TEMA PRINCIPAL
Os jovens no caminho da sinodalidade da Igreja
Ano XIII - n.º 149 - JAN/FEV – 2019 – Revista bimestral ISSN 1646 – 9461 Preço : 2,50€ ( Portugal ) 3,50 Europa – 4,50 resto do Mundo
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Vocação, um desafio de amor Autor: Monsenhor Jonas Abib Editora: Canção Nova Esta obra irá despertar-nos para a nossa vocação, aquela designada pelo Senhor, pois cabe a cada um, por meio do discernimento do Espírito, acolher a sua vocação nesta terra.
No Ritmo do Céu Cantor: Padre Jason Gouveia 13 músicas originais do Padre Jason Gouveia, da diocese de Angra, nas ilhas Açores, com ritmos festivos e alegres..
Puxando Conversa Editora: Canção Nova Um jogo para despertar o diálogo, caminho indispensável para promover a amizade e o respeito! À escolha – Puxando Conversa em Família ou Puxando Conversa no Namoro.
Vinde ó Deus em meu auxílio O Crucifixo “Vinde, Ó Deus” foi desenvolvido com o propósito de marcar a porta dos nossos lares e reconhecer que Jesus é a porta por meio da qual encontramos a Salvação.
Loja de Lisboa Rua Camilo Castelo Branco n.º 29 | 1150 - 083 Lisboa | Tel. 249 530 600 Aberto de Segunda a sexta-feira: 9:30 - 12:30 / 13:30 - 18:30 Sábado: Encerrado | Domingo: Encerrado
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SUMÁRIO editorial PALAVRA DO FUNDADOR | 04-05
COMO DOM BOSCO, O NOSSO TRABALHO É LEVAR CRISTO A UMA MULTIDÃO DE JOVENS
GOTAS DO CARISMA | 06-07 COMECE PELOS JOVENS... DIA DO CONSAGRADO A VIDA CONSAGRADA É UMA INICIATIVA AMOROSA DE DEUS
TESTEMUNHO MISSIONÁRIO | 10-11 SALESIANOS | 12-13 PROPOR A SANTIDADE AOS JOVENS
EM SINTONIA COM A IGREJA | 14-15 DIA DO CONSAGRADO
IGREJA EM PORTUGAL | 16 -17 PROPOR A SANTIDADE AOS JOVENS
AJUDA A IGREJA QUE SOFRE | 18-21 O MUNDO EM LÁGRIMAS
TEMA PRINCIPAL | 22-25 OS JOVENS NO CAMINHO DA SINODALIDADE DA IGREJA
| 26-27 A MINHA EXPERIÊNCIA NA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
PSICOLOGIA | 28-29 OS DESAFIOS DA JUVENTUDE
ARTIGO DE OPINIÃO | 30-31 OS OPOSTOS SE TOCAM
ESPIRITUALIDADE | 32-33 CONSAGRADOS PARA AMAR
PROGRAMAÇÃO | 34-35 RÁDIO CANÇÃO NOVA 103.7 FM
LITURGIA | 36 JANEIRO | FEVEREIRO
OBRA DE MARIA | 37 PEREGRINAÇÕES
CALENDÁRIO 2019 | 38 AGENDA | 39
Ficha Técnica
JANEIRO | FEVEREIRO
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades.”
A
Luís de Camões
ssim começa um soneto de Camões. Mudámos o mês. Mudámos o ano. Fizemos planos. Acreditamos que este é que vai ser o ano. Mas quantas “coisinhas” deixámos pendentes? Começamos este novo ano olhando para os jovens, para a sua força, para a sua capacidade de mudar o mundo, para os seus interesses, para os desafios que eles têm que enfrentar e aqueles que eles próprios colocam à sociedade em geral. E uma forma de viver bem a juventude é assumir a condição de baptizado, de consagrado e decidir-se por uma outra forma de consagração/compromisso com Deus e com os irmãos. São tantas as mudanças que nos interpelam, todavia, há tantas situações injustas que nos “perseguem” ao longo dos tempos. São tantas as evidências de sofrimento, de dor, de perseguição, mas também de luta, de vitórias, de persistência, de coragem, de fé. Convidamo-lo, a si, querido leitor, a percorrer estas páginas com o olhar de peregrino, com o olhar atento de quem quer encontrar-se consigo, com os outros e com Deus. Aceite deixar-se interpelar pelas circunstâncias, acreditando que o rosto de Deus se revela em todas elas. Que seja um bom ano e que possamos disfrutar da companhia uns dos outros! Boas leituras, na graça e na paz de Deus! Equipa Revista Cançao Nova PT
JANEIRO/FEVEREIRO Proprietário/Editor: Comunidade Canção Nova NPC: 505 556 391 / Estrada da Batalha, 68 AP 199 | 2496-908 FÁTIMA Presidente: Monsenhor Jonas Abib Diretor: Paulo Azadinho Administrador: Micheline da Silva Coordenação e Redação: Eliziane da Rosa Revisão Ortográfica: Paula Ferraz Projecto Gráfico: Débora Líra, Multiponto, SA Colaboradores nesta edição: Monsenhor Jonas Abib, Paulo Azadinho,Sandra Silva, Micheline da Silva, Shahir Rahemane,Célia Marta, Padre Rui Alberto,Padre Antônio Justino,Pedro Vaz Patto, Paulo Aido, Padre Filipe Diniz, Joana Sá, Marta Faustino, Pe. José Luís Borga, Pe Dário Pedroso Impressão: Multiponto, SA | Rua da Fábrica, 260 - 4585-013 Baltar Capa: Copyright: Canção Nova Portugal - direitos | Tiragem: 11.000 exemplares | Assinatura mensal: 2,50 €
Canção Nova
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PALAVRA DO FUNDADOR
Como Dom Bosco, o nosso trabalho é levar Cristo a uma multidão de jovens A Canção Nova é salesiana, ela é de Dom Bosco e quer levar longe o nome dele. A Canção Nova quer fazer pelas pessoas as mesmas coisas que Dom Bosco fez por mim quando eu era menino. Minha mãe, ao ouvir uma única vez quem foi Dom Bosco, no momento difícil do meu parto, logo pediu para que este santo me ajudasse. A partir daquele
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Canção Nova
momento, Dom Bosco tem me acompanhado durante toda minha vida. A Canção Nova faz parte da família salesiana. Com toda a modéstia, eu digo que o carisma de Dom Bosco é vivido na sua totalidade na Canção Nova. Primeiro, porque o nosso grande trabalho é com os jovens. Temos trabalho também na área de educação, com um grande colégio, além
de uma faculdade. Mas, principalmente, o nosso trabalho é levar Cristo a uma multidão de jovens. Com os encontros que realizamos, com os livros e com os nossos programas de televisão. Assim, como minha mãe me consagrou, no meu nascimento, a Dom Bosco, também a Canção Nova está toda impregnada pelos ensinamentos deste santo. Facto confirmado,
em 21 de janeiro de 2009, quando a Comunidade foi oficialmente admitida como Família Salesiana. Como Dom Bosco, nós trabalhamos diretamente com a juventude que precisa conhecer Deus, voltar-se para a Igreja. Nós trabalhamos com a juventude e queremos fazer isso com mais intensidade. O sistema preventivo é a grande criação de Dom Bosco; eu diria uma invenção divina. Ele realiza-se naquilo que Dom Bosco
queria e que nós hoje traduzimos assim: “Homens novos para um mundo novo”. Quantos problemas a nossa juventude está enfrentado! O sistema de Dom Bosco atende a tudo isso. Como Dom Bosco fez comigo, como cuidou do menino que pela graça de Deus pode fazer toda esta obra que é a Canção Nova, ele vai cuidar de si. Que nós sejamos cada vez mais fiéis à Igreja e à família salesiana; que provemos, como Dom Bosco, a alegria e a salvação! Seu irmão,
MONSENHOR JONAS ABIB Fundador /Comunidade Canção Nova padrejonas.cancaonova.com twitter.com/padrejonasabib
Canção Nova
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G OTAS DO CARISMA
Comece pelos jovens…
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ste foi o desafio que Dom António Afonso de Miranda fez ao nosso fundador, o Padre Jonas Abib e que é a origem da Comunidade Canção Nova. Um apelo que ainda hoje se atualiza e faz-se vivo a ponto de cada um de nós missionários investirmos a vida na evangelização. A Comunidade Canção Nova nasceu de um grupo de jovens que decidiu viver a Palavra de Deus numa relação direta e também testemunhal. Um sinal para os nossos dias, um convite a que cada um assuma de facto a fé, aprofunde-se e anuncie com a vida Jesus vivo. Para chegarmos aos jovens precisamos de começar em casa, trazendo Jesus para o centro da nossa família, procurando falar dele e aprender dos seus sentimentos e gestos. Desta forma estaremos a fecundar nos nossos jovens, filhos e netos, a vontade de saber melhor que é este Jesus que anunciamos, capaz de converter o nosso coração. Faço-lhe este convite neste começo de ano: comecemos pelos jovens da nossa família!
Vamos provocar neles a vontade de conhecer Jesus, que nasceu há pouco e que com a vida revelou o Amor. Iremos colher muitos frutos do nosso destemor; conseguiremos contagiar as escolas, os espaços públicos, os vizinhos, enfim, temos uma grande missão. A Comunidade Canção Nova é mais um carisma que quer ajudá-lo na evangelização; espera-nos um ano de muitas missões, de aumento de programação portuguesa e de muitas surpresas de Deus; pois por mais que projetemos é Ele quem rege a nossa vida! Abandonemo-nos à Sua Graça com a alegria do servo que realiza com disposição a vontade do seu Senhor! Desejo-lhe um ano 2019 marcado pela presença de Deus que, na força do Espírito Santo nos dará sabedoria para caminharmos cada vez mais para a santidade de vida! Bem haja!
