Foto: Ricardo Valêncio • Studio: Machine MGT
Edição 105 Ano 10 Junho/Julho 2017
ESTEVOM MOLICA
ODONTÓLOGO DE BEM COM A VIDA
+COMPORTAMENTO Triando El Camino uma Harley de cada vez
+MODA
It doens´t matter if you´re black or white
+COMUNICAÇÃO Cinco+ Pensando em inovação, lançamos nosso podcast!
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I CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017
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Foto: Studio Vollkopf
EDITORIAL Hoje escrevo o editorial em clima de outono. São 7h36 do dia 14 de junho, admiro a neblina e o frio neste momento – coisas que não fazem parte do nosso cotidiano. Eu gosto. Até porque sei que já, já acaba e o sol surge para aquecer nosso dia. E assim a vida segue... Faça frio ou calor ela não para e traz a edição de junho/julho que está quentíssima! Para se ter uma ideia, após 104 edições da revista, e lá se vão 10 anos de empresa, vamos lançar o primeiro editorial de moda. Um projeto que existe há alguns anos, mas tomou forma agora com a parceria entre o fotógrafo Ricardo Valencio, que chegou de São Paulo com suas lentes e experiência que acumulou uma lista de inúmeros editoriais e catálogos de modas, e a produção do Studio Machine MGT, atualizado e pronto para mostrar um novo conceito de moda e produção. Esse é mais um trabalho em equipe cujo sucesso você vai conferir agora. Por falar em tempo, Estevom Molica, o rapaz sorridente que abre as portas dessa edição, faz parte da revista há pelo menos 8 anos e aceitou o convite para a capa. Vale ressaltar que deu um show à parte na sessão de fotos e que, com o carisma já conhecido de todos, mostrou que é um empreendedor nato. Sua formação como odontólogo, apenas um de seus grandes sonhos, abriu portas para inúmeras realizações, entre elas, a mais marcante de todas, a solidariedade. Engajado em diversas ações sociais, Molica se desdobra “sorrindo” para atender, além dos necessitados, seus amigos, família e trabalho. Se você não conhece o sorriso desse homem, corra e leia esse especial incrível que preparamos como forma de homenagem, porque ele merece. Conteúdo bom não pode acabar, e nem diminuir, então a equipe de jornalismo, pensando em você, caprichou mais uma vez. Foi a Bodoquena cobrir o “Desafio de Mountain Bike”, que reuniu 2 mil pessoas e foi um sucesso! Também participou pela segunda vez do Maturishow, que esse ano foi em Foz do Iguaçu e surpreendeu pela infraestrutura turística. E como se isso não bastasse, o colaborador Rafael Sauer, da distribuidora Barba Bier, foi a Blumenau-SC, participar do 9º Festival Brasileiro de Cerveja, o maior do Brasil, e trouxe várias novidades, além das cervejas premiadas. É a Cinco+ pelo Brasil, trazendo o melhor para você! Agora vamos falar sobre o caderno especial +Negócios. Fechamos parceria com uma instituição que tem como base o empreendedorismo nas escolas, uma ação tão genial que não poderia ficar de fora do nosso caderno. Trata-se da Junior Achievement, um pessoal que mostra os caminhos do empreendedorismo para as crianças. É para emocionar. Obviamente, quando se fala em negócios não pode-se deixar de fora o Sebrae. Essa edição tem uma entrevista exclusiva com o superintendente Cláudio George Mendonça, que explica porque pequenas mudanças geram grandes resultados. Leia, atualize-se e faça uma análise de sua empresa agora mesmo. No que diz respeito à assessoria jurídica para empresas, o colunista e advogado Luiz Felipe d´Ornellas apresenta uma matéria ótima sobre compra e venda de empresas, fique atento. Pensando sempre em buscar novos adeptos à Cinco+, lançamos o podcast da revista. Isso mesmo! Aqueles que não gostam de ler agora podem ouvir algumas matérias. Estamos no início, mas em breve terá muito + conteúdo para você. Inovação na comunicação. Separe algumas horas do dia, pegue a Cinco+ e relaxe com a sua maior xícara de café, chá, chocolate quente ou mesmo uma taça de vinho... o que importa é curtir o momento com uma boa leitura. Desfrute dessa edição, que está excelente! Boa leitura!
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I CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017
treinamento
funcional
O treinamento funcional é um método de trabalho ainda mais dinâmico que os treinos convencionais. Ele é caracterizado por mesclar diferentes capacidades físicas em um único exercício. Assim, o foco passa de um grupo muscular isolado para todo o corpo - os movimentos trabalham a força muscular, a flexibilidade, o sistema cardiorrespiratório, a coordenação motora e o equilíbrio.
nossas modalidades FUNCIONAL FIGHT (MUAY THAI E BOXE) CROSS FUNK (MOVIMENTO DO FUNCIONAL COM FUNK E AXÉ) PARA MAIS INFORMAÇÕES, LIGUE?
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10 | SAÚDE
38 | NEGÓCIOS
PRÓTESE MAMÁRIA 12 | SAÚDE INSTITUTO SANGUE BOM TRAZ INFORMAÇÕES E ATIVIDADES PARA PROMOVER SOLIDARIEDADE 14 | SAÚDE OVERDOSE DE AÇÚCAR 16 | SAÚDE APARELHO AUDITIVO: QUAL O IDEAL PARA MIM? 18 | SAÚDE A BELEZA POR UM FIO 20 | SAÚDE HOSPITAL DO CÂNCER ALFREDO ABRÃO RECEBE ACELERADOR LINEAR 22 | SAÚDE SEJA AMIGO DA SUA VOZ 24 | COMPORTAMENTO SER MÃE 26 | EDUCAÇÃO MATERNA TRAZ UMA NOVA ABORDAGEM PARA EDUCAÇÃO INFANTIL 28 | PERFIL CONHEÇA A HISTÓRIA DA CONSOLIDADA CARREIRA DO DR. JORGE BERTIN 30 | DIREITO COMPRA E VENDA DE EMPRESAS – O QUE É PRECISO SABER 34 | COMPORTAMENTO MAIS VIDA NA TERCEIRA IDADE 36 | ESPORTE DESAFIO DE MOUNTAIN BIKE REÚNE 2 MIL PESSOAS EM BODOQUENA
JUNIOR ACHIEVEMENT IMPACTOU MAIS DE 40 MIL JOVENS EM MATO GROSSO DO SUL 40 | NEGÓCIOS INOVAÇÃO: UM CAMINHO ACESSÍVEL E IDEAL AOS PEQUENOS NEGÓCIOS
I CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017
42 | ESPECIAL CAPA DEVOLVENDO SORRISOS E PROMOVENDO RISOS
48 | NEGÓCIOS GO YOUR OWN WAY
51 | MODA
IT DOENS’T MATTER IF YOU’RE BLACK OR WHITE
58 | COMUNICAÇÃO
PENSANDO EM INOVAÇÃO, LANÇAMOS NOSSO PODCAST!
62 | CULTURA
TRAÇOS E CORES DE MS
64 | ARQUITETURA
AMBIENTES DE SUCESSO
66 | DECORAÇÃO
SALONE DEL MOBILE
68 | DECORAÇÃO
UM RECORTE SINGULAR
69 | MARKETING
CHEIRO DE BONS NEGÓCIOS
70 | FOTOGRAFIA
EX(IM)PRESSÃO DOS OLHOS E CORAÇÃO
Diretor: HENRIQUE ATTILIO Diretor Administrativo: LUIZ PEREIRA REDAÇÃO Editor-chefe: HENRIQUE ATTILIO
Edição 105 Ano 10 Junho/Julho 2017
Foto: Ricardo Valêncio • Studio: Machine MGT
CONSELHO EDITORIAL HENRIQUE ATTILIO, LUIZ PEREIRA E KÁTIA KURATONE ARTE Editor de Arte: GUSTA CABRAL
ESTEVOM MOLICA
REVISÃO SORAYA VITAL
ODONTÓLOGO DE BEM COM A VIDA
+COMPORTAMENTO Triando El Camino uma Harley de cada vez
+MODA
It doens´t matter if you´re black or white
ESTRATÉGIAS DIGITAIS LUIZ PEREIRA SITE e MÍDIAS SOCIAIS ATP COMUNICAÇÃO
+COMUNICAÇÃO Cinco+ Pensando em inovação, lançamos nosso podcast!
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MARKETING ATP COMUNICAÇÃO
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CAPA Foto: Ricardo Valêncio Studio: Machine MGT Arte: Gusta Cabral
CONSULTORIA JURÍDICA ROSEANY MENEZES JORNALISTAS Marina Bastos (marinabastos@gmail.com), Elci Holsback (elciholsback@ hotmail.com), Clarissa de Faria (clarissafaria@gmail.com), Tarsilla Ferreira (tarmariaf@gmail.com), Fernanda Nascimento (fnprochmann@hotmail. com), Henrique Attilio (henrique@revistacincomais.com.br), Elusa Prado (elusa.prado@gmail.com), Bruno Chaves (brunochaves4@gmail.com) e Evelise Couto (evelise@contextomidia.com.br).
SUMÁRIO Edição 105
COLUNISTAS Ariadne Cantú (ariadne.cantu@gmail.com), Daiana Capuci (daiana@itdecor.com.br), Edu Rejala (edurejala@hotmail.com), Adriano de Oliveira (adrianoao@gmail.com), Patrícia Faracco (patriciafaracco@uol. com.br), Patrícia Lemos (patriciagastrosomm@gmail.com), Nicole Zeghbi (zeghbi@gmail.com), André Salineiro (andresalineiro@hotmail.com), Liu Ferrari (liufoipralua@hotmail.com) e Renata do Valle (renata_dovalle@ hotmail.com).
Ano 10 Junho/Julho 2017
72 | CIDADANIA FRAUDE E EVASÃO FISCAL SÃO FILHOTES DE UM LEÃO QUE ESTRANGULA O DESENVOLVIMENTO 74 | GASTRONOMIA PANCS VÊM CONQUISTANDO ESPAÇO NA CENA GASTRONÔMICA DO ESTADO 76 | GASTRONOMIA COMER BEM FAZ BEM (E É GOSTOSO!) 78 | GASTRONOMIA 9º FESTIVAL BRASILEIRO DA CERVEJA REÚNE 800 RÓTULOS EM SANTA CATARINA 80 | GASTRONOMIA MADERO 82 | CULTURA MAS AFINAL, O QUE É CULTURA? 83 | EVENTOS ETIQUETA E O CELULAR 84 | ASTROLOGIA O SOL 86 | CURIOSIDADES DO VINHO VITICULTURA HEROICA 88 | MARKETING AS PESSOAS FORMAM OPINIÃO SOBRE VOCÊ OU SUA MARCA. POSICIONE-SE. 92 | COMPORTAMENTO QUANDO O PASSADO FICA TRANSPARENTE 94 | VIAJE BEM NÃO É CARO VIAJAR PARA A ÁFRICA 98 | COLUNA BLINK PRÊMIO BLINK DE CRIAÇÃO PARA RÁDIO 2017
PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO Dr. Gustavo Lotfi – Dermatologista (CRM/MS 4466 – RQE 3562), Dr. Sandro Raphael M. Startari – Cirurgião Plástico (CRM/SP 106149 – CRM/MS 4313 – RQE 3167), Tatiane Savarese Attilio (CRN 3-12175), Dr. Estevon Molica (CROMS 2010), Nelson Lan Kowai Fook, Dra. Márcia Lessonier (CRO-MS 4072), Dr. Rafael Medeiros (CRO-MS 4073), Rodolfo Bertin (OAB-MS 9468), Luiz Felipe d`Ornellas (OAB-MS 9090), Julião Gaúna, Amanda Saueia, Henrique Cathcart e Rodrigo Coelho. Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Cinco+ é uma publicação da ATP Comunicação com periodicidade bimestral e distribuição gratuita dirigida. ATENDIMENTO AO LEITOR Email: contato@revistacincomais.com.br Carta: Rua Calarge, 37 - 791000-000 - Campo Grande-MS Telefone: 67 99985-8737 - 67 98145-7705 PARTICIPE DA REVISTA O que você gostaria de ler na próxima edição? Escreva-nos! contato@revistacincomais.com.br
/revistacincomais
/revistacincomais
revistacincomais.com.br DISTRIBUIÇÃO A Revista Cinco+ é distribuída gratuitamente de forma dirigida em Campo Grande - MS. REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA A Cinco+ tem sua devida proteção e registro exclusivo da marca, concedido pelo órgão federal INPI, com assessoria da Remat Marcas e Patentes. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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SAÚDE
PRÓTESE MAMÁRIA A naturalidade faz a diferença!
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mamoplastia de aumento, mais conhecida como cirurgia da prótese de mama, foi popularizada por inúmeras modelos e atrizes, tornando-se a cirurgia da moda atualmente. Desde 2009 ultrapassou a lipoaspiração como cirurgia plástica estética mais realizada no Brasil. Sair desfilando por aí esbanjando um seio sensual e marcante com certeza é o desejo de toda mulher. Hoje, seis em cada dez mulheres que procuram um cirurgião plástico querendo mexer nos seios desejam mamas maiores. Poder então colocar uma roupa que valorize os seios e passear tranquila sabendo que está arrasando, é um sonho feminino. O motivo que leva as mulheres a recorrerem a uma cirurgia de aumento das mamas, geralmente é a hipomastia, ou seja, mulheres que apresentam seios pequenos ou que diminuíram após amamentação ou perda severa de peso. A prótese também pode ser usada com sucesso para corrigir pequenas quedas ou flacidez mamária. Na cirurgia, o tecido mamário é deslocado e é criado um espaço abaixo ou acima do músculo peitoral, onde é colocada a prótese de silicone. A cirurgia para colocação de prótese de silicone atrás do músculo deve ser o procedimento de escolha para a maioria das pacientes com mamas pequenas, pois produz resultados mais naturais, duradouros e graciosos, com menos alterações do tecido mamário, menor incidência de contratura capsular e facilidade de diagnóstico de câncer de mama.
EXISTEM TRÊS TÉCNICAS CIRÚRGICAS PARA A INCLUSÃO MAMÁRIA: Via Periareolar: a cicatriz fica em torno da metade inferior da aréola, mas há limitações para inclusão da prótese de acordo com o tamanho da aréola da paciente. Via Axilar: a cicatriz é quase invisível, sendo feita nos sulcos axilares e a prótese é colocada, via de regra, debaixo do músculo peitoral. Via Inframamária: é aplicável em todos os casos e a cicatriz fica “escondida” no sulco da mama.
Há vários tipos de implantes utilizados, mas o mais comum é a prótese de silicone microtexturizada, contendo em seu interior silicone em gel altamente coesivo. Quanto à forma, tipo e tamanho do implante de silicone, existem diversos, e você discutirá com seu cirurgião plástico o que se adequa melhor ao seu corpo e aos seus desejos. O resultado é de uma impressionante naturalidade. Do dia para noite – literalmente – as pacientes ganham novos seios, como se já tivesse nascido com eles.
DR. SANDRO RAPHAEL M. STARTARI – Cirurgião Plástico CRM/SP 106149 – CRM/MS 4313 – RQE 3167
Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
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SAÚDE
INSTITUTO SANGUE BOM
TRAZ INFORMAÇÕES E ATIVIDADES PARA PROMOVER SOLIDARIEDADE
Professor Carlão conscientiza as pessoas sobre importância da doação de sangue e medula óssea.
por TARSILLA FERREIRA • fotos ASSESSORIA
O
Instituto Sangue Bom foi lançado em abril, com a finalidade de incentivar as doações de sangue e medula óssea. A idealização dessa entidade foi do professor Carlão, que em 2015 foi diagnosticado com aplasia medular. Ao iniciar seu tratamento médico, começou também junto com essa luta o projeto que daria origem ao Instituto. “O Instituto iniciou suas atividades em 17 de abril, dia especial porque foi a data de aniversário dos meus 5 meses de renascimento. Resolvi usar essa data por marcar o tempo de quando fiz meu transplante e por ter sido um dia após a Páscoa, que significa renascimento. Essa data foi perfeita”, destacou. Carlão contou que o desafio agora, depois do lançamento do Instituto, é organizar o escritório. “Conseguimos uma sede, temos uma sala, onde vamos montar todo o QG de organização e ações Sangue Bom. Estamos atrás de jornalistas voluntários para cuidar das redes sociais, atrás de doações de móveis de escritório, computadores, fazendo visitas e procurando parceiros, e tudo isso sem parar com as nossas atividades.” Ele ressaltou que a intenção é essa – criar uma grande corrente do bem. “Toma tempo? Toma. Encontramos portas fechadas? Muitas. Mas o que nos ilumina é aquela frestinha de luz lá no final. A luz no fim do túnel é a que nos estimula e é nela que a gente mira para atingir tudo aquilo que queremos realizar.” Uma das principais atividades que o professor Carlão desenvolve são palestras (que começaram em 2015, ainda com o Projeto Sangue Bom), para diversos públicos e locais, nas quais ele conta sobre sua experiência e explica questões sobre doação de sangue. “Falar do meu testemunho de vida e da minha
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experiência é muito importante. Na palestra falo dos mitos e verdades sobre a doação de sangue e medula óssea. Já fazemos essa ação desde setembro de 2015. E agora, depois do meu transplante, com minha nova medula, quero dividir essa história com as pessoas, e assim qualificar os doadores. Tudo que eu explico tem orientação do Hemosul, para ter um valor técnico e cientifico.” Sempre às quartas-feiras, ao meio-dia, o professor Carlão tem um quadro chamado “Mitos e Verdades” no programa de rádio Joel Silva, na FM 95, que aborda temas diversificados relacionados à saúde. “Com convidados especialistas quero falar desse assunto numa linguagem acessível para todos e explicar para os ouvintes a importância das doações.” CORRIDA SANGUE BOM A segunda edição da Corrida Sangue Bom aconteceu no final de abril e contou com a presença de 500 corredores inscritos. De acordo com o professor, ninguém fez um evento voltado para o incentivo à doação de sangue. “Tivemos apoio do hospital El Kadri com ambulâncias e profissionais de saúde. O valor da inscrição foi baixo (40 reais), porque a nossa maior vontade é estimular o público a fazer parte dessa causa. Conseguimos 50% mais pessoas inscritas como doadores do que ano passado. Isso é fantástico, bastante expressivo. Vamos rumo a 100% de doadores inscritos.” Uma grande vitória para o Carlão foi poder caminhar os 5 quilômetros do percurso. Até o ano anterior ele não podia fazer nenhum esforço físico, então foi muito importante essa evolução de poder concluir o trajeto.
