Revista Canção Nova

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CANÇÃO NOVA PORTUGAL

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Ano X - N.º 111 - julho/ agosto 2012 - Revista Bimestral ISSN 1646-9461 Preço 2,50 € [Portugal ] - 3,50 € [Europa] 4,50 € - [Resto do mundo]

PE.MARCOS A solidariedade faz-nos irmãos

PE. DÁRIO

Sacrário: Polo de atração

CINQUENTENÁRIO DA OBRA CATÓLICA PORTUGUESA DE MIGRAÇÕES

“Celebrar a Memória para Projetar o Futuro”


UM LIVRO ÚNICO PARA ESTAS FÉRIAS.... Este livro mostra o caminho para rezar o rosário com o seu coração, comasuaalma, com a sua vida.

Uma boa leitura tem sempre o dom de aquecer a alma e curar o coração. Assim é mais divertido aprender.

Tel: 249534932

www.livraria.cancaonova.pt


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Ficha Técnica

PASTORAL JUVENIL-24

O sentido de ser cristão

Proprietário/Editor: Comunidade Canção Nova NPC: 505 556 391 / Estrada da Batalha, 68 AP 199 2496-908 FÁTIMA Fundador da Comunidade: Monsenhor Jonas Abib Director: Paulo Azadinho Coordenação: Pe. Marcos Roberto e Sandra Pinto Redacção: Telma Freire Projecto Gráfico: Débora Líra e Telma Freire E-mail: revista@cancaonova.pt

SALESIANOS- 26 Descansai um pouco ...

Colaboram nesta edição : Sandra Pinto, Mons. Jonas Abib, Pe. Marcos Roberto, Paulo Azadinho, Cón. Senra Coelho, Fr. Francisco Sales, Pe. António Xavier, Pe. José Borga, Pe. Jovanete Vieira,MIC Pe. Eduardo Novo,MIC, Pe. João de Brito e Pe. Dário Pedroso,SJ

CANÇÃO NOVA NO MUNDO - 30 Missão Canção Nova na Terra Santa

Impressão: Multiponto, SA Rua da Fábrica, 260 - 4585-013 Balpar Depósito Legal N.º 237725/06 Tiragem: 10.000 exemplares Assinatura Anual: Portugal: €20-Europa:€36-Resto do mundo: €48

EDITORIAL - 04

CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO - 18

Faça as suas férias com Deus

PALAVRA DO FUNDADOR - 05

CANÇÃO NOVA NO MUNDO - 19

A obediência traz benção

Missão Canção Nova na Terra Santa

PALAVRA DO COORDENADOR - 06

OPINIÃO - 20

A solidariedade faz-nos irmãos

Ele vem aí, e a grande velocidade!

PALAVRA DO ADMINISTRADOR - 08

MISERICÓRDIA - 22

Obrigado Família Canção Nova

Respirar Misericórdia

PROGRAMAÇÃO - 10

PASTORAL JUVENIL - 24

Rádio

O sentido de ser cristão

LITURGIA - 11

SALESIANOS - 26

Agosto/Setembro

Descansai um pouco...

HISTÓRIA DA IGREJA - 12

ESPIRITUALIDADE - 28

Santa Brígida da Suécia , Co-Patrona da Europa

Sacrário:Polo de atração

TEMA PRINCIPAL - 14

EVENTOS - 30

Cinquentenário da Obra Católica Portuguesa de Migrações “Celebrar a Memória para Projectar o Futuro”

GOTAS DO CARISMA - 17 Pelas mãos de Maria o impossível aconteceu

agosto/setembro

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SUMÁRIO


Faça as suas férias com Deus

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Sandra Pinto Comunidade Canção Nova www.benfeitor.cancaonova.pt

O sol chegou e com ele as tão merecidas férias! Este é um tempo em que a maioria das pessoas aproveitam para descansar, passear, realizar outras atividades. Muitos buscam dar mais tempo à família, aos amigos, às pessoas que mais lhes são próximas; outros regressam às suas casas, ao seu país de origem para repousar.Depois de um ano inteiro de trabalho ou estudo intensos, nada como um bom tempo de descanso, que é totalmente merecido.Neste tempo de férias, Deus chama-nos a dar continuidade à nossa caminhada. Poderemos tirar férias do nosso trabalho ou estudo, mas Deus tem que estar sempre connosco, Dele não se tiram pausas. Como temos mais tempo livre somos até convidados, a recarregar as nossas forças, aprofundando-nos e aproximando-nos mais Daquele que tudo faz nas nossas vidas. Não demos férias à nossa vida de oração, mas apliquemo-nos. Alimentemos a nossa alma com os meios que Deus nos dá para alcançarmos a santidade. Busquemos diariamente com muita fidelidade rezar o terço, fazer adoração, fazer o estudo da palavra, ir à missa e buscar o sacramento da reconciliação sempre que necessário. Tudo isto para que possamos a cada dia mais, ter o semblante de Cristo.Como diz Santo Agostinho “Na procura de Deus é Ele quem se adianta e vem ao nosso encontro.” procuremos a Deus, busquemos a sua Santa presença, sejamos homens e mulheres de fé que buscam estar enraizados em Cristo em todos os momentos da nossa vida! Costuma-se dizer“faça uma pausa com kit kat” eu digo-lhe faça uma pausa comJesusCristoqueéarazãodonossoviver!


A obediência traz bênção

Toda autoridade vem de Deus, e para que exista submissão é preciso haver autoridade. A verdadeira submissão é o sair de si mesmo para fazer aquilo que Deus quer. Ele usa as pessoas para manifestar o Seu querer.Com a entrada do pecado no mundo, uma das feridas que combatemos, hoje, é a rebelião. O inimigo não quis submeterse à autoridade de Deus, mas sim a si mesmo. Não se submeter é colocar-se sob a tutela de satanás, o insubmisso, o rebelde. Como consequência desta rebelião, a natureza humana também não gosta de ficar sujeita a o u t r o s , pois, sempre que pode, quer fazer a própria vontade. É por isto que nos dias de hoje vemos tanta confusão e divisão. A rebelião envenenou os seres humanos provocando a insubmissão entre eles.Deus tem-nos mostrado claramente, que para haver união entre todos, é necessário colocar autoridade e submissão nos seus devidos lugares. "A obediência traz bênção; por outro lado, a insubmissão traz maldição"!Jesus foi o obediente por excelência, por isso lhe foi conferida toda a autoridade. A sua autoridade ficou caracterizada pela obediência.O caminho da submissão é o caminho da cruz, o mesmo que Jesus trilhou! Por isso, o caminho da obediência traz salvação a todos nós!

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Mons.Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova


A solidariedade faz-nos mais irmãos

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“...diante de um mundo marcado pelo egoísmo e pela cultura da morte, como nunca vimos antes, é urgente uma cultura da vida e da solidariedade que ultrapasse as barreiras da religião, da raça, e de todo o preconceito instalado.”

Pe. Marcos Roberto Coordenador da Canção Nova-Portugal


parte na construção de um mundo mais digno e humano. Entretanto, diante de um mundo marcado pelo egoísmo e pela cultura da morte, como nunca vimos antes, é urgente uma cultura da vida e da solidariedade que ultrapasse as barreiras da religião, da raça, e de todo o preconceito instalado.Somos as mãos, os pés, os braços, as pernas de Jesus para irmos ao encontro de todo homem caído à beira do caminho como o Bom Samaritano.Neste mês também celebramos o Padre São João MariaVianney, conhecido como Cura D’Ars, patrono dos padres.Padre João nasceu na França em 1786 e teve muitas dificuldades no seminário devido à sua dificuldade intelectual. Foi enviado já como padre à cidade de Ars onde o povo estava praticamente perdido e longe da Igreja numa vivência depravada.Com muita fé e coragem, começou o seu ministério dedicando-se inteiramente à salvação das almas, principalmente na catequese e no confessionário. Com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar, o santo não só atende ao povo local, como também ao de fora, no Sacramento da Reconciliação. Desta forma, consumiu-se durante 40 anos por causa dos demais (chegando a permanecer 18 horas dentro de um Confessionário, alimentando-se de batata e pão).Com isto, aquelas pessoas foram transformadas por Deus e a sua fama de santidade espalhou-se. Ele demonstra-nos um grande exemplo de solidariedade de alguém que se entregou por amor à vocação e a um povo que Deus lhe confiou.Existem muitas pessoas que Deus lhe confia hoje para que as ajude, seja solidário. Não tenha medo! Seja Jesus para essas pessoas como foi o Padre São João Maria Vianney.Deus vos abençoe.

