Revista Julho - Agosto 2019

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TEMA PRINCIPAL

PORTUGAL, SEMPRE DE MARIA!

Ano XIII - n.º 152 - JUL/AGO – 2019 – Revista bimestral ISSN 1646 – 9461 Preço : 2,50€ ( Portugal ) 3,50€ (Europa) – 4,50€ (Resto do Mundo)


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EVANGELIZAM ! Adquira:

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Camisola com manga ¾ de Nossa Senhora de Fátima

LV A RESPOSTA CATÓLICA Pe. Paulo Ricardo Uma das secções com mais acessos do site https://padrepauloricardo.org/ é o programa “A Resposta Católica”, que surgiu em março de 2011, para atender a centenas de pessoas que escrevem todos os dias à procura de respostas para as suas inquietações e dúvidas sobre a fé e a moral católicas. Alguns dos episódios transcritos foram reunidos para compor este livro. Os assuntos estão organizados por temas, que são os mais variados, desde as principais dificuldades em relação à doutrina, até à maneira como a Igreja se coloca diante dos problemas quotidianos, indicando as suas orientações para o fortalecimento da fé e a prática da virtude crista.

LV MÍSTICA DE FATIMA Gilberto e Nilza Maia Mística de Fátima é um livro para os que desejam conhecer mais a história das aparições da Nossa Senhora de Fátima e toda a mística que as envolveu. Na mensagem do livro, o Coração Imaculado de Maria, em todos os sentidos, conduz-nos para Deus, que é a Luz que ilumina e dissipa as trevas do nosso interior e do mundo.

LV HISTÓRIAS PARA MEDITAR Neste livro, encontram-se muitas histórias que ajudarão a meditar, auxiliando no cultivo de um espírito forte, alegre e corajoso. É um bom auxiliar para buscar o silêncio e a reflexão, de modo especial, nos momentos mais difíceis da vida

TERÇO DA PROVIDENCIA LANÇAMENTO DO MÊS DE JULHO.

Loja

Rua Camilo Castelo Branco n.º 29 | 1150 - 083 Lisboa | Tel. (+0351) 249 530 600 Aberto de Segunda a sexta-feira: 9:30 - 12:30 / 13:30 - 18:30 Sábado: Encerrado | Domingo: Encerrado

Loja de Fátima

Av. de Dom José Alves Correia da Silva 276 | 2495-402 Fátima Aberto todos os dias das 10:00 às 19:00

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SUMÁRIO editorial PALAVRA DO FUNDADOR | 04-05 ORAÇÃO E TRABALHO

GOTAS DO CARISMA | 06-07 PROCLAMAMOS A VITÓRIA DE DEUS NA CANÇÃO NOVA 21 ANOS DE MISSÃO O SANGUE DE JESUS TEM PODER DE MUDAR A NOSSA VIDA

BENFEITOR | 10 PALAVRA PARA O BENFEITOR | 11 SALESIANOS | 12-13 UM CONVITE A LER “CRISTO VIVE”

EM SINTONIA COM A IGREJA | 14 -15 SÃO JOÃO MARIA VIANNEY, PADROEIRO DOS SACERDOTES

APELO | 16 -17 UM APELO AO PRÓXIMO PARLAMENTO EUROPEU

AJUDA A IGREJA QUE SOFRE | 18-19 ÚNICO REFÚGIO

TEMA PRINCIPAL | 20-23 PORTUGAL , SEMPRE DE MARIA!

CONVIDADO ESPORÁDICO | 24-25 DIA DOS AVÓS

PSICOLOGIA | 26-27 AS 5 LINGUAGENS DO AMOR

ARTIGO DE OPINIÃO| 28-29 TRANSFIGURAÇÃO

ESPIRITUALIDADE | 30-31 A ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA

PROGRAMAÇÃO | 32-33 PROGRAMAÇÃO DA TV CANÇÃO NOVA

TESTEMUNHO MISSIONÁRIO | 34-35 LITURGIA | 36 JULHO | AGOSTO

AGENDA | 39

Ficha Técnica

JULHO/AGOSTO Proprietário/Editor: Comunidade Canção Nova NPC: 505 556 391 / Estrada da Batalha, 68 AP 199 | 2496-908 FÁTIMA Presidente: Monsenhor Jonas Abib Diretor: Paulo Azadinho Administrador: Micheline da Silva Coordenação e Redação: Eliziane da Rosa Revisão Ortográfica: Paula Ferraz Projecto Gráfico: Débora Líra, Multiponto, SA Colaboradores nesta edição: Monsenhor Jonas Abib, Paulo Azadinho, Sandra Silva, Micheline da Silva, José Simões, Padre Rui Alberto, Padre António Justino, Pedro Vaz Patto, Paulo Aido, Padre Ricardo Lameira, José Azadinho Loureiro, Daniele Luiza, Isabel Nogueira, Shahir Rahemane, Marta Faustino, Pe. José Luís Borga, Pe. Dário Pedroso. Impressão: Multiponto, SA | Rua da Fábrica, 260 4585-013 Baltar Capa: Copyright: Canção Nova Portugal - direitos | Tiragem: 11.000 exemplares | Assinatura mensal: 2,50 €

aro leitor, amigo e benfeitor, C É com grande alegria e com a promessa de um esforço e empenho renovados que chegamos mais uma vez até si! A si que faz connosco este caminho de busca de santidade, de encontro com Cristo Ressuscitado, presente e atuante nas nossas vidas, o nosso reconhecimento e a nossa entrega no amor que nos faz irmãos, herdeiros do mesmo Pai que a todos ama e acolhe sem exceção! É também com grande satisfação que, nesta edição da Revista Canção Nova, comemoramos o 21.º aniversário da nossa missão cá em Portugal. Para nós é sempre motivo de festa, pois vêm à nossa memória todas as lutas, mas também vêm todas as alegrias e testemunhos de muito portugueses que se encontraram com nosso Senhor Jesus Cristo e tiveram a vida mudada através da Canção Nova. Contemplamos as obras do Senhor! Nesta edição, fazemos também memória das várias alianças com Nossa Senhora, num artigo do padre Ricardo Lameira que nos explica sucintamente a razão e a tradição dos portugueses se consagrarem a Nossa Senhora. Reconhecemos o valor dos avós na estruturação da vida da família, em especial, dos netos e comemoramos o Dia dos Avós, celebrados no dia de São Joaquim e Santa Ana, pais de Nossa Senhora, Rainha do Céu e da Terra, assumpta ao Céu em corpo e alma, ensinando-nos assim o caminho que leva até ao Pai. Os temas da nossa Revista são muito diversos e enriquecedores, como já se apercebeu. São meses ricos de celebrações, são momentos únicos de encontro com Deus. Convidamo-lo(a) a ler com calma cada artigo, a divulgar a nossa Obra, a evangelizar connosco, a celebrar cada momento! Que, através da leitura, a sua vida seja transformada e convertida para Nosso Senhor Jesus, Aquele que Se transfigurou diante dos Seus, mas que também pode transfigurar todos os Seus. Que Deus abençoe a cada um! Equipa Revista Cançao Nova PT

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PALAVRA DO FUNDADOR

Oração e Trabalho N

este mês de julho, a Igreja celebra, no dia 11, a memória de São Bento. Ele nasceu em Núrsia, no ano 480, e faleceu em 547. Foi enviado pela sua família para estudar em Roma e, diante de tanta decadência moral e espiritual da sociedade e do Império, o jovem Bento não se deixou conformar com a perversidade daqueles tempos, mas escolheu fazer a dife4

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rença andando contra a corrente. A vida de São Bento foi profundamente marcada pela radicalidade, profundíssima espiritualidade, prodígios extraordinários e destemida batalha espiritual. Depois de três anos vividos numa gruta afastada do mundo, ele desperta o interesse de vários seguidores, os quais foram orientados com uma austera regra de vida inspirada em São Pacómio e São Basílio, o que mais tarde daria a São Bento o título de pai do monaquismo. A Regra Beneditina forma os monges e cristãos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos mandamentos e conselhos evangélicos, principalmente com a

máxima “Ora et labora” (Ora e trabalha). São Bento aproximou a oração e o trabalho sem que um roubasse o tempo e a qualidade do outro. Para nós cristãos, que vivemos nestes tempos de imensa agitação, nos quais se trabalha muito e quase não sobra tempo para a oração, esse princípio da ‘Oração e Trabalho’ torna-se um manual de sobrevivência. O nosso trabalho não pode ser desculpa para não rezarmos, assim como a nossa vida de oração não pode ser um obstáculo para a nossa vida profissional. É completamente possível que nós, trabalhando tanto, também possamos conciliar a nossa vida de oração, para não rezarmos menos do que trabalhamos.


Muitos, hoje, acabam por viver estas duas realidades de modo desigual, exagerando numa e faltando na outra. Porém, aprendamos com São Bento que é possível conciliar oração e trabalho. Assim como uma moeda tem sempre dois lados (cara e coroa), a nossa vida deve estar marcada por estas duas realidades: oração e trabalho. Falo, aqui, desde os trabalhos no lar até à vida profissional na sociedade, da oração pessoal até à sua ativa participação na sua paróquia. Assim como não existe moeda que só tenha um lado, não podemos ser cristãos que ou só rezam ou só trabalham. Pode-mos, dentro das nossas realidades, desde as mais simples até às mais exigentes, conciliar as duas atividades. Assim, juntos, peçamos a intercessão deste Santo para que nos eduque nesta realidade de Oração e Trabalho. Juntos, temos

muito que rezar e trabalhar pela Evangelização. Agradeço a sua fidelidade e o incentivo a perseverar! A toda a Família Canção

Nova, deixo aqui, como dica de oração, para si, neste mês, a poderosa oração da medalha de São Bento:

A cruz sagrada seja a minha luz Não seja o dragão o meu guia Retira-te satanás, nunca me aconselhes coisas vãs! É mal o que tu ofereces Bebe tu mesmo os teus venenos. Amen MONSENHOR JONAS ABIB

Deus o abençoe!

