ANO VIII - E D IÇ Ã O 3 3 - 2 0 1 9
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Como líder global em tecnologia com foco no processamento flexível de chapas metálicas, tecnologia laser e eletrônica, acreditamos firmemente que você pode melhorar ainda mais seus processos. E não nos referimos apenas a produtos. Ao melhorar nossa cultura corporativa, desenvolver e promover nossos colaboradores e impulsionar ativamente o compromisso social, criamos um ambiente que, além da inovação, proporciona o crescimento de algo acima de tudo: a paixão.
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índice
Notícias do AÇO .............................................................................................................04 Seção FRONIUS: a DUPLA perfeita para MAIOR eficiência: TPS/i TWIN Push ..............10 Investimento: As STARTUPS do AGRONEGÓCIO no dia a dia do CAMPO ...................14 Seção Trumpf: TRUMPF desenvolve LASERS controlados por VOZ ..............................16 Tecnologia: NOVA plataforma do IPT traz mais AGILIDADE na entrega de dados .......18 Responsabilidade Ambiental: SIDERÚRGICA no RIO utiliza COPRODUTOS em obras de INFRAESTRUTURA .........................................................................................20 Capa: PROPOSTAS PARA A (RE)CONSTRUÇÃO DO BRASIL .............................................22 Capa:● SEM INVESTIMENTO, O BRASIL NÃO CRESCE ......................................................30 Capa : Com o PÉ LONGE do FREIO ...................................................................................32 Artigo Técnico: Barra de AÇO para ARMADURA de concreto GALVANIZADA por IMERSÃO a QUENTE .................................................................................................34
Lançamento: PROTEÇÃO Contra ARCO VOLTAICO .....................................................42 Competitividade: Reforma TRIBUTÁRIA deve ampliar a COMPETITIVIDADE da INDÚSTRIA, melhorando acesso ao CRÉDITO e o CUSTO do capital ..........................44 Foto gentilmente cedida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) Imagens: freeimagens.com e de divulgação
Estudo do Aço: Estudo do Comportamento dos Aços ABNT D2 e ABNT O1 antes e após o Tratamento Térmico, na Usinagem por Eletroerosão por Penetração (Parte 2).46
REVISTA DO AÇO – Ano VIII – Número 33– é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço. Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Redação Marcelo Lopes (redacao@revistadoaco.com.br) Projeto Editorial Revista do AÇO® Diagramador Francisco Salles (francisco@revistadoaco.com.br) Colaboradores desta edição Ricardo Torrico, Heloisa Beigin, Ricardo Suplicy Goes, Valter Clá Diaz (RECAF), Daniel Alves Sodré, Willy Ank de Moraes e e Assessorias de Imprensa Publicidade e Comercial Marcelo Lopes – (11) 9 7417-5433 (marcelo@revistadoaco.com.br) Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda. Tiragem 12.000 exemplares Redação, Publicidade, Administração e Correspondência:
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EXECUTIVA DA ARCELORMITTAL BRASIL RECEBE PRÊMIO NACIONAL A Diretora de Suprimentos da ArcelorMittal Brasil, Raquel Pittella, recebeu, pela segunda vez, o prêmio Inbrasc 2019, categoria Profissional do ano: Melhor Diretor de Compras, Indústria de base. A premiação anual é organizada pelo Instituto Brasileiro de Supply Chain (Inbrasc). Ela foi eleita por voto direto de usuários e executivos da área de todo o Brasil. A quarta edição do prêmio reconheceu os líderes no mercado de supply chain, logística e compras, os projetos inovadores nas organizações, os melhores projetos de alunos e exalunos do Inbrasc e os fornecedores de soluções que mais se destacaram no ano passado. Raquel Pitella está há 13 anos na ArcelorMittal e ocupa o atual cargo desde 2016.