PAULO AZADINHO Responsável local Canção Nova - Portugal
Dia do Consagrado
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vida consagrada é primeiramente uma iniciativa amorosa de Deus, em que homens e mulheres dão o seu sim a Deus, deixando as suas famílias, vidas profissionais, o seu futuro, tendo em vista a renúncia de si mesmo, na vivência dos votos evangélicos, seguindo exclusivamente a Jesus Cristo, ao serviço da Igreja, da evangelização, intercessão e promoção da dignidade humana. Estes homens e mulheres que deixam tudo para servirem a Deus são os Consagrados. Segundo a história do cristianismo, a Festa da Apresentação de Jesus no Templo foi sempre contemplada sob o ponto de vista da consagração. Com o passar dos anos, sob a inspiração do Espírito Santo, os religiosos de diversas partes do mundo tiveram a iniciativa 6
Canção Nova
de celebrar esta data, 2 de fevereiro, colocando em evidência a consagração da diversidade dos carismas. No ano de 1997, o Santo Padre Papa João Paulo II, hoje São João Paulo II, instituiu oficialmente o dia 2 de fevereiro como o Dia do Consagrado. Entre os vários Institutos de Vida Consagrada já conhecidos na história, surgiram, nas últimas décadas, as “Novas Comunidades”: são homens e mulheres que consagram as suas vidas a Cristo, em associações privadas ou públicas de fiéis. A grande diferença desta forma de compromisso está na vivência comunitária, formada pelos diversos estados de vida numa mesma consagração. É o caso da Comunidade Canção Nova, uma das pioneiras nesta forma de vida, que conta hoje com mais de mil membros consagrados, entre sacerdotes, leigos, celibatários, solteiros e casais unidos pela mesma missão, a de evangelizar.
O Papa Francisco diz-nos assim: “Desejo que hoje mesmo possais reavivar o encontro com Jesus, caminhando juntos para Ele: isto dará luz aos vossos olhos e vigor aos vossos passos.” Que todos nós que oferecemos a nossa vida a Jesus Cristo possamos renovar o nosso sim a Ele, buscando ter um coração alegre
e ardente. Sejamos fiéis a este Sim a Deus e sejamos testemunhos do Evangelho. SANDRA SILVA Formadora local Canção Nova - Portugal
A vida consagrada: entrega por amor ao Cristo
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Concílio Vaticano II ensina-me que a vida consagrada é constituída pelos conselhos evangélicos e está totalmente ligada à vida de santidade. Neste artigo quero partilhar convosco um pouco da minha vida missionária. A minha experiência pessoal com Cristo levou-me a viver esta linda aventura da vida consagrada, que é o modo de viver exclusivamente para anunciar Aquele que me chamou e para isso foi necessário eu deixar a minha vida profissional, mesmo sendo muita realizada no meu trabalho e também meus familiares que tanto amo. Passados alguns anos na Comunidade Canção Nova, eu fui-me descobrindo no meu próprio estado de vida e depois de um tempo de discernimento, decidi-me a ser toda de Deus numa vida celibatária, com desejo de cada vez mais corresponder ao chamamento de Deus e assim ser sinal d’Ele neste mundo. O nosso querido Papa Francisco falou, no dia 02 de Fevereiro de 2018, aos consagrados sobre a escolha da vida do mundo que é oposta à vida consagrada, destacando: “Deste modo, enquanto a vida do mundo procura acumular, a
vida consagrada deixa as riquezas que passam, para abraçar Aquele que permanece. A vida do mundo corre atrás dos prazeres e ambições pessoais, a vida consagrada deixa o afeto livre de qualquer propriedade para amar plenamente a Deus e aos outros”. Sem dúvida esta mensagem do Papa tocou o meu coração, pois assim, desejo viver a minha entrega por amor a Cristo que me chamou, levando a Sua Palavra a muitas pessoas. Posso dizer que o meu seguimento a Jesus Cristo é um serviço que eu presto à Igreja, na evangelização, na intercessão e na promoção da dignidade humana, através do carisma Canção Nova. São João Paulo II impulsiona-me no meu chamamento quando diz: “A primeira tarefa da vida consagrada é tornar visíveis as maravilhas que Deus realiza na frágil humanidade das pessoas chamadas. Mais do que com as palavras, elas testemunham essas maravilhas com a linguagem eloquente de uma existência transfigurada, capaz de suscitar a admiração do mundo” Dessa forma, quero convidá-lo(a) a dizer o seu ‘sim’ a Deus, doando-se ao Senhor numa vida de santidade e anunciando o Evangelho por onde passar. Com a certeza que a Sua Palavra é viva e se actualiza a cada dia, através desta promessa: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu (Is 61,1).
MICHELINE DA SILVA Economa local Canção Nova - Portugal
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na Livraria Canção Nova que fica em Fátima no Edifício Ibérico nº276, Av. D. José Alves Correia da Silva. Poderá dirigir-se Livraria Lisboa: na Rua Camilo Solicite o impresso, atravésà do telefoneem (+0351) 249 530 600 opção 2, Castelo Branco ou faça download no site nº29. clube.cancaonova.pt e envie para a nossa morada: Estrada da Batalha,68/ Apartado 199/ 2496-908 Fátima ou para o email: clube@cancaonova.pt
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“OBRIGADA POR FAZER PARTE DA FAMÍLIA CANÇÃO NOVA!” MONS.JONAS ABIB
FUNDADOR DA COMUNIDADE CANÇÃO NOVA
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TESTEMUNHO MISSIONÁRIO
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omo é lindo e bom ser Canção Nova! Começamos esta pequena partilha falando um pouco do nosso testemunho vocacional e de fé enquanto jovens de Deus no Carisma Canção Nova. Em 2011, na Jornada Mundial da Juventude em Madrid, eu, Shahir Rahemane, como missionário da Comunidade Canção Nova, nessa época já há 5 anos, organizei junto com outros irmãos da missão de Fátima - Portugal uma peregrinação à JMJ em que foram 52 jovens connosco. Foi uma experiência fantástica, na qual Deus me renovou na minha vocação, e na vida desses jovens que levámos a Madrid. Quando eu, Célia Marta, me inscrevi para ir à Jornada Mundial da Juventude com a Canção Nova, já tinha sentido que Deus me chamava a dar um passo a mais na minha pertença a Ele no Carisma Canção Nova, mas eu fui vivendo a minha vida, e como Deus é sempre paciente connosco, Ele esperou que de facto eu
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Canção Nova
caísse em mim e assumisse o meu chamamento... Eu já participava do Renovamento Carismático, ia à Missa e rezava o terço todos os dias, fazia Adoração ao Santíssimo Sacramento, entre outras práticas de devoção, mas mesmo assim faltava algo...
E foi na Jornada, que eu soube, por meio de uma amiga, que tinham sido abertas as inscrições para fazer caminho de discernimento vocacional com a Canção Nova. Resolvi então inscrever-me e fazer a descoberta se de facto era chamada por Deus a este Carisma. No final de 2011, a partir de uma amizade pura e bela que nasceu da Providência de Deus, que fez com que nos conhecêssemos na Jornada Mundial da Juventude, começámos a nutrir um sentimento
de amor um pelo outro, mas devido às regras da Comunidade somente tivemos certeza que era recíproco, em final de 2012, quando fomos autorizados pelos nossos superiores a conversar. Os dois sabendo que somente poderíamos namorar após a Célia entrar na Comunidade, e ao percebermos que existia um desígnio de Deus na nossa história, decidimos esperar pelo tempo necessário para darmos o passo do namoro. Em 2014, o Shahir foi transferido para a Missão de Cachoeira Paulista, no Brasil, e nesse mesmo ano preparou-se formativamente para o seu compromisso definitivo com a Canção Nova que se dá 8 anos após a pessoa exercer o seu apostolado missionário. Com isso, mesmo estando fisicamente separados pela distância do Oceano Atlântico, o nosso sentimento continuou vivo e fortalecido pelas orações constantes que fazíamos a Deus, e pela oportunidade que tínhamos de nos comunicarmos virtualmente.
