Revista Cerrado Rural - Julho 2017

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Ano XIV JULHO/2017 R$ 5,00

www.revistacerradorural.com.br

A GRANDE VITRINE DO TOCANTINS Entre os dias 13 e 15 deste mês, Palmas será sede do maior encontro de negócios e difusão de tecnologias para pesca/aquicultura, avicultura, suíno cultura e latícinios do Norte e Nordeste do Brasil

VEJA NESTA EDIÇÃO NOSSA PROGRAMAÇÃO COMPLETA

ENTREVISTA: PRIMEIRO, INVESTIMENTOS NA PRODUÇÃO PRIMÁRIA, DEPOIS VÊM AS INDÚSTRIAS, DEFENDE ALEXANDRO DE CASTRO


TOCANTINS. Quem bebe dessa água reconhece um estado grande por natureza e gigante por convicção.

No coração do Brasil terras férteis, recursos hídricos abundantes e muito trabalho, consolidam a força do nosso Agronegócio. Banhado pela bacia Tocantins - Araguaia, uma das mais importantes do país, nosso estado se destaca por sua localização estratégica. Que favorece a logística e contribui para o crescimento constante de setores importantes como a piscicultura, agricultura e pecuária. É o Governo do Estado semeando mais desenvolvimento para colher grandes resultados. AUTOSSUFICIENTE NA GERAÇÃO DE ENERGIA • Um dos maiores produtores de grãos do País • Grande rebanho de gado de corte e leite • Há 20 anos Livre da aftosa

Pisicultura Capacidade para produ zir por ano, ge rando cerca 900 toneladas d e R$ 4 bilhõ Agricultura es. R$ 682 milh ões em neg ócios na Ag Safra record rotins. de soja em 2017: 2.285 Pecuária ,32 tonelad as. 51.779.353 toneladas d e carne exp e mais de R ortadas $ 480 milhõ es em negó cios.


SUMÁRIO

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EXÓTICOS

CARTA DO EDITOR Nossa missão e visão: somar

RConselho de Meio Ambiente do Tocantins aprova a introdução da tilápia no Estado

para o desenvolvimento

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OPINIÃO

Roberto Sahium: Dois eventos que chegam em momento decisivo para o Tocantins

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Conheça a programação completa dos eventos e em qual auditório está sua palestra

MENSAGEM DO GOVERNADOR MARCELO MIRANDA Em artigo, ele fala da importância

do PISCISHOW para o atual momento do Tocantins auditório está sua palestra

MENSAGEM DO SECRETÁRIO CLEMENTE BARROS Secretário da Agricultura

do Tocantins fala sobre a importância do PISCISHOW

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e do AVISULEITE

ENTREVISTA:

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Alexandro de Castro Secretário do Desenvolvimento Econômico, fala das estratégias do Governo pra alavancar os agronegócios

ENTRETENIMENTO

Palavras cruzadas, receitas, remédios caseiros e piada

CRÔNICA

Karin Curi escreve: Maturidade é parar de buscar a aprovação das pessoas para ser feliz

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PISCICULTURA

Plano aponta sete eixos para o desenvolvimento do setor no estado do Tocantins

MENSAGEM DA EMBRAPA PESCA E AQUICULTURA

IPara a unidade no Tocantins, PISCISHOW é de fundamental importância para o atual momento da piscicultura no Tocantins

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CARTA DO EDITOR

Nossa missão e visão: somar para o desenvolvimento

Não há nenhuma região no mundo que se compara com as regiões de Cerrado do Norte e Nordeste do Brasil, outrora denominada de MAPITOBA (pejorativamente por aquelas que sentem inveja dela), BAMAPITO (que esta Revista adotou por muitos anos) e, atualmente, depois de sua institucionalização, por meio de uma Agência Federal, extinta depois, por falta de visão e sensibilidade politica do atual Governo Federal, MATOPIBA. A região, como é de conhecimento de todo o Brasil e o mundo, é formada por 98% do estado do Tocantins; 32,8% do território maranhense; 11,2% do território piauiense e 18,6% do estado da Bahia. Do início da década de 1970, quando a região, principalmente o sul do Maranhão e o oeste da Bahia começaram a ter os seus cerrados explorados com a produção de grãos, sua produção saltou de 2,5 milhões de toneladas para 12,5 milhões de toneladas em 2011. Na safra 2014/2015, essa produção chegou a aproximadamente 20 milhões de toneladas. Este território agrícola é, hoje, o 4º maior produtor de grãos do Brasil – produz 9,7% de toda a produção de grãos do País. E a produção por aqui, atualmente bem diversificada, não para de crescer e caminha para ser uma das maiores do Brasil – ainda há muita terra para ser explorada, preservando o verde. Respaldando todo este potencial, a região conta com uma excelente logística – em operação ou em projeto. Ela é formada, por enquanto, por rodovias pavimentadas ligando-as a outras partes do Brasil, principalmente aos portos da Bahia, Pernambuco, Maranhão, Pará e São Paulo. Está em operação uma ferrovia que integra a região a todo o Brasil: a Norte-Sul, que corta o Tocantins de norte (partindo do Maranhão) ao sul, (chegando a Anápolis (GO). Há

ainda, em construção a Ferrovia Oeste-Leste, ligando o litoral baiano, passando pelo oeste do Estado, culminando com a Norte-Sul, no norte de Goiás. Há, ainda, um terminal de carga aéreo, em processo alfandegário. No vácuo de todo este potencial para a produção de grãos, fibras, biomassa, frutas, café, etc. Estão as cadeias produtivas do peixe, das aves, dos suínos e do leite. Só o Tocantins tem um potencial para a produção, em seus lagos, de mais de 200 mil toneladas de peixes/ano (faturamento de R$ 1,4 bi) – atualmente produz apenas 15 mil toneladas, mais em tanques escavados. Apenas em Palmas, a título de percepção do potencial de toda a região, o consumo diário de leite oscila em 85 mil litros/dia, porém o município produz apenas 5 mil litros/dia no período chuvoso e 3 mil litros/dia, no período seco. Estão faltando investidores. Pesquisa realizada, recentemente, pelos pesquisadores Jonas Irineu dos Santos, Dirceu João Duarte Talamini, Gerson Neudi Scheuermann e Teresinha Marisa Bertol, da Embrapa Suínos e Aves, concluíram que, por seu potencial hídrico, boas condições de clima e solo, fartura de matéria-prima para a ração e boa logística, que “o Matopiba possui amplas possibilidades para o desenvolvimento das cadeias produtivas de frangos e de suínos. A disponibilidade atual e a capacidade para expansão da produção de grãos, de mão de obra, de infraestrutura e da estrutura fundiária das propriedades são as condições iniciais para isso. Ainda assim, o desenvolvimento e a consolidação dessas atividades em uma região não tradicional dependerão do somatório das ações dos setores público e privado, sendo necessária a visão empreendedora de atores locais para estimular os investimentos”. É neste contexto e com nossa visão e missão de

ANTÔNIO OLIVEIRA

ser agente auxiliar do desenvolvimento socioeconômico do MATOPIBA, que nós criamos estes dois eventos de difusão de tecnologias voltadas para estas quatro cadeias produtivas de proteína animal. Criamos, programamos e, por entender que nada se faz só, principalmente em iniciativas que envolvem a política e a economia de sociedades, fomos atrás de parcerias, principalmente daquelas que estão na proa deste barco. Não é a primeira vez que empreendemos em parceria com agentes públicos e privados e colhemos os melhores resultados para região. Nesta, como em outras, tivemos, em nosso caminho, várias pedras – nelas naturalmente – e outras que nos foram jogadas para no intuito de nos obstar. Pedras vindas de muitos que deveriam estar de braços dados conosco. Mas, dessas pedras fizemos as bases e as paredes dessa estrutura. Nossos agradecimentos aos parceiros Governo do Tocantins, por meio das suas secretarias de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária, do Desenvolvimento Econômico; do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado; da Prefeitura de Palmas, por meio da Agência de Turismo e da Secretaria de Desenvolvimento Rural; do Ministério da Agricultura, por meio de sua Superintendência no Tocantins e da Embrapa por meio dos centros de pesquisas Pesca e Aquicultura, Suínos e Aves e Gado de Leite e a Federação das Associações Comerciais e Industriais do Tocantins (Faciet), por ter atendido nosso chamada para assinar conosco esta produção. Bom proveito a todos. Antônio Oliveira

EXPEDIENTE Cerrado Rural Agronegócios - impresso e site - tem foco jornalístico na região do MATOPIBA. É publicada por Cerrado Editora, Comunicação e Marketing Ltda CNPJ 10.683.730/0001-98 EDITOR-GERAL: Antônio Oliveira (RP.: 474/TO)

PROJETO GRÁFICO: Dóda Design E-MAIL: dodadesign@gmail.com

BARREIRAS (BA): Rua Cel. Magno, 219, sobreloja, centro. CEP.: 47.800-219 PALMAS: Av. JK, Qd 110 Norte, lote 13, sala 4 – CEP.: 77.006-130 FONES: (77) 3611-8538 – 98857-0752 (63) 3571-2236 – 99288-0311 (WhatSap)

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De Cerrado produtivo a gente entende. E gosta.


OPINIÃO

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Eventos que chegam em momento decisivo para o Tocantins

informação sempre foi um input importante para a agropecuária, tão bondoso na produção quanto na comercialização. Com o alargamento da dimensão, da competividade e, por efeito, da complexidade da agricultura brasileira nos últimos anos, a ciência virou instrumento ainda mais essencial. Foi seguindo esta premissa que a revista Cerrado Rural Agronegócios criou e realizará, juntamente com a Federação das Associações Comerciais e Industriais do Tocantins (Faciet), o II PISCISHOW e o I AVISULEITE, que tem o patrocínio da Prefeitura de Palmas e do Governo do Tocantins. A ideia é reunir, em um único espaço físico, uma síntese das informações mais recentes sobre as cadeias produtivas dos pescados, aves, suínos e leite. A feira será composta de expositores, seus produtos e tecnologias; palestras, mini-cursos e mesas de negócios sobre peixes, aves, suínos e leite. A organização do evento propõe-se a apresentar uma análise de pontos fortes, pontos fracos, bem como de fatores críticos de competividade, dos gargalos de cada uma

das cadeias de produção e, com isso, oferecer subsídios para ajudar à elaboração de politicas públicas nas áreas supracitadas no MATOBIPA e em destaque no Tocantins. No caso das cadeias produtivas, aqui mencionadas, que crescem em importância social, econômica e ambiental, sabe-se que a dificuldade de levantamento bibliográfico e estatístico é muito grande, bem como a total ausência de zoneamento aquícola brasileiro. Nesse caso, o resultado deste evento traduz em um documento pioneiro, que pode ser de grande valia para técnicos e estudantes interessados nestas áreas. Para reforçar a questão do zoneamento aquícola brasileiro, a execução de mapeamento dos locais, territórios e regiões brasileiras é uma demanda permanente, dados que é uma importante ferramenta para o planejamento da ocupação racional das águas brasileiras, salgadas e doces. O mapeamento digital dos usos das águas surge como alternativa para aumentar a viabilidade de execução, utilizando-se de informações relacionadas à Lei Federal nº 11.959, de 29 de junho de 2009, que dispõe

sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca; e disposto nas Resoluções do CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997, nº 357, de 17 de março de 2005 e nº 430 de 11 de maio de 2011, que dispõem sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental, sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. Dessa forma, o foco deste evento é amplo: dirigido a acadêmicos - sejam eles professores, pesquisadores, estudantes. Produtores, executivos de empresas ligadas aos temas e das diversas esferas governamentais, consultores e interessados em geral, economia do agronegócio, além dos profissionais da imprensa e outros formadores de opinião. Não há a preocupação de esgotar os assuntos. A ideia é que os documentos cumprem o papel de ser grande e largo farol, abrindo e indicando o caminho para os estudos mais detalhados.