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No mês de Agosto, dia 30 é o dia internacional da solidariedade e como o tema é muito interessante penso que meditar um pouco fará com que possamos agradecer a Deus porque nos move a sermos solidários para com os que necessitam.É bonito perceber aqui na Europa que existem muitas pessoas que dão a vida trabalhando e colocando à disposição os talentos e capacidades que possuem para auxiliar os mais necessitados. Os voluntários são um exemplo de pessoas que se preocupam com os outros e não são capazes de ficar parados a ver o sofrimento dos que padecem.Desta forma, as mãos juntam-se para formar uma grande corrente de solidariedade e assim prestar atenção e socorro nas mais variadas ocasiões da vida. O Banco alimentar, aqui em Portugal, tem suprido a fome de muitas pessoas que nestes tempos de crise têm passado pela carência do essencial para sobreviver. Há dias atrás, ao entrar num super-mercado, pude ver jovens a dar sacos às pessoas que íam entrando, para que pudessem contribuir com alimentos para os pobres.Fiquei a pensar naquela atitude e logo procurei fazer a minha parte juntando alguns alimentos e depois deixando com eles.A Igreja, desde os séculos remotos, solidariza-se concretamente com quem passa necessidade, partilhando recursos, promovendo estilos de vida mais essenciais.Ela sempre motiva, principalmente através do Papa, os fiéssis a continuarem solidários com quem se encontra em dificuldade na vida, superando a lógica materialista que muitas vezes marca o nosso tempo e acaba por debilitar o sentido da solidariedade e caridade.As palavras de exortação da Igreja motivam-nos a irmos ao encontro dos nossos irmãos e a fazermos a nossa


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Obrigado Família Canção Nova Paulo Azadinho Administrador da Canção Nova-Portugal

“ ...... Se existimos como comunidade em Portugal é graças a si e à bondade e fidelidade de Deus. “

A Revista Canção Nova Portugal chega uma vez mais a sua casa. Colhemos já alguns frutos deste meio de comunicação e vamos, por isso, cumprindo a missão de utilizar todos os meios de comunicação para provocar em cada pessoa um encontro único e pessoal com Jesus Cristo, por meio da experiência com o Espírito Santo. Os meses de Agosto e Setembro, marcados pela sua luminosidade própria, favorecem o descanso e a quebra das rotinas diárias tão benéficas ao nosso bem-estar. No entanto, estes momentos tornam-se também oportunidades únicas para voltarmos o nosso coração para o Alto, procurando melhorar a qualidade do nosso tempo oferecido a Deus! O agir da Comunidade Canção Nova visa promover estes tempos com Deus quer seja por meio de encontros de evangelização e oração, quer seja pelo Evangelho comunicado pela televisão, rádio


passado com a nossa rádio e televisão. Sou grato pelo vosso incentivo e constante apoio, constato o quanto nós comunidade precisamos do apoio e do conforto da grande família que connosco evangeliza fazendo o que pode por esta Obra que é iniciativa de Deus! Dia 22 de Agosto celebramos 14 anos de Canção Nova em Portugal, uma graça, um privilégio que é fruto da sua fidelidade e oração. Se hoje sou consagrado de vida na Comunidade Canção Nova, devo-o ao seu apoio e generosidade. São muitos os testemunhos de irmãos que são sustentados espiritualmente pela televisão, pela rádio e até mesmo pela internet. Se existimos como comunidade em Portugal é graças a si e à bondade e fidelidade de Deus. Olhando a nossa história aqui em Portugal trago ao coração as palavras do nosso fundador, Monsenhor Jonas Abib, a Canção Nova é uma Obra admirável, um milagre aos nossos Olhos! Pág - 9

e internet. Não podemos perder tempo; o facilitismo e o imediatismo ameaçam a permanência de alguns valores fundamentais à nossa sociedade. «Vós sois o sal da terra… vós sois a Luz do mundo!», apelos do Senhor a cada um de nós, um convite a procurarmos tempo para fortalecermos a nossa essência, o que temos de melhor e que é dom para o mundo. Tenho tido oportunidade de sair em missão e encontrar-me com muitos irmãos da família Canção Nova, sempre que tenho oportunidade procuro comunicar que a nossa vida é o dom mais precioso que o Senhor nos deu e que nós mesmos somos preciosos ao Senhor! Por isso, a necessidade de cuidarmos, zelarmos pelo dom que nos foi dado, para que possamos todos os dias dormir com o sentimento de que promovemos o bem junto àqueles que nos rodeiam. Deus quis que a Canção Nova se utilizasse dos meios de comunicação para comunicar a Vida Verdadeira. Deus pede-nos todos os dias a fidelidade aos princípios e não nos esconde os sofrimentos próprios desta missão de comunicar. Você tem acompanhado as lutas por que temos


Os meios de comunicação a serviço da EVANGELIZAÇÃO www.radio.cancaonova.pt

TV, Rádio e Internet

Programação da Rádio CN FM 103.7 Fátima – 2012

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Segunda a Sexta: 06:00 – Angelus – Pe. Dário Pedroso 06:03 - Ofício da Imaculada 06:30 – Terço Mariano 07:00 – Sorrindo pra vida – Dijanira Silva 08:00 - De bem com a vida - José Simões 11:00 – Santa Missa – Transmetida do Santuário de Fátima 12:00 – Noticiário CN e Rádio Renascença 12:45 – Estou no meio de Vós – Monsenhor Jonas 13:00 – Ponto de referência – Pe. Américo 13:15 – De Mãos Unidas - Dijanira Silva 15:00 – Hora da Misericórdia – Edésio Luís 16:00 – Tarde Especial – José Mário Obs.: Segunda-feira - 16:00 – Canção Nova e Você – Joaquim Dias 17:00 – O Amor vencerá – (Transmetido do Brasil) 18:00 – No Coração da Igreja – Professor Felipe Aquino 18:30 – Terço da Capelinha – Transmissão em Direto 19:00 - Manchetes da Tarde – Resumo das notícias do Dia – José Simões 20:00 – Mensagens e Canções – Márcia Costa 22:00 – *Alternados: Segunda- Oração e Vida – Pe. Jorge / 22:30 Coração Aberto – Fátima Oliveira Terça- Encontro com a Misericórdia – Denylson Morgado Quarta- Direção Espiritual – Pe. Fábio de Melo Quinta- Cultivar a Fé - Pe. Dário Pedroso Sexta- Gente de Fé – Pe. Fernando Santa Maria Sábado- Vidas em Movimento – Márcia Costa 23:00 – Boa Semente – Mons. Jonas - Ensinamento 00:00 – Música e Companhia – José Mário 02:00 – Ponto de Referência – Pe. Américo 02:20 – Sorrindo pra Vida – Dijanira Silva 04:00 – Especial Musical – Livre 05:00 – Boa Semente - Monsenhor Jonas – Ensinamento Sábado 00:00 – Música e Com. –José Mário 02:00 – Ponto de Referência – Pe. Américo 02:20 – Sorrindo pra Vida – Dijanira Silva 04:00 – Especial Musical – Livre 05:00 – Boa Semente - Mons. Jonas - Ensinamento 06:00 – Angelus – Padre Dário Pedroso 06:03 - Ofício da Imaculada 06:30 – Terço Mariano 07:00 – Sorrindo pra vida – Dijanira Silva 08:00 - Lusofonia – Fundação evangelização e Cultura +

