Ano XII - n.º144- MAR/ABR – 2018 – Revista bimestral ISSN 1646 – 9461 Preço : 2,50€ ( Portugal ) 3,50 Europa – 4,50 resto do Mundo
PORTUGAL
TEMA PRINCIPAL
O Senhor Ressuscitou
Que São José nos dê a capacidade de sonhar coisas grandes, pediu o Santo Padre na homília
PRODUTOS QUE
EVANGELIZAM ! LIVRARIA
Ser Mulher à Luz da Bíblia Este livro apresenta a história de algumas personagens da Bíblia, mulheres que, apesar de todos os tipos de dificuldades, se tornaram sábias e obedientes por meio de uma vida em Deus, que nelas manifestou a Sua justiça e misericórdia.
Como Encontrar sua Alma Gêmea sem Perder sua Alma Em Como encontrar sua alma gêmea sem perder sua alma, Jason e Crystalina Evert ajudam as leitoras a encontrar as respostas para os seus questionamentos, guiando-as na busca do parceiro com o qual sempre sonharam.
Valei-me São José Esta reedição revista e atualizada, apresenta São José como modelo para os homens de hoje. Por meio de uma abordagem simples e direta, Monsenhor Jonas dirige-se aos homens mostrando a história de vida de São José, homem justo, obediente a Deus, que acolheu Maria e ajudou na educação de Jesus.
Na Escola de Nazaré “Nos tempos atuais, especialmente por conta da emotividade e de milhares de pseudossentimentos, torna-se muito difícil falar de família, de matrimónio, de amor esponsal, sem cair em uma retórica ou somente em uma teoria, ou mesmo ainda no pessimismo.
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SUMÁRIO
EDITORIAL | 04
TEMA PRINCIPAL | 20-23 O SENHOR RESSUSCITOU
PALAVRA DO FUNDADOR | 05 NA FORMA DE SÃO JOSÉ
“QUE SÃO JOSÉ NOS DÊ A CAPACIDADE DE SONHAR COISAS GRANDES...”
CONVIDADO ESPORÁDICO | 24-25 GOTAS DO CARISMA | 06-07
PATERNIDADE E FAMÍLIA:
TEMPO DE VIVENCIAR O AMOR DE DEUS
NA ESCOLA DE S. JOSÉ
O GLORIOSO SÃO JOSÉ RECORRAMOS A SÃO JOSÉ
PSICOLOGIA | 26-27 IMPORTÂNCIA DA PATERNIDADE
CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO | 08-09
NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
FORMAS DE AJUDAR A CANÇÃO NOVA
ARTIGO DE OPINIÃO | 28-29 JESUS CRISTO VIVE CONNOSCO
TESTEMUNHO DE BENFEITOR | 10-11 A CANÇÃO NOVA NA MINHA VIDA “MEU SENHOR E MEU DEUS, EU CREIO MAS AUMENTA A MINHA FÉ!”
SALESIANOS | 12-13 DOM BOSCO: MOSTRAR A PATERNIDADE DE DEUS
ESPIRITUALIDADE | 30-31 EUCARISTIA, ÍCONE TRINITÁRIO
PROGRAMAÇÃO | 32 PROGRAMAÇÃO DA TV CANÇÃO NOVA
TESTEMUNHO JOVEM | 34-35 EM SINTONIA COM A IGREJA | 14-15
COM MARIA ANGÉLICA MELLO DOS ANJOS
OS PAPAS E SÃO JOSÉ
LITURGIA | 36 IGREJA EM PORTUGAL | 16-17 O FOGO DA PÁSCOA
PEREGRINAÇÕES OBRA DE MARIA | 37
AJUDA A IGREJA QUE SOFRE | 18-19
EVENTOS | 39
SILÊNCIO CÚMPLICE
Fi cha Té cnic a
MARÇO/ABRIL Proprietário/Editor: Comunidade Canção Nova NPC: 505 556 391 / Estrada da Batalha, 68 AP 199 2496-908 FÁTIMA Presidente: Monsenhor Jonas Abib Diretor: Paulo Azadinho Administrador: Micheline da Silva Coordenação e Redação: Eliziane da Rosa Revisão Ortográfica: Paula Ferraz Projecto Gráfico: Débora Líra, Multiponto, SA Colaboradores nesta edição: Padre Antonio Justino, Padre Dário, Henrique Silva, Padre Jerónimo da Rocha, Mons. Jonas Abib, Padre José Luís Borga, Padre José Manuel de Almeida, Maria Angélica, Marta Faustino, Micheline da Silva, Nuno Nogueira, Paulo Aido, Paulo Azadinho, Simone Pinto. Impressão: Multiponto, SA | Rua da Fábrica, 260 - 4585-013 Baltar Capa: Copyright: © Marie-Armelle Beaulieu/CTS Tiragem: 10.000 exemplares | Assinatura mensal: 2,50 € Canção Nova
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EDITORIAL
A
qui estamos de novo para vivermos consigo o tempo ápice da nossa Igreja: a Páscoa, o centro da nossa redenção, a Ressurreição do nosso Senhor Jesus, Ele que venceu a morte e ressuscitou para nos salvar. Aleluia! Um tempo de júbilo nas nossas vidas por sermos amados e salvos por Deus. Apesar de sermos amados e salvos por nosso Senhor Jesus, temos os nossos limites e dificuldades, connosco e com os outros. Deste tempo único e todos os textos podemos concluir que Deus nos ama, incondicionalmente. Com a Sua morte e ressurreição, Jesus indica a todos o caminho da vida e da felicidade: este caminho é a humildade, que inclui a humilhação. Esta é a estrada que leva à glória. Somente quem se humilha pode caminhar para as «coisas do alto», para Deus (cf. Col 3, 1-4). O orgulhoso olha «de cima para baixo», o humilde olha «de baixo para cima».” Uma grande lição para nós. Para sermos humildes e compassivos para com todos. É este o convite que nos faz São José, no seu silêncio, na sua 4
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aceitação da vontade de Deus, é este o convite que nos faz a contemplação do lado aberto de Jesus, de onde emana a fonte da Misericórdia. Percorreremos os caminhos da humildade nas pegadas do patrono da Igreja, um exemplo de humildade, o nosso querido São José, um forte intercessor, aquele que soube viver imensamente o despojamento, a dádiva de si mesmo. No dia 19 de março a Igreja vive a solenidade de São José, e é também o dia em que, de forma especial, reverenciamos, o nosso pai terreno. Na realidade, São José é um exemplo de paternidade escolhida por Deus e que nos faz refletir nos dias de hoje, o valor da paternidade, o lugar do pai na tessitura da família, na construção de relacionamentos estáveis e de personalidades harmoniosas. Padre Toninho relembra-nos a importância dada a São José dentro da Igreja através das reflexões dos papas que apresentam o exemplo de São José para toda a humanidade, como modelo daquele que escuta a vontade de Deus e se entrega totalmente,
deixando de lado os seus sonhos, projectos e vontades. Obedece a Deus. Ele é um exemplo para o próprio Deus que vai ficar aos seus cuidados e sob a sua responsabilidade e protecção. Com Dom Bosco aprendemos a olhar a todos como seres necessitados de amor, de compaixão, de uma oportunidade, de quem olhe para nós e que veja para além das nossas misérias. Assim, actualizando estes ensinamentos do Pai da Juventude, olhamos para os nossos irmãos perseguidos, espoliados de tudo e que se mantêm fiéis a Deus e necessitados das nossas orações e da nossa presença. É também o tempo que somos convocados a mergulhar na Misericórdia de Deus, assim todos são convidados a participar na Festa da Misericórdia e a vivê-la intensamente, connosco e com os outros sabendo ser humilde e compassivo assim como Jesus é. Que Deus nos dê a graça de sempre vivermos a Misericórdia! Boa leitura a todos e Deus os abençoe! Equipa Revista Cançao Nova PT
PALAVRA DO FUNDADOR
Na forma de São José
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er pai é muito mais do que simplesmente fecundar a esposa e conceber um filho. Ser pai é educar, é formar. José foi escaolhido por Deus e assumiu totalmente a missão de “ser pai” do Menino Jesus. Na educação de um filho, o pai é imprescindível. A importância de Maria é inegável. Ela foi a que mais cooperou com o plano de Salvação. São José, porém, foi a “forma” na qual Jesus foi formado. Na Canção Nova há uma imagem da Sagrada Família feita a partir de um tronco de árvore. O artista talhou-o aos poucos e trabalhou-o até que aquele único tronco adquirisse a forma das três pessoas: Jesus, Maria e José. Depois de talhar, aperfeiçoou os detalhes com muita habilidade e o resultado foi uma verdadeira “cópia da Sagrada Família”.
Afirmo, sem medo, que o Pai ousou formar Seu Filho na “forma” que foi José, para imprimir na humanidade de Jesus a Sua imagem e semelhança. E para que José fosse aquela forma que Deus queria, deu-lhe Maria como esposa. Por disposição do Pai, ela foi a formadora de José, para que ele fosse, por sua vez, o formador de Jesus. Maria foi o instrumento de Deus para a santidade de José, e ela ajudou-o na missão de formar Jesus. O plano de Deus é que, como José, o homem seja formador de seus filhos e que, como Maria, a mulher seja a formadora do marido. A vontade do Pai é fazer do homem a forma para os seus filhos. É um grande desafio. Maravilhosa aventura. Homem, Deus conta contigo, assim como contou com José.