Fundador /Comunidade Canção Nova padrejonas.cancaonova.com twitter.com/padrejonasabib

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G OTAS DO CARISMA

Proclamamos a vitória de Deus na Canção Nova

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stamos a completar 21 anos de Canção Nova em Portugal. Deus quis que a Comunidade Canção Nova expandisse o seu Carisma a terras lusitanas. Estamos na terra de Santa Maria (este país é marcado na sua história por constantes alianças com a Virgem Maria); ouso mesmo dizer: Maria quis fazer morada em Portugal. E a Canção Nova é da casa de Maria! É Ela quem tudo faz na nossa Comunidade e, por isso, estar em Portugal é também fruto da Sua intercessão. Temos vivido este tempo com um único propósito: a evangelização, anunciar que Jesus está vivo e que nos quer centrados num único objetivo, a nossa santidade e a santidade daqueles que connosco convivem! Esta é a razão de ser da Canção Nova: promover o encontro pessoal com Jesus na sempre renovada força do Espírito Santo. Por isso, cada testemunho que nos chega, cada partilha de um benfeitor, cada ligação ou mensagem, é causa da nossa alegria, porque na simplicidade vamos promovendo esta graça na vida das pessoas. Por isso, nestes meses celebramos também o Hossana, a grande festa da vitória de Deus na nossa vida, na vida da nossa Comunidade! O amor de Deus transforma a nossa vida e faz-nos anunciadores da Boa Nova. Agradeço de coração a sua dedicação à Canção Nova! Quanto somos alimentados pela sua oração e sustentados na sua generosidade. Saiba que lutamos para corresponder doando a nossa vida na evangelização, sendo amigos do tempo de Deus e da Sua Providência. Por isso, proclamar 21 anos de missão é causa de alegria, porque contemplamos uma Obra de Deus! Bem-haja por ser connosco uma Canção Nova para Deus e para o mundo.

PAULO AZADINHO Responsável local Canção Nova - Portugal

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21 anos de missão

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Santo Padre, o Papa Francisco, diz o seguinte, “temos uma responsabilidade: dar o melhor de nós e o que temos de melhor é a fé”. Nestes 21 anos de Canção Nova em Portugal, a nossa responsabilidade tem sido a de dar o melhor de nós enquanto missionários e o melhor que nós temos verdadeiramente é a nossa Fé em Jesus Cristo! 21 anos a evangelizar, 21 anos a sermos instrumentos nas mãos de Deus proporcionando o encontro pessoal com Jesus a tantos que se aproximam da Comunidade Canção Nova! 21 anos a crescer juntamente com o povo de Deus na Fé, na Esperança, no Amor, no Perdão e na Misericórdia! A quantos nos apoiaram e apoiam até hoje, só temos uma palavra “Bem-hajam”! Bem-hajam por acreditarem, por não pararem nas nossas limitações e verem que Deus está à frente desta Comunidade, por nos ajudarem a cantar diariamente um cântico novo, renovado e cheio do Espírito Santo! Queremos agradecer a todos os benfeitores, arrecadadores e amigos da Comunidade que evangelizam juntamente connosco e que, pela sua Fé, têm transformado vidas! O nosso coração enche-se de gratidão ao olharmos para estes 21 anos, gratos a Deus, em primeiro lugar, e ao povo que Ele mesmo nos confiou. O pedido que lhe fazemos nestes 21 anos é aquele que sempre lhe fizemos ao longo do tempo: reze por nós, para que continuemos a buscar viver uma vida de Santidade! Como diz Monsenhor Jonas Abib, o nosso Fundador: “Ou Santos ou Nada!”

SANDRA SILVA Formadora local Canção Nova - Portugal

O Sangue de Jesus tem poder de mudar a nossa vida

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Sangue de Jesus tem poder: esta é uma verdade em que precisamos crer. Sabemos que Ele foi crucificado e padeceu por amor para nos salvar. A Palavra confirma que fomos resgatados pelo Sangue de Cristo quando afirma: “Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. Muito mais agora que já estamos justificados pelo sangue de Cristo”. (Romanos 5,8-9). Deus é capaz de mudar as diversas situações que vivemos no nosso dia-a-dia, seja nos relacionamentos difíceis com as pessoas que convivem connosco, nas nossas famílias, no nosso trabalho, com as inimizades, com os ressentimentos, com a falta de perdão, entre outras que nos afectam e nos fragilizam. Nas adversidades da vida, precisamos clamar o Sangue de Jesus sobre nós, sobre a nossa família, sobre o nosso trabalho e tudo o que está ao nosso redor. Quando buscamos a Deus, cremos que Ele transforma a nossa vida e também todas realidades à nossa volta. Por isso, acreditamos que pela Sua graça alcançamos a vitória, pelo Seu sangue redentor tudo pode ser mudado, através da oração fervorosa, da paciência que tudo alcança e na fé em Cristo que deu a Sua vida por nós. Portanto, podemos dizer que o Sangue de Jesus tem o poder aqui na terra, para nos guardar, para nos defender e nos libertar de todo mal. Essa é a promessa para nós: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele e o mais Ele fará” (Sl 36,5). Rezemos juntos esta oração, pedindo para sermos lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro, sem mancha, que veio tirar o pecado da nossa alma, dizendo com fé: “Pai de misericórdia, eu vos ofereço os méritos do Preciosíssimo Sangue que Jesus, vosso amadíssimo Filho e nosso Redentor, derramou na circuncisão e na crucifixação. Bendito e adorado para sempre seja Jesus, que nos salvou com seu Preciosíssimo Sangue. Bendito e Exaltado seja o Sangue de Jesus, agora e sempre e por toda a eternidade” Amém!

MICHELINE DA SILVA Ecónoma local Canção Nova - Portugal

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CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO

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Dirija-se ao departamento do Clube da Evangelização, na Livraria Canção Nova que fica em Fátima no Edifício Ibérico n.º 276, Av. D. José Alves Correia da Silva. Dirija-se departamento Evangelização, Poderá dirigir-se ao à Livraria em Lisboa: nado RuaClube Camilo da Castelo Branco n.º 29.

na Livraria Canção Nova que fica em Fátima no Edifício Ibérico nº276, Av. D. José Alves Correia da Silva. Poderá dirigir-se Livraria Lisboa: na Rua Camilo Solicite o impresso, atravésà do telefoneem (+0351) 249 530 600 opção 2, Castelo Branco ou faça download no site nº29. clube.cancaonova.pt e envie para a nossa morada: Estrada da Batalha,68/ Apartado 199/ 2496-908 Fátima ou para o email: clube@cancaonova.pt

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e envie para a nossa morada: Estrada da Batalha,68/ Apartado 199/ 2496-908 Fátima ou apara o email: clube@cancaonova.pt Dirija-se um balcão do Banco Millennium, com o número da conta da Canção

Nova: 45200060486 e efetue o seu depósito. Leve o seu cartão de Benfeitor

VALE DE CORREIO e peça ao funcionário da agência que mencione nesta transação o seu número

de Benfeitor. Dirija-se TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA IDENTIFICADA

ao balcão dos correios mais próximo e solicite o envio de Vale Correio, em qualquer dia do mês, onde deve constar o IBAN: seu nome completo e o seu número de Em Portugal, através do PT50 0033.0000.45200060486.05. benfeitor. No estrangeiro através do IBAN: PT 50003300004520006048605 do SWIFT: BCOMPTPL. Leve o seu cartão de Benfeitor e peça ao funcionário da agência que mencione nesta transação o seu número de Benfeitor.

DEPÓSITO BANCÁRIO Obs: Se efetuar a transferência através de Multibanco, envie-nos o comprovativo IDENTIFICADO

dessa operação ou então contacte-nos pelo telefone: (+0351) 249 530 600 Opção 2 Dirija-se a um balcão do benfeitor@cancaonova.pt – Clube da Evangelização, ou pelo email:

Banco Millennium, com o número da conta da Canção Nova: 45200060486 e Poderá fazer a sua doação gerando referência multibanco efetue o seuuma depósito. Leve o seu cartão de Benfeitor ou efetuar de imediato através do seu cartãoda de agência crédito. que mencione nesta e peça ao funcionário A referência multibanco poderá ser gerada através site transação o seu número dedoBenfeitor. clube.cancaonova.pt 8

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Benfeitor. Obs: Se efetuar a transferência através de Multibanco, envie-nos o comprovativo dessa operação ou então contacte-nos pelo telefone: +351 249 530 600 Opção 2 – Clube da Evangelização ou email: benfeitor@cancaonova.pt

“OBRIGADA POR FAZER PARTE DA FAMÍLIA CANÇÃO NOVA!” MONS.JONAS ABIB

FUNDADOR DA COMUNIDADE CANÇÃO NOVA

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BENFEITOR

TORNE-SE UM NOVO BENFEITOR CANÇÃO NOVA O Clube da Evangelização Canção Nova é responsável pela comunicação entre os novos sócios e os evangelizadores. Por meio de doações mensais espontâneas, esses sócios garantem a manutenção do sistema Canção Nova. Hoje, trabalhando nesta obra do Clube da Evangelização, posso dizer que toco na sensibilidade e no carinho de todos os que nos telefonam para se tornarem um dos nossos benfeitores. A maneira como se exprimem ao falar desta obra de Deus é encantadora: “ obrigada por vocês existirem”, “ se não fosse a Canção Nova onde eu estaria hoje!”, “vocês são a minha companhia, a alegria do meu dia”. Sinto muita gratidão a Deus por todos os nossos benfeitores! No mês de Abril, entraram para o nosso Clube 82 novos benfeitores. Louvado seja Deus! Toco verdadeiramente na Graça a cada dia quando chegam os formulários preenchidos para se inscreverem novos benfeitores: são estes que abraçam connosco o compromisso de Evangelizar, contribuindo, de acordo com as suas possibilidades, para que a Palavra de Deus chegue a muitos e assim muitas vidas sejam resgatadas para Deus. Estas inscrições são um sinal concreto da Providência de Deus para levarmos em frente esta obra, este coração que não pode parar. Para que este coração não páre e esta missão aconteça, torne-se um novo benfeitor, um grande divulgador, faça o bem, ajude-nos a levar a evangelização através de todos os meios, a levar a Boa Nova a todas as nações.

