Revista Canção Nova

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UM CAMINHO FASCINANTE

OS JOVENS E A VOCAÇÃO

Ano XII - n.º 147 - SET/OUT – 2018 – Revista bimestral ISSN 1646 – 9461 Preço : 2,50€ ( Portugal ) 3,50 Europa – 4,50 resto do Mundo


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Como rezar o Terço Mariano O livro “Como rezar o Terço Mariano”, nos ajudará a recitar o Terço, um verdadeiro caminho espiritual com Maria, nossa Mãe e Mestra e nos levará a contemplar os mistérios da vida de Jesus.

Providência Divina Considerai como crescem os lírios Providência Divida – Considerai como crescem os Lírios, é um livro do Monsenhor Jonas Abib, que nos desperta para o plano de Deus para todos nós e para cada indivíduo em particular. É um confronto entre o sistema do mundo e a resposta de Deus às necessidades do homem. Uma aplicação prática do que é “buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e tudo o mais receber em acrescimo.”

Tudo é Graça – No coração da vida cristã Este livro responde de forma simples e concreta, a questões sobre a Graça de Deus, baseando-se em fontes da Bíblia, dos Padres da Igreja e do Magistério. A Graça é a presença de Deus em nós e só quando compreendermos essa gratuitidade seremos capazes de nos abrirmos a uma esperança infinita.

Rezemos a Santa Teresinha, a Santa das rosas e a Padroeira das missões. Santa Terezinha do Menino Jesus tornou-se santa e descobriu “um caminho completamente novo” para se chegar a Deus: “o elevador que me há-de levar até ao Céu, são os vossos braços, Jesus!”


editorial

SUMÁRIO Q PALAVRA DO FUNDADOR | 04 -05

PRECISAMOS SER APÓSTOLOS EVANGELIZADORES

GOTAS DO CARISMA | 06-07 COM A IGREJA, TESTEMUNHAS DA SANTIDADE! MINHA EXPERIÊNCIA COM A ORAÇÃO DO ROSÁRIO OUTUBRO MÊS DO ROSÁRIO

TESTEMUNHO DE BENFEITOR | 10 PALAVRA PARA O BENFEITOR | 11 PROCURAM-SE ANJOS DA CONFIANÇA

SALESIANOS | 12-13 JOVENS E IGREJA: PENSAR, REZAR, AGIR EM SINTONIA COM A IGREJA | 14-15 MÊS DO ROSÁRIO

IGREJA EM PORTUGAL | 16-17 REFUGIADOS, MIGRANTES E FRATERNIDADE UNIVERSAL

AJUDA A IGREJA QUE SOFRE | 18-19 FUNDAÇÃO AIS RECUPERA ALDEIAS CRISTÃS NA PLANÍCIE DE NÍNIVE LÁGRIMAS DE FELICIDADE

TEMA PRINCIPAL | 20-23 UM CAMINHO FASCINANTE OS JOVENS E A VOCAÇÃO

CONVIDADO ESPORÁDICO | 24-25 UMA CONTEMPLATIVA TÃO MISSIONÁRIA

PSICOLOGIA | 26-27 O DISCERNIMENTO VOCACIONAL

ARTIGO DE OPINIÃO | 28-29 A ALEGRIA QUE VEM DA FÉ

uerida família Canção Nova, o tempo (krónos) vai passando e o tempo da graça (kairós) vai habitando em nós e, por isso, temos sempre tanto para louvar a Deus, para Lhe agradecer, para cantar “Hossana ao Filho de David”. Em Outubro, somos convidados a percorrer com mais afinco e dedicação os mistérios da nossa salvação: as contas do rosário são momentos de encontro com o próprio Deus, mediados pela maior intercessora que nós podemos ter: Ela que se dignou visitar-nos e encorajar-nos a caminhar em direção à Luz que nos salva, que nos redime a cada dia. Partilhamos histórias de abandono à vontade de Deus, de alegria e de sucesso porque ancoradas n’Aquele que é sempre fiel: regressamos a Nínive com os nossos irmãos que perderam tudo menos a fé e a esperança, olhamos para a nossa vida, para a nossa fragilidade, pela serenidade e fé da Isabel. Viajamos até Moçambique e conhecemos irmãos nossos, que nos ensinam a viver a alegria de ser filhos amados do Pai. Meditamos sobre a Bíblia, o Rosário, como meios para não nos afastarmos do caminho que o Senhor traçou para nós. Pensamos sobre as vocações e os jovens, como construtores do mundo novo, como pilares das novas sociedades. A vocação é a resposta ao chamamento de Jesus, é a aceitação do convite: “onde estiveres, faz um mundo novo, onde Eu te colocar germina e floresce.” Nesta certeza, confiamo-nos a Deus e continuamos a nossa caminhada, suportados pelas vossas orações e pelos vossos testemunhos! Boas leituras e que Deus abençoe a vocação de cada um! Equipa Revista Cançao Nova PT

ESPIRITUALIDADE | 30-31

SETEMBRO/OUTUBRO

O ROSÁRIO E A VIDA QUOTIDIANA

PROGRAMAÇÃO DA RÁDIO CANÇÃO NOVA

TESTEMUNHO MISSIONÁRIO | 34-35 EXPERIÊNCIA MISSIONÁRIA DA CANÇÃO NOVA EM MOÇAMBIQUE

LITURGIA | 36 VENHA PEREGRINAR CONOSCO | 37 CONHEÇA A CASA DE MARIA | 38 EVENTOS | 39

Ficha Técnica

PROGRAMAÇÃO | 32-33

Proprietário/Editor: Comunidade Canção Nova NPC: 505 556 391 / Estrada da Batalha, 68 AP 199 2496-908 FÁTIMA Presidente: Monsenhor Jonas Abib Diretor: Paulo Azadinho Administrador: Micheline da Silva Coordenação e Redação: Eliziane da Rosa e Simone Pinto Revisão Ortográfica: Paula Ferraz Projecto Gráfico: Débora Líra, Multiponto, SA Colaboradores nesta edição: Mons. Jonas Abib, Padre Antonio Justino, Padre Dário Pedroso, Sandra Pinto, Isabel Vaio, Maria Angelica Mello Anjos, Padre José Luís Borga, Padre Joaquim Teixeira, Marta Faustino, Micheline da Silva, Paulo Aido, Paulo Azadinho, Padre Rui Alberto, Padre Ademir Costa da Silva, Pedro Vaz Patto Impressão: Multiponto, SA Rua da Fábrica, 260 - 4585-013 Baltar Capa: Copyright: Canção Nova Portugal - direitos Tiragem: 11.000 exemplares | Assinatura mensal: 2,50 €

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Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

PALAVRA DO FUNDADOR

Precisamos ser apóstolos evangelizadores

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Palavra de Deus diz-nos “Quem se gloria, glorie-se no Senhor. Pois é aprovado só aquele que o Senhor recomenda e não aquele que se recomenda a si mesmo” (2 Coríntios 10,17-18). Meus irmãos, isto é muito importante para cada de um de nós: sabermos que tudo o que somos e fazemos vem do Senhor. As nossas qualidades, dotes e tudo o que fazemos para realizar a nossa missão foi dado pelo Senhor. Claro, precisamos colocar parte do nosso esforço, mas 4

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tudo veio do Senhor, tudo começou desde sempre, da eternidade. Deus amou-nos pessoalmente, escolheu-o si pessoalmente e deu-lhe uma missão que é só sua. No momento em que aconteceu a nossa fecundação houve uma explosão de alegria no céu, a Trindade Santa fez uma grande festa, pois aquele filho que sou eu, que é você, veio ao mundo. Nós somos de Deus, inteiramente de Deus, o Senhor criou-nos para o Céu, nós somos cidadãos do Céu, filhos do Céu, e lá estão a sua e a

minha meta. É preciso que nós cheguemos ao Céu, e para isso o Senhor dá-nos todos os meios. Deus deu-nos uma missão, foi Ele quem abriu as oportunidades, nós precisamos dar o nosso 100%, mas veja, tudo veio de Deus, então “quem se gloria gloria-se no Senhor”. São Paulo diz: “Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura” (2 Coríntios 11,2). Santa ousadia de São Paulo ao


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dizer isto, mas essa ousadia é boa para nós, para sabermos o quanto Deus nos ama, pessoalmente. Eu não estou a falar consigo pelo cargo que ocupa, mas da maneira que Deus quer falar consigo, como filho, como filha muito amado(a). Você é precioso para Ele. Ele não quer perdê-lo(a). Tudo aquilo que faz, precisa conduzi-lo(a) à meta do Céu, porque cada um é filho do Céu. O Senhor espera de nós, que façamos aquilo que fez aquele homem que encontrou o tesouro, vendeu tudo o que tinha para comprar a pérola. Eu e você precisamos fazer isso, e para nós, a compra da pérola é entregarmo-nos totalmente ao Senhor. Hoje é dia de retomar essa entrega, o Senhor convida-o(a) a renovar essa entrega total. Não é deixar de lado a posição em que Deus o colocou, pelo contrário, é nessa missão que precisa ser inteiramente do Senhor, e você sabe que não é fácil nas funções que desempenha, ser inteiramente de Deus, não é fácil, tudo conspira contra nós. O mundo quer levar-nos

a uma correnteza suja, e cada um de nós experimenta isso na carne porque quer ser de Deus. Somos cidadãos do Céu e parece que somos extraterrestres, algo estranho no meio do mundo. Pelo contrário, nós é que esta-

mos certos, o mundo é que está tentando arrastar-nos para o caminho contrário, precisamos uns dos outros para, nesta arrancada, sermos todos de Deus. Estamos rodeados por pessoas que são de Deus, mas não sabem que são, precisamos ser apóstolos evangelizadores, na nossa casa, na nossa família, no nosso trabalho. Quanta

gente próxima a nós que precisa ser conquistada para Deus, entregar-se a Deus! E o Senhor conta connosco, e mais ainda, na posição que você ocupa, naquilo que faz no seu dia-a-dia, precisa ser apóstolo com a vida, e também com a sua palavra. Chega um momento em que precisamos testemunhar porque vivemos assim, e precisamos estar cheios do Espírito Santo. Pelo cargo que desempenha, pode evangelizar muita gente, pode ser esse sal, essa luz. Peça do fundo do coração que o Senhor lhe dê o Espírito Santo para que seja alguém repleto do Espírito para poder ser aquilo que Deus o constitui e possa realizar a missão que Ele lhe confiou.

MONSENHOR JONAS ABIB Fundador /Comunidade Canção Nova padrejonas.cancaonova.com twitter.com/padrejonasabib

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G OTAS DO CARISMA

Com a Igreja, testemunhas da santidade!

