os primeiros passos, a VL Consulting pretende marcar a diferença nesta área tão específica e onde o sucesso é o único objetivo.
Áreas de intervenção Apesar de ser uma empresa portuguesa, a VL Consulting opera em Portugal e no estrangeiro. Ora, não fosse um dos seus serviços auxiliar as empresas portuguesas na joão villa-lobos Consultor Senior
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sua internacionalização. “O nosso principal objetivo é prestar um serviço de excelência, com uma abordagem objetiva, célere e eficaz, acompanhando sempre os clientes e aconselhando-os de forma a encontrar as melhores soluções para cada caso”. A análise, definição e implementação estratégica é uma das áreas onde a VL Consulting mais se destaca. “Aqui, fazemos uma análise da empresa sob a perspetiva interna, e externa. Ou seja, fazemos a deteção de pontos fortes e fracos da empresa, assim como o levantamento de oportunidades e ameaças no mercado onde atua”. A análise e avaliação do posicionamento da empresa nas suas dimensões comercial, produtiva, financeira e estrutural é outro dos pontos de estudo, além do aconselhamento estratégico e da elaboração e implementação de planos de ação estratégicos. “Fazemos igualmente o apoio à implementação de medidas corretivas e a medição do desempenho da empresa e do impacto das medidas”, acrescenta João Villa-Lobos. No que concerne à consultoria de gestão, esta empresa sediada em Lisboa elabora planos de negócios, avaliação de empresas, apoio a processos de aquisições, venda e fusões de empresas, assim como planos de reestruturação e apoio à gestão e tomada
de decisão. “Dentro desta área, um trabalho bastante específico passa pela elaboração e acompanhamento de candidaturas aos vários programas de apoio”, acrescenta. “Atualmente, estamos a apoiar as empresas, em primeiro lugar, na sua reestruturação, adaptandoas à internacionalização, identificando não só o que podem ser os mercados mais atrativos para elas e perceber quais os seus objetivos e elaborar um plano para alcançar os mesmos”, revela o consultor sénior. “Estamos ao mesmo tempo a trabalhar com as empresas no programa ‘Europa 2020’, que define a inovação e o empreendedorismo como prioridades, estabelecendo como um dos principais objetivos o aumento do investimento da União Europeia na investigação e desenvolvimento”. Neste âmbito, a VL Consulting está habilitada a acompanhar as suas estratégias de inovação, contribuindo para a sua definição e implementação, assim como a adesão a programas de apoio à inovação, nomeadamente o SIFIDE e o RFAI.
e que esta deve ser estendida à Europa. Como? “Nós podemos ser os consultores da Europa. Nós estamos já numa plataforma em que podemos ser o pivô nos dois sentidos, ou seja, entre a Europa e os PALOP, e as novas economias que surgem. E porquê? Porque nós temos a facilidade da comunicação, é uma das características inatas do português, os PALOP já não têm tanta facilidade em fazê-lo. Assim, junto dos mercados ingleses, podemos ser nós a representar os novos produtos e investimentos provenientes dos PALOP”, explica o nosso interlocutor. Outro exemplo para esta ponte entre Portugal e o mundo passa pelos países árabes. “Para estes, nós somos uma porta de entrada fácil para a Europa e não podemos perder estas oportunidades. Nós podemos ser, e devemos ser, os porta-vozes da Europa junto desses países”. É com este espírito e vontade que a VL Consulting se tem posicionado no país e no mundo.
A inovação João Villa-Lobos sente que a inovação e o empreendedorismo fazem parte do Portugal de hoje
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A melhor Natureza dos Açores LactAçores No passado dia 9 de setembro, a LactAçores – União de Cooperativas de Lacticínios dos Açores, inaugurou no complexo industrial de Vila Franca de Xira, uma nova unidade logística na sua plataforma, vocacionada para a distribuição dos produtos da empresa, em Portugal Continental, num investimento de 1 milhão de euros. Foram várias as personalidades que marcaram presença, desde logo, o presidente da região autónoma dos Açores, Vasco Cordeiro, o presidente da LactAçores, Gil Oliveira, o diretor geral da LactAçores ,Fernando Carvalho e o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita.
Nova Plataforma Logística da Lactaçores
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LactAçores nasceu em 2004 e teve como principal objetivo a união das cooperativas de lacticínios, “transformando a insularidade das nossas cooperativas numa vantagem competitiva, reforçando o valor de uma das suas principais mais valias, o inquestionável conceito de qualidade que está aliado aos produtos com origem nas ilhas dos Açores”, refere Fernando Carvalho. Para este ano, a LactAçores prevê transacionar 59 milhões de litros de leite, 10 milhões de quilos de queijo e manteiga, que representarão uma faturação de 71 milhões de euros. Assente numa produção de produtos de qualidade, a LactAçores prima por saberes e sabores genuínos dos Açores, que tem vindo a ser produzidos com elevados parâmetros de segurança alimentar combinados com a tradição açoriana, despertando, cada vez mais, a atenção do mundo do mundo, para os seus produtos. Atualmente, a LactAçores exporta para 16 países
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nos cinco continentes: Espanha, França, Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, Polónia, Reino Unido, Brasil, Timor, Holanda, Angola, Cabo Verde, Itália, Guiné, Moçambique e Luxemburgo. Este ano tem ainda como objetivo novos mercados, nomeadamente China, Índia, Emirados Árabes Unidos, Japão, África do Sul e Colômbia.
Lacticínios dos Açores tão puros, tão bons! Em entrevista à Revista Business Portugal, Fernando Carvalho, diretor geral da LactAçores, falou do desenvolvimento da união de cooperativas ao longo da última década e dos desafios que se colocam no futuro. Como é que foi o caminho da LactAçores ao longo destes 10 anos? Este conceito é totalmente açoriano, dado que nós só trabalhamos com produtos das nossas associadas localizadas nas ilhas de S. Miguel, São Jorge e Faial. Estas associadas trabalhavam de forma independente, tinham clientes diferentes e o caminho foi a constituição da LactAçores, cuja sua atividade é a comercialização dos produtos das suas associadas. E, nesse sentido, o que pretendeu foi trabalhar as marcas, de forma a segmentar os produtos evitando desta forma a canibalização. Foram muitos os ventos que sopraram ao longo destes anos e acompanharam o crescimento da LactAçores, cresceram também os seus produtores e os nossos colaboradores, pedras basilares do nosso sucesso. A localização da plataforma logística em Vila Franca de Xira é estratégica? Na altura, não idealizamos que seria em Vila Franca de Xira, procuramos um espaço onde estivéssemos perto das acessibilidades para todo o lado e caímos em Vila Franca de Xira, que estando a 15 quilómetros de Lisboa se revelou uma boa aposta.
Cerimónia do bodo de leite
Fernando Carvalho Diretor Geral
Gil Oliveira Presidente
Vasco Cordeiro Presidente do Governo Regional dos Açores
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A localização da produção nos Açores é um constrangimento a nível competitivo? Com o Atlântico no meio temos sempre uma fatura elevada e penosa, que outros não têm que pagar. No entanto, esta foi a nossa opção e temos que enfrentar este desafio, procurando os clientes que querem os produtos dos Açores, pagando um preço diferenciador, e atualmente temos consumidores muito fieis aos nossos produtos. A inovação é uma aposta constante da LactAçores? Tem sido esta inovação um dos alicerces que nos tem feito crescer também, porque nós, nos Açores, tínhamos tradicionalmente os mesmos produtos, tivemos que nos diversificar. Por exemplo, começámos a transformar o que era barra inteiro num formato de maior conveniência como os fatiados. A razão do nosso sucesso é estarmos atentos às necessidades do mercado. Quais são os projetos para futuro? Para além de consolidarmos os mercados internos e da nossa internacionalização, que representa já 10 por cento da nossa faturação, apostamos em novos produtos e novos formatos, previligiando a conveniência, indo de encontro às necessidades do mercado.
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Uma década em prol dos mais necessitados Santa casa da misericórdia de boticas A Santa Casa da Misericórdia de Boticas foi fundada há 25 anos, no entanto, existe como uma instituição autónoma e independente desde 1 de abril de 2004, quando se separou da Santa casa da Misericórdia de Chaves. À frente da instituição desde a sua fundação, Fernando Campos faz um balanço extremamente positivo desta década: “existe um grande empenho por parte dos colaboradores em proporcionar as melhores condições aos utentes, é um trabalho muito motivador e gratificante”.
Fernando CaMPOS Provedor
As respostas sociais Atualmente, a Santa Casa da Misericórdia de Boticas conta com leque alargado de respostas sociais que vão desde o apoio aos idosos, à deficiência, à infância e à saúde, de modo a proporcionar, aos habitantes deste concelho transmontano, respostas adequadas às suas necessidades. Assim sendo, no que concerne ao apoio aos idosos, a instituição dispõe do Lar Nossa Senhora da Livração, que recebe pessoas de ambos os sexos, temporária ou permanentemente, procurando proporcionar-lhes um ambiente saudável, de convívio e de participação, gerador de bem-estar pessoal e
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social. Este equipamento funciona desde 1992, tendo capacidade para acolher 50 utentes. Tem também o Lar de Santo Aleixo, que funciona na vila de Boticas desde 2008, altura em que foi inaugurado e apoia 14 idosos. Fruto do envelhecimento populacional e do aumento da esperança média de vida, a Santa Casa da Misericórdia de Boticas dispõe também do Lar de Grandes Dependentes, como forma de auxiliar esta faixa da população. O Centro de Apoio a Deficientes é um equipamento criado em 2001 para apoiar e acolher a população com deficiência da região do Alto Tâmega (concelhos de Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar). Aqui funcionam
duas respostas sociais: o CAO (Centro de Atividades Ocupacionais) e o Lar Residencial. O CAO, de segunda a sexta-feira recebe utentes transportados das e para as suas residências. Permanentemente acompanhados por monitores experientes e qualificados, com os quais desenvolvem atividades ocupacionais diárias diversificadas, tais como olaria, pintura, carpintaria, tecelagem e agricultura, entre outras. O Lar Residencial alberga três dezenas de utentes, funcionando 24 por dia. Os objetivos desta resposta social são proporcionar alojamento a portadores de deficiência que não disponham de retaguarda familiar
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que os acolha, que frequentem estruturas de ensino ou outros programas distantes da sua residência, e ainda para apoio às famílias em situações de doença, férias, fins de semana e outras específicas. Permite ainda facultar alojamento a todos aqueles que optem por uma vida independente dos seus familiares, potenciando a sua integração. Com o objetivo de promover a autonomia da população idosa do concelho, a Santa Casa da Misericórdia de Boticas presta ainda o serviço de apoio domiciliário, cobrindo a totalidade do município com esta resposta social e com a qual assegura alimentação, higiene pessoal, habitação, tratamento das roupas, bem como, o acompanhamento e transporte a consultas médicas. No que se refere à infância, esta instituição assegura as respostas sociais de creche, pré-escolar e CATL (Centro de Atividades de Tempos Livres). A creche da Santa Casa da Misericórdia é um estabelecimento que recebe crianças dos zero aos dois anos. O pré-escolar acolhe as crianças dos três aos cinco anos e visa proporcionar-lhes atividades didáticas, lúdicas e educativas, num ambiente agradável e adequado às suas exigências, sempre com a supervisão dos colaboradores qualificados e empenhados no desempenho das suas funções. No que se refere à saúde, a Santa Casa da Misericórdia de Boticas tem concluída a sua Unidade de Cuidados Continuados que receberá utentes de longa duração e manutenção e entrou em funcionamento no passado dia 1 de setembro. No ano do seu décimo aniversário, a instituição encerra o leque de respostas sociais ao dispor da população, sendo que “atualmente temos respostas sociais para um número muito significativo da população”, salienta o provedor Fernando Campos.
Atualidade Em muitos concelhos portugueses, estas instituições de solidariedade social assumem um papel de importante relevo no que respeita à economia social e a Santa Casa da Misericórdia de Boticas não é exceção. É a segunda entidade empregadora no concelho, com uma equipa de colaboradores, maioritariamente feminina, constituída por 180 pessoas com formação adequada ao desempenho das suas funções. Fernando Campos é um filho da terra, que liderou os
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destinos do município do interior transmontano ao longo de cinco mandatos consecutivos e, fruto da lei da limitação de mandatos, foi substituído nas últimas eleições autárquicas. Desde o nascimento da Santa Casa da Misericórdia de Boticas que assume as funções de provedor, agora aliadas às de presidente do secretariado regional do distrito de Vila Real da União das Misericórdias Portuguesas. Para além dos projetos e medidas que a Santa Casa de Boticas tem vindo a desenvolver para garantir o melhor apoio à população botiquense, Fernando Campos orgulha-se de ter fechado o ano de 2013 “com contas equilibradas, fruto de uma gestão rigorosa e de um aproveitamento criterioso dos recursos quer humanos quer materiais”.
Projetos futuros Para o futuro, esta instituição tem como principais objetivos continuar a apostar nas novas tecnologias, e nesse sentido, estão a dotar todos os edifícios com sistema de fibra ótica, de forma a facilitar o contato dos
utentes com os familiares e o contato dentro da própria instituição. A aposta em energias renováveis, como é o caso dos painéis solares, é uma aposta ganha que é para continuar. De forma a alargar o apoio à sua população, está ainda a implementar em toda a área do concelho, numa parceria com a Câmara Municipal de Boticas, cursos de formação básica de Tecnologias de Informação e Comunicação, por forma a promover o contato com os familiares dos idosos que existem espalhados pelos quatro cantos do mundo. A promoção do convívio e da autonomia dos utentes da instituição é um objetivo trabalhado diariamente. Ainda no passado mês de junho, a Santa Casa da Misericórdia de Boticas realizou com os seus utentes um passeio ao Santuário de Fátima e, no regresso, a alegria e a boa disposição dominavam os idosos.
