REVISTA - NOV-DEZ

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TEMA PRINCIPAL

“Noite feliz, noite feliz...”

Ano XIII - n.º 154 - NOV/DEZ – 2019 – Revista bimestral ISSN 1646 – 9461 Preço : 2,50€ ( Portugal ) 3,50€ Europa – 4,50€ resto do Mundo


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PODEROSA NOVENA MARIA PASSA À FRENTE

Você precisa de curas, milagres e prodígios? Em Caná da Galileia, Maria passou à frente da falta de vinho, e Jesus realizou o seu primeiro milagre. Também, hoje, Maria quer passar à frente das suas intenções e necessidades... E o milagre acontecerá! Seja qual for a graça que você precisa alcançar, clame de todo o coração: “Maria, passa à frente!”.

LV. SE TU QUERES EU QUERO Evando Nunes

Este livro pretende despertar, em cada leitor, o desejo em cumprir a vontade de Deus, e assumir as consequências e os frutos do “sim” ao projecto salvífico do Pai.

LV. A GUERRA DOS CRISTEROS

O livro relata, de forma sucinta, a guerra que os católicos mexicanos travaram entre 1926 e 1929 contra o governo de seu país, que queria acabar com a presença da Igreja no México.Os católicos que pegaram em armas foram chamados de “cristeros” por seus inimigos, em razão de seu grito de combate “Viva Cristo Rei” . Conheça também nestas páginas um pouco da vida impressionante do Beato Sanches Del Rio, o jovem martirizado na guerra, aos 14 anos. Uma história bélissima de coragem e de fé. Vale a pena conhecer com detalhes.

agendas 2020 Loja de Lisboa Rua Camilo Castelo Branco n.º 29 | 1150 - 083 Lisboa | Tel. (+0351)249 530 600 Aberto de Segunda a sexta-feira: 9:30 - 12:30 / 13:30 - 18:30

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Sábado: Encerrado | Domingo: Encerrado

Loja de Fátima Av. de Dom José Alves Correia da Silva 276 | 2495-402 Fátima Aberto todos os dias das 10:00 às 19:00


SUMÁRIO PALAVRA DO FUNDADOR | 04-05

UM NATAL DIFERENTE, TOTALMENTE DIFERENTE

GOTAS DO CARISMA | 06-07 O REI QUE VEM AO NOSSO ENCONTRO TEMPO DE RECOMEÇAR O QUE ESPERAMOS DO ANO NOVO?

TESTEMUNHO DE BENFEITOR | 10 PALAVRA PARA O BENFEITOR | 11 SALESIANOS | 12-13 UM REI ESPECIAL

EM SINTONIA COM A IGREJA | 14 -15 SOLENIDADE DE TODOS OS SANTOS UMA MULTIDÃO DE TODOS OS TEMPOS E LUGARES

IGREJA EM PORTUGAL | 16 -17 NOTA DA COMISSÃO NACIONAL JUSTIÇA E PAZ (CNJP)

AJUDA A IGREJA QUE SOFRE | 18-19 A CAMINHO DOS ALTARES

TEMA PRINCIPAL | 20-23 “NOITE FELIZ, NOITE FELIZ...”

CONVIDADO ESPORÁDICO | 24-25 NOITE DE PAZ

PSICOLOGIA | 26-27 O SONHO ELEVA A NOSSA ALMA

ARTIGO DE OPINIÃO| 28-29 A VIDA É VENCEDORA SOBRE A MORTE

ESPIRITUALIDADE | 30-31 CELEBRAR A IMACULADA CONCEIÇÃO

MISSÃO NA ÁFRICA | 34-35 LITURGIA | 36 NOVEMBRO | DEZEMBRO

AGENDA | 39

Ficha Técnica

NOVEMBRO/DEZEMBRO

Proprietário/Editor: Comunidade Canção Nova NPC: 505 556 391 | Estrada da Batalha, 68 AP 199 | 2496-908 FÁTIMA Presidente: Monsenhor Jonas Abib Diretor: Paulo Azadinho Administrador: Micheline da Silva Coordenação e Redação: Eliziane da Rosa Revisão Ortográfica: Paula Ferraz Projecto Gráfico: Débora Líra, Multiponto, SA Colaboradores nesta edição: Monsenhor Jonas Abib, Paulo Azadinho, Sandra Silva, Micheline da Silva, Padre Rui Alberto, Padre António Justino, Pedro Vaz Patto, Paulo Aido, Clarice, Padre Ademir, Padre José Andrade, Padre Valdnei Teodoro, Shahir Rahemane, Marta Faustino, Pe. José Luís Borga, Pe. Dário Pedroso Impressão: Multiponto, SA | Rua da Fábrica, 260 | 4585-013 Baltar Capa: Copyright: Canção Nova Portugal - direitos | Tiragem: 11.000 exemplares | Assinatura mensal: 2,50 €

editorial

E

o Natal está próximo! E o Advento, como tempo de espera grávida de esperança, é um tempo favorável para a projeção do futuro e para fazer memória do passado! Tivemos um ano cheio de alegrias e temas especiais para si. Neste ano de 2019, os nossos colaboradores ajudaram-nos a fazer uma maior experiência com Deus, a conhecer um pouco mais da Igreja e dos Santos, da nossa vivência como cristãos. Por isso, já terminamos o ano saudosos e também ao mesmo tempo na expectativa no Novo Ano que se inicia. Novos projetos, novas aventuras, novos desafios. Caro leitor, convidamo-lo a vir connosco para viver bem esta mensagem do “Senhor que vem ao nosso encontro”, que Se faz um connosco na caminhada para o Céu, lá onde contemplaremos Deus face a face, onde viveremos em plenitude na comunhão dos santos. Nasce o nosso Salvador, que assumiu para Si os nossos pecados e nos redimiu de todos eles por Amor: somos levados pelo amor do Menino Jesus, do Deus que Se fez homem, que desceu do Céu para nos dar vida e vida em abundância. Temos a nossa nova coluna da missão da Canção Nova na África, onde conheceremos experiências lindas que o Padre Ademir partilhará connosco e nos ajudará a redimensionar o nosso quotidiano e a nossa fé. Somos interpelados por testemunhos de vida e da vida (massacre aos cristãos). Somos convidados a viver bem as festas dos Santos, de Cristo Rei e do Natal! Desde já bem haja por ser um evangelizador connosco e que tenha um 2020 abençoado! Encontrar-nos-emos em 2020 na certeza que Deus Menino está connosco nesta caminhada para a Glória! Equipa Revista Cançao Nova PT Canção Nova

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PALAVRA DO FUNDADOR

N

o tempo de Natal, todos nós acabamos por nos recordar, de maneira muito poética, que Jesus nasceu numa gruta em Belém e que Maria O colocou numa manjedoura. É tudo poético! Nós até cantamos lindos versos com suaves melodias que exaltam essa realidade. O que muitos não sabem é que Jesus estava a nascer num lugar não somente anti-higiénico, mas também “legalmente impuro”. A lei de Deus dada por Moisés proibia terminantemente que uma criança viesse a nascer num lugar assim. Aquele lugar era “impuro” e a criança que ali nascesse também seria “impura”. Por que teria Deus se preocupado em estabelecer 4

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uma lei assim? Porque Ele queria um povo. Um povo inteiramente d’Ele. Ele precisava, além disso, que esse povo se perpetuasse. Essa era mais uma das leis preventivas para que o Seu povo fosse sadio e forte e assim continuasse de geração em geração. Mas há outra pergunta mais séria e mais importante: Por que permitiria o Pai que o Seu Filho nascesse num lugar assim? Mais ainda: nascesse “impuro”? Como poderia o Puro por excelência nascer num lugar impuro? A resposta revela-nos um maravilhoso mistério. A nossa salvação começa já no nascimento de Jesus.

Naquele momento em que o Verbo de Deus, feito carne, vem habitar entre nós. É por isso que aos trinta anos, Ele vai ao batismo de João, que era um batismo de penitência: porque Ele havia assumido, desde o Seu nascimento, toda a impureza da humanidade. É por isso que João, o Batista, O aponta como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo: Ele tinha assumido sobre si todo o pecado do mundo. É por isso que Ele se aproxima dos pecadores e convive com eles. É porque Ele se faz pecado desde o Seu nascimento. É por isso que Ele se aproxima e acolhe os leprosos, que eram os impuros por


Um Natal diferente, totalmente diferente excelência da Sua época, os toca e os cura. É por isso que Ele escolhe a casa de Lázaro, que era leproso, para o lugar do Seu repouso, em Betânia, uma aldeia de leprosos. A nossa salvação acontece em plenitude no Calvário onde Jesus, pregado na cruz, nela cravou os pecados de toda a humanidade, em todos os tempos. Isso é real. Mas é muito importante assumi-lo de maneira bem pessoal: Jesus assumiu sobre si todos os meus e todos os seus pecados e levou-os em Si para a cruz e ali os cravou definitivamente. Há ainda outra pergunta muito mais séria do que as anteriores: se é assim, por que é que o mundo continua como está e por que é que as pessoas continuam como são? É porque a nossa salvação, que já aconteceu, precisa ser assumida por cada um de nós. É só assumir.

