Revista do Aço - Edição 32

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ANO VIII - E D IÇ Ã O 3 2 - 2 0 1 9

Distribuição de AÇO Revista do Aço - 1


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Revista do Aço


índice

Notícias do AÇO .............................................................................................................04 Seção FRONIUS: Solução de Soldagem em Aços Galvanizados......................................10 Mercado: Nova opção em Tubos Sem Costura...............................................................14 Inovação: Minimizando o Desperdício em Aplicações de Lubrificação de Alto Custo.......16 Lançamento: Dupont lança Vestimentas de Proteção Inovadoras.................................22 Responsabilidade Social: Estudantes da Rede Pública de Santa Cruz ganham bolsa por bom Desempenho Escolar.................................................................24 Capa: Bons Resultados em Panorama Incerto ...............................................................28 ●

Artigo Técnico: Barra de Aço para Armadura de Concerto ................................ Galvanizada por Imersão a Quente (Parte 1) .................................................................32 Perfil: Sandvik Coromant Inaugura Centro Tecnológico e Nova sede em Jundiaí (SP)......38 Artigo Técnico: Carreira na Área de Soldagem (Parte 3-FINAL) .....................................42 Foto gentilmente cedida pela CSN - Compania Siderurgica Nacional Imagens: freeimagens.com e de divulgação

Estudo do Aço: Estudo do Comportamento dos Aços ABNT D2 e ABNT O1 ............ .antes e após o Tratamento Térmico, na Usinagem por Eletroerosão por ......... Penetração (Parte 1) ......................................................................................................46

REVISTA DO AÇO – Ano VIII – Número 32– é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço. Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Redação Marcelo Lopes (redacao@revistadoaco.com.br) Projeto Editorial Revista do AÇO® Diagramador Francisco Salles (francisco@revistadoaco.com.br) Colaboradores desta edição Ricardo Torrico, Prof. Luiz Gimenes, Prof. Edson Urtado, Acadêmico Gustavo Gimenes, Ricardo Ryuichi Takei, Daniel Alves Sodré, Willy Ank de Moraes e e Assessorias de Imprensa Publicidade e Comercial Marcelo Lopes – (11) 9 7417-5433 (marcelo@revistadoaco.com.br) Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda. Tiragem 12.000 exemplares Redação, Publicidade, Administração e Correspondência:

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A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos. As matérias assinadas são de inteira de responsabilidade dos autores e não expressam necessariamente a opinião da revista. As matérias publicadas poderão ser reproduzidas, desde que autorizadas e citadas a fonte. Os infratores ficam sujeitos às penalidades da lei.

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notícias do aço

TEKBRASIL REPRESENTANTE EXCLUSIVO NA AMÉRICA DO SUL Somos uma empresa de comércio exterior e representação comercial de empresas internacionais. Nos especializamos no segmento de medição e controle de diferentes grandezas. A Datapaq agora constituída como Fluke Process Instruments é o maior fabricante mundial de termógrafos para monitoramento de temperatura "in process" do produto, por contato, e do forno ao mesmo tempo. A Specmetrix oferece uma tecnologia capaz de auxiliar na redução de custos de aplicação dos revestimentos, ou seja, reduzir o custo homem-hora para execução do controle de qualidade da produção, garantir a qualidade do revestimento aplicado através do controle apurado do peso do filme. Temos clientes de diversos segmentos no Brasil e no Exterior e a nossa missão é proporcionar aos nossos clientes satisfação e segurança ao necessitarem de novos equipamentos, peças de reposição, prestação de serviço de assistência técnica, calibração, consultoria e treinamento. Acesse: www.tekbrasil.com.br

TRUMPF APRESENTA O MELHOR DO CORTE A LASER NA EXPOMAFE 2019 A TRUMPF participa da Expomafe 2019 (Estande E242) com o melhor da tecnologia em máquinas de corte e conformação de metais. Seja para quem busca aumento de produtividade, ou quem deseja ampliar a capacidade de produção com máquinas de alta performance e baixo custo, ou ainda iniciar-se agora como prestador de serviço no segmento, a TRUMPF tem a solução e irá demonstrar na principal feira de bens de capital do país. Pela primeira vez no Brasil, a TRUMPF irá apresentar a TruLaser 5030 fiber com 10 kW de potência e várias funções inovadoras, como o Highspeed Eco, o Cool Line e o Bright Line fiber. “Fizemos inovações no projeto da máquina e, com esta potência, conseguimos aumentar o tempo de deslocamento de 263 m/m para 283 m/m. É uma nova TruLaser 5030 fiber, muito mais dinâmica e veloz”, ressalta João C. Visetti, presidente da TRUMPF Brasil. Entre as máquinas de entrada, estarão expostas a TruLaser 1030 fiber e a TruPunch 1000, compondo uma linha de produção no conceito da Indústria 4.0. Como solução para a dobra de chapas metálicas, a TruBend 5130. “Esses equipamentos já estão preparados para se integrar a uma linha de produção automatizada, seguindo os preceitos da indústria 4.0. É uma oportunidade única de atualização tecnológica e fazer negócios“, afirma Visetti. Acesse: www.trumpf.com www.linkedin.com/company/11466152/ www.facebook.com/brasiltrumpf/

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Dardi International Corporation lançará uma máquina de corte com jato de água na Expomafe 2019 Líder em tecnologia, a DARDI – JATO DE ÁGUA & LASER estará participando da Expomafe 2019 (Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação Industrial) com um lançamento que irá impactar o mercado: uma máquina para corte inclinado. Considerada a principal feira do setor metalmecânico da América Latina, a Expomafe acontecerá entre os próximos dias 7 a 11 de maio, no São Paulo Expo, em São Paulo. “Estamos trazendo para a Expomafe 2019 uma máquina com tecnologia avançada, cuja exclusividade é o sistema de corte com cinco eixos que faz o corte inclinado, de 0 a 60 graus”, adianta o Eng. Marcos Ribeiro, diretor geral da Dardi – Jato de Água & Laser. Segundo Ribeiro, trata-se do modelo DWJ3020BB-X5 PRO que devido ao cabeçote dinâmico X5 PRO consegue fazer cortes bem diferenciados, se comparados às máquinas com cabeçotes convencionais existentes no mercado. “O cabeçote se movimenta em qualquer direção, eliminando automaticamente conicidade no processo de corte e o atraso do jato. O cabeçote dinâmico também pode ser usado para fazer chanfros, escareados e, ainda, para produzir peças 3D”, explica o Eng. Ribeiro. No estande da DARDI – JATO DE ÁGUA & LASER, outro produto que o visitante da Expomafe poderá conferir a funcionalidade e precisão é a máquina de corte a laser, com tecnologia de corte com fibra óptica, a DLCM3015-BF. Trata-se de uma máquina que pode ser aplicável ao corte e ao processamento de materiais, tais como: aço carbono, aço inoxidável e aço galvanizado, alumínio, cobre e latão. Acesse: www.dardi.com.br

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MG E ARCELORMITTAL BRASIL CELEBRAM PATROCÍNIO A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a ArcelorMittal B r a s i l celebram uma nova parceria a partir de março. A produtora de aço patrocinará a realização das séries Presto e Veloce, nas quais a Orquestra – criada em 2008 – interpreta grandes obras do repertório sinfônico. A assinatura do contrato de patrocínio, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Além do apoio às duas séries de concerto, a parceria prevê ainda a colaboração de músicos da Orquestra no projeto Acordes, idealizado pela ArcelorMittal e que promove o ensino de música erudita em escolas públicas dos municípios de Juiz de Fora e João Monlevade. Acesse: brasil.arcelormittal.com.br


BOMBAS DE DIAFRAGMA WideCoat E PISTÃO A ARO, líder mundial em soluções de gestão de fluidos, desenvolveu um controlador de circuito fechado com operação remota, que exige menos supervisão do operador e oferece repetição de distribuição dentro de 1%.

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LUBRIFICAÇÃO

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lubrificação ou alimentação de sistemas menores.

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Siderurgia - número de pontos de lubrificação: 5.340

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notícias do aço

24 a 26 de julho IPATINGA - MG

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30 mil visitantes 51 palestras técnicas


NR12, FOI TEMA DO ETECHN REALIZADO NA BELGO EM CONTAGEM - MG O evento técnico-científico Etechn, em sua última edição de março, realizou-se na sede da Belgo Bekaert em Contagem – MG, teve como objetivo abordar a norma NR12 (conceitos e atualizações) apresentando soluções e aplicações em segurança de máquinas para as indústrias da região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Com palestras de: José Amauri Martins, falou sobre “NR12 - Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos Caminhos a percorrer”. Da empresa WEG, António Luis Faria Gonçalves, trouxe o tema “NR12 Categorias de segurança NBR14153”. “Gestão de documentação da NR12”, foi tema de Breno Silote; Osvaldo Rodrigues da Ross Controls, abordou “Vávulas de segurança para atender a requisitos específicos da NR12”. A Beckhoff apresentou “EtherCAT: Integrando controle e segurança de máquinas para o aumento da produtividade”. Finalizando as apresentações, a Belgo Bekaert trouxe o tema “Proteções físicas para à NR12”. ..."O evento Etechn, sediado na Belgo Bekaert Arames foi muito bom, a qualidade na organização, nas palestras e no público presente foi importantíssimo para troca de experiências, ganho de conhecimento técnico, divulgação das soluções apresentadas e um ótimo network...” completa Rogério Marinho – Engenheiro de Projetos da Belgo. Acesse: www.etechn.com.br

USIMINAS PREMIA FORNECEDORES DE DESTAQUE Parceria foi a palavra que marcou a edição 2019 do Encontro de Fornecedores da Usiminas. O evento, realizado na sede da companhia em Belo Horizonte, teve como principal objetivo reconhecer e valorizar o trabalho desenvolvido pelos fornecedores ao longo de 2018. “Com bons parceiros, sabemos que podemos chegar mais longe, inovar, recomeçar e aprender novos conceitos para alcançarmos as metas que traçamos. É uma relação de ganho mútuo e também de muito trabalho e apoio para que seja possível seguir em um mesmo ritmo e em uma mesma trilha, criando valor para nossas empresas e para a sociedade”, disse Anfitrião do evento, o diretor corporativo de Suprimentos da Usiminas, Arnaldo Ortona, Trabalho reconhecido, os premiados foram: Excelência em Serviços Logísticos: EXPRESSO FIGUEIREDO LTDA Excelência nas Entregas: EMBASIL EMBALAGENS SIDERÚRGICAS Excelência em Matérias Primas: MINERAÇÃO BELOCAL LTDA Excelência em Serviços/Capex: ENESA ENGENHARIA LTDA Excelência em Inovação: UNIFRAX BRASIL LTDA Fornecedor do Ano: MINERAÇÃO BELOCAL LTDA Acesse: www.usiminas.com.br

ANDORINHA TRAZ PARA O BRASIL EQUIPAMENTOS DE CORTE INTELIGENTES Serra de fita com desempenho CNC inteligente A nova Cosen CNC-430 tem desempenho superior em cortes de materiais como Inconel, titânio e aço inox que têm alta resistência, processo de corte demorado, elevado custo das ferramentas e a necessidade de um operador experiente. Com a Cosen CNC-430, você está no controle total, cortando materiais rígidos muito mais rápido, prolongando a vida da lâmina e eliminando improvisos ou erro do operador. A CNC-430 com o exclusivo sistema Cosen Mechalogix permite que você acompanhe remoto o desempenho das lâminas e corte com avanço e velocidade recomendados, além de armazenar os parâmetros favoritos. A estrutura da máquina é feita de ferro fundido com guias lineares superdimensionados, grandes volantes de ferro fundido com braços reforçados, dois amortecedores de vibração, braços guia extra largos, servo motor e sistema V_Drive que atuam em harmonia para eliminar vibrações no corte. Sua capacidade de corte é de 430mm. As serras da Cosen são uma exclusividade da Andorinha para o Brasil. Acesse: www.andorinhabr.com.