A Célia ingressou na Comunidade no ano de 2015 no Brasil, onde iniciou a sua formação inicial que durou dois anos. Foi um tempo de bênção e graça na sua vida, e de aprofundamento e identificação com o Carisma Canção Nova. Após dois anos, ao iniciar o seu ano de missão foi trabalhar no departamento de eventos da Comunidade, que tem como objectivo preparar todos os eventos que acontecem na sede da Canção Nova; onde vivenciou experiências marcantes com vários padres e pregadores pois todos os fins de semanas o seu trabalho era cuidar dos mesmos. Durante esse tempo, o Shahir manteve-se firme no seu sentimento, e mesmo sofrendo, decidiu esperar porque acreditou nas promessas de Deus a nosso respeito, pois Deus é fiel e cumpre sempre as Suas Palavras; falamos isso com propriedade porque connosco se cumpriu! O Shahir nunca perdeu o seu foco no Carisma, continuou a exercer o seu apostolado, e com os olhos fixos em Deus aguentou esperar naquilo em que acreditava, e com a sua veia poética foi exprimindo a sua vida em forma de poesia, e foi impulsionado durante esse tempo a escrever o livro: Refletindo em Deus – Versos para rezar, um livro que lançou pela editora Canção Nova. Este tempo que nós os dois vivenciámos em Cachoeira Paulista foi um tempo muito bom, em que tocámos verdadeiramente na fonte do Carisma Canção Nova:
morar na sede da Comunidade e ter experiências com os fundadores é algo muito importante para todos os missionários deste Carisma, e nós tivemos muitas oportunidades de estar com o Monsenhor Jonas Abib, a Luzia Santiago e o Eto, que foram momentos que revigoraram as nossas vocações, impulsionaram o nosso apostolado e nos deram ânimo no tempo de espera que estávamos a viver. Hoje louvamos e agradecemos a Deus, porque podemos dizer como São Paulo, que também combatemos o bom combate e guardamos a fé. Não desistimos daquilo que queríamos e especialmente que Deus colocava nos nossos corações. No passado ano de 2018, demos o passo do namoro no Carisma Canção
Nova e estamos muito contentes e felizes por estarmos a vivenciar este tempo belo que é ser namorados missionários numa Obra de Deus, e de poder investir a vida na evangelização juntos! Hoje com a graça de Deus, fomos os dois enviados para a Missão de Portugal, e estamos aqui para juntos com os nossos irmãos missionários levar Deus aos portugueses através do Carisma Canção Nova, assim como nós fomos alcançados por Deus através deste Carisma. Que Deus abençoe a cada um que está a ler o nosso testemunho e se sentiu o chamamento de fazer parte desta Obra, não tenha medo: dê o passo que Deus fará o resto! Célia Marta e Shahir Rahemane ( Canção Nova) – Missionários da Comunidade Canção Nova Canção Nova
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SALESIANOS
Propor a santidade aos O
recente Sínodo dos bispos sobre os jovens termina a sua mensagem fazendo um apelo à santidade dos jovens. Pode parecer algo estranho. Ainda associamos os jovens a ser “cabeça no ar”, a não se decidirem, a estarem ainda muito apegados a coisas mais ou menos fúteis. Por outro lado, muitos cristãos imaginam ainda a santidade como
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Canção Nova
algo de esquisito, uma experiência de fé anormalmente intensa, com práticas difíceis e afastadas da realidade normal. O Sínodo não concorda com nenhuma destas duas ideias: nem os jovens são obrigatoriamente uns “cabeças no ar” nem a santidade é algo reservado para umas elites da fé. E ao escutarmos as propostas do Sínodo lembramo-nos de S. João Bosco, o
fundador da família salesiana. Segundo ele, a santidade não consistia em fugir do concreto da vida nem em ter umas práticas ascéticas para heróis excecionais. Santidade é viver cada dia uma amizade com Deus, sentida pessoalmente e vivida em solidariedade com os outros. Dom Bosco propõe uma santidade alegre e simpática, activa e empenhada, que acontece em gestos de amor feitos nas situações do dia a dia de um jovem. Na tradição salesiana, a santidade é possível e deve ser procurada com empenho. Não é uma escolha só para uns tantos: é a resposta de todos nós ao amor que o Pai nos revelou em Jesus, pela força do Espírito. A santidade nasce desse profundo e intenso desejo que temos de viver uma relação feliz com Deus. Mais do que a saúde, o dinheiro no bolso, do sucesso profissional, ser amado por Deus é o desejo mais forte que temos.
jovens
Isso leva-nos a viver a realidade (as coisas, os acontecimentos, as pessoas) com uma intensidade nova; descobrimos que o “essencial é invisível aos olhos”, como nos diz Saint-Exupéry. Podemos viver cada realidade a partir dos critérios do Reino e não a partir das imposições da sociedade. Dom Bosco foi um grande educador porque soube suscitar nos jovens que se encontravam com ele os mais altos desejos e oferecer-lhes modos con-
cretos para os realizar. Vale a pena recordar uma conversa entre Dom Bosco e um dos seus alunos: S. Domingos Sávio. Este jovem aceitou o desafio e perguntou a Dom Bosco como fazer para ser santo. Dom Bosco dá-lhe três pistas que servem também para nós:
1) Está sempre alegre. A vida tem altos e baixos, mas se puseres o coração em Deus vais conseguir estar sempre alegre. Mesmo na doença ou no fracasso;
2) Cumpre o teu dever. Assume com força as tuas responsabilidades com os outros (na escola, na família, no trabalho…). Vive em todos os ambientes ao estilo de Jesus e das bem-aventuranças; 3) Faz o bem aos outros. Vive cada dia para servir, para ajudar os outros a crescer.
PADRE RUI ALBERTO Coordenador das Edições Salesianas
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EM SINTONIA COM A IGREJA
Dia do consagrado S
egundo a história do Cristianismo, a Festa da Apresentação de Jesus no Templo, 40 dias após o nascimento d’Ele, foi sempre vista sob o ponto de vista da consagração. Com o passar do tempo, certamente, guiados pelo mesmo Espírito, religiosos de diversas partes do mundo tiveram a iniciativa de celebrar esta data, pondo, assim, em evidência a consagração na diversidade de carismas. Em 1997, o memorável Papa João Paulo II instituiu, oficialmente, o dia 2 de fevereiro como o Dia do Consagrado. “Já faz algumas décadas – declarou o Pastor da Igreja – que na Igreja a fes-
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Canção Nova
tividade do dia 2 de fevereiro reúne quase espontaneamente numerosos membros de Institutos de Vida Consagrada e de Sociedades de Vida Apostólica ao redor do Papa e dos Pastores Diocesanos, para manifestar coralmente, em comunhão com todo o Povo de Deus, o Dom e o compromisso do próprio chamamento, a variedade dos carismas da vida consagrada e a sua peculiar presença no âmbito da comunidade dos que crêem. Desejo que esta experiência se estenda a toda a Igreja, de modo a que a celebração do dia da Vida Consagrada reúna as pessoas consagradas, juntamente com os outros fiéis,
para cantar com a Virgem Maria as maravilhas que o Senhor realiza.” (Mensagem de João Paulo II para celebração do primeiro dia da Vida Consagrada, 6 de janeiro de 1997). Muito além de um projeto pessoal, a Vida Consagrada é antes uma iniciativa de Deus, a qual é complementada pelo sim de cada homem e mulher escolhidos. Pessoas que deixam as suas vidas profissionais e familiares, o seu futuro no mundo, em vista da renúncia de si mesmas, na vivência de votos evangélicos, em exclusivo seguimento de Cristo, a serviço da Igreja na evangelização, intercessão e promoção da dignidade
humana; a estes a Igreja chama de consagrados. Entre os vários Institutos de Vida Consagrada e Religiosa já conhecidos na história, surgiram, nas últimas décadas, as Novas Comunidades. São homens e mulheres, que consagram as suas vidas a Cristo, em associações privadas ou públicas de fiéis. A grande diferença desta pertença está na vivência comunitária, formada pelos diversos estados de vida numa mesma consagração. É o caso da Comunidade Canção Nova, uma das pioneiras nesta forma de vida, que conta hoje com aproximadamente mil membros consagrados, entre sacerdotes, leigos, celibatários e casais, unidos pela mesma missão: evangelizar. “Nascemos da evangelização e para a evangelização”, afirma o fundador da Comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib.
O Papa Francisco em 01/02/2016, na audiência que fez pelo dia do consagrado, disse aos consagrados que eles são chamados a proclamar a realidade de Deus sobretudo com as suas vidas e não somente com palavras. “Religiosos e religiosas, homens e mulheres consagrados ao serviço do Senhor que exercem na Igreja a estrada de uma pobreza forte, de um amor casto que os leva a uma paternidade e maternidade espiritual para toda a Igreja, uma obediência”, disse Francisco ressaltando três elementos: profecia, proximidade e esperança. “A profecia é dizer às pessoas que existe um caminho de felicidade, grandeza, uma estrada que nos enche de alegria, que é o caminho de Jesus. É o caminho de estar próximo a Jesus. A profecia é um dom, um carisma que se deve pedir ao Espírito
Santo. Profecia significa que existe algo de verdadeiro, belo, grande e bom ao qual todos somos chamados.” “A vida consagrada deve conduzir à proximidade com as pessoas, proximidade física, espiritual, conhecer as pessoas”, recordando que “seguir Cristo significa carregar sobre si o ferido que encontramos ao longo da estrada, ir à procura da ovelha perdida, estar próximo das pessoas, partilhar as suas alegrias e as suas dores, mostrar com o nosso amor o rosto paterno de Deus e o carinho maternal da Igreja. Proximidade: qual é o primeiro próximo de um consagrado ou consagrada? O irmão ou irmã da comunidade. Este é o seu primeiro próximo. É uma proximidade bonita, boa e com carinho.”