www.institutosanguebom.com.br
Facebook/InstitutoSangueBom
@institutosanguebom
AÇÕES SANGUE BOM O Instituto conseguiu várias parcerias para realizar ações sempre com o objetivo de informar e impulsionar as doações de sangue e medula óssea. Uma delas é junto à ACP (Associação Campo-Grandense de Professores) e à FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) que envolverão professores das redes municipal e estadual para uma campanha de doação e cadastro de doadores, além de promover palestras sobre a importância desse tipo de solidariedade. Outro evento que contou com a presença do Instituto foi o 3º Encontro de Relíquias de Aquidauana, que aconteceu no começo de junho. Lá os visitantes realizaram o cadastro para se tornarem doadores de medula óssea. Com apoio do Hemosul, professor Carlão palestrou para os presentes. Com a ajuda da Secretaria Estadual de Cultura e Cidadania, o Instituto participará dos festivais de Bonito e da América do Sul, apresentando oficinas e peças de teatro sobre doação de sangue e medula óssea. Para divulgar essas atividades e todas que ainda estão por vir, o Instituto conta com as redes sociais e o site. No Facebook, tem a TV Sangue Bom, onde são publicados teasers com informações, chamadas e campanhas. Além de sempre publicar informações sobre transplante de órgãos e doação de sangue. “Durante toda minha luta contra a aplasia medular, recebi muitas orações, pensamentos positivos e carinho. Toda manifestação positiva veio dessa corrente do bem, que ainda recebo. O que me move é a gratidão.” CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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SAÚDE
OVERDOSE DE AÇÚCAR por DRA. TATIANE ATTILIO
Nutricionista Clínica CRN 3-12175 (67) 99932-8381 tatianeattilio@gmail.com
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empre que me perguntam qual a dieta e/ou plano alimentar que realmente funciona para perder peso eu respondo: “A dieta do equilíbrio”. Sim, a palavra-chave do sucesso de uma alimentação saudável é o equilíbrio, já que, não é segredo para ninguém, o excesso e/ou a restrição de qualquer alimento também é prejudicial à saúde. Eu poderia abranger muitos exemplos, mas, para essa edição, vou escrever sobre o açúcar. O açúcar refinado é um “alimento” que fornece energia ao organismo em forma de glicose. A glicose é fundamental para o funcionamento de todos os órgãos, e em especial o cérebro. Porém, existem outros alimentos que também fornecem glicose ao organismo, e de forma muito melhor, pois além da glicose também fornecem vitaminas, minerais e fibras. Posso citar aqui como exemplo as frutas. O “problema” é que o nosso paladar reage diferente aos diferentes estímulos que recebe e o prazer gerado por um alimento com um teor de açúcar alto gera, na maioria das pessoas, uma sensação de bem-estar, de prazer, o que leva ao maior consumo de alimentos ricos em açúcar, “viciando” o paladar ao sabor doce. É por isso que não é incomum ouvirmos que as frutas não são doces, quando, na verdade, as frutas têm, sim, o sabor adocicado. Agora, eu entendo que para quem está com o paladar acostumado com alimentos com muito açúcar, tenha dificuldade em sentir o sabor adocicado de outros alimentos com baixo teor de açúcar (frutose no caso das frutas). Isso é comum e natural. Natural quer dizer que quem come alimentos com muito açúcar MODIFICA o paladar, acostumando, assim, a sentir o sabor doce apenas quando come preparações que levam muito açúcar. E é exatamente isso que está acontecendo em relação às sobremesas e doces que estão disponíveis no mercado consumidor. Alimentos que antes eram relativamente doces hoje possuem uma carga glicêmica (quantidade de glicose do alimento) e índice glicêmico (velocidade que a glicose chega na corrente sanguínea) muito elevados. Abaixo seguem alguns exemplos:
NO PASSADO
ATUALMENTE
OVO DE PÁSCOA: CHOCOLATE AO LEITE E BOMBOMS
OVO DE PÁSCOA: CHOCOLATE AO LEITE COM CREME DE AVELÃ E BRIGADEIRO PARA COMER DE COLHER, “CASCA RECHEADA”
MILK SHAKE: LEITE BATIDO COM SORVETE
MILK SHAKE: LEITE BATIDO COM SORVETE, CALDAS DE CHOCOLATE, CARAMELO, ADICIONAL DE CHOCOLATE PICADO OU BOLACHAS RECHEADAS, OU PINGOS DE CHOCOLATE, ETC
PANETONE: BOLO NATALINO COM FRUTAS CRISTALIZADAS
CHOCOTONE COM RECHEIO DE CREME DE AVELÃ E COBERTURA DE CHOCOLATE
Eu poderia citar muitos alimentos que sofreram esse tipo de acréscimo de açúcar, mas a intenção aqui é demonstrar que a cada dia o mercado de alimentos está trazendo produtos “carregados” de açúcar e que nesse ritmo nosso paladar ficará cada vez mais insensível aos alimentos naturalmente doces (como as frutas), prejudicando a saúde, já que o excesso de açúcar é a causa do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes e até alguns tipos de cânceres. 14
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SAÚDE
APARELHO AUDITIVO: QUAL O IDEAL PARA MIM? NELSON LAM KOWAI FOOK – Fonoaudiólogo – CRF 6 2818
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ada parte do ouvido tem um papel importante no fornecimento de informações sonoras ao cérebro. A perda auditiva é o resultado de danos a uma ou várias partes do ouvido externo, médio e interno. Nenhuma pessoa possui exatamente o mesmo tipo de perda auditiva que outra. Por isso é preciso passar por uma avaliação cuidadosa para descobrir qual o aparelho ideal para seu caso. Há quatro tipos de perda auditiva. A primeira e mais comum é a perda auditiva SENSORIONEURAL que resulta da falta ou dano da célula sensorial (células ciliadas) na cóclea. A perda auditiva CONDUTIVA descreve qualquer problema no ouvido externo ou médio que impede que o som seja conduzido adequadamente ao ouvido interno. A perda auditiva MISTA é a combinação da perda sensorioneural com a perda condutiva. Finalmente, a perda auditiva NEURAL ocorre quando o nervo auditivo não consegue enviar sinais ao cérebro. Determinado o tipo da perda auditiva, o grau dela é outro fator importante quando estamos selecionando um aparelho auditivo. Nem todos os modelos são adequados para todas as perdas. O audiograma é uma representação visual de sua audição, resultado da marcação do fonoaudiólogo de suas respostas aos sons, durante a realização de uma audiometria. Com os dados de seu audiograma, o médico otorrinolaringologista e o fonoaudiólogo poderão então determinar a indicação do aparelho auditivo ou tratamento médico apropriado.
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ANTES DE ADQUIRIR SEU APARELHO AUDITIVO Ao procurar um aparelho auditivo, explore todas as suas opções para entender que tipo de aparelho auditivo irá funcionar melhor para você. Além disso tome as seguintes precauções: – Procure um audiologista respeitável. Se não conhece nenhum, informe-se: consulte um médico de sua confiança ou ouça a opinião de amigos e familiares que já passaram por esta experiência. – Pergunte sobre um período de teste, porque você pode demorar um pouco para se acostumar com o dispositivo e decidir se é realmente o ideal para seu caso. – Pense nas necessidades futuras: indague se o aparelho auditivo escolhido é capaz de aumentar seu desempenho, para que ainda seja útil no caso de sua perda auditiva aumentar. – Certifique-se de que o aparelho auditivo inclui uma garantia que cobre peças e mão-de-obra por um período específico e se após este período você continuará a ter um fácil acesso a consertos, limpezas e manutenção. – Cuidado com as alegações enganosas: aparelhos auditivos não conseguem restaurar 100% da audição normal ou eliminar completamente todo o ruído de fundo. Se isso for prometido, desconfie.
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SAÚDE
A BELEZA POR UM FIO Redefinição de contornos sem cirurgia.
por DR. GUSTAVO LOTFI – CRM/MS 4466 – RQE 3562
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fácil perceber quando o formato do rosto começa a mudar, a pele fica com uma textura diferente e os traços bem marcados são substituídos pelas rugas. Isso acontece por causa da perda de colágeno, proteína responsável pela elasticidade e regeneração do tecido corporal. A passagem do tempo contribui para a diminuição do colágeno no nosso corpo e, com isso, deixa a pele mais flácida e o rosto mais murcho. O conceito de sustentação de contornos estéticos com fios subcutâneos não é novidade. Os de ouro, pioneiros na sustentação da pele, viraram febre na década de 90, porém descobriu-se, a longo prazo, que oxidavam no organismo, deixando manchas esverdeadas na pele. Depois vieram os russos e os búlgaros, compostos de uma espécie de plástico biocompatível, eram mais modernos, porém havia risco de rejeição e deixavam sinais inestéticos na pele. O Sutura Silhouette é uma técnica importada dos Estados Unidos, utilizada para tratamento da flacidez da face e do pescoço, feita de ácido polilático, um polímero completamente absorvível com potencial para estímulo de produção de colágeno. A novidade é a tecnologia de cones, patenteada e desenvolvida para aprimoramento dos fios de sustentação facial. Seus cones representam um avanço na capacidade de elevação, tração e sustentação, quando comparado ao antigo formato em espículas, muitas vezes ineficazes
VANTAGENS: - Efeito lifting imediato - Restauração progressiva do colágeno perdido - Material totalmente bioabsorvível - Procedimento minimamente invasivo - Tempo baixíssimo de recuperação - Técnica sem cirurgia
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na sustentação e associadas a diversas complicações (extrusão, movimentação pinçando a derme etc). É possível perceber que o cone permite uma tração maior, ancorando-se no tecido subcutâneo de maneira consolidada e eficiente. O procedimento é indicado para pessoas com idade acima de 30 anos, com qualquer tipo de pele, e que desejam amenizar os sinais do envelhecimento de maneira natural e menos invasiva. A sua ação é responsável por devolver o volume às bochechas e recuperar o formato do rosto, além de levantar as sobrancelhas e restaurar a pele do pescoço. Minimamente invasivo, é feito com a inserção de um fio entre a pele e a camada de gordura subcutânea. A colocação dura 40 minutos e é feita em consultório, com anestesia local e sem cortes. Pequenos furos são realizados em pontos estratégicos do rosto com uma agulha que conduz o fio até a camada de gordura e o acomoda ao longo do tecido. O efeito é imediato e não há downtime. O Sutura Silhouette é um tratamento temporário, com efeito que dura entre um ano e meio a dois anos, podendo ser repetido após esse período. Nem todas as pacientes irão se beneficiar deste tratamento. Existem casos que somente uma cirurgia, o lifting facial ou cervical (ritidoplastia), trará os efeitos desejados. E não é recomendado para pessoas que possuam algum tipo de alergia ou sensibilidade a biomateriais.
DR. GUSTAVO LOTFI CRM/MS 4466 - RQE 3562 Residência em Clínica Médica pela UFMS Especialização em Dermatologia Hospital Guilherme Álvaro-SP Membro titular da SBD
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SAÚDE
HOSPITAL DO CÂNCER ALFREDO ABRÃO RECEBE ACELERADOR LINEAR
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“Novo aparelho de radioterapia vai reforçar programa de reestruturação da saúde no Estado”, avalia governador. por BRUNO CHAVES • fotos CHICO RIBEIRO – SEGOV
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novo acelerador linear que chegou para Mato Grosso do Sul e foi entregue na terça-feira (16 de maio) ao Hospital do Câncer Alfredo Abrão, vai reforçar o programa de reestruturação da saúde conduzido pelo Governo do Estado. A avaliação é do governador, que revelou os esforços realizados para conseguir o aparelho que vai dobrar a capacidade de atendimento em radioterapia no hospital. Além disso, Reinaldo Azambuja disse que em julho iniciam os preparativos para que o Hospital Regional Rosa Pedrossian receba um equipamento do mesmo modelo. “Esse equipamento é um reforço importante para a saúde da nossa população, aliado a diversos investimentos. Após pouco mais de dois anos começa a se tornar evidente o resultado da reestruturação da saúde. Vamos entregar o Hospital do Trauma funcionando ainda este ano. Iniciamos as obras do HR de Três Lagoas, vamos licitar o HR de Dourados no mês que vem, ampliar o hospital de Corumbá, o de Ponta Porã está funcionando muito bem, estamos fazendo um esforço para melhorar Aquidauana e o atendimento para a região sudoeste. Coxim está funcionando muito bem e agora o Hospital do Câncer recebe esse aparelho, bem como começa a fazer exames de tomografia a partir da próxima semana. Esse é um momento histórico, em que vemos a mudança completa do perfil de saúde aqui no Mato Grosso do Sul na questão assistencial, resultado da nossa prioridade”, declarou. Reinaldo Azambuja disse que iniciou a luta para trazer o equipamento em 2015, mas que já havia o pleito do hospital. O equipamento é ultramoderno, será o terceiro instalado no Brasil, e faz parte do programa do Ministério da Saúde. “É uma conquista, porque vamos dobrar as ofertas de radioterapia para MS com atendimento muito mais preciso devido ao avanço tecnológico que o aparelho disponibiliza. É um ganho para o Estado, uma conquista do hospital e uma luta para todos nós. Dentro de 120 dias estaremos em operacionalização e esperamos zerar a fila de pessoas que aguardam pelo tratamento de radioterapia em todo o Estado”, destacou. A vice-governadora, Rose Modesto, comemorou a conquista e enfatizou a otimização dos atendimentos
com a nova tecnologia. “O Governo do Estado mais uma vez mostra que continua fazendo o que é prioridade para as pessoas. Hoje o Hospital do Câncer passa a ser uma referência nacional e é o terceiro do País que recebe um equipamento como esse. Com alguns meses nós vamos acelerar mais essa fila de pessoas que necessitam da radioterapia e humanizar ainda mais o atendimento”, disse. ATENDIMENTOS O secretário de saúde, Nelson Tavares, tranquilizou os pacientes e informou que existe uma clínica contratualizada pela tabela SUS para garantir os atendimentos. “O Governo não vai interromper o atendimento durante a troca do aparelho antigo e a instalação do novo. Já está pactuado com uma clínica os atendimentos. O custo dessa modernização para o Governo é em torno de R$ 1,5 porque tem que fazer as adaptações. O hospital precisa se reestruturar para receber um aparelho mais potente, como parte de gases e compressores. Será feito o dobro de atendimentos, por isso será necessário comprar alguns acessórios avaliados em R$ 700 mil, para dar mais agilidade”, explicou. Tavares ressaltou que esse equipamento traz a modernidade para tratamento de câncer no Estado. “É um fator estratégico e importante para nossa população. Estive no Ministério da Saúde na semana passada e, além desse equipamento, a grande notícia é que a licitação do início da construção do bunker no Hospital Regional deve ser lançada no mês de
julho. Vamos receber um segundo aparelho prioritário dos 80, que o Ministério programou e já comprou para o Brasil, ampliando a oferta de tratamento para nossa população e reduzindo a fila de espera”, declarou. Para o presidente do Hospital do Câncer, Carlos Alberto Coimbra, a parceria estabelecida com o Governo do Estado, prefeitura de Campo Grande, bancadas municipal, estadual e federal, foi determinante para manter os serviços ofertados pela unidade. “O apoio da classe política sul-mato-grossense foi determinante para estabelecer e manter os serviços ofertados, bem como para ampliar os atendimentos existentes. Hoje atendemos 50 pacientes por dia e com o novo aparelho passaremos a 100 pacientes por dia. Sem dúvida é mais uma conquista em favor da nossa população”, afirmou. REGIONALIZAÇÃO Os municípios, de forma isolada, têm muita dificuldade de organizar o sistema de saúde, porque os serviços oferecidos não são completos em nenhuma cidade isoladamente. Assim, segundo Nelson Tavares, o projeto de regionalização prevê a descentralização. “Racionalizando nosso sistema, sem qualquer investimento, já teríamos um ganho fantástico. Somado ao aporte priorizado pela gestão do governador Reinaldo Azambuja, a população começa a entender o que é investir em saúde, uma área extremamente complexa, mas que vem mostrando resultados positivos. Saltamos de 12% para 16% da arrecadação investida na saúde. Além disso, temos uma parceria excelente com a bancada federal, que vem direcionando recursos para estruturação do sistema de saúde. Racionalizar esse investimento para melhorar a vida de todos. Essa é nossa meta”, encerrou o secretário. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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SAÚDE
SEJA AMIGO DA SUA VOZ
Crianças, adolescentes, adultos e idosos. As alterações na voz podem aparecer em qualquer idade e é importante estar atento para evitar sérios problemas. por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN
Ariane Alves
Foto: Guilherme Molento
Taisa Nicolai
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ara muitos, a voz é considerada um instrumento de trabalho. Veja os cantores, atores, jornalistas, professores e tantas outras profissões que a utilizam diariamente e, algumas vezes, exaustivamente. Mas engana-se quem pensa que os cuidados só devem ser tomados nesses casos. A voz é importante para todos, independentemente do uso que se faz dela. E mais, desde sempre. Quando se é criança, um simples choro rouco, alteração na voz ou um refluxo podem ser sinais de que algo não está indo bem. Na pré-adolescência e na adolescência é comum a mudança de voz, mas hábitos, como fumar nargile ou mesmo o cigarro, são extremamente prejudiciais, já que os danos podem atingir todo o sistema respiratório. “De uma forma geral, rouquidão que dure mais de 15 dias não é algo normal. É importante a autopercepção, ficar de olho em qualquer sensação ruim, de desconforto e consultar um profissional, seja ele fonoaudiólogo ou otorrinolaringologista”, cita a fonoaudióloga Taisa Nicolai, representante da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFA) em Mato Grosso do Sul. O assunto é coisa muito séria. De acordo com levantamento da SBFA, no Brasil existem mais de 10 milhões de pessoas com algum tipo de problema de voz. A fonoaudióloga Ariane Alves frisa que os cuidados devem ser constantes. Apesar de comemorar-se o Dia Mundial da Voz em 16 de abril, a conscientização e as ações de orientação acontecem ao longo do ano em consultórios e junto aos profissionais da voz. Mas todos devem ter consciência da importância disso, não só no meio profissional, mas também no social, no nosso cotidiano. “Sempre orientamos para evitar a automedicação e o choque térmico, se manter hidratado com água em temperatura ambiente, não fumar e não beber. São comportamentos que auxiliam na saúde das pregas vocais”, diz Ariane. Outras orientações também devem ser levadas em conta, como manter uma alimentação saudável, rica em frutas e proteínas; evitar alimentos, como chocolate, bebidas, leite e café antes do uso da voz; não ingerir bebidas muito quentes; lavar o nariz com soro fisiológico; dormir entre 6 e 8 horas para recuperar a prega vocal e evitar o stress. Ariane ainda completa que, diante disso, qualquer sensação de “bolo na garganta”, azia, refluxo ou má digestão deve ser investigado.
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No Brasil, existem mais de
10 MILHÕES DE PESSOAS com algum tipo de problema de voz.
Fonte: SBFA
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Foto: Amélio Vinícius
CUIDADOS CONSTANTES O cantor Álvaro Vasques, vocalista da banda de blues Bêbados Habilidosos, faz acompanhamento constante com um médico otorrinolaringologista. Apesar de cantar “desde de que se entende por gente”, como conta, ele usa a voz profissionalmente há 19 anos. Para manter a saúde das pregas vocais, Álvaro cumpre várias recomendações, como aquecer bem a voz e evitar leite e chocolate quando vai cantar, além de não competir com lugares barulhentos quando está conversando. “E como ando de moto, também estou sempre bem agasalhado”, reforça. A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia desenvolveu um teste para identificar alterações vocais, o Índice de Desvantagem Vocal (IDV-10). Faça o (0) Nunca ÍNDICE DE DESVANTAGEM VOCAL (IDV-10) teste e, se o seu resul(1) Quase nunca (2) Às vezes tado for maior de 7,5 Circule a resposta que indica o quanto você (3) Quase sempre pontos, fique atento, compartilha da mesma experiência. (4) Sempre você pode estar em risco de uma alteração vo1. As pessoas têm dificuldade para me ouvir por causa da minha voz. cal e deve procurar um fonoaudiólogo ou um 0 1 2 3 4 médico especialista. Va2. As pessoas têm dificuldade para me entender em lugares barulhentos. mos lá?
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3. As pessoas perguntam: “O que você tem na voz?”.
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4. Sinto que tenho que fazer força para a minha voz sair.
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5. Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal.
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6. Não consigo prever quando minha voz vai sair clara.
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7. Eu me sinto excluído nas conversas por causa da minha voz.
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8. Meu problema de voz me causa prejuízos econômicos.
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9. Meu problema de voz me chateia.
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10. Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem.
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COMPORTAMENTO
SER MÃE
Psicanalista aborda em livro como a maternidade pode ser vivida sem culpa e sem o mito da perfeição.
por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN • foto IVO VICENTIM
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ergulhada na pesquisa, Marcia Neder, ex-professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e uma das psicanalistas mais respeitadas do País, caminha por um assunto delicado e polêmico, a maternidade. Afinal de contas, toda mulher quer ser mãe? Quando é, sua vida tem que girar em torno do filho? Em seu mais recente livro, “Os filhos da mãe”, Marcia dispara questões pertinentes sobre a forma como a figura feminina “exerce” a maternidade, complementando seu trabalho anterior, “Déspotas mirins: o poder nas novas famílias”. Percorrendo períodos da história, a autora com pós-doutorado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) expõe ao leitor sua própria experiência como mãe de dois filhos e o abastece de informação sobre as formas como esta relação – mãe x filho – se estabeleceu na sociedade desde os primórdios. Em tempos atuais, várias são as indagações sobre o papel da mãe na família, na educação e formação do filho, que suscitam variáveis sobre a anulação da mulher, a amamentação, a dedicação integral e incondicional ao filho e até mesmo a infantolatria, quando os pais, principalmente a mãe, colocam a criança em um pedestal, tornando-a o centro do universo. Com uma narrativa divertida, que mescla situações vividas pela própria autora, por personalidades, como Gisele Bündchen e Michele Obama, além de personagens de filmes de ficção, Marcia costura uma base de indagações que, sem dúvida, nos faz pensar se estamos ou não trilhando o melhor caminho na maternidade. Mas não é objetivo da autora questionar e nem mesmo apontar o certo ou errado nesse assunto. O propósito é pensar, refletir e avaliar a postura do indivíduo separadamente. Para mim, “Os Filhos da Mãe” me deu elementos para pensar sobre como quero que meu filho seja criado sem olhar tanto para o próprio umbigo, me fez repensar que a felicidade de estarmos juntos não me priva de oferecer a ele elementos que o façam crescer por conta própria e que, sabendo que não estarei ao seu lado para sempre, posso fazer com que essa caminhada seja mais leve. Entendi como sendo este o meu papel, mas caberá a cada uma descobrir o seu. 24
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MARCIA NEDER http://www.marcianeder.com.br amoresgozados.com.br marciascneder@gmail.com
Graças ao maior investimento da história, o programa MS Mais Seguro coloca nas ruas 700 novas viaturas (306 já entregues), 555 armas e 5.965 equipamentos de proteção. Foram treinados 4.620 policiais e os prédios públicos passam por reformas. O patrulhamento ganhou o reforço de um helicóptero e, na fronteira, o monitoramento por vídeo já está em operação.
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EDUCAÇÃO
MATERNA TRAZ UMA NOVA ABORDAGEM PARA EDUCAÇÃO INFANTIL Entenda mais sobre esse método e sua importância para o desenvolvimento da criança.
Foto: Studio Vollkopf
por TARSILLA FERREIRA • fotos DIVULGAÇÃO
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ouco conhecida no Brasil, a abordagem Pikler-Lóczy é baseada nos estudos e experiência da pediatra austro-húngara Emmi Pikler. Em 1946, após o fim da Segunda Guerra Mundial, a médica fundou o Instituto Lóczy em Budapeste. O local serviu para abrigar órfãos e crianças de até 3 anos que não podiam ficar com seus pais devido a epidemia de tuberculose. Na instituição, Pikler teve a oportunidade de colocar em prática seus estudos a respeito do desenvolvimento
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e maturidade dos bebês, respeitando a individualidade de cada um e a relação entre o adulto e a criança. O nome do Instituto Lóczy vem da sua localização na rua de mesmo nome, na Hungria. Devido ao destaque do trabalho realizado, o local se tornou centro piloto para formação de médicos, enfermeiras, psicólogos, pedagogos, mestres e cuidadores. O centro continua até hoje formando profissionais e ainda é referência mundial em educação e cuidados infantis. Na Materna Berçário e Educação Infantil esse método começa a ser implantado. A abordagem Pikler é fundamentada em princípios como autonomia, afeto e a interação da criança com seu cuidador.