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Igreja prepara-se para viver no mês de Outubro um tempo forte de reflexão sobre a evangelização: a XV Assembleia Gral Ordinária do Sínodo dos Bispos debruçar-se-á sobre a juventude sob o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Quis a Providência que, também nestes meses, sejamos convidados a viver espiritualmente dando ênfase à leitura orante da Bíblia, à oração do Rosário e à missionariedade: pilares que marcam a nossa identidade de cristãos. Para nos ajudar, celebraremos Santos importantes que nos ajudam a trilhar caminhos de conversão no Amor de Deus, destaco, São Pio de Pietrelcina, São Francisco de Assis, Santa Teresinha, Santa Teresa de Calcutá e São João Paulo II. Na Comunidade Canção Nova, temos um único objetivo, a santidade: gastamos a nossa vida por esta verdade, lutamos e investimos todo o nosso tempo a promover o encontro pessoal com Cristo,

na força transformadora que é o Espírito Santo! A Canção Nova nasceu a partir de um grupo de jovens que, respondendo ao apelo de santidade, doaram a sua vida na evangelização. Ao longo destes quarenta anos, o Senhor tem confirmado esta vocação e muitos são os jovens que se confiam a esta Obra, a este Carisma! Vale a pena investir a juventude na Evangelização; sair em missão comunicando Jesus aos confins da terra! Na simplicidade queremos motivar cada um para, juntos, crescermos no Amor a Deus e aos irmãos, numa dedicação integral, traduzindo o Evangelho com a vida, espelhados na Igreja e nos belos testemunhos de santidade que somos convidados a meditar nestes meses. Ser Canção Nova é bom demais! Bem-haja por percorrer connosco este caminho! PAULO AZADINHO Coordenador local Canção Nova - Portugal

Minha experiência com a oração do Rosário

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esde criança que me lembro de ver a minha avó materna sempre com o terço na mão, rezava vários por dia e ela incentivava-me também a rezar com ela! O horário das 18h da tarde era sagrado para ela. Parava tudo, ligava o rádio e rezava o rosário com muita devoção diretamente do Santuário de Fátima! Nunca me esqueço desta imagem! Também me lembro que, em casa, os meus pais sempre que podiam rezar o terço o faziam em família! Sempre houve uma grande devoção à Senhora do Rosário! Foi quando comecei a fazer o caminho vocacional para a Canção Nova que fiz a minha experiência com Nossa Senhora e constatei que Ela sempre esteve muito presente na minha vida e que sempre me apontou o caminho para Jesus!

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A experiência que fiz com Nossa Senhora foi tão forte, que me fez ver que tenho uma Mãe no céu que intercede por mim, que cuida de mim e que me pega ao colo nos momentos mais difíceis! Essa experiência levou-me a ter gosto em rezar o rosário! Tive momentos na minha vida em que a recitação do rosário, me acalmou, trouxe respostas àquilo que precisava, trouxe-me paz e serenidade e levou-me a vencer batalhas interiores (comigo mesma) e exteriores! A partir de então o Rosário tem tido um lugar muito importante na minha vida espiritual! Há pessoas que podem pensar que é só a repetição de orações, mas isso é ficar na superficialidade, desta tão grandiosa oração! A recitação do Santo Terço leva-nos a contemplar os mistérios da vida de Jesus e leva-nos também pelas mãos de Maria


a termos momentos de intimidade com o Seu Filho Jesus! São João Paulo II diz-nos o seguinte:

lio para a nossa vida matrimonial e familiar! São João Paulo II afirma: O Rosário foi desde sempre também oração da família e pela família. Outrora, esta devoção era particularmente amada pelas famílias cristãs e favorecia certamente a sua união. A família que reza unida permanece unida!

Quando recita o Rosário, a comunidade cristã sintoniza-se com a lembrança e com o olhar de Maria. A contemplação de Maria é, antes de mais, um recordar os acontecimentos salvíficos, que culminam no próprio Cristo, ICONE da contemplação cristã. Maria vive com os olhos fixos em Cristo e nos Seus acontecimentos, que constituíram, de certo modo, o “Rosário” que Ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena.

O convite que lhe faço: abra o seu coração a esta experiência e procure rezar o Rosário todos os dias! Se puder ser em família melhor ainda! Não deixe de rezar!

Hoje, no meu matrimónio, o quanto nos ajuda rezarmos o rosário juntos, o quanto é um auxí-

SANDRA SILVA Formadora local Canção Nova - Portugal

Outubro mês do Rosário

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o mês de Outubro, em especial, somos convidados a aprofundar a oração do Santo Rosário e assim reflectir no mistério da redenção de Cristo, na repetição das orações do Pai Nosso, das Avé-Marias e do Glória ao Pai. Nos ensinamentos de São João Paulo II, encontramos: “O Rosário, lentamente recitado e meditado em família, em comunidade, pessoalmente, vos fará penetrar pouco a pouco nos sentimentos de Jesus Cristo e de Sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave da nossa salvação” (Alocução de 6 de maio de 1980). Precisamos, no meio de todas as nossas atividades diárias, reforçar ou retomar a nossa devoção mariana, buscando a oração do Rosário de maneira pessoal, em família, em grupos de orações, nas comunidades e nas paróquias, na busca de aprofundar a intimidade com a Santa Mãe de Deus. Nos escritos da irmã Lúcia, ela mostra-os que em todas as aparições no ano de 1917, Nossa Senhora pediu para rezarmos o terço diariamente. A Virgem Maria prometeu-nos a paz e muitas outras graças mediante esta oração, feita com o coração. (Memórias da Ir. Lúcia, pp.174 -180).

Quando recitamos o Rosário com devoção, nós aprofundamos laços de amor e amizade com a Virgem Maria e com o Seu amado filho. São António Maria Claret, nos seus escritos, fala: “Felizes as pessoas que rezam bem o santo Rosário, porque Maria lhes obterá graças na vida, graças na hora da morte e glória no Céu. Nunca será considerado um bom cristão, quem não reza o Rosário”. Perseveremos na oração do Rosário, na certeza que somos filhos e que Maria cuida de todas as causas impossíveis que a Ela entregamos. Nossa Senhora do Rosário de Fátima rogai por nós! MICHELINE DA SILVA Ecónoma local Canção Nova - Portugal

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“OBRIGADA POR FAZER PARTE DA FAMÍLIA CANÇÃO NOVA!” MONS.JONAS ABIB

FUNDADOR DA COMUNIDADE CANÇÃO NOVA

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TESTEMUNHO DE BENFEITOR O meu nome é Isabel e sinto que pertenço à Família Canção Nova. Embora a Comunidade Canção Nova esteja a celebrar 20 anos de vida em Portugal, eu apenas pertenço a esta família há uns 8 anos, mas é melhor contar um pouco da minha história… Pela mão de minha mãe, que sempre me levava à Igreja e pela mão de meu pai, que muito amava Nossa Senhora de Fátima e era seu Servita, fui crescendo nos valores cristãos, recebendo os Sacramentos e participando ativamente, enquanto estudante, na J.E.C., Juventude Estudantil Católica e, mais tarde, como catequista na cidade onde vivia. A minha vida foi seguindo o seu rumo e, naturalmente, também aderi à instalação em minha casa, de novas tecnologias, como internet e uma quantidade enorme de canais de televisão. Talvez pelo ano de 2010, comecei a aperceber-me que havia alguns, com programação dita religiosa, com sotaque brasileiro, mas que pouco me diziam porque não comungavam da religião católica. Mas, eis que reparei que havia um, com um símbolo em forma de pomba, em que um tal padre Fábio de Melo, fazia palestras interessantíssimas sobre direção espiritual. Como eu gostava de o ouvir! Então, comecei a perceber que esse canal era verdadeiramente católico e, fui assistindo a programas que me despertavam interesse. Percebi que a TV, além do Brasil, também tinha estúdios em Fátima e até faziam um grande evento, chamado Hossana Portugal. Mas eu questionava-me: Como se pode pertencer a essa Comunidade? É só para algumas pessoas?

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E no Brasil? Que história maravilhosa a do nascimento da Comunidade! E Cachoeira Paulista? Quem me dera ir lá um dia!... O tempo foi passando e, quando eu menos esperava, em meados de 2012, recebo a notícia que ninguém quer receber! Foi-me diagnosticado um Cancro. Acreditem que recebi a notícia com a maior tranquilidade! Instantaneamente percebi que não acontece só aos outros, mas também agradeci logo a Deus a vida saudável que me deu até àquela data e apenas pedi que me ajudasse a suportar o sofrimento próprio da doença. Mas que fosse feita a Sua Vontade, sempre. Recordo, com gratidão, o Hossana de 2012, com o padre Wagner Baía. Doente, na cama, assisti pela Internet e, como gosto de fazer, fui escrevendo notas sobre a palestra, que ainda hoje guardo. O que aprendi naquele fim de semana. O Hossana, marcou-me profundamente e aumentou e continua a alimentar a minha Fé. Na verdade, foi com muita alegria que percebi que, o meu sofrimento na minha doença era a forma de ajudar Jesus a suportar a Sua Divina Paixão. Aquele Jesus, humano, que até tinha a idade dos meus filhos! Quanto sofrimento o Seu e o de Sua Mãe! A minha Fé fortaleceu-se, a minha postura perante a doença e a entrega da minha vida a Deus e à Sua Vontade, ajudou-me muito a nunca fraquejar. Assim que a convalescença me permitiu, comecei a ir a Fátima com mais frequência, a procurar a Livraria da Canção Nova, onde era sempre recebida carinhosamente pela tia Adelaide e pelo João Luíz e também a participar de variados Eventos. No entretanto, em Janeiro de 2014, em vésperas de uma segunda cirurgia, sentindo que a vida me poderia ser levada, desejei muito ir à Terra Santa. Voltei a Fátima, entrei na Livraria e perguntei ao João Luiz se estaria programada alguma peregrinação para lá, ao que ele respondeu: “Sim, vamos em 2015, mas primeiro vamos ao Brasil, em Dezembro de 2014, para assistir à dedicação do

