Ano XV SETEMBRO/2017 R$ 5,00
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TECNOLOGIA
Pesquisadores da Embrapa desenvolve método de fabricação caseira de inoculante para feijão AGRICULTURA FAMILIAR
Pronaf disponibiliza R$ 280 milhões para o Tocantins. Mas setor reclama da falta de recursos para a ATER.
PISCICULTURA Projetos de estatal baiana de pesca e aquicultura alavancam o setor no Estado. Meta é projetar a Bahia no topo da produção nacional de pescado.
ENTREVISTA: PRESIDENTE DA BAHIA PESCA DEFENDE A UNIÃO DO MATOPIBA PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO DE PEIXE NO BRASIL
DEPOIS DA EXCELENTE REPERCUSSÃO DOS EVENTOS DESSE ANO, JÁ ESTAMOS TRABALHANDO NOS PRÓXIMOS
VEM AÍ ! CONGRESSO
avisuleite2018 AVICULTURA, SUINOCULTURA E LATICÍNIOS FAMILIAR E EMPRESARIAL
REALIZAÇÃO:
PISCISHOW2018
CONGRESSO E FEIRA DE TECNOLOGIA PARA PESCA E AQUICULTURA DO MATOPIBA
SUMÁRIO
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CARTA DO EDITOR
PESCADO BAIANO
Rede cheia de qualidade
OPINIÃO
Bahia Pesca intensifica suas ações para a pesca e aquicultura no Estado
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Amanda Oliveira Santos: ATER e Agricultura Familiar
ENTREVISTA
Dernival Oliveira, presidente da Bahia Pesca: “Unido, Matopiba pode alavancar sua produção de pescado”
TECNOLOGIA
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Pesquisadores desenvolvem método de fabricação caseira de inoculante para feijão
SOJA
UFT e Defesa Agropecuária do Tocantins alertam para os riscos de uma nova doença no Estado
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ENTRETENIMENTO
Palavras cruzadas, receita, medicina natural e piada
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PRONAF Governo Federal libera quase R$ 300 milhões para o Tocantins, mas ainda deixa ATER sem recursos
CRÔNICA Thuany Gonçalves: Ninguém nunca está sozinho
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CARTA DO EDITOR
Rede Cheia de qualidade
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inda no vácuo dos debates sobre a piscicultura no Matopiba, feitos por pesquisadores, empresários e autoridades, durante a realização do II Piscishow (Congresso e Feira de Tecnologias para Piscicultura do Matopiba), realizados em Palmas, entre os dias 13 e 15 de julho do corrente ano, esta edição vem com uma entrevista que o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira, nos concedeu. Ele nos deu a honra de sua presença, representando a Bahia nesse importante evento de promoção e difusão das potencialidades desta região de Cerrado do Norte e Nordeste do Brasil para a produção de pescado. Trás, ainda, uma matéria especial sobre as ações desta estatal baiana para aumentar a produção de pescado neste Estado e, consequentemente, no Brasil, contribuindo para que este, cada vez mais, seja competitivo nesta importante fonte de produção de proteína para a alimentação humana. Importante nesta entrevista é o chamamento do Executivo - que tem uma larga experiência com a aquicultura na iniciativa privada -, faz para que os estados integrantes do Matopiba se unam para aumentar a produção de pescado no Brasil, reduzindo a nossa dependência de estoques impor-
tados. De acordo com ele, se a região está unida na produção de grãos, tornando-a responsável por quase 15% da produção nacional desses produtos, por que não se unir, também, no fortalecimento da piscicultura? Por falar em Piscishow, sempre realizado conjuntamente com o Avisuleite (Congresso e Feira de Avicultura, Suinocultura e Laticínios) – eventos da desta Revista e da Kikiô Propaganda -, esta edição estampa o resumo de um relatório com os resultados positivos da presença deste dois eventos na mídia. Foram compensadores e nos dá ainda mais motivação para seguir no planejamento das edições de 2018, que terão data de realização alterada para o mês de junho. O local também será outro, mas compatível com a dimensão destes dois eventos. Numa edição, quase que toda voltada para os pequenos produtores, nosso outro importante foco é o anúncio do Pronaf 2017/2020 que, praticamente, duplicou os recursos a serem aplicados na Agricultura Familiar na safra 2017/2018. Ponto positivo para o Governo Federal. Porém, conforme lembra, em entrevista, no bojo a matéria, o secretário de Desenvolvimento Rural de Palmas, Roberto Sahium, o planos safras da
ANTÔNIO OLIVEIRA
Agricultura Familiar ainda deixam muito a desejar por não contemplar, com recursos financeiros, a ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural). Virando a página, o prezado leitor vai ler uma importante informação vinda da parte dos competentes pesquisadores da Embrapa: a fabricação caseira de inoculantes para o feijão, a ser usado pela Agricultura Familiar. Se na soja este produto (indústria) é usado com muito sucesso na produtividade, por que não nas pequenas lavouras? Interessante. Sojicultores do Tocantins em estado de apreensão nos preparativos de plantio da safra 2017/2018. É que a Adapec, acatando sugestão de Pesquisadora da Universidade Federal do Tocantins, emitiu alerta sobre um novo tipo de antracnose registrado no Estado. Mas, ao menos, a maior cooperativa de grãos no Tocantins, a Coapa, está tranquila quanto isto. Mas, não custa nada prevenir. Como se leu, nossa rede, como sempre, está farta de qualidade de informações. E tem muito mais nesta edição feita com muito carinho para você que é a nossa maior razão de existir. Boa leitura.
EXPEDIENTE Cerrado Rural Agronegócios - impresso e site - tem foco jornalístico na região do MATOPIBA. É publicada por Cerrado Editora, Comunicação e Marketing Ltda CNPJ 10.683.730/0001-98 EDITOR-GERAL: Antônio Oliveira (RP.: 474/TO)
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De Cerrado produtivo a gente entende. E gosta.
ATER e Agricultura Familiar
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produção de alimentos é o mercado que, mesmo diante do que é chamado crise, permanece “de pé”, ainda que atingido em aspectos econômicos, o ser humano não sobrevive sem esse produto. As principais commodities brasileiras relacionadas à produção de alimentos exportados pelo Brasil, tais como: açúcar, café, milho, entre outros, que também são produtos de grande potencial para a agricultura Familiar, podem garantir o aumento da fonte de renda do pequeno produtor. Obviamente não são perfis da agricultura familiar as commodities vinculadas ao agronegócio. A produção em larga escala que atende ao mercado internacional utiliza de tecnologias que não vão de encontro a sustentabilidade e a preservação ambiental. O termo sustentabilidade aplicado à causa ambiental, tornou-se padrão mundial de representação da forma de produzir sem interferir o ciclo de renovação da natureza e nem destruir os recursos que serão alcançados pelas futuras gerações. A produção Agrícola Familiar ainda tem o maior percentual de consumo pelos brasileiros, sendo classificados os principais produtos de maior presença da agricultura familiar que chegam à mesa do consumidor: mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (50%), leite (58%), carne de aves (50%) e milho (46%). É o pequeno
produtor que abastece o mercado brasileiro. O Governo Federal disponibiliza fontes de recurso que contribui para o crescimento da Agricultura Familiar, por meio de programas de crédito como, Plano Safra que, aplicado com o apoio da ATER - Assistência Técnica e Extensão Rural, garantem o aumento da produção e o PNCF – Programa Nacional de Crédito Fundiário, que oferece condições aos trabalhadores rurais de adquirir um imóvel rural por meio de financiamento. Apesar dos diversos incentivos ao aumento da produtividade, ainda não passa de 70% os alimentos provindos da Agricultura Familiar consumidos pelos brasileiros. O processo de continuidade das ações desenvolvidas por meio das Instituições de Assistência Técnica e Extensão Rural, pode ser ainda o principal entrave que remete o avanço e o crescimento da produção Agrícola Familiar. Além do incentivo financeiro do Governo Federal, são oferecidos por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, Ministério do Desenvolvimento Social – MDS e outros, diversos programas de capacitação e desenvolvimento sustentável que proporcionam técnicas de produzir mais, garantindo o aumento da diversidade produtiva e das áreas consideradas improdutivas, que passam a fazer parte de lavouras integradas com as culturas animal e vegetal.