“Esta metodologia baseia-se, sobretudo, na construção de um vínculo de qualidade entre o bebê e seu educador, na livre exploração do ambiente e no respeito ao desenvolvimento infantil em seus aspectos mais delicados, proporcionando as melhores condições para o desabrochar da inteligência da criança”, esclarece a diretora Ana Luisa Manzini Bittencourt de Castro. “Assim, privilegiamos o olhar cuidadoso sobre a criança pequena, enxergando-a como um ser humano completo que precisa de auxílio em alguns aspectos (afetivo, nos cuidados, por exemplo), mas que, por outro lado, precisa de liberdade para desenvolver-se.”
Preocupada com esse desenvolvimento, a Materna busca criar um ambiente natural oferecendo estímulos aos pequenos sem desrespeitar a sua individualidade ou se vincular à criança de modo invasivo. É importante a ligação dos bebês com seus educadores. Ana Luisa explica que essa conexão é fundamental nos momentos de trocas de fralda, no banho, alimentação e no sono - momentos em que a criança está mais suscetível aos cuidados adultos e também, que demandam maior intimidade. “Buscamos tratar a criança com muita delicadeza, cuidado e com atenção aos detalhes dos movimentos executados e da fala que permeia essa relação. Isso causa
mais tranquilidade nas crianças, permitindo assim que elas explorem o ambiente e tenham desejo de aprender o novo.” O adulto é um suporte fundamental para o bebê, mas não deve impedir o crescimento da criança por conta própria. “Se uma criança chora desesperada, devemos pegar o bebê no colo para lhe dar conforto, mas se damos colo a todo tempo, criamos uma criança extremamente dependente”. Assim é importante oferecer ferramentas para que a criança aprenda diferentes formas de se comunicar com o adulto. Devido à importância de oferecer aos pequenos em um espaço seguro para que eles se movimentem e
brinquem com liberdade, os resultados desse método apontam para crianças mais independentes, felizes e com uma tranquilidade interna que se reflete em todos os momentos do dia e na interação com os adultos. “Assim, os adultos também se tornam mais tranquilos e dispostos a compartilhar bons momentos com seus bebês.” O método vem conquistando cada vez mais espaço entre pais e educadores. De acordo com Ana Luisa a Materna vem qualificando seus profissionais e trazendo novos objetos e mobiliário para os ambientes. “Na medida do caminhar desta abordagem na escola, estenderemos esse aprendizado também para pais e mães de nossos alunos.”
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PERFIL
CONHEÇA A HISTÓRIA DA CONSOLIDADA CARREIRA DO DR. JORGE BERTIN De sua trajetória como juiz até a idealização do escritório Bertin, Coimbra, d’Ornellas, Palhano & Zatorre Advogados Associados. por TARSILLA FERREIRA • foto STUDIO VOLLKOPF
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advogado Dr. Jorge Augusto Bertin construiu uma família e uma carreira de sucesso com muito esforço e superação. Casado com Ibarrure de Souza Bertin, é pai de dois filhos, o advogado Rodolfo e a publicitária Patrícia. Nascido em Santa Catarina, Jorge Bertin mudou-se ainda pequeno para o Paraná, fez sua graduação em Londrina, na então Faculdade Estadual de Direito (hoje UEL – Universidade Estadual de Londrina), onde se formou em 1973. Advogou até 1980, e no ano seguinte ingressou na Magistratura em Mato Grosso do Sul. Foi nesse período que Dr. Bertin iniciou sua grande carreira como juiz. Ao se mudar para esse novo estado, primeiro exerceu a atividade jurisdicional na cidade de Eldorado até dezembro de 1983, em seguida foi para Ponta Porã, por cerca de seis ou sete meses, e em maio de 1984 foi para Dourados, onde permaneceu por quase dez anos. Em Dourados, foi também professor na antiga SOCIGRAN (Sociedade Civil de Ensino da Grande Dourados), de 1985 a 1987. Quando um juiz começa a carreira nas comarcas de idades pequenas atua em todas as áreas do Direito, porque não existe um volume de processos suficiente que justifique a separação de suas esferas. Depois, quando passa a exercer essa função em uma cidade maior, existe a especialização das varas (criminais, cíveis e de família). “Por exemplo, em Eldorado eram no máximo 2 mil processos, tudo misturado. O juiz vira especialista em tudo. A carreira é assim”, comentou. “O juiz só sai do lugar onde está se quiser. Inamovibilidade é a garantia que ele tem, como pessoa que está litigando a justiça, de que não vem um poderoso da vez e tira um juiz da cidade e põe em outra”. São três garantias constitucionais
que o juiz tem: inamovibilidade, irredutibilidade de vencimento e a vitaliciedade (ele é vitalício no cargo e não perde o título de juiz). “Não é uma questão de corrupção, é pra não ter interferência, por isso se fala tanto na tripartição dos poderes. Os poderes precisam ser harmônicos e independentes entre si. Quem é o fiel da balança entre o executivo e o legislativo: o judiciário, sempre, em qualquer democracia. Então, os princípios são para a garantia da jurisdição. É o direito de litigar sem interferência de uma coisa ou outra”, explicou. Em julho de 1993 abriu vaga para 1ª Vara Cível e Jorge Bertin veio para Campo Grande. “De lá fui transferido e fiquei na 2ª Vara de Família até 1996”, contou. Em 1998 voltou para a 1ª Vara Cível da Capital. “Como eu já exercia o cargo, resolvi encerrar minha carreira e me aposentei, para então voltar a advogar. A partir daí tenho atuado na área de Direito de Família (divórcios, separações, ações de pensão, inventário e sucessões). Nessa época o meu filho Rodolfo não era formado, quando ele se formou nós começamos a trabalhar juntos.” Com foco na credibilidade e na excelência, Jorge e Rodolfo Bertin idealizaram em 2007 o escritório que hoje é o Bertin, Coimbra, d’Ornellas, Palhano & Zatorre Advogados Associados. Em seguida, vieram, como sócias, Luciane Palhano e Luciani Coimbra. Um ano depois a advogada Joselaine Zatorre também entrou na sociedade, e mais recentemente Luiz d’Ornellas. Hoje, com 32 anos de profissão, Dr. Bertin divide seu tempo entre duas paixões, o Direito e seus netos, Kauan e Paola. Seu filho Rodolfo confia na experiência do pai e consulta-o sobre questões legais também, pois sabe de sua trajetória e o conhecimento que adquiriu dentro dessa consolidada carreira.
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DIREITO
COMPRA E VENDA DE EMPRESAS – O QUE É PRECISO SABER
por LUIZ FELIPE d’ORNELLAS – OAB/MS 9090
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uando o momento é de crise muitos enxergam OPORTUNIDADES! Assim, não são raros os bons e rentáveis negócios realizados neste período. Porém, para que eles aconteçam há necessidade de estar preparado. Pensando nisso, o texto vai abordar de uma forma geral o que é preciso saber a respeito das complexidades e particularidades, legais e técnicas, das operações de compra e venda de empresas. A primeira fase é a de preparação e estratégia de compra. Ela envolve os aspectos mais relevantes, incluindo critérios, parâmetros e expectativas
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com relação à aquisição. Antes de definir o alvo, faz-se necessária uma profunda pesquisa sobre o setor, seus pontos fortes e fracos, e posicionamento em relação aos demais segmentos da economia e da cadeia produtiva. Faz parte deste estudo também a análise da concorrência e das empresas consideradas referenciais (benchmarks), incluindo enfoque em relação às multinacionais que estão atuando no setor, mapeando, na medida do possível, seus planos e investimentos. Transpondo-se esse estágio, é chegado o momento de abordagem
e prospecção, quando será feito – com bastante critério e técnica – o contato com potenciais vendedores, para que, depois de identificado o mútuo e efetivo interesse, possa ser realizada a aproximação segura e adequada, ou seja, sem revelar a real identidade dos compradores. Após a evolução dos entendimentos, tem-se o momento da celebração do Acordo de Confidencialidade entre as Partes, para só então dar início às atividades relacionadas ao processo de aquisição, que envolve: a) coleta de informações preliminares a respeito das atividades da empresa; b) visita às instalações;
Foto: Wilson Jr. Fotografia
c) análise das informações e pesquisa; d) eventual proposta de aquisição; e) negociações prévias; f ) Acordo de Princípios ou Memorando de Entendimentos; entre outros. Concluindo exitosamente a etapa das negociações prévias, sugere-se a adoção do seguinte roteiro: 1) Realização de uma Auditoria denominada “Due Diligence”; 2) Estruturação Financeira – incluindo opções de financiamento; 3) Revisão dos documentos finais; 4) Elaboração do Contrato de Compra e Venda; e 5) Fechamento e conclusão do negócio. Uma das fases mais delicadas da venda de um negócio é a da Auditoria/“Due Diligence”, pois nela o investidor, através de seus auditores, advogados e outros peritos (como engenheiros, por exemplo) recolherão informações adicionais, examinarão registros e discutirão vários aspectos da empresa. É importante a compreensão quanto às exigências do vendedor sobre a confidencialidade nesse estágio, a fim de evitar desgastes com o mercado em geral (clientes, concorrentes, fornecedores, imprensa, etc.). Superando-se essas averiguações, finalmente poderá ser firmado o Contrato de Compra e Venda, pois com ele deve-se buscar a segurança tanto do comprador quanto do vendedor, a fim de que todos estejam devidamente protegidos e certos dos seus direitos e deveres. Sugere-se que este instrumento seja produzido por advogado especialista na área, que o mesmo reflita aquilo que foi disposto no Memorando de Entendimentos e tenha por base a Auditoria ”Due Diligence” realizada. É comum, e muita das vezes recomendada, a adoção de cláusula no contrato estabelecendo que uma parte do preço fique pendente de pagamento, por prazo determinado e em função da solução de contingências e/ou para eventuais ajustes, em relação a fatos não previstos na auditoria especial. Assim, tomando os cuidados técnicos necessários e sendo conduzido por profissionais qualificados, o procedimento de compra e venda de uma empresa certamente será realizado de forma segura e sem qualquer tipo de trauma. Com as devidas cautelas e adotando as melhores práticas, o negócio poderá se revelar uma grande oportunidade para todos os envolvidos.
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Saúde, conforto e bem-estar. A gente só pensa em você. Profissionais conceituados atuando com as mais modernas plataformas de trabalho.
> ECOGRAFIA VASCULAR COM DOPPLER > ANGIORRADIOLOGIA > CIRURGIA ENDOVASCULAR > CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA > NEURORRADIOLOGIA INTERVENCIONISTA
DRº EDUARDO HENRIQUE CURADO ELIAS CRM/MS 4608 Especialidades: hemodinâmica e cardiologista 32intervencionista I CINCO+ I JUNHO/JULHO
DRº JOSÉ FÁBIO ALMIRO DA SILVA CRM/MS 6302 Especialidades: hemodinâmica e cardiologista intervencionista 2017
DRº FÁBIO AUGUSTO MORON DE ANDRADE CRM/MS 3309 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
DRº GIULIANO RODRIGO PAIVA CRM/MS 3533 Especialidades: cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
DRº GUILHERME MALDONADO FILHO CRM/MS 1969 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, ecografia vascular com doppler
DR. MAURÍCIO DE BARROS JAFAR Responsável Técnico CRM/MS 2073
R. ANTONIO MARIA COELHO, 2.728 JD. DOS ESTADOS CAMPO GRANDE/MS
DRº MARCOS ROGÉRIO COVRE CRM/MS 3206 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
DRº MAURÍCIO DE BARROS JAFAR CRM/MS 2073 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
DRº MAURI LUIZ COMPARIN CRM/MS 1975 Especialidades: angiologia e cirurgia vascular, angiorradiologia e cirurgia endovascular, ecografia vascular com doppler
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COMPORTAMENTO
MAIS VIDA NA TERCEIRA IDADE Maturishow promove integração e diversão a idosos que não abrem mão de uma vida plena. por ELCI HOLSBACK • fotos FLÁVIO YAMAZAKI
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pós uma vida inteira de trabalho, dedicação à família e uma agenda agitada, chega o momento do merecido descanso. Mas, ao contrário do que pode parecer, ingressar na terceira idade não significa uma rotina em casa. Ao contrário, para muitos esse é o momento de aproveitar e mostrar que disposição não depende da idade. Foi pensando na promoção de atividades culturais, esportivas e no entretenimento de quem chegou aos 60 anos, mas não abre mão de uma vida repleta de aventuras, que há seis anos a gerontóloga e especialista em turismo, Leila Regenold, promove o Maturishow – Encontro Mercosul da Terceira Idade, que reúne pessoas de todo o Brasil e países da América Latina, como Paraguai e Argentina. Tradicionalmente realizado em Bonito (MS), neste ano, a iniciativa ocorreu em Foz do Iguaçu (PR), fomentando o turismo e a economia de cidades turísticas. O Maturishow 2017 reuniu aproximadamente 300 pessoas e aconteceu entre os dias 3 e 5 de maio, no Hotel Recanto Cataratas, com promoção da Regenold Viagens e Eventos em parceria com o Convention Bureau Foz do Iguaçu, Uniaudio – Aparelhos Auditivos e a revista Cinco+, que participa pela segunda vez do evento. Para a organizadora do Maturishow, realizar o evento em outra cidade foi um grande desafio, superado com resultado final surpreendente. “Foi maravilhoso, superou todas as expectativas. Preparamos uma programação especial, com atividades de manhã, no hotel, passeios e celebrações à noite. Não houve sequer um participante
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que em algum momento não tenha elogiado o evento, e para nós isso é o mais importante”, avalia Leila. Elogios realmente não faltam. Participante do Maturishow desde a primeira edição, a geógrafa Angela Antonieta Laurino encontra no evento momentos de descontração junto a amigos. “Toda programação é pensada nos idosos, desde as músicas, os passeios, as atividades, é tudo preparado com muito carinho. A Leila tem um comprometimento único e o público confia nela, com a certeza que vai ser ótimo, como foi esse ano. Em Bonito sempre concentrávamos as atividades no hotel Zagaia e em Foz do Iguaçu passeamos por outras partes, deixando tudo ainda mais dinâmico”, destaca a participante. E essa programação, que inclui atividades físicas específicas para idosos, aulas de dança de salão e expressão corporal, passeios, concursos culturais e shows com grandes nomes, agradaram também a advogada aposentada Nilza Fátima da Silva, que saiu de Goiânia para o Paraná especialmente para o evento. “A edição em Foz de Iguaçu foi excelente, pois a programação foi muito bem feita, desde a hospedagem, shows para a terceira idade e visitas culturais e sociais. O ponto estratégico são as aulas de condicionamento físico com os melhores profissionais do Brasil. Simplesmente uma programação completa”, avalia Nilza, que participou do evento a convite de uma amiga de infância. Para a aposentada Maria Salete Venhofen, a alegria dos encontros é o ponto alto do Maturishow. A participante revela que aguarda ansiosa cada edição. “A organização está
de parabéns, o evento não deixou nada a desejar, comparado a outras iniciativas que já participamos fora do País. Nos sentimos adolescentes diante de tantas atividades maravilhosas, é uma renovação incomparável, nada supera a alegria de encontrar os amigos, trocar ideias e participar das aulas de dança, dos passeios e da integração com a natureza”, avalia. FOMENTO NA ECONOMIA E TURISMO As cinco edições realizadas no principal ponto turístico de Mato Grosso do Sul, Bonito, atraiu em média 400 participantes a cada evento. Segundo a organizadora, o objetivo é fortalecer o turismo de Mato Grosso do Sul, estado com vários municípios com forte potencial para sediar um evento desse porte. “Foz do Iguaçu nos recebeu totalmente preparada para o turismo, há uma estrutura, sempre convidativa ao turista. Tivemos grande apoio do Convention Bureau, que nos proporcionou grande suporte. Aqui o apoio é menor, diante de um evento desse porte, que conta com participantes de todo o Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro, além do Paraguai, Bolívia e Argentina. Há um grande potencial a ser explorado”, pondera Leila Regenold. APOIO CINCO+ Participante pela segunda vez do Maturishow, a revista Cinco+ por meio de sua administração, tem carinho especial pelo evento, que promove ações voltadas à qualidade de vida. “A expectativa de vida está maior e
o mais importante é envelhecer com qualidade. A Cinco+ sempre teve no leitor idoso um público fiel e participativo, com o qual nos identificamos e queremos levar conteúdo de relevância a esse leitor”, destaca o diretor e editor-chefe da revista, Henrique Attilio. Além de promover conteúdo de qualidade, a Cinco+ busca também dar visibilidade ao evento, para que mais apoiadores participem da iniciativa. “A edição de Foz do Iguaçu contou com mais patrocínios e apoios que as realizadas em Mato Grosso do Sul. Como empresários, vemos como positivo apoiar eventos regionais utilizando a mídia, ferramenta muito importante, especialmente a Cinco+, que tem grande alcance”, ressalta o diretor-administrativo Luiz Henrique Pereira. EDIÇÃO BONITO Mesmo com edição realizada fora do Estado, o tradicional Maturishow em Bonito vai acontecer ainda este ano, de 28 de setembro a 1º de outubro, no Hotel Zagaia. A programação é especial, com palestras, aulas de dança, bailes temáticos, jantares, passeios turísticos e um show especial com Adam Presley, couver oficial do rei do rock Elvis Presley.
Para participar ou obter mais informações sobre o evento, o contato é o (67) 3044-7474 ou www.viajandoemgrupo.com.br CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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ESPORTES
DESAFIO DE MOUNTAIN BIKE REÚNE 2 MIL E PESSOAS EM BODOQUENA
A prova conquistou 800 inscritos e promoveu interação de todos os participantes com suas famílias em meio à Serra da Bodoquena. por CLARISSA DE FARIA • fotos MARCELO MIRANDA
m sua segunda edição, o Desafio Serra da Bodoquena de Mountain Bike, realizado no dia 21 de abril, atingiu a meta de 800 inscritos, entre homens e mulheres, e reuniu pouco mais de 2 mil pessoas. A prova desportiva de longa distância (amadora) foi promovida pela equipe “Atitude Aventuras & Desafios” e teve como palco a maior reserva de Mata Atlântica do interior no País, reunindo ciclistas de vários estados brasileiros, entre eles São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Sergipe, Goiás e até do país vizinho, Paraguai. Esta edição do desafio de mountain bike teve, além das tradicionais categorias Pró (96 KM) e Sport (54 KM), a categoria Turismo (25 KM), voltada para ciclistas iniciantes. A proposta era que o nível de dificuldade fosse entre baixo e médio. Gleice Carpi, uma das integrantes da equipe organizadora, destacou a integração entre participantes durante todo o evento. “Fomos surpreendidos pelo
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número de inscritos e o Desafio como um todo superou nossas expectativas. O crescimento é nítido e o número de adeptos nos mostra que cada vez mais as pessoas buscam por mais qualidade de vida, além do contato constante com a natureza”, frisa. Ela ainda ressalta que, além de incentivar a prática esportiva, que é algo que faz parte de sua rotina, os desafios têm a finalidade de fomentar o turismo esportivo no local. “Buscamos promover os eventos em regiões do nosso estado onde predomine a natureza, proporcionando bem-estar aos participantes e incentivando o turismo esportivo.” O turismo esportivo integra a prática esportiva à promoção econômica e cultural de uma região. Depois das provas, muitos atletas retornam com suas famílias para desfrutar da paisagem e da culinária que as cidades oferecem. “Bodoquena, por exemplo, se tornou mais conhecida depois da 1ª edição da prova. A sensação é de gratidão, porque conseguimos atingir nossa meta de reunir atletas de vários municípios do Estado e de fora também, ao mesmo tempo em que fomentamos a economia local“, comemora Gleice. APOIO O prefeito de Bodoquena, Kazuo Hori, que também participou da prova na categoria turismo (25 KM), ressalta a capacidade do município. “Nossa intenção é divulgar e
apoiar iniciativas que destacam o potencial turístico da nossa cidade. O esporte e o ecoturismo estão interligados e oferecer essas experiências é um diferencial. Conseguimos promover a saúde e o bem-estar”, garante. Boa parte do percurso da prova foi realizado nas dependências da propriedade do Depósito Aroeira. José Carlos Nunes, que apoiou a iniciativa desde o início, afirmou: “O que mais me chama a atenção é o cuidado que a organização tem em que tudo saia como planejado, principalmente na quesito limpeza. Me sinto muito satisfeito em poder contribuir, de alguma forma, para a realização de um evento como esse”, salienta. Para Paulo Rubens, gerente de marketing da Audax, fabricante de bicicletas e patrocinador master do Desafio, o cuidado da organização com todos os detalhes do evento foi primordial para o sucesso. “Esse é o segundo evento que participamos em Mato Grosso do Sul. Para a Audax é de grande importância participar de eventos do porte do Desafio da Serra de Bodoquena, pois fazemos parte da vida de pessoas que têm a bike como um estilo de vida, além da oportunidade de mostrarmos para os consumidores do Mato Grosso do Sul toda a tecnologia que aplicamos no nosso produto, para oferecer uma bike que carrega no seu DNA a essência do brasileiro. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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NEGÓCIOS
JUNIOR ACHIEVEMENT IMPACTOU MAIS DE 40 MIL JOVENS EM MATO GROSSO DO SUL Regional celebra 12 anos de trabalho e traça planos para os próximos 10 anos.