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notícias do aço

VILLARES METALS INAUGURA CENTRO DE SERVIÇOS E SOLUÇÕES EM FLORES DA CUNHA/RS Centro de Serviços e Soluções da Villares Metals em Flores da Cunha/RS. Crédito: Villares Metals A Villares Metals inaugura em Flores da Cunha/RS, o segundo maior Centro de Serviços e Soluções da companhia. Com investimentos de R$ 4 milhões e uma área de 4 mil m², a unidade terá a maior máquina de corte da América Latina, e é capaz de atender todo o estado do Rio Grande do Sul. O Centro de Serviços e Soluções da Villares Metals vai oferecer aos clientes um complexo [FJPT1] de serviços com usinagem de peças e tratamento térmico, reduzindo custos relacionados à logística e tempo, agregando valor ao produto. Centro de Serviços e Soluções da Villares Metals em Operando com 7 máquinas de corte e recorte, 3 fornos para tratamento térmico e gerando 12 Flores da Cunha/RS. Crédito: Villares Metals empregos diretos e 50 indiretos, a unidade de Flores da Cunha conta com estrutura voltada a fornecer aços com cortes especiais e peças com medidas personalizadas para atender segmentos de processamento de plástico, estamparia, forjamento, ferramenta de corte, extrusão de metais, bens de capital, automotiva, fundição, óleo e gás, entre outros. Com localização planejada, próxima a um dos principais polos metal mecânico, a unidade oferece logística de entrega estratégica pela proximidade das principais rodovias estaduais e federais. Centro de Serviços e Soluções da Villares Metals em Centro de Serviços e Soluções da Villares Metals em Flores da Cunha/RS. Crédito: Villares Metals Flores da Cunha/RS. Crédito: Villares Metals Acesse: www.villaresmetals.com.br

ANDORINHA TRAZ PARA O BRASIL EQUIPAMENTOS DE CORTE INTELIGENTES Serra de fita com desempenho CNC inteligente A nova Cosen CNC-530 tem desempenho superior em cortes de materiais como Inconel, titânio e aço inox que têm alta resistência, processo de corte demorado, elevado custo das ferramentas e a necessidade de um operador experiente. Com a Cosen CNC-530, você está no controle total, cortando materiais rígidos muito mais rápido, prolongando a vida da lâmina e eliminando improvisos ou erro do operador. A CNC-530 com o exclusivo sistema Cosen Mechalogix permite que você acompanhe remoto o desempenho das lâminas e corte com avanço e velocidade recomendados, além de armazenar os parâmetros favoritos. A estrutura da máquina é feita de ferro fundido com guias lineares superdimensionados, grandes volantes de ferro fundido com braços reforçados, dois amortecedores de vibração, braços guia extra largos, servo motor e sistema V_Drive que atuam em harmonia para eliminar vibrações no corte. Sua capacidade de corte é de 530mm. As serras da Cosen são uma exclusividade da Andorinha para o Brasil. Acesse: www.andorinhabr.com.

DEVILBISS SE DESTACA NO MERCADO METALÚRGICO A DeVilbiss, líder na produção de pistolas de pulverização para pintura e acabamento industrial, apresenta a JGA-600, com elevada produtividade que se dá por meio da tecnologia de aplicação diferenciada, fazendo com que os clientes possuam mais rapidez e cobrimento nas determinadas áreas a serem pintadas. Especializada para a indústria de metais, é um produto tradicional destinado a fabricantes de estruturas metálicas e protetivas há mais de 30 anos. “As pistolas JGA tem muita tradição e são usadas no mercado brasileiro há mais de 50 anos. Falamos com propriedade que são muitos os usuários satisfeitos por conta dos longos anos da linha nos mais diversos segmentos. No geral, são reconhecidas por diversas empresas, mas principalmente pelas indústrias pesadas, como as de materiais protetivos, estruturas metálicas e agrícolas”, afirma Fábio Fortes, Gerente de Vendas da DeVilbiss no Brasil. Acesse: www.devilbissnobrasil.com.br

AÇOLAB, DA ARCELORMITTAL, RECEBE PREMIAÇÃO O AçoLab (espaço colaborativo voltado para a inovação e o desenvolvimento de ideias da ArcelorMittal) conquistou prêmio de melhor “Open Corp” (Open Innovation Corporation), durante a Oi Week (Open Innovation Week), no final de fevereiro, em São Paulo. A escolha é resultado da maior quantidade de conexões no “Speed Dating”, a qualidade dos challenges definidos e das melhores avaliações dos participantes do ecossistema presentes. Cerca de 60 companhias concorreram ao troféu. A ArcelorMittal ministrou ainda a palestra sobre estratégia e cases de inovação. Paula Harraca (Diretora de Pessoas, Comunicação, Investimento Social e Inovação Longos LATAM da ArcelorMittal) foi a responsável pela apresentação. “O resultado superou nossas expectativas. Além disso, foi um espaço importante para compartilhar e ouvir as experiências de startups. Realizamos diversas conexões e oportunidades para agregar mais valor para o nosso negócio”, explica Paula Harraca. Acesse: brasil.arcelormittal.com.br

USIMINAS LEVA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA PARA EVENTO DO SETOR AUTOMOTIVO A Usiminas marcou presença no Congresso Latino-Americano da Indústria Automotiva. E reuniu lideranças do setor para discutir as questões de integração comercial, legislação, tecnologia e logística, que são os principais desafios para maior competitividade mundial. A empresa tratou ainda de suas soluções mais recentes para esse mercado na palestra “Aços de alta resistência para o setor automotivo”. Acesse: www.usiminas.com.br

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Pensou em Tubos Helicoidais e

Acoplamentos, pensou na Dinamica A Dinamica aplica toda a sua expertise para fazer os melhores tubos helicoidais e acoplamentos do Brasil. Através o sistema DMH40 de acoplamentos da Dinamica proporcionam uma rápida, segura e fácil instalação. Conheça também a linha de acoplamentos ranhurados certificados, válvulas, conexões, sprinklers e acessórios.

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seção fronius

SOLUÇÃO de SOLDAGEM em AÇOS GALVANIZADOS

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a indústria automotiva, a soldagem de aços galvanizados apresenta desafios únicos. Esperase que automóveis custem menos, porém durem mais, até mesmo em condições difíceis de clima e estrada. Os fabricantes de automóveis sofrem uma grande pressão para encontrar soluções de soldagem que permitem atender a essas demandas e, ao mesmo tempo, aumentar a rentabilidade. A Fronius desenvolveu um sistema de soldagem que ajuda a indústria automotiva com os desafios específicos de soldar aços galvanizados. VELOCIDADES DE DESLOCAMENTO No passado, aços galvanizados sempre exigiam velocidades de deslocamento mais baixas para queima do revestimento permitindo que o zinco vaporizado escapasse para a poça de fusão. Até agora. O sistema TPS/i da Fronius atinge velocidades de 1 metro por minuto ou superior, sem o uso de consumíveis especiais caros ou hardware adicional. Isso permite velocidades mais altas usando arames sólidos e gases de proteção. A Fronius entende a pressão no que se refere à soldagem na indústria automotiva. Embora o fornecimento de energia para soldagem seja tecnologicamente avançado, nós simplificamos a soldagem do dia-a-dia com uma interface fácil de usar e especializamos os processos de soldagem para atender às exigências de materiais de 10 -

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soldagem revestidos com zinco. PROCESSO PMC A soldagem de aços com tratamento superficial de zinco, não somente era demorada, como também era difícil conseguir uma soldagem aceitável. A Fronius resolveu também esse problema com processos avançados de soldagem que ajudam com a redução de respingos e de porosidade e possibilitam um perfil uniforme de penetração. O Pulse Multi-Control (PMC) é o nosso processo avançado que se baseia no pulso GMAW indo mais longe do que nunca. A TPS/i da Fronius utiliza um processamento de dados de alta velocidade criando um arco adaptável para precisamente ajudar na separação da gota. Essa precisão é a chave para as velocidades rápidas de deslocamento, a baixa entrada de calor e a penetração consistente necessária na indústria automotiva. O sistema de soldagem TPS/i da Fronius é perfeito para soldar aços galvanizados na indústria automotiva. Além das melhorias relacionadas com a estabilidade do arco, as velocidades de deslocamento e a consistência, o sistema pode ser interligado em rede e monitorado para atender às suas necessidades de produção O PMC está cheio de novos recursos desenvolvidos pela Fronius para aumentar consideravelmente a velocidade de deslocamento, o desempenho do arco e a qualidade 


da soldagem. Isto é feito sem a necessidade de consumíveis especiais ou hardware adicional.

Aparência superficial com mínimo de respingos no aço galvanizado

Excelente perfil do cordão de soldagem e penetração são visíveis na macografia

Estabilizador do comprimento do arco  Auto ajustes em caso de mudanças do ambiente de soldagem (espessura da chapa e variação da peça);  Ajustes controlados mantêm o comprimento do arco constante;  Nenhum ajuste necessário em caso de mudança da junta de soldagem (p. ex., desde juntas de topo até juntas em anglo). Estabilizador de penetração  Minimiza a perfuração na soldagem e a falta de fusão;  Reajuste ultra rápido na velocidade de alimentação de arame para compensar possível acesso inconsistente da tocha  Mantém a penetração uniforme durante mudanças na distância entre a bico de contato em à relação a peça. 

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PROCESSO DE SOLDAGEM AVANÇADO PARA APLICAÇÕES EM CHAPA GALVANIZADO

Tecnologia PMC aumenta velocidade de soldagem, penetração e estabilidade no processo de soldagem

EXEMPLOS PRÁTICOS EM COMPONENTES AUTOMOTIVOS

 Material: Galvanizado Hot Dip 60G60G

Condição antes da solução Fronius  Excesso de respingos

 Retrabalho  Instabilidade no Processo de soldagem

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EXEMPLOS PRÁTICOS EM COMPONENTES AUTOMOTIVOS

 Material: Galvanizado Hot Dip 60G60G

Todos problemas solucionados com a tecnologia Fronius

 Mínimo / isento de respingos  Sem retrabalhos

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mercado NOVA OPÇÃO EM TUBOS SEM COSTURA A indústria nacional conta há uma década com a BTL Steel Works, um novo e confiável fornecedor de tubos sem costura Por Ricardo Torrico

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ornecer tubos de aço carbono sem costura para as aplicações nos mais variadas segmentos industriais é a principal missão da BTL Steel Works − mas não é a única. Fundada em 2009 e localizada no município paulista de Capivari, a empresa orgulha-se em oferecer soluções para as necessidades de um mercado que até pouco tempo atrás era carente de novas opções. Os tubos da BTL são desenvolvidos e validados de acordo com as mais rigorosas especificações nacionais e internacionais, atendendo às mais exigentes normas para cada uma das aplicações, como a ASTM A106, para tubos de condução, as ASTM A179, A192 e A210, para tubos usados em trocadores de calor e caldeiras, bem como tubos trefilados de precisão fabricados conforme a norma DIN EN 10305-1 (antiga DIN 2391). O processo de produção da BTL é 100% controlado, proporcionando total rastreabilidade desde o recebimento da matéria-prima até a entrega do produto final aos seus clientes. No aspecto comercial, a BTL atende com grande 14 -

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flexibilidade de prazos de entrega e de lotes de fabricação, proporcionando aos seus clientes condições para um melhor planejamento de suas compras de tubos de aço sem costura. Para enfrentar os desafios da tão protelada retomada da economia brasileira,os clientes finais e distribuidores podem contar com as excelentes opções em tubos sem costura oferecidas pela BTL. Acesse: www.btlsteelworks.com A


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inovação Minimizando o DESPERDÍCIO em aplicações de LUBRIFICAÇÃO de ALTO custo Custos de lubrificantes e extensão da vida útil da bomba

