RUNWAY
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SAO PAULO SANTA CATARINA PARIS MILAN NEW YORK
21 MODA COMPORTAMENTO DESIGN CULTURA coletivo criativo + CROSS MEDIA
INTERNACIONAL
POR LUIGI TORRE
BLUMENAU 47
3037.5111
Rua Itajaí, 1373, Vordstadt
FLORIANÓPOLIS 48
3028.5111
BR 282, KM 3, Via Expressa
Range Rover Sport. A tração é 4x4. A atração é incalculável.
welcome to the Top
EDITORIAL
CATARINA RUNWAY Esta edição que está em suas mãos é um divisor de águas na história da Catarina. É a nossa primeira edição que passa a ser distribuída internacionalmente. Nosso objetivo é mostrar ao mundo o que acontece aqui no Brasil, principalmente em Santa Catarina. E trazer o mundo para mais perto da nossa realidade através das nossas páginas, que cada vez mais têm pautas internacionais. No mesmo momento em que optei torná-la internacional, decidi que seria uma edição especial, onde teríamos um panorama geral do que foi apresentado nas passarelas pelo mundo. Apresento, então, a Catarina Runway, um resumo com o que há de melhor na temporada mundial. A decisão de distribuir a Catarina através de um mailing dirigido aconteceu durante a semana de moda de Paris, quando resolvi pesquisar mais a fundo a informação que os formadores de opinião de outros países têm sobre a moda brasileira. Fiz entrevistas nas salas de desfiles, showrooms, trade shows com estilistas, jornalistas, editores, compradores... Foi visível a falta de informação sobre o nosso mercado. Mas como prefiro não reclamar e sim fazer algo a respeito, decidi então levar a informação do nosso mercado brasileiro que acho importante disseminar. E para você, que não é do Brasil e acaba de conhecer a Catarina, vou apresentá-la. Catarina é uma revista brasileira, independente, com linguagem jovem e pautas muito aprofundadas sobre o mercado de moda, já que a revista é produzida em Santa Catarina – um estado que fica distante geograficamente do eixo Rio de Janeiro-São Paulo, mas é forte por ter um grande polo têxtil. Estamos no mercado há três anos, somos pioneiros na produção de uma revista de moda no Sul do País; somos pioneiros também por termos o primeiro programa de moda em canal aberto a realizar a cobertura das semanas internacionais de moda. Nossa plataforma de mídia formada por website, revista impressa e programa de TV – crossmedia – tem um grande objetivo: democratizar a informação de moda. É por isso que você está com nossa revista em suas mãos nesse momento. Vamos democratizar a informação de moda brasileira no mercado internacional. Porque para a Catarina Press – nosso coletivo criativo – não há fronteiras para a informação e a paixão pela moda. Tenham uma ótima leitura. Patrícia Lima
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CATARINA RUNWAY This edition that is now on your hands is a watershed in the history of the Catarina. It is the first edition that starts to be internationally distributed. Our aim is to show to the world what happens here in Brazil, mainly in Santa Catarina. It is also a way to bring closer the world to our reality through our pages, that more and more bring international guidelines. At the same moment where I opted to make it international, I decided that it would be a special edition, where we would have a general panorama of what was presented at the runways around the world. I present then, Catarina Runway, a summary with what is better in the world-wide season. The decision to distributed through a mailing list directed to Catarina, happened during the fashion week of Paris, when I decided on a further search the information that the opinion makers from other countries have on the Brazilian fashion. I interviewed in the rooms of the fashion parades, showrooms, and Trade Shows, stylists, journalists, publishers, purchasers… It was visible the lack of information on our market, but as I prefer not to complain, and instead of that, do something about it, I decided then to take the information about our Brazilian market, which I find important to be spread. For you, that it is not from Brazil, and just got to know Catarina, I am going to present it to you. Catarina is a Brazilian, independent magazine, with a young language and very deepened guidelines on the fashion market, since the magazine is produced in Santa Catarina. A state that is geographically distant from the Rio De Janeiro - São Paulo axis, but a strong one to have a great textile region. We have been in the market for three years, we are pioneering in the production of a fashion magazine in the south of the country, we are also pioneering for having the first fashion TV program at an open channel to accomplish the covering of the international fashion weeks. Our media platform composed by a web site, a printed magazine and a TV program - crossmedia - has the great goal of democratizing the fashion information. That is why you have our magazine on your hands at this moment. Let’s democratize the information of Brazilian fashion in the international market. Just because for Catarina Press - our creative collective – there are no boundaries for the information and the passion for the fashion. Have great reading, Patricia Lima
SUMÁRIO EDIÇÃO 21 16 TRENDS 22 FALL WINTER 2009/2010 26 SPFW Brasil Editora-chefe: Patrícia Lima
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patirl@revistacatarina.com.br
Jornalistas: Camila Cover / Julye Poffo / Sidnei Tancredo
62 SCMC Santa Catarina Moda Contemporânea
Diretora de Arte: Vivian Goldfeder Lobenwein Designers: Bernardo Presser Marocco
70 EDITORIAL Moments
Fechamento de Arquivo: Edgard Iuskow Conselho de imagem: Fábio Cabral
82 TOTAL BLACK
Produção: Bianca Chiaradia / Lílian Joenk
88 MENSWEAR 92 EDITOTIAL The Backstage
Colaboradores: Agnes Bergendahl, Alice Le, Devin Lucid, Juan Coco, Linda Kho, Luigi Torre, Melissa, Ricky, Romeu Silveira, Sam Crowley, Shelley Mulshine. Imagens: Agência STYLEPRESS/KF Revisão: Lu Coelho
102 REAL LIFE Lookbook.nu 112 FASHION PARTY Another Fashion Book
Jornalista responsável: Graziella Itamaro - SC 01358 JP Publicidade: Maria Cristina Holthausen Périco comercial@revistacatarina.com.br Assinatura e edições anteriores: assinatura@revistacatarina.com.br Redação: contato@revistacatarina.com.br www.revistacatarina.com.br www.catarinapress.com
Conceituação: Patricia Lima Colagem: Romeu Silveira Imagem: Balenciaga/Paris por Agência STYLEPRESS/KF
Esse símbolo indica relação de conteúdo no portal da revista Catarina. Acesse www.revistacatarina.com.br e descubra mais sobre o assunto de seu interesse. Esse símbolo mostra quando a matéria tem sua versão eletrônica no programa de TV, veiculado pela Record News. E também, está disponível no nosso portal.
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Catarina é uma publicação bimestral distribuída internacionalmente através de mailling dirigido, venda avulsa e assinatura. A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. Este é um produto da Catarina Press. Rua Fritz Müller, 50 – sala 601 – Coqueiros Florianópolis – SC – CEP 88080-720 (48) 3024.3432 / (48) 3024.3437
CATARINAPRESS
Somos a ferramenta para os profissionais da moda. estilistas, stylists, fotógrafos e produtores de moda sabem que a qualidade da malha é fundamental na construção da imagem de moda.
Presente nas melhores criações. www.dalilatextil.com.br
TRENDS
Power shoulder Uma das principais mensagens para o próximo inverno é a força dos ombros estruturados, colocando maior ênfase no poder feminino. O “power shoulder” aparece nos clássicos casacos de alfaiataria, nas biker jackets e blazers militares. A tendência vem como possibilidade de investimento atemporal, já que é a volta de outras épocas da moda como os anos 1980.
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TRENDS BICHO
Uma das tendências mais divertidas da temporada internacional foi a inspiração nos bichos. Coelhos, patos, gatos apareceram em diferentes coleções. Algumas usaram a inspiração para agregar mais conceito, como foi o caso de McQueen; outras usaram como diversão mesmo, como Minimarket.
PELE
A pele aparece de duas maneiras nas coleções: uma delas é o uso pontual para dar destaque a alguma forma, ajudando a definir ombros, por exemplo. Outra é o uso amplo em peças inteiras, criando volume e dando destaque ao exagero a casacos simples, muitas vezes usados com cintos.
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alphorria.com.
INFORME PUBLICITÁRIO
Hip Hop de Luxo Impossível?
Não para a 610.
A partir de Abril de 2009 desembarca no Brasil a marca de moda masculina 610, de propriedade de Tariq Abdul Wahad. Um símbolo no Basket francês que consagrou uma longa carreira nos EUA jogando para times como Orlando Magic, Dallas Mavericks, Sacramento Kings, University of Michigan além da Seleção Francesa. Com a irreverência de quem pertence a dois mundos muito diferentes, Tariq brinca misturando referências do clássico Urban Chic Francês com a potência do Hip Hop criando o que chama de “Le Hip Hop Lux”. Para o homens que procuram um estilo próprio em qualquer ocasião, a 610 divide a sua coleção em dois grupos com assinaturas distintas: 610. Le Hip Hop Lux, para o público de 18-25 anos com looks mais despojados com atenção especial no jeans, nos puídos e na lavanderia. E 610, Urban Sport, com um looks clássicos mixados com a herança das ruas e destaque especial para as alfaiatarias e tecidos planos.