PADRE ANTÔNIO JUSTINO Canção Nova - Portugal
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IGREJA EM PORTUGAL
Os jovens ea santidade 16
Canção Nova
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á alguém caracterizou a atual geração juvenil como “a primeira geração incrédula”. Nem todos, porém, aceitam essa caracterização, desde logo porque a realidade juvenil apresenta hoje múltiplas facetas em contextos muito variados. Mas há, de qualquer modo, em especial na Europa, um notório afastamento dos jovens em relação à religião em geral. Por outro lado, a chamada “cultura do provisório” influencia de modo particular os jovens de hoje, que têm dificuldade em assumir escolhas definitivas, como a do casamento. Como reflexo dessas duas realidades, as vocações de especial consagração escasseiam quase como nunca sucedeu, também em especial na Europa. Neste contexto, há quem alerte para a tentação de atenuar ou diluir a exigências espirituais e morais da fé cristã para, assim, mais facilmente atrair os jovens, que, de outro modo, se afastariam da Igreja. O documento final da última assembleia do sínodo dos bispos, entre muitos outros aspetos, sublinha a importância de escutar e acompanhar os jovens. A escuta como um «encontro de liberdade, que exige humildade, paciência, disponibilidade para compreender, empenho em elaborar de um modo novo as respostas». A escuta que não se compadece com «respostas pré-confecionadas e receitas
prontas» que não deixam emergir as perguntas na sua novidade e provocação. A Igreja deve fazer um caminho com os jovens, que são protagonistas e não destinatários das suas ações (ações empreendidas com eles, e não para eles). Eles não são apenas o futuro, são também o presente. Na transmissão da doutrina, deve ser usada uma palavra «clara, humana e empática». E «todos os jovens, sem excluir nenhum, estão no coração de Deus, e portanto no coração da Igreja». Uma realidade que – reconhece o documento – nem sempre encontra expressão na ação pastoral, mais virada para dentro do que para fora da Igreja. De um tão extenso e abrangente documento, parece-me que o que mais merece destaque é o apelo final. Um apelo que afasta qualquer tentação de baixar o grau de exigência das propostas que são
apresentadas aos jovens com a ilusão de assim mais facilmente os cativar. É um apelo à santidade, a vocação universal que abarca todas as vocações particulares e que representa «a realização daquele apelo à alegria do amor que ressoa no coração de cada jovem». «Os jovens pediram em alta voz uma Igreja autêntica, luminosa, transparente, alegre e só uma Igreja de santos pode estar à altura de tais pedidos!». Muitos afastaram-se da Igreja porque não encontraram este seu rosto mais belo. A linguagem da santidade é a que «todos os homens e mulheres de todos os tempos, lugares e culturas podem compreender, porque é imediata e luminosa». Através da santidade dos jovens, a Igreja pode «renovar o seu ardor espiritual e o seu vigor apostólico» e «curar as suas feridas». PEDRO VAZ PATTO Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz
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AJUDA A IGREJA QUE SOFRE
Relatório da Fundação AIS sobre a Liberdade
O mundo em Mais violência. Mais perseguição. Mais hostilidade. Menos liberdade. A religião parece um campo de batalha sem fim. Os Cristãos continuam a ser a comunidade mais perseguida. A Fundação AIS acaba de publicar mais um Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo e é assustador o que se lê. E, por muito que custe, é mesmo verdade…
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Nigéria e Espanha Abril de 2018. Igreja de Santo Inácio, em Ukpor-Mbalon, na Nigéria. A Missa está a decorrer
Foto: (C)DR
quando, de súbito, a igreja é invadida por um grupo de pastores fulani, nómadas, mas que são simultaneamente militantes islamitas. O que se segue é indescritível. Morrem 19 pessoas. Dois são sacerdotes. Diz o Padre Alexander Yeyock, pároco na Igreja de São João, em Asso, também na Nigéria: “O ataque tem duas dimensões. A primeira é islamizar a comunidade cristã. A segunda é que os pastores fulani querem
Nigéria Foto: (C)David_Armengou
S
ão centenas de páginas, milhares de casos estudados e uma conclusão principal: há uma guerra não declarada no mundo. É uma guerra ditada pelo extremismo religioso, pelo fanatismo e pela ignorância. Mas é uma guerra concreta que faz vítimas todos os dias. E a maioria dos que morrem, dos que são violentados e perseguidos são cristãos. São pessoas como nós. Mina Habib tem apenas 11 anos. Em Maio do ano pas-
sado ela viajava com os pais num autocarro que se dirigia para o mosteiro de São Samuel, em pleno deserto, na província egípcia de Minya, quando um grupo de homens armados fez parar o veículo. Eram militantes islamitas. Estavam à caça de cristãos. As suas palavras estão escritas, com letra de sangue, no relatório da Fundação AIS. “Eles pediram a identificação ao meu pai e depois disseram-lhe para recitar a profissão de fé muçulmana. Ele recusou-se, dizendo que era cristão. Eles mataram-no a tiro e fizeram o mesmo com todos os outros que estavam connosco…” Eles eram soldados jihadistas do auto-proclamado Estado Islâmico.
Espanha
Religiosa no Mundo
m lágrimas
confiscar a nossa terra arável para a transformar em pastagens…” Espanha. Agosto de 2017. As Ramblas de Barcelona estavam, como sempre, cheias de pessoas, de turistas. Younes Abouyaaqoub atirou literalmente uma carrinha, a alta velocidade, contra a multidão. Quinze pessoas morrem no ataque. Mais de uma centena ficaram feridas. O marroquino, um militante islamita, conduziu a carrinha aos ziguezagues para atingir propositadamente o maior número de pessoas. Entre os mortos deste ataque motivado pelo ódio religioso, estão
duas portuguesas. Avó e neta.
O país mais perigoso Setembro de 2016. Muitas pessoas estão desconsoladas, em lágrimas, na Igreja de Nossa Senhora da Assunção, em Paso Blanco, no estado de Veracruz, no México. Está a decorrer o funeral do Padre Jose Alfredo Suarez de la Cruz. Dias antes, Suarez México foi encontrado
na berma de uma estrada, com as mãos atadas atrás das costas e com o corpo crivado de balas. Nos últimos cinco anos, milhares de mexicanos, entre eles 23 sacerdotes, foram mortos por gangues, organizações criminosas. Os cartéis da droga mantêm o país
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Trabalho minucioso O Relatório da Fundação AIS – referente ao período correspondente de Junho de 2016 a Junho de 2018 – e divulgado esta semana
Card. Dieudonné Nzapalainga República Centro Africana
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Foto: (C)ACN
em simultâneo nas principais capitais da Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália, traça um retrato exaustivo do que se passa no mundo relacionado com os conflitos que têm origem na questão da Liberdade Religiosa. Este relatório é muito importante, pois a liberdade religiosa – ou a falta dela – diz bastante sobre o estado actual do mundo e reflecte os avanços e recuos no desenvolvimento civilizacional da humanidade. O relatório, publicado de dois em dois anos, é um trabalho meticuloso sobre esta matéria, resultado do esforço de uma extensa equipa que monitoriza a informação publicada nos Media, documentos constitucionais e legislação dos diversos países, assim como dados Foto: (C)Burhaan_Kinu__Hindustan_Times__Getty_Images .
Índia
Egipto
Iraque Foto: (C)Massoud_Hossaini_AP_Shutterstock
numa espécie de guerra civil não-declarada, onde é necessário dar sinais de que têm mais poder do que as autoridades. Como diz o Padre Sergio Omar, numa declaração transcrita no Relatório da Fundação AIS, “matar um padre… simboliza uma demonstração de poder por parte das organizações criminosas”. O resultado desta violência, que se traduz todos os dias em raptos, tiroteios, espancamentos, esfaqueamentos e até ataques à bomba, coloca o México no país mais perigoso da América Latina para os sacerdotes.
Foto: (C)Ibrahim_Ezzat__dpa_via_AP
AJUDA A IGREJA QUE SOFRE
Afeganistão
obtidos directamente através da Igreja e de outras instituições presentes no terreno nos diversos continentes. Ao todo, foram analisados 197 países.
Violência sem fim Conclusões? O Relatório da Fundação AIS é um alerta para a situação em que se encontram milhares de pessoas em todo o mundo vítimas da intolerância, fanatismo religioso e terrorismo, mas também da violência exercida por grupos radicais, actores estatais e regimes autoritários. De facto, o documento conclui que a situa-
Foto: (C)KMAsad_LightRocket_Getty_Images
Mianmar
Foto: (C)Plume_Heters_Tannenbaum_Hans_Lucas
França
ção das minorias religiosas se deteriorou em quase metade dos países onde há violações significativas das liberdades, e constata-se, em comparação com o relatório anterior – referente ao período de Junho de 2014 a Junho de 2016 –, que há mais países a sofrerem abusos sistemáticos quanto à prática Foto: (C)Confederation_of_the_Jews_of_France_and_ Friends_of_Israel
França
de culto. Isto traduz-se, na prática, na degradação das condições de vida, por vezes até ao intolerável, para as populações que pertencem a minorias religiosas. Durante os dois anos em análise no relatório da AIS foi possível detectar também um aumento de casos de abuso sexual contra mulheres, por grupos e militantes extremistas em África e no Médio Oriente, assim como em parte do subcontinente indiano. Da mesma forma, há sinais do aumento de islamofobia no Ocidente e de casos de anti-semitismo.
Rumo da humanidade A liberdade religiosa é a mais íntima das liberdades. Está na consciência das pessoas. Quando ela é violada, sobrará o quê? De facto, a liberdade religiosa é um dos principais barómetros – senão mesmo o principal – que nos permite compreender conflitos, ataques, ideologias, guerras que decorrem nos nossos dias. A liberdade religiosa será, seguramente, um dos principais
barómetros para compreendermos o rumo da humanidade. O artigo 18º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, redigido há 70 anos, é taxativo: Todas as pessoas têm direito “à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos”. O caso recente de Asia Bibi, a mulher cristã, mãe de cinco filhos, condenada à morte por blasfémia por ter bebido um copo de água de um poço, e recentemente ilibada de todas as acusações por um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça do Paquistão – mas, mesmo assim, vítima da intolerância de sectores radicais deste país que exigem o seu enforcamento, ilustra bem como o fanatismo, o nacionalismo agressivo e o hiper-extremismo podem condicionar a vida das minorias religiosas, tornando-as reféns de uma violência inaceitável.