Rádio Renascença 09:00 – Magazine - José Simões 11:00 – Missa – Transmitida da ISST (Igreja da Santíssima Trindade) 12:00 - Interativo Canção Nova – Márcia Costa 14:00 – Cultivar a Fé - Pe. Dário Pedroso 15:00 – Hora da Misericórdia - Edésio Luís 16:00 – Tarde Especial de Sábado – Zé Mário 18:00 - Caminho de Emaús – Apresentação / Paulus Editora 18:30 – Terço Mariano – Pe. Dário e convidados 19:00 – Especial Musical CN – Dijanira 20:00 - Musical livre 21:00 – Pra ver a vida acontecer – Ricardo Sá 22:00 – Vidas em Movimento – Márcia Costa 23:00 – Boa Semente – Ensinamentos com diversos pregadores Domingo 06:00 – Caminhos de Emaús – Paulus Editora 06:30 – Terço Mariano 07:00 – Falando de Deus -Mons. Jonas 08:00 – Cultivar a Fé – Pe. Dário Pedroso 09:00 – Especial CN – Dijanira Silva 10:00 – Dia do Senhor – D. Manuel Clemente 11:00 – Santa Missa – Transmissão do Recinto do Santuário N. S. de Fátima 12:30 – Estou no meio de vós – Monsenhor Jonas Abib 13:00 - Em Família - Joaquim e Sandra Dias 15:00 – Terço da Misericórdia – Fátima Oliveira e convidados 16:00 - Vidas em movimento / Márcia Costa 17:00 – Encontro com a Divina Misericórdia – Denylson Morgado 18:00 - Ofício da Imaculada 18:30 – Terço Mariano 19:00 – Lusofonia – Fundação evangelização e Cultura + Rádio Renacença 20:00 - Musical - Livre 21:00 - Pra ver a vida acontecer – Ricardo Sá 22:00 – Direção Espiritual – Pe. Fábio de Melo 23:00 – Boa Semente – Ensinamentos com diversos pregadores. Rádio CN FM 103.7 “Mais vida no seu coração” Para mais informações ligue:249 630 603


AGOSTO

SETEMBRO

15 01 S. Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor Assunção da Virgem Santa Maria 1.ª Leitura: Ap 11, 19a; 12, 1-6a. 10ab da Igreja Salmo: 44, 10. 11. 12. 16 1.ª Leitura: Jer 15, 10. 16-21 2.ª Leitura: 1 Cor 15, 20-27 Salmo: 58, 2-3. 4-5a. 10-11. 17 Evangelho: Lc 1, 39-56 Evangelho: Mt 13, 44-46 16 02 S. Estêvão da Hungria S. Eusébio de Vercelas, bispo 1.ª Leitura: Ez 12, 1-12 S. Pedro Juliano Eymard, presbítero Salmo: 77, 56-57. 58-59. 61-62 1.ª Leitura: Jer 18, 1-6; Evangelho: Mt 18, 21 – 19, 1 Salmo: Sal 145, 2abc. 2d-4. 5-6 17 Evangelho: Mt 13, 47-53 1ª Leitura: Ez 16, 1-15. 60. 63 ou Ez 16, 59-63 03 Salmo: Is 12, 2-3. 4bcd. 5-6 1.ª Leitura: Jer 26, 1-9 Evangelho: Mt 19, 3-12 Salmo: 68, 5. 8-10. 14 18 Evangelho: Mt 13, 54-58 1.ª Leitura: Ez 18, 1-10. 13b. 30-32 04 Salmo: 50, 12-13. 14-15. 18-19 S. João Maria Vianney, presbítero Evangelho: Mt 19, 13-15 1.ª Leitura: Jer 26, 11-16. 24 19 Salmo: 68, 15-16. 30-31. 33-34 1.ª Leitura: Prov 9, 1-6 Evangelho: Mt 14, 1-12 Salmo: 33, 2-3. 10-11. 12-13. 14-15 05 2ª Leitura:Ef 5, 15-20 1.ª Leitura: Ex 16, 2-4. 12-15 Evangelho: Jo 6, 51-58 Salmo: 77, 3 e 4bc. 23-24, 25 e 54 20 2.ª Leitura: Ef 4, 17. 20-24 S. Bernardo, abade e doutor da Igreja Evangelho: Jo 6, 24-35 1ª Leitura: Ez 24, 15-24; 06 Salmo: Deut 32, 18-19. 20. 21 Transfiguração do Senhor 1.ª Leitura: Dan 7, 9-10. 13-14 ou 2 Pedro Evangelho: Mt 19, 16-22 21 1, 16-19 S. Pio X, papa Salmo: 96, 1-2. 5-6. 9 e 12 1.ª Leitura: Ez 28, 1-10 Evangelho: Mc 9, 2-10 Salmo: Deut 32, 26-27ab. 27cd-28. 30. 35cd-36ab 07 Evangelho: Mt 19, 23-30 SS. Sisto II, papa, e Companheiros, 22 mártires Virgem Santa Maria, Rainha S. Caetano, presbítero 1.ª Leitura: Ez 34, 1-11 ou Is 9, 1-6 1.ª Leitura: Jer 30, 1-2. 12-15. 18-22 Salmo: 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6 ou 112, 1-2. 3-4. Salmo: 101, 16-18. 19-21. 29 e 22-23 Evangelho: Mt 14, 22-36 ou 15, 1-2. 10-14 5-6. 7-8 Evangelho: Mt 20, 1-16a ou Lc 1, 26-38 08 23 S. Domingos, presbítero S. Rosa de Lima, virgem 1.ª Leitura: Jer 31, 1-7 1.ª Leitura: Ez 36, 23-28 Salmo: Jer 31, 10. 11-12ab. 13 Salmo: 50, 12-13. 14-15. 18-19 Evangelho: Mt 15, 21-28 Evangelho: Mt 22, 1-14 09 24 S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e S. Bartolomeu, Apóstolo mártir 1.ª Leitura: Ap 21, 9b-14 1.ª Leitura: Os 2, 16b. 21-22 Salmo: 144, 10-11. 12-13. 17-18 Salmo: Sal 44, 11-12. 14-15. 16-17 Evangelho: Jo 1, 45-51 Evangelho: Mt 25,1-13 25 10 Santa Maria no Sábado S. Lourenço, diácono e mártir S. Luís de França 1.ª Leitura: 2 Cor 9, 6-10 S. José de Calasanz, presbítero Salmo: 111, 1-2. 5-6. 7-8. 9 1.ª Leitura: Ez 43, 1-7a Evangelho: Jo 12, 24-26 Salmo: 84, 9ab-10. 11-12. 13-14 11 Evangelho: Mt 23, 1-12 S. Clara, virgem 26 1.ª Leitura: Hab 1, 12 – 2, 4 1.ª Leitura: Jos 24,1-2a.15-17.18b Salmo: 9, 8-9. 10-11. 12-13 Salmo: 33,2-3.16-17.18-19.20-21.22-23 Evangelho: Mt 17, 14-20 2.ª Leitura: Ef 5, 21-32 12 Evangelho: Jo 6, 60-69 1.ª Leitura: 1 Reis 19, 4-8 27 Salmo: 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9 S. Mónica 2ª Leitura: Ef 4, 30 – 5, 2 1.ª Leitura: 2 Tes 1, 1-5. 11b-12 Evangelho: Jo 6, 41-51 Salmo: 95, 1-2a. 2b-3. 4a e 5 13 S. Ponciano, papa, e S. Hipólito, presbítero, Evangelho: Mt 23, 13-22 28 mártires S. Agostinho, bispo e doutor da Igreja 1.ª Leitura: Ez 1, 2-5. 24-28c 1.ª Leitura: 2 Tes 2, 1-3a. 14-17 Salmo: 148, 1-2a. 11-12. 13. 14 Salmo: 95, 10. 11-12. 13 Evangelho: Mt 17, 22-27 Evangelho: Mt 23, 23-26 14 29 Manhã: Martírio de S. João Baptista S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero 1.ª Leitura: 2 Tes 3, 6-10. 16-18 ou Jer e mártir 1, 17-19 1.ª Leitura: Ez 2, 8 – 3, 4 Salmo: 127, 1-2. 4-5 Salmo: 118, 14 e 24. 72 e 103. 111 e 131 Evangelho: Mc 6, 17-29 Evangelho: Mt 18, 1-5. 10. 12-14 30 Tarde-vigilia: 1.ª Leitura: 1 Cor 1, 1-9 1.ª Leitura: Cr 15, 3-4. 15-16; 16, 1-2 Salmo: 144, 2-3. 4-5. 6-7 Salmo: 131, 6-7. 9-10. 13-14 Evangelho: 24, 42-51 2.ª Leitura: 1 Cor 15, 54b-57 31 Evangelho: Lc 11, 27-28 1.ª Leitura: 1 Cor 1, 17-25 Salmo: 32, 1-2. 4-5. 10-11 Evangelho: Mt 25, 1-13