A marca que tem uma base operacional no Brasil desde o ano passado montada em Blumenau, terá distribuição em lojas multimarcas através de representantes nas principais capitais brasileiras e está em processo de expansão de mix de produtos via licenciamento. Segundo os responsáveis pela coordenação de estilo no Brasil, a coleção é composta de aproximadamente 130 peças com destaque para o jeans e para as t-shirts, além de camisas, bonés, cintos e tecidos planos. Tariq que já esteve várias vezes no país, diz que escolheu o Brasil principalmente pela oportunidade do mercado de moda masculina e pela falta de marcas do perfil da 610 por aqui. O ex-jogador mantém residência no EUA, mas fica entre San Francisco e Blumenau durante todo o ano acompanhando os primeiros passos da marca no Brasil. Mais Informações: www.610.fr
OUTONO INVERNO 2009/2010
POR PATRICIA LIMA
Tempos de austeridade “Fizemos questão que o desfile tivesse modelos rindo e brincando na passarela para trazer um pouco de alegria nessa época, quando só se fala em crise”, dizia à imprensa o estilista François Girbaud, da marca Marithé & François Girbaud, minutos após o término do seu desfile em Paris. Semanas antes no Brasil, durante a São Paulo Fashion Week, o estilista Ronaldo Fraga apresentava sua coleção com idosos e crianças na passarela, criando um momento lúdico e inesquecível para a moda brasileira, mas que não deixou de mostrar sabedoria e criatividade comercial ao firmar a marca perante uma enorme possibilidade de consumidores. Já os estilistas Lie Sang Bong e o brasileiro Samuel Cirnansck, que têm suas criações voltadas para o mercado de luxo, deram a mesma resposta quando perguntei sobre a crise: “Trabalho com sonho, não enfrento crise”. Esses exemplos mostram diferentes visões sobre o momento que a moda atravessa. Boa parte dos estilistas, quando questionados pela Catarina sobre essa questão, preferiu insinuar que é mais especulação da imprensa do que realmente uma situação real ou preocupante. Mas é visível a austeridade nas ruas da Europa. Em tempos de recessão a moda transforma seu comportamento, o luxo vira ostentação (praticamente um pecado social) e materiais mais acessíveis são aliados da criatividade nas mãos dos estilistas. A crise econômica financeira mudou o prisma sobre a moda e colocou uma lupa de aumento em cima do comportamento do consumidor. Para onde o mercado mundial de moda está caminhando? Quais serão as mudanças que a crise mundial causará no comportamento de consumo ou então de criação? Uma temporada depois de começar a turbulência econômica mundial, ainda não conseguimos mensurar a dimensão do impacto no mercado, mas já é possível perceber que a moda não será a mesma depois desse momento de recessão. Isso não é novidade para esse segmento que foi marcado ao longo da história por movimentos socioeconômicos; aliás, é através desses movimentos que a história da moda é contada. Então, fica clara a importância do momento em que vivemos, onde vemos dia após dia os hábitos de consumo mudarem, estilistas buscando novas soluções e grandes marcas definindo novas
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estratégias em meio à queda dos números de faturamento. Há uma temporada, exatamente durante as semanas de moda de Londres e Paris, a crise era anunciada nas manchetes dos jornais de todo o mundo. Agora, seis meses depois vimos marcas importantes deixarem de desfilar nas principais semanas de moda do mundo, como foi o caso de Roberto Cavalli, que cancelou o desfile de sua marca jovem, a Just Cavalli, depois de ter problemas com sua distribuidora, a Ittierre. A moda italiana sofre com a crise, tanto que a indústria têxtil resolveu pedir ajuda ao governo, seguindo o exemplo das montadoras automobilísticas. Um pacote de ajuda anticrise foi aprovado, com medidas que incluem, por exemplo, crédito para o pagamento de impostos, para facilitar a realização de desfiles e a criação de coleções para a indústria têxtil. Claudio Scajola, ministro do Desenvolvimento Econômico, explicou a decisão: “Vamos proteger um dos setores fundamentais do ‘Made in Italy’ e criar condições para que as empresas fiquem mais competitivas no mercado internacional neste período de crise”. O ministro prometeu batalhar ainda mais contra a falsificação de produtos, já que 12,6 milhões de produtos falsificados foram vendidos em 2008, quase duas vezes a mais as cópias comercializadas em 2007. Se a moda italiana reage com medidas governamentais, o mercado de moda americano passa por transformações ainda maiores desde que encontrou em sua atual primeira-dama um exemplo de consumo mais consciente. Michelle Obama apareceu como uma luz no fim do túnel para o consumo feminino americano, agora é elegante ser consciente na hora da compra. Quem reforça o coro sobre o consumo consciente é a editora da Vogue América, Anna Wintour, que chegou a declarar ao The Wall Street Journal que não estamos em época de ostentação, segundo as palavras da editora, “nada muito Dubai”. Uma prova clara de que mesmo em tempos de economia severa há aqueles que conseguem ainda se dar ao direito de criar “modismos”. Ser consciente não é determinação de editores de moda, é uma necessidade do consumidor. Mas esse clima recessionista não parece ter chegado na primeira fila dos desfiles de Paris, onde acontecia uma ostentação irreal de mulheres que pareciam fingir estar em outro planeta, em um distante lugar onde dinheiro não é problema algum. De nada adiantou tentar entrevistar consumidoras em Paris sobre a crise, porque elas estavam lá, na primeira fila, esperando preocupadas apenas com suas próximas aquisições. Bem, se isso era apenas imagem, ainda não sabemos, temos que esperar os números de vendas dessas coleções. Mas eu me perguntava: o que pensavam aquelas mulheres que estavam “muito Dubai” (ok, Anna Wintour, esse termo é ótimo, apesar de parecer decretar modismo) assistindo à coleção de Esteban Cortázar para a Maison Ungaro? Será que em algum momento elas perceberam que a coleção comercial e segura (mas muito bem construída com as melhores tendências da temporada) apresentada na passarela era muito diferente do universo que elas vestiam naquele momento? Casacos de pele verdadeira viraram uniforme entre as consumidoras das grandes marcas, exatamente
aquelas marcas que puxaram o freio no momento da criação. Coleções apresentadas na passarela traduziam a realidade do mercado, mas o público presente ainda estava em algum lugar do passado. E foi lá em Paris mesmo que a jovem moda londrina mostrava que é na crise que se cresce. Com um dos melhores showrooms da temporada francesa, os jovens talentos que participam do British Fashion Council comemoravam a presença dos compradores internacionais no espaço que reunia grandes criações e mostravam novas possibilidades, marcas com grande apelo de imagem de moda. Tudo o que os compradores, praticamente celebridades nessa época de crise, estão procurando. Acredita-se que o consumidor irá optar por produtos com maior qualidade, que sejam duráveis no seu guarda-roupa e que sejam, acima de tudo, diferente daquilo que já possui. Em cima disso há um forte pensamento de que a criatividade será vital, e se realmente essa regra dominar o mercado, temos pela frente uma onda de grandes criações por vir. A espanhola Anna Badia, responsável pela comunicação de muitas marcas catalãs, vê o lado positivo: “Se olharmos para a história da arte, da moda, do cinema, veremos que são nos momentos mais difíceis que saem os grandes artistas. Acredito que agora é uma ótima oportunidade para os jovens estilistas em todos os aspectos, inclusive no mercado editorial. Com a crise, as grandes revistas, os títulos mais tradicionais estão abrindo as portas para peças mais diferentes e com valores mais acessíveis”. Essas mudanças de consumo e hábitos também servem para levantar questões que até então não haviam sido discutidas, como os convites para as semanas de moda. Uma das novas possibilidades citada em um artigo publicado no WWD foi a venda de convites para os desfiles, um dos argumentos é que essa seria uma boa fonte de renda para as marcas. No artigo foi trabalhada a hipótese de vender um convite para um desfile Marc Jacobs ou Oscar de la Renta, por exemplo, a US$ 160. Diane von Furstenberg, presidente do Council of Fashion Designers of América, afirma que é uma péssima ideia o consumidor ver roupas que não poderá comprar nos próximos seis meses. Ainda no artigo, o diretor criativo da Barneys (New York) Simon Doonan comenta que os convites seriam melhor utilizados se direcionados aos clientes que realmente entrariam nas lojas para comprar os produtos que viram na passarela. E afirma: “Em tempos de recessão, o cliente deveria ser rei... e o resto do tempo também!” Nem vou levantar essa discussão aqui, mas são questões como essa que a moda vem analisando desde que a crise bateu à nossa porta. Mas como em tudo que acontece há sempre o aspecto positivo, vale falar que as marcas voltaram suas coleções para o seu DNA, suas raízes. A zona de segurança trouxe coleções mais seguras, como foi o caso da Chanel, que revisitou seus clássicos, Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli, que resgataram a essência de Valentino e Balenciaga, e Nicolas Ghesquière deu um tempo das formas futuristas e apostou nos drapeados e fluidos. Mas há quem continue na sua linha de criação, sem alterar nada, como Alexan-
der McQueen, que fez mais um desfile/espetáculo em Paris. Uma coisa é certa: o efeito direto da crise na moda não tirou o brilho das coleções da temporada. Não há problema em apostar nos códigos tradicionais das grifes, é melhor garantir uma boa temporada de vendas a criar conceito e arriscar o futuro da marca. Outro aspecto bastante positivo tem sido o uso de recursos mais baratos que um desfile para o lançamento das coleções. Gareth Pugh, gênio da nova geração de estilistas, optou pelo lançamento através de um vídeo conceitual, exibido em diversas sessões para os fashionistas. Essa tendência de recursos audiovisuais para lançamento de coleções é uma união de fatores, como a forte influência tecnológica em uma jovem geração de estilistas, mas o aspecto econômico também tem seu peso nesse novo caminho de estratégia de marketing. Todas essas mudanças têm sido percebidas mais claramente no mercado internacional. Aqui no Brasil, estamos agindo mais por cautela do que por necessidade. Talvez os reflexos sejam melhores percebidos na próxima temporada que acontecerá em junho deste ano. Quando saímos desse panorama geral do mercado e entramos na influência direta da crise nos produtos, percebemos que para aqueles que sabem como trabalhar a criatividade a crise não atrapalha, como é o caso da Osklen. Assim como as marcas internacionais, mostrou o que sabe fazer melhor – desenvolveu novas maneiras de trabalhar o moleton. O que fica claro na coleção outono/inverno 2009 da marca é a fidelidade a aquilo que acredita. O designer Oskar Metsavaht trabalha muito bem com a mistura de texturas e contrastes através das peças estruturadas. Fidelidade também rege as coleções de Ronaldo Fraga, que traz seus valores morais e pessoais para seu trabalho com autenticidade. Quando o estilista consegue mostrar ao público seus valores mais íntimos através de criações autorais, mostra o que o torna diferente dos demais. Ronaldo mostrou no seu desfile o verdadeiro sentido da moda, o modo de se comunicar através da roupa em qualquer idade. Ronaldo é o estilista brasileiro que melhor sabe trabalhar nossas raízes. Mas isso faz parte dele, da sua história, e não podemos esperar isso de todas as marcas e estilistas. Quando a imprensa internacional critica o uso de muito preto em boa parte das coleções brasileiras, acredito que chegam aqui esperando ver clichês de um país tropical. Ronaldo mostra o que temos de melhor, sua leitura sobre o Brasil sempre arrepia e nos dá orgulho em sermos brasileiros. Nem todos são Ronaldo e, se fossem, perderia o brilho de ser único. Mas de um modo geral, o que vimos foram tendências pasteurizadas, a busca pelo novo não aconteceu e o que temos para os próximos invernos – seja aqui no Brasil ou na Europa – são tendências que já conhecemos e estão nas ruas do mundo todo como ombros estruturados, que nos remetem à era pós Segunda Guerra Mundial, quando a força feminina estava nos ombros. Qualquer semelhança é mera coincidência.