Faça parte desta companhia de pesca! Bem-haja por apoiar esta obra de evangelização! Deus abençoe. Isabel Nogueira 10

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PALAVRA PARA O BENFEITOR

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ueridos Benfeitores, é com enorme alegria que me dirijo a todos vós como membro do Clube da Evangelização de Portugal, é para mim motivo de grande satisfação cuidar do coração da Obra Canção Nova. No passado dia 11 de Maio completámos 15 anos sobre a data em que o nosso pai fundador, Monsenhor Jonas Abib, consagrou toda a Canção Nova, assim como a vida de todos, especialmente dos nossos benfeitores, ao Imaculado Coração de Maria, na Capelinha das Aparições, em Fátima, e agora em Agosto completamos 21 anos de Missão Canção Nova em Portugal. São bastantes motivos de alegria e de festa, que precisam impulsionar-nos a sair das nossas tristezas e dos nossos desânimos, os quais nos levam a uma verdadeira “prostração”, mas como o Padre Jonas nos diz, precisamos de aprender a fazer memória das alegrias que o Senhor já nos concedeu ao longo da nossa vida. Alegria irmãos, não nos esqueçamos das obras do Senhor! Deus abençoe a cada um!

Seu irmão, Shahir Rahemane Canção Nova

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SALESIANOS

Christus vivit

Um convite a ler “Cristo vive” O

Papa, há tempos, convidou a Igreja a começar um caminho de reflexão e transformação para melhor levar o Evangelho aos jovens. Em Outubro do ano passado, houve em Roma uma reunião de bispos, representantes de todo o mundo, que fez uma série de sugestões ao Papa. O Papa Francisco esteve lá, escutou, e agora publica este texto. Neste texto queria convidar-vos a uma leitura séria e apaixonada deste documento.

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Uma introdução que faz um bom resumo De algum modo, os quatro parágrafos iniciais são um bom resumo das propostas do Papa. A primeira afirmação é que Cristo vive (por alguma razão é o nome dado ao texto) e quer oferecer a sua vida a todos os jovens. Está aqui uma das ideias fortes do Papa: há uma forte ligação entre Cristo e o jovem. Cristo está vivo e perto da vida dos jovens O Papa tem bem claro o que quer propor com este documento: o essencial da fé, o desafio à santidade, o seguimento em vocação. Tudo isto acontece num caminho sinodal, com um duplo público: os jovens e todo o povo de Deus. Neste caminho sinodal estão muito presentes as vozes dos jovens.

Para um balanço Se me é permitido o atrevimento, sublinho cinco ideias, em jeito de síntese. A primeira é que é um texto que vale a pena ler. Com calma. Sem preconceitos. É longo demais, às vezes dá saltos que os não-especialistas terão dificuldades em acompanhar. É verdade. Mas vale mesmo a pena ler. Também para aqueles que não se interessam por pastoral juvenil. A segunda ideia é que este texto são dois documentos num só. Num o Papa escreve aos jovens e noutro escreve para quem faz pastoral juvenil. E por vezes as coisas ficam confusas. Não sei se não teria sido

Disponível na nossa loja Canção Nova.

melhor ter feito dois documentos diferentes. Podeis encontrar aqui as tradicionais intuições do Papa Francisco: a prioridade dos processos sobre os resultados, a caridade e o serviço como critério de autenticidade, o cuidado com o primeiro anúncio, a sensibilidade aos que sofrem… Mas tudo isso é dito de forma nova porque houve um diálogo sério com os jovens, com as suas condições e com os desafios que enfrentam. Não é demais realçar o esforço por pensar e actuar uma pastoral juvenil que seja mesmo capaz de levar o Evangelho a todos os jovens. Há um apelo a clarificar o que é mesmo central, identificam-se lugares de encontro e insiste-se muitas vezes sobre o dever missionário de ir ao encontro de quem está fora. Por fim, está o apelo à sinodalidade. É uma forma nova, ou não tão nova como isso de ser Igreja e de agir. Num mundo complexo como o nosso, numa Igreja que se sente enriquecida pelo Espírito criador e renovador, não tem sentido pensarmo-nos de forma unilinear. Como Igreja somos rede: em que há diferença e comunhão, em que há diálogo, há busca inteligente de novos caminhos.

PADRE RUI ALBERTO Coordenador das Edições Salesianas

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EM SINTONIA COM A IGREJA

São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes

São João Maria Vianney, foi exemplo de santidade na construção do caminho da salvação Com admiração, alegramo-nos com a santidade de vida do patrono de todos os sacerdotes, conhecido por Cura D’Ars. São João Maria Vianney nasceu em Dardilly, no ano de 1786, e enfrentou o difícil período em que a França foi abalada pela Revolução Napoleónica. Camponês de mente rude, proveniente de uma família simples e bem religiosa, percebia desde de cedo a sua vocação ao sacerdócio, 14

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mas antes da sua consagração, chegou a ser um desertor do exército, pois não conseguia “acertar” o passo com o seu batalhão. Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, da Filosofia e da Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade). João Maria Vianney, ajudado por um antigo e amigo padre, conseguiu tornar-se sacerdote e aceitou ser

pároco na pequena aldeia “pagã”, chamada Ars, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos e blasfemias; tanto assim que suspirou o Santo: “Neste meio, tenho medo até de me perder”. Dentro da lógica da natureza vem o medo; mas da Graça, a coragem. Com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar, o santo não só atende ao povo local como também aos de fora no Sacramento da Reconciliação. Deste modo, consumiu-se durante 40 anos por causa dos demais (chegando a


permanecer 18 horas dentro de um confessionário alimentando-se de batata e pão). Portanto, São João Maria Vianney, que viveu até aos 73 anos, tornou-se para o povo não somente

exemplo de progresso e construção de uma ferrovia – que servia para a visita dos peregrinos – mas principalmente, e antes de tudo, exemplo de santidade, de dedicação e per-

severança na construção do caminho da salvação e progresso do Reino de Deus para uma multidão, pois, como padre teve tudo de homem e ao mesmo tempo tudo de Deus.

Oração a São João Maria Vianney Ó Deus misericordioso, que fizestes de São João Maria Vianney um sacerdote admirável no zelo pastoral, tornando a Comunidade de Ars verdadeiramente cristã, daí a toda a vossa Igreja, ministros zelosos e piedosos, capazes de propagar a doutrina cristã, com fé e coragem. Fazei que, a seu exemplo, possa a Igreja apresentar às comunidades, modelos e guias seguros, que orientem e conduzam a todos no verdadeiro caminho do bem e da felicidade eterna. Por Cristo Nosso Senhor. Amen. São João Maria Vianney, rogai por nós!

PADRE ANTÔNIO JUSTINO Canção Nova - Portugal

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UM APELO AO PRÓXIMO P A Comissão Nacional Justiça e Paz integra uma plataforma de comissões Justiça e Paz europeias (Justiça e Paz Europa), a qual lançou um apelo aos candidatos a deputados nas últimas eleições para o Parlamento Europeu. Através deste apelo, Justiça e Paz Europa e a Comissão Nacional Justiça e Paz pretendem contribuir para superar a crise de confiança no projeto da União Europeia que se sente atualmente. Para tal, entendem ser importante que o Parlamento Europeu tenha em consideração, como prioritárias, as seguintes questões:

1) A justiça social, contra as desigualdades de distribuição de riqueza entre as várias regiões da União Europeia O Tratado da União Europeia proclama um princípio de conjugação das regras do mercado livre com a promoção da coesão social, económica e territorial. Não são compatíveis com essa coesão desequilíbrios como os que se verificam atualmente. A título de exemplo, veja-se a diferença entre o custo médio da hora de trabalho na Bulgária (4,90€) e na Dinamarca (42,50€). A convergência entre regiões mais ricas e mais pobres da União Europeia, que se verificou durante algum tempo, está agora a diminuir. Este desequilíbrio conduz ao despovoamento de muitas regiões rurais e com menores oportunidades de trabalho. Importa, por isso, dar um novo e decisivo impulso às políticas europeias de desenvolvimento regional.

2) O combate ao desperdício alimentar O enorme desperdício alimentar nos países desenvolvidos é uma imagem escandalosa dos efeitos colaterais negativos das modalidades dominantes de produção e consumo. Na União Europeia, a quantidade de desperdício alimentar é estimada em 88 milhões de toneladas por ano, ou seja, mais de um quinto da produção. A meta 12.3 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas impõe a redução para metade do desperdício alimentar em todo o mundo. Pede-se ao próximo Parlamento Europeu o estabelecimento de metas obrigatórias de redução do desperdício alimentar na União Europeia.

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PARLAMENTO EUROPEU 3) O fim da exportação de armas que possam vir a ser utlizadas em guerras e conflitos Nos últimos anos as armas produzidas no Mercado Único Europeu foram utlizadas em diversas guerras e conflitos. Os países da União Europeia no seu conjunto são o segundo maior exportador de armas do mundo. As exportações gerais de armas de países da União Europeia aumentaram 10% no período de 2013 a 2017 em relação ao período de 2008 a 2012 e esse aumento foi de 103% no que se refere ao Médio Oriente. A Posição Comum sobre exportação de armas na União Europeia veda essa exportação para países envolvidos em guerras e conflitos, que cometam sérias violações dos direitos humanos, que apoiem organizações terroristas, ou em que os altos custos dos equipamentos de defesa possam afetar seriamente as suas perspetivas de desenvolvimento. Há que fazer observar estas regras, o que não sucede atualmente.