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solicitadores e agentes de execução
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m profissional de solicitadoria desempenha funções em consulta jurídica, acompanha e representa os interesses dos cidadãos ao nível singular ou coletivo, junto dos tribunais, bem como administração fiscal, cartórios notariais, conservatórias dos registos prediais, comercial, civil, autarquias locais e muitos outros órgãos e repartições públicas. Perante a necessidade de dar resposta a uma sociedade cada vez mais exigente, surge o profissional de agente de execução, em que é possibilitado aos solicitadores e advogados, após uma formação específica e comum a ambos, as competências da generalidade de diligências de execução, nomeadamente penhoras, citações, notificações, despejos e arrestos. Continuamos, nesta edição da Revista Business Portugal, a dar-lhe a conhecer alguns destes profissionais, assim como a sua visão do estado do setor.
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Os Maus da Fita Bruno ferrada - solicitador São vistos como os “maus da fita”. São os cobradores de dívidas em incuprimento que toda a gente tenta evitar e olha com algum escárnio. Bruno Ferrada, agente de execução, fala-nos do seu percurso, das reformas feitas e da maneira como lida com o estatuto pouco “popular” da sua profissão.
bruno ferrada Solicitador
Como é que se iniciou nesta área? Eu comecei na área da recuperação financeira. Que, na minha opinião, deveria ser o ínicio e a base de todos os agentes de execução, pois acho que um agente de execução não é nada mais nem menos do que recuperador de ativos. Entrei para a área de recuperação financeira quando estava tirar o curso de solicitadoria. No final do curso não me via na profissão de solicitador e abracei esta área de recuperação. Trabalhei para várias financeiras (entidades que fazem a recuperação financeira de clientes que estão em incumprimento com a banca ou com as finanças) durante cerca de cinco anos. Todo o know how que adquiri nesses cinco anos usei-o para a ‘construção’ da figura do agente de execução. Entrei para esta atividade em 2006, que na minha opinião, foi a melhor altura, pois já existiam procedimentos, rotinas e regulamentos que definiam bem a profissão. Até então, não se sabia muito bem qual a definição de um agente de execução. Como encara o facto de serem vistos comos “os maus da fita”?
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O facto de nós sermos vistos como os maus da fita, infelizmente, deve-se a alguma ‘anarquia’ herdada dos primeiros tempos da figura dos agentes de execução, que então eram denominados de solicitadores de execução. Na altura, não havia formação e, como já referi, a própria profissão não estava bem definida a nível de regulamentos e a nível de procedimentos. Por isso, pode-se considerar que esses pioneiros foram as cobaias da nossa área. Infelizmente muitas destas ‘cobaias’ e dos agentes de execução que se lhes seguiram não souberam respeitar certas barreiras que nunca deveriam ter sido ultrapassadas. Eu costumo dizer que quando se dá uma espécie de ‘poderzinho’ a pessoas que não sabem lidar com ele, normalmente corre mal. Daí terem sucedido os tristes episódios de abuso de estatuto e de agressividade. A verdade é que todos nós estamos associados a esses lamentáveis acontecimentos e as pessoas acabaram por criar uma imagem do agente de execução como um bicho papão que vai cobrar as dívidas dos pobrezinhos! Mas essa já não é a realidade e episódios menos felizes como esses já não existem, ou são muito residuais, e quero acreditar
que a pouco e pouco, as pessoas irão dissipando a ideia negativa que têm de nós. Desde que entrou nesta área, quais as principais alterações positivas e negativas, nesta profissão? De positivo posso referir o acesso a ferramentas de trabalho que inicialmente não existiam, como é o caso da SISAE que é a uma plataforma informática que, entre outras funcionalidades, nos permite comunicar com os tribunais e com os mandatários. Ironicamente, um dos aspetos negativos está relacionado com o SISAEI também, pois infelizmente funciona mal. Claro que tem vindo a melhorar desde que entrei nesta atividade, já conseguimos fazer penhoras e consultas de bens online, mas mesmo assim está longe de estar a funcionar a 100 por cento. Esta plataforma informática foi concebida para 400 ou 500 agentes e atualmente, somos cerca de mil agentes de execução, logo o sistema não aguenta e está constantemente a falhar. Esta aplicação informática é paga por nós, agentes de execução e, por isso, é ainda mais urgente que esta funcione bem. Saliento também, como um aspeto positivo de extrema
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importância, toda a regulação e regulamentação da profissão e da atividade que tem vindo a ser aprovada, que facilita bastante o dia a dia dos agentes de execução e deixa menos margem para situações menos claras. Que impacto está a ter a questão da restruturação do mapa judiciário na vossa atividade? Tive de dar férias a três funcionários aqui do escritório, pois não podiam fazer requerimentos, não podiam fazer atos...enfim. Cada ato de penhora na rua, cada ato interno, tem todo um processo administrativo, ou seja, tem de se comunicar ao tribunal, ao mandatário, fazer comunicações para o executado e exequente. Portanto, nós agora estamos parados e nem somos autorizados a praticar atos nas plataformas informáticas. Obviamente que esta situação dá um prejuízo enorme aos profissionais da nossa área e aos credores. Por isso, nem sequer consigo avaliar muito bem o impacto desta situação da alteração do mapa judiciário, pois não sabemos quando vamos restabelecer os recebimentos, não recebemos processos novos...só quando isto passar é vamos ver o impacto desta situação. Isto é grave, porque os escritórios que não têm fundo de maneio como é que vão pagar aos seus funcionários
durante o mês de setembro? Penso que no geral, os aspetos negativos superam os positivos para os profissionais desta área. Qual a sua opinião relativamente ao PEPEX ( Procedimento Extrajudicial Pré-Executivo)? Penso que não é aplicável ao cliente comum. Na maior parte dos casos defendo que, para além de se verificar na plataforma os bens das pessoas, tem de se ir bater à porta das pessoas e tentar perceber qual a sua real situação. Não penso que estando apenas atrás de um computador vá aumentar a taxa de sucesso das execuções. O PEPEX faz sentido para os grandes grupos empresariais, agora para o merceeiro ou talhante que vive do dia a dia, não acho que vá surtir grande efeito. Como vê o futuro desta área de atividade? Vejo com uma certa preocupação, porque cada vez mais cursos são abertos nesta área e existem cada vez menos processos a serem executados por agentes, por isso não sei bem como será o futuro desta profissão. Felizmente, para já trabalho não me falta mas no futuro não sei como será!
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“o agente de execução deve ser imparcial e isento” Teresa de almeida machado - Agente de Execução Teresa de Almeida Machado iniciou o seu percurso profissional como advogada, mas cedo percebeu que a sua vocação se encontrava na área da ação executiva e, quando surgiu a oportunidade de se tornar agente de execução, não teve dúvidas que esse era o caminho a seguir.
teresa de almeida machado Agente de Execução
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oncluído o curso de direito, Teresa de Almeida Machado estagiou num escritório de advogados, em Guimarães, durante o qual descobriu, na área da ação executiva, uma vocação que desconhecia e onde adquiriu grande parte dos conhecimentos nesta área. “Nos dois últimos anos do estágio, fiquei responsável pela maioria dos processos executivos tratados pelo escritório. Terminado o estágio, tanto os meus colegas como patronos me diziam que devia tornar-me solicitadora de execução”, recorda. Contudo, na altura, esta atividade era exclusiva dos solicitadores, o que implicava regressar à universidade e deixar de ser advogada, “o que me custava pois tinha sido um caminho longo, cinco anos de curso, mais três anos de estágio”, confessa. “Por coincidência, na mesma altura, começou-se a falar sobre o projeto-lei que tornaria possível aos advogados serem também solicitadores de execução e decidi aguardar pelo desenvolvimento dessa situação. Entretanto fui convidada pela solicitadora de execução, que colaborava com o escritório de advogados onde estagiei, para colaborar no escritório dela e, uns meses depois entrou em vigor a alteração legislativa que permitia aos advogados serem agentes de execução e, nem pensei duas vezes, decidi concorrer logo e fiz parte
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do primeiro grupo de advogados a tornarem-se agentes de execução”, conta Teresa de Almeida Machado. Após terminar a formação, estagiou nesse mesmo escritório onde admite ter aprendido muito e onde ficou a trabalhar concluído o estágio. Contudo em 2012 decidiu abrir o seu próprio escritório.
Agente de execução - O mau da fita? Vistos de uma forma negativa, os agentes de execução são encarados muitas vezes como os “maus da fita”. Para Teresa de Almeida Machado tal acontece porque, como em outras atividades, existem bons e maus profissionais e há determinados colegas que exercem a profissão de forma menos correta, ou seja, muitas vezes “interpelam os executados de forma mais agressiva e nem sempre agem da forma mais educada, o que leva a situações de confronto com os mesmos, levando os cidadãos a generalizar o agente de execução como o mau da fita”. De acordo com a entrevistada, “um agente de execução deve ser imparcial e isento, pois temos que conseguir a recuperação célere do crédito exequendo sem ofender os direitos dos executados, temos como responsabilidade mediar os direitos e obrigações tanto do exequente como do executado, por forma a
evitar inconvenientes processuais e pessoais”. Admite, no entanto, que nem sempre é fácil, pois na verdade a tarefa de um agente de execução é recuperar um crédito que pertence ao exequente, sendo que durante o processo deve mediar os interesses de ambas as partes e avaliar as situações caso a caso. “Primeiro, temos de avaliar se o executado não paga porque está a passar por uma grave crise financeira ou se simplesmente não quer pagar. Conforme a situação, atuamos de diferentes formas. Por exemplo, se uma pessoa está com graves dificuldades financeiras, temos de saber lidar com o lado humano e ter a capacidade de levar a bom porto uma negociação entre o executado e o exequente, a fim de conseguir que o exequente recupere o seu crédito e que o executado consiga pagar a dívida, sem pôr em causa a sua digna sobrevivência. Aliás, muitas vezes, neste tipo de situações, digo aos exequentes que mais vale recuperar o crédito devagar, mas bem, através de um acordo de pagamento em prestações, do que avançarmos para a penhora de bens móveis, que regra geral não têm valor comercial ou são de difícil comercialização. Lidamos com muitas situações de pobreza extrema, em que não existe nada que possa ser penhorado”, sublinha. Exatamente por estas situações serem complicadas,
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Teresa de Almeida Machado refere que é imperativo atuar de forma calma e pausada perante os executados, apresentando as diferentes alternativas disponíveis, para que estes se mostrem disponíveis a encontrar uma resolução, motivos pelos quais entende ser a vocação profissional imprescindível ao exercício da sua profissão.
Futuro da profissão Quanto ao futuro reservado para os agentes de execução, Teresa de Almeida Machado só espera que seja “mais risonho”. Recorda que quando começou a trabalhar, na área da acção executiva, era “mais fácil recuperar créditos, mas, ao longo dos anos, e devido à conjuntura financeira do país, começou-se a notar maiores dificuldades na recuperação dos mesmos, o que motivou uma desacreditação progressiva do processo executivo. No entanto, tais dificuldades começam a desaparecer”. Na opinião da agente de execução há uma grande facilidade, hoje em dia, em requerer um PER (Processo Especial de Revitalização) e/ou insolvências, tanto no caso de empresas como de particulares, situações que interrompem e inviabilizam os processos executivos e, por conseguinte, os cidadãos começam a ficar desacreditados no sistema. Contudo, é fundamental salientar que existem cada vez mais ferramentas à disposição dos agentes de execução como “a penhora eletrónica dos saldos bancários, sem que
sejam necessários despachos, uma alteração legislativa inovadora da qual o cidadão comum, possivelmente, ainda não se apercebeu”. Por isso mesmo, a entrada em vigor do PEPEX parece-lhe que será “uma lufada de ar fresco para o processo executivo. Como disse, o processo executivo está desacreditado e creio que o PEPEX irá ajudar as pessoas a confiarem, novamente, na ação executiva. Tal procedimento permite que os credores possam efetuar uma ponderação relativa ao custo-benefício de um eventual processo executivo, evitando-se desta forma muitas situações de inutilidade do processo por inexistência de bens, o que pode levar mais pessoas a recorrerem ao processo executivo, uma vez que têm ao seu dispor um mecanismo que permite
saberem se o devedor tem bens suscetíveis de penhora antes de intentarem a ação”. Relativamente à evolução da profissão, Teresa de Almeida Machado acredita que é fundamental criar um estatuto ético e deontológico próprio para os agentes de execução, definindo os direitos e deveres. “Antigamente, talvez fizesse sentido que os solicitadores de execução se regessem pelo estatuto dos solicitadores generalistas, uma vez que eram os únicos que podiam exercer a profissão. A partir do momento que existe outra classe profissional que pode exercer, parece-me pertinente que sejam definidos estatutos próprios e únicos para os agentes de execução”, reitera a entrevistada.
