Revista Canção Nova

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CANÇÃO NOVA PORTUGAL

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Ano X - N.º 110 - Maio/ Junho 2012 - Revista Bimestral ISSN 1646-9461 Preço 2,50 € [Portugal ] - 3,50 € [Europa] 4,50 € - [Resto do mundo]

FESTA DO CORPO DE DEUS

A Eucarístia o nosso maior tesouro ESPIRITUALIDADE

O Espírito o Divino Desconhecido

A FALTA DE TEMPO DESINTEGRA A FAMÍLIA

Um convite a olharmos para a família


Tel: 249534932

www.livraria.cancaonova.pt


Ficha Técnica Proprietário/Editor: Comunidade Canção Nova NPC: 505 556 391 / Estrada da Batalha, 68 AP 199 2496-908 FÁTIMA Presidente: Monsenhor Jonas Abib Director: Paulo Azadinho Coordenação: Pe. Marcos Roberto e Sandra Pinto Redacção: Telma Freire Projecto Gráfico: Débora Líra E-mail: revista@cancaonova.pt

DEPARTAMENTO NACIONAL DA PASTORAL JUVENIL EM PORTUGAL-24

De Braços Abertos

SALESIANOS- 26 Nossa Senhora e a Eucarístia

Colaboradores nesta edição : Sandra Pinto, Mons. Jonas Abib, Pe. Marcos Roberto, Paulo Azadinho, Sandra Dias, Cón. Senra Coelho, Mons. Luciano Guerra,Pe. José Borga, Pe. Eduardo Novo,MIC, Pe. João de Brito, Pe. Jovanete Vieira,MIC, Pe. Dário Pedroso,SJ e Sérgio Coutinho.

CANÇÃO NOVA NO MUNDO - 30 Missão Canção Nova na Itália

Impressão: Multiponto, SA Rua da Fábrica, 260 - 4585-013 Balpar Depósito Legal N.º 237725/06 Tiragem: 10.000 exemplares Assinatura Anual: Portugal: €20-Europa:€36-Resto do mundo: €48

O Silêncioso hóspede da nossa alma

EDITORIAL - 04

CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO - 18 Bem-Haja pela sua fidelidade

PALAVRA DO FUNDADOR - 05

CORREIO - 19

Os anjos querem conduzir-nos

PALAVRA DO COORDENADOR - 06 Festa do Corpo de Deus

GOTAS DO CARISMA - 08 O Espírito renova todas as coisas

PALAVRA DO ADMINISTRADOR - 09 O desafio de lutar pela santidade

PROGRAMAÇÃO - 10 Ultrapassar os limites da nossa própria Televisão

LITURGIA - 11

OPINIÃO - 20 Mudança: é esta a nossa grande e constante ventura!

DIVINA MISERICÓRDIA - 22 Maria Mãe da Misericórdia

PASTORAL JUVENIL - 24 De braços abertos SALESIANOS - 26 Nossa Senhora e a Eucaristia

ESPIRITUALIDADE - 28 O Espírito: O Divino Desconhecido

Junho

HISTÓRIA DA IGREJA - 12

CANÇÃO NOVA NO MUNDO - 30

Santo António de Lisboa Modelo de Fidelidade e Serviço

Missão Canção Nova em Itália

TEMA PRINCIPAL - 14

EVENTOS - 31

A falta de tempo desintegra a família

Junho

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SUMÁRIO


O silêncio o hóspede da nossa alma

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Sandra Pinto Comunidade Canção Nova www.benfeitor.cancaonova.pt

“O Espírito Santo abre-me a Deus, ensina-me a rezar e ajuda-me a estar disponível para os outros” CIC [738-741]. O Espírito Santo quando age em nós libertanos daquilo que nos mantém cativos e a libertação é tão forte, que tudo muda. Ficamos mais dispostos, mais alegres, temos um brilhozinho diferente no olhar, ou seja, somos de tal forma inflamados que a chuva pode cair, o vento pode soprar e a terra pode abrir-se, que continuamos firmes no caminhar, pois uma nova vida habita em nós. Quando o pecado entra e permanece na nossa vida, é como se uma porta se fosse fechando lentamente impedindo a entrada do Espírito Santo, ao fecharmo-nos à sua acção deixamos de fazer o bem e de viver o amor. Mas quando abrimos as portas do nosso interior ao Espírito Santo, o nosso coração transborda de amor por Deus e pelo próximo. E devido a isso, o nosso desejo é só de fazer o bem. Mesmo quando pecamos Ele ajuda-nos a reconhecer os nossos erros

e a recomeçar! Santo Agostinho diz que o Espírito Santo é “O silencioso hóspede da nossa alma”. Para escutar a sua direcção, precisamos fazer silêncio no nosso interior. Olhemos para Nossa Senhora, que foi a escolhida e disse Sim ao Espírito Santo, permitindo que Ele fosse hóspede da sua Alma, conduzindo assim a sua vida! Ela é modelo, é a mulher do Espírito Santo, que viveu de forma silenciosa, guardando todas as coisas no seu coração, procurando sempre a sabedoria de Deus! Não sei como está a sua vida no presente, mas peça a Deus para que Ele venha acalmar as tempestades do seu coração, que ele venha retirar todo o ruído, para que você possa escutar a Sua voz e assim ser conduzido pelo Seu amor e sabedoria! À semelhança de Maria, sejamos homens e mulheres que caminham e se deixam transformar pelo Espírito Santo! Façamos da nossa vida e da nossa família um verdadeiro pentecostes. Disponibilize-se para receber este Hóspede que é tão criativo, e permita que Ele revolucione e transforme a sua vida!


Os anjos querem conduzir-nos

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Mons.Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova

“Um Espírito celeste maravilhoso acompanha-nos desde a nossa concepção no ventre da nossa mãe.“

Cada um de nós vive esta graça: existe um anjo ao nosso lado. Um Espírito celeste maravilhoso acompanha-nos desde a nossa concepção no ventre da nossa mãe. O que nos cabe é assumir a sua presença como servidor e mensageiro de Deus, que intercede e suplica ao Senhor por cada um de nós. Quando o povo de Deus se reúne em oração, adoração e louvor e a Palavra de Deus é proclamada, os anjos aí estão. Eles foram criados para adorar, louvar e bendizer a Deus. São mensageiros: levam a Palavra, a salvação e a cura que vêm do Senhor. Além deste mundo visível, há um mundo

espiritual que nos rodeia. Não o vemos nem percebemos, mas ele existe e é real. O que a Bíblia nos mostra é a realidade: os anjos estão presentes no começo da criação, na vida de Abraão e Sara e junto a muitos outros. O povo de Deus caminha com Moisés, do Egipto à Terra Prometida, acompanhado continuamente por eles. Vemos os anjos presentes na vida de cada um dos profetas; por isso estão constantemente apresentados na Bíblia, pois realmente acompanham os homens. Hoje, os anjos querem conduzir-nos. São os nossos companheiros e guardas. A sua missão é comunicar a vontade de Deus e encaminhar-nos até ela, rogando e falando à nossa cosciência.Por isso, quando oramos, eles associam-se a nós. (Excerto do livro “Anjos companheiros do dia-a-dia” de Monsenhor Jonas Abib)


Festa do Corpo de Deus

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“Ele encontra-se no Sacrário, à nossa espera, para visitá-lo! Ofereçamos-Lhe toda a nossa vida, os nossos problemas, o nosso coração, os nossos pensamentos e enfim, todo o nosso ser. “

Esta celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque. Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo",estendeu

Pe. Marcos Roberto Coordenador da Canção Nova-Portugal


pelas ruas em procissão, seguindo Jesus no Santíssimo Sacramento. Eram momentos especiais em que toda a comunidade louvava a Deus por tão grande amor, em querer ficar connosco e abençoarnos na Eucaristia. Nós enfeitávamos as ruas já de madrugada para que quando o Senhor passasse fosse um caminho digno para a sua majestade. Jesus, assim, vai abençoando as pessoas, as famílias, as cidades e todos os que se colocam à sua espera e crêem n' Ele como Salvador das suas vidas. Quero convidá-lo, meu filho e minha filha, a enfeitar o seu coração nesta festa tão importante para a Igreja que somos nós! Agradeça a Jesus a sua presença no meio de nós; porque Ele dá-nos o seu próprio Corpo e Sangue para nos alimentar, revigorar, amar, e dar sentido às nossas vidas. Que o Santíssimo Sacramento seja adorado e louvado pelos cristãos do mundo inteiro e não apenas neste dia, mas que todos os dias do ano, possamos procurar Jesus que se deixa encontrar e que derrama sobre nós toda a vida e ressurreição! Ele encontra-se no Sacrário, à nossa espera, para visitá-lo! OfereçamosLhe toda a nossa vida, os nossos problemas, o nosso coração, os nossos pensamentos e enfim, todo o nosso ser. Ele abraça-nos e acolhe-nos no seu imenso amor, porque sabe o que mais precisamos. Graças e louvores se dêem a todo o momento! Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.