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ROBERTO SAHIUM Engenheiro Agrônomo, Extensionista do Ruraltins, Imortal da Academia de Letras da Extensão Rural Brasileira, encontra-se secretário de Desenvolvimento Rural de Palmas e é colunista da revista Cerrado Rural Agronegócios – site e impresso.

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Programação completa

O PEIXE É A VEDETE PRINCIPAL DO PISCISHOW E AVISULEITE

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ALYSON PAOLIINELLI Ex-ministro da Agricultura e atual presidente da Abramilho

ARIEL MENDES Diretor de Relações Institucionais da ABPA

ROBERTO SAHIUM Secretário de Desenvolvimento Rural de Palmas

ALTERMIR GREGOLIN Ex-ministro da Pesca e Aquicultura

FRANCISCO MEDEIROS Presidente da Peixe BR

Conteúdo enriquece de conhecimentos todas as cadeias PROGRAMAÇÃO DO DIA 13 AUDITÓRIO RIO ARAGUAIA Obs.: Todas as palestras, exceto a magna, terão tempo entre 15 e 20 minutos dentro do tempo de 1 hora para perguntas e respostas. Certificados de participação deverão ser solicitados no ato da inscrição, neste site ou na recepção dos eventos. Eles terão um taxa de R$ 35,00 (Trinta e cinco reais) a serem pagos mediante a sua entrega. 07h30 – 9h00 – RECEPÇÃO E CREDENCIAMENTO

14h00 – 15h00 PALESTRA: Panorama da Avicultura e da Suinocultura no Brasil e no mundo – perspectivas para o Tocantins. PALESTRANTE: Ariel Antônio Mendes* (Representante do presidente da ABPA, Francisco Turra). *É diretor de Relações Institucionais da ABPA COORDENADOR: Dr. Alexandro de Castro, secretário do Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Turismo do Estado do Tocantins.

09h00 – ABERTURA DOS EVENTOS Composição do dispositivo de honra. Interpretação do Hino Nacional. Discursos de abertura. Homenagens às instituições e pessoas que contribuem com o desenvolvimento das cadeias produtivas da piscicultura, da avicultura, da suinocultura e do laticínios : Sebrae nacional, Embrapa, PEIXE BR, Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Pedro Ferreira, presidente do Conselho do Sebrae no Tocantins; Roberto Sahium, secretário do Desenvolvimento Rural de Palmas, e Adão Rego, empreendedor do ramo do leite (Leite Jalapão). In memoriam: ao Dr. Eudoro Zacarias Pedrosa, político, empreendedor e duas vezes secretários de Indústria e Comércio do Tocantins, por sua visão de Estado e desenvolvimento, companheirismo e dedicação do Estado, durante muitos anos de sua vida.

15h40 – 16h40 PALESTRA: Perspectiva da piscicultura brasileira e os desafios da PEIXE BR PALESTRANTE: *Francisco Medeiros *Médico Veterinário, ex-professor da Universidade Federal do Mato Grosso, autor dos livros: Tanque-rede: mais tecnologia e lucro na piscicultura; Piscicultura Intensiva em Mato Grosso e Como iniciar uma piscicultura com espécies nativas. É presidente da Associação Brasileira de Piscicultura (PEIXE BR) e sócio da empresa Manso Aquicultura Ltda, em Mato Grosso. COORDENADORA: Miyuki Hyashida, piscicultura e prefeita de Brejinho de Nazaré (TO).

10h00 – 11h00 – PALESTRA MAGNA TEMA Aquicultura e Pesca: Oportunidades, desafios e estratégias PALESTRANTE Altemir Gregolin* *Ex Ministro da Pesca e Aquicultura de 2006 a 2010; Professor do Curso de Aquicultura e Pesca na Fundação Getúlio Vargas; Médico Veterinário; Especialista em Administração Rural e Mestre em Planejamento e Políticas de Desenvolvimento Agrícola e Rural para América Latina e Caribe pela UFRRJ; MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas e Consultor COORDENADOR: Giovanni Moro, chefe-adjunto da Embrapa Pesca e Aquicultura (Tocantins)

16h50 – 17h50 PALESTRA: Avanços tecnológicos no cultivo de pirarucu PALESTRANTE: *Eduardo Sousa Varela *Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Ceará (2003); Mestrado em Biologia Ambiental pela Universidade Federal do Pará (2005); Doutorado em Genética e Biologia Molecular pela UFPA; Atualmente é pesquisador da EMBRAPA pesca e aquicultura; Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Animal, atuando principalmente nos seguintes temas: Genética da conservação e Genética de recursos pesqueiros. COORDENADORA: Thuany Gonçalves, estudante de Jornalismo na UFT e estagiária da Cerrado Rural Agronegócios.

15h00 – 15h30 - INTERVALO PARA LANCHE

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18h00 – 19h00 MESA-REDONDA: Gargalos e soluções das cadeias da piscicultura, avicultura, suinocultura e leite no Tocantins. EXPOSITORES: Representantes das secretarias de Estado do Tocantins de Desenvolvimento Econômico, de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária; Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins); do Sebrae-TO e empreendedores das quatro setores. COORDENADOR: Jornalista Antônio Oliveira AUDITÓRIO RIO TOCANTINS PALESTRA Ações e evolução da piscicultura no oeste da Bahia – aproveitamento de canais de irrigação para a aquicultura. PALESTRANTE: Afonso Ferreira* Administrador de Empresa com especialização em piscicultura; Piscicultor e consultor de projetos nos estados de Tocantins, Bahia, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, entre outros. COORDENADOR: Antônio Oliveira, jornalista, editor-geral da revista Cerrado Rural Agronegócios e coordenador do PISCISHOW e AVISULEITE 15h00 – 15h30 – INTERVALO PARA LANCHE 15h30 16h30 PALESTRA A viabilidade econômica da avicultura e suinocultura no MATOPIBA PALESTRANTE Dirceu João Duarte Talamini* *Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Santa Maria (1973), mestrado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1977) e doutorado em Economia Rural – University of Oxford (1989). Trabalha na Embrapa Suínos e Aves onde foi Chefe Geral por três mandatos e atualmente é pesquisador A dessa instituição. Tem experiência em gestão de instituições públicas e na área de Economia, com ênfase em economia rural. Tem atuado principalmente nas áreas de suinocultura e avicultura, agronegócios e administração rural. Tem doutorado em Economia Rural, pela University of Oxford. Título: An analytic review of the pig and poultry industries in Brazil and of the pattern of international trade in meats and poultry. Ano de obtenção: 1989 Orientador: George Jones; Mestrado em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul TÍTULO: Análise econômica dos sistemas de produção de suínos – Santa Catarina. ORIENTADOR: Atos Freitas Grawunder. Graduação em Engenharia Agronômica, pela Universidade Federal de Santa Maria COORDENADOR: Antônio Oliveira, jornalista, editor-geral da revista Cerrado Rural Agronegócios e coordenador o PISCISHOW e AVISULEITE 16h30 17h30 PALESTRA Boas práticas agropecuárias com ênfase em bem estar animal na produção de leite PALESTRANTE Rogério Morcelles Dereti* *Formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Especialista em controle de qualidade de produtos de origem animal pela Universidade Federal de Lavras. Trabalhou como Médico Veterinário no Exército Brasileiro e em multinacionais no controle da qualidade de alimentos. Desde 2005 é Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento atuando diretamente no SIF em plantas frigoríficas de abate de bovinos.

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É auditor nacional SISBI e SISBOV e de Laticínios e Pescado. Gerenciou a área de leite sob o sistema SIF na SFA-TO/MAPA, no período de 2013 a 2015. A partir de 2016 passou a integrar a equipe técnica da DIVISÃO DE POLÍTICA, PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO da SFA-TO/MAPA, atuando na área de fomento e desenvolvimento da cadeia produtiva pecuária. Coordenador: Rodrigo Rochael Guerra (Superintendente da SFA-TO/MAPA) Auditório Rio Formoso 15h30 – 16h30 PALESTRANTE Leovegildo Lopes de Matos PALESTRA Produção de leite a pasto *Graduado em Eng. Agronômica pela Universidade Federal de Viçosa (1973), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (1976) e doutorado em Animal Science – Cornell University (1988); Atualmente é pesquisador iii da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em Avaliação de Alimentos para Animais, atuando principalmente nos seguintes temas: alimentação suplementar, produção de leite, alimentação- gado de leite, alimentação de vacas e vacas em lactação; De 2001 a 2010, atuou como Coordenador do Núcleo Sul de Apoio a Pesquisa e Transferência de Tecnologias para o Setor Leiteiro, em Londrina, Paraná; De 2010 a 2012, atuou como Coordenador da Embrapa África, com sede em Acra, Gana, atuando em países como: Marrocos, Guiné-Bissau, Senegal, Libéria, Costa do Marfim, Togo, Guiné Equatorial, Cabo Verde, Quenia, Tanzania, Zambia, Etiopia; De 2012 até o presente, atua como Coordenador do Núcleo Centro-Oeste de Apoio a Pesquisa e Transferência de Tecnologias para o Setor Leiteiro, em Santo Antônio de Goiás, GO. COORDENADOR: José Júnior Tranqueira da Silva, acadêmico do curso de Zootecnia da Católica do Tocantins 16h40 – 17h40 PALESTRA A piscicultura e a pesca esportiva: como estas atividades podem promover o desenvolvimento sustentável do estado do Tocantins? PALESTRANTE Tiago Fontolan Tardivo COORDENADOR Naislan Fernanda Andrade Oliveira, acadêmica do curso de Zootecnia da Católica do Tocantins *Gerente de Pesca da Diretoria de Aquicultura e Pesca da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Seagro) e coordenador regional, no Tocantins, da Associação Nacional de Ecologia e Pesca e Esportiva (ANEPE); É mestre em produção animal (piscicultura) pela Universidade Estadual de Maringá; MBA em agronegócio pela Universidade Federal do Tocantins; Exerceu sua experiência profissional e acadêmica na Aquicultura Fazenda São Paulo (reprodução, larvicultura e alevinagem de peixes nativos e qualidade de água); Assessor da Coordenadoria de Aquicultura e Pesca do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins); Membro da Sociedade Tocantinense de Pesca Esportiva – STOPE. COORDENADOR: Roberto Olliveira (Jornalista e músico)