(excerto adaptado de Homem e mulher em sadia convivência, de monsenhor Jonas Abib) MONSENHOR JONAS ABIB Fundador /Comunidade Canção Nova padrejonas.cancaonova.com twitter.com/padrejonasabib
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G OTAS DO CARISMA
Tempo de vivenciar o Amor de Deus
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estes dois meses, a Igreja convida-nos a viver fortemente o Seu Amor traduzido na figura de José, pai adotivo de Jesus, homem reto e justo de coração, que viveu a escuta atenta da voz do Senhor e obedeceu aos Seus mandamentos; e o tempo forte da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, que assumindo a nossa condição, derramou o Seu Sangue para nos salvar. Um tempo riquíssimo de espiritualidade que se aprofunda na meditação da Misericórdia e da Eucaristia, sustento da nossa fé.. Na Comunidade Canção Nova, temos por carisma proporcionar o encontro pessoal com Jesus na força do anúncio da Boa Nova pela acção do Espírito Santo. Queremos por isso aproveitar cada etapa litúrgica que viveremos nestes meses para que você faça uma experiência nova com Deus, que não se cansa de nos amar no mais profundo do nosso ser. A nossa missão viverá dois meses de muitas novidades, sejam novos programas no nosso sistema de comunicação, sejam eventos nos mais diferentes locais do país. Oportunidade para traduzir a pertença a este carisma, na comunhão com Deus e com os irmãos que Deus nos proporciona encontrar. Celebremos a Vida Nova que o Senhor nos dá, celebremos a alegria de sermos Família Canção Nova, façamos da nossa vida profunda ação de graças pelo Amor que o Senhor nos tem. Bem haja! PAULO AZADINHO Coordenador local Canção Nova - Portugal
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O Glorioso São José
J
á ouvi a algumas pessoas que os santos nos escolhem...não posso afirmar desde quando, mas sei que desde muito cedo, São José me acompanha, sinto a sua proteção, o seu cuidado, recorro a ele muitas vezes. Sempre me chamou a atenção a discrição da sua figura. Ele cumpriu a sua missão e parece ter “desaparecido”. E embora ele seja realmente uma personagem que não atraiu sobre si as atenções, pois não era essa a sua missão, a Igreja fê-lo seu Padroeiro Universal e tem sido, ao longo da história, a maior divulgadora da sua devoção, através de inúmeros documentos, encíclicas, decretos e discursos emitidos pelos Papas…e pelo testemunho de grandes santos, como Santa Teresa de Ávila, para quem São José tinha muito prestígio diante de Cristo por Este lhe ter sido submisso na terra.. Teresa, que queria persuadir todos a serem devotos de São José, no Livro da Vida, a sua autobiografia, relata que o tomou por advogado e senhor encomendando-se muito a ele: “Não me lembro até hoje de ter-lhe suplicado algo que ele não tenha feito.” Ela ensina ainda, que o glorioso São José “endireita” o nosso pedido para o nosso bem maior e que ele é o mestre da vida interior: “Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome este glorioso Santo por mestre, e não errará no caminho”. Assim tenho procurado viver, confiando-me a São José, não só pensando nas graças que ele me possa alcançar, mas pedindo que ele endireite os meus pedidos para maior benefício da minha alma e me ensine como Mestre da vida interior a não errar o caminho. Glorioso São José, Valei-nos!
SIMONE PINTO Formadora local Canção Nova - Portugal
Recorramos a São José
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o mês de Março, celebramos a Solenidade de São José. Recordamos com a Igreja do mundo todo a santidade de vida deste grande santo. Ele é modelo para todos nós, é um homem cheio de virtudes, um pai amoroso e esposo fiel. N’Ele vemos a fé e a confiança em Deus. O Papa Francisco destaca São José como: “o homem que não fala, mas obedece, o homem da ternura, o homem capaz de levar adiante as promessas para que se tornem firmes, seguras. O homem que garante a estabilidade do Reino de Deus, a paternidade de Deus, a nossa filiação como filho de Deus” (Homilia, Papa Francisco dia 20 de Março de 2017) Por experiência própria, confio-me muito a ele e já vi com clareza o seu auxílio nas necessidades que lhe conto, através de uma oração simples, mas com profundidade e devoção. Santa Teresa de Ávila, nos seus escritos, dá um belo testemunho a respeito de São José: “Assim, tomei por advogado e senhor o glorioso São José, encomendando-me muito a ele. Vi com clareza que esse pai e senhor meu me salvou, fazendo mais do que eu podia pedir, tanto dessa necessidade como de outras maiores, referentes à honra e à perda da alma”. Consagremos a nossa vida, a Canção Nova e apresentemos a Campanha do Projecto ‘Dai-me almas’, ao Patrono da Sagrada Família, que nunca lhe deixou faltar nada, para que ele seja o provedor de todas as nossas necessidades. Nas causas da nossa vida, confiemos e digamos: “São José, nas horas de maior aflição e tribulação não vos valeu o Anjo do Senhor? Valei-me, São José!”
MICHELINE DA SILVA Ecónoma Local Canção Nova - Portugal
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Ibérico nº276, Av. D. José Alves Correia da Silva. Poderá dirigir-se à Livraria em Lisboa: na Rua Camilo Solicite o impresso, através do telefone (+0351) 249 530 600 opção 2, Castelo Branco nº29. ou faça download no site clube.cancaonova.pt e envie para a nossa morada: Estrada da Batalha,68/ Apartado 199/ 2496-908 Fátima ou para o email: clube@cancaonova.pt
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TESTEMUNHO DE BENFEITOR
A CANÇÃO NOVA NA MINHA VIDA
E
xiste sempre um dia que pode mudar a nossa vida e, no meu caso, esse dia foi aquele em que eu conheci a Comunidade Canção Nova, aqui, em Fátima. No ano de 2009, a empresa de informática onde trabalhava tinha encerrado e tive que começar a minha luta por um novo emprego, num desses dias de busca, encontrei na internet um pedido de recrutamento, para Fátima, de um técnico de telecomunicações. Sabia que não era o meu perfil pois a minha área era informática e não a de telecomunicações, mas mesmo assim candidatei-me. Passado um tempo, ligaram-me para ir a essa entrevista. Pensei: “bem, não é a minha área, mas já que me chamaram vou”. E lá fui até Fátima, a essa, pensava eu, “empresa de telecomunicações”. Quando cheguei vi as palavras: Comunidade Canção Nova, mas nada sabia do que se tratava. Fui logo bem recebido e fiquei logo bem impressionado com as pessoas, notando que havia ali “algo de diferente”. Reuni com o administrador, da época, e claramente percebemos que a necessidade no momento era outra, porém concluímos sobre a necessidade de um novo portal web, pois a comunidade na altura não tinha site. Levei para casa isso comigo e de coração aberto decidi conhecer mais o que era a Comunidade Canção Nova e achei muito bonito o papel evangelizador que a Comunidade tem no Brasil e, também 10
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desde 1998; em Portugal. E isso motivou-me a fazer o site em casa sem que me tenha sido pedido nada. Passados uns tempos, contactei o administrador para lhe mostrar o possível site para a comunidade e a partir daí fui desenvolvendo trabalhos e hoje sou funcionário da Comunidade, no departamento de TI onde ajudo no desenvolvimento web, mas também a apoiar o Sistema de Comunicação para que cumpra o seu papel evangelizador. E assim marcou o meu início nesta Comunidade tão importante para o coração do nosso povo. Pessoas cheias do amor de Deus que querem levar a todos um mundo novo de esperança. O facto de ser funcionário levou-me a conhecer mais de perto a missão da Comunidade em Portugal, a participar em alguns eventos e a beber dessa água vivia que tanto é anunciada. Cheguei à Canção Nova com um caminho curto na Fé, apenas era batizado. Estando inserido nesta Comunidade fui levado a questionar-me sobre o motivo de ter parado o meu caminho, se calhar não fui ajudado a caminhar na fé, enfim, o facto é que Deus me deu uma nova oportunidade para eu poder decidir na minha liberdade caminhar um pouco mais. Decidi aceitar a oportunidade e, com a ajuda marcante da Comunidade, fiz a primeira comunhão e o Crisma. A Comunidade foi, sem dúvida, este fio condutor que me levou mais próximo de Deus. Conhecendo bem o mundo, vi alguém
diferente nesta Comunidade, alguém com amor no seu coração, com valores cristãos, esse alguém é hoje a minha esposa Gisele Martins, Missionária da Comunidade Canção Nova, uma pérola que Deus colocou no meu caminho. Nunca pensei o quanto essa experiência na Canção Nova iria mudar a minha vida, nem nunca tinha imaginado que aqui iria encontrar a minha esposa. Deus, quando me colocou na Comunidade, já tinha os desígnios d’Ele, pois Ele conhece o coração de cada um de nós. Agradeço a Deus por tudo o que de bom fez na minha vida. Mas o meu caminho na fé não parou por aqui. Fui convidado pelo Pe. Ricardo Lameira (amigo da CN) a participar num Cursilho de Cristandade, o qual iria ajudar-me ainda mais na minha caminhada com Deus. Desde logo aceitei e após ter realizado este Cursilho, posso dizer que saí uma pessoa nova, com Deus mais vivo no coração, fazendo-me entender o que motiva todos estes missionários da Canção Nova, que são pessoas como nós, porém que tiveram uma experiência pessoal com Jesus e que querem partilhar com todos, pois não querem este amor só para si, mas sim, contagiar o mundo com esta Canção sempre Nova. Agradeço a Deus por poder dar o meu contributo nesta obra de evangelização, ela que mudou a minha vida e que muda tanto a vida de tantos outros irmãos que são tocados pelo amor infinito de Deus. NUNO NOGUEIRA
PALAVRA PARA O BENFEITOR
“Meu Senhor e Meu Deus, eu creio mas aumenta a minha fé!” “… disse a Tomé: «Olha as minhas mãos: chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito. E não sejas incrédulo, mas fiel.» Tomé respondeu-lhe: «Meu Senhor e meu Deus!» Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste, acreditaste. Felizes os que crêem sem terem visto!»” Jo 20,27-29
Jesus ressuscitou, Aleluia, Aleluia... acreditemos nesta grande verdade, não sejamos incrédulos, mas fiéis e anunciemos sem medo que Cristo ressuscitou! Nós somos a geração dos que não viram, mas acreditamos que Jesus venceu a morte e ressuscitou! Possamos dizer todos os dias da nossa vida, perante o que nos vai acontecendo: “Meu Senhor e Meu Deus, eu creio mas aumenta a minha fé!”