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a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado na liturgia do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes. A procissão com a Hóstia consagrada conduzida num ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou num grande cortejo de acção de graças. A festa do Corpo de Cristo acontece sempre numa quintafeira, em alusão à Quinta - feira Santa, quando se deu instituição desse Sacramento. "Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Aquele que comer deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 54 - 58).Nós, católicos, celebramos a Festa do Corpo de Deus de uma maneira solene para homenagear, para honrar e adorar o Mistério da Eucaristia o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo que acreditamos presente no Pão e Vinho consagrados. Celebrar o Corpo de Deus traz-me à lembrança as muitas festas em que eu participava na minha Paróquia, quando saíamos


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O Espírito renova todas as coisas

O que aconteceu com os outros eu não sei, só sei o que aconteceu comigo. Para dizer a verdade, reconheço que naquele momento não senti nada! Porém, naquela noite, comecei a orar como nunca tinha orado antes. Não era ainda a oração em línguas, mas a oração vinha de dentro. Era muito bom, brotava de forma espontânea. Era totalmente diferente! Não saberia explicar. O que eu sabia é que antes me faltava algo, que pensava ser a fé; porém, o que me faltava, agora não me faltava mais. O vazio existente estava inteiramente preenchido. E não foi apenas naquela noite. Na manhã seguinte, quando acordei, o dia estava diferente, a minha oração foi diferente, a minha missa foi diferente, a minha “Oração do Tempo Presente” (Oração do Ofício Divino) foi diferente. Eu estava diferente! Comecei a sentir toda uma mudança na minha vida. A minha oração e a forma de celebrar mudaram; a pregação já era outra e o meu entendimento e gosto pela palavra de

Deus ganharam novo sabor. Até mesmo o arrependimento pelos meus pecados mudou: comecei a senti-lo muito forte, a partir daqueles “pecadinhos” do diaa-dia que me tocavam muito. Saía de Lorena e partia para a Aparecida a fim de me confessar, tal era o arrependimento, a contrição e a necessidade de ser perdoado. Deus caminhou rápido comigo: lembro-me que num mês e meio depois, já no início de 1972, fui a Campinas, em São Paulo, com dez jovens. Tivemos a oportunidade de fazer uma experiência de oração com o Padre Haroldo, na Vila Brandina. Lá comecei a entender o que era a renovação Carismática -Católica, a efusão do Espírito Santo e os seus dons. Melhor ainda, entendi o que tinha acontecido comigo. Graças a Deus, não tentei entender com a minha “cabeça de Padre”. Foi diante dos factos que fiquei sem argumentos; não podia negar o que tinha acontecido. Naquele mesmo ano, estavamos a começar as primeiras experiências de Oração no Espírito Santo, em Lorena. Assim, já tocávamos na essência da nossa missão: preparar um ambiente para que as pessoas tivessem o seu primeiro encontro pessoal com Cristo. Monsenhor Jonas Abib. (Excerto do livro “Canção Nova uma Obra de Deus”).


O desafio de lutar pela Santidade “ Como em Pentecostes somos convidados a todos os dias reavivarmos a chama do amor de Deus que brilha em nós e a partir de nós naqueles que nos rodeiam .“

O calendário litúrgico nos meses de Maio e Junho é revelador da importância que a Igreja atribui à celebração como um momento privilegiado de encontro e comunhão entre os irmãos. Recordo as celebrações marianas ao longo do mês de Maio, a Festa da Ascensão e de Pentecostes e, agora em Junho, a Solenidade de Corpo de Deus e os dias dedicados aos Santos Populares celebrados por todo o país. Uma oportunidade para partilhar a fé e motivar as nossas famílias à comunhão de valores e vivências que os vários testemunhos de santidade nos deixaram. Destaco neste tempo um dos grandes modelos de perseverança, rectidão e docilidade São José, celebrado no dia 1 de Maio como patrono dos trabalhadores. Um homem que soube acolher a vontade de Deus e que, assu-

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Paulo Azadinho Administrador da Canção Nova-Portugal

mindo a paternidade de coração, protegeu Jesus e ensinou-lhe o caminho do serviço. Celebrar São José é proclamar a vitória da fé e da obediência sobre a rebeldia e a descrença que hoje invadem tantas famílias e grupos. O Projecto Dai-me Almas passa por estas experiências de comunhão na medida em que deixamo-nos moldar pelo Espírito Santo e assumimos o desafio de lutar pela santidade. Olharmos as histórias dos santos e percebermos as suas principais virtudes, reveladoras do caminho a percorrer. Como em Pentecostes somos convidados a todos os dias reavivarmos a chama do amor de Deus que brilha em nós e a partir de nós naqueles que nos rodeiam. Assim, aos poucos contribuiremos, a começar de nós, para a formação de homens novos para um mundo novo.


Os meios de comunicação a serviço da

EVANGELIZAÇÃO TV, Rádio e Internet

EM DESTAQUE NESTA EDIÇÃO

PROGRAMAÇÃO DA TELEVISÃO CANÇÃO NOVA EM PORTUGAL

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Ultrapassar os limites da nossa própria humanidade “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura...” (Mc. 16, 15), este é um dos últimos pedidos de Jesus aos seus discípulos antes de partir. Dar testemunho da Sua verdade, anunciar a sua palavra a todo aquele ou aquela que esteja disposto a ver e ouvir. E quando Jesus diz a toda a criatura, Ele o estava a dizer a todas as pessoas (cf. Concilium Legionis Mariae, 1996). A Evangelização, como tarefa principal da Igreja, e de cada um de nós cristãos católicos, não deve ser vivida apenas dentro das paredes da Igreja, das nossas paróquias, grupos ou movimentos, a ordem de Cristo desafia-nos a superar os nossos limites humanos. Jesus não mediu esforços para realizar aquela que era a sua missão. Um pregador por excelência, que traduzia da forma mais simples e baseada na vivência do dia-a-dia aquela que é a “verdade e a vida”. Usar os meios de comunicação para evangelização e abraçar este desafio só poderia ser fomentado por Deus, num coração humilde e obediente a Deus, como o nosso querido fundador, Monsenhor Jonas Abib. Homem de uma fé sem igual e que assumiu para a sua vida o “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura”. Mas o seu sonho foi mais longe, e em casa da Mãe, a 11 de Maio de 2004, a Ela consagrou toda a sua missão, toda a Comunidade Canção Nova, toda a família Canção Nova, e os meios de comunicação que nasciam, então, na Casa de Evangelização em Fátima, a missão de levar a mensagem de Nossa Senhora de Fátima, a todo mundo, “a toda a criatura”. Estamos há 11 anos a responder a esse sonho que acontece pelo sim diário da nossa família Canção Nova. Em Maio, inicia-se um tempo de celebração em Fátima, onde somos convidados a recordar a Mãe, que através de três simples crianças, nos desafia a conversão. E com o exemplo dessas crianças, nas peregrinações deste ano nos convida a responder: “ Quereis oferecer-vos a Deus? “ A si, que connosco assume este desafio diário de responder à ordem de Cristo: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura...” (Mc. 16, 15), quero convidálo a viver intensamente este tempo com cada transmissão das Peregrinações Aniversárias de Maio a Outubro que serão realizadas pela nossa TV Canção Nova e que possamos juntos com o tema deste ano:“ Quereis oferecer-vos a Deus? “ renovar a nossa resposta ao desafio de Deus e ultrapassar os limites da nossa própria humanidade. O nosso Bem Haja pelo seu sim.

