Foto: Ricardo Valêncio
Edição 107 Ano 10 Outubro/Novembro 2017
ESPECIAL +SAÚDE
Hospitais de Campo Grande
+NEGÓCIOS Ouro Digital
A moeda totalmente virtual
+MARKETING Neuromarketing
A nova tendência de mercado CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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O tempo nos trouxe companheiros de jornada. Amigos e profissionais que a cada dia nos motivam a ser melhores. O tempo nos trouxe experiência. Saber o que deve ser mantido e o que é parte da nossa evolução. O tempo nos trouxe até aqui. Um lugar para agradecer por 15 anos de muitas conquistas, com a certeza de que nenhuma delas é maior do que VOCÊS!
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I CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017
studiooral studiooral
RUARUA DASDAS GARÇAS GARÇAS 943 943
(67) 3382-7373 (67) 3382-7373
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Foto: Studio Vollkopf
EDITORIAL Comecei minha carreira editorial na revista Total Saúde há 10 anos, esta que há 3 anos se tornou CINCO+. Por falar de um assunto tão sério como saúde, aprendi o valor que uma informação correta tem para o leitor, por isso trago comigo tamanha responsabilidade em levar a você uma revista repleta de informações verídicas e com total credibilidade. No mês de outubro comemoramos o dia do médico (18), profissional que também se baseia na ética e na verdade, qualidades que diferenciam as pessoas. Para esta edição, criamos um especial para homenagear todos esses profissionais que dedicam suas vidas para cuidar das nossas. O Especial Hospitais de Campo Grande, nossa capital, se destaca pelos investimentos na área da saúde – são números significativos e muita tecnologia a serviço do cidadão campo-grandense. É uma matéria que ressalta o melhor de cada um dos hospitais que investiram em tecnologia e infraestrutura nos últimos anos, que vão atender nossas famílias com muito mais segurança e respeito. Respeito, adoro essa palavra, sempre me acompanha e faço o uso dela a todo momento. Acredito que respeito gera respeito, assim como liberdade gera liberdade, é a lei da ação e da reação. Em prol de um mundo melhor, vamos respeitar o próximo antes de tudo, a liberdade de ir e vir, proporcionar o bem e levar informação a todos! Seguindo todo esse contexto, trazemos a família Fook na capa desta edição. Nelson e Rosane formam um casal que exemplifica muito bem esse conceito de respeito. Fundaram a Prologic Danavox (empresa de aparelhos auditivos), e em 25 anos a carteira de clientes deu um salto de 6 para 6.000, um feito baseado em muito respeito com o seus pacientes, que, em sua maioria, são idosos. Agora o casal está numa nova fase: preparou suas filhas para assumirem o legado. Não vão parar de atender, mas dividir as tarefas da empresa com elas, que atuam na mesma área da Fonoaudiologia. Um exemplo de família que, sem o respeito, jamais conseguiria administrar o lar e a empresa por tantos anos. Sabemos que não são todos que têm as habilidades necessárias para isso, então quero deixar registrada minha admiração por eles. Leiam e desfrutem dessa história de respeito, amor e sucesso! Vamos respeitar a natureza também! Produzimos duas matérias sobre empresas sustentáveis, como podemos colaborar e o passo a passo para se tornar sustentável. A NATURA já fez a lição de casa e mostra o diferencial em ser uma empresa com responsabilidade socioambiental. Mais uma edição está pronta! Desfrute ao máximo das informações. Ler vai tornar você uma pessoa melhor em todos os sentidos. A informação nos completa. Boa leitura! Trabalhamos em respeito a você.
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10 | DERMATOLOGIA
52 | SUSTENTABILIDADE
USE O FILTRO SOLAR 14 | ESPECIAL HOSPITAIS DE CAMPO GRANDE A SAÚDE DE CAMPO GRANDE VOLTA A PULSAR 26 | SAÚDE COMIDA DE VERDADE 28 | EDUCAÇÃO ABORDAGEM PIKLER É DESTAQUE DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA MATERNA 32 | EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO HUMANIZADA
SUSTENTABILIDADE E PEQUENAS EMPRESAS: É POSSÍVEL, E NÃO É CARO! 54 | SUSTENTABILIDADE NATURA DÁ UM SHOW DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 58 | MARKETING NEUROMARKETING 62 | CULTURA O DNA DA CRIAÇÃO 64 | ESPORTE BUNGEE JUMPING 66 | DECORAÇÃO DESIGN WEEKEND 68 | DECORAÇÃO VAMOS FALAR SOBRE DESIGN 70 | COMPORTAMENTO UMA MOLDURA PARA A IGNORÂNCIA 72 | CIDADANIA VINGANÇA PORNOGRÁFICA 74 | DIÁLOGO ABERTO A REVOLUÇÃO DOS RESTAURANTES 75 | HOMEM QOD COMO TER UMA BARBA MAIS SAUDÁVEL 78 | GASTRONOMIA EXPOCEVICHE INTERNACIONAL CHEGA À SUA 6ª EDIÇÃO COM GRANDES PARTICIPAÇÕES
34 | ESPECIAL CAPA NELSON LAM KOWAI FOOK. UMA HISTÓRIA. UM LEGADO
40 | PET OUTUBRO ROSA ANIMAL
42 | DIREITO
AS NOVAS REGRAS DE REGISTRO DAS SOCIEDADES LIMITADAS 45 | MARKETING O JOGO DO MARKETING É UM JOGO DE MEMÓRIA 46 | NEGÓCIOS EMPREENDEDORISMO FEMININO EM PAUTA 48 | NEGÓCIOS OURO DIGITAL 8
I CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017
Edição 107 Ano 10 Outubro/Novembro 2017
Diretor: HENRIQUE ATTILIO Diretor Administrativo: LUIZ PEREIRA REDAÇÃO Editor-chefe: HENRIQUE ATTILIO
Foto: Ricardo Valêncio
CONSELHO EDITORIAL HENRIQUE ATTILIO, LUIZ PEREIRA E KÁTIA KURATONE ARTE Editor de Arte: GUSTA CABRAL ESPECIAL +SAÚDE
REVISÃO SORAYA VITAL
Hospitais de Campo Grande
+NEGÓCIOS Ouro Digital
A moeda totalmente virtual
ESTRATÉGIAS DIGITAIS LUIZ PEREIRA
+MARKETING Neuromarketing
A nova tendência de mercado CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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SITE e MÍDIAS SOCIAIS ATP COMUNICAÇÃO
CAPA Foto: Ricardo Valêncio Arte: Gusta Cabral Styling: Lucy Duarte Beleza: Sumaia Soster Roupas: Dudalina Semi joias: Renata Sanches
MARKETING ATP COMUNICAÇÃO CONSULTORIA JURÍDICA ROSEANY MENEZES JORNALISTAS Marina Bastos (marinabastos@gmail.com), Clarissa de Faria (clarissafaria@ gmail.com), Tarsilla Ferreira (tarmariaf@gmail.com), Fernanda Nascimento (fnprochmann@hotmail.com), Henrique Attilio (henrique@ revistacincomais.com.br), Evelise Couto (evelise@contextomidia.com.br) e Bianca Bianchi (bibi_bianchi@hotmail.com).
SUMÁRIO Edição 107
COLUNISTAS Ogg Ibrahim (oggibrahim.jornalista@gmail.com), Ariadne Cantú (ariadne. cantu@gmail.com), Daiana Capuci (daiana@itdecor.com.br), Edu Rejala (edurejala@hotmail.com), Patrícia Lemos (patriciagastrosomm@ gmail.com), Nicole Zeghbi (zeghbi@gmail.com), André Salineiro (andresalineiro@hotmail.com), Liu Ferrari (liufoipralua@hotmail.com) e Renata do Valle (renata_dovalle@hotmail.com).
Ano 10 Outubro/Novembro 2017
79 | CULTURA INSPIRAÇÃO NA NATUREZA 82 | GASTRONOMIA AMBROSIA GOURMET 83 | CIDADANIA ORDEM DEMOLAY REALIZA O XXIV CONGRESSO NACIONAL DO PANTANAL 84 | GASTRONOMIA RESTAURANTE MADERO CONVIDA ALUNOS DA ASSOCIAÇÃO JULIANO VARELA PARA COMEMORAR ANIVERSÁRIO DA CIDADE 86 | CULTURA A LITERATURA COMO REMÉDIO 88 | ASTROLOGIA PEDRO ALMODÓVAR 90 | VINHOS VINHO E SAÚDE 94 | VIAJE BEM NÃO É CARO VIAJAR PARA SUÍÇA E TURQUIA 98 | COLUNA SOCIAL BMW ULTIMATE EXPERIENCE 100 | COLUNA SOCIAL 7º MATURISHOW – BONITO/MS ENCONTRO MERCOSUL DA MATURIDADE 102 | COLUNA SOCIAL #SOMOSCINCOMAIS
PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO Dr. Gustavo Lotfi – Dermatologista (CRM/MS 4466 – RQE 3562), Tatiane Savarese Attilio (CRN 3-12175), Dr. Estevon Molica (CRO-MS 2010), Nelson Lan Kowai Fook, Dra. Márcia Lessonier (CRO-MS 4072), Dr. Rafael Medeiros (CRO-MS 4073), Rodolfo Bertin (OAB-MS 9468), Luiz Felipe d`Ornellas (OABMS 9090), Ana Luisa Bitencourt de Castro, Ariane Braga, Henrique Cathcart, Rodrigo Coelho e Maristela de Oliveira França. Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da ATP Comunicação com periodicidade bimestral e distribuição gratuita dirigida. ATENDIMENTO AO LEITOR
CIDADANIAEmail: contato@revistacincomais.com.br Carta: Rua Calarge, 37 - 791000-000 - Campo Grande-MS Telefone: 67 99985-8737 - 67 98145-7705 PARTICIPE DA REVISTA O que você gostaria de ler na próxima edição? Escreva-nos! contato@revistacincomais.com.br
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DERMATOLOGIA
USE O FILTRO SOLAR
por DR. GUSTAVO LOTFI
CRM/MS 4466 - RQE 3562 Residência em Clínica Médica pela UFMS Especialização em Dermatologia Hospital Guilherme Álvaro-SP Membro titular da SBD
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tem básico, necessário e importante na prevenção de doenças, como as manchas solares, o câncer de pele e o envelhecimento precoce da pele, causado por radiações ultravioleta (UV), o filtro solar, criado em 1938 por um químico suíço, testado experimentalmente em 1944 por um farmacêutico e sendo aperfeiçoado ao longo do tempo, chegou ao Brasil apenas em 1984. A visão estética sobre o aspecto saudável da pele tornou-se principal motivo da busca pela proteção solar. Pelo mesmo fato de existirem pessoas que se preocupam com os efeitos nocivos causados pelos raios solares, existem as que por descuido ou por algum outro motivo, não atentam para os perigos que correm ao se exporem de maneira inadequada ao sol. Atualmente, nota-se uma maior preocupação com o aumento do nível de efeitos climáticos e solares sobre o homem e, para intensificar a proteção de sua pele contra esses danos, vários produtos cosméticos já apresentam uma porcentagem de filtro solar adicionada à sua composição. A quantidade de empresas especializadas cresce à medida que novas necessidades surgem, como os casos de pessoas alérgicas, peles oleosas e acneicas. Inovações tecnológicas, como a produção de tecidos e acessórios com protetor solar aumentaram as possibilidades de proteção efetiva da pele. Em 2014 foi lançado o Consenso Brasileiro de Fotoproteção, pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). De acordo com o Consenso, a exposição ao sol deve ser evitada das 10h às 15h. No Nordeste, o sol já é considerado nocivo a partir das 9h. No Centro-Oeste a recomendação vale até 16h, o que vale também para períodos de horário de verão. O documento traz recomendações que levam em conta a incidência de radiação solar específica no nosso país, mais elevada do que a observada no hemisfério norte. Foi observado que além dos altos índices de radiação solar, a população também tem
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o costume de interagir muito com o sol. A SBD também recomenda que a população use protetor solar com fator de proteção de, no mínimo, 30. O protetor solar não deve ser deixado de lado nem mesmo para garantir a produção de vitamina D, que tem a participação da radiação solar e é importante para a saúde dos ossos. A quantidade de radiação disponível para a população brasileira é muito alta, de maneira que as pessoas não precisam ir ao sol intencionalmente para produzir vitamina D, a exposição ocasional já oferece quantidade de radiação suficiente para produzir o necessário de vitamina D. O assunto é polêmico entre as especialidades médicas, porém estudos científicos nacionais, realizados pela USP, comprovam o fato. Existem três tipos de raios ultravioleta emitidos pelo sol e que incidem na Terra: UVA, UVB e UVC, sendo esse último o mais perigoso, porém filtrado pela camada de ozônio. Os raios UVA estão presentes em maior parte no espectro de radiação, são mais longos, penetram profundamente na pele, intensos durante todo o ano e causam manchas, envelhecimento cutâneo pela alteração das fibras de colágeno e elastina, foto alergia e, a longo prazo, rugas, flacidez e câncer de pele pelo efeito acumulativo dos raios. Os raios UVB são mais intensos que os UVA, porém são pouco longos e são parcialmente absorvidos pela camada de ozônio, atingindo a pele superficialmente. Durante o verão em regiões próximas à linha do Equador, como o caso do Brasil, possuem maior intensidade. Causam vermelhidão, queimaduras e predisposição ao câncer de pele. Existem dois tipos de filtro solar: físico e químico. A associação desses dois fatores proporciona uma melhor proteção. O físico consiste em substâncias opacas que refletem a luz, os raios UV, e formam uma barreira ou película sobre a pele, apresentam menor risco de alergias, sendo indicados para o uso em crianças. O químico possui uma fina camada de substâncias que interagem e absorvem a radiação UV, modificando sua estrutura e não permitindo que a mesma entre em contato com os melanócitos, células produtoras de melanina. O Fator de Proteção Solar (FPS) é mensurado pelo tempo em que dura em contato com a pele, protegendo-a da vermelhidão e suas consequências. Ou seja, o FPS de 30 equivale a 30 vezes mais o tempo em que sua pele, sem proteção, em minutos, levaria para ficar vermelha, e assim sucessivamente. Por isso, deve-se respeitar o tempo indicado e sempre retocar o uso do filtro.
Atualmente, fala-se muito da proteção da luz visível, presente em lâmpadas fluorescentes, luz do computador e da claridade que entra através da janela, causadora das manchas escuras na face e podendo acelerar o envelhecimento. Embora a exposição à luz visível de ambientes fechados seja muito menos prejudicial do que a exposição à luz solar, todos devem se proteger, principalmente pessoas que estão sob tratamentos de pele ou que têm doenças desencadeadas pelo sol. A maioria dos protetores solares protegem apenas contra os raios UVA e UVB, e não protegem da luz visível. Os únicos produtos que bloqueiam o efeito da luz visível na pele são os filtros físicos e com pigmentos, que refletem e dispersam a energia da luz, construindo uma barreira física às radiações. A recomendação é usar o protetor solar em áreas expostas, como rosto e braços, e, quando houver uma exposição intencional mais prolongada, como quando se vai à praia, a forma correta de usar o protetor solar é aplicando duas camadas do produto em todo o corpo ou uma colher de chá para rosto, cabeça e pescoço; duas colheres de chá para frente e trás do torso; uma colher de chá para cada braço e duas colheres de chá para cada perna. Deve ser aplicado 15 minutos antes da exposição solar e deve ser reaplicado a cada duas horas enquanto se estiver exposto. Para quem trabalha em ambiente fechado, o ideal é aplicar o filtro de manhã e reaplicá-lo no horário do almoço. Os efeitos nocivos da exposição inadequada ao sol, são queimaduras, elevação da temperatura da pele, envelhecimento precoce, câncer de pele melanoma e não melanoma.
O uso do protetor solar é para todos. Intensifique os cuidados no verão e atenção redobrada a crianças e idosos. O sol é lindo, é fonte de energia, mas em excesso faz mal à saúde. Consulte seu dermatologista e bom verão.
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Saúde, conforto e bem-estar. A gente só pensa em você. Profissionais conceituados atuando com as mais modernas plataformas de trabalho.
> ECOGRAFIA VASCULAR COM DOPPLER > ANGIORRADIOLOGIA > CIRURGIA ENDOVASCULAR > CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA > NEURORRADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
DRº EDUARDO DRº JOSÉ FÁBIO HENRIQUE CURADO ALMIRO DA SILVA ELIAS CRM/MS 6302 CRM/MS 4608 Especialidades: Especialidades: hemodinâmica hemodinâmica e e cardiologista cardiologista intervencionista 12intervencionista I CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017
DRº FÁBIO AUGUSTO MORON DE ANDRADE CRM/MS 3309 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
DRº GIULIANO RODRIGO PAIVA CRM/MS 3533 Especialidades: cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
DRº GUILHERME MALDONADO FILHO CRM/MS 1969 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, ecografia vascular com doppler
DR. MAURÍCIO DE BARROS JAFAR Responsável Técnico CRM/MS 2073
R. ANTONIO MARIA COELHO, 2.728 JD. DOS ESTADOS CAMPO GRANDE/MS
DRº MARCOS ROGÉRIO COVRE CRM/MS 3206 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
DRº MAURÍCIO DE BARROS JAFAR CRM/MS 2073 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
DRº MAURI LUIZ COMPARIN CRM/MS 1975 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
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ESPECIAL HOSPITAIS DE CAMPO GRANDE
A SAÚDE DE CAMPO GRANDE
VOLTA A PULSAR por BIANCA BIANCHI
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m um cenário de incertezas políticas e instabilidade econômica, investimentos em todos os setores representam riscos e acabam sendo adiados. No entanto, alguns assuntos não podem esperar. A saúde é um deles. Na contramão da insegurança, Campo Grande tem vivido um bom momento no setor público e privado, com recursos próprios, financiamentos e gestão nunca se investiu tanto em saúde, com a abertura de novos leitos e hospitais, como nos últimos anos.
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CENTENÁRIO DA SOLIDARIEDADE Impossível falar de saúde sem falar do maior e mais antigo hospital de Mato Grosso do Sul. Projetada quando a então Vila de Campo Grande não tinha telefone nem energia elétrica, a Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG) – Santa Casa, está completando 100 anos de história e dedicação à solidariedade. Desde o lançamento da pedra fundamental, em 1918, até os mais de 1,6 milhão de atendimentos em 2016, sua trajetória é marcada por desafios e dificuldades das mais diversas ordens. O déficit mensal de R$ 3 milhões não assusta nem intimida a atual diretoria, que prova que com gestão é possível fazer mais com menos. Das flores coloridas no jardim ao centro cirúrgico de última geração, cada cuidado tem resgatado a essência e o respeito da instituição junto à comunidade. “Sempre existiu um elo muito forte da Santa Casa com a comunidade. Percebemos que a população novamente volta a abrir os olhos ao importante serviço prestado pelo hospital e voltou a realizar filantropia, doando recursos ou o próprio trabalho de forma voluntária”, explica o presidente da Santa Casa, Esacheu Cipriano do Nascimento. Com os novos recursos e uma gestão administrativa voltada para resultados, a instituição conseguiu reformar todo o Centro Cirúrgico Geral e o Centro Obstétrico. O novo laboratório é totalmente informatizado e tem capacidade de realizar 400 mil exames/mês. Novos aparelhos foram adquiridos para realizar não só um volume maior de exames como tipos mais complexos. Transplantes de rim e córnea voltaram a ser feitos e a liberação para os de coração está em fase de habilitação pelo Ministério da Saúde. “Toda essa estrutura assegura condições para o exercício da Medicina e dignidade para cada paciente que entra aqui. A Santa Casa é o porto seguro para muitas pessoas e nosso desafio diário é cumprir o ideal de servir à comunidade, independentemente das dificuldades, que também são diárias”, comenta Esacheu. CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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O novo Hospital Unimed Campo Grande, inaugurado no dia 18 de agosto, é um sonho dos médicos da cooperativa e dos clientes do plano de saúde. Desde 2003, quando o prédio do antigo hospital Miguel Couto foi comprado, já se sabia que os três mil m2 muito em breve não seriam mais suficientes para atender a demanda com a qualidade que os beneficiários do plano merecem. De lá para cá, cada gestão reforçou seu comprometimento em fazer esse sonho acontecer. Construído em estrutura de aço e com isolamentos acústico e térmico, o projeto do Hospital contempla o que há de mais moderno, sustentável, tecnológico e também mais humanizado, quando se trata de medicina. “A construção executada em estrutura metálica reduziu a quantidade de água e de resíduos gerados no processo de edificação tradicional, os isolamentos reduzem o consumo de energia elétrica no dia a dia. Todo o sistema elétrico foi planejado para evitar interrupção de fornecimento de energia em qualquer situação e a instalação de um sistema IT Médico, que monitora e comunica possíveis falhas, garante proteção nos 16
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circuitos da rede elétrica dos equipamentos de suporte à vida. Além disso, uma área aberta entre o quarto e o sétimo pavimento permite entrada de luz natural nos ambientes, o que reflete diretamente na recuperação dos pacientes e na saúde dos funcionários”, relata o Gerente de Recursos Próprios da instituição, Alan Arrais. Tanta tecnologia e modernidade tem um preço: R$ 138 milhões. Proporcionais ao valor investido na obra são os resultados e benefícios dela: o Hospital Unimed Campo Grande passou de três para 23 mil m2, de um para nove pavimentos, a capacidade de leitos clínicos subiu de 50 para até 202, o centro cirúrgico cresceu de quatro para 10 salas e cinco leitos de UTI viraram 30. Além disso, serão gerados 1.500 novos empregos, entre diretos e indiretos. A obra ainda terá outras etapas e o próximo passo será o início do atendimento de Pediatria e Ortopedia. “Construir o nosso novo Hospital teve muitos desafios, mas o maior deles foi o de executar todo o projeto sem suspender as atividades e o atendimento aos nossos pacientes um dia sequer. Temos orgulho de toda essa trajetória”, afirma Alan.