01 S. Beatriz da Silva, virgem 1.ª Leitura: 1 Cor 1, 26-31 18 Salmo: 32, 12-13. 18-19. 20-21 1.ª Leitura: 1 Cor 12, 12-14. 27-31a Evangelho: Mt 25, 14-30 Salmo: 99, 2. 3. 4. 5 02 Evangelho: Lc 7, 11-17 1.ª Leitura: Deut 4, 1-2. 6-8 19 Salmo: 14, 2-3a. 3cd-4ab. 4c-5 S. Januário, bispo e mártir 2.ª Leitura: Tg 1, 17-18. 21b-22. 27 1.ª Leitura: 1 Cor 12, 31 – 13, 13 Evangelho: Mc 7, 1-8. 14-15. 21-23 Salmo: 32, 2-3. 4-5. 12 e 22 03 S. Gregório Magno, papa e doutor da Igreja Evangelho: Lc 7, 31-35 20 1.ª Leitura: 1 Cor 2, 1-5 SS. André Kim Taegon, presbítero, Salmo: 118, 97-98. 99-100. 101-102 Paulo Chang Hasang, e Companheiros, Evangelho: Lc 4, 16-30 mártires 04 1.ª Leitura: 1 Cor 15, 1-11 1.ª Leitura: 1 Cor 2, 10b-16 Salmo: 117, 1-2. 16ab-17. 28-29 Salmo:144, 8-9. 10-11. 12-13ab. 13cd-14 Evangelho: Lc 7, 36-50 Evangelho: Lc 4, 31-37 05 21 1.ª Leitura: 1 Cor 3, 1-9 S. Mateus, Apóstolo e Evangelista Salmo: 32, 12-13. 14-15. 20-21 1.ª Leitura: Ef 4, 1-7. 11-13 Evangelho: Lc 4, 38-44 Salmo: 18 A, 2-3. 4-5 06 Evangelho: Mt 9, 9-13 1.ª Leitura: 1 Cor 3, 18-23 Salmo: 23, 1-2. 3-4ab. 5-6 22 Evangelho: Lc 5, 1-11 1.ª Leitura: 1 Cor 15, 35-37. 42-49 07 Salmo: 55, 9ab e 10. 11-12. 13-14 1.ª Leitura: 1 Cor 4, 1-5 Evangelho: Lc 8, 4-15 Salmo: 36, 3-4. 5-6. 27-28. 39-40ac Evangelho: Lc 5, 33-39 23 08 S. Pio de Pietrelcina, presbítero Natividade da Virgem Santa Maria 1.ª Leitura: Sab 2, 12. 17-20 1.ª Leitura: Miq 5, 1-4a ou Rom 8, 28-30 Salmo: 53, 3-4. 5. 6 e 8 Salmo: 12, 6ab. 6cd Evangelho: Mt 1, 1-16. 18-23 ou Mt 1, 18-23 2.ª Leitura: Tg 3, 16 – 4, 3 Evangelho: Mc 9, 30-37 09 S. Pedro Claver, presbitero 24 1.ª Leitura: Is 35, 4-7a 1.ª Leitura: Prov 3, 27-34 Salmo: 145, 7. 8-9a. 9bc-10 Salmo: 14, 2-3ab. 3cd-4ab. 5 2.ª Leitura: Tg 2, 1-5 Evangelho: Lc 8, 16-18 Evangelho: Mc 7, 31-37 10 25 1.ª Leitura: 1 Cor 5, 1-8 1.ª Leitura: Prov 21, 1-6. 10-13 Salmo: 5, 5-6a. 6b-7. 12 Salmo: 118, 1 e 27. 30 e 34. 35 e 44 Evangelho: Lc 6, 6-11 Evangelho: Lc 8, 19-21 11 1.ª Leitura: 1 Cor 6, 1-11 26 Salmo: 149, 1-2. 3-4. 5-6a e 9b S. Cosme e S. Damião, mártires Evangelho: Lc 6, 12-19 1.ª Leitura: Prov 30, 5-9 12 Salmo: 118, 29 e 72. 89 e 101. 104 e 163 Santíssimo Nome de Maria Evangelho: Lc 9, 1-6 1.ª Leitura: 1 Cor 7, 25-31 Salmo: 44, 11-12. 14-15. 16-17 27 Evangelho: Lc 5, 33-39 S. Vicente de Paulo, presbítero 13 S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja 1.ª Leitura: Co 1, 2-11 Salmo: 89, 3-4. 5-6. 12-13. 14 e 17 1.ª Leitura: 1 Cor 8, 1b-7. 11-13 Evangelho: Lc 9, 7-9 Salmo: 138, 1-2 e 3b. 13-14ab. 23-24 Evangelho: Lc 6, 27-38 14 28 Exaltação da Santa Cruz S. Venceslau, mártir 1.ª Leitura: Num 21, 4b-9 ou Filip 2, 6-11 SS. Lourenço Ruiz e Companheiros, Salmo: 77, 1-2. 34-35. 36-37. 38 mártires Evangelho: Jo 3, 13-17 1.ª Leitura: Co 3, 1-11 Salmo: 143, 1a e 2abc. 3-4 15 Evangelho: Lc 9, 18-22 Nossa Senhora das Dores 1.ª Leitura: 1 Cor 10, 14-22 ou Hebr 5, 7-9 Salmo: 115, 12-13. 17-18 ou 30, 2-3ab. 3cd-4. 29 S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos 5-6. 15-16ab. 20 1.ª Leitura: Dan 7, 9-10. 13-14 ou Ap Evangelho: Jo 19, 25-27 ou Lc 2, 33-35 12, 7-12a Salmo: Sal 137, 1-2a. 2b-3. 4-5 16 Evangelho: Jo 1, 47-51 S. Cornélio, papa, e S. Cipriano, bispo 1.ª Leitura: Is 50, 5-9a 30 Salmo: 114, 1-2. 3-4. 5-6. 8-9 2ª Leitura:Tg 2, 14-18 S. Jerónimo, presbítero e doutor da Igreja 1.ª Leitura: Num 11, 25-29 Evangelho: Mc 8, 27-35 Salmo: 18, 8. 10. 12-13. 14 2.ª Leitura: Tg 5, 1-6 17 S. Roberto Belarmino, bispo e doutor Evangelho: Mc 9, 38-43. 45. 47-48 da Igreja 1.ª Leitura: 1 Cor 11, 17-26. 33 Salmo: 39, 7-8a. 8b-9. 10. 17 Evangelho: Lc 7, 1-10

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LITURGIA


Santa Brígida da Suécia, Co-Patrona da Europa

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“ Deixando o ambiente da corte, S.ta Brígida e seu esposo, Ulf de Nevike, dedicaram-se intensamente à prática das “Obras de Misericórdia”, servindo sobretudo os doentes e os pobres.”

Cón. Senra Coelho Diocese de Évora


vento em Marvila, Junto de Lisboa. S.ta Brígida foi contemplada com fecundas experiências místicas e revelações privadas. Fruto destas locuções interiores, a Santa interveio junto do Papa Urbano V para que fixasse residência em Roma. Pôs por escrito, as suas experiências místicas no célebre livro Revelações e imprimiu a sua Regra. Nas Revelações narra a Paixão de Cristo e a vida da Virgem Maria; dá também bons conselhos aos Papas, Reis e povos. Faleceu na cidade eterna a 23 de julho de 1373. Atendendo à sua pertença à Terceira Ordem Franciscana, foi sepultada no Mosteiro de São Lourenço,“in panisperna” da Ordem de S.ta Clara em Roma. O processo de canonização de S.ta Brígida deu início em 1377 e conclui-se em 1391. A 7 de Outubro desse ano, o Papa Bonifácio IX procedeu à sua canonização. Em 1999, o Papa João Paulo II proclamou-a co-patrona da Europa, conjuntamente com S.ta Catarina de Sena e S.ta Teresa Benedita da Cruz (Edit Stein).