Programação fixa de Segunda a Sexta-feira: 11:00H Missa do Santuário de Fátima 18:30H Santo Terço da Capelinha Todos os dias exepto à Quinta-feira, Sábado e Domingo: 15:00H Terço da Misericórdia Segunda e Sexta-feira: 21:00H Mãos Unidas Terça e Sexta-feira: 13h20 Projeto Dai-me Almas 15H30 Vitrine Canção Nova Quarta-feira: 13H15 Vitrine Canção Nova 13h45 Projeto Dai-me Almas Segunda e Sexta-feira: 18H00 Vitrine Canção Nova Segunda e Sexta-feira: 9H30 e 20H30 Caminhos de Vida Sexta-feira: 13h20 Projeto Dai-me Almas 20h30 Caminhos de Vida Nota: Para uma informação mais detalhada visite o site: www.tv.cancaonova.pt

Sandra Dias Directora da Televisão Canção Nova -Portugal


LITURGIA 01 São José Operário 1.ª Leitura: Actos 11, 19-26 Salmo: 86 (87), 1-3.4-5.6-7 Evangelho: Jo 10, 22-30 02 S. Atanásio, bispo e doutor da Igreja 1.ª Leitura: Actos 12, 24 __ 13, 5a Salmo 66 (67), 2-3.6.8 (R. 4) Evangelho: Jo 12, 44-50 03 S. Filipe e S. Tiago, Apóstolos 1.ª Leitura:1 Cor 15, 1-8 Salmo 18 A, 2-3. 4-5 Evangelho: Jo 14, 6-14 04 1.ª Leitura: Actos 13, 26-33 Salmo 2, 6-7.8-9.10-11 (R. 7) Evangelho: Jo 14, 1-6 05 1.ª Leitura: Actos 13, 44-52 Salmo 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4 (R. 3cd) Evangelho: Jo 14, 7-14 06 1.ª Leitura: Act 9, 26-31 Salmo 21, 26b-27. 28. 30. 31-32 2ª Leitura: 1 Jo 3, 18-24 Evangelho: Jo 15, 1-8 07 1.ª Leitura: Act 14, 5-18 Salmo 113 B, 1-2. 3-4. 15-16 Evangelho: Jo 14, 21-26 08 1.ª Leitura: Act 14, 19-28 Salmo 144, 10-11. 12-13ab. 21 Evangelho: Jo 14, 27-31a 09 1.ª Leitura: Act 15, 1-6 Salmo 121, 1-2. 3-4a. 4b-5 Evangelho: 15, 1-8 10 1.ª Leitura: Act 15, 7-21 Salmo 95, 1-2a. 2b-3. 10 Evangelho: Jo 15, 9-11 11 1.ª Leitura: Act 15, 22-31 Salmo 56, 8-9. 10-11 Evangelho: Jo 15, 12-17 12 B. JOANA DE PORTUGAL, virgem S. NEREU e S. AQUILEU, mártires S. PANCRÁCIO, mártir 1.ª Leitura: Act 16, 1-10 Salmo 99, 2. 3. 5 Evangelho: Jo 15, 18-21 13 Nossa Senhora de Fátima 1.ª Leitura: Act 10, 25-26. 34-35. 44-48; Salmo 97, 1. 2-3ab. 3cd-4 2ª Leitura:1 Jo 4, 7-10 ou 1 Jo 4, 11-16 Evangelho: Jo 15, 9-17 ou Jo 17, 11b-19 14 S. Matias, Apóstolo 1.ª Leitura: Act 1, 15-17. 20-26 Salmo 112, 1-2. 3-4. 5-6. 7-8 Evangelho: Jo 15, 9-17 15 1.ª Leitura: Act 16, 22-34; Salmo 137, 1-2a. 2bc-3. 7c-8 Evangelho: Jo 16, 5-11

16 1.ª Leitura: Act 17, 15. 22 – 18, 1; Salmo 148, 1-2. 11-12ab. 12c-14a. 14bcd Evangelho: Jo 16, 12-15 17 1.ª Leitura: Act 18, 1-8; Salmo 97, 1. 2-3ab. 3cd-4 Evangelho: Jo 16, 16-20 18 1.ª Leitura: Act 5, 17-26; Salmo 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 Evangelho: Jo 3, 16-21 19 1.ª Leitura: Act 5, 27-33; Salmo 33, 2 e 9. 17-18. 19-20 Evangelho: Jo 3, 31-36 20 1.ª Leitura: Act 5, 34-42; Salmo 26, 1. 4. 13-14 Evangelho: Jo 6, 1-15

01 S. Justino, mártir 1.ª Leitura: 1 Pedro 4, 7-13 Salmo: 95, 10. 11-12. 13 Evangelho: Mc 11, 11-26

15 1.ª Leitura: Os 11, 1. 3-4. 8c-9 Salmo Is 12, 2. 3. 4bcd. 5-6 2ª Leitura: Ef 3, 8-12. 14-19 Evangelho: Jo 19, 31-37

02 S. Marcelino e São Pedro, mártires 1.ª Leitura: Judas 17. 20b-25 Salmo 62, 2. 3-4. 5-6 Evangelho: Mc 11, 27-33

16 1.ª Leitura: Reis 19, 19-21 Salmo 15, 1-2a e 5. 7-8. 9-10 ou Is 61, 9-11; 1 Sam 2, 1.4-5.6-7.8abcd(apropriada) Evangelho: Ev Lc 2, 41-51

03 SS. Carlos Lwanga e companheiros, mártires 1.ª Leitura: Deut 4, 32-34. 39-40 Salmo 32, 4-5. 6 e 9. 18-19. 20 e 22 2.ª Leitura: 2 Rom 8, 14-17 Evangelho: Mc 28, 16-20 04 1.ª Leitura: 2 Pedro 1, 2-7 Salmo 90, 1-2. 14-15ab. 15c-16 Evangelho: Mc 12, 1-12

21 S. Anselmo, bispo e doutor da Igreja 1.ª Leitura: Act 6, 1-7; Salmo 32, 1-2. 4-5. 18-19 Evangelho: Jo 6, 16-21

05 S. Bonifácio, bispo e mártir 1.ª Leitura: 2 Pedro 3, 12-15a. 17-18 Salmo 89, 2. 3-4. 10. 14 e 16 Evangelho: Mc 12, 13-17

22 S. Rita de Cássia, religiosa 1.ª Leitura: Act 20, 17-27; Salmo 67, 10-11. 20-21 Evangelho: Jo 17, 1-11a

06 S. Norberto, bispo 1.ª Leitura: 2 Tim 1, 1-3. 6-12 Salmo 122, 1-2a. 2bcd Evangelho: Mc 12, 18-27

23 1.ª Leitura: Act 20, 28-38; Salmo 67, 29-30. 33-35a. 35b-36c Evangelho: Jo 17, 11b-19

07 Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo 1.ª Leitura: Ex 24, 3-8 Salmo 115, 12-13. 15 e 16bc. 17-18 2.ª Leitura: Hebr 9, 11-15 Evangelho: Mc 14, 12-16. 22-26

24 1.ª Leitura: Act 22, 30: 23, 6-11; Salmo 15, 1-2a e 5. 7-8. 9-10. 11 Evangelho: Jo 17, 20-26 25 S. Beda Venerável, presbítero e doutor da Igreja S. Gregório VII, papa S. Maria Madalena de Pazzi, virgem 1.ª Leitura: Act 25, 13b-21; Salmo 102, 1-2. 11-12. 19-20ab Evangelho: Jo 21, 15-19

08 1.ª Leitura: 2 Tim 3, 10-17 Salmo 118, 157. 160. 161. 165. 166. 168 Evangelho: Mc 12, 35-37 09 S. Efrém, diácono e doutor da Igreja 1.ª Leitura: 2 Tim 4, 1-8 Salmo 70, 8-9. 14-15ab. 16-17. 22 Evangelho: Mc 12, 38-44

26 S. Filipe de Neri, presbítero 1.ª Leitura: Act 28, 16-20. 30-31; Salmo 10, 4. 5 e 7 Evangelho: Jo 21, 20-25

10 Santo Anjo da Guarda de Portugal 1.ª Leitura: Gen 3, 9-15 Salmo 129, 1-2. 3-4ab. 4c-6. 7-8 2.ª Leitura: 2 Cor 4, 13 – 5, 1 Evangelho: Mc 3, 20-35

27 S.Agustinho de Cantuaria,bispo 1.ª Leitura: Act 2, 1-11; Salmo 103, 1ab e 24ac. 29bc-30. 31 e 34 1.ª Leitura: 1 Cor 12, 3b-7. 12-13 ou Gal 5, 16-25 Evangelho: Jo 20, 19-23 ou Jo 15, 26-27: 16, 12-15

11 S. Barnabé, Apóstolo 1.ª Leitura: Act 11, 21b-26; 13, 1-3 Salmo 97, 1. 2-3ab. 3c-4. 5-6 Evangelho: Mt 5, 1-12 ou Mt 10, 7-13

28 1.ª Leitura: 1 Pedro 1, 3-9; Salmo 110, 1-2. 5-6. 9 e 10c Evangelho: Mc 10, 17-27 29 1.ª Leitura: 1 Pedro 1, 10-16; Salmo 97, 1. 2-3ab. 3cd-4 Evangelho: Mc 10, 28-31 30 1.ª Leitura: 1 Pedro 1, 18-25; Salmo 147, 12-13. 14-15. 19-20 Evangelho: Mc 10, 32-45 31 1.ª Leitura: Sof 3, 14-18 ou Rom 12, 9-16b; Salmo Is 12, 2. 3-4bcd. 5-6 Evangelho: Lc 1, 39-56

12 1.ª Leitura:1 Reis 17, 7-16 Salmo 4, 2-3. 4-5. 7-8 Evangelho: Mt 5, 13-16 13 S. António de Lisboa, presbítero e doutor da Igreja 1.ª Leitura: Sir 39, 8-14 (gr. 6-11) Salmo 18 B, 8. 9. 10. 11 Evangelho: Mt 5, 13-19 14 1.ª Leitura: 1 Reis 18, 41-46 Salmo 64, 10abcd. 10e-11. 12-13 Evangelho: Mt 5, 20-26