NORTON APRESENTA A NOVA GERAÇÃO DE DISCOS DE CORTE DIAMANTADOS PARA CONSTRUÇÃO iHD é a mais avançada tecnologia já desenvolvida para essas ferramentas. Profissionais que usam discos diamantados nos processos de corte na construção civil podem contar, a partir de agora, com a mais avançada tecnologia desenvolvida por uma fabricante do setor. Tratase da tecnologia iHD (Infiltrated High Density, em português infiltração alta densidade), patenteada pela Norton e que já está disponível no Brasil. De acordo com Vivian Marques, diretora de marketing da Saint-Gobain Abrasivos, os Discos Diamantados com a tecnologia iHD, combinados com o processo de soldagem a laser da Norton, são o resultado da mais avançada tecnologia desenvolvida nos últimos tempos para essas ferramentas. “Ao desenvolvermos a tecnologia iHD reforçamos o nosso compromisso de entregar ao mercado e, principalmente aos profissionais, as mais novas tecnologias visando sempre otimizar tempo e a qualidade do trabalho. Outros produtos dessa nova geração de discos estão em desenvolvimento e, em breve, também estarão disponíveis”, argumenta Marques. Os discos garantem rendimento superior e vida útil prolongada. São usados em máquinas cortadoras. O corte é, em média, 40% mais rápido. Ao reduzir a vibração e o esforço no corte, oferece mais conforto aos operadores e ainda consome menos energia durante o processo de fabricação causando, assim, menor impacto ambiental. O Destaque da linha fica para o Explorer 4x4, que oferece corte em grande diversidade de materiais, como asfalto, concreto e concreto armado, granito, pedras naturais e, inclusive, metais. O Explorer 4x4 une vida útil longa, velocidade alta no corte, além de ter segmento com design diferenciado que permite o controle do desgaste. A linha ainda conta com o Extreme Concreto e o Extreme Asfalto. Todos possuem 350mm de diâmetro. Acesse: www.nortonabrasives.com/pt-br
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TERNIUM ADOTA ROBÔS PARA AUMENTAR SEGURANÇA NA USINA
A Ternium Brasil investe continuamente em inovação para garantir a qualidade de seus produtos e serviços. Agora a tecnologia passa a ter também um papel fundamental para aumentar a segurança na operação da planta do Rio de Janeiro. Com um investimento de US$6 milhões, a empresa adquiriu dois robôs que estão substituindo os empregados em atividades de risco, que foram realocados em setores de supervisão. O exemplo da Ternium Brasil será disseminado para outras usinas na Argentina e no México. O projeto iniciado ano passado permitiu à área da Aciaria contar com o apoio de dois robôs manipuladores, responsáveis por tarefas como a medição de temperatura do aço líquido no distribuidor do lingotamento da panela. Antes, a atividade era de responsabilidade do operador que, embora devidamente equipado, tinha proximidade com o aço líquido, cuja temperatura chega a até 1560ºC no distribuidor. É o primeiro equipamento no Brasil a adicionar material no distribuidor. “Na Ternium, trabalhamos com uma base industrial e tecnológica de alta eficiência, sempre primando pelo cuidado com a segurança e condições de trabalho. Com os robôs estamos usando a tecnologia em benefício da segurança e sem abrir mão das pessoas, que deixaram o serviço mais braçal e passaram a uma função de supervisão”, explica Leonardo Demuner, Gerente-geral da Aciaria. Os robôs foram implantados em parceria com a área de Engenharia. Ao todo, 12 funcionários foram capacitados para operar o equipamento, programado para realizar até sete funções diferentes. Como parte do processo de implementação do robô, operadores foram à Bélgica para aprender a trabalhar com o equipamento. “Foi uma experiência muito boa viajar para outro país e participar de um projeto tão importante para a Ternium”, destacou Leonardo da Costa, morador de Santa Cruz/RJ. Ele é direto ao responder sobre os impactos do robô na área. “A segurança foi o que o equipamento nos trouxe de melhor. Antes, tínhamos proximidade com o aço líquido. Hoje, fazemos nossa função a uma distância muito mais segura”, explica o operador. Acesse: br.ternium.com