8h00 – 19h00 PAINEL O PRODUTOR MERECE CRÉDITO – “Um bate-papo entre bancos e produtores” Apresentação das linhas de crédito para as cadeias produtivas do peixe, das aves, dos suínos e do leite. Presença de superintendentes ou representantes dos bancos que operam com linhas de crédito e custeio. MEDIADOR Jornalista Antônio Oliveira, editor-geral da revista Cerrado Rural Agronegócios e coordenador do PISCISHOW e AVISULEITE

PROGRAMAÇÃO DO DIA 14 AUDITÓRIO ARAGUAIA PALESTRA: Peixes nativos e sua inclusão social, econômica e ambiental PALESTRANTE Roberto Sahium* *Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Goiás/ Escola de Agronomia e Veterinária, Goiânia 1977; Pós-graduado em Irrigação e Drenagem, pela Universidade de Benito Juarez, em El Carizo, Estado de Sinaloa, México – 1980/81, com especialização em drenagem de várzea; Estagio: “en utilizacion de las aguas negras sobre suelo y cultivo de alfalfa en El Distrito de Riego 03 Tula”, Hidalgo, México- outubro de 1981; Especialização em arroz irrigado, curso realizado no Projeto Guapó – Goiás, pela EMBRAPA/EMATER/EMGOPA – 1978 a 1979; Pós-graduado em Desenvolvimento de Políticas Estratégicas, curso realizado na Escola Superior de Guerra, delegacia do Estado do Tocantins, em Palmas-2008; Especialização em piscicultura na área de projetar e organizar espaços internos e externos, segundo critérios de estética, conforto e funcionalidade de um criatório de peixes, Tocantins 1982 até a presente data; Associado da Associação de Engenheiros Agrônomos do Tocantins – AEATO; Membro da Academia de Letras da ATER-Brasileira; Extensionista do Ruraltins (TO); Está Secretário do Desenvolvimento Rural de Palmas. COORDENADORA: Thuany Gonçalves, estudante de Jornalismo na UFT e estagiária da Cerrado Rural Agronegócios. 09h40 – 10h40 RESERVADO 10h40 – 11h10 INTERVALO PARA LANCHE 11h10 – 12h10 PALESTRA AQUAPONIA: produção integrada de peixes e vegetais. PALESTRANTE: Fernando André Salles* *Zootecnista, doutor em Qualidade e Produtividade Animal pela Universidade de São Paulo; Pesquisador Científico da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA, Polo Ribeirão Preto, onde coordena o programa de pesquisa em Aquaponia. COORDENADORA Thuany Gonçalves Lopes, acadêmica de Jornalismo na UFT e estagiária na revista Cerrado Rural.

serviços no segmento de aquicultura, com atuação nacional e internacional; Ocupa o cargo de presidente da Comissão Nacional de Aquicultura junto à CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. Coordenador Roberto Olliveira, Jornalista e músico 15h00 – 15h20 INTERVALO PARA LANCHE 15h20 – 16h30 Visita a sede da Embrapa Pesca e Aquicultura (previamente agendada) Volta, impreterivelmente, as 16h50 Se inscrever previamente no estande da Embrapa 17h20 – 18h20 PALESTRA: Viabilidade econômica do cultivo da tilápia no Brasil PALESTRANTE: Mauro Nakata* *Formação em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo; Experiência de 8 anos no mercado de peixes processados e de mais de 15 anos na atividade de piscicultura; Atuação no desenvolvimento de produtos provenientes de resíduos do processamento e sólida atuação no desenvolvimento de mercado de filés de peixes no interior do Estado; 2º Secretário do SIPESP – Sindicato da Indústria da Pesca do Estado de São Paulo; Membro fundador da Peixe BR – Associação Brasileira da Piscicultura. Sócio da Piscicultura Cristalina, empresa de engorda e processamento de Tilápias. Áreas de interesse: tecnologia em piscicultura, legislação ambiental, processamento de pescados, aproveitamento de sub-produtos. COORDENADOR Jornalista Antônio Neves, repórter e apresentador da TV Girassol/Cultura, de Palmas. 18h20 – 19h20 MESA-REDONDA Aspectos técnicos e biológicos da introdução de espécies exóticos na Bacia Amazônica – mitos e verdades DEBATEDORES Roberto Sahium¹, José Coutinho² e Miyuki Hyashida³ x Carlos Magno4, Emerson Esteves5 e Edson Cabral de Oliveira6 1)Secretário de Desenvolvimento Rural de Palmas; 2) Biológo, aquicultor e ex-coordenador estadual do Censo Aquícola pela Food and Agricultore Orgonization of the United Nations FAO/MPA; 3) Aquicultora, produtora de alevinos há de mais de 25 anos no Tocantins e atual prefeita de Brejinho de Nazaré (TO); 4) Chefe-Geral da Embrapa Pesca e Aquicultura; 5) Aquicultor, produtor de alevinos de espécies exóticas (tilápia e pangasius) e atual presidente da Associação dos Piscicultores em Águas Paulistas e da União (PEIXE SP) e 6) Administrador de empresas, vice-presidente do Instituto Natureza do Tocantins; ex-diretor técnico do Sebrae. MEDIADOR Altair Albuquerque, Jornalista e diretor-proprietário da Texto Comunicação Corporativa, de São Paulo.

12h10 – 14h00 INTERVALO PARA ALMOÇO 14h00 – 15h00 PALESTRA Desafios para a consolidação da cadeia produtiva da piscicultura no Brasil. PALESTRANTE Eduardo Ono *Engenheiro agrônomo formado pela ESALQ/USP, mestre em aquicultura pela Auburn University; Sócio da empresa Nova Aqua, especializa na prestação de

PROGRAMAÇÃO DO DIA 14 AUDITÓRIO RIO TOCANTINS 9h00 – 10h00 RESERVADO 10h00 – 10h30 INTERVALO PARA LANCHE

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10h30 -11h30 OFICINA Manejo de matrizes e leitões na agricultura familiar MONITOR Ueslei Silva Mazoni* *Extensionista Rural – Médico Veterinário pela Ruraltins, Ules de Natividade; Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal da Bahia, Especialista em Produção de Pequenos Ruminantes pela UFT; Exerceu sua profissão Acadêmica na FADES (Faculdade para Desenvolvimento da Região Sudeste Tocantinense – Dianopolis) como professor da disciplina Produção de monogástricos, no Curso de Gestão em Agronegócio, foi professor e Coordenador no Colégio Agropecuário de Natividade nos cursos Técnicos em Agropecuária, Zootecnia e Aquicultura, responsável pelo Núcleo de Suinocultura na mesma entidade; Instrutor e Consultor em gerenciamento rural. COORDENADOR: Rafaella Machado dos Santos de Medeiros, acadêmica do curso de Zootecnia da Católica do Tocantins 14h00 – 15h00 PALESTRA: Censo Agropecuário 2017 PALESTRANTE: Antonio Carlos Simões Florido Coordenador Nacional do Censo Agropecuário 2017. COORDENADOR: Kétuly da Silva Ataides, acadêmica do curso Zootecnia da Católica do Tocantins

PROGRAMAÇÃO DO DIA 15 AUDITÓRIO RIO ARAGUAIA 09h00 – 10h00 PALESTRA: Potencial do Tocantins para a produção de matéria-prima da ração animal PALESTRANTE: *Alysson Paolinelli *Ex-ministro da Agricultura e atual presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, Alysson Paolinelli vai falar sobre o potencial do Tocantins para a produção de ração (Foto: Divulgação)Formado em Agronomia pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), hoje Universidade Federal de Lavras (UFL), iniciou sua carreira profissional em 1960 como professor de Hidráulica, Irrigação e Drenagem na antiga ESAL, função que exerceu até 1990; entre 1966 e 1969, foi vice-diretor da então ESAL; entre 1968 e1969, foi Presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior; de 1971 a 1974, Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais; 1974 a 1979, foi Ministro da Agricultura do Brasil; neste mesmo período foi Chefe da Delegação Brasileira na Conferência Mundial de Alimentos da FAO; Entre 1988, presidiu a Confederação Nacional de Agricultura do Brasil; em 1990, foi Vice-Presidente do Comitê da Feira de Osaka – Japão; Durante o período entre 1991 e 1998, foi Secretário de Estado de Agricultura Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais; Entre 1992 e1993 – presidiu o Fórum Nacional de Agricultura. Tronou-se membro da Academia Nacional de Engenharia, a partir de 1996; Novamente volta, entre 1998 e 2001 ao comando de grandes empresas, presidindo a FIAT ALLIS Latino Americana; em 2010 elege-se presidente da Abramilho, onde permanece até os dias de hoje. COORDENADOR: Clemente Barros, secretário o Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária do Tocantins 10h00 – 10h20 INTERVALO PARA LANCHE 11h20 – 12h20 PALESTRA Sanidade na piscicultura de espécies nativas PALESTRANTE: Patrícia Oliveira Maciel* *Mestre em Ciências Biológicas pelo curso Biologia de Água Doce e Pesca Interior (BADPI) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus-AM (2009); Médica Veterinária pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói-RJ (2006). Trabalhou como técnica na Estação de Reprodução de Peixes Nativos da Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura-SEPA/SEPROR, Balbina-AM (2009-