Práticas como rotação de culturas e plantio direto são adotadas tanto no modelo convencional, como na agricultura de pequeno porte, o que não é suficiente para obter resultados reduzindo os impactos ambientais. No entanto, são práticas que os produtores já adotaram e conseguem prosseguir se faltar ATER. A proposta de cultivo na Agricultura Familiar em sistema agroflorestal, sistema agrossilvipastoril, produção orgânica, agricultura biodinâmica e outras alternativas de produção sustentável, requer a ATER contínua por maior período de tempo. A ATER tem a função de assistir o produtor desde implantação até a consolidação das tecnologias adotadas, acompanhando o processo produtivo de maneira que as ações se efetivem obtendo os resultados esperados. No Tocantins, a Agricultura Familiar é assistida pelo Governo do Estado com o apoio do Governo Federal e pelo Governo Municipal de suas localidades. Alguns municípios estão mais desenvolvidos em ações classificadas como práticas agroecológicas, com o apoio de Instituições Governamentais e não Governamentais e com a sociedade que acompanha o desenvolvimento da Agricultura Familiar, na expectativa de garantir o aumento da produção e consumo de alimentos saudáveis. *Com informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
OPINIÃO
AMANDA OLIVEIRA SANTOS é Engenheira Agrícola Especialista em Extensão Rural e Agricultura Familiar e acadêmica de Jornalismo na UFT
FOTO DIVULGAÇÃO
A PRODUÇÃO AGRÍCOLA FAMILIAR AINDA TEM O MAIOR PERCENTUAL DE CONSUMO PELOS BRASILEIROS
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Entrevista
“Unido, Matopiba pode alavancar sua produção de pescado”, diz Dernival Oliveira ENTREVISTA: ANTÔNIO OLIVEIRA PRODUÇÃO DE TEXTO: THUANY GONÇALVES* redacao@revistacerradorural.com.br
Durante o II Piscishow e I Avisuleite, cujo foco era, respectivamente, a pesca e aquicultura; a avicultura, suinocultura e laticínios, ambos da região do Matopiba, a revista Cerrado Rural Agronegócios esteve em um bate-papo com o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior. Ele representou o Governo da Bahia junto aos eventos. Nesta conversa, o Presidente evidenciou seu ponto de vista em relação ao potencial da pesca e aquicultura, sobretudo, na região do oeste da Bahia, que é parte integrante do Matopiba, assim como, a exploração de seus recursos hídricos para o cultivo de peixes em tanques-redes. Os estados que compõem a região do Matopiba, unidos, conseguiram alavancar toda a produção de grãos e fibras, sendo os responsáveis por quase 15% da produção nacional de grãos. Com base nesta realidade, Dernival Oliveira diz acreditar que essa união podem também alavancar a produção de pescado na região de cerrados do Norte e Nordeste do Brasil. Leia, a seguir, entrevista, concedida ao jornalista e coordenador do Piscishow/ Avisuleite, Antônio Oliveira O6
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Entrevista
Cerrado Rural Agronegócios (CRA) – Presidente, qual o panorama que o senhor traça atualmente da piscicultura no estado da Bahia, sobretudo, na nossa região, o oeste da Bahia? Dernival Oliveira – Primeiramente, gostaria de agradecer o convite feito ao governo do Estado, cujo Governador (Rui Costa), demonstrou interesse em vir conhecer a realidade do Tocantins e, também, por termos sido tão bem acolhidos. Segundo, é sempre bom conhecer outras realidades. Então, nota-se que o Tocantins está crescendo, tem um grande potencial, e isso é muito importante. Ainda não está no seu estado inicial de produção. Quanto ao oeste da Bahia, ele até me surpreendeu. Tive a felicidade de observar o que está sendo produzido por lá, então, para mim foi uma surpresa muito grande. Hoje, o oeste é o segundo polo de piscicultura do Estado da Bahia; há pessoas abnegadas que nos ajudaram e continuam ajudando na piscicultura. Ás vezes, nós até ficamos triste em saber que, por exemplo, uma semente que foi plantada lá atrás, pode-se perder por falta de água, porque não estão aguando. Mas o oeste tem um potencial muito grande. Encontramos vários parceiros na cidade de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. Recentemente, eu estava aqui conversando com uma pessoa que nos ajudou muito lá na piscicultura, dizendo que nós estamos em finalização de um convênio, no valor aproximado de R$ 1, 2 milhão, para colocar aquela unidade de beneficiamento de São Desidério em funcionamento, para a agregação de valores aos produtos da piscicultura na região. Então, vejo com bastante atenção, visto que, ali tem um potencial muito grande de crescimento, inclusive. CRA – Presidente, o senhor falou em potencial do oeste da Bahia na
aquicultura em relação a produção de peixe em cativeiro e realmente é um grande destaque essa produção na região. Porém, ainda há gargalos. Faltam condições para o pessoal beneficiar o seu peixe, como por exemplo, a filetagem. Isso vem sendo prometido há muito tempo. Até quando eles vão conviver com essa carência? Que planos o Governo tem para sanar os problemas no oeste da Bahia? Dernival Oliveira – Nós tentamos, ainda na época do Ministério da Pesca, buscar os recursos que faltavam ser liberados para que a gente pudesse colocar a Unidade de Beneficiamento de Pescado de Luís Eduardo em funcionamento. Porém, o que foi que aconteceu? O convênio foi extinto, nós não tivemos a possibilidade de retirar esse dinheiro em virtude do momento que o País está atravessando. Mas, se não foi possível acontecer ainda em Luís Eduardo, será possível acontecer brevemente em Barreiras. Inclusive, em Barreiras já existe uma unidade construída, que precisava ser reformada e equipada para que conseguisse o selo da certificação dessa unidade. Então, acredito que nesse próximo dia 20 (de julho), quando Governador (Rui Costa) estará lá, deverá anunciar a liberação desse recurso, para que a gente possa ter a unidade funcionando e certificada, para que possamos colocar esse produto no mercado nacional. CRA – É possível usar os recursos hídricos do oeste da Bahia como os rios Corrente, São Francisco e Grande, para o cultivo de peixe em tanque-rede? Há a possibilidade de explorar mais esse potencial? Dernival Oliveira – Claro. Até porque a realidade de Luís Eduardo e Barreiras é diferente da minha cidade de Paulo Afonso. Por exemplo, o Rio São Francisco, em Paulo Afonso, tem uma condição diferenciada da realidade do oeste. Nós temos muito braço na região de Paulo Afonso, então é possível lá, colocarmos os tanques-redes. Não é o caso de Barreiras e Luís Eduardo.