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FALL WINTER 2009/2010
BY PATRICIA LIMA
Times of austerity
“We wanted to make sure that the fashion show had models laughing and playing on the runway to bring a little of joy to this time, when people only talk about crisis”. That is what the fashion designer François Girbaud, from Marithé & François Girbaud, said to the press minutes after finishing his show in Paris. Weeks before, in Brazil, during the São Paulo Fashion Week, the designer Ronaldo Fraga presented his collection with elderly people and children on the runway, creating a playful and unforgettable moment for the Brazilian fashion, but that did not forget to show wisdom and commercial creativity when setting the label before a huge possibility of consumers. Now, the designers Lie Sang Bong and the Brazilian Samuel Cirnansck, that have their creations directed to the luxury market, had given the same answer when I asked about the crisis: “I work with dreams, I do not face any crisis.” These examples show different views on the moment that the fashion is going through.
A great part of the designers, when questioned by Catarina about the issue, preferred to suggest that it is more some speculation of the press than, in fact, a real or concerning situation. However, the austerity on the streets in Europe is visible. In times of recession, the fashion changes its behavior. The luxury turns ostentation (practically a social sin), and more accessible materials are allies of the creativity on the hands of the designers. The financial and economic crisis changed the prism on the fashion and placed a magnifying glass on top of the behavior of the consumer. Where is the world market of fashion going to? What will be the changes that the world crisis will cause, on the consumption behavior or on the creation? One season after starting world the economic turbulence, we still could not measure the dimension of the impact on the market, but it is already possible to perceive that the fashion will not be the same after this moment of contraction. This is not something new to this segment that was marked along history by social economic movements. By the way, it is through these movements that the history of fashion is told. So, it is clear the importance of the moment we live, when we see
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day after day the consumption habits changing, designers looking for new solutions and great labels defining new strategies face the fall of the invoicing numbers. It has been exactly one season ago, during the fashion weeks of London and Paris, that the crisis was announced in the headlines from newspapers around the world. Now, six months later we saw important labels leaving the fashion shows on the main fashion weeks of the world, as it was the case of Roberto Cavalli, who cancelled the show for his label for younger people, Just Cavalli, after having problems with his distributor, Ittierre. The Italian fashion suffers with the crisis, so much that the textile industry decided to ask for help from the government, following the example of the automobile assembly plants. An anti crisis aid package was approved, with measures that include, for example, the credit for the payment of taxes, to facilitate the accomplishment of fashion shows, and the creation of collections for the textile industry. Claudio Scajola, minister of the Economic Development, explained the decision, “We are going to protect one of the fundamental sectors of the “Made in Italy”, and create conditions so that the companies get more competitive in the international market in this period of crisis”. The minister promised to battle even more against the forgery of products, since 12,6 million counterfeited products were sold in 2008, almost two times more copies than the ones commercialized in 2007. If the Italian fashion reacts with governmental measures, the American market of fashion goes through even greater changes since it found on its current first lady, an example of more conscientious consumption. Michelle Obama appeared as a light in the end of the tunnel for the American feminine consumption. Now, it is elegant to be conscientious by the time you buy. Who strengthens the speech on conscientious consumption is the editor of Vogue America, Anna Wintour, that even declared to the The Wall Street Journal that we are not in times of ostentation. According to the words of the editor, nothing “too Dubai”. That is a clear proof that even in times of severe economy, there are those that still get to give themselves the right to create “fashionisms”. To be conscientious is not a determination of fashion editors, it is a necessity of the consumer. However, this recessionist atmosphere do not seem to reach the first row of Paris fashion shows where an unreal ostentation of women, who seemed to pretend to be on another planet, in a distant place where money is no problem at all. There was no sense on trying to interview consumers in Paris about the crisis, because they were there, at the first row waiting, only worried about their next acquisitions. Well, if that was only an image, we do not know yet. We have to wait for the numbers of sales from these collections. But I asked myself: What did those women, who were “too Dubai” (ok Anna Wintour, this expression is great, although it seems to decree a fashionism), think seen the collection of Esteban Cortázar for Maison Ungaro? Will it be possible that at some moment they had noticed the commercial and secure collection (but very well constructed with the best trends of the season) presented on the runway, was very different from the universe that they were dressed like at
that moment? Coats made from real fur had turned into a uniform among the consumers of the great labels, exactly the ones that had hold their horses at the moment of creation. Collections presented on the runway translated the reality of the market, but the audience present was still somewhere in the past. It was there in Paris that the young London fashion showed that it is in the crisis that you grow. With one of the best showrooms of the French season, the young talents that participate of the British Fashion Council celebrated the presence of the international purchasers in the space that got together great creations and showed new possibilities, labels with great appeal of fashion image. Everything that the purchasers, practically celebrities at this time of crisis, are looking for. It is believed that the consumers will opt for products with higher quality, that are durable in their wardrobe and that they are, above all, different from what they already have. On top of that, there is a strong thought that the creativity will be vital, and if it this rule really dominates the market, we have a wave of great creations to come ahead. The Spanish Anna Badia, responsible for the communication of many Catalan labels, sees the positive side: “If we look at the history of art, of fashion, of cinema, we will see that at the most difficult moments that arise the great artists. I believe that now it is an excellent chance for the young designers on all the aspects, including the editorial market. With the crisis, the great magazines, the most traditional titles, are opening the doors for more different pieces, and with more accessible values”. These changes of consumption and habits also help to raise questions that until then had not been discussed, as the invitations for the fashion weeks. One of the new possibilities mentioned in an article published in the WWD was the sales of invitations for the fashion shows, one of the arguments is that this would be a good source of income for the labels. In the article, it was worked out the hypothesis of selling invitations for shows of Marc Jacobs or Oscar Renta, for example, for 160 dollars. Diane von Furstenberg, president of the Council of Fashion Designers of America, affirms that it is a terrible idea for the consumers to see clothes that they will not be able to buy in the next six months. The article still brings, the creative director from Barneys (New York), Simon Doonan, commenting that the invitations would be better used if directed to the customers who really would go into the stores to buy the products that they saw on the runway. He says that: “In times of recession, the customer would also have to be a king… and also the rest of the time”. I am not going to raise this discussion here, but issues like that, the fashion has been analyzing since the crisis knocked at our door. However, as in everything that happens there is always the positive side, it is worth to say that the labels had turned their collections to their DNA, their roots. The safe zone brought safer collections, as it was the case of Chanel, that revisited its classics, Maria Grazia Chiuri and Pier Paolo Piccioli, that had recovered the essence of Valentino and Balenciaga, by the hands of Nicolas Ghesquière, gave a break on the futurist shapes and bet in the pleats and the fluid ones.
Although, there are the ones who continue their own style of creation, without modifying anything, as Alexander McQueen, that made another a spectacle / fashion show in Paris. One thing is guaranteed, the direct effect of the crisis on fashion did not take the brightness of the collections of the season. There is no problem on betting on the traditional codes of labels. It is better to guarantee a good season of sales than create concept, and risk the future of the label. Another very positive aspect has been the use of cheaper resources, other than a fashion show for the launching of the collections. Gareth Pugh, genius of the new generation of designers, opted to the launching through a conceptual video, shown in several sessions for the fashionists. This trend of audio and visual resources for the launching of collections is an union of factors, as the strong technological influence of a young generation of designers, but the economic aspect also has its strength on this new way of marketing strategy. All these changes have been perceived more clearly in the international market. Here in Brazil, we are acting, more for caution measures than for the necessity of it. Perhaps better reflexes of that are going to be perceived on the next season that will happen in June, this year. When we leave this general panorama of the market and go to the direct influences of the crisis on the products, we notice that for the ones who know how work with the creativity, the crisis does not interfere, as it is the case of Osklen. As well as the international labels, it showed what it knows to make better. It developed new ways to work with moletom. Something that is clear in the autumn-winter of the label collection 2009 is the fidelity to what is believed. The designer Oskar Metsavaht works very well with the mixture of textures and contrasts through the structured pieces. Fidelity also leads the collections of Ronaldo Fraga, that brings his moral and personal values to his work, with authenticity. When the designer gets to show to the public his closer values through authorial creations, shows what makes him different from the others. Ronaldo showed at his fashion show the true meaning of fashion, the way of communicating through the clothes at any age. Ronaldo is the Brazilian designer that better knows how to work our roots. But this is a part of him, of his history and we cannot expect that from all the labels and designers. When the international press criticizes the use of lots of black in great part of the Brazilian collections, I believe that they got here expecting to see cliches of a tropical country. Ronaldo shows what we better have of, his reading on Brazil always thrills us, and makes us proud being Brazilians. Everyone is not a Ronaldo, and they were, they would miss the brightness of being unique. In general what we saw were pasteurized trends, the search for the new did not happen, and what we have for the next winters, either here in Brazil, or in Europe, are trends that we already know, and are on the streets around the world, as the structured shoulders, that take us to the times after the World War II, when the female strength was on the shoulders. Any similarity is merely coincidence.