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TRADIÇÃO COMO REFERÊNCIA Enquanto alguns trilham os primeiros passos de sua trajetória, outros colhem os frutos plantados já há algum tempo. Inaugurado na década de 1960, o Hospital do Coração de Mato Grosso do Sul é referência naquilo que se propôs a fazer: salvar vidas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Só no ano passado, 17 milhões de pessoas no mundo todo e 30% da população brasileira foram vítimas de problemas coronarianos, como ataques cardíacos e derrames. “São os casos que a gente chama de super emergência e toda a estrutura do Hospital tem que estar bem treinada, preparada para agir da maneira ideal naquela situação crítica. O porteiro, a recepcionista, o enfermeiro, a equipe do laboratório: todos sabem o que fazer em uma situação como essa”, explica Dr. Mauro Cosme Gomes de Andrade, superintendente do Hospital do Coração de MS.
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Tanta sinergia fez o hospital conquistar a Acreditação ONA Nível 2, que valoriza a interface entre as diferentes especialidades e os diferentes setores com o propósito único de prestar o atendimento integral ao paciente. Com localização central e de fácil acesso, o Hospital do Coração de MS possui a Unidade de Dor Torácica oficial do Estado, a 4ª implantada no País, com serviço de cateterismo e médico cardiologista 24 horas, além de centro cirúrgico e 79 leitos, sendo 30 de UTI. Como o corpo clínico do hospital crê na prevenção como a melhor
saída, no dia 29 de outubro, data que marca mundialmente a luta pela prevenção ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), a instituição promoveu ações na Praça Belmar Fidalgo, no Shopping Pátio Central e em frente ao prédio do hospital, na Rua Marechal Rondon. O objetivo é ensinar a população a identificar os sintomas de um AVC e conscientizá-la sobre a necessidade de procurar atendimento médico rapidamente, aumentando as chances de o paciente ser socorrido de forma adequada e sobreviver sem sequelas.
A EXCELÊNCIA COMO O MÍNIMO
“Se você não tratar humanamente o seu funcionário, ele não vai tratar bem o seu paciente. É visível o impacto que esse cuidado tem não só no paciente e seus familiares, mas até mesmo no médico e sua equipe”, explica Dr Pedro. O resultado de tudo isso? Índice de satisfação superior a 98% e um novo sonho: ampliação do hospital para nove mil metros quadrados e 120 leitos. CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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Depois de praticamente 18 anos no exercício da Medicina, o cirurgião plástico Pedro Antônio Pegolo Filho projetou construir um novo consultório. A planta do projeto cresceu e virou uma clínica, mas o que acabou sendo construído foi um hospital de mais de três mil metros quadrados e a sensação dos pacientes é de um hotel cinco estrelas. Inaugurado em 2012, o Hospital Santa Marina possui estrutura acolhedora e funcional: salas de cirurgia de alta tecnologia, 26 leitos (entre apartamentos, suítes e enfermaria), pronto socorro de Ortopedia, consultórios, sala de cuidados, tudo isso paralelo ao controle absoluto de todos os processos, tendo como prioridade a excelência do atendimento e a segurança do paciente. “Compacto no tamanho, mas elevou o padrão médico-hospitalar em Campo Grande”. Quem define é o idealizador do Hospital. E ele sabe o que diz. Em menos de seis anos de funcionamento, o hospital já passou por adequações e ampliou os serviços para atender a Capital e o interior do Estado. Hoje o Hospital atende em média 1000 pacientes de trauma e mais de 400 procedimentos cirúrgico/mês. No Hospital Santa Marina, o cuidado com a limpeza e o bom gosto dos ambientes, assim como detalhes com a iluminação mais confortável e com o aroma mais agradável, chamam a atenção, mas é a cordialidade e a educação de todos os funcionários que encanta. Tanto que o hospital é considerado modelo para as universidades quando o assunto é atendimento humanizado.
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MAIOR AOS 16 Completando 16 anos, a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado do Mato Grosso do Sul (CASSEMS) também tem contribuído de forma significativa para a melhoria da estrutura de saúde. Na Capital, e em mais 76 municípios, 207 mil pessoas, entre titulares e dependentes, confiam suas vidas à CASSEMS, que se tornou o maior plano de saúde do Estado e está entre as mil maiores empresas do Brasil. Visualizando o aumento dos custos da assistência à saúde, acompanhado
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do envelhecimento da população e de poucos programas de prevenção, a estratégia da diretoria foi investir em rede própria de atendimento. Em 2010, com uma gestão moderna e ousada, Ricardo Ayache deu início a um processo de ampliação e descentralização dos serviços. “Temos oito hospitais no interior, fora o da Capital e o de Corumbá, que estamos terminando. Regionalizar os atendimentos significa rapidez e facilidade para o beneficiário CASSEMS. Todos os nossos hospitais
apresentam altos índices de resolutividade, hotelaria moderna e o atendimento mais humanizado possível”, comenta o presidente da CASSEMS, Ricardo Ayache. O Hospital CASSEMS em Campo Grande, inaugurado em outubro de 2016, abriu 111 novos leitos para a cidade. Com 14 mil m2 de área construída, a estrutura já realizou mais de três mil cirurgias, 42 mil atendimentos de urgência e quase cinco mil internações. Reforçando a filosofia de “cuidar da saúde antes que a doença apareça”, novos serviços foram inaugurados em todo o Estado. Nova Andradina, Aquidauana e Dourados receberam Centros de Prevenção, Centros Médicos funcionam em cidades como Naviraí, Jardim, Paranaíba e Corumbá. Novos centros odontológicos levam atendimento para Caarapó, Coxim, Deodápolis, Itaporã, Rio Verde, Ribas do Rio Pardo, entre outros municípios. E vem muito mais por aí.
UM LUGAR CHAMADO ESPERANÇA O câncer é, sem dúvidas, uma das doenças mais imprevisíveis e, por isso, cruéis que a Medicina enfrenta hoje. No Hospital de Câncer Alfredo Abrão, pacientes de todos os municípios de MS diagnosticados com a doença encontram orientação e tratamento. Encontram esperança. Ainda que a corrupção e a maldade alheia tenham tentado desviar o propósito da instituição, a boa vontade de um número muito maior de pessoas tem garantido não só a continuidade dos atendimentos, como a ampliação dos serviços no maior hospital oncológico do Estado. Emendas parlamentares, leilões e eventos beneficentes, doações, trabalho voluntário... a boa vontade chega das mais diversas formas e tem transformado o hospital nos últimos quatro anos.
Em 2016, o hospital bateu a marca de 190 mil procedimentos, 74% a mais que em 2013. A inauguração de dois pavimentos da Unidade Nelson Buainain abriu 10 novos consultórios e 10 novos leitos de UTI, além de uma área exclusiva para exames de imagem com mamografia, ressonância, ultrassom e a nova tomografia. O Núcleo de Cuidados Paliativos e o Serviço de Atenção Domiciliar levam atendimento multidisciplinar até a casa dos pacientes, aumentando sua qualidade de vida. O Centro Cirúrgico foi reformado e a capela de fluxo laminar, considerado o equipamento mais importante do hospital, porque é onde se faz o manuseio das medicações usadas na quimioterapia, foi trocada.
Diretor-financeiro de 2013 a 2017 e Presidente desde agosto deste ano, Claudio Osório Machado é o homem que responde atualmente pela instituição e que tem a missão de continuar resgatando sua credibilidade. Catarinense de nascimento, campo-grandense de coração, o aposentado foi tocado pela causa, dedica tempo e energia e usa sua experiência de 40 anos em instituições bancárias para mudar a realidade do hospital. “Ainda que o hospital carregue um déficit crônico, com parcerias e gestão é possível mudar essa realidade. Se o hospital não tiver a saúde financeira dele, não vai ter como cuidar da saúde dos pacientes. Somos uma entidade filantrópica, mas isso não significa que temos que dar prejuízo. Muito pelo contrário, tem que dar lucro para reinvestir nas melhorias do próprio hospital, comprar novos equipamentos, qualificar e remunerar melhor a nossa equipe, diminuir burocracias, dar celeridade ao tratamento”, defende Machado.
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Comp etên c i a e D e d i c a ç ã o e m Ate n di m e nto Ho s p i t a l a r Você pode escolher o Hospital Santa Marina para realizar procedimentos cirúrgicos de qualquer especialidade.
TO DA S A S E S P E C I A L I DA D E S (C I RÚ RG I C A S ) M É D I C A S AT E N D I M E N TO PA R T I C U L A R E CO N V Ê N I O S C I RU R G I A O R TO P É D I C A D E U RG Ê N C I A A LTA T E C N O LO G I A E M E Q U I PA M E N TO S E M AT E R I A I S H O S P I TA L A R E S AT E N D I M E N TO 1 0 0 % H U M A N I Z A D O
CONVÊNIOS ATENDIDOS PELO HOSPITAL SANTA MARINA PARA INTERNAÇÃO 24 -I ASSEFAZ C I N C O + I O- UBACG T U B R O-/ BRADESCO N O V E M B R O 2-0 CASEMBRAPA 17 AMIL - CASSI - CONAB - ELETROBRAS - ELETROSUL - FAMEH/MP - GEAP SAÚDE - IMPCG - MEDSERVICE
DR. PEDRO ANTÔNIO PEGOLO FILHO
EMPRESA
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PRONTO ATENDIMENTO EM ORTOPEDIA ADULTO E INFANTIL. 7h às 22h - Todos os dias da semana!
CINCO + I O U T U -B RUNIMED O / N O V E MINTERCÂMBIO B R O 2 0 1 7 I 25 - OMINT - PAS - SÃO FRANCISCO - SAÚDE CAIXA - SULAMÉRICA - UFMS - UNAFISCO SAÚDE - UNIMED CAMPO GRANDE
COMIDA DE VERDADE
Foto: Studio Vollkopf
SAÚDE
por DRA. TATIANE ATTILIO Nutricionista Clínica CRN 3-12175 (67) 99932-8381 tatianeattilio@gmail.com
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uem acompanha as dietas mais comentadas do momento, Low Carb e Paleo, já está acostumado a ler entre os seguidores o termo “comida de verdade”. Mas, você sabe o que significa esse termo? É assim: dentro de uma das dietas citadas, comida de verdade são aqueles alimentos que passaram o mínimo possível pelo processo de industrialização ou até mesmo nem passaram (também conhecido por alimento in natura). O objetivo dessas dietas é incluir esses alimentos e cortar os alimentos processados como açúcar, doces, refrigerantes, salgadinhos, etc. Além de cortar pães, massas, bolos, tortas e todo alimento que contenha farinha, especialmente farinha branca. É claro que a dieta funciona. Com a diminuição de carboidratos de alto índice glicêmico você consegue reduzir a produção de insulina. Mas, espera aí! O que o hormônio insulina tem a ver com emagrecimento? Vou explicar. O hormônio insulina tem uma atividade que impede a queima de gordura e ainda ajuda na formação de novos estoques de gorduras. Em termos técnicos, a insulina é um hormônio antilipolítico e altamente lipogênico. Sendo assim, quando diminuímos a produção do hormônio insulina em nosso organismo, temos maior facilidade em utilizar a gordura estocada como fonte de energia! Então chegamos à fórmula do tão esperado emagrecimento? Calma.... Muita calma! Eu afirmei que a diminuição e/ou retirada de produtos com farinha branca, açúcares e refrigerantes são eficazes sim para o emagrecimento, mas temos que aprender é que NÃO EXISTE DIETA o que existe é uma FORMA CORRETA DE SE ALIMENTAR. Sendo assim, ao aderir a uma dieta, saiba que esse cardápio NÃO TEM DATA PARA ACABAR, tem que ser um estilo de vida. Daí sim, você vai emagrecer e continuar no peso desejado.
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SEGUEM ALGUMAS DICAS VALIOSAS PARA QUEM QUER ADERIR
s al i me fame l i . c o m . b r
Foram perdidos
12,6kg
Exc e l ê n c ia em res ultado s CIN T U8 BRO/NOVEMBRO R . José Gomes D omingu e s , 7 2 9 - San t a Fé - ( 6 7 ) 3 0 2C6O +. 8I O6U 3
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EDUCAÇÃO
ABORDAGEM PIKLER É DESTAQUE DA EDUCAÇÃO INFANTIL DA MATERNA
Entenda melhor sobre a abordagem que valoriza a atividade autônoma da criança.
Foto: Studio Vollkopf
por TARSILLA FERREIRA • fotos STUDIO VOLLKOPF
ANA LUISA BITTENCOURT CASTRO Formada em Pedagogia pela UNICAMP, especialista em Psicopedagogia e Mestre em Educação pela UFRJ.
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Materna Berçário e Educação Infantil é a primeira escola de Campo Grande a adotar a abordagem Pikler em sua metodologia de ensino. Este projeto educativo para crianças de até 3 anos de idade é fundamentado em princípios como autonomia e afeto no vínculo da criança com seu cuidador. A diretora Ana Luisa Manzini Bittencourt de Castro informa que a escola vem capacitando há dois anos seus profissionais e já apresenta os implementos específicos dessa metodologia, como os brinquedos de madeira. “É essencial ter um ambiente com objetos adequados para que as crianças os explorem livremente e com segurança. São todos criteriosamente feitos por marceneiros qualificados, com altura adequada e, o fato de serem de madeira, proporciona a firmeza necessária para a realização dos movimentos”. “É fundamental preparar o ambiente e colocar brinquedos apropriados para que as crianças possam explorar o espaço, sempre com o adulto observando, realizando o que chamamos de observação ativa, porém com o mínimo de interferência possível”, explica. Um dos princípios mais importantes da abordagem é nunca colocar uma criança numa situação ou posição que ela não consiga ficar por si só. “Ao permitir que a criança conheça o local ou domine movimento que realizará ou a postura em que se colocou, permitimos também que vá adequando o próprio corpo e, assim, adquirindo confiança em si mesma”.
De acordo com Ana Luisa, é muito importante esclarecer sobre a abordagem Pikler e todo o trabalho que é realizado na Materna para os pais dos bebês. “Já combinei com a equipe do berçário e faremos algumas reuniões para explicar a eles sobre essa metodologia que apresenta estudos comprovados. É fundamental esse diálogo”. Na Materna, para que os bebês possam explorar o ambiente da melhor forma, o berçário tem uma área anexa com acesso à parte externa para as crianças tomarem sol, brincarem e, assim, entrarem e saírem da sala livremente. Na abordagem Pikler, é valioso que a criança se desenvolva no seu próprio ritmo. Para isso, manter um diálogo produtivo com os bebês é muito importante e explicar detalhes da ação realizada enquanto se está fazendo o mais básico e mais importante, como trocar fralda, dar banho, alimentar e colocar roupas.
Ana Luisa destaca que oferecer cursos sobre essa abordagem para aperfeiçoar a equipe de professoras e assistentes é sempre necessário. “Em setembro, toda equipe da sala do berçário foi para um curso em São Paulo. Participamos do módulo ‘Liberdade para bebês’, com a psicóloga Patrícia Gimael, da Rede Pikler Brasil.” No curso, que contou com a participação de profissionais de diversas escolas do País, foi possível tirar dúvidas e aprender ainda mais o valor do vínculo ao cuidar de uma criança. “Dentro da abordagem, a interação de cuidador e bebê faz com que a criança tenha a segurança garantida para poder explorar o ambiente com autonomia”, ressaltou. Toda relação afetiva é muito presente nessa abordagem, e a Materna, sempre com a preocupação de vanguarda, oferece o melhor do ensino e dos cuidados para que os pais possam usufruir mais uma vez da sua equipe especializada.
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EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO HUMANIZADA Roger Hansen explica importância de uma educação humanizada. por TARSILLA FERREIRA • fotos STUDIO VOLLKOPF
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ma abordagem que vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil é o trabalho da pediatra húngara Emmi Pikler. “A abordagem Pikler foi uma das metodologias, melhor dizendo, uma das inspirações das teorias que estudei por alguns anos. Desenvolvemos, assim, uma pedagogia própria na nossa escola, chamada Pedagogia Florença e com o tempo as pessoas começaram a fazer visitas para conhecer esse método de trabalho”. De acordo com o pesquisador da infância e doutor em Educação, professor Roger Hansen, a ideia de cursos e consultorias não foi uma intenção desde o início, o colégio queria realizar um bom trabalho, mas como as visitas começaram a ganhar volume, “profissionalizamos e transmitimos nosso modelo
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pedagógico para outras escolas e instituições que tenham interesse”, destaca. O diretor explica que a primeira visita ao ensinar sobre essa metodologia para os professores é chamada de sensibilização, porque as pessoas estão habituadas a uma forma de trabalho e o que é proposto com esse outro sistema é muito diferente.“Então sensibilizamos as pessoas para deixarem se tocar por um outro método de ensino”. O primeiro curso na Materna foi para esclarecer sobre essa nova visão e, principalmente, mostrar as comprovações de como desenvolver essa metodologia para que as educadoras vejam que não é só uma teoria, mas algo efetivo e que pode trazer exemplos práticos em qualquer outro lugar, explica a diretora Ana Luisa Bittencourt de Castro, que oferece constantemente cursos sobre métodos e propostas pedagógicas que são referência no mundo. “A educação infantil no Brasil é recente. Nós não temos uma tradição de conhecimentos e práticas pedagógicas no país. Com algumas exceções, a educação pública e privada não tem um grande fundamento dessa faixa etária de 0 a 3 anos. Há uma escassez muito grande. Em outras palavras, isso quer dizer que esses primeiros anos da educação infantil no Brasil vêm se desenvolvendo de uma forma amadora, baseada em princípios tradicionais na criação dos filhos, mas que isso foi se perdendo e se degenerando com o tempo”, explica. Durante essa semana de formação, as professoras e assistentes da Materna tiraram dúvidas e aprenderam ainda mais com Roger Hansen o valor do vínculo que o educador constrói com a criança ao cuidar dela e da tranquilidade interna gerada a partir disso. Segundo Hansen, a maneira do educador “estar” com a criança é tão importante quanto o “fazer”, e complementa: “As atividades, o que a criança faz, não é o mais importante. O importante é quem e como ela é. E ela precisa aprender a ser, Ser ela mesma! Não focar no fazer, mas no Ser. É um lema para nossa Pedagogia.” conclui.
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ESPECIAL CAPA
Prologic Danavox completa 25 anos e reforça tradição familiar de profissionalismo e respeito ao paciente.