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2010); Atualmente ocupa o cargo de Pesquisadora Científica na área de Sanidade de Espécies Aquícolas na EMBRAPA Pesca e Aquicultura, Palmas-TO; Principais áreas de atuação: Fisiologia de peixes; Parasitologia de Peixes COORDENADOR 14h00 – 15h00 PALESTRA: Extrusão no mercado aqua (conteúdo técnico-comercial) PALESTRANTE: *Eduwaldo Jordão *Engenheiro Elétrico formado pela Universidade Federal de Uberlândia; Atual como diretor industrial da Royal Canin; Atualmente é engenheiro de vendas técnica na empesa Wenger, na hora de rações para aquicultura; Tem mais de 20 anos de experiência na área de extrusão de rações. COORDENADOR Jornalista Antônio Oliveira

PROGRAMAÇÃO DO DIA 15 Auditório Rio Formoso 9h00 – 10h00 PALESTRA Qualidade do leite no Estado do Tocantins e adequação de tanques comunitários. PALESTRANTE Luís Felipe Lopes da Conceição* *Formado em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Especialista em controle de qualidade de produtos de origem animal pela Universidade Federal de Lavras. Trabalhou como Médico Veterinário no Exército Brasileiro e em multinacionais no controle da qualidade de alimentos. Desde 2005 é Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento atuando diretamente no SIF em plantas frigoríficas de abate de bovinos. É auditor nacional SISBI e SISBOV e de Laticínios e Pescado. Gerenciou a área de leite sob o sistema SIF na SFA-TO/MAPA, no período de 2013 a 2015. A partir de 2016 passou a integrar a equipe técnica da DIVISÃO DE POLÍTICA, PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO AGROPECUÁRIO da SFA-TO/MAPA, atuando na área de fomento e desenvolvimento da cadeia produtiva pecuária. Coordenador: Antônio Humberto Simão (Engenheiro Agrônomo, MS-Auditor Fiscal Federal Agropecuário, chefe da Divisão de Política, Produção e Desenvolvimento Agropecuário da SFA-TO/MAPA) 10h00 – 10h30 INTERVALO PARA LANCHES 10h30 – 16h30 (COM INTERVALOS PARA ALMOÇO E LANCHE) OFICINA Avicultura Caipira – Instalações – Manejo das fases inicial, crescimento das aves; – Nutrição e alimentação das aves; – Controle Sanitário; – Custo de Produção; – Abate e comercialização. MONITOR Hélio de Souza Zootecnista, pela Escola Superior de Ciências Agrárias de Rio Verde; Pós Graduação: Nutrição de Ruminantes pela Unitins – Gurupi; Gestão em Agronegócio com ênfase na Agricultura Familiar pelo ITOP – Palmas;extensionista rural efetivo do Instituto de Desenvolvimento Rural – Ruraltins e mestrando do Curso Agroenergia pela UFT. Obs.: A Comissão Organizadora se reserva o direito de alterar a programação, bem como os participantes, em função de qualquer empecilhos que possa acontecer.


Fala Governador FOTO SECOM/TO

MARCELO MIRTANDA, GOVERNADOR DO TOCANTINS

O Tocantins pronto para receber novos investidores POR MARCELO MIRANDA

A

É Governador do Tocantins

agenda estratégica do Tocantins tem, no agronegócio e no processamento dos seus produtos, seu principal carro-chefe. A crescente demanda mundial por alimentos sustentáveis e a limitação global de terras para sua produção, tornam o nosso Estado um dos mais competitivos para contribuir com a segurança alimentar do planeta, valorizar a agricultura familiar e, também, apoiar uma agricultura empresarial dinâmica que alcança produção e produtividade com resultados crescentes. A nossa localização é estratégica, por fazermos parte da porção central do país. São terras férteis, de topografia plana, que favorece a mecanização agrícola e a preços ainda competitivos, grande oferta de recursos hídricos e luminosidade adequada. Essa posição geográfica facilita o planejamento das políticas públicas e os investimentos em infraestrutura, e é um indicativo das po-

tencialidades do Tocantins. Na agricultura empresarial, o Tocantins desponta como o novo polo agrícola do Brasil sendo que metade do território do Estado tem potencial para essa atividade. Os principais polos de produção de grãos somam aproximadamente três milhões de hectares. Somente no Prodoeste são 600 mil hectares de várzea plana, com própria para sistema de irrigação radicular, com possibilidade de produção de até três safras ao ano. No Projeto Rio Formoso, são 27,7 mil hectares de área útil e no Prodecer, na região de Pedro Afonso, outros 19 mil hectares potenciais, só para citar os mais conhecidos e consolidados. Nos últimos dez anos, a produção de grãos apresentou um crescimento superior a 180% na área plantada e 240% na produção, evidenciando o avanço tecnológico nas propriedades. O Tocantins se destaca como o maior produtor de grãos da região Norte do Brasil, sobretudo de soja, arroz, milho e feijão. Destaca-se ainda o crescimento do cultivo de frutas

tropicais, em especial a melancia, o abacaxi, manga e a banana. AGRICULTURA FAMILIAR Se temos a força do agronegócio como mola propulsora, por outro lado temos a agricultura familiar, presente em praticamente todos os municípios, responsável por boa parte do alimento que chega à mesa dos tocantinenses. Somente o governo estadual, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), atendeu nos últimos dois anos mais 20 mil famílias em unidades de produção familiar, compostas por agricultores tradicionais, assentados da reforma agrária, quilombolas, pescadores artesanais, extrativistas e povos indígenas, além de agricultores de médio e grande porte. Buscamos a melhoria da qualidade de vida e o pleno exercício da cidadania dessas famílias. Em parceria com o Governo Federal, a agricultura familiar recebeu investimentos na ordem de R$ 22,2 milhões em ações voltadas para o desenvolvi-

mento rural sustentável. O trabalho de monitoramento e acompanhamento das ações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) contribuiu para a realização de 3.145 contratos nos últimos dois anos, perfazendo um total de R$ 156 milhões para o segmento. Outras 1.009 famílias foram atendidas com projetos relacionados ao Programa Nacional do Crédito Fundiário (PCNF), por meio das iniciativas que envolveram atividades agrícolas e não agrícolas, com aplicação de mais de R$ 2,2 milhões na aquisição de terras. PISCICULTURA Com a utilização racional dos recursos hídricos, formados pelos lagos dos aproveitamentos hidroelétricos só no curso principal do Rio Tocantins, temos uma infindável área com vistas à produção de alimentos da aquicultura. O reconhecimento desse potencial é inegável, tanto que a Embrapa escolheu o Tocantins para sediar aqui a sua unidade de aquicultura. A pesquisa certamente vai nos ajudar a produzir em quantidade e com a sustentabilidade exigida pelos mercados consumidores. Estudos apresentados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), Ruraltins e pela Embrapa mostram que o Tocantins produz de 15 mil a 20 mil toneladas de peixes por ano, apontando um crescimento de 933,28% em 10 anos. Já assumimos a 16ª posição na produção de peixes no Brasil, com uma movimentação financeira na ordem de R$ 4,5 bilhões. Temos os recursos naturais e tecnologias necessárias, para nos tornarmos os principias fornecedores de produtos aquícolas do país nos próximos anos. A realização do Congresso e Feira de Tecnologias para Pesca e Aquicultura dos Cerrados do Matopiba (PISCISHOW) é uma demonstração de que estamos no caminho certo, pois aqui serão debatidos temas como tecnologia, inovação, transformação e outras ferramentas que vão ajudar a elevar a nossa condição de grande produtor de alimentos. E, tudo isso sendo feito com respeito ao meio ambiente, à promoção social e ao desenvolvimento econômico do nosso Estado. Não tenho dúvidas de que estamos prontos para receber os novos investidores que virão, motivados por esse importante evento.

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LUCIANO RIBEIRO

ENTREVISTA

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“Nós estamos em uma época no Pa estão começando a ser vistas. En agilizar a sua postura em term autorizações para que todo esse está se iniciando na economia br estabelecer e trazer frutos A afirmação é do secretário do De Ciência, Tecnologia, Turismo e Cu Alexandro de Castro. Ainda con posicionamento do Estado é ag investimentos sejam concre Alexandre de Castro, evidencia a referente ao potencial agropecuário

POR ANTÔNIO O

editorgeral@revistacerr

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estimentos o primária, vêm as defende de Castro

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OLIVEIRA

radorural.com.br

Cerrado Rural Agronegócios (CRA) – Na nova rota do desenvolvimento econômico no Brasil, ou seja, a região MATOPIBA, o Tocantins se destaca pelo seu potencial para a agropecuária, o potencial hídrico e logístico. Que política de atração de investimentos o Tocantins tem, atualmente, para canalizar investimentos no Estado? Alexandre de Castro – De fato, hoje, o Tocantins já tem uma linha de atração na área de investimento fiscal bastante ampla. Temos 11 programas de incentivo que vão desde um programa genérico, que é o pró-indústria e abrange toda a parte de incentivo a todo e qualquer processo industrial dentro do Estado, passando por desoneração em ativos fixos e imobilizados não só em insumos de produção e não só também na comercialização. Até leis específicas de pró-logística, de fertilizantes, automotivas, derivados de couro, etc. Então, nós temos um arcabouço jurídico muito firme. O que estamos atuando agora, com as políticas públicas, é exatamente fazer com que essa facilidade logística que se materializou nos últimos dois anos possa agora ser explorada de uma forma efetiva, onde esses benefícios sejam complementados pela facilidade de escoamento, quer seja de produção primária, quer seja de bem beneficiado aqui no Estado. CRA – Entretanto, Secretário, com todo esse potencial de produção e produtividade, principalmente, na área de grãos – a soja, o milho -, na área de agropecuária - a carne-, o Tocantins ainda não se deslanchou plenamente na agregação de valor de seus produtores primários, ou seja, na agroindustrialização. Em sua opinião, por que isso ocorre? Alexandre de Castro – Na verdade, esse é um processo industrial, ele não é um processo teórico e nem (anda) na velocidade que o nosso mundo digital propõe. Quero dizer com isso que nós temos hoje 8 milhões de hectares cultiváveis, dos quais 4 milhões em áreas degradadas, cuja licença ambiental é sumária. Então, o nosso Estado terá ainda que conviver com o incentivo e com a expansão agrícola por alguns anos e, a partir do momento que isso se tornar base suficiente para o processo industrial de processamento para atender o eixo centro – sul do País e a exportação, nós começaremos, naturalmente, a atrair esses processos industriais. Então, se hoje nós temos 1,3 milhão de hectares cultivados, nós ainda temos 6 ou 7 vezes mais para fazer. Então, realmente nós ainda teremos que ter uma política de incentivo muito voltada para expansão agrícola, situação que aconteceu nos últimos 15 anos com o Mato Grosso; nós último 25 anos, com Goiás; últimos 40 anos com São Paulo. Ou seja, é um processo natural do desenvolvimento da indústria de transformação. Então, nós vamos ficar parados esperando? Não. Aqui é onde entra a ação do Estado. Se temos um processo que ainda vai passar pelo crescimento agrícola, nós precisamos identificar aqueles polos que já estão desenvolvidos e buscar a atração de indústria de transformação específica de