É só nos recordarmos do que aconteceu com um daqueles ladrões que foram crucificados com Jesus. Este voltou-se para o Senhor e disse: “Jesus, lembra-te de mim quando começares a reinar.” Ele respondeu-lhe: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”. A salvação estava acontecendo. Ele imediatamente a assumiu. Que merecimento ele teria? Nenhum. O que fez ele de bom? Nada. Ele apenas acreditou e assumiu. E recebeu de Jesus a garantia: “Hoje estarás comigo no Paraíso.” O Natal é festa e é preciso festejá-lo com tudo o que pudermos. Mas,

lembrando-nos de que o Natal é o início da nossa salvação e ele é o momento privilegiado para cada um de nós assumir pessoalmente a salvação que já aconteceu. Eu e você precisamos assumir de coração o que aquele ladrão assumiu no alto da cruz. Façamos de tudo para que os nossos familiares e aqueles que nos são mais próximos também assumam a própria salvação, que já aconteceu. Esta é a melhor maneira de viver este Natal. Por isso, eu só tenho a dizer: um santo e feliz Natal para si e a sua família e um abençoado ano de 2020!

Seu irmão, MONSENHOR JONAS ABIB

Fundador /Comunidade Canção Nova padrejonas.cancaonova.com twitter.com/padrejonasabib

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G OTAS DO CARISMA

N

O Rei que vem ao nosso encontro

estes meses partilho consigo a alegria de abrir o meu coração para acolher Jesus. Ele é o nosso Salvador; o Rei que conduz a nossa vida e que mais uma vez quer fazer morada connosco, habitar-nos no mais profundo do que somos. Convido-o a acolher o Senhor que embora Rei, escolhe a manjedoura para nascer! A Comunidade Canção Nova tem por missão evangelizar, partindo de uma experiência concreta com Jesus que, na simplicidade do dia-a-dia, transforma o nosso coração pela força do Espírito Santo! É desta experiência de conversão diária que nascem

os trabalhos, as pregações, os encontros e os programas que partilhamos ao longo do ano. E como é bom testemunhar e conhecer os frutos da nossa evangelização. Faço votos que este tempo forte, que a Igreja nos apresenta, seja vivido por si na simplicidade e na alegria de acolher o DeusMenino que nasce mais uma vez e nos apresenta também a Vida Nova no Espírito! Que possamos aproximar-nos de um novo ano cheios de Deus e gratos pelo Seu Amor derramado todos os dias. PAULO AZADINHO Responsável local Canção Nova - Portugal

Tempo de Recomeçar

S

empre que chega esta altura do ano sinto esse chamamento ao recomeço, a analisar a minha vida e traçar metas, não muitas, mas algumas, para que eu possa avançar no meu processo de conversão pessoal. Hoje o mundo é tão imediatista e as coisas parece que passam num “clique”, que as datas importantes e os momentos significativos passam por nós e nós nem nos apercebemos! É tudo tão rápido e ao mesmo tempo tão superficial que parece que somos engolidos! Deixamos de sentir, de olhar em redor, ficamos presos a um ecrã pequeno, 24 sobre 6

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24 horas e deixamos de saborear aquilo que está à nossa volta. Por isso, neste novo ano que se aproxima, convido-o a olhar e contemplar as coisas belas que a vida nos dá: o sorriso do seu filho ou do seu neto, o olhar da sua esposa ou do seu marido, uma flor, uma paisagem bonita, as refeições em família, escutar as histórias de vida dos anciãos... sem ficar preso ao mini ecrã do seu telemóvel… O nosso fundador fala-nos sempre de recomeço… eu convido-o a recomeçar e a prestar atenção naquilo que verdadeiramente importa... deixe de ter uma vida virtual, que o leva a uma vida superficial e supérflua. Conecte-se com Deus e com as coisas que realmente interessam, se não vai chegar ao fim do dia e fica frustrado pois passou o dia inteiro conectado com o virtual e não prestou atenção no que aconteceu à sua volta… Quero dizer-lhe que a vida é um sopro


o

e que existem momentos que apenas vão ficar gravados no seu coração e nada mais. Por exemplo, a primeira vez que o meu filho falou “mamã” foi lindo! Quantas vezes eu fico a olhar o meu filho a dormir e vou observando as expressões dele durante o sono! Momentos como a primeira sopinha que o meu filho comeu, a expressão do meu marido quando lhe disse que estava grávida, entre tantos outros, que se eu estivesse conectada ao virtual tinha perdido, tinha deixado de viver, não tinha gravado esses momentos, no lugar onde nunca se perdem: o coração. Recomecemos as nossas relações, os nossos diálogos dentro de casa, ainda é tempo… aproveite este novo ano para apostar na fraternidade, no amor ao seu irmão, em aprofundar os laços de amizade e de família, em se reconciliar consigo, com Deus

e com o próximo. Não deixe passar este ano em branco, tenha a coragem de olhar para dentro de si, aceitar a sua verdade e a partir daí recomeçar em Deus uma nova história. Santo Agostinho diz o seguinte: “Enquanto houver vontade de lutar haverá esperança de vencer.” Lute contra a rotina, contra o imediatismo, contra o individualismo, contra o egoísmo, contra um ser humano sem humanidade, para que o amor, os verdadeiros valores possam vencer. Lute pela sua conversão. Que neste ano de 2020, possam nascer novos homens e novas mulheres cheios do amor de Deus, dando-se a oportunidade de recomeçar! SANDRA SILVA Formadora local Canção Nova - Portugal

O que esperamos do ano novo?

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uando pensamos em Ano Novo, vem a expectativa de que um novo pode acontecer, então vem a esperança, o desejo de recomeçar e logo começamos a sonhar e a traçar projetos, com o desejo de viver a felicidade. Por vezes, podemos perguntar-nos o que é preciso para ser feliz? A felicidade está quando fazemos o bem, quando vivemos as virtudes que são o amor, a bondade, a mansidão, a compaixão, o desprendimento, a pureza, o perdão, a humildade, a temperança, a diligência, etc. São Paulo VI disse que para ser feliz é preciso viver com os pés na terra e o coração no céu, lembrando-nos de que somos filhos amados de Deus, herdeiros do céu. Nestes últimos meses do ano de 2019, somos convidados a fazer uma avaliação sobre a forma como vivemos, e partir dela fazer um projeto de vida, com metas, objectivos, definindo as prioridades e dando passos

para se chegar “no lugar” que se quer. Disso vem a transformação de vida: a partir das atitudes e preferências concretas que vamos escolhendo no nosso dia-a-dia. Claro que, isso não se consegue de uma hora para outra, pois é preciso empenho e perseverança. Contudo para ser “feliz” é preciso cultivar a alegria que vem da fé e da confiança em Deus, superando todo o pessimismo, tristeza, decepção, falta de perdão, reclamação, entre outras realidades com que nos vamos deparando na nossa vida. Portanto, desapeguemo-nos das velhas situações e busquemos em Deus o novo que Ele tem para nós. Peçamos ao Espírito Santo de Deus que nos renove e nos conceda todas as novidades que o Senhor tem reservadas para cada um de nós em particular. MICHELINE DA SILVA Economa local Canção Nova - Portugal

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“OBRIGADA POR FAZER PARTE DA FAMÍLIA CANÇÃO NOVA!” MONS.JONAS ABIB

FUNDADOR DA COMUNIDADE CANÇÃO NOVA

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TESTEMUNHO DE BENFEITOR

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ou a Clarice e venho de uma família católica. Sempre tive o hábito de ir à Eucaristia e ao terço todos os dias na minha paróquia. Conheci a Canção Nova, primeiro através do grupo de oração do renovamento carismático e, mais tarde, comecei a participar nos encontros com os meus filhos na zona norte e em Fátima. Sinto muita alegria em fazer parte da família Canção Nova pois ela leva-nos ao encontro de Deus e faz Deus presente na minha vida, seja através da TV ou dos encontros de oração. Os missionários têm sempre uma palavra, um sorriso para dar a quem passa. Vê-se neles o esforço, a dedicação, a oração, a alegria de viver em Jesus sendo eles um pequeno exemplo vivo de como o céu é! Tornei-me logo no início sócia benfeitora, primeiro através dos arrecadadores passando mais tarde para o débito directo nunca deixando de contribuir para o sucesso do Projeto dai-me almas. Ser Canção Nova é bom D+