4) O respeito pelos direitos humanos por parte de empresas multinacionais O P.I.B. de alguns países em desenvolvimento é inferior ao volume de negócios de várias empresas multinacionais, algumas delas com sede na União Europeia. Este facto torna esses países particularmente vulneráveis perante os perigos de corrupção, exploração injusta de recursos naturais por parte dessas empresas e tratamento privilegiado das mesmas. O próximo Parlamento Europeu deveria instituir entidades com competência de monitorização do respeito pelos direitos humanos por parte de empresas multinacionais da União Europeia na sua atuação em países em desenvolvimento, com punição destas em caso de eventual violação desses direitos. É nossa firme convicção que só uma União Europeia coerente com os valores da paz, do respeito pelos direitos humanos e da justiça social, que estiveram na base da sua criação, pode suscitar a confiança, o entusiasmo e a mobilização de todos os europeus. A Comissão Nacional Justiça e Paz

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AJUDA A IGREJA QUE SOFRE

D. José Aguirre denuncia roubo das riquezas naturais da República Centro-Africana

Único refúgio A República Centro-Africana vive uma terrível onda de violência desde 2013. Milícias armadas são responsáveis por ataques contra as populações, raptos e contrabando. O Bispo de Bangassou diz que o país está a saque por causa das enormes reservas de ouro, diamantes, coltan... Apesar de tudo isso é, talvez, o país mais pobre do mundo…

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República Centro-Africana está a saque, com os recursos naturais a serem delapidados por grupos estrangeiros que estão a reduzir as populações à miséria. Aparentemente, o país está mergulhado numa guerra com contornos religiosos, com muçulmanos radicais, os Séléka, a espalharem o caos e a serem combatidos por grupos de autodefesa, não menos violentos, os anti-Balaka. Para D. Juan Aguirre, Bispo de Bangassou, isso é apenas “uma cortina de fumo” para esconder a realidade. A República Centro-Africana é um dos países mais

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perigosos do mundo. O Estado central não existe e os grupos armados semeiam a violência, o medo e o caos por todo o lado. Ninguém está a salvo. Nem a Igreja. Novembro de 2018. Um campo de refugiados, apoiado pela Igreja e situado nas imediações da Catedral de Alindao, foi atacado com brutalidade demente por homens armados. Elementos dos Séléka provocaram a fuga de milhares de pessoas. Nesse ataque, 80 pessoas foram assassinadas, entre as quais dois sacerdotes. Mais de dois mil refugiados fugiram para a floresta para salvar as próprias


vidas. D. Aguirre, entrevistado pela Fundação AIS, não poupa nas palavras: “Foi um crime contra a humanidade.” Um mês depois, outro ataque. A cidade de Bakouma ficou quase destruída e a missão católica foi saqueada. D. Aguirre recorda-se de tudo. “Uma semana depois, ainda havia corpos nas ruas da cidade.”

Milhares em fuga Os que puderam fugir fugiram. Muitos foram para Bangassou, a 130 km. “Estavam exaustos, com a sua vida em ruínas.” Eram homens, mulheres e crianças. Só queriam sobreviver. Muitos perderam a família. Alguns são ainda crianças. “No nosso orfanato, Mama Tongolo, temos ainda dezenas de crianças que chegaram a Bangassou, sem saberem onde estavam os seus pais ou se ainda estavam vivos ou não…” Os ataques não são de agora. Cidade de Nzacko, 2017. Um grupo de mercenários ataca a região. D. José Aguirre não tem dúvidas em dizer que eram quase todos estrangeiros. A missão católica foi completamente destruída. O Bispo de Ban-

gassou não compreende tanta violência, tanta maldade. São mercenários a soldo de países estrangeiros, de empresas com interesse nos inúmeros recursos naturais do país: ouro, diamantes, coltan… Essas riquezas valem mais, muito mais do que a vida das populações. Afinal, diz D. José Aguirre, “são sempre os mais pobres que pagam o preço…” Tem sido assim, de facto, mas no final fica a certeza de que ali, na República Centro-Africana, a Igreja é o refúgio dos que já perderam tudo. Até a esperança. Às vezes é mesmo o único refúgio.

PAULO AIDO Jornalista da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre

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TEMA PRINCIPAL

PORTUGAL, SEMPRE DE MARIA! 20

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á uma curiosidade no calendário do mês de Agosto: se nós o dividirmos em duas partes, ao meio, o centro está dedicado a Nossa Senhora; o dia 15 de Agosto celebra a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, dia importante para a Igreja Universal e fortemente celebrado em Portugal, desde os tempos mais remotos. Podemos dizer, de forma simples, que o mês de Agosto é reflexo da História de Portugal e da devoção dos portugueses. Devocionalmente, onde não chegou a Eucaristia, a Catequese e os Sacramentos, chegou Nossa Senhora, a “Mãezinha do Céu” ou, como tantas vezes se ouve no Alentejo, cheio de carinho e amor, a “santinha”, a Nossa Senhora, que pediu a recitação do Terço e na qual, desde o povo mais simples ao povo mais erudito, encontra repouso, conforto, carinho e proteção, consciente de que “nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à vossa proteção, implorado a sua assistência e reclamado o vosso socorro, fosse por vós desamparado”, como nos ensina São Bernardo. Textos antigos, que fazem a nossa História, referem-se a Portugal como a “Terra de Santa Maria”, terra dedicada à Virgem Santíssima desde Dom Afonso Henriques, com

o primeiro ato de Consagração do Reino de Portugal e a sua total entrega à proteção de Nossa Senhora, fazendo d’Ela a Madrinha da nossa portugalidade. Em tempos difíceis de possibilidade de perda da nossa identidade, Dom João I assegura a nossa independência, na batalha de Aljubarrota, a qual foi travada, de acordo com os escritos da época, “na véspera de Nossa Senhora de Agosto”. Desta vitória, nasce a renovação da entrega de Portugal a Nossa Senhora, porque “enquanto houver portugueses, Tu serás o seu Amor”. Claro que cantamos, pois Maria foi, é e sempre será “a glória da nossa terra”! Nas suas azáfamas marítimas por este mundo além, Portugal entrega a Maria, a Estrela do Mar, a descoberta de novos mundos, novas histórias, novas realidades e em prova dessa confiança e devoção, o Rei Dom Manuel I manda construir o Mosteiro de Santa Maria de Belém, em Lisboa, também conhecido por Mosteiro dos Jerónimos. Mas, diria eu, o ponto mais alto da devoção de Portugal à Santíssima Virgem acontece a 25 de Março de 1646. A partir deste dia, a Rainha de Portugal será para sempre Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, e por isso nunca mais nenhum rei usará coroa e,

interessante, as Constituições republicanas nunca “retiraram” ou “mexeram” em Nossa Senhora pelo que, a nossa Rainha continua a ser Nossa Senhora. Mas, não ficamos por aqui: nos tempos do Liberalismo, Portugal manifesta a sua vassalagem a Nossa Senhora da Conceição com a criação da Ordem de Nossa Senhora da Conceição; também é por estas terras lusas que se desenvolve a devoção à Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, por um lado, obrigando aqueles que se formavam na Universidade Coimbra a professar a fé neste sentir do povo português quanto a Maria, por outro lado, levando a jovem donzela Beatriz da Silva, por amor e por defesa da Imaculada Conceição, a fundar uma ordem religiosa monástica, as Monjas Concepcionistas (de Santa Beatriz da Silva). O povo português marca o dogma da Imaculada Conceição, renovando, Canção Nova

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TEMA PRINCIPAL no Monte Sameiro, a sua aliança com Nossa Senhora e, por fim no ano de 1917, na Cova da Iria, aquando das aparições, em Fátima, Nossa Senhora confirma estas alianças que Portugal sempre fez com Maria, fazendo Maria a sua aliança com o povo português, confirmando que “o dogma da fé nunca se perderá em Portugal” e ainda “por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”. Profundamente enraizada na história e na cultura portuguesa, Nossa Senhora é fortemente celebrada neste dia 15 de Agosto. Num sentido eclesiástico, se assim se pode afirmar, a sua celebração passou por, em tempos medievais, confiar todas as Catedrais portuguesas a Nossa Senhora, com o título de Santa Maior ou Santa Maria do Castelo ou ainda Santa Maria de Agosto. Muitos séculos antes da proclamação do dogma da Assunção de Nossa Senhora, Portugal ajoelha-se aos pés da Virgem assumpta e confia-lhe as Igrejas-mãe de cada diocese, as Catedrais. Mais ainda, de norte a sul do país, o dia 15 de Agosto é ainda celebrado em várias vilas e aldeias, dando a esta celebração um sentido profundamente “provincial”, reunindo à volta de pequenas ermidas ou grandes santuários, o povo oriundo dessas localidades ou com raízes nessas zo22

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nas, engalanando de flores o nosso Portugal, que se reveste de alegria e festa à Mãe de Deus, motivo pelo qual as famílias fazem festa, os povos emigrados regressam à sua terra natal ou à terra das suas origens, fazendo festa em família à volta da fé. Mas, afinal, o que faz tanta festa? É a solenidade da Assunção de Nossa Senhora, ou seja, é, na definição do Papa Pio XII, declarada a 1 de Novembro de 1950, que “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assumpta em corpo e alma à glória celeste”, ou seja, Maria foi totalmente assumida pelo céu. Não compreenderemos este mistério se não o ligarmos intima e profundamente ao mistério da Encarnação, ou seja, ao momento da Anunciação do Anjo, no qual Maria é proclamada, pelo Arcanjo Gabriel, a “cheia de graça”, a cheia de Deus ou aquela que é o objeto da predileção e do amor de Deus. Ela é o primeiro ser a viver em plenitude, aquilo para que todos fomos criados. Em Maria, o plano de Deus, de vivermos completamente imergidos no amor do Senhor, já se cumpriu. Tendo Ela chegado à “meta”, dá-nos a esperança de também lá chegarmos, na medida em que, como Maria fez, nos abrirmos à graça e ao amor de Deus,