Santuário do Pai das Misericórdias! Então, se Deus quiser, eu vou às duas, respondi logo!” E cumpriram-se os sonhos! Com saúde, fui a Cachoeira Paulista, onde vivi momentos inesquecíveis, à Terra Santa e a outros lugares abençoados, como Lourdes, Roma e Polónia. A Canção Nova tornou-se parte da minha vida. É um valor incomensurável, poder receber, em minha casa, o alimento diário de evangelização que me torna mais consciente do Amor de Deus e da Sua Misericórdia. Através da TV, faz-me companhia a muitas horas do dia…estou com padre Léo ou com Márcio Mendes, com o professor Felipe Aquino ou com o padre Fábio de Melo. Assisto ao terço diário e amo os acampamentos do Brasil! Um dia hei-de voltar lá, se Deus quiser! Viver com a Canção Nova e sentir-me muito feliz com tudo o que aprendo dá-me o impulso e a necessidade de falar dela a toda a gente! Mas, para que esta Obra se difunda e nos continue a abençoar, há que alimentá-la. Como? Com oração e com as nossas ofertas. Pessoalmente, há vários anos que decidi autorizar a transferência bancária, por débito direto. Só deu trabalho uma vez, quando preenchi na Livraria o formulário necessário. A partir daí, a minha contribuição chega mensalmente à Comunidade e assim, não corro o risco de me esquecer de contribuir… A Canção Nova é uma Obra de Deus, uma bênção nas nossas vidas, um meio de Evangelização muito necessário, que chega a várias partes do Mundo! Se nós somos tão felizes por pertencer a esta grande Família, a nossa contribuição, é fundamental para podermos ajudar outros irmãos a conhecer também a Palavra de Deus, através da CANÇÃO NOVA! Contribuir monetariamente é a nossa. forma de também Evangelizar! ISABEL VAIO


PALAVRA PARA O BENFEITOR

Procuram-se Anjos da Confiança

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onsenhor Jonas Abib explica-nos que “a Canção Nova é como uma Companhia de Pesca, cada um com o seu chamamento, vai ajudando a levar a Missão em frente, os missionários do Núcleo e Segundo Elo, os benfeitores, os Amigos da Canção Nova, e os Arrecad adores,” que ele, carinhosamente, define como sendo um “anjo da confiança. Conta-nos Luzia Santiago, a nossa cofundadora, que “A missão do arrecadador surgiu no “ano de 1980, quando no Brasil, nós adquirimos a Rádio, no dia 1 de abril. Nós tínhamos que preparar tudo para que ela se tornasse “A Rádio do Senhor”, nome que foi uma grande inspiração para nós e onde a Providência Divina se manifestou: para nós pagarmos esta rádio, íamos de casa em casa, ao encontro das pessoas, nos grupos de oração, e até mesmo naqueles lugares em que não nos aceitavam nós íamos e conversávamos com os padres e eles diziam: «Vocês podem ir aos grupos

somente para rezar com as pessoas», mas o interessante é que íamos na obediência somente rezar e voltávamos sempre com doações, e com novos benfeitores.” Em Portugal, hoje, vivemos a grande realidade que muitos dos nossos benfeitores já não conseguem sair de casa, ir até ao banco ou aos correios, daí verifica-se a grande necessidade desta ajuda que os arrecadadores nos dão. Ser arrecadador da Canção Nova é assumir connosco a dupla missão de evangelizador, pois o benfeitor da Canção Nova já recebe mérito de evangelizador, então o arrecadador é aquele que além de evangelizador, se doa na missão, através do seu tempo, da sua paciência, da escuta

e vai ao encontro dos nossos benfeitores, sendo uma extensão, sendo os braços da Canção Nova, onde nós missionários não podemos ir para recolher as ajudas e, principalmente, para ser essa presença de Jesus para aqueles que precisam. A inspiração que Deus me dá é que não vamos apenas arrecadar dinheiro junto das pessoas, mas vamos levar o consolo, a presença de Deus para as pessoas. Muito mais do que angariar dinheiro é levar a vida em Jesus para as pessoas.

MARIA ANGÉLICA Responsável dos Arrecadadores

Seja um arrecadador! Entre em contacto connosco:

arrecadador@cancaonova.pt ou +0351249530600 opção 2 (Clube da Evangelização)

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SALESIANOS

Jovens e Igreja:

pensar, rezar, a Por estes dias de Outubro está em Roma a decorrer o sínodo dos bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. É um tema que a todos ocupa e preocupa. Tomo a liberdade de deixar aqui 8 apostas de qualidade para quem quer evangelizar o continente juvenil.

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r, agir Maturidade. O caminho da fé 5. Cuidar do nosso perfil. 1. é lento. Mas fazemos bem em ajudar os Quem vive e anuncia o Evangelho, quem jovens a construir, em parceria com o Espírito, uma fé madura, que os ajude a serem adultos com uma fé forte e feliz.

Mudança. O que antes era um 2. sucesso, hoje não funciona. É fácil e tentador desistir ou insistir no de ontem. Quem quer evangelizar as novas gerações não tem de ter medo da mudança. Não esquecer que o Espírito é mestre de criatividade.

Escutar. Como Igreja, somos 3. apenas servidores. De Deus e dos jovens. Se lhes queremos propor o Evangelho, temos de escutar o Senhor com atenção. Mas também de escutar os anseios, as dificuldades, os sonhos dos jovens de hoje. De todos. Mesmo daqueles que estão mais longe de nós.

Inculturação. Desde há déca4. das que se vem falando da necessidade de inculturar o Evangelho, de “traduzir” o Evangelho de sempre (o único que salva) dentro das diferentes culturas. E isso vai sendo feito junto das culturas ditas “indígenas”. Mas custa-nos aceitar que os jovens de hoje vivem numa cultura, num mundo, sempre em mudança. E que cada geração pede uma inculturação adequada.

se aproxima dos jovens para com eles fazer caminho, tem de ter um perfil adequado: clara identidade humana, sólida pertença eclesial, visível qualidade espiritual, vigorosa paixão pela educação, profunda capacidade de discernimento.

Boas práticas. Não temos de 6. inventar a pólvora. Felizmente, aqui e ali, há boas experiências de diálogo entre a Igreja e os jovens. São experiências de encontro fecundo entre a sensibilidade dos jovens e as propostas da Igreja. Penso em algumas formas de propor a Bíblia, de `fazer uma liturgia alegre e profunda, de “usar” a arte como abertura ao mistério de Deus, de fazer uma catequese ligada à vida, de usar todos os recursos dos media para dizer a beleza de Deus.

Aliança. Toda a Família Salesiana 7. está bem convencida que o Evangelho se diz e se comunica através de mediações educativas. Usando uma linguagem que os jovens entendam. Caminhando com eles passo a passo. Evangelizar educando e educar evangelizando.

Todos. Precisamos de uma pas8. toral juvenil para todos os jovens. Não a mesma pastoral juvenil porque os jovens são muito diferentes uns dos outros. Mas ninguém deveria ficar de fora. PADRE RUI ALBERTO Coordenador das Edições Salesianas

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EM SINTONIA COM A IGREJA

Mês do Rosário M

eses de Maio e de Outubro, meses de Maria.. Em 1997, o memorável Papa João Paulo II instituiu, oficialmente, o dia 2 de fevereiro como o Dia do Consagrado. Na natureza, tudo é encanto, poesia, flores e vida. A Primavera e Outono sorriem e nós sorrimos também. A alma cristã dedica estes belos meses do ano ao amor mais belo que flo-

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Canção Canção Nova Nova

resceu na terra: a Mãe de Jesus. Deus, sendo omnisciente e omnipotente, não soube nem «pôde» fazer melhor obra do que a Mãe do Verbo Incarnado. Ela é

a obra-prima do Amor de Deus para com a humanidade; Ela é o Amor mais subido para com os homens. Deu-se inteiramente à glória de Deus e


à nossa salvação; deu-se e deu-nos o Seu Jesus. O «faça-se a Sua Vontade» ecoou em Nazaré, no dia da Anunciação, foi crescendo dia a dia, e consumou-se no Calvário. Maria estava de pé, como Alma Sócia do Sumo Sacerdote a oferecer a Deus a vítima de infinita valia – o Seu Filho. O «faça-se a Sua Vontade» ainda não tem o complemento total enquanto houver um só homem para se salvar. Maria, Mãe do Salvador, continua a oferecer-nos a Salvação. O mundo

não se salva porque não se aproxima suficientemente da Mãe do Salvador. Ela continua a oferecer-Nos, a entregar-nos o Seu Filho primogénito para nos tornar a cada um de nós seus filhos. A oração é o meio de nos abeirarmos de Maria. A oração do Rosário é a oração mais querida, mais simples e mais eficaz que lhe podemos dirigir. O rosário é sobretudo oração da comunidade. «Quando estiverem dois reunidos em nome de

Jesus, Ele estará no meio deles». Este mesmo convite se repete para a oração a Deus através da Mãe de Deus. Oração em comum, oração familiar. Deus está na família que reza. Família que reza é família unida. A cadeia do Rosário rezado com amor e fidelidade é cadeia inquebrável apesar dos esforços do inimigo. Oração em comum, oração em família! Oremos sobretudo nos meses de Maio e de Outubro, meses de Maria.

ORAÇÃO Alegremente confiados na protecção da Santíssima Virgem Maria, nós Vos pedimos, Senhor: livrai-nos dos males deste mundo e concedei-nos as alegrias do Céu. Amen.

PADRE ANTÔNIO JUSTINO Canção Nova - Portugal

Canção Canção Nova Nova

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IGREJA EM PORTUGAL

Refugiados, migrantes e fraternidade universal A

temática do dever de acolhimento e do respeito pelos direitos dos refugiados e migrantes é recorrente no magistério do Papa Francisco, em consonância com o magistério dos seus antecessores. Nesta linha, a Conferência Episcopal Portuguesa publicou uma nota sobre este tema no passado dia 12 de abril. Em contraste com esses propósitos, num número cada vez maior de países, parecem obter cada vez maior adesão correntes de polí opinião e movimentos polí-

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Canção Nova

ticos de clara hostilidade ao acolhimento de refugiados e migrantes. De modo especial, suscitou nestes dias grande indignação a recusa de acolhimento dos náufragos socorridos no Mediterrâneo pelo barco “Aquarius” Neste contexto, e com a consciência de que não temos a solução para todos os problemas relativos a este tema, queremos salientar o seguinte: O acolhimento de refugiados e migrantes decorre das exigências do amor cristão e da consciência da fraternidade universal.

Afirma o Papa Francisco que para um cristão «a única atitude condigna é colocar-se na pele do irmão que arrisca a vida para dar um futuro aos seus filhos» (Gaudete et Exsultate, 102). E afirmou há dias o cardeal arcebispo de Madrid, Carlos Osoro, que o barco “Aquarius” é «um apelo de Cristo à Europa». As migrações são, nas sociedades globalizadas de hoje, um fenómeno incontornável. Se forem reguladas com prudência, mas também com abertura e generosidade, podem contribuir para o desenvolvimento económico e social dos países de proveniência e dos países de destino dos migrantes. Demostra-o a história e, de modo especial, também a história do nosso país. A convivência de pessoas e povos de diferentes culturas pode ser uma ocasião de enriquecimento recíproco se houver uma consciência clara e madura dos valores que definem a identidade de cada um.