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Entrevista
Não é o caso de Barreiras e Luís Eduardo. Algumas situações, em algum povoado, que eu consegui identificar que a gente tem condições de colocar um projeto de piscicultura. Mas o que acontece? O potencial é muito grande e daqui há uns dias não estaremos mais falando em tanque escavado, mas sim em bioflocos, porque este vai substituir o tanque escavado. É muito mais barato; a produção é maior e o ciclo é menor. Inclusive, a ração também tem um gasto menor. Então, estamos fazendo essa experiência na Bahia, temos trazido pesquisadores, para nos ajudar juntamente com os nossos pesquisadores a desenvolver esse projeto. Nós estamos desenvolvendo um projeto que se chama “Peixe do Meu Quintal”. Meu sonho é colocar tanques desses no semiárido – região onde não tem água – no fundo do quintal de um morador da área rural, para que ele possa ter segurança alimentar, utilizar o peixe para o próprio consumo e que, com a produção desse pescado ele possa ter uma renda de R$1.700,00 mensais. É uma renda totalmente diferente do que é produzido pela terra, pois o agricultor, até mesmo com duas tarefas na terra, não obtém essa renda. Portanto, estamos desenvolvendo esse projeto em parceria com alguns pesquisadores nacionais, assim como também, com o fornecedor desse material, que é um tanque lonado de 20 mil litros de água, praticamente parecido com o que vocês têm aqui hoje na exposição. Mas, estou achando que esse processo substituirá esse tanque escavado, cujo custo é muito maior. CRA – A exemplo da produção de grãos e fibras na região do Matopiba – sul do Maranhão, Tocantins, sul do Piauí e oeste da Bahia – que se uniram e tem alavancado essa produção na região, é possível, também, a união dessas quatro regiões para alavancar o todo da piscicultura no Matopiba?
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Dernival Oliveira – Não tenha dúvida. Hoje o maior gargalo da piscicultura é o preço da ração, porque para produzir 1kg de peixe, 70% dos custos vão na ração. Por exemplo, em Luís Eduardo se produzem muitos grãos – o feijão, milho e soja – no entanto, não tem uma fábrica que produza ração para os peixes. Diante disso – isso é uma realidade – , e por isso, as grandes fábricas do Nordeste estão em Pernambuco e nós pagamos uma bitributação. E isso é uma realidade também daqui, pois no Tocantins agora é que estão sendo montadas duas fábricas e, acredito, que vão baratear o custo da ração e também o custo de produção do pescado. CRA – Que experiência a Bahia Pesca está tendo com o CVTP que foi criado em Santo Amaro? Dernival Oliveira – Se trata do Centro Vocacional Tecnológico do
Pescado, investimento de R$ 9 milhões do Governo Federal, por meio do Ministério de Ciências e Tecnologia e do Governo do Estado. É o centro de treinamento onde o piscicultor, o pescador artesanal, podem fazer a capacitação e formação. A Bahia agora será contemplada com 44 cursos de Pronatec. Nós vamos fazer o pós-médio, que é um curso de 19 meses. E o objetivo desses cursos é, na realidade, formar futuros piscicultores, construtores de embarcações, cursos de motorização, para já saírem habilitados, dentre outros. Então, o CVTP é o primeiro desses centros construídos no Brasil e a Bahia teve a felicidade de ganhar, onde a Bahia Pesca é quem está a frente. Além disso, esse Pronatec é uma revolução, visto que está sendo implantado pela primera vez, no País, o Pronatec da Pesca e Aquicultura e levando essa
quantidade de cursos para vários territórios da Bahia. CRA – O que a Bahia Pesca espera da Embrapa Pesca e Aquicultura, que está nesse contexto na região? Dernival Oliveira – Para nós, a Embrapa tem uma grande importância, não só para o estado do Tocantins. Ela tem uma relevância de modo geral, para o Brasil. Recentemente, recebemos pesquisadores em Paulo Afonso, daqui do Tocantins, fazendo o diagnóstico do potencial da tilápia e da piscicultura com relação a produção. Acredito que, individualmente, Glória, na Bahia, deverá chegar agora a um resultado que é a cidade que mais produz tilápia. Então é a realização de um esforço que nós começamos há mais de 20 anos. *É estagiária da revista Cerrado Rural Agronegócios Veja mais, nas páginas seguintes, sobre a pesca e aquicultura na Bahia.
Relatório
I Avisueite e II Piscishow têm resultados positivos na mídia DA REDAÇÃO
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Precisa, assessoria de comunicação e cerimonial, empresa que prestou estes serviços para o I Avisuleite (Congresso e Feira de Avicultura, Suinocultura e Laticínios do MATOPIBA) e II Piscishow (Congresso e Feira de Tecnologia para Pesca e Aquicultura do MATOPIBA), realizados simultaneamnte em Palmas, entre os dias 13 e 15 de julho, entregou, no dia 23 de agosto, o seu “Relatório de Monitoramento de Mídia – Mensuração de Resultados”, documento que aponta os espaços e o tempo ocupado pelos eventos em diferentes tipos de mídia, a partir da data em que ela assumiu a assessoria de comunicação destes eventos – 1º de maio a 23 de julho de 2017. O documento trás, como conteúdo, a “Análise qualitativa das matérias”, “Notícias por tipo de texto”, “Direta/Indireta”, “Assunto”, “Distribuição por mídia”, “Espaço ocupado na mídia”, Análise qualitativa do espaço ocupado”, “Notícias por veículo”, “Valoração por veículo”, “Notícias por data de publicação”, “Notícias por Estado”. Segundo este Relatório, a mídia com o maior número de noticias sobre os eventos em tela foi o Site e o veículo com o maior número de notícias foi o Jornal do Tocantins, diário do Grupo Jaime Câmara, com empresas de comunicação em Goiás, Tocantins e Brasília. No quesito “Análise qualitativa das matérias – volume de notícias classificadas por polaridade” todas as 35 notícias foram avaliadas 100% positivas, “nenhuma teve repercussão negativa”, afirma o documento. No “Notícias por tipo de texto, 97,1% foram de matérias e 2,9% de entrevistas, ou seja 34 matérias e uma entrevista. Ainda conforme a Precisa, 100% das notícias foram diretas, ou seja, quando o
cliente somente foi citado de forma direta. O documento mostra também uma “nuvem” com os assuntos mais citados durante o período de 01 e maio a 23 de julho de 2017, período em que o evento foi assessorado pela Precisa. O I Avisuleite e o II Piscishow estiveram no topo dos assuntos mais noticiados. Na distribuição por mídia – volume de notícias classificadas por tipo de mídia -, o Rádio teve uma participação de 2,9%; Impresso, 11,4%, Televisão, 14,3% e o Site com 71,4%. “Espaço ocupado na mídia”. Aqui o
documento relata que nas emissoras de televisão dedicaram 5.344 segundos aos eventos; a WEB 1.268 centímetros e o Rádio 261 segundos. Na “Análise qualitativa do espaço ocupado”, o Relatório da Precisa aponta que nos quatro meios de comunicação – TV, Web, Rádio e Impresso, a análise foi positiva e nenhuma neutra ou negativa. “Notícias por veículo”. Pela ordem, os veículos mais noticiaram os eventos foram: Jornal do Tocantins; O Girassol – On Line (TO); Portal Stylo (TO); Surgiu (site) (TO); T1 Notícias (TO); O Coletivo
(TO); Portal na Boca do Povo (TO); TV RBA-Band, de Paraupebas (PA); Portal Agora (TO); Portal Conexão Tocantins (TO); Portal Diário do Tocantins (TO); Ecos do Tocantins (TO); Folha da Capital On Line (TO); Portal O Jornal (TO); Portal CT – Cleber Toledo (TO); Portal do Amaral (TO); Rádio CBN Tocantins FM ; Tocantins TV (TO) e TV Anhanguera/Globo (TO). Concluindo seu Relatório, a Precisa reproduz todas as matérias publicadas pelos citados veículos. Conforme o jornalista Antônio Oliveira, coordenador dos eventos, esses resultados foram altamente positivos e somaram aos resultados técnicos dos eventos: “Qualidade dos seus conteúdos e palestrantes, os melhores da região e do Brasil”. Antônio Oliveira menciona ainda que, já antes da Precisa prestar seus serviços para Cerrado Editora e Eventos, empresa editora da revista Cerrado Rural, promotora do Piscishow e do Avisuleite, “nossa própria empresa já fazia ela mesma esta assessoria – não com a dedicação da Precisa, com foco exclusivo em assessoria de comunicação, o que não é o nosso, claro -, obtendo bons resultados em mídias do Tocantins, Goiás, Sul e Sudeste do Brasil e Bahia”. No cômputo geral, o jornalista avalia que em termos de retorno para o Tocantins e região do MATOPIBA, os dois eventos foram altamente positivos por ter difundido e transferido novas tecnologias e conhecimentos em torno das quatro cadeias produtivas focos dos eventos; dando visibilidade à região e atraindo investidores. - Já estamos trabalhando na organização do Piscishow/Avisuleite 2018, começando por definição de nova data e novo local dos eventos conjuntos, corrigindo alguns erros estratégicos que cometemos e disponibilizando, mais cedo os estandes para empresas – porém sem comprometer a qualidade dos congressos e feiras -, pontua o jornalista.