Saiba mais em
www.religioun-freedom-reportorg
PAULO AIDO Jornalista da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre
Canção Nova
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TEMA PRINCIPAL
Os jovens no da sinodalida Igreja A Igreja universal viveu no mês de outubro um momento de abertura, acolhimento e de expressão sincera da escuta dos jovens. Aliás, uma Igreja que se constrói é sinal que está ativa e não adormecida. O Sínodo dos Bispos foi uma oportunidade para perceber a realidade da fé dos jovens e o modo como colocar os jovens a refletir e a construir a Igreja de Jesus Cristo. Todavia, uma Igreja que escuta, acompanha, reflete e se constrói permanentemente, sente-se sempre em discernimento. Pois, em atitude de discernimento se buscam os caminhos certos e por sua vez, se percebe que caminhando juntos se entende qual a direção ou o rumo a tomar para compreender a mensagem do Evangelho para o quotidiano. O documento final desta assembleia geral dos
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Canção Nova
caminho ade da bispos assinalou que por meio dos jovens “ressoou no Sínodo a voz de toda uma geração”. Aqui se denota, que este Sínodo criou condições para que a Igreja desse espaço de diálogo e de escuta aos jovens, tornando-os protagonistas na ação eclesial. O Sínodo teve a preocupação de seguir a orientação da Palavra de Deus, procurando olhar para o episodio bíblico dos Discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35) para compreender a missão da Igreja em relação aos jovens da nossa geração. Deste modo, seguiu três modelos: reconhecer, interpretar e escolher. Assim como os discípulos foram reconhecendo Jesus enquanto caminhavam com Ele, a Igreja é chamada a escutar e a valorizar a dimensão da escuta. Uma das reações dos jovens circunscreve-se nesta temática. Dian-
te de um mundo cheio de desafios, onde reinam as redes sociais, os fenómenos migratórios, a família como o alicerce da construção da personalidade, é necessário estar e caminhar ao lado da juventude para perceber/reconhecer as suas vidas. No final desta primeira parte do documento urge o desejo de uma comunidade eclesial mais autêntica e fraterna. Diante deste grande desafio para a Igreja, a autenticidade e a verdade são os meios para criar
uma Igreja mais fraterna e geradora de comunhão. Na segunda parte do documento, o modelo apresentado é o da interpretação tendo como título “abriram-se-lhe os olhos”. A necessidade de interpretar o dom da juventude é extremamente importante para uma compreensão mais clara e assertiva do modelo de fé apresentado, assim como a base de compreensão do mistério da vocação. A juventude, como fase de desenvolvimento, é marCanção Nova
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TEMA PRINCIPAL
cada pelos sonhos e pelas relações que se criam, de forma a abrir um leque de experiências para a construção e descoberta da sua vocação. Diante da riqueza da juventude, a Igreja deve saber acompanhar comunitariamente, em grupo e individu-
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almente. Aí, se mostra a riqueza de quem acompanha e de quem se deixa acompanhar. A descoberta da vocação na juventude está na escuta atenta dos ministros ordenados e dos leigos, como principais acompanhadores da realidade juvenil.
A terceira parte, são as escolhas da Igreja numa ajuda ao jovem ao sentido da missão. Os apóstolos ao reconhecerem Jesus, partiram imediatamente por terem reconhecido a presença de Jesus ao seu lado na fracção do pão. Este ca-
pítulo é mais objetivo nas indicações dadas. É preciso criar as estruturas certas para acompanhar, saber acompanhar nas estruturas e nas relações e proporcionar uma pastoral juvenil mais criativa e dedicada aos jovens. Neste sentido, o jovem perceberá que a sua vocação está sempre voltada para a missão. Um jovem apaixonado pelo que faz, sente-se ligado ao essencial e por sua vez acredita e confia mais plenamente no projeto da Igreja e no seu modelo por excelência: Jesus Cristo. Na conclusão deste documento, o tema elencado é o da santidade. Esse é uma das únicas e mais plenas vocações. A vocação à santidade é o projeto mais exímio e pleno para a pessoa. Deste modo, sentir o pulsar dos jovens na Igreja é sentir a manifestação viva da
santidade de Deus. Através do seu testemunho e da sua radicalidade ao Evangelho, os jovens demonstram que acreditam no modelo da Igreja e percebem que através dela somos chamados a confiar mais plenamente em Jesus Cristo (cabeça da Igreja).
Este documento será uma referência para toda a Igreja, pois através dele saberemos fazer uma leitura mais próxima da realidade juvenil e de perceber qual o papel da Igreja para a juventude no bom discernimento da sua fé e na descoberta da sua vocação.
PADRE FILIPE DINIZ Diretor do Departamento Nacional Pastoral Juvenil
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A minha experiência nas Jornadas Mundiais da Juventude
O
meu nome é Joana, tenho hoje 23 anos e as Jornadas Mundiais da Juventude estão muito presentes na minha caminhada e na minha vida enquanto jovem católica. Foi em 2011, em Madrid que percebi que, na realidade, somos milhões a dizer SIM a este Pai, com um sorriso no rosto e uma alegria inigualável no coração! A festa nas ruas, o silêncio da oração, a partilha de tantas culturas de tantos países diferentes, o entusiasmo de cantar em tantas línguas diferentes com uma mensagem comum, foram vivências que me aqueceram o coração. Daí, surgiu o entusiasmo a ser testemunha partilhando este Amor e esta alegria com tantos outros jovens que se cruzariam no meu caminho. Cracóvia teve um sabor diferente, pois vivenciei toda a organização e preparação desta viagem, onde tive a oportunidade de acompanhar e ver crescer o grupo que partiu de Coimbra com o secretariado da pastoral juvenil. Nesta aventura, os desafios foram imensos. O que guardo com mais carinho foi toda a vivência da equipa que preparou e acompanhou estes jovens de Coimbra, a entrega de cada pessoa que nos recebeu ao abrir a porta das suas casas para nos proporcionar a melhor experiência possível e a transformação do olhar de cada jovem que disse SIM a esta aventura repleta de partilha e alegria! Não posso deixar de falar em cada uma destas JMJ sem lembrar com carinho a oportunidade de estar e ouvir de perto as palavras que os nossos Papas nos dirigiram de coração aberto. Jornada Mundial da Juventude é alegria, partilha, festa, oração, ser Jovem, entusiasmo e é crescer e dizer SIM a este Pai em cada dia das nossas vidas! JOANA SÁ Equipa do Secretariado da Pastoral Juvenil de Coimbra – Arciprestado Chão de Couce - Pombal
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PSICOLOGIA
Os desafios da juventude A
juventude é a melhor fase da vida, como muitos dizem. Isto porque os jovens estão no auge das suas forças, do seu autoconhecimento, cheios de questões interiores e exteriores, sedentos de respostas e estímulos. Carregam em si uma potência capaz de os fazer mover montanhas, se quiserem. O jovem é, por si mesmo, embrenhado em motivação, ou seja, possui uma força interior que o move para determinado objectivo.
A motivação é a característica mais relevante no comportamento humano, segundo diversos psicólogos, entre eles o psiquiatra Enrique Rojas (conferir no livro “Não te rendas”), visto ser o que desperta, fornece energia, orienta e regula determinado comportamento. O jovem quer ser ativo, quer sentir-se útil, mesmo que não o demonstre, é o que está no seu âmago. Um jovem possui tudo isto! No entanto, o jovem nem sempre chega a alcançar Foto: jessica-d-vega_unsplash
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Foto: joshua-earle_unsplash
esta motivação, pois fica na primeira fase dos desejos e impulsos e esta fase não lhe dá a estabilidade nem a força para permanecer em determinado objectivo. As grandes dificuldades que os jovens enfrentam hoje são a fugacidade, a superficialidade e o impulso. Clarificando, o jovem vive do desejo, que tem uma duração mínima, fica-se pelas emoções do momento; não há aprofundamento, empenho nem dedicação a algo, ele desiste facilmente dos seus objetivos; e age no impulso, não consegue controlar os seus desejos imediatos e acaba por tomar uma atitude sem pen-
sar nas consequências das suas acções. A juventude é, igualmente, um momento de pisar o risco, de transgredir regras e testar limites. O jovem quer descobrir até onde pode ir, o que é capaz, mas necessita de equilíbrio e discernimento, visto que esta motivação pode ser mal gerenciada e dirigida a um objetivo nocivo para si mesmo ou para outro. Actualmente, as tecnologias levam os jovens a deixar de comunicar entre si, de reflectir sobre si mesmo, pois encontram-se muito embrenhados em jogos, chats, redes sociais que os fazem sonhar com
vidas que não existem, que não são reais. A falta de comunicação, de diálogo não permite que o jovem amadureça a sua personalidade, que se conheça verdadeiramente, que estabeleça prioridades na sua vida, crie objetivos a alcançar, sonhos a realizar e, portanto, não se desenvolve equilibradamente. Cresce dentro dele um vazio interior que aumenta rapidamente e começa a deixa-lo apático, prostrado, desmotivado, sem rumo. Jovem, não deixes que isto te aconteça, não te deixes apoderar pelo desânimo. Sai da casca, sai do vício, rompe com a tua rotina.