ROUPAS: DUDALINA
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CABELO E MAQUIAGEM: SUMAIA SOSTER
SEMI JOÍAS: RENATA SANCHES
PRODUÇÃO: LUCY DUARTE
por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN • fotos RICARDO VALÊNCIO
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ma família estruturada, um casamento sólido, uma empresa respeitada. Quando veio do interior de São Paulo para Campo Grande, Nelson Lam Kowai Fook já havia traçado metas para sua vida. Mas para chegar aonde chegou, o fonoaudiólogo construiu uma história de superação com muito trabalho e, acima de tudo, dedicação. Neste caminho, encontrou seu alicerce em uma mulher forte e determinada, Maria Rosane Borges, uma paranaense que abraçou seus sonhos e, lado a lado, enfrentaram as adversidades até transformar a Prologic Danavox em uma empresa referência no mercado de aparelhos auditivos do Estado nos dias de hoje. Experiente como gerente regional de um Centro auditivo, ele abraçou uma oportunidade ímpar, tornando-se representante da GN Danavox em Campo Grande. “Em 04 de dezembro de 1992, fundamos a Danavox Aparelhos Auditivos Ltda, em uma sala no Centro Comercial Campo Grande que parecia enorme no começo e, com o passar dos anos, se tornou pequena diante da carteira de clientes”, conta Rosane. O início foi difícil, mas com o passar do tempo, as coisas foram melhorando. Nesta caminhada, o empresário se capacitou ainda mais, cursou fonoaudiologia,
se especializou em Audiologia Clínica e Administração em Marketing. Maria Rosane cursou Design de Interiores e cuida de cada detalhe até hoje, do administrativo à decoração, alcançando sua realização pessoal. “Meu maior orgulho foi quando adquirimos em 2001 a sede própria na rua 13 de Junho; realizamos a reforma do novo espaço em 2002, mudamos em 2003 e em 2016 repaginamos com uma nova identidade visual. Tudo planejado para dar comodidade, segurança, conforto e acessibilidade aos pacientes”, lembra. Junto à empresa, os filhos também foram dando os primeiros passos rumo à maturidade. Alice Borges foi a primeira a seguir o caminho do pai. Hoje, aos 29 anos, a fonoaudióloga formada na Universidade de São Paulo (USP), especialista em Audiologia Clínica; lembra que ainda criança, saia do colégio e gostava de acompanhar Nelson nos atendimentos. “Logo que me formei, em 2010, encarei o mercado de trabalho iniciando o período de estágio na Prologic de Dourados. Por onde ele ia eu ia atrás, o que ele fazia eu acompanhava, eu observava tudo, eu aprendia, sempre soube que tive uma grande oportunidade teórica, mas a maior oportunidade que tive foi a prática ao lado dele”. CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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Nessa experiência ao lado dos pais, Alice comprovou a generosidade em ajudar o próximo e a dedicação às pessoas. “O diferencial da Prologic Danavox está no atendimento humanizado e a inovação proporcionada a seus clientes”, reforça Alice, evidenciando as lições que absorveu e que faz questão de replicar. Apesar de não seguir a mesma profissão do pai, o filho Allan Augusto corrobora os ensinamentos. O caçula está cursando Direito e é categórico quanto ao apoio que recebeu ao escolher um curso diferente. “Desde pequeno meus pais me ensinaram, me incentivaram a correr atrás dos meus sonhos, porém, nunca me forçaram a escolher algo relacionado a área deles. Por mais diversa que fosse minha posição, eles sempre me apoiaram”. A outra filha, Anna Virghinia, está prestes a concluir o curso de fonoaudiologia, também na USP, e vê no fato de assumir a empresa da família como algo de grande responsabilidade. “Não só por ser o nosso trabalho, mas, principalmente, por ser a empresa que meus pais almejaram e conseguiram juntos criar e crescer, e isso só foi possível devido ao esforço e dedicação de ambos. Com tudo isso, quero trabalhar, ser uma profissional como meus pais, manter o sonho deles em pé e fazer jus por tudo o que eles me proporcionaram desde o momento em que nasci”, salienta Anna. A se julgar pelos filhos, o futuro da empresa é a continuidade do sucesso. “Quero ser como meu pai e tornar as pessoas mais felizes apenas por poder ouvir. O diferencial do meu pai
“Quero ser como meu pai e tornar as pessoas mais felizes apenas por poder ouvir.” ANNA VIRGHINIA filha
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quando ele atende está na paixão em ser um fonoaudiólogo e a satisfação e prazer que tem em poder ajudar o próximo”, diz Anna. Alice complementa. “Tive bons exemplos dentro de casa, fazer o melhor sempre, sabendo que, como consequência, as coisas boas acontecem em nossas vidas. Tudo que você faz de bom, você receberá de bom, o Nelson sempre disse isso”. Aos 52 anos, quase metade dedicados à Prologic Danavox, clientes que considera amigos e a satisfação de poder melhorar a qualidade de vida das pessoas, Nelson Fook vê a certeza de continuação de seu legado. “Se me perguntar qual o segredo para os 25 anos de sucesso, eu diria: trabalho, dedicação, amor pelo que faz, buscar tecnologia e não parar no tempo. Tenho muita satisfação pelo que construímos, eu não conseguiria se estivesse sozinho. Tivemos, antes de tudo, compromisso para crescermos juntos. E conseguimos”.
“O diferencial da Prologic Danavox está no atendimento humanizado e a inovação proporcionada a seus clientes.” ALICE
filha
ESPECIAL CAPA
Hoje a Prologic Danavox atende todo o Estado com uma equipe especializada e tem mais de seis mil clientes/ pacientes, oferecendo o que há de mais avançado em tecnologia de aparelhos auditivos digitais. Além da matriz, em Campo Grande, a empresa tem uma filial em Dourados, desde 2003, comandada pela filha mais velha, Alice. A empresa possui um laboratório técnico exclusivo para a confecção dos aparelhos personalizados em até 24 horas, com garantia de assistência técnica permanente por meio de consertos e reposição de peças em até 48 horas. Além disso, o paciente pode testar os aparelhos auditivos antes de efetivar a compra para garantir que é a melhor opção e, adquirindo, recebe todo o acompanhamento técnico para sua adaptação. Essa agilidade e dedicação, aliadas ao atendimento de excelência, refletem na fidelidade dos clientes.
Os empresários Nelson e Maria Rosane explicam que a proposta da Prologic Danavox é tornar a vida das pessoas melhor a cada produto e serviço oferecido. Por isso a empresa está em sintonia com o desejo e satisfação dos clientes, oferecendo a eles a tecnologia mais avançada. “O diferencial em nosso atendimento é a dedicação na adaptação dos aparelhos auditivos, a preocupação na assistência técnica permanente e o acompanhamento periódico após a aquisição. Você conquista o cliente que, satisfeito, faz a propaganda boca a boca. Todo centro auditivo que tem uma visão de futuro não vai se preocupar apenas em comercializar, mas em fidelizar o cliente com um atendimento humanizado. E fazemos questão de passar isso para as nossas filhas”, finaliza Nelson. CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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A COLETA SELETIVA DA CIDADE COMEÇA NA SUA CASA.
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Campo Grande é atendida pela coleta seletiva porta a porta e pelos LEV’s - Locais de Entrega Voluntária, que juntos cobrem 100% da cidade. Mas para tudo isso funcionar, depende só de você. Separe na sua casa o que é lixo reciclável para a coleta nos dias específicos da sua rua. Não misture mais os resíduos. Orgânicos e recicláveis devem estar sempre separados. Se a sua casa não estiver na rota da coleta seletiva porta a porta, deixe os resíduos recicláveis no LEV mais próximo. Assim você ajuda a cidade, o futuro e centenas de famílias que vivem da reciclagem. Para saber mais, acesse www.solurb.eco.br
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PET
OUTUBRO
ROSA ANIMAL Conscientização + Prevenção. Por Dra. ARIANY BRAGA LANZARINI Veterinária Anima Doux
A
campanha mundial Outubro Rosa tem a intenção de alertar sobre a importância da prevenção do câncer de mama em mulheres. O alerta também serve para gatas e cadelas, que precisam de exames periódicos para detecção da doença de maneira precoce. Esse tumor é o segundo mais comum em cadelas e o terceiro mais comum em gatas, sendo um achado clínico bastante frequente em nossa rotina médica. Hoje, sabe-se, por uma série de pesquisas e trabalhos científicos, que a castração feita antes da puberdade em fêmeas, ou seja, antes do primeiro cio, diminui em até 99,5% a chance de o animal vir a apresentar um tumor de mama posteriormente. Esse benefício vai diminuindo ao longo da vida reprodutiva da fêmea, quantitativamente falando, sendo quase inexistente no caso da castração ser efetuada após o terceiro cio da fêmea.
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Além disso, a castração precoce previne a ocorrência de praticamente todos os outros tumores relacionados ao sistema reprodutor, tanto em fêmeas quanto em machos, assim como outras doenças, tais como a Hiperplasia Endometrial Cística e a Piometra, doenças típicas de cadelas que receberam, em determinados momentos de sua vida, aplicações de hormônios anticoncepcionais para evitar o cio. É importante ressaltar que cadelas e gatas não apresentam menopausa, o que pode acontecer em cadelas mais velhas, é ter o período entre um cio e outro mais espaçado, pouca quantidade de sangue, ou até mesmo o cio seco (quando não há eliminação de sangue), mais um motivo para castrar. O diagnóstico precoce dos tumores em animais tem tanta relevância quanto para humanos, pois aumenta em 90% as chances de cura. A idade e a propensão genética podem ser desencadeadoras de neoplasias. Fêmeas com idade entre 10 e 11 anos correm maior risco de desenvolver o câncer. É importante o tutor saber que
O diagnóstico precoce dos tumores em animais tem tanta relevância quanto para humanos, pois aumenta em 90% as chances de cura.
cadelas possuem cinco pares de mamas e as gatas quatro, todas as mamas devem ser apalpadas cuidadosamente, inclusive o espaço existente entre elas. Caso perceba surgimento de nódulos, aumento de volume, dor e presença de secreção de leite ou escura nos mamilos, deve procurar um médico veterinário para realização de exames complementares e início do tratamento. O tratamento, em sua maioria, é cirúrgico. Para isso, são realizados exames de sangue, citologia do nódulo para avaliação pré-operatória e, em seguida, realizada a cirurgia para a retirada da cadeia mamária parcial ou total. Um exame histopatológico, ou biópsia, do nódulo removido vai definir se há necessidade de quimioterapia. A indicação deste tipo de tratamento vai depender se o tumor é maligno, o que, se confirmado, também leva à análise de seu grau de avanço. É essencial o tratamento da doença de forma correta, evitando a metástase para outras partes do corpo, como gânglios, pulmão, fígado, rins, ossos, coração e pele. As consequências da quimioterapia em animais são diferentes do tratamento em humanos, pois não causa os mesmo efeitos colaterais. A quimioterapia pode envolver medicação oral, injetável, diluída em soro ou a combinação de todas essas possibilidades, dependendo do grau de malignidade, da idade do animal e da presença de outras doenças. O número de sessões e a frequência dependem do protocolo adotado. Com o aumento da expectativa de vida dos pets a incidência de neoplasias também cresce, dessa forma surge a importância de atendimento especializado. A oncologia veterinária já é realidade e torna possível o tratamento e o acompanhamento necessários de forma eficaz.
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DIREITO
AS NOVAS REGRAS DE REGISTRO DAS SOCIEDADES LIMITADAS Foto: Wilson Jr. Fotografia
por LUIZ FELIPE d’ORNELLAS OAB/MS 9090
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Lei 8.934/1994 disciplina o registro de empresas no Brasil, e ela estabeleceu que cabe ao DREI (Departamento de Registro Empresarial e Integração), a sua normatização infralegal, no seu artigo 3º, inciso I – o que é feito por meio de instruções normativas (IN). Dentre as IN, se destaca a que trata dos manuais de registro do empresário individual, da sociedade limitada, da sociedade anônima, da cooperativa e da EIRELI (empresa individual de responsabilidade limitada). Essa IN, além de outras, passou por uma revisão e as novas regras entraram em vigor no dia 2 de maio. Quanto à sociedade limitada, merecem atenção as seguintes mudanças (anexo II da IN 38/2017):
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QUOTAS PREFERENCIAIS As quotas preferenciais conferem aos seus titulares alguns direitos especiais de natureza econômica (prioridade na distribuição dos lucros ou no reembolso do capital, em caso de liquidação da sociedade), ou de natureza política (possibilidade de eleger, em separado, um administrador ou um membro de um órgão deliberativo previsto no contrato social), geralmente com a contrapartida de não conceder direito de voto ou restringir o seu exercício em determinados casos. O direito de voto em uma sociedade não é um direito essencial do sócio, podendo ser retirado ou ter seu exercício restringido em nome de uma contrapartida econômica ou política. Isso, aliás, pode ser interessante para a sociedade atrair sócios investidores. Além do mais, o Código Civil estabelece, no Art. 1.007, que o contrato social pode estipular a distribuição desproporcional dos lucros entre os sócios, e a criação de quotas preferenciais pode ser a melhor forma de operacionalizar tal regra na prática.
AQUISIÇÃO DE QUOTAS PELA PRÓPRIA SOCIEDADE (QUOTAS EM TESOURARIA) Diferente do entendimento anterior, que vedava a empresa de adquirir suas próprias quotas, o DREI passou a admitir expressamente que a sociedade limitada transfira para si suas próprias quotas. A questão foi disciplinada no item 3.2.6.1, parte final, do manual de registro das sociedades limitadas, que tem a seguinte redação: “Se o contrato social contiver cláusula determinando a regência supletiva da Lei de Sociedades por Ações, a sociedade limitada pode adquirir suas próprias quotas, observadas as condições legalmente estabelecidas, fato que não lhe confere a condição de sócia.” Assim, poderão as empresas em situações estratégicas recomprar suas próprias quotas, deixando-as em tesouraria. Elas terão, salvo disposição expressa do contrato social, o destino que sócios determinarem e poderão: a) ser canceladas, com a consequente redução do valor do capital social; b) ser vendidas a sócios ou terceiros que tenham interesse de ingressar na sociedade; ou c) ser distribuídas aos sócios ou colaboradores gratuitamente.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Apesar de ser órgão típico das S/A, não havia vedação para sua instituição em sociedades limitadas. Agora, porém, existe um item específico do manual de registro de sociedades limitadas tratando do assunto, nos seguintes termos: “Fica facultada a criação de Conselho de Administração na Sociedade Empresária Limitada, aplicando-se, por analogia, as regras previstas na Lei nº 6.404/76, de 15 de dezembro de 1976. Quando adotado o conselho de administração, o administrador poderá ser estrangeiro ou residente no exterior, devendo, contudo, apresentar procuração outorgando poderes específicos a residente no Brasil para receber citação judicial em seu nome (Art. 146, § 2º, da Lei nº. 6.404/76, de 15 de dezembro de 1976). “
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EXERCÍCIO DO DIREITO DE RETIRADA PELO SÓCIO O Art. 1.029 do Código Civil estabelece que, “além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias (…)”. No entanto, muitas vezes a formalização dessa retirada demorava a ocorrer, uma vez que dependia do arquivamento de alteração contratual, medida que compete à própria sociedade, e não ao sócio retirante. Agora, o manual de registro das sociedades limitadas prevê o seguinte em seu item 3.2.6.2: ”Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade: a) Se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, a contar da notificação do último sócio. Nesta hipótese, observar-se-á o seguinte: – Passado o prazo, deverá ser providenciado arquivamento da notificação, que poderá ser por qualquer forma que ateste a cientificação dos sócios; – A junta anotará no prontuário a retirada do sócio; – A sociedade deverá, na alteração contratual seguinte, regularizar o quadro societário; (…).” Resumindo, terminado o prazo de 60 dias, o sócio retirante pode obrigar a Junta Comercial a proceder ao arquivamento da sua notificação de retirada, desde que comprove que os demais sócios foram devidamente cientificados dela, e a dar baixa do seu nome no contrato social, o qual será obrigatoriamente regularizado na alteração contratual seguinte.
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PLURALIDADE DE SÓCIOS A sociedade limitada deve possuir no mínimo dois sócios, podendo ficar temporariamente com um único sócio por apenas 180 (cento e oitenta) dias. Passado esse prazo, ou a sociedade se dissolve (Art. 1.033, inciso IV do Código Civil), ou se transforma em empresário individual ou EIRELI (art. 1.033, parágrafo único do Código Civil). O novo manual de registro das sociedades limitadas, porém, prevê que, caso não ocorra nenhuma das situações acima mencionadas, e a sociedade limitada continue operando normalmente com apenas um sócio, será considerada como uma sociedade em comum, o que acarretará a responsabilidade ilimitada do sócio remanescente pelas dívidas sociais. Confira-se, a propósito, o teor do item 3.2.7.1 do novo manual de registro de sociedades limitadas: A sociedade poderá permanecer unipessoal pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. Se continuar a operar com um só cotista além do prazo de 180 (cento e oitenta) dias, o fará como sociedade em comum, respondendo o sócio remanescente solidária e ilimitadamente. Isso pode vir a se tornar um grande problema para o sócio remanescente, pois caso não sane essa irregularidade no prazo previsto, o mesmo perderá um grande benefício que as sociedades LTDA conferem – que é de ter suas responsabilidades limitadas ao seu capital – e isso poderá produzir um resultado muito prejudicial. PRESUNÇÃO DE ADOÇÃO DA LEI 6.404/1976 COMO DIPLOMA DE REGÊNCIA SUPLETIVA O Código Civil já prevê a possibilidade de adoção da Lei 6.404/1976 como diploma de regência supletiva da sociedade limitada, desde que o contrato social tenha cláusula nesse sentido. No entanto, o novo manual de registro das sociedades limitadas estabeleceu uma presunção de adoção da Lei 6.404/1976 como diploma de regência supletiva, desde que se adote qualquer instituto próprio das sociedades anônimas compatível com a natureza da sociedade limitada, tais como: a) Quotas em tesouraria. b) Quotas preferenciais. c) Conselho de Administração. d) Conselho Fiscal. Assim, resumidamente, essas são as novidades mais relevantes que o DREI implementou nas sociedades limitadas, criando novas e práticas ferramentas societárias capazes de ajustar a realidade e as necessidades vividas por seus sócios, trazendo segurança e modernidade para os Contratos Sociais.
MARKETING
O
que significa exatamente “fazer o marketing da sua empresa”? Como escolher uma determinada estratégia ou uma ferramenta ao invés de outra? Quem disse que o que serve para um concorrente seu irá servir para você também? Lembre-se que existem inúmeros exemplos de ideias e atitudes muito parecidas que alcançam resultados bem diferentes, pois o sucesso de tudo, na maioria das vezes, está nos detalhes, no conjunto da obra. Marketing é um jogo de memória que cria a re todo um cenário favorável ou não ao seu negócio, b o c des Ganha quemda estratégia de acordo com as combinações que você forma. combinação blico-alvo. Sua marca tem que combinar ao máximo com o com o pú seu público. A imagem dela tem que combinar com a imagem que esse público procura. Os conteúdos que ela dissemina têm que combinar com aquilo que o público quer descobrir. Os benefícios que ela oferece têm que combinar com aqueles que o público quer receber. E assim vai. Mas muitas vezes abrir as cartas certas em um jogo de memória não é tão simples, e a maior estratégia para acertar as combinações é observar muito bem todas as cartas existentes antes de iniciar a partida. Ou seja, conheça a fundo o cenário todo que cerca sua marca e tenha mais chances de vencer cada partida no jogo do marketing. Antes de enfrentar qualquer concorrente, você deve encontrar as combinações certas dentro do seu próprio negócio. Todas as áreas da empresa falando a mesma língua, o que só é possível se houver visão, missão e objetivos corporativos bem definidos e reconhecidos por todo o grupo. Cada departamento e cada colaborador tem conhecimento pleno do seu papel perante a qualidade que a marca entrega para o seu público-alvo? Os vendedores sabem tudo o que a marca tem de positivo para poderem defendê-la adequadamente e entendem as fragilidades para que possam por LIU FERRARI lidar com elas sem passar aperto na frente do consumidor? Líderes, colaboradores, parceiros e clientes, todos entendem bem a sua marca e vice-versa Pós-graduado em Varejo, graduado em Propaganda (ela os entende)? Seus canais propagam conteúdos que realmente vão ene Marketing. gajar suas personas? Seu histórico profissional inclui E falando nisso, você tem clareza a respeito desse termo: PERSONA? atuações como empresário, gestor de marketing e Essa é a palavra usada para definir o perfil detalhado de público-alvo nessa comunicação nos setores de era digital. Lidar com a definição minuciosa do cliente ideal para o seu nevarejo e serviços, além de gócio é o coração desse jogo de memória do marketing. Nunca se esqueça passagens por diferentes áreas que tudo o que você e sua marca fazem é refletido em pessoas. E ninguém em multinacionais. Atualmente é consultor em marketing agrada a gregos e troianos. e comunicação e diretor de Definir o público que tem a ver (de verdade) com a sua marca é aumennegócios na Octopus, agência tar as chances de torná-la relevante (de verdade) para ele. E, claro, isso tem de comunicação do Grande ABC, em São Paulo. um preço: abrir mão de pessoas que não apresentam afinidade suficiente com sua marca e seu negócio. Saiba desde já que isso não é tarefa fácil, Visite perfil no LinkedIn ou mas pode apostar que é o primeiro grande passo para formar as combinaentre em contato pelo e-mail liu.ferrari@octopus.com.br ções mais perfeitas nesse importante jogo de memória que o marketing nos coloca diariamente.
