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Grandes coberturas
from Revista Cásper #33
Jorge Corrêa não tem medo de se reinventar. Depois de trabalhar 12 anos no UOL, sendo 10 deles na área do esporte, hoje ele é editor-chefe do Omelete. Emprego dos sonhos para jornalistas de cultura, o portal de notícias de entretenimento e dos mundos nerd e geek é referência número 1 entre fãs da cultura pop. Formado em Jornalismo na Cásper Líbero na turma de 2007, ele estagiou na Gazeta Esportiva, o diz ter tido ótimos editores e colegas. Da Gazeta, Jorge prosseguiu na trilha do jornalismo esportivo, cobrindo Libertadores, NBB e MMA. Nesse período, organizou as coberturas das Copas do Mundo de 2014 e 2018 e das Olimpíadas de 2016. Com essa bagagem, ele se desafiou a dar um novo rumo para sua carreira: “Chegou um momento em que tinha que escolher continuar sendo repórter ou ir para o caminho de gestão de equipe, que foi o que escolhi.” A primeira missão foi montar do zero uma equipe de hard news para o UOL. Foi esse emprego que lhe abriu oportunidades para assumir uma nova equipe, desta vez no Omelete: “Meu trabalho está sendo olhar para as raízes do portal e trazer isso para a nova equipe, com um olhar diferente e mais plural”. Outra incumbência do ex-casperiano foi preparar a sua primeira cobertura de uma CCXP, a Comic Con. “Acredito que a grande tendência do mercado agora é o nicho e um público fiel ao seu conteúdo. E o Omelete tem muito disso”, aponta. Para os universitários de comunicação, ele aconselha que procurem seu público, seu nicho e aproveitem as novas oportunidades do mercado no momento. (Marina Fornazieri)
A minha primeira Copa do Mundo como torcedor foi a de 1982, na Espanha. Seleção mágica de Telê Santana, Falcão, Sócrates e Zico, eliminada pela Itália de Paolo Rossi, na tragédia (para nós) do estádio Sarriá. Como jornalista, a minha primeira cobertura foi em 2006. Era na Alemanha, mas realizei ela do Brasil mesmo. A de 2014, esta teve um gostinho especial. Fiquei junto da Seleção durante a preparação na Granja Comary (Centro de Treinamentos), em Teresópolis. Um trabalho que marcou minha carreira.
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E então surge a Copa de 2022, no Catar. Algo que sonhei a vida inteira e que faltava no meu currículo de 25 anos militando nos esportes. Viajei para Doha de mala, cuia, câmera e tripé. E não é que quase deu zebra?
A credencial da Fifa chegou em cima da hora, mas o pior estava por vir. Na véspera da viagem, peguei covid. Tive de cancelar o voo e esperar “zerar” a infecção em uma semana. Embarquei nervoso. O tempo perdido me obrigou a acelerar a compreensão da cidade sua logística e do uso do equipamento de transmissão.
Já nos primeiros dias, a cobertura deslanchou. Fiquei convencido de que uma cultura tão diferente da nossa merece respeito, admiração, mas também crítica. O Catar é um país rico, limpo e seguro, que contrasta com os hábitos machistas, homofóbicos e nada democráticos. Mas a justiça do Catar é implacável. Uma jornalista argentina que foi roubada, num caso raro e isolado, teve o telefone móvel recuperado pela polícia. As autoridades deram a ela o direito de decidir a punição: deportação ou cinco anos de prisão.
Prós e contras de uma nação forjada na riqueza da extração de petróleo, na religião muçulmana e numa ditadura que não se esconde debaixo do tapete. Numa certa manhã, adentrei no suntuoso complexo de imprensa gravando imagens para uma reportagem. A segurança do Midia Center levantou a sobrancelha e me obrigou a mostrar as fotos e os vídeos. Tentei argumentar, como faria no Brasil. Arrisquei-me a perder meu direito de ir e vir e percebi que liberdade de expressão não é um conceito popular no país. Já sabia, mas quis experimentar na prática. A própria Fifa, poderosíssima, controla demais o trabalho da imprensa. Comentaristas mais ácidos e investigativos podem dar suas opiniões contrárias, desde que longe dali. Chorei quando percebi que não veria os jogos do Brasil. O “tiozão” aqui, de 49 anos, tinha de cobrir a Copa do lado de fora dos estádios. No segundo jogo, em frente ao portão de uma das arenas, liguei para a minha mãe, filha, esposa e meu pai. Lembrei dos meus saudosos avós. As Copas mexem muito comigo. Nem tanto pelo jogo (que adoro) ou pelo patriotismo (que tenho). É que o futebol me traz lembranças de tempos que não voltam mais.
Ao final, pude mostrar diferentes aspectos que rondam a realização de uma Copa. Um deles foi flagrar a realidade de muitos trabalhadores estrangeiros que foram para o Catar. Mais de 80% são formados por imigrantes de países vizinhos, como Índia, Bangladesh e Paquistão. Eles, como nós, sofreram com mais uma eliminação precoce da Canarinho em Mundiais. Isso foi bonito e triste de se ver.
01 02 03 04
Qual foi o primeiro jogo da Copa?
A) Catar e Equador
B) Catar e Senegal
C) Catar e Arábia Saudita
Quem é boleiro de verdade não erra nenhuma dessas perguntas e chega até a “final” de goleada. Vai tentar?
Qual desses jogadores não foi convocado para defender a seleção brasileira no último Mundial?
A) Martinelli
B) Gabigol
C) Rodrygo
Que jogador fez o primeiro gol do torneio em 2022?
A) Sarmiento
B) Enner Valencia
C) Felix Torres
Qual o maior jejum de Copas vivido pela Seleção Brasileira desde a primeira conquista?
A) 20 anos
B) 24 anos
C) 28 anos
05 06
Em que estádio foi disputada a final da Copa?
A) Lusail
B) Al Bayt
C) Al Thumama
Qual desses países jogou pela primeira vez na Copa?
A) Canadá
B) País de Gales
C) Catar
Confira sua posição com base no número de acertos:
0 ou 1 = Eliminado
2 ou 3 = Chegou na fase de grupos
4 ou 5 = Chegou nas oitavas de final
Que jogador brasileiro jogou mais Copas até agora?
A) Neymar
B) Daniel Alves
C) Tiago Silva
07 08
Qual desses países não constava no “Grupo C”?
A) Argentina
B) Arábia Saudita
C) Estados Unidos
Qual desses cantores esteve presente na cerimônia de abertura da Copa de 2022?
A) Jennifer Lopez
B) Jung Cook
C) Shakira
Qual seleção chegou na semifinal pela primeira vez nessa Copa?
A) Marrocos
B) Croácia
C) Argentina
De que país foi o árbitro da estreia da seleção brasileira?
A) Irã
B) Catar
C) Alemanha
6 ou 7 = Chegou nas quartas de final
8 ou 9 = Chegou na semifinal 10 ou 11 = Chegou na final
12 = Campeão!
Qual jogador croata fez o gol que levou o Brasil aos pênaltis?
A) Livakovic
B) Petkovic
C) Modric