Reunião do conselho.
por JULIÃO GAÚNA – Diretor-presidente do Conselho Diretivo da JAMS
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m 2005, a Junior Achievement chega em Mato Grosso do Sul de forma tímida e quase desconhecida. A instituição foi acolhida pelo SEBRAE/MS e iniciou suas atividades a partir de Campo Grande. Nos primeiros anos o principal trabalho foi o de implantar a visão de educação empreendedora, sensibilizando empresários, influenciadores e recrutando e capacitando voluntários. Com o tempo, a Junior Achievement Mato Grosso do Sul (JAMS) foi crescendo e mostrando sua importância para a sociedade, tanto educadora quanto civil. Hoje, a JAMS está presente em dez cidades, além da Capital, também leva os programas para jovens de Corumbá, Dourados, Três Lagoas, Naviraí, Maracaju, Aparecida do Taboado, Jardim, Nioaque, Dois Irmãos do Buriti e Bandeirantes, através da parceria com as escolas do SESI e SENAR/MS. Nesses doze anos a JAMS comemora mais de 40 mil alunos impactados com a aplicação de 14 programas, graças ao apoio de mais de 300 voluntários e o suporte de 30 empresas, entre mantenedoras e apoiadoras. Os últimos anos foram determinantes para a expansão da JA no Estado, principalmente na conquista de novos territórios, no aumento de alunos atendidos e, inclusive, no fortalecimento e ampliação do número de colaboradores da JAMS, que chegou a cinco profissionais.
12 ANOS DE JA MATO GROSSO DO SUL EM NÚMEROS:
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Para a diretora executiva da JAMS, Lucilene Couto, a instituição contribui com a inserção da cultura local do voluntariado. “A visão da JA impactou grandemente as centenas de pessoas que doaram seu tempo e disposição. Elas receberam treinamento e responderam com o engajamento, tornando-se multiplicadores dessa ideia. Somente com os colaboradores não faríamos o trabalho, com os voluntários conseguimos alcançar e ultrapassar as metas estabelecidas por nosso conselho diretivo e consultivo”, explica. META Na história dos doze anos, Lucilene busca motivação para a próxima década e pretende ampliar de seis mil para 10 mil alunos atendidos por ano, até 2019. “Saber que faço parte dessa história só me motiva a ir em frente, pois acredito e tenho paixão pelo meu trabalho e pelo empreendedorismo. Saber que jovens são impactados e transformados nos faz vibrar a cada dia. Quando se tem uma equipe motivada e pessoas que acreditam e nos impulsionam, nossa tendência é crescer tanto na vida pessoal quanto profissional. Por isso, acredito que somos mais que vencedores. Hoje a Junior Achievement MS é reconhecida por seu trabalho sério e comprometido com as futuras gerações”, finaliza.
40 mil jovens impactados 50 mil exemplares de apostilas para alunos e voluntários 300 voluntários envolvidos 14 programas da JA 90 escolas abriram as portas para a JAMS 10 empresas mantenedoras 20 empresas apoiadoras 50 miniempresas
Alunos da Gappe.
Colégio Atenas.
“Há exatos 12 anos venho acreditando nos conceitos e na metodologia da Junior Achievement para a transformação da juventude por meio da educação empreendedora. Nesses anos de trabalho junto à JAMS, eu não participo apenas como empresário, mas também como cidadão, envolvendo a minha família nesse grande projeto que prepara os jovens estudantes para o mercado. Ver de perto esses resultados, que significam mais que números, é o que nos motiva a sensibilizar outros empresários, a fim de criar uma grande corrente do bem para ampliar, ainda mais, o acesso de jovens aos programas da Junior Achievement. Sabemos que os resultados muitas vezes vêm em longo prazo, mas estamos certos de que o caminho para uma sociedade mais justa é valorizar a educação, o trabalho e a competência.”
Feira de Miniempresas 2016.
Julião Flaves Gaúna Diretor Presidente da Junior Achievement do MS
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NEGÓCIOS
INOVAÇÃO: UM CAMINHO ACESSÍVEL E IDEAL AOS PEQUENOS NEGÓCIOS por ASSESSORIA
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novar na maioria das vezes não significa ter que realizar grandes investimentos para garantir melhorias à empresa. Pode ser feito com simples mudanças nos processos diários ou na forma de entregar algo ao cliente. Este é um dos assuntos da conversa com o empresário, economista e advogado Cláudio George Mendonça, superintendente do Sebrae/MS. O dirigente é sócio de uma indústria de alimentos e também produtor rural, tem vasta experiência nas áreas de gestão empresarial e liderança e há dez anos está à frente da instituição de apoio aos pequenos negócios no Estado.
Quais tipos de serviços o Sebrae/MS oferece aos empresários? Cláudio Mendonça. Temos palestras, oficinas, treinamentos, consultorias, missões técnicas, rodadas de negócios, dentre outras diversas soluções para quem quer abrir ou melhorar sua empresa. Atendemos a microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) de diversos segmentos. É, com certeza, um excelente custo-benefício para quem quer se destacar no mercado.
Como as empresas podem gerar conhecimento e inovação? Cláudio Mendonça. Por meio da implantação da cultura da inovação, que deve ser absorvida por diretoria, gerência e colaboradores. Após esta implantação é necessário utilizar a ferramenta da gestão da inovação, para tornar o ato de inovar uma prática constante.
O programa ALI (Agentes Locais de Inovação) pode ajudar? Cláudio Mendonça. Com certeza. O ALI tem como objetivo promover a prática continuada de ações de inovação nas pequenas empresas, por meio de orientação gratuita, proativa e personalizada; realizada por agentes, bolsistas do CNPq, selecionados e capacitados pelo Sebrae. Os agentes visitam os empreendimentos, apresentam soluções e oferecem respostas às demandas do negócio. As mudanças geram impacto direto na gestão empresarial, na melhoria de produtos e processos e na identificação de novos nichos de mercado para os seus produtos. A iniciativa visa atender a 800 pequenos negócios em MS; 400 na capital. Aos interessados é necessário que a adesão seja feita até este mês de junho. O tempo de acompanhamento é de no máximo 30 meses e o processo é composto por diagnóstico empresarial, elaboração e acompanhamento do Plano de Ação, que prevê soluções como treinamentos e consultorias.
Por que ainda é pequeno o número de empresas que buscam inovação? Cláudio Mendonça. Porque muitos consideram que inovar é difícil, é complicado, que não é para empresa
E os interessados em participar, como devem fazer? Cláudio Mendonça. Basta solicitar uma visita por meio de nossa Central de Relacionamento, no telefone 0800 570 0800.
O Sebrae oferece consultoria para qualquer tipo de negócio? Cláudio Mendonça. Sim, para todo tipo de negócio formal. O investimento nas consultorias depende do que será feito e quanto tempo levará cada caso. Pode haver subsídios de 50% do valor para consultorias em gestão e, no caso de projetos relacionados à inovação e tecnologia, esse montante chega a 80% (ou seja, o empresário arca com somente 20% do valor a ser investido nas melhorias).
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pequena. Esta é uma visão errada, pois inovar não significa começar algo do zero. Com apenas uma mudança, uma inovação em um processo simples dentro da empresa, pode-se reduzir custos, atender melhor ao cliente e melhorar as vendas.
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ESPECIAL CAPA
DEVOLVENDO SORRISOS E PROMOVENDO RISOS por CLARISSA DE FARIA • fotos RICARDO VALENCIO • produção STUDIO MACHINE MGT
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stevom Molica é o resultado do que talvez pudesse ser uma conta matemática, da soma de batalha + perseverança + determinação + paixão, que resultou em um profissional de excelência, que hoje tornou-se referência quando o assunto é reabilitação oral. Quem dera se a vida fosse tão exata quanto uma simples conta de somatória, onde os números são as verdadeiras respostas para uma caminhada de sucesso. Talvez tanta exatidão sempre estivesse estampada em sua mente, parte dos seus anseios e, ideais que o fizeram 25 anos atrás começar sua caminhada profissional. Em poucos minutos de conversa qualquer pessoa começa a entender quem ele se tornou hoje, levando em conta a preocupação com o próximo que vai muito além dos seus clientes, pois enxerga todos e qualquer um, como seres humanos.
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“Quando penso em minha minha família, em minha profissão e no Instituto, percebo como sou iluminado. Deus tem conduzido minha vida para levar, devolver, transformar sorrisos ... tem bênção maior do que essa?”
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Há 23 anos Estevom Molica é especialista em prótese dentária, um campo mais conhecido como reabilitação oral, e, como o próprio nome já diz, a capacidade de reabilitar uma das partes mais importantes do nosso corpo: a boca. Parte essa por onde desenvolvemos nossas principais ações, como falar, rir, sorrir e, claro, não menos importante, comer. Formou-se pela Universidade do Vale do Rio Verde – Três Corações/MG, em 1992, há 15 anos idealizou e abriu o Studio Oral e há 2 anos a P&D – Prevent e Diagnose Oral, em Campo Grande (MS). Um dos criadores e presidente do Instituto Amigos do Coração (IAC) e por meio dos programas Sorriso sem Fronteira e Devolvendo Sorrisos, agrega profissionais da área da saúde e demais, a fim de ajudar crianças, jovens e adultos espalhados pelo estado de Mato Grosso do Sul e mundo afora. Nascido em Coimbra, zona da mata de Minas Gerais, foi ainda criança para Visconde do Rio Branco, também interior de Minas. É o sétimo filho de uma família de sete irmãos, todos criados pela mãe. Aos 13 anos já era professor de datilografia, e foi nessa fase que teve seu primeiro contato com um aparelho ortodôntico. Todo o seu salário era para cobrir as despesas com manutenção durante todo o seu tratamento, feito em Ponte Nova (MG), a única cidade da região que havia um ortodontista. Entre as idas e vindas de ônibus até o consultório, onde passava um dia inteiro esperando a condução da volta, ele se encantou pela profissão e criou admiração pelo trabalho do Dr. Júlio, que além de dentista era fazendeiro. 44
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ESPECIAL CAPA
Existe uma fórmula, de fato, para chegar onde deseja? Estevom Molica. Eu faço cursos de atualização pelo menos cinco vezes por ano. Além disso, é fazer o seu trabalho com seriedade, respeitar os anseios dos seus clientes, estudar sempre, isso nos torna, de fato, referência naquilo que fazemos. Às vezes as pessoas me acham muito marqueteiro, eu já ouvi esse termo em relação ao meu nome, mas ninguém é apenas marqueteiro. 25 anos formado em algo, não te faz referência em nada se nao for um bom profissional e não batalhar pelo seu sucesso. Eu sou um empreendedor. Acho que a palavra certa é essa. Eu consigo visualizar o meu trabalho, as minhas empresas, coloco elas na mídia, não fico esperando, não fico sentado no *mocho esperando o cliente aparecer. Sou um cara comunicativo, gosto de conversar com meus clientes, torno meus clientes meus amigos e isso é fundamental. O profissional de odontologia já causa um certo receio, medo, então é preciso quebrar esse gelo. Eu falo que nasci pra isso, eu nasci pra ser dentista, mas meus cursos são voltados para diversas áreas, não somente a estética oral, como também de gestão, coaching, marketing, fotografia odontológica, tudo isso faz com que a gente seja referência naquilo que a gente faz. *mocho - a cadeira do dentista
Sobre seu processo de vinda para MS. Como escolheu a Capital Morena? Estevom Molica. Quando me formei, eu e mais alguns amigos resolvemos ir para Tocantins, já que o pai de um deles morava lá e nossa vontade, como se aproximava uma eleição, todos os prefeitos seriam trocados, então decidimos começar por Tocantins. Batemos em várias prefeituras, mas a realidade da odontologia era muito triste, precária. Fiquei arrasado. E não era isso que eu almejava para mim, queria fazer odontologia de primeiro mundo. Um dos
amigos tinha parentes em Coxim, então mudamos os planos e partimos para lá. Montamos uma clínica onde permaneci por três anos. A partir do segundo ano fui fazer especialização em prótese dentária em São Paulo e antes de terminar a especialização eu resolvi mudar para Campo Grande, porque queria uma cidade maior para morar. Por 1 ano fiquei nas duas cidades. Consegui ajuda, frequentava a igreja, e os padres me ajudavam a captar clientes, foi uma experiência muito bacana. Até hoje tenho muitos clientes de Coxim, que vem de lá para serem atendidos comigo. Tem 23 anos que estou em Campo Grande e 25 de formado. Sempre sonhei em fazer uma odontologia de ponta. O que mais te motiva, diariamente, a se dedicar a sua profissão? Estevom Molica. Fui abençoado por Deus, porque eu nunca na minha vida pensei em fazer outra coisa. Foi tão suado fazer esse curso, que sempre me motivei pelo fato de estar fazendo o que sempre gostaria de ter feito. Você conseguir devolver os sorrisos é muito bacana. Envolve muito mais coisa do que simplesmente os dentes. Desenvolver sorriso é você mudar a vida das pessoas, você muda condição de autoestima. É uma das profissões mais lindas. Trabalho com sentimento de verdade. Eu posso mudar o jeito de pensar que uma pessoa tem sobre ela mesma e sua vida. Acho que foi até por isso que escolhi a área que trabalho hoje, que é a reabilitação oral estética. Ela se olha no espelho e se vê diferente, se vê melhor. E isso é muito bom. Quais são os desafios constantes ou aqueles que passou e marcaram sua vida? Estevom Molica. A minha saída de Coxim para Campo Grande, e ter conseguido me sustentar desde o início e ter sucesso profissional, com certeza foi o maior desafio nos primeiros anos depois de formado. Ser reconhecido dentro e fora do Estado. Receber clientes de fora do Brasil. Receber elogios de dentistas que são mais jovens que a gente e se inspiram na gente e querem ser o que a gente é. Acho que isso CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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marca muito. Eu ter começado a trabalhar no terceiro setor e fazer trabalhos voluntários dentro e fora do Brasil, dentro da minha área e fora dela, isso também tem sido uma grande experiência, uma lição de aprendizado e vida. E, sem sombra de dúvidas, o maior de todos os desafios e o que me motiva, me impulsiona e me leva a acordar todas as manhãs e ter muita força e vontade de estar vivo e produtivo, foi a chegada do meu filho, que tem 12 anos, o Antônio, meu grande amor. Ser pai mudou a minha vida completamente. Sobre o IAC (Instituto Amigos do Coração). Como surgiu a proposta do Instituto e encabeçar essa ideia? Estevom Molica. Ele surgiu na minha vida em uma época que eu estava repensando muito sobre a minha condição de voluntariado. Quando me perguntam como tudo foi acontecendo, eu não tenho essa ideia definida. Eu não sei. Eu nasci com essa vontade e foi crescendo com o tempo. Acho que quando me tornei espírita, isso há uns 12 anos, ficou mais latente. Eu trabalhei em uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que foi uma escola, me ensinou muita coisa, e hoje sei o que devo e preciso fazer e principalmente me ensinou o que jamais posso fazer dentro do 3º Setor. Um grupo de amigos e eu sempre estávamos em contato com diversas ações pontuais, um dia resolvi chamá-los para um bate-papo em casa e começou a nascer o IAC. Nesta Instituição que eu comecei a dar os primeiros passos e aprender muita coisa sobre a vida dos drogadictos, assim são chamados os dependentes químicos em tratamento. A droga desgasta muito o esmalte dos dentes e afeta a parte gengival e periodontal, este é o primeiro caminho que ela percorre e onde passa, deixa sequelas, rastros, às vezes, irreparáveis. Aí os desafios vão surgindo. O primeiro projeto foi o Devolvendo Sorriso e com ele surgiu novos projetos e novas parcerias com outras ONGs, como 46
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A Fraternidade Sem Fronteiras e Associação Amigos de Maria. Nos Amigos de Maria, que trabalhamos uma vez por mês, no Jardim Noroeste, utilizamos a Unidade Móvel de Saúde, atendendo as famílias daquele bairro que são muito carentes. E o Projeto Sorriso Sem Fronteiras, que ganhou uma proporção muito grande, já que levamos odontologia para Moçambique, na África. Somos responsáveis pela parte odontológica dos 22 Centros de acolhimentos de crianças órfãs da Fraternidade Sem Fronteiras que é uma ONG daqui de Campo Grande que acolhe hoje 10 mil crianças órfãs em Moçambique. La construímos escovódromos, levamos equipe de dentistas e voluntários para ensinarmos escovação. Isso fazemos há 4 anos. O projeto também atende a região do Pantanal, e estamos indo para a 6ª edição do Sorriso Sem Fronteiras – Pantanal, que fazemos às margens do Rio Paraguai. Vamos com 26 voluntários até Porto Morrinho, de lá pegamos uma embarcação do exército, que é nosso parceiro e descemos o rio fazendo atendimento nas comunidades ribeirinhas tradicionais, até o Paraguai, onde atendemos a última comunidade já naquele país, com mil indígenas. Levamos médicos, dentistas, veterinários, biólogos, cabeleireiros, barbeiros, entre outro profissionais que nos ajudam. Arrecadamos alimentos e entregamos para a população ribeirinha que vive nessa região e passa por necessidades. Para mim é muito gratificante ser um dos idealizadores dessa instituição. A minha família, minha profissão e a Instituição são a minha felicidade. Hoje eu não consigo acordar sem pensar nesses três pilares. Pra mim me fez crescer, me fez ser uma pessoa melhor. E para conciliar todos esses pilares que são o real motivo da sua felicidade? Estevom Molica. Minha rotina de trabalho por causa de casa, consultório e Instituto não é fácil, ocupa até os espaços inexistentes. Acho que consigo conciliar as três funções me desdobrando, sempre. Minha família, que hoje é o Adriano e o Antônio, mais todos os afazeres do Studio Oral, P&D e do Instituto é uma missão, mas conseguimos ficar todos grudadinhos, sempre. O que a gente não consegue resolver hoje a gente resolve amanhã, simples. A equipe do Instituto é grande, todos trabalham, não fica tudo só nas minhas costas, e o Adriano tem um papel fundamental nesse tripé. Dessa forma, vamos resolvendo tudo.
O que me fez aceitar o convite do Estevom, para integrar a equipe do Studio Oral, foi justamente essa percepção de uma clínica que tem como padrão de atendimento a excelência. O proporcionar ao cliente boas experiências. É uma percepção de acolhimento tanto tecnicamente quanto no environment. Foi o que me trouxe pra cá. Aqui todos se sentem bem, os profissionais são educados, bem treinados. É isso que a gente procura enquanto profissional. FELIPE LABURU Cirurgião Dentista
Compor a equipe do Studio Oral é um orgulho, já que todos os profissionais que lá trabalham são nivelados pela excelência exigida por uma clínica desta qualidade. Trabalhar com ele durante todos estes anos foi um grande aprendizado para ambas as partes. Sempre nos respeitando muito e superando as diferenças, para que essa parceria, que deu tão certo, pudesse continuar por muitos anos. Harmonia, amor, respeito e ética são as características de nossa relação. ADRIANA ABRÃO Implantodontia e Periodontia
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NEGÓCIOS
GO YOUR OWN WAY Triando El Camino uma Harley de cada vez.
por ELUSA PRADO • fotos STUDIO VOLLKOPF
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nquanto algumas marcas falam de seus produtos, outras expressam um estilo de vida. É o caso da Harley Davidson – empresa de fundo de quintal que Arthur Davidson, de 20 anos, e William S. Harley, de 21 anos, criaram em 1903, e que se tornaria a mais icônica marca de motocicletas da história. Ninguém compra uma Harley, adota uma motocicleta que traz uma enorme carga cultural em forma de maestria mecatrônica. Ela é diferente das outras motos, tanto em design quanto em engenharia, e encanta os olhos mesmo de quem não sabe nada sobre motores. “A carga embarcada da parte tecnológica é muito grande. Se você
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comparasse o módulo de controle da injeção eletrônica da Harley com o de outras motos você ficaria abismada. Falo isso porque uma das nossas especialidades é trabalhar com essas peças na parte de eficiência volumétrica”, explica Fábio Balestieri, mecânico autodidata e especialista na marca. Fábio e o irmão Gabriel são donos da El Camino, um prédio amplo, com decoração neutra e minimalista onde funcionam uma oficina, a barbearia, um bar e até uma lojinha de acessórios com relógios, pulseiras e anéis. Ali, entusiastas da marca encontram um lugar acolhedor para tomar uma cerveja no fim do dia,
trocar figurinhas sobre as motos, fazer negócios ou a barba. Desde os uniformes da equipe ao conforto da camurça no sofá, a ausência de quadros e pôsters, tudo na El Camino foi pensado para deixar com que as motos falem por si só, assim como a qualidade dos serviços e experiência. “Esse prédio é um projeto antigo, uma one stop shop que englobaria várias situações para o motociclista, e está apenas começando. Somos uma oficina que vende serviços e com o tempo pretendo angariar o maior número de serviços possível. Eu vejo um mercado crescente não só para esse tipo de moto, mas para estes serviços, e eu vejo as pessoas
procurando um atendimento bom, as pessoas estão aprendendo a consumir e a gente tá aqui fazendo o melhor. Não é perfeito, mas a gente tenta aprimorar sempre, disso você pode ter certeza”, conta. Comum na cultura motociclística dos Estados Unidos, mas completamente inédito por aqui, o conceito das one stop shops visa praticidade e relaxamento em um só lugar. A ideia é que com apenas uma parada o motociclista resolva pendências na moto e se relacione e encontre com outros que compartilham do mesmo estilo live to ride dos “harleyros”, como Fábio e Gabriel Balestieri, os sócios à frente da empreitada. Esse formato funciona desde janeiro, mas os irmãos Balestieri já trabalham consertando motos há bem mais tempo. “Eu trabalho na área com meu irmão há 15 anos, a oficina El Camino tem 10 anos, com esse nome. Nós tínhamos a ideia de montar alguma coisa, mas não era exatamente uma oficina mecânica. Isso nasceu de uma necessidade. As pessoas procuravam a gente para isso, então decidimos profissionalizar e empreender”, conta Fábio.