Partindo destas ideias, formulamos os votos seguintes: – que as correntes de hostilidade ao acolhimento de refugiados e migrantes não tenham expressão no nosso país; – que sejam inspiradas pelos princípios do acolhimento e fraternidade universal, e pelo respeito dos direitos humanos, as negociações, a versão final e a implementação dos dois Pactos Globais das Nações Unidas sobre Refugiados e para as Migrações Seguras, Ordenadas

e Regulares, na linha do que sugere o manifesto relativo a essa questão do FORCIM (Fórum das Organizações Católicas para a Imigração), a que damos a nossa adesão.

Fátima, 16 de junho de 2018 A Comissão Nacional Justiça e Paz, a Comissão Justiça Paz e Ecologia dos Institutos Religiosos e as Comissões Diocesanas Justiça e Paz de Aveiro, Bragança-Miranda, de Coimbra, de Leiria-Fátima, de Portalegre e Castelo Branco, de Santarém, de Vila Real e de Setúbal

Comissão Nacional de Justiça e Paz Canção Nova

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AJUDA A IGREJA QUE SOFRE

Fundação AIS recupera aldeias cristãs na Planície de Nínive

Lágrimas de felicidade Samer ficou quase sem palavras quando regressou a casa, na Planície de Nínive, no Iraque, de onde tinha sido expulso pelos jihadistas no Verão de 2014. Quando voltou a cruzar a porta da rua, com a mulher e as filhas, as lágrimas correram-lhe pela face. Estava a viver a concretização de um sonho.

D

urante muito tempo, Samer chegou a pensar que seria impossível voltar a casa, à sua casa, na Planície de Nínive, no Iraque, de onde foi expulso com a família e os amigos, no Verão de 2014, quando a sua aldeia foi invadida por centenas de combatentes jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico. Foi há quatro anos. No espaço de poucas horas, aquela região bíblica ficou vazia, transformando-se numa terra fantasma. A chegada dos jihadistas provocou uma das maiores fugas de pessoas de que há memória nos tempos modernos. Não havia ninguém para proteger os Cristãos. Nem exérci18

Canção Nova

tos, nem milícias. Ninguém. Abandonados à sua sorte, milhares de Cristãos fizeram-se à estrada, em pleno deserto, levando consigo apenas a roupa que traziam vestida. Quem ousasse ficar teria de renunciar ao cristianismo. Ou então, seria morto. Samer nunca mais vai esquecer esse dia 6 de Agosto de 2014 em que, no espaço de poucas horas, ficou sem nada. Sem trabalho nem dinheiro, sem casa, sem saber sequer como alimentar as suas filhas, então com 4 e 3 anos de idade. Samer ficou de mãos vazias. No espaço de poucas horas sentiu toda a vida a desmoronar-se. Samer, a sua mulher, e as filhas dor-

miram as primeiras noites ao relento, assustados, no meio de um turbilhão humano de pessoas completamente perdidas, no norte do país, na região de Erbil, no chamado Curdistão Iraquiano. Mais de 120 mil Cristãos amontoaram-se por ali naqueles dias, naquelas semanas e meses. A Igreja, com o apoio fundamental da Fundação AIS, começou então uma das mais extraordinárias campanhas de ajuda humanitária nos tempos recentes. As igrejas abriram as suas portas e transformaram-se em albergues. Ninguém ficou sem comer, ninguém ficou sem roupa para vestir. Ninguém foi esquecido.


Refazer a vida De um dia para o outro, graças à solidariedade de benfeitores da Ajuda à Igreja que Sofre espalhados por todo o mundo – e também em Portugal, onde esta campanha de solidariedade teve um forte impacto –, milhares de Cristãos começaram a ser acolhidos em casas particulares, pensões, ou aldeamentos improvisados. Erbil, no Curdistão Iraquiano, passou a ser, desde Agosto de 2014, a pátria dos Cristãos da Planície de Nínive. Desde então, as Igrejas encheram-se de cânticos e de orações. Todos os dias milhares de vozes passaram a erguer-se para o céu, em Erbil, pedindo paz, o fim do martírio, e o regresso a casa. Quando há semanas Samer Issa voltou a cruzar a porta de entrada da sua casa, em Qaraqosh, na Planície de Nínive, juntamente com a mulher, e as filhas, os seus olhos voltaram a encher-se de lágrimas. Mas, desta vez, de felicidade. No dia em que entraram de novo em casa, os sinos da igreja voltaram a tocar, como se a aldeia inteira estivesse ali a acolher os seus filhos de volta. O “muito obrigado” de Samer dirige-se a todos os benfeitores e amigos da Fundação AIS que nunca deixaram, com a sua generosidade, que estes milhares de Cristãos perdessem a esperança de refazerem as suas vidas apesar de todo o sofrimento por que passaram. E Samer voltou a sonhar…

Casa destruída em Nínive

Reconstrução de Igreja

Padre George Jahola em Qaraqosh

Albergue improvisado numa Igreja

Reparação da estrada

PAULO AIDO Jornalista da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre

Canção Nova

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TEMA PRINCIPAL

UM CAMINHO FASCINANTE

OS JOVENS E A VOC A

assembleia do Sínodo dos Bispos que decorrerá em Roma, em Outubro, tem como temática “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Podemos talvez considerá-la o acontecimento mais marcante da vida da Igreja Católica nos tempos mais próximos. A preparação até agora realizada tem dado uma especial ênfase à importância da escuta dos próprios jovens (católicos, e até não católicos) e do diálogo destes com os adultos. A propósito desse diálogo e, mais amplamente, do diálogo entre gerações, afirmou o Papa Francisco num congresso sobre a 20 20

Canção CançãoNova Nova

Europa que decorreu em Outubro do ano passado: «A partir dos anos sessenta do século passado existe um conflito geracional sem precedentes. Ao transmitir às novas gerações os ideais que fizeram grande a Europa, podemos dizer hiperbolicamente que à tradição se preferiu a traição. À rejeição daquilo que provinha dos pais, seguiu-se assim o tempo de uma esterilidade dramática. Não só porque na Europa se fazem poucos filhos – o nosso inverno demográfico – e demasiados deles foram privados do

direito de nascer, mas também porque nos descobrimos incapazes de legar aos jovens os instrumentos materiais e culturais para enfrentar o futuro. A Europa vive uma espécie de falta de memória. Voltar a ser comunidade solidária significa redescobrir o valor do próprio passado, para enriquecer o próprio presente e comunicar à posterioridade um porvir de esperança». Neste discurso, como tem feito noutras ocasiões, o Papa enfatiza o que as jovens gerações deveriam receber das que a precedem. Mas na preparação


OCAÇÃO uma verdadeira comunhão entre gerações. De qualquer modo, não podemos olhar para os objetivos dessa assembleia como se de um sim-

Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

da assembleia do Sínodo dos Bispos também se tem evidenciado o que as jovens gerações podem trazer de novo à Igreja e à sociedade. Está em jogo

ples retrato ou análise da condição atual da juventude, com as suas dificuldades e desafios, se tratasse. Trata-se, antes, de analisar uma temática específica: a da vocação, a do sentido a dar à vida que os jovens têm pela frente como um projeto que implica uma opção de entrega global e definitiva. E trata-se de apresentar a proposta que o próprio Jesus Cristo, através da Sua Igreja, dirige, hoje como outrora, a cada um dos jovens. É certamente oportuno falar dos jovens e do discernimento vocacional nos tempos de hoje. São tempos marcados pela incerteza e pela precariedade, que não convidam a escolhas definitivas (como são as da resposta a uma vocação) e que já foram caracterizados como os de uma sociedade “líquida” («hoje é assim, amanhã se verá»). A precariedade nota-se nos vínculos laborais dos jovens (em con-

Canção CançãoNova Nova

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TEMA PRINCIPAL traste com os de outras épocas), que, na verdade, também não favorecem escolhas definitivas no âmbito familiar. Mas o receio e a recusa dessas escolhas tem raízes mais profundas. A propósito do casamento como escolha definitiva, que parece atrair cada vez menos jovens, diz o Papa na exortação apostólica Amoris laetitia (n.ºs 131 e 132): «…o matrimónio supera qualquer moda passageira e persiste. A sus essência está radicada na própria natureza da pessoa humana e do seu carácter social. Implica uma série de obrigações, mas estas brotam do próprio amor, um amor tão decidido e generoso que é capaz de arriscar o futuro. Semelhante opção pelo matrimónio expressa a decisão real e efetiva de transformar dois caminhos num só, aconteça o que acontecer e contra todo e qualquer desafio (…) Este “sim” significa dizer ao outro que poderá sempre confiar, não será abandonado, se perder atrativos, se tiver dificuldades ou se se apresentarem novas possibilidades de prazer ou de interesses egoístas». E escolha definitiva é também a das várias formas de especial consagração, as que respondem ao “Deixa tudo e segue-Me” do Evangelho. Pode assustar a 22 22

Canção CançãoNova Nova

escassez destas vocações em muitos países, especialmente no Ocidente. Mas Deus, que suscitou tantas destas vocações no passado, com tantos frutos (e só a intervenção divina, não os diferentes contextos sociais, explicam esses frutos), não deixará de o fazer no futuro. A propósito desses frutos que são gerados por vocações, é significativo que o documento preparatório da assembleia do Sínodo

dos Bispos conclua com uma alusão à santidade, à importância do testemunho (porque este é mais eloquente do que reflexões abstratas) de «jovens santos e da juventude dos santos», santos que acolheram o convite de Jesus ao «dom total da vida, sem cálculos ou interesses humanos», que seguiram, assim, a sua vocação. Há muitos desses testemunhos hoje (não pode falar-se em “crise de santidade”),


Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

«Não basta que nós próprios nos convençamos de que o Evangelho, e em especial a pessoa de Jesus Cristo, é o único caminho válido para atingir a verdadeira alegria e felicidade, o único capaz de responder verdadeiramente às expectativas, aos desejos, às Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

porque a santidade está longe de ser um fenómeno de épocas passadas. E, também a este propósito, parecem-me de sublinhar as palavras do cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, a um congresso sobre a pastoral da vida consagrada:

esperanças inscritas no coração da pessoa. (…). É necessário que este caminho de felicidade se torne “atraente”, fascinante. Se é verdade que só a beleza salvará o mundo e, portanto, só a beleza é capaz de dar sentido e salvar a vida de cada pessoa, é necessário que os jovens possam dizer. “É verdadeiramente belo viver assim, isto é, seguir este caminho que me é proposto. E esta beleza é para mim”».