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OLUÇÃO DO PROBLEMA: BOMBA DE PISTÃO Cortando os custos de lubrificantes do seu cliente Hoje, seus clientes e usuários finais podem acessar uma ampla gama de lubrificantes especializados e de alta tecnologia para melhorar o desempenho e estender a vida útil em temperaturas extremas, ambientes agressivos, serviços pesados e outras condições operacionais adversas. Esses novos lubrificantes estão disponíveis para todas as aplicações de fabricação, produtos, mineração, construção e serviços em formulações praticamente ilimitadas. Por exemplo, um fabricante de equipamentos industriais pode aplicar graxa sintética avançada com formulação especializada para conexões e pontos de desgaste principais a fim de oferecer maior vida útil e intervalos mais longos de manutenção ou até sem necessidade de manutenção. Operadores de mineração com 16 -

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sistemas de lubrificação móveis montado sobre caminhão também usam graxas e lubrificantes especialmente projetados para trabalhar em ambientes hostis para manutenção do equipamento de mineração no local. Independentemente do tipo de lubrificante avançado que está sendo usado, o denominador comum entre eles é o alto custo e a necessidade de eliminar o máximo possível de resíduos em seu uso. Com lubrificantes especializados caríssimos, é fundamental que o sistema de aplicação de lubrificante desenvolvido utilize todo o lubrificante em cada recipiente, assim como evite condições operacionais que podem desperdiçar qualquer quantidade de lubrificante durante o processo de aplicação. SELEÇÃO DE BOMBA PARA APLICAÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO: O desgaste interno não é o problema O tipo de lubrificante e sua viscosidade determinarão qual bomba de pistão alternativa de duas esferas, quatro esferas ou “chop-check” será especificada para o


(11) 2065-1400 SP (21) 3541-5050 RJ A Elinox tem a credibilidade e experiência de quem atua desde 1985 no mercado, sempre com o compromisso em ter como diferencial o atendimento pleno e a satisfação de seus clientes, primando pela ética, transparência e responsabilidade social. A Elinox possui as melhores soluções em aço inoxidável no mercado Nacional, com um amplo estoque de tubos, tubings, barras, chapas, bobinas e cantoneiras. Estamos prontos para atender os mais diversos segmentos.

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O principal desafio para aplicações de lubrificação é a economia contínua de custos ao eliminar os resíduos materiais em excesso.

uso no sistema de lubrificação. Os lubrificantes geralmente não contêm materiais que causam desgaste prematuro da bomba, como materiais abrasivos ou sólidos, então os designers de sistemas do fabricante não enfrentam esses desafios na especificação de bombas para essas aplicações. Na verdade, as bombas usadas em sistemas de lubrificação em geral desgastam menos porque são sempre revestidas com o lubrificante que estão distribuindo durante a operação e elas usam anéis de vedação em vez de gaxetas de vedação para deslocamento e pressão. Graxas com maior viscosidade geralmente exigem o uso de bombas “chop-check” e/ ou prato seguidor, que podem ser movidos de forma pneumática ou por gravidade. Com esses materiais mais viscosos, será dada atenção especial para a seleção de um sistema de elevador e prato seguidor forte o suficiente para mover o lubrificante específico na taxa desejada. OTIMIZAÇÃO DE SISTEMAS DE BOMBA DE LUBRIFICAÇÃO PARA ELIMINAR O DESPERDÍCIO No entanto, o principal desafio na configuração dos sistemas da bomba de pistão para aplicações de lubrificação é economizar custos

contínuos para o cliente no uso de seus materiais de lubrificação. Para um produto lubrificante caro, até mesmo uma pequena quantidade de material desperdiçado restante em um recipiente pode custar muito quando multiplicado por centenas desses recipientes usados por um

cliente a cada ano. Em um sistema de bomba, as áreas principais em que a perda do material lubrificante pode ocorrer durante a operação da bomba são: 1- Ao longo do selo do prato seguidor: O lubrificante pode escapar entre o prato seguidor e a superfície interna do recipiente durante a operação, resultando em excesso de lubrificante restante ao longo das laterais do recipiente ou fluindo e acumulando na parte superior do prato seguidor conforme este é

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empurrado para baixo pelo elevador; 2- Na parte inferior do recipiente do material: Excesso de lubrificante pode ficar na parte inferior do recipiente no final de um ciclo de aplicação, impedindo todo o material no recipiente de ser utilizado no processo de lubrificação. É importante observar que, devido às partículas atmosféricas, grânulos ou outros contaminantes em muitas instalações, excesso de lubrificante que escapa de seu recipiente original que esteja exposto ao ar nesses ambientes se contaminam, portanto, não podem ser coletados manualmente e reciclados para uso em um novo recipiente de lubrificante. Sendo assim, o lubrificante restante no recipiente quase vazio ou que escapa da bomba inferior para a parte superior ou laterais do prato seguidor representa perda de dinheiro para o seu cliente. Esse custo adicional não inclui os custos de mão de obra adicionais necessários para limpar esse excesso de lubrificante das bombas durante as horas de produção movimentadas para impedir a contaminação de novos recipientes de lubrificantes durante as recargas. GARANTIA DE VEDAÇÃO PRECISA DO PRATO SEGUIDOR DURANTE A OPERAÇÃO Para evitar que o lubrificante escape pelo selo do prato seguidor durante a operação ou vaze para cima ou sobre o selo na parte superior do prato seguidor, é importante trabalhar com o fabricante da bomba para especificar um prato seguidor e selo que sejam configurados exatamente compatíveis com as dimensões do recipiente para o lubrificante usado pelo seu cliente. Pratos seguidores feitos de aço ou de alumínio e revestidos com vários 

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Devido ao risco de contaminação por partículas atmosféricas ou grânulos, qualquer excesso de lubrificante restante no recipiente de um sistema de bombeamento é material desperdiçado e não pode ser reciclado

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“A SOLUÇÃO EM ADITIVOS E LUBRIFICANTES INDUSTRIAIS”

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osso objetivo é produzir e entregar produtos e serviços que realmente satisfaçam as necessidades de nossos clientes. A fim de garantir esse propósito, dispomos de formulações especiais, matérias primas de alta qualidade, laboratório de controle de qualidade próprio, profissionais experientes na produção e desenvolvimento de lubrificantes diversos.

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Certifique-se de especificar a composição e o tipo certos do material de vedação do prato para evitar a perda de material lubrificante durante a operação do sistema.

materiais estão disponíveis para todos os recipientes e tamanhos padrão e também podem ser personalizados de acordo com a geometria de recipientes fora do padrão. Selos de pratos seguidores podem ser especificados em PTFE, EPR ou outros materiais, dependendo da viscosidade e da formulação do lubrificante que está sendo usado. Para determinados tipos de lubrificantes, também podem ser adicionados suportes aos selos dos pratos seguidores e para reforçar o material do selo e melhorar a vedação entre o prato e o recipiente. Certifique-se de especificar a composição e o tipo certos do material do selo do prato para evitar a perda de material lubrificante durante a operação do sistema. ELIMINAÇÃO DE DESPERDÍCIO DE LUBRIFICANTE NO RECIPIENTE Excesso de lubrificante pode acumular na parte inferior do recipiente do produto no fim do ciclo de aplicação ao mover os lubrificantes com maior viscosidade em um sistema de bomba. A pequena quantidade de material deixado em cada recipiente, quando multiplicado por centenas ou milhares de recipientes a cada ano por um único cliente pode acumular custos significativos em material desperdiçado, principalmente quando lubrificantes sintéticos caros são usados. Nesses casos, um prato seguidor com fundo plano pode ser usado para garantir que todos os materiais 20 -

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disponíveis no recipiente sejam empurrados para dentro da bomba. ESPECIFIQUE UMA BOMBA COM TAMANHO CORRETO PARA AUMENTAR A VIDA ÚTIL DA BOMBA EM APLICAÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO Uma consideração importante ao configurar bombas para uso em aplicações de lubrificação é especificar uma bomba que possa operar na velocidade correta e não em uma taxa de ciclo muito rápida, para aumentar a vida útil e manter os custos de manutenção em um mínimo. Isto se aplica a qualquer bomba de pistão produzida por qualquer fabricante. Por exemplo, usar uma bomba menor que devem operar em uma taxa de ciclo maior para gerar fluxo adequado para a aplicação pode exigir manutenção mais frequente, resultando em maiores custos de manutenção. E uma bomba que deve ser continuamente executada em taxa de ciclo máximo para fornecer taxa de transferência de fluido necessária para a aplicação terá, por fim, uma vida útil mais curta. Maiores taxas de ciclo também podem criar problemas com alguns lubrificantes sensíveis ao

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cisalhamento contendo detergentes ou outros lubrificantes, causando a formação de espuma do lubrificante durante a aplicação. Inspecione minuciosamente a bomba de pistão para evitar operação de taxa de ciclo em excesso na sua aplicação específica. O segredo para estender a vida útil e manter os custos de manutenção baixos para qualquer tipo de bomba de pistão, independentemente do fabricante, é selecionar uma bomba que seja capaz de atender aos requisitos de fornecimento de fluído do seu sistema abaixo da velocidade máxima em ciclos por minuto. Por exemplo, se uma taxa de transferência de 5 GPM é necessária para a aplicação, especificar uma bomba com taxa de transferência de 10 GPM permitirá que essa bomba funcione abaixo da taxa máxima de ciclo, garantindo a máxima vida útil. Em geral, para aplicações de lubrificação, uma diretriz é especificar uma bomba que possa fornecer a taxa de fluxo e o volume necessários durante a operação em cerca de 30 ciclos por minuto. Essa abordagem resulta na melhor combinação de baixos custos de serviço contínuo, intervalos de manutenção mais longos e vida útil mais longa para a bomba usada no sistema de aplicação. Acesse: www.widecoat.com.br A

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Independentemente da marca ou fabricante da bomba que está sendo usada, selecione uma bomba que possa atender aos seus requisitos de entrega de fluido do sistema sem operar continuamente no seu ciclo de bomba máximo para aumentar o desempenho da bomba de pistão e sua vida útil


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lançamento DUPONT lança VESTIMENTAS de PROTEÇÃO INOVADORAS DuPont™ Tychem® 2000 SFR e DuPont™ Tychem® 6000 FS concentram as mais avançadas tecnologias de segurança contra alto risco químico e chamas, com design, durabilidade e conforto

U

m novo conceito de proteção química e contra incêndio para a segurança do trabalhador brasileiro. A DuPont lançou neste mês DuPont™ Tychem® 2000 SFR e DuPont™ Tychem® 6000 FS, criados para atender uma ampla gama de aplicações, em setores que necessitavam de EPIs mais específicos para a proteção do trabalhador. Tychem® 2000 SFR é uma vestimenta inovadora no Brasil, que oferece proteção química sem comprometer a proteção contra chamas das roupas de resistência térmica usadas por baixo delas. A vestimenta deve sempre ser utilizada como proteção secundária, ou seja, sobre uma roupa de proteção térmica primária (como o Nomex® ou Protera®). “É uma tecnologia avançada, que não existe no mercado brasileiro”, afirma Matheus Barbosa, especialista de produtos da DuPont na América Latina. “Atualmente, quando expostas a uma situação de fogo repentino, as vestimentas de proteção secundária (químicas) que 22 -

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existem no mercado derretem ou gotejam sobre as de proteção primária, podendo causar ainda mais danos ao trabalhador. Tychem® 2000 SFR é autoextinguível e não oferece esse risco.” Teste de exposição a quatro segundos de chamas feito 


com vestimentas secundárias sobre um macacão Nomex® comprovam o alto índice de proteção desta nova tecnologia DuPont. Enquanto Tychem® 2000 SFR registrou índice previsto de 9,3% de queimaduras no corpo, vestimentas concorrentes tiveram percentuais de 24,3% e 28,1%. Tychem® 2000 SFR pode ser aplicada em refinarias, plantas petroquímicas, laboratórios e operações específicas de manutenção perigosa. Confiabilidade DuPont™ Tychem® 6000 FS amplia a proteção confiável de Tychem® com um design inovador, para uma ampla gama de aplicações, desde a fabricação e limpeza industrial, limpeza de derramamentos de produtos químicos e respotas a aplicações militares de emergência e petroquímica. Sua composição proporciona ao menos 30 minutos de proteção

contra mais de 181 agentes químicos. Tem costura termosselada para maior proteção em áreas críticas, vedação de borracha em torno da face para compatibilidade com máscara facial, luvas e meias acopladas para proteção extra do usuário. “Esses lançamentos traduzem o ideal da DuPont em direção à inovação, aliando tecnologia e conhecimento não só para ajudar clientes a resolver desafios de seu cotidiano, mas também para garantir a segurança e preservar a vida de trabalhadores”, afirma Bruno Bezerra, Líder de Safety & Construction para a América Latina.

