Revista do Aço - Edição 10

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Ano II - edição 10 - 2013

latão

inox

cobre

alumínio

Aço para óleo e gás

Foto: sxc.hu

• Aliado na automação

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• Artigo: Soldagem - parte 2

ent

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Circule e re

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• Fadiga em aços

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índice Empresa KSA: 20 anos de automação ........................................................................................................ 18

Raio X Fadiga nos aços estruturais .......................................................................................................... 20

Inovação Aço grão orientado ......................................................................................................................... 32

Capa sxc.hu

Aço é presença obrigatória na indústria de óleo e gás ...................................................... 34

Perspectiva Diversificar para manter clientes ............................................................................................... 42

Artigo Guia prático para compreensão EPS, RQP, RQS, IEIS ........................................................... 44

Siderurgia Corte e Conformação ..................................................................................................................... 50

Feira Tubotech ............................................................................................................................................. 54

Congresso GalvaBrasil teve participação de mais de 200 representantes do setor .....................

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Evento Mecminas ..........................................................................................................................................

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Caderno de Classificados do Aço ........................................................................... 63 Revista do Aço – Ano II – Número 10 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.

Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) (redacao@revistadoaco.com.br) Projeto Editorial Revista do AÇO Projeto Gráfico Elbert Stein (artes@revistadoaco.com.br) Capa Elbert Stein Imagem de capa sxc.hu Colaboradores desta edição Heretiano Dalmácio Sampaio Júnior, Laura Calado, Leandro Ferreira, Luiz Gimenes Jr. , M.W.Wilson, Marcelo Lobo Peçanha, S. J., Willy Ank De Morais Publicidade e Comercial Francisco Salles – (11) 9 5556-7717 (francisco@revistadoaco.com.br) Levy Carneiro – (11) 9 9613-5111 (levy@revistadoaco.com.br) Luis Cortez – (11) 9  9125-8489 (cortez@revistadoaco.com.br) Marcelo Lopes – (11) 9  7417-5433 (marcelo@revistadoaco.com.br) Carlos A. de Luca – (11) 7881-2988 (cale@revistadoaco.com.br) Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda Tiragem 10.000 exemplares

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Incerteza do Finame Economistas e especialistas dizem que a falta de previsibilidade e as mudanças constantes nos marcos regulatórios do País atrapalham o desenvolvimento das empresas. Isso pode, também, afastar investimentos e atrasar o planejamento de muitas empresas. A indecisão da vez diz respeito ao Finame, a linha de financiamento do Governo Federal que é concedido por intermédio de instituições financeiras credenciadas, para produção e aquisição de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES. Inicialmente essa linha de crédito termina com o apagar das luzes de 2013. Entidades do setor produtivo, entre elas a Abimaq, esperam que o governo reveja o encerramento do Finame.

Otimismo nas vendas Especialistas do Instituto Aço Brasil (IABr) apostam que as vendas de produtos siderúrgicos devem crescer 4,4% no Brasil em 2014. A previsão é feita com base nas concessões de infraestrutura e na demanda do setor automotivo. “As obras licitadas pelo governo federal levam otimismo para o setor siderúrgico. Apesar do fim do incentivo do IPI no ano que vem, o setor continua demandante”, disse o presidente do IABr, Marco Polo Lopes. A previsão de crescimento de vendas domésticas de aço em 2013 foi revisada de 5,3 %. Já as importações devem cair menos que o esperado anteriormente, com recuo de 0,5%. Segundo o executivo, a alta do dólar não teve o efeito esperado de frear as compras externas. Um estudo feito pelo IABr apontou uma enxurrada de importados no mercado brasileiro. Segundo o levantamento, se não forem adotadas medidas de proteção, como aumen to de alíquotas de importação, 58%. O IABr estima que as exportações de produtos siderúrgicos caiam 14,8 % em 2013, ante previsão anterior de recuo de 13%.

chapas Grossas e extraGrossas classificadas oxicorte de 6 a 500mm de espessura perfis laminados i h u perfis soldados

ProcESSoS intEligEntES E PESSoal qualificaDo A credibilidade da Açobril foi fortalecida com sua inserção no Certificado de Registro e Classificação Cadastral da Petrobrás – CRCC

w w w . a c o b r i l . c o m . b r

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2 2 0 7 - 6 7 0 0 DESDE 1964


Licenças do GibbsCAM A Cimatron Ltd, líder de mercado no fornecimento de soluções integradas de CAD/CAM para ferramentarias e manufatura, anunciou doação de 50 licenças do software GibbsCAM® s para a Universidade de Engenharia de Boston. O software cujo valor comercial é da ordem de US$ 725.000,00, irá facilitar aos estudantes de engenharia o aprendizado na programação de uma infinidade de modelos de máquinas ferramentas CNC, iniciando com a importação do modelo CAD e gerando ao caminho da ferramenta assim a simulação de todas a operações de usinagem. O software GibbsCAM permite a programação de 2 a 5X, programação de centros de torneamento, maquinas multi-tarefa e eletro-erosão a fio, O GibbsCAM ainda permite a interoperabilidade com o software CreoParametric da PTC, que é o CAD padrão da universidade de Boston, possibilitando a transferência direta dos modelos CAD do PTC Creo para o GibbsCAM. O software GibbsCAM será usado na universidade nas aulas convencionais assim como no EPIC ( Centro de Inovação de Engenharia de Produtos), onde os estudantes de todas as disciplinas de engenharia aprendem sobre o desenvolvimento de produtos, do conceito até o projeto, manufatura e logística. Informações: www.cimatron.com

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Tubos Ipiranga fornece para Petrobras A Refinaria Alberto Pasqualini, localizada na cidade de Canoas (RS), concluiu a montagem da Tocha III que faz parte da ampliação do sistema Flare de Alívio de Pressão, fundamental para a segurança de uma indústria e do meio ambiente. O sistema Flare implantado na Refinaria Alberto Pasqualini é composto por um riser principal de 42”, fabricado pela Tubos Ipiranga. Para fabricação dessa peça, foi necessário levar em consideração fatores como localização, características dos gases, área disponível, velocidade do vento, nível de ruído, posição, radiação térmica, entre outros. “Cada Flare teve seu projeto próprio, adaptado às condições do cliente, sempre atendendo a relação custo x benefício. O riser principal possui 97 metros de comprimento e trabalhará com gases que exigem complexas técnicas de fabricação e testes”, afirma Luiz Rafael Tobias, Gerente de Fabricação da Tubos Ipiranga. Informações: www.tubosipiranga.com.br

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Testes de dureza Divulgação

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Protótipo da UNICAMP conquista prêmio de aço Um projeto elaborado por alunos dos cursos de Engenharia Mecânica e Elétrica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - venceu o Swedish Steel Prize University Challenge 2013, nova categoria do prêmio sueco Swedish Steel Prize, promovido pela SSAB, fabricante de aços de alta resistência. André Stuart Nogueira, que foi o líder da equipe em 2011 e 2012, representou os alunos no evento sueco e recebeu o prêmio direcionado a projetos universitários, entregue na última quarta-feira (20), em Estocolmo (Suécia). A equipe brasileira desenvolveu o protótipo de um carro de corrida utilizando peças de aços de alta resistência da SSAB. Com a substituição dos aços 1020 do protótipo por tubos em Docol 1000DP e Domex 600MC e 700MC, houve uma diminuição no peso do carro, deixando-o mais competitivo. Só no chassi, a redução foi de 37% do seu peso original. “O prêmio foi fruto de um projeto inovador no âmbito estudantil e a equipe foi ousada ao utilizar aço de alta resistência, ainda pouco conhecido no mercado brasileiro, mas já bem utilizado no mercado automotivo?”, disse Stuart. O carro protótipo da Unicamp já disputou a Fórmula SAE Lincoln, em Nebraska, nos Estados Unidos no ano passado, após garantirem a segunda colocação geral da etapa brasileira em 2011. Em 2014, irá representar novamente o Brasil na Competição de Formula SAE Lincoln - em novembro de 2013, foi novamente vice-campeã da Competição da Fórmula SAE Brasil. Informações: www.ssab.com

O IRHD Micro Compact é um durômetro projetado para testes de dureza IRHD micro em plásticos e borracha. Atende às normas DIN53519-2, ISO 48, ASTM D 1415, NFT 46003 e BS 903. O teste de dureza é usado no controle de qualidade, no recebimento e nas saídas e de mercadorias em fabricantes e processadores dos plásticos e/ou indústria de borracha. O teste de dureza pode ser realizado em o-rings, vedações, peças moldadas e mangueiras que possua a espessura mínima de 0,6 mm. O IRHD é um equipamento de bancada com uma mesa de apoio para ajustar a altura da amostra com um dispositivo de medição IRHD micro (DIN 53519-2) e eletrônica integrada. O display LCD fornece informações sobre o intervalo de medição, o tempo de medição e os dados do teste que são automaticamente mostrados no visor ao final do tempo de medição e podem ser exportados e arquivado no PC através de uma interface RS232 quando se utiliza o software de teste testXpert ®. Informações: www.panambrazwick.com.br

Rick Ueda

PCP tem nova filial A PCP Produtos Siderúrgicos, empresa do Grupo PCP Steel, inaugura sua filial na cidade de Indaiatuba, interior de São Paulo. A nova área tem aproximadamente 3 mil metros quadrados e capacidade para estocar mais de 20 mil toneladas de aço. A nova localização é estratégica já que Indaiatuba é uma das cidades brasileiras com grande potencial de crescimento econômico e industrial, além de ótima localização geográfica em relação à logística. «Queremos estar próximos ao cliente e ao mercado. Vamos aumentar gradativamente nossa força de vendas e de assistência técnica, que hoje representa um diferencial perante os concorrentes», diz Humberto Cervelin, diretor geral do Grupo PCP Steel. A nova filial quer captar negócios nos estados de Goiás, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo, além de atender a região de Minas Gerais, que já é um forte mercado consumidor dos produtos da empresa. A meta é atingir um crescimento de 100% em até dois anos, ou seja, dobrar as vendas no setor.

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CGTech lança a versão 7.3 do VERICUT A CGTech lançou a versão 7.3 do software de simulação e otimização de máquinas CNC, VERICUT®. O VERICUT 7.3 apresenta aprimoramentos que melhoram significativamente o seu desempenho, simplificando assim o trabalho dos engenheiros de produção para simular a programação CNC e processos de usinagem. A versão 7.3 traz ícones disponíveis em vários tamanhos. A opção “Favoritos”, configurável pelo usuário, simplifica ainda mais a criação de uma sessão de simulação. Consiste das pastas e arquivos mais usados, e cada item pode ser arrastado/solto em um projeto. Durante a simulação, o usuário pode criar uma lista de eventos “Múltiplas Paradas”. Estes eventos, tais como colisões, avisos, trocas de ferramentas, ou fim de cada setup, podem ser gerenciados de forma interativa na caixa de diálogo do programa CNC. O desempenho na versão 7.3 é 5-10 vezes mais rápido, ou até mais, especialmente quando o movimento simulado no programa CNC causa potenciais condições de colisão com modelos muito detalhados ou complexos. O significativo esforço de desenvolvimento interno da CGTech aprimorou os principais algoritmos de colisão do VERICUT, permitindo que máquinas e modelos com funções complexas sejam eficientemente simulados sem que sejam necessárias modificações. Informações: www.vericut.com.br (11) 4119-0907

ABIMEI oferece consultoria para Ex-tarifário A Abimei (Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais) acaba de criar um novo serviço para atender o mercado importador de bens de capital: a consultoria em Ex-Tarifário. O engenheiro industrial e de produção Eduardo F. Martins, especializado nos processos de obtenção e renovação de Ex-Tarifários, é o responsável pela consultoria. “Vamos atender as empresas associadas com preços diferenciados, mas o serviço é aberto para todo o mercado”, diz Ennio Crispino, presidente da entidade. A consultoria irá atuar em todas as fases do processo, desde a elaboração de vistorias e laudos técnicos de máquinas e equipamentos, até o planejamento e aprovação de importação de equipamentos novos e usados, visando à obtenção de licenças e desembaraços aduaneiros com redução de impostos e taxas. O engenheiro Eduardo Martins atuou como líder das operações de execução e controle de projetos de financiamentos dos investimentos, programas BEFIEX e Ex- Tarifários do Grupo Klabin e foi responsável pela criação do Sistema de Orçamento/Gerencial dos Projetos de Investimentos (SPI). Esta larga experiência permite que ele conduza os processos com eficiência, garantindo agilidade e alto índice de sucesso aos pleitos de todos os segmentos industriais. Informações: www.abimei.org.br ou eduardo.martins@abimei.org.br

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Associação Mundial de Aço de olho na Usina de Cubatão O Laminador de Tiras a Quente da Usina de Cubatão foi o personagem principal da visita de representantes de siderúrgicas, associações ligadas ao setor e jornalistas de várias nacionalidades, que participaram da 47ª Conferência Anual da Associação Mundial do Aço, realizada entre os dias 7 e 9 de outubro, em São Paulo. A visita à Usiminas foi uma das atividades de encerramento da programação da conferência. No equipamento, o grupo pode acompanhar o processo de produção de perto, ver o funcionamento na cabine de controle, conversar com a equipe e tirar dúvidas. “A visita ao LTQ2 foi uma experiência espetacular. Sabemos que a Usiminas é uma empresa importante, que trabalha em conjunto com outras empresas do mundo para desenvolver novos aços no setor automotivo e novas aplicações, particularmente focadas para o desenvolvimento de aços cada vez mais leves e mais avançados para a indústria automotiva”, disse o presidente da Associação Mundial do Aço, Cee Ten Broek.

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Produção em alta A produção de aço bruto mundial cresceu 6,1% em setembro deste ano, na comparação com o mesmo mês do exercício passado, sustentada principalmente pelo crescimento na Ásia, na América do Norte e na América Latina, que contrabalançaram uma queda acentuada na Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e a quase estabilidade na produção da Europa, informou a Associação Mundial de Aço (Worldsteel). A produção global cresceu para 132,5 milhões de toneladas, em comparação com 124,9 milhões de toneladas em setembro de 2012. A China, maior consumidor e produtor mundial de aço bruto, aumentou a produção em 11%, para 65,4 milhões de toneladas. Os dados foram coletados nos 65 países-membros da Worldsteel, que respondem por 85% da produção mundial. A capacidade de produção do metal foi de 79,3% em setembro, um crescimento de 2,1% no ano e de 3,4% em comparação com agosto.

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Incentivos para indústria Duas novas Resoluções da Câmara de Comércio Exterior (Camex) traz nova redução no Imposto de Importação para máquinas e equipamentos sem produção no Brasil. A determinação vale até 31 de dezembro de 2014. A Resolução Camex n° 92 reduz de 14% para 2% a alíquota para compras externas de 123 bens de capital, (119 novos e 4 renovações) e a Resolução Camex n° 91 altera de 16% para 2% o Imposto de Importação para um bem de informática e telecomunicação. Os ex-tarifários das duas novas Resoluções Camex vão incentivar investimentos para construção de um estaleiro em Aracruz-ES, uma fábrica de refrigerantes em Itabirito-MG, e uma fábrica de peças para motores de automóveis, em Poços de Caldas-MG, entre outros projetos. Em relação aos países de origem das importações beneficiadas destacam-se: Alemanha (32,33%); Itália (30,70%); Estados Unidos (18,12%); China (4,25%) e Espanha (3,03%).