PEDRO VAZ PATTO Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz

Canção CançãoNova Nova

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CONVIDADO ESPORÁDICO

Uma contemplativa tão missionária

O

seguimento de Jesus é uma experiência unificadora que integra todas as dimensões da pessoa humana, ainda que tenha um rosto específico em cada pessoa. Os cristãos acolhem o amor de Jesus, o Enviado do Pai, tratam com Ele como a Amigo, e sentem-se enviados por Jesus para trabalhar no campo do Reino que o Pai Lhe deu. Às vezes tendemos a separar missionários e contemplativos, ação e oração. Mas ao conhecermos figuras como Santa Teresa do Menino Jesus que a Igreja proclamou Padroeira Uni24

Canção Nova

versal das Missões (14 de dezembro de 1927, pelo Papa Pio XI), sendo contemplativa fica em questão este dualismo em que tendemos a cair. Num primeiro momento, sempre nos espantamos como é que a Igreja proclama uma contemplativa padroeira das missões. Mas, quando a conhecemos melhor, descobrimos que faz todo o sentido, pois ninguém pode ser missionário se não tiver uma profunda experiência com Aquele que envia, e tal experiência cultiva-se na oração, na contemplação. A Santa de Lisieux é das figuras da Igreja que mais

contribui, pela sua vida e pelos seus escritos, para unir e vincular ação e contemplação. A oração é o sustento da ação missionária. Não há missionário nem apóstolo sem uma relação pessoal e amiga com Jesus. A eficácia da evangelização depende da união com Deus. O trabalho de um apóstolo será mais eficaz quanto mais contemplativo ele for; e por sua vez, um contemplativo será tanto mais autêntico quanto mais apostólica for a sua oração, tendo permanentemente no seu coração as necessidades da Igreja e do Mundo.


Neste sentido, Teresinha foi uma apóstola, uma autêntica missionária, pois ajudou, pela oração e pelos sacrifícios, as missões e os missionários, participando dos seus trabalhos através do seu coração solidário, sedento de conduzir as pessoas ao conhecimento do amor misericordioso de Deus. Para Santa Teresinha, a oração é uma arma invencível que Jesus lhe deu para tocar os corações de todas pessoas. Muito mais que as palavras, a oração sensibiliza, recentra-nos no coração e na missão de Jesus, conforta e dá alento para servir as grandes causas de Deus. Teresinha afirma que toda a pessoa tem uma missão própria (Cta 213) e que a religiosa carmelita tem uma missão que chega a todas as pessoas e lugares, que vence todas as fronteiras: é a missão de amar o Amor e fazê-lo amar. O coração contemplativo deseja abraçar o mundo para que experimente o amor que Deus lhe tem:

Quereria ser missionário, não apenas durante alguns anos, mas quereria tê-lo sido desde a criação do mundo, até à consumação dos séculos...

Na verdade, a sua missão é conduzir almas a Deus, salvar os seus irmãos pecadores (MC.23v), aqueles que mais precisam de experimentar o Amor Misericordioso do Pai. A sua missão que brota de um coração unido ao de Cristo ultrapassa o tempo e o espaço, não é apenas histórica, mas também escatológica. Ela intui que os santos após a morte continuam a ter uma missão, a sua verdadeira missão, por isso nos deixou uma promessa:

Quero passar o meu céu a fazer o bem sobre a terra (Últimos Conselhos e Recordações, 17 de Julho de 1897),

será como uma chuva de rosas (Ultimas Recordações, 9 de Junho de 1897).

P. JOAQUIM DA SILVA TEIXEIRA Ordem dos Padres Carmelitas

(Manuscrito C 3r). Canção Nova

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PSICOLOGIA

“Fizeste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Ti” (Sto Agostinho)

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Canção Nova

de nós, mas somos nós que precisamos descobrir e discernir o que a nossa alma almeja. Como Sto Agostinho disse “Fizeste-nos, Senhor, para Ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em Ti”, enquanto não nos encontrarmos com Deus, no nosso interior, vamos andar inquietos, insatisfeitos, perdidos e desamparados.

Quando Deus criou o Homem e a Mulher, deu-lhes o livre arbítrio, que significa que podemos fazer escolhas e tomar decisões de livre vontade. Neste sentido, Ele não interfere NUNCA nas nossas escolhas, por isso, precisamos estar em intimidade com Ele, para podermos discernir bem a nossa vocação. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

D

iscernir a nossa vocação é um caminho longo, que vamos tecendo, através dos encontros e desencontros, das decisões e mudanças que vamos traçando na nossa vida. A vocação não é só a decisão entre ir ou não para o sacerdócio ou entrar numa congregação. Vocação é o discernimento do nosso estado de vida: qual o nosso chamamento? O que será que Deus tem para ti como caminho de amor? O que Deus pensou e sonhou para a tua vida? O que sentes que te chama no teu interior? O que será que a tua alma anseia? Deus não traça um objetivo para a nossa vida, como se de marionetas nos tratássemos e Ele o dono que agarra nelas pelos fios e as move para onde quer. Não! Deus tem um plano de amor e de salvação para cada um


1) AUTOCONHECIMENTO : é o caminho que fazemos de descoberta de nós mesmos, da nossa identidade. Precisamos trabalhar o nosso EU, conhecermos as nossas potencialidades, qualidades, a nossa personalidade, dificuldades, lutas, os nossos medos, anseios e sonhos. O facto de nos conhecermos bem, leva-nos a perceber onde nos encaixamos melhor: “será que vou ser um(a) bom (boa) esposo(a)?” Vou encaixar nesse papel com facilidade? É o que o meu coração anseia?

Ou talvez eu perceba que não vou conseguir viver com alguém, pois não consigo abdicar do meu espaço, dos meus pertences, das minhas rotinas. Não podemos forçar uma vocação. Eu posso escolher ficar solteiro(a) e não há problema, mas preciso assumir a minha vocação, para não viver uma eterna busca de sentido para a minha vida. 2) ORAÇÃO PESSOAL: não há decisão sem oração, pois é Deus que nos revela quem nós somos, visto ser o nosso Criador. Deus imprimiu em nós uma sede por Ele, que só nos sentiremos realizados, quando nos encontrarmos com Ele e percebermos que

estamos a caminhar a Seu lado. É na oração pessoal que vou discernindo os passos a dar e a inclinação da minha alma. É, igualmente, através desta intimidade que os nossos medos vão desaparecer e a certeza vai brotando no nosso interior, até ao momento em que decidimos e sentimos uma enorme paz interior, pois “acertamos” na escolha, é onde nos identificamos. Nesse momento, entra outra questão, a gratidão. Ao decidir-me por determinada vocação preciso ser grato por ela e por essa escolha, pois vai ajudar-me a focar nessa vocação e assumi-la, cada vez mais, como a minha escolha.

Foto: Wesley Almeida / cancaonova.com

Existem dois passos que precisamos dar: autoconhecimento e oração pessoal.

MARTA FAUSTINO Psicológa

Canção Nova

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ARTIGO DE OPINIÃO

Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

A alegria que vem da fé

H

oje, nestas breves linhas, estou a convidar e a desafiar-nos (a mim e a quem está a ler) a pensarmos um pouco na nossa alegria: esta característica que qualquer pessoa que se afirme feliz deve manifestar. A alegria, na vida de um discípulo de Jesus, não é nem uma condição nem um objectivo. Ela será o ambiente mais normal e comum no qual devemos existir. Jesus quer que a Sua alegria esteja em nós e, assim, a nossa alegria seja completa. Não haverá aqui lugar para o tal “mas…”, que nos é tão habitual. Refiro-me àquela postura que se pode dizer

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Canção Nova

desta forma: “eu sei que devo ser feliz mas… com estes meus pecados e com a enorme maldade que me rodeia… tenho momentos de alegria e… já é muito bom!”. Eis a forma tão primária e imatura em que tantas vezes navegamos no nosso dia a dia. A alegria que nos vem da fé em Cristo não se materializa num estar passageiro mas trata-se de um ser permanente. Permanecer em Cristo é descobrir e experimentar como d’Ele brota para nós a força e a sabedoria que nos faz viver na alegria de nos sabermos amados. Tocamos e somos animados por esse Amor que “tudo suporta, espera e crê”.

A nossa alegria deve estar “cristificada”, suportada pela graça do perdão que nos recria e aperfeiçoa. Que não deixa perder tudo o que de bom a Vida nos oferece para ser conhecido e oferecido em verdadeira liberdade. Como tantas vezes eu afirmo nos espetáculos que tenho feito, tentando corrigir o adágio popular que tanto nos engana: “tristezas não pagam DÁDIVAS!”. Quero com isto dizer: Deus fez-Se dom e graça, não por estar triste connosco mas para se alegrar por um só pecador que se arrependa. A Sua é a alegria do Pastor que, logo que encontra a ovelha perdida, a coloca alegremente


Foto Ilustrativa: Wesley Almeida

esperança, que nos leva ao bom combate. É verdade que nada que estou aqui a lembrar nos colocará à margem de desertos e de noites pelos quais e nas quais a nossa vida, tantas vezes, é chamada a caminhar. Tudo isso nos colocará na prova da cruz. Mas se, abraçando a nossa cruz, nos deixarmos fortalecer e instruir pela cruz onde Cristo nos manifesta o Seu amor eterno e abundante, teremos, aí mesmo, nesse lugar de suplício, a possibilidade de provar e ver como Deus nos alegra por estarmos unidos a Quem tanto Se quer unir a nós, numa feliz e eterna aliança. Foto ilustrativa: Daniel Mafra / cancaonova.com

aos seus ombros para a transportar às boas e seguras pastagens. Como é triste ver crentes a não cultivar as razões que a fé nos dá para sermos pessoas alegres. Sim, existe o pecado que nos entristece. Mas só se nele ficarmos retidos. Quanta alegria se experimenta quando vencemos em amor e quando o Amor nos anima a vencer, sem nos entregarmos à derrota! É verdade que tudo isto é luta que, muitas vezes, nos pode levar a ter de enfrentar duras e dolorosas batalhas. Mas não podemos esquecer que, em Deus, são batalhas das quais devemos sair vencedores, com a Graça de Deus. E bastará não esquecer que Ele não nos engana nem nos falha com a abundância da Sua Graça para nos sabermos pessoas felizes e, por isso, alegres na

Se é no sofrimento (físico e moral) que nós, tantas vezes, nos sentimos facilmente e humanamente sós, como o próprio Jesus Se sentiu no cimo da Sua cruz, também é aí que podemos colocar tudo nas mãos de Deus, confiando na Sua promessa de nos revestir da Sua glória. Lembremos como os grandes atletas se alegram ao alcançar a vitória pela qual tanto lutaram e sofrerem. Agora, se essa vitória não for passageira nem efémera, como são essas vitórias desportivas (até a uma nova edição da prova!), quanta alegria haveremos de experimentar e oferecer. Aqui estão as boas justificações para que um santo não possa ser, em caso algum, uma pessoa triste. A bondade sempre reclama uma alegre gratidão. É uma questão de justiça. Termino estas linhas dizendo o quanto eu lamento não encontrar no confessionário quem se acuse do pecado da tristeza! É, certamente, um dos mais graves que nós podemos cometer contra os nossos irmãos e contra o próprio Deus. Não esquecer: tristezas não pagam dádivas!