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ASCOM/SEAGRO
Agricultura Familiar
PRONAF – Programa disponibiliza R$ 380 milhões para o Tocantins *POR THUANY GONÇALVES
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Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), apresentou, no dia 23 de agosto em Palmas, o Plano Safra da Agricultura Familiar Plurianual 2017/2020. O evento foi realizado por meio da Delegacia do órgão no Tocantins, em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e da Pecuária do Tocantins (Seagro), objetivando suprir as demandas de crédito para investimen-
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tos da produção rural familiar no Estado. Gerentes e superintendentes dos bancos oficiais que operam com linhas de crédito agrícolas, como Banco da Amazônia (BASA) e Banco do Brasil estiveram presentes ao lançamento, bem como os titulares de órgãos voltados para o agronegócio e agricultura familiar no Estado e município de Palmas: Seagro, na pessoa de seu titular, Clemente Barros; Secretaria de Desenvolvimento Rural de Palmas, Roberto Sahium e o presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Pedro Dias.
Representantes de agricultores familiares, comunidades quilombolas e indígenas também estiveram presentes, levando-se em conta que o Programa também os atende. O Plano Safra da Agricultura Familiar 2017/2020 foi elaborado, garantindo crédito para o agricultor investir e custear sua produção. Para o ano agrícola 2017/2018, especificamente, são R$ 30 bilhões em crédito e os juros do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) permanecem baixos, variando entre 2,5% e 5,5% ao ano.
PEDRO DIAS: “GOVERNO TEM OBRIGAÇÃO COM A AGRICULTURA FAMILIAR”
ASCOM/RURALTINS
“PARA TER ACESSO ÀS TECNOLOGIAS E PRODUZIR, PEQUENO PRODUTOR PRECISA TAMBÉM DE ATER”
ASCOM/SEAGRO
Agricultura Familiar
Falta dinheiro para ATER EVENTO FOI REALIZADO NO AUDITÓRIO DO SEBRAE-TO, COM A PRESENÇA DO REPRESENTANTES DO SETOR
Roberto Sahium, secretário de Desenvolvimento Rural de Palmas, considera viável fazerem esforços, visto que os recursos estão disponíveis. No entanto, ele observa que há um outro lado a ser pensado, a questão da Assistência Técnica e Extensão Rural. - Se não pegarmos esses recursos e levarmos ao produtor de forma segura, dificilmente a gente faz. Mas, se trabalharmos de forma séria – Ruraltins, as prefeituras, inclusive, a nossa Secretaria do Município, que, também, é um órgão de extensão rural – poderemos colocar esse recurso no Estado, visto que estamos numa época de poucos recursos, e um desses, seria extremamente relevante para a agricultura, como um todo – destacou.
Sahium destaca seu ponto de vista com relação ao que fazer para que o dinheiro não chegue a ser devolvido para o Governo (situação que sempre acontece), e destaca que o fortalecimento da extensão é um ponto muito positivo. - O recurso só chega se a Extensão estiver fortalecida. Se a ATER estiver como nós estamos (com exceção da prefeitura [de Palmas], porque nós, graças a Deus, estamos bem), então, dificilmente vai chegar. Porque o elo entre o produtor e esse recurso, é o homem da Extensão Rural, o extensionista, aquele que está no seu gabinete, e ele está hoje com muita carência de recursos. Como exemplo, os materiais de trabalho, veículos, computadores, etc. – pontuou.
O Secretário ainda acredita que uma das falhas desse Plano Safra, é não financiar o órgão de assistência técnica. - Se você não tem como caminhar, esse dinheiro também não tem como chegar até o produtor – disse. Já o Delegado Regional do Desenvolvimento Agrário do Tocantins, Sebastião Pelizari Junior, destaca o acréscimo deste Plano, relembrando que no ano passado foram R$153 milhões de reais. Ou seja, com esse aumento, obteve-se recursos mais que suficientes para a agricultura familiar se desenvolver muito bem no Estado. - O Banco do Brasil e o Banco da Amazônia já anunciaram, respectivamente, R$300 milhões e R$ 80 milhões.
Nós temos sol, clima de qualidade, agricultores familiares, povo trabalhador, assistência técnica e recursos – frisou. No entanto, em conformidade com o Delegado, há uma dificuldade de produção. Portanto, considerou, é preciso fazer um estudo mais aprofundado e verificar o que pode estar acontecendo. - Chamar a sociedade para o debate, esse é um dos motivos por a gente estar fazendo o Plano Safra, para que se possa atingir o maior número de agricultores familiares, e eles terem informações de que os recursos estão disponíveis. Apesar da crise, o Governo ainda vem conseguindo manter R$ 30 bilhões de orçamentos da agricultura familiar em todo o Brasil – pontuou.