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Qualidade Gerdau A Gerdau venceu o Prêmio Qualidade 2013, promovido anualmente pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento (Sinaprocim) e o Sindicato da Indústria de Produtos de Cimento do Estado de São Paulo (Sinprocim). A empresa recebeu o Troféu Vitória conquistado na categoria “Armaduras Treliçadas para Espaçador de Piso, Telas Eletrosoldadas (rolos e placas), Armação Treliçada, Vergalhão CA 50 em barra e Vergalhão CA 60 em rolo”. Realizado há 16 anos, o prêmio tem como objetivo reconhecer boas práticas e valorizar a melhoria da qualidade e da produtividade das empresas do setor de cimento e da indústria da construção. A premiação é baseada em uma pesquisa de opinião desenvolvida pelo Ibope Inteligência com associados do Sinaprocim e Sinprocim, fornecedores de matéria-prima e equipamentos, construtores e revendedores. Além do reconhecimento às companhias, o prêmio também homenageou personalidades do setor público e empresarial que, com seu trabalho, contribuem para o processo de contínuo crescimento e renovação em prol da melhoria da qualidade na indústria a construção.


Abinox fornece aço inoxidável ao Senai-SP A Abinox está fornecendo aproximadamente 3.500 kg. de chapas de aço inoxidável, para 13 escolas do Senai-SP, conforme estabelecido no convênio assinado pelas duas entidades. O material será utilizado pelos alunos de Caldeiraria e Soldagem nos cursos de Formação de Aprendizes e Formação Continuada, promovidos pelo Senai. Ao todo 2500 alunos passarão pelos cursos durante o presente ano e receberão formação nas técnicas de transformação do aço inoxidável. O convênio, com mais de 10 anos de existência, visa capacitar mão de obra qualificada para as empresas da cadeia brasileira do aço inoxidável e faz parte do programa de Educação e Treinamento da Abinox.

ABIMAQ recebe apoio para o Inovar-Máquinas A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) apoia a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que vem trabalhando no programa Inovar-Máquinas há mais de três meses. O Inovar-Máquinas tem com objetivo modernizar o parque fabril brasileiro, estimular a produção nacional e garantir empregos. Carlos Pastoriza, diretor secretário da Abimaq lembra que na Alemanha as indústrias renovam seu maquinário a cada cinco anos, enquanto no Brasil, isto é feito a cada 17 anos. Segundo o presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, o programa também como tem meta reverter a tendência de desindustrialização do setor de máquinas e equipamentos. “Será uma forma inteligente de aumentar o consumo de máquinas”, afirmou.


Aço galvanizado em alta O mercado brasileiro de aços galvanizados deverá crescer entre 7,5% e 9,5% neste ano na comparação com o exercício passado, conforme projeções do Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ). O segmento é beneficiado pelo desenvolvimento de novas aplicações para a galvanização. De acordo com o presidente do ICZ, Carlos Marcelo Gonçalves Henriques, atualmente, o crescimento da galvanização no Brasil está ligado ao segmento de estruturas metálicas. A construção civil responde por 36% do consumo interno. Outros setores importantes são suprimentos elétricos, que respondem por (20%) da demanda doméstica, telecomunicações (19%) e setor agrícola, com 18% do consumo. Ente os fatores que deverão garantir o crescimento do consumo no Brasil está o desenvolvimento de novas aplicações para o aço galvanizado. Uma das apostas é o setor de óleo e gás, que terá investimentos significativos no País nos próximos anos.

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Aço versus alumínio A indústria siderúrgica brasileira deve investir mais no desenvolvimento de aço mais resistente e leve para aplicações automotivas, ou vai perder mercado para os produtos de alumínio, disse Cledorvino Belini, presidente da Fiat na América Latina, durante exposição na 47ª Conferência da Associação Mundial do Aço que aconteceu em São Paulo. Segundo Belini, a meta de veículos mais leves faz parte de um programa global de eficiência energética a ser implementado até 2017. No momento, os produtos de aço (principalmente planos) respondem por cerca de 70% do peso de um veículo, acrescentou Belini. “Acredito que a nanotecnologia aplicada aos aços será um diferencial para a indústria automotiva em cerca de 10 anos”, previu. No entanto, ele afirmou que o aço de ultra-alta resistência (UHSS, em inglês) atualmente usado no processo de estampagem a quente foi um bom primeiro passo. Belini chamou a atenção para os custos de produção da indústria automotiva. “Nossas matéria-primas são caras, o que nos faz perder competitividade no mercado de exportação”.


BICOS e PISTOLAS de AR COMPRIMIDO para SIDERURGIA MELHORIA NA QUALIDADE DO AÇO • Remove as carepas na Laminação a Quente em até 90% • Promove excelente limpeza da superfície na Laminação a Frio, evitando manchas e sujeiras no aço. • Elimina o desperdício de material. Silvent 735 L O jato de ar central com velocidade supersônica do bico Silvent 735L é gerado por um bico Laval. O design do bico converte toda a energia armazenada no ar comprimido em energia cinética sem permitir que o jato se ar expanda lateralmente depois de passar pelo bico. Os rasgos do design aerodinâmico geram uma corrente de ar protetora paralela ao jato central, evitando que a força de sopro seja reduzida pelo ar ao redor e permitindo sua performance com total eficácia. A turbulência é minimizada, o que diminui o nível de ruído. Cumpre totalmente as limitações sonoras da Diretiva de Máquinas UE e os regulamentos de segurança da OSHA.

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Desenvolvido especialmente para Laminação a Frio. Feito sob medida, com formato ideal e específico. Ângulo de sopro pode ser instalado de 0 - 45°. Permite ajuste de configuração. Equipamento com bicos divisórios. Força de sopro de 20 N - 702 N (155lb). Produto patenteado.

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Revestimento para moinhos O Megaliner, o conceito de revestimento Poly-Met da Metso, agora está disponível para moinhos semiautógenos (SAG), além de outros moinhos de grande porte que já eram revestidos com o Poly-Met convencional. O sistema patenteado comprovou que é capaz de reduzir o tempo de realização da troca de revestimentos entre 30% e 40%. “Com o lançamento do Megaliner™ para moinhos SAG, a Metso agora pode oferecer este sistema de revestimentos para todas as aplicações de moagem em grande escala que utilizam modernos equipamentos manipuladores de placas de revestimento de 7 e 8 eixos de movimentação,” diz Tage Möller, vice-presidente da área de ‘Mill Lining Solutions’ (Soluções em Revestimentos de Moinhos), Metso Mineração e Construção. O sistema de fixação do Megaliner significa que as trocas ocorrem de maneira rápida e contínua. O Megaliner é fabricado em borracha e metal, e pesa entre 30% e 60% menos do que revestimentos metálicos de tamanho semelhante. Isto significa que é possível aumentar o grau de enchimento de bolas, melhorando a eficiência de moagem do moinho. Informações: www.metso.com/miningandconstruction

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Botas impermeáveis A BSB – uma das maiores produtoras de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) da América Latina – traz ao Brasil botas impermeáveis cujos conceito e tecnologia só se encontram entre os grandes players mundiais do setor. Fujiwara, uma de suas marcas, lança, neste mês, a linha EcoBoots, produzida em PU (Poliuretano). Além de total impermeabilidade, os calçados oferecem isolamento e conforto térmico, propriedades antiderrapantes, leveza, flexibilidade, maior absorção de impacto, conforto de calce devido à maciez e alta durabilidade. O PU das EcoBoots é um material mais leve e resistente. Entre os principais segmentos que serão atendidos pelas EcoBoots estão as indústrias frigorífica, alimentícia, de lazer, de óleo, de gás, mineração e agronegócio. Elas estão disponíveis, do número 37 ao 44, nas cores branco com solado branco ou bege, verde com solado bege ou preto, preto com solado verde e azul com solado branco. As polainas estão disponíveis nas cores azul marinho, amarelo, areia, preto e verde. Entre os itens opcionais estão palmilha de aço e biqueira de composite, composta por plásticos de alta performance, 40% mais leve do que a de aço, garantindo resistência e proteção contra impacto e compressão. Informações: www.bsbsafety.com

Sythex fecha parceria com Grupo Sany A Sythex vai fazer a implantação do WMS WIS no Grupo Sany do Brasil. Fundada em 1989 em Changsha, na China, o Grupo Sany dedica‐se à produção de máquinas pesadas tendo como principais produtos as máquinas para construção civil, portuárias, de mineração, escavação, guindastes, pavimentação e reach stacker. Em 2011, a Sany inaugurou na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, a sua primeira unidade fabril para montagem de escavadeiras e guindastes em uma área total de 30 mil metros quadrados. A empresa começou a montagem dos guindastes RT (rought terrain) e dos rolos compactadores na sua unidade fabril. Além das funcionalidades de recebimento, endereçamento, armazenamento, controles de estoques, inventários, separação e expedição, o WIS Sythex será responsável pelo abastecimento de peças e componentes para a montagem de veículos nas linhas de produção integrado ao ERP SAP. Informações: www.sythex.com.br

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Filtros coalescentes A Ar Brasil oferece ao mercado uma linha ampla de filtros coalescentes que garantem a eficiência de seus equipamentos, bem como vida longa contribuindo com sua produção. Os produtos têm longa duração, baixa queda de pressão, baixo custo de operação e são fabricados sobre ISO 9001. Além disso, são de simples instalação e manutenção. O medidor de diferencial de pressão indica o tempo da troca do elemento e também possui dreno de segurança. Informações: www.arbrasilcompressores.com.br

Renovação de frota A ArcelorMittal vai participar do plano de renovação da frota de caminhões em Minas Gerais. Como o aço é um produto 100% reciclável, a sucata metálica desses veículos será reaproveitada na produção de cordoalhas, vergalhões e outros produtos da ArcelorMittal. O projeto de lei aguarda aprovação da Assembleia Legislativa do Estado e prevê tirar de circulação cerca de 94 mil caminhões. A proposta é trocar as unidades antigas por outras novas ou seminovas com, no máximo, 10 anos de fabricação. Para incentivar a adesão, o programa vai oferecer uma linha de financiamento especial, além de isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

ALTA PRECISÃO E QUALIDADE TECNOLÓGICA EM TREFILADOS

TUBOS TREFILADOS QUALIFICADOS ALUMÍNIO • COBRE • LATÃO • TUBOS em todos os formatos e medidas • PEÇAS tubulares acabadas ou semi-acabadas, cortadas e usinadas • PERFIS personalizados e formatos irregulares SERVIÇOS DE MÃO DE OBRA: • Diâmetros especiais conforme especificações • Qualidade presente em todos os segmentos do mercado • Trefilação em barras e em rolos • Corte sob medida • Competitividade e versatilidade na prestação dos serviços • Usinagem de precisão • Recozimento e endireitamento ALTO PADRÃO EM TREFILAÇÃO DE METAIS NÃO FERROSOS

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Brasil sobretaxa laminados a frio O governo brasileiro vai sobretaxar por até cinco anos as importações de produtos planos de aço inoxidável laminados a frio provenientes de diversos países. Adotada como direito antidumping por resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex), a medida se aplica às compras procedentes de Alemanha, China, Coreia do Sul, Finlândia, Taipé Chinês e Vietnã. A decisão resulta de investigação antidumping aberta em abril de 2012 por solicitação da Aperam Inox América do Sul. A sobretaxa determinada pela Camex varia de US$ 235,59 a US$ 1.076,86 por tonelada importada, dependendo do país de procedência e do fabricante/exportador. O objeto da medida antidumping são especificamente os produtos planos de aços inoxidáveis austeníticos tipo 304 (304, 304L e 304H) e de aços inoxidáveis ferríticos tipo 430, laminados a frio, com espessura igual ou superior a 0,35mm, mas inferior a 4,75mm, informa a Camex no texto da resolução. A Camex tomou sua decisão depois que a investigação apontou que os produtos estavam sendo vendidos ao Brasil por preço de exportação abaixo do normal, ou seja, inferior ao praticado pelos fabricantes nas vendas internas dos países de origem. Isso caracteriza o dumping, uma prática desleal de comércio.

Limpeza com inovação O Grupo Combustol & Metalpó desenvolveu sistema automatizado para limpeza de cadinhos, de transporte de alumínio líquido, que torna o processo mais ágil e evita expor o trabalhador ao forte calor desta operação. A limpeza interna do recipiente utilizado para o transporte de alumínio líquido a altíssimas temperaturas, conhecido por cadinho, sempre foi um problema para as empresas e para os funcionários responsáveis pelo trabalho. “A manutenção é muito mais rápida e eficiente devido a força da raspagem da ferramenta, bem como, evita que o operário sofra com o calor irradiado”, afirma o gerente da Divisão de Equipamentos da Combustol, Argemiro Sieiro. O sistema desenvolvido pela empresa é totalmente automatizado, feito por empilhadeira com uma ferramenta adaptada em seu garfo, a qual possibilita aquecer e bascular o cadinho na mesma estação. Dessa forma, o sistema dispensa pontes rolantes e dispositivos de apoio da panela, além disso, a limpeza é feita em menos tempo, por ser totalmente automatizada. Informações: www.combustol.com.br

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Capacitação em MG A Gerdau e o Sebrae Minas estão empenhados na implantação do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), que visa capacitar empresas fornecedoras nas áreas de materiais e serviços. Em execução desde fevereiro de 2012 em todo o País, o programa já beneficiou, em Minas Gerais, 76 empresas fornecedoras de unidades da Gerdau no Estado, totalizando um investimento de mais de RS 1,5 milhão. No Brasil são mais de R$ 4 milhões aplicados em 264 empresas da Bahia, Ceará, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, além de Minas. O projeto é subsidiado, cabendo às empresas o investimento médio de 20% dos custos. “Trata-se de uma ferramenta alinhada aos critérios de excelência utilizados pela Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), adaptados à realidade das pequenas empresas”, explica a analista técnica do Sebrae Minas, Simone Mendes, gestora do programa. No total, cada empresa receberá, até dezembro de 2013, 167 horas de treinamentos e 97 de consultorias, baseados em critérios de excelência em algumas frentes: Liderança, Estratégia e Planos, Clientes, Sociedade, Pessoas, Informação e Conhecimento, Processos e Resultados. Informações: www.sebraemg.com.br


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Queda na exportação de aço O Brasil ocupa a 13ª colocação no ranking de exportação mundial de aço. O país exporta o produto para mais de 100 países no mundo. Entre os principais setores que o demandam estão a construção civil, o setor automotivo, de bens de capital, de máquinas e equipamentos, produtos de utilidade doméstica e comerciais, mas como efeito da crise que atingiu principalmente a Europa, o Brasil passou a olhar mais para o mercado interno, mas as boas expectativas geradas com a proximidade de grandes eventos como a Copa do Mundo foram frustradas: quatro estádios no Brasil tiveram a cobertura feita com aço importado, de acordo com o Instituto Aço Brasil. O consumo interno cresceu, mas não absorveu o excedente da produção. As vendas internas estão estimadas em 22,8 milhões de toneladas neste ano, o que significa 5,3% a mais do que em 2012. Já as exportações devem ser de 8,5 milhões de toneladas em 2013, uma queda de 13% em relação ao ano passado. São reflexos do difícil ano de 2012 para o setor, quando o Brasil viu suas exportações caírem 9,6% em volume e 16,7% em valores (em relação a 2011), fechando com uma receita de US$ 7 bilhões. Dados de produção de aço bruto de 2012, divulgados pela Associação Mundial de Aço (WSA), a China ocupa a primeira posição no ranking, com 716.5 milhões de toneladas. Em segundo lugar e distante da China - pelo menos em produção de aço bruto -, aparece o Japão, com 107.2 milhões de toneladas. Em terceiro lugar, na América do Norte, surge os EUA, com 88,7 milhões de toneladas. Na Ásia, novamente, surge a Índia no quarto lugar com 77,6 milhões de toneladas. A Rússia é a quinta, com 70,4 milhões de toneladas. O Brasil, único da América do Sul entre os dez primeiros colocados, aparece em nono lugar, com uma produção estimada em 34,5 milhões de toneladas.