17 1.ª Leitura: Ez 17, 22-24 Salmo 91, 2-3. 13-14. 15-16 2ª Leitura: 2 Cor 5, 6-10 Evangelho: Mc 4, 26-34 18 1.ª Leitura: 1 Reis 21, 1-16 Salmo 5, 2-3. 5-6. 7 Evangelho: Mt 5, 38-42 19 S. Romualdo, abade 1.ª Leitura: 1 Reis 21, 17-29 Salmo 50, 3-4. 5-6a. 11 e 16 Evangelho: Mt 5, 43-48 20 B. Sancha e B. Mafalda, virgens e B.Teresa, religiosa 1.ª Leitura: 2 Reis 2, 1. 6-14; Salmo 30, 20. 21. 24 Evangelho: Mt 6, 1-6. 16-18 21 S. Luís Gonzaga, religioso 1.ª Leitura: Sir 48, 1-15 (gr. 1-14) Salmo 96, 1-2. 3-4. 5-6. 7 Evangelho: Mt 6, 7-15 22 S. João Fisher, bispo, e S. Tomás Moro, mártiresS. Paulino de Moro, bispo 1.ª Leitura:2 Reis 11, 1-4. 9-18. 20 Salmo 131, 11. 12. 13-4. 17-18 Evangelho: Mt 6, 19-23 23 1.ª Leitura: 2 Cr 24, 17-25 Salmo 88, 4-5. 29-30. 31-32. 33-34 Evangelho: Mt 6, 24-34 24 1.ª Leitura: Is 49, 1-6 Salmo 138, 1-3. 13-14ab. 14c-15 2ª Leitura: 2 Act 13, 22-26 Evangelho: Lc 1, 57-66. 80 25 1.ª Leitura: 2 Reis 17, 5-8. 13-15a. 18 Salmo 59, 3. 4-5. 12-13 Evangelho: Mt 7, 1-5 26 S. Josemaria Escrivá 1.ª Leitura: 2 Reis 19, 9b-11. 14-21. 31-35a. 36 Salmo 47, 2-3a. 3b-4. 10-11 Evangelho: Mt 7, 6. 12-14 27 S. Cirilo de Alexandria, bispo e doutor da Igreja 1.ª Leitura: 2 Reis 22, 8-13; 23, 1-3 Salmo 118, 33-34. 35-36. 37 e 40 Evangelho:Mt 7, 15-20 28 S. Ireneu, bispo e mártir 1.ª Leitura: 2 Reis 24, 8-17 Salmo 78, 1-2. 3-5. 8-9 Evangelho: Mt 7, 21-29 29 S. Pedro e S. Paulo, Apóstolos 1.ª Leitura: Act 12, 1-11 Salmo 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 1ª Leitura: 2 Tim 4, 6-8. 17-18 Evangelho: Mt 16, 13-19 30 Os Primeiros Santos Mártires Da Igreja De Roma 1.ª Leitura: Lam 2, 2. 10-14. 18-19 Salmo 73, 1-2. 3-5a. 5b-7. 20-21 Evangelho: Mt 8, 5-17

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JUNHO

MAIO


Santo António de Lisboa Modelo de Fidelidade e Serviço

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“ Pio XII no dia 16 de Janeiro de 1946 proclamou-o doutor da Igreja, com o título de Doutor Evangélico. “

Cón. Senra Coelho Diocese de Évora


Limoges e Arles. No Capítulo geral reunido em Assis, a 30 de Maio de 1227, foi eleito ministro provincial da Romanha, voltando a Itália, cargo que desempenhou até 1230. Em 1229 foi enviado a Pádua. Por indicação da Hierarquia da Igreja dedicou-se ali António à composição de sermões para todas as festividades dos principais Santos e para os Domingos do ano. Também se lhe atribuem uma Exposição do Saltério e algumas outras obras. Ao chegar a Quaresma, suspendeu António o estudo para dedicar-se de novo à pregação. Propôs pregar durante os 40 dias da Quaresma, apesar da hidropisia maligna que o afligia. Era tanto o entusiasmo do povo, que se lançava sobre ele para lhe cortar pedaços do hábito. Com o fim de impedir cenas destas, foi disposto que, terminado o sermão, desaparecesse António ocultamente ou saísse escoltado por um piquete que o protegesse.Consumido pelo esforço e pela enfermidade, retirou-se Santo António à solidão de Arcella, em Camposampiero. Era sexta-feira, dia 13 de Junho de 1231, as crianças de Pádua correram a cidade gritando: "Morreu o Santo! Morreu Santo António!" Foi canonizado pelo papa Gregório IX quando não tinha ainda passado um ano a contar da sua morte. Pio XII no dia 16 de Janeiro de 1946 proclamou-o doutor da Igreja, com o título de Doutor Evangélico. Ocorrendo em 1981 os 750 anos da morte de Santo António, foi aberto o seu túmulo. Da análise realizada com os métodos mais modernos, conclui-se que o Santo não viveu só 36 anos como até agora se pensava, mas 39 e nove meses; tinha de altura 1,68 m; era de perfil nobre, de corpo pouco robusto; a saliência nos ossos dos joelhos mostra que devia p a s s a r l o n g a s h o r a s a r e z a r ajoelhado e o desenvolvimento dos ossos das pernas é sinal de ter andado muito.

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Escassas são as notícias sobre o nascimento e a infância de Santo António. Apesar de nenhuma delas indicar o ano do seu nascimento, data-se com bastante certeza em 1191 ou 1192. Nasceu em Lisboa, junta da Sé e foram seus pais Martinho de Bulhões e Teresa Taveira. Foi baptisado aos oito dias e recebeu o nome de Fernando. Seus pais pensaram em educar religiosa e intelectualmente o filho, confiando-o ao mestre-escola da vizinha catedral. Posteriormente entrou no mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa, habitado pelos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Aí morou durante dois anos, mudando-se aos 17 anos para a casa-mãe de Coimbra. Fernando teve o seu primeiro contacto com os franciscanos, ao hospedarem-se no mosteiro os protomártires de Marrocos, na sua passagem por Coimbra quando se dirigiam para o Norte de África. Depois foram trazidos os corpos dos primeiros mártires de Marrocos que causaram muita impressão em Fernando. No verão de 1220 recebeu o hábito franciscano e o nome de António. Nos princípios de Novembro desembarcava em Marrocos, mas uma doença reteve-o durante todo o inverno e os superiores julgaram conveniente repatriá-lo para convalescer. Com esta intenção embarcou; mas um vento forte impeliu o navio para Oriente, obrigando-o a atracar nas costas da Sicília, onde se refugiou no convento franciscano perto de Messina, dali participou no Capítulo geral, convocado por S. Francisco, em Assis com início a 20 de Maio de 1221. Na Itália, pregou a Palavra de Deus na Romanha.Passados uns anos de apostolado eficaz, foi nomeado professor de teologia, tendo sido o primeiro Leitor de teologia que teve a Ordem franciscana.Na França, missionou em Montpellier, Le Puy, Bourges,


A falta de tempo desintegra a família

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“As nossas crianças sentem-se sós, as dos nossos pobres e as dos ricos. “

Porque será que Deus inseriu nos Dez Mandamentos um preceito de amor dos filhos para com os pais, e não também um outro, de amor dos pais para com os filhos? Nalguns lugares da Sagrada Escritura, nomeadamente em S. Paulo, exortam-se os pais à benevolência para com os filhos, no sentido de não os exasperarem. As crianças podem facilmente irritar-se e desanimar, quando os pais as apertam para além do que elas aguentam. E por aí podem chegar

Mons. Luciano Guerra Diocese de Leiria-Fátima


Tentemos ir mais fundo. O mundo é constituído por uma imensidade de elementos cuja quantidade nunca chegaremos a poder contar. Qualquer ser humano, animal ou vegetal, só existe porque milhões, biliões, sei lá, de elementos diferentes, estão ligados entre si, e assim são muitos mas fazem um só. O que é que une essa multiplicidade? É o amor. Amor diferente nas coisas mortas e nas coisas vivas, mas á o amor. O amor é a grande, a primeira propriedade que faz com que as coisas sejam boas. No fundo, o amor é como a atracção universal de que falam os físicos. Até em Deus: o que faz a sua unidade é o amor que une as três Pessoas. Por isso nada do que Deus criou pode prescindir do amor. E se falamos da humanidade, onde está a raiz do amor humano senão na família? E na família, onde pode ser mais perigosa a ausência de amor do que na relação dos pais com os filhos? Os filhos morreriam sem o amor dos pais. Por carência física eles morrem. Por carência de carinho, ou se deixam morrerouse suicidam. Entro aqui na parte mais dolorosa desta reflexão. Dolorosa porque o nosso mundo está a sofrer desta carência. Fala de amor nos pais. Falta de amor nos filhos. Razão pela qual os jovens hesitam tanto, eles mesmos, em ter filhos. Por não quererem que os filhos venham a sofrer o que eles sofreram em casa de seus pais. Certo, por carências básicas. Falta de casa. Falta de alimentos, para os criar e educar. Só que nós pertencemos aos vinte por cento de seres humanos mais ricos da humanidade. Como então acontece que os pobres continuam a ter filhos, e os ricos acham que não os podem ou não devem ter? Se os filhos dos pobres têm com que se sintam felizes, ao ponto de também eles quererem gerar, não teremos de admitir que as nossas faltas são sobretudo as