1/2 Cassete

O lançamento foi realizado no CIB (Centro de Inovação Brasil) da DuPont, em Paulínia (SP), no último dia 14. Durante o evento, empresários e jornalistas participaram de minicurso sobre EPIs e assistiram a uma demonstração do equipamento Thermo-Man®, manequim em tamanho real utilizado para testes de roupas de proteção contra chamas. Acesse: www.dow-dupont.com A

Cassete ASIC-M

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responsabilidade social

Estudantes da REDE PÚBLICA de SANTA CRUZ ganham bolsa por bom DESEMPENHO ESCOLAR Reconhecimento Ternium Educação é um programa em parceria da Secretaria Estadual de Educação com a siderúrgica da Zona Oeste do Rio

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oi de muita alegria e orgulho para os estudantes da rede estadual de ensino de Santa Cruz que obtiveram destaque no desempenho em salas de aula. Sessenta alunos receberam, uma bolsa única de R$ 2.500 na cerimônia oficial do programa Reconhecimento Ternium Educação, parceria da siderúrgica com a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc). Além da recompensa financeira, os estudantes vão se tornar monitores em suas escolas, compartilhando conhecimento com os colegas. Os selecionados integram os mais de 8 mil matriculados nas escolas estaduais de Santa Cruz. Os 60 melhores estudantes obtiveram não apenas notas acima de 8, mas também comportamento de excelência, sem o registro de nenhuma falta ou advertência ao longo do ano letivo de 2018. O evento, realizado no auditório da Ternium, reuniu alunos, pais, professores, comunidade escolar e funcionários da empresa. O secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, e a secretária estadual de Assistência Social e de Direitos Humanos, Fabiana Bentes, prestigiaram o reconhecimento feito aos alunos. A diretora Marcia Fátima Rocha, do Colégio Estadual Barão do Rio Branco - que teve 29 estudantes entre os premiados – avaliou que o reconhecimento é apenas o início de trajetórias de vidas de sucesso. Ela contou que o programa tem estimulado melhorias não apenas nas notas dos alunos, mas também em aspectos como disciplina e 24 -

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frequência. “A educação é o caminho para o sucesso desses jovens, não há outro. Meus alunos moram em comunidades carentes, algumas muito violentas. Mas a gente precisa seguir acreditando no diálogo, no respeito e no incentivo aos estudos. Que eles sejam agentes multiplicadores de um projeto que está nos ajudando muito” – elogiou a diretora. David Martins, um dos estudantes que obteve a bolsa, contou que, em um primeiro momento, foi até difícil acreditar no incentivo: “Parecia algo surreal, mas temos a certeza de que jamais seremos os mesmos. Vamos continuar nos esforçando, e agora com a convicção de que as grandes oportunidades surgirão por meio da educação. Nós podemos fazer a diferença” - comemorou. Secretários elogiam a parceria público-privada O secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, elogiou o desempenho dos estudantes e ressaltou a parceria da empresa com o Estado em outros projetos de educação, como, por exemplo o apoio da Ternium ao Colégio Estadual Erich Heine, que teve a melhor nota da rede pública no Ideb em 2018: “É uma alegria muito grande ver o esforço desses alunos reconhecido dessa maneira. O incentivo da empresa é muito importante para a educação em nosso 


Estado. Agradeço publicamente aos professores e aos demais profissionais de educação pelo empenho diário, mesmo diante de tantos desafios que ainda precisamos enfrentar” - destacou o secretário Pedro Fernandes. A secretária estadual de Desenvolvimento Social e de Direitos Humanos, Fabiana Bentes, considera que incentivar diretamente os alunos é uma ação de imensa importância, à medida que colabora para transformar a sociedade: “Com esse tipo de reconhecimento, se cria motivação, inspira os amigos de quem foi destaque e transmite à família dos estudantes a perspectiva de um futuro melhor. É um ecossistema todo que muda, e não só o dos beneficiados” – elogiou Fabiana Bentes. Desde que se instalou em Santa Cruz - quando adquiriu a CSA, no fim de 2017 -, a Ternium aumentou em quase 40% o investimento em projetos

para a comunidade, principalmente na área de educação, que é uma prioridade para a companhia. “O Reconhecimento Ternium Educação vem sendo realizado desde 1976 por nossas empresas em diferentes lugares do mundo. Aonde atuamos, investimos em educação. Acreditamos na parceria entre indústria e comunidade, e em construir juntos mais desenvolvimento para a sociedade” – destacou o presidente da Ternium, Marcelo Chara. Sobre a Ternium A Ternium é a maior siderúrgica da América Latina e acionista majoritária da Usiminas. Desde 2017 tem um centro industrial no Brasil, no Rio de Janeiro. A unidade de Santa Cruz (RJ) tem capacidade de produção de 5

milhões de toneladas de placas de aço por ano, com alto nível de sofisticação que atende indústrias nos EUA, México, Brasil e Europa. A unidade da Ternium no Rio de Janeiro é a maior produtora de aço de toda a companhia e gera mais de 9 mil empregos, com segurança e compromisso ambiental e social. Além do Brasil, a empresa conta com outros 16 centros de produção espalhados por 5 países: México, Argentina, Colômbia e EUA. Acesse: www.ternium.com.br A

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Carlos Jorge Loureiro (INDA-SINDISIDER)

BONS RESULTADOS EM PANORAMA INCERTO Para o presidente executivo do Inda, Carlos Jorge Loureiro, o bom desempenho da rede de distribuição de aço se deve mais às compras antecipadas do que a uma recuperação consistente do mercado Por Ricardo Torrico Foto gentilmente cedida pela CSN - Compania Siderurgica Nacional

O

desempenho da rede de empresas distribuidoras de aço associadas ao Instituto Nacional de Distribuidores de Aço (Inda) surpreendeu no primeiro trimestre deste ano, superando as expectativas da entidade. Vale lembrar que as expectativas de uma entidade como o Inda são, por definição, positivas, seja no sentido de melhorar uma situação já favorável, seja no sentido de reverter uma situação desfavorável. Expectativas superadas são, portanto, um bom sinal. A estimativa feita presidente executivo do Inda, Carlos Jorge Loureiro, ainda no início de abril, já era bastante otimista. "No primeiro bimestre deste ano, as vendas de nossas associadas cresceram em torno de 5% sobre o primeiro bimestre de 2018. Esse crescimento resultou um pouco acima do

que imaginávamos, porque as vendas no primeiro bimestre do ano passado foram muito consistentes. O que nós estamos imaginando é que este ano as vendas da rede vão crescer entre 7% e 8%", afirmou nessa oportunidade . "Mas essa estimativa está condicionada, em primeiro lugar, ao crescimento da indústria − porque a distribuição não consome nada, só repassa ao mercado o que compra das usinas − e está baseada no provável crescimento dos grandes consumidores de aço, como a indústria de máquinas e equipamentos e a indústria automotiva, e numa razoável recuperação da construção civil. Lógico que esses números vão depender da aprovação da reforma da Previdência ainda neste primeiro semestre ou, no máximo, até julho, o que permitiria a possibilidade de um crescimento mais forte de toda a economia no segundo semestre. Mas, 

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supondo que a reforma da Previdência não se concretize e ande tudo para trás, nesse caso, esse crescimento estimado não vai acontecer", ressalva Loureiro. Já na entrevista coletiva realizada no final de abril, o presidente executivo do Inda declarou ter sido surpreendido pela evolução de 10,1% nas vendas da rede de distribuição, consideravelmente superior à já otimista estimativa entre 7% e 8% do início do mês. Loureiro, no entanto, atribui esse resultado a um fenômeno "Supondo que a reforma da de compras Previdência não se concretize e antecipadas, ande tudo para trás, nesse caso, o como forma de crescimento que estimamos não vai evitar o aumento acontecer" de preços já anunciado pelas usinas para ocorrer ainda a partir de abril e que, como em todo processo comercial, acaba sendo repassado ao consumidor final. Não seria, portanto − ainda segundo Loureiro −, o reflexo de uma retomada consistente da economia que, como ele já tinha afirmado, depende ainda de uma séria de medidas que precisam ser negociadas e aprovadas em Brasília. Compras As compras contabilizadas pela rede de distribuição em março atingiram 273,4 mil toneladas, evoluindo 14,2% sobre o volume de 239,5 mil toneladas comprado em fevereiro, mas foram 3,6% inferiores às 283,5 mil toneladas compradas em março de 2018. No acumulado de janeiro a março deste ano, as compras da rede atingiram 802,5 mil toneladas, o que significou um aumento de 1,2% sobre as 793,3 mil toneladas compradas no mesmo período de 2018. Cabe destacar o crescimento de 16,7% nas compras trimestrais de chapas grossas e placas e de 11,2% nas de produtos zincados, enquanto as compras de laminados a quente tiveram uma redução de 3,5%, assim como as de laminados a frio e fitas metálicas, que também caíram 4,8%. Vendas Em março, as vendas da rede de distribuição registraram um volume total de 312,9 mil toneladas, evoluindo 1,0% sobre as 309,8 mil toneladas vendidas em fevereiro. No entanto, em relação ao volume vendido em 30 -

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março de 2018, o crescimento foi mais significativo: 19,0%. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, as vendas realizadas pelos distribuidores de aço totalizaram 888,1 mil toneladas, evoluindo 23,5% em relação às 719,3 mil toneladas vendidas no mesmo período de 2018. Todos os produtos registraram aumentos significativos nas vendas trimestrais, com exceção das chapas grossas e placas, que evoluíram somente 1,4%. Sobre o surpreendente resultado das vendas das empresas associadas ao Inda, Jorge Carlos Loureiro aponta a existência de setores consumidores de aço que estão em melhor do que os outros. "O setor automotivo, por exemplo, está crescendo, assim como máquinas agrícolas e máquinas e equipamentos em geral, e até a construção civil parece estar se recuperando. Mas isso não que dizer que esses setores estão crescendo 10% ou que isso reflita uma melhora geral. O que ocorreu foi mais uma compra geral antecipada, para garantir o preço", ressalta. Importações Em março, as importações totalizaram 123 mil toneladas, evoluindo 30,5% sobre as 94 mil toneladas importadas em fevereiro, mas caindo 0,5% em relação às 124 mil toneladas importadas em março de 2018. Sobre a relação entre as importações e o preço interno do aço, Loureiro explica que, se a importação tem um prêmio alto, dando uma grande vantagem ao importador, automaticamente as usinas baixam seus preços, porque elas não querem perder mercado. "O grande 'vilão', que normalmente impede as usinas de aumentar seus preços, é o produto importado. Nós nunca vamos ver as usinas brigando com um prêmio alto na importação. Hoje, porém, o prêmio está em torno de 2% ou 3%, sendo que a média histórica é ao redor de 10%, o que permitiria às usinas aumentar seus preços. Mas, como o excesso de oferta está muito alto, porque o crescimento da economia está baixo, isso não está permitindo que as usinas façam isso", detalha o presidente executivo do Inda. Estoques Importante indicador da rede de distribuição, os estoques tiveram um desempenho positivo nos últimos meses, atingindo 853,8 mil toneladas no mês de março, permitindo um giro de 2,7 meses, ou seja, 10% inferior 