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S.ta Brígida, Princesa da Suécia, nasceu em Uppsala no ano de 1303, sendo seu pai o governador de Uppland. Apesar da sua natural inclinação para a vida ascética e contemplativa, casou em 1316 com Ulf de Nevike, Príncipe de Nércia, com quem teve 8 filhos. Destaca-se dos frutos do seu matrimónio a santidade reconhecida pela Igreja de uma sua filha, S.ta Catarina da Suécia (1331-1381). Deixando o ambiente da corte, S.ta Brígida e seu esposo, Ulf de Nevike, dedicaram-se intensamente à prática das “Obras de Misericórdia”, servindo sobretudo os doentes e os pobres. Neste contexto de vida dedicada à caridade, inseriram-se na Ordem Terceira de São Francisco, com quem empreenderam, em 1341, uma peregrinação a Santiago de Compostela. No decurso da longa viagem, Ulf sentiu-se doente, recolhendo-se por isso ao Convento do Alvastar, em Espanha, vindo a falecer em 1344. Como viúva, Brígida consagrou-se inteiramente à vida religiosa. Depois de ter repartido os seus bens com os filhos, fundou em Roma um hospício para peregrinos e estudantes suecos. No convento de Vadstena fundou em 1345 a Ordem do Santíssimo Salvador, também conhecida por “Brígidas”, que o Papa Urbano V aprovou em 1370. Esta Ordem assumiu um carisma de austeridade, penitência, peregrinação a santuários e cuidado dos pobres e doentes. As Irmãs do Santíssimo Salvador ou Brígidas, chegaram a Portugal, evitando as perseguições inglesas aos católicos a fim de lhes impor a reforma anglicana. As irmãs inglesas aportaram em Lisboa a 4 de maio de 1594. Por algum tempo residiram no Convento da Esperança em Lisboa, depois foi-lhe oferecido terreno no sítio de Mocambo onde erigiram o seu próprio convento cuja capela sofreu um grave incendio. Fundaram também con


Cinquentenário da Obra Católica Portuguesa “Celebrar a Memória para Projetar o Futuro”

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“ ...muitos homens e mulheres que, nas cinco partidas do mundo, foram sinais de esperança e portos de abrigo para milhões de portugueses que se lançaram na aventura de procurar, fora de Portugal, uma terra que lhes oferecesse uma vida digna.”

Fr. Francisco Sales Diniz, ofm. Diretor da OCPM


à procura “do pão da dignidade, ganho com o suor do seu rosto”. A OCPM nasce em 1962 para acompanhar os portugueses no estrangeiro, enviando sacerdotes e agentes pastorais que, ao longo dos anos, abriram e estruturaram “Missões” que têm garantido a prática cristã, a formação catequética de crianças e jovens, a celebração dos sacramentos, das festas e devoções, a preservação da identidade, língua e cultura lusas, assim como, o apoio humano e social a tantos emigrantes em situação de pobreza ou de maior fragilidade. Os responsáveis pela OCPM pretendem, ao celebrar a memória dos que consagraram a sua vida ao trabalho pastoral dedicado aos migrantes, colher a sabedoria e a experiência que a história oferece para poder abrir as portas do futuro com novo vigor, promovendo a Nova Evangelização no mundo das migrações que se concentram maioritariamente em países descristianizados. Quer

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“Celebrar a Memória para Projetar O Futuro”, foi o lema escolhido como ponto focal de reflexão para as celebrações do cinquentenário da fundação da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM). A OCPM celebra cinquenta anos de uma epopeia protagonizada por muitos homens e mulheres que, nas cinco partidas do mundo, foram sinais de esperança e portos de abrigo para milhões de portugueses que se lançaram na aventura de procurar, fora de Portugal, uma terra que lhes oferecesse uma vida digna. São cinquenta anos de presença de Cristo e da sua Igreja, acompanhando os dramas e sofrimentos, as alegrias e esperanças, ajudando os emigrantes a viver a fé e a integrar-se nos países e Igrejas que os acolheram. É também a celebração da Igreja que, dentro do território nacional, soube acolher, acompanhar e integrar a diversidade humana, religiosa e cultural, de milhares de imigrantes que, como “a terra da promessa”, chegaram


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continuar a ser uma presença de esperança junto das vítimas dos tempo presente, tempo de crises, geradoras de novas pobrezas humanas e materiais, que levam milhões de homens e mulheres a deixar a segurança da sua terra natal. Quer continuar a ser, junto dos migrantes, verdadeira manifestação da caridade de Cristo para com os mais frágeis e desfavorecidos do nosso mundo. O projeto de futuro procura dar continuidade a esta herança recebida daqueles que se entregaram a esta missão eclesial, indo, assim, ao encontro da nova realidade das migrações, particularmente da emigração de língua portu-

guesa, levando aos migrantes a certeza de que continuam presentes no coração da Igreja em Portugal. No contexto do cinquentenário a Peregrinação Anual do Migrante a Fátima a 12 e 13 de agosto, torna-se o momento central de celebração e de reflexão sobre a ação evangelizadora da Igreja junto dos migrantes, ação que, por fidelidade à missão confiada por Cristo e ao atual movimento migratório, necessita de um empenho renovado na Igreja, que deve sentir, “a urgência de promover, com novo vigor e novas modalidades, a obra de evangelização num mundo” (cf. Mensagem de Sua Santidade Bento XVI para o dia mundial do migrante e do refugiado 2012).


Lembro-me que, numa Experiência de Oração, a dona Bené, uma senhora muito amiga, pediu a Deus que nos desse uma casa, e eu, no fundo do meu coração, disse:”Amén!”. Foi nesta oportunidade que aconteceu algo muito interessante: a Luzia falou-me a respeito de uma fazenda em Areias. Disse-me que ela era muito grande , sendo uma propriedade de um familiar dela, e que talvez ele nos cedesse para os encontros. Para mim, parecia uma coisa impossível. Por ser uma casa tão grande, o dono não iria cedê-la para nós… Ficou “o dito pelo não dito”: A Luzia falou, mas eu não lhe dei importância. Logo depois, encontrei o Hélio Camarinha, que comentou comigo sobre uma fazenda em Areias, à qual ele tinha vontade de comprar para transformá-la num hotel-fazenda. Era propriedade do Gandur Zeraik, e, provavelmente, ele cederia o lugar para que fizéssemos os encontros. Da minha parte, pensei: “De forma alguma!”. Mais uma vez aquilo “entrou por um ouvido e saiu pelo outro”. Mas foi o tempo para Deus trabalhar em mim. Depois compreendi que a casa que me foi mostrada pelo senhor era a mesma que Luzia co-

mentou. Não tive dúvidas: “Deus está nisto!”. Fui diretamente para o telefone, liguei para a Luzia e retomamos a questão. Ela até se prontificou a fazer o contato com o proprietário, que era irmão da sua cunhada. Contatos feitos, fomos até lá – a Luzia, o Alberto, a dona Santa e eu – conversar com Gandur e Ísis, a sua esposa. Levei uma medalhinha de Nossa Senhora das Graças no bolso e, ao chegar à fazenda, antes de conversar com o dono, lançamos a medalhinha sobre o terreno,onde rezamos: “Se o Senhor quer esta casa, Nossa Senhora, faça o favor, tome posse dela e guarde-a para nós”. Na conversa com os proprietários expus os nossos planos e, para minha admiração, eles não só o aceitaram e alegraram-se como também quiseram fazer um contrato de dois anos num cartório, para que tivéssemos toda a garantia, pois investiríamos em algumas reformas. Fiquei admirado, porque a fazenda foi cedida gratuitamente! Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova Excerto retirado do livro: “Canção Nova Uma Obra de Deus!”

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Pelasmãosde Mariao impossível aconteceu


CLUBE DA EVANGELIZAÇÃO

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Caríssimos Benfeitores Monsenhor Jonas Abib, diz-nos que “na Canção Nova foi Ela que tudo fez, e nada se fez sem a sua participação.” Nossa Senhora, na sua presença discreta, vai cuidando de nós como filhos, e nela nós podemos desabafar, chorar, falar das nossas dores, das nossas preocupações. Acolhendonos no seu colo de mãe como filhos muito amados, Ela concretiza de uma forma simples grandes obras na nossa vida. É Maria que organiza a nossa casa, o nosso coração, é Ela que cuida desta Obra a Obra Canção Nova. Nossa Senhora é a primeira a responsabilizar-se pela concretização da nossa Missão. Deus confiou ao seu cuidado a Canção Nova, e Ela acolheu e assumiu. Por tudo isto, só podemos à semelhança de Maria, que é formadora por excelência, louvar e glorificar a Deus pelas maravilhas que Ele opera em nós. E louvamos também por si, pela sua oração, pela sua luta, por acreditar na Missão que Deus nos confiou. Nós somos Casa de Maria, pois Nossa Senhora está sempre presente, sendo a grande Mestra, fazendo de nós homens e mulheres cada vez mais novos, conduzindo-nos cada vez mais até Jesus Cristo. Peço a Nossa Senhora, que o aconchegue nos seus braços de Mãe, e que cada um entre na sua escola, a Escola de Maria, deixando-se conduzir, pela sua simplicidade, humildade, discrição, pelo seu silêncio, até Jesus Cristo. Email: clube@cancaonova.pt Telefone : (00351) 249 530 600