Hoje em dia, os dois são referência no assunto em todo o estado de Mato Grosso do Sul e respeitados pelo expertise. Mas não foi sempre assim. Eles aprenderam com a mão na graxa. “Nós andávamos com motos mais velhas, era o que dava para comprar, ia dando problema (risos) e a gente, sem know-how nenhum na época, ia consertando. A Harley era uma coisa praticamente impossível de ter quando eu era mais novo, com aquele poder aquisitivo. Minha primeira moto grande foi uma FZR 400, fui ter contato com uma Harley Davidson em 1999. Daí nasceu muita coisa das situações em que a gente tinha que mexer com a moto, porque não tinha quem fizesse. Mas fui buscando, já lia muito sobre moto, falo inglês fluente desde pequeno, eu e meu irmão sempre tivemos uma ligação muito forte com os Estados Unidos, com essa cultura e tudo o mais.” Fábio participou de eventos, cursos e temporadas nos Estados Unidos, sempre em busca de novidades acerca da marca e fazendo contatos. Hoje a El Camino oferece consultoria em tudo e mais um pouco que cerque o universo das motonas, com foco em performance e eficiência volumétrica. “Nós curtimos performance. Na época que a galera mal falava nelas a gente já customizava mecanicamente a Harley, era uma inovação na época. Hoje em dia é corriqueiro. Talvez nós tenhamos implantado isso aqui. Nós mexemos CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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na parte de injeção eletrônica e eficiência volumétrica há muito tempo”, conta Fábio. “Em customização não tem lei, você tem que fazer o que você sente, né? Mas a moda existe. Como a dos pneus, que eram cada vez mais largos e foram retrocedendo. Existe a tendência, mas você não é obrigado a remar junto com a maré”, pondera enquanto conta como desenvolveu uma pintura especial em azul com textura de brilho, que gera efeitos diferentes dependendo da incidência da luz. A Harley é uma das motos mais “mexidas” do mundo e, segundo os entendidos, é assim que cada um expressa seu amor pela motoca. “A moto é atemporal, você compra pra casar com ela (risos). Nem todo mundo faz isso, na verdade cada um faz o que quiser, mas tem muita
gente que vê a Harley como um prêmio dentro da garagem, e tudo bem. De repente o cara não gosta de viajar, nem de andar, mas é um prêmio pra vida dele. Tem tanta gente que paga 100 mil em um quadro, às vezes o cara paga 100 mil em uma moto. Customização também é isso. É você fazer o que o cliente gosta”, revela. Um dos clientes assíduos da El Camino é o empresário Gian Crivellente. Ele comprou sua primeira Harley há 9 anos, uma Road King, e fala da sua Street com um sorriso involuntário nos lábios. Gian faz parte de um motoclube da Capital, e com negócios em Sorocaba e em Campo Grande confessa que volta e meia troca a praticidade e a rapidez de um voo por um passeio com a sua Touring. Segundo ele, é muitas vezes sozinho na estrada que ele relaxa a cabeça e até resolve problemas. “Ultimamente eu tenho optado por outra linha de transporte (risos). Aí eu vou de moto, vou dar minha passeada. Tenho curtido muito mais estrada do que antigamente”, calcula. O que ele mais gosta na moto? A marca. “Harley Davidson é Harley Davidson, não tem o que falar. Você, pode customizar tudo nela. São motos que se adaptam a você” filosofa. A julgar pelos exemplares que eu vi na El Camino e como elas se pareciam com os respectivos donos. Tenho só a acreditar. 50
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MODA
IT DOENS’T MATTER if YOU’RE
BLACK OR WHITE Edição Anderson Alvves Fotos Ricardo Valencio
Regata em couro Animale, calรงa Shoulder, bota Animale.
Blazer e calรงa Shoulder, camisa loja Bossa.
Jaqueta Animale, regata Richards, calรงa Bob Store, botas Animale.
Vestido loja Bossa.
Trench coat Shoulder, camisa loja Bossa, botas acervo.
Vestido loja Bossa, botas acervo.
Edição: Anderson Alvves Fotos: Ricardo Valêncio Produção: Rafael Andrea Beauty: Tarciso Guilherme Assistente: Junior Gladson Modelos: Larissa Pacheco Miriam Santiago (MACHINE MGT)
COMUNICAÇÃO
PENSANDO EM INOVAÇÃO, LANÇAMOS NOSSO PODCAST! O programa inédito em Campo Grande traz diversos assuntos ao público.
por TARSILLA FERREIRA • fotos WILSON JR. FOTOGRAFIA
Da esquerda para a direita: em pé, Luiz Pereira, Ogg Ibrahim, Henrique Attilio, sentados, Waléria Leite, Osmar Bastos e Carlos Voges.
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Revista Cinco+ lançou recentemente o primeiro podcast de Campo Grande com variedade de temas em pauta. Para explicar melhor esse novo canal você precisa saber mais sobre o que é podcast: é uma forma de transmissão de conteúdo de mídia digital (áudio) pela Internet, que permite aos usuários fazer o download e acompanhar sua atualização on demand (sob demanda). Assim, é possível o acesso automático do podcast no computador ou celular através do site e das redes sociais da Revista Cinco+. É como um programa de rádio que você escuta quando e onde quiser. Antenados no mercado, a ideia é variar e expandir os temas que são publicados na Revista, até porque as matérias estão limitadas a 2 ou 4 páginas e nem sempre o leitor tem o tempo disponível. Com 10 anos de história e o know-how conquistado nesse período, a Revista teve a visão de uma nova possi-
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bilidade. Essa iniciativa inédita mostra que a Cinco+ não parou no tempo e continua ampliando seu conteúdo, buscando assim inovação para melhor informar o seu público. O projeto do podcast será um encontro com profissionais de diversas áreas para discutir assuntos variados toda semana. O podcast vem como uma nova ferramenta de comunicação, um novo formato, para alcançar seu público de uma maneira diferente. “É um conteúdo de qualidade em forma de bate-papo, para que o público, que não tem o hábito ou o tempo de leitura, conecte-se com a Revista Cinco+ e escute nosso canal para se informar melhor a cada novo programa” explica Henrique Attilio. Para aprofundar o debate semanal, “serão trazidas pessoas de diferentes áreas, com experiências e opiniões diferentes, que vão absorver e expandir as pautas. Cada um com seu ponto de vista”, completou Luiz Pereira.
Com publicação semanal, nosso podcast vai abordar temas como educação, saúde, comportamento, política, comunicação, marketing, entre outros, e a cada quinze dias divulgaremos programas com jornalistas falando sobre assuntos atuais, comentou Luiz Pereira. PODCAST #1 O primeiro Programa foi um bate-papo com os experientes jornalistas Osmar Bastos, Carlos Voges, Waléria Leite e Ogg Ibrahim, que falaram sobre suas carreiras, como começaram nessa profissão, a evolução do jornalismo, a tecnologia usada no passado e hoje, a mudança trazida pelas redes sociais e as novas tendências da comunicação social. Com mais de 30 anos na televisão, Osmar Bastos encarou pela primeira vez a audiência virtual. “Eu não tenho essa experiência com a internet. Quando me fizeram o convite, achei legal. Na televisão o tempo é curto, tudo é muito enxuto. Aqui nós podemos falar à vontade. Passamos por várias etapas da tecnologia usada dentro do jornalismo, então certamente nós podemos contribuir com essa evolução.” Já para Carlos Voges, “é um salto muito grande o podcast, principalmente para nós que somos oriundos de TV. É uma boa expectativa, bom para a gente reenergizar na profissão. Se a gente não experimentar coisas novas, ficamos ultrapassados. Quero ver como o público vai reagir.” Segundo Waléria Leite, a sua maior expectativa é reviver bons momentos com seus colegas. “Antes os jornalistas eram mais unidos, não vejo isso acontecer hoje em dia. O imediatismo da notícia cresceu muito com o avanço da tecnologia e dos meios de informação, isso obriga os profissionais a focar mais no seu trabalho individual.” Ogg Ibrahim contou que a experiência de gravar esse podcast “é como uma reunião de amigos, sempre sai conversa boa. Por termos trinta anos de amizade temos intimidade e conseguimos transitar bem entre os assuntos. Podemos conversar livremente, então é assim, muito papo de amigo. Fazer um trabalho profissional com essa pegada, essa essência, fica mais bacana ainda.” Lembramos que o podcast será publicado no site e nas redes sociais da Cinco+ sempre com pautas atuais com uma boa conversa. Fique ligado, acesse o site revistacincomais e ouça! CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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CULTURA
TRAÇOS E CORES DE MS Criador de obras icônicas espalhadas pelo Estado, artista plástico Cleir restaura pintura da arara após 22 anos.
por ELCI HOLSBACK • fotos DAIANE LÍBERO
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ampo grande é uma cidade única, com imagens raras, onde as características de uma capital em desenvolvimento se misturam às belezas naturais da fauna e da flora pantaneira, presentes no cotidiano da cidade. Além dessas características, a identidade visual da cidade também é marcada por monumentos singulares, que homenageiam a cultura local e agradam aos olhos de turistas e moradores, assinados pelo artista plástico sul-mato-grossense Cleir. A Deusa da Justiça, do Fórum, as araras iluminadas, da Praça das Araras, o monumento do Sobá, na entrada da Feira Municipal, os tuiuiús, em frente ao Aeroporto Internacional de Campo Grande, entre outras, ultrapassam 10 obras do artista apenas na Capital. A primeira delas, ainda existente, conhecida como Arara Sorridente, é uma grande tela a céu
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aberto, pintada na lateral do Hotel Bristol Exceler Plaza, na Avenida Afonso Pena. A obra foi realizada em 1995 e entre abril e junho de 2017, 22 anos após sua criação, a pintura ganhou cores e vida em uma restauração patrocinada pela administração do Hotel Exceler e Sicredi. “É um prazer ser convidado para fazer essa restauração de mais uma obra, que sempre foi muito querida pelos hóspedes do hotel, pelas pessoas da cidade que veem a beleza que eu vejo no Pantanal, no Cerrado e também aqui em Campo Grande”, afirma Cleir, que fez toda a restauração sozinho, apoiado em um “balancinho”, um andaime movido de forma automatizada que o transportou da base do painel até o lugar mais alto, o “olho” da arara. As obras de Cleir têm em comum o respeito à cultura sul-mato-grossense. Sua primeira obra foi a onça-pintada,
exposta como tela, assim como a arara, em um prédio da área central de Campo Grande. O olhar fixo do painel dava a impressão de que a onça estava viva e observando toda a cidade. Ela foi pintada em 1994 e, devido ações publicitárias, a onça pintada foi ocultada em 2015. Neste mesmo ano houve uma campanha para a reforma da onça, que já estava um pouco apagada por causa do sol e do tempo, porém não houve acordo com a administração do edifício, nem houve um patrocinador para a restauração da onça que, infelizmente, foi apagada. “Ainda é possível ver os traços da onça por trás da tinta aplicada. Me senti muito mal quando o painel da onça foi pintado”, revela o artista. AMOR À ARTE, AMOR AO MS Cleir Ávila Ferreira Júnior é natural de Campo Grande/ MS, autodidata e pinta profissionalmente desde os 18 anos. Iniciou no mundo das artes com influência hiper-realista. Retrata em suas obras temas regionais e ecológicos, principalmente a natureza pantaneira, presente em quase toda sua arte. Cleir possui obras, muitas em tamanhos admiráveis, espalhadas por toda a cidade e muitas outras espalhadas por outros municípios, como Aquidauana, Corumbá, Dourados, Rio Verde, Bataguassu, Ladário, Bodoquena e Bonito. “A escultura que mais gosto é a da Praça das Araras, por ter sido o meu primeiro trabalho de escultura, e o painel da onça é o mais importante da minha vida. Adoro fazer esculturas, adoro pintar telas, adoro pintar painéis, mas é diferente a sensação quando estou pintando telas, pois fico trancado dentro de um ateliê pintando. Uma coisa que eu gosto de fazer muito é pintar ao vivo, “botar” a tela em público e pintar”, revela Cleir. Após a restauração da arara do Hotel Exceler, que será no final de junho, Cleir parte para uma nova empreitada, a de restaurar as piraputangas de 8,5 metros da Praça da Independência,
em Bonito. A obra, iniciada em junho, tem apoio da prefeitura da cidade e deve ser entregue como presente à população durante o Festival de Inverno de Bonito, previsto para final de julho.
PAINEL CERRADO
“FEIRONA” - CAMPO GRANDE
ÍNDIA TERENA - AQUIDAUANA
PRAÇA DA INDEPENDÊNCIA - BONITO
PRAÇA DAS ARARAS- CAMPO GRANDE
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ARQUITETURA
AMBIENTES DE
SO
SUCES
Arquitetura comercial transforma espaços em locais perfeitos para ótimos negócios. por ELCI HOLSBACK
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Foto: Studio Vollkopf
ualidade, atendimento, gestão e bom preço estão entre os principais fatores que determinam o sucesso de uma empresa, seja ela de comércio ou prestação de serviços. Contudo, a imagem que essa empresa transmite ao seu público-alvo também é essencial, afinal “a primeira impressão é a que fica”.
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Diante dessa realidade, um segmento está cada dia mais forte e se tornou imprescindível a qualquer ambiente preparado para ser um espaço bem-sucedido: a arquitetura comercial, aquela que torna lojas, clínicas, escritórios e restaurantes em locais mais bonitos, funcionais e aconchegantes ao público. “Em um projeto tradicional, temos apenas o gosto do cliente como foco principal, já no projeto voltado ao comércio temos o resultado, ou seja, a venda de produtos e serviços como foco”, esclarece a arquiteta urbanista Júlia Leika Ohara Nagata, especialista no segmento. O trabalho consiste na visão geral do empreendimento, compreendendo como ele funciona, conceito da marca, perfil do público-alvo e produtos que serão oferecidos. Com essas informações, o arquiteto filtra as ideias do cliente e, com técnicas e conhecimentos na área de planejamento, organização, percepção ambiental, iluminação, estilos arquitetônicos e normas técnicas, elabora a proposta. “São muitos os detalhes arquitetônicos que podem fazer uma grande diferença para quem deseja ter um estabelecimento de sucesso, por meio de detalhes que vão muito além do que se vê com os olhos. É quando despertamos emoções e sensações, como quando alguém entra em um ambiente e fala que gosta, não sabe exatamente o porquê, mas que gostou dali, é o aconchego que o local oferece”, revela. A arquiteta ressalta ainda que quando alguém afirma que teve essa sensação de bem-estar em um ambiente, significa que o projeto cumpriu sua meta e alcançou o sucesso em todas as áreas da Arquitetura, seja comercial, residencial ou de interiores.
“As pessoas não precisam saber, apenas sentir o ambiente”, enfatiza a arquiteta. Júlia destaca ainda que o segmento está em alta, com diversas especializações e mercado aberto para novas ideias e melhor conceito da identidade visual do empreendimento. “Cerca de 3% dos arquitetos brasileiros trabalham com arquitetura comercial e menos de 15% com arquitetura de interiores. Existem cursos de especialização na área, mas também profissionais que atuam no segmento e se tornam especialistas pela própria experiência. Exemplo de espaço para a arquitetura comercial são as lojas de franquias, lojas-conceito. Todas utilizam profissionais para criar sua identidade e, atualmente, muitos empresários do varejo têm buscado o profissional da área para poder competir no mercado”, revela. Foi a necessidade do mercado campo-grandense que levou Júlia para a arquitetura comercial. Inicialmente contratada para planejar lojas em shoppings, lojas do varejo, clínicas, restaurantes e indústrias, a profissional percebeu a necessidade de especialização na área. “Conforme os resultados apareciam, outros clientes me procuravam. Foi quando decidi fazer a especialização Master em Arquitetura e Iluminação, em que tive acesso a mais ferramentas e técnicas para atuar nesta área com maior conhecimento específico”, conta a arquiteta que há 20 anos atua na área e traz em seu currículo o planejamento arquitetônico e de interiores de empreendimentos de sucesso da Capital, como a reforma do Restaurante Sabor em Ilhas e da empresa All Line Foods.
DIFERENCIAL Para quem ainda tem dúvidas sobre os resultados positivos da arquitetura comercial, Julia pontua o quanto esse profissional é essencial. As empresas que usufruem da arquitetura comercial, elaborada de forma profissional, passam a apresentar uma imagem mais forte no mercado, graças às intervenções e melhorias viabilizadas por essa especialidade da Arquitetura, onde o trabalho é pautado pela emoção que esses espaços vão gerar, ressaltando que não basta ser bonito, o público precisa se sentir bem e à vontade para querer voltar. “Um dos papéis mais importantes do arquiteto é ter criatividade para propor soluções de acordo com o tipo de empreendimento, pois o investimento do empresário tem como objetivo o aumento das vendas e/ ou serviço e o retorno financeiro. Se o investimento for muito alto e esse retorno financeiro demorar muito para acontecer, é porque não houve um bom planejamento. É importante respeitar tanto o varejista e a marca quanto o seu consumidor. Com criatividade é possível criar projetos que vendam bem e com custos dentro do esperado”, avalia a arquiteta.
O empresário interessado em criar ou recriar o ambiente de seu empreendimento, a fim de transformar o espaço em referência, a arquiteta, que também atua na área de projetos e construção residencial e de interiores, atende no escritório localizado na Avenida Joaquim Dornelas, 35 Bairro Amambaí, em Campo Grande. Contato: (67) 3042-7055 ou 99232-2978. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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DECORAÇÃO
SALONE DEL MOBILE O melhor do Salão do Móvel 2017.
Foto: Studio Vollkopf
por DAIANA CAPUCI
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Design de Interiores Studio It Decor daiana@itdecor.com.br
maior feira de design do mundo acontece todo ano em Milão, na Itália: é a Design Week, onde são apresentadas as principais tendências, inovações e novidades no mundo da decoração e do design. A feira conta com 270 mil metros quadrados e com mais de 372 mil visitantes. Acontece no moderno Centro de Exposições de Rho, em Milão, e por toda cidade são realizadas, simultaneamente à feira, diversas outras exposições, que são chamadas de Fuorisalone, ou seja, a cidade respira design e tudo de melhor da indústria moveleira. Na feira existem pavilhões em que são apresentados todos os estilos do design, do clássico ao moderno, e esse ano contou com um plus, que foi a EUROLUCE.
Poliform, B&B italia, Flexform, Capellini, Edra, Kartell, Cassina, Poltrona Frau, Tom Dixon, Moroso, Gervasoni, Rimadesio, Minotti, Molteni & C, Porro e Vitra, são algumas e mais importantes indústrias que expõem no salão, dentre outras.
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Esse ano a Design Week trouxe o sensorial, o sentido, a interação, o ser humano, com sua casa com seu mundo, e a valorização de hábitos e cotidianos. As ambientações das grandes marcas, como MOOI, DIESEL, MOROS, e da dinamarquesa Fristz HANSEN, ambientaram seus espaços como se fossem hotéis. A marca Poliform deu um show à parte com seus móveis impecáveis em acabamentos, como madeira, textura, latão e mármore. Aliás o mármore estava presente em todos os ambientes, assim como o dourado também. O metal marcou presença forte no iSalone, seja nas versões cobre, latão ou bronze e em luminárias, mesas ou poltronas… Uma aposta certeira para o design contemporâneo e moderno. Outra tendência são as formas orgânicas em sofás. Com relação às cores, ficamos com tons pastéis e sóbrios, como as cores azul e rosa, que fazem a releitura dos tempos de Maria Antonieta. A ideia esse ano foi a beleza funcional, a exploração de materiais, e as cores também são protagonistas. Se nos anos anteriores o branco e preto e os pastéis foram os chefes, claro que ainda continuam, hoje as cores e brilhos exagerados estão presentes nos móveis e na decoração. O papel de parede com motivo tropical e selva foi visto em todos os stands. O toque do verde misturado com outras cores deixou tudo muito inusitado. O vintage continuará com sua sensualidade, ou melhor com seu fascínio. Algumas das peças que tiveram destaque foram a mesa orgânica em três formatos, e as mesas Liquefy, da Designer espanhola Patricia Urquiola para a Glas Italia. São produzidas em vidro temperado ultra-fino com acabamento que lembra os veios do mármore. A EUROLUCE trouxe diversos lançamentos e formas orgânicas também nos lustres. Um dos que mais chamou a atenção foi o pendente Cut, do inglês Tom Dixon: o interior é espelhado, revelado ao acender a luz. É todo em formato de diamante, inspirado em um caleidoscópio.