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TANTEC APRESENTA MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA TRATAMENTO SUPERFICIAL NA FEIRA WIRE SOUTH AMERICA 2019 Pela primeira vez na feira, empresa projeta crescimento de 15% para este ano. Empresa de comércio exterior e representação comercial de empresas internacionais especializadas em medição de controle de diversas grandezas, a Tantec participa este ano pela primeira vez da 4ª wire South America, único evento na América Latina a congregar as mais recentes tecnologias, produtos e serviços na fabricação e processamento de fios e cabos, que acontece no mês de outubro, em São Paulo. Com vistas às oportunidades de novos negócios e parcerias, a empresa levará para a feira suas máquinas e equipamentos para aplicar tratamento superficial em materiais ferrosos e não ferrosos, utilizando a tecnologia de Corona e Plasma. “Muitas indústrias podem se beneficiar com a tecnologia de plasma para tratamento superficial como uma solução inovadora para resolver problemas de aderência e molhabilidade”, afirma Humberto Ledo, gerente de vendas da empresa. “O objetivo de aplicar a uma superfície qualquer tratamento superficial por meio de plasma ou corona é elevar a energia superficial para garantir a ancoragem de tintas, vernizes ou películas aplicadas à superfície que apresentem dificuldades de adesão”. De acordo com Ledo, este segmento do mercado está aquecido. Desta forma, a Tantec projeta um crescimento de 15% em vendas e serviços este ano. “Nossa atividade consiste em criar uma aproximação entre companhias brasileiras e estrangeiras, que buscam novas tecnologias de medição e controle, para fomentar novos negócios”, explica. Acesse: www. tekbrasil.com.br
EMO HANNOVER REALIZA COLETIVA PARA APRESENTAR OS DESTAQUES DA EDIÇÃO 2019 A EMO Hannover, maior feira metalúrgica do mundo, realizou em uma coletiva com o intuito de fornecer informações aos principais jornalistas e multiplicadores especializados no Brasil. A feira é organizada pela Deutsche Messe AG (DMAG) e a Associação dos Construtores de MáquinasFerramenta Alemãs (VDW). A Câmara BrasilAlemanha é a representante oficial da DMAG e apoia a EMO Hannover. A edição de 2019 acontecerá entre 16 a 21 de setembro na cidade de Hanover. O evento abrange diversos segmentos de produção de máquinas e ferramentas, desde sistemas para corte e modelagem a controles e sistemas para a automatização. Durante a ocasião, será possível conhecer os principais atores dos setores juntamente com as tendências do mercado. A feira conta com mais de 128.000 visitantes comerciais e 2.200 expositores, dos quais 65% são de fora da Alemanha, uma oportunidade ideal para encontrar parceiros e fornecedores. As feiras internacionais são um instrumento de negócios muito efetivo para ampliar contatos. “Na EMO Hannover temos a chance de apresentar nossos produtos, o que nos possibilita o contato com mais clientes, conhecer novas empresas e tecnologias. Além disso, ganhamos um reconhecimento valioso no mercado em que atuamos, uma vez que a feira é referência internacional” observa Karl-Heinz Freund da Hydrokomp GmbH. Sob o lema “Tecnologias inteligentes que impulsionam a produção de amanhã!”, a edição 2019 abordará um dos maiores desafios enfrentados pela indústria. Para visitar ou expor na EMO Hannover 2019. Acesse: www.emo-hannover.de/home
ABEAÇO ABRE INSCRIÇÕES PARA 5º PRÊMIO DE EMBALAGENS DE AÇO Iniciativa premiará fornecedores de embalagens em sete categorias e um jornalista destaque Promovido pela Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço), o 5º Prêmio de Embalagens de Aço está com inscrições abertas até 30 de agosto para concorrer em sete categorias: Inovação, Praticidade, Design, Litografia, Aplicação diferenciada, Tampas para embalagens diversas, e Sustentabilidade no ciclo de vida do produto. Além dessas categorias, os jornalistas podem inscrever reportagem veiculada sobre a lata de aço para concorrer como Jornalista Destaque na 5ª edição do prêmio. Bianual, a premiação acontece em 23 de setembro, no Espaço Villa Bisutti, em São Paulo. A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a imagem da embalagem de aço. Podem concorrer embalagens de aço para alimentos, promocionais/decorativas e tintas, bem como latas de aerossol e tampas de aço. Já o Jornalista Destaque premiará a melhor reportagem sobre lata de aço. Poderão concorrer matérias veiculadas em jornais ou revistas sediados no Brasil. As inscrições são gratuitas. Para participar, o candidato deve solicitar até 23 de agosto a ficha de