Foto: Fernando Reis
O D O G O J O G N I T E K R A M E D O G O J É UM MEMÓRIA
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NEGÓCIOS
EMPREENDEDORISMO FEMININO EM PAUTA por MARISTELA DE OLIVEIRA FRANÇA
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antas conquistas, avanços e constantes desafios levou naturalmente a entrada das mulheres no mundo dos negócios. Seja como funcionárias, seja como donas do seu próprio negócio. No Brasil, de acordo com o IBGE, entre 2003 e 2013, o número de donas de negócio no País cresceu 16%, nesse mesmo período, o número de donos de negócio no País cresceu apenas 7%. (Fonte: Sebrae/GEM – 2014) Segundo as pesquisas realizadas pelo GEM e também pelo Sistema SEBRAE, há aproximadamente 10 anos o empreendedorismo no Brasil passou de “por necessidade” para “por oportunidade”. Nesse sentido a entrada da mulher no mundo dos negócios deixou de ser uma atividade informal, tímida, realizada, na maioria dos casos, em casa para ajudar nas despesas da família, para ser uma atividade formal, uma profissão, uma realização pessoal. Essa empreendedora investe tempo na busca por informações, na elaboração de um plano de negócios, em rede de contatos com outras empreendedoras, em sua formação. No mundo dos negócios, conforme dados da GEM 2014, as empreendedoras possuem maior grau de escolaridade: 20% das mulheres tem superior incompleto ou mais, enquanto os homens ficam com 13% nessa mesma equação. E onde estão as empreendedoras, em quais segmentos da economia? As mulheres empreendedoras tem uma presença maior nos setores
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Economista, mestra em Desenvolvimento Local, Diretora Técnica do SEBRAE/MS. de serviços e comércio; enquanto os homens se concentram na indústria, destaque para a construção civil e no agronegócio. No contexto sul-mato-grossense das mais de sete milhões de empreendedoras brasileiras, temos 103 mil, o que representa 1,5% do total do país; 94% dessas são sócias-proprietárias, 57% declaram possuir ou ter iniciado ensino superior, especialização e/ou doutorado, e 51% possuem entre 40 e 60 anos de idade (Dados pesquisa Sebrae/MS com base no PSMN – 2008/2011 e PNAD – 2011). Entre essas empreendedoras, 523 já participaram do Prêmio SEBRAE Mulher de Negócios, sendo que o Estado de Mato Grosso do Sul, já obteve quatro vezes o terceiro lugar na etapa nacional, cinco vezes o segundo lugar, e já foi agraciado com o primeiro lugar por duas vezes.
Em todo esse cenário extremamente promissor, um dado ainda precisa ser trabalhado de forma mais igualitária e requer atenção: o rendimento médio mensal. No grupo das mulheres com negócio, em 2013, 70% perceberam um rendimento de até dois salários mínimos, 20% ganharam entre dois e cinco salários mínimos e 9% ganharam mais de cinco e no grupo dos homens com negócio, 57% perceberam um rendimento de até dois salários mínimos, 30% ganharam entre dois e cinco salários mínimos e 14% ganharam mais de cinco salários mínimos. Esses números demonstram que ainda há muito que fazer para uma atuação e reconhecimento mais igualitário, equilibrado e consequentemente mais justo. Entre as principais características dessas empreendedoras estão: uma abordagem mais humanista em toda sua atuação, visão sistêmica, persistência e paciência nas negociações, habilidade multitarefa, preocupação com o ambiente social, econômico e político, atenção e agregação de valor através da cultura regional, espírito de cooperação, contribuição para a formação e desenvolvimento de outras empreendedoras. Sim, é a mulher ocupando um espaço, de forma sábia, complementar e interdependente com homens e outras mulheres. Um espaço que estava vazio a espera dessa multidão de empreendedoras, em todo o mundo, que mais que mulheres, são seres humanos.
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NEGÓCIOS
DIGITAL
OURO Criado em 2009, o Bitcoin vem se popularizando a cada ano, sua valorização acontece de forma exponencial da mesma forma que número de investidores.
por CLARISSA DE FARIA foto WILSON JR. FOTOGRAFIA
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moeda totalmente virtual vem conquistando diversos simpatizantes e, claro, investidores que apostam nela não somente pelo seu potencial de valorização, mas também por outros inúmeros benefícios que vão desde o fato dela ser descentralizada, ou seja, não é regida pelo Banco Central, as transações são realizadas por meio de uma plataforma digital chamada Blockchain e estas possuem taxas irrisórias comparadas as de instituições financeiras vinculadas ao BC. Sua compra e venda é feita por meio de exchanges espalhadas por todo o mundo ou até de pessoa para pessoa, os envios são realizados em questão de minutos de uma ponta a outra do Planeta. Além disso, a moeda já é utilizada como forma de pagamento em diversos segmentos, como transações imobiliárias, estabelecimentos comerciais e, aqui no Brasil, até mesmo na compra e venda de gado.
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Para termos uma ideia da valorização do bitcoin, o que ainda impulsionou o surgimento de outras moedas digitais que já são tão conhecidas quanto, como o Ethereum e Litecoin, por exemplo, em 2009 uma unidade de Bitcoin valia menos de U$1,00, em 2013 chegou a mais de U$1 mil e em 2017 de U$3000 podendo ultrapassar os U$6000. Ainda assim, diversas especulações em torno do assunto geram dúvidas quanto à confiabilidade deste novo mercado, uma vez que ela é produzida por milhares de computadores durante um processo chamado de mineração. O cientista, empreendedor e engenheiro de software, Courtnay Guimarães Júnior, garante que, apesar de ainda embrionária, a moeda é a melhor aposta dos últimos 20 anos.
“Em relação às transações criptografadas, existe um verdadeiro boom. Todos os volumes multiplicaram por 20x ou mais este ano, mas ainda são pequenos comparados ao sistema financeiro tradicional. Como um ótimo indicador, os volumes de compras de ativos digitais e de transações com os mesmos, dobram, nos últimos 3 anos, ou mais, chegando às 20x que citei para determinados ativos e em determinados mercados, como o Japão”, destaca. Sobre a tecnologia que está por trás dessas transações e que, de fato, assegura todo os procedimentos envolvendo o bitcoin e demais moedas digitais, é necessário se fazer entender e desmistifica-la, uma vez que tal compreensão nos leva a crer que o tema não é “história para boi dormir”. Pois bem, Blockchain é uma
arquitetura tecnológica, com várias implementações. Uma tecnologia de criptografia e segurança de ativos. “É como se você tivesse, de repente, milhões de cópias do seu banco, se uma se perde, todas as outras garantem seus ativos. Você só não pode perder a chave do seu cofre. O que assusta é que tudo é mantido distribuído, ou seja, sem dono, nem “entidade controladora”, explica Courtnay. Quanto às criptomoedas que surgem e utilizam moedas digitais para a geração de recursos, o especialista faz menção às pirâmides financeiras e golpistas que estão surgindo no Brasil, a promessa de riqueza rápida e lucros miraculosos e sem risco. “Finalmente, como ainda estão no início da adoção, são coisas complicadas e para “nerds”. E isso assusta os mais conservadores”, diz.
MINERAÇÃO é o processo de adicionar registros de transações ao livro razão público do Bitcoin (Blockchain), que armazena transações passadas. O Blockchain serve para confirmar transações para o resto da rede ter conhecimento e distinguir transações de Bitcoins legítimas de tentativas de reúso de moedas, ou seja, moedas que já foram gastas em outra transação. Desta forma, pessoas ou empresas podem investir em máquinas de alto processamento e colocar essas máquinas para solucionar as operações matemáticas que possibilitam a validação dessas operações de forma descentralizada, recebendo para isso frações de bitcoin nos termos das regras pré-estabelecidas pela rede Bitcoin.
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NO DIREITO O advogado com experiência no mercado de moedas digitais Rafael Lopes, explica que ainda que não sejam regulamentadas por um Banco Central e estejam inseridas em um contexto com pouquíssima legislação, as operações de compra e venda de moedas digitais têm se mostrado extremamente seguras. “Essa segurança é atribuída ao forte sistema de criptografia das operações e à publicidade destas, que podem ser facilmente conferidas nos livros de registro dessas moedas”. Porém, quanto à segurança, do ponto de vista da inexistência de lastro para manutenção dos valores das moedas, “se trata de um mercado de risco, uma vez que o valor atribuído às moedas está lastreado no interesse dos usuários na compra e venda das moedas, ou seja, à velha lei da oferta e da procura”, pontua. Como qualquer mercado de risco, os investidores podem ter excelentes ganhos, como podem ter grandes perdas, por isso, o primeiro passo para quem deseja realizar esse tipo de investimento é o constante acompanhamento dos fatores que influenciam o mercado. No que tange à legislação nacional, que em tese traria maior segurança aos investidores, o Congresso 50
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Nacional possui hoje uma comissão especial que discute o projeto de Lei n. 2303/2005, que busca a regulamentação desse vasto e complexo mercado. Rafael Lopes frisa que o projeto ainda é muito embrionário e dependerá de muitas discussões para amadurecer e chegar a um ponto ideal, isso porque o mercado de moedas digitais possui como princípio a descentralização que gera uma série de possibilidades livres, e a própria regulamentação de uma forma ou de outra, caminha em sentido oposto a esse princípio, uma vez que acaba trazendo limitações ao mercado. Por isso o projeto ainda será muito debatido antes de ser aprovado no Congresso. DECLARAÇÃO DAS MOEDAS VIRTUAIS Ainda que não exista uma legislação específica em vigência no Brasil, alguns órgãos estatais têm se posicionado com relação a natureza das moedas digitais. O Banco Central Brasileiro, por exemplo, já se posicionou, por meio do comunicado n. 25.306/2014, no sentido de não considerar as moedas digitais como ``moedas eletrônicas´´, nos termos do que estabelece a Lei 12.865/2013, pelo simples fato dessas moedas digitais não serem emitidas por uma autoridade monetária soberana e não gozarem de qualquer tipo de garantia dada por essas entidades, sendo, portanto, completamente distintas do conceito tradicional de dinheiro.
“Acompanhando tal entendimento, de que as moedas digitais não se assemelhavam a dinheiro, a Receita Federal Brasileira, em seu manual de perguntas e respostas sobre IRPF 2017, esclareceu na pergunta nº 447 que as moedas digitais devem ser declaradas como ``outros bens´´ na declaração de imposto de renda, uma vez que se assemelham a um ativo financeiro, trazendo luz aos investidores de como declarar os ganhos obtidos com a compra e venda desses ativos”, detalha.
PERSPECTIVAS Ainda que o mercado esteja apresentando bons retornos para esses investidores, estes devem estudar bem o mercado e suas variáveis e se atentar aos riscos inerentes. “O conselho que sempre tenho dado aos novos investidores é que estes procurem ``exchanges´´ de moedas digitais que tenham boas referências no mercado. Temos acompanhado casos de diversas ``exchanges´´ que apresentam falhas em suas plataformas, saindo do ar em momentos extremamente importantes para investidores. Falhas podem ocorrer em qualquer negócio, mas meu conselho para os investidores é de que busquem empresas sérias que possuam um histórico de profissionalismo no mercado”, indica.
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SUSTENTABILIDADE
SUSTENTABILIDADE E PEQUENAS EMPRESAS: É POSSÍVEL E NÃO É CARO! Conheça medidas simples de redução de impacto ambiental que você pode começar a praticar na sua empresa hoje mesmo. por MARINA BASTOS
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os dias de hoje uma das práticas que mais tem feito diversas empresas ao redor do mundo se destacar no mercado não é apenas a qualidade dos seus produtos ou boa publicidade, mas sua preocupação com aquilo que envolve a sustentabilidade. As organizações que desejam obter sucesso e mostrar valor a seus clientes adotam medidas de preservação do meio ambiente, que vem sendo cada vez mais degradado, devido a anos e anos de ação do homem sobre a natureza. Mas, quando pensamos em sustentabilidade nas empresas, é comum associarmos a grandes feitos, como, por exemplo, não descartar grandes quantidades de lixo de maneira indevida ou não despejar produtos químicos em rios. Mas a verdade é que qualquer empreendimento, mesmo os pequenos, pode aderir a medidas que poupam e muito o meio ambiente. CUSTA CARO? Os conceitos de sustentabilidade são muito interessantes, mas o desafio das empresas é saber como incorporá-los ao dia a dia dos negócios. Durante muito tempo se acreditou que “sustentabilidade custa caro”, ou que “sustentabilidade é para grandes empresas”. Mas essas são ideias ultrapassadas e devem ser abandonadas o mais rápido possível, sob o risco das microempresas perderem competitividade frente a concorrentes que venham preparadas para atender às demandas dos mercados por uma produção mais limpa e socialmente justa. Em um relatório recentemente publicado pela MIT Sloan Management Review & The Boston Consulting Group, foi demonstrado que as empresas têm cada vez mais lucrado com a sustentabilidade. No geral, a porcentagem de participantes que reportaram lucros a partir de estratégias sustentáveis subiu de 23% para 37%, e, talvez o mais importante, quase 50% das empresas alteraram seus modelos de negócio como resultado de oportunidades surgidas na área da sustentabilidade.
De acordo o Coach e Mentor de pequenas e médias empresas, o empresário Marcus Marques, empresas que se tornam ou que já são sustentáveis têm como benefícios um clima mais ameno e harmonioso entre todos os colaboradores que dela fazem parte, e, consequentemente, obtêm lucros a partir de práticas verdes implantadas em seu dia a dia organizacional. São dele as dicas que veremos a seguir: 52
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VAMOS À PRÁTICA! 1. Nada de copos descartáveis Empresas sustentáveis incentivam seus colaboradores a eliminarem o uso de copos ou qualquer tipo de material descartável, pois quanto mais eles são utilizados, mais lixo eles geram. Sendo assim, cabe a você, enquanto empreendedor, suspender a compra destes e fazer campanhas que incentivem o seu grupo a usar canecas ou copos laváveis. “Em meu empreendimento, por exemplo, implantei o uso de squeezes, aquelas garrafinhas personalizadas, para que todos possam ajudar a construir uma empresa mais sustentável do ponto de vista ecológico, financeiro e humano”, explicou Marcus Marques. 2. Economize papel, água e energia Fazer campanhas de economia de papel, água e energia no ambiente de trabalho é fundamental para que seus colaboradores adotem esta prática no dia a dia. Lembre-os de sempre pensarem duas vezes antes de fazerem uma impressão, de fecharem a torneira quando não estiverem usando a água e de desligarem as luzes e os equipamentos todos os dias ao final do expediente. 3. Invista na reciclagem Se não vai mais utilizar, encontre uma maneira de reciclar os materiais que antes seriam descartados. Os papéis que foram utilizados para impressão e não servem mais, podem virar folhas de rascunho ou pequenos blocos de anotação. Além disso, você pode espalhar lixeiras pela empresa, para facilitar a separação do lixo orgânico do lixo reciclável.
4. Utilize equipamentos econômicos Ar condicionado, geladeira, impressora, computadores, entre outros equipamentos, podem ajudá-lo a economizar energia e suprimentos e também a tornar a sua empresa ainda mais sustentável. Neste sentido, opte por aparelhos mais novos e que estejam dentro dos padrões de classificação de consumo sustentável de energia. 5. Incentive o uso de transportes alternativos Nem sempre é vantajoso sair de casa e ir trabalhar utilizando o carro próprio, principalmente em grandes metrópoles, onde o trânsito costuma ser um dos maiores causadores de estresse e poluição. Por isso, incentive seus colaboradores a utilizarem o transporte coletivo ou a irem trabalhar de bicicleta, caso seja possível. Outra medida interessante é estimular as caronas solidárias. 6. Invista em treinamentos sobre sustentabilidade Promova treinamentos sobre sustentabilidade para todas as suas equipes de trabalho, mostrando a elas a importância de adotar práticas sustentáveis, não só no ambiente empresarial, mas também em casa e nas ruas das cidades onde cada um reside.
7. Crie projetos de preservação do meio ambiente Crie, com a ajuda de colaboradores, projetos de preservação do meio ambiente. Esta é uma maneira eficiente de ser ainda mais sustentável e de agregar valor diante de seus clientes e stakeholders (público estratégico). 8. Respeite as leis ambientais Muitos países têm leis ambientais que precisam ser cumpridas, não só por empresas, mas também pela sociedade como um todo. Neste sentido, é primordial conhecer a fundo a lei, como ela funciona, bem como quais são suas obrigações enquanto empresário e empreendedor, para não ferir qualquer uma de suas normas. 9. Não polua A poluição do meio ambiente é uma das formas que mais o degrada, e que impacta diretamente no nosso modo de viver, pois, a partir do momento que uma empresa lança produtos químicos nos rios, por exemplo, ela está poluindo o lugar em que muitos animais vivem e, consequentemente, tira o sustento de muitas famílias, que vivem somente disso. 10. Utilize fontes de energia renováveis Nos processos de produção da sua empresa, verifique a possibilidade de utilizar fontes de energia renovável, como energia solar, por exemplo, que já é uma realidade em muitas organizações ao redor do mundo, e sua instalação deixou de ter um alto custo para a empresa que adota esta medida. CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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SUSTENTABILIDADE
NATURA DÁ UM SHOW
DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Maior multinacional brasileira de cosméticos é pioneira em produção sustentável e segue inspirando outras empresas. por MARINA BASTOS
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m dos assuntos mais relevantes quando se fala em desenvolvimento é sustentabilidade. Cada vez mais as empresas têm adotado medidas que diminuam os impactos ambientais, atitude que, aliás, já deixou de ser escolha e é praticamente dever, não só das empresas, mas de todos nós. A Natura, multinacional brasileira de cosméticos, percebeu essa necessidade há muito tempo, mais de 30 anos para sermos mais exatos, e de lá pra cá, segue colhendo reconhecimento por suas ações e se consolidando como modelo de responsabilidade socioambiental para outras empresas. Tudo começou em 1983, quando, em uma iniciativa inovadora, a Natura passou a oferecer produtos com opção de refil, cuja massa média é 54% menor que a da embalagem regular. Graças a essa decisão, desde então a empresa deixou de colocar no mercado 2,2 mil toneladas de embalagens.
A Natura usa ingredientes naturais que são abastecidos por 33 comunidades, o que beneficia quase 3 mil famílias
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O cuidado com a quantidade de plástico utilizada nas embalagens é apenas um pedacinho dos feitos da Natura, que garantiram à empresa uma infinidade de prêmios ao redor do mundo. A Natura emprega um modelo de produção sustentável baseado no fornecimento responsável de ingredientes naturais e trabalho com comunidades locais, para incentivar inovação ecológica em todo o ciclo de vida de um produto. A fabricante prioriza materiais reciclados e recicláveis em suas embalagens, como os refis das fragrâncias da linha Ekos Frescores, feitos de 100% PET reciclado pós-consumo, gerando 72% menos emissões de gases do efeito estufa. Quer entender isso em números? Veja o que explicou o gerente de sustentabilidade da Natura, Keyvan Macedo. “Em 2016, evitamos o descarte de 5,18 milhões de garrafas PET no meio ambiente, com o uso de materiais reciclados pós-consumo. Com a reciclagem de embalagens de vidro, evitamos ainda o descarte equivalente a mais de 1,2 milhão de garrafas de 290 ml. Atualmente, 20% das embalagens produzidas pela companhia já são ecoeficientes – ou seja, têm 50% a menos de plástico na sua composição ou mais da metade dos materiais são reciclados pós-consumo ou renováveis.”
Transformação social e ambiental é dever de empresas de todos os setores e tamanhos
PELA NATUREZA, PELAS PESSOAS Fundada em 1969, a Natura é líder no setor de venda direta no Brasil. O que prova que sustentabilidade e crescimento financeiro estão perfeitamente ligados. Algumas das ações da Natura em prol do meio ambiente e de um desenvolvimento socialmente responsável são: a adoção da Tabela ambiental – publicada nos produtos, traz informações sobre o impacto ambiental de cada item; a não realização de testes em animais; a substituição de matérias-primas animal e mineral por vegetal; a substituição do álcool comum pelo orgânico certificado e o Programa Carbono Neutro, com a redução e compensação das emissões calculadas desde a extração da matéria prima até o descarte final pelo consumidor. De acordo com Keyvan Macedo, por meio do Carbono Neutro, que completa uma década em 2017, A Natura se comprometeu a reduzir em 33% suas emissões de gases de efeito estufa, meta cumprida em 2013. “Naquele momento nos comprometemos a reduzir em mais um terço essas emissões até 2020. O programa analisa as emissões ao longo de todo o processo produtivo, que vai da extração das matérias-primas até o descarte das embalagens por parte dos consumidores.” A Natura busca transformar desafios socioambientais em oportunidades de negócio, tendo a biodiversidade brasileira como uma de suas principais alavancas para a inovação. “Essa ação se fortaleceu ainda mais a partir de 2011, com o lançamento do Programa Amazônia. Hoje, estamos centrados em alcançar nosso compromisso de longo prazo, consolidado na Visão de Sustentabilidade 2050, que nos coloca o desafio de gerar impacto positivo financeiro, social, cultural e ambiental, com metas já para 2020. Gostaria ainda de destacar nossa certificação como B Corp, movimento global de empresas que dão o mesmo valor a seus resultados econômicos e socioambientais.”