na fidelidade à vontade de Deus ou como dizia o Servo de Deus Dom Manuel Mendes da Conceição Santos, no “recolhimento, oração, fidelidade e o fugitivo divino voltará, ou melhor, encontrá-lo-emos dentro de nós, para nos dar, após a provação, uma nova efusão de graças, para nos ensinar a adorar e a amar a vontade do Pai, ainda quando nos reclama sacrifícios”. Não nos podemos esquecer que, como diz o Catecismo da Igreja Católica, “Deus quer dar a todos nós um futuro cheio do seu amor” (966) e, para isso, deu-nos uma intercessora junto d’Ele, Nossa Senhora, uma como nós, que fez a experiência da fidelidade crucificada e ressuscitada e que está sempre pronta a dar-nos a mão e o coração para nos elevar à presença do Amor Trinitário, que é Deus, na medida em que nos oferece a Jesus. Poderemos, neste momento, afirmar que Portugal sempre foi de Maria e teremos também de, sem medo, afirmar, que Maria sempre foi intrinsecamente de Portugal e dos portugueses, afirmando mesmo que não há alma lusa que não se sinta de Maria e não há alma lusa que, desde as primeiras horas do seu nascimento, não tenha sido entregue à boa e terna Mãe. E, em alguns casos, sendo mesmo re-


gistado no Livro de Assentos de Batismo o nome de Nossa Senhora como Madrinha de Batismo. Temos no Servo de Deus Dom Manuel Mendes da Conceição Santos um exemplo disso. Em 1925, escreve nas notas do seu retiro espiritual: «faz hoje vinte e oito anos que me consagrei definitivamente a Nosso Senhor recebendo o subdiaconado e vinte e sete que recebi o Espírito da ordenação de Diácono. E também hoje é dia de Nossa Senhora do Ó (Expectação), que é a minha Madrinha de Batismo. Juntam-se pois várias coincidências assaz consoladoras e ao rememorá-las sinto necessidade de agradecer à minha boa Madri-

nha toda a solicitude maternal com que tem olhado por mim e, renovando a minha consagração, é-me grato repetir, como há vinte e oito anos: “Ó Jesus, em honra de Maria e pelas mãos de Maria, eu me entrego a vós, sem reserva nem condição alguma, para salvação das almas”» É hora dos portugueses reavivarem na sua memória e no seu coração que Portugal é de Maria e Maria é de Portugal. Confiemos-lhe, nesta hora, o nosso Portugal espalhado pelo mundo inteiro. Onde há um português está Portugal. Logo, esta Nossa Senhora, Rainha e Mãe de todos os portugueses. Com o Servo de Deus, escrevamos, hoje,

em nossos corações, como ele escreveu no seu diário, em 1940: «à minha Mãe do Céu que tão amorosamente me tem mostrado a sua predileção quero pagar amor com amor e confiar sempre nela […]. Cá me fica a Minha Mãe do Céu para me amparar e me guiar. A ela me entrego, nela confio, por ela serei fiel. Minha Mãe do Céu, fazei-me viver de amor para morrer de amor».

Minha Mãe, Confiança Minha!

PADRE RICARDO LAMEIRA Arquidiocese de Évora

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N

o dia 26 de Julho, a Igreja Católica celebra a memória de São Joaquim e Santa Ana, pais da Virgem Maria, e, nesse mesmo dia, se celebra, também, o Dia dos Avós. Apesar de nada se relatar, na Sagrada Escritura, sobre São Joaquim e Santa Ana, devemos admitir que estes desempenharam, na perfeição, o seu papel de pais e educadores, preparando a Virgem Maria, sua

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filha, para a missão, única e tão especial, de dar à luz o Filho de Deus. Além disso, e como avós de Jesus, exerceram, certamente, essa sua missão, auxiliando Maria e José na formação e educação do seu neto, Jesus. É assim com todos os avós. E terá sido assim, naturalmente, com São Joaquim e Santa Ana. É por isso que estes esposos, pais da Virgem Maria e avós de Jesus, são, na

tradição da nossa Igreja, o modelo dos esposos cristãos e não havia melhor data para se recordarem os avós do que aquela em que a nossa Igreja celebra a memória dos avós de Jesus. A herança que o Senhor concede aos pais são os filhos (Sl. 127, 3), abençoando-os para que vejam os filhos dos seus filhos (Sl. 128, 6), sejam os netos a coroa dos anciãos, e os pais a honra dos filhos (Prov. 17, 6). Assim, os netos são a coroa e a alegria, dos avós. E os avós têm nos netos a oportunidade de sentirem que a sua paternidade e maternidade não terminaram e que as suas vidas continuam com eles e de acordo com a vontade de Deus. Os netos são, sem dúvida, a coroa dos avós. E a sua vinda é uma graça de Deus


que une, alegra e engrandece toda a família. Sem substituírem os pais, os avós devem acolher esta graça e estar disponíveis para tudo o que os netos precisam. Mesmo com as limitações próprias das suas idades, devem auxiliar em tudo o que puderem para a boa formação e educação dos netos. De facto, ser avô ou avó, constitui, só por si, uma oportunidade única e uma felicidade imensa na vida de qualquer um. É um momento de muita beleza nas nossas vidas. Depois de termos criado e educado os nossos filhos, temos, agora, os filhos dos nossos filhos, os netos.

Devemos conhecê-los e darmo-nos a conhecer, amá-los e deixarmo-nos amar por eles. Como nos devemos comportar? Mais do que muitas palavras ou recomendações, o que importa, nesta relação entre avós e netos, é o nosso testemunho de vida. Tudo o que fizemos, ou fazemos, pode servir de exemplo para eles. Ainda que, às vezes, não nos apercebamos, os netos sempre nos prestam atenção. Eles sabem que vieram de nós e nos pertencem. Em tudo, o mais importante é o amor e o carinho que lhes podemos dar, pois, se os nossos netos perceberem, e acolherem

esse amor, encontraremos sempre a oportunidade e a alegria de os podermos ajudar e de podermos ser ajudados por eles. Nesta relação, é igualmente importante o testemunho da nossa fé, para que os nossos netos se sintam motivados a conhecer Jesus e a segui-lO, como Caminho, Verdade e Vida. São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avós. Que eles, que tão de perto conviveram com Jesus, ajudando a Virgem Maria e São José, intercedam por todos os avós deste mundo na sua relação com os netos, e que estes sejam sempre a sua coroa.

JOSÉ AZADINHO LOUREIR0 Benfeitor da Canção Nova

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PSICOLOGIA

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As linguagens do amor O

matrimónio é uma aprendizagem constante, um desafio que nos faz sair de nós mesmos para descobrir o outro e percorrermos juntos o caminho da construção de um amor sólido e fecundo. Contudo, quem já se deparou com o sentimento de que talvez, o outro não o ame assim tanto? Que talvez o amor tenha diminuído? Ou que as diferenças se intensificaram e começaram a reparar mais no que o outro não faz, ou faz mal, do que no bem que faz? E quantos casais ficam a questionar-se se o amor morreu? Ou, até, se alguma vez se amaram! Quantos desencontros, desilusões e desentendimentos, que levam muitos à separação. Já ouviu falar das 5 linguagens do amor? Gary Chapman é escritor e conselheiro matrimonial e dessa experiência surgiu um livro com esse título. Nesse livro, o autor explica que podemos expressar o amor de cinco formas diferentes e, também, podemos, e desejamos, senti-lo dessas formas. Chapman refere que o casal necessita conhecer qual a linguagem do amor do seu cônjuge, para, a partir daí, adequar a sua própria linguagem. Vejamos o

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seguinte, o marido que colabora com a esposa nas tarefas domésticas (limpa e arruma a cozinha, leva o lixo, passa a ferro, arruma e limpa a casa, etc.), todos os dias dá um beijinho quando acorda, quando se despede, quando chega e quando se vai deitar, em conjunto com um “amo-te”, mas a esposa diz que não se sente amada por ele e exige o seu amor. O marido fica desorientado, pois não sabe que mais pode fazer para mostrar que a ama. Estamos perante um marido que ama com atos de serviço e uma esposa que quer ser amada com palavras de apreço. Ou o contrário, uma mulher cansada que anseia que o marido colabore no que falta fazer, mas ele observa a esposa, percebe-a cansada e vai ao pé dela, dá um grande abraço, diz que a ama e que é uma mulher corajosa, lutadora, bonita. Ela explode e diz que não quer saber dessas palavras bonitas, porque elas não arrumam a casa, ele devia colaborar! Ele fica atordoado, pois pensou que estava a ser carinhoso e a ajudá-la, amando-a. Portanto, não comunicam na linguagem do amor que o outro necessita e inicia-se uma discussão.


Segundo Gary Chapman as 5 linguagens do amor são:

1. Tempo de qualidade 2. Palavras de apreço 3. Receber presentes 4. Atos de serviço 5. Contacto físico Percebendo melhor o que é cada uma:

1. Tempo de qualidade: “é dar a alguém a sua total atenção (…) sentarem-se juntos no sofá, olharem um para o outro a conversarem, darem a cada um de vós, a vossa total atenção.” Mas pode, igualmente, ser um passeio só os dois, um almoço/lanche, uma ida à praia, uma caminhada. Terem um momento um para o outro, sem interferências. Os homens têm alguma dificuldade nesta forma, pois por vezes falta-lhes a paciência para ouvir o que a esposa tem a dizer. Quando damos tempo ao outro, ele sente-se especial. 2.

Palavras de apreço: a palavra tem poder, o que dizemos ao outro pode fazê-lo sentir-se bem, vitorioso, amado, ou pode deitá-lo abaixo fazendo-o sentir-se sem valor, que não consegue fazer nada bem feito. As palavras de apreço são palavras dóceis, que demonstram que estamos atentos ao outro, tais como: “Estás bonita”, “Essa camisa fica-te bem”, “Obrigada por levares o lixo”. “Elogios verbais, ou palavras de valorização, constituem poderosos comunicadores de amor”.

3. Receber presentes: “os presentes são símbolos visuais de amor (…) podem ser comprados, encontrados ou feitos.” Esta pode ser a linguagem de amor da sua esposa, mas não se assuste, não é necessário gastar dinheiro. Quem tem esta linguagem

fica feliz com uma flor colhida no caminho, um cartão feito à mão, um bilhete deixado debaixo da almofada. E não espere pelos dias festivos, faça em qualquer dia e qualquer hora, para que seja surpresa.