pequeno porte. Tivemos uma realidade drástica ano passado, quando uma empresa do porte da Granol (na região central do Estado) não teve material para ser processado e chegou a ficar aproximadamente quatro meses fechada (a esmagadora). Ao passo que, se nós tivéssemos cinco ou seis pequenas indústrias de esmagamento com capacidades inferiores, nós poderíamos ter produção o ano todo e, com isso, impedir que boa parte disso fosse simplesmente exportado, mas processado (aqui), gerando farelo, que geraria uma indústria de ração e uma criação mais efetiva de suínos, avícolas, bovinos, com o conseguinte abate maior e a transformação de uma proteína animal em um produto processado. Então, essa política de promover pequenos núcleos industriais é o que o Estado tem focado. CRA – Dentro das oportunidades, nesse contexto, o Tocantins tem vários nichos de mercado, principalmente na área da agroindústria, como a indústria de ração para o potencial que está aí para a piscicultura; tem a questão da silvicultura, muita matéria-prima, em termos da seringueira na produção de borracha, de eucalipto, etc. Diante disso, qual a perspectiva que o Estado acena para esses novos nichos de mercado? Alexandre de Castro – A perspectiva é a mais positiva possível porque, exatamente nos últimos três anos, onde essa madeira ficou ou está ficando apta a ser colhida, as tecnologias de criação, de piscicultura, por exemplo, avançaram de uma forma espetacular, foi exatamente o momento em que a economia do nosso País entrou em crise e que o investimento privado se paralisou. Nós chegamos ao ponto de ter bancos de financiamento como o BASA e o BNDES, sem recurso tomado. O BASA virou o ano sem conseguir emprestar aquilo que ele se propôs para o fomento da atividade industrial. Por quê? Porque o empresário estava retraído e, nesse ano, estamos enxergando um cenário diferente, onde o empresariado já se movimenta, já começa a ver as oportunidades, começa a identificar crescimento das suas atividades e até a iniciativa em atividades novas. Então, nesse sentido, o ponto básico que nós temos – fazendo uma ligação do que falamos anteriormente-, é começar com uma produção de ração. Pegar a nossa proteína vegetal, que é pouco esmagada e mais exportada, permitirmos que esse farelo de soja ou de milho, junto com outros insumos do abate bovino, por exemplo, sejam processados e gerando uma cadeia de ração, onde poderemos incentivar, principalmente, a piscicultura, ao mesmo tempo que buscamos identificar políticas públicas que facilitem e desonerem essa criação que já existe hoje no Estado; que busquemos políticas sanitárias, que privilegiem aquela criação feita da maneira correta e que, principalmente, identifiquemos os diversos pontos de criação de peixe que nós temos no Estado, que hoje não são regularizados. Portanto, não entram na estatística e não contribuem para o mercado formal, este sim, faz crescer emprego, renda e arrecadação do Estado. Então, esse processo inicia desde a produção do insumo até a organização da cadeia de venda.

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ENTREVISTA CRA – O governo do Tocantins, por meio da Secretaria que o senhor dirige participou mais uma vez da maior feira da América do Sul, a Agrishow de Ribeirão Preto-SP, e participa dessa Feira, aqui da casa, Agrotins (A entrevista foi concedida durante este Feira). Qual o efeito que essas feiras têm para esse processo de atração de investimentos no Estado? Alexandre de Castro – Essas feiras são mais uma apresentação institucional, onde o Estado tem condição de apresentar os recursos naturais e os recursos incentivados que ele pode ter para atração da atividade privada. E nós tivemos uma grata surpresa. No ano passado, tivemos cerca de 18 visitas, cujo tema era entender o Tocantins para que pudessem vir investir, como produtores do Sul do País, do próprio Estado de São Paulo e outras regiões. Nessa edição da Agrishow, esse número passou de 40. Então, significa que são empresas que estão com olhos à essa expansão, já prevendo uma melhoria do cenário econômico do País mas que, principalmente, estão buscando meios de produção que possam ser mais compatíveis com o preço do mercado. E aí o Tocantins tem lugar privilegiado por conta da sua riqueza natural, condição de terras a preços razoavelmente baratos e essa logística de exportação ou de direcionamento da produção para o eixo centro-sul do País. CRA – O Tocantins tem uma logística privilegiada já em funcionamento ou em planejamento como, por exemplo, as rodovias estaduais e federais, a ferrovia Norte-Sul e, em planejamento, a hidrovia do rio Tocantins. Possui também um terminal de carga aérea, que está parado. O que está acontecendo que esse terminal que ainda não funciona plenamente? Alexandre de Castro – O terminal de carga aérea, passa basicamente por uma ação da Receita Federal do Brasil, no disponibilizar a sua estrutura de aduana. E eles tinham uma política, até há pouco tempo, de direcionar esses serviços para aquelas importações aéreas. Nós fizemos um trabalho que se estendeu desde o ano passado e que agora está muito

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próximo de obter o resultado, que é mostrar que além daquelas cargas aéreas que poderiam ali ser embarcadas, temos uma série de empresas que poderiam se beneficiar de outros locais de transportes e usar aquele terminal alfandegado como forma de realizar essa nacionalização do produto ou a exportação direta. A Receita Federal está sensível a essas observações e, com o trabalho em conjunto, principalmente do secretário da Fazenda, Paulo Antenor, nós estamos trabalhando e estamos perto de culminar uma forma de viabilizar que esse terminal seja definitivamente implantado. CRA – Algumas indústrias que funcionam no Estado, principalmente na área de agroindústria, enfrentam, ainda, problemas com infraestrutura. No caso da Granol, de Porto Nacional, a reclamação é a falta de asfalto no entorno da planta. Temos, também, grandes empresas passando por dificuldades e, caso sejam fechadas, será um prejuízo em termos econômicos e sociais, como o caso do Frango Norte. O Estado teria alguma política de se juntar aos bancos de fomento para amenizar a situação de dificuldade dessas empresas e assim, salvar empregos? Alexandre de Castro – Infelizmente, não cabe ao Estado promover as políticas financeiras. Isto cabe a iniciativas privadas ou aos bancos de fomento. O que nós fazemos é trabalhar junto a essas instituições para que elas tenham todas as condições de negociações que o empresariado necessita. E, particularmente, no Estado nós temos toda a condição de desenvolver e de aprimorar o arcabouço jurídico de uma forma que possa trazer mais tranquilidade para essas empresas e isso tem sido feito. Não só no segmento do frango, grãos, peixes, como também, na área de autopeças, na área de couros, na própria área de turismo. Então, o Estado está sensível a isso e a toda e qualquer demanda do segmento que é trazida como uma forma de desonerar ou de suavizar aqueles impactos que a perversidade da crise econômica está causando às empresas. O Estado retomou os olhos e tem sido ativo nesse sentido, sim.


ENTREVISTA

Alavancar a produção de peixe no Estado CRA- Secretário, te faço uma última pergunta e te deixo a vontade para acrescentar mais informações. Um dos grandes gargalos para o desenvolvimento da agroindústria e do agronegócio no Tocantins, diz respeito à piscicultura. Há poucos anos, o Tocantins produzia igual ao estado de Rondônia – 5 mil toneladas/ano. Este, produz atualmente, aproximadamente 90 mil toneladas de peixes por ano. Tocantins está em 15 toneladas. O que se pode fazer para alavancar esse processo, esse setor do agronegócio, explorando o pleno potencial que o Tocantins tem de até 220 mil toneladas de peixe por ano, só em lagos? Entretanto, nós temos gargalos a empatar não só o piscicultor do Estado, como também os de fora que estão de olho no Tocantins e reclama de uma falta de política mais concreta para esse setor deslanchar. Alexandre de Castro – Na verdade, esses pequenos empecilhos, elencados em diversas cadeias, quando colocados

em conjunto, parecem travar o processo. Mas, nós temos que fazer uma análise detalhada. A questão da produção no Tocantins, hoje, primeiro, ela é bastante informal. Nós estamos desenhando um trabalho juntamente com o Ruraltins para fazer o levantamento em todo o Estado, por meio do mapeamento do sistema de irrigação no Estado identificando todo e qualquer unidade de produção de peixe. Nós queremos, em 120 dias, terminar esse trabalho. E temos a certeza que o número de produção vai aumentar muito, porque a maioria dessa produção não é contabilizada nos números oficiais. Segundo, temos os gargalos da desoneração de outras unidades da federação que adentram o Estado. Já tomamos medidas tributárias para que esses produtos passem pelo tratamento isonômico ao entrar no Estado, fazendo com que diminua aquela importação de pescados de outros estados que são produzidos ao custo de beneficiamento mais baixo que o Estado. Outra questão:

nós temos uma legislação de regularização ambiental – assinado hoje (na abertura oficial da Agrotins, pelo governador Marcelo Miranda – o Simplifica Verde, iniciativa do Naturatins (órgão de defesa ambiental do Tocantins), onde ele vai produzir uma série de ações que vão simplificar os licenciamentos ambientais, inclusive, na área da piscicultura, com a adoção de processos extremamente avançados, como a autodeclaração, onde o empresário declara sua atividade, o seu comprometimento, e de uma forma muito rápida obtém a sua licença para funcionar. Nós temos a questão da criação de espécies, trabalhamos para que haja possibilidade de novas espécies virem a ser cultivadas no Estado. E nós temos, principalmente, que fazer um trabalho, (e estamos fazendo junto ao Mapa) de potencializar as áreas onerosas de criação no tanque-rede, porque se tem um manancial aquático do tamanho do que nós temos, certamente o investimento e a capacidade de expansão

em áreas de lagos e rios é muito maior do que se trabalhar tanque escavado, bag fish ou qualquer outra modalidade que demande uma obra de engenharia mais pesada, maior e que, se comparada às áreas que o Lago oferece, são infinitamente menores. Então, é um conjunto de ações que estão sendo colocadas em prática. Estamos contando hoje com um trabalho muito efetivo do nosso deputado Alan Barbiero, aqui do Estado, que se propôs a abraçar essa causa e juntamente com o Estado e outras entidades procurar dar uma organização melhor no entendimento desses pequenos entraves. Então, nós entendemos que cada ação dessas, acatada individualmente, poderá trazer um benefício conjunto muito grande, para que a nossa piscicultura realmente se fortaleça enquanto cadeia. * Produção do texto. Thuany Gonçalves é estagiária na empresa Cerrado Editora/Cerrado Rural. ** Entrevista e edição de texto.