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OSKLEN “A questão da sustentabilidade é reforçada nas nossas coleções porque estamos sempre procurando materiais novos, ou então aperfeiçoando os antigos. Existem alguns materiais com os quais já estamos trabalhando há dez anos e estão cada vez melhores para o uso. Mas a questão fundamental é criar sem limites. Então misturamos materiais tecnológicos com materiais mais usados na moda, como o moleton que é a base, e os tecidos sustentáveis. A Osklen não se preocupa em ficar presa aos materiais sustentáveis na hora de criar, nossa preocupação é desenvolver novos materiais para substituir os antigos.” Oscar Metsavath, estilista que reinventou o moleton em sua coleção outono inverno 2009
“The issue of the sustainability is strengthened in our collections because we are always looking for new material, or then perfecting the old ones. There are some materials which we are already working for ten years and they are each time better for the use. But the fundamental issue is to create without limits. Then we mix technological materials with more frequently used materials in fashion, as Moleton, that it is the base, and the sustainable fabrics. Osklen is not worried to be imprisoned to the sustainable materials, it is time for creation, our concern is to develop new materials to replace the old ones.” Oscar Metsavath, fashion designer that reinvented Moleton in its autumn-winter collection, 2009
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RONALDO FRAGA “Quando você vê aquela modelo linda, com cabelo lindo, dando aqueles passos lindos, é tudo lindo e é tão distante. Eu vejo que a moda é um instrumento de comunicação do nosso tempo. Ela entra na casa de pessoas das classes A a Z, ela seduz homens e mulheres, todo mundo para para assistir a um desfile de moda. Então será que nós não podemos falar de outras coisas e, principalmente, dar uma oportunidade das pessoas se verem representadas ali? Todos vestem. A moda tem que, pelo menos, tentar estabelecer um diálogo com a maioria, porque se ela não faz isso, então ela não é moda. As formas são as formas que eu sempre gostei. Eu gosto de pensar que cintura quem marca é você; se você pegar todas as roupas, você terá condição de colocar um cinto, de marcar sua cintura. Mas eu quero sugerir um corpo imaginário, acho isso extremamente bonito, extremamente sensual, totalmente libertário.” Ronaldo Fraga, estilista que levou para a passarela crianças e idosos para desfilar sua coleção
“When you see that pretty model, with pretty hair, giving those pretty steps, it is all pretty and it is so distant. I see that the fashion is an instrument of communication of our time, it enters the house of people from A to Z classes, it seduces men and women, everybody stops to watch a fashion show. Then, can’t we talk about other things, and mainly, to give a chance for the people to see themselves represented there? Everybody dresses up. The fashion has to try, at least, to establish a dialog with the majority, because if it does not do that, then it is not fashion. The forms are the ones that I always liked. I like to think that who marks the waist is you. If you get all the clothes you will have condition to place a belt, to mark your waist. However, I want to suggest an imaginary body, I extremely find this pretty, sensual, totally libertarian.” Ronaldo Fraga, fashion designer that took children and older people to the runway to show his collection
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OEstúdio Sempre trabalhando a comunicação com a moda, o coletivo OEstúdio apostou no tema central da temporada: a crise financeira. Os estilistas Anne Gaul e Fabrício da Costa comentam a coleção. Catarina: Anne, explique um pouco o conceito da coleção. A.: Essa coleção tomou forma em uma reflexão, em um brainstorm cotidiano onde nós começamos a falar de valores. E esses valores são basicamente visuais, já que 80% dos estímulos vistos hoje nas cidades são estímulos visuais. Por isso resolvemos buscar esses valores em algum lugar onde as pessoas não enxergam e fizemos um workshop no Instituto Benjamin Constant, que é uma instituição de reabilitação e estímulo para deficientes visuais. A partir daí isso foi tomando forma, foi crescendo e se tornando uma cegueira social, e é aí que a gente fala de crise, fala de política. Acabamos incorporando esse discurso porque ele faz todo o sentido – crise e cegueira são a mesma coisa. C.: Como vocês acreditam que acontece a relação moda x crise? A.: Acho que ela se dá de diversas formas, tanto na forma estética como na forma política, quer dizer, no seu discurso. Mas eu acho que a moda é importante porque ela é um veículo de comunicação, acho que o trabalho que OEstúdio faz é um trabalho essencialmente de comunicação muito mais do que de estética. Obviamente que existe uma preocupação com a estética, mas existe uma preocupação muito maior em como comunicar esse assunto, em como comunicar o tema, como falar sobre isso, então a moda é só um veículo. O que está por trás é o conteúdo, é uma coisa maior. C.: Um poema serviu de inspiração para a coleção? A.: Sim, foi uma inspiração. O economista Paulo Rabello de Castro foi uma pessoa muito importante nessa história porque ele conseguiu fazer uma poesia disso. Porque você pode ver isso só como moda pura ou só como economia pura, e o que ele fez foi uma convergência desses dois assuntos, de uma forma poética, contando a história da coleção com uma poesia maravilhosa.
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C: Como esse tema foi traduzido nas peças? A.: A peça mais forte do desfile é um macacão que vestindo não parece que é um macacão, parece uma camisa dentro de uma calça. Isso fala de escolhas e essas escolhas estão tanto ligadas à economia, à crise, quanto à moda; tanto as pessoas que enxergam como as pessoas que não enxergam têm dificuldades de fazer escolhas, e as escolhas fazem toda a diferença. Então acho que o macacão contextualiza a coleção, você não vai errar ao fazer a escolha, ela já vem pronta para. Têm também as peças que frente e costas vestem exatamente iguais. Trabalhamos a ausência de referência, as peças não têm pé nem cabeça, não têm referência, mais uma vez a escolha – está tudo montado, a pessoa não vai errar. O shape é muito mais utilitário do que estético. A nossa intenção era muito mais fazer como isso ser real, isso funcionar, o estético foi uma consequência. As cores são cores neutras. Escolhemos trabalhar com diferentes tonalidades de azul, porque acho que o azul é uma cor que iguala todos. A cartela de cores também passa pelo preto, que é uma cor importante, que fala do luto, dessa ausência de referências, e depois tem um toque de cores claras que é a luz no fim do túnel, tem uma luz de verde, de branco.
OEstúdio Always working the communication with the fashion, the collective OEstúdio bets on the central subject of the season: the financial crisis. The designers Anne Gaul and Fabrício da Costa comment the collection. Catarina: Anne, explain a little about the concept of the collection. A.: This collection took form on a reflection, in a daily brainstorm where we started to talk about values. These values are basically visual, since 80% of the stimuli seen today in the cities are visual stimuli. Therefore, we decided to look for these values in some place where the people do not see, and made a workshop in the Benjamin Constant Institute, that is an institution for the rehabilitation and stimulus of visual handicapped people. From then on, it started to take form, it started to grow, becoming a social blindness, and that is where we talk about crisis, about politics. We ended up incorporating this speech, because it makes total sense, crisis and blindness are the same thing. C.: How do you think the relation fashion X crisis happens? A.: I think that it comes in different ways, in the esthetic form as in the political form, or to say, in its speech. But I think that fashion is important because it is a communication means, I think that the work that OEstúdio does is essentially a communication one more than esthetical, obviously that there is a concern with the esthetic, but there is a greater concern on how to communicate this subject, on how to talk about the topic, how to talk about it, then the fashion is just a vehicle, what is behind it is the content, it is a bigger thing.
shirt inside of pants. That, talks about choices, and these choices are in such a way on the economy, the crisis, as to the fashion, the people who see as the people who do not see have difficulties to make choices, and the choices make all the difference, then, I think that the overalls contextualize the collection. You are not going to make a mistake when you make the choice. It already comes ready to use. There are also the pieces that front and back dresses exactly the same. We worked the absence of reference, the pieces have no sense, there is no reference. Once more, the choice, everything is established, the person is not going to make a mistake. Shape is much more utilitarian than aesthetic. Our intention was much more to make it as a real thing, was to make it work, the aesthetic was a consequence. The colors are neutral. We chose to work with different tones of blue, because I think that blue is a color that equalizes everyone. The palette of colors also goes through black which is a color that is important, that talks about the mourning, this absence of references, and after that there is a touch of light colors, that is the light at the end of the tunnel, it has a green light, a white light.
C.: Did a poem work as an inspiration for the collection? A.: Yes, it was an inspiration. Economist Paulo Rabello de Castro was a very important person in this story because it got to make a poetry from this. Because you can see this only as pure fashion or just as pure economy, and what he did was a convergence of these two subjects, of a poetical form, telling the story of the collection with a wonderful poetry. C: How was this subject translated to the pieces? A.: The strongest piece of the show is an overall that when it is worn does not seem it is an overall. It seems like a
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ISABELA CAPETO Os vikings invadiram o imaginário da estilista, que soube aproveitar os melhores elementos da sua inspiração. Muitas sobreposições, peças bem trabalhadas em tricô e uma paleta basicamente preta, com explosões de cores pontuais no meio da coleção.
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DO ESTILISTA Com a Holanda regendo sua coleção, Marcelo Sommer apostou em estamparias que lembram suvenires, em peças clássicas como chemisier e terno. Com branco e azul dominando a paleta de cores, o resultado são clássicos inusitados.
ALEXANDRE HERCHCOVITCH A mesma coleção apresentada na SPFW e NY Fashion Week mostra a capacidade que Alexandre tem em decodificar todas as tendências para o público da sua marca. Na prática, nada de novo, mas pelas mãos dele tudo parece inédito. Desde os babados até a mistura de estampas.
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FH Um desfile repleto de sentimentos, uma homenagem ao amor, onde vestidos vermelhos que lembravam a paixão foram destaque na coleção de Fause Haten. As criações transitaram nas diferentes formas de amar – peças em tons pastel traduziam o amor mais romântico, já em tons escuros o amor mais sofrido.
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COLCCI A marca mostra na passarela o que faz de melhor: peças comerciais que logo ganham as ruas. Algumas tendências, como a alfaiataria, passam a incorporar a coleção, mas sempre com a leitura mais comercial possível. Há quem cite isso de maneira pejorativa, quando saber fazer o que o consumidor quer comprar é uma grande qualidade.
MARIO QUEIROZ O homem construído por Mario Queiroz carrega força e elegância, mesmo que a inspiração venha de bárbaros ou guerreiros. O que é bastante interessante na coleção são peças que levam elementos femininos para o universo masculino, como o jabô.