N.ºDE CONTA: 45200060486-05 MILLENIUM BCP NIB: 0033.0000.45200060486.05 IBAN PT: 50003300004520006048605 S W I F T : B C OM P T P L

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Pe. António Xavier Comunidade Canção Nova

A missão da Canção Nova na Terra Santa iniciou-se a 19 de março de 2005. Nos primeiros 3 anos os membros da comunidade dedicavam-se à produção de matérias jornalísticas e programas sobre peregrinações. Conjuntamente a isto dedicavam-se a conhecer melhor o ambiente da Terra Santa e a Igreja local com as suas peculiaridades de ritos e línguas diversas. Muitos dos programas produzidos contribuiam para a promoção de Instituições e congregações presentes em Jerusalém. Todo o conteúdo produzido era em língua portuguesa que era utilizado na TV Canção Nova no Brasil e em Portugal. Em janeiro de 2008, a Canção Nova assumiu uma parceria com a Custódia Franciscana da Terra Santa e juntos deram inicio ao Franciscan Media Center, um centro multimédia com o objetivo de divulgar a Terra Santa e os lugares santos. Por meio desta parceria tornou-se possível a cobertura da visita do Papa à Terra Santa, a produção de um DVD, transmissões em direto e produção de diversos programas com conteúdo bíblico. O apoio da Canção Nova era na área técnica, filmagem, edição de vídeos, entre outros. Com o passar do tempo e o aumento da necessidade de produções para a TV Canção Nova, foi modificada a forma de colaboração da Canção Nova com a Custódia, mas a parceria mantém-se até hoje.

Atualmente a Canção Nova na Terra Santa, é formada por 7 missionários que se distribuem nas diversas atividades da missão, prepara programas televisivos temáticos sobre a Terra Santa e a cultura local, peças jornalísticas e algumas transmissões em direto. O nosso objetivo é explicar as realidades dos lugares santos e aspetos particulares da Bíblia, que contribuam para uma melhor compreensão da Sagrada Escritura. Por exemplo: é muito diferente escutar a parábola do semeador e escutá-la vendo ao mesmo tempo a realidade do solo, da forma que semeavam no tempo de Jesus, onde semeavam, e assim poder compreender com mais profundidade as palavras de Nosso Senhor. Nos últimos dois anos foram iniciados os encontros de Pentecostes em Jerusalém promovidos pela Canção Nova e a Obra de Maria. Este ano contámos com a participação de mais de 500 pessoas, sendo assim um grande testemunho e incentivo para os cristãos da Terra Santa. Nos últimos anos tem aumentado muito o número de peregrinos de lingua portuguesa tanto do Brasil como de Portugal. Como até ao momento não possuíamos nenhuma atividade com os cristãos da Terra Santa, em 2013 estaremos a dar inicio a um novo trabalho na cidade de Nazaré, bem próximo da Basílica da Anunciação, a casa de Maria, local onde o anjo Gabriel anunciou a Maria que ela seria a mãe de Jesus, que será de uma evangelização mais próxima, contribuindo para a formação dos cristãos locais.

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MissãoCanção Nova naTerra Santa


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Ele vem aí, e a grande velocidade! Pe. José Luís Borga Diocese de Santarém

É verdade: está quase a começar o nosso “ano da fé”!Mais um dom preciso, um tempo favorável que nós precisamos de saber receber e valorizar, para podermos crescer e caminhar, juntos, com mais alegria, rumo à nossa Meta: chegarmos mais perto da estatura de Cristo. Vivermos como filhos de Deus!Por graça e até por sinal, embora já estejamos em contagem decrescente para data de começo deste ano, eu refiro-me a ela com uma contagem crescente: Dez, onze e doze!É verdade que eu poderia estar a terminar de contar o número dos apóstolos que o Senhor Jesus chamou a si para O seguirem e os instruir e enviar, depois, em Seu nome, a anunciar que Reino dos Céus está “no meio de nós”!Podia até estar a terminar de contar as tribos de Israel! Podia tudo

isso mas... não é nada disso que eu estou a referir. Explico: o “dez” é o mês; o “onze”o dia e o “doze” é o ano! Creio que já dá para ver: o nosso “ano da fé” nascerá no próximo mês de outubro e, precisamente, no dia onze, dia em que celebramos os cinquenta anos da abertura do Concílio Vaticano II!Refiro o sinal de, com esta data, eu referir uma contagem crescente, como crescente será (desejavelmente) a nossa fé com tudo o que iremos poder viver!Provavelmente este Concílio é o acontecimento eclesial, recente, mais decisivo quanto à forma da Igreja se entender a si mesma e se quer manifestar à humanidade de hoje, para a servir e com ela dialogar, em nome de Deus!Isso mesmo. meio século nos separa mas... estamos ainda demasiado perto dela e carentes de viver do mesmo espírito que motivou estes trabalhos que resultaram nos documentos conciliares para conduzir a história da Igreja e do mundo segundo a Graça de Deus. Estamos ainda necessitados de acolher e entender os “sinais dos tempos”


história quanto é também já definitivo e eterno, ao contrario deste mundo que é bem passageiro e destinado a desaparecer! Este ano, sendo da Igreja, deve alargar-se a “todos os homens de boa vontade”, e produzir frutos de paz e unidade.É assim que nós faremos e comunicaremos a vivência da nossa fé, que é a Fé da Igreja, nossa “Mãe” na qual todos somos gerados como filhos de Deus.Vamos andando entre as nossas fraquezas e a fortaleza de ânimo que nos faz erguer, cada vez que caímos, e olhar mais longe, tantas vezes invisíveis aos nossos olhos quando não se tem o coração iluminado pelas “Palavras de Vida Eterna”!Haja tempo e lugar para escutar e acolher, e também oportunidades, soberanas, para falar e tornar credível a nossa própria experiência, com os seus altos e baixos que fazem parte de que está a fazer caminho. Afinal experimentar a fé é, em resumo, percorrer um caminho que nos leva à meta da vida.Implica corrermos o risco de deixar as seguranças de quem está no cais e “largar amarras” rumo a águas profundas, contando com tempestades, ventos contrários ou até faltas de vento. Tudo pelo desejo e vontade de chegar à outra margem.Ao contrario das coisas deste mundo, ela existem mesmo sem que saibamos dizer, com exactidão, onde nem como. Cresçamos crendo em Jesus e, por ele, no Pai e no Espírito Santo.Assim acreditaremos melhor na Humanidade de Deus e na divindade do Homem. Acreditemos e tornemos credível acreditar que o Amor é a “chave” de toda a realidade (visível e invisível).Um bom “ano da fé” para todos os membros da “Família Canção Nova”!

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para sermos mais fieis a Deus e à humanidade que Ele ama e a quem envia a sua Igreja para servir. Tudo isto continua a ser gerado no seio da Igreja e todos nós, como suas “pedras vivas” devemos estar bem disponíveis para que, logo que nasça, este ano seja feliz e justamente recebido por todos nós, cuidando muito bem de o viver intensamente.Veremos e iremos saborear melhor como a nossa fé não é só uma sábia doutrina, embora também o seja. Que ela não é só uma bonita hipótese de fraternidade humana, bem razoável e necessária para toda a Humanidade. A Fé precisa, sobretudo, de ser a experiência pessoal e comunitária de um verdadeiro amor, bem personificado, que me toca a mim de um modo sério e feliz, numa relação com Deus que se revela, em Jesus Cristo, como o meu único Criador, meu Redentor e meu Santificador!Que enorme privilégio é este, de nos ser dispensada na Igreja, em permanência, esta maravilhosa possibilidade de nos podermos encontrar na aventura de descobrir e experimentar, de um modo muito concreto e bem pessoal, ainda que progressivo e com os nossos naturais “altos e baixos”, andando nós dentro e por dentro do nosso “tesouro da Fé”. Assim poderemos ter a nossa alma bem iluminada e movida pelo Amor de Deus que lhe dá vida eterna, que é mais verdadeira que todas as nossas verdades juntas.Que este ano nos permita saber cada vez melhor a grandeza, a profundidade e a largura do Amor que Deus é para nós. Um “Amor Perfeito”, bem distinto dos nossos amores terrenos, já que é totalmente gratuito e absolutamente incondicional. Um Amor tão actual e bem situado na nossa


Respirar Misericórdia

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“Deus não fica só nas aparências, não vê só o exterior da pessoa. Nós também temos que ir para além das aparências. “