Jesus, todos os dias, nos dá esse sopro de vida, esse sopro de ressurreição! Como nos diz o Papa Francisco: “...com os sinais da Paixão – as feridas do Seu amor misericordioso, atrai-nos ao Seu caminho, o caminho da vida. ” Ele mostra-nos o caminho para chegarmos à ressurreição, um caminho de sofrimento, de cruz, um caminho de purificação e santificação... que faz com que o homem velho vá ficando para trás para surgir
o homem novo! As marcas do sofrimento ficam, mas a partir do momento em que descobrimos Jesus Ressuscitado nas nossas vidas o nosso olhar é diferente. O nosso coração enche-se de esperança, de amor e de Fé, mesmo que as marcas sejam profundas e mesmo que a cruz seja pesada! Assim como Jesus foi ao encontro de Tomé e lhe disse: “chega cá o teu dedo! Estende a tua mão e põe-na no meu peito.” Jo 20, 27 , hoje Ele faz o mesmo connosco na situação em que nos encontramos e diz: “Chega-te, meu filho, toca nas marcas da Minha paixão! Acredita, confia na Minha ressurreição.”. A toda a Família Canção Nova quero trazer esta Boa Nova de que Cristo Ressuscitou, continuemos a anunciar esta verdade! Desejo-lhe uma Santa e Feliz Pácoa! SANDRA SILVA Coordenadora Clube da Evangelização
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SALESIANOS
DOM BOSCO: MOSTRAR A PATERNIDADE DE DEUS
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ada ramo da Família Salesiana capta à sua maneira um ou outro traço da experiência fundadora de S. João Bosco. Mas todos admiramos a sua bondade paternal. Quando as pessoas pensam em Dom Bosco, logo imaginam um homem simpático e com estilo de “pai”: alguém sereno, que confia nos mais novos, que os estimula e ampara a crescer. Ao longo da sua vida, Dom Bosco soube ser o pai que tantos jovens órfãos de tudo não tinham tido. Ele soube oferecer-lhes um modelo de pessoa que puderam imitar. Soube amá-los e esse amor de pai levou-os a recuperar a confiança nas suas próprias possibilidades. Justamente, São João Paulo II usou para Dom Bosco o título «Pai e Mestre da juventude».. 12
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Um pai sem pai Estamos tão habituados a esta faceta do santo fundador da família salesiana que podemos esquecer-nos que este pai dos jovens… não teve pai. Como sabemos, João Bosco ficou órfão de pai aos dois anos de idade. Foi para ele uma perda profunda e uma experiência marcante. A falta deste pai agudizou as dificuldades económicas da família Bosco e obrigou Margarida, sua mãe, a “fazer das tripas coração” para manter a família. E esta orfandade precoce levanta a pergunta: onde é que S. João Bosco aprendeu a ser um pai de coração grande, se ele mesmo não teve pai? Na minha opinião, é de Deus mesmo que Dom Bosco aprende o que é ser pai. Ele sente-se desiludido
com a distância e a frieza de alguns sacerdotes mas alegra-se com a proximidade e bondade de outros.
Nestes, ele pressente como Deus nos ama. Na sua oração, desde criança, João Bosco
Ao mesmo tempo, a sua experiência como órfão,
a sua carência de afecto e apoio, leva-o a ser especialmente sensível diante de cada jovem. Porque ele mesmo sentiu essas privações mas pôde contar com a bondade de Deus, é fortemente empático com cada jovem necessitado de cuidado, de amor, de segurança económica, de formação humana e de orientação espiritual. Esta sintonia com a situação de cada jovem leva-o
fiados ou hostis face aos adultos. Esta aposta na relação pede-lhe uma entrega total. Mas é esta entrega, ao estilo de Deus, que permite
que cada jovem se sinta amado. E é a partir daqui que começa um caminho de (re)construção da personalidade e da história de vida e de fé.
sente-se profundamente amado. Sente que Deus o ampara nos seus caminhos. Percebe que Deus o quer fazer crescer e amadurecer de forma livre e saudável.
Um estilo educativo paternal
a responder sendo “pai”, mobilizando todo o seu afecto e sendo profundamente solidário. Todo o estilo pastoral e educativo de Dom Bosco vai ser marcado por esta paternidade. Assim que se encontra com um jovem, o nosso santo tenta estabelecer uma relação personalizada e confiante, mesmo com aqueles mais carentes de tudo ou mais descon-
PADRE RUI ALBERTO Coordenador das Edições Salesianas
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EM SINTONIA COM A IGREJA
Os Papas e São José No dia 19 de março, celebramos com toda a Igreja a Festa do Glorioso São José. Apresentamos alguns excertos das doutrinas dos Sumos Pontífices ao longo dos anos sobre a devoção ao Grande Patrono da Igreja. PAPA PIO IX [1] “Com justiça a Igreja Católica segue com um culto sempre mais difundido e venera com mais íntimo afeto o insigne Patriarca, o Bem-aventurado José, coroado de glória e de honra no céu, que Deus Omnipotente, entre todos os Seus santos, quis como puríssimo e verdadeiro esposo da Imaculada Virgem Maria e pai putativo de Seu Filho Unigénito, e a fim de que cumprisse com fidelidade uma obra tão sublime, fortaleceu-o e enriqueceu-o abundantemente com graças especiais.
Na verdade, nestes últimos tempos, nos quais uma feroz e terrível guerra foi declarada contra a Igreja de Cristo, a devoção dos fiéis para com São José cresceu e aumentou tanto, que de toda a parte chegaram até nós inumeráveis e ardentíssimos pedidos,(…) estes solicitaram com insistência que, a fim de inovar com mais eficácia a misericórdia de Deus pelos méritos e pela intercessão de São José para afastar nestes tempos funestos todos os males que nos perturbam de todos os lados, o declarássemos Patrono da Igreja Católica…”
PAPA JOÃO PAULO II [2] “São José foi chamado por Deus para servir diretamente a Pessoa e a missão de Jesus, mediante o exercício da sua paternidade: desse modo, precisamente, ele «coopera no grande mistério da Redenção, quando chega a plenitude dos tempos», e é verdadeiramente «ministro da salvação». A sua paternidade expressou-se concretamente «em ter feito da sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da Encarnação e à missão redentora com o mesmo inseparavelmente ligada; em ter usado da autoridade legal, que lhe competia em relação à Sa-
[1] Carta Apostólica “INCLYTUM PATRIARCHANDE” do Papa Pio IX sobre São José (07/07/1871) [2] Exortação Apostólica”REDEMPTORIS CUSTOS”(15/08/1989)
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Canção Nova
grada Família, para lhe fazer o dom total de si mesmo, da sua vida e do seu trabalho; e em ter convertido a sua vocação humana para o amor familiar na sobre-humana oblação de si, do seu coração e de todas as capacidades, no amor que empregou ao serviço do Messias germinado na sua casa ”. PAPA BENTO XVI [3] “Cada um e cada uma de nós tem a sua função a desempenhar no plano de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Se o desânimo vos invadir, pensai na fé de José; se a inquietação se apoderar de vós, pensai na esperança de José, descendente de Abraão que esperava contra toda a esperança; se a aversão ou o ódio vos penetrar, pensai no amor de José, que foi o primeiro homem a descobrir o rosto humano de Deus na pessoa do menino concebido pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria. Bendigamos a Cristo por Se ter feito tão solidário conosco e dêmos-Lhe graças por nos ter dado José como exemplo e modelo do amor para com Ele.”
PAPA FRANCISCO [4] “Ouvimos ler, no Evangelho, que “José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa” (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: “São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo” (Exort. Ap. Redemptoris Custos). Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos
momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egito e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus. Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito.”
SÃO JOSÉ, VALEI-NOS! PADRE ANTÔNIO JUSTINO Canção Nova - Portugal
[3] Homilia de Bento XVI na Missa presidida em Yaoundé (19/03/2009) [4] Homilia da Missa do início do Pontificado(19 /03 /2013) Canção Nova
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IGREJA EM PORTUGAL
O FOGO DA PÁSCOA V
ivemos (n)a Páscoa! Mas logo no início do nosso caminho quaresmal, o Papa Francisco conclui a sua Mensagem que falava do “fogo da Páscoa” e apontava para o sugestivo rito de acender o círio pascal: a luz, tirada do “lume novo” que pouco a pouco ilumina a assembleia litúrgica:
«A luz de Cristo, gloriosamente ressuscitado, nos dissipe as trevas do coração e do espírito».
Fazei isto em memória de mim No centro da Eucaristia temos um gesto: um pão partido, um cálice que se partilha 16
Canção Nova
por um mundo novo como realidade da presença de Jesus em que se realiza a nova aliança, na Sua vida dada (corpo entregue, sangue derramado). Aquele gesto em que Jesus nos dá a Sua vida para que possamos viver, é-nos pedido que o possamos repetir, que o possamos fazer em Sua memória.
“Fazei isto”. Trata-se de ‘fazer’. Fazer com Jesus e como Jesus. Um partir o pão que não é só partir o pão, um oferecer o cálice que não é só distribuir o vinho. Trata-se de fazer; ou seja, de viver, tornados participantes daquele mesmo dar a vida que é o de Jesus.
Convocados Para partir pela Palavra o Pão Ao celebrar a Eucaristia somos reunidos, convocados, pela própria Palavra de Deus. É a Palavra que escutamos em comum que edifica a comunidade crente. E a comunidade nasce e cresce por causa da Palavra acolhida. Tornamo-nos, assim, por iniciativa de Deus, capazes de O escutar e capazes de lhe responder. Com a nossa vida. Somos constituídos ‘interlocutores’, conscientes, livres e responsáveis. E, por isso, a nossa história torna-se (é chamada a ser) história de salvação a partir da poder (dýnamis) da Palavra em que Deus se auto-revela, se auto-comunica.
Os sinais sacramentais do pão e do vinho na nossa celebração eucarística, com as palavras da narração interpretante que os acompanham, completam a figura do interlocutor com a do ‘companheiro’, no sentido etimológico (cum+panis), que partilha o mesmo pão. O pão é realidade-símbolo do que sustenta a nossa vida. Mas, na história humana, o pão significa também a causa das divisões e das contendas, o motivo pelo qual os povos lutam uns com os outros – para ter mais pão – e por isso as pessoas se tornam inimigas, entram em guerra.
Ora Jesus diz-nos que a Sua vida é um pão partido, repartido, entregue, dado a todos para a vida de todos. Do pão da contenda ao pão partilhado. Não se pode partilhar o mesmo pão sem viver uma vida partilhada, não se pode comungar o mesmo pão e, depois, viver uma vida recusando a comunhão. Podemos viver com Jesus e como Jesus sobre a terra. Sabemos que só uma vida dada com Jesus, como a de Jesus, é uma vida eterna. É o fogo da Páscoa.