4. Atos de serviço: “coisas que sabe que o seu cônjuge gostaria que fizesse. Você procura agradar-lhe servindo-o, como forma de expressão do seu amor por ele, fazendo coisas para ele.” Esses atos podem ir desde fazer o jantar, limpar a casa, levar o lixo, mudar a fralda do bebé, pintar um quarto, entre tantos outros. Não é ser empregado(a) do outro, mas, por amor, realizar aquela tarefa que sabemos que vai fazer o outro sentir-se amado. 5. Contacto físico: “o contacto físico é também veículo poderoso para comunicar o amor conjugal.” Esta linguagem não se foca nas relações sexuais, vai muito além, é beijar, é abraçar, é dar as mãos. A pessoa com esta linguagem quer sentir o calor do contacto físico, sentir a proximidade, por vezes, basta um abraço bem apertado, um beijinho carinhoso, uma carícia no rosto, enfim, sejam criativos e mimem-se. Perante esta explicação muito breve, tente perceber qual a sua linguagem do amor e qual será a do seu cônjuge. Sente-se com ele, conversem sobre estes pontos e cada um faça uma pequena lista (4/5 itens) com o que gostaria que o outro fizesse/dissesse para se sentir amado e tentem chegar a um acordo. Se necessário, sentem-se de vez em quando para atualizar a lista, por forma a não deixarem o amor esmorecer.

MARTA FAUSTINO Psicológa Missionária da Comunidade Canção Nova

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ARTIGO DE OPINIÃO

o O que pensar quando escutamos a palavra transfiguração? No dizer do nosso povo quer dizer que tudo “muda de figura” quando, por uma razão forte, muda de direção o que, até então, se estava a ver. Quando se ilumina a realidade a sua verdade torna-se perceptível. A luz é, para uma transfiguração, determinante. Com que luz estamos a tentar ver? Não se trata só de olhar, mas de ver. Que diferença há quando olho para uma partícula de pão antes e depois de consagrada? E tudo muda pela verdade que as palavras da Consagração me despertaram e possibilitaram ver.

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TRANSFIGURAÇÃO Agora, depois de escutar e à luz da Palavra que o sacerdote pronuncia, a qual faz memória da promessa segura e verdadeira de Jesus de estar connosco, desta forma e por esta razão, que tudo se pode ver. E podemos ver, ali, verdadeiramente, a Ele. No Seu corpo, sangue e divindade! Que divina transfiguração! Sem a Sua palavra, fonte de toda a vida, eficaz e eterna, aquela particular de pão nada mais seria do que já era antes. Agora, por causa da Palavra que invoca e provoca, como expressão da ação do Espírito, segundo a vontade do Pai, nós podemos ver, acolher e alimentar-nos do Pão do Céu, que desce

para dar a Vida ao mundo. A presença de Deus na nossa vida tudo transfigura. Não é só aquele pedaço de pão que se transfigura mas todos os que, nele reconhecem Cristo Vivo, e O aceitam na sua vida pessoal, saboreando e vendo como Ele é bom. Como n’Ele está todo o bem. Como é Belo esta Sua prova de Amor maior. A transfiguração não aconteceu só lá no monte, quando Jesus subiu com os Seus três discípulos, para eles, com a ajuda da Palavra, da Lei e dos Profetas, verem o que viram acontecer ao próprio Jesus. Era, no dizer de Pedro, sem saber ainda o que dizia, muito bom estar ali.


Como é bom estar com Jesus! Mais ainda quando Ele passa a estar em nós, quando aceitamos alimentar-nos d’Ele! Nada disto é coisa de teoria mas é de experiência que nos alimenta. As teorias alimentamo-las nós, com as nossas lógicas bem limitadas. Já o alimento… alimenta-nos a nós, na sua lógica de ser e existir. A razão de tudo isto transfigurar a nossa vida, de modo a nos chamarmos e

sermos, de verdade, filhos de Deus, só é possível quando somos transfigurados pelo Amor. Tudo muda na nossa vida. O Amor é o tudo de tudo o que foi criado por Ele. Sem Amor tudo está desfigurado, tudo está ainda disforme e em risco de morte. No Amor tudo se configura ao seu devido fim que é, em vez de acabar, o seu pleno, definitivo e eterno destino: a plenitude da Vida. Por isto é que São João

nos diz que quem ama é uma nova criatura. Já passou da morte para a vida. Alimentando-nos do Pão da Vida eterna, nós testemunhamos o grande milagre que este mundo pode ver: a nossa própria salvação. Quem é que, julgando estar condenado a morrer por não ter em si a fonte da sua própria vida, depois de ver esta ação da Graça, donde jorra a Vida Eterna, entrando livremente nesta corrente de Vida, não se vê a si mesmo transfigurado? Esta é a maior experiência de fé que nos está acessível experimentar. O encontro com Aquele que veio e que, depois de Ressuscitado e colocado junto do Pai, está, desta forma que Ele mesmo instituiu, sempre connosco, pela comunhão no Seu Corpo Sacramentado, ser glorificado no nosso próprio corpo, ao caminharmos por Ele e com Ele, rumo à presença do Pai. Eis a razão da Eucaristia ser o lugar mais elevado que cada pessoa pode querer ascender. Ali os céus envolvem e abraçam toda a terra. Tudo fica transfigurado, pela Graça Divina. Quem de nós, sabendo de tudo isto, quer ficar de fora desta plenitude de Vida?

PADRE JOSÉ LUÍS BORGA Diocese de Santarém

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ESPIRITUALIDADE

A ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA

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O

povo cristão parece ter sempre acreditado que Maria, a Mãe de Jesus, porque foi concebida sem pecado original e não podendo conhecer a corrupção própria do pecado, porque é Mãe do Rei e Senhor de todas as coisas, porque nunca pecou, porque Deus fez n’Ela maravilhas, porque Serva humilde e cheia de graça, foi elevada ao Céu em corpo e alma. Ao longo dos séculos, teólogos, poetas, pintores, escultores cantaram sempre os louvores d’Aquela que o amor trinitário elevou ao Céu. As grandes catedrais da velha Europa, algumas com centenas e milhares de anos, foram dedicadas à Senhora da Assunção. Era a fé do povo simples, unida à fé dos teólogos e da Igreja na sua autoridade e devoção que se unia para cantar as maravilhas da Senhora que Deus quis elevar em corpo e alma ao Céu e, depois, coroar como Rainha dos anjos e dos homens, do céu e da terra. O dogma que o Papa Pio XII definiu em 1 de Novembro de 1950, veio coroar este processo maravilhoso de fé e de amor à Assunção da Virgem Maria. Coroar, como que dizendo que aquilo que durante mais de mil e quinhentos anos a fé do povo e da Igreja acreditava, era agora assumido pela mesma Igreja, com esta definição dogmática. Foi um dia glorioso para a Igreja, e para Maria que no seio da Trindade viveu

com Jesus, o fruto bendito do seu ventre, a alegria e a glória de um modo mais profundo e mais belo. Na definição do dogma, talvez porque bispos e teólogos consultados não estavam de acordo com um aspecto, o Papa só declarou que terminado o seu percurso terreno a Virgem Maria foi elevada ao Céu em corpo e alma. Não se fala da sua morte. Parece que se quer dizer que tanto podia ter sido depois de morrer, associando-Se assim ao Filho que apesar de Deus, passou pelo transe da morte de Cruz, como podia ter sido elevada antes de morrer para que sua majestade e maravilhoso triunfo fosse ainda mais pleno e mais repleto de beleza. Acreditar na Assunção é dignificar não só a Pessoa da Senhora, da Virgem Maria, mas também de toda a humanidade que se revê nessa Mulher e Mãe, que calcou a cabeça da serpente e que é vencedora do dragão. Afinal é a grandeza e dignidade da mulher que são exaltadas na Assunção da Virgem Maria. É a graça da maternidade que

é tomada e assumida em dignidade. É a beleza e grandeza da mulher, do feminino, da riqueza de tudo o que é belo na maternidade e na beleza da sensibilidade feminina sempre que ela é tocada pelo amor de Deus e se torna fonte de vida e de graça. A vida cristã que nasce no baptismo já tem em semente, em gérmen, a riqueza da Assunção, que um dia todos partilharemos. Depois de Jesus, Rei e Senhor, a Mãe foi à frente. Um dia seremos nós participantes dessa graça. Quando a Igreja, quando a fé nos ajuda a perceber a Assunção da Senhora não deixamos de estar perante um mistério que nos ultrapassa, como nos ultrapassa qualquer mistério, como a Imaculada Conceição, a cheia de graça, o ser Mãe e ser Virgem. A Assunção coloca diante de nós a realidade de um corpo espiritual que o Pai glorifica e eleva, um corpo que não ocupa espaço e que se torna, todo ele, presente e ação do amor de Deus. PADRE DÁRIO PEDROSO Diocese de Lisboa