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Em 1983, a Natura foi pioneira ao lançar refil de produtos cosméticos
PIONEIRA A Natura foi a primeira empresa da América Latina a contabilizar o impacto de seus negócios no meio ambiente, por meio da metodologia internacional EP&L (sigla em inglês para “ganhos e perdas ambientais”). Com base nessa análise, que inclui todas as etapas de vida dos produtos, a empresa se tornou capaz de medir, em reais, o custo causado pelas atividades da empresa, considerando aspectos como o uso de água e a emissão de poluentes no ar. “Fomos pioneiros ao inserir no estudo toda a cadeia de valor, incluindo a etapa de uso dos produtos pelos consumidores”, explicou Keyvan Macedo.
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USO DE MATÉRIA PRIMA NATIVA AJUDA PRESERVAR A FLORESTA AMAZÔNICA A Natura usa em seus produtos ingredientes naturais que são abastecidos por 33 comunidades, o que beneficia quase 3 mil famílias. “Trabalhamos com 65 ingredientes cuja cadeia de produção foi certificada pela UEBT (União para BioComércio Ético), que confirma que eles têm origem e manejo sustentável, o que garante a conservação da nossa biodiversidade e faz com que o fornecimento tenha suporte para que a prática de preços aconteça equilibradamente”, explicou Keyvan. Como exemplo, o gerente de sustentabilidade citou o murumuru, o açaí, a castanha do Brasil, o patauá, a andiroba, o maracujá e o cupuaçu, entre outros. A multinacional trabalha em parceria com essas cooperativas de pequenos produtores (das quais 24 estão na Amazônia), com geração de desenvolvimento e renda para essas famílias. A atuação da empresa com a biodiversidade auxilia na conservação de quase 257 mil hectares de floresta amazônica. “Consideramos que todos os investimentos que fazemos nestas áreas são fundamentais”, afirmou Keyvan. NO CAMINHO DO BEM Conforme explicou Keyvan Macedo, a Natura acredita que as empresas devem gerar impacto positivo (não só não degradar, mas também colaborar para conservação e crescimento de nosso patrimônio natural) e que o crescimento econômico pode estar, justamente, ligado à promoção do bem-estar social e ambiental. “Queremos transformar desafios sociais e ambientais em oportunidades de negócios que gerem impacto positivo para milhões de pessoas no planeta, e isso precisa ser feito por empresas de todos os setores e tamanhos”, disse. “Temos uma série de metas e objetivos de longo prazo consolidados na nossa ‘Visão de Sustentabilidade 2050’, o que significa que a atuação da companhia deve ajudar a tornar o meio ambiente e a sociedade melhores, ultrapassando o atual paradigma de apenas reduzir e suavizar impactos. Acreditamos que temos bastante a avançar nos próximos anos nesse sentido”, completou.
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MARKETING
NEUROMARKETING Entenda sobre essa nova tendência do mercado.
por TARSILLA FERREIRA
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busca por uma gestão qualificada para um resultado de aumento nas relações comerciais e a cultura do empreendedorismo foram incentivadas no Workshop Neuromarketing realizado na capital, com organização da empresa Know How e IBN (Instituto Brasileiro de Neuromarketing e Neuroeconomia).
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Foto: Studio Vollkopf
“Trouxemos de São Paulo o IBN, pois acreditamos no desenvolvimento do nosso Estado por meio da capacitação de nossos empresários e executivos”, explica Filipe Trindade, CEO da Know How. Fazem parte da empresa também Pedro Pereira e Guto Dobes Filho. O principal tema do evento foi Neuromarketing, que é um novo estudo sobre o comportamento do consumidor. É a ciência para identificar diretamente as vontades, impulsos e incentivos de compra que o cliente tem de um determinado produto. Dessa forma, descobrindo uma resposta mais assertiva a partir da reação neurológica do consumidor. Guilherme Ferris, co-fundador do IBN, explica que “um dos principais objetivos das estratégias de marketing atualmente é, sem dúvida, entender melhor seu público-alvo e as variáveis que influenciam suas escolhas.” O evento mostra como a Neurociência Aplicada passou a ser um conhecimento importante para neuromarketing e neuroeconomia. “As pesquisas em Neurociência Aplicada têm como base os estudos relativos aos processos cerebrais e biológicos e como eles se desencadeiam, com a proposta de mensurar essas atividades neurobiológicas quando há exposição a marcas, propagandas e outras estratégias de marketing.” O workshop apresentou painéis abordando os seguintes temas: “As ferramentas e influência da Psicofisiologia para o marketing”, “NeuroBranding: um novo conceito” e “Uso de ferramentas Neurocientíficas para análise de eficácia publicitária”.
Os palestrantes que desenvolveram os conteúdos foram Roberto Nonohay, doutorando em Psicologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Mauro Fusco, diretor de inovação e planificação na Kantar – Millward Brown; e Perla Amabile, pesquisadora em ciências comportamentais e sociais. Ferris ressalta ainda que o Instituto desenvolve suas atividades dentro de duas propostas: como negócio, através de consultorias e eventos; e de forma acadêmica, desenvolvendo artigos e criando novas possibilidades para o tema. A ideia é levar insights originais para todas as áreas de atuação, seja em um projeto com cliente ou em um curso com alunos e professores. A receptividade do público brasileiro em relação ao neuromarketing ainda é restrita. “É algo que vai ser muito mais explorado. Muitas informações vêm sendo veiculadas de forma equivocada e um dos nossos papéis é desmistificar determinadas ideias. Conseguimos minimizar isso com algumas ações, mas há muito o que fazer, principalmente diante de um cenário de oportunidades”, informou. Grandes universidades já aderiram ao tema em suas grades curriculares. A maior parte das multinacionais e grandes empresas também já utiliza essa ferramenta. “É uma questão de tempo até todos entenderem a necessidade do uso do neuromarketing para inovar nessa área”, finalizou Ferris.
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CONHEÇA MAIS SOBRE A ÁREA DE NEUROBRANDING A conexão entre cérebros e marcas pode impulsionar os resultados e valores de um produto.
Durante o Workshop Neuromarketing realizado em Campo Grande, a palestrante Perla Amabile abordou o tema “NeuroBranding: um novo conceito”. Para entender melhor, branding é a gestão de uma marca, que tem a finalidade de valorizar o produto, divulgando positivamente para os consumidores. É um trabalho completo desde a criação até a divulgação. Entrevistamos Perla Amabile, estrategista, com mais de 15 anos de experiência, pesquisadora em ciências comportamentais e sociais. E atualmente é mestranda em Neuroeconomia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O que é neurobranding? Perla Amabile. Neurobranding nada mais é do que a aplicação de conceitos de neurociência dentro das estratégias de construção de marca. Como a gente pode explorar a ciência para construir marcas fortes. Qual a importância da conexão emocional das marcas com clientes? Perla Amabile. Levando em consideração que não se consome funcionalidade, mas a representação que se tem, uma conexão emocional faz com que se consiga construir relacionamento com as marcas. Portanto, a importância recai sobre não depender de necessidade pontual, mas o produto passar a ser a preferência justamente ter um elo emocional com o consumidor. Quais as técnicas usadas para esse novo comportamento de empresa e consumidor? Perla Amabile. Um das técnicas usadas é aplicar as estratégias de marcas de duas formas diferentes. Uma é conhecendo a neurociência, o conceito por trás da mente. E outra, levando em consideração que as pessoas são subjetivas e que eu nunca sei se minhas estratégias estão certas ou não, eu vou testar. Nesse contexto, consigo aplicar isso nas minhas estratégias. As pesquisas neurocientíficas que são realizadas apontam os estímulos de uma marca, avaliando reações cerebrais e sensoriais através de diferentes aparelhos e eu consigo saber qual o tipo de reação que as pessoas têm com determinada comunicação ou significação de marca. Quais etapas do ciclo de negócios são necessárias para que se tenha um resultado positivo? Perla Amabile. Cada tipo de consumidor tem um caminho diferente para chegar até determinado 60
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produto, mas um ciclo básico de negócio passa pela atração e captação de consumidores, é o estágio de sedução e prospecção para a experiência do consumo em si. E a experiência pós-consumo, que é o processo de finalização e fidelização, que posso manter uma aproximação com a minha base de clientes e vou preservá-los, engajados com minha marca, para que façam uma recompra. Qual o desafio a ser vencido com o neurobranding? Perla Amabile. Na verdade, não vou falar em desafio, mas pilares de construção de marca. São três principais C’s amarrados por um grande C. Então é preciso conquistar e conectar com pessoas, ou seja, Conexão é um dos pilares. A conexão emocional, principalmente, e essa conexão emocional parte do princípio de que preciso me importar com o consumidor. Estabelecer Coerência na comunicação e na entrega de valor, uma vez que se constrói uma promessa, cumprir com essa expectativa e de preferência até superá-la. Por último, ter Consistência da entrega dessa promessa em todos os pontos de contato, isto é, qualquer tipo de relação com consumidor tem de ser entregue, uma experiência que sele essa simbologia que construí. E tudo isso através da Comunicação, pensando no maior mix de meio possível com uma frequência boa para que essa comunicação possa ser assimilada na mente das pessoas para se construir uma memória. Ela vem da experiência que as pessoas tiveram com a minha marca, que pode ser pela comunicação ou pelo próprio consumo. O mercado está em constante transformação, assim surgem aberturas de novos caminhos como o neurobranding, conceito recente que tende a ser muito explorado. Esse evento mostrou essa nova tendência para o marketing.
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CULTURA
O DNA DA Descobrimos o que duas campo-grandenses que se destacam na área de produção visual têm em comum: talento que corre nas veias desde pequenas. por CLARISSA DE FARIA
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lice Hellmann e Marina Tonon são duas meninas-mulheres que a cena artística de Campo Grande está acostumada a ver circular pela cidade. São acessíveis, enturmadas e pra lá de criativas. Cheias de talento, detectado ainda pequenas, cada uma na sua alçada e com seu processo criativo que foi sendo aflorado com o tempo. Hoje, ambas buscaram caminhos fora da capital sul-matogrossense, pois Campão ficou pequeno para profissionais que são tarimbadas no que fazem. Alice, que hoje reside em São Paulo, expôs seus quadros grafitados no Museu Carroussel du Louvre e Marina, que há dois anos está em Santa Catarina, acaba de lançar uma marca de camisetas estampadas com seus desenhos. Alice Hellman tem 26 anos e é artista plástica. Aos 6 anos teve seu primeiro contato com a pintura a óleo. A arte, na época, foi a válvula de escape encontrada para lidar com a agressividade. Sobre seu processo criativo, a artista ressalta que ao meditar sobre o tema é seu primeiro passo. “Acendo um incenso e fecho os olhos. Muitas vezes ouço mantras e procuro focar. Nunca sinto que o trabalho esteja bom ou finalizado, mas uma hora eu paro mesmo achando estar incompleto”, diz. Boa parte das suas obras exploram o
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universo feminino e a espiritualidade. “Acredito que essa seja minha marca atual”, frisa. Sobre ter começado a fazer arte com spray em uma capital com ares interioranos, Alice garante: “As pessoas se espantam quando veem, pois não é algo visto com frequência. A própria arte urbana tem um estereótipo marginalizado e a valorização disso aqui em MS é complicado, porém não é de indignar, com o tempo a tendência é
melhorar”, explica. Alice considera a exposição que ela fará em Paris, no Carrousel du Louvre, o maior passo em sua carreira. “Esta oportunidade me foi dada por meio de uma representação internacional de uma galeria finlandesa. E a intenção até o dia da exposição é pintar mais 21 telas para espalhar por outras galerias da Europa”, conta. DESCOBERTA Marina Tonon tem 29 anos e foi profissionalizar o talento na adolescência, quando ela se convenceu de que as pessoas realmente admiravam seus desenhos. “Sempre fui apaixonada por trabalhos manuais, lápis de cor, aulas de artes na escola, copiar os personagens de desenho. Quando vi o retorno das pessoas, resolvi ter como profissão”, conta. O TDH diagnosticado na infância foi a mola propulsora para ela mergulhar no seu talento a aceitar o desenho como forma de ver o mundo de outro jeito. “Decidi me sobrecarregar nos desenhos, nas artes, no que eu fazia de melhor, acabei me especializando e design e me tornei conhecida por ser muito rápida, dar ouvidos à minha criatividade e forma para ela em minutos”, explica. Sobre seu conceito, sua marca, ela garante que estes são fruto do fato dela fazer as pessoas pararem e admirarem seu trabalho. “Examinar as coisas com atenção, tirarem fotos para saberem mais, te analisar com olhar crítico e respeitarem o que estou fazendo. Reconhecimento é as pessoas saberem diferenciar os artistas pelos estilos, com uma análise crítica saudável, pois quando se reconhece, faz-se uma identificação”, ressalta. Há 2 anos em Balneário Camboriú, Marina é diretora de criação e designer gráfica, tatuadora por hobby e lettering artist por amor e profissão, também. Agora se suas atenções estão voltadas para a marca de camisetas que foi lançada recentemente, em Campo Grande, exclusiva com os seus lettering. CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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ESPORTE
BUNGEE JUMPING 64
* Agradecimentos à equipe do Pantanal Radical Paraquedismo e diretoria da Cinco+ que me acompanharam do início ao fim.
Mais um desafio lançado pela Cinco+: me jogar de corpo e alma, de novo, e ir do nada ao tudo. por CLARISSA DE FARIA foto VALENTIN MANIERI/O ESTADO MS
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a edição de junho da Cinco+, a diretoria da revista me deu uma tarefa de tirar o fôlego: saltar de paraquedas, pairar sobre o céu de Campo Grande por alguns minutos depois de uma queda livre de 45 segundos à 7 mil pés do solo. Pois bem, eu, como boa apreciadora de aventuras, não neguei a segunda missão que me foi dada. Dessa vez, saltar de bungee jumping. E, por incrível que pareça, de todas as aventuras até hoje essa era a que, de fato, eu sempre falei que não encararia. Alguns preconceitos me faziam acreditar de que o bungee não era tão seguro quanto parecia ser. Meus preconceitos caíram, literalmente, por terra, ou melhor, de cabeça pra baixo. No dia 30 de agosto, eu estava lá a postos, para mais uma missão. A iniciativa da Pantanal Radical Paraquedismo*, grupo que anualmente promove eventos em prol do combate às drogas, dessa vez aportou toda sua força de equipe e montou uma estrutura aberta ao público entre os dias 10 e 12 de outubro no pátio do Shopping Bosque dos
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Ipês, que também ofereceu balonismo cativo e o salto de paraquedas. A espera pareceu longa, a ansiedade e o receio tomavam conta. Quando comecei a observar a adrenalina que corria nas veias dos meus colegas de salto, antes e depois do salto, percebi que eu poderia me jogar de corpo e alma. E foi o que eu fiz. Em suma, o instrutor me deu todas as instruções quanto aos equipamentos que eu estava fazendo uso. Por meio de um guindaste eu e o instrutor fomos içados em uma espécie de gôndola até a altura de um prédio de 15 andares. Chegou a hora do salto. Meu instrutor deu ok, me sinalizou a posição e ao meu sinal me soltou. A queda livre (esticamento) tem duração de aproximadamente 3 segundos até o repuxo do sistema elástico (que se repete em torno de 4 vezes) até a parada total. Lá de cima, no vai e volta da corda, a sensação e as emoções me remetem à vida, a todo momento.
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DESIGN WEEKEND
Foto: Studio Vollkopf
DECORAÇÃO
Lançamentos do maior festival urbano da América Latina.
DAIANA CAPUCI
por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN
Design de Interiores Studio It Decor daiana@itdecor.com.br
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efinido como um festival urbano direcionado a promover a junção do design e sua conexão com outras áreas que englobam Arquitetura e design de interiores, o DW – Design Weekend – aconteceu entre os dias 09 e13 de agosto, em São Paulo. Com diversos eventos independentes, que buscam apresentar novas soluções, como a High Design – Home & Office Expo, muitos itens se destacaram pela variedade deste festival. Nesse meio, a empresa Mekal lançou o seu produto Workstation, voltado para um sistema funcional aplicado em bancadas de cozinha. Desse modo, assinada por designers como Giorgio Bonaguro, a peça proporcionou uma experiência a partir desta cozinha futurista. No entanto, não foi só esta peça que ganhou destaque no DW: outra empresa com potencial também foi para degustar do prestígio dos visitantes. Conhecida por seus processos criativos, a Líder Interiores renova cada vez mais o design por meio de mesas e cadeiras diversas. Tal fato é completamente verificado na exposição da cadeira Tira, assinada pela Latoog design e baseada no tema: ‘’Os caminhos percorridos pelo Design contemporâneo brasileiro.’’
Poltrona SHELL por Studio BOLA.
Móveis externos assinados por Sérgio Matos.
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Peças e luminárias inovadoras da Holaria.
Tapetes by Kamy.
Ambiente assinado pelo escritório In House na Mostra Modernos e Eternos que aconteceu na design week – DW 2017.
Ambiente assinado pelo escritório Decor Home na Mostra Modernos e Eternos que aconteceu na design week – DW 2017.
Ademais, visto a simultaneidade dos eventos, outra mostra conhecida como Modernos e Eternos também se destacou na exposição. A partir de seus itens contemporâneos e, por trás da mescla do mobiliário com objetos vintage (atuais), há a preocupação com a subjetividade dos ambientes que – por meio destes – trazem a importância da consciência ambiental ao reutilizar e reciclar elementos do decor. Assim, atrai-se um público que visa tanto esta consciência quanto o conteúdo cultural e informativo que circunda a arte. E que arte! Encontrada também na segunda edição da citada High Design – Home and Office Expo 2017. Baseando-se em tendências e mobiliários de alto padrão, foi lançada a poltrona Shell pelo Estúdio Bola, podendo ser encomendada nos materiais couro e veludo. Já pensando no campo da rusticidade, a linha de luminárias Felícia – assinada pelos Irmãos Campana, conquistou o coração dos visitantes (deslumbrados com suas formas geométricas bordadas à mão). Concomitantemente e, ainda sobre iluminação, a empresa Holaria investiu completamente na exposição de infinitos modelos e formas que caracterizam desde objetos de decoração até luminárias. E assim se finaliza mais uma comemoração do design com grande estilo e admiração por todos aqueles que acompanharam o evento, fosse de perto ou de longe. CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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DECORAÇÃO
VAMOS FALAR SOBRE
DE SiG N
por HENRIQUE ATTILIO foto WILSON JR. FOTOGRAFIA
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m bate papo incrível com o designer Hugo Costa Gripa, que há pouco mais de 6 meses está em Campo Grande, onde leciona e presta consultoria em Design, abordando o Comportamento e o consumo do cliente. Morador do Rio de Janeiro, com vasta experiência em mobiliário e pesquisa de comportamento de consumo. Com um tom de voz suave e muita segurança no que diz, Hugo nos concedeu uma entrevista e palestrou para um grupo de designers campo-grandenses na Portobello Shop. O evento fez a diferença e marca mais uma ação da ABD na busca de profissionalizar cada vez mais o mercado de design na Capital.
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Em relação ao comportamento, hoje sabemos que o consumidor pesquisa e estuda o produto/ serviço antes da compra. Como isso alterou a forma do consumo no design? Hugo Costa Gripa. Temos um cliente muito mais empoderado, com mais ferramentas que ajudam a decidir o que ele vai consumir. As dinâmicas mudaram em relação aos modelos de negócios e os profissionais das empresas, mas também toda essa nova dinâmica e essas novas ferramentas, funcionam como fonte de pesquisa para os designers trabalharem. Eles podem acessar as referências para implementar nos projetos de interior. É a transformação do consumo usando as ferramentas a favor dele, e não contra. Quem é o consumidor de design hoje? Hugo Costa Gripa. Hoje, no mundo, todo mundo, qualquer pessoa, pode consumir design. A produção industrial entendeu que a competição só por preço é prejudicial ao sistema como um todo. O design é uma ferramenta de diferenciação muito importante. Então você pode ter projeto de designer para qualquer público. Hoje em dia todos podem consumir qualquer coisa, a gente não pode mais falar de perfil A ou B de cliente, e sim de comportamento de consumo. Eu posso consumir um móvel muito caro hoje, mas ontem eu comprei uma coisa mais simples porque a minha necessidade era outra. Hoje todo mundo consome designer. Saímos da era da produção em massa dos anos 90, e entramos na era da produção por diferenciação de produto e hoje estamos na era do consumo por experiência. Consumimos um prazer e não apenas o produto ou necessidade.