inscrição enviando e-mail para celita@abeaco.org.br. Ao receber a ficha por e-mail, o candidato deve preenchê-la e digitalizá-la para ser enviada por e-mail ou ainda encaminhá-la por correio para a sede da Abeaço, em São Paulo. Amostra da embalagem inscrita e as reportagens também devem ser encaminhadas para a sede da Abeaço até 30 de agosto. Para serem qualificadas ao prêmio, todas as embalagens e reportagens devem ter sido lançadas/veiculadas entre 1 de setembro de 2017 e 30 de agosto de 2019. A seleção dos vencedores será feita por comitê composto por agências de design, universidades, institutos de pesquisas, entidades setoriais e empresas ligadas a logística reversa. Para o Jornalista Destaque a comissão julgadora receberá o reforço da assessoria de imprensa da Abeaço, a Press à Porter. Serviço 5º Prêmio de Embalagens de Aço Inscrições gratuitas até 30 de agosto Amostras das embalagens e reportagens devem ser enviadas à Abeaço (Rua Alvarenga Peixoto, 123, 1º andar, Vila Anastácio, São Paulo, SP, CEP 05095-010), entre 9h e 18h, aos cuidados de Celita Amaral. Informações e regulamento: celita@abeaco.org.br e (11) 3842-9512. Premiação 23 de setembro, a partir das 19h Espaço Villa Bisutti, Vila Olímpia, São Paulo (SP) Acesse: abeaco.org.br/
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ARCELORMITTAL BRASIL ESTÁ COM INSCRIÇÕES ABERTAS PARA ESTÁGIO Estão disponíveis quase 700 vagas para os níveis superior e técnico no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina A ArcelorMittal Brasil abre inscrições, a partir de (29 de julho), para o seu Estágio de Aço. São 698 oportunidades em 22 cidades brasileiras para estudantes de cursos técnico e superior. As oportunidades de estágio visam contribuir para o aprendizado e desenvolvimento dos jovens talentos. De acordo com Laila Botelho, gerente de Recrutamento, Seleção e Treinamento da ArcelorMittal, a empresa cada vez mais busca profissionais com valores e perfil aderente aos valores e competências da ArcelorMittal. “São profissionais ousados, éticos, inovadores e que valorizam as relações”, explica. A empresa oferece ao candidato uma bolsa de complementação educacional e benefícios competitivos com o mercado. A contratação está prevista ao longo do ano de 2020 e dependerá da vaga e da programação de cada unidade da ArcelorMittal Brasil. As etapas do processo seletivo também podem variar de acordo com cada local e consistem em entrevistas coletivas e/ou individuais, avaliações comportamentais e exames médicos. As áreas de atuação para estudantes de nível superior são: Administração de Empresas, Agronomia, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Arquitetura e Urbanismo, Arquivologia, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências da Computação, Comércio Exterior, Controladoria, Direito, Economia, Enfermagem, Engenharias, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Geologia, Gestão Ambiental, Gestão em Recursos Humanos, Jornalismo, Marketing, Nutrição, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais, Relações Públicas, Serviço Social e Sistema de Informação. Já para estudantes de nível técnico, há vagas para os cursos de Administração, Automação, Automação Industrial, Contabilidade, Edificações, Eletromecânica, Eletrotécnica, Enfermagem do Trabalho, Informática, Logística, Manutenção Eletromecânica Ferroviária, Mecânica, Mecatrônica, Meio Ambiente, Metalurgia, Portos, Química, Recursos Humanos, Refrigeração, Segurança do Trabalho e Transporte de Carga. Presente em 60 países, a ArcelorMittal é líder mundial na produção de aço. Para a empresa, pessoas que pensam de forma diferente geram soluções inovadoras e respostas mais criativas diante dos desafios. Por isso, a ArcelorMittal valoriza a diversidade como fonte de novas perspectivas para os negócios e promove um ambiente de trabalho inclusivo, no qual todos têm as mesmas oportunidades de desenvolvimento humano e profissional. As vagas estão distribuídas nas seguintes cidades: ES - (Vitória/Serra, Cariacica) / MG - (Belo Horizonte, Carbonita, Contagem, Itatiaiuçu, João Monlevade, Juiz de Fora, Martinho Campos, Sabará, Vazante) / MS - (Três Lagoas) / PR - (Curitiba) / SC - (São Francisco do Sul) / SP - (Bauru, Iracemápolis, Piracicaba, São Paulo) / RJ - (Barra Mansa, Resende,
Sapucaia) Acesse: brasil.arcelormittal.com.br.