Maior produção de estrutura Os fabricantes de estruturas de aço projetam um crescimento de 10% em sua produção para este ano, segundo pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), do Instituto Aço Brasil (IABr), e a Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM). Pesquisa feita com 157 empresas participantes mostra que o volume de produção atingiu 1,062 milhão de toneladas, em 2012. Segundo Fernando Matos, Gerente de Qualidade do IABr e Gerente executivo do CBCA, a expectativa de crescimento dos fabricantes é positiva e demonstra a percepção de que a demanda de aço pelas grandes obras que estão sendo esperadas no Brasil crescerá. O setor da construção civil, no geral, é responsável por 37,7% do consumo aparente de aço no Brasil, de acordo com dados do IABr. A pesquisa apontou ainda que 91% das companhias que atuam nesse setor são pequenas e médias, com produção de até 20 mil toneladas por ano. Do total, 65% estão localizadas no Sudeste do País. Mesmo com uma participação ainda pequena, a presença dos fabricantes da região Nordeste passou de 6,9% em 2011 para 10,2% no ano passado. Ainda de acordo com o levantamento, a estimativa é de que essas empresas faturaram no ano passado R$ 9 bilhões. Divulgação

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SSAB na Exposibram A SSAB, multinacional sueca produtora de aços de alta resistência, participou como expositora da Exposibram 2013. Durante a feira, a SSAB expôs uma minibáscula 793, fabricada toda em Hardox e peças de desgaste fabricadas por seus clientes membros do programa Hardox Wearparts. O Hardox Wearparts é um programa internacional de networking para fabricantes de peças de desgaste, que utilizam a chapa Hardox para fabricação de suas peças. Os membros são certificados por serem especialistas em soluções eficientes para o desgaste e passam por treinamentos e acompanhamento contínuo de seus processos. O processamento correto do material garante que a qualidade da chapa será mantida e que o usuário terá o melhor aproveitamento do mesmo.

www.ssab.com

Máquina de Serra de Fita Cosen C-3832GNC A Cosen C-3832GNC é o lançamento da Andorinha. O equipamento tem capacidade de 325 mm, possui 120 pontos de melhoria em toda a sua composição que vão da estrutura, componentes, capacidade, entre outros. O equipamento foi premiado com o selo Taiwan Excellence 2013 que contempla produtos de destaque em qualidade. As máquinas horizontais linha NC programável com dupla coluna, apresentam colunas redondas superdimensionadas para um suporte máximo da estrutura da serra. A articulação cruzada no topo assegura uma alta resistência estrutural. A dupla coluna rígida com um grande diâmetro guia a estrutura da serra para um corte mais potente, uniforme e preciso. A força de corte e a taxa de avanço são aplicadas uniformemente do topo à parte inferior do corte. Informações: www.andorinhabr.com

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Informações:


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Ceará vai sediar terceira siderúrgica O estado do Ceará vai sediar a terceira siderúrgica em seu território. No início de novembro, o governador Cid Gomes e os representantes dos grupos Aço Cearense e Posco assinaram o Memorando de Entendimento que estabelece a intenção de desenvolverem o estudo de viabilidade técnica e econômica para a instalação de uma laminadora de aços planos no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). Com o estudo de viabilidade serão definidos os cronogramas e prazos para a execução do projeto. A previsão é que a nova siderúrgica produza entre 600 mil a 1 milhão de toneladas de lâminas de aço por ano. Atualmente estão em instalação no Ceará a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), no Cipp, e a Siderúrgica Latino-Americana (Silat), em Caucaia. Participaram ainda do ato de assinatura do Memorando os secretários Arialdo Pinho (Casa Civil), Danilo Serpa (Gabinete do Governador) e Alexandre Pereira, presidente do Conselho do Desenvolvimento Econômico (Cede).

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Empresa

KSA: 20 anos de automação Empresa oferece soluções no setor de identificação automática Por redação Imagens: divulgação

A

KSA é especializada em soluções de identificação automática e captura de dados que está completando 20 anos. O produto desenvolvido pela empresa ajuda seus clientes na automação de processos. O carro-chefe é o código de barras, mas a KSA também está focada em equipamentos, serviços e insumos para ambientes industriais. No primeiro semestre de 2013, após várias negociações e reuniões no Brasil e nos Estados Unidos, a empresa celebrou um acordo comercial para representar a Pannier no Brasil. A Pannier é uma empresa americana, fundada em 1899, especializada em marcação e identificação. Dessa forma, por meio da utilização do código de barras em etiquetas metálicas resistentes a altas temperaturas e a

processos químicos, a KSA trouxe ao mercado brasileiro a possibilidade de identificação de produtos durante as mais diferentes etapas do processo produtivo. Com essa parceria, a KSA ampliou seu portfólio e passou a oferecer também etiquetas metálicas impressas a laser que são produzidas em aço ou alumínio, dependendo da aplicação e da necessidade. Essas etiquetas tendem as necessidades de identificação dos produtos, suportando temperaturas de até 1000°C e alguns processos químicos. Elas são resistentes a esforço mecânico, água, óleo, graxa dentre outros agentes agressivos. As etiquetas podem receber dados fixos, variáveis, logotipos e códigos de barras tradicionais e bidimensionais. Muito útil para as indústrias de fabricação de alumínio,

Aplicações das etiquetas: • Identificação de placas, tarugos e chapas grossas ainda quentes; • Identificação de produtos e peças em processos agressivos, tais como, recozimento, decapagem, jateamento e imersão em fluidos; • Rastreabilidade por toda a vida de componentes críticos da indústria automotiva e aeroespacial; • Identificação de peças forjadas, fundidas e moldadas, durante o processo; • Identificação de tubulações e seus componentes.

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Empresa

siderúrgicas de aços planos e longos, metalúrgicas. As etiquetas servem para a identificação de tubulações, válvulas e equipamentos nos mais variados segmentos. Outro produto importante oferecido são as etiquetas metálicas em relevo que permitem a rastreabilidade do produto antes e depois de processos termoquímicos, tais como decapagem, limpeza, pintura, recozimento e galvanização, sem necessidade de se trocar etiquetas, pois elas têm a capacidade de resistir a estes processos. Além de dados fixos e variáveis podem receber códigos de barras bidimensionais. As etiquetas podem ser aplicadas nos produtos por meio de arames, clipes, pinos e também por meio do processo de soldagem. Também é possível fazer aplicações totalmente automatizadas, o que permite eliminar o risco de acidente com empregados em ambientes agressivos. Essa opção, além de eliminar os erros de anotação e digitação, facilita a localização e de inventário em áreas extensas, tais como pátios de armazenamento de

placas em siderúrgicas. Outra vantagem é que o produto identificado com código de barras assim que “nasce” no sistema, recebe identidade. O sistema de barras garante a rastreabilidade durante todas as fases do processo produtivo, ou seja, ajuda a garantir a qualidade e uma excelente relação custo x benefício. Essa tecnologia é utilizada nos mercados americano, mexicano, europeu e leste asiático. Além de oferecer etiquetas, a KSA fornece também as impressoras e/ou os sistemas de marcação automáticos, que têm a capacidade de se integrar de forma simples aos diversos sistemas corporativos de mercado ou desenvolvidos internamente. A empresa dá suporte em todo o processo, desde os testes em campo, nas instalações para definir a melhor etiqueta a ser usada, bem como a comercialização, instalação e manutenção das impressoras e sistemas automáticos de gravação, passando pelo treinamento dos usuários e suporte pós-venda.


Raio X

Fadiga nos aços estruturais Os aços possuem uma grande amplitude de uso como o principal material estrutural , porém a ação de ciclos alternados de carregamento mecânico podem levar as estruturas e componentes em aço à falha (*) Willy Ank de Morais (**) Heretiano Dalmácio Sampaio Júnior Imagens: cedidas pelos autores

A

INTRODUÇÃO

falha de um componente sempre é um acontecimento indesejável, uma vez que ela coloca em risco vidas humanas e provoca perdas materiais. O conceito de falha é aplicável se um defeito, que pode ser uma fratura ou um dano severo, ocorrer dentro do período de vida útil de um componente. Essa vida útil deve ser definida pelos critérios de projeto e pode ser associada a um modo de falha específico. As falhas normalmente são o resultado de uma ou mais circunstâncias que degradam o componente ou a estrutura envolvida. Entre as principais causas-raiz de uma falha têm-se: projeto falho, defeitos no material, deficiência no processamento e manufatura, erros de montagem, condições de serviço fora das especificações e manutenção inadequada. As estruturas metálicas, inclusive em aço, são projetadas com o intuito de minimizarem tanto a deflexão elástica excessiva quanto evitar o escoamento plástico, os quais são os causadores de falhas catastróficas conhecidas por “fraturas rápidas”.

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As falhas resultantes da fadiga, quando ocorrem, são geralmente catastróficas e traiçoeiras. São oriundas de eventos cumulativos e por isso são também conhecidas como “fraturas progressivas” levando a uma falha que acontece repentinamente e sem qualquer aviso. Essas falhas podem variar em intensidade, desde a perda de elasticidade (rigidez) e resistência da estrutura até a fratura total do componente.

PRIMEIRA ABORDAGEM O primeiro grande trabalho feito sobre o fenômeno da fadiga foi desenvolvido no século 19 com foco em eixos de vagões ferroviários. Muitos desses componentes apresentavam falhas com pouco tempo de trabalho, mesmo quando submetidos a cargas menores do que sua resistência. Naquela época, o engenheiro alemão August Wöhler desenvolveu uma pesquisa sobre esta questão ao longo de 12 anos. Considerando que os eixos sofriam deformações ao serem solicitados por cargas cíclicas, foram feitas simulações laboratoriais pela aplicação de esforços igualmente alternados, tais como esquematizado na


Raio x

Figura 1, em corpos de prova (CPs) simulando eixos. Nestas simulações o principal parâmetro mecânico empregado foi a tensão alternada (sa), que era submetida à peça sendo testada até a ocorrência da falha por fratura, que acontecia após um determinado número de ciclos (Nf ). Eventualmente, para determinados níveis de tensão alternada não eram verificadas falhas, mesmo após um grande número de ciclos de carregamento mecânico (da ordem de 106 a 109 ciclos).

Figura 1. Carregamento cíclico de simulação empregado no trabalho pioneiro de Whöler

Como forma de representar os resultados obtidos, os valores da tensão alternada e do número de ciclos necessários à ruptura por fadiga foram descritos em um gráfico, como ilustrado na Figura 2. Tal gráfico ficou conhecido como “curva de Wöhler”, em referência ao trabalho feito por este engenheiro alemão, e é empregado até hoje no projeto de estruturas de aço submetidas a carregamentos de Fadiga.

Figura 2. Forma genérica de uma curva de Wöhler típica para aços estrututurais


Raio x

Assim, a partir do trabalho de Wöhler, percebeu-se que a tensão que um material pode suportar ciclicamente é muito menor que a suportável em condições estáticas. Além disso, descobriu-se que ligas ferrosas apresentam um patamar de tensão abaixo do qual a fadiga não se desenvolve. Este valor, que passou a ser conhecido como tensão limite de fadiga (sFad) e que está diretamente vinculado à resistência mecânica dos aços, representada pelo limite de resistência (SLR), conforme descrito pela Figura 3.

A falha por fadiga é caracterizada por três etapas diferentes que ocorrem ao longo da vida em fadiga (Nf ) do componente, ou seja: iniciação de trincas (NI), propagação (NII) e ruptura (NIII). Particularmente no primeiro estágio podem ocorrer, na sequência: acúmulo de danos por microdeformação plástica localizada (NId), geração de rugosidades superficiais do tipo intrusões e extrusões (NIr), nucleação e propagação de trincas curtas (NIt). Assim é costumeiro informar que a vida em fadiga de um componente, ou número de ciclos para a sua falha (Nf ), como sendo descrito pelo somatório do número de ciclos das fases individuais, ou seja:

Nf = NI + NII + NIII  (Eq. 1) Onde:

NI = NId + NIr + NIt  (Eq. 2)

Figura 3. Correlação entre valores de tensão limite de fadiga (sFad) e limite de resistência (SLR) de ligas ferrosas (MatWeb)

DESCRIÇÃO DA FADIGA A fadiga é um mecanismo de degradação mecânica dos materiais que é caracterizada pela presença de um carregamento mecânico variável que pode gerar danos e até a ruptura em componentes e estruturas submetidos em condições suficientemente longas e intensas de fadiga. Afeta, portanto, qualquer componente que se move e/ou que esteja sob solicitação cíclica, tais como automóveis nas estradas, pontes sob veículos, navios, plataformas marítimas, gasodutos etc. No caso dos metais, o carregamento em fadiga gera pequenas deformações plásticas localizadas e danos no interior de componentes metálicos, evoluindo para microtrincas que coalescem, crescem até produzir a fratura do componente.

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Como NIII=1, este valor pode ser desprezado em relação aos demais. Neste modelo, a longevidade de um componente irá depender da quantidade de ciclos que cada etapa necessitará para se completar. Existem situações nas quais a etapa considerada já foi completada ou que ainda levará um muito tempo para se completar. Existem filosofias de projeto mais tradicionais que visam evitar que a fadiga gere danos e consequentemente trincas e fratura dos componentes. Também existem códigos de projeto que preveem que defeitos sempre estarão presentes, sendo gerados sob diversas circunstâncias, e que o carregamento presente não pode gerar uma falha catastrófica.

CONCENTRAÇÕES DE TENSÃO Na primeira fase da fadiga, trincas são nucleadas em regiões com elevada concentração de tensões. Esta concentração de tensões pode ser criada por descontinuidades geométricas no material, conhecidos como concentradores de tensão, ou devido a um carregamento mecânico heterogêneo. Componentes estruturais geralmente possuem furos, ranhuras, chanfros, rasgos de chaveta, cantos vivos, roscas e outras mudanças abruptas na geometria criam perturbações no padrão do carregamento mecânico


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Raio x

aplicado ao componente. Essas descontinuidades, quando causam um incremento da tensão local, passam a ser conhecidas como concentradores de tensão. As tensões existentes em concentradores de tensão podem ser determinadas por métodos experimentais ou por métodos avançados de análise, incluindo o método de elementos finitos conforme ilustrado na Figura 4.

Figura 4. Análise de tensões em um corpo de prova com concentrador de tensão auxiliada por software de elementos finitos

O próprio ponto de aplicação de carga é uma região de concentração de tensões, como pode ser observado no princípio de Saint-Venant: “As tensões causadas no corpo por um sistema de carregamento são as mesmas, desde que nos afastemos da região a uma distância pelo menos igual à sua maior dimensão.”.

Logicamente, esse “princípio” não é uma lei rigorosa da mecânica, mas é uma observação de senso comum baseada em experimentos teóricos e práticos. Por exemplo, as tensões de uma barra retangular (largura b, espessura t) carregada axialmente são geralmente descritas pela fórmula básica s = P/A, em que P é a força axial concentrada na extremidade da barra e A é a área de seção transversal. Essa fórmula é baseada na suposição de que a distribuição de tensões é uniforme ao longo da seção transversal, o que não é totalmente verdadeiro. Conforme ilustrado na Figura 6, a tensão de pico diretamente sob a carga pode ser bem maior do que a tensão média, dependendo da área sobre a qual a carga está aplicada. Esta tensão máxima diminui rapidamente em regiões cada vez mais distantes do ponto de aplicação da carga.