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Horário

Segunda

Terça

Quarta

00.00 Memórias do Líbano Fazendo Esperança Santa Missa (Clube da Evangelização) 00:30 Sorrindo Pra Vida Sorrindo Pra Vida 01:00 01:30 Teologia do Corpo 01:45 02:00 Nossa Missão Nossa Missão Nossa Missão 02:30 03:00 Terço da Misericórdia Terço da Misericórdia Terço da Misericórdia Ter 03:30 Oficio da Imaculada Oficio da Imaculada Oficio da Imaculada 04:00 Nossa Missão Nossa Missão Nossa Missão 05:00 Para Ser Feliz Amor Vencerá Amor Vencerá 06:00 Vai na fé Minha Família é Assim Parte de Nós 06:30 Trocando Ideias Igreja No Mundo 07:00 Na Escola de Nazaré Mais Saúde 07:30 Cantinho Da Criança Cantinho da Criança Cantinho da Criança 08:00 Terço Mariano Terço Mariano Terço Mariano 08:30 Evangelho do dia /CN HITS Evangelho do dia /CN HITS Evangelho do dia /CN HITS E 08:45 Salmos Salmos Salmos 09:00 Parte de Nós Educar na Fé Buscai as Coisas do Alto 09:30 Histórias para pensar e rezar Agenda Canção Nova 09:45 Oração ao Pai das Misericórdias Oração ao Pai das Misericórdias Ora 10:00 Alianças com Santa Maria Pergunte e Responderemos Direção Espiritual 11:00 Santa Missa Santa Missa Santa Missa 12:00 Sorrindo Pra Vida Sorrindo Pra Vida Sorrindo Pra Vida 12:15 12:20 12:30 13:30 Manhã Viva Manhã Viva Alianças com Santa Maria 14:30 Terra Santa News Tarde em Família 14:50 Florescer 15:00 Terço da Misericórdia Terço da Misericórdia 15:30 Projeto Dai-me Almas Vitrine CN 16:00 Nossa Missão (Mons. Jonas Abib) Nossa Missão 16:30 Na Escola de Nazaré 16:45 17:00 O Amor Vencerá O Amor Vencerá O Amor Vencerá 17:30 18:00 Vitrine CN Igreja no Mundo Vitrine CN 18:30 Terço da Capelinha Terço da Capelinha Terço da Capelinha 19:00 Bíblia no meu dia a dia Bíblia no meu dia a dia Bíblia no meu dia a dia 19:15 Oração ao Pai das Misericórdias Oração ao Pai das Misericórdias Oração ao Pai das Misericórdias Ora 19:30 Academia do Som Trocando Ideias Catequese com o Papa 20:00 Fazendo Esperança 20:30 Memória e Profecia Mais Saúde PHN 21:00 Buscai as coisas do Alto De Colores 21:30 21:50 Ângelus - Terra Santa 22:00 Direção Espiritual Escola Da Fé Memórias do Líbano 22:15 22:20 22:30 CN Hits 22:45 23:00 Projeto Dai-me Almas Histórias para pensar e rezar Nossa Missão 23:15 Salmos 23:30 Preservação Ambiental Terra Santa News

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PROGRAMAÇÃO DA TV 31 DE MARÇO A 27 DE OUTUBRO DE 2019 Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

Parte de Nós Minha Família é Assim Sorrindo Pra Vida Shows Canção Nova Salmos Direção Espiritual Nossa Missão Sorrindo Pra Vida Fazendo Esperança rço da Misericórdia – Neutro Terço da Misericórdia Terço da Misericórdia Oficio da Imaculada Oficio da Imaculada Oficio da Imaculada Oficio da Imaculada Nossa Missão Nossa Missão Catequese com o Papa Nossa Missão Amor Vencerá Gente de Fé Amor Vencerá Trocando Ideias Revolução Jesus Educar na Fé Escola da Fé Pergunte e Responderemos Buscai as coisas do Alto Preservação Ambiental Memórias do Líbano Nossa Missão (Mons. Jonas Abib) Cantinho da Criança Cantinho da Criança Cantinho da Criança Terço Mariano Terço Mariano Terço Mariano Terço Mariano Evangelho do dia /CN HITS Evangelho do dia /CN HITS Teologia do Corpo CN Hits / Passo a passo com Jesus Salmos Salmos Discípulos e Missionários De Colores Na Escola de Nazaré Alianças com Santa Maria Mais Saúde CN Hits PHN ação ao Pai das Misericórdias Oração ao Pai das Misericórdias Minha Família é Assim Escola da Fé Buscai as coisas do Alto Santa Missa Santa Missa Santa Missa Santa Missa Angelus com o Papa Sorrindo Pra Vida Salmos Salmos Agenda Canção Nova Acampamento de Oração Acampamento de Oração Academia do Som 5ª Feira Adoração Manhã Viva Projeto Dai-me Almas Projeto Dai-me Almas Terço da Misericórdia Acampamento de Oração Acampamento de Oração Projeto Dai-me Almas Direção Espiritual Nossa Missão Vitrine CN Ângelus com o Papa Francisco Histórias para pensar e rezar Vitrine CN O Amor Vencerá Vai na Fé Vitrine CN Vai na fé Memória e Profecia Educar na Fé Ofício da Imaculada Vitrine CN Acampamento de Oração Para Ser Feliz Terço da Capelinha Terço da Capelinha Bíblia no meu dia a dia Bíblia no meu dia a dia Santa Missa – Acampamento de Oração ação ao Pai das Misericórdias Oração ao Pai das Misericórdias Nossa Missão Procissão das Luzes Igreja no Mundo Santa Missa – Acampamento de Oração Gente de Fé Projeto Dai-me Almas Pergunte e Responderemos De Colores Alianças com Santa Maria Agenda Canção Nova CN Hits / Passo a passo com Jesus Terra Santa News CN Hits / Passo a passo com Jesus Vai na Fé Salmos Florescer Agenda Canção Nova Parte de Nós Terço Mariano Terço Mariano Ângelus – Terra Santa Trocando Ideias Mais Saúde Revolução Jesus Procissão das Luzes Salmos Vai na Fé Canção Nova

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TESTEMUNHO MISSIONÁRIO Depois de quase 5 anos, vim morar em Jerusalém, a Cidade Santa. Em Nazaré, aprendi a ser filha, aprendi a amar e ser amada como filha, fiz a minha experiêcia com a Sagrada Família, e assim, a cada dia, fui chamada a dar uma resposta generosa na minha missão. Realizando trabalhos de casa, do jardim, conhecendo o lugar, conhecendo pessoas e aos poucos aproximando-me daqueles que Deus enviava.

É

uma grande graça morar na terra de Jesus! Não consigo expressar em palavras tamanha riqueza que é estar em missão neste lugar, todos os dias percorrer caminhos por onde Jesus passou. A minha vida não é mais a mesma, tenho a oportunidade de fazer os caminhos do Santo dos santos. Sou consagrada a Deus na Comunidade Canção há 14 anos e 3 meses, nos quais, 6, estou na missão da Terra Santa. Quando cheguei aqui em 2013, morei em Nazaré, a terra do SIM revolucionário, do SIM que permitiu a minha salvação. Nossa casa é próxima da Basílica da Anunciação, então, lá, pude rezar o Angelus no lugar onde aconteceu o anúncio. Isso não tem preço, é marca de céu, marca de etenidade.

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Canção Nova


Em Jerusalém, toco na graça da Ressurreição na minha vida e na vida dos meus. Verdadeiramente Jesus está vivo e eu toco nisso aqui. Ser missionária nesta terra é não parar nas minhas dificuldades e medos, porque eles aparecem tentando paralisar-me, mas, a cada dia, descubro que não posso dar asas a isso. Uma das maiores dificuldades que encontrei aqui foi a língua. Como eu ia expressar-me neste lugar? E aos poucos, não deixei que o medo tomasse conta de mim, comecei com um sorriso, e não parei. Ainda é difícil expressar-me, mas, tornou-se algo possível porque Deus me queria aqui. A cultura, o jeito de ser, os hábitos, as atitudes deste povo que eu teria que procurar conhecer e

tocar nas suas realidades, são constantes desafios... Enfrentar os meus medos possibilitou-me ir além de onde eu julgava não conseguir e colher os frutos na vida daqueles que o Senhor colocou e coloca no meu caminho. Não fiz somente uma experiência aqui, faço todos os dias ao acordar. Há momentos em que me parece que cheguei ontem como tem dias em que parece que já

estou aqui há mais tempo. É uma oferta que faço dia após dia: a minha família, os meus amigos, o meu país, mas, com a certeza de que Deus reservou para mim esta missão para que eu O encontrasse e tivesse a minha vida mudada. É um privilégio dar a vida aqui, que supera toda e qualquer dificuldade que encontro no caminho. Daniele Luiza de Oliveira

Canção Nova

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LITURGIA JULHO 1

L 1 Gen 18, 16-33; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 8-9. 10-11 Ev Mt 8, 18-22

2

L 1 Gen 19, 15-29; Sal 25 (26), 2-3. 9-10. 11-12 Ev Mt 8, 23-27

3

S. Tomé, Apóstolo – FESTA L 1 Ef 2, 19-22; Sal 116 (117), 1. 2 Ev Jo 20, 24-29

4

S. Isabel de Portugal – MO . L 1 Gen 22, 1-19; Sal 114 (115), 1-2. 3-4. 5-6. 8-9 Ev Mt 9, 1-8

5

L 1 Gen 23, 1-4. 19 – 24, 1-8. 62-67; Sal 105 (106), 1-2. 3-4a. 4b-5 Ev Mt 9, 9-13

6

L 1 Gen 27, 1-5. 15-29; Sal 134 (135), 1-2. 3-4. 5-6 Ev Mt 9, 14-17

7

L 1 Is 66, 10-14c; Sal 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a. 16 e 20 L 2 Gal 6, 14-18 Ev Lc 10, 1-12. 17-20 ou Lc 10, 1-9

8

L 1 Gen 28, 10-22a; Sal 90 (91), 1-2. 3-4. 14-15ab Ev Mt 9, 18-26

9

L 1 Gen 32, 22-32 (hebr. 23-33); Sal 16 (17), 1. 2-3. 6-7. 8b-9a e 15 Ev Mt 9, 32-38

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Bb. Inácio de Azevedo, presbítero, e Companheiros, mártires – MO L 1 Ex 3, 1-6. 9-12; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 6-7 Ev Mt 11, 25-27

18

B. Bartolomeu dos Mártires, bispo – MO L 1 Ex 3, 13-20; Sal 104 (105), 1 e 5. 8-9. 24-25. 26-27 Ev Mt 11, 28-30

19

L 1 Ex 11, 10 – 12, 14; Sal 115 (116), 12-13. 15-16bc. 17-18 Ev Mt 12, 1-8

20

L 1 Ex 12, 37-42; Sal 135 (136), 1 e 23-24. 10-12. 13-15 Ev Mt 12, 14-21

21

L 1 Gen 18, 1-10a; Sal 14 (15), 2-3a. 3cd-4ab. 4c-5 L 2 Col 1, 24-28 Ev Lc 10, 38-42