Soluções em pisos e revestimentos

à média histórica de 3 meses, considerada ideal pelas empresas distribuidoras. " Os estoque caíram bem. A rotatividade, que era de quase 5 meses em dezembro, caiu para 2,7 meses em março. Mas isso também se deve, claro, às vendas antecipadas por causa do aumento anunciado pelas usinas", explica Loureiro. Projeções Ao divulgar os dados de março deste ano, o presidente executivo do Inda estimou que, em abril, a rede de suas associadas deve registrar uma queda em torno de 10%, tanto em nas vendas quanto nas compras. "De qualquer maneira, mesmo que as vendas caiam 10% em abril, elas ainda vão ficar 25% acima das de abril do ano passado. A perspectiva é que, este ano, o consumo aparente de aço planos cresça entre 6% e 7% − ou seja, acima da economia. E a participação do Inda dentro do consumo aparente também deve crescer um pouco este ano. Nossas associadas devem fechar o ano com um aumento em torno de 10% ou 12%. A participação do Inda no ao consumo aparente, que se situa em torno de 35%, este ano deve crescer entre 4% e 5%. Pelo menos, essa é a 'fotografia' de hoje", prevê Loureiro Explicando o funcionamento do mercado de aço, o presidente executivo do Inda ressalta que ele é muito dinâmico. "Quando a diferença de preço em relação ao das usinas cai muito, os pequenos consumidores buscam muito mais a distribuição do que as usinas, porque conseguem comprar a tonelagem exata e com entrega imediata. Então, em um mercado com excesso de oferta, a participação do Inda cresce − que é o que está acontecendo este ano. Já quanto ao repasse dos aumentos de preço das usinas aos clientes das distribuidoras, ocorre uma 'queda de braço' diária. As distribuidoras tentam vender seus estoques argumentando que estão com preços antigos, mas os clientes também tentam tirar vantagem da situação, dizendo sempre que têm ofertas mais convenientes", completa Carlos Jorge Loureiro. A

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"Nossa estimativa está condicionada ao crescimento da indústria, porque a distribuição não consome nada − só repassa o aço adquirido das usinas" Revista do Aço - 31


artigo técnico Barra de AÇO para ARMADURA de concreto GALVANIZADA por IMERSÃO a QUENTE Uma das maiores patologias do concreto armado é a corrosão das armaduras embutidas no concreto. O Brasil tem registrado ultimamente com mais frequência o colapso de estruturas de concreto, sejam em edificações ou em obras de arte (pontes/viadutos). A barra de aço para armadura de concreto galvanizada por imersão a quente, que protege o aço contra a corrosão, é uma alternativa que resolve o problema na raiz, com eficácia e baixo custo.

O

concreto armado (reforçado) é um dos materiais de construção mais amplamente usado. Tem custo razoavelmente baixo, facilmente disponível, possui uma gama de propriedades e características adequadas para diversas aplicações na construção civil. O concreto armado é resultado da união entre concreto simples e armadura de reforço em seu interior. A armadura de reforço constitui-se de barras de aço adicionadas na zona onde o concreto é solicitado à tração. Desse modo, o concreto e o aço trabalham em conjunto, uma vez que, o concreto, resiste aos esforços de compressão, e o aço, absorve os esforços à tração cujo concreto apresenta baixa resistência. Porém, um dos principais pontos a ser observado, é garantir a plenitude da barra de aço destinada à armadura de concreto armado, pelo aumento de sua vida útil e assim manter a eficiência do concreto armado. Atualmente no Brasil temos presenciado com mais frequência os colapsos de estruturas de concreto armado em edificações e obras de arte (pontes/viadutos) em função da corrosão das armaduras, diagnosticadas pela falta da manutenção, que gera custos. Esta falta de 32 -

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manutenção pode ser mitigada pela galvanização por imersão a quente das barras de aço destinada à armadura de concreto armado. Por mais de 50 anos, os revestimentos de zinco obtidos através de galvanização por imersão a quente têm sido usados ao redor do mundo para proteger da corrosão as barras de aço destinadas à armadura de concreto armado, de modo econômico, pois diminui o custo de manutenção e eficaz, pelo aumento a vida útil das mesmas mesmo que ocorram falhas no cobrimento do concreto. Assim a integridade do concreto armado está garantida por mais tempo. O PROBLEMA DA CORROSÃO DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO O concreto é um material poroso constituído de pequenos poros e capilares, através dos quais os elementos corrosivos como a água, os íons de cloreto, o oxigênio, o dióxido de carbono e outros gases se infiltram na matriz de concreto, eventualmente atingindo as barras de aço destinadas à armadura de concreto armado, conforme ilustrado na figura 01.


Figura 01: Penetração de elementos corrosivos no concreto

Para cada mistura de concreto, em alguns níveis críticos de elementos corrosivos, o aço despassiva-se e a corrosão se inicia. O concreto por si só exibe boa resistência de compactação, mas possui pouca resistência de tensão, geralmente cerca de um décimo da resistência

de compactação. Quando o ferro se oxida, ocorre uma diminuição da seção da armadura e os produtos resultantes da corrosão são de 2-10 vezes mais volumosos do que o aço original, o que gera tensão que excede a capacidade de tensão do concreto ao seu redor, fazendo-o rachar e

fragmentar-se, conforme ilustrado nas figuras 02 e 03. Após a rachadura ter ocorrido, a capacidade estrutural do elemento pode ser comprometida, podendo ser necessários reparos caros para ampliar sua vida útil. COMO PREVENIR A CORROSÃO DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO O método mais comum é assegurar que o concreto que cobre o reforço (a barra) seja da espessura adequada e que o concreto em si seja denso e impermeável. Como muitas vezes a realidade em campo não condiz ao que foi projetado, uma linha de defesa importante é proteger da corrosão a própria barra, por galvanização por imersão a quente, que consiste no revestimento do zinco no aço/ferro. O aço é imerso em um banho de zinco fundido a uma temperatura entre 440 °C a 480 °C, o que resulta em uma reação metalúrgica entre o zinco e o ferro, isto é, o zinco penetra na rede 

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Figura 04: Barras galvanizadas no canteiro de obras

• Sua aplicação está padronizada de acordo com normas internacionais (ASTM A767, ISO 14657) que asseguram a qualidade e as características de aplicação. • No Brasil existe a norma ABNT NBR 16300:2016 - Galvanização por imersão a quente de barras de aço para armadura de concreto armado Requisitos e métodos de ensaio. • As barras de aço para armadura de concreto armado galvanizadas por imersão a quente atendem aos requisitos da norma NBR 7480:2007 – aço destinado a armaduras de concreto armado. • Aumenta a vida útil da estrutura. Essas características das barras galvanizadas reduzem sensivelmente o risco de que sejam afetadas pela corrosão, que é a responsável pelo aparecimento de manchas de óxido, de rachaduras e de fragmentação do concreto. O uso de barras de aço galvanizadas prolonga os intervalos de manutenção das estruturas de concreto e reduz substancialmente o custo de manutenção como um todo. De uma forma geral, de barras de aço galvanizadas, podem ser tratadas do mesmo modo que as barras sem revestimento e não exigem precauções especiais para proteger o revestimento durante o manuseio, transporte e instalação na obra. Veja a ilustração na figura 04.

o zinco apresenta um potencial cristalina do metal base, resultando de redução menor que o ferro, se em uma difusão intermetálica, ou oxidando preferencialmente ao seja, na formação de ligas de Fe-Zn, aço, o que significa que se ocorrer camadas intermetálicas, na superfície alguma imperfeição ou rachadura de contato do substrato. no revestimento, expondo o Este processo torna o revestimento aço, a corrosão se concentrará integrado desde o metal base até a preferencialmente na camada do zinco superfície, onde a camada formada é circundante, proporcionando assim de zinco puro, isolando as barras de uma proteção eletroquímica ao aço aço do concreto ao redor. exposto. Desta forma, o revestimento As barras galvanizadas por imersão galvanizado não pode ser debilitado a quente oferecem muitas vantagens pelos produtos resultantes da sobre as barras convencionais sem corrosão do aço, como ocorre no caso proteção, incluindo: de outros revestimentos tipo barreira, • O aço fica protegido contra a corrosão como por exemplo, o epóxi. antes de ser imerso no concreto. • A maior resistência à corrosão das • O zinco possui limite de concentração barras por galvanização por imersão a de cloreto mais alto para corrosão quente permite uma maior tolerância que o aço descoberto. Isso retarda à diversidade e aplicações do significativamente o início da concreto. corrosão, a partir da infiltração de cloretos, na superfície das barras por galvanização por imersão a quente. TABELA 2 Minimum Finished Bend Diameters • A velocidade de corrosão do zinco no concreto é menor Bar nº. Grade 280 Grade 350 Grade 420 Grade 520 que a do aço, e os produtos [40] [50] [60] [75] de corrosão que o zinco forma não provocam tensões 10,13,16 [3,4,5] 6dA 6d 6d ... internas tão prejudiciais como 19 [6] 6d 6d 6d 6d as que o aço produz, quando sofre corrosão dentro do 22,25 [7,8] 6d 8d 8d 8d concreto. Como resultado 29,32 [9,10] ... ... 8d 8d o concreto não sofre 36 [11] ... ... 8d 8d deterioração. 43,57 [14,18] ... ... 10d 10d • Os revestimentos de zinco proporcionam, A d = Nominal Diameter of the bar além da barreira, uma proteção catódica, isto é, 34 -

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PERFORMANCE DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO GALVANIZADAS POR IMERSÃO A QUENTE NO CONCRETO • Relação água/cimento: entre 0,4 e 0,5 para concreto armado em ambiente marinho é a recomendação de norma ABNT NBR 6118:2014 - Projeto de estruturas de concreto — Procedimento. • Quanto menor esta relação, menor a porosidade do concreto, portanto menos permeável; • Embora o hidroxizincato de cálcio não evite a penetração do íon cloreto, a superfície do vergalhão galvanizado é 2,5 vezes mais tolerante a cloretos do que vergalhão sem proteção. • Zinco em soluções fortemente alcalinas (> pH 12,5) é passivado por formação de camada de cristais aderentes – hidroxizincato de cálcio (CaHZn). • A formação do hidroxizincato de cálcio (CaHZn) começa imediatamente em contato com a solução de cimento molhado, reduzindo assim o valor do pH ao redor de 9,0, levando o zinco ao seu estado passivado, portanto cessando sua oxidação, estabilizando o mesmo e isolando-o do ambiente circundante. A reação com zinco cessa logo que o concreto endurece. • As barras de aço galvanizadas não sofreram com os efeitos de elementos ácidos produzidos pela carbonatação à medida que o concreto envelhece, pois, o zinco tem uma faixa de pH de passivação, Ph entre 06 e 12) muito maior que o aço. • O hidroxizincato de cálcio é um produto fibroso, apresenta uma elevada adesão química ao concreto, o que resulta na elevada aderência ao concreto. • Há evidências que sugerem que a difusão dos produtos resultantes da corrosão do zinco ajuda a preencher os espaços porosos na interface concreto/ vergalhão, tornando essa área menos permeável e ajudando a reduzir o transporte de substâncias agressivas (como os cloretos) através desta interface, que dá acesso ao revestimento de zinco. Aderência da barra de aço galvanizado por imersão a quente ao concreto • A aderência das barras galvanizadas ao concreto não é menor do que a dos vergalhões sem revestimento; e em muitos casos é ainda melhor. A média do coeficiente de conformação superficial, η=1,8 atende aos requisitos da norma ABNT NBR 7480 – Aço destinado às armaduras de concreto armado (mínimo η = 1,5 para Ø ≥ 10mm para categorias CA50 e CA60). Isso permite utilizar as mesmas especificações de projeto no concreto armado (tamanho das barras, comprimentos das sobreposições, etc.), que se aplicam no caso das barras sem proteção. Os dados acima são resultados de ensaios realizados, em agosto de 2013, ensaios no laboratório Falcão Bauer, cujos números são: L-236.758/1/13 e L-236.758/2/13. 