Figura 6. Distribuições de tensões próximas da extremidade da barra de seção transversal retangular submetida a uma carga concentrada agindo sobre uma pequena área

Figura 5. Fator de concentração da tensão de tração gerada entre duas barras acopladas com um raio de concordância

Alternativamente o fator de intensidade de tensões (Kt) pode ser empregado com esta mesma finalidade, mas de forma mais simples, conforme descrita pela Equação 3. Esse parâmetro indica qual é a maior tensão (smáx) presente no componente quando a este é aplicada uma tensão (s0), afastada do concentrador de tensões, como ilustrado na Figura 5.

smáx = Kt×s0  (Eq.3)

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INÍCIO DA FADIGA A estrutura dos materiais não é homogênea, mesmo os metais puros possuem defeitos internos, a maioria destes de tamanho muito pequeno para serem observados em microscópios óticos. Estes defeitos submicroscópicos possuem certa mobilidade e sua movimentação causa alterações, ainda que localizadas, nas


Raio x

características do material. Regiões com tensões mais elevadas, como as descritas anteriormente, funcionam como pontos de movimentação concentrada destes defeitos e o período ao longo do qual isso ocorre é considerando dentro da fase I da fadiga (NId). Mesmo que um metal tenha uma superfície polida, a movimentação destes defeitos causa o surgimento de rugosidades após um determinado número de ciclos em fadiga (NIr). Estas rugosidades atuam como pontos de concentração de tensão que induzem a uma escalada simultânea na tensão local e na quantidade de danos gerada. As rugosidades presentes no material, ou geradas pelo carregamento em fadiga, podem evoluir para trincas depois de ocorrido certo número de ciclos de fadiga (NIt). Inicialmente estas trincas crescem nas direções mais favoráveis de dentro dos cristais que compõem o metal e em função da direção da carga aplicada. Nesta etapa o tamanho das trincas é relativamente pequeno e tipicamente microscópico. O final da primeira fase da vida em fadiga é caracterizado pelo número total de ciclos necessários (NI, conforme Eq. 2) para que pelo ao menos uma das trincas formadas iniciarem a sua propagação pelo material nas direções ditadas exclusivamente pelo carregamento mecânico. Nesse caso, as direções mais favoráveis nos cristais do metal passam a ter uma importância secundária e a trinca segue se propagando perpendicularmente à direção de maior resultante normal da carga aplicada. A Figura 7 ilustra esta

mudança entre as etapas de iniciação e propagação de trincas de Fadiga.

Figura 7. Representação esquemática mostrando a evolução das trincas em dois estágios da vida em Fadiga (I e II).

PROPAGAÇÃO E RUPTURA FINAL Na análise da propagação de uma trinca de fadiga são empregados conceitos da Mecânica de Fratura, ramo da Mecânica que oferece ferramentas para analisar o efeito de trincas em um material. Uma destas ferramentas é o fator de intensidade de tensões, quantificado mais comumente no modo de abertura de trincas tipo I (tração): _ K_I = σ ∙Y∙ √πa Onde: KI é o fator de intensidade de tensões; s é a tensão aplicada; Y é uma constante vinculada à geometria do com-ponente trincado e a é o tamanho da trinca.

Este parâmetro descreve a intensidade do campo de tensões que surge na ponta de um concentrador de tensões agudo, como uma trinca de fadiga. Neste caso, uma trinca


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de fadiga induz na sua extremidade um campo de tensões tal que cria uma região de deformação plástica na sua ponta, cujo tamanho está diretamente correlacionado com a intensidade do campo de tensões (KI), descrito pela Eq. 4. Esta região plástica na ponta da trinca, ilustrada esquematicamente na Figura 8, dita o ritmo de crescimento da trinca.

Figura 8 Representação esquemática da zona plástica formada na ponta de uma tinca de Fadiga propagandose na etapa II

Neste caso os valores de KI são bastante úteis na caracterização da propagação das trincas por fadiga, pois é possível relacionar a taxa de crescimento da trinca, propagando-se na etapa II, com a variação na intensidade de tensões aplicada à ponta da trinca (DK), conforme a equação de Paris: da = C ∙ [∆K] ^m dN Sendo que as constantes C e m podem ser quantificadas por ensaios de propagação de trincas de fadiga. Alguns valores típicos destes parâmetros para três categorias de aços são:

Tipo de aço

C (mm/ciclo)

m

Ferrítico

6,87×10

3,00

Austenítico

-9

5,59×10

3,25

Martensítico

1,35×10-7

2,25

-9

Uma trinca de fadiga só irá se propagar na etapa II da fadiga quando as condições de carregamento (Ds), geometria (Y) e tamanho da trinca (a) forem tais que seja ultrapassado uma variação de fator de intensidade de tensões limiar (DKlm), também conhecido como threshold (DKthr). Abaixo deste valor alguns mecanismos fazem com que a trinca de fadiga não se abra e, portanto, não se propague. Um destes mecanismos está ilustrado na Figura 8: a reação elástica do material contra a deformação plástica na ponta da trinca induz uma compressão e o fechamento parcial da trinca até um certo valor de DK aplicado (DKlm). A última etapa da vida em fadiga ocorre quando uma trinca de fadiga atinge um tamanho crítico (ac) tal que produz

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um valor de intensidade de tensões (KI) acima da capacidade do material (KIC). Neste caso, ocorre a fratura final do material por fadiga que pode gerar uma trinca final dúctil ou frágil. Particularidades da fadiga nos aços nas curvas de Wöhler, o nível de tensão aplicada (S) e o logaritmo do número de ciclos (N) necessários para romper cada CP são dispostos em um gráfico, que também é conhecido como curva S-N. Ligas ferrosas apresentam um valor de tensão abaixo da qual a fadiga não ocorre (sFad). Porém ligas não ferrosas não costumam apresentar este valor, como exemplificado na curva S-N reproduzida na Figura 9.

Figura 9. Exemplo genérico de uma curva tensão (S) versus número de ciclos (N). Uma liga ferrosa, como um aço estrutural, apresenta um limite (sFad) abaixo do qual não ocorre a fadiga. Ligas não ferrosas, como as baseadas no alumínio, normalmente não apresentam a tensão limite de fadiga

Por isso, o controle da longevidade em fadiga de estruturas e componentes em aço se baseia em impedir que a etapa de iniciação de trincas se manifeste, ou seja, que o componente sempre trabalhe com níveis de tensões equivalentes menores do que sFad. Algumas medidas simples podem ser empregadas de forma a se aumentar a vida do componente considerando a fase inicial da fadiga (NI). Estas medidas são extensivamente empregadas para componentes em aço: • Aumentar a resistência do material, especialmente a superficial; • Diminuir a rugosidade superficial do componente; • Diminuir o número de superfícies internas (inclusões e descontinuidades em geral); • Restringir regiões de carregamento mecânico mais intenso (concentradores de tensão).

Os dois primeiros itens podem ser obtidos através de operações especiais de processamento dos produtos finais. O terceiro item depende do processo de fabricação do aço (fusão, refino, solidificação e conformação mecânica). Já o último item depende basicamente do projeto da estrutura que estará sujeita à fadiga.


Raio x

Ampliando a vida em fadiga dos aços conforme ilustrado na Figura 3, valores de sFad possuem ligação direta com a resistência (SLR) dos metais, inclusive do aço. Esta correção é tipicamente expressa como: sFad = K’×SLR  (Eq. 6) Da mesma forma o limite de resistência dos metais possui uma correlação direta com a dureza por penetração na escala Brinell (HB) e Vickers (HV): sFad = K’’×HB  (Eq. 7) Valores empíricos para as constantes K’ e K’’ são:

Material

K’

K’’

Ferros fundidos Al fundido e ligas de Ti Ligas de Al-Si Aços comuns (ferríticos) Ligas de Ni Outras ligas de Al Ligas de Co Ligas de Cu Ligas de Mg

0,40 0,55 – 0,50 0,43 0,40 – 0,40 0,35

2,40 3,00 3,40 3,44 3,70 3,75 3,90 4,00 4,20

Onde: sFad é o limite de vida em fadiga (MPa); SLR é o limite de resistência; HB é a dureza Brinell do material.

Esta correlação deve ser considerada com cuidado, devido à natural dispersão na medição e representatividade dos valores de dureza em relação ao limite de vida em fadiga. Em todo caso, o incremento da dureza melhora a longevidade em fadiga de estruturas de aço evitando a formação de trincas. Porém como a dureza também diminui a resistência à fratura, esta prática deve ser limitada apenas às regiões onde a trincas surgem, ou seja, nas superfícies da peça. Além disso, deve-se tomar cuidado para que o processo de aumento da dureza também não introduza defeitos na superfície da peça sendo tratada. Tais defeitos podem suprimir a etapa de iniciação de trincas e atrapalhar, ao invés de ajudar, o desempenho do material. Tratamentos térmicos superficiais, tais como a têmpera superficial, a cementação e a nitretação, auxiliam no incremento da resistência mecânica superficial dos aços. Outra forma prática de aumentar a resistência superficial é pelo encruamento mecânico.

Eficiente neste sentido são os processos de shot peening e trefilação, que causam encruamento superficial. No caso da trefilação de tubos, além de dar maior longevidade aos componentes tubulares submetidos a fadiga, a trefilação ainda melhora as tolerâncias dimensionais dos tubos (ovalização, diâmetro e espessura da parede) além de possibilitar a diminuição da rugosidade superficial. As curvas S-N e o limite de vida em fadiga (sFad) apresentam dependência com uma série de fatores: tipo de carregamento (uniaxial, flexão ou torção); tamanho do CP e da estrutura; acabamento superficial; estrutura interna; condições ambientais; temperatura; etc. Na prática o limite de vida em fadiga (sFad) deve ser corrigido por uma série de constantes, normalmente menores que um (Ci ≤ 1) e correlacionadas com os vários fatores citados: sF (Real) = (C1 × C2¼Ci¼Cn)×sF (S-N) (Eq. 8) Para exemplificar esta situação, a Figura 10 ilustra um gráfico do qual se obtém a constante que quantifica

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o efeito do acabamento superficial sobre os valores do limite de vida em fadiga (sF) de aços estruturais.

simples tal como ilustrado na Figura 11. A partir deste modelo é possível empregar dados gerados por curvas S-N e utilizar as equações que quantificam o efeito dos valores de tensão máxima e mínima para fazer o projeto do componente em fadiga. Figura 11. Aproximação de um carregamento real, encontrado na prática, para um carregamento de fadiga do tipo senoidal para aplicação em projeto

Figura 10. Efeito do acabamento superficial na diminuição da vida em fadiga: sFad (Real) = CAcabamento ´ sFad (S-N).

A terceira forma de melhorar a resistência dos aços à fadiga se dá pela melhoria da limpidez interna do material. Quanto menor o número de descontinuidades internas, tais como vazios de solidificação, trincas de resfriamento, inclusões ou porosidades, menor será a quantidade de superfícies ou de microtrincas (concentradores de tensão) disponíveis a partir das quais podem ser nucleadas trincas de fadiga. A limpidez do material está diretamente associada à sofisticação do processo de fabricação empregado: tratamentos de refino (primário e secundário), solidificação diferenciada, conformação controlada (com um grau mínimo de redução a quente) são possibilidades empregadas neste sentido.

Projeto mecânico com aços sob fadiga o último item depende basicamente do projeto da estrutura que estará sujeita à fadiga. Este é um ponto de entendimento complexo, com reflexos nos códigos de projetos estruturais, os quais devem ser executados com conhecimento da aplicação, do material e dos carregamentos que estarão presentes. De maneira geral devem-se evitar concentradores de tensão representados por juntas com interferência, roscas, raios de concordância muito pequenos e outras situações que concentrem a tensão aplicada. Nem sempre é possível conhecer integralmente o tipo de carregamento mecânico imposto sob condições de fadiga, mas é possível aproximá-lo a carregamento

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• Revista do Aço

A partir da representação simples do carregamento em fadiga é possível definir parâmetros que caracterizam o carregamento em fadiga: tensão alternada: sa=(smáx-smín)/2 amplitude de tensões: Ds=smáx-smín tensão média: sm=(smáx+smín)/2 razão entre tensões: R=smín/smáx Os ensaios para obtenção das curvas S-N são realizados com parâmetros simples, normalmente empregando uma razão entre tensões nula (R=0 ou smín =0) e considerando a amplitude de tensões, que neste caso é igual à tensão média (sa=sm), como sendo os valores da tensão S. Também é comum encontrar os parâmetros empregados nos ensaios de flexão rotativa realizados por Wöhler, nos quais a tensão média é nula (sm=0) e os valores da tensão mínima e máxima são iguais em módulo (|smáx| = |smín| ou R=-1). Esta prática leva a uma limitação na aplicabilidade dos resultados, já que os carregamentos mecânicos encontrados na prática possuem amplitude de tensões (sa) e razões entre tensões (R) diferentes. Por isso existem metodologias de análise que permitem quantificar o efeito dos variados valores de tensão máxima e mínima na resistência à fadiga de um material caracterizado por uma curva S-N. Relações empíricas foram desenvolvidas,


Raio x

sendo as mais conhecidas as de Gerber (Eq. 9), Goodman (Eq. 10) e Soderberg (Eq. 11): σ 2 σa = σFad . 51 – [ m ] 6 (Eq. 9) SLR σa = σFad . [1 –

σm ] SLR

(Eq. 10)

σa = σFad . [1 –

σm ] SLE

(Eq. 11)

Estas equações correlacionam valores de propriedades do aço (limite de resistência - SLR, limite de escoamento SLE e limite de fadiga - sFad) com as condições mecânicas de carregamento (tensão alternada - sa e tensão média - sm). O gráfico da Figura 12 ilustra o resultado da análise de um carregamento em fadiga por meio destas equações: Propriedades do material SLE=420MPa SLR=550MPa sFad=325MPa

Condição 1

Condição 2

Condição 3

sa = 100MPa sa = 150MPa sa = 200MPa sm = 200MPa sm = 300MPa sm = 400MPa SEGURO INSEGURO FALHA

Figura 12. Análise de 3 condições mecânicas de fadiga (acima) pelos critérios de Gerber, Goodman e Soderberg (abaixo)


Raio x

Basicamente as falhas por fadiga recaem entre as envoltórias definidas pelas equações de Gerber (Eq. 9) e Goodman (Eq. 10), portanto condições como a condição 2 são inseguras, pois podem levar à fadiga. Por outro lado, caso o carregamento leve a uma condição menor do que a reta definida pelo critério de Soderberg (Eq. 11), a condição é segura. A condição mais crítica é quando o carregamento em fadiga ultrapassa as condições da curva de Gerber. Neste caso ocorrerá falha por fadiga do componente nesta circunstância.

OUTRAS CONSIDERAÇÕES Os ensaios de fadiga (curvas S-N) podem ser realizados diretamente no componente, caso haja possibilidade, e produtos acabados como barras, chapas, tubos ou e corpos de provas com dimensões normalizadas por normas. A realização do ensaio de fadiga segue critérios de normas internacionais com diferentes condições de carregamento e deformação, dentre elas as elaboradas pela American Society for Testing and Materials ASTM E-1150, E466, E467 e E468. Para a obtenção das propriedades de resistência a fadiga são ensaiados vários corpos de prova do mesmo material, acabamento superficial e dimensional para diferentes cargas até a ruptura, registrando o numero de ciclos até a ruptura. Inicialmente submete-se o corpo de prova a uma tensão máxima elevada, quase sempre da ordem de 2/3 do limite de resistência a tração. Repete-se este procedimento com outros corpos

de prova, diminuindo-se gradativamente a tensão máxima aplicada. A análise feita com base na variação das tensões também pode ser feita com base na variação das deformações impostas aos componentes. Neste caso, empregam-se curvas de deformação alternada versus números de ciclos para descrever as propriedades do material. Alguns aços de alta resistência podem apresentar, logo no início da etapa I da fadiga um amolecimento dinâmico, que é uma perda de resistência pela movimentação de defeitos internos no material. Por outro lado, aços de menor resistência mecânica, podem apresentar um endurecimento dinâmico, pelo mesmo mecanismo. Uma forma de se analisar componentes submetidos a fadiga em diferentes condições de ciclos é considerando que cada ciclo irá gerar uma condição de dano cumulativa, mas que não interage com os danos gerados nos demais ciclos. Assim pela metodologia de Gerber, Goodman e Soderberg (Eqs. 9, 10 e 11) é possível determinar um valor de tensão alternada equivalente para cada ciclo e, de posse da correspondente curva S-N, verificar qual seria a perda percentual na vida em fadiga para aquele nível de carregamento. O material irá falhar por fadiga caso o percentual de perda de vida em cada conjunto de ciclos atinja 100%. As condições ambientais também podem influenciar na vida em fadiga dos materiais. Um ambiente com temperatura elevada pode levar a diminuição da vida em fadiga, pois um material estrutural deve se deformar normalmente em função de esforços para realização de um determinado trabalho e em temperaturas elevadas geram tensões provenientes da restrição aos movimentos de expansão e contração dimensional. Essas tensões térmicas podem induzir trincas ao material, que dependem do coeficiente de expansão térmica e módulo de elasticidade do material. Um ambiente corrosivo também é prejudicial à vida em fadiga. A corrosão é ponto concentrador de tensão podendo desencadear trincas no material além de aumentar a taxa de propagação da trinca já iniciada num primeiro estágio. Existem técnicas para diminuição da taxa de propagação da corrosão como, seleção de materiais

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• Revista do Aço


Raio x

mais resistentes à corrosão, aplicação de revestimentos e atmosferas menos corrosivas. A Figura 13 ilustra dois casos extremos de curvas para a análise de Fadiga de aços: uma curva S-N tradicional para o

aço SAE 1006 comum, com ou sem preenchimento por solda, e a outra uma curva da/dN versus DK para um aço martensítico 2,25Cr-1Mo (SA542-C12) submetido a variadas condições ambientais. Na primeira curva, pode-se notar o efeito do processo de solda nos valores de sFad do aço e no segundo caso os efeitos do ambiente nos valores de DKlm.