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a desconfiar do amor dos pais, o que já é grave. Mas Deus não emitiu um preceito explícito a mandar que os pais amem os seus filhos. Percebe-se porquê: em circunstâncias normais, não é necessário. Pode porém ser necessário em ocasiões extraordinárias, quando os pais já não são capazes de amar os seus filhos (quanto mais os filhos amar os seus pais!). Num elogio ao grande profeta Elias, lê-se em Ben Sirá, 48, 10:« Tu foste escolhido, nos decretos dos tempos, para abrandar a ira antes de enfurecer, reconciliar os corações dos pais com os filhos, e restabelecer as tribos de Jacob.» O Anjo Gabriel usará estes mesmos termos quando mais tarde anuncia a Zacarias que será pai de João Baptista: «Ele irá à frente, diante do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos.» (Lc 1, 17). Elias e João Baptista foram profetas do seu povo, em circunstâncias extremas. Estava em causa a sobrevivência de Israel. E porquê? A razão aparente é que, se as tribos de Jacob se desintegravam, e com elas o povo de Deus, era porque nem o mais elementar dos amores, o amor dos pais para com os filhos, estava assegurado. Essa era a razão por que estava a secar a «árvore», o povo que Deus com tanto amor arrancara do Egipto. Um mal fatal lhe atacava a raiz. Sem raiz viva, as árvores morrem. Qual era a raiz de Israel? Era o amor dos pais para com os filhos. Nesse amor, amor criador, se origina a humanidade, e tudo o que a humanidade pode fazer de bem. Ora a raiz do bem humano é o amor dos pais para com os filhos. Sem ele não haverá famílias, nem tribos, nem aldeias, nem concelhos, nem nações, porque tudo se desintegra. Com a desintegração não haverá nem paz nem filhos.


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carências de presença, de carinho, de boa disposição, de acompanhamento, de ajuda, de correcção, de compreensão, quer dizer de amor? As nossas crianças sentem-se sós, as dos nossos pobres e as dos ricos. Os pais não têm tempo para estar com elas. Têm carências de presença, paterna e materna. Carências de presença, sobretudo por falta de duas coisas: de tempo, que não chega par tudo; e de disposição, porque são raros os que não andam cansados, das mil coisas que lhes roubam o tempo. Por falta de tempo para amar e se sentir amado, o amor não se estabiliza suficientemente no coração, nem dos pais nem dos filhos. E todo o amor se transforma facilmente num peso insuportável, quando os pais deixam de ter tempo para amar os seus filhos. Sem tempo não há amor. O amor é como a longa construção de um corpo ou de uma casa. Muito mais longo que a gestação no seio materno. Quantos anos? Quantos dias? Uma sondagem recente diz que os nossos pais dão só de duas a três horas diárias aos filhos. Quantas horas então? Direi que muitas mais. A criança tem que conhecer bem os pais. No sentido bíblico, que é muito elucidativo, conhecer significa ler a intimidade da pessoa. Para isso é preciso muito tempo, muitas vivências, vivências diferentes, longos momentos de grande bem-estar, milhões de abraços e beijos, entre-ajuda, alegria,instantes paradisíacos de unidade e de paz; mas também muitos e longos momentos de dor, de lágrimas, castigos, desespero, noites perdidas, misericórdia, raiva, crises de amor. Não é verdade que um casal pode passar, ao fim de dezenas de anos, momentos em que um diz para o outro: pareces outra pessoa, não te estou a conhecer? Não se pode amar senão o que se conhece. E conhecer só acontece ao longo de muito tempo, de muita proximidade, de muito sim,

de muito diálogo, e de muitos nãos, tudo entrelaçado em muitos amores e alguns ódios. Alguém é capaz de falar para um recémnascido, e ser por ele compreendido, como a sua própria mãe? Pouco a pouco, momento a momento, dia a dia, ano após ano, é que cresce o amor capaz de gerar confiança para as grandes decisões, e segurança nas grandes ameaças. As amas das creches e os professores, por mais carinhosos, e por me-


nos stressados, também não têm tempo. E não são mães. Todos estamos metidos nesta voragem da pressa. Todos nos gastamos numa vertigem de rotação à volta do nosso próprio eu, sem tempo para nos ligarmos aos outros, nem sequer os mais próximos. Não é verdade que até chegamos a fugir da consciência, que é a parte mais nobre de nós mesmos? Por falta de tempo. Porque não sabemos, não quere-

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mos, não conseguimos, dominar as coisas que nos roubam o tempo. O resultado é o stress, a solidão, o cansaço. Em que gastamos o tempo que devíamos libertar par o amor? Em excessos. Excessos de trabalho, de divertimento, de ambição, de egocentrismo. De bagatelas. Até de medicina. E de tribunais. Para nos curarmos de doenças, de vícios, de mezinhas, de superstições, e de contendas, em que por culpa própria caímos, ou que, por falta de sossego, a nós mesmos nos infligimos. Tudo por iniciativa privada e também por incentivos das autoridades que elegemos, todas elas progressistas, todas apostadas em criar as condições materiais que nos condenam para o stress familiar e dificultam o amor dos pais. Alguém poderá medir as desgraças do consumismo de toda a espécie, que a oferta de preservativos gera na alma dos adolescentes? E alguém se preocupa com as perturbações psíquicas que as facilidades do divórcio e do aborto provocam no coração dos filhos, dos pais e dos esposos? Há demasiadas crianças a precisar de psiquiatria, porque há demasiados pais que não são capazes de as amar como precisam. Que remédio? Pelos textos que citámos no início, e pela fé que cultivamos, Deus virá em nosso auxílio. Os crentes recobrarão a sede de Deus, e os cristãos a convicção de que Jesus Cristo é o Salvador. Deus não falha. A perspectiva da morte civilizacional deste nosso continente é um apelo de Deus. Antes de mais para os cristãos. Mas temos de regressar ao essencial: dominar o nosso tempo, eliminando os vírus que no-lo devoram. A palavra de Jesus na família de Betânia tem para nós valor de vida eterna: «Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas, mas uma só é necessária.» (Lc 10, 41-42).


CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO

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Bem Haja pela sua fidelidade Queridos Benfeitores evangelizadores “Aquele que coopera com a evangelização tem méritos de evangelizador” Papa PauloVI. Bem haja por evangelizar connosco, por nos ajudar a levar a Boa Nova de que Jesus está vivo, está no nosso meio e que Ele nos ama! Quantas pessoas mudam a sua vida, encontram nela um sentido, porque lhes chega a palavra de Deus, através da televisão, rádio, internet, dos nossos produtos de evangelização, dos encontros que realizamos? No nosso coração existe uma grande gratidão, pois vocês fazem com que a missão que Deus nos confiou seja eficaz! Convido-o se assim o desejar e poder a tornar-se um Benfeitor evangelizador por Débito directo. Quais as vantagens? O Sistema de Débito Directo (SDD) é um serviço que permite o débito directamente na sua conta bancária dos pagamentos que necessita de efectuar periodicamente. De uma forma simples, eficaz, cómoda e segura, evita as preocupações com prazos e a perda de tempo em balcões de atendimento. O SDD oferece toda a segurança, pois permite-lhe controlar todas as autorizações de débito concedidas: por exemplo, limitar o montante máximo de cobrança ou anular o débito realizado incorrectamente. Esta é também uma funcionalidade gratuita, ou seja não acarreta custos. Este sistema garante uma maior fidelidade à contribuação que é realizada. Para mais informações, ligue para (+00351) 249530600. Juntos de mãos unidas, para um mundo bem melhor! Que Deus vos abençoe. CONTACTO: clube@cancaonova.pt tel : (00351) 249 530 600 www.benfeitor.cancaonova.pt N.ºDE CONTA: 45200060486-05 MILLENIUM BCP NIB: 0033.0000.45200060486.05 IBAN PT: 50003300004520006048605 SWIFT: BCOMPTPL