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Agricultura Familiar
Pronaf no Tocantins Para o estado do Tocantins foram disponibilizados R$ 380 milhões, sendo que o Banco do Brasil tem um caixa de R$ 300 milhões e o BASA, R$ 80 milhões. De acordo com o presidente do Ruraltins, Pedro Dias, as expectativas dessa nova fórmula de crédito – Plurianual - à agricultura familiar são “importantíssimas”. Podendo-se observar, conforme ele, que estão representadas todas as entidades, todos aqueles que têm interesse em fortalecer o segmento da agricultura familiar e, sobretudo, os agentes financeiros que disponibilizam esse crédito. - E nós, prestadores de serviços, somos uma entidade pública de ATER, temos obrigação de atender ao agricultor familiar e aos pequenos negócios do campo. Pois como é sabido, os médios e grandes, dispõem de recursos para contratar consultorias especializadas. Já o agricultor familiar, precisa do Governo – destacou o Presidente. Ainda para Pedro Dias, o Governo do Estado, por meio do Ruraltins, tem atendido, na medida do possível, todas as demandas que têm surgido, principalmente quando se trata de captar recursos e buscar financiamento para as atividades da agricultura familiar. - O Governo que não se preocupar com o segmento da agricultura familiar, fica com a reputação comprometida, perante a sociedade. Porque é de lá que vem mais de 70% da alimentação e abastece a
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mesa do brasileiro. E isso vale para o mundo inteiro. Por isso eu considero muito importante esse evento e essa aproximação de todos os segmentos que têm que fazer cada um a sua parte para que a agricultura familiar torne-se cada vez mais relevante – frisou. Com relação ao novo programa, de forma plurianual, o presidente evidencia sua opinião, informando que “sem dúvidas”, esta escolha é muito melhor, pois ele vai além de um compromisso de Governo. - O Governo Federal atual, em dois anos, vai mudar. Quem assumir terá o compromisso de executar essa política pública, a qual foi definida nesse momento. E, para nós, que trabalhamos com a ATER pública, é muito importante que saibamos o que vamos ter disponível no próximo semestre, como também, nos próximos dois anos – disse. Por sua vez, a presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Tocantins – FETAET, Maria Guanar, diz que a expectativa desses novos recursos é que os agricultores familiares consigam tirar os impasses, “visto que sempre tem o lançamento da agricultura familiar, no entanto, se for feita uma análise, esses créditos não chegam para os agricultores, de fato”. - E então a gente pensa que o Plano Safra veio realmente num momento bem eficaz para nós, porque acreditamos que produzimos o alimento e colocamos à mesa
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dos demais, mas ainda acreditamos que se nós produzirmos alimentos de qualidade e que contribuam para a expansão do nosso Brasil, precisamos sobretudo que esse Plano funcione, não apenas no papel, mas na prática – ressaltou Maria Guanar. Ainda conforme ela, na visão da agricultura familiar, em se tratando do Plano Safra, uma quantidade significativa de dinheiro não é disponibilizado, devido aos agricultores serem leigos, na questão de acesso ao crédito. - Às vezes, nós sabemos que está disponível, no entanto, ao acessar, temos uma dificuldade. Não adianta ter um Plano se não têm as outras pessoas para nos assistir, como os técnicos, que elaboram os projetos que queremos e, às vezes, eles querem elaborar projetos que sejam inviáveis para a nossa propriedade. Não adianta eu querer criar gado, se na minha propriedade não é possível a criação dele – esclareceu Maria Guanar, acrescentando que o crédito teria que ser viável para a cultura que as famílias desejam e podem trabalhar e não somente para a cultura que eles consideram boas. A presidente diz acreditar ainda que essas situações podem
melhorar se as mudanças forem realmente positivas. - Basta acreditarmos e ouvirmos mais as famílias. Embora eles não tenham o aprendizado com leitura, eles são “doutores” no cultivo. Para isso, a ATER é fundamental, pois se tiver o lançamento do Plano Safra sem a ATER, voltaremos a estaca zero – ressaltou.
PELIZARI: “ESTÁ NA HORA DOS MUNICÍPIOS COMEÇAREM A PENSAR NUMA ASSISTÊNCIA TÉCNICA PRÓPRIA”
Cadeias produtivas O Tocantins está aprofundando em quatro cadeias produtivas que podem ser consideradas “a bola da vez”: produção de proteínas do peixe, aves, suínos e a bacia leiteira. Entretanto, esses setores, principalmente a piscicultura, ainda têm dificuldade em acesso, financiamento e custeio. Segundo Pelizari, “sem dúvidas” esse Plano pode contribuir para essas quatro cadeias. Nesse caso específico, tratando-se da agricultura familiar. - Existem tecnologia, vontade de produzir
e recursos. Então, é preciso unir todas essas informações para que o retorno seja beneficiado. Se houverem dificuldades, temos que levantar quais os motivos que levam à essa dificuldade. O Banco tem metas a cumprir. A Assistência Técnica está à disposição para oferecer os recursos e os projetos dos agricultores. Ressaltando ainda, que o Ministério tem colocado os recursos – avaliou. Com relação aos recursos que retornam aos cofres públicos, Pelizari acredita que seria importante a dinamização da Assistência
Agricultura Familiar
Técnica por parte do governo do Estado e das empresas particulares. - Está na hora dos municípios começarem a pensar numa Assistência Técnica própria, porque isso traz muito recurso para o município. É interesse dos estados, dos municípios, da União, e com certeza é de extrema relevância para os agricultores. É preciso, realmente, organizar sindicatos, associações, federações, etc., para que, juntos, possamos captar esse recurso de forma consciente e aplica-lo de forma correta – finalizou. ANTÔNIO OLIVEIRA
A AGROINDÚSTRIA FAMILIAR PODE SER FORTALECIDA NA AGRICULTURA FAMILIAR
O Plano Safra Familiar Em um novo modelo, agora plurianual, o Pronaf abrange e assegura a atuação do Governo em grandes eixos, como regularização fundiária, Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), comercialização e agroecologia, pelos
próximos três anos.
*Thuany Gonçalves é estagiária de Comunicação na Cerrado Rural. Texto com reportagem, revisão e supervisão de Antônio Oliveira.
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*DA REDAÇÃO
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onforme a Bahia Pesca, estatal do Governo da Bahia, vinculada a Secretaria de Agricultura do Estado, “uma característica dos governos estaduais de todo o Brasil é a falta de planejamento de longo prazo”. Por isso – diz a Empresa - “a Bahia Pesca e o Governo do Estado estão trabalhando neste momento no planejamento estratégico da cadeia produtiva da pesca e aquicultura”. Conforme a estatal, o planejamento estratégico visa promover a autossuficiência baiana na produção de pescado. - Tem sido um exercício de longo prazo, mas cujo resultado já está sendo visto - afirma. A Bahia, com mais de 1200 km de costa, apresenta ótimas condições para a pesca extrativista. Entretanto, ainda conforme a estatal, outra vertente econômica desponta no Estado. É a produção de organismos aquáticos em cativeiro, chamada de aquicultura. Para capacitar mais produtores de pescado a atuarem nesse segmento – que deve dobrar sua produção no Brasil, até 2025 – a Bahia Pesca e a Secretaria de Educação está realizando, desde o dia 21 de julho, o curso técnico em aquicultura. O curso faz parte do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). As aulas estão sendo realizadas no Centro Vocacional Tecnológico do Pescado (CVTT), construído pela Bahia Pesca em sua fazenda experimental, em Santo Amaro da Purificação. Cerca de 60 alunos foram beneficiados. A carga horária é de 1.780 horas, dividida em 18 meses. - O profissional formado no curso técnico em aquicultura poderá trabalhar em instituições e empresas de produção e beneficiamento de pescado; laboratórios de reprodução, larvicultura e engorda; ou de forma autônoma - explica o presidente da Bahia Pesca, Dernival Oliveira Júnior. - Na primeira semana eles passaram por um processo de imersão no curso, de forma a entender os impactos que esses conhecimentos adquiridos terão em suas vidas - complementa. Todos os estudantes, frisa a Empresa, são oriundos de escolas públicas ou instituições filantrópicas. Eles recebem hospedagem gratuita, alimentação e
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FOTOS: ASCOM/BAHIA PESCA
Pesca e Aquicultura
Bahia desenvolve ações de incremento destes setores no Estado CENTRO VOCACIONAL TECNOLÓGICO DO PESCADO (CVTT), CONSTRUÍDO PELA BAHIA PESCA EM SUA FAZENDA EXPERIMENTAL, EM SANTO AMARO DA PURIFICAÇÃO
todo o material didático para o máximo aproveitamento das aulas. Dentre as matérias estudadas estão métodos de reprodução, sistema de cultivos, larvicultura de peixes, biologia aquática e avaliação de impactos ambientais, dentre outras.