CORI Em sua última coleção à frente da Cori, Dudu Bertholini e Rita Comparato mostraram uma alfaiataria diferente para a consumidora da Cori, trabalhada com muitas cores, recortes e silhueta justa ao corpo. “Em tempos de crise a gente tem que apostar nos hits da marca”, explicou Dudu Bertholini
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PRISCILA DAROLT A partir de um frasco de perfume Baccarat, encontrado em um antiquário, Pricila desenvolveu uma coleção repleta feminina sem clichês. Com muita alfaiataria, plissados e zíperes, as peças mostram um trabalho consciente da estilista.
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ELLUS Jeans escuros, muitos macacões e elementos masculinos marcaram a coleção da Ellus intitulada Hardworker. Com forte apelo andrógino, a marca afirma que a top britânica Agyness Deyn era a melhor opção para estrelar a campanha da marca.
FORUM TUFI DUEK Tufi Duek aposta em uma mulher forte, com botas e leggings de couro, que mistura tecidos pesados e estruturados com leves e fluidos. O universo da montaria do Sul do Brasil aparece em uma elegante releitura com direito a franjas e ponchos.
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MARIA BONITA Simplicidade nas coleções da marca são sinônimo de luxo. A beleza aparece no acabamento e sutileza de peças como os maxiblazers, paletós, macacões e vestidos amplos.
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IÓDICE Waldemar Iodice aposta no minimalismo preto e branco. A construção de tecidos forma boa parte das peças, que continuam com foco na alfaiataria. Ombros pontudos e cintura marcada colocam a marca em paralelo às marcas internacionais.
REINLADO LOURENÇO Um inverno fechado, com toques futuristas e trabalho tridimensional nos vestidos. Golas estruturadas e luvas de látex desfilaram em uma passarela prata, o contexto firma o desejo do estilista em mostrar uma coleção de acordo com o mercado global.
HUIS CLOS Consciente do seu DNA, a marca manteve a elegância, mas apimentou um pouco na sensualidade da coleção. Corte e modelagens incríveis já são reconhecidos nas criações, mas essa abertura para uma mulher mais sexy renova a Huis Clos exatamente no ponto certo.
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TRITON Royal Mania, tema da coleção, foi traduzida em elementos militares, com muitos botões dourados e brasões para o público jovem. Vestidinhos estruturados, mas curtos. Blazers de moleton – alguns trabalhados no matelassê – e blusas esvoaçantes contrapõem a alfaiataria da coleção.
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ANDRÉ LIMA André Lima é o rei dos vestidos no Brasil, cada vez mais as possibilidades apresentadas por ele na passarela são muitas. Um dos caminhos apontados pelo estilista é oriental. Com estampas e modelagens que não deixam dúvidas em relação à sua inspiração, o cineasta Wog Kar-Wai.
V.ROM Igor de Barros vem exercitando seu trabalho com peças clássicas com cara de streetwear. A desconstrução das peças resulta um novo olhar sobre o desejo masculino por uma moda contemporânea.
ERIKA IKEZILI Inspirada nos tecidos japoneses usados para embrulhar presentes, Érika mostrou uma coleção com pitadas de anos 1960. A década de 1980 aparece em calças com cintura alta e volume no quadril.
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AMAPÔ Um bagunçado estudado, misturas bem pensadas, estampas e tachas compondo o mesmo look. Tudo em perfeita harmonia. A Amapo fortalece sua imagem como marca que traz um novo olhar para a moda brasileira.
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GLORIA COELHO “O ET abduziu a Duquesa”. Essa inspiração de Glória Coelho se desdobra em casacos, jaquetas e bermudas que serão facilmente abduzidos pelo guarda-roupa das consumidoras. Peças fáceis de desejar, mantendo sempre a linha de criação da marca.
ANIMALE Em tempo de tecnologia têxtil, a marca aposta em inovações tecnológicas para seu inverno. Tecidos que mudam de cor em contato com o calor do corpo foram usados em peças com características utilitárias como zíperes e cordões. Uma mulher segura e contemporânea aparece mais uma vez no desfile da marca.
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SAMUEL CIRNANSCK O estilista mostra na passarela o que seu público mais fiel quer ver. O mercado de noivas tem se rendido cada vez mais às criações de Samuel, que olhou para a Rússia ao trabalhar o seu próximo inverno. Seus vestidos de festa mostrados no seu desfile é tudo o que o universo das noivas busca: luxo, rendas, bordados e brilhos.
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NEON Estruturas mais rígidas e ótimo trabalho de modelagem deram início a uma nova linha da marca, Rubi. O inverno vem colorido, leve e luxuoso nos cocktail dresses.
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CHANEL
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Nunca um clássico foi tão moderno quanto nesta coleção da Chanel. Karl Lagerfeld começou seu desfile apresentando uma alfaiataria como só ele sabe fazer. Recortes milimetricamente bem-feitos e peças bem estruturadas mostraram que um terno Chanel pode ser bem atual. Passando pelo exótico e tendencioso, o clássico é quebrado pelos macacões estampados e justos que, contrapostos com jaquetas de tweed, deram um ar lúdico ao inverno da marca. Tailleurs sóbrios impactaram. Saias longas e esvoaçantes foram combinadas com blazers justos e camisas. A cintura delicadamente marcada deu um ar feminino e trouxe para os tempos de hoje a imagem eterna da mulher elegante e sofisticada.
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ALEXANDER MCQUEEN O desfile de Alexander McQueen aparece no meio da semana de moda de Paris como um grito no silêncio causado pela preocupação com a crise financeira. Um grito que protesta a favor da criatividade, da força da moda, da nossa necessidade em consumir algo novo. Uma coleção que supre aquilo que nossos olhos buscam ver na passarela.
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LOUIS VUITTON Talvez a intenção de Marc Jacobs tenha sido mostrar sua capacidade de traduzir de diferentes maneiras uma mesma tendência. O desfile da Louis Vuitton encerrou a semana de moda de Paris da mesma maneira que Marc desfilou sua marca própria em New York, de olho nos anos 1980. Mas no desfile em Paris a coleção tinha um ar mais fresco e jovial, cheia de vestidinhos, com volumes diferentes drapeados, laços, fitas e rendas. Looks que poderão agradar a várias faixas etárias e ainda ajudam a renovar a marca, sempre tão vista de maneira tradicional.
COMME DÉS GARÇONS Rei Kawakubo continua a trabalhar sobreposições, mistura de texturas e materiais, a característica permanece nas suas criações, mas a atmosfera muda a cada coleção. Carregado de um mistério velado, os looks desta coleção mostram muitas camadas não só de tecidos como de entendimento sobre o tema da coleção. “Nada é o que parece” foi o tema usado para deixar todos intrigados e hipnotizados com a coleção, um dos destaques desta temporada de desfiles internacionais. Na prática, todo conceito será traduzido em casacos fáceis de usar e ótimas linhas de camiseta.
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MARC JACOBS Uma sacudida de cores durante a NY Fashion Week. Marc Jacobs assume seu lado mais otimista e usa as cores como um escudo de defesa para o pessimismo americano. Uma rebeldia com referência na década de 1980 foi a proposta de Marc Jacobs para o inverno 2009. O apelo ao individualismo deve agradar aos fashionistas que já vinham usando nas ruas as mesmas cores e ombros estruturados da coleção do estilista.
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BALENCIAGA
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Depois de algumas coleções apostando no futurismo, linhas duras e forte construção de looks, Balenciaga foi “inspiração” para muitas outras marcas. Algumas lembravam até demais o trabalho de Nicolas Ghesquière. Por isso, foi ótimo ver a quebra da continuidade com uma coleção tão feminina, cheia de drapeados e leve para o inverno 2009.
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“Sou realista”, declarou Alber Elbaz. “Pensei com o meu coração sobre o que as mulheres necessitam da moda – vestidos, ternos, blusas, casacos. A vida não é só festas e almoços.” Com essa declaração, Alber Elbaz explica sua coleção repleta de peças feitas para situações reais.
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HUSSEIN CHALAYAN
Parte das pessoas que admiram as inovações tecnológicas do estilista se decepcionou nesta temporada. Não havia nada de surpreendente nem tecnológico na coleção. Para aqueles que traçam uma linha a seguir e essa linha é a inovação, também é importante quebrar o ritmo de vez em quando e mostrar que independente do que faz, sempre faz bem-feito.
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JEAN PAUL GAULTIER
O nome de Jean Paul Gaultier está intimamente ligado ao fetichismo. A coleção inverno 2009 é forte, andrógina e repleta de elementos sadomasoquistas.
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MAISON MARTIN MARGIELA
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HEMÉS
GIVENCHY
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o luxo ao seu alcance
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SANTA CATARINA MODA CONTEMPORÂNEA BRASIL
REFRESH O que é novo? Ou melhor, o que podemos considerar novo no mercado de moda brasileiro? Pouca coisa, com certeza. Entre as novidades mais interessantes está o Santa Catarina Moda Contemporânea, projeto com frescor e sabor de novidade. Fechando seu quarto ano de atividades poderia não ser mais visto como uma novidade, mas esse é o ponto principal. O SCMC é um projeto vivo, com a gestão nas mãos dos empresários do setor têxtil, que buscam fomentar jovens criadores e assim fortalecer a imagem do Estado de Santa Catarina como fonte de criatividade. Por ser aberto, em busca da consolidação de uma identidade, o projeto evolui a cada ano e já colhe frutos palpáveis dessa união entre indústrias, alunos e instituições de ensino. O grande diferencial do projeto não aparece na passarela, quando é apresentado o resultado final. O grande tesouro dessa união surge dentro das fábricas quando alunos propõem possibilidades até então inéditas. A inovação acontece ali, na criação de novas técnicas, novos desenhos, novos formatos. A experimentação fica por conta dos estudantes; já o investimento em um mercado mais competitivo fica por conta de grandes indústrias do setor têxtil de Santa Catarina, estado que fica ao Sul do Brasil. A dificuldade em entrar no eixo de informação de moda é geográfica, mas workshops e palestras ao longo do ano têm como missão capacitar os futuros estilistas, que durante um ano participam e conhecem melhor o processo industrial. www.scmc.com.br
What is new? Or better, what can we consider new in the Brazilian market of fashion? Little thing, for sure. Among the most interesting new features is Santa Catarina Contemporary Fashion (SCMC), a project with the freshness and flavor of newness. Closing its fourth year of activities it could be seen no more as a newness, but that is the main point. SCMC is an alive project, with the management at the hands of the businessmen of the textile sector, that try to foment young creators and thus strengthen the image of the state of Santa Catarina as a creativity source. Being open, in search of consolidation of an identity, the project developed each year and already gets concrete fruits of this union among industries, students and institutions of education. The great differential of the project does not appear at the fashion shows, when the final result is presented. The great treasure of this union appears inside the factories when students propose unknown possibilities, until then. The innovation happens there, in the creation of new techniques, new drawings, new formats. The experimentation is made by the students, and the investment in a more competitive market, is on the hands of great industries of the textile sector of Santa Catarina, a state that is located in the south of Brazil. The difficulty to go into the axis of fashion information is geographic, but workshops and lectures along the year have as the mission to qualifies the future designers, that during one year participate, and know better the industrial process. www.scmc.com.br
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IRIÁ + UDESC
VILLA + SENAI RIO DO SUL
RENAUX BLUE LABEL + FURB
Através de processos manuais e acabamentos, a coleção trouxe looks inspirados em peixes abissais. Formas fluídas e sobreposição de tecidos em vários tons de bege ajudam a mostrar as marcações, que lembram muito as figuras oceânicas.