CONCLUSÕES Muitas das aplicações do aço envolvem carregamentos cíclicos importantes e que devem ser considerados na fase de projeto estrutural, durante o acompanhamento e manutenção de estruturas e componentes em aço. A compreensão dos efeitos da Fadiga e sua quantificação tornam-se vital para a confiabilidade das estruturas em aço. Este trabalho apenas ilustrou apenas alguns aspectos básicos sobre a fadiga nos aços, um maior aprofundamento pode ser obtido em várias fontes bibliográficas disponíveis. (*) Willy Ank de Morais É doutorando, MSc., engenheiro metalurgista, técnico em Metalurgia. prof. adjunto da Faculdade de Engenharia da Unisanta, Consultor Técnico da Inspebras e vice-diretor da divisão técnica “Ensino” da ABM (willyank@unisanta.br e willyank@inspebras.com) Figura 13. Exemplo de uma curva S-N para o aço SAE 1006 com e sem soldagem e de uma curva da/dN versus DK de um aço martensítico 2,25Cr-1Mo (SA542-C12) sob diferentes condições ambientais

(**) Heretiano Dalmácio Sampaio Júnior É engenheiro mecânico, diretor-administrativo e financeiro da Inspebras (heretianojr@inspebras.com.br)


Inovação

Aço grão orientado Inovações constantes e tecnologia de ponta ao encontro da sustentabilidade (*) Marcelo Lobo Peçanha

N

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• Revista do Aço

Outra característica importante é que o “aço GO”, quando excitado com corrente alternada, tem baixa perda de energia, por exemplo, térmica, o que resulta em menor elevação de temperatura o que faz com que o aquecimento do equipamento seja pequeno, contribuindo diretamente para aumento da sua performance e maior eficiência. Alguns projetos na área de conversão de energia e power electronics somente são viáveis com a aplicação do “aço GO”. Na teoria e na prática, não seriam viáveis utilizando o “aço GNO”. A tecnologia de semicondutores de alta potência vem se desenvolvendo de maneira importante e há algum tempo já vem cobrando materiais magnéticos diferenciados para obtenção de melhor desempenho e que sejam tecnologicamente revolucionários. Entretanto, atualmente o “aço GO” tem um preço entre duas a três vezes

Divulgação

a metalurgia, “grão” é um cristal isolado na matéria em estado sólido. O tamanho do grão é um fator importante para avaliar as propriedades mecânicas de um material policristalino, em especial a dureza, a resistência à corrosão e o limite de escoamento. Podemos alterar essas propriedades em processos conhecidos como “refino de Grão”, onde há, por exemplo, endurecimento do material. O aço elétrico comum, utilizado em motores, geradores, solenóides, eletroímãs etc. é comercialmente chamado de “aço de grão não orientado” (GNO). Todo e qualquer dispositivo eletromagnético é constituído de um “pacotinho” de chapas de aço elétrico estampada. O “aço de grão orientado” (GO) é um material com propriedades magnéticas altamente diferenciadas. Possui elevada permeabilidade magnética simbolizada por “mu” (mu=B/H, indicador de permeabilidade magnética), o que permite gerar “fortes campos magnéticos com pouca corrente elétrica”. Com isso é possível produzir máquinas e componentes elétricos mais leves e em tamanhos reduzidos, bem como obter redução no consumo de energia, o que, por fim, resulta em menores custos em geral.

superior ao preço do “aço GNO”. Isto, na pratica, inviabiliza a realização de muitos projetos ainda na etapa de pesquisa e desenvolvimento. Constantes investimentos em P&D e propostas inovadoras na busca de processos que permitam reduzir o custo do “aço GO”, uma das características do “projeto Aperam” com presença marcante da Combustol, que projetou e produziu um equipamento de laboratório com elevado índice de automação, proporcionando desta forma todas as condições favoráveis e viáveis para desenvolvimento de aço elétrico de grão orientado (GO), resultarão na viabilidade de se produzir máquinas e equipamentos mais eficientes, econômicos e adequados aos atuais conceitos de sustentabilidade. (*) Marcelo Lobo Peçanha é gerente de Relações Institucionais e Mercados do Grupo Combustol & Metalpó (faleconosco@combustol.com.br)



Aço é presença obrigatória na indústria de óleo e gás Exploração de petróleo é o caminho natural para impulsionar a indústria sxc.hu

Carlos Alberto Pacheco

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A

Rural Centro

o final de 2013, a expectativa do setor industrial é semelhante ao do crepúsculo de 2012: a retomada do crescimento mediante ao aumento da produção conjugado com a produtividade. A economia oscila, as taxas de juros precisam afastar a volta da inflação em percentuais preocupantes e o PIB está arrefecido. Mas há otimismo quanto à expansão do mercado de óleo e gás, hoje, considerado a “menina dos olhos” do governo federal, graças às descobertas de petróleo da camada do pré-sal da Bacia de Santos. Há quatro componentes fundamentais que, estabelecidos em equilíbrio na economia, garantem o avanço do setor de produção de bens e serviços, com a participação importante do aço. O financiamento público, política tributária adequada à realidade do País, qualificação de mão de obra e fomento à tecnologia são elementos indispensáveis no processo de retomada de crescimento dos negócios. “É preciso que haja consciência do governo quanto à necessidade de garantir as condições necessárias ao pleno desenvolvimento do setor petrolífero. A palavra ‘investimento’ resume esse compromisso”, esclarece o economista Paulo dos Santos. E esse investimento está plenamente assegurado por meio do Decreto nº 7.382/2010, publicado em 3 de dezembro de 2010. O dispositivo legal regulamentou diversos pontos da famigerada Lei do Gás, promulgada em 1999. Naquela época, a legislação estabelecia de forma clara as condições de transporte e compartilhamento da infraestrutura, por exemplo. Em uma só palavra: há três anos o setor de petróleo conquistava a segurança jurídica, indispensável em todos os ramos da atividade econômica.

Um dado do Ministério da Indústria e Comércio anima a indústria do aço voltada à chamada “nova fronteira da produção”. Se em 2012, as projeções da demanda por bens e serviços exigiram cerca de US$ 86 bilhões – em termos de investimentos e gastos operacionais –, em 2020, esse número poderá saltar para US$ 400 bilhões,

Revista do Aço •

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Capa

acréscimo fantástico de 465% em apenas oito anos. Mas nem tudo é céu de brigadeiro. A indústria está longe de trabalhar com 100% de sua capacidade. Fatores como a alta carga tributária, câmbio ainda desfavorável, Custo Brasil, além da desindustrialização e desnacionalização, são motivos para dores de cabeça contínuas dos empresários. Além do Custo Brasil, barreiras como os altos preços dos itens siderúrgicos no mercado interno continuaram a persistir em 2013. Economistas já advertiram mais de uma vez que o aumento do imposto de importação inviabiliza os custos da indústria nacional de bens de capital, ao reduzir o nível de atividade dessa mesma indústria e, por consequência, a demanda por produtos siderúrgicos. Além, é claro, de questões de natureza burocrática que entravam o processo. Em 2014, o clima de incertezas pode ser amenizado com a pujança advinda das profundezas do mar.

Espera-se reaquecimento propiciado pelo setor offshore. Qual seria o panorama desejado, afinal? Grandes obras marítimas, plataformas de exploração petrolífera, atracadouros e cais de portos demandando perfis tubulares para essas estruturas, adequados à resistência ao choque das ondas, choques de embarcações e à temível corrosão. Essa é a torcida. A atmosfera de incertezas se contradiz com as expectativas para daqui a doze anos. E por quê? A demanda por bens e serviços será em torno de US$ 400 bilhões até 2020, segundo o estudo “Agenda de Competitividade da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás Offshore no Brasil” da Onip – Organização Nacional da Indústria do Petróleo (veja quadro). O total acima é resultado de investimentos e gastos operacionais. O resultado leva em conta variáveis como construções de petroleiros e barcos de apoio, unidades produtoras e de sondas, entre outras.

     Aquisição de dados sísmicos  Processamento de dados  Mapeamento geologia e geofísica

Sísmica  Construção de rebocadores, barcos para manuseio de âncoras, barcos de suprimento e grandes petroleiros (ex. Suezmax, Panamax, etc..)

 Perfuração e completação de poços de produção  Construção de sistema de coleta, instalação de equipamentos submarinos  Serviços associados

Construção de Petroleiros e Barcos de Apoio Grupos Desenvolvimento da Produção

ONIP – Organização Nacional da Indústria do Petróleo

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Exploração e Avaliação

 Perfuração e avaliação de poços exploratórios  Serviços associados: aluguel de sonda (quando existente), perfuração direcional, licenciamento ambiental, etc..

Construção de Sondas Construção de Unidades de Produção

 Projeto e construção de sondas de perfuração  Inclui casco, top-side e integração

 Projeto e construção de FPSOs, plataformas semi-submersíveis, plataformas fixas, etc.  Inclui casco, módulos (top-side) e integração

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de crescimento do setor. É uma modalidade de atividade financeira realizada por instituições que investem essencialmente em empresas ainda não são listadas em bolsa de valores, visando alavancar seu desenvolvimento. Na opinião de Coimbra e Almeida, esses fundos agregam valor à organização, ao fornecer QG do Petróleo

Private equity A valiosa descoberta do pré-sal propiciou à cadeia de fornecedores uma busca de investimentos para manter-se firme nesse mercado. Nessa cadeia há empresas que prestam serviços ou constroem equipamentos para a exploração de petróleo. “Muitas delas têm a expertise para atuar no setor, mas não apresentam condições financeiras de seguir adiante e enfrentar a concorrência acirrada. É sabido que para conquistar um lugar de destaque nessa indústria é preciso levantar capital para fazer os investimentos necessários, que alcançam cifras milionárias”, analisam os consultores e sócios da KPMG no Brasil, Paulo Guilherme Coimbra e Marco André Almeida, em recente artigo publicado na imprensa. Apesar da estagnação da economia brasileira, o mercado de óleo e gás vive a pleno vapor e as oportunidades de expansão em 2014 são reais, especialmente às indústrias que fornecem componentes de aço. Os fundos de private equity são considerados excelentes alternativas no processo

Em 2014, espera-se reaquecimento do setor offshore


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“conhecimento de negócios, boas práticas de governança, profissionalização da gestão e uma cultura voltada ao planejamento”. De qualquer forma, o segmento de private equity engatinha no Brasil, mesmo em face das grandes oportunidades de negócios no País.

Para comprovar essa tese, dados da gestora Mare Investimentos apontam: a economia do setor de óleo e gás no Brasil cresceu 16% entre 1998 a 2010, ficando bem acima do crescimento médio de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do País nesse período.

Mudança no regime de entreposto aduaneiro

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O Decreto 8138/13 prevê que vários bens destinados à pesquisa e à lavra de jazidas de petróleo e gás natural possam ser industrializados no País com a utilização de insumos importados ou comprados no mercado interno com suspensão de tributos. Uma análise realizada pela área de GTM (Global Trade Management) da Thomson Reuters no Brasil mostrou que as empresas brasileiras que atendem o segmento de Óleo e Gás podem registrar aumentos siginificativos em seus índices de competitividade no mercado internacional como resultado direto do Decreto 8.138/13 sancionado pela presidente Dilma. Com essa alteração, o Regime de Entreposto Aduaneiro de que trata o art. 62 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, atualmente regulamentado pela IN SRF 513, passa a ser aplicado também a outros bens destinados à pesquisa e à lavra de jazidas de petróleo e gás natural, além de módulos marítimos e plataformas. “Isso significa que, observados os requisitos e condições estabelecidos na legislação específica, estes bens destinados à exploração ou lavra de petróleo e gás natural também poderão ser industrializados com insumos utilizando a suspensão dos tributos de importação”, explica Roberto Feitosa, gerente de Arquitetura Funcional das Soluções Softway de Comércio Exterior da Thomson Reuters no Brasil. De acordo com o novo texto, o regime poderá ser aplicado à plataforma de perfuração e exploração de petróleo e gás, navios-sonda (embarcação para perfuração de poços submarinos) e barcos de apoio (usadas para estocagem), além de outros bens do setor, como navio aliviador, navio lançador de dutos e navio de pesquisa sísmica. “O Governo passa a permitir a utilização de mercadorias importadas e nacionais com tributação suspensa e a realização de processos de exportação com a respectiva isenção destes tributos em estaleiros navais ou em outras instalações para construção dos itens, retirando a restrição de que estes estabelecimentos estejam à beira-mar”, acrescenta o especialista. Segundo ele, “a nova ação do Governo visa ampliar os recursos disponíveis para exploração de jazidas de petróleo e gás natural, em um momento que o Brasil decide pelo modelo de partilha de exploração do Campo de Libra, ou como é conhecido, a camada do Pré-Sal. Para as empresas, a adoção desse regime pode ser considerada uma grande vantagem de negócios à medida que lhes permite maior competitividade no mercado internacional, ao mesmo tempo em que auxiliam o País a equilibrar a balança comercial por meio de incentivos à exportação”.