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Uma profissão em mudança Miguel viegas - agente de execução Agente de execução desde 2006, Miguel Viegas, em entrevista à Revista Business Portugal, falou sobre a atual situação da sua classe profissional e aquele que poderá ser o futuro das ações executivas.
miguel viegas Agente de Execução
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os 19 anos, Miguel Viegas inscreveu-se no curso de solicitadoria da Câmara dos Solicitadores. “Fiquei entusiasmado com a vertente prática do curso e como os conhecimentos adquiridos podiam ser aplicados na vida profissional”, recorda. Simultaneamente trabalhava numa empresa de contabilidade, emprego que manteve após abrir escritório próprio como solicitador generalista. Os conhecimentos de contabilidade revelaram-se uma vantagem para se manter no mercado, pois consegue “gerir mais eficientemente um escritório e, atualmente, ter uma melhor atuação como agente de execução”, admite Miguel Viegas. Em 2003, com a entrada em vigor da reforma da ação executiva, foi criada a figura do solicitador de execução, atual agente de execução, responsável por efetuar todos os atos do processo de execução. Perante este novo cenário, Miguel Viegas decidiu, em 2006, tornar-
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se solicitador de execução e, juntamente com duas colegas, abriu um novo escritório. Atualmente, já sozinho, gere o seu escritório com mais seis funcionárias, todas licenciadas em solicitadoria e empregadas forenses. Tendo como ferramentas essenciais um programa de gestão para atividade específica de agente de execução, com a sua equipa, determinação e rigor, foi crescendo de forma sustentável, conquistando ao longo dos anos a credibilidade junto dos clientes. Concilia ainda com esta atividade, a que se dedica com paixão, a função de formador na Câmara dos Solicitadores. Para Miguel Viegas, a missão de um agente de execução é clara. “O agente de execução atua no sentido de ajudar o exequente a conseguir cobrar a sua divída, mas olhando para o executado sempre com respeito e apresentando-lhe alternativas para que consiga efetuar o pagamento. Perante a atual situação, sabemos que
há pessoas que se encontram em situações de divída por motivos alheios à sua vontade, porque perderam o trabalho ou porque foram fiadores de pessoas que não cumpriram as suas obrigações”. A penhora e remoção de bens é normalmente o método escolhido para cobrir as divídas, um direito que pode ser exercido pelo exequente, porém nem sempre é a melhor solução, pois muitas vezes o valor comercial dos bens não cobre o valor da divída. Mesmo com os ânimos exaltados em situações de extrema tensão, o agente de execução tem o dever de “explicar, com calma, que existem alternativas como, por exemplo, estabelecer um acordo de pagamento em prestações entre o executado e o exequente”, sublinha. Admite, no entanto, que existem situações em que os devedores conseguem “contornar o sistema porque pedem insolvências, passam os bens para o nome de outra pessoa, fecham a empresa e abrem outra sob
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uma designação diferente. Há modos de combater estas situações, mas torna o processo mais complicado e moroso”, explica Miguel Viegas. Defende, por isso, consequências mais pesadas para sócios e gerentes que fecham empresas com várias divídas, uma maior fiscalização sobre as sedes comerciais e um menor facilitismo em relação aos pedidos de insolvência. Felizmente, algumas dificuldades do processo executivo podem ser ultrapassadas com a ajuda de ferramentas, criadas nos últimos anos, como a penhora eletrónica de saldos bancários. Hoje em dia, “um agente de execução está munido de ferramentas que permitem avaliar a situação financeira dos executados e a penhora eletrónica de saldos bancários é algo bastante útil, especialmente, se os devedores forem empresas. Temos a possibilidade de bloquear todas as contas indicadas pelo Banco de Portugal, o que para uma empresa, que mantenha uma atividade regular, pode ser problemático. Acontece que, muitas vezes, ainda antes da penhora há empresas que procedem ao pagamento da divída”, refere o agente de execução. Contudo, as dificuldades atuais em recuperar os créditos perdidos têm aumentado a descrença no processo executivo e, consequentemente, tem havido uma diminuição dos processos executivos. Miguel Viegas acredita que o estado atual do processo executivo esteve na origem do recentemente aprovado Procedimento Extrajudicial Pré-Executivo - PEPEX, instrumento que irá permitir aos credores identificar e localizar bens penhoráveis e, perante o resultado
obtido, avaliar se vale a pena ou não ir para tribunal para cobrar a divída. “Creio que pode ser uma medida positiva, uma vez que os processos irão ser distribuídos equitativamente pelos agentes de execução inscritos nas comarcas, o que significa que agentes com menor volume de trabalho podem ganhar mais processos. Por outro lado, irá ajudar os credores a perceberem se vale a pena avançar com uma ação executiva, evitando a sobrecarga dos tribunais”, comenta.
O futuro do agente de execução Quanto ao futuro da profissão, Miguel Viegas revela-se cauteloso e, em certa medida, preocupado. “Pareceme que vamos chegar a um ponto em que não será
exequível iniciar uma ação executiva, porque as pessoas não terão meios para pagar as divídas, nem bens penhoráveis. Neste momento, quem alimenta uma grande percentagem das ações executivas são os bancos, mas se estes deixarem de acreditar no processo ou optarem por outros caminhos, o número de processos executivos irá diminuir ainda mais. Por outro lado, julgo fundamental que haja maior fiscalização sobre a atividade dos agentes de execução, pois esta é uma área que se baseia em confiança e isso só é possível se houver idoneidade por parte dos profissionais envolvidos no processo executivo. Porém, estou certo que os agentes de execução competentes irão continuar a ter trabalho no futuro próximo”, conclui.
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Uma porta aberta para a Justiça Abílio martins e elsa duarte - solicitadores Abílio Martins, após 30 anos de experiência nos setores financeiro e bancário, decidiu tornar realidade a sua paixão pelo direito enveredando pela função de solicitador. Sempre considerou que a proximidade com os clientes era essencial e assim instalou o seu escritório num lugar privilegiado, bem no coração da cidade de Albergaria-a-Velha, perto do mercado municipal.
abílio martins e elsa duarte Solicitadores
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onstatou, com o tempo e o trabalho que lhe passou pelas mãos, que a cidade tinha necessidade de um agente de execução competente e sério e que juntar as duas funções num só escritório permitiria um melhor apoio e eficácia nos serviços que prestava bem como a possibilidade de acompanhar mais de perto as diferentes fases de cada processo. Assim, surge o convite a Elsa Duarte, agente de execução, e, desta união, contam, surge uma sinergia que não seria possível se cada um trabalhasse isolado. Por um lado, o solicitador representa, aconselha e acompanha os cidadãos, empresas e organismos públicos, em todo o território nacional, nos múltiplos negócios jurídicos, preparando e obtendo toda a documentação, perante qualquer jurisdição, instância, autoridade ou entidade pública ou privada, nomeadamente junto dos Serviços de Finanças, Conservatórias de Registo e Câmaras Municipais e outras entidades, garantindo a segurança e certeza negocial, e, exerce atos próprios da profissão, designadamente atos jurídicos, mandato judicial, nos termos da lei de processo, em regime de profissão liberal remunerada. Já Elsa Duarte assegura as funções
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abilio martins Solicitador
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de agente de execução nos processos executivos, atuando sob fiscalização da Câmara e na dependência funcional do juiz da causa, e, exerce as competências específicas de agente de execução e as demais funções que lhe forem atribuídas, à semelhança dos oficiais de justiça, efetuando todas as diligências do processo executivo junto do executado, de organismos oficiais ou de terceiros, nomeadamente atos de penhora, venda, pagamento ou outros de natureza executiva e, ainda, citações, notificações e publicações. No seu caminho conjunto têm tentado informar melhor os cidadãos e lamentam que, no geral, estes não reconheçam nem distingam facilmente estas profissões, sobretudo a do solicitador, e, por consequência, não saibam em que matérias podem recorrer a estes profissionais. Para este esclarecimento, dizem, seria saudável uma parceria mais ativa e pacífica com os colegas e outros agentes jurídicos, nomeadamente com os advogados, e uma responsabilização mais visível e eficaz de todos os intervenientes. O volume crescente de situações que exigem a sua intervenção espelha o complicado estado do país e, por se depararem muitas vezes com situações que poderiam não se ter tornado tão complexas por falta de aconselhamento, apelam à sociedade que procure os profissionais jurídicos logo que o problema surja. É neste contexto que afirmam uma das suas missões: ser uma porta aberta para uma justiça célere e próxima.
Elsa Duarte Agente de Execução
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solicitadores e agentes de execução devem ser papéis diferenciados Cecília mendes - agente de execução
Cecília Mendes começou como solicitadora e hoje é agente de execução. Na sua perspetiva, solicitadores e agentes de execução não se devem misturar, pelo que acredita ser necessário uma Ordem específica para cada um dos profissionais. advogados que nos nomeiam diretamente. Eu não tenho dúvidas em relação ao que se vai passar em relação ao PEPEX: já percebi que é a nossa fase um do processo de execução. No PEPEX vou fazer as buscas, comunicar ao requerente, enquanto que no processo executivo temos de comunicar ao exequente e em ambos têm de informar, no caso do PEPEX, se querem ou não a convolação do procedimento em execução e no processo executivo se querem ou não prosseguir com a execução, portanto não vejo aqui grande diferença. Como avalia o trabalho da Câmara dos Solicitadores ao longo dos últimos anos? Acho que a Câmara dos Solicitadores tem desempenhado muito bem o seu papel. Têm feito esforços para melhorar ou permitir o acesso a base de dados: Segurança Social, Conservatórias, etc. O único aspeto que aponto é que, já que pagamos para a Caixa de Compensações, a Câmara deveria promover mais formações.
Cecília Mendes e respetivo grupo de colaboradores Agente de Execução
Como se tornou solicitadora? Fiz o meu estágio como Solicitadora Generalista na comarca de Paredes e como essa atividade começou a diminuir, o colega que me deu o estágio fez o curso de agente de execução e eu comecei a trabalhar no processo executivo com ele e ganhei o ‘bichinho’ por esta área, isto em 2003. Só em 2007 é que pude fazer o curso e começar a exercer esta atividade. Trabalhei em Matosinhos, em Vila Nova de Gaia e em dezembro desse ano um colega indicou-me a um grande litigante que me permitiu abrir escritório e, a partir daí, exercer em pleno a atividade de agente de execução – na altura ainda Solicitadores de Execução. Quais são as maiores dificuldades que encontra nesta área de atividade? Alguns exequentes não nos respeitam enquanto agentes de execução, mas existem outros que nos respeitam muito! Acho que o exequente ainda não consegue ver
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o agente de execução como uma entidade imparcial. É muito complicado gerir isso é uma das dificuldades que enfrento na nossa atividade. Qual é a sua opinião sobre o Procedimento Extrajudicial Pré-Executivo (PEPEX)? O PEPEX ainda é uma novidade ! Na minha opinião não deixa de ser a nossa fase um no processo executivo, em que existe a obrigatoriedade de dar entrada em tribunal. A vantagem do procedimento (PEPEX) é que é de natureza facultativa, também tem de dar entrada na nossa plataforma, competindo ao agente de execução averiguar os bens do requerido, fazemos as respetivas buscas, mas vantagem enquanto celeridade não vejo nenhuma, porque acho que com a fase um se obtém exatamente toda a informação quanto ao património do devedor. Acho que o PEPEX pode ajudar colegas que iniciem agora atividade, porque a distribuição é aleatória, enquanto que no processo executivo são os
Há quem defenda que os agentes de execução deveriam ter uma Ordem separada dos solicitadores, concorda? Sim, concordo perfeitamente! Acho que as duas áreas não se misturam e não temos tempo para exercer as duas atividades. Falo por mim: a minha vida é fazer penhoras, este escritório funciona enquanto agente de execução. Quando tenho trabalho generalista, enquanto solicitadora, passo a um colega porque não tenho tempo. Como é que gostaria de ver esta área de atividade dentro de 10 anos? Infelizmente não acho que esta seja uma profissão de futuro. Custa-me afirmar isto porque vivo deste trabalho. Há muitos outros operadores que querem o nosso trabalho, já se viu agora com o Banco Nacional do Arrendamento (BNA) que os notários também fazem despejos e isso estava direcionado apenas para os agentes de execução.
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Mais apoio, mais coesão Matilde Teodoro correia - solicitadora Matilde Teodoro Correia entrou na área da solicitadoria há 5 anos. A técnica oficial de contas viu nesta área uma forma de ajudar as dificuldades que percebia que os seus clientes tinham em resolver certos problemas relacionados com a burocracia. Com um gosto especial pelos registos e pelo notariado, Matilde Teodoro Correia acabou por adotar o regime de balcão único. Em entrevista à nossa publicação a solicitadora fala dos problemas e dificuldades enfrentados e da necessidade de existir mais apoio e coesão dentro desta área. Quais as maiores dificuldades que sentiu quando começou a trabalhar nesta área? As maiores dificuldades prenderam-se com a falta de apoio que senti por parte da Câmara dos Solicitadores. Foi dada formação sobre este regime do balcão único com bastante ênfase mas, depois de realizados os investimentos por parte dos solicitadores para criar estes balcões, senti que simultaneamente o Estado se tornou um dos nossos concorrentes diretos, houve alguns colegas que desistiram de imediato deste projeto. O Estado através do chamado “Simplex” atribuiu às conservatórias de registo poderes para a prática de atos notariais, através de procedimentos ditos “simplificados”, “A Empresa na Hora”, a “Casa Pronta”. Hoje as conservatórias fazem habilitações de herdeiros, contratos de compra e venda de imóveis, e uma série de serviços que, inicialmente, nós esperávamos que fosse uma área que atribuísse aos solicitadores algum retorno. Entendo por um lado que se queira facilitar a vida ao Cidadão, mas de facto com a experiência que tenho tido vejo que o Cidadão continua a esperar e a desesperar, além disso será que continua a existir segurança jurídica? Neste momento como prestadores de serviços jurídicos, nomeadamente na área dos Registos e Notariado, que é o ponto da nossa entrevista, pagamos os devidos impostos. Somos sujeitos passivos de IVA. As Conservatórias como entidades do Estado que são, estão isentas do pagamento daquele imposto. Logo os nossos honorários serão sempre encarecidos por aquele imposto, falamos de concorrência desleal ou não? Aquilo que aponto como falta de apoio da parte da Câmara dos Solicitadores, prende-se com as poucas reações perante esta e outras situações em defesa da classe. Estou de alguma forma desapontada com o regime do “Balcão Único do Solicitador”, que ninguém até agora, sabe muito bem o que é... De uma forma geral que visão tem do papel da Câmara dos Solicitadores e das medidas por ela tomadas? Aquilo que eu acho é que a nossa Câmara dos Solicitadores não se faz ouvir o suficiente. Não se ouve o nosso presidente a contestar certas decisões e certas alterações na legislação. Era importante que se fizessem ouvir as preocupações dos solicitadores generalistas, e que se contestassem mais as medidas que têm repercussão negativa direta no trabalho dos
solicitadores. Aquilo que sinto é que a nossa Câmara dos Solicitadores está mais vocacionada para os agentes de execução e os solicitadores generalistas têm ficado um pouco esquecidos. Existem alguns agentes de execução que defendem que deveria ser criada uma espécie de “ordem dos agentes de execução” separada dos solicitadores. Qual é a sua opinião a este respeito? Talvez concordasse com essa hipótese se os agentes de execução também ficassem inibidos de exercer a solicitadoria generalista, que não é o caso. Um agente de execução pode fazer o mesmo trabalho de um solicitador generalista, não é impedido de o fazer. Não há incompatibilidade. A única incompatibilidade que existe é ao nível do mandato, ou seja, não pode ele próprio ser mandatário do processo de uma ação executiva que lhe seja atribuída, mas talvez também qualquer dia isso mude….
reconhecimento da classe. É algo que está acontecer não só nesta área mas em muitas áreas. Será que isso é reflexo da crise que estamos a atravessar? Não me parece que tudo se traduza em dinheiro para quem quer e deseja um bom serviço. Entende que deveria existir uma tabela de preços definida? Acho que sim, mas teria de ser uma tabela que fizesse jus ao nosso trabalho. Entendo que nem os próprios profissionais que trabalham para o estado, os conservadores, recebem aquilo que é justo. O papel que lhes atribuíram não é o papel deles. Qual é que acha que é o futuro desta área? Não sei. Há muita incerteza neste momento.