22

S. Maria Madalena – FESTA L 1 Cant 3, 1-4a ou 2 Cor 5, 1417; Sal 62 (63), 2.3-4.5-6.8-9 Ev Jo 20, 1. 11-18

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S. Brígida, religiosa, Padroeira da Europa – FESTA L 1 Gal 2, 19-20; Sal 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9. 10-11 Ev Jo 15, 1-8

24

L 1 Ex 16, 1-5. 9-15; Sal 77 (78), 18-19. 23-24. 25-26. 27-28 Ev Mt 13, 1-9

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10 L 1 Gen 41, 55-57 – 42,

S. Tiago, Apóstolo – FESTA L 1 2 Cor 4, 7-15; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6 Ev Mt 20, 20-28

11

S. Joaquim e S. Ana, pais da Virgem Santa Maria – MO L 1 Ex 20, 1-17; Sal 18 B (19), 8-9. 10. 11 Ev Mt 13, 18-23 ou L 1 Sir 44, 1. 10-15 (apropriada); Sal 131 (132), 11. 13-14. 17.18 Ev Mt 13, 16-17 (apropriado)

5-7a. 17-24a; Sal 32 (33), 2-3. 10-11. 18-19 Ev Mt 10, 1-7 S. Bento, Abade, Padroeiro da Europa – FESTA L 1 Prov 2, 1-9; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9. 10-11 Ev Mt 19, 27-29

12

L 1 Gen 46, 1-7. 28-30; Sal 36 (37), 3-4. 18-19. 27-28. 39-40 Ev Mt 10, 16-23

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16

Nossa Senhora do Carmo – MO L 1 Ex 2, 1-15a; Sal 68 (69), 3. 14. 30-31. 33-34 Ev Mt 11, 20-24

Canção Nova

L 1 Lev 23, 1. 14-11. 15-16. 27. 34b-37; Sal 80 (81), 2-4. 5-6ab.10-11ab Ev Mt 13, 54-58

3

L 1 Lev 25, 1. 8-17; Sal 66 (67), 2-3. 5. 7-8 Ev Mt 14, 1-12

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S. Marta – MO L 1 Ex 32, 15-24. 30-34; Sal 105 (106), 19-20. 21-22. 23 ou 1 Jo 4, 7-16 (apropriada) Ev Jo 11, 19-27 (própria)

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L 1 Ex 33, 7-11 – 34, 5b-9. 28; Sal 102 (103), 6-7. 8-9. 10-11. Ev Mt 13, 36-43

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S. Inácio de Loiola, presbítero – MO L 1 Ex 34, 29-35; Sal 98 (99), 5. 6. 7. 8 Ev Mt 13, 44-46

16

L 1 Jos 24, 1-13; Sal 135 (136), 1-3. 16-18. 21-22 e 24 Ev Mt 19, 3-12

17

S. Beatriz da Silva, virgem – MO L 1 Jos 24, 14-29; Sal 15 (16), 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11 Ev Mt 19, 13-15

18

L 1 Jer 38, 4-6. 8-10; Sal 39 (40), 2-3. 4. 18 L 2 Hebr 12, 1-4 Ev Lc 12, 49-53

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L 1 Num 11, 4b-15; Sal 80 (81), 12-13. 14-15. 16-17 Ev Mt 14, 13-21 Transfiguração do Senhor – FESTA L 1 Dan 7, 9-10. 13-14 ou 2 Pedro 1, 16-19; Sal 96 (97), 1-2. 5-6. 9 e 12 Ev Mt 17, 1-9

7

L 1 Num 13, 1-2. 25 – 14,1.26-29.34-35; Sal 105 (106),6-7a.13-14.21-22.23 Ev Mt 15, 21-28

8

S. Domingos, presbítero – MO L 1 Num 20, 1-13; Sal 94 (95), 1-2. 6-7. 8-9 Ev Mt 16, 13-23 9 L 1 Act 8, 2640; Sal 65 (66), 8-9. 16-17. 20 Ev Jo 6, 44-51

3

S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir, Padroeira da Europa – FESTA L 1 Os 2, 16b. 21-22 Sal 44, 11-12. 14-15. 16-17 Ev Mt 25,1-13

10

S. Lourenço, diácono e mártir – FESTA L 1 2 Cor 9, 6-10; Sal 111, 1-2. 5-6. 7-8. 9 Ev Jo 12, 24-26

11 12

L 1 Gen 18, 20-32; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 6-7ab. 7c-8 L 2 Col 2, 12-14 Ev Lc 11, 1-13

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2

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14

S. Boaventura, bispo e doutor da Igreja – MO L 1 Ex 1, 8-14. 22; Sal 123 (124), 1-3. 4-6. 7-8 Ev Mt 10, 34 – 11, 1

S. Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da Igreja – MO L 1 Ex 40, 16-21. 34-38; Sal 83 (84), 3. 4. 5-6a e 8b. 11 Ev Mt 13, 47-53

L 1 Sab 18, 6-9; Sal 32 (33), 1 e 12. 18-19. 20 e 22 L 2 Hebr 11, 1-2. 8-19 ou Hebr 11, 1-2. 8-12 Ev Lc 12, 32-48 ou Lc 12, 35-40

13

L 1 Deut 30, 10-14; Sal 68 (69), 14 e 17. 30-31. 33-34. 36ab-37 ou Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 11 L 2 Col 1, 15-20 Ev Lc 10, 25-37

1

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L 1 Ex 24, 3-8; Sal 49 (50), 1-2. 5-6. 14-15 Ev Mt 13, 24-30

L 1 Gen 49, 29-33 – 50, 1526a; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7 Ev Mt 10, 24-33

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A G O S TO

L 1 Deut 10, 12-22; Sal 147, 12-13. 14-15. 19-20 Ev Mt 17, 22-27

13

L 1 Deut 31, 1-8; Sal Deut 32, 3-4a. 7. 8. 9 e 12 Ev Mt 18, 1-5. 10. 12-14

14

S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero e mártir – MO L 1 Deut 34, 1-12; Sal 65 (66), 1-3a. 5 e 9. 16-17 Ev Mt 18, 15-20

15

ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA – SOLENIDADE L 1 Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab; Sal 44 (45), 10. 11. 12. 16 L 2 1 Cor 15, 20-27 Ev Lc 1, 39-56

L 1 Jz 2, 11-19; Sal 105 (106), 34-35. 36-37. 39-40 Ev Mt 19, 16-22 S. Bernardo, abade e doutor da Igreja – MO L 1 Jz 6, 11-24a; Sal 84 (85), 9. 11-12. 13-14 Ev Mt 19, 23-30

21

S. Pio X, papa – MO L 1 Jz 9, 6-15; Sal 20 (21), 2-3. 4-5. 6-7 Ev Mt 20, 1-16a

22

Virgem Santa Maria, Rainha – MO L 1 Jz 11, 29-39a; Sal 39 (40), 5. 7-8a. 8b-9. 10-11ab Ev Mt 22, 1-14

23

L 1 Rut 1, 1-2a. 3-6. 14b-16. 22; Sal 145 (146), 5-6ab. 7. 8. 9. 10 Ev Mt 22, 34-40

24

S. Bartolomeu, Apóstolo – FESTA L 1 Ap 21, 9b-14; Sal 144 (145), 10-11. 12-13. 17-18 Ev Jo 1, 45-51

25

L 1 Is 66, 18-21; Sal 116 (117), 1. 2 L 2 Hebr 12, 5-7. 11-13 Ev Lc 13, 22-30

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L 1 1 Tes 1, 1-5. 8b-10; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b Ev Mt 23, 13-22

27

S. Mónica – MO . L 1 1 Tes 2, 1-8; Sal 138 (139), 1-3. 4-6 Ev Mt 23, 23-26

28

S. Agostinho, bispo e doutor da Igreja – MO L 1 1 Tes 2, 9-13; Sal 138 (139), 7-8. 9-10. 11-12 Ev Mt 23, 27-32

29

Martírio de S. João Baptista – MO L 1 1 Tes 3, 7-13; Sal 89 (90), 3-4. 12-13. 14 e 17 ou Jer 1, 17-19 (apropriada) Ev Mc 6, 17-29 (próprio)

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L 1 1 Tes 4, 1-8; Sal 96 (97), 1 e 2ab. 5-6. 10. 11-12 Ev Mt 25, 1-13

31

L 1 1 Tes 4, 9-11; Sal 97 (98), 1. 7-8. 9 Ev Mt 25, 14-30


Canção Canção Nova Nova

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Canção Nova


“A NOSSA MISSÃO É EVANGELIZAR, FORMAR HOMENS NOVOS PARA UM

MUNDO NOVO!”

MONS.JONAS ABIB

AGENDA JUL/AGO

EVENTOS

14

JULHO

25, 26, 27e 28 JULHO

28

JULHO

03 AGO

04 AGO

249 530 600 opção 05 eventos.cancaonova.pt eventos@cancaonova.pt Tarde de oração em Corroios Tema: Espírito Santo, alma das missões Local: Paróquia de Nossa Senhora das Graças Rua Nossa Senhora da Graças – Corroios Horário: 14h30 às 19h00 Seminário de Vida no Espírito Santo Tema: Cura interior Local: Comunidade Canção Nova – Casa de Maria Rua São José, 26 – Fátima Horário: 14h30 às 19h00 Acampamento de férias Tema: Eternamente jovem, rumo ao céu! Local: Ribamar Inscrição: eventos.cancaonova.pt Telefone: 249 530 600 – opção 5 Tarde de oração no Cacém Tema: Tudo é graça no coração do homem Local: Centro Pastoral Claret Avenida dos Missionários, 50 – Agualva/Cacém Horário: 14h30 às 20h00 Formação sobre o método de ovulação Billings Local: Comunidade Canção Nova – Casa de Maria Rua São José, 26 – Fátima Horário: 14h00 às 18h00 Informação e inscrição: www.billingsportugal.com Telefone: 249 530 600 – opção 5 Tarde de oração na Charneca da Caparica Tema: Tudo é graça no coração do homem Local: Capela de São José Rua de São José, 86 Horário: 14h30 às 18h00 Canção Nova

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SEMANA MISSIONร RIA Presenรงa: Pe. Adriano Zandonรก


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