Pe. Jovanete Vieira, MIC www.marianos.pt


Deus pai que é rico em misericórdia chama-nos a viver no nosso dia a dia a dinâmica da misericórdia. O nosso mundo, hoje, com tantas coisas que nos impressionam no campo da ciência e tecnologia, às vezes faz nos esquecer de Deus, esquecer das pessoas, das nossas famílias e até de nós mesmos. Às vezes confusos não sabemos o que fazer para manter a nossa intimidade com Deus. Esta não significa a quantidade de oração que fazemos, mas antes a qualidade desta oração sempre em coerência com o nosso dia a dia. Isto quer dizer que Jesus nos ensina que nas mais simples e modestas coisas, podemos praticar a dinâmica da misericórdia. Como posso dizer que quero viver a misericórdia na minha vida se eu não for capaz de aceitar as minhas próprias limitações? Quando tenho dificuldade de aceitar as minhas próprias franquezas terei grande relutância em aceitar a fraqueza de qualquer outra pessoa. Assim não consigo perdoar nem ser perdoado. Como aquela frase comum “perdoo mas não esqueço se eu puder vou vingar-me”. Quantos vizinhos que por um pequeno pedaço de terreno perdem a paz e ficam a vida toda sem falar e a sofrer? Não aceitam ceder. Jesus vem mostrar-nos que o caminho da misericórdia liberta e nos faz felizes. Como ser misericordioso na escola onde sou professor? Como ser misericordioso onde sou médico? Como ser misericordioso onde sou empregado de mesa ou recepção? e noutros ambientes de trabalho? O que eu quero para mim? O que eu quero para os outros? A vivência da misericórdia aproxima-nos de Deus, porque ao vivermos em nós atitudes que mostram aos outros que há no meu coração abertura e mansidão estamos, de certa forma, a manifestar na nossa vida o rosto misericordioso de Deus. Em qualquer lugar que

estejamos temos a oportunidade de mostrar o rosto misericordioso de Deus. Nos nossos dias muitas pessoas já têm concretizado esta dinâmica da misericórdia, preocupando-se com as pessoas que estão nos hospitais ou nas prisões. Muitas abdicam de uma vida cómoda para partir em missão para lugares onde as pessoas, por vezes ameaçadas pelo abandono e numa miséria profunda, não têm nem sequer o mínimo para uma vida com dignidade. Assim, pôr em prática a misericórdia é procurar fazer como Deus faria. Ele vê o coração. Deus não fica só nas aparências, não vê só o exterior da pessoa. Nós também temos que ir para além das aparências. Ouvir o outro, dar tempo, ter paciência para percebermos o outro como ele é e como ele gostaria de ser percebido. Aquilo que esperamos que os outros nos façam é o que devemos fazer aos outros porque assim experimentamos esta dinâmica do amor e do perdão. É preciso que controlemos o egoísmo que está em nós. No Evangelho de São Mateus, Jesus ao apresentar as condições para a felicidade aponta a misericórdia como uma condição para ser feliz. Quem não for misericordioso também não será feliz, não alcançará misericórdia. Para viver a misericórdia vou precisar, sem dúvida, experimentar a misericórdia de Deus. É impossível viver sem o meu Criador. Mesmo que eu quisesse não poderia criar o ar para os meus próprios pulmões. O ar que respiro é o mesmo que os outros seres respiram. Assim como o ar que vai para os meus pulmões e que não pode lá permanecer, tendo que estar sempre em movimento de maneira a renovar-se para purificar os pulmões, assim também a misericórdia que recebo de Deus não pode ficar parada. Preciso torná-la dinâmica renovando constantemente, recebendo e transmitindo misericórdia.

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O Sentido de ser cristão Pe. Eduardo Novo,MIC Pastoral Juvenil www.ecclesia.pt/pjuvenil

“...se não estivermos dispostos a correr os riscos do compromisso, então nunca haveremos de criar um mundo vindo do coração e continuará a haver situações de injustiça ....“

Ser cristão significa antes de mais ser discípulo de Cristo e ser discípulo de Cristo, por sua vez, implica desde logo expôr-se a ser apontado, rotulado, “gozado” e até perseguido. Talvez penseis que é um pouco de exagero: que isto é verdade na China e na Arábia Saudita, mas não para nós que vivemos numa sociedade democrática, onde cada um é livre de expressar e confessar a sua religião. Ninguém nos inquieta nem nos aponta o dedo só porque cantamos na missa das seis ao Domingo ou porque fazemos parte de um grupo de jovens que se reúne frequentemente para reflectir acerca das coisas de Deus. Sem dúvida! Se ser discípulo de Cristo consiste apenas em ir à missa ao Domingo, dar algum dinheiro para a luta contra a fome e meditar no fundo do coração sobre o mistério da SS. Trindade, se assim é, há grandes hipóteses de não nos incomodarem. Porém se ser discípulo de Cristo não é somente “praticar a religião”, mas, em pri-


da mudança e apregoam um quieta non movetur ( n ã o m e x e r e m n a d a ) p a r a s a l v a r a honra do convento (frente do fundamentalismo ou puritanismo). De facto, ser discípulo de Cristo não é coisa fácil, porque antes de mais temos medo de nos comprometermos. E é compreensível! Ninguém está disposto a perder a nossa tão prezada tranquilidade, a nossa situação económico-social, o nosso prestígio académico, a nossa boa reputação. Porém se não estivermos dispostos a correr os riscos do compromisso, então nunca haveremos de criar um mundo vindo do coração e continuará a haver situações de injustiça na minha empresa só porque eu não posso reagir senão perco o emprego, continuará a haver fraudes profissionais e eu não posso dizer nada para que não me prejudiquem no avanço da carreira, continuará a haver amigos a explorarem o trabalho dos outros, mas eu não sou capaz de o chamar a atenção para que ele não me vire as costas. Ser cristão é ser voz que grita no deserto, é ser fermento que leveda a massa, é ser luz que brilha nas trevas, é ser água viva que sacia e vinho novo a transbordar, é ser bonança depois da tempestade, é ser azeite que se coloca sobre as feridas, é ser grão de trigo que vive espiga, morre e vira pão. Podia enumerar-vos alguns tópicos de Teologia Fundamental acerca da definição do sentido de ser cristão, mas como ninguém pode ser discípulo de Cristo sem a experiência do Encontro, convido-vos a recordar o momento em que Cristo vos disse: Vem e vê! Ser cristão é Escutar e Responder.

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meiro lugar, viver o Evangelho, então os riscos aumentam e são muitos os que recuam na hora de lançar a mão ao arado. E porquê? Porque viver o Evangelho é sobretudo dar testemunho (gr. martyrium) que Jesus Cristo está vivo, que Ele é o Kyrios, o Senhor do Universo que transforma a vida de cada um de nós e a vida do mundo. Porque viver o Evangelho é sobretudo amar os outros como a nós mesmos, é querer para o outro aquilo que procuro para mim, é querer erguer um mundo vindo do coração, em que a lei será paz e perdão, onde todos possamos saborear a alegria dos Bem-aventurados numa verdadeira e sincera civilização do amor, isto é, uma civilização de pessoas empenhadas em construir uma comunidade de justiça e de paz que crie oportunidades para a realização das Bem-aventuranças hic et nunc, no contexto histórico e sócio-cultural em que nos encontramos. Porém temos de ser realistas. Quem se compromete com estas coisas tem de estar disponível e espiritualmente preparado para enfrentar a incompreensão, a rejeição e até a perseguição. É porque ser cristão a sério é expor-se a ser atacado em duas frentes: uma pelos que apregoam o peace and love em prol de uma sociedade light, onde tudo é relativo e depende da situação, onde o ponto de referência moral é a consciência de cada um e a hieraquia de valores é estabelecida consoante os interesses pessoais de cada um (frente do relativismo ou sincretismo); outra pelos que pensam que só interessa a luta pela sobrevivência do sistema, sejam quais forem os meios, dos que fecham as janelas do arejamento e que se empenham com todo o zelo para que não acabem de cair as estruturas já em ruínas, pelos que tapam os ouvidos aos sinais


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Descansai um pouco….... Pe. João de Brito, SDB www.salesianos.pt

“Então ser capaz de parar é um acto de autêntica humildade e de honradez criativa... “

Por certo, já qualquer um de nós leu a passagem do Evangelho de S. Marcos onde Jesus recomenda aos discípulos um tempo de tranquilidade e descanso: “Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco”! (Mc 6,31). O evangelista apresenta esta exortação de Jesus num contexto de certa agitação e cansaço dos discípulos

ao sublinhar que havia tantas pessoas a atender que nem sequer “tinham tempo para comer”. É interessante observar neste acontecimento a humanidade de Jesus. Na sua ação não dizia só palavras de grandeza sublime nem se afadigava ininterruptamente por atender todos os que vinham ao seu encontro. É possível imaginar o seu rosto ao pronunciar estas palavras. Enquanto os apóstolos se esforçavam cheios de coragem e importância que até se esqueciam de comer, Jesus tira-os das nuvens. Venham descansar! O preceito eclesial que recomenda a abstenção dos “trabalhos servis nos domingos e festas de guarda”, vem nesta sequência não só por uma questão de respeito pelo dia do Senhor mas também para proporcionar o tal descanso corporal e espiritual tão necessário. Em todos os documentos da chamada “Doutrina Social da Igreja” é salientado o direito de quem trabalha, não só ao


Portanto, caros leitores, descansai também um pouco!