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FOTO: DICOM/AL-TO

Piscicultura iscicultura

Sete eixos para o desenvolvimento da piscicultura no Tocantins

ALAN BARBIERO NUMA DAS AUDIÊNCIA PÚBLICAS: ALAVANCAR A PISCICULTURA NO ESTADO

THUANY GONÇALVES

redacao@revistacerradorural.com.br

A

Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural(CAPADR) da Assembleia Legislativa do Tocantins, realizou, no dia 20 de junho, sua segunda audiência pública para discutir a piscicultura no Estado. A primeira audiência ocorreu em abril deste ano, e desde então, vêm recebendo o apoio de uma série de instituições, como a Embrapa, Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), entre outras. Desta vez, o objetivo da reunião foi apresentar o Plano de Desenvolvimento da Piscicultura do Tocantins, cujos subsí-

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dios começaram a ser colhidos durante o primeiro encontro. O Plano pretende atingir sua meta de execução nos próximos dez anos e, assim, resultar no crescimento e desenvolvimento da piscicultura no Estado e enquadrá-lo entre os cinco maiores produtores de peixe no Brasil. Ainda nesta segunda audiência, foi aprovada a proposta de criação do Conselho Estadual de Desenvolvimento da Piscicultura. Para saber mais sobre este Plano e seus reflexos na pesca e aquicultura neste Estado, a revista Cerrado Rural Agronegócios conversou com alguns atores que contribuíram com sua elaboração. Dentre eles, o deputado estadual Alan Barbiero - principal responsável por esta iniciativa -; o chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Carlos Magno, e o

gerente de pesca do Ruraltins, Andrey Costa. Este bate-papo consiste em informações referente aos avanços do Plano, perspectivas, quais os passos faltam para a sua validação e quais resultados serão obtidos pelo próprio Estado. Para Barbiero, o Plano é um instrumento de trabalho que define objetivos, metas responsáveis e resultados. No que se refere aos avanços na atual prática da piscicultura e na atual política de Governo para piscicultura no Estado, o Deputado discorre sobre a questão da Legislação Ambiental e também o cultivo de novas espécies, entre as quais as exóticas. - Iremos avançar em muitas frentes. Primeiramente, há uma discussão e uma proposição de mudança na Legislação, para poder aperfeiçoar a nossa Legisla-

ção Ambiental. Além disso, pretendemos também, impulsionar a vinda de empresas que possam melhorar os insumos para a piscicultura, por exemplo, fábricas de ração – ressalta o Parlamentar. Ainda, em conformidade com Barbiero, existem outras medidas para desenvolver tecnologias e instrumentos de trabalho, como as de tanques-rede. - Para isso, temos que ter uma política fiscal tributária para facilitar a vinda dessas empresas. Estamos, também, fomentando o desenvolvimento da tecnologia, abrindo a possibilidade para as instituições pesquisarem e fortalecerem os peixes da Amazônia, mas também poder discutir a possibilidade de novas espécies cultiváveis, com toda a preocupação ambiental – defende.


Piscicultura

FOTO: EMBRAPA

- Nós precisamos desenvolver as tecnologias para dar conta de um sistema de produção que seja competitivo, com baixo custo e alto rendimento - pontua. Em mesma linha, Carlos Magno define o Plano como uma condição sine qua non, para que a piscicultura evolua e tenha progresso no Tocantins. No entanto, ele aponta a falta de foco como uma das principais causas que impedem o desenvolvimento no Estado. - Sempre uso o exemplo de Rondônia. Em 2005, Tocantins e Rondônia praticamente produziam a mesma quantidade de pescado, ou seja, em torno de 8mil t/ano. Rondônia, hoje, está em 90mil t/ano e o nosso Estado permanece em 8 mil t. – aponta. Carlos Magno observa que ainda há outras informações apontando 10 mil t e outras falam em 12 mil t. - Falta colocar as várias instituições juntas, ouvir a cadeia produtiva, quais são os problemas e trazer o pessoal da área ambiental para junto desse Programa. E é exatamente o que consta no Plano de Desenvolvimento. Ter um plano, onde se estabeleça claramente as metas – afirma. Já o gerente de pesca do Ruraltins, salienta a existência do Plano desde a época do Ministério da Pesca. - O que gerou o Plano, primeiramente, foi uma demanda, desde a época da existência do Ministério da Pesca, que desenvolveu o Plano de Desenvolvimento da Aquicultura no Brasil, e objetivava o crescimento da produção pesqueira no País em 10 anos e quais os pontos seriam necessários para que isso, de fato, pudesse acontecer – analisa. Esse Plano, de acordo com Andrey Costa, fora sugerido a todos os estados. - Com a extinção do Ministério da Pesca, nem todos os estados conseguiram obter resultados. Inclusive, os que fizeram de início são os que já tinham a piscicultura consolidada. E nós já estávamos atrasados com esse

Plano, mas por demanda natural de desenvolvimento, foi gerada a construção dele – observa. Voltando ao chefe geral da Embrapa, ele menciona que neste Plano, foram traçados uma série de objetivos a serem perseguidos, como treinamento, assistência técnica, conversas com o pessoal da área tributária e área da Secretaria da Fazenda. Ele comenta ainda que não é apenas uma questão de produção. - Não podemos sinalizar os produtores dizendo para eles investirem nisso, porque estamos conseguindo crédito e apoio para eles produzirem. Porque, ele vai vender “pra” quem? Tudo isso deve ser muito bem pensado – defende. Carlos Magno frisa que deve ser observada a infraestrutura necessária e os condicionantes. - Ou seja, é preciso pensar na cadeia como um todo e não apenas em um elo dela. Tem que haver as respostas para “quem vai comprar? Onde compraremos ração? Qual o preço que essa ração chegará aqui no Tocantins? Qual será o preço do peixe?”. Isto é, tem que saber o custo de produção – pontua. Ainda, conforme, ele cita a falta de assistência técnica como entrave para o crescimento dos produtores, visto que, na maioria das vezes, eles ainda não adquiriram experiência na área de criação de peixes. - Os produtores aqui, tradicionalmente, têm bastante experiência na criação de bois, na pecuária de corte, na produção de abacaxi, do arroz – nas várzeas do Araguaia - mas o peixe em si, são poucas pessoas com conhecimento e a experiência necessária, visto que, há uma tremenda defasagem de capacitação técnica – esclarece. Magno questiona a estrutura do Ruraltins para a aquicultura. - Se o Ruraltins possuir dez técnicos com formação em aquicultura, eu considero muito, e olha que o Estado tem 139 municípios. Então, tem uma série de fa-

tores e condicionantes, que vão afetar o negócio do pescado e tem que ser pensado num plano como este que estamos falando – avalia. Ainda de acordo com Carlos Magno – entusiasta dessa área, ele é ainda mais favorável ao ressaltar que o Plano poderá ser transformado em lei, e independer de Governo. Sua avaliação é altamente positiva, visto que, os benefícios ao produtor são contínuos. - Já sabemos que no próximo ano mudará o Governo (do Estado), e se entrar outro governador no lugar do atual Marcelo Miranda, essa lei vai continuar e eles poderão atuar sob esse Plano. Então, a minha avaliação desse Programa é que se trata de uma excelente iniciativa e está sendo muito bem conduzido pelo deputado Alan Barbiero e, espero, que traga muitos resultados positivos e proveitos, para a melhoria e a qualidade de vida das pessoas, também em questões de renda, empregabilidade, visto que, a piscicultura gera bastante emprego – frisa. Nesta avaliação do chefe geral da Embrapa Pesca, isso seria realmente algo fantástico para o estado do Tocantins. - Foram feitas diversas reuniões e a Embrapa, inclusive, participou naquilo que lhe foi demandado – pontua. Andrey Costa ressalta que um ponto levado em consideração é a melhor condição de vida ao produtor, diante de que, ele deverá ter em sua propriedade um empreendimento de piscicultura de forma que lhe possibilite um retorno e faça com que ele permaneça na propriedade, podendo ter um bom faturamento. De forma unânime, o deputado estadual, Alan Barbiero; o chefe geral da Embrapa, Carlos Magno e o gerente de pesca do Ruraltins, Andrey Costa, avaliam como resultados positivos no Plano de Desenvolvimento da Piscicultura, o aumento da produção de uma forma sustentável, ou seja, as pessoas vão começar a entrar no negócio da piscicul-

tura e aquicultura, de modo geral, com segurança. Além disso, eles acreditam que é possível alcançar a meta de o Tocantins estar entre os cinco maiores produtores nestes próximos dez anos. CONSELHO Na Audiência Pública realizada, também foi aprovada a proposta de criação do Conselho Estadual de Desenvolvimento da Piscicultura. Este, é composto por 24 membros, dos quais, 7 serão representantes de produtores, 7 do Governo do Estado, 7 das Instituições de Ciências, Tecnologias e Inovação, além de 1 representante do Parlamento Estadual, 1 da Associação Tocantinense de Municípios – ATM, e 1 representante do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC (com quem está a Secretaria Nacional de Pesca e Aquicultura). - A nossa governança se dará a partir da formação de um Conselho que foi aprovado em Audiência Pública. Esse Comitê de Governança terá reuniões periódicas mensais, e a primeira reunião já será para avaliar o Plano de Desenvolvimento da Piscicultura, porque nós vamos encaminhá-lo como projeto de lei – esclarece o deputado Alan Barbiero. Ainda em sua linha de pensamento, o Plano sendo aprovado, haverá amplo acompanhamento do setor. - O Sebrae está dando suporte, inclusive, o Plano está inserido dentro do sistema de gestão de projetos para resultados do Sebrae, que é o GO. E todos os parceiros que tenham interesse, terão acesso também às metas, aos responsáveis, e quando uma meta não for atingida vai aparecer uma cor vermelha; quando for atingido, uma cor verde; ou se estiver mais ou menos resolvido, cor amarela – continua. - E isso, logicamente, nos dará um instrumento de gestão muito poderoso para que a gente possa acompanhar e cobrar a execução de todas as metas definidas – afirma.