Os profissionais estão se capacitando nesse novo comportamento de consumo dos clientes. Alguns estão à frente, enquanto outros no início do processo. Mas a capacitação tem de ser feita. “A expansão do eu” na casa ou empresa, como o profissional de design atua junto ao consumidor? Hugo Costa Gripa. O design atua como grande tradutor de desejo, ele é o grande intérprete do cliente para materializar o bem-estar dentro da casa ou do escritório. O cliente não sabe como as coisas são produzidas, como são construídas, nós designers é que sabemos e temos o papel de materializar os sonhos. O consumidor empoderado, cada vez mais, ele sabe e conhece as soluções e os materiais. Os profissionais, as fontes, as informações estão acessíveis para todo mundo e o designer tem que ser o administrador de toda essa informação e explicar ao cliente o que é melhor e fica mais bacana e solucionado e não apenas o que ele pesquisou. O profissional empoderado de informações e técnicas está qualificado para direcionar o cliente. Nem tudo que o cliente gosta é funcional para ele. O profissional de design precisa saber explicar e colocar em prática. Soluções inovadoras, podemos chamar de sustentável? Hoje muitas empresas têm essa preocupação na confecção do seu mobiliário, como funciona o design sustentável? O consumidor tem essa preocupação? Paga-se mais caro pelo sustentável? Hugo Costa Gripa. Sustentável e tecnológico, que traga qualidade de vida para o cliente, esse é o nosso trabalho. Acima de sustentável tem que ser tecnológico.
Temos empresas mais maduras, que se dedicam a esse nicho, até por uma questão de legislação. Existem empresas que não fizeram esse dever de casa. Sustentabilidade é um critério default, não pode ser sustentável só em alguns momentos, isso é uma premissa. No Brasil ainda estamos distantes, temos poucos usuários que utilizam a sustentabilidade como fator de decisão de compra, estamos aprendendo. A empresa que tem esse diferencial no mercado, gera valor ao produto, à marca e cria-se uma história da marca, cria-se um móvel inédito. Temos vários designers que se destacam no mundo com seu mobiliário sustentável como Irmãos Campana, Jader Almeida, Marcelo Rosenbaum, Sérgio Mattos, Domingos Tótora. O sustentável não é mais caro, paga-se mais caro pelo produto mal feito. O design thinking mostra todo o processo de trabalho e a importância de projetos com melhor qualidade. Qual a reação do cliente? O profissional de design já está capacitado? Hugo Costa Gripa. Na verdade, é aplicar a técnica de criação de design de interiores e de produtos para criar uma solução em qualquer setor, seja na indústria, na tecnologia, em qualquer processo de criação. O grande diferencial é utilizar essas ferramentas a favor de proporcionar o máximo de soluções inovadoras para o cliente, é surpreender as expectativas. Sempre que o cliente vivencia uma experiência constrangedora isso traumatiza. Quando a gente surpreende, cria uma coisa além do esperado, estamos fidelizando e conquistamos o cliente. Isso é grande diferencial de utilizar o design como ferramenta de inovação
e gerar soluções inéditas. Existe toda uma técnica, uma semiologia humana, não existe apenas o bom gosto, precisa estar embasado em várias técnicas. O novo designer está se capacitando cada vez mais, temos diversas novas ferramentas, a informação corre muito mais rápido. A informação era privilégio de poucos, hoje o cliente sabe de tudo, materiais, serviços e tecnologias. O profissional que fez o dever de casa se destaca. Sobre a lei de regulamentação da profissão de design de interiores. Comente. Hugo Costa Gripa. A regulamentação é o grande divisor de águas. Agora, os profissionais que atuam com esse fim específico têm o direito reconhecido e podem se posicionar com mais segurança para o cliente e o mercado. Antes existia uma confusão, várias pessoas desenvolvendo o design, e hoje temos uma lei que determina isso. Mérito da Daiana Capuci. Qual a importância do design de interiores perante todo esse contexto junto ao consumidor? Hugo Costa Gripa. Estamos falando da nossa casa, do nosso lar, onde construímos nossa família, nosso ambiente de trabalho, onde passamos até 12 horas, e não podemos ter experiência constrangedora em nenhum desses espaços. O design está para todos, mas com cuidado para enfatizar o verdadeiro sentido da palavra design, que é além da forma, além do belo. Existe uma técnica, produção, ergonomia, funcionalidade e comportamento humano. Tudo tem que ser considerado, por isso tem que ser feito por um profissional. O design tem que ser usado sempre. CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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COMPORTAMENTO
UMA MOLDURA PARA A IGNORÂNCIA “Nós não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos” Lacan
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Foto: Studio Vollkopf
EMOS QUE RECONHECER: SOMOS SEM CULTURA E AINDA MUITO CARETAS.
por ARIADNE CANTÚ ESCRITORA ariadne.cantu@gmail.com
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O que a maioria chama de retrocesso, nada mais é do que um choque da realidade que se espelha em cada um de nós. Não adianta disfarçar. Achamos bonito defender a Amazônia, mas não catamos nosso próprio lixo na praia; defendemos direitos humanos, mas queremos bandido morto; somos contra linchamento, mas execramos pessoas nas redes sociais; e somos capazes de ver com complacência a corrupção que mata mais do que qualquer guerra, porque ela não é “violenta” como os bandidos geralmente são. Na arte e na cultura não é diferente. Recentemente, uma obra de arte da artista Alessandra Cunha, que
estava exposta no Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande, teve uma interpretação no mínimo surpreendente. Em tons de amarelo, composto por traços estilizados, o quadro trazia a figura de dois homens nus e de uma criança assustada, com lágrimas vertidas ao fundo. A tela foi levada para a delegacia e apreendida, e o que se seguiu foram debates fervilhantes na mídia e nas redes sociais, os quais assisti num misto de maravilhamento e assombro pela infinita capacidade humana em transmutar realidades. A verdade é que nem as pinturas rupestres, feitas nas paredes das cavernas, têm significado unânime,
mas apreender um quadro sob o pretexto de que seu “significado” incita o crime de pedofilia, é no mínimo surpreendente. A cruzada pela moralidade, capitaneada por três parlamentares, imbuídos da nobre missão de proteger as famílias e as crianças, motivou a ação da polícia, que foi até o museu para apreender o quadro em nome da moral e dos bons costumes. Imagino o que teriam feito à escultura de Davi, de Michelangelo, se o museu do Louvre fosse em território pantaneiro. Seria cômico se não fosse trágico. No Brasil, bandido fica solto e quadro fica preso. Somos uma nação com realidades paradoxais. Não sei detalhes, mas acho que mesmo “inocententado” pelo Ministério Público, que descartou qualquer ilicitude, o quadro segue preso, apesar de ter sido julgado também no tribunal da internet e pelos especialistas do facebook. Um dos jornais que reproduziu a imagem, por certo temendo a fúria da patrulha da moral, trazia um patético círculo amarelo sobre um dos pênis, mais precisamente do maior, a induzir um raciocínio de que pênis grande não pode mostrar, mas pênis pequeno pode. Procurando sentido em tanta insanidade, encontrei a raiz da imoralidade bem no meio daquela obra amarela. Enxerguei centenas de crianças que aguardavam atendimento em postos de saúde, queimando em febre no colo de mães aflitas. Enxerguei o sofrimento e a resignação das mães que seguram uma senha para a cirurgia de um filho. Enxerguei crianças e adolescentes morrendo por falta de remédios e atendimento digno.
Quadro motivo da polêmica. Tire suas conclusões.
Enxerguei crianças sendo deixadas trancadas em casa por mães que precisam trabalhar e não conseguem vaga em creche. Enxerguei crianças maltrapilhas se drogando com cola barata, dormindo sobre papelões embaixo de uma marquise. E, finalmente, enxerguei o dinheiro, capaz de salvar a vida e o
futuro dessas mesmas crianças, escondido em malas dentro de apartamentos inabitados e desviado em milhares de atos de corrupção por onde se enreda uma imensa parcela dos representantes políticos deste País. Enxerguei naquele quadro amarelo, e sem moldura, a cor e a textura da ignorância.
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VINGANÇA PORNOGRÁFICA
Foto: Alexis Prappas
CIDADANIA
POR QUE 81% DAS VÍTIMAS SÃO MULHERES?
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ramita no Senado Federal um projeto para incluir a comunicação no rol de direitos assegurados à mulher pela Lei Maria da Penha e no Código Penal. Isso significa que imagens íntimas divulgadas sem consentimento serão consideradas violência doméstica e familiar. O projeto do deputado federal João Arruda, do Paraná, é uma proposta da ONG Marias da Internet, fundada por Rose Leonel, a jornalista que teve suas imagens íntimas divulgadas para mais de 15 mil contatos de email. Depois de ter prometido destruir a vida dela, o ex-namorado também entregou CDs com as imagens no comércio de Maringá, como retaliação pelo término da relação. Os emails eram enviados como se ela fosse a remetente. Os destinatários incluíam amigos, colegas de trabalho e o chefe. Segundo a ONG Safernet, 81% das vítimas de crimes de divulgação de imagens por vingança são mulheres. A organização reúne cientistas da computação, professores, pesquisadores e bacharéis em Direito para defender e promover os Direitos Humanos na internet. É uma luta sem fim, porque apesar do Marco Civil da Internet, os aplicativos e redes sociais estão cada vez mais difíceis de serem controlados, até porque se esbarra no direito da privacidade da
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por ANDRÉ SALINEIRO
pessoa para usar um App como o WhatsApp, por exemplo. O Facebook recebe, avalia denúncias e toma providências para excluir conteúdo impróprio, mas como controlar o compartilhamento de fotos e vídeos no Whats? É aí que entra a participação cidadã. O cidadão é aquele que goza dos direitos civis e políticos de um Estado. Não é pedir muito que ele também zele pelos direitos dos outros. Vamos andar em círculos se mobilizarmos operadores do direito, legisladores e vítimas engajadas na causa, mas os homens não tiverem consciência da dimensão de seus atos, tanto no cotidiano, quanto na internet e mais, se não se posicionarem publicamente contra o uso indevido da imagem da mulher, se não falarem que são contra o machismo, se não barrarem um conteúdo pornográfico em seu computador ou smartphone e ainda darem uma resposta negativa. Sem essa postura, vamos continuar nos 81%.
Policial Federal, escritor e Vereador por Campo Grande. andresalineiro@hotmail.com
Missão Excelência no atendimento ao cliente
Visão Permanecer no mercado com solidez, confiabilidade e ser referência na prestação de serviços contábeis.
Valores Ética, transparência, pontualidade, qualificação técnica, competência.
Sua empresa precisa se sentir segura, quando o assunto for Assessoria e Consultoria Contábil. Para isso você pode contar com a WS Organização Contábil. Uma empresa com credibilidade no mercado, profissionais atuando há 20 anos, trabalhando com seriedade, honestidade e determinação. Venha conhecer nossa excelência em atendimento. Uma equipe de profissionais estará sempre pronta a atender e satisfazer toda a necessidade de sua empresa. Rua Antônio Maria Coelho, 363 - Centro Campo Grande-MS - Cep: 79009-380
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DIÁLOGO ABERTO
A REVOLUÇÃO DOS RESTAURANTES por OGG IBRAHIM Jornalista apresentador do MS Record, e dos programas Diálogo Aberto e Noticidade.
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ocê já imaginou escolher a casa de um desconhecido para jantar? Ou, como anfitrião, já pensou em oferecer a sua casa e seus dotes culinários a convidados que você nunca viu na vida, podendo ainda cobrar pelo jantar? Pois é, isso já aconteceu mais de 12 mil vezes em todo o Planeta através de um serviço criado em Campo Grande e que está ganhando o mundo. O Dinneer está revolucionando o hábito de sair para comer fora, assim como o Uber mudou a forma de transporte individual e o Airbnb está provocando uma revolução no setor de hospedagem. E a ideia saiu da cabeça de um campo-grandense que nunca se formou em qualquer faculdade, mas já criou outras dezenas de startups, algumas de sucesso. O empresário Flávio Estevam, um dos entrevistados do Programa Diálogo Aberto (exibido pela TV MS Record – www.youtube.com/oggibrahim1), que batiza também esta coluna, viu a oportunidade numa foto do Instagram. Era de uma pessoa desconhecida que recebeu centenas de comentários e curtidas na imagem de um jantar que ele fez para amigos. Muitos seguidores confessavam o desejo de querer provar determinado prato servido no encontro, tamanha era a provocação da foto. Isso despertou no Flávio: “Por que não ajudar as pessoas a realizarem o desejo de provar jantares que jamais tiveram a oportunidade de experimentar?”
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Assim, foi criado o dinneer.com (assim mesmo, com dois “e”), um site em que você escolhe entre dezenas de cardápios oferecidos por pessoas comuns, em várias partes do mundo, paga pelo jantar online, escolhe a data e desfruta de uma experiência única – a de jantar na casa de um desconhecido que vai fazer de tudo para agradá-lo da melhor forma. Uma oportunidade inusitada de provar boa culinária e fazer novos amigos. Mas há quem prefira se cadastrar para ser chef de cozinha e encantar estranhos com seus dotes culinários. Cobrando por isso, claro. Os preços, em alguns casos, saem mais caros porque não se trata de um serviço de restaurante comum. Mas os clientes podem se surpreender com alguns detalhes, como, por exemplo, um jantar numa cobertura de frente para o mar, no Rio de Janeiro, ou numa praça em Roma. Para quem é adepto também há anfitriões que recebem na base do “naturismo”, ou seja, todos à mesa como vieram ao mundo, peladões! O Dinneer já se esparramou por mais de 400 cidades em 40 países e tem cerca de 3 mil anfitriões. E a tendência é de crescer ainda mais. O site cobra 20% de comissão do valor do jantar – 10% do anfitrião e 10% dos convidados – mas Estevam não pretende ficar rico com a ideia. Para ele o sucesso do negócio está em ver a satisfação das pessoas que gostaram do que os encontros oferecem. “Assim como o Uber, o Airbnb e outros serviços que são imensas empresas que não tem um único imóvel ou veículo, o Dinneer será a maior rede de restaurantes sem ser dono de qualquer estabelecimento. Esta é a essência dos negócios online”, vislumbra o empresário que ainda não teve o estalo da próxima “sacada”. Assim como ele criou outro grande sucesso online, o namorofake.com.br – um site em que você pode ter namorados(as) de aluguel. Diz o empreendedor que as ideias surgem quando você menos espera. “Por enquanto estou fiel ao Dinneer”, brinca!
Flávio Estevam, criador do Dinneer.com, Ogg Ibrahim e a jornalista convidada do programa, Ellen Gennaro.
O Programa Diálogo Aberto é apresentado pelo Jornalista Ogg Ibrahim aos sábados, às 11h30, na TVMS Record (com reprise aos domingos às 09h30).
HOMEM QOD
COMO TER UMA BARBA MAIS SAUDÁVEL por ASSESSORIA
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á alguns anos a barba voltou a ser sinônimo de masculinidade e charme. No entanto, manter os fios saudáveis e bonitos nem sempre é uma tarefa fácil. Para muitos homens não basta deixar os pelos crescerem, é necessário também uma ajuda extra. Por questões genéticas, hormonais ou psicológicas, os fios da barba demoram a crescer ou nascem falhados, fazendo com que seja preciso um tratamento que os fortaleça. No mercado atual existem muitos tônicos e loções fortalecedoras que ajudam a garantir que os pelos cresçam saudáveis e bonitos. No entanto, é fundamental consultar um médico antes de começar qualquer tratamento, mesmo que seja cosmético. Pensando nisso, a QOD Barber Shop desenvolveu uma Loção Fortalecedora da Barba que auxilia no crescimento saudável dos fios. Enriquecida com o exclusivo complexo Custom System, ajuda a regenerar a pele e a repor os sais minerais perdidos ao longo do dia. Além disso, contém extratos de Alcaçuz, Chicória e Pantenol, que controlam a secreção sebácea e estimulam o espessamento dos fios. COMO USAR A LOÇÃO FORTALECEDORA PARA BARBA DA QOD BARBER SHOP Aplique o produto sobre a região da barba, espalhando com movimentos circulares até a secagem completa.
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RETRATOS...CASAMENTOS...
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STUDIO
PHOTOGRAPHY RICARDO VALÊNCIO
AGENDE SEU HORÁRIO Whats 11-98148 8034 RUA JOSÉ ANTÔNIO, 980 CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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GASTRONOMIA
EXPOCEVICHE INTERNACIONAL CHEGA À SUA 6ª EDIÇÃO COM GRANDES PARTICIPAÇÕES O evento proporcionou experiência única aos visitantes. por TARSILLA FERREIRA
EDU REJALA Cocina de Frontera Chef, consultor e professor, Edu é um entusiasta dos sabores e colunista da Cinco+. edurejala@hotmail.com
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Expoceviche Internacional é um evento cultural-gastronômico que acontece desde 2012 em São Paulo e apresenta o prato principal da cozinha peruana, o Ceviche, como um instrumento para oferecer ao participante uma experiência inesquecível. Nessa 6ª edição, que aconteceu em setembro, a novidade foi a interação de chef’s peruanos com chef’s brasileiros, e de outros países também, que apresentaram suas versões de ceviche e derivados. Edu Rejala, que desde 2014 vai ao evento apenas como visitante, dessa vez aceitou o convite do chef e criador da Expoceviche, Oscar Vazques, para apresentar três opções de ceviche: o clássico peruano, da casa e miraflores. Todos do restaurante Nazca. A feira ganhou mais espaço nessa edição, acontecendo no Memorial da América Latina. A festa começou às 12h e foi até às 20h e contou com a presença de 4 mil visitantes. Foram 26 barracas, sendo que quatro vieram do Peru especialmente para Expoceviche. A paixão pela gastronomia e cultura de seu país, levou o chef peruano Oscar Vazques a criar a Expoceviche. “Na época, pensamos no evento porque o Brasil não conhecia muito o ceviche, nem a culinária peruana. Na feira, as pessoas podem experimentar e desfrutar os sabores, as sensações e as emoções dessa cultura. E a cada ano o evento só cresce.” De acordo com Edu Rejala, “os cozinheiros peruanos são extremamente profissionais e educados. Estávamos todos ali pelo mesmo objetivo, de servir e encantar o público. Tinha gente do mundo todo, muitos turistas”, contou. Outra novidade da Expoceviche foi a participação de Dj’s de música latina. Ives Berger, da produtora El Guía Latino, se associou ao chef Oscar, e apresentou grandes shows com ritmos latinos, além de aulas de Reggaeton com professor de dança especialista, para os visitantes mais animados.
CULTURA
Ceramista cria peças únicas misturando técnicas e referências orientais e ocidentais.
por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN fotos WILSON JR. FOTOGRAFIA
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erra, água, fogo e ar. Os quatro elementos da natureza estão presentes no trabalho da artista Alexandra Camillo, paulista, de São José do Rio Preto, que adotou Campo Grande há 38 anos. Graduada em Artes Visuais pela UFMS, e pós-graduada em História Regional pela mesma instituição, Alexandra conta que se apaixonou pela cerâmica desde cedo. “É aquela coisa do tato mesmo, do gosto pela tridimensionalidade, sem contar a diversidade de produtos possíveis de confecção.” Para a artista, a argila tem um respaldo da infância, do lúdico. “Fui criada mexendo no barro, brincando na natureza, e isso influenciou muito a minha arte. Toda ela tem referências da natureza”. Em várias de suas obras, Alexandra mistura texturas inspiradas neste contexto, utilizando folhas, sementes e raízes. Como pesquisadora e estudiosa da arte da cerâmica, Alexandra cita a artista japonesa Shoko Suzuki como uma de suas principais influências na rusticidade e cores da terra, e o artista americano Peter Beasecker na contemporaneidade das linhas limpas e modernas. Admiradora da linha contemporânea, é por este caminho que ela cria artigos decorativos, como aromatizadores, suportes e vasos para pequenas plantas, e utilitários, entre xícaras, bules, moringas e travessas. As peças
demoram de 15 a 120 dias para serem finalizadas e dependem de um processo de muito cuidado e técnica. “Para trabalhar com a cerâmica, não pode ter pressa”. E tudo é pensado para proporcionar uma experiência ímpar, tanto na apresentação e funcionalidade, no caso dos utilitários, quanto na apreciação e interação com o objeto, quando se fala em decoração. Alexandra está sempre atrás de conhecimento, participando de workshops no Brasil, Chile e Argentina, além de congressos e eventos que aprimoram suas técnicas. Já esteve na China, a convite da organização, em um Simpósio que reuniu ceramistas de todo o mundo para duas semanas de troca de experiências. “Além do Oriente ser o berço da cerâmica, é um povo que gosta muito de ensinar”. Em seu ateliê, Alexandra também ministra aulas de modelagem, torno e esmaltação. Quanto ao mercado, a ceramista e empresária atende clientes em Mato Grosso do Sul e em todo o País, desenvolvendo peças personalizadas para restaurantes, sanduicherias, cafés e hotéis. Em Campo Grande, o restaurante Nazca, do chef Edu Rejala, colunista da revista Cinco+, possui toda a coleção de utilitários assinada por Alexandra. Junto ao chef, a artista desenvolveu as peças com inspiração peruana que fazem tanto sucesso entre os clientes.