PADRE JOSÉ LUÍS BORGA Diocese de Santarém

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ESPIRITUALIDADE

O Rosário e a vida quotidiana C

ontemplar os mistérios, rezar os Pai-Nossos e as Ave Marias, ir repassando pelo coração e pela mente o cadenciado dos mistérios de Cristo e de Maria, parte essencial do mistério da salvação, lugar privilegiado para contemplar o amor salvífico nas suas diversas facetas, encontrar o rosto de Deus como Amor que realizou tantos e tais prodígios, tem que confrontar a nossa vida. Neste sentido, a oração do rosário é o meio eficaz de conversão, de nos colocar em causa perante o amor, de nos abrirmos à graça. O rosário não pode ser rotina ou pieguice, não pode ser rezado sem atenção e sem amor, sem compromisso de vida. Rezar o rosário não é meladice, estupidez repetitiva de fórmulas, apesar de as fórmulas serem excelentes, pois são bíblicas, ensinadas pelo Céu. O rosário não é oração dos ignorantes que não sabem rezar de outro modo, mas oração excelente que nos abre ao dom da graça e do amor. À medida que o rezamos, o coração e a mente, a vida toda vão-se embebendo e ensopando da graça do amor que os mistérios contemplados e as fórmulas rezadas colocam diante de nós e dentro do nosso ser.

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Canção Nova

Se no rosário meditamos os mistérios do amor louco e apaixonado de Deus, então rezá-lo deve aumentar em nós o amor por Deus e pelos outros. A oração deve conduzir sempre a um maior e mais autêntico amor. Amar mais, amar melhor, amar sempre. Os mistérios, nas suas múltiplas facetas lançam-nos para uma vida de amor concreto, eficaz, traduzido em obras de verdade, de justiça, de dom, de serviço, de ajuda, de obras de misericórdia. Bem rezado, o rosário não pode ser uma oração infecunda, estéril, sem compromisso eficaz com uma vida de amor autêntico e generoso. Depois, o rosário, que nos confronta com Jesus e

Seus mistérios, com Maria e seus mistérios, vai trazer implicações sérias no nosso modo de pensar, de ser, de agir. Ao passar as contas, ao meditar os mistérios devemos procurar que a vida se comprometa com o que os lábios rezam, com o que o coração medita, com o que a mente pensa. Tanta cena bíblica rezada e assimilada, tanta oração rezada em cadenciado das contas, levará à conversão, à mudança, ao desejo de viver o que se contempla. O rosário é fonte de graça e caminho de conversão. Os mistérios e as orações questionam-nos, interpelam-nos, movem-nos por dentro a assimilar o que se pensa e diz. E a vida vai-se convertendo à realidade evangélica. O rosário vai-nos evangelizando por dentro e convertendo ao Amor pobre, humilde, obediente, casto, misericordioso, paciente, magnânimo, manso, delicado e generoso. Na longa história da Igreja, até às mais recentes aparições da Senhora em Fátima ou aos ainda mais recentes ensinamentos do São João Paulo II, o rosário é eficaz para a paz e união da família, que em conjunto reza e contempla os mistérios. A própria família beneficia da graça da oração do rosário,


pois é igreja doméstica em oração com Maria e com Jesus. Família que não reza não encontra caminhos de paz, de concórdia, de diálogo, de perdão, de unidade. O rosário, como escola de vida, levará a família a ser mais evangélica e a encontrar mais graças e dons do Céu. Não é magia ou superstição, mas acção da graça através dos mistérios contemplados e das orações rezadas. Pelas palavras da Senhora da Mensagem, podemos aperceber-nos como o rosário é importante para alcançar a paz, o regresso dos soldados a suas casas, a tranquilidade dos povos. E com a paz vem o desenvolvimento, aumenta a cultura e os bens materiais, afasta-se o flagelo da morte, do sangue derramado, vive-se em maior justiça, mais equidade, mais alegria, maior felicidade. Na paz tudo floresce, aumenta a tranquilidade, vive-se em feliz concórdia, há possibilidade de meios de cultura, de partilha entre famílias e povos. Com o rosário, que nos alcança a paz, floresce a esperança, vive-se em alegria, renova-se o coração, fortalece-se a fé. Jesus, o Príncipe da Paz e a Senhora da Paz e Mãe dos Povos, ajudar-nos-ão a alcançar estes dons através do rosário, a grande “arma” para conseguir do Céu as graças que mais precisamos. Quem, ao longo do rosário diário, pede centenas de vezes, milhares e milhares de vezes ao longo da vida, que Nossa Senhora rogue

por nós, “agora e na hora da nossa morte”, pode viver na esperança, na certeza moral, que a Mãe ajudará à passagem desta vida à vida eterna, que estará presente e nos acompanhará com o seu carinho e o seu auxílio. O rosário torna-se caminho, meio eficaz para a vida eterna, para a posse da felicidade, da festa que nunca

aos Corações misericordiosos de Cristo e de sua Mãe”. Por isso, a oração do rosário nos alcança tanto dom e tanta graça. Entregamos tudo e todos aos Corações que mais nos amam. Precisamos de arranjar gosto e devoção pelo rosário. Precisamos de ser perseverantes na sua oração diária. Precisamos de aprender

mais terá fim. Jesus coloca-nos em comunhão com o Pai, Maria é caminho para a vida trinitária. O rosário é essa oração extraordinária que ilumina o caminho que nos conduz ao céu. Rezar o rosário pelos outros é maneira fecunda de exercer uma acção apostólica forte, frutuosa, que alcançará dons e graças para todos, através do Coração da Mãe e do seu Filho, o Mediador Universal. Os testemunhos que nos chegam são aos milhares. O rosário alcançou o dom de conversões, de união de famílias, de êxito pastoral, de solução divina para situações dolorosas, de curas, de paz para moribundos, etc. etc. Como afirmou o Papa João Paulo II, “ meditar com o rosário, significa entregar os nossos cuidados

o valor dos mistérios contemplados e das orações que rezamos no rosário. Precisamos de nos aperceber do dom a da graça que é rezar o rosário, contemplá-lo, meditá-lo. Pedir para entender o muito bem que podemos fazer aos outros, ao mundo, à Igreja, a nós mesmos com a bela e rica oração do rosário. Não desistir nunca. Ele, bem, rezado torna-se fonte de graça e de dom, de conversão e vida interior, de paz e de vida da graça, de mudança de vida e de costumes. O rosário alcança milagres. A união de Maria com Jesus na prece do rosário é fonte de muitas graças. PADRE DÁRIO PEDROSO Diocese - Lisboa

Canção Nova

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PROGRAMAÇÃO Rádio Canção Nova 103.7 FM HORÁRIO

SEGUNDA

TERÇA

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Boa Semente

Boa Semente

Boa Semente

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Madrugada Amiga

Madrugada Amiga

Madrugada Amiga

Madrugad

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Madrugada Amiga

Madrugada Amiga

Madrugada Amiga

Madrugad

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Terço Misericórdia / Ofício

Terço Misericórdia / Ofício

Terço Misericórdia / Ofício

04.00 O

Outro Lado Existe

O Outro Lado Existe

O Outro Lado Existe

05:00

Amor Vencerá

Amor Vencerá

Amor Vencerá

06:00

No Coração da Igreja

No Coração da Igreja

No Coração da Igreja

QUIN

Boa Sem

Terço Misericó

O Outro La

Amor V

No Coração

06:30

Terço Mariano

Terço Mariano

Terço Mariano

07:00

De bem com a Vida

De bem com a Vida

De bem com a Vida

De bem co

08:00

De bem com a Vida

De bem com a Vida

De bem com a Vida

De bem co

09:00

De bem com a Vida

De bem com a Vida

De bem com a Vida

De bem co

Terço M

10.00

Sorrindo pra Vida

Sorrindo pra Vida

Sorrindo pra Vida

11:00

Santa Missa – Santuário

Santa Missa – Santuário

Santa Missa – Santuário

12:00

Noticiário RR

Noticiário RR

Noticiário RR

12.15

Noticiário Rádio Vaticano

Noticiário Rádio Vaticano

Noticiário Rádio Vaticano

12:30

Noticiário Canção Nova

Noticiário Canção Nova

Noticiário Canção Nova

Noticiário Ca

12:45

Desporto Nacional RR

Desporto Nacional RR

Desporto Nacional RR

Desporto N

13:00

Uma de Musica

Uma de Musica

Uma de Musica

14:00

Mãos Unidas

Mãos Unidas

Mãos Unidas

15:00

Terço Misericórdia

Terço Misericórdia

Terço Misericórdia

16.00

Ao Som da Tarde

Ao Som da Tarde

Ao Som da Tarde

Ao Som d

17:00

Na Escola da Fé

No Colo da Mãe J

ardim da Igreja

A Voz do

18.00

Notícias / Rádio Vaticano

Notícias / Rádio Vaticano

Notícias / Rádio Vaticano

Notícias / Rád

18.30

Terço Capelinha/Directo

Terço Capelinha/Directo

Terço Capelinha/Directo

Terço Capelin

19.00

Regresso a Casa

Regresso a Casa

Regresso a Casa

Regresso

20:00

Regresso a Casa

Regresso a Casa

Regresso a Casa

Regresso

21:00

Sementes do Verbo

Porta Aberta – RR

Direção Espiritual

22.00

Nova Noite

Nova Noite

Nova Noite

Nova N

23:00

Nova Noite

Nova Noite

Nova Noite

Nova N

Acompanhe o novo programa da TV Canção Nova Histórias para pensar e rezar Segunda-feira às 9h30 e Terça-feira às 23h 32