Enquanto solicitadora, qual entende que seria o cenário ideal para os solicitadores exercerem o seu trabalho? Entendo que deveria existir mais coesão entre os colegas da classe para podermos servir bem os nossos clientes/cidadãos. Depois deveríamos ter o Estado a ajudarnos e não a criar mais dificuldades. Entendo que o ponto principal aqui tem sido um pouco a ideia do “vamos desunir para poder reinar”. Entre colegas tem existido um sentimento de concorrência e isso não é benéfico para ninguém. Tenho muitos colegas a fazerem trabalhos de grande responsabilidade a preços miseráveis. Desta forma não há um
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armamar
Região em destaque Chamam-lhe ‘Terra de Emoções’, ou não tivesse como princípio e tradição acolher de braços abertos e um sorriso todos os que visitam a cidade. Terra da maçã da montanha, vinho de excelência e demais iguarias, convidamo-lo a conhecer o que de melhor Armamar tem para oferecer nas próximas páginas da sua Revista Business Portugal.
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Um Presidente para Todos Município de armamar A cumprir o primeiro mandato como presidente da Câmara Municipal de Armamar, João Paulo Fonseca garante ser um “presidente para todos”. Com vários projetos para o município, o atual autarca deu a conhecer à Revista Business Portugal um pouco mais deste município e das suas potencialidades.
Como se caracteriza a Vila de Armamar em termos populacionais, geográficos/territoriais e económicos? Armamar é uma terra situada no coração do Douro, Património Mundial. Pertence ao distrito de Viseu, na sua margem norte com o rio Douro a marcar a fronteira com o distrito de Vila Real. Somos o município com maior frente ribeirinha do Douro e, por isso, temos com o rio e com as encostas durienses uma ligação muito forte. O município de Armamar tem uma área de aproximadamente 130 km2 e conta neste momento cerca de 6.800 habitantes. Como todas as terras do interior, Armamar depende muito do setor primário, da atividade agrícola onde existem grandes dinâmicas económicas ligadas aos vinhos do Douro e Porto e à produção de maçã, sendo Armamar conhecida como a ‘Capital da Maçã de Montanha’. Neste momento, Armamar tem a maior produção nacional de maçã que ronda os 60 milhões de quilos. Esta maçã diferenciase da maioria por possuir características específicas relacionadas com a altitude a que as produzimos. O seu sabor e textura únicos conferem-lhe uma qualidade muito apreciada. É um produto de reconhecido valor, embora haja ainda um caminho a percorrer no que respeita à estratégia de promoção deste produto, que até nos diferencia no contexto duriense. Para além destas, temos também ligadas ao município outras dinâmicas económicas como a transformação de carne e a produção de queijos. Ao nível da gastronomia, o cabritinho de Armamar é o símbolo da nossa mesa. Há ainda outros produtos da nossa atividade agrícola que, embora de forma menos significativa, são também importantes para a economia local, de que são exemplos a baga de sabugueiro e a castanha. Armamar é um município agrícola que está agora numa fase da sua promoção no setor do turismo. Este é o seu primeiro mandato como presidente da Câmara de Armamar, quais os maiores desafios que encontrou? Os grandes desafios no município de Armamar, à imagem daquilo que são os desafios da interioridade, joão Paulo Fonseca Presidente
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prendem-se com a fixação das pessoas, em particular de casais jovens. Nesse sentido a autarquia tem criado condições para inverter esta tendência. Percebemos que é impossível fixar todos os jovens, até porque, felizmente, o acesso hoje a formação de nível superior é mais generalizado e Armamar não lhes pode oferecer esta formação. Mas vamos tendo algumas iniciativas de fixação das pessoas naquilo que respeita à oferta de educação. Neste ponto, Armamar é já um exemplo há muitos anos. Fomos dos primeiros municípios do país a ter o ensino do inglês gratuito para os alunos do primeiro ciclo do ensino básico. Posso afirmar que temos hoje educação gratuita para as nossas crianças e jovens, do pré-escolar ao secundário: a Câmara Municipal de Armamar suporta todas as despesas de transporte, de alimentação, e implementa iniciativas de apoio à aquisição dos manuais escolares. Uma outra forma que a autarquia tem usado para fixar esta população jovem é incentivá-los para se dedicarem à atividade agrícola. Em 2012, Armamar foi o município do país com mais candidaturas de jovens agricultores submetidas ao IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas). Foram 272 projetos apresentados! É neste sentido que temos trabalhado, procurando novas vias de incentivo. No que se refere à política fiscal tomamos, na última assembleia municipal, a iniciativa de prescindir de toda a percentagem de IRS a favor dos contribuintes. Já em termos de IMI e de outros impostos que cabem à autarquia temos baixado sucessivamente as taxas para aliciar as pessoas e as empresas a fixarem-se em Armamar. No que respeita à captação de investimentos que possam criar postos de trabalho, que medidas estão previstas pela autarquia? Temos criado vários apoios para além das condições estruturais. Em 2010, avançamos com o projeto da zona industrial que existe hoje em Armamar, onde criamos condições para as empresas se fixarem com custos baixos e com o apoio da autarquia. Nós não enveredamos pela doação dos terrenos mas colaboramos a cem por cento nas infraestruturas que sejam necessárias. Estamos, neste momento, a criar algumas infraestruturas para poder apoiar o setor do turismo. Temos o nosso concelho à margem da nacional 222, entre a Régua e o Pinhão, onde se situa a nossa única freguesia ribeirinha, Folgosa, e onde para mim se situa o melhor espelho de água de todo o Douro. Já há 11 anos atrás foi construída nesta freguesia o cais da Folgosa, onde se situa o DOC, o restaurante do chefe Rui Paula, e temos agora um projeto de dois milhões e cem mil euros que contempla o prolongamento do cais com uma zona de ciclovia, uma zona de pesca desportiva e pesca amadora. Percebemos que é importante potenciar a área do turismo porque este setor já tem e terá ainda mais impacto no futuro e, portanto, é de extrema importância ter aqui uma porta de entrada para
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o município através do Douro. A ideia é por isso criar na margem ribeirinha infra-estruturas que permitam à iniciativa privada fazer investimentos em Armamar. Há ainda uma outra atividade que criará brevemente postos de trabalho em Armamar. Em conjunto com Tabuaço têm sido feitas nos últimos cinco anos prospeções que indicam a presença de tungsténio no município de Armamar. Este é o último ano de prospeções e os estudos indicam que existem aqui condições para se passar para a fase de exploração. Esta é mais uma boa oportunidade para o desenvolvimento económico de Armamar. O que é que entende que falta para Armamar dar o salto do setor primário para a transformação, já que possuem a matéria-prima, a maçã? Essencialmente aquilo que faltou e falta é a ajuda do poder central. Nós falamos de grandes projetos para o país como o Alqueva e outros, mas percebemos que ninguém conhece a maçã de Armamar como um produto de excelência, diferenciador. Os nossos governantes não conhecem e também não parecem preocupados em querer conhecer. Em termos de transformação nós já tivemos em Armamar, há cerca de 12 anos, a experiência de uma iniciativa privada na área dos sumos de maçã mas, infelizmente, correu mal. Na área da transformação nós temos, numa visão de região, uma estrutura de transformação de baga de sabugueiro. Esta estrutura está sediada em Tarouca mas fazem parte dela os municípios de Armamar, Tabuaço, Tarouca, Moimenta da Beira e Lamego. Neste momento, trabalha só a transformação da baga de sabugueiro mas tem todas as condições para fazer transformação de maçã e de outros produtos da região. Há aqui um projeto integrado entre estes cinco municípios para fazer desta unidade uma unidade de transformação também da maçã: seja a maçã fatiada, maçã em concentrados, entre outros. Duplicar investimentos quando temos aqui ao lado um município com uma estrutura com condições para fazer a transformação deste produto não faz sentido. Atualmente, faz mais sentido reunir forças, criar sinergias para ter mais visibilidade, fazer melhores negócios a uma escala muito maior. Temos também uma empresa que adquiriu muito recentemente um espaço na zona industrial onde vai montar um centro de recolha de maçã para transformação. Estamos, por isso, a dar passos importantes nesse sentido. Qual a decisão mais difícil que teve de tomar desde que está à frente dos destinos de Armamar? Penso que as decisões mais difíceis são sempre aquelas que são tomadas contra a nossa vontade e por imposição do governo central. Por isso, penso que a decisão mais difícil de tomar é ter que dispensar recursos humanos da autarquia por uma imposição. Todas as outras são decisões e nós somos eleitos para decidir. É lógico que todas requerem ponderação e por
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vezes são difíceis mas são necessárias. Quais os projetos que estão previstos a médio prazo? Uma vez que estamos numa fase de abertura do próximo quadro comunitário de apoios, e sabendo que os grandes projetos estarão sempre ligados aquilo que possam ser os apoios em termos de quadros, nós temos aqui dois grandes projetos. O primeiro, ligado ao setor primário e à nossa riqueza, é um grande projeto de rega para Armamar. Nós já somos um dos quatro municípios do país que tem um sistema de rega agrícola integrado e o objetivo agora é estender a rega a toda a área do município. Depois, existe outro grande desafio que deu origem ao segundo projeto e que se prende com a conservação da maçã. Nós, como já referi, temos uma produção em torno dos 60 milhões de quilos mas somos deficitários em termos de conservação. Temos uma capacidade de frio instalada na ordem dos 20
Qual é a marca que quer deixar da sua presidência? Julgo ainda ser cedo para definir uma marca que queira deixar. Mas se me pergunta qual pode ser o eixo orientador das medidas que quero tomar para o desenvolvimento de Armamar, digo-lhe que farei tudo o que estiver ao meu alcance para que os armamarenses, sobretudo os jovens, consigam fazer vida na sua terra e obviamente captar também o interesse de todos os que aqui queiram viver e trabalhar. É preciso inverter a atual tendência da taxa de natalidade deste município. Nós podemos fazer as maiores obras, podemos fazer inúmeros investimentos mas se não existirem pessoas nada disso faz sentido. Diríamos que estamos diante de um presidente para todos? Claro, não tenho e não tenham dúvidas disso.
mil quilos mas apenas 15 mil serão frio de qualidade. A dificuldade hoje é saber que produzimos muito e bem mas depois não temos essas infraestruturas de retaguarda que nos permitam valorizar o produto. Apercebemo-nos, que a determinada altura, alguns produtores têm que vender o produto ainda na macieira ou logo depois da apanha porque não têm capacidade de conservação e isso tem reflexos negativos, a descida do preço e a obrigatoriedade dos produtores venderem mesmo perdendo dinheiro com isso. Além destes projetos, vamos ao nível do turismo dar continuidade ao atual projeto da Folgosa de que já falei e vamos avançar com o melhoramento da acessibilidade de Armamar à A24, nomeadamente com a obra da variante de Fontelo, uma necessidade sobretudo para o tráfego de veículos pesados que é ali muito complicado. Temos que dar às pessoas as melhores condições possíveis para aqui viverem e as estradas são as nossas portas de entrada. Se não estão bem, temos que procurar melhorá-las.
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A maçã no topo do Douro A propósito da Feira da Maçã que se realiza no próximo mês de outubro, estivemos à conversa com Cláudia Damião, vereadora da Cultura e Ciência, Juventude, Ação Social e Património que nos falou ainda das potencialidades turísticas de Armamar. Em termos de turismo o que é que Armamar tem para oferecer às pessoas que visitem este município? Em primeiro lugar, temos a nossa paisagem que é soberba. A nossa localização geográfica estratégica faz com que possamos ter num mesmo município a serra, na parte mais a sul, e os vinhedos em socalcos, mais a norte, com uma vista privilegiada sobre o vale do Douro. Para além disso, temos a nossa gastronomia onde se destaca o cabritinho de Armamar, o nosso fumeiro, os queijos e mais recentemente a doçaria feita à base da maçã, aliados à capacidade de bem receber e à qualidade das instalações das nossas unidades de alojamento. Não podia deixar de citar também as nossas unidades de alojamento local que têm uma boa oferta para quem nos quer visitar. Apesar destes fatores que constituem uma oferta interessante para quem nos visita, temos outros projetos nos quais estamos a trabalhar e que vêm enriquecer esta oferta, como o turismo cientifico-cultural que queremos implementar. Em Armamar existem dois grandes vultos que são para nós motivo de orgulho. O primeiro é o poeta Fausto José, um poeta presencista conhecido no meio literário e com uma poesia muito apreciada. A nossa ideia é explorar esta figura dando a conhecer as suas raízes, a sua casa, aquilo que ele foi e a sua obra. O segundo vulto, um cientista, é Francisco Gomes Teixeira, matemático português que ainda hoje é considerado o melhor aluno de sempre da Universidade de Coimbra. É uma pessoa que ainda se mantem vivo nas nossas memórias e também no ambiente académico e cientifico pelos estudos que foi realizando e que ainda hoje são objeto de investigação. Para além desse turismo científico cultural, queremos trabalhar efetivamente melhor no nosso património arquitetónico, no nosso património religioso e dá-lo a conhecer através de rotas pedestres. Estamos a desenvolver um trabalho que passa pelo levantamento de tudo o que está presente na nossa carta do
património para depois ser possível organizar os roteiros que possibilitem comtemplar nessas rotas não só a paisagem mas também a gastronomia e essencialmente o património. Relativamente à Feira da Maçã que ocorre este mês de outubro, o que é que está programado? Esta feira decorre nos dias 24, 25 e 26 de outubro e tem uma dinâmica muito semelhante aos certames clássicos onde há espaços para exposição e venda de produtos regionais. Este evento prima por ter um parque de máquinas e alfaias relacionadas com a agricultura já significativo. Para além disso, grande parte dos nossos produtores de maçã estão aqui representados e, por isso, é possível fazer a venda da maçã e também de outros produtos ligados a ela. Este ano fizemos algumas solicitações no âmbito da promoção do consumo da maçã como hábito saudável tendo convidado a Associação Nacional para a Prevenção da Obesidade, a Associação Portuguesa de Nutricionistas, entre outras entidades, de forma a promover ciclos de debate e a respetiva sensibilização junto da população. Pretendemos criar ainda espaços de debate e reflexão em torno da transformação da maçã, uva, cogumelos, cereja como forma de localmente conseguirmos acrescentar valor ao produto. Temos ainda uma animação permanente, provas do nosso afamado vinho, showcookings e gostaríamos de contar com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, que tem tido um papel muito importante ao nível da agricultura. Gostávamos que nos visitasse nesta data porque é ótima para perceber a importância e a forte dinâmica económica da agricultura no nosso município. O que é que distingue a maçã de Armamar? A maçã de Armamar é conhecida como ‘maçã de montanha’ pelas condições geográficas na qual é produzida. É esta particularidade que lhe confere características muito marcantes relativamente a outras maças, em termos de paladar, textura e cor. Grande parte das pessoas neste concelho estão de alguma forma ligadas à produção deste fruto e há muito que os nosso produtores se especializaram no cultivo da maça, estando hoje entre os melhores no país a fazêlo. Em Armamar, são apenas três, num total de 14, as freguesias onde não existe produção de maçã. O que falta agora é acrescenta valor a este alimento porque já temos o melhor dos produtos.