CARREGADOR SELECTIVA TRIFÁSICO DA FRONIUS REDUZ CUSTOS COM PROCESSOS DE INTRALOGÍSTICA Ter um processo intralogístico alinhado dentro de uma companhia significa ter ganho de produtividade e rentabilidade. Além de reduzir custos de infraestrutura, diminui e muito a conta de energia elétrica. Para atender a demanda do mercado e ajudar a preservar o meio ambiente, a Fronius dispõe do carregador Selectiva 8 kW – trifásico – 220 (foto acima do lado esquerdo) - com sistema de carregamento Ri (resistência interna efetiva da bateria) indicado aos processos intralogísticos. Todo o sistema – visualizado por um software - tem como objetivo oferecer exatamente a corrente necessária para cada carga; proporcionar mais eficiência (desde a rede de energia até a empilhadeira elétrica), equalizar completamente as baterias durante a carga, reduzir os custos de energia, emissões de CO2, além prolongar a vida útil da bateria. Para um melhor acompanhamento, a Fronius disponibiliza atualizações de software, leitura de relatórios mais completos e simples, além da tecnologia de prevenção de picos de corrente. São tecnologias que proporcionam a preservação do meio ambiente, redução de custos e agilidade nos processos. A Fronius é uma empresa que não mede esforços para ajudar as empresas a operarem melhor seus centros intralogísticos. Está sempre em busca de novas tecnologias sustentáveis para oferecer o que há de melhor no mercado. “Sabemos que as despesas são altas quando os processos são realizados de forma errada. Em torno de 25% dos gastos são provenientes das ações internas de movimentação e armazenagem e 50% dos problemas operacionais são determinados por carregadores de baterias mais antigos que demandam mais tempo de carregamento e consomem energia demasiada. Nossa tecnologia reduz em torno 40% dos custos de todo o processo, garantindo mais dinheiro no bolso das empresas”, diz Mariana Kroker, gerente comercial da Unidade de Negócios de Carregadores de Baterias da Fronius. Acesse: www.fronius.com.br
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CONTROLADOR MCX DA DANFOSS ATENDE DESDE SISTEMAS PEQUENOS ATÉ OS MAIS COMPLEXOS Desenvolvida a princípio para trabalhar em sistemas de HVAC-R, a linha de controladores programáveis universais MCX da Danfoss também pode ser aplicada em qualquer segmento que precise de automação por ser um controlador programável (CLP), o que permite se adequar à necessidade do cliente. Com diversos modelos, a linha MCX é indicada desde sistemas pequenos até aos mais complexos. O MCX conta também com um sistema de supervisão WEB, que permite armazenar dados, criar gráficos e enviar alertas de alarmes por email. A solução da Danfoss possibilita encontrar a programação que melhor atende as necessidades devido a flexibilidade do design modular do MCX e as últimas opções de programa e conectividade. Entre seus recursos e benefícios, o controlador programável MCX da Danfoss tem arquitetura de hardware modular para sistemas que exigem maior número de recursos. O software para programação ajuda no design e na configuração, pois a gama de produtos é completamente programável na linguagem padrão C++ ou ainda com programação gráfica de blocos. A interface CANbus padrão é integrada como field-bus para trocar informações entre os controladores e acessórios. A solução da Danfoss está disponível com comunicação de rede integrada Modbus RS485, ou seja, integra com Sistema de Gerenciamento Predial diretamente por meio de Modbus. Por fim, o MCX tem gateways com outros protocolos de comunicação, como Bacnet, LonWorks, HTTP e etc. Acesse: www.danfoss.com/pt-br/
SOLUÇÕES USIMINAS RECEBE RECONHECIMENTO DA HONDA A Soluções Usiminas foi uma das empresas premiadas durante o 21º Encontro de Fornecedores da fabricante de automóveis japonesa Honda. A companhia teve seu trabalho reconhecido na categoria Excelência em Qualidade e Entrega, durante o evento realizado na fábrica da montadora inaugurada recentemente, em Itirapina (SP). “O prêmio é um reconhecimento importante ao trabalho que estamos desenvolvendo, em especial, no que diz respeito à gestão das cadeias de fornecedores dos nossos clientes. O prêmio é um novo estimulo para nos avançarmos nessa direção e melhorarmos, ainda mais, os serviços que oferecemos”, celebra Ascanio Merrighi, diretor executivo da Soluções Usiminas, que representou a empresa durante a premiação. Acesse: www.usiminas.com.br