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PALAVRA PARA O BENFEITOR

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rezado e querido benfeitor, é com imensa alegria que se aproxima o término deste ano de 2019, ano de muitas lutas mas também de muitas vitórias, ano em que chorámos as nossas perdas, mas também ano em que nos alegramos, com as oportunidades, que o Senhor nos concedeu de sermos pessoas melhores, de sermos santos! Este ano foi um ano difícil no nosso Projeto Dai-me Almas, infelizmente até agora não chegámos em nenhum mês aos 100%, no entanto ainda falta Novembro e Dezembro, então queremos agradecer-lhe a si, nosso benfeitor, por toda a sua contribuição, por tudo o que fez por nós, por toda a sua doação para esta Obra de Deus. Juntos verdadeiramente somos mais, e em nome do Clube da Evangelização da Comunidade Canção Nova, venho fazer um último apelo nesta reta final: vamos fazer um esforço dobrado nestes dois últimos meses do ano e vamos chegar aos 100%, Deus conta consigo e ainda é possível acabarmos este ano de 2019 sem dívidas, para assim podermos crescer ainda mais na evangelização, em Portugal, neste ano de 2020 que se aproxima. Um Santo e Feliz Natal, e um Próspero Ano de 2020, para si e para toda a sua família, são os votos de toda a equipa do Clube da Evangelização da Canção Nova em Portugal!, Shahir Rahemane Canção Nova

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SALESIANOS

Um rei especial 12

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A

o terminar o ano litúrgico, a Igreja católica celebra a festa de Cristo rei. É uma festa “recente”, proposta pelo Papa Pio XI, em 1925. Mas foi apenas em 1970 que ela foi colocada no final do ano litúrgico. Num país republicano como o nosso, pode parecer estranho louvar a Cristo com um título antiquado como “rei”. Mas, ainda assim, acho que há duas ideias muito fortes a reter a partir desta festa.

Que rei é este? A primeira é a maneira como pensamos Jesus. Esta festa convida a vê-l’O como rei, como Alguém a quem reconhecemos autoridade, Alguém que nos faz bem, que nos faz crescer e ser mais. Por alguma razão (pela nossa história de fé, de convívio com Ele) sentimos que é sensato dar atenção à Sua voz. No meio das tantas vozes que nos rodeiam, pressentimos que é a partir da Sua Palavra que podemos cons-

truir uma vida feliz, cheia de luz e de sentido. É um rei estranho. Não tem coroa a não ser a de espinhos. Não tem exército, a não ser esta Sua igreja, povo de pecadores. Não tem poder a não ser a liberdade de Se ajoelhar para nos lavar os pés. Não Se impõe, mas propõe-Se estar presente em todos os momentos da nossa vida. Não cobra impostos nem rouba fundos públicos, mas dá-Se inteiramente de tantos modos (e especialmente na Eucaristia). E, contudo, reconhecemos que vale a pena acolhê-l’O no centro do nosso coração.

Fora com os outros reis! A segunda ideia é que Jesus-rei acaba com todas

as outras realezas. Nada contra as monarquias que existem aqui ao lado em Espanha ou no Norte da Europa! Mas tudo contra todos os poderes que nos roubam a dignidade, a liberdade, a esperança. Se celebras esta festa e reconheces Jesus como rei do teu coração, deixas de ter paciência para todas as pessoas, ideias e organizações que pretendem dominar a tua vida. Se Jesus é rei, já não aceitas o artista tal que muda de namorada mais depressa do que tu mudas de camisa, como exemplo para a tua vida e a tua família. Se pões Jesus no centro do teu coração é a Sua Palavra que queres escutar; e já não te deixas enganar pelas mentiras (descaradas ou sedutoras) que políticos, vendedores de detergente ou telenovelas te atiram à cara. Hoje, como em todos os tempos, acolher Jesus é um gesto de liberdade e de resistência contra todas as tiranias.

PADRE RUI ALBERTO Coordenador das Edições Salesianas Canção Nova

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EM SINTONIA COM A IGREJA

Solenidade de todos os santos uma multidão de todos os tempos e lugares N

os primeiros séculos do Cristianismo só se celebrava a memória dos mártires, pois tinham sofrido pela causa de Cristo e do Evangelho. No início do século VII, o Papa purificou o Panteão, em Roma, dedicado a todos os deuses, consagrando-o à Santíssima Virgem e a todos os mártires. Só no século VIII é que se começou a comemorar a festa de Todos os Santos e no século IX fixou-se definitivamente no dia 01 de novembro. É uma festa universal e também de grande tradição em Portugal. A Igreja, que ao longo do ano vai celebrando a memória dos santos principais, neste dia congrega numa única festividade todos os santos, incluindo os “santos desconhecidos”, onde constam também santos da nossa família, uma multidão incontável de homens e mulheres que não estão nos altares, mas que gozam

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da presença de Deus eternamente, e a quem esperamos um dia associarmo-nos. Por isso, é também a nossa festa por antecipação. Não foram santos de cinco estrelas, grandes campeões olímpicos com medalhas de ouro ou de prata, mas santos de uma ou duas estrelas, lutadores esforçados que não atingiram o pódio, mas que chegaram à meta, apesar de todas as limitações. Santos de casa, santos comuns. Como diz o Padre António Vieira, é “a festa mais universal e a festa mais particular, a festa mais de todos e a festa mais de cada um. (…) Agora celebramos e depois outros nos celebrarão a nós”. Tenham o brilho que tiverem estes astros, verdade é que, como disse o Papa Bento XVI, a “beleza maior que pode caracterizar uma pessoa é a santidade”. Beleza do Céu e da Terra. Por isso, a solenidade de Todos os Santos é uma festa do Céu e da Terra, de Deus e da Igreja triunfante e da Igreja militante, no grande amplexo da “comunhão dos santos”. Santos que não estão longe de nós, antes bem perto, como nossos “anjos” protetores, nossos irmãos mais velhos, modelos que nos estimulam no caminho do bem e na luta contra o mal. E o que é ser santo? Em que consiste a santidade? Essencialmente consiste em conhecer, amar e servir a Deus Pai,

por Jesus, no Espírito Santo; em fazer a vontade de Deus e não a nossa; em viver da fé, esperança e caridade; em encarnar em si o espírito das bem-aventuranças, em levar com paciência a própria cruz, através do caminho estreito, e em ajudar os outros a levá-la, todos unidos à Cruz de Cristo; em amar a Deus e ao próximo; em viver neste mundo com os olhos postos no Céu, numa atitude escatológica ou parusíaca, “como estrangeiros e peregrinos”. Enfim, a santidade consiste em seguir e imitar Jesus que “passou fazendo o bem”, amando em todos os modos, tempos e pessoas, anunciando o Reino de Deus e vivendo em união contínua com o Pai, através da oração e da contemplação. Programa difícil e fácil ao mesmo tempo. Difícil por ser proposta radical, mas simples porque o Senhor ajuda. Como (se) desafiava Santo Agostinho: “Se estes e estas puderam ser santos, porque não eu?” E na realidade o Concílio Vaticano II falou de “vocação universal à santidade na Igreja” e São Paulo chamava aos primeiros cristãos “santos” e lembrava que “a vontade de Deus é que sejais santos” (1 Ts 4,3 ). Ser santo não é exceção, mas devia ser a regra geral do cristão, a única maneira propriamente dita de ser cristão.

PADRE ANTÔNIO JUSTINO Canção Nova - Portugal

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IGREJA EM PORTUGAL

Nota da Comissão Nacional Justiça e (CNJP) a coragem: lindas, a indignação e s ha fil as du m te a nç A espera s como estão; a a não aceitar as coisa sin en s no ão aç gn di s. in a a coragem, a mudá-la (Santo Agostinho)

A

ssistimos, consternados, à notícia da violação e assassinato de uma religiosa em S. João da Madeira. Esta religiosa dedicava a

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sua vida ao serviço dos pobres e marginalizados. Este crime não se passou na Síria em guerra, ou no Iémen ou em outro país não-europeu em guerra.