Associação de Fruticultores de Armamar A Associação de Fruticultores de Armamar tem por objeto a prática de produção integrada das culturas e a agricultura biológica. Os seus objetivos passam pela investigação, a experimentação, a demonstração e a divulgação de todas as ações técnicas e económicas, visando o melhoramento da fruticultura e a formação profissional dos seus membros, por sua iniciativa ou em colaboração com organismos ou serviços oficiais ou privados, nacionais ou estrangeiros, bem como estabelecer protocolos com entidades ligadas à fruticultura.
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Lugar de emoções no Douro Quinta dos ramozeiros Amândio Cunha, Manuela Reis Costa e Lia Alves da Cunha são os rostos de um projeto familiar que além de primar pelo sucesso, prima essencialmente pelas emoções… pelas emoções que sentem e que, inconscientemente, deixam transparecer no seu olhar quando falam da Quinta de Ramozeiros, “onde há uma mensagem de compromisso e amor pela terra, escrita arduamente pela gente do Douro” e que está presente em cada garrafa deste vinho excecional.
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oderíamos simplesmente dizer que Ramozeiros é uma empresa familiar que, como os próprios enunciam, centra a sua produção de vinhos em princípios básicos: agricultura dentro das regras da proteção ambiental e produção de vinho exclusivamente de uvas cuidadosamente acompanhadas nas suas terras. Mas isso não basta. Ramozeiros vai muito além disso. Manuela Reis Costa diz que este lugar é um “regresso à natureza”, onde a dedicação à mesma faz transparecer um elevado padrão de qualidade nos seus vinhos. Mas recuemos duas décadas para conhecermos aquele que hoje é um dos vinhos mais excecionais, produzido na região do Douro. O chamamento para voltar às raízes chegou a esta família há uns 20 anos, quando ainda faziam percursos de vida bastante mais próximos da vida citadina. “Não sou do Douro, mas sou da terra”, confessa-nos Manuela Reis Costa, reportando-se às experiências da infância, que de alguma forma os tinham já aproximado da viticultura entre outras formas de sentir a vida no campo. E assim foi que esta família se apaixonou por esta quinta, situada em Vacalar, Armamar, na Região Demarcada do Douro. Aos poucos e poucos foram e vão ainda construindo este sonho de “dar a esta quinta uma nova dimensão de sustentabilidade em todas as suas vertentes: económica, ambiental e social”. A valorização do passado, porque nele assenta a identidade desta casa rural, a valorização da natureza e das pessoas são fundamentais para esta equipa, que preserva em cada recanto uma parte da história desta quinta. A cozinha, onde funcionários e patrões almoçam todos os dias à mesma mesa, é um dos exemplos mais vivos do património material e imaterial que desejam preservar. Lia Alves da Cunha, psicóloga de formação, desde logo alimentou também em si este sonho dos seus pais. “Sou aventureira, assim como o meu pai, essa minha costela vem dele e, tal como ele e também como a minha mãe, não sou da terra mas sinto-me da terra”, diz com aquele brilhozinho nos olhos que fala por si. A ‘herdeira’ de Ramozeiros tem como objetivo a curto prazo oficializar a certificação IFS, assim como, a seu tempo, a certificação
de vinhos orgânicos que, apesar de ainda não o serem, são produzidos como tal. Se quiser conhecer a Quinta, basta bater à porta e entrar. Garantimos que será recebido de braços abertos… Seja bem-vindo…
Os vinhos A Quinta de Ramozeiros vinifica e engarrafa apenas as suas uvas, com equipamentos próprios que são cuidadosamente acompanhados pelos elementos da sua equipa, da qual faz parte um enólogo a tempo inteiro. As uvas são selecionadas e colhidas manualmente. Todos os colaboradores recebem formação regular para o trabalho na vinha e na adega. A qualidade aqui impera. “Queremos primar e marcar a diferença pela qualidade ao invés da quantidade. Os mais de 11 países onde estamos presentes já o comprovam”, diz, com orgulho na voz, Amândio Cunha. E se as uvas não permitirem chegar ao patamar estabelecido, simplesmente o vinho não se produz sob a marca de Ramozeiros. “Em 2002 não houve Ramozeiros porque a qualidade das uvas não coincidia com o patamar que já tínhamos alcançado”, acrescenta.
amândio cunha, Manuela Reis Costa e Lia Alves da cunha
As vinhas Estas vinhas beneficiam do típico solo maioritariamente xistoso, de exposição solar excelente, da altitude e dos vários microclimas, bem como da correta gestão da intervenção da mão humana. De referir que este ano, a vinha de Ramozeiros só sofreu três tratamentos, apenas à base de enxofre e sulfato de cobre. “A nossa área agrícola abrange 15 hectares de vinha nova e 3.8 hectares de vinha velha, tradicional. Para a vinha nova, selecionamos apenas as melhores castas do Douro. São elas a Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinto Cão e Sousão”, utilizadas para os vinhos tintos. Os brancos são fruto do “Gouveio, Cerceal, Malvasia Fina, Códega de Larinho e Fernão Pires. Na vinha velha temos uma variedade de castas que nos permite fazer belíssimos blends de beber e chorar por mais”, diz-nos Paulo T. Barros, o enólogo.
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“Turismo à la carte”
Casa da Raposeira Bed and Breakfast
Casa da raposeira
Para quem procura umas férias diferentes, longe dos hotéis e das multidões, mas sem abdicar do conforto, a Casa da Raposeira é o espaço ideal.
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nvolvida pela magnífica paisagem duriense, a Casa da Raposeira é uma residência familiar que funciona como uma unidade de alojamento local, oferecendo aos seus hóspedes uma estadia tranquila, num ambiente familiar e, se assim escolher, com refeições tipicamente portuguesas. A Casa da Raposeira mantém-se disponível para acolher e organizar eventos tanto de natureza familiar como lúdica. Por exemplo, “recentemente preparamos um almoço para 12 pessoas, acompanhadas pelos filhos, que queriam algo diferente. No fim do almoço, puderam usufruir da sala de estar privada, do terraço e do jardim e a seu pedido contratamos uma babysitter para as crianças, de maneira a que pudessem estar mais à vontade”, explica Ana Chaves, uma das responsáveis pela Casa da Raposeira. A ideia é proporcionar a todas as pessoas um momento à medida das suas expectativas, ficando toda a organização do evento a cargo de Ana e Rita Chaves.
No fundo, a Casa da Raposeira oferece um “turismo à la carte”, sublinha Rita Chaves. Ambas as responsáveis pela casa afirmam estar disponíveis a acolher e organizar diferentes eventos como, por exemplo, workshops, almoços familiares ou de amigos, aniversários e até mesmo baptizados e casamentos. “Anexa à casa existe uma pequena capela que pode ser utilizada para cerimónias religiosas”, refere Rita Chaves. Aliada à beleza da casa e da paisagem, também a comida confecionada por Ana e Rita Chaves irá certamente fazer as delícias de todos. Cabrito assado no forno, papas de sarrabulho, cachaço de porco no forno ou bacalhau com natas figuram entre os pedidos mais comuns dos hóspedes da Casa da Raposeira e que deixa todos de água na boca. Porém, “estamos disponíveis para confecionar qualquer prato pedido pelos nossos clientes”, remata Ana Chaves.
Quinta da Raposeira - Aldeias 5110-023 Armamar www.facebook.com/pages/Casa-da-Raposeira/221530571192339 www.casadaraposeira.webnode.pt e-mail: acasadaraposeira@gmail.com fixo: (+351) 254 858 006 móvel: (+351) 914 452 772
o mais emblemático do Douro Quinta dos frades Em Folgosa, Armamar, a Quinta dos Frades é conhecida por todos como uma das mais belas emblemáticas propriedades do Douro Vinhateiro. Percorrendo os seus 200 hectares é fácil perceber o porquê. Os seus registos remontam a 1256, altura em que se tornou uma das mais importantes unidades agrícolas que a ordem de Cister possuiu nesta região. E foi em 1941 que Delfim Ferreira adquiriu esta Quinta, possuidora de uma paisagem deslumbrante que se estende pela margem esquerda do Douro ao longo de 1.900 metros, pontuada por uma grande variedade de altivos ciprestes, laranjeiras, amendoeiras e oliveiras. Em 2008, Aquiles Brito, bisneto de Delfim Ferreira, iniciou um projeto de produção de vinho de mesa, numa escala minoritário, vinho esse proveniente das melhores vinhas da Quinta. A primeira colheita mereceu logo o Prémio de Excelência, galardão atribuído apenas aos melhores vinhos portugueses. Para tal, foi imprescindível a colaboração de Anselmo Mendes, um dos mais conceituados enólogos em Portugal, a colaborar com a Quinta dos Frades. Daqui nascem três delícias, dignas dos deuses: Quinta dos Frades Vinhas Velhas, Vinha dos Deuses e Vinha dos Santos. A Quinta dos Frades Vinhas Velhas é feito a partir de uma cuidadosa seleção das melhores uvas colhidas
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nas parcelas mais antigas, que conta com mais de 20 castas. Ainda hoje, estas uvas são pisadas a pé, em grandes lagares de granito. É o ex-libris da Quinta. A Vinha dos Deuses é resultado de uma vinha com mais de 90 anos e com diferentes castas e também estas uvas são pisadas como antigamente, mantendo os costumes de sempre. Finalmente, a Vinha dos Santos consta com as versões branco e tinto. As uvas utilizadas nestes vinhos são vindimadas manualmente. As uvas são desengaçadas e vão para os lagares de granito de grande dimensão. No caso específico do vinho tinto, este conta com uvas escolhidas de parcelas que variam entre os 20 e os 90 anos. Por tudo isto e muito mais, estes são vinhos únicos, pelo que não pode deixar de os saborear.
Monteiro maria Administrador
Folgosa do Douro 5110-214 Armamar Tlf: 254 858 241 Fax: 254 855 394 info@quintadosfrades.pt
REVISTA BUSINESS PORTUGAL ESPECIAL ARMAMAR
“melhoria das condições de vida” Junta de freguesia de fontelo Luís Rodrigues é desde setembro passado o rosto mais visível da freguesia de Fontelo, pertencente ao concelho de Armamar.
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m entrevista à Revista Business Portugal, o autarca falou das vantagens e dos constrangimentos com que se depara diariamente na gestão de uma freguesia do interior do país. São diversos os elementos que comprovam a antiguidade do povoamento de Fontelo. Terá existido o castro de São Domingos, posteriormente romanizado que marcou o início da fixação de população nesta terra. Atualmente, o ex-libris da freguesia é o monte de São Domingos, com a sua ermida típica das romarias medievais, é um dos pontos que proporciona uma observação da paisagem duriense a perder de vista. Filho da terra, desde sempre ligado ao associativismo e com ideias renovadas, Luís Rodrigues assumiu o comando da freguesia nas últimas autárquicas com o objetivo de “proporcionar uma maior qualidade de vida à população”, revela o autarca. Sendo a terceira maior freguesia do concelho de Armamar, Fontelo apresenta-se com um conjunto de projetos que visam melhorar as condições das pessoas e atrair e fixar mais população à freguesia. Assim sendo, está em marcha o projeto da variante de Fontelo avaliado em um milhão e 200 mil euros, que vai permitir “retirar grande
parte do trânsito, nomeadamente os camiões do interior da freguesia”, adianta Luís Rodrigues. A construção de uma nova sede para a Junta de Freguesia, com as necessárias condições para o bom funcionamento de uma infraestrutura desta natureza é outra das prioridades deste executivo. Com uma aposta vincada no âmbito cultural, a Junta de Freguesia de Fontelo realiza ao longo do ano diversas iniciativas que visam promover a cultura. Assim sendo, no passado dia 14 de setembro realizou-se o habitual passeio da terceira idade, que reuniu as gentes da terra e proporcionou um dia diferente aos idosos. Outra iniciativa a destacar são as aulas de ginástica e animação socio-cultural que a professora de educação física contratada pela Junta de Freguesia dá diariamente a todos os interessados. Com uma economia que gira à volta da agricultura, com enfoque na vinha e na maçã, Fontelo reúne todas as potencialidades para aumentar a sua capacidade produtiva na área agrícola. “Um trabalho sério, duradouro e em permanente colaboração com o município de Armamar” é outra das marcas deste executivo, ressalva o presidente da Junta de Freguesia.