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justo salário, mas também ao merecido descanso. Nos Regulamentos Gerais da Congregação a que pertenço (Salesianos) recomenda-se que se tenham em conta “as férias concedidas aos irmãos para uma justa recuperação das energias físicas e intelectuais” (R 58, 1). E, no último Capítulo Geral dos Salesianos de Dom Bosco, no número 87 do texto capitular é acentuada igualmente esta dimensão ao ser recomendado que cada salesiano “cuide da saúde e programe, de acordo com a comunidade, os oportunos tempos de repouso”. Concluo que também se torna necessário programar convenientemente o chamado tempo de férias em termos comunitários, familiares e pessoais, a fim de que dele possa resultar um enriquecimento a todos os níveis: para a pessoa que, ao “recarregar as baterias”, fica mais ágil para a missão que lhe é confiada; para a comunidade, a família e a sociedade que assim podem contar com pessoas, revigorados, tranquilas, motivadas. A este propósito queria recordar algumas passagens do livro "Esplendor da Glória de Deus" do papa Bento XVI quando sublinha que a agitação de qualquer espécie, mesmo a agitação religiosa não condiz com a visão do homem do Novo Testamento. Sempre que pensamos que somos insubstituíveis; sempre que pensamos que o mundo e a Igreja dependem do nosso fazer, sobrestimamo-nos. Então ser capaz de parar é um acto de autêntica humildade e de honradez criativa; reconhecer os nossos limites; dar espaço para respirar e para descansar é próprio da criatura humana. E que dizer da dimensão espiritual da pessoa em tempo de férias? Diria que é ocasião oportuna para a potenciar, uma vez que a serenidade e o tempo livre são oportunidades para a meditação e, consequentemente, mais tempo para Deus.


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SACRÁRIO : PÓLO DE ATRAÇÃO

Pe. Dário Pedroso, S.J www.padredario.cancaonova.pt

O 50º Congresso Eucarístico realizado na Irlanda, voltou a chamar a atenção do mundo católico para a presença de Jesus no sacrário, para o culto da Eucaristia fora da Celebração, para os tempos de Adoração, para o valor das procissões eucarísticas, para a celabração das 40 Horas, para a Eucaristia como centro e cume de toda a vida cristã. Jesus tem sede de nós, da nossa oração, da nossa presença, da nossa amizade, do nosso tempo, do nosso coração em cada sacrário. Precisamos de aumentar, um pouco por todo o lado, a culto a Jesus Eucaristia, o tempo que passamos conversando com Ele, as visitas, mesmo que sejam só espirituais, ao Deus Amor, presente em cada sacrário. Temos que “matar a sede de Jesus”, pois seu Coração está ressequido por falta de amor, de reparação, de companhia. O convite feito à Beata Alexandrina é feito a cada um de nós: ir espiritualmente junto dos sacrários onde Jesus está mais só, menos acompanhado, com menos amor à sua volta. Ir reparar pecados e pedir gra-


tual, adoração silenciosa, atitude de amor, diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento?» [...] «A devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós» [...] «Permanecer diante da Eucaristia fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça».Na Carta Apostólica Fica Connosco, Senhor (Mane nobiscum, Domine) o Papa Beato João paulo II, afirmou: «Por isso a fé pede-nos para estarmos diante da Eucaristia com a consciência de que estamos na presença do próprio Cristo» (nº 16). «A presença de Jesus no sacrário deve constituir como que um polo de atracção para um número cada vez maior de almas enamoradas d’Ele, capazes de permanecerem longamente a escutar a sua voz e, de certo modo, a sentir o palpitar do coração: “Saboreai e vede como o Senhor é bom” (Sal 34, 9)... Que a adoração eucarística fora da Missa se torne, durante este ano, um compromisso especial para cada uma das comunidades paroquiais e religiosas. Permaneçamos longamente prostrados diante de Jesus presente na Eucaristia, reparando com a nossa fé e o nosso amor as negligências, esquecimentos e até ultrajes a que o nosso Salvador está sujeito em tantas partes do mundo. Aprofundemos na adoração a nossa contemplação pessoal e comunitária, servindo-nos também dos recursos de oração baseados sempre na Palavra de Deus e na experiência de tantos místicos antigos e recentes» (nº 18).

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ças, ir louvar e agradecer.Já o Papa Beato João Paulo II, em 24.03.80, na carta Mistério e Culto da Eucaristia, por ocasião da Quinta-Feira Santa, escreveu: «A Igreja e o mundo tem necessidade do culto eucarístico. Jesus espera por nós neste sacramento de amor. Não nos mostremos avaros do nosso tempo para ir encontrar-nos com Ele na adoração, na contemplação cheia de fé e pronta a reparar as grandes culpas e crimes do mundo. Que nunca cesse a nossa adoração» (nº 3). E na encíclica “A Eucaristia, Vida da Igreja” (nº 25) (17.04.03) O Beato João Paulo II afirmou: «O culto prestado à Eucaristia fora da Missa é de um valor inestimável na vida da Igreja, e está ligado intimamente com a celebração do sacrifício eucarístico. A presença de Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a Missa – presença essa que perdura enquanto subsistirem as espécies do pão e do vinho – resulta da celebração da Eucaristia e destina-se à comunhão sacramental e espiritual. Compete aos pastores, inclusive pelo testemunho pessoal, estimular o culto eucarístico, de modo particular as exposições do Santíssimo Sacramento e também as visitas de adoração a Cristo presente sob as espécies eucarísticas. É bom demorar-se com Ele e, inclinado sobre o seu peito como o discípulo predilecto (cf. Jo 13, 25), deixar-se tocar pelo amor infinito de seu coração. Se actualmente o cristianismo se deve caracterizar sobretudo pela “arte de oração”, como não sentir de novo a necessidade de permanecer longamente, em diálogo espiri-


Eventos

Canção Nova

“A NOSSA MISSÃO É EVANGELIZAR” www.eventos.cancaonova.pt AGOSTO Grupos de Oração da Canção Nova

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Igreja Paroquial das Meirinhas Terça-feira; 20h00 (semanal)

Capela Nossa Senhora da Saúde - Campanhã - Quinta-feira; 20h00 (semanal)

Hossana Portugal

Tarde de Louvor no Cacém com a Canção Nova

Pregador: Padre Vagner Baía Data: 04 e 05 de Agosto Local: Centro Pastoral Paulo VI – Fátima Horário: Início às 09h30 de Sábado e o encerramento Domingo às 18h00 Tema: Revesti-vos do Homem novo, criado à imagem de Deus

Data: 16 de Setembro Local: Centro Pastoral S. António Claret, Av. dos Missionários, Junto à escola António Sérgio – Cacém Horário: Início às 14h30 encerramento com a Santa Missa às 19h00 Tema: A fé vive-se nas obras

SETEMBRO

Encontro em Braga com a Canção Nova Data: 23 de Setembro Local: Cripta do Santuário de N. Senhora d o S a m e i r o , A v. N o s s a S e n h o r a d o Sameiro – Braga Horário: Início às 10h00 e o encerramento às 18h30 Tema: A Semente é a Palavra de Deus

Grupos de Oração da Canção Nova Igreja Paroquial das Meirinhas Terça-feira; 20h00 (semanal) Capela de São Lázaro - Braga Terça-feira; 20h00 (semanal) Igreja da Encarnação - Lisboa Quinta-feira; 20h00 (semanal)

Para mais informações ligue: 249 538 868


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Canção Nova


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