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Aço inoxidável propicia materiais resistentes e anticorrosivos sabido que a indústria de óleo e gás enfrenta amsegundo informações da entidade, há determinados bientes bastante agressivos, o que, segundo a campos de petróleo no País que exibem elevada aciAssociação Brasileira de Aço Inoxidável (Abinox) exidez naftênica que provoca pesada corrosão de forge o uso de materiais resistentes à corrosão e tenacinos e demais equipamentos. dade, propriedades presentes nos diversos tipos de No segmento químico e petroquímico nacional e aços inoxidáveis. De acordo com a entidade, no Braplanetário, a Abinox entende que os investimentos sil, o manuseio de aço inoxidável na indústria offshore nas refinarias de petróleo ganharam força extraorvem crescendo nos últimos anos, sobretudo em razão dinária ao longo do tempo, pois tem a importante da descoberta “de novos campos com maiores conmissão de abastecer a indústria com tecnologias inocentrações de contaminantes, que estão dentro de vadoras e alto grau de exigência. Os componentes uma nova fronteira tecnológica de produção, conhecitados acima (válvulas, compressores, bombas etc.) cida como pré-sal”. devem sair da fábrica em condições de suportar o biA cadeia de fornecedores aperfeiçoa seus produnômio corrosão/alta resistência. “Essas características tos para atender adequadamente esse mercado. São são as mais valorizadas pelos fabricantes dos acessótubos, válvulas, compressores, bombas, trocadores rios, que se utilizam de barras de aços inoxidáveis, lide calor, flanges utilizados na montagem de equigas especiais e peças forjadas em aços cada vez mais pamentos destinados às áreas de exploração e mais diferenciados”, ressalta a associação. E mais: bombas as atividades de exploração, desenvolvimento, proutilizadas para transferência de fluidos mais viscosos dução e transporte para beneficiamento (upstream) ou corrosivos são formadas por aços especiais como e transformação de matérias primas em produtos 304L, 316L e duplex. (downstream). A cadeia de óleo e gás necessita de itens dotados de ligas especiais, no caso os aços inoxidáveis. “No caso dos tubos de revestimento, esta condição de severidade está associada à concentração de CO2 e à presença de H2S, que apenas permitem a utilização de aços inoxidáveis supermartensíticos e superdúplex, pois são os aços mais adequados no momento para atender aos desafios tecnológicos deste novo cenário de exploração e produção”, explica a Abinox. Ainda Aços especiais, no formato viga em “U”, são usados para transferência de fluidos Revista do Aço •

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SID Aço Inox

É


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Elementos fundamentais à indústria do petróleo

O

aço é o metal imprescindível em cada etapa na produção da indústria de petróleo e gás. De cada carbono de aço, obtém-se com até 2% de carbono – e isso explica exatamente os fenômenos da resistência e da anticorrosão. O metal reúne também pequenas quantidades de alguns elementos químicos como o níquel, crômio, cobre, titânio e molibdênio – estes últimos mais utilizados nos projetos de petróleo e gás. A adição de níquel ao aço também aumenta a sua força e resistência à corrosão. Ligas de níquel são usadas nas chamadas “árvores de Natal”, ou seja, combinações de válvulas e tubulações que se encaixam ao longo de um poço. Aço com 9% do teor de níquel resiste a temperaturas muito altas ou baixas,utilizado em permutadores de calor (equipamentos em que dois fluidos com temperaturas diferentes trocam calor por meio de uma interface metálica). Já o cobre e suas ligas como o bronze têm boas condutividades elétrica e térmica e são resistentes ao frio. Estes metais são utilizados em válvulas, caules, focas e aplicações de transferência de calor. Liga de bronze com vestígios de níquel e alumínio tem endereço certo: cabeças de poço e válvulas de prevenção de explosões.

O titânio, por sua vez, é considerado um dos metais mais versáteis e valiosos usados nos setores de petróleo e gás. O uso do metal em ligas de aço aumenta a resistência e a densidade do produto, além de resistir à corrosão. Ligas de alta resistência em peças de compressores são duráveis e aumentam a vida útil dos componentes em comparação com outras ligas de aço. Um dos primeiros metais a ser utilizado no reforço de ligas de aço, o crômio é elemento importante no processo industrial. Ele é bastante resistente ao dióxido de carbono, sulfureto de hidrogênio e às temperaturas elevadas – acima de 435º F (Fahrenheit) – encontradas em poços profundos de petróleo e de gás. A venda de tubos de aço contendo crômio aumentou nos últimos anos nos Estados Unidos, com o boom na extração de gás de xisto. E, por último, o molibdênio é outro metal que aumenta a resistência à corrosão de ligas de aço. Graças ao seu grande desempenho, é utilizado para construção do gasoduto. É também usado como catalisador em processos de refinação que removem enxofre para produzir baixo teor de enxofre da gasolina e outros combustíveis que cumpram os regulamentos ambientais.

Elementos Químicos

Propriedades

Níquel

Ligas de aço e níquel são usadas em plantas de processamento de gás liquefeito e plantas de gás natural devido à sua alta resistência. Repele processos corrosivos.

Cobre

Sais de cobre (sulfato de cobre) são utilizados em instalações de tratamento de gases para absorver mercúrio. É tóxico em seres humanos e reage com outros metais.

Titânio

Mantém a sua força em temperaturas muito baixas (-240 º F) para liquefazer gás natural. Usado em tubos de trocador de calor em plantas de gás liquefeito natural e também nos forros dos vasos pressurizados em navios-tanques.

Crômio

Compostos têm sido normalmente utilizados em fluidos de perfuração de petróleo como desfloculantes. Mas, por agredirem o ambiente, vem sendo substituídos em fluidos de perfuração por lignossulfonatos de ferro e cálcio.

Molibdênio

Elemento essencial para a produção de aços inoxidáveis em ambientes ricos em cloretos (água do mar). Também é destinado à produção de materiais de construção em vários setores industriais, incluindo a indústria de petróleo.

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• Revista do Aço


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radicionais fornecedores de materiais para o segmento de óleo e gás arregaçam as mangas e mostram os seus produtos. Mesmo que para isso seja necessária a junção de esforços de pesos-pesados da área. Esse é o caso do Grupo Açotubo que, junto com a Gerdau, desenvolveu a produção de laminados e forjados nas ligas SAE 4130 e SAE 8630. O objetivo das duas empresas é ampliar ainda mais a sua participação no segmento offshore. Quando houve o anúncio dessa união, o gerente nacional de vendas e aços da Açotubo, Antonio Abbud, explicou que os produtos precisam atender o grau de exigência desse mercado e, por isso, os especialistas adotam critérios e normas técnicas internacionais na elaboração do material. “Os produtos ficam expostos a condições severas”, lembrou Abbud. O gerente destacou um aspecto que pode ser até certo ponto surpreendente: cresce o número de pedidos de produtos que tenham know-how nacional. Nos novos contratos já figuram essa solicitação. Antonio Abbud, Açotubo A Açotubo investe em estoques de ligas SAE 4130 e SAE 8630. A empresa detém cerca de 100 toneladas de material de procedência nacional da marca Gerdau, disponíveis para fornecimento em todas as unidades do grupo. Ao todo, a Açotubo possui seis divisões que são Tubos e Aços, Conexões, Trefilados e Peças, Aços Inoxidáveis, Serviços e Sistemas de Ancoragem (Incotep). Com sua nova unidade de negócios, a catarinense Tuper Óleo e Gás exibe capital 100% nacional no mercado de tubos destinados ao setor. A nova planta industrial representa, segundo a organização, “um modelo

em termos mundiais, unindo a força do aço, a energia da qualidade e a excelência da Tuper”. A unidade exibe soluções tubulares onshore e offshore, além de uma variedade de tubos estruturais mecânicos. De forma geral, é possível classificar os produtos em três categorias de tubos. Primeiro, há peças de condução em aço carbono e microligados de até 12 ¾ de polegada de diâmetro e 16 milímetros de espessura, utilizados no transporte de óleo, minerais, gases e combustíveis. Segundo – os tubos casing em aço carbono e microligados de até 13 3/8 polegadas de diâmetro. São utilizados para revestimento de poços de petróleo ou gás associados a variados graus e padrões de rosca. E, por último, os modelos estruturais para obra de construção civil em geral e também para jaquetas e torres de perfuração onshore e offshore. A Tubos Ipiranga terminou recentemente uma grande obra em Canoas (RS). Trata-se da montagem da Tocha III que integra ampliação do sistema Flare de Alívio de Pressão, essencial em termos de garantir a segurança e preservação do meio ambiente. O sistema Flare propicia a passagem de gases e líquidos produzidos durante o processo de refinamento. É composto de um riser principal de 42 polegadas, fabricado pela Tubos Ipiranga. “Cada Flare teve seu projeto pró- Luiz Rafael Tobias, Tubos Ipiranga prio, adaptado às condições do cliente, atendendo à relação custo x benefício. O riser principal possui 97 metros de comprimento e trabalhará com gases que exigem complexas técnicas de fabricação e testes” afirmou o gerente de fabricação da Tubos Ipiranga, Luiz Rafael Tobias. Revista do Aço •

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Empresas produzem o que há de melhor para o setor


sxc.hu

Perspectiva

Diversificar para manter clientes Empresas oferecem serviços como forma de agregar valor aos produtos que oferecem e manter fidelidade

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ada vez mais o uso de serviços como diferencial competitivo ganha importância no ambiente empresarial. Isso acontece porque a economia está globalizada e o número de concorrentes aumenta. Além disso, a diferença entre os produtos torna-se quase imperceptível para o cliente. Por outro lado, ele, cliente é cada vez mais exigente e por que não dizer, infiel. Afinal, o número de opções é grande e ganha preferência quem oferecer boas condições. Por conta disso, as empresas devem buscar formas de agregar valor por meio da prestação de serviços. Dessa forma, será possível criar um diferencial de mercado. Afinal, a disputa por clientes é cada vez mais acirrada e convencê-lo a adquirir o seu produto e não o do concorrente é algo cada vez mais complexo. São vários aspectos que serão levados em conta desde logística até o ganho de competitividade e diferenciação entre uma empresa e outra. Fernanda Neira Stivalli, do departamento de marketing da Qualitas, lembra que entre os serviços que podem ser oferecidos estão centros de distribuição mais espalhados e que trabalhem com quantidades menores para os clientes. Para Lauro Brandão, gerente comercial da Sampaio Distribuidora de Aço, quando se pensa em agregação de valores para fidelizar clientes é natural pensar em customização de produtos. “A fidelização do cliente pelo relacionamento, pela qualidade das vendas realizadas, entregas pontuais e atendendo todos os requisitos dos clientes também são serviços importantes a serem oferecidos. E estes com custos

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mais baixos, requerem empenho e interesse em vender qualidade, não somente preços”, analisa. O cliente de hoje é mais exigente, não apenas quanto a qualidade do produto, mas sobretudo quanto a qualidade dos serviços. Apresentar um serviço com qualidade e excelência é o mínimo que se espera daqueles que desejam conquistar e manter clientes. Os produtos não têm valor até que eles estejam entregues na hora e lugar exigidos. O papel do serviço ao cliente deve ser a melhoria do ‘valor de uso’, significando com isso que o produto passa a ter mais valor aos olhos do cliente porque o serviço adicionou valor à essência do produto e com isto podendo alcançar uma diferenciação significativa na oferta total, que é o produto em si mais os diferenciais de serviços oferecidos. No setor metal-mecânico não é diferente. Lauro Brandão, gerente comercial da Sampaio Distribuidora de Aço vai mais além. Ele acredita que a agregação de valores e serviços é a solução para sobrevivência do setor. “A alta carga tributária brasileira e falta de ações governamentais para proteger a indústria nacional, fragilizam o setor frente aos produtos importados. Vender commodittie num mercado nesse cenário é uma tarefa muito difícil e, cada vez mais, de menor rentabilidade. Agregar valor é necessário”, Lauro Brandão, gerente sentencia. comercial

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Por Laura Calado


Perspectiva

Nesse sentido, ainda é preciso pensar na fidelização e também na customização de produtos. A prestação de serviço tornou-se um dos mais importantes fatores da competitividade no mundo dos negócios da atualidade. É pelos diferenciais oferecidos em serviços que muitas empresas conseguem destacar-se diante da concorrência e atingem o sucesso empresarial, mantendo-se saudáveis e lucrativas no longo prazo. Mas quando se fala em serviço é algo difícil de mensurar já que o serviço é uma proposta de valor intangível e que pode ser oferecido isoladamente ou associado a um produto físico, no caso da indústria, produtos e equipamentos. Paulo Stivalli, diretor da Qualitas diz que agregar serviços é fator importante no planejamento do negócio. “Permite que você saiba de antemão preços e prazos de serviços que você vai utilizar no seu produto, projeto ou negócio. Isto agiliza muito a tomada de decisão e minimiza os riscos envolvidos”, afirma. Para Brandão vender qualidade, em serviço e produto, representa para os compradores segurança na compra. Saber que o produto comprado corresponderá plenamente às expectativas, nos prazos desejados e sem surpresas desagradáveis. “Oferecer segurança aos clientes ajuda a conquistá-los. Isso requer empenho, principalmente em criar um relacionamento mais próximo, conhecendo mercado do cliente, produto e características de seu negócio”, afirma. Atendimento Serviços são essencialmente intangíveis. Não é possível provar, sentir, ver, ouvir ou experimentar antes de

comprá-los. O que se pode é buscar opiniões e atitudes. Não podem ser exibidos, guardados nem adquiridos, como se faz com um produto. Para demonstrar um serviço, com frequência é necessário fornecer uma amostra.Com frequência os serviços não podem separar a pessoa do vendedor. Por conta disso, Brandão diz que no caso da Sampaio, há mais de três anos a empresa ingressou em um processo de profissionalização e aprimoramento do quadro de funcionários, começando pela qualificação dos gestores. “Houve a necessidade de buscar no mercado profissionais com ampla experiência, montar uma boa base nos propicia fazer células de formação de novos profissionais”, diz. O serviço ao cliente é um dos fatores mais importante de competitividade no mundo dos negócios. Esta é uma percepção recorrente nos ambientes empresariais onde os produtos estão cada vez mais parecidos e que a única maneira de diferenciá-los é através da agregação de valor quanto aos serviços prestados, para que eles sejam o diferencial a ser percebido pelo cliente. O serviço é a medida da eficácia do sistema de logística em criar utilidade de tempo e lugar para um produto. Para Brandão, “as empresas brasileiras estão em processo constante de evolução, a meta é produzirmos mais com menos custos”. E acrescenta: “entender necessidade do cliente e trabalhar no desenvolvimento de um produto que atenda plenamente suas exigências, não requer a “falsa salvação” do corte de preços para ganhar mercados. Ganha-se muito pelo serviço mais básico, e muitas vezes, pouco praticado: o bom atendimento”, finaliza.


Artigo

Guia prático para compreensão EPS, RQP, RQS, IEIS A revista do Aço publica a segunda parte do artigo que fala sobre as principais dúvidas sobre a documentação de fabricação em soldagem (*) Luiz Gimenes Jr. e Leandro Ferreira Imagens: cedidas pelos autores

• O que é IEIS? • O que é Registro da Qualificação de Soldador (RQS)? • O que é Relação de Soldadores Qualificados (RSQ)? • Como são definidos os padrões de aceitação de soldas? • Como gerar a documentação? • Quais são os testes/ensaios a serem utilizados

Corpo de Prova em Alumínio pronto para ser soldado

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• Revista do Aço

2 e t r a P

O que é Acompanhamento de Soldagem (AQ)? O Acompanhamento de Soldagem é um relatório onde são registrados todos os dados realmente utilizados na qualificação do Soldador ou Procedimento de soldagem. Dentre estes dados os principais são: • Processo de Soldagem • Posição de Soldagem • Junta – Preparação e Dimensões • Sequência de Passes e Camadas • Metal Base • Metal de Adição • Técnica de Soldagem • Preaquecimento • Tratamento Térmico após Soldagem • Parâmetros de Soldagem

Soldador executando Soldagem em Copo de prova pelo Processo TIG em alumínio


PONTUALIDADE GERA PRODUTIVIDADE

Artigo

Veja o exemplo de um AQ preenchido:

Aços Inoxidáveis Produtos siderúrgicos Corte e Dobra Ligas especiais Nacionais e Importadas

Tubos em geral Bronze (Própria Fundição) Peças conforme Desenho e Usinadas

Telefone: (11)

2036-9500

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an moldalum 1-4 edição 9.indd 1

O que é IEIS? Com o intuito de racionalizar os documentos de uso fabril e unir as fases de inspeção e testes, foi criado a Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem (IEIS), esse documento não esta previsto em nenhum código de construção, e sim previsto na Norma Petrobrás N 133K a IEIS é nada mais que um resumo da EPS e das fases de inspeção tais como Inspeção Antes da Soldagem, Durante a Soldagem, Após a Soldagem e Após Tratamento Térmico essas inspeções são previstas nas varias seções e artigos do código/norma de soldagem.