FICHA DE INSCRIÇÃO PARA SE TORNAR BENFEITOR-DÉBITO DIRECTO JÁ É BENFEITOR? NÚMERO DE BENFEITOR: ________________________________________________ NOME COMPLETO: ________________________________________________________________________ MORADA: ________________________________________________________________________________ CÓDIGO POSTAL : ____________________________LOCALIDADE: ________________________________ TELEFONE: ___________________________________TELEMÓVEL: ________________________________ EMAIL:____________________________________________________________________________________ DATA DE NASCIMENTO: ___________________________________________________________________ QUER RECIBO?_______________________________ N.º DE CONTRIBUINTE________________________ QUE MEIOS DE COMUNICAÇÃO CN TEM EM CASA? RÁDIO:____NET___ZON:____PARABÓLICA:____OUTROS:_______________________________________ DIA PARA DESCONTO:_____________________ MONTE:_________________________________________ BANCO:________________________________BALCÃO___________________________________________ NIB:_____________________________________________________________________________________ AUTORIZAÇÃO PARA DÉBITO AUTOMÁTICO DIRECTO A PREENCHER PELA CANÇÃO NOVA ENTIDADE__________________ NÚMERO DE AUTORIZAÇÃO _______________________________ IMPORTÂNCIA QUE LHE FOREM APRESENTADAS PELA COMUNIDADE CANCÃO NOVA. ASSINATURA:________________________________________ ENVIAR A FICHADEVIDAMENTE PREENCHIDA.

CORREIO “Entroncamento 11-4-2012 Meus irmãos Eu vos saúdo na graça de Deus. Por tudo de bom que espalham por este mundo. Eu pessoalmente gosto muito da rádio Canção Nova, mas também vejo a televisão. O rádio, acordo com ele e adormeço com ele, por vezes acordo já tarde e lá está ele a dar a sua mensagem.Bendito seja Deus por todas estas maravilhas e graças.Fiz pedidos a Deus a Jesus e à Sua Mãe Maria nossa Mãe também. Estive doente com problemas de intestinos, eu suponho que era cariz grave , os exames que o especialista mandou

fazer, também pensava o mesmo.Mas graças a Deus, tudo se tem resolvido. Agradeço tudo quanto do céu me chega, Deus nunca se esquece dos seus filhos, por isso nos deu Seu Filho Jesus e Sua Mãe Maria. E a vós também vos agradeço por todos os ensinamentos que todos os dias nos chegam e nos avivam mais a fé.Tudo de bom para vós, continuem sempre assim que o mundo será salvo. Desejo que se consiga os 100% que nunca vos falte o apoio Tento fazer aquilo que posso. Beijinhos para todos e a luz de Deus vos ilumine. Maria Pedrosa-Santarém”

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POR DÉBITO DA MINHA/CONTA ACIMA INDICADA QUEIRAM PROCEDER AO PAGAMENTO DA


Mudança: é esta a nossa grande constante ventura!

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“A fé muda-nos e leva-nos ao que é novo e desconhecido, para fazermos a experiência de coisas que jamais alguém poderá ter pensado, apenas com os horizontes terrestres.”

Normalmente temos medo de tudo o que nos é demasiado novo e misterioso. Ao mesmo tempo, também nos cansamos rápida e facilmente do tanto que nos é demasiado habitual e previsível, que já oferece pouca ou nenhuma novidade. E cá vamos nós caminhando entre estes dois pólos extremos.Como entender esta nossa forma humana de ser e estar? Mas, o que é que nos acontece, felizmente, desde que

Pe. José Luís Borga Diocese de Santarém


Ressuscitado, no dia a dia (que inclui as noites!). Ninguém fica igual nem na mesma. Foi assim quando Jesus andava pelas terras da Galileia e da Judeia, e é assim desde que a notícia de que está vivo e connosco, pela luz e pela força do Seu Espírito!Este encontro acontece quando Jesus surge “no meio de nós”, para que a nossa vida “rode” com ele no eixo! É por tudo isto que a Sua Presença é tão singular para cada um de nós e ao mesmo tempo nos dá a dimensão comunitária, necessária e indispensável. Estas duas vertentes (pessoal e comunitária) provam que é um autêntico encontro de Fé cristã.Assim nos encontramos connosco mesmosecomosoutros! Tudo ganha outros horizontes! O “Eu” e “os outros” ficam com nova dimensão quando nos encontramos com o “totalmente outro” e mais íntimo a nós. Quem não vê as estas felizes mudanças a acontecer? E, como nos diz a Escritura, ainda não se manifestou o que havemos de ser quando formos tudo e todos em Cristo! Que mudança!!!!

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nos sabemos (re)encontrados e vivificados, pela nossa relação pessoal com Jesus Cristo, o Senhor da Vida? Aconteceu, acontece e acontecerá sempre... uma enorme, profunda e constante mudança vital.Se tudo continuar “na mesma”, é porque não O encontrámos ou, caso tenha acontecido, não jogámos a nossa vida em seus braços! Esta mudança dá pelo nome de conversão e é a consequência e a regra da nossa vida nova. Tudo se faz novo e renovado!Podemos dizer que temos fé se caminhamos neste “caminhar” que é tão novo quanto desconhecido, só possível porque há um Amor que o suporta e capacita.A fé muda-nos e leva-nos ao que é novo e desconhecido, para fazermos a experiência de coisas que jamais alguém poderá ter pensado, apenas com os horizontes terrestres.Aqui o que importa e o que tem importância de registo é o que diz e testemunha a vida de todos os que escutam e acolhem Cristo e os outros que são tomados e reconhecidos como “irmãos”. Assim sendo, além de não estarmos, nem caminharmos, na solidão, temos um rumo que nos levará mais longe, tornando-nos mais e melhores pessoas.A mudança, então, é uma realidade das mais permanentes da nossa condição de cristãos. Um cristão é uma pessoa em permanente processo de mudança, só que esta é desejada e consentida, mesmo que seja, por vezes, dolorosa e incompreensível só com os olhos terrenos. Queiramos ou não, “todo mundo é composto de mudança!”, no dizer de Camões!É bom que possamos testemunhar como essa relação se tornou bem significativa e também muito significante de toda a nossa história de vida, tanto pessoal como comunitária. A diferença, agora, é que é “por Cristo, com Cristo e em Cristo” que nós queremos e podemos querer mudar, por desejo e opção. Uma mudança profunda e ambiciosa.Nela e por ela tudo se transforma e ganha nova e divina dimensão. Até os nossos pecados! Que coisas bonitas e agradáveis temos, à luz da fé, para reconhecer e para agradecer permanentemente, e coisas feias e más, para, acolhendo-as e conhecendo-as, as podermos enfrentar e transformar! Tudo isto é um comum a todos os que têm a graça de viver deste encontro pessoal com Jesus


Maria Mãe da Misericórdia

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“...Maria mesmo tendo que fugir para o Egipto para proteger o menino, testemunha que para quem confia e segue o caminho, consegue alcançar a vitória.”

Jesus quis ter uma mãe para vir a este mundo. Ela é a mãe da própria Misericórdia porque Jesus é a Misericórdia encarnada. Não só é a mãe da misericórdia, como também viveu a dinâmica da misericórdia na sua vida. Ela foi misericordiosa quando se preocupou com a sua prima Isabel, logo após receber o anúncio do Anjo Gabriel. Foi misericordiosa quando teve a sensibilidade em perceber que os noivos das bodas de Canã estavam em apuros porque estava a faltar vinho na festa. Ela intercedeu para que a alegria continuasse. Pelo

Pe. Jovanete Vieira, MIC www.marianos.pt


cante de maneira a seguir fielmente a religião de seu povo. É uma israelita piedosa e devota. Isto confirma-se com as suas visitas ao templo. Maria é uma mulher madura, consciente e livre, que pensa e que pergunta (como se fará isso se não conheço homem?). Ela tem coragem de se decidir e de assumir as suas responsabilidades, como ter um filho e educá-lo. É uma mulher determinada e que toma a iniciativa face aos problemas. Tem uma visão crítica da sociedade, sabe das contradições entre poderosos e humildes, entre ricos e famintos e tem uma fé incondicional em Deus. Ela cresce no caminho da fé, ao enfrentar as “crises” no seu contexto histórico. Como evangelizadora e portadora de Jesus carrega a bênção de vida e de Salvação, prometida a toda a humanidade. É uma mulher corajosa que anuncia a “revolução de Deus”. É uma mulher profética e libertadora (Magnificat). Para um mundo que diz que não tem tempo para Deus, Maria testemunha que teve tempo, mesmo tendo que caminhar quilómetros a pé para ajudar a sua prima Isabel. Para um mundo que tem medo de constituir família e ter filhos, Maria mesmo tendo que fugir para o Egipto para proteger o menino, testemunha que para quem confia e segue o caminho, consegue alcançar a vitória. Mãe da misericórdia, mulher que acompanhou Cristo em todos os momentos, passando pela cruz e indo até à alegria da ressurreição intercedei por nós ao Deus de Misericórdia.