AQUICULTURA As estações de piscicultura da Bahia produziram, em 2016, cerca de 15 milhões de alevinos que foram distribuídos a milhares de famílias do Estado, em uma centena de cidades. Esta distribuição é acompanhada por técnicos da empresa que orientam os aquicultores sobre as melhores práticas de manejo, alimentação dos peixes e análise da qualidade da água.
O CENTRO CONTA COM LABORATÓRIOS A SERVIÇO DA QUALIDADE E SANIDADE DA PESCA
Pesca e Aquicultura
PESCADORES E AQUICULTORES PASSAM POR CAPACITAÇÃO NO CVTT
SISTEMA DE BIOFLOCOS Segundo a Bahia Pesca. A empresa pretende difundir e aprimorar o cultivo de peixes nas áreas do semiárido, utilizando o sistema de bioflocos. Com o sistema de bioflocos, a aquicultura, que antes era inviável nesta região, passa a ser uma alternativa real de renda e alimentação para o sertanejo. Isto representa uma significativa diminuição no consumo de água, recurso tão escasso na região. - O sistema permite a utilização de uma água imprópria para consumo hu-
mano, mas apropriada para dar uma alternativa de renda e alimento para o sertanejo. Ao contrário do que disse a música, o sertão não virou mar, mas vai dar peixe – explica Drnival Júnior. CARCINICULTURA Na perspectiva de ampliação da sua capacidade produtiva, o Governo do Estado, por meio da Bahia Pesca, vem atuando para tornar o Estado um ambiente favorável para a carcinicultura marinha. Conforme a empresa, em 2015 ela atuou junto ao Supremo Tribunal Fede-
ral para tornar sem efeito a Ação Civil impetrada em 2007, que proibiu a instalação de novos empreendimentos na Bahia. Além disso, encaminhou à Procuradoria Geral do Estado minuta de lei específica para o licenciamento ambiental da atividade, que já se encontra na Secretaria de Meio Ambiente para manifestação. A Bahia Pesca informa que as ações desenvolvidas garantirão a segurança na atração de investimentos e movimentarão a economia no Estado. A Bahia Pesca estima que nos próximos cinco anos o
Estado terá um avanço na sua área produtiva, estimando um incremento dos atuais 2 mil hectares para 10 mil hectares, garantindo assim uma produção de 25 mil toneladas de camarão. FUTURO A meta da empresa é passar do patamar de 111 mil toneladas produzidas por ano para atingir, em quatro anos, 160 mil toneladas de pescado. É um crescimento de 44% ao ano. *Com informações da Ascom/ Bahia Pesca
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Inoculante caseiro aumenta produtividade de feijão-caupi em até 33% O
agricultor pode produzir seu próprio inoculante bacteriano que promove a fixação biológica de nitrogênio, gerando economia e aumento na produtividade da lavoura de feijão-caupi. Desenvolvida por pesquisadores da Embrapa Agrobiologia (RJ), a prática permite a fabricação na própria fazenda a partir de raízes das plantas. O estudo conduzido ao longo de três anos mostra que é possível alcançar um aumento de até 33% na produtividade das lavouras de feijão-caupi, ficando no mesmo patamar que a produção alcançada com o uso do inoculante comercial. – Nosso objetivo é levar ao agricultor familiar as vantagens da fixação biológica de nitrogênio – esclarece a pesquisadora Norma Rumjanek, que coordenou a pesquisa. A inoculação é uma técnica consagrada no Brasil para a cultura da soja, gerando economia da ordem de sete bilhões de dólares por ano. Para outras culturas de grãos, no entanto, está longe de atingir um patamar significativo, especialmente na agricultura familiar. A nova técnica não pretende substituir a utilização dos inoculantes comerciais, mas é uma alternativa para o pequeno agricultor que usualmente não tem acesso a esses produtos. A vantagem proporcionada pela pesquisa é que, em vez de o produtor adquirir o inoculante comercial, ele pode fazer o seu próprio a partir de raízes no-
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duladas. A técnica é simples: com o uso de um liquidificador doméstico, extrai-se o líquido das raízes finas noduladas de feijão-caupi e depois aplica-se esse extrato nas sementes antes do novo plantio. A proporção é de um para quatro, ou seja, com um copo do tipo americano (250 ml) de raízes, é possível inocular cerca de 800 gramas de sementes. Além da vantagem de não haver custos para o produtor, como a prática aproveita as bactérias que já estão bem adaptadas às condições da área de produção, a possibilidade de sucesso é ainda maior, segundo os pesquisadores. – Esse tipo de preparação, ao conter nódulos ativos e raízes, veicula, além das estirpes que realizam a FBN, outros microrganismos localmente adaptados às condições de solo e clima, bem como às variedades locais – explica a pesquisadora. Norma Rumjanek enfatiza que o extrato deve ser obtido a partir de plantas cultivadas em solo com histórico de boa nodulação. – Em um solo rico em matéria orgânica, há mais chance de se encontrar maior quantidade de microrganismos – pontua a pesquisadora. Ela explica que a eficácia da inoculação alternativa é decorrente do processo natural de seleção e também da presença da diversidade microbiana que desempenha uma série de funções benéficas para a planta como a solubilização de fosfato e o aumento da superfície radicular.
Feijão
PRODUTORES SE ENTUSIASMAM COM A TÉCNICA
Outra recomendação é que a aplicação se restrinja à unidade produtiva da qual tais nódulos são retirados, para evitar uma possível disseminação de microrganismos patogênicos. – Não se deve coletar raízes de áreas que tenham tido problemas de doença de solo, para evitar a disseminação de patógenos. Deve ser selecionada uma área sem histórico de quaisquer dessas doenças – recomenda Rumjanek. Em três anos de estudos, os pesquisadores montaram oito experimentos com feijão e feijão-caupi e nunca foram encontrados organismos causadores de doenças que pudessem ter vindo dessa inoculação. – Pelo contrário, as plantas de um modo geral foram mais saudáveis nesses plantios – complementa a pesquisadora.
AUXÍLIO NO CRESCIMENTO DA PLANTA O feijão-caupi é uma das variedades mais produzidas pelos agricultores familiares brasileiro O processo de fixação biológica de nitrogênio é importante para suprir total ou parcialmente a demanda da cultura por nitrogênio, diminuindo a necessidade de utilização de adubo nitrogenado. Com o inoculante alternativo, o agricultor familiar vai poder potencializar este processo que ocorre naturalmente nas lavouras de
feijão-caupi. – Além disso, o inoculante alternativo feito com extrato de raízes noduladas traz outros benefícios para a lavoura, como, por exemplo, a promoção de crescimento vegetal desempenhada pelos microrganismos – explica Rumjanek. A agricultura familiar é responsável por 60% da produção de alimentos no Brasil. Porém, em função do acesso limitado às
tecnologias e do uso reduzido de insumos externos, os níveis de produtividade alcançados são, em geral, mais baixos do que os obtidos pela agricultura empresarial. Norma Rumjanek salienta que a aplicação de microrganismos benéficos, como os do grupo rizóbio encontrado no feijão-caupi, pode favorecer a reversão desse quadro, melhorando a produtividade sem elevar os custos de produção.