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Figuras 02 e 03: Efeito da corrosão nas armaduras de aço dentro do concreto

Evolução de hidrogênio • Quando o zinco reage com o concreto úmido ocorre a formação de hidroxizincato de cálcio, acompanhado pela evolução do hidrogênio. Este produto da corrosão é insolúvel e protege a camada de zinco subjacente (sempre e quando o pH da mistura de concreto circundante esteja abaixo de 13,3). As pesquisas têm demonstrado que durante este período de reação inicial e até que a passivação do revestimento e o endurecimento do concreto ocorram, parte da camada de zinco puro do revestimento é dissolvida, entre 05 a 10 micrometros. Entretanto, esta reação inicial cessa quando ocorre o endurecimento do concreto e há a formação da camada de hidroxizincato. As análises das barras de aço galvanizadas, recolhidas de estruturas em campo, indicam que o revestimento permanece neste estado de passivação por períodos mais longos, mesmo estando expostos aos altos níveis de cloreto do concreto circundante. No caso de concreto com pH elevado ou quando se espera a presença de uma certa concentração residual de cloretos, a superfície do zinco pode ser passivada, usando-se vários pós-tratamentos comerciais, com o intuito de protegê-la contra a evolução excessiva de hidrogênio, o que pode, em casos mais extremos, reduzir a força de aderência dos vergalhões. Quando o concreto se encontra em condições normais, as pesquisas têm demonstrado que não 36 -

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existe nenhuma diferença estatística na força de aderência do vergalhão galvanizado, tanto no caso de ter sido passivado como no caso de não ter sido. • Algum hidrogênio nascente ocorre por reação do zinco com a pasta de cimento alcalina, sendo mais uma reação catódica do processo. A evolução cessa quando a pasta endurece. O hidrogênio nascente sobre o zinco, neste caso, não migra para dentro, não atingindo o aço, pois a difusibilidade do hidrogênio nascente no zinco é bastante pequena, em torno de três vezes menor que o valor observado sobre o aço. Assim o aço permanecerá íntegro. Presença de outros metais no concreto • Uma consideração adicional ao usar o aço galvanizado é a possibilidade de estabelecer conexões bimetálicas entre o zinco e o aço sem revestimento. O aço galvanizado não deve ser unido a grandes áreas de aço sem revestimento, cobre ou outros metais, a menos que se aplique isolamento adequado. Arames para amarração, suportes e outras barras também devem ser galvanizados. PRÁTICAS NO CAMPO DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO GALVANIZADAS POR IMERSÃO A QUENTE NO CONCRETO É recomendado consultar o Anexo B – Diretriz para a prática no campo, da ABNT NBR 16300:2016 - Galvanização por imersão a quente de barras de aço

para armadura de concreto armado Requisitos e métodos de ensaio. Dobra das barras de aço para armaduras de concreto galvanizadas por imersão a quente As barras de aço para armaduras de concreto galvanizadas por imersão a quente, conforme norma americana ASTM A767: • Apresentam desempenho aos esforços de tração similar aos das barras nus. O processo da galvanização por imersão a quente não afeta as propriedades mecânicas do aço para o concreto armado. • Dobra a frio antes da galvanização, deverão ser fabricadas com um diâmetro igual ou superior aos especificados na tabela 2 abaixo. • Dobra após a galvanização, a presença de rachaduras e descamação do revestimento do zinco na área de curvatura não devem ser motivos de rejeição. A tendência de rachaduras do revestimento de zinco aumenta com o diâmetro da barra e com a intensidade e taxa de curvatura. • Eventuais danos podem ser reparados com tinta rica em zinco (mín. de 85% de zinco) ou pelo processo de metalização de zinco. Manuseio e armazenamento Os vergalhões galvanizados podem ser armazenados na intempérie sem afetar seu desempenho anticorrosivo. Isso permite o armazenamento de tamanhos-padrão de modo que estejam disponíveis segundo demanda. Outra característica do vergalhão galvanizado é que pode ser manipulado e disposto da mesma maneira que o vergalhão sem revestimento. Isso devido à alta resistência à abrasão que possui o material galvanizado por imersão a quente. Soldagem durante a instalação Soldar vergalhões galvanizados não é um problema desde que sejam tomadas as precauções necessárias, como aplicar na região da solda 


tinta com teor mínimo de 85% de zinco ou aspersão térmica de zinco – metalização. O procedimento inclui utilizar velocidades de solda mais lentas e manter uma ventilação adequada. Reparos no revestimento durante a instalação Danos ao revestimento em áreas soldadas, dobradas ou bordas cortadas não afetarão significativamente a proteção oferecida pela galvanização se a área exposta for pequena em relação à área galvanizada. Atualmente as siderúrgicas oferecem o fornecimento das barras de aço para armaduras de concreto armado já dobrado e cortado nas dimensões do projeto. É recomendado realizar a galvanização por imersão a quente nestas condições para aumentar a eficiência do revestimento do zinco nas barras.

EXPECTATIVA DE DURABILIDADE DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO ARMADO

C – Iniciação da oxidação do zinco. Extensão da durabilidade devido à maior tolerância dos íons cloretos e ao pH; D – Período de proteção enquanto se dissolve uma pequena parcela da camada

A – Concreto é exposto aos agentes agressivos (CO2, cloretos e outros); B – Período de oxidação destrutiva do aço sem revestimento (linear) até o limite aceitável de deterioração do concreto; Abaixo com barras de aço (vergalhão) para armaduras de concreto armado galvanizadas por imersão a quente.

de zinco puro na superfície do aço; E – Período de proteção adicional enquanto se dissolvem as camadas de liga Zn+Fe do Revestimento; F – Ataque do aço exposto idêntico ao B.

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perfil SANDVIK Coromant INAUGURA Centro TECNOLÓGICO e NOVA sede em JUNDIAÍ (SP) De acordo com lideranças globais presentes, complexo da multinacional será referência para novas instalações, e pode oferecer treinamento local e on-line, para diversas partes do mundo.

C

om a presença de executivos globais da companhia, a Sandvik Coromant recebeu clientes, parceiros e a imprensa em sua nova sede e centro tecnológico no Brasil, o Sandvik Coromant Center. O encontro foi na cidade de Jundiaí (SP). A mudança transfere a sede da companhia do bairro de Santo Amaro, na capital paulista, para o interior do estado. A inauguração aconteceu no último dia 20/03. A empresa é líder na fabricação e comercialização de ferramentas de corte e soluções de usinagem, e deve agora aproveitar a nova localização, também, por seu caráter de hub tecnológico que agrega diversas companhias de alta tecnologia. Também foi atraente a proximidade com o aeroporto de Viracopos (Campinas) e com o Porto de Santos. “Estamos orgulhosos em celebrar a inauguração deste Center – comentou Cláudio Camacho, vice-presidente de Vendas da Sandvik Coromant para América do Sul e Central – por muitos anos, utilizamos nosso centro de treinamento do prédio antigo, na capital. Sabemos que muitas pessoas formadas na indústria passaram pelo treinamento da Sandvik. E essa é a essência da empresa, 38 -

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transmitir conhecimento. Nos últimos cinco anos, mais de 20 mil pessoas foram treinadas pela Sandvik Coromant. Apenas em nossas instalações anteriores, foram cerca de 5 mil pessoas. Agora nosso Center em Jundiaí caminha para um novo patamar tecnológico, e temos objetivo de treinar 3 mil pessoas por ano. É uma garantia de que a empresa está investindo no Brasil, transmitindo conhecimento e treinando profissionais para essa fase digital que temos pela frente. E escolhemos a cidade de Jundiaí porque possui uma estrutura que nos atende muito bem”. “Dentre os 19 centros de treinamento que possuímos no mundo, nenhum é tão avançado como este”, disse Nadine Crauwels, presidente global da Sandvik Coromant. “Ele é um hub de conhecimento para o Brasil. Por isso, vamos reunir as mentes mais brilhantes de diversas indústrias para moldar o futuro. Este lugar é para todos que têm um forte interesse em novas tecnologias, novas ferramentas, e no futuro da manufatura global. Este Sandvik Coromant Center não é apenas um local físico para conhecer e interagir, é também um centro digital. Temos recursos para fazer transmissões e nos conectar a outros Sandvik Coromant Centers em todo o mundo, além de 


realizar sessões de usinagem digital ao vivo. Este é realmente um centro do futuro. E se pensarmos nele como um centro digital, não se trata apenas de conectar máquinas aqui com o mundo. Conectamos experts de diversos países, e não estamos falando apenas de ferramentas, mas de todas elas combinadas em aplicações e com conhecimentos diferentes: robôs, software, ferramentas, tudo isso para ganhar produtividade”. Entre os executivos globais esteve também Björn Rosengren, presidente e CEO do grupo Sandvik. Ele comentou que “o Brasil deveria estar entre os líderes do mundo, liderando crescimento. O país é incrível e eu o admiro muito não só porque é imenso e populoso, tão grande quanto a Europa, mas porque é uma potência global e na América Latina. Tem uma economia robusta, com muitos ativos em mineração e óleo e gás, e uma tradição de forte indústria de manufatura. Nossas competências

estão alinhadas com o Brasil É por isso que esse novo Center é um grande passo para apoiar vocês do jeito certo, e no futuro”. A cerimônia recebeu também o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado. Para ele, a abertura do novo Center é “uma celebração do caminho sustentável para a cidade e o estado. Mais pessoas virão a Jundiaí, e se hospedarão aqui, movimentando a cidade em razão dessa empresa que está sendo instalada. Esta cidade é parte de um país que deu certo, e que pode ensinar lugares de todo o mundo como gerir as questões públicas. Somos business friendly”. Treinamento e interatividade Logo após a abertura, os convidados passaram por diversas demonstrações com os equipamentos

de ponta da nova sede. As instalações permitem a realização de testes, tryouts, projetos de clientes (em ambiente físico e virtual) e cursos práticos. O espaço possui também auditório para 100 pessoas, showroom integrado e equipamento para a transmissão de demonstrações em máquina, e treinamentos ao vivo para outros países. Também pode receber colaboração de projetos de outros Centers ao redor do planeta,  em tempo real.