P. JOSÉ MANUEL PEREIRA DE ALMEIDA Director do Secretariado da Pastoral Social da CEP Nacional Justiça e Paz Canção Nova
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AJUDA A IGREJA QUE SOFRE
O drama esquecido de milhões de refugiados na R. D. Congo
Silêncio cúmplice Crise política prolongada, conflitos étnicos, milícias armadas que semeiam o terror… A República Democrática do Congo vive uma crise humanitária de proporções gigantescas e o mundo parece ignorar o que se passa por lá. Ninguém está a salvo. Nem a Igreja escapa à onda de violência…
A
taques a seminários e paróquias, conventos e congregações. Nem a Igreja tem escapado à onda de violência que tem assolado este país. De dia para dia, a situação agrava-se cada vez mais. Tragicamente. Desde Agosto de 2016, triplicou o número de deslocados. Estima-se que quase 4 milhões de pessoas terão fugido de suas casas por causa da violência. Na origem desta situação está a crise causada pela recusa de Jo-
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Canção Nova
seph Kabila em abandonar a presidência, após 17 anos de poder e depois de ter terminado o seu mandato. Nem a Igreja tem escapado a este horror. Nos últimos tempos, dezenas de paróquias foram atacadas. Cerca de centena e meia de escolas vandalizadas e mais de três mil e quinhentas casas arruinadas. Calcula-se que vinte aldeias foram praticamente destruídas. É raro o dia em que não ocorre o sequestro e assassinato de pessoas, roubos
à mão armada e ataques a estruturas da Igreja. Ainda recentemente, a Irmã Maria-Núria Solà partilhava a sua perplexidade perante o desmoronar deste país africano. “A Igreja fala, escreve e age contra as injustiças, a violência e a ditadura camuflada de democracia”, afirma esta freira carmelita. “E continua a denunciar as injustiças, para ser fiel ao Evangelho. O único objectivo é o bem comum da população”, acrescenta a Irmã.
Desejo de paz Também o Padre Apollinaire Cibaka, professor do Seminário Maior de Malole – que foi atacado em Fevereiro – vive a perplexidade de estar num país em profunda crise humanitária e de perceber que o mundo parece não querer escutar os pedidos de ajuda. “O mundo parece ter-se esquecido do Congo.” No meio do caos, a presença da Igreja neste país é um oásis de esperança. Cada sacerdote, cada irmã é mais do que um simples homem ou uma mulher. Os seus sorrisos são a certeza do sorriso
de Deus, são a garantia da ternura de Deus. Com milhões de deslocados, de pessoas em fuga, de homens, mulheres e crianças em lágrimas, a presença destes sacerdotes e destas irmãs é a garantia de que não está tudo perdido. Há dias, o Padre Apollinaire confessava à Fundação AIS que, apesar de tudo, é sempre possível descortinar uma semente de esperança no meio do caos. “O Congo é um país empobrecido. Vivemos uma guerra silenciosa. Vamos rezar, pedindo a conversão dos responsáveis pelo nosso infortúnio.” Os dias passam mas, na R.D. do Congo, continua tudo na
mesma, com grupos armados à solta e populações em fuga. O Padre Apollinaire e a Irmã Solà precisam muito das nossas orações, do nosso apoio. Vamos ajudá-los?
PAULO AIDOJORNALISTA Fundação Ajuda a Igreja que Sofre
Canção Nova
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TEMA PRINCIPAL
O SENHOR R
1. Noite pascal
Por entre arbustos de fogo, arde a sarça-ardente no deserto. Deus está próximo, Deus atrai o homem. São os sacrários do mundo, círios pascais que não se consomem, nuvens de incenso que sobem ao céu. Esta é a noite, mãe de todas as noites, onde o cântico do Precónio Pascal tudo inunda de beleza harmónica convidando-nos a louvar o Espírito Santo de Deus. Como adorantes vemos a glória de Deus. A partir daí transformamos o mundo. Só o amor do Senhor Ressuscitado encherá as nossas almas de luz.
Hoje é Páscoa do Senhor Novo dia, novo sol, Hoje nasce a vida, morre a morte. É madrugada em ti, Irmão! Glória Aleluia! O Senhor ressuscitou! (J. Rocha)
2. Interrogantes do homem
da pós-modernidade ao mistério da Ressurreição
Ressurreição, uma ilusão ou exaltação coletiva? Será que a morte de Jesus era apenas aparente? Será que o grupo de homens que O seguia estava convencido que Ele estava vivo? Ao sair sangue e água do Seu lado, teremos nós, uma crítica histórica séria? O Pai não poderia ter ressuscitado o Seu próprio Filho? S. Marcos escreveu: “os discípulos não compreenderam o que Ele tinha dito” (Mc 9, 32).
3. Vivência rítmica da vigília pascal A vigília pascal deixa transparecer a nossa atitude de vigilantes, pelos símbolos nela usados. Pelo dom da fé, obra do Espírito Santo, faz-nos aguentar, na esperança, a longa vigília da nossa caminhada. O batismo consolida a nossa esperança na ressurreição. A água misteriosa renova em nós a vida nova. Como na visão 20
Canção Nova
RESSUSCITOU de Ezequiel, em que o rio se vai purificando, assim nós, purificados pela água, seremos fortalecidos com o óleo santo e alimentados com o banquete eucarístico. Permaneçamos em vigília, pois no Horizonte da nossa história já raiou a aurora do novo dia. As brasas incandescentes e o fumo que se levanta do turíbulo, expressam a oração ardente duma madrugada que, em breve, acorda. “Contemplando Maria, aos pés da cruz, aprendemos, com ela, a abraçar a nossa cruz, e a fazer dela oferta eucarística e hóstia de louvor, para a redenção do mundo”. (D. José Policarpo, Obras escolhidas).
4. Vimos a glória do Senhor! Laetissimum spatium
O túmulo de José de Arimateia revelou o segredo: “Ele não está aqui. Ressuscitou” e mostrou os panos brancos dobrados. No interior do mistério pascal está a Páscoa, a Ascensão e o Pentecostes. Como tempo mistagógico realiza o aprofundamento da união com Cristo presente no Espírito da sua igreja. Mistério pascal é mistério da união fraterna, combate entre a morte e a vida, entre o pecado e a graça, celebração de amor. Que nesta Páscoa brote no nosso coração: “Que toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai (Fil 2,11).
5. O amanhã da Páscoa Amanhã, quando o novo dia surgir e nos virem entregues à adoração e contemplação, compreenderão que pertencemos à comunidade eclesial a caminhar nas sendas do amor. Amanhã celebramos com lírios brancos e roxos, Jesus Ressuscitado.
P. JERÓNIMO ROCHA MONTEIRO Delegado Nacional para a Familia Salesiana
Canção Nova
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TEMA PRINCIPAL
S
ã o José obedece ao Anjo que aparece no seu sonho e toma consigo Maria, grávida por obra do Espírito Santo, como narra o Evangelho de Mateus. Um homem silencioso, mas obediente, pontuou o Santo Padre. José é um homem que carrega sobre os seus ombros as promessas de descendência, de herança, de paternidade, de filiação e de estabilidade. “E este homem, este sonhador, é capaz de aceitar esta tarefa, esta tarefa difícil e que muito tem a dizer-nos neste período de uma grande sensação
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Canção Nova
de orfandade. E assim este homem toma a promessa de Deus e leva-a adiante em silêncio, com fortaleza, leva-a adiante para aquilo que Deus quer que seja realizado”. São José é um homem que pode dizer muito, mas não fala, o homem escondido, o homem do silêncio, que tem a maior autoridade naquele momento, sem a demonstrar. E o Papa destaca que aquilo que Deus confia ao coração de José são “coisas fracas”: promessas e uma promessa é fraca. E depois também o nascimento da criança, a fuga para o Egito, e ou-
tras situações de fraqueza. José carrega no coração e leva adiante todas essas fraquezas como se deve fazer: com muita ternura, com a ternura com a qual se pega numa criança. “É o homem que não fala, mas obedece, o homem da ternura, o homem capaz de levar adiante as promessas para que se tornem firmes, seguras. O homem que garante a estabilidade do Reino de Deus, a paternidade de Deus, a nossa filiação como filho de Deus. Gosto de pensar José como guardião das fraquezas, de nossas fraquezas: é capaz de fazer nascer muitas coisas
“Que São José nos dê a capacidade de sonhar coisas grandes...”
bonitas de nossas fraquezas, de nossos pecados”. José é o custódio das fraquezas para que se tornem firmes na fé, mas ele recebeu esta tarefa durante um sonho. “É um homem capaz de sonhar”, observou o Papa, e é também o guardião do sonho de Deus: o sonho de Deus de salvar a humanidade, de redimi-la, foi confiado a José. “É grande este carpinteiro! Silencioso, trabalhador e guardião que carrega as fraquezas e é capaz de sonhar. Uma figura que tem uma mensagem para todos. “Eu hoje quero pedir-lhe
que dê a todos nós a capacidade de sonhar, porque quando sonhamos coisas grandes, coisas bonitas, aproximamos do sonho de Deus, das coisas que Deus sonha para nós. Que aos jovens dê, porque ele era jovem, a capacidade de sonhar, de arriscar e assumir as tarefas difíceis que viram nos sonhos. E dê a todos nós a fidelidade que geralmente cresce num compor-
tamento justo, e ele era justo, cresce no silêncio, poucas palavras, e cresce na ternura que é capaz de proteger as suas próprias fraquezas e as dos outros”. SEGUNDA-FEIRA, 20 DE MARÇO DE 2017
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CONVIDADO ESPORÁDICO
Paternidade e família:
na esco São José! Cuida de nós S. José! Como cuidaste da família de Nazaré. São José! Cuida de nós S. José! Patriarca e guardião da nossa fé.