Foi entre nós, “dentro de portas”! A comunicação social abordou um pouco a medo este crime que não foi assunto de abertura dos telejornais. Por outro lado, a lentidão e burocratização da justiça são-nos sobejamente conhecidas: o mandato de detenção do criminoso não foi efectivado a tempo, apesar de uma tentativa de violação anterior. Estranhamente as organizações de mulheres e de apoio às vítimas de violência – doméstica ou outras – pouco disseram. No entanto, tratou-se de um cruel feminicídio. Constatamos que tem havido um silêncio penoso sobre este crime – salvo


ão a e Paz raras exceções – e perguntamos intimamente quais as razões deste silêncio: “lavamos as mãos” da nossa responsabilidade individual e coletiva, como fez Pilatos? A irmã Maria Antónia Pinho – da Congregação das Servas de Maria Ministras dos Enfermos – estava ao serviço da Igreja Católica numa missão evangélica, implicada

nas questões da Justiça e da Paz no seu contexto de ação. Ao serviço, também, da sociedade civil e dos mais marginalizados. A CNJP (Comissão Nacional Justiça e Paz) – na sua missão de alertar os cristãos e a sociedade civil –, e solidária com a direção da CIRP (Conferência dos Institutos Religiosos em Portugal) e da sua Comissão para a Justiça, Paz e Ecologia, quer lembrar aos homens e mulheres cristãos (e a todas os cidadãos de boa vontade) que a função de qualquer governo e das instituições da sociedade civil é estarem ao serviço dos cidadãos mais vulneráveis, ao serviço dos que não têm voz (dos

“descartados da sociedade”, como afirma o Papa Francisco). Mas, simultaneamente, devem estar ao serviço daqueles e daquelas que lutam pela justiça e fazem trabalho de promoção humana na solidariedade e na paz - como foi o caso do crime mencionado acima e que podia bem ter sido evitado. E devem fazê-lo sem qualquer discriminação por causa de opções religiosas, origem social, sexo ou orientação sexual, idade, raça ou cultura, e outras. Devemos à irmã Maria Antónia Pinho e à sua Congregação a nossa profunda solidariedade. Lisboa, 19 de Setembro de 2019

PEDRO VAZ PATTO Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz

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AJUDA A IGREJA QUE SOFRE

Massacre de 23 catequistas em Moçambique, no final da guerra civil, em 1992

A caminho dos altares A guerra civil estava quase a chegar ao fim. O acordo de paz seria assinado dali a menos de sete meses, mas a 22 de Março de 1992 haveria de ocorrer o massacre de 23 cristãos. Foram mortos nessa noite e logo nasceu uma fama de santidade que tem crescido, imparável, ao longo do tempo…

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ara Paulo Cunhana aquela não era uma viagem qualquer. Precisava de sobreviver à armadilha da própria memória. Paulo sabia que tinha de regressar a Guiúa. Tinha de regressar ao local onde viu matar alguns dos seus amigos, alguns dos seus companheiros. Paulo escapou da morte por um mero acaso. Foi em 1992 quando a guerra civil estava a chegar ao fim. Desde a independência, em 1975, Moçambique vivia debaixo de um regime comunista. A Frelimo assumiu o poder e teve uma atitude muito agressiva em relação à Igreja Católica que passou por tempos complicados. Foi

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uma época de perseguição e violência. D. Diamantino Antunes, Bispo de Tete, recordou esses anos numa iniciativa recente da Fundação AIS em Leiria. “Isso traduziu-se em acções práticas como a nacionalização das missões, expulsão de missionários, encerramento de seminários, de modo a impedir a formação de sacerdotes locais, e também perseguição. Houve sacerdotes, mas sobretudo catequistas, que foram discriminados, perseguidos, colocados na prisão, e alguns deram a própria vida por fidelidade à Igreja.” Paulo Saela Cunhana era um desses catequistas que o regime perseguia. Estava em Guiúa, na Diocese de Inhambane, no sul do país, em 22 de Março de 1992. O Bispo de Tete conhece a história do massacre como poucos. Missionário da Consolata, foi postulador da causa da beatificação dos catequistas mártires de Guiúa. No encontro em Leiria recordou o ataque. “Era de noite. Os catequistas foram apanhados em suas casas. Uns conseguiram fugir no meio da confusão, outros não. Foram sequestrados… A quatro quilómetros do centro catequético foram interrogados. Quem os matou sabia quem eles eram. Sabia que eram da Igreja, que eram catequistas.” Apesar disso, foram


mortos. Mataram-nos como quem quer extirpar um mal, cortá-lo pela raiz. Mas a verdade é que nasceu logo nessa noite de 22 de Março de 1992 uma fama de santidade que nunca mais haveria de se extinguir em relação aos catequistas mártires de Guiúa.

O regresso Vinte e um anos depois, Paulo Saela Cunhana regressou ao local onde tudo aconteceu acompanhando uma equipa de filmagem da Fundação AIS. “É a primeira vez que aqui volto”, disse na ocasião. “Mal cheguei, comecei a ver tudo como naquele dia… Até consigo ver onde estava sentado, como fugi…” Paulo sobreviveu porque conseguiu fugir. Escapou ao massacre. Vinte e três pessoas foram brutalmente assassinadas com catanas. Entre elas, nove mulheres e nove crianças. A mulher de Paulo foi

uma dessas vítimas. O massacre dos catequistas de Guiúa ganhou eco até no estrangeiro. A assinatura do acordo de paz que poria fim à guerra civil aconteceu pouco depois, a 4 de Outubro desse ano de 1992. Guiúa ficou para a História como um exemplo da crueldade humana. Há três anos, a Igreja local decidiu abrir a causa de canonização dos que morreram neste episódio final da guerra de Moçambique. No passado dia 23 de Março foi encerrada a fase diocesana com mais de uma centena de testemunhos, entre os quais o de Paulo Cunhana. Os 23 mortos de Guiúa representam todos os que pagaram com a vida a fidelidade à Igreja nos tempos conturbados desta guerra que custou a vida a mais de 1 milhão de pessoas. O país ficou quase destruído. Ainda hoje Moçambique tem cicatrizes desses 17 de guerra civil. O dia 22 de Março de 1992 ficaria para a história por causa do massacre de 23 catequistas e suas famílias. De 23 cristãos. A reconciliação é sempre caminho para a verdadeira paz. Um caminho que em Moçambique passa, inevitavelmente, por Guiúa, hoje transformado em local de oração e de peregrinação. PAULO AIDO Jornalista da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre

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TEMA PRINCIPAL

“Noite feliz, noite feliz...”

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O

Natal é um tempo litúrgico favorável, diferenciado. De algum modo, os fiéis recordam-se daquele momento único em que “se dá o MENINO a beijar”: em alguns locais somente o padre, noutros lugares, o ministro extraordinário da Sagrada Comunhão. Como esquecer aquele momento familiar de “ir juntos à Missa do Galo”, “abrir aquelas prendas no dia 25 de Dezembro, que foram postas na árvore de Natal para os familiares e amigos”. O Natal deve ser celebrado em FAMÍLIA, é tempo de festa. Para alguns… o famoso bacalhau com couve e batatas, queijos variados, chá ou vinho. Mas veja, Deus, no Seu nascimento, deve ser evidenciado, ser posto no centro, Ele é o sentido. Acerca deste tempo litúrgico gostaria de aprofundar a partir de textos promulgados pelo Papa Emérito, Bento XVI. Evidentemente, a felicidade humana está fora do tempo e do espaço e todos são convidados a encontrá-la. Ela, a Felicidade, é sinal de salvação para todos os homens e para o homem na sua totalidade. Ela entrou na história da humanidade para alterar a compreensão que o homem tem de si mesmo, de Deus, das pessoas e do mundo. Quem faz o homem feliz hoje? É Jesus Cristo, Senhor da História, Aquele que nos orienta no caminho do bem, da paz, da felicidade, da bondade, da caridade, do silêncio, da sabedoria, das alegrias e das esperanças, das tristezas e das angústias. Na noite de Natal, cantaremos nas nossas Igrejas aquela belíssima canção, nova e atual: Noite Feliz. Por que esta noite é considerada feliz? Quais são os motivos que você tem para ser feliz? A resposta é muito pessoal, pois fazer do Cristo o fundamento central da vida humana depende de cada um. Advém desta noite o convite à alegria pela vinda continuada do Salvador Jesus Cristo. O evangelista João escreve: “Verbum caro factum est” (O Verbo fez-se carne) certo de que esta carne é fundamento essencial para a salvação do homem. Pelo facto de Se ter encarnado, agora cabe ao ser humano trazer Cristo para habitar no meio de nós, atualizado com os seus atos pessoais, que implicam consequências humanas, culturais, históricas, sociais, económicas, comunitárias, eclesiais, familiares e outras mais. A comemoração nesta data de 25 de dezembro, disse o Papa Bento XVI, no ano de 2010, “está ligada à ideia da manifestação solar, ou seja, Deus que aparece como uma luz no horizonte da história, lembra-nos que não se trata apenas de uma ideia, de que Deus é a plenitude da luz, mas de uma realidade para nós homens já realizada e sempre atual: hoje, como então, Deus revela-Se na carne, ou seja, no “corpo vivo” da Igreja peregrina no tempo e nos Sacramentos, nos dá a salvação.” Celebrar o Natal não é simplesmente uma convicção de exemplos a imitar, “como a humildade e pobreza do Senhor, a Sua bondade e amor para com os homens; mas é, mais que tudo, o convite