SERVIÇO O ateliê de Alexandra Camillo fica na Rua Monte Belo, 120, em Campo Grande. O local fica aberto de segunda a sexta, das 13h30 às 17h30, para atendimento e venda de peças. Para mais informações e horários das aulas, também ministradas no local, ligar no 67 3306-3173 ou escrever para ateliealexandracamillo@gmail.com
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NEGÓCIOS
AMBROSIA GOURMET VEM AÍ. E VAI SER UMA DELÍCIA Projeto pioneiro vai evidenciar a gastronomia regional e mostrar o que é tendência no segmento. por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN • foto WILSON JR. FOTOGRAFIA
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ato Grosso do Sul está prestes a ganhar um produto diferenciado, especializado e delicioso. A revista Ambrosia Gourmet – Gastronomia e Afins, em breve no mercado, será a primeira publicação a dedicar suas páginas ao universo gastronômico. A idealizadora do projeto, Fernanda Nascimento Prochmann, teve a ideia ao perceber o crescimento da gastronomia não apenas no Estado, mas em todo o País. “Quando chegamos em outra cidade, qual a primeira coisa que fazemos? Certamente, procurar algo típico e gostoso para degustar. A gastronomia impulsiona a economia em níveis gigantescos, porque mexe com o turismo, hotelaria, serviços. Hoje tem muita gente que viaja só para fazer turismo gastronômico”, ressalta a jornalista que tem vasta experiência no mercado de revistas e atua há mais de 20 anos na área da comunicação. Para completar a equipe, Fernanda convidou os amigos Henrique Attilio, jornalista e publicitário, o administrador Luiz Pereira, ambos diretores da revista Cinco +, e o jornalista e empresário Rúbio Sérgio, que por mais de 15 anos foi empresário do setor da alimentação fora do lar e do entretenimento, e ainda atuou como presidente da Abrasel/MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul) durante cinco anos.
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“Apesar de sinais indicarem mudanças na forma de se comunicar, o setor da alimentação fora do lar em Mato Grosso do Sul precisa de uma literatura leve, dinâmica e que seja específica para este setor. A revista Ambrosia, que também terá sua versão online e estará nas redes sociais, vem para contribuir ainda mais na diversificada gastronomia do Estado e do país”, assegura Rúbio. Com a parceria, a Ambrosia Gourmet será mais um produto da Attilio Pereira Ltda, responsável também pela Cinco+. “Fazer parte do projeto da primeira revista de gastronomia do Estado é, no mínimo, uma honra. Trabalho com revista há dez anos, é um novo desafio, um desafio delicioso que vem pela frente. Estamos muito animados. Não tinha um melhor momento para aparecer um veículo sobre o tema”, afirma Henrique. A jornalista, e agora empresária, ressalta a relevância do material. “A revista Ambrosia Gourmet será um canal de comunicação importantíssimo para o empresariado do setor, já que teremos informações sobre gestão de bares e restaurantes, tendências e novidades de mercado, uma agenda de cursos direcionados, além de dicas de vinhos, cervejas e reportagens evidenciando a gastronomia regional. Teremos um conteúdo qualificado e que vai, certamente, ser uma delícia”, finaliza Fernanda.
CIDADANIA
ORDEM DEMOLAY
REALIZA O XXIV CONGRESSO NACIONAL DO PANTANAL
Sergio Luiz Gonçalves
Evento vai homenagear Alberto Mansur, maçom que trouxe a Ordem DeMolay para o Brasil. por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN • fotos STUDIO VOLLKOPF
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aseada no tripé – Liberdade, Igualdade, Fraternidade, a Maçonaria sustenta, em pleno século XXI, seus valores seculares, considerados primordiais para o aperfeiçoamento do ser humano. Tida como uma sociedade secreta nos primórdios, hoje a Maçonaria agrega aqueles ditos preparados para fazer a diferença no dia a dia. Estamos falando de ajudar o próximo, filantropia e sustentabilidade, todos ensinamentos que permeiam a doutrina maçônica. O termo maçonaria é de origem francesa e significa construção. Os maçons estruturam-se e reúnem-se em células autônomas, designadas por oficinas ou lojas. A Maçonaria na busca pelo aperfeiçoamento humano oferece aos jovens ensinamentos através da Ordem DeMolay, que dá origem aos Capítulos. Em Campo Grande, são quatro Capítulos que agregam, em média, 200 meninos entre 12 e 21 anos. O Capítulo Dois de Abril N.390 será o Capítulo sede do XXIV Congresso Nacional da Ordem DeMolay Pantanal, evento que acontece nos dias 17 e 18 de novembro, no Hotel Deville Prime, em Campo Grande, onde estão sendo esperados 700 congressistas de todo o País. A Ordem DeMolay possui como fundamento sete luzes, simbolizando as sete virtudes cardeais de um DeMolay, que guiam seus caminhos durante a vida. São eles: amor filial, reverência pelas coisas sagradas, cortesia, companheirismo, fidelidade, pureza e patriotismo. O Capítulo Dois de Abril é o único no Estado patrocinado por uma potência maçônica, o Grande Oriente do Brasil/MS. Segundo o Grande Mestre Nacional 2013/2014 do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, Sergio
Victor Hugo
Luiz Gonçalves, a turma é destaque nacional por conta da filantropia. Em 2016, com uma campanha de doação de sangue, arrecadou mais de 800 bolsas de sangue em uma semana, além de várias outras ações como doação de kits de escovação, cadeira de rodas, e apoio a famílias carentes. O Capítulo também foi responsável pela criação do Bosque DeMolay, no Parque das Nações Indígenas. Com o apoio do Sebrae, Fecomércio e Governo do Estado, o Congresso vai homenagear o maçon Alberto Mansur, homem com mais de 60 anos de maçonaria, responsável por trazer, em 1980, a Ordem DeMolay para o Brasil. Na ocasião, parte de suas cinzas será colocada em um memorial. O objetivo do evento é promover o debate sobre a Ordem e discutir pontos de uma possível reestruturação. Ainda serão eleitos o Grande Mestre Nacional (Liderança adulta) e o Mestre Conselheiro Nacional (Liderança juvenil). A palestra magna será proferida pelo empresário e consultor de negócios Allan Costa, com vasta experiência em empreendedorismo. “Queremos dizer aos jovens que empreender é possível e necessário”, afirma Sergio Luiz Gonçalves. Durante a abertura do Congresso, haverá o lançamento do selo comemorativo dos Correios alusivo à Maçonaria e as apresentações da Orquestra de Rio Verde e do judoca Max Trombini, que inspirou o filme “A Grande Vitória”. Também está programado o plantio de árvores e o Banco de Cadeiras de Rodas. Ao longo dos dois dias de Congresso, os demolays receberão capacitações para lideranças, voltadas para o dia a dia dos Capítulos. No Brasil, existem aproximadamente 150 mil maçons e 4.700 lojas.
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GASTRONOMIA
RESTAURANTE MADERO
CONVIDA ALUNOS DA ASSOCIAÇÃO JULIANO VARELA PARA COMEMORAR ANIVERSÁRIO DA CIDADE por EVELISE COUTO
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rede de restaurantes Madero realizou um almoço especial para comemorar os 118 anos de Campo Grande e os dois anos de operação da rede Madero na Cidade. Para a comemoração, foram convidados 32 alunos entre 18 e 40 anos, assistidos pela Associação Juliano Varela. A instituição atende hoje mais de 200 alunos com síndrome de Down ou deficiência intelectual, entre bebês, crianças, jovens e adultos. Os convidados fazem parte do programa de inserção no mercado de trabalho e trabalham em diversas empresas e instituições e empresas em Campo Grande, como Assembleia Legislativa, Sanesul, Pax Real, a loja de departamentos Riachuelo, entre outros. Para Malu Fernandes, diretora da Associação Juliano
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Varela, a iniciativa celebra a dedicação de uma equipe que trabalha para a inclusão das pessoas com deficiência intelectual. “É um momento fantástico! Temos mais de 30 jovens e adultos incluídos no mercado de trabalho. Uma inclusão que foi construída com muito esforço e realidade. Hoje eles não estão mais no mercado apenas como trabalhadores braçais, como antigamente, mas provaram que são capazes também de trabalhar na área administrativa, por exemplo. Essa é uma grande vitória para todos nós. Esse evento vem para celebrar e fazer com que eles acreditem que vale a pena superar os seus limites a cada dia”, afirma. A comemoração faz parte da agenda social do Madero, que, além desta iniciativa, tem como meta arrecadar R$ 1 milhão para entidades beneficentes de todo o País.
Para isso, o Madero apoia diversos projetos sociais, realiza campanhas e eventos beneficentes a cada inauguração de um novo restaurante, com renda integralmente revertida para instituições carentes. “Nosso objetivo é fazer o bem cada vez mais, fazer a nossa parte. Queremos de alguma forma agradecer a cidade que tão bem nos recebeu nesses dois anos, representadas aqui por esses alunos da Associação”, explica Leandro Lorca, diretor de Marketing do Madero. Para o chef e presidente do Madero Junior Durski, a ideia é que o evento fosse um momento ímpar de celebração não só pelos 118 anos de Campo Grande, mas também para comemorar o sucesso do trabalho da instituição, escolhida por formar indivíduos atuantes no mercado e que sejam peças importantes na construção de um dia a dia melhor. “Acreditamos que tenha sido um evento inesquecível para elas e para nós, proporcionando um momento diferente de tudo o que já viveram. O Madero acredita em um futuro melhor e também que o trabalho de instituições como essa é fundamental para esta caminhada”, afirma. O almoço especial contou com um menu preparado especialmente para os alunos, que provaram o cheeseburger, o carro-chefe da rede Madero. Além deles, funcionários da Associação acompanharam a ação.
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CULTURA
A LITERATURA
COMO REMÉDIO T
rabalho em uma livraria e tenho a oportunidade de conhecer pessoas, de trocar ideias e, às vezes, de somente ouvi-las. As demandas são as mais variadas possíveis, desde o cliente que já chega com o pedido pronto: “você tem Cem anos de solidão, do Gabriel Garcia Márquez?”, até aquele que não sabe o título do livro, nem o autor, quanto menos a editora, mas ouviu falar que é muito bom. O primeiro (salvo se não tiver o título desejado) vem, compra e vai embora feliz da vida com seu livro embaixo do braço. O segundo é preciso um pouco de paciência e dedicação para ajudarmos a descobrir o misterioso livro sem título, autor e editora, mas sabemos que existe (a vizinha viu num programa de tv e indicou embora ainda não tenha lido). Seja qual for a situação, observo que o livro ocupa um lugar importante na vida das pessoas, uma espécie de companhia ou até mesmo de um recurso terapêutico. Entendo a função polivalente do livro ao ouvir as seguintes demandas do cliente: “vou fazer uma cirurgia e quero um livro que me
relaxe, pode ser um romance água com açúcar”, ou então “minha amiga perdeu a mãe e quero dar um livro que acolha a sua dor”, ou até “estou grávida do primeiro filho, qual livro você recomenda para uma mãe de primeira viagem?” Contudo, o nosso ritmo acelerado e na ânsia em consumir um pouco de tudo, às vezes corremos o risco de ficar famintos. Pra você, que diz não ter tempo para ler ou ainda não descobriu os benefícios da literatura, segue a prescrição de Dante Gallian, autor do livro A literatura como remédio: “Ao leitor extremamente apressado e ocupado, se ainda te interessar a cura para os males de nossos tempos desnorteados, deixo aqui a prescrição: desocupa-te, despreocupa-te e, sem pressa, desfruta do substancioso remédio da literatura... Não te prometo a cura, mas garanto que, pelo menos, te sentirás cuidado e aliviado de tua pressa, preocupação, e, talvez, da tua solidão. O que não deixa de ser algo bastante importante para a saúde da alma. Não é mesmo?”. Essa coluna é patrocinada pela:
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ASTROLOGIA
PEDRO ALMODÓVAR
O alimento dos enredos – a Lua e seus aspectos.
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amoso por criar controvérsia e polêmica, Pedro Almodóvar já dirigiu 19 filmes, todos com roteiros de sua autoria. As obras de “estilo extravagante, vibrante e dramático tanto do ponto de vista da imagem quanto do conteúdo, da estética marginal vinda das ruas da Movida Madrilenha à importância da mulher em todos os seus filmes, passando pela provocação de quebra de tabus”1, bem como seus principais temas e as tramas nas quais se desenvolvem estão postas em seu mapa natal. É importante dizer que, levando em consideração o contexto do mapa, privilegiei o enfoque em características especificas de planetas e casas nas interpretações. O que significa que o que foi dito sobre as condições de Vênus, por exemplo, não se aplica necessariamente a todas as pessoas que a tiverem no signo citado no mapa. Os signos não funcionam exatamente como parece, mas isso é tema para outro dia.
1 Texto extraído da matéria “10 coisas que você precisa saber sobre Pedro Almodóvar, o cinema e a moda” de Carolina Vasone publicada no portal uol.
por NICOLE ZEGHBI Nicole é de Curitiba. Para acessar outros textos seus visite no Facebook a página Tecidura das Moiras. Agende a leitura de seu mapa astral pelo e-mail zeghbi@gmail.com
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“O amor é algo que absorve vinte e quatro horas, evita que você se concentre em outros assuntos. Isso é o que mais me atrai e o que mais me horroriza.” A LEI DO DESEJO
Os filmes de Pedro Almodóvar têm seus enredos significados pela casa III, que está em Câncer no seu mapa e, portanto, sob a regência da Lua. A Lua está em conjunção com Vênus na casa VII, a das relações amorosas, disputas e dos inimigos declarados, o que significa dizer que emprestam sua natureza para realizar os assuntos dessa casa. A Senhora da Noite está em Escorpião, signo de sua queda. Signo fixo, o que remete à necessidade de permanência e constância, do elemento água que por sua vez é inconstante e incontrolável como as emoções e o desejo. A Lua é aquilo que alimenta, as memórias, o aconchego e o pertencimento, e em Escorpião sua natureza não se realiza já que aqui a fome jamais é saciada. O alimento, sempre insuficiente, é o veneno que exige sempre mais. Esse permanente estado de tensão, de fome, é interpretado como uma má vontade do mundo em relação às necessidades e não como uma condição interna: o Outro, visto como detentor daquilo que é necessário à satisfação, nega alimento, seja ele amor, atenção, sinceridade, cuidado ou qualquer outra coisa dessa ordem – uma traição. A realidade incerta é a certeza de que o pior, a negação dos desejos, de alimento pelo mundo ou pelo do outro acontecerá uma hora ou outra, Vênus, a significadora natural do amor, da beleza, da estética e do desejo, está exilada em Escorpião e tem seus assuntos e sua natureza comprometidos em função dessa debilidade. Assim como a Lua, a Vênus é fria e úmida, o que significa dizer que, por sua qualidade fria, ela não age, apenas absorve suas necessidades, característica reforçada em Escorpião, que também é frio. A permanente tensão escorpiana, provocada pela necessidade de manter a intensidade do desejo de forma permanente, se mistura novamente à ideia de que prover isso é obrigação do outro, do mundo, fazendo da incompletude do desejo e do amor uma impossibilidade imposta pelo Outro. O desejo e o amor são vivenciados de modo a fundir-se ao outro em orgasmo permanente, provocando cobranças, desconfianças, ciúmes e traições (não satisfaz meu desejo mas deve satisfazer o de outra pessoa).
“Na noite passada, minha mãe me mostrou uma foto de quando era jovem, a qual faltava a metade. Eu não quis dizer a ela, mas à minha vida também falta essa mesma coisa.” TUDO SOBRE MINHA MÃE
A Lua, significadora da mãe, e Vênus das mulheres fazem delas personagens de destaque: belicosas, sensuais, dissimuladas e apaixonantes.
“Não há guerra comparável a você.” A FLOR DO MEU SEGREDO
Lua e Vênus têm Marte como dispositor. O pequeno maléfico faz oposição a elas por antíscia, criando reciprocidade na tensão das relações amorosas – pressuposto básico aos filmes de Almodóvar.
“Jovens acreditam que tudo é prazer. Não, você tem que sofrer, e muito.” MULHERES À BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS
Outro ponto a destacar são as motivações do Ascendente em Touro: conforto, beleza e desfrute dos prazeres sensoriais, físicos e materiais. Vênus, sua regente, é quem se encarrega em satisfazê-las, matiza o conceito estético com a intensidade de cores, os prazeres desenfreados do corpo com vícios e a sensorialidade com limites que se ajustam à sua satisfação.
O MECANISMO ASTROLÓGICO As configurações celestes expostas acima retratam bem os enredos dos filmes de Almodóvar: a presença marcante das mulheres, conflitos maternos, sexo, segredo, cores berrantes, mulheres de forte personalidade, traições, abandono, intrigas, vinganças e o passado que sempre volta. Perceber as nuances temáticas da obra de um artista pelo desenho do céu demonstra a amplitude e os diferentes níveis de informações que o mapa natal tem a oferecer. CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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VINHOS
VINHO E SAÚDE O Paradoxo Francês!
Foto: Studio Vollkopf
por PATRÍCIA LEMOS
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m nosso último artigo exaltamos a primorosa bagagem cultural através do enoturismo e enogastronomia em Valtellina, adquirida através desta paixão que é o mundo do vinho, produto que gera não só muito conhecimento, mas principalmente saúde! Nesta edição destacamos alguns benefícios adquiridos através do consumo moderado.
Sommelier e Juíza Internacional Certificada pela UCS - Universidade de Caxias do Sul e FISAR - Federazione Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori patriciagastrosomm@gmail.com
Considerada como a bebida que desenvolveu o maior fascínio em diferentes culturas e épocas, sempre relacionada a grandes momentos!, presente nas mitologias grega, romana, egípcia e, inclusive, na contemporaneidade, considerada ainda como elemento de destaque na liturgia cristã. Suas virtudes terapêuticas chamaram a atenção do mundo em geral e têm sido largamente discutidas em diversos meios nos últimos anos. Vários estudos científicos mostram que o vinho está relacionado à promoção de saúde. Quanto mais se progride neste conhecimento médico-científico, mais se estreita essa relação. Porém, saberiam identificar quando começou esta correlação entre vinho e saúde? Então, vamos à enocuriosidade desta edição! Deu-se após um estudo realizado em 18 países, que ficou conhe90
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cido como “Paradoxo Francês”. Ele comprova que, nos países onde há maior consumo de vinhos por pessoa, os índices de morte por doenças cardio-circulatórias são menores. Isso foi divulgado pela revista The Lancet em 1979 pela responsabilidade do estudioso St. Léger. Entre estes países estudados, a França chamou a atenção por sua base gastronômica gordurosa, devido à manteiga e ao creme de leite contido em suas receitas tradicionais. Os franceses, quando comparados com habitantes de outros países, têm maior fator de risco por doenças do coração, pela ingestão de gorduras saturadas, alto índice de tabagismo e sedentarismo. No
entanto, morrem menos de enfermidades cardíacas. Esse é o Paradoxo Francês! Os pesquisadores estabeleceram essa correlação entre o consumo de vinho e gastronomia de base propensa ao desenvolvimento de doenças do coração. Foi demonstrado que o vinho conseguia neutralizar os efeitos da comida, atuando na prevenção de problemas cardíacos. Além disso, o resultado mostrou que o maior consumo era vinho tinto. A partir desta contradição começa-se a estudar o vinho e a saúde.