Luís Rodrigues Presidente Av. Ribeiro de Almeida, nº 15 5110-301 Fontelo Telefone/Fax: 254 851 730 Tlm: 961 508 821 E.mail: freguesiadefontelo@gmail.com
Conforto e familiaridade em Armamar Casa do guarda Situada em pleno monte de São Domingos, a Casa do Guarda foi em tempos uma habitação de apoio aos peregrinos, habitada já lá vão três ou quatro décadas pelo guarda do monte e a sua família, dai a denominação de casa do guarda. Durante vários anos o guarda exerceu as funções de zelar pela vigilância do monte, onde criou os seus 11 filhos em troca da cedência da casa por parte da igreja. Localizada num local de rara beleza, a Casa do Guarda é atualmente denominada como Casa de Apoio ao Peregrino, “dado que ainda não se encontra completamente legalizada”, revela Luís Rodrigues, presidente da Irmandade de S.Domingos. Esta unidade de alojamento reúne todas as condições necessárias para prestar um serviço de turismo de habitação e é composta por dois quartos, uma casa de banho, cozinha e sala, que Luís Rodrigues classifica de “pequenina, mas muito arranjadinha”. Atualmente, a Casa do Guarda sofre uma grande procura ao longo de todo o ano, essencialmente de turistas estrangeiros, famílias, sobretudo belgas e suíças que encontram neste empreendimento “a convivência e a familiaridade característica de Portugal, e adoram”, salienta Luís Rodrigues. Propriedade da Irmandade de S. Domingos, a Casa do Guarda é gerida pela Irmandade que tem já em mente um projeto de ampliação da casa, com vista à melhoria das condições para os turistas e a realização de alguns programas típicos ligados à região e aos seus produtos
de eleição. “Venha ver as vindimas na Casa do Guarda” é apenas um dos programas em mente, refere Luís Rodrigues. “Investir com força no interior, uma perspetiva de remar contra a maré”, é o lema da Casa do Guarda. Encosta de S. Domingos 5110-253 Fontelo Tlm: 961 508 821
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL ESPECIAL ARMAMAR
Ingredientes de Sucesso Personalidades armamar - chef rui paula Enrolam, batem com brutalidade nas rochas quebrando o silêncio e desfazendo-se numa espuma branca que desvanece lenta para logo voltar a formar-se ao quebrar de mais uma onda. Em frente, apenas o mar e o céu. À mesa, o chefe Rui Paula, que fez da belíssima Casa de Chá da Boa Nova o seu restaurante de sonho.
Rui Paula Chef
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a avó, “exímia cozinheira”, herdou o gosto pela cozinha. Com apenas 26 anos, Rui Paula já tinha aliado o seu gosto pela gastronomia à veia de relações públicas, ao abrir o primeiro restaurante, ‘Cêpa Torta’. Apesar do sucesso, cinco anos volvidos da abertura deste primeiro projeto, o chefe sentiu que “precisava de aprender mais, de fazer outro tipo de comida para além da tradicional”, embora reforce que “saber cozinhar a comida tradicional é essencial”. Para, segundo ele, se distinguir e ir mais longe encetou uma viagem pelos sabores e técnicas de cozinhas nacionais e internacionais. Através de vários estágios para os quais se propôs, Rui Paula pode beber o conhecimento necessário para 13 anos depois do ‘Cêpa Torta’, em 2007, ‘Degustar, Ousar e Comunicar’ no restaurante DOC que abriu em Armamar. Mas os projetos do chef que fez da cozinha francesa a mãe de todos os seus restaurantes não se ficam por aqui. Três anos depois do DOC, nasce no centro do Porto um restaurante que, segundo Rui Paula, lhe “possibilitou fazer ainda mais, criar menus de degustação”. Com o centro da cidade invicta a mudar, o chef explica que teve mais tarde que se adaptar também um pouco, criando “comida mais simples e com memória”. Para cada restaurante criou um conceito do qual nunca se desvia, até porque, garante, “definir bem o conceito de cada restaurante é fundamental porque não faz sentido um chef ter dois restaurantes que serviam a mesma comida para o mesmo tipo de público”. Um ingrediente fundamental para o sucesso ao qual se juntam a importância de “ter produtos de qualidade, uma apresentação e um serviço de vinhos e de mesa coerentes”.
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O sabor é outro ingrediente que não pode faltar e, por isso, das mãos deste chef não sai para a mesa nenhum prato que não tenha sabor. Com a envolvente a ditar também o conceito de cada um dos espaços que possuí, Rui Paula tem no seu novo projeto a concretização do seu restaurante de sonho. Na Casa de Chá da Boa Nova, edifício construído por Siza Vieira sobre os rochedos de Leça da Palmeira, concelho de Matosinhos, o chef criou vários pratos, essencialmente de peixe e marisco. Produtos que permitem, segundo ele, “criar mais facilmente pratos que a carne pois proporcionam mais ligações e mais ousadas”. Encantado com a paisagem, Rui Paula diz-se um sortudo por poder trabalhar todos os dias com o mar como pano de fundo e por ter a casa cheia e com lista de espera. Com tantos projetos, entra na receita outro ingrediente essencial, “conseguir formar uma equipa capaz: um chef sem uma boa equipa não é nada, é um cozinheiro”. Ser um bom gestor é ainda outro fator fundamental. Com a ambição de que a sua comida seja cada vez mais reconhecida em todo mundo, o chef que se tornou conhecido do público em geral depois da participação num programa televisivo, garante que o seu objetivo não passa por “ganhar muito dinheiro”, até porque tem investido sempre em novos projetos. Honestidade, espírito de sacrifício, criatividade, amor e paixão são os ingredientes que completam esta receita. As mesas já estão a ser preparadas para o jantar. É tempo do chef, que continua a ter como prato favorito arroz de polvo com filetes do mesmo, cozinhar mais uma noite esta receita de sucesso. Doc Folgosa - Armamar
REVISTA BUSINESS PORTUGAL ESPECIAL ARMAMAR
a maçã de armamar
We care.
Redigido por Dirk Niepoort, Presidente do Grupo Niepoort
O que podemos aprender com a nossa maçã de Armamar? Vivemos tempos globais e acelerados. Temos que nos disciplinar a andar mais devagar, pensar, observar, sentir, respeitar os pequenos detalhes que fazem as grandes diferenças. Recentemente pedi uma maçã descascada como sobremesa num pequeno restaurante em Armamar. Foi talvez o momento gastronómico mais alto das últimas semanas, pois parece exagerado no entanto não o é. Temos maçãs sublimes neste fantástico país no entanto as pessoas vão aos supermercados comprar maçãs importadas. Estamos na melhor altura para as maçãs, são ácidas e como tal frescas e vibrantes. Comer uma maçã destas depois do almoço deixa um paladar na boca impressionante, meia hora depois ainda estamos a mastigar sem nada ter na boca. A maçã de Armamar é para mim a metáfora da cozinha portuguesa, dos vinhos portugueses e de Portugal de alguma forma. Temos tudo à nossa porta, mas parece, que sempre queremos o que não temos. Será esta uma atitude tipicamente portuguesa? Sem dúvida que é mas é também, uma atitude tipicamente humana. Temos que ser mais exigentes nas pequenas grandes coisas da vida. Como a maçã, temos grelos, tomates, cenouras, couves, batatas, cebolas que na altura certa do ano são excelentes, são deliciosas. Uma salada de tomates coração de boi em setembro é sem dúvida melhor do que qualquer entrada complicada num restaurante três estrelas em qualquer parte do mundo. A comida elaborada pode ser grande e de grandes prazeres, no entanto o que realmente enche as medidas é a tasca simples que trabalha com produtos da terra, frescos, apanhados na altura certa e elaborada o mais simples possível. O futuro gastronómico de Portugal passa por criar/respeitar/continuar a tasca com caracter procurando a excelência através dos produtos da terra. Também a cozinha de assinatura tem um grande futuro se os chefes, como o Rui Paula, procurarem a excelência da matéria-prima afinando o lado rústico e criando pratos típicos, mas afinados a novas maneiras de usar e elaborar o que a terra nos dá. Temos que ser criativos e realçar a grandeza do nosso tomate, aproveitar o momento perfeito da maçã de Armamar. Fazer uma festa da maçã, será exagerado? Não, não o é !! Tentar aprender com o conhecimento empírico significa que. nem tudo o que se fazia era bem feito, no entanto temos que tentar perceber os velhos, os maiores (uma expressão lindíssima e de grande respeito pelo conhecimento empírico e não só) temos que salvar as vinhas velhas, não todas claro, mas acariciar velhos monumentos que são únicos no mundo. Não impor um estilo, mas sim adaptarmos a vinha velha e deixá la exprimir se, estou neste caso, escrevendo sobre o meu mundo….o vinho. Na verdade é tudo muito fácil e simples ,somos nós os humanos/portugueses que complicamos tudo. Para mim a internalização de Armamar, é principalmente um passo mental / intelectual / actual para nos fazermos melhor. Mas no meu entender passa por ouvirmos o mundo e não desesperadamente tentarmos vender Portugal. Passa por abrirmos o espirito, abrirmos a mente, aprendermos com o mundo, para depois fazer valer o nosso património, fazer valer aquilo que temos. Um país a querer cortar os custos (o que é válido nos dias de hoje , mas se calhar , cortamos os custos nos sítios errados) mas eu acredito mais em procurar e investir em mais-valias. Temos uma grande história, uma agricultura com potencial, um país maravilhoso. Talvez não tenhamos os políticos a condizer mas como diz o povo: temos o que merecemos. Está totalmente nas nossas mãos dar a volta a este país e passa por FAZER E NAO FICAR À ESPERA QUE CAIA DO CÉU!!! VIVA ARMAMAR
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL LXD’14 E CASA IDEAL
CASA IDEAL 2014, COM CERTEZA… UMA CASA PORTUGUESA!!!
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atente no Pavilhão 2, da FIL, entre 8 e 12 de outubro, a INTERCASA e o LxD’14 reuniram uma equipa de trabalho multidisciplinar para coordenar o conceito e execução daquela que será a casa de sonho dos portugueses, projetada na CASA IDEAL 2014. Lígia Rézio, da Midd Design, na área de Design de Interiores (Mobiliário e Decoração), Paulo Pereira, da Saccus, na área de Design de Interiores (Produto e Artes Plásticas) e Sandrina Francisco, da Fashion Studio, na área de Design de Moda (Styling), compõem a equipa que está a acolher potenciais empresas portuguesas interessadas em participar na CASA IDEAL. Nesta edição da CASA IDEAL, a organização destaca o conceito COM CERTEZA…UMA CASA PORTUGUESA no qual estarão em evidência produtos de vanguarda das áreas de design de interiores, decoração e moda nacionais, numa simbiose entre o conceito de luxo e a tradição e história de peças de design português, onde se aliam marcas nacionais de renome mas também criadores emergentes. Sinónimo de conforto, modernidade, a CASA IDEAL é um projeto premium e aspiracional que ano após ano tem trazido ao maior evento nacional de decoração de interiores & exterior e design, propostas que refletem a excelência das tendências de decoração para a casa. As linhas inspiradoras da Casa Ideal´14 são a simplicidade, exclusividade, criatividade, portugalidade, minimalismo, tradição, reinvenção e luxo.
Sobre LxD - Lisboa Design Show Integrado na INTERCASA, único evento em Portugal do sector da decoração de interiores e exteriores que reúne os players do setor, o LxD - Lisboa Design Show é um evento de referência no panorama do Design nacional, dedicado ao design em todas as suas formas de expressão - produto / equipamento, moda e interiores, passando pela inovação e criatividade nacional e internacional, que reúne marcas, indústria, designers, ensino e opinion makers. Enquanto evento multidisciplinar e criativo, o Lisboa Design Show tem como objetivo comunicar a identidade dos designers, empresas, culturas, sociedades, estilos de vida, o prazer, a arte de viver, potenciando uma rede de contactos e negócios, num único espaço, que colocam o design no centro da discussão e na agenda dos players e promotores do design. Para esse efeito, o LxD conta com um programa completo e variado de conferências, workshops, academias, oficinas e desfiles de moda. Nas linhas que se seguem levantamos a ponta do véu e na próxima edição destacaremos os principais momentos que marcarão aquele que será, COM CERTEZA, um evento à PORTUGUESA!!! Para mais informações sobre a Intercasa aceda a http://www.intercasa.fil.pt e sobre o LxD - Lisboa Design Show aceda a www.lisboadesignshow.fil.pt.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL LXD’14 E CASA IDEAL
Quando tradição e contemporaneidade se encontram midd design Peças exclusivas, que contam histórias de tradição, desenhadas em traços contemporâneos e nascidas pelas mãos de verdadeiros artesãos. Criada em 2013, a MIDD DESIGN traz ao panorama nacional um projeto que pretende reinventar as tradições portuguesas através do design.