Os produtores que conheceram a técnica ficaram entusiasmados. É o caso do agricultor familiar Umberto Barroso, da localidade de Santa Rosa, em Itaguaí (RJ). – Nunca tinha ouvido falar, mas vou experimentar. Todo conhecimento vale para aplicar e obter um produto mais natural e aumentar a produção – afirmou. Barroso participou de um treinamento com outros 30 agricultores dos municípios fluminenses de Seropédica, Nova Iguaçu, Paracambi, Itaguaí e Magé. O produtor rural Luiz Carlos Santos, sergipano que se instalou em Paty do Alferes (RJ) e lá mantém um sítio para produção de maracujá, aipim e algumas hortaliças, ainda não testou a inoculação alternativa, mas está entusiasmado com a possibilidade de aumento da produção. Ele já trabalhou com a cultura anteriormente e está confiante na nova técnica. – Eu vim da terra do caupi e já plantei aqui, mas nunca tinha ouvido falar desse inoculante. Vou testar para ver se funciona mesmo – conta. Em dois experimentos realizados durante a pesquisa com aplicação de raízes finas noduladas de feijão-caupi da variedade Costelão, em Seropédica e em Paty do Alferes, foram obtidas produtividades de 780 quilos por hectare e 1.360 quilos por hectare, respectivamente, com aumento médio de 20% em relação ao tratamento controle (sementes não inoculadas). As aplicações de inoculante ou de preparados à base de raízes finas noduladas resultaram em aumento de cerca de 70 caixas de vagens verdes (padrão Ceasa-RJ) para a região de Seropédica na colheita de inverno e de quase 200 caixas a mais, na região de Paty do Alferes, na colheita de verão.
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Feijão
COMO OBTER O PREPARADO DE RAÍZES FINAS NODULADAS A prática desenvolvida pelos pesquisadores é simples. Porém, o agricultor precisa estar atento a algumas etapas do processo, como a seleção da área de onde serão obtidas as raízes finas noduladas, pois devem possuir bom histórico de ocorrência de nódulos e não ter registro de doenças. Para obter o extrato de raízes finas, o ideal é fazer um pré-plantio das sementes em vasos ou canteiros com solo da área que será cultivada. A partir dessa nova planta é que será feito o inoculante alternativo. – É importante utilizar nos canteiros ou nos vasos as sementes da mesma cultivar ou variedade de feijão-caupi que serão empregadas na lavoura programada – explica Rumjanek.
USO DE INOCULANTES NO BRASIL O inoculante é um produto que contém grande quantidade de bactérias que fazem muito bem às lavouras. Ele intensifica o processo natural da fixação biológica de nitrogênio (FBN), através do qual bactérias que vivem no solo se
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associam às plantas, captam o nitrogênio do ar e o transformam em alimento para a planta. Num pacote de inoculante, as bactérias estão em grande quantidade e este processo da FBN se torna ainda mais intenso.
Segundo a Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII), são comercializadas anualmente aproximadamente 40 milhões de doses de inoculantes no Brasil. Deste total, 34 milhões de doses
são para a cultura da soja e outros dois milhões para gramíneas (entre elas o milho e o trigo). *Com edição de Cerrado Rural Agronegócios
Alerta
Nova praga pode ser ameaça às lavouras de soja no Tocantins *DA REDAÇÃO
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NAS VAGENS CAUSA ABORTAMENTO, RETORCIMENTO E LESÕES CASTANHAS COM PRESENÇA DE ACÉRVULOS
redacao@revistacerradorural.com.br
ma nova praga ocasionada pelo fungo Colletotrichun cliviae, uma espécie de Antracnose que acometem as lavouras pode ser uma ameaça as lavouras de soja no Tocantins. O alerta é da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). A descoberta foi feita por meio de uma pesquisa realizada pela professora da Universidade Federal do Tocantins, Dra. Moab Diany Dias, que após o resultado, emitiu uma nota à Agência comunicando a ocorrência da praga no Estado. Segundo a nota da professora a “antracnose é uma doença que tem aumentado sua importância a cada ano, principalmente nos cerrados brasileiros, causando prejuízos aos sojicultores. Os sintomas característicos dessa doença são lesões castanhas e deprimidas em folhas cotiledonares, caules, nervuras foliares. Nas vagens causa abortamento, retorcimento e lesões castanhas com presença de acérvulos”.
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Conforme ela, Dias et al. (2016), relataram perdas de 90 kg/ha para cada incremento de 1% de incidência de antracnose em Tocantins (Summa Phytopathologica 42:18-23). No comunicado feito à Adapec, a professora relata que “em um estudo realizado na Universidade de Brasília em 2010-1014, sobre diversidade de Colletotrichum na cultura da soja no Brasil, uma nova espécie de Colletotrichum, proveniente de lavoura comercial no estado do Tocantins, coletada na safra 2011/2012, foi identificada por meio de caracteres morfológicos e filogenéticos. Trata-se de Colletotrichum cliviae, cuja patogenicidade foi comprovada por meio de inoculação em plântulas de soja, apresentado agressividade igual ou superior a dos isolados de Colletotrichum truncatum avaliados”. O gerente de Sanidade Vegetal da Adapec, Marley Camilo disse que em virtude desta notificação, a Agência fez um comunicado ao Ministério da Agricultura e alerta os produtores tocantinenses a intensificar o monitoramento das lavouras. – Mesmo não sendo uma praga com programa oficial de controle, a Adapec orienta os produtores rurais a intensificarem os monitoramentos nas propriedades, dado ao clima favorável de nossa região e aos prejuízos que a praga pode causar na cultura – destacou Marley. O presidente da Adapec, Humberto Camelo, ressaltou que a Agência trabalha para garantir a defesa e a sanidade dos produtos vegetais do Tocantins. – Somos o maior produtor de grãos da região norte do Brasil, por isso, nos preocupamos com o surgimento de qualquer praga que possa colocar em risco a nossa defesa e que cause prejuízos econômicos aos produtores rurais – disse Humberto.
TRANQUILIDADE
Entre os agricultores, ao menos no âmbito da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), este alerta foi recebido com tranquilidade. A Cooperativa diz considerar o alerta da Adapec importante, pois faz com que o produtor tome precauções diante do surgimento da doença. - A Coapa orienta seus cooperados que existem diversos tipos de fungicidas para controle de antracnose, que podem ser usados para o tratamento de sementes e também aplicados após a germinação das plantas – diz o engenheiro agrônomo Eduarte Bonafede, responsável técnico a entidade. Ainda conforme ele, esses produtos deverão ser utilizados de forma preventiva antes que o problema entre na lavoura. *Com informações da Ascom/Adapec
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APÓS O RESULTADO, A DRA. MOAB DIANY DIAS EMITIU UMA NOTA À ADAPEC COMUNICANDO A OCORRÊNCIA DA PRAGA NO ESTADO
ENTRETENIMENTO
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
© Revistas COQUETEL
Que foge Viagens para as quais são feitos do assunto os check-ins em aeroportos (a resCerveja de baixa Um, em posta) fermentação inglês
Serviço oferecido por Favorecer shoppings a clientes o desenque queiram navegar volvimento de na internet Batalha perdida por Napoleão (Hist.)