Com referência na Índia, traz formas bem femininas e pontuadas por dourados nos acessórios ou nas barras dos vestidos. Muito vermelho e turquesa, com toques românticos nas malhas e estampas étnicas, que finalizam a coleção.
Inspirada na Rainha Elizabeth I, a coleção mostra pérolas como pontos de luz marcantes nas roupas. Volumes e a presença forte do xadrez e listrados, em bases de algodão com babados grandiosos.
Through manual processes and finishing, the collection brought looks inspired on the abyssal fish. Flowed forms and fabric overlapping in several tones of beige, help to show the markings, which remember much, the oceanic figures.
By referring to India, it brings very feminine shapes, punctuated by golden in the accessories or the bars of the dresses. Lots of red and turquoise, with romantic touches in the meshes and ethnic prints, that finish the collection.
Inspired on Queen Elizabeth I, the collection shows pearls as outstanding points of light on the clothes. Volumes and the strong presence of checkers and stripes, in cotton bases with magnificent lappets.
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SCMC BRASIL
TECNOBLU + UDESC MARÉ CHEIA + UNIFEBE Em homenagem ao centenário da imigração alemã em Santa Catarina, a coleção mostra a cultura e o universo feminino. Pontuada por tons alaranjados com toques suaves esverdeados, as peças também trazem florais e plissados. In homage to the centenarian of German immigration in Santa Catarina, the collection shows the culture and the feminine universe. Punctuated by orange tones with soft greenish touches, the pieces also bring floral and pleats.
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O “nadismo” trouxe como inspiração para as peças-conceito, seja em embalagens ou bolsas. A criação resultou em produtos híbridos, versáteis e conceituais. O toque experimental fica por conta dos materiais e a apresentação das novas formas que evoluem na passarela. The “nothingness” brought as inspiration to the piece-concept, either in packages or bags. The creation resulted in hybrid, versatile and conceptual products. The experimental touch is on the materials and the presentation of the new shapes that evolve on the runway.
JUST FOR MEN + SENAI BRUSQUE Underwear que propõe novas formas e texturas. Malhas e novos recortes inspirados nos Irmãos Campana ditam os processos. A coleção evolui até a homewear casual e colorida, despretensiosa. Underwear that proposes new shapes and textures. Meshes and new cuts inspired by the Campana Brothers dictate the processes. The collection develops to the casual and colorful home wear, unpretentious.
PAKALOLO + FURB
HERING + ASSEVIM
A proposta é uma moda unissex, experimental para ambos. Cada casal tem versões da mesma peça ou peças que servem aos dois. A estratégia é divertir, sem perder a oportunidade de mostrar a versatilidade e a transformação da coleção.
Com grafites e resinados em quase toda coleção, as peças mostram processos industriais que acabaram enrijecendo os materiais e criando roupas-acessório. O cenário urbano traz toy arts, moletons e jeans, trabalhados manualmente, com cortes diferenciais e criando novas formas.
The proposal is a unisex fashion, experimental for both. Each couple has versions of the same piece or pieces that fit the two. The strategy is to amuse, without missing the chance to show to the versatility and the transformation of the collection.
With resin and graffiti in almost the whole collection, the pieces show industrial processes that ended up hardening the materials creating accessory-clothes. The urban scene brings toy art, moletom and jeans, manually worked, with differential cuts creating new shapes.
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MARISOL CALÇADOS + SENAI SÃO JOÃO BATISTA Meninas e meninos ganharam calçados transparentes com inspiração em três momentos do cinema. A pesquisa por formas e materiais diferentes revelou uma coleção com ares futuristas e divertidos, capazes de despertar o interesse dos pequenos. Girls and boys had gained transparent shoes inspired on three moments of the cinema. The search for different shapes and different materials disclosed a collection with futurist and amusing look, capable of arousing the interest of the little ones.
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BUETTNER + SENAI BLUMENAU As estampas de gatinhos e o uso forte do preto e branco foram a base para as peças de cama e banho desenvolvidas. Os looks pontuados por dourado também surgem na passarela e toda a coleção aparece como vestuário, transcendendo a moda cama. The kitten patterns and the strong use of black and white prints were the basis for the pieces developed for bed and bath. Punctuated looks by golden also are presented on the runway and the whole collection is shown as clothing, transcending the bed fashion.
PER TE + SENAI CRICIÚMA “Madame Butterfly” foi o ponto de partida para a coleção voltada para a mulher moderna, sensual e com apelo à cultura japonesa também. Tecidos sofisticados fazem vezes com modelos clássicos e toques sutis de inovação. “Madame Butterfly” was the starting point for the collection directed to the modern, sensual woman and also with an appeal to the Japanese culture. Sophisticated fabrics are mixed with classic models and subtle touches of innovation.
DALILA TÊXTIL + SENAI JARAGUÁ DO SUL
HOEPCKE BORDADOS + UNIVALI
LANCASTER + UNIASSELVI
O estudo sobre Carmem Miranda, a diva dos anos 40, e a banana, diretamente ligada à artista, trouxe novos materiais. O resultado é uma coleção a partir da própria fruta, promovendo o slogan “Banana Nada Banal”, onde tudo pode ser aproveitado, seja na utilização da fibra ou na estamparia das peças.
Inspirada em Margaret Mee, a clássica lingerie de noite ganha ares de homewear e invade a passarela. O lúdico e os bordados competem pela atenção e deixam transparecer maciez. Os toques florais ficam a cargo das estampas com folhas, deixando as peças ainda mais femininas.
Cores e texturas diferentes foram exploradas de muitas formas na coleção. A pesquisa, que teve como base as estampas e a inspiração na arquitetura urbana, cria peças com sobreposições. Surgem interferências e misturas, tanto nos tecidos quanto nas formas.
Inspired on Margaret Mee, the classic night lingerie gets a homewear look and invades the runway. The playful and the embroidering compete for the attention and let the transparent and the softness. The floral touches are on the prints with leaves, making the pieces even more feminine.
Different colors and textures were explored in many ways in the collection. The research, that had as basis the printings and the inspiration in the urban architecture, creates pieces with overlappings. Interference and mixtures, in the fabrics as well as in the shapes come up.
The study on Carmem Miranda, the diva from the 40’s, and the banana, directly linked to the artist, brought new materials. The result is a collection from the fruit itself, promoting a slogan “No Banal Banana”, where everything can be taken, either on the use of the fiber or on the printing of the pieces.
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OXFORD + SENAI JOINVILLE
RENAUX VIEW + UNIVALIL Baseada na palavra “sublevação” (sinônimo de rebelião) em conjunto com referências ao designer gráfico Eduardo Recife, trouxe surrealismo e lirismo. A informação desconstruída fez com que os tecidos ganhassem subtons e se complementassem em peças estruturadas.
DUDALINA + SENAI BLUMENAU
A presença dos “fractais” levou à criação de uma cerâmica moderna, contrastante e intrigante. Os desenhos irregulares aparecem em padrões coloridos, inusitados e amplos. Agrega design aos objetos e propõe novas formas. Uma louça experimental. The presence of the “fractals” led to the creation of modern, contrasting and intriguing ceramics. The irregular drawings appear in colored, unusual and ample patterns. It adds design to objects and it proposes new shapes. An experimental ware.
Based in the word “uprising” (synonymous of rebellion) along with references to the graphic designer Eduardo Recife, it brought surrealism and lyricism. The deconstructed information made the fabrics to get sub tones and be complemented in structured pieces.
Following a good mood style, the collection gets a urban and unpretentious look. The vibrant palette of colors and combinations appears with new modeling, leaving the triviality and with a commercial look. The sober mixes to the surprises and fun.
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Seguindo uma linha bem humorada, a coleção ganha ares de urbano e despretensioso. A cartela vibrante de cores e combinações surge com modelagens novas, saindo da trivialidade e com olhar comercial. O sóbrio se mescla às surpresas e brincadeiras.
Sabe onde você encontra mais informação de moda? No nosso programa de TV. Assista todos os sábados, 20h30min, na Record News.
MOMENTS
DSQUARED2, Milan
JEAN PAUL GAULTIER, paris
PRADA, milan
LOUIS VUITTON, PARIS
CHANEL, paris
CHRISTIAN DIOR, paris
MISSONI, milan
Imagens: STYLEPRESS/KF
Autunn / Winter 2009
www.amaranta.com.br | Show Room Fpolis - 48 3248-4707
TOTAL BLACK A cor predomina na temporada e aparece em todas as tendĂŞncias apresentadas pelas marcas.