D
urante o mês de Março somos convidados a meditar, contemplar e confiarmo-nos de modo especial à figura de S. José. Ao celebrarmos o dia do pai, a 19 de Março, rejubilamos com a solenidade daquele que, na terra, foi pai de Jesus. Desde criança que a Providência colocou a minha vida ao cuidado deste santo. Esta proteção e devoção tornaram-se mais conscientes e ativas com a compreensão, a amizade e o exemplo de outros, de modo especial S. Teresa de Jesus. S. José sempre foi o meu pai espiritual e modelo de trabalhador. No dia 1 de Outubro de 2005, quando a Ana Júlia e eu nos casámos, tomámos
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Canção Nova
a Sagrada Família como modelo da família que constituímos e eu, S. José como modelo de esposo. Com o nascimento dos nossos filhos, tornou-se
também modelo de pai, pois se foi o homem que Deus escolheu para pai de Jesus, é assim que eu pretendo e tento ser para os meus filhos.
ola de S. José Partilho então convosco algumas das lições que aprendo continuamente na escola de S. José: Escuta e docilidade à vontade de Deus Por três ocasiões, S. Mateus revela que o “Anjo do Senhor” falou a S. José em sonhos, indicando a vontade de Deus. Sempre foi o santo solícito em cumprir essa vontade. S. José ensina-nos a abandonarmos os nossos sonhos, mostrando que a verdadeira felicidade consiste em deixarmos Deus sonhar em nós. Vida de trabalho santificado O exemplo de S. José, operário que come do fruto do seu trabalho (Sl. 128), ensina-nos e motiva-nos a encararmos o nosso trabalho de cada dia como via de salvação. Educar os filhos na fé De São José diz Santa Teresa, no livro da sua vida: “Quem não achar Mestre que Ihe ensine a orar, tome este glorioso Santo por mestre, e não errará no caminho.” O exemplo de S. José ensina-nos que, mais que tudo, o principal tesouro que devemos transmitir aos nossos filhos, é o amor a Deus. S José, um homem comum, aprendeu e viveu com Jesus, antes da Sua vida pública, no silêncio e na simplicidade da vida de Nazaré, o segredo da salvação: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mc8, 24). Que a sua intercessão, e auxílio da Virgem Maria, nos ajudem a, em tudo, dizer sim a Deus. HENRIQUE MEDEIROS DA SILVA
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PSICOLOGIA
Importância da paternidade no desenvolvimento infantil E
mbora se atribua à mãe a importância e dependência no início da vida do bebé, não podemos esquecer a contribuição da figura paterna no desenvolvimento psíquico da criança. Durante a gestação, sabemos, que o bebé se desenvolve muito rápido, não só fisicamente, mas também emocionalmente. Neste sentido, se a mãe tem um parceiro tranquilo, estável, que lhe transmite segurança, conforto, carinho, ternura, ela vai sentir-se em paz, sem ansiedade, confiante e segura de um amor que vai, ela mesma, transmitir ao bebé. Nos primeiros meses de vida do recém-nascido é, sem dúvida, a mãe que tem
um papel fundamental no sentido de providenciar alimento, higiene, conforto e carinho. Contudo, o parceiro necessita ser o porto seguro para a companheira, onde ela se fortalece, se sente amada e segura. O pai assume a responsabilidade de transmitir firmeza e segurança ao bebé, desde tenra idade, mesmo sem ele perceber, a forma como segura o seu filho, a segurança do seu toque firme é transferida para o bebé. Assim, como também é o pai que vai incentivar e colaborar na separação da díade mãe-bebé, pois o pai vai “partilhar” o seu filho com o resto da família, dos amigos e tem o papel de incentivar a companheira e o bebé para a sociedade.
“Espera-se que o pai seja um parceiro carinhoso, protetor e cooperativo com a mãe, desde a gestação do filho, para que ela possa se dedicar à criança num primeiro momento. Sua presença física e afetiva é fundamental para romper a relação narcisista do filho com a mãe, funcionando como uma ponte entre o mundo interno e a realidade externa da criança. Ao se afastar da mãe e se envolver com o pai, a criança desenvolve maiores habilidades exploratórias e responsividade social. Nessa etapa, bem inicial, a função do pai é, também, a de tolerar a exclusão temporária da relação mãe-bebé e espera pelo momento de participar mais ativamente”(1).
(1) S araiva, L., Reinhard, M. & Souza, R., (2012). A função paterna e o seu papel na dinâmica familiar e no desenvolvimento mental infantil. Revista brasileira de psicoterapia, 14 (3): 52-67.
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Posteriormente, o pai vai ganhando terreno na relação com a criança e as suas características físicas, biológicas e psíquicas vão ajudar a criança a estruturar-se psiquicamente. É o pai, enquanto figura masculina, que transmite o sentimento de proteção, segurança e conforto, através da firmeza das ordens, regras e limites que estabelece. Claro, há resistências e lutas, as tão famosas birras, mas aí está o importante papel do pai: apoiar a mãe na firmeza das regras, ser figura de autoridade nos momentos pico, ser o colinho de ternura nos momentos de reconciliação e ser o brincalhão trapalhão nas travessuras (e ausências da mãe – sim o papel do pai também é quebrar algumas regras inofensivas, nas costas da mãe).
Neste sentido, e de acordo com diversos estudos(2), o pai vai ajudar a criança a construir a sua personalidade de forma harmoniosa. Melhora a visão que tem de si (melhor auto-estima e auto-conceito), mais confiança em si mesma e nas suas decisões, mais equilibrada emocionalmente e, portanto, menos proble-
mas de comportamento, diminui a probabilidade de comportamentos delinquentes, mais assertiva, mais social e menos propensão a patologias psiquiátricas. Esta criança torna-se um adulto responsável, autónomo, independente, maduro emocionalmente, mais resistente às frustrações, mais assertivo nos comportamentos sociais, mais seguro de si, com melhor auto estima. Pais, vocês são fundamentais no desenvolvimento saudável dos vossos filhos. Invistam na relação com as vossas crianças, sem medo e sejam, sempre, o apoio das vossas esposas neste trabalho tão nobre que é educar. Que S. José interceda por cada um! Amen!
MARTA FAUSTINO Psicológa
(2) D amiani, C., Colocci, P. (2015). A ausência física e afetiva do pai na percepção dos filhos adultos. Revista Pensando famílias, vol. 19, n.º 2. Porto Alegre. Canção Nova
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or sinal, para falar do nascimento de um ser humano usamos a palavra “parto”. E quando morre alguém é também habitual dizer-se que essa pessoa “partiu”. Assim entendido, usamos partir para dizer um começo. Um nascer ou renascer! É claro que nada desta realidade é fácil pois ela não nos isenta da possibilidade de grande dor ou de sério drama mas… “é assim a vida!”. 28
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O desafio maior é, nestas alturas, evitar o desespero, apoiando-nos numa firme esperança de que tudo de bom estará para acontecer. O próprio Jesus refere-se à hora da sua morte dizendo “vou partir”! São João da Cruz, a este propósito, tem a sua frase famosa: “ai de mim, que morro se não morrer!” Podemos, portanto, aprender a olhar a morte (a dos outros e a nossa) não como um fim mas como
uma partida, no sentido de um começo. Felizmente é assim mesmo! O fim (no sentido de finalidade) da vida humana não deve ser visto pela sua a natural deterioração ou falência física do corpo humano. Seria uma mentira! Ainda que a morte seja uma natural inevitabilidade convém ao homem conhecer a sobrenatural verdade, bem maior, segundo a qual a morte, que tem o poder de nos matar
alegre e sábia esperança lança à terra. Ela, cheia de vida, morre para renascer. É a condição primeira para ela poder dar fruto. Mas Jesus disse algo ainda mais importante e surpreendente. Afirmou ser
Ele a Ressurreição e a Vida, acrescentando que quem acredita, ainda que venha a morrer, viverá eternamente.
Portanto, morrer, assim, significa passagem. Um partir para a Vida Eterna. É o que celebramos na Sua Páscoa. E, nela, a nossa passagem! São muitos os testemunhos que nos atestam como Jesus tem o poder da vida sobre a morte, Ressuscitado de entre os mortos, depois de ter sido por nós crucificado e sepultado. Mas três dias depois… Esta é a fé que enche de alegre esperança todos os cristãos, há mais de dois mil anos. o corpo, não destrói a vida que se recebeu como dom nesse corpo e assim, feliz e livremente, como dom se ofereceu! Jesus ensinou-nos e mostrou como “dar a vida” significa tanto amar como morrer para viver. O ser humano, sendo pessoa corporal, não nasce para a morte mas para a vida. Agora e eternamente! Assim acontece, como nos diz Jesus, à boa semente que o agricultor, com
Jesus Cristo vive connosco. Ressuscitou dos mortos para nos dar da Sua vida.
Esta é a boa notícia. A melhor que se pode dar. A melhor que alguém pode escutar.
Que toda a humanidade espera saber com toda a certeza. Ela faz toda a diferença! Esta Sua Vida Nova, re-suscitada pelo poder do Espírito Santo, é dom que mata definitivamente toda a morte! Em conclusão: Jesus é o único a poder ter resposta para a nossa inevitável e insaciável pergunta acerca do sentido da vida. Da nossa vida pessoal no contexto da vida de toda a humanidade. Ele é o único líder religioso que, como afirmam os Seus seguidores há dois mil anos, não está morto. Não nos custa entender a nossa morte física, que é natural e até justificada pela nossa condição terrena! O que precisamos é entender como a nossa vida espiritual deve animar e encher de amor toda a nossa vida. Quem assim vive, dá a Vida à vida. Está ressuscitado com Cristo. Vive do seu baptismo. Que o tempo Pascal nos faça saborear mais e melhor toda esta nossa eterna riqueza!
PADRE JOSÉ LUÍS BORGA Diocese de Santarém
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ESPIRITUALIDADE
EUCARISTIA, ÍCONE TRINITÁRIO A Eucaristia é o cume da vida cristã, o centro e a fonte. Tudo deve estar centrado na Eucaristia, sacramento de amor, onde Jesus, Sacerdote e Vítima, reno e do amor trinitário.
1.º Deus é Amor (Cf 1 Jo 4,8), é amor-perfeito, amor trinitário. Deus é “Família” trinitária, é amor-perfeito com três pétalas. E porque o amor é infinito, a comunhão é plena. Daí que três Pessoas são um só Deus, na unidade plena e total, no dom e no acolhimento mútuo. Ora a segunda Pessoa da Trindade, fez-Se homem, nasceu, viveu, morreu, ressuscitou, mas como era o Verbo do Pai, era amor-perfeito e infinito. Por isso, a Sua existência foi toda um acto de amor, mas, como Ele próprio disse, “ a maior prova de amor é dar a vida”. E Jesus, o Verbo Encarnado, deu a Sua vida por nós na cruz e, 30
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na Eucaristia, renova sempre esse dom pleno de total amor. A Eucaristia é ícone trinitário, pois na Eucaristia temos todo o amor da Trindade dando-Se a nós em plenitude de graça, de vida, de santidade. Ela coloca no altar o amor da Trindade. Aqui aprendo a louvar, a reverenciar e a servir.