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mistério da Encarnação, Ela se torna a Mãe do Filho de Deus feito homem, que é a própria misericórdia de Deus. Na ocasião, movida pelo Espírito Santo, proclamou que a misericórdia de Deus se faz presente em toda a história do seu povo. Ao mesmo tempo, ao longo de toda a sua vida, Maria experimentou a misericórdia, de modo particular e excepcional, como ninguém mais, sobretudo unindo-se ao sacrifício do seu Filho no mistério da cruz. Mais do que ninguém, está marcada pela Páscoa, na qual a misericórdia beija a justiça (cf. Sl 85,11). Assim Maria pode praticar a misericórdia para connosco e continua ainda a fazê-lo, como nos ensinou o Concílio. Maria cuida do seu Filho com misericórdia. Ao conhecermos a Mãe da Misericórdia, somos desafiados a promover um mundo onde as mães possam seguir o seu exemplo de mãe, que se preocupa com o filho, que não se desespera no meio das dificuldades, que tem paciência, que tem confiança no Deus de Misericórdia. É preciso anunciar a mensagem da misericórdia que nos leva a ser misericordiosos para com aqueles com quem convivemos. Maria não foi egoísta. Ela colocou-se ao serviço da misericórdia. Maria foi uma mulher humilde e pobre, uma mulher comum, sem qualquer importância aos olhos da sociedade. Como mulher casada é a fiel companheira de José. Ela é Mãe, sabe dos incómodos da gravidez (viagem a Belém) e dos cuidados que todas as mães têm (perda de tempo). Mas experimenta também das alegrias de todas as mães (Natal) e as surpresas do “crescimento” do filho, que lhe é “submisso” (vida oculta de Jesus). Ela é prati-


De Braços Abertos

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“É Ele, Senhor do Tempo e da História, o único capaz de reunir em si todo o Amor que é resposta: “Amo-te como és!”

Abertos à surpresa de Deus na nossa vida, contemplando a beleza, voamos uma vez mais, num voo onde Deus é O limite. Esse infinito mistério de Amor e de Liberdade que um dia ousou tornar-se um de nós, dando-se a conhecer de forma próxima. Ao celebrarmos a Páscoa não podemos ficar indiferentes à generosidade de um Deus

Pe. Eduardo Novo,MIC Pastoral Juvenil www.ecclesia.pt/pjuvenil


Assumindo a condição de servo, ensina-nos que servir é Alegria e no dom absoluto de si mesmo desafia-nos a amar o outro como Ele amou. Aqui reside toda a radicalidade do Cristianismo, um projeto audaz, mas que não desilude, um projeto livre que precisa de tempo, mas que Deus gere bem porque sabe esperar… Os jovens são os mais capazes para esta res-posta radical de Fé. Para isso é preciso possibilitar o Encontro, é essa a nossa missão; Deus depois faz o resto…pois como dizia S.Teresa de Jesus “o prémio que dás aqueles que te procuram é o desejo ainda maior de te Encontrar”. Um Encontro certamente de “braços abertos”. Tu que sonhas num mundo diferente aquecido à lareira do amor e onde a solidão não se sinta… Num mundo novo onde o ódio dê lugar ao perdão, o interesse à gratuidade, a agressividade à mansidão, o comodismo ao serviço… Deixa-te contagiar pela libertadora verdade que emerge dos arcanos da alma para tornar realidade o lindo Sonho de Deus.

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que vem ao nosso Encontro, e que de braços abertos resgata a Humanidade e restitui ao Homem, obra das suas mãos, a sua singular liberdade e toda a beleza da sua criação. Quem é então este Deus prometido a todos, procurado por muitos e desejado por tantos? Porque se fez Ele Homem? Nestas questões estão também certamente as nossas inquietações mais profundas, o que é o Homem, qual o sentido da vida? Ao longo da História várias correntes filosóficas têm tentado responder a estas questões, vários paradigmas se colocam à inteligência, à cultura, à arte, e no entanto como afirmava João Paulo II na sua primeira encíclica só em “Jesus Cristo se compreende o Homem”. É Ele, Senhor do Tempo e da História, o único capaz de reunir em si todo o Amor que é resposta: “Amo-te como és!” É esta surpreendente descoberta, que dá sentido verdadeiro à nossa existência. Descobrimos assim a beleza da nossa vida à luz da própria humanidade de Jesus “rosto humano de Deus e rosto divino do Homem”.


Nossa Senhora e a

Eucaristia

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“É que, ao celebrar a Eucaristia, a comunidade encontra em Maria, um verdadeiro modelo, não só com o cântico do Magnificat, mas com toda a sua vida. “

O povo de Deus reconhece na Igreja a família que tem como mãe Maria Santíssima, mãe de Jesus. Mediante o seu “SIM” na Anunciação, Maria tornou-se mãe do Filho de Deus incarnado e consequentemente Mãe da Igreja. Por isso, Maria e a Igreja estão unidas na mesma vocação de materni-

Pe. João de Brito, SDB www.salesianos.pt


O mês de Maio, dedicado pela tradição cristã a um particular culto à Santíssima Virgem, em pleno tempo pascal, conduz-nos a descobrir a relação entre Maria Santíssima e este Sacramento que Cristo nos deixou como incarnação permanente na história. Pronunciando um “fiat”, como Maria Santíssima, as nossas comunidades continuam a gerá-lO e a apresentá-lO ao mundo de hoje. A comunidade que celebra a Eucaristia i n v o c a o Espírito Santo, gerando como em Maria, Cristo eucarístico, tornando-o presente no mundo, ao mesmo tempo que participa da Sua missão. A Eucaristia enquanto memorial, sacramento e presença, continua na Igreja o dinamismo da incarnação, iniciado em Maria. Na espiritualidade de S. João Bosco, a Igreja, representada pelo Papa, atravessa tranquilamente o mar encapelado do mundo, somente se ancorada a duas sólidas colunas: a da Virgem Maria e da Eucaristia. Sabemos como ele preparava os seus rapazes do Oratório para receber este sacramento e como lhes recomendava vivamente a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora. Foi esta confiança ilimitada em Maria Auxiliadora que o fez afirmar nos últimos anos da sua vida: “foi Ela quem tudo fez”.

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dade: ambas contribuem para gerar o corpo de Cristo. Sabemos como a experiência eclesial é caracterizada por uma forte dimensão eucarística e mariana. Podemos constatá-lo na liturgia ocidental e oriental, na piedade popular, nas festas, nos santuários marianos, na espiritualidade dos movimentos contemporâneos e nas tradições das grandes e pequenas famílias religiosas. A presença de Nossa Senhora, na vida de qualquer crente, significa como que introduzir na sua vivência da fé a dimensão feminina e materna. Na tradição eclesial, Maria aparece sempre associada a Cristo, seu Filho, na comunidade que celebra a Eucaristia. O culto à Santíssima Virgem, na expressão de fé dos cristãos, tem uma nota cristológica fundamental, unida mais especificamente à dimensão eucarística. O saudoso papa Paulo VI, na encíclica “Marialis cultus”, referindose a Maria Santíssima como modelo da Igreja, utiliza quatro verbos muito expressivos, para descrever a atitude de Maria diante do mistério da encarnação e da redenção: Maria é a virgem “audiens”, “orans”, “pariens” e “offerens” (cf MC 17-20). Há uma ligação íntima entre a comunidade que celebra a Eucaristia – e de uma forma especial no tempo de Páscoa – e a Santíssima Virgem, presença viva na Igreja. Verificamos que nos grandes santuários marianos do mundo, a Igreja reúne-se para celebrar a Eucaristia, e neles, a Virgem Santíssima exerce como que um ministério “carismático”, com um forte apelo à conversão e à mudança radical de vida dos fiéis. É que, ao celebrar a Eucaristia, a comunidade encontra em Maria, um verdadeiro modelo, não só com o cântico do Magnificat, mas com toda a sua vida.