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Além disso, o novo prédio também tem uma célula com alguns processos da Indústria 4.0. O sistema liga máquinas, robôs e equipamentos de medição e permite aos clientes assimilar o funcionamento dos processos digitais e tomar as melhores decisões para seus negócios. Outros equipamentos incluem dois centros de usinagem – um vertical e outro horizontal – um centro de torneamento multitarefas e um torno CNC. Além de auxiliar o treinamento dos funcionários da Sandvik Coromant, as máquinas estarão à disposição dos clientes para testes de usinagem de peças. Desse modo, as companhias parceiras não precisam interromper suas produções para realizar simulações. Sobre a Sandvik Coromant Parte do grupo de engenharia industrial global Sandvik, a Sandvik Coromant está na vanguarda no que se refere a ferramentas para

manufatura, soluções de usinagem e conhecimento que impulsionam o desenvolvimento de padrões e inovações exigidos pela indústria metalmecânica, tanto hoje quanto para a próxima era industrial. Suporte educacional, amplo investimento em P&D e sólidas parcerias com os clientes garantem o desenvolvimento de tecnologias de usinagem que mudam, lideram e direcionam o futuro da manufatura. A Sandvik Coromant possui mais de 3.100 patentes em todo o mundo, emprega mais de 7.900 colaboradores e está representada em 150 países. Para mais informações, visite www.sandvik.coromant.com ou siga-nos nas redes sociais. Sobre o Grupo Sandvik A Sandvik é um grupo global de engenharia de alta tecnologia que oferece produtos e serviços que aumentam a produtividade, a rentabilidade e a segurança do cliente. Temos posições de liderança mundial em áreas selecionadas

- ferramentas e sistemas de ferramentas para usinagem; equipamentos e ferramentas, serviços e soluções técnicas para a indústria de mineração e escavação de rochas no setor de construção; produtos em aços inoxidáveis avançados e ligas especiais, bem como produtos para aquecimento industrial. Em 2018, o Grupo tinha aproximadamente 42.000 funcionários e receitas de cerca de 100 bilhões de coroas suecas (SEK) em mais de 160 países dentro de operações contínuas. Acesse: www.sandvik.coromant.com

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artigo técnico CARREIRA na ÁREA de SOLDAGEM Ricardo Ryuichi Takei Ryuichi.takei@gmail.com Prof. Luiz Gimenes Jr. gimenes@infosolda.com.br

M

anutenção da certificação A manutenção da certificação consiste em

três etapas: etapa 1: o inspetor de soldagem deve, anualmente, efetuar o pagamento de uma taxa estabelecida pelo OCP e enviar o atestado de acuidade visual; etapa 2: antes de findo o prazo de 30 meses, contados a partir da data da certificação, o profissional deve encaminhar ao OCP (Organismo de Certificação Pessoal) o documento de comprovação de atuação estabelecido pelo OCP, que comprove a efetiva prestação de serviços profissionais como inspetor de soldagem, no nível para o qual foi certificado, por um período de 15 meses consecutivos ou não; etapa 3: antes de findo o prazo de 60 meses, contados a partir da data de certificação, o profissional deve requerer junto ao OCP o exame de recertificação. Recertificação Primeira recertificação Após conclusão do período de 60 meses da validade da certificação, esta pode ser renovada pelo OCP (Organismo de Certificação Pessoal), por igual período, após o inspetor de soldagem completar, 42 -

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TE R PA

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NA I F -

com sucesso, o exame simplificado. EXAME SIMPLIFICADO PARA NÍVEL 1 O exame simplificado para inspetor de soldagem nível 1 é composto de três provas, sendo duas obrigatórias e uma aleatória. As provas obrigatórias são: a) acompanhamento de soldagem; b) visual/dimensional. A prova aleatória deve ser uma entre as abaixo relacionadas: a) consumíveis 1; b) documentos técnicos 1; c) tratamento térmico; d) dureza. Segunda recertificação e subsequentes Na segunda recertificação e subseqüentes, para o inspetor de soldagem que atender às condições de manutenção da certificação. O exame simplificado é composto de uma prova aleatória entre visual/dimensional, documentos técnicos 1 ou tratamento térmico. Nota: Após a 1ª recertificação caso a comprovação de atuação no período correspondente à validade do 


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certificado seja superior a 15 meses, porém inferior a 30 meses, o inspetor de soldagem deve realizar o exame simplificado completo. Instruções gerais Cabe ao inspetor de soldagem solicitar o exame simplificado. É recomendado que a requisição seja realizada com no mínimo 180 dias de antecedência do término da validade da certificação. Atribuições do inspetor de soldagem N1 Conforme a Norma Brasileira NBR 14842, o Inspetor de Soldagem N1 é um profissional qualificado que garante o cumprimento de procedimentos de soldagem qualificados e a qualidade da solda. Entre suas atribuições estão: Acompanhar a execução e a conformidade com a quantidade especificada; Verificar os resultados dos ensaios não-destrutivos; Verificar se os ensaios nãodestrutivos foram executados por pessoal qualificado, procedimento aprovado e na extensão requerida; Determinar a dureza por meio de medidores portáteis; Verificar os soldadores/operadores de soldagem quanto: a) Verificar se somente soldadores/operadores de soldagem qualificados e certificados estão sendo utilizados, se a qualificação desses os autoriza a executar o serviço e se não expirou o prazo de validade da qualificação, de acordo com instruções ou documentos de

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registro; b) Verificar a atuação dos soldadores/operadores de soldagem na execução dos serviços e solicitar, quando necessário, nova qualificação. Quanto ao material de base: Verificar, por comparação entre marcações no material e documentos aplicáveis, se o material de base é o especificado; Quanto a verificação dos consumíveis: Verificar, por comparação entre marcações e documentos aplicáveis, ensaio visual e controle dimensional, se o consumível é o especificado e encontra-se em condições de uso; Verificar se o armazenamento, manuseio, ressecagem e manutenção da ressecagem do consumível estão corretos, de acordo com as instruções do fabricante do consumível ou outros documentos aplicáveis. Quanto a inspeção de equipamentos de soldagem: Verificar se os procedimentos e as instruções estão disponíveis

aos soldadores/operadores de soldagem para referência, se estão sendo empregados na soldagem e se somente procedimentos especificados e qualificados, quando necessários, são usados para cada serviço; Verificar se as dimensões, ajustagem e preparação das juntas estão de acordo com os procedimentos de soldagem, as instruções de fabricação e/ou execução, e os desenhos; Verificar a adequação para execução do serviço, considerando as condições físicas e ambientais; Verificar se o preaquecimento, quando necessário, está sendo efetuado e se está de acordo com os procedimentos de soldagem e as instruções de fabricação e/ou execução; Verificar se as condições de proteção individual e coletiva no que concerne à soldagem estão sendo atendidas. Quanto a inspeção durante a soldagem: Verificar se a soldagem está sendo conduzida de acordo com os procedimentos de soldagem e com as instruções de fabricação e/ou execução, enfatizando a sequência de soldagem, os requisitos de limpeza e o controle de deformações; Verificar se o controle da temperatura entre passes, quando necessário, está sendo aplicado e se está de acordo com os procedimentos de soldagem e as instruções de fabricação e/ou execução. 


Quanto a inspeção após soldagem: Verificar se o pós-aquecimento, quando necessário, está sendo efetuado e se está de acordo com as instruções de fabricação e/ou execução; Executar ensaio visual e controle dimensional da solda completa, de acordo com as instruções de fabricação e/ou execução e os desenhos; Quanto aos ensaios nãodestrutivos Verificar se os ensaios foram executados por pessoal qualificado, procedimento aprovado e na extensão requerida, de acordo com as instruções de fabricação e/ou execução; verificar e analisar, através de relatórios, os resultados dos ensaios não-destrutivos dos serviços de soldagem sob sua responsabilidade, com o objetivo de retroalimentar as operações de soldagem para evitar a reocorrência das descontinuidades detectadas pelos ensaios nãodestrutivos. Quanto aos ensaio de dureza: Executar quando necessário, medições de dureza por meio de aparelhos portáteis. Quanto tratamento térmico após soldagem Verificar, antes de proceder ao tratamento térmico, se as peças ou equipamentos foram aprovados nos ensaios não destrutivos; Verificar se o tratamento térmico, quando necessário, está sendo conduzido de acordo com os procedimentos de tratamento térmico e as instruções de fabricação e/ou execução; Quanto ao reparo de solda: Verificar se as marcações de reparo de solda estão de acordo com os laudos emitidos; Verificar se a soldagem e/ou outros métodos de reparo estão de acordo com os procedimentos de soldagem e as instruções de fabricação e/ou execução. Quanto ao registro de resultados

Registrar resultados, relatar nãoconformidades e controlar e registrar o desempenho dos soldadores/ operadores de soldagem, através de procedimentos estabelecidos; Registrar os ensaios testemunhados na qualificação de procedimentos de soldagem, de soldadores/operadores de soldagem e as condições de preparação e execução de peças de teste e peças de teste de produção; REFERENCIA 3. TWI TRAINING AND EXAMINATION WORLD WIDE, EWF/IIW WELDING DIPLOMA, 2013. 4. AWS WELDING INSPECTOR BODY OF KNOWLEDGE, 2015. 5. IVO STEFFEN, RAIMUNDO BRÍGIDO AND LUCIENNE FREIRE, CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS, ‘’RELATOS DE ALGUMAS EXPERIÊNCIAS BRASILEIRAS”, 2002. 6. INBRAEP, CURSO NR 13 VASO DE PRESSÃO ON LINE, 2014, Disponível em: http://inbraep.com.br/curso-nr13-vasos. php?gclid=CjwKEAjwrvq9BRD5gLyrufTq g0YSJACcuF81CnYAM2ysLuXZoxxaKH-LV5OkXXRKZKwPNvxM9EBoCsxzw_wcB>. Acesso em: 30 de Agosto. 2016 7. IAB 002 EWF 409, MINIMUM REQUIREMENTS FOR THE EDUCATION, TRAINING , EXAMINATION, AND QUALIFICATION OF PERSONNEL, REV1, 2000. 8. IAB 252, IIW GUIDLINE FOR INTERNATIONAL WELDING ENGINEERS, TECHNOLOGIST, SPECIALISTS AND PRACTITIONERS, 2014. 9. INMETRO, PORTARIA 248, REGULAMENTO TÉCNICO DE QUALIDADE PARA CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO DE PRODUÇÃO SERIADA, 2014. 10. ABENDE, DC-001, ENSAIO E

CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL EM ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS, REV10, 2004. 11. INMETRO, PORTARIA 16, REQUISITOS PARA SERVIÇOS PRÓPRIO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS-SPIE, 2001. 12. COTEQ, MANUEL J. DE CASTRO LOURENÇO, MARCELO MACIEL PEREIRA, MAURÍCIO SALDANHA MOTTA, 6ª CONFERENCIA SOBRE TECNOLOGIA DE EQUIPAMENTOS, 2002. 13. ABNT, NBR 14842, CRITÉRIOS PARA A QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE INSPETORES DE SOLDAGEM, 2003. 14. NORMA FBTS N-008, CRITÉRIOS PARA A QUALIFICAÇÃO E A CERTIFICAÇÃO DE SUPERVISORES E ENCARREGADOS DE SOLDAGEM,REV00, 2015. 15. NORMA FBTS N-007, CRITÉRIOS PARA A QUALIFICAÇÃO E A CERTIFICAÇÃO PARA ENGENHEIRO E TECNÓLOGO ESPECIALISTAS EM SOLDAGEM, REV01, 2013. 16. CONTEQ N-2688, TESTE DE PRESSÃO EM SERVIÇO DE VASO DE PRESSÃO E CALDEIRAS, REV.B, 2014 17. ABS-ANB, DANIEL ALMEIDA E VLADIMIR PONOMAROV, O QUE DIZEM AS NORMAS SOBRE COORDENADORES DE SOLDAGEM. 18. ELECTRA, FICHA TÉCNICA DE CURSO DE QUALIFICAÇÃO, SOLDADOR DE ELETRODO REVESTIDO. 19. INSTITUTO MONITOR, CARREIRA DO SOLDADOR, Disponível em:< http:// www.institutomonitor.com.br/profissaosoldador.aspx?cod_curso=SOLM>. Acesso em: 27 de Set.2016. 20. CATHO, PROFISSÃO SOLDADOR, Disponível em:< http://www.catho.com. br/profissoes/soldador/>. Acesso em: 27 de Set.2016. 21. OCUPAÇÕES, SOLDADOR, Disponível em:< http://www.ocupacoes. com.br/cbo-mte/724315-soldador>. Acesso em: 27 de Set.2016.