2.º
Antes de mais, a Eucaristia é dom do Pai. Jesus tinha dito em Jo 6, 32, “o Pai é que vos dará o verdadeiro Pão do Céu”. O Pão Vivo descido do Céu, a Vítima oferecida na cruz e cuja oferta plena se renova na Eucaristia, é dádiva do Pai. É o Pai que por amor
à humanidade e à Igreja ofereceu o Filho e continua na Eucaristia a renovar essa oferta. “Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho, não para condenar o mundo, mas para que este seja salvo” ( Cf Jo 3,36). A Eucaristia é, pois, dádiva do Pai, que em cada altar renova o dom de Seu Filho, para ser alimento, para ser a Vítima do sacrifício eucarístico. É por isso, e porque todo o culto é feito por Cristo ao Pai, que toda a Eucaristia é rezada ao Pai, é oração ao Pai, é acção de graças ao Pai, é hino de glória ao amor do Pai. É o nosso maior acto de louvor.
3. º Mas a Eucaristia, como sabemos, é oferta do Filho, desse Filho que por amor louco foi até à morte de Cruz, ao dom pleno de Si mesmo. Ele tinha dito: “A vida ninguém ma tira, sou Eu que a dou”. E ao dizer: “Tomai e comei”, “Tomai e bebei”, Ele dá a comer e a beber o Seu Corpo e o Seu Sangue, de Jesus que morreu, mas que está vivo e glorioso. Recebemo-Lo a Ele mesmo quando, na fé, nos abeiramos do altar e comungamos o Pão do Céu, Jesus Eucaristia. O Pai faz dádiva de Jesus, mas o próprio Jesus, dum modo livre e amoroso, entrega-Se a Si mesmo, por amor, para ser nosso alimento, manjar do banquete, da ceia sagrada. “A minha Carne é verdadeira comida, o meu Sangue é verdadeira bebida” (Cf Jo 6, 5558), quem O recebe permanece n’Ele, tem
em si mesmo o próprio Verbo do Pai, feito homem, no seio virginal de Maria.
4. º A Eucaristia, como sabemos, é acção santificadora do Espírito, ou seja, sem Espírito Santo, sem a Sua acção que consagra e converte, pão e vinho em Corpo e Sangue, não tínhamos Eucaristia. Esta é fruto da consagração do Espírito, da Sua acção santificante. Como nos outros sacramentos, é o Espírito que age no altar para gerar Jesus, como fez no seio virginal de Maria. Por isso, sem a acção do Espírito não tínhamos Missa, não havia no altar o manjar celeste, o próprio Jesus Eucaristia. Vemos assim, como em cada Eucaristia, são as três Pessoas divinas que Se comprometem, que realizam o mistério, que fazem o sacramento, que nos dão a graça de participar na Ceia Santíssima. É toda a Trindade que age em cada Eucaristia, é o amor trinitário que “faz” a Missa. Por isso, deve ser na Missa que nós aprendemos a louvar, a reverenciar e a servir o Amor que nos cria a cada instante
PADRE DÁRIO PEDROSO Diocese - Lisboa
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PROGRAMAÇÃO | G RELHA FIXA DE 4 HORAS Horário Segunda 00:00 PHN 00:30 01:30 Teologia do Corpo 01:45 02:00 Nossa Missão 03:00 Terço da Misericórdia 03:30 Oficio da Imaculada 04:00 Nossa Missão 05:00 Para Ser Feliz 06:00 Som e Vida 06:30 Trocando Ideias 07:00 Em Casa com a Sagrada Família 07:30 Cantinho Da Criança 08:00 Terço Mariano 08:30 Evangelho do dia /CN HITS 08:45 Salmos 09:00 Parte de Nós 09:30 CN Hits 09:45 Oração ao Pai das Misericórdias 10:00 Teologia do Corpo / Alianças de NS 10:30 Mais Saúde / CN Hits 11:00 Santa Missa 12:00 Sorrindo Pra Vida 12:15 12:30 13:30 Manhã Viva 14:15 14:30 Terra Santa News 15:00 Terço da Misericórdia 15:30 Projeto Dai-me Almas 16:00 Nossa Missão (Mons. Jonas Abib) 16:30 17:00 O Amor Vencerá 17:30 18:00 Vitrine CN 18:30 Terço da Capelinha 19:00 Bíblia no meu dia a dia 19:15 Bíblia no meu dia a dia / Oração 19:30 Academia do Som 20:00 Academia do Som / Faz. Esperança 20:30 Memória e Profecia 21:00 Buscai as coisas do Alto 21:30 21:45 22:00 Direção Espiritual 22:15 22:30 23:00 Projeto Dai-me Almas 23:15 23:30 Preservação Ambiental
Terça Memórias do Líbano Sorrindo Pra Vida Nossa Missão Terço da Misericórdia Oficio da Imaculada Nossa Missão Amor Vencerá Minha Família é Assim Terra Santa News Cantinho da Criança Terço Mariano Evangelho do dia /CN HITS Salmos Educar na Fé Agenda Canção Nova /CN HITS Oração ao Pai das Misericórdias Pergunte e Responderemos Santa Missa Sorrindo Pra Vida Manhã Viva Terço da Misericórdia Vitrine CN Nossa Missão O Amor Vencerá Igreja no Mundo Terço da Capelinha Bíblia no meu dia a dia Bíblia no meu dia a dia / Oração Trocando Ideias Alegrai-Vos De Colores Ângelus - Terra Santa Escola Da Fé CN Hits Salmos Terra Santa News
Quarta Fazendo Esperança Sorrindo Pra Vida Nossa Missão Terço da Misericórdia Oficio da Imaculada Nossa Missão Amor Vencerá Parte de Nós Igreja No Mundo Cantinho da Criança Terço Mariano Evangelho do dia /CN HITS Salmos Buscai as Coisas do Alto Direção Espiritual Santa Missa Sorrindo Pra Vida De Colores / Aliança de NSS Salmos Tarde em Família Teologia do Corpo / Sag. Família O Amor Vencerá Vitrine CN Terço da Capelinha Bíblia no meu dia a dia Bíblia no meu dia a dia / Oração Catequese com o Papa PHN Para Ser Feliz Memórias do Líbano CN Hits Nossa Missão
Todas as quartas-feiras acompanhe o programa “Tarde em família” a partir das 14h30. tv.cancaonova.pt
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Quin Santa Missa (Clube Direção E Terço da Mi Oficio da Im Nossa M Amor Ve Revoluçã
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S – 25 DE MARÇO ATÉ 27 DE OUTUBRO DE 2018
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Sexta Sábado Alegrai-Vos Sorrindo Pra Vida Salmos Nossa Missão Sorrindo Pra Vida (Brasil) Terço da Misericórdia Terço da Misericórdia Oficio da Imaculada Oficio da Imaculada Nossa Missão Catequese com o Papa Gente de Fé Amor Vencerá Educar na Fé Escola da Fé Buscai as coisas do Alto Preservação Ambiental Cantinho da Criança Cantinho da Criança Terço Mariano Terço Mariano Evangelho do dia /CN HITS Teologia do Corpo Salmos Em Casa c/ a Sagrada Familia CN HITS/ Alianças de NSS Igreja a Caminho Fazendo Esperança / Alianças de NSS Oração ao Pai das Misericórdias Escola da Fé Buscai as coisas do Alto Santa Missa Santa Missa Sorrindo Pra Vida Salmos Acampamento de Oração Manhã Viva Projeto Dai-me Almas Terço da Misericórdia Acampamento de Oração Projeto Dai-me Almas Nossa Missão Memória e Profecia O Amor Vencerá Vitrine CN Som e Vida Vitrine CN Acampamento de Oração Terço da Capelinha Bíblia no meu dia a dia Bíblia no meu dia a dia / Oração Procissão das Luzes Igreja no Mundo Santa Missa – Acampamento de Oração Projeto Dai-me Almas Pergunte e Responderemos CN Hits / Agenda Canção Nova Terra Santa News Passo a Passo Com Jesus Salmos Parte de Nós Terço Mariano CN Hits Documentário Canção Nova Salmos Alegrai-Vos
Domingo 00:00 Minha Família é Assim 01:00 Shows Canção Nova 02:00 Nossa Missão 03:00 Terço da Misericórdia 03:30 Oficio da Imaculada 04:00 Nossa Missão 04:30 05:00 Trocando Ideias 05:30 06:00 Pergunte e Responderemos 06:30 07:00 Nossa Missão (Mons. Jonas Abib) 07:15 07:30 08:00 Terço Mariano 08:30 Passo a Passo Com Jesus 08:45 Terra Santa News 09:00 Mais Saúde 09:30 PHN 11:00 Santa Missa 11:20 12:00 Salmos 12:20 Acampamento de Oração 14:30 Projeto Dai-me Almas 15:00 Acampamento de Oração 15:30 16:00 16:30 Ângelus com o Papa Francisco 16:45 Salmos 17:00 Vitrine CN 17:30 Educar na Fé 18:00 Para Ser Feliz 18:30 19:00 Santa Missa Acampamento de Oração 19:15 19:30 19:50 20:00 20:15 20:30 20:45 21:00 De Colores 21:30 21:50 Passo a Passo Com Jesus 22:00 Alegrai-Vos 22:30 Terço Mariano 23:00 Procissão das Luzes
Horário
PORTUGAL
Canção Nova
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TESTEMUNHO MISSIONÁRIO
M
eu nome é Maria Angélica de Mello Anjos, tenho 32 e estou na Comunidade Canção Nova há 8 anos. Neste ano de 2018, fiz o meu compromisso definitivo na Comunidade Canção Nova, o que representa a minha decisão de abraçar a vocação à qual Deus me chamou e viver “para sempre” como missionária, servindo a Deus através do Carisma da Comunidade Canção Nova. O meu chamamento vocacional deu-se aos 12 anos, quando ainda era criança. O meu pai colocou uma antena parabólica na minha casa. Naquela época, a Canção Nova ainda dividia o satélite com uma televisão que transmitia corridas de cavalos. Então, ora viam-se cavalos a correr, ora via-se um senhor de cabelos brancos, Mons. Jonas Abib, sempre com uma bíblia na mão, a falar a umas pessoas. Descobri então que era uma Nova Comunidade. As pessoas até diziam que eu ia ser freira. Eu nunca me tinha sentido chamada a essa vocação, mas gostava muito de estar na Igreja e servir naquilo que podia. Mas quando eu ouvia falar da vida em Comunidade, da Vida Fraterna, do Trabalho Santificado, da Sadia Convivência, do Viver da Providência, de se abandonar em Deus para viver exclusivamente para Ele, o meu coração ardia. Eu sempre participei da Igreja, graças a Deus, fui poupada a muitas coisas e sempre estive nos caminhos de Deus, mas eu ainda não havia feito a minha experiência de encontro pessoal com Jesus. Fui vivendo a minha vida, sonhando, conquistando objetivos mas sempre com um vazio interior, e tudo aquilo que eu já tinha ou conquistava não 34