A NACIONAL TUBOS apostou na T&H 9/22/1 Lemont quando investiu em uma formadora de tubos em 2009. "Hoje, além de produzir tubos de diâmetros maiores dobramos nossa produtividade e vendas, atestando significativamente nossa competitividade no mercado de tubos." - João Luis Groth – Diretor

Quando João Luis Groth, Diretor da Nacional Tubos do Brasil precisou de uma nova formadora de tubos, ele consultou cinco empresas de qualidade internacional antes de optar pela WU40-11, uma Formadora para Tubos estruturais da T&H Lemont localizada em Countryside, Illinois. “Desde a compra eu fiquei impressionado que a formadora da T&H tem a capacidade de trabalhar facilmente com produtos de paredes espessas sem comprometer a velocidade de produção e o projeto dos ferramentais é simplesmente impecável”, disse João. Ele complementou, “a troca dos ferramentais é bastante rápida e o setup muito facil”. “No ano seguinte nós compramos uma nova formadora de tubos, modelo WU20M-11, disse João. “Com base em nossa experiência com as formadoras da T&H, estamos satisfeitos por alcançar produtividade, rentabilidade e competitividade além de nossas expectativas”.

Para mais informações, ligue 708-482-1800 ou visite www.thlemont.com

T&H Lemont 5118 Dansher Road Countryside, IL 60525 USA


Artigo

Veja o exemplo de uma IEIS preenchida:

O que é Registro da Qualificação de Soldador (RQS)? Uma vez que o processo de soldagem for aprovado, é necessário demonstrar que todos os soldadores tenham o conhecimento necessário e habilidade para depositar uma solda com qualidade, caso o soldador tenha completado satisfatoriamente o teste do procedimento, então ele é automaticamente aprovado, cada soldador adicional deve ser aprovado em ensaios de acordo com regras do código/norma utilizado, por ex no ASME Seção IX é feito da seguinte forma:

Instrumentos de medição utilizados na Inspeção de Soldagem, calibres paquímetro, transferidor

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• Revista do Aço

Corpo de prova típico para soldagem conforme código ASME seção IX


Artigo

1. Qualificar um corpo de prova de procedimento de soldagem. O ensaio deve simular as condições de produção inclusive com a posição de soldagem de produção, pois a ação da gravidade impõe na operação de soldagem uma séria de restrições, por isso devem ser testadas previamente. 2. Para qualificação de um soldador em todas as posições de soldagem, por exemplo, deve-se soldar um tubo inclinado a 45 graus (referida como a posição 6G) que o aprova em todas as posições, exceto para a soldagem vertical descendente. 3. Fazer a deposição solda de acordo com a EPS qualificada, para assegurar que a solda atinja os padrões de qualidade exigidos. 4. Para uma soldagem de topo é exigido um exame visual seguido por ensaios de radiografia ou dobramento. 5. Uma vez que o teste é concluído preencher os formulários necessários devem ser preenchidos por pessoal habilitado e assinado pelo inspetor autorizado. 6. Note que quaisquer alterações fora das faixas indicadas exigem um novo procedimento de soldagem (EPS) e isto também aplica-se para a aprovação de soldadores. Os códigos de referência são bem conservadores e ao longo dos anos sofrem pequenas alterações, porém deve-se sempre consultar e revisar a documentação a cada nova revisão da norma utilizada.

Veja o exemplo de um RQS preenchida:

Produtos representados no segmento de aço • Barras Chatas, Redondas, Quadradas, Cantoneiras • Redondos Mecânicos até 180mm. • Tubos de Aço Carbono, Estruturais e Condução, Perfis Padrão e Especiais • Vergalhões, Telas de Aço e Treliças • Chapas e Bobinas

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5078-6464

www.rciancioaco.com.br

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Avenida Fagundes Filho, 252 - cj 126 Vl Monte Alegre - 04304-000 - São Paulo - SP


Artigo

O que é Relação de Soldadores Qualificados (RSQ)? A Relação de Soldadores Qualificados (RSQ) tem como objetivo facilitar a o trabalho de engenheiros e tecnólogos de soldagem na seleção dos soldadores de acordo com suas qualificações para realizarem as soldas que os mesmos já estão qualificados. Na norma N133 rev. K, este documento é de caráter obrigatório. Veja o exemplo de uma RSQ preenchida:

Como são definidos os padrões de aceitação de soldas? Geralmente as soldas devem mostrar uma aparência saudável. A raiz deve ser totalmente fundida ao longo de todo o comprimento da solda, o perfil do reforço deve possuir ângulo obtuso para garantir um melhor design do cordão com o material base e livres de imperfeições como poros ou trincas, para isso deve-se prepara um padrão de aceitação para que fique disponível aos soldadores e inspetores de fabricação. Como gerar a documentação? Os documentos necessários para uma operação de soldagem bem sucedida são: 1. Especificação de Procedimento de Soldagem (EPS), Registro de Qualificação de Procedimento de Soldagem (RQP), relatórios de ensaios de laboratório, Registro de Qualificação Soldador (RQS) e opcionalmente a Instrução de execução de Inspeção de Soldagem (IEIS).

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• Revista do Aço


Artigo

2. Soldagem especificas com EPS pré-qualificada Procedimento (Disponível somente em alguns códigos), Registro de Qualificação de Soldador Qualificação (RQS) e Relatório de ensaios de laboratório do soldador. Quais são os testes/ensaios a serem utilizados? Os seguintes ensaios de laboratório homologado necessária para a RQP: • Ensaio visual feito por Inspetor qualificado • Ensaio de dureza • Ensaio de tração • Ensaio de dobramento • Ensaio de impacto charpy • Análise química do metal solda • Ensaio macrográfico • Teste de torque para pinos • Ensaio de fratura • Ensaio nick break • Ensaio radiográfico • Ensaio de ultrassom

Luiz Gimenes Jr. é gerente-geral do website www.infosolda.com.br, professor da graduação na Fatec-SP, coordenador de Laboratório da Fatec-Itaquera, da pós-graduação no Senai-SP, co-autor do livro “Soldagem”, da editora Senai, 2ª ed. 2013, consultor em Tecnologia e Engenharia para certificação de processos e soldadores Brasadores (gimenes@infosolda.com.br)

Leandro Ferreira é inspetor de soldagem na Infosolda, graduado em Tecnologia de Soldagem pela Fatec. (inspetor@infosolda.com.br)


Siderurgia

Feira reúne setor metal-mecânico Corte e Conformação de Metais e Brazil Welding Show são palco de negócios Da Redação Imagens: divulgação

E

ntidade que reúne 170 siderúrgicas no mundo, a Worldsteel prevê que o consumo global de aço deve crescer 3,1% neste ano e 3,6% em 2014, após avançar 2% em 2012. Para o Brasil, a previsão é de alta de 3,2% em 2013. No segmento de importação de máquinas, embora a atividade industrial no primeiro semestre tenha ficado aquém do esperado – com crescimento de apenas 0,8% no primeiro semestre de 2013 – a expectativa é de que os negócios do último trimestre contribuam para que a indústria pelo menos mantenha o patamar do ano passado no âmbito de importação de máquinas, repetindo o faturamento de US$ 2 bilhões

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• Revista do Aço

e evitando uma retração como a ocorrida entre 2011 e 2012, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei). Para fabricantes e distribuidores de máquinas, entre os principais fatores que têm interferido no desenvolvimento do setor de Corte e Conformação neste ano estão a importação de produtos acabados pelo setor automotivo, a desindustrialização, a queda da confiança dos empresários na economia brasileira com o consequente engavetamento de projetos, e os atrasos na área de infraestrutura. Os segmentos consumidores de chapas e tubos metálicos têm

apresentado crescimento positivo. A indústria nacional de veículos, cuja expectativa para este ano é aproximar a produção nacional ao patamar da indústria da Alemanha (cerca de cinco milhões de unidades produzidas), é a que mais se destaca. A ela, seguem-se a indústria de motocicletas (1,5 milhão) e de bicicletas (4,5 milhões) como as grandes consumidoras de chapas e tubos metálicos. Ainda assim, integrantes dos diversos elos da cadeia de processamento de metais planos e tubos puderam realizaram negócios, ampliando a confiança em um cenário mais promissor neste segundo semestre e


Siderurgia

para 2014. Essa posição foi observada ao longo da VII Corte e Conformação de Metais (CCM) e II Brazil Welding Show (BWS) que ocuparam três pavilhões do Expo Center Norte, em São Paulo, no mês de outubro. Bianual, a Feira e Congresso Corte e Conformação de Metais (CCM) – promovida pela Aranda Eventos – chega à sua sétima edição como o único grande evento nacional e um dos maiores do mundo na área de processamentos de chapas e tubos metálicos. A exposição traz equipamentos para os setores de estampagem, dobramento, união, corte e tratamento superficial de chapas e tubos metálicos. No congresso, são apresentados trabalhos técnicos, estudos de caso, painéis de debates e análises de novas tecnologias. Na edição 2013, os temas a serem tratados são o corte à plasma de aço inoxidável, rebitagem, união por conformação, corte por jato d’água, gestão de

ferramentarias, soldagem por fricção linear, tecnologias de união no estado sólido, soldagem de chapas revestidas e prototipagem rápida. O CEO da Messer Cuuting, Ralf Dippold, avalia a feira em 2013 de maneira positiva. “Fizemos contatos qualificados, lançamos uma máquina, divulgamos produtos, reforçamos a marca, nos relacionamos com clientes atuais e captamos cerca de 200 leads com potencial para futuro negócios”, elenca o executivo. “Nos primeiros dias pós-feira, assinamos contratos com valor acima de R$ 4 milhões. Vamos fechar, no mínimo, mais R$ 8 milhões em contratos decorrentes do evento, nos próximos dois meses”, revela Doppold. Mesmo com a segunda metade mais positiva, a expectativa inicial para o ano não deve ser atingida. “2013 está totalmente abaixo de nossas expectativas”, afirma o executivo. Subsidiária da argentina Baw e sediada em Caxias do Sul (RS), a Baw

Brasil comercializou algumas unidades da máquina de corte a plasma lançada no evento CCM, com tecnologia exclusiva na América Latina. “O equipamento possibilita perfurações na metade da espessura de uma chapa com alta qualidade. Apenas empresas nos Estados Unidos e Japão possuem algo tão avançado”, relata o gerente comercial Gilnei Pinzon. “Além das vendas, o evento nos proporcionou 20 novas oportunidades de negócios”, completa. Segundo Nelson Biondi Jr., presidente da Koike Aronson Biondi, o diferencial da Corte e Conformação de Metais está em seu público. “Recebemos profissionais direcionados à realização de negócios. Em quatro dias, a edição gerou contratos da ordem de R$ 1 milhão, diferente de outros eventos. Captamos cerca de 200 leads, entre clientes ativos, possibilidade de reativações e novos compradores potenciais. Vemos isso como algo positivo após

NOSSOS PILARES QUALIDADE, RAPIDEZ E EFICIÊNCIA

PRODUTOS Tubos de Aço com costura (entre 5/8” e 2”), espessura (entre 0,60 e 2,25mm); Perfil UDC e UDE, perfilados, espessuras (entre 2,00 e 3,00mm), Base até 150mm; Slitter, espessuras (entre 0,40 e 3,00mm); Chapas de Aço Carbono, Fina Frio, Fina Quente, Zincadas, Cos Civil, SAE 1045, ASTM A36 e Chapas Grossas;

SERVIÇOS Corte Longitudinal, Slitter de espessura até 3,00. Largura máxima 1500mm; Corte Transversal, Chapas com espessura até 16mm, Largura até 2200mm, podendo operar com bobinas de até 40 toneladas;

Araquari / SC (Parque Fabril) Unidade Cachoeirinha/RS (Matriz)

São Paulo / SP

Ribeirão Preto / SP

Curitiba / PR

vendasjv@sampaio-sa.com.br vendas@sampaio-sa.com.br (51) 2129.2100 (47) 3447.6700

vendassp@sampaio-sa.com.br (11) 2126.2900

vendas.rp@sampaio-sa.com.br (16) 3211.7700

vendascb@sampaio-sa.com.br (41) 2109.2900


Siderurgia

um ano de grande flutuação entre o primeiro semestre, mais confiante, e o segundo, em que passamos por uma fusão”, resume o executivo. A Camasi também fechou negócios na feira. O diretor da empresa, Carlos Camolezi, diz que o evento foi escolhido para fechar uma parceria com a T&H Lemont, fabricante americana de equipamentos tubulares. A Oxipira foi outra empresa que teve as expectativas alcançadas. “Diante da perspectiva de crescimento muito pequena para a metalurgia de modo geral em 2013, encontramos um público qualificado, conseguimos comercializar 12 equipamentos e captar mais de 150 leads ao longo do evento”, conta o diretor comercial Julio Banov. Para Amarildo Zaccharias, diretor administrativo financeiro da Caldlaser, a quinta participação na Corte e Conformação de Metais foi positiva para a realização de contatos, entre clientes novos e inativos que podem voltar a contratar. “Somos prestadores de serviço, especialmente, para os setores de agronegócio, alimentício, de embalagens e também bens de consumo.

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• Revista do Aço

Decorrentes desta edição, a expectativa é de concluir dez novos bons contratos”, relata Zaccharias. No evento paralelo, a feira Brazil Welding Show, a percepção da qualificação dos visitantes e perspectivas de negócios também foi positiva. “Essa é a nossa segunda participação. Há dois anos, já observamos que o público era orientado ao nosso negócio. Em 2013, o perfil de interessados em nossos produtos se manteve”, conta Renato Tamburus, gerente de novos produtos da Alumaq. Durante a feira de Corte & Conformação de Metais que aconteceu em São Pauli, a Trumpf, especializada em corte de metais com tecnologia laser, realizou algumas atualizações e/ou upgrades na máquina TruLaser 5030 Fiber de 5Kw (laser e cabeçote), incorporando algumas das últimas inovações que serão apresentadas na Blechexpo (5 a 8/11), em Sttutgart. Utilizando o novo TruDisk Série 6C, a máquina alcançou velocidade de 120 m/min, cortando uma chapa de alumínio de 1 mm, numa chapa de apenas 1m x 1m. O recorde

anterior era de 2011, quando a velocidade de corte alcançou 85 m/ min, utilizando uma máquina TruLaser 5030 de laser Co2 de 6Kw. A TruLaser 5030 fiber de 5 kW integra a família de máquinas de última geração produzida pelo Grupo Trumpf. É um equipamento que garante alta produtividade e redução de custos, com a maior velocidade do mercado. Foi desenvolvida para processar chapas metálicas com comprimento máximo de 3 m, largura de até 1,50 m e espessura de até 25 mm em aço carbono, 20 mm e aço inox e alumínio e 10 mm em cobre e latão, com precisão de 0,001 mm.

A Newton Indústria e Comércio Ltda., tradicional fabricante brasileira de guilhotinas e prensas dobradeiras hidráulicas aproveitou a feira para mostrar a nova logomarca e o design de seus equipamentos, inspirados em sua constante evolução e pautados na qualidade e precisão dos produtos que fabrica. Uma das novidades da empresa é a nova linha de prensas modelo PLF – Prensa Dobradeira com Lateral Fechada e a PHI – Prensa Dobradeira HIBRIDA com acionamento servo-hidráulico, cuja principal característica é sua extrema precisão de posicionamento refletindo na exatidão da dobra.


Siderurgia

As prensas híbridas são máquinas mais econômicas em termos de consumo de energia e de manutenção, se comparadas aos sistemas hidráulicos convencionais – são máquinas com eficiência energética. O baixo nível de ruído também é um diferencial neste tipo de sistema. Reconhecida fornecedora de elementos de fixação, como pinos, porcas, rebites, insertos, para os mais variados segmentos industriais, a Rudolph Fixações mostrou lançamentos para reforçar seu posicionamento de fornecedora de soluções completas em elementos de fixação. A BR Prensas mostrou uma série de lançamentos. Entre os destaques estavam a Prensa GPP-2000: excêntrica tipo “C”, modelo GPP-2000 com freio-fricção em banho de óleo e capacidade de 200 toneladas. Fabricada em Taiwan e completamente adaptada a norma NR-12, com Laudo ART, no Brasil pela BR Prensas. O mesmo fabricante também

disponibiliza modelos de menor tonelagem: GPP-800 / GPP-1100 e GPP-1600. Além de modelo em formato “H” com variação de 300 a 2000 toneladas.