Os principais responsáveis pelas propriedades terapêuticas do vinho são os polifenóis, encontrados principalmente na casca e sementes das uvas. O resveratrol é um dos 200 polifenóis encontrados no vinho. Composto fenólico mais importante, apresenta atividade bioquímica, agindo como inibidor da agregação plaquetária e coagulação, ocasionando inclusive ação anti-inflamatória, regulando o metabolismo lipoproteico e agindo como químio preventivo (SAUTTER et al., 2005). Segundo Souza Filho (2014) o resveratrol tem o poder de neutralizar os radicais livres milhares de vezes a mais que a vitamina E. Sua eficácia deve-se a seu efeito antibiótico acentuado e antioxidante, capaz de matar grande número de bactérias e inibir o crescimento de vários vírus. Pesquisas realizadas na Universidade de Milão concluem que o resveratrol pode possuir um efeito protetor do sistema nervoso devido à diminuição do estresse oxidativo de células neuronais (MILOSO et al., 1999). Souza Filho (2014) explana que as pessoas que degustam vinhos moderadamente durante as refeições têm 20% menos câncer de forma geral. De acordo com Rizzon, Zanuz e Manfredini (1996) consumido em dosagens moderadas possui várias vantagens em relação à saúde, prin-
cipalmente no auxílio à ingestão e digestão de alimentos, pois a acidez presente proporciona o aumento da salivação e produção do suco gástrico, exercendo a função diurética. Experimentos recentes têm demonstrado que o vinho é capaz de reduzir as chances de uma infecção pulmonar, sendo mais eficaz que alguns antibióticos modernos (NEWS. MED, 2011). Estimula a produção de colágeno e elastina, substâncias responsáveis pela firmeza da pele. Um dos tratamentos para combater os sinais do envelhecimento é a vinoterapia, realizados com banhos de imersão ou com cosméticos à base de vinho. Esse tratamento previne o surgimento de rugas e linhas de expressão e ajuda a deixar a pele mais hidratada (PRADO et al., 2013). Há uma hipótese admitida que os vinhos gaúchos contêm mais resveratrol em relação aos vinhos de outros países. Este fato está atribuído à alta umidade dos solos da Serra Gaúcha, favorecendo a proliferação de fungos. A relação desta situação de clima e teores de resveratrol se dá ao fato que esta substância é produzida pela planta como forma de defesa contra a ação de fungos, principalmente o
Botrytis Cinérea (LANGCAKE; PRYCE, 1999). Conforme demonstrado através de transcrições textuais de alguns autores, vários benefícios agregados ao vinho podem ser usufruídos através da ingestão de forma apropriada. Não é exagero algum dizer que o vinho é alimento, pois basta consultar livros-textos de nutrição que ele aparece como alimento funcional, e todo restante do mundo também o considera como tal. Vale deixar algumas dicas para quem bebe vinho. Beba somente se não tiver contra indicação, seguindo a conduta da moderação! Tenha sempre um copo de água para hidratação, de preferência acompanhado por uma boa companhia, compondo a perfeita harmonização com o alimento. Mas, principalmente, beba por prazer, para viver melhor e para amar!
“O vinho é uma coisa maravilhosamente apropriada ao homem, tanto na saúde como na doença, se bebido com moderação e na medida exata, conforme a constituição de cada indivíduo.” HIPÓCRATES (460 – 367 A.C) - PAI DA MEDICINA
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VIAJE BEM
NÃO É CARO VIAJAR PARA SUÍÇA E TURQUIA
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Uma viagem do topo dos Alpes Suíços até as cavernas da Capadócia.
por AMANDA SAUEIA HENRIQUE CATHCART RODRIGO COELHO • fotos DIVULGAÇÃO
Estação de esqui em Engelberg.
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a edição passada da revista Cinco+, contamos um pouco sobre a nossa viagem para a Índia com aquela paradinha estratégica em Roma. Nesta edição vamos contar de uma viagem que fizemos para a Suíça e a Turquia 2 anos antes. Nossas viagens sempre começam com a descoberta de uma promoção irresistível de passagens aéreas. E foi exatamente o que aconteceu! Uma companhia aérea estava comemorando uma nova parceria e havia lançado uma promoção de passagens para vários destinos da Europa que durou apenas algumas horas em seu site. As passagens se esgotaram rapidamente, mas, com sorte, conseguimos comprar passagens do Brasil à Suíça pela bagatela de R$763,00! Nós sabíamos que a Suíça é dos países mais caros para se visitar, por isso decidimos que seria mais viável aproveitar para conhecer também outro país que tivesse um custo mais baixo ao invés de passar 10 dias apenas no país dos relógios mais caros do mundo. Encontramos passagens de ida e volta de Zurique a Istambul por aproximadamente R$500,00. A Suíça é um país muito pequeno. Para se ter ideia de seu tamanho, caberia, com folga, o equivalente a “oito Suíças” dentro do estado do Mato Grosso do Sul. Por isso, separamos apenas 3 dias para conhece-la antes de embarcar para a Turquia. Nosso voo para Zurique foi durante o dia, e isso nos possibilitou ver os famosos alpes suíços pela janela do avião. E que vista! Assim que chegamos, para nossa surpresa, descobrimos que haviam festivais de inverno por toda a cidade. No primeiro dia já provamos o raclette – prato típico feito com queijo derretido com batatas ou pão, picles e cebolas em conserva – uma delícia! Também experimentamos o salsichão bovino, o glüwein (vinho quente) e alguns doces suíços. No dia seguinte fomos conhecer Engelberg e Lucerna – duas cidades muito charmosas, que são paradas obrigatórias para quem visita o país. Depois do passeio, retornamos
Voo de balão na Capadócia.
Salsichões suíços vendidos durante o festival de inverno.
a Zurique para jantar e descansar, pois no dia seguinte iríamos até o “topo da Europa”. Na manhã seguinte, após o café, nos dirigimos a região do Oberland Bernês. Nossa primeira parada foi para conhecer a cidade de Interlaken – cidade que tem esse nome por ficar entre dois lagos. Em seguida, partimos para Grindelwald onde pegamos o trem até a estação mais alta da Europa: Jungfraujoch. Lá você encontra um palácio de gelo, uma imensa loja de chocolates, um parque de atividades na neve, um observatório no topo, entre outras atrações. Tudo isso a mais de três mil metros de altitude! Infelizmente, o frio e o vento não ajudaram e, devido à nevasca, conseguimos ficar apenas alguns segundos do lado de fora do observatório. Nossa passagem por esse país maravilhoso foi bastante rápida, mas o suficiente para querermos voltar. Quem sabe na primavera, quando a paisagem é bastante diferente. De volta a Zurique, arrumamos as malas pois no dia seguinte pegaríamos o voo rumo à Turquia. Começamos nossa viagem em Istambul, a maior cidade da Turquia e quarta maior cidade do mundo! A cidade ocupa ambas as margens do Estreito de Bósforo, que separam a Ásia da Europa, fazendo com que ela seja a única cidade do mundo que ocupa dois continentes. O charme da cidade fica a cargo da mistura única de
Apenas alguns segundos do lado de fora do observatório de Jungfraujoch.
Jungfraujoch - o Topo da Europa.
Basílica de Santa Sofia.
Ocidente e Oriente, não só pela localização, mas também pela cultura dos seus habitantes. É fascinante andar pelo centro antigo da cidade e perceber que muitas construções possuem centenas de anos, como é o caso das Muralhas de Constantinopla. Logo na primeira noite nessa cidade espetacular, escolhemos jantar num navio no Estreito de Bósforo. Aproveitamos a noite ao som de músicas e danças turcas. No outro dia fomos conhecer a Mesquita Yeni – uma mesquita otomana de mais de 350 anos – e também fomos comprar alguns doces e temperos no famoso Spice Bazar. Em seguida, pegamos um barco e navegamos pelo Estreito de Bósforo, desta vez para conhece-lo durante o dia. Atravessamos para o lado asiático da cidade, onde paramos para almoçar. À tarde visitamos o Palácio de Dolmabahçe – um enorme palácio de estilo europeu, que serviu de sede do Império Otomano. À noite fomos jantar no restaurante Sultana’s, onde se apresenta diariamente uma das mais famosas dançarinas do ventre: Didem. No nosso terceiro dia em Istambul, aproveitamos para conhecer a famosa Basílica de Santa Sofia, que foi construída pelo Império Bizantino para ser a catedral de Constantinopla. Conhecemos também a Mesquita Azul e o Palácio de Topkapi. Entre um passeio e outro, CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
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aproveitamos muito a culinária local. O famoso döner kebab (churrasco grego) e os doces turcos são de encher os olhos e o estômago! Os dias seguintes da nossa estada na Turquia foram dedicados a conhecer a Capadócia. Antes de mais nada, é importante ressaltar que a Capadócia é uma região da Turquia e não uma cidade praticamente ao lado de Istambul, como parecia na novela Salve Jorge (risos). De Istambul, pegamos um voo que durou uma hora e meia até Nevşehir, o principal aeroporto da região da Capadócia. De lá pegamos um transfer que nos levou até o nosso “hotel-caverna” na cidade de Göreme, depois de uma hora de estrada. Tínhamos apenas dois dias para conhecer o máximo da Capadócia. No primeiro dia fomos ao Museu ao Ar Livre de Göreme, que é um grande complexo composto de inúmeros mosteiros uns ao lado dos outros, cada um com a sua própria igreja. Tudo escavado na rocha! Algumas igrejas contêm frescos maravilhosos, cujas cores ainda mantêm um pouco da sua tonalidade original, exemplos únicos de arquitetura na rocha. Além da impressionante paisagem rochosa, visitamos também a incrível cidade subterrânea de Derinkuyu. A mais profunda cidade subterrânea da região, conta com 55 metros de profundidade e oito dos seus vinte níveis abaixo da terra são abertos a visitação. Apesar de fascinante, a visita à cidade subterrânea não é para qualquer um, afinal pessoas com claustrofobia definitivamente não devem fazer este passeio. Mas, sem sombra de dúvidas, o ponto mais alto dessa viagem foi o indescritível passeio de balão pela Capadócia. O passeio começou com a van da agência nos buscando no hotel às 4h30 da manhã. Seguimos para tomar o café da manhã e receber as instruções do passeio. O dia ainda não tinha nascido Quarto do hotel-caverna que ficamos na Capadócia.
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quando começaram a encher nosso balão. Cada cesto do balão conta com a capacidade para 28 pessoas. É realmente bastante gente. Mas, caso você queira mais conforto e puder investir mais, é possível optar por voos com um menor número de passageiros. O balão subiu lentamente e quando atingiu a altura máxima, pudemos contemplar o belíssimo nascer do sol da Capadócia. Como era inverno, toda a paisagem estava coberta de neve e, embora a temperatura estivesse bem abaixo de zero, o fogo do balão e o calor humano não nos deixaram sentir frio. A paz e a gratidão que sentimos naquele momento, iremos levar para o resto da vida! Após o voo, recebemos uma medalha de lembrança e champanhe para brindarmos a experiência. Antes de deixarmos a Capadócia, decidimos fazer o tão falado banho turco. Afinal, estávamos na Turquia e não queríamos perder esta chance. Podemos dizer que a sensação de relaxamento é incomparável e, se você tiver a oportunidade de fazê-lo um dia, aproveite! Retornamos a Istambul para desfrutarmos nossos dois últimos dias de viagem. Nesse retorno, aproveitamos para voltar em alguns lugares que gostamos e comprar presentes antes de voltar para a casa. Na nossa última noite na Turquia, decidimos assistir a apresentação dos dervixes rodopiantes (monges de uma ordem do islamismo sufista). E por que é barato viajar para a Turquia? O real vale mais que a Lira Turca. Imagine, cada Lira Turca vale menos de R$0,90! Lá você também consegue comer e se hospedar muito bem por um preço muito baixo. Além de que, a Turquia é um país carregado de história, possui uma ótima infraestrutura para o turismo. Ao contrário do que muitos pensam, é um país bastante seguro. Esta foi uma viagem que valeu a pena cada momento de estada por lá. Nosso retorno para casa foi tranquilo e cheio de histórias para contar! Quer saber mais detalhes dessa viagem incrível e de outras que fizemos? Nós publicamos tudo no nosso blog e canal do YouTube! Só acessar: www.naoecaroviajar.com
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COLUNA SOCIAL
Binho Matos e Marcelo Gameiro.
ULTIMATE EXPERIENCE
Família Gianetti.
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Karina Barberato, Lucas e Anderson Ely.
Jean e sua filha.
Bruna Mundi e Karol Castoldi.
Beto e Márcia (Casal BM).
Orlando Bravo e Paula Fontolan.
Catia e Marco Aurélio.
Artur Duarte, Waldir Daros, Danilo Costa, Paulo e Paulinho Matos.
Rogério Ferreira e Carol.
Sr. Kazu e família.
por KAROL CASTOLDI e EDSON RUIZ ALBANO • fotos AFRÂNIO PISSINI
O
BMW Ultimate Experience é uma iniciativa que oferece experiências exclusivas para clientes Premium da marca e potenciais consumidores. Durante o evento, os convidados testaram diversos modelos BMW de alta performance, podendo sentir a sensação de pilotar em circuito fechado e ainda conhecer de perto os últimos lançamentos da marca. Uma equipe de pilotos esteve disponível para ensinar técnicas de pilotagem e explicar os diferenciais de cada automóvel. Essa experiência traz para os clientes o maior conhecimento do produto que ele pilota todos os dias, pois os pilotos são
Atila e esposa.
Hermes , Cleuza, Aline, Jaine , Almir. Família Zornitta.
especializados na marca BMW e repassam informações e técnicas de seguranças que muitas vezes os clientes não tem conhecimento, podendo melhorar a sua dirigibilidade no trânsito, dando mais segurança para o cliente e sua família. A BMW Group seleciona algumas concessionárias nas principais capitais brasileiras para serem parceiras neste evento. A Raviera Motors teve o prazer em realizar o evento pela 4ª vez consecutiva em parceria com a BMW. O evento é destinado para toda família, os clientes passam o dia dentro do autódromo vivenciando o mundo BMW, com interatividade para toda a família.
Elisangela Reis Silva e família.
Henrique Attilio, Thiago Pena e Luiz Pereira.
Espaço Kids.
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Lindolfo e família.
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COLUNA SOCIAL
Entrega do Troféu Top Maturishow ao Prefeito de Bonito – Odilson Soares e a Secretaria de Assistência Social – Ilza Soares.
Grupo de Dança da Universidade da Melhor Idade – UCDB.
7º MATURISHOW
Ivanir e Guilhermando Arruda na Festa Havaiana.
Encontro Mercosul da Maturidade Realizado no Zagaia Eco Resort em Bonito/MS por HENRIQUE ATTILIO • fotos LUIZ HENRIQUE
N Leila Regenold e a Professora Maria Alice Corazza.
Dança do Ventre com Iracema Azevedo.
ossa parceria surgiu assim que lemos a notícia sobre o Projeto Maturishow, fizemos questão de ir correndo saber quem era a dona dessa ideia maravilhosa. De cara deu certo, apresentamos a revista e já fechamos a cobertura do 5º maturishow. Chegamos sem ter ideia do que era, só posso dizer uma coisa para vocês, quero ser assim quando eu crescer. Leila Regenold então virou minha ídola, uma mulher de garra e coragem que faz tudo com um sorriso gigante no rosto, uma empresária de sucesso, e esse sucesso estamos vendo mais uma vez aqui na 7ª edição do Maturishow. Vem gente de vários lugares do Brasil e dos nossos países vizinhos prestigiar esse evento que encanta a todos. Para Leila o legado da vida é um só – CELEBRAR A AMIZADE. Uma empresária que nos deu a honra de ilustrar a capa da nossa edição de agosto/setembro e mostrar para todos sua trajetória. Obrigado pela parceria e por nos apresentar a este mundo de fantasia que é o Maturishow.
APOIO Governo do Estado através da Secretaria de Cultura e Cidadania e também da Fundação de Turismo/MS. Fecomércio/MS e da CASSEMS, além da Prefeitura Municipal de Bonito e Rádio Educativa.
8º
MATUR ISHOW 19 a 2 2 abr il de 2 COSTÃ
O DO S 018 A N T IN HO S A N TA C A TA R R E S O R T IN A
C O N TA
TO
9 9 9 7 1 -8
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Show de Talentos – Sesc Camillo Boni.
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Grupo Arteterapia Emanuel.
Grupo de Dança da ACP.
Coral Fronteiras Abertas.
Premiação Grupo Sesc Camillo Boni.
Guilherme Regenold entrega o troféu Show de Talentos para Mônica Cavalcanti.
Sônia Ruas interpretando Gracias a la Vida. Grupo Conviver de Bonito.
Marli Silva, Leila Regenold e Marai Emila Mesquita.
Dançando Tango – Jurema e Marcos Nathaniel.
Grupo paraguaio prestigiando o Evento.
Aula da Professora Sônia Ruas junto a natureza na Praia da Figueira.
O casal Oscar e Maria Luise recebendo o troféu pelas mãos de Leila e Filippe.
Grupo de Dança Independente.
Palestra interativa com a Coach Mônica Fernandes.
Lecir Regenold ladeada pelos artistas plásticos Alex e Gustavo responsáveis pela decoração do Baile do Havai.
Premiação Grupo Sindicato dos Professores–ACP.
Leila Regenold com Luiz Pereira e Henrique Attilio diretores da Revista Cinco+.
Edison Araújo – Pres. da Fecomércio–MS (patrocinador do Maturishow) e Leila Regenold.
Alessandro Pellegrini, Carol Lee, Mirian Dutra, Denise Gonçalves e Ademir Tosta.
CINCO+ I OUTUBRO/NOVEMBRO 2017 I
Corpo de jurados Show de Talentos.
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Premiação do Grupo do Conviver de Bonito.
COLUNA SOCIAL
Fernanda Prochmann, Elusa Prado, Evelise Couto, Bianca Bianchi, Tarsilla Ferreira, Clarissa de Faria, Henrique Attilio e Luiz Pereira.
Alexandra Nascimento e Gustavo Lotfi.
Henrique Attilio e Luiz Pereira.
Equipe colunistas CINCO+.
NAZCA Ceviche bar.
Daniel Rockenbach e Evelise Couto.
#somoscinco por HENRIQUE ATTILIO • fotos STUDIO VOLLKOPF
N
ós da Revista CINCO+ adoramos celebrar projetos, clientes, pautas, capa, fotos e tudo o que envolve a produção da edição. Essa celebração teve um sabor diferente. Um não, dois sabores. Reunimos nossos colunistas para degustar o melhor da cozinha nikey no restaurante NAZCA, do chef, e nosso colunista gastronômico, Edu Rejala. Comemoramos o
sucesso dos 10 anos da revista. Uma parceria forte com pessoas que sabem da importância em gerar conteúdo de qualidade para os nossos leitores. Um time presente, atuante e cheio de sucesso. Para os nossos jornalistas, reservamos o mais novo restaurante com cardápio de comida mediterrânea da cidade, Domus Bistrô, do chef André Nardo, que nos
Equipe CINCO+.
Ana Luisa Bittencourt Castro e André Roland.
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Luiz e Heyde Pereira.
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Domus Bistrô.
Henrique Attilio e Gabriel Angelo.
Renan Guilherme, Tarsilla Ferreira, João Grilo e Elusa Prado.
André Salineiro e filha.
Carpaccio de filé mignon.
Renato Santolaia.
Patrícia Lemos e Tita Lemos.
Heyde e Luiz Pereira.
Fernanda e Angelo Prochmann.
Ceviche.
Henrique Attilio, Ariadne Cantú e Luiz Pereira.
Henrique Attilio, Daiana Capuci e Luiz Pereira.
mais
surpreendeu em cada prato, e só se ouviam os elogios e fotos à mesa. Um jantar regado a informação, afinal não é todo dia que se tem o luxo de ter a elite do jornalismo em um único momento. Tudo isso para agradecer a todos pelo sucesso que somos. Uma revista que faz a diferença para nossa Capital, que traz a informação a todos com credibilidade e ética.
Luiz Pereira, Edu Rejala e Henrique Attilio.
Henrique Attilio e Clarissa de Faria.
Henrique Attilio e Gabriel Angelo.
NAZCA Ceviche Bar.
Thayane de Carvalho Faracco e Patrícia Faracco.
Gildo Carpes e Bianca Bianchi.
Luiz Pereira, André Salineiro e Henrique Attilio.
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Vera Jafar, Henrique Attilio e Eduarda Borges.
Henrique Attilio, Andre Nardo e Luiz Pereira.
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NAZCA Ceviche Bar.
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