LAGO DE PALMAS TEM POTENCIAL PARA A PRODUÇÃO DE 200 MI TONELADAS DE PEIXES/ANO

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Piscicultura

Os sete eixos que compõem o Plano

O Plano de Desenvolvimento da Piscicultura foi elaborado em sete eixos, os quais servem como base para o desenvolvimento deste. - Licenciamento Ambiental e Sanidade; - Incentivos Fiscais; - Financiamento e Seguro Garantia; - Pesquisa / Tecnologia e PósGraduação;

- Assessoria Técnica e Capacitação; - Infraestrutura / Distribuição / Suprimento e Beneficiamento; - Organização e Governança. - Neste Plano, o primeiro eixo é o Licenciamento Ambiental, ou seja, os técnicos e interessados devem se sentar, discutir, à luz do conhecimento científico, e simplificar a Legislação Ambiental – volta a opinar Carlos Magno.

ilegalidade – exemplifica. Carlos Magno defende também que, primeiramente, há que se adequar à Legislação Ambiental, resolver os nossos problemas e os passivos. - Assim como Rondônia fez, o que foi feito daqui pra trás, está feito, não tem como corrigir, podemos tentar remediar. E de agora para frente, seguiremos as nossas metas – destaca Carlos Magno.

Introdução da tilápia no Tocantins

FOTO: EMBRAPA

O TAMBAQUI É UM DOS PEIXES CULTIVADOS NO TOCANTINS QUE PRECISAM DE NOVAS TECNOLOGIAS

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- Pois, quando se trata de qualquer projeto, em especial, vamos falar da piscicultura, a primeira condição que o banco irá exigir é Licenciamento Ambiental. Então, por exemplo, há números estipulados pela Secretaria da Agricultura que, o Tocantins possui 1000 piscicultores. E é capaz de termos entre cinco a dez licenciados e regularizados, ou seja, o restante está trabalhando na

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Carlos Magno, ainda, ressalta que outros assuntos estão sendo discutidos, dentre eles, a liberação da tilápia no Tocantins e evidencia o seu ponto de vista, deixando claro que é altamente favorável a liberação, com base em pesquisas científicas. - Se nós estamos rodeados por tilápia, qual a eficácia de manter essa proibição aqui? Enquanto não liberam, nós estamos perdendo mercado. Um produtor que está na agricultura, não vai produzir apenas uma espécie, porque se ele produzir somente soja, ele “quebra” – exemplifica. Ele argumentou que, assim como toda cultura vegetal ou animal, o peixe está sujeito a doenças. - E quando aparece doenças e pragas, o agricultor tem que fazer rotação de cultura, trabalhar com sistema biológico. E com o peixe aconte ce a mesma coisa. É preciso ter um leque de opções do que será produzido, para que assim, vá se equilibrando o negócio – frisa. Ele lembra que Paraná e São Paulo ficam aproximadamente 3 a 4 meses sem que os peixes não cresçam por conta do frio. - Aqui, a temperatura mínima é 23°. Nós teremos 2,5 ciclos de produção por ano. Então, a rotatividade disso para o pequeno produtor é fantástica. Ninguém vai ficar somente produzindo tilápia ou apenas tambaqui, têm várias outras espécies. Cada um vai fazer sua opção e a gente vai melhorar o sistema de produção, para que assim, eles possam investir mais naquilo que gera maior faturamento – concluiu. *Thuany Gonçalves é estagiária da revista e site Cerrado Rural Agronegócios. Edição: Antônio Oliveira.


Exóticos POR ANTÔNIO OLIVEIRA

editorgeral@revistacerradorural.com.br

P

or 19 votos contra 2, o Conselho do Meio Ambiente do Estado do Tocantins (Coema), votou favorável pela introdução de peixes exóticos no Estado. As discursões do Conselho começaram nesta quarta-feira 28 e prosseguiram até por volta das 16 horas desta quinta-feira, 29. Em princípio, a Comissão Técnica do Coema apresentou dois posicionamentos. Um pela manutenção da Resolução 27, que proíbe a criação de espécies exóticas nas bacias tocantinenses, que compõem a Bacia Amazônica. O outro posicionamento foi pela permissão de acordo com condicionamentos ambientais. Estes deverão ser elaborados, pelo Conselho, num prazo de quatro meses. A reunião do Coema estava formada por 21 membros. 19 votaram a favor e 2 contra a introdução da tilápia no Tocantins que, conforme produtores e pesquisadores, tem, por sua águas de qualidade e temperatura adequada, melhores condições que estados como Paraná, Mato Grosso e São Paulo, atualmente os maiores produtores de tilápia e outros exóticos, como pangasius, no Brasil. Aquicultores destes estados esperavam e articulavam para isto acontecer desde o ano passado, quando, por meio da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), estiveram com o governador Marcelo Miranda expondo projetos de criação de tilápia e produção de alevinos, a princípio no Lago da Usina do Lajeado (Luís Eduardo Magalhães). Eles estão tão “antenados” neste processo que este editor-geral de Cerrado Rural Agronegócios – site e impresso – foi informado por um deles, o presidente da Associação dos Aquicultores em Águas Paulistas e da União (Peixe SP), via WhatSap, tão logo a votação foi concluída. Foram mais rápido que a assessoria do Coema no Tocantins. REAÇÕES O atual secretário de Desenvolvimento Rural de Palmas, Roberto Sahium, ferrenho crítico da introdução de exóticos, mais especificamente, de tilápia no Tocantins, foi rápido também na reação. Em ferrenha mensagem enviado a mim, via WhatSap. Na nota, ele acusa os produtores de tilápia de não terem compromisso com o

Coema aprova o cultivo da tilápia no Tocantins LEGENDA LIQUIAM QUAM SE INT APICIA ET ACEA QUIDI BEROVIDERUM AUT ADI

meio ambiente, “em especial com a Amazônia”. Ele atacou, de uma forma indireta, o chefe-geral e pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura, acusando-os de estarem por trás desta aprovação. - Eles deveriam dar bons exemplos de como preservar e conservar a natureza com produção sustentável, usando espécies nativas como carros-chefes e registro geográfico – acusou. Sahium acusa ainda os produtores de tilápia de estarem vendendo sonhos. - São pessoas que querem usufruir apenas de recursos oriundos dos bancos – pontuou. Sahium informa ainda que vai recorrer deste resultado nos ministérios públicos estadual, federal “e até no Supremo Federal”. A oposição de Sahium contra a introdução da tilápia no Tocantins se baseia, conforme ele, em questões ambientais. Ele tem a espécie como extremamente predadora e que pode por em risco os nativos. Contudo, o Ibama e o Instituto Natu-

reza do Tocantins (Naturatins) atestam que a tilápia já está presente nos rios Tocantins e Araguaia há muitos anos, oriundo de outros estados banhados por estes rios como Goiás e Mato Grosso, que cultivam a tilápia comercialmente. Há quem diga, também, que esta proibição é incoerente e cita como o exemplo o Lado da Usina do Estreito, na divisa do Tocantins com o Maranhão. Lá, afirmam os defensores da tilápia, do lado Maranhão esta espécie é permitida; do lado do Tocantins, proibida. “São as mesmas águas”, diz o presidente do Naturatins, Hebert Buti. Já, no lado dos favoráveis, o chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Carlos Magno, consultado por nossa redação, evitou entrar em polêmica. Apenas, emitiu uma nota via WhatSap. Ele encontra-se em missão oficial no extremo norte do Brasil. Conforme ele, esta decisão do Coema, representa um avanço para a cadeia produtiva da Piscicultura no Tocantins. - Haja vista ser essa espécie uma

commodity consumida no mundo inteiro. Há tecnologia já disponível e validada. Poderemos melhorar a rentabilidade dos nossos piscicultores – esclarece. Ainda conforme ele, agora se tem certeza de que haverá novos investimentos em nosso Estado, novas indústrias de ração e de processamento. - Esses investimentos irão trazer mais conhecimento, mais assistência técnica que poderão nos ajudar a encurtar prazos no desenvolvimento de tecnologias para as nossas espécies nativas. Enfim toda a cadeia sairá ganhando, será fortalecida - disse. E DISSE MAIS AINDA: - Não tenho dúvida que o Tocantins em pouco tempo tornar-se-á um dos maiores produtores de pescado do Brasil, aproveitando suas excelentes condições de clima, logística, grande produção de grãos, e principalmente gente trabalhadora, empreendedora e comprometida com o desenvolvimento do Tocantins e do Brasil – concluiu.

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Mensagem

“Oportunidade para debater quatro cadeias produtivas” “O PISCISHOW e o AVISULEITE – o primeiro em sua segunda edição -, que vão estudar as cadeias da piscicultura, avicultura, suinocultura e leite no Tocantins, e que são segmentos que representam no agronegócio tocantinense extrema importância, principalmente para o pequeno e médio produtor. Na medida em que o agronegócio do Estado se desenvolve, inclusive com a instalação das esmagadoras, transformando nossos grãos em subproduto, é necessário que haja um trabalho mais forte nestas cadeias que fazem parte do aproveitamento desses grãos. fortalecendo, inclusive, a agroindústria que o Estado está trabalhando forte, incluindo políticas públicas, visando principalmente o desenvolvimento como um todo. Vale ressaltar que o PISCISHOW e AVI-

SULEITE serão uma oportunidade única em que nós vamos ter aqui, mais uma vez, dois ex-ministros da agricultura, Roberto Rodrigues e Alysson Paulinelli, que vão contribuir com seus conhecimentos e experiências para este grande evento. Além dos grandes especialistas, palestrantes de todo país que vão estar neste evento, contribuindo de forma efetiva para que estas cadeias se desenvolvam de forma rentável e sustentável na região do Matopiba”. MISSÃO/VISÃO A Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) tem como missão, promover o planejamento, gerenciamento e a coordenação geral das políticas voltadas para o setor agropecuário do

Tocantins, normatizando, captando e difundindo tecnologias, não apenas nas cadeias de avicultura, piscicultura, suinocultura e leite, mas nas múltiplas cadeias do setor que movimenta e sustenta o Estado. É objetivo da Secretaria da Agricultura promover o processo de modernização do setor agropecuário, fomentando o desenvolvimento ordenado do setor produtivo rural, contribuindo de forma singular para o crescimento autossustentável da economia do Estado. A Seagro através de suas diretorias: Pecuária, Agricultura, Aquicultura e Pesca promovem ações e desenvolvem projetos específicos para que atendam principalmente, os pequenos e médios produtores. É Secretário do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária do Tocantins

A UNIÃO TRAZ O PEIXE Estamos unidos para a promoção e o desenvolvimento da piscicultura no MATOPIBA e no Brasil

REALIZAÇÃO


ENTRETENIMENTO

RECEITA

Tambaqui assado e recheado

INGREDIENTES 1 tambaqui de aproximadamente 3 kg 8 dentes de alho amassado com sal 1 tomate picadinho 1 cebola média picadinha 1 pimentão picadinho 2 xícaras de farofa pronta Salsinha desidratada Azeite para regar

(?) Momo, atração carnavalesca

te e misture bem. Adicione a farofa pronta até ficar um tipo de pirão. Não precisa temperar, pois a farofa já vem temperada. Recheie o peixe com o pirão e feche com palitos de dente para o cheio não sair. Regue com bastante azeite, deixe descansar por 12 horas na geladeira. Leve ao forno pré-aquecido por 1 hora. Sirva com batatas assadas arroz e salada

MEDICINA NATURAL

Remédios caseiros para azia

Sorria

Dois velhinhos pescando num riacho, um deles se vira para o lado e fala para seu amigo: - Ô cumpadi, sabe que ontem neste mesmo lugar eu pesquei um lambari de 1 metro!!!! O outro respondeu: - E num é qui semana passada, eu pesquei um lampião aceso aqui mesmo neste lugar!!! O primeiro virou para o outro e falou: - Ô cumpadi, um lampião aceso é impossivel...