BR-200 / BR-250. Além de modelo em formato “H” com variação de 100 a 2000 toneladas.

A Prensa BR-100: excêntrica tipo “C”, modelo BR-100 com freio-fricção curso do martelo regulável, capacidade de 100 toneladas. Fabricada na China e também adaptada a norma NR-12, com Laudo ART, no Brasil pela BR Prensas. O mesmo fabricante também disponibiliza outros modelos: BR-45 / BR-63 / BR-80 / BR-125 / BR-160 /

A Hypertherm mostrou o sistema de corte manual PMX125, em pré-lançamento na feira. Com maior poder de corte, mais velocidade, maior perfuração e mais resistência, a PMX125 é uma opção mais potente que a PMX105. Além do grande poder de corte e do alto desempenho, a PMX 125 também tem a melhor relação custo-benefício do mercado.


Osiris Bernardino

Evento

Tubotech 2013 é sucesso de público e negócios Evento recebeu mais de 15 mil visitantes; empresas mostraram novas tecnologias Por redação Imagens: divulgação

A

7ª edição da Tubotech — Feira Internacional de Tubos, Válvulas, Bombas, Conexões e Componentes — aconteceu em outubro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Durante três dias de realização, o evento, voltado aos profissionais da cadeia produtiva dos setores de petróleo, gás, automotivo, construção civil, químico, petroquímico, farmacêutico, bebidas e infraestrutura, reuniu 750 expositores do Brasil e de outros 26 países, em área expositiva de 32 mil metros quadrados recebeu público superior a 15 mil visitantes. Na cerimônia de abertura estiveram presentes José Roberto Sevieri, diretor de operações do Grupo Cipa Fiera Milano; Luciano Targiani, diretor da Tarcom Promoções, empresa copromotora da Tubotech, Wire South America e Feinox; Joachim Schafer, vice-presidente da Messe Dusseldorf; Lauri Muller, representante oficial da Messe Dusseldorf para o Brasil; Adolfo Siqueira, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metal (Abitam) e Arturo Chao Maceiras, diretor

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• Revista do Aço

executivo da Associação Brasileira do Aço Inoxidável (Abinox), entre outros representantes de entidades e parceiros. Nesta edição, novos eventos simultâneos foram agregados à feira, como a Wire South America — Feira Internacional de Fios e Cabos e a Smagua Brasil — Feira Internacional de Irrigação, Saneamento e Manejo de Água e, pela primeira vez, integrada à Tubotech, ocorreu a 6ª Feinox — Feira de Tecnologia de Transformação do Aço Inoxidável.

Seminários também fizeram parte do evento


Evento

Além da exposição de máquinas e equipamentos, a programação da feira contou com a realização de seminários “Gestão dos Recursos Hídricos e Qualidade das Águas” e “Águas subterrâneas do Brasil”, promovidos pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), discutindo temas sobre irrigação e qualidade da água; a Techshow, seminário dos expositores com palestras técnicas e o 6º Congresso do Aço Inox (Coninox), que abordou temas como a indústria atual do aço no Brasil e no mundo, situação e novas perspectivas para os próximos dois anos; uso do aço inoxidável na indústria de papel e celulose e a utilização de aços inoxidáveis em veículos pesados e a tendência para toda cadeia automotiva. Entre as empresas que participaram estava a Tupy que mostrou o novo Catálogo Eletrônico e o TupyCAD que disponibilizam o portfólio completo da companhia no segmento de conexões, granalhas e perfis. Além de agilizar a estruturação dos projetos, estas ferramentas permitem a realização de cotações e, graças a uma integração com o AutoCAD, possibilitam a inserção de peças nos desenhos. Também foram mostrados os tampões para as uniões 2 ½”, da linha de Conexões BSP. Os tampões protegem as roscas de impacto e ajudam a conservar os componentes internos das peças. A tuper também esteve presente na feira. A empresa que possui unidades de produção para o setor de Óleo

e Gás produzindo tubos de aço carbono para aplicações estruturais e de condução, com diâmetros de até 13 3/8 polegadas e espessuras variando de 3 mm até 16 mm teve bastante movimento em seu estande.

Público quis conhecer produtos da Tuper

Outro destaque foi a MTP – Metalúrgica de Tubos de Precisão. A empresa levou para a feira uma estrutura Karmann-Ghia Coupê. “Trouxemos o modelo que foi desenvolvido pela MTP e modelagem Karmann-Ghia, como forma de desmostrar ao mercado o nosso potencial no setor automotivo. Esta estrutura conta com diversas peças e componentes que são fabricados pela MTP, além de demostrar a sinergia das empresas do grupo ILP”, comenta Maria Angela Mezzetti, Gerente de Comunicação e Relações Institucionais das empresas do grupo ILP. O veiculo em formato


Evento

de escultura tubular encantou o público, que fotografou bastante o projeto apresentado durante a Tubotech.

Veículo em escultura tubular chamou atenção

A Andorinha foi outra empresa que esteve presente na VII edição da Tubotech. O grande destaque foi o próprio estande onde estavam os produtos da empresa. Com um layout mais dinâmico, a Andorinha mostrou várias novidades em soluções para corte de tubos com as linhas de discos de HSS e Cermet da Kinkelder. Essas lâminas oferecem desempenho incomparável para aplicações na indústria automotiva, fabricantes de tubos e indústrias metalúrgicas.

de inox e inox laminado de precisão, além de tubos de pequeno diâmetro e grandes espessuras. Este ano, celebra na Tubotech a construção de sua primeira fábrica no Brasil, com capacidade produtiva de 2,5 mil ton/mês de trefilados e cinco mil ton/mês de soldados. A Arvedi Metalfer Brasil passa a ser um dos principais fornecedores locais de tubos de alto desempenho atendendo também a América Latina. “Essa é a segunda vez que Arvedi participa da Tubotech. A feira é o principal evento institucional da empresa em 2013. Essa é uma grande oportunidade de mostrar ao Brasil o potencial dos produtos do grupo”, afirma Marco Aurélio Picolo, diretor comercial da ArMarco Aurelio Picolo, diretor Comercial vedi Metalfer Brasil. Durante a feira, a SOCO / VPS MAQUINAS fará demonstração da máquina Curvadora de Tubo CNC de 7 eixos, capaz de curvar à esquerda e à direita em raio fixo e variável, utilizada para diversos setores da indústria. Também a Serra Circular Automática, totalmente hidráulica com avanço programável, para corte de tubos, perfis e maciço, e a linha completa de serras circulares Semiautomáticas e Manuais.

Curvadora de Tubo CNC

Estande da Andorinha foi destaque

A Arvedi Metalfer Brasil, grupo siderúrgico italiano que atua no Brasil há dois anos, apresentou sua linha de produtos: tubos trefilados e tubos soldados mecânicos, de condução, API, estruturais, quadrados, retangulares,

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• Revista do Aço

Stark do Brasil há mais de 50 anos no mercado oferece soluções para corte com serras circulares e serras de fita. Ainda, serras de Aço Rápido HSS com tratamento de PVD, serras de fita em Aço Carbono, Bimetálicas e Metal Duro e serras CERMET para cortes mais eficientes. Conta também com um centro de afiação com máquinas CNC.


MiiC America, Inc. apresentou na Tubotech 2013, o T-WIN - Robô de dobra, onde seus movimentos permitem que a dobra aconteça do lado direito e esquerdo, além da integração com outras etapas do processo como corte e conformação. Também, a máquina de Hidroformagem (“Hydroforming”) que utiliza o método “Hammering” para reduzir o atrito entre a peça e o molde. O Grupo Elinox que atua há 28 anos no mercado de distribuição de aço inoxidável do País, é referência em qualidade, diversidade e amplitude de produtos, aproveitou a oportunidade para mostrar a linha completa de aço inoxidável: tubos, barras, chapas, bobinas, fitas e cantoneiras.

Grupo JCN atua no mercado há 23 anos, fornecendo diferentes tipos de válvulas, manuais ou automatizadas, que atendem a diferentes setores industriais: Óleo e Gás, Construção, Empresas de Engenharia, Papel & Celulose, Saneamento, Químico e Petroquímico, Ventilação, Refrigeração, Mineração e Siderurgia. Para ampliar sua participação no mercado brasileiro, a voestalpine Meincol inaugurou recentemente nova unidade no Brasil - em Caxias do Sul (RS) -especializada na tecnologia Direct Forming. Mais uma vez a empresa esteve preMeincol Tubos e Perfis Especiais sente na Tubotech.

Marcelo Moscardi

Evento


Congresso

Crescimento no setor de galvanização

GalvaBrasil, Congresso Brasileiro de Galvanização contou com a participação de mais de 200 representantes da cadeia do setor

O

Imagens: divulgação

setor de galvanização deve crescer entre 7,5% e 9,5% em 2013. A projeção foi feita durante a segunda edição do GalvaBrasil, o mais importante evento do País para o setor de galvanização a quente. O congresso aconteceu no mês de outubro, em São Paulo, e foi organizado pelo Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ) e contou com a participação de mais de 200 representantes da cadeia do segmento. “A galvanização possui um potencial muito grande em nosso País. Na Europa, o consumo per capta de aço galvanizado é de 20 quilos por habitante ao ano, sendo que no Brasil esse número é de 1,6 quilo. Há, portanto, um mercado enorme a ser explorado”, afirmou o presidente do ICZ, Carlos Marcelo Gonçalves Henriques. O setor de galvanização movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano e gera aproximadamente cerca de 3 mil empregos diretos. “Temos atuado fortemente nos últimos anos no desenvolvimento do mercado da galvanização por imersão a quente, com ações efetivas nos principais segmentos usuários desta solução contra a corrosão do aço e daqueles que ainda não conhecem esta tecnologia”, explicou Carlos Henriques. Construção civil (36%),

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• Revista do Aço

suprimentos elétricos (20%), telecomunicações (19%), e agrícola (18%) são os principais mercados consumidores. Outros mercados são os dos setores rodoviário, ferroviário e de óleo e gás. O GalvaBrasil 2013 contou com a participação de especialistas nacionais e internacionais. Destaques para as apresentações de Murray Cook, diretor da Associação Europeia de Galvanizadores Geral (EGGA), que falou sobre o mercado de galvanização no Velho Continente, e Javier Sabadell, secretário geral da Associação Técnica Espanhola de Galvanização (ATEG), que abordou o desenvolvimento do mercado espanhol. Outra importante palestra foi a de Frank Goodwin, diretor de tecnologia e desenvolvimento de mercado da Associação Internacional do Zinco (IZA), sobre o uso da galvanização no setor de mineração. Em relação ao mercado nacional uma das mais relevantes palestras foi a de Marcelo Schultz, engenheiro de corrosão da Petrobras, que abordou o aumento da aplicação no segmento de óleo e gás. Mediadora do painel, a diretora de inovação do IPT, Zehbour Panossian, afirmou: “Por toda a minha vida dedicada aos estudos da corrosão,


Congresso

não conheço melhor aplicação para proteção do aço a não ser a galvanização por imersão a quente com posterior pintura”. Outra apresentação de destaque foi a de Jaime Henrique Parreira, diretor de engenharia da InfraeRicardo Goes: gerentero, que apresentou o Planejamento executivo do ICZ de Expansão dos Aeroportos da Infraero. Parreira mostrou oportunidades para o setor de galvanização nos novos aeroportos, com uma série de exemplos de estruturas de aço que poderiam receber a aplicação dessa tecnologia. Já o engenheiro José Luiz Canal falou sobre o legado sustentável da galvanização com o aumento da vida útil das armaduras do concreto armado, enquanto o consultor técnico da Gerdau apresentou a importância das atualizações das normas como base técnica para o desenvolvimento do setor.

“O GalvaBrasil cumpriu o seu papel de promover a integração da cadeia produtiva da galvanização por imersão a quente e a disseminação da cultura do setor junto a mercados consumidores. Além disso, promoveu oportunidades de negócios aos expositores”, comemorou Ricardo Goes, gerente executivo do ICZ. Goes lembrou a presença de representantes de importantes companhias e entidades, como Obebrecht Projetos, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Mictech, Instituto Aço Brasil (IABr), Associação Europeia de Galvanizadores Geral (EGGA), Associação Internacional do Zinco (IZA), Associação Latinoamericana de Zinco (Latiza), Associação Técnica Espanhola de Galvanização (ATEG), Associação Brasileira de Construção Metálica (ABCEM), Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) e Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor). “A participação desses players demonstram que o GalvaBrasil já se consolidou na agenda dos importantes eventos do País”, ressaltou.


Evento

Mecminas 2013 encerra com grande número de vendas Máquinas com tecnologia 100% nacional são destaques Da Redação Fotos: Fred Mancini / Y.Sports

A

Mecminas 2013 – 11ª Feira da Indústria Mecânica, que ocorreu no mês de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte, superou a edição do ano passado. Diversos representantes do setor metal-mecânico puderam apresentar equipamentos, produtos, serviços, inovações e tecnologias em um só lugar. A feira que tem por objetivo valorizar o produto nacional e gerar negócios dentro do País, teve uma média de público superior a 10 mil pessoas. Os negócios fechados durante a feira também alcançaram as expectativas, prometendo um pós-evento positivo para os empresários. Junto com ela

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• Revista do Aço

Visitantes conheceram diversos produtos


Evento

sem nenhum equipamento. Quem também realizou um grande número de vendas foi a Simco de Campinas, São Paulo. No total, a empresa comercializou oito aparelhos de tornos e fresadeiras. O gerente de vendas da Alltec, Ronaldo Molina, comemorou a comercialização de suas máquinas e a oportunidade de criar novos contatos na região. “O resultado foi positivo. A ideia da empresa era trazer novidades, soluções pra mostrar pros clientes aqui de Minas Gerais e atingimos o nosso objetivo. Tivemos três vendas, o que até superou as expectativas que nós tínhamos aqui para o evento”. De acordo com Marco Antônio Cunha, diretor da Minasplan, empresa organizadora do evento, a feira é uma oportunidade para mostrar a qualidade dos produtos fabricados no país e diminuir a entrada dos equipamentos chineses no mercado brasileiro. “Esse contato entre

Diversos negócios foram fechados durante o evento

aconteceu a 2ª edição da Mecplast - Feira do Plástico, Borracha, Ferramentas e Moldes. Entre os destaques da Mecminas estão a Unistamp. A companhia de Jarinu, São Paulo, trouxe para a feira máquinas de prensa hidráulica e corte e voltará para casa

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empresas, proporcionado pela Mecminas, é essencial para a divulgação das nossas marcas, a realização de novos contatos e, consequentemente, a conquista de novos clientes”. O último relatório “Indústria Brasileira de Bens de Capital Mecânicos”, realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), constata que a importação de máquinas e equipamentos cresceu nos últimos seis anos. Segundo o documento, a média anual da participação da importação no consumo brasileiro desses bens, saltou de 52%, em 2007, para 69%, em 2013. Se em fevereiro de 2007 o Brasil importava pouco mais de U$S1 bilhão, em agosto de 2013 esse valor passou para U$ S2,722 bilhões. Para os empresários do setor, os responsáveis por esse desequilíbrio na balança comercial da Indústria Mecânica são as pequenas taxas de importação e as altas

Diversos equipamentos foram destaque na Mecminas 2013

taxas de juros internas. Porém, vários expositores acreditam que iniciativas como a Mecminas ajudam a reverter a situação. A Mecminas é promovida pela Minasplan, com apoio do Governo de Minas, BNDES, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Abimaq, ABS e Abimei.


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