Lígia Rézio CEO
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ígia Rézio tem 30 anos e é o rosto da MIDD DESIGN. Nos olhos, o brilho de quem fala com paixão de um projeto que desenhou traço a traço na sua cabeça, que a fez viajar por um mundo de tradições portuguesas, esquecidas por muitos, mas mantidas por aqueles que ainda lhes dão vida com as suas mãos. Engenheira Civil de formação, Lígia Rézio trabalhou em Madrid numa empresa ligada à construção. Foi durante esse período que passou no país vizinho que se apaixonou pelo design de interiores. Concluído o mestrado, regressou ao país natal e um ano volvido implementou o projeto MIDD DESIGN: “Como marca, a MIDD DESIGN foi lançada em setembro de 2013”. A técnica tradicional que escolheu para lançar a primeira coleção, conta, está ligada à lã natural da serra e às suas raízes: “A escolha deste material acabou por ser a junção de vários fatores. Achei a lã natural de ovelha Churra, uma raça portuguesa, um material interessante e com um toque agradável e diferente. A técnica utilizada para trabalhar este material é conhecida pela sua aplicação na criação de cobertores para os pastores da Serra. O conhecimento dela permitiume adaptar a forma como acabei por trabalhar este material e, assim, criar inovação. Os desenhos apelativos distanciam-se também muito daquilo que já havia sido
criado com a lã natural da serra. Um outro fator para a escolha deste material e desta técnica como a primeira foi também as minhas raízes ligadas à serra”. Desde a apresentação da primeira técnica e coleção passou um ano. A ideia, conta Lígia Rézio, “é lançar todos os anos uma técnica nova patente numa coleção de peças para decoração de interiores”. Por isso mesmo, a nova coleção está prestes a ser lançada no Lisboa Design Show que decorre do próximo dia 8 ao dia 12 de Outubro. Embora não queira revelar pormenores, a CEO da MIDD DESIGN explica apenas que “com esta nova técnica viajamos para sul, para o Alentejo”. A propósito deste evento, Lisboa Design Show, ligado ao design em todas as suas formas de expressão, Lígia Rézio fala do outro projeto em que está envolvida no momento:” Fui convidada para desenvolver a coordenação da área de Design de Interiores da Casa Ideal’14, um projeto inserido dentro do evento Lisboa Design Show e que envolve cerca de 70 marcas. Nesta edição a assinatura será ‘Com Certeza...Uma Casa Portuguesa’, um conceito onde estão presentes marcas portuguesas e projetos quer mais recentes, quer já com algum nome no mercado”. Este ano, ao contrário das edições passadas, o projeto “Casa Ideal” tem como novidade a mistura da moda, dos
produtos e do design. “A Casa Ideal 2014 é, para mim, um projeto aliciante em todas as suas vertentes: coordenação de projeto, gestão de obra e ponto de encontro de profissionais de variadíssimas áreas. Enquanto MIDD DESIGN, será um desafio gratificante que servirá de mostra do conceito da nossa marca ao público em geral.” Com um passado ainda muito recente, Lígia Rézio reforça que o caminho passa por amadurecer e solidificar o trabalho feito até agora. ”É um trabalho que tem dado muitos frutos, mas ainda está no início. É importante consolidar aquilo que foi feito e continuar a criar empatia com os clientes, ao mesmo tempo que se vão introduzindo novas técnicas que têm de estar dentro da mesma linguagem. Vendemos uma identidade e não podemos quebrar com ela”. Em Portugal, os produtos da MIDD DESIGN podem ser encontrados um pouco por todo o país. Já a nível internacional a MIDD DESIGN tem conseguido levar as tradições portuguesas a vários países europeus. A par do lançamento da nova técnica, Lígia Rézio conta que será também lançada a loja online em www. midddesign.com.
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Uma casa com moda Fashion Studio Coordenadora da Fashion Studio, agência de modelos e de profissionais de moda, e escola de moda desde 2002, Sandrina Francisco trabalha como produtora com maquilhadores, cabeleireiros, fotógrafos e manequins. É consultora de várias empresas e criadores, e divulga a moda portuguesa além-fronteiras. A Revista Business Portugal esteve à conversa com a coordenadora a propósito da Casa Ideal’14, inserida no Lisboa Design Show, onde assume este ano a responsabilidade pela área da moda. produção e deixar aos poucos de trabalhar como modelo. Reuni um grupo de profissionais e, ainda hoje, a Fashion Studio atua no mercado. Fazemos muita produção de eventos de moda e temos um grupo de modelos/hospedeiras. Hoje, a Fashion Studio tem escritório em Lisboa. Como avalia a importância do evento Lisboa Design Show no panorama nacional? Este evento é muito importante para mostrar o que de melhor se faz em Portugal nestas áreas. Será um ponto de encontro para criadores, investidores, compradores, imprensa. Dará visibilidade aos participantes, o que é fundamental. Que papel terá a Sandrina no desenvolvimento da Casa Ideal como responsável pela área do Design de Moda? O meu papel foi criar um closet dentro da Casa Ideal, com marcas e criadores 100 por cento portugueses, de acordo com as personagens fictícias que criámos para a Casa. A partir daí, fiz uma pesquisa em termos de modelos, cores e texturas e convidei os criadores a colaborarem e exporem as suas peças Sandrina Francisco CEO
Como se torna mentora da Fashion Studio? Após vários anos a trabalhar como modelo, decidi com uns amigos criar em 2002, ainda em Leiria, a Fashion Studio. Senti na altura que queria fazer mais
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dentro da Casa. Que estilistas foram convidados pela Sandrina para criar os closets de cada um dos personagens que habitam a casa? O closet da Casa Ideal está dividido em duas partes: por um lado o closet feminino, para uma mulher urbana
e sofisticada, e por outro o closet masculino para um ‘gentleman da era moderna’. Era importante observar o mood board, analisar cores e texturas e procurar os criadores portugueses com coleções Out/Inv que encaixassem na história. Selecionei criadores de referência em Portugal, e escolhi acima de tudo diversidade (uns mais comerciais do que outros para mostrar que a moda consegue ser eclética) mas com alguma complementaridade em termos de padrões e tecidos. Assim optei, no closet feminino, pelos seguintes designers: Filipe Faísca, Pedro Pedro, Ricardo Preto, Storytailors, Casa Grigi, (com a malha de cortiça), Andreia Lobato (vestido de noiva), Kristine Costa (vestido de noite feito para a Casa, a relembrar os azulejos portugueses), Manjerica (nas malas), Lazuli, Imelda’Secret e Egídio Alves (calçado). No Closet Masculino teremos a alfaiataria de ID Values, e um criador português que ganhou muitos prémios na Austrália e não só: Eduardo Xavier. Complementei a roupa com os acessórios da Saccus e o calçado da Cohibas e da Ornellas Boots. E, para finalizar, teremos os produtos da Antiga Barbearia do Bairro e os óculos com armação em madeira da marca Cara D’pau. Os tons do closet são o branco, bege, castanho, azulão (dos azulejos!), bordeaux, preto e metalizados (prateado e dourado). Na joalharia, vou rodar a montra pelos vários criadores presentes no Lisboa Design Show. Quais as suas expetativas para esta edição do Lisboa Design Show e, concretamente, para o projeto da Casa Ideal? Fiquei muito feliz quando me convidaram para integrar este projeto. Nunca se tinha aliada a moda à Casa Ideal, e penso que a ideia é ótima porque todas as casas têm roupa e acessórios! Sei que o público vai reagir bem a esta novidade. Quanto ao Lisboa Design Show, para mim estes eventos são fundamentais para todos os criadores, mas mais ainda para marcas mais pequenas e mais recentes. É muito importante terem um espaço para mostrar o seu trabalho. Normalmente, neste evento surgem propostas de negócios, novas sinergias, novos clientes, novas ideias. O espírito do Lisboa Design Show é maravilhoso, com muita energia positiva, muita criatividade e muito dinamismo. O resultado só pode ser positivo! (artigo disponível na integra na edição online)
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A imaginação liberta o espirito SacCuS Paulo Pereira e Daniel Guimarães são sócios no projeto de artigos e acessórios de moda para homem lançado em 2013, Saccus. O primeiro é designer, o segundo o rosto mais conhecido da divulgação da pele de peixe curtida. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Paulo Pereira para conhecer melhor este projeto e a participação deste designer na Casa Ideal’14, inserida no Lisboa Design Show. Essencialmente, a Saccus desenvolve artigos de grande e pequena marroquinaria, calçado, confeção, acessórios e produto. De onde surge a inspiração para criar os produtos da marca Saccus? A inspiração dos produtos Saccus assenta essencialmente numa pesquisa de novas formas e design contemporâneo, simples e descontraído, com referências aos universos Dandy, Gentleman e Sport Chic.
Paulo Pereira Diretor Criativo
Quando e como nasce a marca Saccus? Imagine que uma amiga lhe pede para desenhar, para ela, uma versão de um modelo de mala específico… e aceita o desafio! Assim começa a recente história da Saccus | ingenium liberat animum. Quando a Sofia um dia me pediu que lhe desenhasse uma versão da Birkin da Hermes, estava longe de imaginar a reviravolta que tal pedido viria a provocar na minha vida. De desenho em desenho, protótipo em protótipo, as ideias iam nascendo e o plano de ação e posicionamento ganhava forma, até que… a Saccus nasceu! Porquê a adoção do lema ‘ingenium liberat animum’? A adoção deste lema tem muito que ver com o estado de espírito pessoal que me levou a criar a marca. Digamos que é a transposição para a marca de um estado de espírito/vontade à época, mas que têm, até aos dias de hoje, orientado a nossa postura e forma de estar na criação e evolução da mesma. Que produtos tem a marca Saccus e para que públicos? A marca foi criada para desenvolver artigos e acessórios de moda para homem, contudo o leque de públicos será alargado de forma faseada e sustentada.
Como nasce o projeto bur.pel? O projeto bur.pel nasce da envolvência suave do burel e da proteção da pele e pretende unir materiais 100 por cento naturais com a tradição portuguesa. Os produtos bur.pel trazem ao segmento de acessórios de moda para homem objetos de uso quotidiano, de alta qualidade e com design urbano. São objetos que nos acompanham por gerações num espírito criativo, aventureiro e… de singularidade! Porquê a escolha destes materiais e que outros materiais usa nas suas criações? A escolha do Burel em conjugação com os couros surgiu pela necessidade de introduzir na marca materiais que tradicionalmente não eram utilizados na marroquinaria. A nova coleção da Saccus introduz, a par dos couros, a pele curtida de peixe, nas variantes carpa e salmão. Como se dá a ligação à fish skin by Soguima e a um dos criadores da pele de peixe curtida, Daniel Guimarães? Contactei a Soguima, empresa transformadora de pescado que desenvolveu a pele de peixe em Portugal, com o intuito de utilizar no meu trabalho as peles de peixe. Foi desta forma que dei a conhecer o meu trabalho ao Daniel Guimarães, que após uma avaliação, o abraçou de corpo e alma. E o Daniel Guimarães, que avaliação faz deste projeto? Quais as novidades a destacar? O Daniel Guimarães acredita que este é um projeto sustentável, inovador e bastante diferenciador. Com o uso de materiais nobres e o fabrico, essencialmente, manual, o resultado final só poderia ser fantástico. Uma das novidades a destacar nesta coleção é a utilização das peles de peixe, que reflete a preocupação ambiental da marca, visto que a pele de peixe deixou de ser um subproduto e passou a ser um produto/matéria nobre.
Daniel Guimarães Diretor de Operações
Fale-me um pouco da presença que terá este ano o Paulo Pereira no Lisboa Design Show e do trabalho que está a desenvolver na “Casa Ideal”? A presença no Lisboa Design Show não será só minha. Este ano, a presença da Saccus será o resultado do recente trabalho da sociedade criada entre mim e o Daniel Guimarães. Estaremos no LxD com a nova coleção Primavera Verão 2015 e com muitas novidades. O trabalho na Casa Ideal surgiu do esforço e união do trabalho com a Lígia Rézio e a Sandrina Francisco e do nosso desejo, comum, de apresentar ao público uma casa mais abrangente onde todas as vertentes das disciplinas criativas estivessem presentes. Na Casa Ideal estou a trabalhar o atelier/estúdio. Como avalia a importância deste evento para o design e designers portugueses? A participação no LxD é, sem dúvida, uma porta de oportunidades e lançamento para as novas marcas e designers nacionais, é um evento recente mas que a cada ano que passa revela as suas enormes potencialidades. Que mensagem deixa aos jovens designers nacionais? Nunca, por nada, desistir! Os nossos sonhos são sempre os nossos melhores conselheiros, por muito árduo que o caminho seja!
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL
ensino superior em portugal
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uma altura em que os estudantes universitários regressam às faculdades, a sua revista dá-lhe a conhecer o novo programa de mobilidade, o Erasmus + , através de uma entrevista a Maria do Céu Crespo, diretora do PROALV - Programa de Aprendizagem ao Longo
da VIda. As alterações, as novas possibilidades e as vantagens de aceder a este programa são todas esclarecidas nesta entrevista. Além do novo programa, conheça ainda um pouco mais a fundo o ISCAC Coimbra Business School e a sua oferta formativa, com especial destaque à Escola de Negócios.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL
Programas de intercâmbio para alunos e instituições Agência Erasmus+ A Agência Nacional Erasmus+ tem como principal objetivo contribuir para o desenvolvimento da União Europeia enquanto sociedade. Apostar numa sociedade baseada no conhecimento, caracterizada por um crescimento económico sustentável, com melhores empregos e uma maior coesão social. O programa Erasmus+, definido como uma oportunidade para a formação de jovens estudantes, é cada vez mais procurada e tem ofertas formativas inigualáveis.
maria do céu crespo Diretora
Já todos ouvimos falar no programa Erasmus. É possível que sintetize o mesmo para que possamos contextualizar os nossos leitores? O Erasmus é um programa de ensino e formação da União Europeia, ao nível do Ensino Superior. Visa fundamentalmente promover atividades de mobilidade para estudantes, pessoal docente e não-docente e de cooperação transnacional. Este programa permite aos estudantes frequentar um período de estudos numa instituição de Ensino Superior de um país europeu, contactando com diferentes metodologias e técnicas de aprendizagem e/ou estagiar numa empresa, noutro país europeu, em contexto real
de trabalho. No que respeita aos docentes do Ensino Superior, o Erasmus possibilita a realização de missões de ensino nos países participantes no programa, permitindo desta forma que se estabeleça um intercâmbio de saber especializado e de experiência relativamente a metodologias pedagógicas. Outra componente ao abrigo deste programa é a possibilidade da realização de atividades de formação, por parte do pessoal (colaboradores docentes e não-docentes) das instituições de Ensino Superior, contribuindo para estabelecer pontes entre estes organismos e empresas.