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TEMA PRINCIPAL a deixarmo-nos transformar totalmente por Aquele que veio em nossa carne. “O Verbo fez-se carne e habitou entre nós”, Deus visível aos nossos olhos: “por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e encarnou pelo Espirito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem.” Seres humanos, imperfeitos e limitados, não foram abandonados! O “Verdadeiro Deus e verdadeiro homem”, modelo de santidade e de perfeição, por meio da encarnação assumiu a natureza humana. “Na realidade, o mistério do homem só no mistério do Verbo encerrado se esclarece verdadeiramente. Adão, o primeiro homem, era efetivamente figura do futuro, isto é, de Cristo Senhor. Cristo, novo Adão, na própria revelação do mistério do Pai e do Seu amor, revela o homem a si mesmo. Porque, pela Sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-Se de certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado.” (Cf. Gaudium Et Spes 22). Cremos em Deus que Se revela aos seres humanos e revela o homem a si mesmo, assim, participamos da natureza divina. Cristo veio como luz sobre a terra para iluminar o nosso conhecimento, a liberdade humana, a justiça, a alegria e a felicidade. Permanece em nós! A Igreja prepara-nos para o Natal por meio do Advento. Este tempo litúrgico é marcado pelas quatro semanas que antecedem o Natal do Senhor. A palavra “advento” significa “vinda” ou “presença”. Importante ponderar acerca dos dois grandes momentos: o primeiro é a própria encarnação; o segundo momento, iniciado após a ascensão é o retorno glorioso ao fim dos tempos. Cronologicamente, pode dizer-se que estes dois momentos são distantes, porém, tocam-se profundamente. Em síntese, o Advento forma uma unidade de movimento com o Natal e a Epifania. Três palavras passam a significar a mesma coisa: vinda, nascimento, manifestação. O Deus que queria ser Emanuel está no meio de nós. Com o Advento, a Igreja inaugura um novo ano litúrgico e com ele, um novo caminho de fé e conversão. Ele nasceu, fez-Se Homem, “padeceu e foi sepultado”, “ressuscitou…”, “subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai” e “há-de vir em Sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o Seu reino não terá fim”. Advém disto a necessidade de ter paciência histórica, constância nos valores com compromisso humano e a confiança em Deus . “Vigiai! Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo” (Mc 13,35-36). Palavra que ultrapassa o tempo e o espaço e chega a todos, pois a vida não tem apenas a sua dimensão terrena ou transitória, mas está projetada para a eternidade. Advento é o tempo propício para que a nossa vida reencontre, em Cristo, a sua orientação mais profunda, é o tempo que nos aponta o rosto de Deus pobre. Estimados leitores, com os tempos litúrgicos do Advento e do Natal temos a ocasião favorável para conduzir a nossa vida acor22

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dados pela vinda do Senhor, desprovida do consumismo, daquela busca de felicidade e alegria nas coisas ou em pessoas. Deus vem hoje presente em cada pessoa humana. O que de facto é essencial nesta vida? Existe um desequilíbrio social e existencial “entre quem tem o supérfluo e a quem falta o necessário; a caridade empurra a estar atento ao outro e ir ao encontro da sua necessidade, em vez de encontrar justificação para defender os próprios interesses.” Aparecem pessoas importantes nestes dois tempos litúrgicos, entre eles Isaías, grande profeta da consolação e da esperança; outro homem que se destaca neste tempo, por ser esposo de Maria, justo e humilde, é José, pai adotivo de Jesus. João Batista, que preparou um povo “…bem disposto para o Senhor…” estará nas nossas celebrações. Este homem viveu de modo essencial, o último dos profetas, reconhecido por Jesus como sendo, “mais que um profeta”, “o maior entre os que nasceram de mulher”. É ele que indica, apontando, “…o Cordeiro que tira o pecado do mundo”. São Gregório Magno comenta que João Batista “prega a reta fé e as boas obras (...) para que a força da graça penetre, a luz da verdade resplandeça, os caminhos até Deus se endireitem e para que nasçam no coração pensamentos honestos após a escuta da Palavra que guia rumo ao bem” (Hom. in Evangelia, XX, 3, CCL 141, 155). Com o espírito de sabedoria e compreensão, espírito de prudência e valentia, espírito de conhecimento e temor do Senhor” (Is 11,2). Se ainda nos falta um símbolo eloquente… é Maria mulher presente em todos os eventos de Cristo e da Igreja. Com ela, melhor professora da espera do Advento, a Igreja celebra a vinda de Cristo, da alegria acolhedora do Natal e da manifestação missionária da Epifania. Neste Advento permita que a voz de Deus, pelas sagradas Escrituras, ressoe no deserto do seu coração e à semelhança da mãe do Verbo Encarnado, possamos guardar todas as coisas no coração. Silêncio! “Marana tha”! Vem, Senhor Jesus! Feliz e Santo Natal Bem haja!

PADRE VALDNEI TEODORO Comunidade Canção Nova email: pevaldnei.teodoro@cancaonova.com instagran: @pevaldnei

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CONVIDADO ESPORÁDICO

Noite de Paz V

iviam-se tempos difíceis, ao aproximar-se o Natal de 1914. Uma guerra de proporções mundiais vitimava milhares de jovens soldados. Inocentes pereciam igualmente ao ritmo de bombardeamentos e invasões. A vida nas trincheiras era insalubre e a dramática melancolia era interrompido pelo sibilar de uma bala ou até terminava ao reboliço provocado pelo toque de uma trombeta que convidava farrapos humanos fardados a avançarem de peito aberto e arma em punho, expondo o corpo aos projeteis e a alma ao tribunal de Deus. Nunca se tinha visto tamanha mortandade. Os homens que tanto haviam avançado na ciência e na técnica viam

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agora um falso progresso a criar máquinas assassinas e de destruição cada vez mais sofisticadas. A Primeira Guerra Mundial estava tão somente nos preliminares do terror causado por quatro trágicos anos para a humanidade. No dia 7 de dezembro de 1914, o Papa Bento XV lançou um premente apelo à Paz, pedindo a reconciliação entre as Nações e o silêncio das armas por ocasião da proximidade do Natal. Como poderiam cantar os anjos do Céu a Glória de Deus, e a paz na terra, diante de tanta morte, ruído e miséria. Embora a mensagem do Pontífice tenha chegado parcialmente e sem ser valorizada por todas as partes em conflito, a

graça de Deus não deixava, entretanto, de tocar muitos corações. Após dias de combates intensos, aproxima-se a noite de Natal. Em várias frentes, e sobretudo na região de Ypres (Bélgica), grupos de soldados aproveitam para decorar com temas natalinos, materiais simples e muita imaginação, algumas árvores e até mesmo objetos e obstáculos que circundam as trincheiras. De um e outro lado, cessa o conflito. A nostalgia invade os acampamentos. A noite de Natal cai, e a luz de Cristo passa a iluminar as consciências. Todos se lembram das suas famílias, rezam, riem, choram… alguns cantam, somando-se as vozes num crescendo, e ouve-se,


de repente, vindo do outro lado das trincheiras, melodias semelhantes, cada grupo na sua língua, por vezes as mesmas músicas. É então que alguns se arriscam. Naquele terreno antes percorrido em direção à morte, caminham homens que buscam a paz. Não serão trocadas balas, mas abraços. Não é derramado sangue, mas lágrimas. Não se ouvem gritos, mas júbilo e alegria. Naquele dia, os inimigos trocam presentes, por vezes os próprios botões da farda, cantam e confraternizam. A crónica deixou-nos até o registo de uma partida de futebol… Uma história verídica, registada pelos livros e por um monumento erigido naquele campo, a relembrar a noite em que o nascimento do Menino Deus trouxe a paz ao mundo. “Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado; tem a soberania sobre os seus ombros, e o seu nome é: Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9, 5). Cessaram hostilidades, lá onde diminuiu o egoísmo e a prepotência em torno Daquele Deus tão grande, que se fez tão pequenino, despertando entre os homens fortes sentimentos de compaixão e ternura. Conhecido

como “Trégua de Natal”, este facto é recordado em muitas regiões, por múltiplos monumentos, livros e filmes. Façamos memória e atualidade deste acontecimento transformador e pacificador. Neste Natal, que cessem as hostilidades entre a grande família das nações e que prevaleça o respeito e o amor na família doméstica. Que se silenciem as armas destruidoras e as divergências divisoras. Em torno

do presépio, que o afeto e a contemplação do Verbo Encarnado possam levar os homens a juntarem-se aos anjos, cessando fronteiras e trincheiras entre a terra e o Céu, entoando todos juntos: Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos homens por Ele amados!!!