O que chamou a atenção foi o sofá underconstruction, assinado pelo designer brasileiro Pedro Franco. Em veludo (material muito visto na feira) e num suave rose, que lembra o rose de Maria Antonieta. O sofá virou objeto de desejo imediato de muita gente que passava por lá! Um orgulho brasileiro. Detalhe do papel de parede com vegetação, que traz o tropicalismo como tendência. Outra instalação que estava incrível foi a da coleção ‘Objetos Nômades’, da maison Louis Vuitton. Eles convidaram os designers mais influentes do momento para desenharem uma coleção. O objetivo de manter viva a longa tradição da LV no domínio da arte de viajar com estilo. Nessa nova edição, os recém-chegados India Mahdavi e Tokujin Yoshioka se juntam aos Irmãos Campana, Atelier Oï, Maarten Baas, Damien Langlois-Meurinne, Nendo, Gwenaël Nicolas, Raw Edges, Patricia Urquiola, Marcel Wanders, Barber e Osgerby, para desenharem edições limitadas e protótipos experimentais que compõem essa coleção especial. Com visões contemporâneas, os talentosos designers aceitaram o desafio de encontrar inspiração em deslumbrantes viagens imaginárias, a fim de desenharem objetos belos, funcionais, decorativos e utilitários que serão produzidos pelos ateliês da Louis Vuitton. Todos os móveis podem ser fechados e carregados, por isso o nome Objetos Nômades. Estava incrivelmente linda, pelas formas e acabamentos. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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DECORAÇÃO
UM RECORTE SINGULAR Fotógrafo renomado recorre à sensibilidade para eternizar ambientes e seleciona em livro seus trabalhos mais marcantes.
por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN • fotos CONTEXTO MIDIA
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m olhar diferenciado, que transpassa a emoção do fotógrafo, transforma Denilson Machado em um artista único. Autodidata, tem na mãe e na avó seus alicerces de sabedoria, ensinamento, humildade e perseverança. Digo isso porque ao conversar com este carioca que já aprendeu a gostar de Mato Grosso do Sul, percebi que a transparência de suas palavras também pode ser vista na sensibilidade de suas fotos. No livro “Não me obrigue a fazer sentido”, lançado recentemente em Campo Grande, Denilson brinca com ângulos, usa e abusa de grafismos e mistura, de uma forma encantadora, tudo que seu olhar “toca” em diversos projetos arquitetônicos e de design que já conferiu. O moderno do concreto ganha contornos iluminados com luz natural que o fotógrafo explora ao máximo, deixando a obra ainda mais real. O trivial é deixado de lado, dando espaço para os detalhes, transformando-os em atores principais da cena. Com o mínimo de interferência, o belo surge em montagens criativas. Apaixonado por fotografia desde muito cedo, Denilson celebra 15 anos de carreira. “Eu não escolhi a Arquitetura, foi ela que me escolheu”. Conheceu Campo Grande depois de um convite da direção da Mostra Casa Cor Mato Grosso do Sul, em 2016, onde fotografou vários ambientes no evento. Oito deles estão contemplados no novo livro, exaltando o trabalho de arquitetos e designers de interiores do Estado. Depois de uma difícil seleção, a obra agrupa uma série de 400 fotos que vão desde mesas coloridas, flores, escadas a sombras de árvores dentro de ambientes. “A ideia do livro é exatamente essa, são essas fotos muito mais artísticas que eu fiz ao longo de 15 anos e que juntas passam a fazer algum sentido”, frisa. A obra é o primeiro voo solo do fotógrafo. Denilson já publicou outros oito livros, mas este é especial não só por isso, também foi a estreia da mãe, Deusa, em um de seus lançamentos no Rio de Janeiro. “Ela colocou o livro no colo e, mesmo sem entender de fotografia, pude ver que ela olhava com aquela sensação de dever cumprido, de algo que deu certo, de que eu consegui.”
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“É de extrema importância como profissional e para a minha carreira estar publicada em um livro tão relevante com o melhor fotógrafo de interiores do Brasil e fazer parte do livro onde também estão participando grandes nomes da arquitetura e do design de interiores do País. É documento para toda a vida.” DAIANA CAPUCCI
Design de Interiores que teve uma foto de seu trabalho na Casa Cor MS publicada no livro de Denilson Machado.
“Denilson tem um olhar provocativo, capaz de capturar a essência de cada projeto, por isso é um orgulho para a CASA COR MS ter oito dos ambientes da edição 2016 escolhidos para fazer parte dessa grande obra.” TATIANA RATIER
Diretora executiva da CASACOR MS.
MARKETING
CHEIRO DE BONS NEGÓCIOS Um aroma sofisticado para sua empresa. por FERNANDA NASCIMENTO PROCHMANN
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ntre as inúmeras ações que o empresário deve estar atento para efetivar uma venda ou mesmo divulgar o nome da sua marca, o marketing olfativo é uma que deve ser levada em consideração. Apesar de novo, o conceito já chegou ao Estado através do trabalho da empresa Fancy, que produz mais de 200 fragrâncias de acordo com o perfil do cliente. Muito mais do que a visão, o olfato é responsável por um grande impacto emocional, provocando sensações no consumidor. Cabe ao desenvolvedor desses aromas fazer com que essa experiência seja positiva, ou seja, que o cheiro seja realmente bom a ponto de fazer o cliente entrar na loja e se sentir bem ao comprar. A Fancy disponibiliza no mercado três tipos de aparelhos que proporcionam a aromatização dos ambientes, além de difusores personalizados e home sprays. Os equipamentos podem ser regulados conforme a necessidade do cliente, estabelecendo dias da semana, horários e o intervalo de aspersão, sendo que o alcance da aromatização varia de 40 até 220 metros quadrados. Além destas vantagens, o marketing olfativo agrega valor à marca e fideliza o consumidor, criando um ambiente agradável, independentemente do segmento que for adotá-lo, já que a estratégia pode ser aplicada em qualquer tipo de negócio.
O aroma diz mais do que apenas um bom perfume, ele representa sua essência e remete ao bem-estar, fortalece as relações com as pessoas.
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A Fancy oferece planos mensais e em todos os pacotes estão inclusas a fragrância, assistência técnica e o aparelho. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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FOTOGRAFIA
EX(IM)PRESSÃO DOS OLHOS E CORAÇÃO Fotógrafa Elis Regina passa pouco mais de 15 dias em alguns países da Europa e registra momentos que estão eternizadas na mente e na fotografia. por CLARISSA DE FARIA • fotos ELIS REGINA
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arte de fotografar é mais que um dom, é a possibilidade de registrar o que os olhos e coração dizem – ao mesmo tempo. Cada um da sua maneira, do seu jeito e com suas possibilidades, já que estas são ínfimas quando o assunto é fotografia com (e de) amor, o que está além de um simples clique, é o start de quando seus sentidos conseguem perceber coisas que muitos olhos por aí não conseguem traduzir quiçá em palavras. A fotógrafa Elis Regina, figura tarimbada da fotografia, em todo o estado, se reconecta, em 2013, com um sonho adormecido em meio a correria do dia a dia: o desejo de conhecer lugares, pessoas e culturas. Desde então, busca espaços na agenda e sai por aí com sua máquina a postos. Em março deste ano o percurso foi por Paris, Londres,
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Atenas e Ilha de Creta, além das duas longas conexões em Lisboa, que permitiram passear pela cidade e conhecer os encantos da comida e das ruas. Sua relação com a fotografia é de amor, expressão pessoal e, obviamente, profissional. “Eu sou fotógrafa, vivo de fotografar. Quando viajo de férias eu tento não ser muito fotógrafa. Pode parecer estranho eu dizer isso, mas me incomoda muito essa obsessão por fotografar tudo e fazer selfies e postar. A relação com a fotografia se transformou muito com as câmeras digitais e os celulares. As pessoas viajam e fazem um tipo de turismo automatizado. Trocam a experiência de viver, sentir o lugar e tem um comportamento padrão: parar, fotografar e continuar. Eu ficava observando as peripécias que as pessoas são
capazes de fazer para ter uma foto, uma selfie. Vivemos em um mundo mediado e influenciado pelas mídias sociais, onde a imagem serve para marcar território e dizer que estivemos em tal lugar”, ressalta. Sobre as andanças pela Europa, Elis afirma que não foi nada fácil viajar e resistir em não sair clicando tudo. “Tenho usado mais o celular do que a câmera, porque é mais fácil, mais rápido e mais prático. Gosto de fazer imagens simples, de cenas que me tocam, das ruas, de gente , da luz e suas nuances. Essas imagens surgem da observação, de um olhar mais lento, sem pressa de registrar tudo ao mesmo tempo. Penso que assim eu tenho mais chance de fazer boas fotos e não muitas fotos. Escolhi essas imagens porque foram feitas com esse espírito e todas com o celular”. A EXPERIÊNCIA “Para mim, viajar, é sempre uma oportunidade de aprender. Claro que em uma viagem de poucos dias acabamos tendo uma pequena experiência dessas culturas, seria necessário muito tempo. Mas sabendo aproveitar, esses poucos dias podem ser muito interessantes e enriquecedores. Eu sou obcecada por arte e comida, então meus passeios prediletos são museus, galerias de arte, restaurantes típicos e comida de rua. Um dos momentos mais impressionantes que vivi foi ver a obra Metamorphosis of Narcissus de Salvador Dalí na Tate Modern, em Londres. Eu só tinha visto em livros e fiquei muito impactada com as cores, o volume e a tridimensionalidade dessa obra, que foi criada em 1937. Vi também um dos icônicos retratos que Andy Warhol fez da Marilyn Monroe, o Marilyn Diptych de 1962 e vários outros artistas como Pablo Picasso, Piet Mondrian, Claude Monet, Jean Arp e Miró, que eu amo e já tinha visto na Pinacoteca, em São Paulo. Para mim isso é muito mais interessante e emocionante que qualquer ponto turístico. Fui na Torre Eiffel, nas
igrejas, em alguns outros “cartões postais”, mas o que mais me tocou foram esses momentos de ver ao vivo obras que me inspiram. Londres foi a cidade que mais me identifiquei. Eu já sabia que seria assim. Uma cidade onde tudo existe, tudo acontece, tudo é possível, é única, vibrante, excêntrica. A diversidade étnica é extraordinária. Tem gente de todos as partes desse mundo. Cosmopolita, descolada. Onde o moderno e o tradicional se misturam ou não. Quero voltar muitas vezes. Mas tem três momentos, por coincidência todos com crianças, que me emocionaram muito. Em Paris, no Louvre, várias crianças correndo e subindo na pirâmide que fica no saguão do museu. A felicidade e a energia de ser criança, sem filtros. Outra cena que me marcou e eu consegui também fazer uma foto foi em Londres, no Natural History Museum, onde uma criança negra segura na mão de uma muçulmana e correm felizes, sem preconceito, sem regras. Apenas Children of the world sendo crianças. Outra cena foi no metrô, essa sem foto. Gravada na minha memória para sempre. Estava dentro do trem, quando em uma estação várias crianças uniformizadas entraram acompanhadas de seus professores. Na minha frente param duas meninas por volta de 6, 7 anos. Elas estão unidas com uma pulseira de plástico, parecia algemas, mas não era. Sorridentes se olham com cumplicidade e pureza, quando percebem que eu estou olhando para elas. Uma levanta os olhos e me diz com um sorriso e uma certeza absurda: “My best friend”. Eu devolvo um sorriso e digo: This is very cool. Foi o que consegui.. porque fiquei emocionada, quase chorei. Sobre os os anseios pós-viagem, Elis é enfática: “Apenas viajar, viajar e viajar” (risos). “Em julho vou realizar um sonho: unir viagem, fotografia e gastronomia. Vou a trabalho para Barcelona fotografar e filmar um Safári Gastronômico organizado pela Brasil Food Safaris, do chef Paulo Machado e da Polianna Thomé. Estou ansiosa, porque acredito que será uma experiência incrível”, garante. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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CIDADANIA
FRAUDE E EVASÃO FISCAL
Foto: Luciano Muta
por ANDRÉ SALINEIRO
Policial Federal, escritor e Vereador por Campo Grande. É bacharel em Direito e Fisioterapia; pós-graduado em Gestão Empresarial, em Direito Penal e em Direito Processual Penal, além de especialista em Segurança Pública e Análise Criminal. andresalineiro@hotmail.com
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SÃO FILHOTES DE UM LEÃO QUE ESTRANGULA O DESENVOLVIMENTO E
m um ano, o brasileiro trabalha cinco meses apenas para pagar impostos, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). A cada ano, aumenta esse período, bem como o volume de reclamações sobre os serviços públicos. Esse é apenas um dos motivos pelos quais a política de impostos deveria ser reformulada no país, na avaliação do autor do livro “Colapso Econômico – A Política de Impostos no Brasil”, André Salineiro. A obra traz um exame profundo sobre o tema e aponta possíveis saídas para o verdadeiro colapso do sistema, que é falho em função da carga excessiva de tributos, fraudes e evasão fiscal. No Capitulo 4, intitulado “Os efeitos da política de impostos sobre o crescimento econômico”, Salineiro explica que “a arrecadação em excesso traz enormes prejuízos ao mercado, fazendo com que as indústrias produzam menos, ao mesmo tempo em que
as empresas têm dificuldades em vender seus produtos, fazendo com que as pessoas não consigam comprar, e que, portanto, aumente o número de desempregados, o que podemos chamar de efeito cascata produtivo”. É urgente, conforme o autor, uma redução na carga tributária nacional para que a economia possa crescer e apresentar resultados a curto e, principalmente, em longo prazo. Os tributos em excesso e sem retorno à classe produtora provocam perda de competitividade no mercado externo, frente a países que apoiam seu desenvolvimento produtivo. As altas taxas, destaca Salineiro, desencorajam o esforço e o trabalho. Assim, surgem as iniciativas de fraude e evasão fiscal, que o autor chama de “filhotes do leão”. No livro, Salineiro elenca outras consequências negativas da tributação excessiva e faz apontamentos para um novo sistema tributário.
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GASTRONOMIA
PANCS VÊM CONQUISTANDO ESPAÇO NA CENA GASTRONÔMICA DO ESTADO Aprenda mais sobre essas plantas alimentícias não convencionais. por TARSILLA FERREIRA fotos WILSON JR. FOTOGRAFIA
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Cocina de Frontera Chef, consultor e professor, Edu é um entusiasta dos sabores e colunista da Cinco+. edurejala@hotmail.com
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m busca de uma alimentação mais saudável, o consumo das plantas alimentícias não convencionais (PANCs) vem crescendo. São frutos, folhas, flores, rizomas e sementes que podem ser consumidas cruas ou após preparo culinário. As PANCs, também conhecidas como “mato”, “ervas daninhas” ou “invasoras”, apresentam potencial para complementação alimentar, diversificação dos cardápios e dos nutrientes ingeridos. Estima-se que há cem anos o homem consumia aproximadamente 10 mil espécies de plantas, enquanto hoje esse número gira em torno de 170. Um exemplo é a rúcula, que há poucos anos voltou a fazer parte do cardápio dos brasileiros. Para o chef do Nazca Ceviche Bar, Edu Rejala, as PANCs rendem infinitas finalizações e temperos. “Atualmente é quase impossível pensar em uma receita sem pensar no toque que elas podem dar.” No restaurante, um dos pratos mais pedidos é o Ceviche Miraflores. “Prato que criei em homenagem ao
charmoso bairro da capital peruana. Ele tem como base o salmão, emulsão de maracujá, limão, coentro e ajis peruanos, além do toque final dado pelas folhas, brotos e flores (PANCs) que trazem muito sabor e charme”, comentou. A experiência da proprietária do Recanto das Ervas, Márcia Chiad, com as PANCs começou há 17 anos quando, cultivando ervas e temperos, ela se deparou com uma série de plantinhas espontâneas que surgiam de acordo com o tipo de solo. “Fui percebendo como essas plantinhas rústicas surgiam do nada e com uma energia incrível.” “A gente vai se apaixonando por elas. Mais ainda quando descobrimos o aroma, sabor e nutrientes que elas nos dão. Com isso acrescentamos sabor aos sucos, saladas, molhos e acompanhamentos. Sou eternamente grata à natureza que me presenteia todos os dias com essas plantinhas”, completou. Segundo o chef, pesquisador e apresentador do programa Comitiva
de Sabores, na AgrobrasilTV e RecordMS, Paulo Machado, as PANCs são mais do que simples alimentos, são uma forma de olhar do ser humano para tudo aquilo que está ao seu redor. “Não só fazem parte da natureza como forma de embelezamento ou de ornamentação, mas também como fontes de nutrientes. Aquele trevinho de três folhas, a taioba, caruru, dente-de-leão, major gomes – todas essas são plantas que crescem espontaneamente por onde a gente passa, a gente ter esse olhar para essas plantas como alimento, nada mais é que o futuro.” Edu Rejala finaliza explicando que “esse é um tema bastante atual, que tem movimentado o cenário da gastronomia mundial. Podemos trazê-lo para dentro da cozinha de casa e surpreender amigos e familiares. Esperamos que vocês adotem essas incríveis plantinhas não convencionais no seu dia a dia.”
Listamos 10 PANCs para você pesquisar e conhecer melhor:
1 – PEIXINHO 2 – ESPINAFRE MALABAR 3 – MARACUJÁ-DO-MATO 4 – BELDROEGA 5 – ORA-PRO-NÕBIS 6 – FEIJÃO GUANDU 7 – CAPUCHINHA 8 – AZEDINHA VERMELHA 9 – TREVO 10 – CARURU
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GASTRONOMIA
COMER BEM FAZ BEM (E É GOSTOSO!) Apaixonada por comida, paranaense faz sucesso nas redes sociais com receitas saudáveis e assina novos pratos da rede de restaurantes Madero. por EVELISE COUTO • fotos FER CESAR
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ati Bianco transformou o que muitos consideram um obstáculo em uma oportunidade de levar uma vida mais saudável, cheia de cor e sabor. Após anos de uma alimentação pobre em nutrientes, ela descobriu que era alérgica a leite e ovos, o que levou a uma mudança radical de sua rotina alimentar e de sua relação com a comida. Designer gráfica por formação, Pati passou a aventurar-se na cozinha e a compartilhar suas experiências nas redes sociais. Nasceu assim o blog Fru-fruta, que levou-a à categoria de digital influencer. Aliando expertise a um carisma enorme, conquistou seguidores país afora e chamou a atenção de gente importante, como o chef Junior Durski, o grande nome à frente do Madero, a maior rede de casual dining do País, que convidou-a para assinar em parceria seu novo cardápio de saladas e fazer adaptações no preparo e na apresentação de pratos já existentes em seu “Menu Fit”. Pati agora está viajando pelo Brasil divulgando esse novo cardápio e dedica seu tempo sendo voluntária na ONG Gastromotiva, que capacita gratuitamente jovens talentos para trabalhar na cozinha do Refettorio Gastromotiva, onde teve a honra de conhecer grandes nomes da gastronomia, como Massimo Bottura, David Hertz e Alain Ducasse. Em meio a uma agenda tão lotada, ela ainda arranjou tempo e disposição também para lançar um livro com 50 de suas receitas doces e conseguiu uma pausa para atender a equipe da Revista Cinco+, para contar um pouco de sua história.
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CHEF JUNIOR DURSKI
Você é formada em Design Gráfico, mas é hoje nome conhecido da Gastronomia. Como aconteceu essa transição? Pati Bianco. Sempre amei comida, mas me alimentava mal. Pulava a salada, fazia cara feia para os legumes e adorava todo tipo de comida industrializada. Após anos de uma alimentação pobre em nutrientes, descobri que era alérgica a ovos e leite. Comecei a estudar sobre o assunto e me obriguei a mudar. Passei a criar e testar receitas e apresentações. Senti vontade de compartilhar que alimentar-se bem está ao alcance de todos. Assim, criei o blog “Fru-fruta”, para falar de comida saudável de uma forma leve e descomplicada, tentando reduzir preconceitos sobre o assunto. Qual é sua criação mais queridinha? Pati Bianco. Minha refeição favorita é o café da manhã, por isso desenvolvi uma panqueca integral que virou meu xodó. Nas redes sociais batizei de #panquecafrufruta. Como é uma receita fácil e super gostosa, a aceitação foi muito boa. Muita gente reproduz a receita, fotografa e posta. Aliás, acompanhar a trajetória das receitas que nasceram dentro da minha cozinha e chegaram a lares do Brasil todo é muito gratificante! Qual dica você dá para quem tem restrições alimentares? Pati Bianco. Felizmente, cada vez mais empresas têm se conscientizado da necessidade de oferecer opções para todas as pessoas: tanto quem excluiu alimentos da dieta por opção, como vegetarianos ou veganos, quanto aquelas que, como eu,
“O CONVITE DO CHEF JUNIOR DURSKI FOI UMA HONRA. SOU GRANDE ADMIRADORA E FREQUENTADORA ASSÍDUA DO MADERO E VEJO O NOVO MENU COMO UMA PORTA DE ENTRADA PARA QUEM QUER LEVAR UMA VIDA COM MAIS SAÚDE, PROVANDO QUE COMIDA LEVE E SAUDÁVEL TAMBÉM PODE SER DELICIOSA.”
PATI BIANCO
não podem ingerir certos ingredientes por questão de saúde. Para não passar aperto, a dica é se planejar. Sempre tenho um lanche na bolsa. Quando pretendo comer fora, verifico o cardápio antes, ou até ligo para o restaurante confirmando a viabilidade de adaptar algum prato às minhas necessidades. Geralmente funciona! Como surgiu o convite do Madero para você colaborar com o cardápio saudável da rede? Pati Bianco. Por incrível que pareça, o chef Junior Durski me encontrou nas redes sociais! Começamos a conversar, falei que sou muito fã do Madero e sugeri uma reunião. Consciente da necessidade de incluir pessoas com restrições alimentares, ele me propôs que criasse duas novas saladas para a rede. Além disso, também retrabalhamos a apresentação da Salada Caesar já existente na rede, das saladinhas de acompanhamento de carnes e hambúrgueres, retiramos o leite do creme de palmito e trocamos a massa da Panzanella para integral. Foi uma parceria muito bacana e com grandes resultados. Como essa experiência de parceria tem sido para você? Pati Bianco. É uma honra fazer parte da história dessa rede brasileira que oferece uma experiência gastronômica de alta qualidade aos seus clientes, da qual sou grande admiradora e frequentadora assídua! Além disso, a parceria tem potencializado um dos meus pilares de atuação: fazer a diferença na vida real de pessoas com restrições alimentares ou que buscam uma alimentação mais equilibrada. Também vejo o novo menu como uma porta de entrada para quem precisa ou deseja levar uma vida com mais saúde, provando que comida leve e saudável também pode ser deliciosa.