MAISON MARTIN MARGIELA
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CHRISTIAN LACROIX
ELISA CHANAN
CLAUDIA SIMÕES
ELISA CHANAN
LUTZ
FORUM TUFI DUEK
COLCCI
LINO VILLAVENTURA
TONY COHEN
ATSURO TAYANA
CHLOE
JILIAN LEWIS
MENSWEAR
BY LUIGI TORRE
outono / inverno 2009 Enquanto estávamos de olho no SPFW, lá fora a temporada de inverno 2009 começava a tomar força com os desfiles de moda masculina. E, apesar de todo clichê que se formou ao redor do tema, não tinha muito como fugir do principal assunto em pauta: a crise econômica. Afinal, esta é a primeira temporada sobre os reais efeitos de um dos momentos mais turbulentos na economia mundial. Daí que se antes as vendas já não estavam indo muito bem, agora virou um verdadeiro desespero. O foco, então, vem no comercial. As marcas mais do que nunca precisam vender, e de fato não é hora de ousar com experimentações fashion. Melhor ficar com aquilo que é garantido. Por isso o mar de básicos, cores neutras, alfaiataria e esse clima supersóbrio, quase sombrio, com extrema atenção a pequenos detalhes. Uma saída que muitas grifes encontraram foi trazer de volta ícones ou temas que facilmente se associam à marca. Foi o caso da Burberry que, depois de muitas coleções, volta a dar lugar de destaque a seu famoso xadrez e trench-coats mais tradicionais. Na Bottega Veneta, Tomas Maier se concentra mais ainda naquilo que vem fazendo há anos: luxo discreto. Agora ficando mesmo discreto, com extrema atenção aos detalhes numa coleção extremamente limpa e quase sem nenhum acessório para tirar atenção das roupas. Alexander McQueen concentra-se na sua excelente alfaiataria, ajustado à silhueta ao corpo e apostando bastante no 2 em 1, como no terno com colete embutido. Até mesmo a Prada optou por esse caminho mais seguro. Depois de duas coleções investindo naquela imagem de um homem mais delicado e frágil, para o inverno 2009 Miuccia Prada vem 100% masculina, com delicadezas restritas a pequenos detalhes e
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poucos looks. O foco é na alfaiataria, lembrando muito seu trabalho dos anos 1990. Sobriedade e tons escuros por toda parte. Prada aposta nos casacões com comprimento até o meio da perna, em tecidos mais pesados, sobrepostos a paletós com abotoamento duplo, lapela mais pontuda, com um bom perfume nostálgico, assim como em muitas outras coleções. E todos esses tons escuros e formas rígidas parecem trazer um certo senso de segurança para as coleções. Como se houvesse uma necessidade por roupas que expressassem essa vontade de segurança. Tanto num look mais confortável – a segurança do estar bem consigo mesmo – ou em formas mais rígidas, num look sóbrio e ar mais firme quase agressivo. Quem melhor representa essa vertente é a Jil Sander com suas formas extremamente rígidas. Lá, Raf Simons acintura seus casacos, que ganham formas mais estruturadas na cintura, fazendo um bom contraponto aos ombros mais suaves e redondos e às barras dos casacos mais volumosas. A imagem é boa, traz um certo frescor para uma temporada quase sem ideias novas ou interessantes. Faz perfeito sentido com os nossos tempos, mas para a vida real a roupa parece rígida demais para o homem que, apesar de toda a insegurança que o mundo passa agora, não vai querer se ver preso a um blazer ou casaco que se ajusta de forma bem marcante à sua cintura. É que a crise parece ter viciado não só os olhos dos jornalistas e editores como a própria mente dos estilistas. O foco e a preocupação por ela parecem ter transformado a crise financeira em crise de criatividade. Isso porque muitas das coleções, apesar de roupas perfeitas, com acabamentos e detalhes impecáveis, careciam de uma certa emoção – daquele suspiro que damos ao
ver uma peça realmente incrível, com informação de moda e criatividade. Quase vemos isso na coleção da Lanvin, onde Lucas Ossendrijver dá um toque suave a seus looks com aparência confortável, silhueta solta em tecidos desestruturados e leves. A proporção também é bem interessante, aquela coisa da calça mais volumosa, com blazer mais ajustado e um pouquinho desestruturado Sem deixar de lado toda essa estética sóbria, escura, quase agressiva – afinal são elementos recorrentes em sua coleções –, Rick Owens foi um dos poucos que conseguiram dar um ar meio romântico à sua coleção, ainda que de modo bem autoral. Peças de aspecto bem pesado, como as botas em couro de cano alto, casacos pesados em lã ou couro, vinham combinados com peças mais delicadas em algodão bem fino ou numa lã mais leve, sempre desestruturada. Outro que também fez isso com grande sucesso foi Raf Simons. O foco foi também na alfaiataria, aqui numa silhueta mais próxima ao corpo, bem seca, mas não tão skinny como antes. As formas são bem enrijecidas, dando estrutura às jaquetas, que ficam bem moldadas ao corpo. Essa rigidez, então, começa a ser quebrada por formas arredondadas nos ombros em boleros de neoprene. Ou então acinturando os paletós e até mesmo colocando neles mangas e costas em tecidos mais leves em cores vivas.
autumn / winter 2009 While we were all eyes to the SPFW (São Paulo Fashion Week), the winter season of 2009 started to take place abroad, with the men’s fashion shows. Although all cliche that was formed around the subject, it was not possible to escape the main subject in the guideline nowadays: the economic crisis. After all, this is the first season on the real effects of one of the most turbulent moments in the world-wide economy. So, if the sales were not doing very well, now it turned up to be a real case of desperation. The focus, then, comes in the commercial area. The fashion labels, more than ever, have to sell, and in fact it is not the time to risk with experimentation fashion. It is better to keep what is guaranteed. Therefore the ocean of basic, neutral colors, taylory and this very sober atmosphere, almost shady, with extreme attention to the small details. One of the solutions that many brands had found was to bring back icons or subjects that easily associate with the label. It was the case of the Burberry, that after many collections give back a prominence place to its famous and more traditional checker and trench-coats. At Bottega Veneta, Tomas Maier is even more concentrated on what he is doing for years: discreet luxury. Now, getting even more discreet, with extreme attention to the details in an extremely clean collection and almost without no accessory that could take out the attention on the clothes. Alexander McQueen is concentrated in its excellent taylory, adjusting the silhouette to the body and betting on the 2 in 1, as in the suit with inlaid vest. Even Prada opted to this more secure path. After two collections investing on that image of a more delicate and fragile man, for the 2009 winter Miuccia Prada comes with 100% masculine, with delicacies restricted to the small details and few looks. The focus is
on the taylory, remembering a lot the work of the 90’s. Dark sobriety and tones everywhere. Prada put on the long coats lengthened to the middle of the leg, in heavier fabrics, overlapping double buttoned suits, sharp-pointed lapel, with a good nostalgic perfume, as in many other collections. All these dark tones and rigid forms seem to bring a certain sense of security for the collections. As if there was a necessity for clothes to express this desire for security. In a more comfortable look - the security of feeling well with yourself -, or in more rigid forms, a sober look and firmer aspect, almost aggressive. Who better represents this trend is Jil Sander with extremely rigid forms. Raf Simons tightens the coats, that get more structured forms at the waist, making a good counterpoint to the round softest shoulders and the more voluminous bars of the coats. The image is good, brings some freshness for a season almost without new or interesting ideas. It makes perfect sense with our times, but for the real life the clothes seem too rigid for the man, who although all the unsafeness that the world is now passing through, does not want to feel imprisoned to a blazer or coat that adjusts and marks the waist. The thing is that the crisis seems to have not only vitiated the eyes of the journalists and publishers, as well as the minds of the designers. The focus and the concern for it, seems to have made the financial crisis into creativity crisis. That is because many of the collections, despite the perfect clothes, with perfect finishing and details, lacked some emotion. From that sigh that we take when seeing a really incredible piece, with information of fashion and creativity. We almost see this in the collection of Lanvin, where Lucas Ossendrijver gives a soft touch to his looks with comfortable appea-
rance, untied silhouette in unstructured and light fabrics. The proportion is also very interesting. That thing of more voluminous pants, with adjusted, and a bit unstructured jacket. Without omitting all this sober, dark, almost aggressive esthetic - after all, they are recurrent elements in the collections -, Rick Owens was one of the few that could give kind of romantic air to his collection, yet in a very authorial way. Pieces of very heavy aspect as the leather tall boots, heavy coats in wool or leather, matching more delicate pieces in thin cotton or a lighter wool, always unstructured. Another that also made this with great success was Raf Simons. The focus was also on taylory, here in a silhouette closer to the body, really cold, but not so skinny as before. The forms are hardened, giving the structure to the jackets, that get well molded to the body. This rigidity, then, starts to be broken by rounded forms at the shoulders in boleros of neoprene, or tightening the coats, and even placing in them, sleeves and coasts in lighter fabrics in living colors.
89
MENSWEAR
DSQUARED2 90
PRADA
GIAN FRANCO FERRÉ
ALEXANDER MCQUEEN ROBETO CAVALLI
GUCCI 91
Vivienne Westwood
92
Emporio Armani
the backstage
Vivienne Westwood
Emporio Armani
Bottega Veneta
Gucci
97
Roberto Cavalli
Prada
Imagens: STYLEPRESS/KF
REAL
LIFE
Fotos enviadas direto das redes de relacionamento virtuais para um editorial impresso. Mais uma vez, a Catarina abre espaço para pessoas de diferentes lugares do mundo, dos mais diversos estilos, para mostrar múltiplas maneiras de ver e pensar a moda.
Fotos enviadas direto das redes de relacionamento virtuais para um editorial impresso. Mais uma vez, a Catarina abre espaço para pessoas de diferentes lugares do mundo, dos mais diversos estilos, para mostrar múltiplas maneiras de ver e pensar a moda.
Melissa, 20 anos, estudante de moda, Argentina Meu maior desejo na vida é que as pessoas consigam realizar aquilo que elas querem. E que acreditem e lutem por isso. Assim como eu pretendo lutar para me tornar uma grande estilista. Sou muito comunicativa, hiperativa e supercriativa. Acho que a moda é uma forma de vida. Uma forma própria, já que todos os dias cada pessoa decide o que vai vestir. É algo que todo mundo faz e mesmo que diga que não se importe, todo mundo está relacionado com a moda de alguma forma.