Ainda enquadrados no Erasmus, existem projetos de cooperação transnacional entre instituições de ensino superior de diferentes países, com o objetivo de promover atividades e desenvolvimentos conjuntos, bem como a partilha de boas práticas, em prol de visões comuns ou harmonizadas de determinadas matérias/ áreas de estudo académicas; denominam-se estes projetos de ‘Programas Intensivos’. Quando surgiu este programa de intercâmbio em Portugal? Como tem corrido esta aposta? O Erasmus ‘nasceu’ em 1987 e Portugal faz parte do programa desde o seu início. Ao longo destes 27 anos,
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já se registaram mais de 3 milhões de mobilidades de estudantes, a nível europeu. Em Portugal, mais de 80 mil estudantes portugueses experienciaram esta mobilidade comunitária e engradeceram absolutamente as suas vidas, quer a nível académico/profissional quer a nível pessoal. Indubitavelmente, o Erasmus alcançou um enorme sucesso devido à enorme aceitação por parte dos jovens e das próprias instituições de Ensino Superior. Pode perentoriamente afirmar-se que a aposta neste programa de mobilidade foi plenamente ganha e, seguramente, o êxito terá continuidade no novo Programa Erasmus+. Já noutras oportunidades, frisou que este programa traz um ‘valor acrescentado’ a quem o frequenta. De que forma? Tal como referido anteriormente, a experiência obtida através do Programa Erasmus, fundamentalmente para os jovens, garante um período de estudos ou de estágio em ambiente internacional, o qual é devidamente reconhecido e integrado no percurso académico. Estas mobilidades contribuem para ‘mudar vidas’, na medida em que abrem portas para outras realidades, nomeadamente, o conhecimento de outras culturas. Permitem ainda que os estudantes tenham uma visão mais alargada sobre as diferentes realidades da União Europeia e que desenvolvam aptidões específicas e transversais, com especial enfoque nas competências linguísticas, cada vez mais assumidas como um critério de qualidade imprescindível para uma experiência Erasmus plena e bem-sucedida. Deste modo, pode dizer-se que o Erasmus, além de enriquecer a vida pessoal, é normalmente marcante nas futuras carreiras profissionais de quem vive a experiência. É inclusive do conhecimento público o crescente interesse por candidatos que realizaram uma mobilidade ao abrigo do Erasmus ou de outro programa de mobilidade transnacional congénere, por parte de cada vez mais empregadores. Sempre que recrutam ou contratam novos colaboradores para as respetivas organizações, essa experiência internacional é legitimamente considerada um valor acrescentado. Este programa não é enriquecedor apenas para os jovens que os frequentam mas igualmente para as instituições e cidades que os acolhem, concorda? Temos a perceção de que são os estudantes quem mais partido e vantagens retira da participação no Erasmus, bem como que são eles os grandes responsáveis pela dimensão, relevância e sucesso que o programa tem vindo a ganhar gradualmente nos últimos 27 anos. No entanto, e na sequência da resposta anterior, atualmente, para a maior parte das IES que participam no Programa, já não é concebível uma atividade académica que não assuma um formato transnacional em alguma
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das suas várias vertentes. E neste âmbito, ainda que existindo outros programas de intercâmbio e iniciativas congéneres, o programa Erasmus é indispensável para a maioria das IES que no mesmo participam. O próximo quadro comunitário traz várias mudanças a este programa. Estamos a falar que que tipo de alterações? O novo quadro comunitário compreende o período de 2014-2020 e, destinado às áreas da educação, formação, juventude e desporto, a Comissão Europeia criou o Programa ERASMUS+. (O anterior programa Erasmus deixa de ter esta terminologia, passando a designar-se de Ensino Superior). O Erasmus+ visa essencialmente promover a aprendizagem formal, informal e não formal. Assim, a Comissão Europeia pretende engrandecer mais as formas de aprendizagem pelo valor e pela importância que assumem na vida das pessoas do que pela formalidade ou informalidade da sua aquisição. Para os próximos sete anos prevê-se um aumento de 40 por cento no financiamento, face ao programa anterior, ascendendo a um total de14.7 mil milhões de euros. Desta forma, o programa permitirá a mais de quatro milhões de europeus estudar, seguir uma ação de formação, adquirir experiência de trabalho ou fazer um voluntariado no estrangeiro. De salientar, que uma das alterações mais significativas do Erasmus+, é o facto de apenas as organizações terem a possibilidade de apresentar candidaturas à Agência Nacional, isto é, as pessoas não podem candidatar-se individualmente a um projeto de uma das ações. Assim, para que as pessoas possam realizar atividades de mobilidade, tais como estudar, estagiar (durante o curso ou recém-graduado), fazer formação, dar formação, fazer voluntariado, etc., devem candidatarse na sua organização, seja ela uma instituição de ensino
superior, uma escola, um centro de formação, uma associação, uma câmara municipal, etc. Este novo programa pretende também estimular o estabelecimento de parcerias transnacionais entre instituições e organizações de ensino, formação e juventude, tendo em vista fomentar a cooperação e aproximação entre os mundos do ensino e do trabalho. Como acredita que será aceite? O novo Programa Erasmus+ não é mais do que a continuidade dos programas comunitários anteriores, com algumas alterações (já referidas anteriormente), mas apostando fortemente na qualidade dos projetos, pelo que estão reunidas as condições para que se revele melhor ainda do que os programas antecessores e para que tenha grande aceitação por parte das instituições. Considerando que este programa apresenta um financiamento bastante superior, comparativamente com o anterior, trará a hipótese de uma maior participação/ envolvimento por parte das entidades/pessoas. De realçar que nos anteriores programas, não foi registada maior participação, não devido à falta de procura, mas devido à falta de financiamento. Quais as expectativas em relação aos estudantes portugueses? Face à atualidade e, principalmente, no que respeita à conjuntura nacional, a tendência é naturalmente para que os estudantes portugueses procurem mais e melhores oportunidades para obterem um bom posicionamento no mercado de trabalho, tão limitado nos dias de hoje. Tal como já foi mencionado anteriormente, o facto de conseguirem estudar ou estagiar num outro país, facilitará a empregabilidade e servirá como “alavanca” para uma carreira mais promissora. Os números do anterior programa falam por si e, frequentemente, estudantes que usufruíram de Erasmus acabam por ir viver para os países de destino da sua mobilidade.
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Mais do que uma Escola, uma solução iscac - Coimbra business school Com uma vasta experiência no ensino das ciências empresariais, o ISCAC- Coimbra Business School, posiciona-se como uma escola/ parceira das empresas, que pretende dar resposta às necessidades dos estudantes e do mercado de trabalho. Na edição de setembro, a Revista Business Portugal esteve à conversa com os representantes do instituto, de modo a perceber quais as ofertas formativas que possuem, bem como qual a sua visão do ensino superior na atualidade.
antónio gonçalves, georgina Morais e manuel castelo branco Vice-presidente, diretora e presidente do ISCAC
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ma referência no ensino académico o ISCAC – Coimbra Business School conta com 36 anos de dedicação e trabalho. A nossa revista esteve à conversa com Manuel Castelo Branco, presidente da Instituição, que com muito orgulho, revela que “o que diferencia a nossa instituição das restantes é a qualidade e excelência do nosso ensino. Possuímos um grupo de docentes de alto nível, com uma formação profissional em constante atualização”. A oferta formativa do instituto é diversificada. Adaptandose à mais recente realidade da composição dos cursos, no que corresponde aos cursos de licenciatura com a duração três anos e mestrados, nos domínios de contabilidade, auditoria, fiscalidade, gestão, finanças,
direito e informática. O ISCAC possui ainda cursos de complemento de formação, e de formação ao longo da vida, representando assim um dos mais recentes projetos da instituição e denominado de BS - Escola de Negócios de Coimbra, e visa preparar profissionais para novos desafios e para a atual realidade do mercado de trabalho que é cada vez mais exigente. De modo a percebermos um pouco mais sobre este projeto contamos com a colaboração de Georgina Morais, diretora da Escola de Negócios de Coimbra. “A Escola de Negócios de Coimbra nasceu no ano de 2007 e disponibiliza cursos à medida e de acordo com as necessidades que o mercado vai exigindo. Surge como
uma oportunidade para a formação contínua de todos os profissionais que pretendam desenvolver as suas competências e desejam um percurso profissional mais ambicioso e promissor. Assim, pretende ser a vertente do ISCAC focada na partilha para as soluções face aos desafios e exigências constantes das organizações, na aquisição e manutenção das competências dos seus recursos e ainda ser distinguida pela sua proatividade. A nossa escola dispõe assim de pós graduações, MBA, mini-MBA, cursos intensivos e cursos especializados, e somos muito procurados por profissionais que sentem a necessidade de atualizar as suas competências, sendo muitos dos nossos ex-alunos, independentemente da sua localização, revelador do reconhecimento da nossa
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aposta numa relação continuada”. Uma forte aposta que tem vindo a crescer gradualmente, e é direcionado a todos os profissionais e alunos a nível nacional mas também internacional, sendo que os países de língua oficial portuguesa representam um grande mercado conquistado atualmente. “O nosso processo de internacionalização tem já alguns projetos implementados, na medida em que neste momento já possuímos uma pós graduação em Moçambique, a funcionar em sistema de b- learning. Mas temos outros exemplos nomeadamente com o Brasil, em que numa fase inicial estamos a desenvolver parcerias e a disponibilizar estes sistemas via b- learning, mas o nosso grande objetivo é desenvolver, inovar e oferecer ainda mais soluções”. Uma visão atenta do mercado e um vasto leque de parceiros, a escola de negócios de Coimbra trabalha muito dentro das organizações, quer ao nível do setor privado, como do setor público. Uma instituição reconhecida como uma escola parceira das empresas, em que os docentes assumem um papel de consultores e os alunos procuram a escola para resolver os seus problemas e as suas carências nomeadamente ao nível da atualização das competências. Questionada de que forma caracteriza a relação com os alunos, Georgina Morais afirma “suportada no princípio: ir ao encontro do Aluno e fazê-lo chegar mais alto, temos uma relação muito estreita com os nossos alunos e consideramos um aspeto muito forte da nossa escola no seu global. Definimos os nossos alunos como “Clientes” que necessitam de satisfazer as suas capacidades e nós temos de ser parceiros junto deles. Criamos um ambiente de partilha, em que os alunos compartilham os seus problemas, e enquanto instituição nós partilhamos o nosso conhecimento e oferecemos resposta às suas necessidades, proporcionando também uma formação/ ação”. A Escola de Negócios é sinónimo de uma maior aproximação às empresas? “Mais do que sinónimo de aproximação significa um meio de partilha com as empresas, pois trabalhamos lado a lado com diversas empresas e organismos. Oferecemos formação em todas as valências, em vários sectores da atividade económica e é essa amplitude de oferta que dispomos que nos permite possuir uma capacidade de resposta ainda maior, por exemplo temos cursos breves/ intensivos que são cursos que surgem de acordo com as necessidades/oportunidades que surgem no mercado, nomeadamente ao nível legislativo (nova ou alteração de lei) e ou de normativos (nova ou alteração de normas), e somos desse modo muitas vezes procurados com essa finalidade”. A aposta em novas ofertas formativas é uma constante e um aspeto de diferenciação da instituição. A implementação de pós graduações únicas em Portugal vão surgindo a cada novo ano letivo, nomeadamente a de Auditoria, Risco e Controlo de Sistemas de Informação (já na 3ª edição em b-learning) e em parceria com um organismo internacional prestigiado o ISACA-Lisbon chapter. Mas no próximo ano letivo as novidades não ficam por aqui, abrindo a pós graduação
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em Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva (permitindo funcionamento também em b-learning) e um curso intensivo de antropologia de negócios, que já está pronto para iniciar. António Gonçalves, Vice-Presidente do ISCAC, é também o elemento mais importante no instrumento da internacionalização, e em entrevista à nossa revista esclarece como se processa este percurso e quais os projetos que estão a ser desenvolvidos nesse âmbito. “Apesar de considerar que é um percurso difícil de construir, obviamente tenho que afirmar que a nossa instituição tem alcançado passos significativos. No âmbito do programa Erasmus já nos encontramos na rede internacional, em trabalho mútuo com várias universidades e institutos, em que professores e alunos podem usufruir do programa”. Um dos grandes objetivos da instituição é desenvolver meios e permitir que à distância toda a gente tenha acesso ao ensino, além do e-learning pretendemos que sejam estabelecidas novas oportunidades de acesso à formação e ao conhecimento. Uma temática muito debatida nos últimos anos carateriza-se pelo combate ao abandono escolar. Georgina Morais revelou que no que corresponde às pós graduações o feedback dado pelos alunos é a “excelente relação qualidade vs preços que afirmam ser muito positiva. Os nossos preços são acessíveis e essa é uma das características fortes que nos diferencia das restantes instituições. A nossa política em regime pós laboral é uma mais-valia da instituição, na medida em que temos consciência de que é cada vez mais complicado para o aluno conciliar os estudos com a sua atividade profissional, sendo que em muitos dos casos sem essa ajuda financeira não era possível continuar
a apostar na sua formação profissional. Assim sendo disponibilizamos o regime pós laboral, em que as aulas são dadas à sexta-feira à noite e durante o dia de sábado, permitindo que alunos de todo o país possam frequentar a instituição sem qualquer transtorno”. Em jeito de conclusão, Manuel Castelo Branco partilhou que a sua visão do ensino em Portugal “debruça-se perante vários aspetos. A diminuição curricular exercida com Bolonha não veio facilitar, na medida em que as matérias são dadas em tempos record, em que os alunos não têm tanto tempo de aprendizagem, acabando por empobrecer os conteúdos. Por outro lado o desinvestimento público colossal no ensino em geral é outro aspeto fulcral, em que existem cada vez mais cortes orçamentais que reduzem as capacidades de investimento na formação por parte das instituições. A questão das propinas é cada vez mais debatida, pois são consideradas elevadas para o ensino público, não estando ao alcance de todos os estudantes”. O futuro é promissor e os projetos são constantes. Recentemente foi assinado um projeto de um MBA – Executive Education no setor da saúde, com o objetivo de formar gestores hospitalares para Angola. “Após uma busca incessante do mercado selecionaram a nossa escola para lecionar e irá iniciar-se no próximo mês de Outubro. Estando já planeado mais dois MBA na área da Contabilidade e Fiscalidade para Novembro e Janeiro respetivamente. É um MBA direcionado a alunos que vêm de Luanda até à nossa instituição, é um curso intensivo que decorrerá durante um mês, temos ainda um MBA (intensive week) a iniciar em Outubro com alunos oriundos do Brasil da FDSM – Faculdade de Direito do Sul de Minas”, revelou Georgina Morais, como das mais recentes novidades.