PADRE JOSÉ E ANDRADE Capelão do Santuário de Fátima

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PSICOLOGIA

O sonho eleva a nossa alma

A

proximamo-nos, rapidamente, para mais um final de ano. O tempo vai passando, os dias voam, as horas desaparecem e os nossos sonhos? Com o final do ano aí à porta, surgem as questões: “Que fiz de novo este ano?”, “Que mudanças fiz na minha vida?”, “Estou satisfeito com

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as minhas conquistas?”. Com esta análise do ano que passou, eu penso no que não fiz, no que não obtive, no que me impede de atingir os meus sonhos, ou nos passos que dei e me levaram para mais perto das minhas metas. Esta revisão de vida anual é extremamente importante, visto que me faz

voltar para mim mesmo e perceber o que preciso mudar para ser feliz. Afinal, é isso que todos procuramos: alcançar os nossos sonhos e ser feliz. E porque digo que é importante? Porque uma pessoa sem sonhos é uma pessoa parada, sem ânimo, como diz Enrique Rojas (psiquiatra espanhol católico), no seu


livro “O sonho de viver”: os anos enrugam o rosto, mas a ausência de sonhos enruga a alma e a pessoa faz-se velha. A juventude não depende da idade, mas da frescura e louçania dos planos por realizar e das metas por alcançar Ter sonhos é viver, é ter metas, é ter motivação, expetativas, esperança e impulso para avançar. O sonho empurra a pessoa para a frente, ergue-a perante as adversidades e imuniza-a do desânimo. O sonho dá-nos a confiança para não esmorecer, para avançar, sem medos, para vencer os “demónios” que nos paralisam, que nos dizem que não somos capazes, que somos demasiado velhos, ou demasiado sonhadores. O sonho renova as nossas forças e a cada amanhecer vemos a vida com um olhar de esperança.

Mesmo acordando com os mesmos obstáculos de ontem, o sonho faz-nos olhá-los com um olhar de esperança; fortalece a nossa alma e dá-nos sabedoria para guiar o leme conforme as tempestades, sem nunca esmorecer. Ter sonhos é ver sempre uma luz ao fundo do túnel; é descobrir uma saída em cada labirinto da vida; é ter resiliência nas quedas, conseguindo erguer-se, mesmo a chorar, limpar as feridas, sará-las e seguir sempre com um sorriso no rosto, as vezes que forem necessárias. Porque como Enrique Rojas diz, igualmente, A felicidade não depende da realidade, mas da perceção daquilo que realmente fizemos, da revisão do programa de vida, do painel onde está sintetizado o que fizemos em comparação com o que projetamos fazer.

Neste sentido, quais são os meus sonhos? Que projetos tenho na gaveta, mas que os medos me fazem anulá-los? Que sonhos tenho guardados dentro de mim há anos, mas a vergonha de não conseguir alcançá-los, faz-me desistir, antecipadamente, deles? O que me prende de lutar por eles? O que me aprisiona? E se eu não chegar a concretizar? Pelo menos que fique o sentimento da auto-satisfação, de termos tentado. Que nunca deixemos de sonhar e que Deus nos dê a sabedoria para guiar cada passo em direção à realização dos nossos sonhos.

MARTA FAUSTINO Psicológa Missionária da Comunidade Canção Nova

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ARTIGO DE OPINIÃO

A Vida é vencedora sobre a morte E, sem surpresa, acontecerá que os nossos cemitérios (palavra que significa dormitório) ficarão inundados de luzes e de flores. A verdade é que teimamos em levar a este lugar último a luz que vence as trevas e as flores que clamam por beleza. Bastaria uma pequenina vela e uma só flor para afirmarmos como não nos rendemos às trevas da morte nem à experiência da ausência de beleza: não é o que acontece quando deixamos de querer amar. O amor àqueles que já partiram não acaba com a sua partida. Bem pelo

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contrário. Não podemos esquecer quem nos amou e se amamos como é que esqueceremos? Morrer é ser esquecido. Quantas vezes pedimos a Deus que não se esqueça de nós? Mas, quantas vezes nos esquecemos de Deus? Quando nos falta a memória perdemos o sentido das coisas e da vida. É precisamente por isso que se levantam memoriais nos lugares onde se depositam os restos mortais de alguém que merece não ser esquecido. Marcamos com pedras e com inscrições para que se saiba e não se esqueça. Para que

os que não conhecem perguntem de quem se trata. Basta verificar como os grandes monumentos da humanidade foram erguidos com esse mesmo intuito: não esquecer e colher dessa memória a vida que dela jorra para quem lembra e agradece. Só de Jesus e de Maria nós não podemos dizer que “estão aqui sepultados os seus restos mortais”! Sabemos e proclamamos que deles nem sobraram restos mortais pois tudo já está eternamente vivificado, no Céu. Olhando para a terra, iluminada e florida por nós em atenção à memória dos nossos finados, o nosso coração sobe aos céus onde esperamos que cada irmão participe já da vitória da Ressurreição de Jesus, que começou com o seu batismo. Unidos a Cristo, vivem eternamente! Não é, por tudo isto, um dia de tristeza. Podendo ser de dor, pelo sofrimento que nos possa ainda causar uma partida talvez recente:


só a luz e a beleza da alegre esperança que colocamos em Cristo nos deve mover a esta vivência que tanto nos humaniza. Que bom haver na nossa história pessoal quem não queremos esquecer pelo bem que nos fez e pelo bem que lhe queremos! A amizade tem destas coisas. Nela não há longe nem distância. Tudo é presente e se torna oferente. O dia de “fieis defuntos”, celebrado logo após o dia de todos os santos, coloca-nos perante a consciência de que ninguém chega à santidade sem a querer e sem a decisiva ajuda da Graça, que é a palavra com que nós dizemos o Amor de Deus por cada um dos seus filhos. Ao celebrarmos a Eucaristia acontece no nosso cora-

ção o que tentamos que aconteça sobre a campa de um nosso ente querido. O nosso coração fica cheio da luz e da beleza que só o Amor de Deus pode fazer. Aí tudo é Graça e tudo é presente. Aí não há morte mas vida em abundância. Vida Eterna! Eis porque nessa memória estão todos os santos, em quem vemos o poder da ação de Deus na vida dos que se deixam inflamar do Seu Amor, todos os nossos irmãos que já partiram na amizade com Deus e todos nós que ainda peregrinamos neste mundo. É sempre assim mas neste dia de um modo mais atento ou mais evidenciado. Finalmente, estas celebrações acontecem na abertura do mês com que encerramos o ano litúr-

gico, com a grande solenidade de Cristo Rei. Não é nada por acaso. Vamos lá então a celebrar, a ensinar e a testemunhar como a Vida é vencedora sobre a morte. Como o Amor é a vida recebida e dada como o maior bem a comungar. Vamos lá saborear como em Cristo, por vontade do Pai, tudo é vivificado pelo Seu Espírito. Nem que seja um minúsculo grão deste pó de terra de que somos feitos, enquanto existimos e somos terrenos.

PADRE JOSÉ LUÍS BORGA Diocese de Santarém

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ESPIRITUALIDADE

Celebrar a Imaculada Conceição D eus, amor uno e trino, no Seu desígnio eterno e redentor, quis que Maria de Nazaré, a mulher que Ele escolheu e predestinou para ser a Mãe do Verbo encarnado, nascesse concebida sem pecado. Imaculada desde a sua conceção, sem mancha de pecado, a Senhora nunca

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pecou, nunca traiu o amor de Deus, sem mácula na alma, no coração, no corpo, nos afetos, na vida. Cheia de graça, como lhe anuncia o Arcanjo Gabriel, significa cheia de Deus, pois a graça é a vida de Deus em nós, ou seja, a vida de amor, repleta de toda a virtude e santidade. Ela é a mulher que

calcou a cabeça da serpente, como se anuncia no Génesis, vencedora de todas as batalhas, de todo o mal. N’Ela queremos honrar a dignidade de todas as mulheres, o valor da maternidade, o sentido mais belo da virgindade assumida por amor. Filha dilecta de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de