MODO DE PREPARO: Ferver a água e adicionar os outros ingredientes, devidamente tapado. Coar e beber quando estiver morno.

Bloco criado após o fim da URSS (sigla) Remo, em inglês Passado (fig.)

Jardim no qual morava Eva (Bíblia)

Inclinado; propenso Siso ou molar Acessório de barcos

Goleiro do Penta do Brasil (fut.)

Trecho de rio ideal à prática do rafting (?) Basinger, diva do Cinema

Santos (?), aeroporto carioca

BANCO

(?) Stewart, cantor Casa (?), sede do governo argentino

Prova de acesso à universidade Essência

(?) juramento, situação do depoente Nelson Mandela, líder sulafricano

Partido fundado por Brizola (sigla) Divisível por dois Código telefônico

Problema (?): o foco da Psiquiatria 56

Solução

o segundo responde: - Se você diminuir o tamanho do seu lambari eu apago o meu lampião!!!!

P A R E I M T E E I A R T O R D O E R A O S B A R D I A L

MODO DE PREPARO Misturar os ingredientes e tomar esta mistura em pequenos goles.

Nome da letra "L" Acolher (evento)

I T R A I A N C O O S N T E E I M P D N T

INGREDIENTES 1 colher (de café) de bicarbonato de sódio 100 ml de água

2. Chá de hortelã Um outro bom chá que pode ser usado para combater a azia pode ser feito com hortelã, erva-cidreira e anis estrelado . INGREDIENTES 1 colher de sopa de hortelã 1 colher de sopa de erva-doce 1 xícara de água

Dor nas (?): é ocasionada pela má postura

(?) Amazonas, postal de Manaus

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C O R R E S P O N D E N T E

1. Bicarbonato de sódio O bicarbonato de sódio diluído em água porque ele tem efeito alcalinizante no tubo digestivo e, consequentemente, irá diminuir a acidez do estômago.

É infiel Presa temporariamente

Cosmético vendido em formato roll-on

P S O L I R U G O S C R T D ES O D O S E L C O S T A P R ED I S D I DA E O A D C O R R E R E N K I M D U M O N T O M

RECHEIO Junte a cebola, o pimentão e o toma-

© Revistas COQUETEL

Arma de fogo de fácil Dia da Mentira manuseio (pl.) Peça para Albert fechar ja- Einstein, Jornalista que nelas (pl.) físico cobre guerras

Criatura Pão de (?), O massa Pedir com Facebook, como o respeito nas redes Shrek delicada de bolo (Cin.) sociais O papel crepom, por sua textura

3/cei — ddi — kim — oar — rod. 5/ontem. 6/detida — rugoso. 15/sucessor do orkut.

MODO DE PREPATO Limpe bem o peixe e abra pela barriga. Fure bem o peixe com a ponta da faca. Passe o alho amassado por todo peixe, por dentro e por fora. Salpique um pouco de salsinha sobre o peixe.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

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CRÔNICA

Maturidade é parar de buscar a aprovação das pessoas para ser feliz V ocê escolhe a cor da calcinha, o sutiã com ou sem bojo, o vestido ou a calça, a sapatilha ou o salto alto. Você escolhe a salada ou a massa, o ônibus ou o metrô, o café expresso ou o cappuccino, subir de escada ou de elevador. Você escolhe acordar cedo para correr no parque ou dormir mais uma hora. Você escolhe devolver o troco errado ou colocá-lo no bolso, torcendo para que a moça do caixa não perceba o engano. Você escolhe o penteado, o esmalte, o perfume, o filme, o que fazer no feriado. Você escolhe guardar mágoa, perdoar, amar, ser feliz, começar tudo de novo. Até a morte você pode escolher, seja em porção única ou em doses homeopáticas, mas existem duas coisas sobre as quais você não tem poder de escolha: a primeira é parar de envelhecer, a segunda é amadurecer. Você pode aplicar botox e fazer tratamentos estéticos, praticar atividade física, cuidar da alimentação. Você pode meditar, dormir oito horas por dia, ler, rezar, ter bons amigos e estar em contato com a natureza. Você também pode escolher o trabalho, os vícios, as companhias, dormir pouco, comer muito e beber mais ainda. Mas viver nos ensina que o caminho que percorremos não faz

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com que os nossos corpos parem de envelhecer. Todos os órgãos têm prazo de validade, sendo seu dono vegetariano e budista ou carnívoro e alcoólatra. Quanto ao amadurecimento, tem muito adulto que emocionalmente ainda não fez 15 anos, e talvez chegue à velhice com a mesma infantilidade de agora. É que para crescer só existe um caminho: o do sofrimento. Mas não adianta sofrer se a pessoa não souber absorver a experiência da dor. O padecimento é uma escola. Quem não aprende com ele terá que repetir o ano. Portanto, amadurecer não é uma simples questão de escolha, senão o resultado de um processo de aproveitamento da dor. Maturidade é parar de querer mudar os outros, é cessar o movimento de procurar defeitos em loop infinito. Maturidade é aceitar as pessoas como elas são e perceber o quanto somos hipócritas em nossas imperfeições. Maturidade é entender que todos estão certos sob suas próprias perspectivas e que não existe uma verdade absoluta. Maturidade é sublinhar, relevar e deixar ir aquilo que não é mais nosso: o amor que acabou, o amigo que se transformou, o emprego, o apartamento, o carro. É deixar para trás o que não

nos cabe mais: as roupas apertadas, os sapatos que tomaram a forma dos nossos pés, os livros que tanto nos ensinaram e que podem ensinar outras pessoas. É deixar a vida acontecer de acordo com propósitos muito maiores do que os nossos simples desejos. Maturidade é saber dosar as expectativas e compreender que desentendimentos fazem parte de todas as relações afetivas. Maturidade é estar em paz consigo mesmo. Maturidade é parar de buscar a aprovação das pessoas para ser feliz. Maturidade é saber discernir entre o que você precisa e o que você quer, e sem drama, aprender a abrir mão das vontades imediatas. Maturidade é deixar de enxergar a felicidade apenas em coisas materiais. A felicidade não está em Paris, está na companhia que vai com a gente a Paris ou à padaria da esquina. A verdade é que nós só atingimos a maturidade conforme vamos envelhecendo… Não dá para desvincular uma coisa da outra. Então, já que é impossível decidir parar de envelhecer, que a gente escolha florescer, mesmo sabendo que as flores não duram para sempre. Maturidade é isso: é esse lance de querer ser flor tendo tudo para ser espinho…

KAREN CURI É colunista da Revista Bula. Crônica extraída desta


Mensagem FOTO: ASCOM/EMBRAPA

CONJUNTO ARQUITETÔNICO DA EMBRAPA PESCA E AQUICULTURA, EM PALMAS: O PEIXE ESTILIZADO

PISCISHOW, Embrapa estará presente aliando conhecimento às necessidades do setor produtivo CARLOS MAGNO

C

aros participantes do Congresso e Feira de Tecnologia para Pesca e Aquicultura do Matopiba, o Piscishow. É com muita satisfação que a Embrapa Pesca e Aquicultura, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, responsável pelos trabalhos com essas temáticas em nível nacional, se mostrará presente no evento. Iremos colaborar com duas palestras e a participação em uma mesa redonda. Um dos temas das palestras são os avanços tecnológicos no cultivo

do pirarucu, espécie das mais promissoras para a aquicultura nacional, mas que ainda precisa avançar bastante em termos de conhecimento científico. É o que estamos fazendo, por meio de nossas pesquisas, e vamos mostrar durante o Piscishow. Outro tema nosso é a sanidade em cultivos de espécies nativas, área a que o produtor precisa estar sempre atento, pois doenças são fatores altamente limitantes na piscicultura. Nossos pesquisadores mostrarão resultados de nossas pesquisas nessas duas áreas e estarão abertos a questionamentos, perguntas e sugestões. É assim que

deve caminhar a ciência: aliando o conhecimento técnico com as necessidades do setor produtivo. Além das palestras, a Embrapa Pesca e Aquicultura estará no evento participando de mesa redonda que discutirá um tema fundamental para o setor no estado do Tocantins. Vamos debater sobre mitos e verdades a respeito de aspectos técnicos e biológicos da introdução de espécies consideradas exóticas na Bacia Amazônica. Juntamente com representantes do poder público e da iniciativa privada, abordaremos tecnicamente esses assuntos que costumam gerar polêmica, mas que precisam ser tra-

tados de maneira isenta e baseada no conhecimento científico. Dessa maneira, por meio de palestras e de participação na mesa redonda, acredito que estaremos dando nossa contribuição para o desenvolvimento da cadeia da piscicultura no Tocantins. É preciso avançar. Sempre com parcimônia, calcados no conhecimento científico e valorizando questões relacionadas à sustentabilidade, tanto ambiental, como social e econômica. É assim que a Embrapa vem trabalhando nas áreas de pesca e aquicultura no Tocantins e no Matopiba. Creio que, ao socializarmos conhecimentos e prospectarmos demandas e necessidades reais do produtor, estaremos cumprindo nossa missão aqui na região. O Tocantins possui um enorme potencial para a piscicultura. Disso, todos já ouvimos falar bastante. A hora agora é de transformar esse potencial em realidade. Nossa ciência brasileira, através da Embrapa, está à disposição. Um excelente evento a todos! *É chefe-geral da Embrapa Pesca e Aquicultura (Tocantins)

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Informações: www.piscishoweavisuleite.com.br


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