QUARTA

Canção Nova

Sorrindo Santa Missa

Noticiá

Noticiário Rá

Uma de

Mãos U

Terço Mis

Alianças de


Mais vida no seu Coração!!! QUINTA

SEXTA

SÁBADO

Boa Semente

Boa Semente

Sementes do Verbo

DOMINGO

Madrugada Amiga

Madrugada Amiga

Som e Vida

Pra Ver a Vida Acontecer

Madrugada Amiga

Madrugada Amiga

Pra Ver a Vida Acontecer

Sucessos Canção Nova

Terço Misericórdia / Ofício

Terço Misericórdia / Ofício

Terço Miser / Caminho Emaus

Boa Semente

O Outro Lado Existe

O Outro Lado Existe

Fé e Musica

Fé e Musica

Amor Vencerá

Amor Vencerá

Boa Semente

O Outro Lado Existe

No Coração da Igreja

No Coração da Igreja C

aminho Emaus – Paulos

Ofício Nossa Senhora

Musica e Vida

Terço Mariano

Terço Mariano

Terço Mariano

Terço Mariano

De bem com a Vida

De bem com a Vida

A Voz do Pastor

Jardim da Igreja

De bem com a Vida

De bem com a Vida

Magazine

Alianças de Sta.Maria

De bem com a Vida

De bem com a Vida

Encontros

Sorrindo pra Vida

Sorrindo pra Vida

Gente Fé PT / BR

Porta Aberta – RR – Directo

Santa Missa – Santuário

Santa Missa – Santuário

Santa Missa – Santuário

Santa Missa – Santuário

Noticiário RR

Noticiário RR

Eventos CN

Noticiário Rádio Vaticano

Noticiário Rádio Vaticano

Ponto Referência

Noticiário Canção Nova

Noticiário Canção Nova

Ao Acaso

Noticiário Canção Nova

Desporto Nacional RR

Desporto Nacional RR

Loja Cançao Nova

Uma de Musica

Uma de Musica

Especial CN – PT/BR

Igreja Açores

Mãos Unidas

Mãos Unidas

Conversas com P. Toninho

Nós em Sintonia

Terço Misericórdia

Terço Misericórdia

Terço Misericórdia

Nós em Sintonia

Ao Som da Tarde

Ao Som da Tarde

Ser Canção Nova

Meu Perfil

A Voz do Pastor

Lusofonias

Cultivar a Fé

AIS – Igreja no Mundo

Notícias / Rádio Vaticano

Notícias / Rádio Vaticano

Ofício Nossa Senhora

Hist. P Pensar e Rezar

Terço Capelinha/Directo

Terço Capelinha/Directo

Terço Capelinha

Terço Capelinha

Regresso a Casa

Regresso a Casa

O Amor Vencerá

Musica e Vida

Regresso a Casa

Regresso a Casa

Fé e Musica

Pergunte e Responderemos

Alianças de Sta. Maria

AIS – Igreja no Mundo

Fé e Musica

Sucessos Canção Nova

Nova Noite

Nova Noite

Oração e Vida/Passos c Jesus

Lusofonias

Nova Noite

Nova Noite

Boa Semente/P. Leo

Direção Espiritual

Acompanhe o programa Tarde em Família pela Radio e TV Canção Nova. Em direto, todas as Quarta-feiras às 14h30 Canção Nova

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TESTEMUNHO MISSIONÁRIO

Experiência missionária da Canção Nova em Moçambique

N

o final do ano de 2017, o fundador da comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib, fez uma proposta a mim e ao seminarista Lucas Paulino para vivermos um ano de experiência missionária em Moçambique junto aos salesianos que estão no norte do país, na Província de Tete. Aceitámos o desafio e embarcámos para África no mês de março deste ano de 2018. Inserimo-nos na missão da Paróquia São João Batista na Vila de Moatize na diocese de Tete, a qual conta com uma pequena rádio comunitária. Essa paróquia tem trinta comunidades e algumas das aldeias atendidas distam 100 km da Sede. Aqui, ainda estamos bem servidos, porque estamos com três padres, mas a Diocese de Tete conta com 28 paróquias, 8 das quais estão sem padres. Defrontámo-nos com muitos desafios missionários. Enfrentámos a realidade da enculturação e da adaptação a cultura tribal na região mais quente do país. 34

Canção Nova

Em Moçambique o idioma oficial é o português, porém existem cerca de 21 línguas nacionais e muitos dialetos falados nas províncias, são as denominadas línguas maternas.Uma grande parte da população não fala português, principalmente aqueles que vivem afastados dos grandes centros. Pois bem, é o choque cultural que todos vivem ao dispor-se a viver a missão ad gentes. É também a realidade de um país em processo de evangelização. Em muitos lugares ainda não foi anunciado o Evangelho. Nas aldeias muitos não conhecem Jesus Cristo. Em muitas outras nem sequer existe a presença da Igreja.

Aqui a religião tradicional africana é muito forte e devemos respeitá-la, porém não negligenciar o Anúncio, de maneira, a evangelizar sem ferir a cultura e as raízes do povo. Algo que requer um processo muito lento e muita e paciência. Temos também os desafios da pobreza e da desigualdade social. Em Moçambique apesar do desenvolvimento económico dos últimos anos, continua a ser um dos países mais pobres do mundo. Vemos muita fome e miséria: muitas pessoas têm apenas uma refeição por dia. Ainda, há os problemas do sistema de saúde que é muito precário, muitas


pessoas morrem de malária e SIDA. Os inúmeros problemas na área da educação, escolas degradadas e falta de infraestrutura. Ao depararmo-nos com tudo isso sentimo-nos pequenos, insuficientes e incapazes. Mas em Deus colocamos a nossa “gota d’água” neste oceano infinito de necessidades. Sabemos que não conseguiremos alcançar todo o mundo, mas temos procurado fazer a nossa parte. Ajudamos os salesianos na Rádio Comunitária Dom Bosco, o único canal de comunicação da Vila de Moatize. Temos atendido e celebrado com o povo de Deus na Matriz. Celebrado muitos batizados, exéquias, matrimónios. Atendido os jovens. Estamos a ir em missão às aldeias, mesmo sem falar o dialeto local, levando um tradutor local que nos auxilia em tudo. Ainda no pouco de tempo que temos ajudamos no cuidado das crianças na escola paroquial. Fazemos muito pouco, recebemos mais do que damos ao povo. Um povo pobre, porém alegre, aco-

lhedor e generoso, não nos falta nada. Um povo que celebra tudo. Tudo é motivo de celebração para eles. O canto e a dança vêm da alma e contagia-nos e converte. Apesar de não entendermos o dialeto, cantam algo que parece já estar na nossa alma. Eles ensinam-nos como realmente devemos viver e celebrar

cada momento, principalmente a Santa Missa. Não vi isso em nenhum lugar do mundo. Não restringem horários para Deus. Quer dizer, não têm hora para terminar a Missa, duas horas a três horas é pouco e continuam lá louvando e cantando ao Senhor. Assim, é o povo de Moçambique! Por fim, temos vivenciado com muita alegria os desafios da missão que nos faz crescer humana e espiritualmente com a cultura deste povo. E assim continuaremos a cantar uma Canção Nova no continente africano. P. ADEMIR COSTA DA SILVA Missionário da Comunidade Canção Nova em missão na Vila de Moatize, Província de Tete, Moçambique Canção Nova

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LITURGIA

S ET E M B RO 01 L 1 1 Cor 1, 26-31; Sal 32 (33), 12-13. 18-19. 20-21 Ev Mt 25, 14-30 02 L 1 Deut 4, 1-2. 6-8; Sal 14 (15), 2-3a. 3cd-4ab. 4c-5 L 2 Tg 1, 17-18. 21b-22. 27 Ev Mc 7, 1-8. 14-15. 21-23 03 S. Gregório Magno, papa e doutor da Igreja – MO . L 1 1 Cor 2, 1-5; Sal 118 (119), 97-98. 99-100. 101-102 Ev Lc 4, 16-30 04 L 1 1 Cor 2, 10b-16; Sal 144 (145), 8-9. 10-11. 12-13ab. 13cd-14 Ev Lc 4, 31-37 05 L 1 1 Cor 3, 1-9; Sal 32 (33), 1213. 14-15. 20-21 Ev Lc 4, 38-44 06 L 1 1 Cor 3, 18-23; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6 Ev Lc 5, 1-11 07 L 1 1 Cor 4, 1-5; Sal 36 (37), 3-4. 5-6. 27-28. 39-40ac Ev Lc 5, 33-39 08 Natividade da Virgem Santa Maria – FESTA L 1 Miq 5, 1-4a ou Rom 8, 28-30; Sal 12, 6ab. 6cd Ev Mt 1, 1-16. 18-23 ou Mt 1, 18-23

17 S. Roberto Belarmino, bispo e doutor da Igreja – L 1 1 Cor 11, 17-26. 33; Sal 39 (40), 7-8a. 8b-9. 10. 17 Ev Lc 7, 1-10

01 S. Teresa do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja – MO L 1 Job 1, 6-22; Sal 16 (17), 1. 2-3. 6-7 Ev Lc 9, 46-50

18 L 1 1 Cor 12, 12-14. 27-31a; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5 Ev Lc 7, 11-17

02 Santos Anjos da Guarda – MO L 1 Job 3, 1-3. 11-17. 20-23; Sal 87 (88), 2-3. 4-5. 6. 7-8 ou Ex 23, 20-23a; Sal 90 (91), 1-2. 3-4. 5-6. 10-11 Ev Mt 18, 1-5. 10 (próprio)

19 S. Januário, bispo e mártir – MF L 1 1 Cor 12, 31 – 13, 13; Sal 32 (33), 2-3. 4-5. 12 e 22 Ev Lc 7, 31-35 20 SS. André Kim Taegon, presbítero, Paulo Chang Hasang, e Companheiros, mártires – MO . L 1 1 Cor 15, 1-11; Sal 117 (118), 1-2. 16ab-17. 28-29 Ev Lc 7, 36-50 21 S. Mateus, Apóstolo e Evangelista – FESTA L 1 Ef 4, 1-7. 11-13; Sal 18 A, 2-3. 4-5 Ev Mt 9, 9-13 22 L 1 1 Cor 15, 35-37. 42-49; Sal 55 (56), 9ab e 10. 11-12. 13-14 Ev Lc 8, 4-15 23 L 1 Sab 2, 12. 17-20; Sal 53 (54), 3-4. 5. 6 e 8 L 2 Tg 3, 16 – 4, 3 Ev Mc 9, 30-37