Foste feito para muito mais, tens em ti um poder que não conheceste ainda. Estamos no início do ano, faz propósitos para ti e traça metas a alcançar ao longo deste ano. Procura ajuda, se assim achares mais fácil (um adulto de confiança, um padre ou quem sabe um psicólogo se percebes que já estás num limite). Que Bom Bosco, padroeiro dos jovens, guie os teus passos nesta luta diária de conversão e mudança de vida. MARTA FAUSTINO Psicológa Missionária da Comunidade Canção Nova
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ARTIGO DE OPINIÃO
Os opostos se tocam
Existe um ditado que nos diz que quando queremos saber o valor de uma pessoa… demos-lhe tudo o que nos pedir e diz precisar e, passado algum tempo, comecemos a retirar-lhe tudo o que lhe foi dado. Ao pensarmos em juventude e em velhice estaremos, de algum modo, perante a enorme lição que retiramos deste ditado, de que me lembrei. Depois, há que não esquecer que há também aquele tempo da nossa vida em que precisamos de tudo, que é a infância, e também aquela etapa em que muitos chegam mesmo a pensar que têm tudo, que tudo lhes pertence como seu e que “felizmente” nada precisam de ninguém, que é o estado em que alguns adultos chegam e ainda se encontram, sem disfarçar a sua loucura. A vida é um mistério que anda entre possibilidades e impossibilidades. Entre a dinâmica do crescer e do envelhecer.
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Foto: rod-long_unsplash
E
Entre o pedir e prescindir. Entre o precisar e o abdicar. Importa é que “estes lugares” se conheçam e convivam muito entre si. Uns não se entendem sem os outros pois tudo faz a unidade. Todos juntos e em harmonia (sem desentendimento nem conflito) valorizam-se e, no reconhecimento mútuo, ajudam-se a viver e a agradecer cada etapa do nosso caminhar pela vida humana. Que podemos pensar da situação em que uma criança se vê privada do suporte que a sustenta em todas as dimensões do seu viver? Ou de um jovem que não vai tentando a sua liberdade de escolha e de autodeterminação, apoiado e recebendo as ajudas de que precisa devido às suas escolhas e segundo as suas capacidades descobertas e motivadoras de desenvolvimento? Convém não esquecer que a sua vinda da infância o ajuda a querer avançar e assumir a luta que o es-
pera para alcançar essa etapa da nossa vida em que alcançamos o temos e do que temos queremos repartir com quem está, claramente, carente dessa comunhão de vida. É essa etapa de quem que está “na força da vida”, que se chama vida adulta. É nessa altura que a pessoa se sente responsável por si e pelos seus mas que, se não olha para estes laços com amor sente-se enredado e com uma louca vontade de
Foto: nathan-anderson_unsplash
se desenvencilhar (libertar) destes “pesos”. Que pobreza é este sentimento que isola a pessoa no seu egoísmo imaturo e desumanizador! Já agora… saber envelhecer tem também as suas dificuldades próprias. Afinal, qual a etapa, das que falámos, que as não tem. Perder faculdades físicas e abandonar pessoas e lugares onde tanto se alcançou e pessoas companheiras de luta, não é fácil nem, em si, muito agradável de se viver se não se possui a visão do todo.
Tudo isto é verdade e inevitável. Tudo tem as suas dificuldades mas também a sua beleza e as suas alegrias. Com características que cada uma destas etapas implica e reclama. O que acontece muitas vezes é que, por não as entender nem se esforçar para que tal aconteça muitos são os que põem os pés pelas mãos e vivem sempre ao arrepio do que deveriam viver. Significa isto que na infância pensam que o melhor era ser jovem, quando jovens não sabem se é melhor voltar a ser criança ou avançar para ser melhor adulto do que os loucos adultos que conhecem. Já quanto à velhice… quantos são felizes apesar de se verem a ter de “largar tudo” como se de uma entrega pessoal se tratasse, com felicidade por tal acontecer, sem ficar nos lamentos estéreis de quem só lembra o passado em nome de justificar que o presente é só ausência de tudo. Uma ilusão injusta, dolorosa e entristecedora. Importa, como nos lembra o Papa Francisco no diálogo
registado no livro “Deus é Jovem”, que a ligação, o convívio, a partilha entre jovens e velhos aconteça e se desenvolva. Uns e outros têm muito a aprender e a ensinar. Parecendo opostos, lembremos que os opostos se tocam. Uns têm muitas perguntas para fazer à muita experiência dos outros. Uns, muita pressa que os leva a pensar que o tempo demora muito a passar e os outros têm muito vagar e vêem o tempo a correr tão rápido como corre a lança num tear. Talvez por isso mesmo a Sagrada Escritura nos relate o encontro de Maria e José com os velhos Simeão e Ana, junto às portas do Templo. Que este desafio de convívio e partilha seja tomado com natural alegria. Para bem de todos. PADRE JOSÉ LUÍS BORGA Diocese de Santarém
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ESPIRITUALIDADE
CONSAGRADOS PARA AMAR
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Foto: bundo-kim_unsplash
T
odos os batizados são consagrados para amar e servir, para se entregarem a Deus de um modo radical. A unção do Espírito, com a sua consagração, faz dos batizados consagrados com Cristo. Somos um povo sacerdotal. Mas entre esses consagrados pelo baptismo, Deus chama alguns jovens, alguns homens ou mulheres para os consagrar para o serviço exclusivo d’Ele e dos irmãos, na vida consagrada: religiosos, religiosas, membros de institutos seculares e de sociedades de vida apostólica. Todos consagrados, vivendo os compromissos dos votos, da oferta radical em castidade, pobreza e obediência, para mais amar e servir. Os votos feitos pelos consagrados são o modo mais eloquente, mais simples e mais radical, de estarem disponíveis para o maior louvor e serviço, para amarem com um coração mais universal, para servirem sendo “tudo para todos”. Os consagrados, pelos votos, já não se pertencem, são de Deus e dos irmãos e querem viver a sua entrega na maior generosidade. Os votos torna-os “propriedade pública”, para de coração universal prestarem o maior serviço, o bem mais
universal, a graça de serem para os outros, dando-se de alma e coração, vivendo para amar e servir sempre e a todos. Qualquer que seja a espiritualidade, qualquer que seja o carisma, o fundador ou a fundadora, a história da ordem, da congregação, do instituto, da sociedade de vida apostólica, todos têm como elo de unidade e de compromisso, este amor universal, esta oferta radical, esta graça de serem servos, para que todos tenham vida e a tenham em abundância. Os votos, sendo resposta generosa à consagração de Deus, sendo profissão pública de oferta e de generosidade, torna-os cidadãos do universo, sentinelas da esperança, corações em amor e em dádiva total de si mesmos. Querem ser castos, pobres e obedientes para poderem amar mais e servir melhor, para morrerem para si próprios e serem todos para os outros, num compromisso de vida evangélica mais audaz e mais radical. No meio de um mundo consumista, erótico, libertino, onde reina o egoísmo, o egocentrismo, de um mundo seduzido pelo ter, pela aparecer, pelo poder, pelo prazer fútil e sensual, pela opulência, pela violência da força déspota, pela vaidade ridícula, pela cenobeira social, os consagrados vivendo os votos querem, com as suas vidas, com os seus corações abertos ao amor mais universal, que vence fronteiras de etnias, de tribos, de cor de
pele, que vence distâncias, culturas, querem apesar das suas fragilidades, serem pessoas de dom generoso, cada vez mais evangélico. Querem imitar Jesus que foi casto e virgem, que foi pobre e humilde, que viveu a obediência amorosa ao Pai e à Sua vontade. Querem escrever com as suas vidas um “quinto” evangelho, uma carta vida, passando fazendo o bem e sendo testemunhas do amor de Deus.