Acesse: www.infosolda.com.br A Revista do Aço - 45


estudo do aço

Estudo do COMPORTAMENTO dos AÇOS ABNT D2 e ABNT O1 antes e após o TRATAMENTO térmico, na usinagem por ELETROEROSÃO por E1 T PENETRAÇÃO. R PA

Daniel Alves Sodré *1 Willy Ank de Moraes *2

I

ntrodução A influência do tratamento térmico sobre as propriedades mecânicas dos aços e de que forma isso interfere nos processos convencionais de usinagem tem sido estudado por diversos autores. Entretanto, outras propriedades físicas como a condutividade térmica e elétrica são grande importância em processos de usinagem não convencionais como a eletroerosão, o corte a laser ou a usinagem por plasma. A eletroerosão por penetração é um dos principais processos de usinagem utilizados pela indústria de ferramentaria, permitindo a confecção de geometrias complexas em aços com e sem tratamento térmico. Porém, as tabelas tecnológicas utilizadas na preparação deste processo não consideram o tratamento térmico ou a dureza das peças como uma variável. Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar o comportamento dos aços ABNT D2 e ABNT O1 com e sem tratamento térmico de têmpera e revenimento usinados por eletroerosão. Observou-se uma variação dimensional, de rugosidade e integridade superficial entre as amostras. A conformação de chapas metálicas de diversas espessuras obtida pelas operações de corte, dobra e repuxo é feita por meio de punções e matrizes montados

em estampos que associados a prensas, produzem esforços capazes de dar forma a diversos itens de consumo. Produtos estampados estão presentes em nosso dia-a-dia e vão desde uma simples arruela obtida pelo processo de corte, a cunhagem de moedas, ou o repuxo peças de geometria complexas como as usadas pela indústria automobilística em vários modelos de automóveis. A exigência por estampos de conformação cada vez mais resistentes e duradouros tem feito com que projetistas solicitem a utilização de materiais especiais em componentes que até então eram fabricados em aços com menor teor de carbono e poucos elementos de liga. Entre os materiais amplamente utilizados pela indústria de ferramentaria para a fabricação de componentes de estampos estão os aços ABNT O1 e ABNT D2. Classificados como aços ferramenta destinados à conformação a frio, apresentam excelentes propriedades mecânicas como: alta tenacidade, boa resistência ao desgaste e a fratura, dureza elevada após o tratamento térmico, além de boa usinabilidade e grade estabilidade dimensional [1-2] características fundamentais para o fim a que se destinam - o que garante que os componentes fabricados com estes materiais sejam capazes de resistir às tensões geradas 

*1 Tecnólogo Mecânico, Mestre em Engenharia Mecânica da UNISANTA, Professor no SENAI Manuel Garcia Filho e no Centro Universitário Anhanguera de Santo André, São Paulo, Brasil (danielsodre@uol.com.br) *2 Doutorando, Mestre, Engenheiro e Técnico em Metalurgia e Materiais, Sócio-Diretor da Willy Ank Soluções Metal-Mecânicas, Professor Mestre da UNAERP-Guarujá e Professor Adjunto da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Santos, SP, Brasil (willyank@willyanksolucoes.com).

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não são perfeitas, g e r a n d o irregularidades que só podem ser observadas quando são ampliadas várias vezes em relação Figura 1- Representação da peça e do eletrodo ferramenta. ao seu tamanho original. Estas durante a operação de estampagem. irregularidades podem se propagar Uma característica fundamental ao longo do punção/matriz nos componentes de estampos ocasionando a diminuição da vida útil para conformação é a integridade do componente ou até mesmo sua superficial da área de contato com fratura. a chapa a ser estampada. Pequenos Um processo capaz de garantir riscos, deformações ou rugosidade estas características é o fora dos padrões nestes componentes processo de usinagem serão inevitavelmente transferidos por descargas elétricas para o produto estampado, (Electrical Discharge prejudicando assim, sua qualidade Machining - EDM) final. Outro ponto a ser observado ou Eletroerosão é a qualidade da rugosidade ou a por Penetração. presença de micro trincas, oriundas Considerado como dos diversos processos de usinagem. um processo não Segundo Oliveira [3], as superfícies convencional, a EDM é geradas pelos processos de fabricação destinada a usinagem

de geometrias complexas e de grande precisão dimensional garantindo excelente acabamento. Caracteriza-se por permitir a usinagem de materiais condutores (e alguns semicondutores) com e sem tratamento térmico [4-5]. A usinagem por eletroerosão ocorre em função da aproximação de dois eletrodos com polaridades diferentes submersos em um meio dielétrico até uma determinada distancia chamada GAP [6]. Quando estes eletrodos se aproximam, um processo de formação de faísca elétrica tem inicio transferindo para a peça a forma do eletrodo ferramenta. 

Figura 2- Fases de uma descarga elétrica durante o processo de eletroerosão.

PROGRAMAÇÃO DE EVENTOS

ABERTOS PARA 2019 ȏȄǑǠȵƌ‫ژ‬ȏȽ‫ژ‬ǹȏƩƌǠȽ‫ژ‬Ʒ‫ژ‬ƌ‫ژ‬ȲȵȏǒȵƌȂƌƬƥȏ‫ژ‬ưƷ‫ژ‬Ʃƌưƌ‫ژ‬ƷưǠƬƥȏ‫ژ‬ưȏ‫ژ‬-ɋƷƩǚȄ‫ژ‬ưǠȵƷɋȏ‫ژ‬Ȅȏ‫ژ‬ȽǠɋƷِ

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A Figura 1 representa o eletrodo ferramenta e a peça durante o processo de usinagem. Dentre as várias teorias existentes, a termoelétrica é a mais aceita para explicar o que ocorre durante a remoção do material na EDM. Segundo Amorim [7], um ciclo de descarga elétrica se divide em 4 fases consecutivas, como mostra a Figura 2: 1. Fase de ignição da faísca. 2. Formação do canal de plasma. 3. Fusão e evaporação de material nos eletrodos. 4. Ejeção do material fundido. A remoção de material por meio de eletricidade é bastante complexa, e ocorre em função do aumento de temperatura na região da descarga, causando a fusão e a evaporação do material. As temperaturas na área usinada podem variar entre 10.000° a 50.000°C na fase 3. Estas temperaturas podem provocar alterações na superfície usinada devido à formação de uma zona termicamente afetada gerando a chamada “camada branca” que é consequência da ressolidificação do material em função do resfriamento brusco feito pelo fluido dielétrico ao final da descarga [8]. Durante a usinagem por EDM, a garantia de parâmetros como precisão dimensional, rugosidade, integridade superficial, tolerância de forma e posição depende, entre outras coisas, do regime de trabalho adotado. Diversos autores estudaram de que forma o regime de trabalho adotado interfere nestas características. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi analisar as características superficiais dos aços ABNT O1 e ABNT D2 usinados por EDM, materiais comuns na indústria de ferramentaria para confecção de componentes para estampos de dobra e repuxo. Foram avaliadas a rugosidade final da peça, dimensional e a integridade superficial de corpos de prova com e sem tratamento térmico de têmpera, seguidos de revenimento. MATERIAIS E MÉTODOS

Figura 3 - Representação das barras para retirada dos Corpos de Prova.

(a) (b)

(c) (d) Figura 4 - Amostras dos corpos de prova e dos eletrodos ferramenta: (a) aço ABNT D2 como recebido e com tratamento térmico; (b) Aço ABNT O1 com tratamento térmico e como recebido; (c) eletrodos ferramenta; (d) Aço ABNT D2 após a usinagem.

Para realização dos experimentos, foram preparados oito corpos de

prova (CPs) de aço ABNT O1 e oito de aço ABNT D2 nas medidas de 25 x

(a)

(b)

(c)

(d)

Figura 5 - Equipamentos empregados neste trabalho: (a) Máquina de eletro-erosão por penetração [9]; (b) máquina de medição tridimensional [10]; (c) Rugosímetro Mitutoyo [11]; (d) Durômetro de rebote [12]. Revista do Aço - 49


Figura 6 - Dados da tabela tecnológica fornecida pelo fabricante [9].

25 x 20mm. Quatro CPs de cada aço receberam tratamento térmico para alívio de tensões e em seguida de têmpera e revenimento. Os demais CPs foram mantidos na condição sem tratamento térmico. Como eletrodo ferramenta, foram preparados 16 eletrodos de cobre eletrolítico, um para cada CP, nas medidas de 9,52 x 9,52 x 28mm. A Figura 3 e 4 apresentam os eletrodos ferramentas e os corpos de prova utilizados neste trabalho. Os experimentos foram efetuados em uma máquina de eletroerosão por penetração (EDM) marca Eletro - modelo ZNC 400 [9], ilustrada na Figura 5.a. Como fluído dielétrico, foi empregado um composto a base de hidrocarbonetos recomendado pelo fabricante. Os CPs foram previamente identificados e erodidos um a um, na sequência da identificação pelo tempo de 20 minutos. Foram utilizados os mesmos parâmetros tanto para as peças sem tratamento térmico quanto para as tratadas termicamente, alguns dos quais estão ilustrados na Figura 6. Estes parâmetros foram:

b) quantidade de corrente= 2Ts (7A); c) pausa Toff= 88% d) Tempo de erosão= 1segundo; e) Distância de afastamento= 0,5mm

A largura do canal usinado foi controla em uma máquina tridimensional marca Tesa Microhite [10], ilustrada na Figura 5.b. A rugosidade da superfície usinada, foi aferida por um rugosímetro Mitutoyo modelo SJ-201 [11], mostrado na Figura 5.c. Para o controle da dureza, foi utilizado um durômetro digital portátil modelo TH 160 [12], apresentado na Figura 5.d. Após a usinagem, para a verificação da integridade da superfície usinada e da presença da camada branca, todas as amostras foram submetidas a ensaio metalográfico. O ataque químico em ambos os materiais foi feito utilizando o reagente Vilella. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a usinagem, foram comparadas as características de largura do canal usinado, rugosidade superficial e integridade da superfície usinada nas peças que receberam tratamento térmico e nas que foram mantidas na condição como recebidas. a) impulso Ton= 150μs; Em relação à largura do canal usinado, tanto as peças de aço ABNT D2 como as de aço ABNT O1 na condição sem tratamento t é r m i c o apresentaramse em média 18μm maiores do que as que foram tratadas termicamente, Figura 7 - Variação dimensional entre as peças que foram usinadas c o m o com tratamento térmico e as sem tratamento térmico.

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ilustrado na Figura 7. Mesmo uma diferença dimensional da ordem de 18μm pode afetar a qualidade dos ajustes dos moldes e matrizes e consequentemente a qualidade do produto final. Segundo Maziero [13], muitos problemas relativos a projetos só serão descobertos durante a fabricação, como, por exemplo, a obtenção de peças com as dimensões adequadas para a montagem e que mantenham a funcionalidade do produto. O ajuste comum punções e guias em estampos de conformação é H7g6 [14]. Considerando, por exemplo, o ajuste de um punção com 10mm de diâmetro a qualidade g6, segundo a NBR 6158 [15] é permitido um afastamento máximo de 14μm. O afastamento obtido neste estudo entre as peças que receberam tratamento térmico e as usinadas no estado como recebido, foi superior a esta especificação, o que inviabilizaria o uso dos componentes. A rugosidade do canal usinado foi medida na forma de rugosidade máxima (Ry) e rugosidade média (Ra). Em relação à rugosidade máxima, foi verificada uma coerência entre os valores fornecidos pela tabela tecnológica do fabricante e os obtidos durante os ensaios em todos os Cps. Já em relação à rugosidade média, é possível constatar que, nas amostras tratadas termicamente, a rugosidade é ligeiramente menor que nas amostras sem tratamento térmico. A Figura 8 apresenta os resultados de rugosidade. Figura 8 - Variação da rugosidade: (a) rugosidade máxima; (b) rugosidade média. O acabamento superficial de uma peça está diretamente relacionada ao desempenho na sua aplicação. Entre estes desempenhos é possível citar o desgaste de componentes mecânicos, onde, superfícies com rugosidade mais pronunciadas estão sujeitas a desgastes mais intensos do que teriam no caso de um melhor acabamento [16]. CONTINUA.... Acesse: www.willyanksolucoes.com

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