Canção Nova
me preenchia. Eu também não me imaginava saindo da minha cidade, pois minha família é muito simples, morávamos numa cidade do interior de São Paulo, e também porque eu não me sentia capaz de viver fora da minha família, daquilo que eu conseguia enxergar, mas Deus na Sua infinita misericórdia já via além e não me permitiu estacionar nos meus medos e limitações. No ano de 2003, fui para um retiro de Carnaval na cidade de Arealva, com a comunidade Alpha e Omega, e naqueles dias tive a minha experiência de encontro pessoal com Jesus e o batismo no Espírito Santo, e a partir desse retiro conheci mais de perto a realidade das novas comunidades e dentro de mim crescia o anseio do meu coração em ser de Deus, em servir a Deus integralmente. Fui tocando então no desígnio de Deus para a minha vida, havia um chamamento de Deus para mim. Sempre fui ativa na minha paróquia, a São Paulo Apóstolo: participava da pastoral da juventude, da Renovação Carismática, onde frequentava o grupo de oração Mensageiros da Divina Misericórdia, mas tudo aquilo que eu fazia, que não era pouco, pois meus fins de semana eram sempre ocupados com as atividades do grupo e da paróquia, eu julgava e sentia ser pouco, havia sempre um vazio interior e o desejo de fazer mais e dar mais para Deus do meu tempo. Iniciei então o caminho de discernimento vocacional com a Comunidade Canção Nova e a cada encontro eu me identificava mais com o modo de viver da Canção Nova, mas também vivia ao mesmo tempo, a concretização da realização de um sonho que era formar-me na faculdade e como já
disse era um sonho da minha família também, principalmente, do meu pai. No tempo de caminho vocacional, fui-me dando a conhecer e a Comunidade Canção Nova foi me conhecendo também. Trabalhando a minha história de vida pessoal, reconciliando-me com ela e descobrindo-me como pertença no Carisma Canção Nova. Ao final do segundo ano, o meu desejo de ser de Deus era tão grande que eu estava disposta a deixar tudo, inclusive a faculdade que não estava terminada, para seguir Jesus e a ingressar na Comunidade. O meu pai manifestou alguma resistência à minha escolha e não concordava com isso. Fui partilhando com a missionária da Canção Nova que me acompanhava, e diante de algumas marcas que trazia na minha história com o meu pai, algumas feridas causadas pelo vício da bebida (o meu relacionamento com ele por esses motivos tinha-se tornado distante), fui aconselhada a
terminar a faculdade, buscar essa reconciliação com o meu pai, a reaproximação dos laços que se tinham perdido entre pai e filha e a continuar o caminho vocacional, pois eu precisava sair da minha casa com a bênção do meu pai e naquela altura eu ainda não a tinha. De início, eu não entendi a decisão da equipa vocacional, mas acolhi e obedeci. Vivi aquele ano que me foi dado a busca de aproximação, do perdão e da cura da minha história com meu pai de forma intensa, fui percebendo que a faculdade era um mero pretexto de Deus para que eu vivesse tudo isso. Quando chegou o final de 2009, eu já terminava os estudos, e já não havia mais nenhum impedimento para que eu desse meu sim a Deus, entregando minha vida a Deus na Canção Nova e assim aconteceu: em janeiro de 2010 entrei na Comunidade. Era uma alegria, pois havia encontrado a vontade de Deus para minha vida e o lugar que Deus tinha escolhido para me plantar e me ver florescer. Mas como o seguimento de Jesus nunca vem sem ser acompanhado do “tomar a sua cruz e seguir”, nem tudo eram flores e dois meses depois de estar na Comunidade, muito feliz, um dia liguei para casa e percebo o meu pai muito distante e muito calado. Quando lhe pergunto se está tudo bem, ele não consegue esconder e diz-me: “não está, não, o pai está doente e não sabe o que tem!” Naquele telefonema, eu fiquei sem chão, tinha apenas 2 meses que eu tinha saído da
minha casa e meu pai estava bem, como podia ser? E assim na semana daquela ligação, ele foi fazer uma endoscopia e o médico ficou assustado pois foi muito difícil de realizar. Eu fui para casa e ao chegar deparei-me com meu pai 10kg mais magro, fraco, debilitado numa cadeira de rodas e naqueles dias em que estive lá saiu o diagnóstico: um cancro invasivo do esófago já em estado terminal. Busquei forças em Deus e fui sustentada na oração pela minha Comunidade, tentando ser a presença de Deus e levar a esperança para a minha mãe e os meus irmãos de que tudo ia ficar bem. Mas quando estivemos com o médico, que era conhecido da minha fa-
mília, ele disse-nos: “não há o que fazer, o câncer está muito avançado, ele está muito debilitado, não resistirá a uma cirurgia, é apenas uma questão de dias”, e assim foi, o meu pai ficou no hospital, já não se alimentava mais, muito debilitado, viveu naqueles dias vários processos de reconciliação com pessoas que era preciso e, na sexta feira da paixão, dia 02/04/10, às 14h45, ele entrou na vida eterna. Foi muito difícil para mim: tinha apenas 2 meses que eu tinha deixado a minha casa, a minha mãe e os meus irmãos.
O meu pai era um porto seguro para nós, mas dentro de mim, sentia muito em paz, pois tive a graça de viver essa reconciliação que me trouxe tranquilidade com a sua morte e a certeza que meu pai foi curado sim, não do corpo mas na sua alma e hoje tenho a certeza que está no céu e é nosso intercessor. Neste ano completam-se quatro anos que estou a viver cá em Portugal, estou noiva, preparando-me para assumir também o estado de vida à qual Deus me chama dentro do Carisma Canção Nova e posso contemplar a misericórdia de Deus na minha história, que mesmo olhando para a minha pequenez, me enviou e me deu coragem e a Sua força para atravessar um oceano, conhecer e amar profundamente uma nova cultura para levar a Sua Palavra, cumprindo a palavra da minha vocação: «Antes de te haver formado no ventre materno, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio de tua mãe, Eu te consagrei e te constituí profeta das nações.» E eu respondi: «Ah! Senhor DEUS, eu não sei falar, pois ainda sou um jovem.» Mas o SENHOR replicou-me: «Não digas: ‘Sou um jovem’. Pois irás aonde Eu te enviar e dirás tudo o que Eu te mandar. Não terás medo diante deles, pois Eu estou contigo para te livrar» – oráculo do SENHOR Jer 1
Sou grata a Deus por esta escolha de amor e de misericórdia. E agradeço todos os dias por me permitir viver essa experiência de Evangelizar e ser Evangelizada através da Canção Nova e com todas essas maravilhas só posso dizer “Ser Canção Nova é bom demais!” MARIA ANGÉLICA
Canção Nova
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LITURGIA M A RÇ O 1 Missa da féria, pf. da Quaresma. Cor Roxa L 1 Jer 17, 5-10; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6 Ev Lc 16, 19-31 2 L 1 Gen 37, 3-4. 12-13a. 17b-28; Sal 104 (105), 16-17. 18-19. 2021 Ev Mt 21, 33-43. 45-46 3 L 1 Miq 7, 14-15. 18-20; Sal 102 (103), 1-2. 3-4. 9-10. 11-12 Ev Lc 15, 1-3. 11-32 4 L 1 Ex 20, 1-17 ou Ex 20, 1-3. 7-8. 12-17; Sal 18 (19), 8. 9. 10. 11 L 2 1 Cor 1, 22-25 Ev Jo 2, 13-25 5 L 1 2 Reis 5, 1-15a; Sal 41 (42), 2-3; 42, 3. 4 Ev Lc 4, 24-30 6 L 1 Dan 3, 25. 34-43; Sal 24 (25), 4bc-5ab. 6-7bc. 8-9 Ev Mt 18, 21-35 7 L 1 Deut 4, 1. 5-9; Sal 147, 12-13. 15-16. 19-20 Ev Mt 5, 17-19 8 L 1 Jer 7, 23-28; Sal 94 (95), 1-2. 6-7. 8-9 Ev Lc 11, 14-23 9 L 1 Os 14, 2-10; Sal 80 (81), 6c-8a. 8bc-9. 10-11ab. 14 e 17 Ev Mc 12, 28b-34 10 L 1 Os 6, 1-6; Sal 50 (51), 3-4. 18-19. 20-21 Ev Lc 18, 9-14 11 L 1 2 Cr 36, 14-16. 19-23; Sal 136 (137), 1-2. 3. 4-5. 6 L 2 Ef 2, 4-10 Ev Jo 3, 14-21 12 L 1 Is 65, 17-21; Sal 29 (30), 2 e 4. 5-6. 11-12a e 13b Ev Jo 4, 43-54 13 L 1 Ez 47, 1-9. 12; Sal 45 (46), 2-3. 5-6. 8-9 Ev Jo 5, 1-3a. 5-16 14 L 1 Is 49, 8-15; Sal 144 (145), 8-9. 13cd-14. 17-18 Ev Jo 5, 17-30 15 L 1 Ex 32, 7-14; Sal 105 (106), 1920. 21-22. 23 Ev Jo 5, 31-47 16 L 1 Sab 2, 1a. 12-22; Sal 33 (34), 17-18. 19-20. 21 e 23 Ev Jo 7, 1-2. 10. 25-30 17 L 1 Jer 11, 18-20; Sal 7, 2-3. 9bc10. 11-12 Ev Jo 7, 40-53 18 L 1 Jer 31, 31-34; Sal 50 (51), 3-4. 12-13. 14-15 L 2 Hebr 5, 7-9 Ev Jo 12, 20-33 19 S. JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA SOLENIDADE L 1 2 Sam 7, 4-5a. 12-14a. 16; Sal 88 (89), 2-3. 4-5. 27 e 29. L 2 Rom 4, 13. 16-18. 22. Ev Mt 1, 16. 18-21. 24a ou Lc 2, 41-51a.