dom de serem bons samaritanos. Querem gritar com as suas vidas, os seus corações e o seu dom sempre mais radical e mais audacioso, que Deus que os consagrou é amor e os envia a amar sem medida. Querem, como Santa Teresinha, viver a vocação do amor, ou como Santo Inácio de Antioquia serem trigo moído para serem “hóstias vivas”. Querem como Inácio de Loyola
A maneira de estar no mundo sem ser do mundo dá-lhes um tom de vida um pouco raro, porque diferente da maioria esmagadora dos cristãos, mas que anuncia o reino futuro, os novos céus e a nova terra. São sinal do céu, da pátria celeste onde só se viverá o amor. São sinal dessa comunhão, dessa partilha que o amor realiza. Despojados de si e das coisas, vivendo um amor casto, testemunham a comunhão trinitária e vivem o amor de servos dos irmãos. São homens e mulheres que assumem na vida o lava-pés de Jesus, a graça de serem bons pastores, o
viverem para a maior glória de Deus, ou como Teresa de Ávila, sofrer ou morrer por Ele. Vivem a paixão de Catarina de Sena, que fazendo do seu coração uma cela para estar com seu Deus, grita que não deseja outra coisa senão fogo ou sangue, para que a imolação revele mais e mais o amor que a devora. Desejando todos, embora sujeitos a muitas fraquezas e tempestades, glorificar, com as suas vidas e os seus votos, a Trindade Santa. PADRE DÁRIO PEDROSO Diocese - Lisboa
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PROGRAMAÇÃO Rádio Canção Nova 103.7 FM
Terça
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Boa Semente
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Boa Semente
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Terço Misericórdia / Ofício
Terço Misericórdia / Ofício
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O Outro Lado Existe
O Outro Lado Existe
O Outro Lado Existe
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Amor Vencerá
Amor Vencerá
Amor Vencerá
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No Coração da Igreja
No Coração da Igreja
No Coração da Igreja
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Terço Mariano
Terço Mariano
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De bem com a Vida
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De bem com a Vida
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De bem com a Vida
De bem com a Vida
De bem com a Vida
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De bem com a Vida
De bem com a Vida
De bem com a Vida
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Sorrindo pra Vida
Sorrindo pra Vida
Sorrindo pra Vida
11:00
Santa Missa – Santuário
Santa Missa – Santuário
Santa Missa – Santuário
Horário
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Segunda
Te
S
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Noticiário RR
Noticiário RR
Noticiário RR
12.15
Noticiário Rádio Vaticano
Noticiário Rádio Vaticano
Noticiário Rádio Vaticano
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Noticiário Canção Nova
Noticiário Canção Nova
Noticiário Canção Nova
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Desporto Nacional RR
Desporto Nacional RR
Desporto Nacional RR
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Uma de Musica
Uma de Musica
Uma de Musica
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Mãos Unidas
Mãos Unidas
Mãos Unidas
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Terço Misericórdia
Terço Misericórdia
Terço Misericórdia
16.00
Ao Som da Tarde
Ao Som da Tarde
Ao Som da Tarde
17:00
Na Escola da Fé
No Colo da Mãe
Jardim da Igreja
18.00
Notícias / Rádio Vaticano
Notícias / Rádio Vaticano
Notícias / Rádio Vaticano
N
18.30
Terço Capelinha/Directo
Terço Capelinha/Directo
Terço Capelinha/Direct
T
19.00
Regresso a Casa
Regresso a Casa
Regresso a Casa
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Regresso a Casa
Regresso a Casa
Regresso a Casa
21:00
Sementes do Verbo
Porta Aberta – RR
Direção Espiritual
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Nova Noite
Nova Noite
Nova Noite
23:00
Nova Noite
Nova Noite
Nova Noite
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Musica e Vida
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Som e Vida
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Madrugada Amiga
Madrugada Amiga
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Sucessos Canção Nova
erço Misericórdia / Ofício
Terço Misericórdia / Ofício
Terço Miser / Caminho Emaus
Boa Semente
O Outro Lado Existe
O Outro Lado Existe
Fé e Musica
Fé e Musica
Amor Vencerá
Amor Vencerá
Boa Semente
O Outro Lado Existe
No Coração da Igreja
No Coração da Igreja
Caminho Emaus – Paulos
Ofício Nossa Senhora
Terço Mariano
Terço Mariano
Terço Mariano
Terço Mariano
De bem com a Vida
De bem com a Vida
A Voz do Pastor
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Canção Nova
35
LITURGIA JA N E I RO 1 - TERÇA-FEIRA: Oitava do Natal do Senhor
SANTA MARIA, MÃE DE DEUS – SOLENIDADE L 1 Num 6, 22-27; Sal 66 (67), 2-3. 5-6 e 8 L 2 Gal 4, 4-7;Ev Lc 2, 16-21
2 - QUARTA-FEIRA do Tempo do Natal
SS. Basílio Magno e Gregório de Nazianzo, bispos e doutores da Igreja – MO L 1 1 Jo 2, 22-28; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4 Ev Jo 1, 19-28
3 - QUINTA-FEIRA do Tempo do Natal Santíssimo Nome de Jesus – MF L 1 1 Jo 2, 29 – 3, 6; Sal 97 (98), 1. 3cd-4. 5-6 Ev Jo 1, 29-34
4 - SEXTA-FEIRA do Tempo do Natal L 1 1 Jo 3, 7-10; Sal 97 (98), 1. 7-8. 9 Ev Jo 1, 35-42
5 - SÁBADO do Tempo do Natal
L 1 1 Jo 3, 11-21; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5 Ev Jo 1, 43-51
6 - DOMINGO DA EPIFANIA DO SENHOR SOLENIDADE L 1 Is 60, 1-6; Sal 71 (72), 2. 7-8. 10-11. 12-13 L 2 Ef 3, 2-3a. 5-6 Ev Mt 2, 1-12
7 - SEGUNDA-FEIRA depois da Epifania
S. Raimundo de Penaforte, presbítero – MF L 1 1 Jo 3, 22 – 4, 6; Sal 2, 7-8. 10-11 Ev Mt 4, 12-17. 23-25
7 - SEGUNDA-FEIRA depois da Epifania
S. Raimundo de Penaforte, presbítero – MF L 1 1 Jo 3, 22 – 4, 6; Sal 2, 7-8. 10-11 Ev Mt 4, 12-17. 23-25
8 - TERÇA-FEIRA depois da Epifania L 1 1 Jo 4, 7-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8 Ev Mc 6, 34-44
9 - DOMINGO II DO ADVENTO L 1 Bar 5, 1-9; Sal 125 (126), 1-2ab. 2cd-3. 4-5. 6 L 2 Filip 1, 4-6. 8-11 Ev Lc 3, 1-6
10 - SEGUNDA-FEIRA da semana II L 1 Is 35, 1-10; Sal 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14 Ev Lc 5, 17-26
11 - TERÇA-FEIRA da semana II
S. Dâmaso I, papa – MF L 1 Is 40, 1-11; Sal 95 (96), 1-2. 3 e 10ac. 11-12. 13 Ev Mt 18, 12-14
13 - DOMINGO do Baptismo do Senhor
16 - QUARTA-FEIRA da semana I
1 - SEXTA-FEIRA da semana III
17 - QUINTA-FEIRA da semana I
02 - SÁBADO da semana III
L 1 Hebr 2, 14-18; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9 Ev Mc 1, 29-39
S. Antão, abade – MO L 1 Hebr 3, 7-14; Sal 94 (95) (95), 6-7. 8-9. 10-11 Ev Mc 1, 40-45
18 - SEXTA-FEIRA da semana I L 1 Hebr 4, 1-5. 11; Sal 77 (78), 3 e 4bc. 6c-7. 8 Ev Mc 2, 1-12
19 - Sábado da semana I
L 1 Hebr 4, 12-16; Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 15 Ev Mc 2, 13-17
20 - DOMINGO II DO TEMPO COMUM
L 1 Is 62, 1-5; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 7-8a. 9-10ac L 2 1 Cor 12, 4-11 Ev Jo 2, 1-11
21- SEGUNDA-FEIRA da semana II S. Inês, virgem e mártir – MO L 1 Hebr 5, 1-10; Sal 109 (110), 1. 2. 3. 4 Ev Mc 2, 18-22
22- TERÇA-FEIRA da semana II
S. Vicente, diácono e mártir – MF L 1 Hebr 6, 10-20; Sal 110 (111), 1-2. 4-5. 9 e 10c Ev Mc 2, 23-28
23 - QUARTA-FEIRA da semana II L 1 Hebr 7, 1-3. 15-17; Sal 109 (110), 1. 2. 3. 4 Ev Mc 3, 1-6
24 - QUINTA-FEIRA da semana II S. Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja – MO L 1 Hebr 7, 25 – 8, 6; Sal 39 (40), 7-8a. 8b-9. 10. 17 Ev Mc 3, 7-12
25 - SEXTA-FEIRA da semana II
Conversão de S. Paulo, Apóstolo – FESTA L 1 Act 22, 3-16 ou Act 9, 1-22; Sal 116, 1. 2 Ev Mc 16, 15-18