Confira a receita da Salada Madero Veggie, uma das novidades do cardápio da rede criada por Pati Bianco em parceria com o chef Junior Durski. Ingredientes 90 g alface-americana 10 g rúcula 70 g de grão-de-bico cozido 20 g azeitona preta fatiada 12 unidades de tomates-cereja 02 colheres de sopa de azeite de oliva 01 palito de queijo de coalho Amêndoas laminadas e torradas a gosto Creme de balsâmico a gosto Pimenta-do-reino moída na hora Modo de preparar Higienize os tomates, a alface e a rúcula. Corte os tomates ao meio e reserve. Em uma frigideira, esquente o azeite de oliva e adicione o grão-de-bico cozido, os tomates e as azeitonas. Misture de vez em quando. Quando o tomate murchar levemente, adicione a pimenta-do-reino. Desligue o fogo e reserve. Grelhe o queijo de coalho em uma churrasqueira ou frigideira quente. Retire-o do palito e corte em cubos. Em um prato fundo, coloque a alface e a rúcula e tempere com creme de balsâmico. Com ajuda de uma colher, posicione o grão-de-bico salteado no centro do prato, sobre as folhas. Distribua o queijo de coalho cortado em volta do grão-de-bico, próximo às bordas. Salpique as amêndoas para finalizar.
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GASTRONOMIA
9º FESTIVAL BRASILEIRO DA CERVEJA REÚNE 800 O RÓTULOS EM SANTA CATARINA
A distribuidora Barba Bier, de Campo Grande, esteve por lá para conhecer as novidades. por MARINA BASTOS • fotos DIVULGAÇÃO
Festival Brasileiro da Cerveja, realizado anualmente em Blumenau – SC, cresce a cada ano e se consolida como o maior do setor no País. É a reunião das principais cervejarias do País, dos melhores sabores, aromas e harmonizações. Durante quatro dias cervejeiros, especialistas e consumidores degustaram mais de 800 rótulos e aproveitam uma rica programação artística e cultural, palestras e ótima gastronomia. O 9º Festival Brasileiro da Cerveja aconteceu no Parque Vila Germânica, palco também da Oktoberfest. Entre as apresentações realizadas na Vila Germânica, estiveram palestras técnicas e aprofundadas do universo cervejeiro, abordando temas específicos relacionados aos insumos e à realidade do mercado. No entanto, o encontro prevê também temas destinados a quem está dando os primeiros passos no setor, com palestras sobre produção cervejeira e uma análise sobre a popularização das artesanais, entre outros. Um prato cheio (ou seria um copo cheio?) para os amantes da gelada! Diretamente de Campo Grande, Rafael Sauer, da distribuidora Barba Bier, esteve por lá para conferir as novidades e apreciar cervejas do mundo todo. “O Festival de Cerveja de Blumenau é o principal evento brasileiro de cervejas especiais, parada obrigatória a todos os amantes de cerveja e pessoas que trabalham no ramo, pois lá temos contatos com as melhores cervejas do País e seus mestres cervejeiros”, disse o distribuidor. “É uma grande confraternização do segmento, boa música, comidas típicas, encontro de amigos, e lógico, muita cerveja boa. Outra ótima opção nos dias do festival, são as visitações nas cervejarias daquela região, são mais de 15 cervejarias para visitar e degustar as cervejas direto da fonte”, completou. Para Sauer, o que mais chamou a atenção nesta 9ª edição do Festival Brasileiro de Cervejas foi a variedade de estilos apresentados esse ano. “Desde cervejas envelhecidas em barris de madeira, as ácidas com adição de frutas (lembram frisante) e as New England (estilo novo que virou febre nos EUA e desembarcou por aqui, cítricas e refrescantes).” CONCURSO DE CERVEJAS Com o objetivo de elevar e promover a qualidade da cerveja brasileira, todos os anos durante o Festival é realizado o
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Expositores, especialistas e consumidores fizeram do 9º Festival Brasileiro de cerveja sua maior edição.
Concurso Brasileiro de Cervejas. Este ano, a competição contou com jurados de 20 países. Entre eles sul-americanos, norte-americanos, europeus, um africano e um asiático. “Um dos três principais concursos cervejeiros do mundo merece os melhores jurados. Pensando nisso, a coordenação técnica do Concurso Brasileiro de Cervejas 2017 confirmou a participação de 61 especialistas de renome internacional para atuarem no julgamento dos milhares de rótulos participantes”, afirmou a organização do Festival. Para Rafael Sauer, da Barba Bier, o concurso de cervejas é um dos pontos mais interessantes do Festival. “É o concurso nacional de cervejas que é o terceiro maior do mundo em participações. Duas cervejarias aqui do estado (MS) já foram premiadas nele, a Tereré Ipa, da Moagem, e a Mani-oca, da Morena Beer”, destacou ele, que já havia participado em outros eventos deste tipo, como o Degusta Beer, que é realizado de dois em dois anos em São Paulo. Neste ano foram premiados rótulos em 137 estilos diferentes, nas categorias Experimental, que são aquelas cervejas que ainda não foram lançadas, mas estão devidamente registradas, e Comercial, que já são vendidas. Foram distribuídas medalhas de ouro, prata e bronze para os vencedores em cada estilo. O fim da cerimônia foi marcado pela escolha das The Best of Show, as melhores cervejas do concurso segundo a avaliação dos jurados. Na categoria Experimental, receberam medalhas as cervejarias Backer e Opera. A Backer garantiu ouro com a cerveja Backer Reserva, do estilo Old Ale, e bronze, com a Backer Julieta, uma Belgian-Style Fruit Beer. A cerveja Seven´r Inn, da Opera, ganhou a prata no estilo Brazilian Beer, novidade do concurso este ano. Já na categoria Comercial, o ouro foi para a Cervejaria Maniba, com a cerveja Red Meth, no estilo Belgian-Style Flanders Oud Bruin or Oud Red Ale. A cervejaria Araucária ganhou prata com a RedCor Ryequeoparta, do estilo Rye Beer e a cervejaria Urwald ganhou bronze no estilo Dortmunder/European-Style Export, com a cerveja Urwald Dortmunder Export.
TRICAMPEÃ! Na cerimônia também foram premiadas as melhores cervejarias do concurso, que reuniram a maior quantidade de prêmios durante a cerimônia. A medalha de ouro ficou com a Tupiniquim, do Rio Grande do Sul. “Os concursos são resultado do nosso trabalho do dia a dia. É um reflexo”, avalia o sócio-proprietário da marca, Fernando Jaeger. A Tupiniquim ganhou o título pelo terceiro ano consecutivo. As cervejarias Heilige e Bodebrown ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente. A lista completa estará disponível no site do festival da cerveja (www. festival da cerveja.com). “Na sua quarta edição o Concurso Brasileiro de Cervejas foi um sucesso, e a premiação, que é considerada um Oscar da cerveja, vem para coroar a competição, uma das mais importantes do mundo”, conta o presidente do Parque Vila Germânica e secretário de Turismo, Ricardo Stodieck. Não dá vontade de experimentar todas?
Acompanhado da esposa Vanessa Fortti, Rafael Sauer saboreia o melhor do festival.
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GASTRONOMIA
REDE MADERO COMEMORA 12 ANOS COM AÇÃO SOCIAL EM TODO O BRASIL
Campo Grande beneficiou as crianças da Afrangel.
por HENRIQUE ATTILIO • fotos WILSON JR. FOTOGRAFIA
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olidariedade, ajudar a quem precisa, viver experiências nunca vividas ou até mesmo sonhadas. Mostrar um mundo de oportunidades e sabores, sensações que para muitos são irreais. Foi nesse clima de fraternidade que o Madero Steak House do Shopping Campo Grande comemorou no dia 05 de junho o aniversário de 12 anos de sua marca. Com a missão de beneficiar instituições carentes e projetos sociais em cada cidade onde possui um restaurante Madero, esta é uma ação que faz parte da agenda social da rede para 2017, com meta de arrecadar R$ 1 milhão para entidades carentes de todo o País. Em Campo Grande, as crianças da Afrangel – Associação Franciscanas Angelinas, que foram beneficiadas com um delicioso almoço oferecido pela rede, um momento único que encheu os olhos e a barriga de muitas delas. Algumas tiveram contato com um hambúrguer, e até mesmo com o shopping, pela primeira vez! De acordo com a assistente social da Afrangel, Jociele de Carvalho Costa, conta que “isso não faz parte da realidade delas e nem de suas famílias. Na verdade, temos crianças que acreditam que isso não faz parte do mundo delas e se sentem envergonhadas de irem, por achar que não são dignas de frequentar espaços como esses.” Por isso a importância dessas ações: mostrar que são bem-vindas à sociedade e que não há espaço para o preconceito, é necessário falar sobre o HIV e a AIDS. A Afrangel Lar das Crianças atende crianças e famílias que vivem ou convivem com o HIV/AIDS, proporcionando todo atendimento necessário, desde remédios, educação, transporte, lazer, alimentação até apoio aos pais e familiares.
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São 48 crianças de 0 a 12 anos assistidas pela instituição que há 21 anos se dedica a essas famílias. É um trabalho voluntário e filantrópico que, segundo a Irmã Madalena, Diretora da Afrangel, é feito com muito amor e compromisso. Sempre há comemoração quando acontece o parto de uma mãe soropositivo em que o bebê vem negativado. É uma vitória! A Irmã Madalena agradeceu de coração a ação que o Madero fez em prol das crianças. Jéssica Libarino, sócia-gestora do Madero de Campo Grande, destaca: “é gratificante participar de ações como essas, e o resultado foi além das expectativas. Atender a cada criança, receber o sorriso e um ‘obrigado, tia`, nos mostra que estamos no caminho certo.”
Para doações em reais (R$): Afrangel – CNPJ: 01.490.219/0002-60 Banco do Brasil AG: 2959-9 C/C: 22195-3 Caixa Econômica Federal AG: 1464 OP 003 C/C: 2980-8 Doações em Geral: Rua do Seminário, 2170 – Jd. Seminário (67) 3365 0590
Ajudar o próximo é proporcionar uma experiência única, é conduzir dos sonhos à realidade, é ver em cada olhar um desejo realizado, uma esperança que surge.
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CULTURA
MAS, AFINAL, O QUE É CULTURA? No topo e na margem esquerda desta página tem uma palavra que identifica o assunto da coluna: CULTURA. por RENATA DO VALLE
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Empresária e psicóloga renata_dovalle@hotmail.com
Essa coluna é patrocinada pela:
Rua Euclides da Cunha, 1.126 Campo Grande, MS (67) 3043-5100 facebook.com/leparolecg leparolelivraria
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mpresto o olhar do escritor peruano Mario Vargas Llosa que em seu livro “A civilização do espetáculo” chama atenção para a diferença entre cultura e entretenimento. O escritor defende que a cultura não pode ser tratada como simples passatempo. Para Llosa “nos dias atuais a cultura já não é a mesma do que era há alguns anos. O conceito se estendeu tanto que passou, de certa maneira, a abarcar tudo. E, se a cultura é tudo, ela já não é mais nada.” Com a Era Digital presente em nosso cotidiano, o fácil acesso a informações nos leva a uma intoxicação, muitas vezes perdendo qualidade em detrimento de quantidade. O músico Dinho Ouro Preto sinaliza: “a inteligência ficou cega de tanta informação!” A ideia é prestarmos mais atenção no que consumimos e fazermos um detox daquilo que não nos serve. Metaforicamente, precisamos limpar o campo das ideias, arrancar e jogar fora as “tiriricas”, preparar a terra para o cultivo de novas sementes. Então a cultura que quero falar aqui é a cultura do cultivo: processo ou efeito de cultivar. A cultura do Cio da Terra, de Milton Nascimento. Podemos cultivar uma maneira de viver e de nos relacionar com o mundo que possa fazer a real diferença em nossas vidas e na vida das pessoas. E, como todo cultivo, é preciso ter a sabedoria para escolher a semente, “afagar a terra, conhecer os desejos da terra, cio da terra, propícia estação e fecundar o chão.” Quando escolher um livro para ler, preocupe-se mais se ele de fato irá agregar valor à sua vida do que se ele pertence à lista dos best-sellers. Isso vale também para a escolha de um filme, uma peça de teatro ou um espetáculo de dança. E, seguindo esse fio condutor, deixo aqui a sugestão do livro Cidades e Soluções, de André Trigueiro, que demonstra ser uma pessoa atenta com temas sobre o meio ambiente e a extinção dos recursos naturais. “E este é o cerne da questão da humanidade, hoje. Não existe chance do planeta prosseguir sem o cuidado com a alma, com o outro e com os outros.”
EVENTOS
ETIQUETA E O CELULAR Sempre bom lembrar de algumas regrinhas básicas ao usar o celular!
Foto: Studio Vollkopf
por PATRÍCIA FARACCO
Consultora de Eventos patriciafaracco@uol.com.br
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á passou o tempo de achar que ”etiqueta” é uma bobagem. Não, não é! Vivemos em sociedade e, por isso, devemos seguir algumas regrinhas de convivência e boas maneiras. Nos tempos modernos, o uso inadequado do celular está tirando as pessoas do sério! É incrível como elas andam sem o mínimo de bom senso. Pensando nisso, resolvi falar um pouco sobre a etiqueta e o celular, algumas regrinhas básicas e importantes. RESPEITO Respeite as pessoas que estão com você. Quando você interage cara a cara com outras pessoas, seja em uma reunião ou em uma conversa, dê a elas sua atenção completa. Evite trocar mensagens de texto ou atender a ligações. Se uma ligação for importante, desculpe-se e peça permissão antes de aceitá-la. TOM DE VOZ Não grite. Uma pessoa fala, em média, três vezes mais alto em um telefone celular do que em uma conversa cara a cara. Preste atenção no seu volume. À MESA Seja uma boa companhia para jantar. Ninguém quer ser audiência cativa de uma conversa de terceiros no telefone celular. Ou sentar em silêncio enquanto seu companheiro de mesa troca mensagens com alguém. Coloque sempre seu telefone no silencioso e o guarde antes de sentar. Nunca o coloque sobre a mesa. SILÊNCIO Não ignore as zonas universais de silêncio, como teatro, igreja, biblioteca, a apresentação de seu filho(a) e velórios.
CAIXA POSTAL Deixe a caixa postal fazer seu trabalho. Quando estiver com alguém, deixe que a caixa postal lide com as ligações não urgentes. GARÇONS Não deixe o garçom esperando. Quando for sua vez na fila ou hora de fazer um pedido, fique disponível para o funcionário. Fazer as pessoas esperarem você terminar uma ligação pessoal nunca é aceitável. Se a ligação for importante, saia da mesa ou da fila. MOTORISTA Não troque mensagens de texto enquanto dirige. Nenhuma mensagem é tão importante. Muitos estudos já foram feitos e todos eles comprovam que quando atendemos ou digitamos enquanto dirigimos nossa atenção está dividida e pode causar um enorme estrago. DISCRIÇÃO Seja discreto nas discussões. Ninguém pode ouvir a outra pessoa ao telefone, então tudo o que veem é você gritando. ESPAÇO Respeite o espaço dos outros. Se usar seu telefone em público, mantenha uma distância de pelo menos três metros das outras pessoas. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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ASTROLOGIA
O SOL A vontade na qual se navega. por NICOLE ZEGHBI
Nicole é de Curitiba. Para acessar outros textos seus visite no Facebook a página Tecidura das Moiras. Agende a leitura de seu mapa astral pelo e-mail zeghbi@gmail.com
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pós abordar o Ascendente e seu regente – timão e capitão da embarcação – são a direção do navegar, a Lua – senhora do movimento e do ritmo, sereia que encanta embarcações com seus lamentos – é a memória e a fome do mar, é a vez do Sol – o doador da vida, combustível da embarcação. O Sol é o Rei da vontade, a honra que a embarcação reconhece como a glória conquistada na vida. Os testemunhos naturais ao Sol são aqueles do pai, da fama e da honra, da força criativa, da sabedoria oracular e do intelecto, da soberba e do orgulho, do comando e do poder. A vontade tem essa mania de se vestir de Rei, e muitas vezes se acostuma à fantasia que ilusoriamente lhe confere o comando do que está mais além de seu reinado. Não é à toa que o Lote do Espírito, ligado àquilo pelo que se quer ser reconhecido na vida, é ligado ao Sol e o Lote da Fortuna, ligado às oportunidades que a vida dá e que independem de qualquer esforço, é ligado a Lua.1 A interpretação do Sol natal, assim como a da Lua, grosso modo, dependerá da casa em que se encontra e das condições de seu dispositor – planeta que rege o signo da casa em que está. Para o Sol em Escorpião, aprofundar a existência é imperar na vida. Conhecer o mistério das coisas é o que lhe faz Rei. O poder é voltar de onde ninguém vai. A nobreza e a honra estão na lida com o efêmero. Das particularidades do humano, do que diferencia e iguala a todos, constrói seu reinado. Mas, como disse anteriormente, nem sempre o mapa promete a honra que a vontade almeja. Poéticas à parte, o Sol pode brilhar no avesso das vontades. Por exemplo, se o Sol em Escorpião estiver na Casa V – a casa dos filhos, mas também a dos prazeres – o Rei é o prazer ou a capacidade de dar a vida, seja em carne ou através
dos ossos do ofício da criatividade. A vontade é de viver, hedonismo que se realizará pelas mãos de Marte, já que o Guerreiro é o dispositor do Sol, regente de Escorpião. Marte testemunhará sobre as vitórias e as feridas abertas na busca da vontade. Escorpião é um signo de água, frio e úmido, o que significa dizer que sua capacidade de aprofundar e descer até o porão das coisas não tem limites. Seu comando confere agressividade nos meios utilizados para chegar à vontade, irá até o fim, é matar ou morrer. A casa ocupada pelo dispositor do Sol dará testemunho sobre o terreno em que a agressividade toma forma na luta para satisfação da vontade. Marte na Casa XII – que fala das prisões, medos, enfermidades, auto sabotagem e inimigos secretos – o prazer, objeto da vontade, será como a prisão em que ele mesmo se coloca. Do regente da casa XII, em Gêmeos, virá o testemunho das feridas causadas pela ação da vontade. Na ânsia de satisfazer a vontade de viver o prazer até o fim, Marte que – por sua condição terrestre2 – aprisiona o nativo, vai ferir os assuntos da casa ocupada por Mercúrio, o regente de Gêmeos. Se o Mensageiro dos Deuses estivesse na casa IV seria no âmbito familiar que a lâmina de Marte abriria feridas. Utilizei esse exemplo, em que a vontade não é algo que traz benefício ao nativo, para ressaltar que a vontade está além do bem e do mal. E insisto: querer não é poder! A realização da vontade depende de recursos que fogem ao controle. Existe um Lote, O Lote Base, que é calculado pela soma do Ascendente com a diferença da posição da Fortuna e do Espírito e que aponta a forma que o nativo equilibra a vontade e a força da correnteza. Há os que morrem de exaustão remando contra a maré, os que largam os remos por qualquer marola e os afortunados pela humildade de se saberem humanos.
VEJA O MAPA DE JOHN F. KENNEDY:
JOHN F. KENNEDY 29/05/1917 3:00:00 PM Brookline MA, USA 71W07´18 / 42n19´54 Rodden Rating A3
O Sol está em Gêmeos – no trânsito pela diversidade das relações constrói seu império. Ascende pelo poder da articulação. A nobreza e a honra de seu discurso – o que lhe confere a coroa – são as vestes de sua astúcia. Gêmeos é um signo de ar, quente e úmido, assim como Libra. Mas enquanto Libra é o mais úmido dos signos do elemento ar, que também inclui Aquário, Gêmeos é o de menor umidade. Na prática, isso significa que o Sol em Gêmeos sabe negociar suas vontades, característica que se perde na prevalência da umidade libriana, que cede sua vontade ao outro. Não é à toa que o Sol tem sua queda4 em Libra. O Sol de John F. Kennedy está na Casa IX, a casa das leis e da ética. A vontade é ser lembrado por suas ações em favor da ética e da justiça promovida em seu reinado. A disposição do Sol por Mercúrio testemunha a realização da vontade através de contratos e de negociações com o poder da lei. Mercúrio, o dispositor do Sol, está na casa VIII: segredos, angústias, crimes, morte. A conjunção com Marte testemunha ferimentos decorrentes da negociação com a justiça, meio pelo qual realiza sua vontade. Marte, ferindo a partir da casa VIII, é um forte testemunho de violência contra o nativo. Mercúrio também fará conjunção com Júpiter e aqui o testemunho é que a negociação feita para satisfazer a vontade envolve segredos de figuras eminentes.
1 Os Lotes Árabes são significadores que fornecem informações complementares sobre pontos específicos no mapa. São calculados a partir da posição dos planetas e do Ascendente. 2 Nesse caso a condição terrestre refere-se a casa que o planeta ocupa. 3 Fonte: AstroDatabank 4 Os planetas possuem dignidades e debilidades essenciais. Os signos que regem, seus domicílios, dão a eles dignidade. Nos signos opostos aos de domicilio o planeta tem seu exilio, uma debilidade essencial. A exaltação também é uma dignidade por localização do planeta em determinado signo, e a queda é a debilidade conferida ao planeta quando no signo oposto ao da exaltação. A exaltação e a queda se definem pelo exagero ou decepção da natureza do planeta.