09 L 1 Is 35, 4-7a; Sal 145 (146), 7. 8-9a. 9bc-10 L 2 Tg 2, 1-5 Ev Mc 7, 31-37

24 L 1 Prov 3, 27-34; Sal 14 (15), 2-3ab. 3cd-4ab. 5 Ev Lc 8, 16-18

10 L 1 1 Cor 5, 1-8; Sal 5, 5-6a. 6b-7. 12 Ev Lc 6, 6-11

25 L 1 Prov 21, 1-6. 10-13; Sal 118 (119), 1 e 27. 30 e 34. 35 e 44 Ev Lc 8, 19-21

11 L 1 1 Cor 6, 1-11; Sal 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b Ev Lc 6, 12-19 12 Santíssimo Nome de Maria – MF L 1 1 Cor 7, 25-31; Sal 44 (45), 11-12. 14-15. 16-17 Ev Lc 6, 20-26 13 S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja – MO L 1 1 Cor 8, 1b-7. 13-13; Sal 138 (139), 1-2 e 3b. 13-14ab. 23-24 Ev Lc 6, 27-38 14 Exaltação da Santa Cruz – FESTA L 1 Num 21, 4b-9 ou Filip 2, 6-11; Sal 77 (78), 1-2. 34-35. 36-37. 38 Ev Jo 3, 13-17

36

O U T U B RO

26 S. Cosme e S. Damião, mártires – MF L 1 Prov 30, 5-9; Sal 118 (119), 29 e 72. 89 e 101. 104 e 163 Ev Lc 9, 1-6 27 S. Vicente de Paulo, presbítero – MO L 1 Co 1, 2-11; Sal 89 (90), 3-4. 5-6. 12-13. 14 e 17 Ev Lc 9, 7-9 28 S. Venceslau, mártir – MF SS. Lourenço Ruiz e Companheiros, mártires – MF L 1 Co 3, 1-11; Sal 143 (144), 1a e 2abc. 3-4 Ev Lc 9, 18-22

03 L 1 Job 9, 1-12. 14-16; Sal 87 (88), 10bc-11. 12-13. 14-15 Ev Lc 9, 57-62 04 S. Francisco de Assis – MO L 1 Job 19, 21-27; Sal 26 (27), 7-8. 9abd. 13-14 Ev Lc 10, 1-12 05 L 1 Job 38, 1. 12-21; 40, 3-5; Sal 138 (139), 1-3. 7-8. 9-10. 13-14ab Ev Lc 10, 13-16 06 S. Bruno, presbítero – MF L 1 Job 42, 1-3.5-6.12-16 (hebr. 1-3.5-6.12-17); Sal 118 (119), 66 e 71. 75 e 91. 125 e 130 Ev Lc 10, 17-24 07 L 1 Gen 2, 18-24; Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-6 L 2 Hebr 2, 9-11 Ev Mc 10, 2-16 ou Mc 10, 2-12 08 L 1 Gal 1, 6-12; Sal 110 (111), 1-2. 4-5. 7-8. 9-10ac Ev Lc 10, 25-37 09 SS. Dionísio, bispo, e Companheiros, mártires – MF S. João Leonardo, presbítero – MF B. João Newman, bispo – MF L 1 Gal 1, 13-24; Sal 138 (139), 1-2 e 3b. 13-14ab. 14c-15 Ev Lc 10, 38-42 10 L 1 Gal 2, 1-2. 7-14; Sal 116 (117), 1. 2 Ev Lc 11, 1-4 11 S. João XXIII, papa – MF L 1 Gal 3, 1-5; Sal Lc 1, 69-70. 71-72. 73-75 Ev Lc 11, 5-13 12 L 1 Gal 3, 7-14; Sal 110 (111), 1-2. 3-4. 5-6 Ev Lc 11, 15-26 13 L 1 Gal 3, 22-29; Sal 104 (105), 2-3. 4-5. 6-7 Ev Lc 11, 27-28

15 Nossa Senhora das Dores – MO L 1 1 Cor 10, 14-22; Sal 115 (116), 12-13. 17-18 ou Hebr 5, 7-9; Sal 30, 2-3ab. 3cd-4. 5-6. 15-16ab. 20

29 S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos – FESTA L 1 Dan 7, 9-10. 13-14 ou Ap 12, 7-12a; Sal 137, 1-2a. 2b-3. 4-5 Ev Jo 1, 47-51

14 L 1 Sab 7, 7-11; Sal 89 (90), 12-13. 14-15. 16-17 L 2 Hebr 4, 12-13 Ev Mc 10, 17-30 ou Mc 10, 17-27

16 L 1 Is 50, 5-9a; Sal 114 (115), 1-2. 3-4. 5-6. 8-9 L 2 Tg 2, 14-18 Ev Mc 8, 27-35

30 L 1 Num 11, 25-29; Sal 18 (19), 8. 10. 12-13. 14 L 2 Tg 5, 1-6 Ev Mc 9, 38-43. 45. 47-48

15 S. Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja – MO L 1 Gal 4, 22-24. 26-27. 31 – 5, 1; Sal 112 (113), 1-2. 3-4. 5a e 6-7 Ev Lc 11, 29-32

Canção Nova

16 S. Hedwiges, religiosa – MF S. Margarida Maria Alacoque, virgem – MF L 1 Gal 5, 1-6; Sal 118 (119), 41 e 43. 44-45. 47-48 Ev Lc 11, 37-41 17 S. Inácio de Antioquia, bispo e mártir – MO L 1 Gal 5, 18-25; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6 Ev Lc 11, 42-46 18 S. Lucas, Evangelista – FESTA L 1 2 Tim 4, 9-17b; Sal 144, 10-11. 12-13. 17-18. Ev Lc 10, 1-9. 19 SS. João de Brébeuf e Isaac Jogues, presbíteros, e Companheiros, mártires – MF S. Paulo da Cruz, presbítero – MF L 1 Ef 1, 11-14; Sal 32 (33), 1 e 3. 4-5. 12-13 Ev Lc 12, 1-7 20 L 1 Ef 1, 15-23; Sal 8, 2-3ab. 4-5. 6-7 Ev Lc 12, 8-12 21 L 1 Is 53, 10-11; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22 L 2 Hebr 4, 14-16 Ev Mc 10, 35-45 ou Mc 10, 42-45 22 S. João Paulo II, papa – MF L 1 Ef 2, 1-10; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5 Ev Lc 12. 13-21 23 S. João de Capistrano, presbítero – MF L 1 Ef 2, 12-22; Sal 84 (85), 9ab10. 11-12. 13-14 Ev Lc 12, 35-38 24 S. António Maria Claret, bispo – MF L 1 Ef 3, 2-12; Sal Is 12, 2. 3 e 4bcd. 5-6 Ev Lc 12, 39-48 25 L 1 Ef 3, 14-21; Sal 32 (33), 1 e 3. 4-5. 11-12. 18-19 Ev Lc 12, 49-53 26 L 1 Ef 4, 1-6; Sal 23 (24), 1-2. 3-4. 5-6 Ev Lc 12, 54-59 27 B. Gonçalo de Lagos, presbítero – MF L 1 Ef 4, 7-16; Sal 121 (122), 1-2. 3-4a. 4b-5 Ev Lc 13, 1-9 28 L 1 Jer 31, 7-9; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6 L 2 Hebr 5, 1-6 Ev Mc 10, 46-52 29 L 1 Ef 4, 32 – 5, 8; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6 Ev Lc 13, 10-17 30 L 1 Ef 5, 21-33; Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5 Ev Lc 13, 18-21 31 L 1 Ef 6, 1-9; Sal 144 (145), 10-11. 12-13ab. 13cd-14 Ev Lc 13, 22-30


Canção Nova

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Um espaço pensado para si. Acompanhe as novidades pelo site.

https:cancaonova.pt/casademaria/ 249 530 600 - opção 9 38

Canção Nova


“A NOSSA MISSÃO É EVANGELIZAR, FORMAR HOMENS NOVOS PARA UM MUNDO NOVO!”

MONS.JONAS ABIB

AGENDA SET/OUT

EVENTOS

09 SET

249 530 600 opção 05 eventos.cancaonova.pt eventos@cancaonova.pt Encontro de oração Tema: No combate da oração Local: Igreja do Sagrado Coração de Jesus Rua Camilo Castelo Branco, nº 4 - Lisboa Horário: 09h30 às 18h00 Encontro da oração Tema: No combate da oração Local: Mosteiro da Visitação de Maria Rua Irmãos Roby, 190 – Braga Horário: 09h30 às 18h00

16

Encontro de oração Tema: Bem aventurados os que buscam a Santidade. Local: Paróquia de Torrão Rua Engenheiro Duarte Pacheco, 529 – Torrão – Entre-os-Rios Horário: 09h30 às 18h00

23

Encontro de oração Tema: Bem aventurados os que buscam a Santidade. Local: Igreja Nosso Senhor dos Navegantes Rua Antonio F. Vila Cova, 400 - Caxinas Horário: 14h30 às 19h30

30

Encontro de oração Tema: Bem aventurados os que buscam a Santidade. Local: Igreja Nossa Senhora do Monserrat Salão Paroquial – Ribamar Horário: 14h30 às 19h00

06

Encontro de oração Presença: Frei Elias Vella | Tema: Libertos das Falsas Doutrinas Local: Santuário Coração de Maria, Largo do Moeiro, 120 – Carvalhos - Porto Horário: 09h30 às 18h00

07

Encontro de oração Presença: Frei Elias Vella | Tema: Libertos das Falsas Doutrinas Local: Igreja do Sagrado Coração de Jesus Rua Camilo Castelo Branco, 4 - Lisboa Horário: 09h30 às 18h00

14

Tarde de oração Tema: A oração do Terço, arma espiritual Local: Paróquia de Seixo da Beira Rua da Igreja, 3405 -Oliveira do Hospital Horário: 11h00 às 16h00

SET

SET

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OUT

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Canção Nova

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6 7 OUTUBRO

OUTUBRO

PRESENÇA: Frei Elias Vella

PRESENÇA: Frei Elias Vella

TEMA: Libertos das Falsas Doutrinas

TEMA: Libertos das Falsas Doutrinas

LOCAL: Santuário Coração de Maria, Largo do Moeiro, 120 – Carvalhos - Porto

LOCAL: Igreja do Sagrado Coração de Jesus Rua Camilo Castelo Branco, 4 - Lisboa

HORÁRIO:

HORÁRIO:

9h30 às 18h00

9h30 às 18h00


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