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Canção Nova
ABRIL 20 L 1 Num 21, 4-9; Sal 101 (102), 2-3. 16-18. 19-21 Ev Jo 8, 21-30 21 L 1 Dan 3, 14-20. 91-92. 95; Sal Dan 3, 52. 53. 54. 55. 56 Ev Jo 8, 31-42 22 L 1 Gen 17, 3-9; Sal 104 (105), 4-5. 6-7. 8-9 Ev Jo 8, 51-59 23 L 1 Jer 20, 10-13; Sal 17 (18), 2-3a. 3bc-4. 5-6. 7 Ev Jo 10, 31-42 24 L 1 Ez 37, 21-28; Sal Jer 31, 10. 11-12ab. 13 Ev Jo 11, 45-56
01 DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR Solenidade L 1 Gen 1, 1 – 2, 2 ou Gen 1, 1. 26-31a L 2 Gen 22, 1-18 ou Gen 22, 1-2. 9a. 10-13. 15-18 L 3 Ex 14, 15 – 15, 1 L 4 Is 54, 5-14 L 5 Is 55, 1-11 L 6 Bar 3, 9-15. 32 – 4, 4 L 7 Ez 36, 16-17a. 18-28 L 8 Rom 6, 3-11 Ev Mc 16, 1-8
13 S. Martinho I, papa e mártir – MF L 1 Act 5, 34-42; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14 Ev Jo 6, 1-15
02 SEGUNDA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA L 1 Act 2, 14. 22-33; Sal 15 (16), 5 e.8. 9-10. 11 Ev Mt 28, 8-15
17 L 1 Act 7, 51 – 8, 1a; Sal 30 (31), 3cd-4. 6ab e 7b e 8a. 17 e 21ab Ev Jo 6, 30-35
25 DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR L 1 Is 50, 4-7; Sal 21 (22), 8-9. 17-18a. 19-20. 23-24 L 2 Filip 2, 6-11 Ev Mc 14, 1 – 15, 47 ou Mc 15, 1-39
03 TERÇA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA L 1 Act 2, 36-41; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22 Ev Jo 20, 11-18
26 SEGUNDA-FEIRA da Semana Santa L 1 Is 42, 1-7; Sal 26 (27), 1. 2. 3. 13-14 Ev Jo 12, 1-11
04 QUARTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA L 1 Act 3, 1-10; Sal 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7. 8-9 Ev Lc 24, 13-35
27 TERÇA-FEIRA da Semana Santa L 1 Is 49, 1-6; Sal 70 (71), 1-2. 3-4a. 5-6ab. 15 e 17 Ev Jo 13, 21-33. 36-38
05 QUINTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA L 1 Act 3, 11-26; Sal 8, 2ab e 5. 6-7. 8-9 Ev Lc 24, 35-48
28 QUARTA-FEIRA da Semana Santa L 1 Is 50, 4-9a; Sal 68 (69), 8-10. 21bcd-22. 31. 33-34 Ev Mt 26, 14-25 29 QUINTA-FEIRA da Semana Santa - de manhã L 1 Is 61, 1-3a. 6a. 8b-9; Sal 88 (89), 21-22. 25 e 27 L 2 Ap 1, 5-8 Ev Lc 4, 16-21 30 SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO DO SENHOR CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR L 1 Is 52, 13 – 53, 12; Sal 30 (31), 2 e 6. 12-13. 15-16. 17 e 25 L 2 Hebr 4, 14-16 – 5, 7-9 Ev Jo 18, 1 – 19, 42 31 SÁBADO SANTO
06 SEXTA-FEIRA DA OITAVA DA PÁSCOA L 1 Act 4, 1-12; Sal 117 (118), 1-2 e 4. 22-24. 25-27a Ev Jo 21, 1-14 07 SÁBADO DA OITAVA DA PÁSCOA L 1 Act 4, 13-21; Sal 117 (118), 1 e 14-15. 16ab-18. 19-21 Ev Mc 16, 9-15 08 DOMINGO II DA PÁSCOA ou da Divina Misericórdia L 1 Act 4, 32-35; Sal 117 (118), 2-4. 16ab-18. 22-24 L 2 1 Jo 5, 1-6 Ev Jo 20, 19-31 09 ANUNCIAÇÃO DO SENHOR – SOLENIDADE (transferida) L 1 Is 7, 10-14; 8, 10; Sal 39 (40), 7-8a. 8b-9. 10. 11 L 2 Hebr 10, 4-10 Ev Lc 1, 26-38 10 L 1 Act 4, 32-37; Sal 92 (93), 1ab. 1c-2. 5 Ev Jo 3, 7b-15 11 S. Estanislau, bispo e mártir – MO L 1 Act 5, 17-26; Sal 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 Ev Jo 3, 16-21 12 L 1 Act 5, 27-33; Sal 33 (34), 2 e 9. 17-18. 19-20 Ev Jo 3, 31-36
14 L 1 Act 6, 1-7; Sal 32 (33), 1-2. 4-5. 18-19 Ev Jo 6, 16-21 15 L 1 Act 3, 13-15. 17-19; Sal 4, 2. 4. 7. 9 L 2 1 Jo 2, 1-5a Ev Lc 24, 35-48 16 L 1 Act 6, 8-15; Sal 118 (119), 23-24. 26-27. 29-30 Ev Jo 6, 22-29
18 L 1 Act 8, 1b-8; Sal 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a Ev Jo 6, 35-40 19 L 1 Act 8, 26-40; Sal 65 (66), 8-9. 16-17. 20 Ev Jo 6, 44-51 20 L 1 Act 9, 1-20; Sal 116 (117), 1. 2 Ev Jo 6, 52-59 21 S. Anselmo, bispo e doutor da Igreja – MF L 1 Act 9, 31-42; Sal 115 (116), 12-13. 14-15. 16-17 Ev Jo 6, 60-69 22 DOMINGO IV DA PÁSCOA L 1 Act 4, 8-12; Sal 117 (118), 1 e 8-9. 21-23. 26 e 28cd e 29 L 2 1 Jo 3, 1-2 Ev Jo 10, 11-18 23 S. Jorge, mártir – MF S. Adalberto, bispo e mártir – MF L 1 Act 11, 1-18; Sal 41 (42), 2-3: 42, 3. 4 Ev Jo 10, 1-10 24 S. Fiel de Sigmaringa, presbítero e mártir – MF L 1 Act 11, 19-26; Sal 86 (87), 1-3. 4-5. 6-7 Ev Jo 10, 22-30 25 S. Marcos, Evangelista – FESTA L 1 1 Pedro 5, 5b-14; Sal 88 (89), 2-3. 6-7. 16-17 Ev Mc 16, 15-20 26 L 1 Act 13, 13-25; Sal 88 (89), 2-3. 21-22. 25 e 27 Ev Jo 13, 16-20 27 L 1 Act 13, 26-33; Sal 2, 6-7. 8-9. 10-11 Ev Jo 14, 1-6 28 S. Pedro Chanel, presbítero e mártir – MF S. Luís Maria Grignion de Montfort, presbítero – MF L 1 Act 13, 44-52; Sal 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4 Ev Jo 14, 7-14 29 DOMINGO V DA PÁSCOA L 1 Act 9, 26-31; Sal 21 (22), 26b-27. 28. 30. 31-32 L 2 1 Jo 3, 18-24 Ev Jo 15, 1-8 30 S. Pio V, papa – MF L 1 Act 14, 5-18; Sal 113 B (114), 1-2. 3-4. 15-16 Ev Jo 14, 21-26
Canção Nova
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Acto de Consagração a Jesus Misericordioso Ó Misericordiosíssimo Jesus, infinita é a Tua Bondade e inesgotáveis os tesouros da Tua graça. Eu confio inteiramente na Tua Misericórdia, que está acima de todas as Tuas obras. Consagro-me a viver inteiramente no brilho esplendoroso de graça e amor que brotaram do Teu Sagrado Coração na Cruz. Desejo imitar a Tua Misericórdia, praticando as obras de misericórdia espirituais e corporais, particularmente pela conversão dos pecadores, e dando auxílio, coragem e consolação a todos os que são pobres, infelizes ou doentes. Eu entrego-me e abandono-me totalmente à Tua Misericórdia, para que cuides de mim como Tua pertença e Tua Glória. Tudo receio da minha fraqueza, mas tudo espero da Tua Misericórdia. Faz que toda a humanidade conheça o abismo insondável da Tua Misericórdia e que ponha toda a sua confiança em Ti e Te adore para sempre. Amén
Jesus, eu confio em Ti! 38
Canção Nova
Tarde de oração
Noite de oração
Presença: Pe. Christian Shankar Local: Igreja Nossa Senhora de Monserrat, Praça de Santa Maria, Nº4 – Ribamar
Presença: Pe. Christian Shankar Local: Paróquia de Torrão - Duas Igrejas Rua Engenheiro Duarte Pacheco, 529 ntre-os-Rios
Dia: 03 de março Horário: 14h30 às 19h00
Dia: 08 de março Horário: 20h30 às 22h00
Encontro de oração Presença: Pe. Christian Shankar Local: Igreja do Sagrado Coração de Jesus, Rua Camilo Castelo Branco, 4 – Lisboa
Dia: 04 de março Horário: 09h30hs às 18h00
Noite de oração Presença: Pe. Christian Shankar Local: Igreja Nosso Senhor dos Navegantes Rua António F. Vila Cova, 400 - Caxinas
Dia: 06 de março Horário: 20h30 às 22h00
Noite de oração Presença: Pe. Christian Shankar Local: Santuário de Nossa Senhora dos Remédios (Casa da Irmandade) Monte de Santo Estevão, 5100-081 – Lamego
Dia: 09 de março Horário: 20h30 às 22h00
Tarde de oração Presença: Pe. Christian Shankar Local: Capela do Cerco do Porto Rua do Pinheiro Grande, 4300 São Roque da Lameira – Campanhã - Porto
Dia: 10 de março
Noite de oração
Horário: 14h30 às 17h00
Presença: Pe. Christian Shankar Local: Igreja Românica de Arões/ /São Romão/Fafe Rua do Assento, 631
Encontro de oração
Dia: 07 de março
Presença: Pe. Christian Shankar Local: Paróquia de São Lázaro Rua Sá de Miranda,4700-352 - Braga
Horário: 20h30 às 22h00
Dia: 11 de março Horário: 09h30 às 18h00
eventos@cancaonova.pt | 249 530 600 opção 05 Canção Nova
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Festa da Misericórdia Tema: A insondável misericórdia Presença: Pe. Toninho Local: Centro Pastoral Paulo VI Av. Dom José Alves Correia da Silva – Fátima Dia: 08 de Abril Horário: 9h00 às 18h00 eventos@cancaonova.pt