26 - SÁBADO da semana II
L 1 2 Tim 1, 1-8 ou Tit 1, 1-5; Sal 95, 1-2a. 2b-3. 7-8a. 10 (próprias) Ev Mc 3, 20-21 ou Lc 10, 1-9 (apropriado)
27 - DOMINGO III DO TEMPO COMUM
L 1 Ne 8, 2-4a. 5-6. 8-10; Sal 18 B (19), 8. 9. 10. 15 L 2 1 Cor 12, 12-30 ou 1 Cor 12, 12-14. 27 Ev Lc 1, 1-4: 4, 14-21
28 - SEGUNDA-FEIRA da semana III S. Tomás de Aquino, presbítero e doutor da Igreja – MO
FESTA L 1 Is 42, 1-4. 6-7; Sal 28 (29), 1-2. 3ac-4. 3b e 9b-10 L 2 Act 10, 34-38 Ev Lc 3, 15-16. 21-22
29 - TERÇA-FEIRA da semana III
14 - SEGUNDA-FEIRA da semana I
L 1 Hebr 10, 11-18; Sal 109 (110), 1. 2. 3. 4 Ev Mc 4, 1-20
L 1 Hebr 1, 1-6; Sal 96 (97), 1 e 2b. 6 e 7c. 9 Ev Mc 1, 14-20
15 - TERÇA-FEIRA da semana I
L 1 Hebr 2, 5-12; Sal 8, 2a e 5. 6-7. 8-9 Ev Mc 1, 21-28
36
F EV E R E I RO
Canção Nova
L 1 Hebr 10, 1-10; Sal 39 (40), 2 e 4ab. 7-8a. 10-11 Ev Mc 3, 31-35
30 - QUARTA-FEIRA da semana III 31 - QUINTA-FEIRA da semana III S. João Bosco, presbítero – MO L 1 Hebr 10, 19-25; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6 Ev Mc 4, 21-25
L 1 Hebr 10, 32-39; Sal 36 (37), 3-4. 5-6. 23-24. 39-40 Ev Mc 4, 26-34
Apresentação do Senhor – FESTA L 1 Mal 3, 1-4; Sal 23 (24), 7. 8. 9. 10 Ev Lc 2, 22-40 ou Lc 2, 22-32
03 - DOMINGO IV DO TEMPO COMUM
L 1 Jer 1, 4-5. 17-19; Sal 70 (71), 1-2. 3-4a. 5-6ab. 15ab e 17 L 2 1 Cor 12, 31 – 13, 13 Ev Lc 4, 21-30
04 - SEGUNDA-FEIRA da semana IV
16 - SÁBADO da semana V Santa Maria no Sábado – MF L 1 Gen 3, 9-24; Sal 89 (90), 2. 3-4. 5-6. 12-13 Ev Mc 8, 1-10
17- DOMINGO VI DO TEMPO COMUM L 1 Jer 17, 5-8; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6 L 2 1 Cor 15, 12. 16-20 Ev Lc 6, 17. 20-26
18 - SEGUNDA-FEIRA da semana VI S. Teotónio, presbítero – MO L 1 Gen 4, 1-15. 25; Sal 49 (50), 1 e 8. 16bc-17. 20-21 Ev Mc 8, 11-13
S. João de Brito, presbítero e mártir – MO L 1 Hebr 11, 32-40; Sal 30 (31), 20. 21. 22. 23. 24 Ev Mc 5, 1-20
19 - TERÇA-FEIRA da semana VI
05 - TERÇA-FEIRA da semana IV
20 - QUARTA-FEIRA da semana VI
06 - QUARTA-FEIRA da semana IV
21- QUINTA-FEIRA da semana VI
S. Águeda, virgem e mártir – MO L 1 Hebr 12, 1-4; Sal 21 (22), 26b-27. 28. 30. 31-32 Ev Mc 5, 21-43
SS. Paulo Miki e Companheiros, mártires – MO L 1 Hebr 12, 4-7. 11-15; Sal 102 (103), 1-2. 13-14. 17a e 18;Ev Mc 6, 1-6
07 - QUINTA-FEIRA da semana IV L 1 Is 53, 1-10; Sal 21 (22), 7-8. 15. 17-18a. 22-23 Ev Jo 19, 28-37 ou Jo 20, 24-29
8 - SEXTA-FEIRA da semana IV S. Jerónimo Emiliano – MF L 1 Hebr 13, 1-8; Sal 26 (27), 1. 3. 5. 8b-9abc Ev Mc 6, 14-29
09 - SÁBADO da semana IV Santa Maria no Sábado – MF L 1 Hebr 13, 15-17. 20-21; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6 Ev Mc 6, 30-34
10- DOMINGO V DO TEMPO COMUM L 1 Is 6, 1-2a. 3-8; Sal 137 (138), 1-2a. 2bc-3. 4-5. 7c-8 L 2 1 Cor 15, 1-11 ou 1 Cor 15, 3-8. 11 Ev Lc 5, 1-11
L 1 Gen 6, 5-8 – 7, 1-5. 10; Sal 28 (29), 1 e 2. 3ac-4. 3b e 9b-10 Ev Mc 8, 14-21 SS. Francisco e Jacinta Marto – MF L 1 Gen 8, 6-13. 20-22; Sal 115 (116), 12-13. 14-15. 18-19 Ev Mc 8, 22-26
S. Pedro Damião, bispo e doutor da Igreja – MF L 1 Gen 9, 1-13; Sal 101 (102), 16-18. 19-21. 29 e 22-23 Ev Mc 8, 27-33
22 - SEXTA-FEIRA da semana VI
Cadeira de S. Pedro, Apóstolo – FESTA L 1 1 Pedro 5, 1-4; Sal 22 (23), 1-3. 4. 5. 6 Ev Mt 16, 13-19
23 - SÁBADO da semana VI
S. Policarpo, bispo e mártir – MO L 1 Hebr 11, 1-7; Sal 144 (145), 2-3. 4-5. 10-11 Ev Mc 9, 2-13
24 - DOMINGO VII DO TEMPO COMUM L 1 1 Sam 26, 2. 7-9.12-13.22-23; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 8 e 10. 12-13 L 2 1 Cor 15, 45-49 Ev Lc 6, 27-38
25 - SEGUNDA-FEIRA da semana VII L 1 Sir 1, 1-10; Sal 92 (93), 1ab. 1c-2. 5 Ev Mc 9, 14-29
11- SEGUNDA-FEIRA da semana V Nossa Senhora de Lurdes – MF L 1 Gen 1, 1-19; Sal 103 (104), 1-2a. 5-6. 10 e 12. 24 e 35c Ev Mc 6, 53-56
26 -TERÇA-FEIRA da semana VII
12- TERÇA-FEIRA da semana V L 1 Gen 1, 20 – 2, 4a; Sal 8, 4-5. 6-7. 8-9 Ev Mc 7, 1-13
L 1 Sir 4, 12-22 (gr. 11-19); Sal 118 (119), 165 e 168. 171 e 172. 174 e 175 Ev Mc 9, 38-40
13 - QUARTA-FEIRA da semana V L 1 Gen 2, 4b-9. 15-17; Sal 103 (104), 1-2a. 27-28. 29bc-30 Ev Mc 7, 14-23
14 - QUINTA-FEIRA da semana V S. Cirilo, monge, e S. Metódio, bispo, Padroeiros da Europa – FESTA L 1 Act 13, 46-49; Sal 116 (117), 1. 2 Ev Lc 10, 1-9
15 - SEXTA-FEIRA da semana V L 1 Gen 3, 1-8; Sal 31 (32), 1-2. 5. 6. 7 Ev Mc 7, 31-37
L 1 Sir 2, 1-13 (gr. 1-11); Sal 36 (37), 3-4. 18-19. 27-28. 39-40 Ev Mc 9, 30-37
27- QUARTA-FEIRA da semana VII
28 - QUINTA-FEIRA da semana VII
L 1 Sir 5, 1-10 (gr. 1-8); Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6 Ev Mc 9, 41-50
Canção Nova
37
CALENDÁRIO
2019
Festa da Misericórdia 28 de abril – Fátima Hossana Portugal – 20 e 21 de julho Encontro Família Canção Nova – dezembro
JANEIRO
FEVEREIRO
dom.
F 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
31
Sem.
31
32
33
34
35
Sem.
29 30 31
seg.
12 13 14 F 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30 31
seg.
1 2 3 4
5 6 7 8 9 10 11
dom.
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 F 20 P
22 23 24 F 26 27 28
Sem.
27
28
29
30
seg.
dom.
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
Sem.
40
41
42
43
44
Sem.
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
seg.
1 2 3 4 F 6
7 8 9 10 11 12 13
qui. sex. sáb.
ter. qua. qui. sex. sáb.
ter. qua. qui. sex. sáb. dom.
38
Canção Nova
qui. sex. sáb.
JUNHO ter. qua. qui. sex. sáb. dom.
AGOSTO ter. qua. qui. sex. sáb. dom.
OUTUBRO seg.
ter. qua.
MAIO
JULHO
sáb.
24 25 26 27 28 29 30
seg.
seg.
qui.
1 2
17 18 19 F 21 22 23
29 30
17
sex.
26
F 11 12 13 14 15 16
21
16
ter. qua.
ABRIL
ter.
25
3 4 5 6 7 8 9
20
15
qua.
24
seg.
19
14
sáb.
23
27 28 29 30 31
18
Sem.
qui.
22
Sem.
dom.
sex.
Sem.
18
28 29 30 31
seg.
F 2 3 4 5 6
21 22 23 24 25 26 27
ter.
22
seg.
dom.
18 19 20 21 22 23 24
14 15 16 17 18 19 20
qua.
dom.
1 2 3
11 12 13 14 15 16 17
25 26 27 28
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
7 8 9 10 11 12 13
sáb.
25 26 27 28 29 30 31
Sem.
Sem.
qui.
13
18 19 20 21 22 23 24
09
05
sex.
12
11 12 13 14 15 16 17
08
04
ter.
11
4 E 6 7 8 9 10
07
03
qua.
10
06
02
seg.
MARÇO 09
05
01
Sem.
SETEMBRO
sáb. dom.
38
39
40
16 17 18 19 20 21 22
23 24 25 26 27 28 29
30
1
9 10 11 12 13 14 15
qui. sex. sáb. dom.
DEZEMBRO
45
46
47
48
Sem.
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30
seg.
F 2 3
4 5 6 7 8 9 10
qui. sex.
37
2 3 4 5 6 7 8
ter.
44
ter.
36
qua.
NOVEMBRO qua.
35
48
49
50
51
52
01
9 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23 24 N 26 27 28 29
30 31
F
2 3 4 5 6 7 F
ter. qua. qui. sex. sáb. dom.
“A NOSSA PARA UM
MISSÃO É EVANGELIZAR, FORMAR HOMENS NOVOS
MUNDO NOVO!”
MONS.JONAS ABIB
AGENDA JAN/FEV
EVENTOS
249 530 600 opção 05 eventos.cancaonova.pt eventos@cancaonova.pt
13
Tarde de oração em Beijós – Viseu Tema: Eis que renovo todas as coisas Local: Paróquia de São João Batista Rua Afonso Costa, 49, Beijós– Viseu Horário: 11h30 às 17h00
20
Tarde de oração Tema: Eis que renovo todas as coisas Local: Igreja Santa Eulália de Beiriz Av. Eng. Ezequiel de Campos, 141 – Povoa de Varzim Horário: 14h30 às 19h00
27
Seminário de Vida Tema: O amor de Deus Local: Com. Canção Nova – Casa de Maria Rua São José, 26 – Fátima Horário: 14h30 às 18h00
10
Tarde de oração no Feijó Tema: Nos braços da Divina Providência Local: Igreja Paroquial de São José Operário R. José Estêvão Coelho de Magalhães,13B Horário: 11h00 às 17h00
24
Tarde de oração em Oeiras Tema: Nos braços da Divina Providência Local: Igreja Matriz de Oeiras, Largo 05 de Outubro, 20 Horário: 14h30 às 18h00
JAN
JAN
JAN
FEV
FEV
RETIRO
QUARESMAL Dias 2 e 3 de MARÇO de 2019 Tema: “ Há mais alegria em dar do que em receber” (At 20, 35) Pregador: Pe. José Andrade Local: R esidencial Mater Dei Estrada da Batalha, 7 2495-405 Fátima Sábado e Domingo: 09h00 às 18h00
Inscrições: eventos.cancaonova.pt telefone: 249530600 - opção 05
PORTUGAL