No próximo encontro, a partir da Lunação – momento em que o Sol e a Lua se encontram em grau exato – falarei um pouco das sensações e emoções que estão por vir. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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CURIOSIDADES DO VINHO
VITICULTURA
HEROICA Foto: Studio Vollkopf
por PATRÍCIA LEMOS
Sommelier e Juiza Internacional Certificada pela UCS - Universidade de Caxias do Sul e FISAR - Federazione Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori patriciagastrosomm@gmail.com
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esta edição vou abordar uma experiência vivida há pouco. Não poderia deixar de compartilhar algumas informações adquiridas no curso de especialização de enografia italiana realizado em Turim, a fim de estimular enocuriosidades nos leitores. Sabemos que a Itália é um dos países de maior tradição na cultura e produção de vinhos. Em todo o país, de norte a sul, é um jardim de videiras. Não há uma única região que não tenha o vinho como importância fundamental em sua história, cultura e desenvolvimento econômico para seu povo. Um dos temas abordados durante o curso, que muito chamou minha atenção, foi a viticultura heroica. Recebe este nome devido às condições ambientais e de trabalho que as implicam, ou seja, pelas dificuldades de manejo e produção destes vinhedos, tornando os produtores verdadeiros heróis ao superarem tamanhas barreiras. Indica a viticultura em montanha, sendo em encostas muito íngremes, encostas do
vulcão Etna, como exemplo, ainda ativo na Sicília, e também em pequenas ilhas com difícil acesso. Na época de colheita toda produção é retirada dos parreirais em cestos colocados nos ombros de pessoas específicas para carregar. A pessoa que colhe não é a mesma que carrega. Quando cheios, chegam a pesar 50 kg, correndo alto risco de fatalidade, caso venha a cair. Este tipo de viticultura permite melhorar a autenticidade e característica do produto, encorajando os empresários locais que consideram o uso de técnicas compatíveis com o respeito das tradições e do ecossistema. O resultado é que estes vinhos exprimem suas maiores qualidades, a capacidade de ser do local, do tempo, do solo e clima que lhe deram origem, tornando-se únicos devido à alta incisão solar recebida, permitindo o correto amadurecimento, bem como uma oscilação térmica ideal para
acúmulo de polifenóis nos frutos. Temos que entender o que é vinho de montanha para compreender a viticultura italiana, pois os vinhedos nos terrenos montanhosos estão situados em 35,2% de toda extensão territorial do país. Ou seja, 1/3 dos conferidos 30 milhões de hectares da superfície italiana, incluindo suas
ilhas, 41,6% são colinas e somente 23,2% são superfícies planas. Justificando, então, o fato de ser um país com grande propensão para a produção de vinhos de qualidade. Valtellina, o local visitado, é um vale alpino onde a viticultura somente é possível devido à sistematização do terreno em terraços, pois sua declividade máxima fica em torno de 70%. São construídos muros de contenção feitos de pedra ou muros secos, como são chamados, representando um verdadeiro monumento aos antigos agricultores valtellineses, caracterizando assim uma das áreas vitivinícolas de montanha mais extensas do mundo. Somam 2.500 km de muros de sustentação, responsáveis pela realidade agrícola da região, onde os vinhedos são cultivados manualmente e com muito sacrifício, propiciando produtos de qualidade superior. Dada sua
relevância, estes vinhedos estão em processo para se tornarem Patrimônio da Humanidade. A variedade mais utilizada para elaboração dos vinhos de Valtellina é a autóctone Chiavennasca, também chamada de Nebbiolo em outras regiões. De cor vermelho rubi, tendendo para o granada, com o amadurecimento adquire aromas particulares e torna-se macio. Seu paladar é seco, harmônico e ligeiramente tânico, harmoniza com carnes vermelhas, de caça e queijos de longa cura. Vivenciei momentos nestes vinhedos heroicos onde, posso garantir, estarão em minha memória por toda minha vida. Fica minha admiração a um trabalho árduo, realizado por uma paixão histórica transmitida através das gerações! Meu desejo com este artigo é despertar a atenção para as inúmeras faces produtivas deste mundo do vinho e, consequentemente, aos diversos resultados desta bebida apaixonante. CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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MARKETING
AS PESSOAS FORMAM OPINIÃO SOBRE VOCÊ OU SUA MARCA. POSICIONE-SE. Quando você conhece alguém ou algo novo, cria em sua mente algum conceito a respeito. Pode apostar que o mesmo ocorre quando alguém conhece você ou a sua marca.
Foto: Fernando Reis
por LIU FERRARI
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Pós-graduado em Varejo, graduado em Propaganda e Marketing. Seu histórico profissional inclui atuações como empresário, gestor de marketing e comunicação nos setores de varejo e serviços, além de passagens por diferentes áreas em multinacionais. Atualmente é consultor em marketing e comunicação e diretor de negócios na Octopus, agência de comunicação do Grande ABC, em São Paulo. Visite perfil no LinkedIn ou entre em contato pelo e-mail liu.ferrari@octopus.com.br
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ara entender mais a respeito de posicionamento, vale a pena, antes, uma pequena reflexão sobre como lidamos com a escolha de propósitos. É muito comum nos depararmos com pessoas ou empresas que aparentam não ter um propósito definido e mal conseguem explicar a razão de existirem, o que desejam de verdade, o que esperam alcançar ou onde querem chegar. E aí vem a dúvida: mas sem ter um propósito é possível seguir algum caminho? Vamos responder a essa pergunta, lembrando que tudo o que acontece em nossas vidas vai ter um desfecho e, consequentemente, um resultado. Só que isso ocorre com ou sem a nossa interferência, isto é, agindo ou não mediante as situações um caminho sempre será formado. Portanto, com ou sem um propósito, para algum lugar estaremos seguindo. Nesse caso, a pergunta mais importante é: como será esse caminho e onde ele nos levará? A falta dessa
resposta esbarra diretamente no poder de controle que teremos sobre nossas escolhas, atitudes e, consequentemente, resultados que iremos atrair. Por isso, se queremos um resultado determinado, precisamos perceber claramente em que cenário estamos imergidos e agir, usando o máximo desse cenário a nosso favor. Caso contrário, seremos reféns das situações que nos envolvem. Lembra-se da edição passada, quando falamos a respeito do marketing se construir independente de alguém o estar fazendo? Pois é a existência de um propósito claro, possível e estimulante que nos direciona ao caminho e às ferramentas certas para nos apropriarmos do controle que precisamos, em cada situação que nos envolvemos. Resumindo, não ter um propósito é o mesmo que seguir um caminho sem destino. E quando não temos claro em nossa mente onde queremos chegar, acabamos virando “paisagem” no cenário que se forma ao nosso redor, ou seja, apenas sendo
influenciados pela situação. Com isso, pode ser que as coisas se desenrolem de forma coerente, gerando até vários resultados positivos, mas tenha uma coisa em mente: no momento em que um grande obstáculo vier, a sensação de estar perdido ganhará um peso astronômico, pois você perceberá que vem caminhando no automático e, por isso, provavelmente não terá prestado atenção nas estratégias que adotou para lidar com problemas ou para progredir. Agora que formamos uma boa base sobre propósito, vamos relacioná-lo com o foco deste nosso artigo: posicionamento. Primeiro, o que é isso? Basicamente, é o lugar que uma marca ocupa na mente do seu público. Mas, para compreendermos bem essa definição, vamos desmistificar o raciocínio a que ela nos conduz: um posicionamento se define pela maneira como o consumidor enxerga e entende a sua marca (pessoal ou corporativa). Isso significa que ele não reflete necessariamente o que a gente acredita ser, mas sim o que as pessoas percebem e adotam como verdade ao nosso respeito? Muita calma nessa hora! A primeira resposta é sim: posicionamento é o que está nos olhos de quem vê a marca. Porém... e aí vem a segunda resposta: a decisão sobre como as pessoas devem enxergar o posicionamento é de quem quer se posicionar. Assim como defendo que tudo está em constante movimento e que nossa atitude é agente de transformação para o resultado que queremos, perceba que uma relação bem estabelecida entre propósito e posicionamento torna-se a chave de tudo. Ninguém compra um produto ou um serviço em si. As pessoas compram a melhor solução para sanar o seu problema ou para satisfazer o seu desejo (ou sonho). Quanto mais você tiver uma relação íntima e clara com seu propósito, mais trabalhará para que o seu posicionamento se torne aquilo que você quer que ele seja na mente das pessoas.
Posicionamento é o resultado de toda a essência positiva ou negativa que uma marca representa para as pessoas que se relacionam com ela. Por isso, foque em três pontos essenciais quando pensar em se posicionar: 1 Nunca desista da definição do seu propósito. Estabeleça-o e se comprometa diariamente com ele. 2 Reflita claramente sobre quais são as pessoas que você quer atingir. Mantenha-se com foco nelas. 3 Estude a relação entre o que buscam as pessoas que você escolheu focar e o que você tem a oferecer/entregar de mais relevante. Explore o ponto alto dessa relação.
Sua marca deve se posicionar buscando ser compreendida, apresentando diferenciais que a tornem relevante, mostrando-se acessível a quem interessa e se fazendo presente sempre que possível. Esse é o caminho para se tornar uma marca desejada. Lembre-se que posicionamento é uma percepção. Pense nisso tudo, aja nesse sentido e torne-se (enquanto marca) a grande influenciadora sobre o que as pessoas pensarão ao seu respeito. Tudo o que está neste artigo pode ser utilizado como marketing pessoal, corporativo, de produto, serviço ou qualquer coisa que permita ser compreendida como marca. Basta perceber que as grandes sacadas são comportamentais e, portanto, a peça-chave é sempre gente.
Na próxima edição, que tal decidirmos juntos sobre o que vamos falar? Mande e-mail para a Revista Cinco+ contato@revistacincomais.com.br sugerindo um assunto que pode ser esclarecedor para você, nesse nosso universo do marketing. Afinal, a essência dessa área está justamente no relacionamento, na troca de conteúdo e coparticipação. Até a próxima!
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COMPORTAMENTO
QUANDO O PASSADO FICA TRANSPARENTE por ARIADNE CANTÚ Foto: Studio Vollkopf
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Escritora ariadne.cantu@gmail.com
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inguém está preparado para a morte dos pais, ainda que uma das únicas certezas que se tem ao nascer é de que, se tudo correr bem, eles irão primeiro que nós. A natureza é sábia ao manter os pais perto de suas crias por tempo suficiente para que possam se alimentar e se defender sozinhas. Entretanto, não existe animal mais frágil que o ser humano quando se trata de sobrevivência. Levamos um ano para aprender a andar, comer e começar a falar sozinhos, e ainda assim levaremos uma vida inteira para acostumarmos com a ideia de que em algum momento estaremos completamente sem a presença dos nossos pais e nos sentiremos frágeis novamente. Tudo acontece sem nos dermos conta. Quase que de um dia para o outro. Exatamente no momento em que nossa relação com nossos pais começa a ficar perfeita, quando passam as inquietudes e os julgamentos da adolescência e da juventude, quando ficamos de fato grandes parceiros e superamos nossas diferenças, a maturidade nos mostra que aos poucos nos tornamos pais dos nossos pais. Como foi que aquela mão que nos conduzia firme até o outro lado da rua se tornou fina, com manchas e veias escuras, se eu ainda guardo fresca na memória aquela sensação deliciosa de ser conduzida sob seu olhar protetor? De repente, passamos a ter que conduzi-los, apoiar a fragilidade de seus corpos e lidar com o início das limitações impostas pela idade, ou pela doença.
Antes de meu pai morrer, quando eu trouxe suas roupas do hospital, ao colocá-las no porta-malas do carro percebi que ele usava um sapato de cada cor. Naquele instante eu o vi como aquela criança pequena que deseja se vestir sozinha e chega na sala causando riso em toda família. Quase assombrada por não ter percebido que ele envelhecera tão rápido, me dei conta de que havíamos trocado de lugar. Depois que ele se foi era como se eu olhasse para trás e não visse nada, além de um passado que se tornava aos poucos transparente, esfumado por momentos guardados na minha lembrança. Nascemos filhos e desejamos ser filhos pra sempre. Mesmo adultos, esperamos reconhecer nos olhos dos nossos pais a infância suspensa de forma vívida em nossa memória, e tão presente nas histórias que eles nos contam alegres nas reuniões em família. As memórias de tudo que vivemos estarão para sempre escritas no livro em branco que eles nos entregam ao nascer, e serão nossa referência e nosso alvará para encararmos a orfandade com a dignidade e a paz para a qual, ciente de sua responsabilidade, apenas o filho único se prepara. A parte mais preciosa desta constatação é que depende apenas de nós a certeza de que a história escrita valeu a pena.
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VIAJE BEM
NÃO É CARO VIAJAR PARA A ÁFRICA
Organizando uma viagem barata para África do Sul, Quênia e Tanzânia. por AMANDA SAUEIA HENRIQUE CATHCART RODRIGO COELHO • fotos DIVULGAÇÃO
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omos três amigos de longa data, que juntos descobrimos a paixão por viajar. Eu (Henrique) sou publicitário, Amanda, contadora e Rodrigo, advogado. Tudo começou em 2015 quando compramos passagens aéreas promocionais para a Europa e descobrimos que viajar não era tão caro quanto imaginávamos. Na primeira viagem que fizemos juntos, estivemos na Espanha, Marrocos, França, Portugal e Inglaterra. Hoje, dividimos a rotina do dia a dia entre escritórios e aeroportos. Em menos de dois anos, já visitamos mais de 14 países e criamos o blog ‘Não é caro viajar’ para compartilhar nossas experiências pelo mundo e inspirar as pessoas a também colocarem o pé na estrada. Quando se torna um viajante constante, é natural que se aprenda várias formas de acumular milhas aéreas – que vão desde o acúmulo pelo cartão de crédito a compras básicas feitas pela internet – aprendendo, também, a melhor forma de utilizá-las, posto que estas equivalem a dinheiro. No início de 2016, estávamos procurando passagens por milhas para algum destino que fosse fora do comum e, o mais importante, barato! Foi aí que a África do Sul surgiu quase como um presente, com passagens de Campo Grande a Joanesburgo por apenas 50 mil milhas ida e volta. Para se ter ideia do quão barato é isso, esta mesma quantidade de milhas equivalia a passagens de ida e volta para Salvador no mesmo período. E foi assim, sem muita pesquisa e com muita empolgação, que resolvemos viajar por quase um mês pela África. A primeira coisa que decidimos foi que passaríamos o Ano Novo na Cidade do Cabo, pois sabíamos que a cidade é conhecida por ter um dos melhores réveillons do mundo. O próximo passo foi elaborar um roteiro econômico, que incluísse outros países além da África do Sul – e foi aí que começou uma difícil tarefa! Pensávamos que iríamos encontrar valores atrativos de passagens aéreas para outros países dentro do continente africano (como estamos habituados a encontrar pela Europa), contudo, 94
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A excêntrica tribo Maasai é facilmente identificada por seus homens trajarem sempre um tecido vermelho e realizarem uma dança que envolve uma competição de saltos.
havíamos nos esquecido de um detalhe muito importante: dezembro era alta temporada e as passagens naquele período estavam caríssimas! Mas isso não fez com que desistíssemos, pelo contrário, intensificamos as buscas e fomos descartando aos poucos os destinos que não seriam possíveis conhecer naquela época do ano, fosse pelo preço, clima ou dificuldade de locomoção no trajeto de um país ao outro. A Namíbia era uma das nossas queridinhas, porém tivemos que descartá-la por ser período de chuva. Botswana, Zâmbia e Zimbábue são países mais acessíveis – tanto no sentido financeiro quanto no logístico – mas deixamos para uma próxima oportunidade, pois é interessante conhecê-los juntamente com a Namíbia. As praias paradisíacas de Moçambique e o lago Niassi, no Malawi, encheram nossos olhos, contudo, os preços das passagens para estes países não cabiam no nosso orçamento. Nossa atenção então se voltou à Zanzibar, na Tanzânia. Ah, Zanzibar... Relaxar naquela ilha de areia branquinha e águas cristalinas tornou-se um sonho! Após muita pesquisa, encontramos uma excelente promoção de passagens partindo de Joanesburgo à Zanzibar com conexão em Nairóbi, no Quênia. O preço era bom, mas
Quênia
Cidade do Cabo - Ano Novo
Quênia
seria melhor se conseguíssemos fazer um stopover (conexão longa de um ou mais dias) no meio do caminho. E, finalmente conseguimos! A companhia aérea permitia fazer o stopover em Nairóbi de graça! E finalmente, os países foram escolhidos: África do Sul, Quênia e Tanzânia. Na África do Sul conhecemos as cidades de Joanesburgo, Cape Town e seus respectivos arredores. Os pontos altos da nossa estada em Joanesburgo foram a visita ao Museu do Apartheid, onde foi possível entender como foi o triste sistema de segregação racial vivido por aproximadamente 50 anos na África do Sul, e a visita ao sítio arqueológico conhecido como Berço da Humanidade, que foi um dos locais que mais forneceu dados sobre a origem da espécie humana no mundo. Já a Cidade do Cabo foi uma surpresa maravilhosa para nós, em absolutamente todos os sentidos! A arquitetura vitoriana da cidade, somada à paisagem montanhosa, faz dela uma cidade com um visual singular. É nitidamente uma cidade de primeiro mundo: limpa, organizada e segura. O show da virada do ano acontece em V&A Waterfront – movimentada região à beira-mar que é um dos cartões postais da cidade. A comemoração de rua é muito organizada, segura e familiar. Há muitas opções de festas no Ano Novo, seja nas praias, em restaurantes, em vinícolas e até mesmo em fazendas de criação de avestruz! Nós escolhemos passar o réveillon em um dos restaurantes que possuía vista para a queima de fogos de artifício. Na orla de Camps Bay Beach, uma das praias mais CINCO+ I JUNHO/JULHO 2017 I
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badaladas da cidade, há diversos restaurantes excelentes, que são muito baratos em comparação à nossa realidade aqui no Brasil. Quem vai à Cidade do Cabo não pode deixar de conhecer as vinícolas sul-africanas e, é claro, o tão citado nas aulas de História do Brasil – Cabo da Boa Esperança. Também fizemos o famoso “mergulho com os tubarões” que, cá entre nós, não é nada perigoso e nem tão emocionante quanto se imagina. Depois de curtir uma semana na Cidade do Cabo, seguimos para o Quênia. Assim que desembarcamos na capital, Nairóbi, nosso guia nos recepcionou no aeroporto e nos levou ao hotel no centro da cidade. No dia seguinte, partimos rumo à Savana, onde ficaríamos os próximos três dias acampados para fazer os safáris. Tivemos a sorte de conseguir ver de perto vários animais, como girafas, zebras, javalis, babuínos, além dos cinco animais mais perigosos (e majestosos!) da África: o búfalo, o elefante, o rinoceronte, o leopardo e o leão (por lá conhecidos como The Big Five). Presenciar a vida selvagem é uma experiência incomparável e muito diferente do que vê-la pela TV. Além dos safáris, também visitamos um dos clãs da excêntrica tribo Maasai. Esta tribo é facilmente identificada por seus homens trajarem sempre um tecido vermelho e realizarem uma dança que envolve uma competição de saltos. Eles foram bastante receptivos conosco, mostrando as suas casas, famílias, filhos e cultura. Pensa que acabou? Não! Seguimos para a cidade de Nakuru, onde conhecemos o imenso lago que leva o mesmo nome da cidade e é famoso por possuir uma grande quantidade de flamingos. Antes de retornar a Nairóbi, fizemos um boat safari (safari de barco) no lago Naivasha para ver os hipopótamos de perto. Depois da intensa rotina no Quênia, chegou a hora do descanso. Voamos para a maior ilha da Tanzânia: Zanzibar. Banhada pelas águas mornas e relaxantes do oceano Índico, Zanzibar ganhou os nossos corações. Só quem já viu aquele mar azul em tons multicoloridos e pisou naquela areia branquinha vai entender do que estamos falando! Das várias atividades e passeios na ilha, o mergulho com cilindro é, de longe, o mais recomendado. Por causa das águas cristalinas, Zanzibar é um dos locais mais procurados do mundo para a prática do esporte. E com razão! Os paredões de corais e as inúmeras espécies de peixes fazem cada segundo embaixo d’água valer a pena. Podemos dizer que, não é caro viajar para a África, mas para que isso aconteça é necessário tempo e disposição para planejar uma viagem realmente econômica. Para se ter ideia do custo da viagem, o gasto total com as passagens áreas foi de somente R$2.632,64. As acomodações e os quatro dias de safári no Quênia totalizaram apenas R$2.754,15 por pessoa. Mesmo com um orçamento restrito, conseguimos criar um roteiro incrível que nos possibilitou ter experiências únicas nesses três países. Gostou? Você pode conferir mais detalhes desta e de outras viagens econômicas no blog: naoecaroviajar.com
Zanzibar - Só quem já viu aquele mar azul em tons multicoloridos e pisou naquela areia branquinha vai entender do que estamos falando.
Rodrigo no Cabo da Boa Esperança.
Amanda em Zanzibar. 96
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COLUNA SOCIAL
PRÊMIO BLINK DE CRIAÇÃO PARA RÁDIO 2017 O
prêmio Blink de Criação para Rádio da Blink102 é exclusivo no Brasil para a mídia Rádio, e comemora sua quinta edição. Este ano com o tema “Todo o mundo é Blink”, entregamos o prêmio máximo com uma viagem para qualquer lugar do mundo. Na edição 2017 retornou para a capital da propaganda brasileira, São Paulo. Foram registradas mais de 142 campanhas, 160 spots e com a participação de 4 universidades e 20 agências publicitárias. A Blink 102 celebrou sete anos no ar em março deste ano e o lançamento do Espaço Multiuso da emissora com mais de 1000 metros quadrados, onde todos os fãs da rádio vão encontrar conteúdo e entretenimento da emissora que transmite seus conteúdos em proximidade com a população.
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