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O Espírito: O Divino Desconhecido

Pe. Dário Pedroso, S.J www.padredario.cancaonova.pt

Um dia, estava São Paulo pregando e falou sobre o Espírito Santo, mas os ouvintes, já cristãos, responderam-lhe e interpelaramno: “Mas quem é o Espírito Santo? Nunca ouvimos falar d’Ele”(Ac 19,2). Talvez a situação interior de muitos cristãos, hoje, seja a mesma. Não se fala do Espírito, pouco se Lhe reza, é o “divino desconhecido”. Não se dá a conhecer Aquele que nos faz cristãos pelo baptismo, Aquele que fez nascer a Igreja em dia de Pentecostes, Aquele que é a “alma da nossa alma”, Aquele que reza em nós e nos ensina a rezar, Aquele que é a força divina na vida do cristão. Desconhecemos o divino tesouro, não nos relacionamos a sério com o Mestre divino, a sabedoria e a luz do Alto. Na maioria das paróquias não se faz uma novena ou uma preparação adequada da Solenidade de Pentecostes e a maioria dos

que participam na Eucaristia, nesse dia, talvez não se dêem conta que estamos a celebrar a segunda grande Solenidade do ano litúrgico, pois é, de verdade, a seguir ao Domingo de Páscoa a maior na vida da Igreja. Perdemos o hábito de celebrar uma Eucaristia evocativa do Espírito no início do ano lectivo, como no começo de grandes acontecimentos eclesiais. Não nos damos conta que é urgente uma catequese acerca da terceira Pessoa da Trindade, para todos Lhe darmos mais amor, mais tempo, mais oração, maior comunhão amiga, mais atenção e delicadeza. Muitas vezes a Solenidade de Pentecostes coincide com uma peregrinação de Nossa Senhora, com uma Primeira Comunhão e, então, é mais difícil falar do Espírito, do sentido do Pentecostes, da necessidade de conhecermos Aquele que agiu


as coisas: nos sacramentos, pois é Ele que unge e baptiza, que perdoa e purifica, que sela a união os esposos, que consagra o pão e o vinho e converte em Corpo e Sangue de Jesus, que actua na unção do Crisma e na Ordenação diaconal, sacerdotal e episcopal. Sem Espírito não há fé, não há oração, não há crescimento espiritual, não há santidade. Sem Espírito não há conversão nem cura das nossas misérias e pecados. Sem Espírito não poderemos saborear a Palavra e conhecer melhor a Escritura no seu sentido espiritual. Sem Espírito não há verdadeira evangelização nem acção apostólica frutuosa.Este ano, pela graça de Deus, a grande Solenidade do Pentecostes será celebrada no último Domingo do mês de Maio. Temos o privilégio de, com Maria, Mãe da Igreja, ao longo do mês de Maio, prepararmos o Pentecostes, como o fizeram os Apóstolos há dois mil anos, em oração no Cenáculo. Com Maria meditar, rezar, pedir o Espírito. Com Maria, a Mãe da Igreja, meditar e saborear textos que nos ajudem a compreender melhor a acção do Espírito em nós e nas comunidades. Com Maria abrirmos o coração e a alma à graça do Espírito que quer fazer novas todas as coisas. Que a romaria ou a peregrinação mariana não nos faça, mais uma vez, esquecer o Espírito Santo, falar d’Ele, centrar as pessoas n’Aquele que ainda é “o divino desconhecido”.

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em Jesus e que age em nós.Num curso a catequistas, não há muito tempo, entre os cerca de oitenta participantes, quase nenhum sabia quantos e quais eram os dons do Espírito, menos ainda quais os frutos do Espírito Santo. Total e crassa ignorância daqueles que são os pedagogos da fé. Mesmo entre os que se preparam para receber o sacramento da Confirmação, do Crisma, sacramento da maturidade cristã, em que o Espírito unge o crismando ou a crismanda para o fazer “adulto” na fé, muitos não têm grande noção de quem é o Espírito e do seu lugar na vida cristã, pessoal e eclesial. Um “divino desconhecido”, para não dizer desprezado, esquecido. E não basta saber de cor quais e quantos os dons do Espírito, se não sabemos a graça que é cada um deles, o que nos dão, o que significam como meios do Espírito actuar no nosso interior.É verdade que a “devoção” ao Espírito é mais difícil, do que a Maria, a um santo ou santa, na medida em que o Espírito é Deus verdadeiro, é espírito, não encarnou, e não temos formas de O dar a conhecer a não ser pela riqueza da Palavra de Deus e pelos muitos símbolos que a Escritura nos fala d’Ele. É difícil ter um altar dedicado ao Espírito Santo, como fazer uma procissão ao Espírito. Isto dificulta a devoção, o conhecimento, a oração, mas não nos deve fazer cruzar os braços e não evangelizar, dando a conhecer mais e mais a terceira Pessoa da Trindade, que já os Santos Padres, no início da Igreja, chamavam “a alma da Igreja”. Nos símbolos de ar, vento, sopro, fogo, água, pomba e tantos outros que a Escritura Santa nos apresenta, temos toda uma simbologia que nos pode e deve tentar catequizar acerca do Espírito. Não pode continuar a ser o “ilustre desconhecido”, o “divino esquecido e des-prezado”. Se o Espírito é a “alma da Igreja” isso significa que é Ele que age na Igreja em todas


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Canção Nova no Coração da Igreja A Missão começou dia 6 de Março de 1997. Quatro missionarias: Lurdinha Nunes, Te r e z i n h a , Simoni Cavazzani e Niura Mendes. Nas palavras de envio Mons. Jonas disse: “A missão de Roma vai frutificar, nós não sabemos como mas ela vai frutificar.” Nos primeiros três anos a missão era especialmente acompanhar os peregrinos que trazíamos do Brasil para a Europa. Em preparação para o Grande Jubileu de 2000 começámos com a missão especifica de evangelizar pelos meios de Comunicação começando com a Revista Jubileu e a colaboração de Ro-naldo da Silva, na Rádio Vaticano. A primeira transmissão televisiva foi no dia da beatificação do Frei Galvão, 25 de Outubro de 1998. E no ano do Jubileu de 2000 a Canção Nova começa a retransmistir as celebrações presididas pelo Santo Padre, na Praça de São Pedro. Transmitimos tudo, desde a abertura da Porta Santa até o seu ence-rramento. Em Maio de 2000 adquirimos os equipamentos para a televisão, com isso a produção dos primeiros programas: “Santos Peregrinos” e “Tesouros do Espirito.” O trabalho como produtora da Tv conscistia em transmitir as notícias da Igreja, a vida dos santos, santuários e movimentos eclesiais. Em 2005 começamos a enviar para o Brasil notícias de Roma para o Jornalismo

CN.Iniciámos o Grupo de Oração no dia 23 de Novembro de 2006 uma WEBTV em italiano. Hoje, a missão é composta por 11 missionários. Iniciámos em Maio de 2011 o Centro Multimídia Canção Nova, a 3 minutos da Praça de São Pedro. Funciona nele o departamento de jornalismo que é responsável por informar em língua portuguesa, pelo menos três vezes por semana, as actividades do Santo Padre e da Igreja. É também sede do www.cantonuovo.eu. No Palazzo San Calisto, 16 na sede Vaticana da Fraternidade Católica, a Canção Nova responde pelo site: www.catholicfratentiny.net . Este ano o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais nomeou Cristiane Monteiro missionarias da Comunidade Canção Nova, para trabalhar neste dicastério sendo a responsável pela integração entre o Pontifico e a realidade Latino Americana. Em Roma temos um Grupo de Oração mensal em italiano, três grupos de oração em português no norte da Itália.Queremos com a ajuda de Deus cantar esta Canção Nova na Igreja! Sérgio Coutinho Responsavel da Missao de Roma Missao Cancao Nova /Italia Via Dronero,9 00166/Roma Italia Contatos: Tel:0039 06 61520645 Site:www.cantonuovo.eu Facebook: Comunita Canto Nuovo Twiter:@cnroma Email: cantonuovo@cantonuovo.eu


Eventos

Canção Nova

“A NOSSA MISSÃO É EVANGELIZAR” www.eventos.cancaonova.pt

Igreja Paroquial das Meirinhas MEIRINHAS, POMBAL Terça-feira; 20h00 (semanal) Capela de São Lazaro Rua Sá de Miranda - BRAGA Terça-feira; 21h00 (semanal) Capela Nossa Senhora da Encarnação Largo do Chiado, 15 - LISBOA Quinta-feira; 21h00 (semanal)

Encontro de Evangelização em Viseu Data: 17 de Junho Horário: 09h00 Local: Quartel da Paz na Paroquia de S. José – Viseu Tarde Evangelização Data: 17 de Junho Horário: 14h30 Local: Salão Paroquial das Caldas de S. Jorge S. Maria da Feira Tema: Fé Vem aí no mês de Julho.........

Capela Nossa Senhora da Saúde Rua do Heroísmo- Campanhã- Porto Quinta-feira; 21h00 (semanal)

Dia de Evangelização com a Comunidade Canção Nova Presença especial: Padre Anderson Marçal Local: Seminário de Vilar - Rua Arcediago Tarde de Evangelização Local: Igreja Seixo da Beira - Paroquia Seixo Vanteller Data: 8 de Julho da Beira, Oliveira do Hospital Horário: 09h00 Horário: 14h30 Tema: “ Basta-te a minha graça, porque a Data 09 de Junho força manifesta-se na franqueza “. (2 CorínTema: Maria Mulher Eucarística tios 12:9). Para mais informações ligue: 249 538 868

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JUNHO Grupos de Oração da Canção Nova



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