Torrencial (fig.) Os ossos dos dedos
RECEITA
Batata cremosa ao forno
MEDICINA NATURAL
Remédio caseiro para sinusite alérgica Suco de espinafre e hortelã – Tem propriedades anti-inflamatórias e descongestionantes que ajudam a eliminar as secreções, aliviando os sintomas da sinusite.
Transtorno Obsessivo Compulsivo (sigla)
(?) Armstrong, músico dos EUA Prática das banhistas em Saint-Tropez (FR) BANCO
Cavalo do (?): hipopótamo
Líquido volátil de uso hospitalar Consomese em chamas Tapir (bras.) Fora, em inglês
(?) das noivas: maio Objeto portado por policiais São Paulo (sigla) Cedi de graça
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Solução bater até obter uma mistura homogênea. Beber 3 vezes por dia, entre as refeições. Fonte: https://www.tuasaude. com/remedio-caseiro-para-sinusite/
A professora falou
- Bastião, me fale uma frase com a palavra “capacidade”. Ele disse: - Quando morava na roça, eu era abestado, aí eu vim capacidade e miorei!!!
V L O O A N O G E S E C R I O N M O T E T E R R C A I R M A D E I E S S
MODO DE PREPARO Colocar os ingredientes no liquidificador e
Dona Maria (?): a Louca
Atenção! Dinossauro de história em quadrinhos
3/one — out — sue. 5/lager — louis. 7/topless. 8/waterloo. 9/diluviano. 12/wi-fi gratuito.
INGREDIENTES 20 g de espinafre 15 g de hortelã 1 xícara de água de coco 1 colher (de sopa) de mel de eucalipto
Princípio básico da filosofia de Lao-tse Emitir sons como o leão
A função da cola
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A A T E R L U V I A L A N V S U A R I N V A C H A L A O E R R A R A N T O C A U I S T O P L
MODO DE PREPARO Bata no liquidificador o creme de
leite, o requeijão cremoso, a cebola e o sal. Unte um refratário com óleo ou margarina e distribua as batatas em rodelas, numa primeira camada. Despeje uma parte da mistura do liquidificador e espalhe o queijo ralado por cima. Distribua o restante das batatas e a mistura do liquidificador. Cubra com as gemas mexidas, espalhe mais queijo e finalize com orégano. Leve ao forno pré-aquecido até dourar.
54, em romanos Limpador de ruas Baleia como Moby Dick (Lit.)
Rival do Grêmio gaúcho (fut.)
W D I F L I G R C A T U I T L O
INGREDIENTES 8 batatas cozidas em rodelas descascadas 2 gemas batidos 1 lata de creme de leite 3 colheres (de sopa) de requeijão cremoso 1 xícara de queijo ralado 1 cebola picada Sal e orégano a gosto
Combate (?) Storm: Mulher Invisível (HQ)
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CRÔNICA
Ninguém nunca está sozinho
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eralmente, em algumas situações que acontecem em nossa vida, quando são ruins, nos entristece e faz acreditar que tudo está perdido. É preciso ter muita fé e ter em mente que é só um dia ou um momento ruim, mas que logo vai passar. As provas de Deus são para reflexões em nossa vida. A todo tempo Ele nos mostra que jamais nos abandona e que a cada dia quer nos fortalecer ainda mais. Claro que a vida, às vezes, é realmente muito complicada. Surgem os obstáculos, as derrotas e as dificuldades. Mas, ao invés de desistir e desacreditar, é hora de olhar para frente e enxergar o novo dia com uma chance pra recomeçar. Outro dia, vivi algo que me deixou impressionada em ver como Deus age em nossa vida. Era início de uma tarde. Eu tinha exatamente 25 minutos para chegar ao trabalho e, ainda por cima, precisava pegar dois ônibus. Tamanha surpresa foi o ônibus passar e, ao entrar, avistei uma poltrona vazia e me sentei. Nunca acontecia de o celular ficar no bolso da minha calça. No entanto, exatamente neste dia, foi onde ficou. Faltando apenas 10 minutos para chegar ao trabalho e, indo quase correndo pegar o segundo ônibus, coloquei a mão no bolso e não senti o celular. Fiquei parada. Procurava na bolsa, uma, duas vezes e simplesmente não vi nada. Foi aí que tive a ideia de voltar no ônibus que eu acabara de descer, o qual já estava dando partida para sair novamente. Eu já estava diante da porta, quando um rapaz me gitou: - Ei, moça! Moça! Olhei rapidamente e pensei “se eu não entrar no ônibus, fico sem o meu celular”. Então, optei por entrar, e o mais engraçado: no que eu entrei, a moça que já estava sentada na mesma poltrona que eu, simplesmente já veio em minha direção para entrega-lo. Então, agradeci. Desci ali mesmo, pela porta da frente (com a mesma correria). Ao sair, vi que o rapaz que, minutos antes, me gritava, continuou à minha espera. Fui em direção à ele, e disse “oi”. Ele respondeu: - Você deixou cair isto do seu bolso! E então, para mim, foi mais uma inesperada surpresa... O rapaz segurava R$55,00 (para uma estagiária, esse valor é quase “uma fortuna”). Imediatamente fiquei sem reação. Só lembro que eu sorri e o agradeci bastante. Eis, que o segundo ônibus acabou se atrasando também um tempinho. Então, consegui pegar, e chegar por volta de 5 minutos atrasada. No fim, tudo deu certo! Tomei como reflexão, para a minha vida, que Deus nunca me abandona. Assim como também, não abandona você. Nunca estamos sozinhos! São nessas pequenas situações, que temos que enxergar que, por mais que esteja dando errado os planos, Deus não coloca nada que não podemos passar.
THUANY GONÇALVES é acadêmica de Jornalismo na UFTO
COM TERRAS FÉRTEIS E RECURSOS HÍDRICOS ABUNDANTES, ALÉM DO CRESCIMENTO DA PISCICULTURA, O TOCANTINS SE DESTACA POR SUA LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA, QUE FAVORECE A LOGÍSTICA DE ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO. ISSO SEM FALAR DA QUALIDADE DE VIDA. ALÉM DISSO, JÁ SE TORNOU REFERÊNCIA EM TURISMO DE NEGÓCIOS E EVENTOS. VENHA SER FELIZ NO TOCANTINS. UM ESTADO CADA DIA MAIS COMPETITIVO E PRONTO PARA CONTINUAR A CRESCER E SE DESENVOLVER AO SEU LADO.
T O . G O V. B R
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INVESTIR NO TOCANTINS É ESTAR NO CENTRO DAS GRANDES OPORTUNIDADES.
NOVO POLO AGRÍCOLA DO BRASIL SAFRA RECORDE 2016 PISCICULTURA E MERCADO AVÍCOLA EM EXPANSÃO CAPITAL PLANEJADA: UM DOS MAIORES ÍNDICES DE QUALIDADE DE VIDA DO BRASIL. INCENTIVOS FISCAIS: MAIS FACILIDADE PARA POTENCIALIZAR O SEU INVESTIMENTO. GRANDE REBANHO DE GADO DE CORTE E LEITE HÁ 20 ANOS LIVRE DA AFTOSA
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