Deus Espírito, a Imaculada é a beleza onde Deus Se vê como num espelho, onde O Senhor encontra a Sua mais perfeita imagem. Criatura sem pecado, a Virgem Maria é o mais belo reflexo de Deus uno e trino, do Seu amor, da vida da graça, da comunhão trinitária, da santidade divina, da beleza infinita da graça, da perfeição suprema do amor. Venerar a Imaculada é apelo à luta contra o mal e contra o pecado, contra as sementes satânicas espalhadas pelo mundo. Venerar a Imaculada é reconhecer o valor da mulher, da mãe, da dignidade feminina na sua maior grandeza. Venerar a Imaculada é perceber como Deus pode de nós e connosco, com este barro que somos,

fazer maravilhas. Venerar a Imaculada deve ser compromisso a lutar pelo reino de Cristo, que é reino de graça, de amor, de justiça, de paz, de santidade. Venerar a Imaculada deve ser também recordar a nossa história, como povo e como pátria, que foi entregue e consagrada à Virgem Imaculada, em Vila Viçosa, confiada ao seu Coração Imaculado, em Fátima. Nós, seus filhos, não nascemos sem pecado original e sentimos as tentações e as concupiscências. Há em nós, dentro da alma e do

coração, de todo o nosso ser, um campo de batalha, como nos dizia Santa Teresa de Ávila. Deus, o Espírito Santo, com a Sua ação e as Suas inspirações e o maligno, o espirito do mal, com suas tentações, seduções. A Mãe, concebida sem pecado, vencedora da serpente enganadora, ajudar-nos-á nesta luta contra o pecado e contra o mal, contra as tentações e o mau espírito, contra o demónio. A Imaculada é a vencedora de todas as vitórias. Com o poder de Jesus, seu Filho, Rei do Universo, Rei dos reis e Senhor dos senhores, a Mãe Imaculada ajudar-nos-á sempre e em tudo. Confiemos n’Ela. Clamemos por Ela. Metamo-nos em seu Coração. E venceremos nossas lutas.

PADRE DÁRIO PEDROSO Diocese de Lisboa

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Mais vida no seu Coração!!! A

udança faz parte do nosso ser. Os humanos m ainda que sejam seres de hábitos, de rotinas, precisam e gostam de mudanças. Elas são necessárias e fruto de necessidades ou de circunstâncias. Por isso, a partir de dezembro a grelha de programação da TV Canção Nova terá novidades. Um complemento com novos programas de reforço da grelha, feito com a dedicação de todos os profissionais da estação que faz parte da sua vida. A TV vai manter os programas de sucesso mas vai trazer novidades com programas de qualidade e de cariz português.

Deixe-se surpreender! PORTUGAL

Direção TV Canção Nova Portugal Canção Nova

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MISSÃO NA ÁFRICA

E

u e o missionário Cristian Boher vivemos na fronteira com o Malawi na Vila de Zobué na Província de Tete em Moçambique. A Sede Administrativa de Zobué tem mais de 100 mil habitantes, o centro da Vila tem por volta de 25 mil. O povo desta zona é da etnia Chewa, os quais também estão presentes no Malawi, Zambia e Zimbabwe. A região em que estamos difere de outras da África, pois é uma zona muito fria, por estar entre as montanhas. Aqui exercemos a nossa missão na paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição que ficou 40 anos sem padres residentes e mais de 20 anos sem religiosos a viver na Vila por motivo da guerra civil e pela falta de missionários. Até então a

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paróquia era assistida por padres salesianos a partir de Moatize a 100km daqui que vinham celebrar as missas dominicais. Esta região montanhosa de Moçambique tem muita pobreza, mas não podemos dizer que é uma zona de fome, por ser uma região rural de muita produção agrícola. Temos um enorme desafio missionário pelo vasto território paroquial, muitas pessoas ainda não são evangelizadas. As religiões tradicionais são muito fortes: o islamismo também cresce muito e o protestantismo já iguala ou supera em número os fiéis católicos. Nesta paróquia, além da Sede paroquial com cinco núcleos eclesiais, temos mais 36 comunidades rurais, algumas a mais de 70 km de distância da Matriz e com acesso muito


difícil, por vezes temos que enfrentar estradas rurais péssimas, só transitáveis com motocicletas, outras temos de atravessar rios com canoas e outras ainda somente acessíveis pelo país vizinho, o Malawi. Muitas destas comunidades participavam apenas numa missa por ano. Na Sede urbana, temos muito trabalho a fazer nas diversas pastorais e no atendimento sacramental do povo. Estamos visitando as famílias da nossa Vila. E ainda temos o desafio de animar e evangelizar uma juventude sem perspectiva de futuro, quebrar um ciclo de constituição familiar e maternidade precoce (muitas adolescentes de 12 a 15 anos já estão comprometidas com casamentos precoces ligados a cultura do dote). Aqui existem muitas crianças carentes, que necessitam

de assistência humana e espiritual: sonhamos com uma escolinha paroquial. A Paróquia de Zobué é também santuário diocesano dedicado à Imaculada Conceição que recebe na peregrinação anual da diocese cerca de 5000 pessoas. Temos um longo trabalho no desenvolvimento espiritual e de infra-estrutura do Santuário. Há quase dois anos em Moçambique, faço a experiência com este povo, um povo religioso e sedento de Deus. Muitos buscam-n’O à sua maneira. Cabe-nos a nós anunciar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus. Assim, vivemos junto a este lindo povo moçambicano que faz do canto e da dança oração e louvor. Um povo muito alegre, mas sofrido, cansado de guerras, das desigualdades e corrupção. O Papa Francisco, que nos visitou no mês de setembro, deixou-nos mensagens que são sementes de esperança, paz e reconciliação, que essas sementes brotem no tempo oportuno. É nesta realidade que a Comunidade Canção Nova começa a sua missão em África: cheios de desafios, mas plenos de esperança, pois é Deus que faz a Sua Obra acontecer. Que pela graça da Divina Providência possamos continuar a cantar uma Canção Nova por estas terras moçambicanas. Padre Ademir Costa Missionário da Comunidade Canção Nova em Moçambique Canção Nova

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LITURGIA N OV E M B RO 01 TODOS OS SANTOS – SOLENIDADE L 1 Ap 7, 2-4. 9-14; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6 L 2 1 Jo 3, 1-3 Ev Mt 5, 1-12a 02 Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos L 1 Job 19, 1. 23-27a; Sal 26, 1. 4. 7 e 8b e 9a. 13-14 L 2 2 Cor 4, 14 – 5, 1 Ev Mt 11, 25-30 03 L 1 Sab 11, 22 – 12, 2; Sal 144 (145), 1-2. 8-9. 10-11. 13cd-14 L 2 2 Tes 1, 11 – 2, 2 Ev Lc 19, 1-10 04 S. Carlos Borromeu, bispo – MO L 1 Rom 11, 29-36; Sal 68 (69), 30-31. 33-34. 36-37 Ev Lc 14, 12-14 05 L 1 Rom 12, 5-16a; Sal 130 (131), 1. 2ab e 3 Ev Lc 14, 15-24 06 S. Nuno de Santa Maria, religioso – MO L 1 Rom 13, 8-10; Sal 111 (112), 1-2. 4-5. 8a e 9 Ev Lc 14, 25-33 07 L 1 Rom 14, 7-12; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14 Ev Lc 15, 1-10 08 L 1 Rom 15, 14-21; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4 Ev Lc 16, 1-8 09 Dedicação da Basílica de Latrão – FESTA L 1 Ez 47, 1-2. 8-9. 12 ou 1 Cor 3, 9c-11. 16-17; Sal 45, 2-3. 5-6. 8-9 Ev Jo 2, 13-22 10 L 1 2 Mac 7, 1-2. 9-14; Sal 16 (17), 1. 5-6. 8b e 15 L 2 2 Tes 2, 16 – 3, 5 Ev Lc 20, 27-38 ou Lc 20, 27. 34-38 11 S. Martinho de Tours, bispo – MO L 1 Sab 1, 1-7; Sal 138 (139), 1-3. 4-6. 7-8. 9-10 Ev Lc 17, 1-6 12 S. Josafat, bispo e mártir – MO L 1 Sab 2, 23 – 3, 9; Sal 33 (34), 2-3. 16-17. 18-19 Ev Lc 17, 7-10 13 L 1 Sab 6, 1-11; Sal 81 (82), 3-4. 6-7 Ev Lc 17, 11-19 14 L 1 Sab 7, 22 – 8, 1; Sal 118 (119), 89. 90. 91. 130. 135. 175 Ev Lc 17, 20-25 15 S. Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja – MF L 1 Sab 13, 1-9; Sal 18 A (19), 2-3. 4-5 Ev Lc 17, 26-37