Melissa, 20 years old, fashion student, Argentina My greatest desire in life is that the people get to accomplish what they want. That they believe and fight for it. As well as I intend to fight to become a great designer. I am very communicative, hyperactive and super creative. I think that the fashion is a life form. A form on its own, since every day each person decides what he or she is going to wear. It is something that everybody does and even if you say that that you just don’t care, everybody is related with the fashion in some way.
Sam Crowley, 16 anos, estudante, Austrália Minha banda favorita é The Klaxons e meu maior desejo é viajar pelo mundo. Amo o frio e principalmente amo roupas de inverno, casacos, jaquetas e jeans. Daqui a 20 anos me vejo sendo fotógrafa de moda, quero trabalhar nesse meio. Adoro a ideia de ter um site onde pessoas parecidas com você te inspiram. É isso que o LOOKBOOK.nu faz. Lá você acha inspiração e vê o que os outros fazem com a moda. Sam Crowley, 16 years old, student, Australia My favorite band is The Klaxons and my greatest desire is to travel the world. I love the cold and mainly I love winter clothes, coats, jackets and jeans. From here to twenty years I see myself being a fashion photographer. I want to work with that. I adore the idea to have a web site where people that are similar to you inspire you. That is what LOOKBOOK.nu does. There, you find inspiration and see what others do with fashion.
INTERNACIONAL
POR LUIGI TORRE
Alice Le, 20 anos, estudante, Estados Unidos No futuro me vejo dividindo a vida com alguém muito especial e tendo sucesso na carreira que eu escolher. Na verdade, só quero que a vida seja divertida. Minha estilista favorita é Vivianne Westwood. A filosofia de vida dela é ser sincera consigo mesma e essa é a minha também. Moda para mim é arte – impossível separar as duas. Toda vez que eu visto uma roupa, estou criando uma imagem que representa quem eu sou e o que eu estou sentindo no momento. Tenho um estilo único; algumas pessoas dizem que sou eclética e acho que elas têm razão. Herdei tudo isso da minha mãe, que sempre usou as roupas mais incríveis que eu já vi.
Alice Le, 20 years old, student, United States In the future I see myself sharing life with somebody very special and having success in the career that I choose. In fact, I only want that the life is fun. My favorite designer is Vivianne Westwood. Her philosophy of life is to be sincere with herself, and that is also mine. Fashion for me is art, impossible to separate the two things. All time that I see clothes, I am creating an image that represents who I am, and what I am feeling at the moment. I have an only style, some people say that I am eclectic and I think that they are right. I inherited everything from my mother, who always wore the most incredible clothes I have ever seen.
Juan Coco, 19 anos, estudante, Espanha Acho que o melhor look é o mais simples de todos. Não gosto de nada muito elaborado, por exemplo quando as pessoas tentam usar todas as coisas que estão na moda em um único momento. Acho que meu futuro é em algum lugar do mundo, talvez ainda fazendo festa. Com a moda as pessoas podem nos conhecer muito bem. Seu estilo mostra muito quem você realmente é e é exatamente isso que me encanta na moda. Com ela você pode dizer “oi, estou aqui” ou você pode simplesmente passar despercebido. Juan Coconut, 19 years old, student, Spain I think that the best look is the simplest of all. I do not like anything very elaborated, for example, when people try to do that, they wear all the things that are in fashion at the same time. I think that my future is in some place in the world, maybe still patying. With the fashion people can know us very well. Your style shows much of who you really are, and it is exactly that the thing that is enchanting in fashion. With it you can say “Hi, I am here” or you can simply stay unknown.
INTERNACIONAL
POR LUIGI TORRE
Linda Kho, 19 anos, estudante, Indonésia Gosto de me inspirar pelo LOOKBOOK.nu. Acho superlegal o fato de poder conhecer o estilo das pessoas no mundo todo. Não tenho intenção de trabalhar com moda, apesar de que essa é a minha paixão na vida. Sonho em ser mãe, então quero ser uma bem estilosa. Meu maior sonho é conhecer Paris e o Japão, e minhas bandas preferidas são Jason Mraz e Mika. Linda Kho, 19 years old, student, Indonesia I like to be inspired by the LOOKBOOK.nu. I think it is really cool the fact of getting to know the style of people around the world. I do not have the intention to work with fashion, although this is my passion in life. I dream to be a mother, then I want to be a really stylish one. My greates dream is to know Paris and Japan and my favorite bands are Jason Mraz and Mika
Devin Lucid, 17 anos, estudante, Estados Unidos Eu gosto da ideia de ter uma comunidade virtual. Faço parte do Flickr, onde mostro minhas fotos e meus desenhos. Adoro o fato de transformar algo que poucas pessoas iriam ver, como sua roupa, em algo que milhões de pessoas vão ter acesso e vão opinar. Por isso gosto desses sites de relacionamento. Acho que daqui a 20 anos eu serei professor de história em alguma universidade. Meu único desejo para a vida é que algum dia o dinheiro não seja tão importante quanto é nos tempos atuais. Devin Lucid, 17 years old, student, United States I like the idea of having a virtual community. I am part of the Flickr, where I show my photos and my drawings. I love the fact of transforming something that few people would see, as your clothes, into something that millions of people are going to have access and give their opinion. That is why I like these relationship web sites. I think that from here to 20 years I will be a history professor in some university. My only desire for life is that some day the money is not so important as it is in nowadays.
Agnes Bergendahl, 18 anos, estudante, Suécia Me descrevo como uma pessoa colorida. Adoro tomar chá, muito chá, e passaria noites em claro tocando meu piano bem alto. Para mim, a moda é uma forma das pessoas gostarem mais de você. Estranho isso, deveria ser diferente, deveria ser uma forma de inspirar as pessoas. Minha roupa preferida é uma saia que a minha irmã me fez há muito tempo, é bem raro eu usar calça, sou mesmo fã de saia e vestidos. Daqui a 20 anos me vejo morando em um trailer com dez cachorros poodle que eu salvei da rua. Agnes Bergendahl, 18 years old, student, Sweden I describe myself as a colorful person. I adore to take tea, much tea and I would spend nights in awake playing my piano really loud. For me fashion is a way for people to like you better. That is strange. It should be different. It should be a way inspire people. My favorite clothes are a skirt that my sister made some time ago. It is really rare for me to wear pants. I am really a big fan of skirts and dresses. From here to twenty years I see myself living in a trailer with ten poodles that I saved from the street.
Shelley Mulshine, 17 anos, estudante , Suécia Gosto das coisas como elas acontecem, por isso não planejo minha vida. Única coisa que eu tenho certeza que vai acontecer no meu futuro é me mudar para uma cidade maior. Acho que nosso estilo muda conforme nosso humor. Algumas vezes tenho vontade de colocar saltos altos e saias curtas. Em outro momento quero mesmo é colocar meu jeans e meu All Star. Me inspiro com tudo – filmes, música, modelos. Amo a moda dos anos 50, 60, 70 e 80, adoro roupas vintage e de segunda mão. O que mais gosto do LOOKBOOK.nu é o fato de podermos ver como as pessoas normais do mundo se vestem e não só as celebridades e as pessoas famosas, como vemos nas revistas de moda e na televisão. Shelley Mulshine, 17 years, student, Sweden I like the things as they happen, that is why I do not plan my life. The only thing that I am sure of is that is going to happen in my future is to move to bigger city. I thing that our style changes according to our mood. Sometimes I wish to wear high heels and short skirts. In other moments I just want to wear my jeans and my ALL STARS. I inspire myself with everything, films, music, models. I love the fashion from the 50’s, 60’s, 70’s and 80’s. I love secondhand and Vintage clothes. What I like best from the LOOKBOOK.nu is the fact that I can see how the ordinary people around the world are dressed, and not only the famous people and celebrities, as we see in the fashion magazines and the television.
INTERNACIONAL
POR LUIGI TORRE
Ricky, 21 anos, estudante, Alemanha Acredito que a vida é diversão em todos os momentos. Nas minhas horas vagas sou tatuadora, amo café, sushi e criatividade. Por isso vejo na moda um jeito de ser você mesma e ao mesmo tempo ser criativa. Acho que o mais interessante é poder se vestir de maneira legal com roupas baratas e de segunda mão. Onde está a graça em ter a nossa idade e ser rica e poder comprar tudo de novo que é apresentado pelos estilistas famosos? Ouço música de acordo com meu humor, e meu maior desejo no mundo é que meu namorado seja mais estiloso. (Brincadeira.) Desejo trabalhar com moda e talvez quem sabe ter minha própria linha de roupas. Ricky, 21 years old, student, Germany I believe that the life is entertainment all the time. On my free time I am tattooer, I love coffee, sushi and creativity. Therefore I see in fashion way of being yourself and at the same time to be creative. I think that the most interesting is to be able to be nicely dressed with cheap, and secondhand clothes. Where is the fun of having our age, to be rich, and to be able to buy every new thing that is presented by the famous designers? I listen to music according to my mood, and my greatest desire in the world is that my boyfriend gets more stylish (kidding). I wish to work with fashion, and who knows to have my own line of clothes.
Confraria das Artes e Restaurante Starck. O melhor lugar para ir a dois só poderia ter dois lugares em um só. Revista Veja Santa Catarina - O Melhor da Cidade Categoria “O melhor lugar para ir a dois”.
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FASHION PARTY
ANOTHER FASHION BOOK
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1.Karl Lagerfeld and his security 2.Jefferson Hack and Anouck Lepere 3.Poppy Delevigne and Caroline Sieber 4.CĂŠcile Cassel and MĂŠlanie Laurent 5.Claudia Schiffer 6.Freida Pinto 7.Milla Jovovich 8.Lilly Allen 9.Carine Roitfeld and Julia Roitfled 10.Beth Ditto and Kate Moss.
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Copiar a idéia dos outros é fácil. Difícil é ter conteúdo de moda de qualidade.
C A M P A N H A A N T I - P I R A T A R I A DE I D É I A S . U M P R O T ES T O C A T A R I N A P R ESS E U _ M A G .
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