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Canção Nova

D E Z E M B RO 16 L 1 Sab 18, 14-16 – 19, 6-9; Sal 104 (105), 2-3. 36-37. 42-43 Ev Lc 18, 1-8 17 L 1 Mal 3, 19-20a; Sal 97 (98), 5-6. 7-8. 9 L 2 2 Tes 3, 7-12 Ev Lc 21, 5-19 18 Dedicação das Basílicas de S. Pedro e de S. Paulo, Apóstolos – MF L 1 1 Mac 1,10-15.41-43.5457.62-64; Sal 118 (119),53 e 61.134.150.155.158 Ev Lc 18, 35-43 19 L 1 2 Mac 6, 18-31; Sal 3, 2-3. 4-5. 6-7 Ev Lc 19, 1-10 20 L 1 2 Mac 7, 1. 20-31; Sal 16 (17), 1. 5-6. 8b-9a e 15 Ev Lc 19, 11-28 21 Apresentação de Nossa Senhora – MO L 1 1 Mac 2, 15-29; Sal 49 (50), 1-2. 5-6. 14-15 Ev Lc 19, 41-44 22 S. Cecília, virgem e mártir – MO L 1 1 Mac 4, 36-37. 52-59; Sal 1 Cr 29, 10. 11ab. 11cd e 12ab. 12cd e 13 Ev Lc 19, 45-48 23 L 1 1 Mac 6,1-13; Sal 9 A (9), 2-3.4 e 6.16 e 19 Ev Lc 20, 27-40 24 NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO SOLENIDADE L 1 2 Sam 5, 1-3; Sal 121 (122), 1-2. 3-4a. 4b-5 L 2 Col 1, 12-20 Ev Lc 23, 35-43 25 L 1 Dan 1, 1-6. 8-20; Sal Dan 3, 52. 53 e 54. 55 e 56 Ev Lc 21, 1-4 26 L 1 Dan 2, 31-45; Sal Dan 3, 57. 58. 59. 60. 61 Ev Lc 21, 5-11 27 L 1 Dan 5, 1-6. 13-14. 16-17. 2328; Sal Dan 3,62.63.64.65.66.67 Ev Lc 21, 12-19 28 L 1 Dan 6, 12-28; Sal Dan 3, 68.69. 70. 71. 72. 73. 74 Ev Lc 21, 20-28

01 L 1 Is 2, 1-5; Sal 121 (122), 1-2. 4-5. 6-7. 8-9 L 2 Rom 13, 11-14 Ev Mt 24, 37-44 02 L 1 Is 4, 2-6; Sal 121 (122),1-2.3-4ab.4cd-5.6-7.8-9 Ev Mt 8, 5-11 03 S. Francisco Xavier, presbítero, Padroeiro das Missões – MO L 1 Is 11, 1-10; Sal 71 (72), 2. 7-8. 12-13. 17 Ev Lc 10, 21-24 04 L 1 Is 25, 6-10a; Sal 22 (23), 1-3a. 3b-4. 5. 6 Ev Mt 15, 29-37 05 S. Frutuoso, S. Martinho de Dume e S. Geraldo, bispos – MO L 1 Is 26, 1-6; Sal 117 (118), 1 e 8-9. 19-21. 25-27a Ev Mt 7, 21. 24-27 06 L 1 Is 29, 17-24; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14 Ev Mt 9, 27-31 07 S. Ambrósio, bispo e doutor da Igreja – MO L 1 Is 30, 19-21. 23-26; Sal 146 (147), 1-2. 3-4. 5-6 Ev Mt 9, 35 – 10, 1. 6-8 08 IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA, Padroeira principal de Portugal e das Dioceses de Évora, Santarém, Setúbal e Vila Real – SOLENIDADE L 1 Gen 3, 9-15. 20; Sal 97, 1. 2-3ab. 3cd-4 L 2 Rom 15, 4-9 Ev Lc 1, 26-38 09 L 1 Is 35, 1-10; Sal 84 (85), 9ab10. 11-12. 13-14 Ev Lc 5, 17-26 10 L 1 Is 40, 1-11; Sal 95 (96), 1-2. 3 e 10ac. 11-12. 13 Ev Mt 18, 12-14 11 L 1 Is 40, 25-31; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 8 e 10 Ev Mt 11, 28-30 12 L 1 Is 41, 13-20; Sal 144 (145), 1 e 9. 10-11. 12-13ab Ev Mt 11, 11-15 13 S. Luzia, virgem e mártir – MO L 1 Is 48, 17-19; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6 Ev Mt 11, 16-19

29 L 1 Dan 7, 2-14; Sal Dan 3, 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81 Ev Lc 21, 29-33

14 S. João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja – MO L 1 Sir 48, 1-4. 9-11; Sal 79 (80), 2ac e 3b. 15-16. 18-19 Ev Mt 17, 10-13

30 S. André, Apóstolo – FESTA L 1 Rom 10, 9-18; Sal 18 A, 2-3. 4-5 Ev Mt 4, 18-22

15 L 1 Is 35, 1-6a. 10; Sal 145 (146), 7. 8-9a. 9bc-10 L 2 Tg 5, 7-10 Ev Mt 11, 2-11

16 L 1 Num 24, 2-7. 15-17a; Sal 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9 Ev Mt 21, 23-27 17 L 1 Gen 49, 2. 8-10; Sal 71 (72), 2. 3-4ab. 7-8. 17 Ev Mt 1, 1-17 18 L 1 Jer 23, 5-8; Sal 71 (72), 2. 12-13. 18-19 Ev Mt 1, 18-25 19 L 1 Jz 13, 2-7. 24-25a; Sal 70 (71), 3-4a. 5-6ab. 16-17 Ev Lc 1, 5-25 20 L 1 Is 7, 10-14; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6 Ev Lc 1, 26-38 21 L 1 Cânt 2, 8-14 ou Sof 3, 14-18a; Sal 32 (33), 2-3. 11-12. 20-21 Ev Lc 1, 39-45 22 L 1 Is 7, 10-14; Sal 23 (24), 1-2. 3-4ab. 5-6 L 2 Rom 1, 1-7 Ev Mt 1, 18-24 23 L 1 Mal 3, 1-4. 23-24; Sal 24 (25), 4bc-5ab. 8-9. 10 e 14 Ev Lc 1, 57-66 24 L 1 2 Sam 7, 1-5. 8b-12. 14a. 16; Sal 88 (89), 2-3. 4-5. 27 e 29 Ev Lc 1, 67-79 25 QUARTA-FEIRA – NATAL DO SENHOR L 1 Is 9, 1-6; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 11-12. 13 L 2 Tito 2, 11-14 Ev Lc 2, 1-14 26 S. Estêvão, Primeiro Mártir – FESTA L 1 Act 6, 8-10; 7, 54-59; Sal 30 (31), 3cd-4. 6 e 8ab. 16b-17 Ev Mt 10, 17-22 27 S. João, Apóstolo e Evangelista – FESTA L 1 1 Jo 1, 1-4; Sal 96 (97), 1-2. 5-6. 11-12 Ev Jo 20, 2-8 28 Santos Inocentes, mártires – FESTA L 1 1 Jo 1, 5 – 2, 2; Sal 123 (124), 2-3. 4-5. 7b-8 Ev Mt 2, 13-18 29 Sagrada Família de Jesus, Maria e José – FESTA L 1 Sir 3, 3-7. 14-17a (gr. 2-6. 1214); Sal 127 (128), 1-2. 3. 4-5 L 2 Col 3, 12-21 Ev Mt 2, 13-15. 19-23 30 L 1 1 Jo 2, 12-17; Sal 95 (96), 7-8a. 8b-9. 10 Ev Lc 2, 36-40 31 L 1 1 Jo 2, 18-21; Sal 95 (96), 1-2. 11-12. 13 Ev Jo 1, 1-18



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Canção Nova


“A NOSSA PARA UM

AGENDA

MISSÃO É EVANGELIZAR, FORMAR HOMENS NOVOS

MUNDO NOVO!”

MONS.JONAS ABIB

NOV/DEZ

EVENTOS

3

NOV

17 NOV

24 NOV

13/14 15 DEZ

249 530 600 opção 05 eventos.cancaonova.pt eventos@cancaonova.pt Tarde de oração em Ovar Tema: Não estais debaixo da lei, mas da graça de Deus. Rom 6,14 Local: Matriz de São Cristóvão Av. do bom Reitor, 9 – Ovar Horário: 14h30 às 19h00 Seminário de Vida no Espírito Santo Tema: Efusão no Espírito Santo Local: Comunidade Canção Nova – Casa de Maria Rua São José, 26 – Fátima Horário: 14h30 às 18h00 Encontro de oração no Porto Tema: Basta-te a minha graça. 1.º Cor 12,9 Local: Capela do Cerco Rua do Pinheiro Grande, 4300 São Roque da Lameira – Campanhã Horário: 9h30 às 18h00 Tarde de oração no Cacém Tema: Basta-te a minha graça. 1.º Cor 12,9 Local: Centro Pastoral Claret Avenida dos Missionários, 50 – Agualva/Cacém Horário: 14h30 às 20h00 Encontro de jovens Tema: Procuras paixão? Enamora-te! Local: Canção Nova – Casa de Maria Rua São José, 26 – Fátima Inscrições: eventos.cancaonova.pt/jovens Horário: Início às 19h00 | Término às 14h00

Canção Nova

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