JORGE LUIZ OLIVEIRA ASSUME A PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA ABM Executivo da ArcelorMittal tomou posse. Jorge Luiz Ribeiro de Oliveira, Vice-Presidente de Operações da ArcelorMittal Aços Planos América do Sul, tomará posse como presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM) para o biênio 2019/2020. Ele substituirá Sérgio Neves Monteiro, professor do Instituto Militar de Engenharia (IME). O novo presidente será responsável em liderar o colegiado que reúne representantes de empresas, instituições de ensino, pesquisa, ciência e tecnologia e profissionais das áreas de mineração, materiais e metalurgia. O executivo da ArcelorMittal é graduado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal Fluminense. Participou de muitas capacitações gerenciais, tais como o STC Executivo na Kellog School of Management, nos EUA, e o PGA, realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral e o Insead da França. Acesse: www.abmbrasil.com.br
ALACERO ENTRA PARA ROL DE ORGANIZAÇÕES OBSERVADORAS NA UNCTAD Classificação admitida pela direção da entidade permitirá participação na Cúpula de Comércio e Desenvolvimento e em reuniões intergovernamentais A Cúpula de Comércio e Desenvolvimento aprovou, durante sessão realizada na última semana de junho, o pedido da Associação Latino-americana do Aço (ALACERO) pelo status de observador junto à Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Agora a Alacero poderá ser representada e participar dos encontros da Cúpula e das reuniões intergovernamentais públicas organizadas pela UNCTAD. Além disso, a associação também passará a ser notificada pela Seção de Gestão de Documentos do escritório das Nações Unidas, a respeito de todos os documentos emitidos para sessões da Cúpula e seus órgãos subsidiários. “Os objetivos da UNCTAD convergem com os nossos em reduzir a desigualdade e uma cooperação multistakeholder em relação às metas globais, incluindo com o setor privado e a sociedade civil, é incentivada. Entendemos que a evolução da indústria do aço está intrinsecamente ligada ao progresso da coletividade, e que uma indústria saudável gera emprego, guia o crescimento e assim cuida de toda a comunidade, agindo diretamente em benefício de uma economia sólida”, disse Francisco Leal, Diretor Geral da Alacero. A carta de admissão foi assinada por Arlette Verploegh, responsável pelo Gabinete de Comunicação, Informação e Divulgação da Secretaria Geral da UNCTAD. Acesse: www.alacero.org
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seção fronius a DUPLA perfeita para MAIOR eficiência: SOLDAGEM tandem TPS/i TWIN Push da FRONIUS
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sistema de soldagem de alto desempenho TPS/i TWIN Push além de ser compacto, fácil de usar e conectável em rede, traz avanços para o processo de soldagem. Para os usuários, isso significa mais material depositado por unidade de tempo, mais velocidade de soldagem e mais eficiência na produção, devido ao menor custo com acabamento e retrabalho. A soldagem de alto desempenho é caracterizada por um alto nível do material depositado por unidade de tempo, que permite um grande volume de cordão ou alta velocidade de soldagem. Isso é especialmente importante na junção de componentes de grande volume ou cordões longos para máquinas de construção, veículos comerciais, peças de automóveis e na construção naval. A alta capacidade de processamento da TPS/i melhora o processo Tandem TWIN Push sincronizado. O processo é ainda mais estável e confiável e a elevada capacidade de extensão economiza tempo do usuário na preparação da peça a ser soldada. O retrabalho também pode ser reduzido, pois a regulagem exata do processo de soldagem possibilita um controle de gota de soldagem e uma baixa aplicação de calor na peça, garantindo assim resultados de poucos 10 -
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respingos com mínima deformação. Com a TPS/i TWIN Push, a Fronius oferece novas opções de processo e de regulagem: o PMC (Pulse Multi Control) TWIN é caracterizado por um arco voltaico de impulso curto e focado, garantindo assim uma melhor penetração de solda e uma elevada velocidade de soldagem. A opção PulseSync permite ao usuário escolher velocidades de avanço muito diferentes para ambos os eletrodos de arame. Assim, é possível ter mais flexibilidade para adaptar os parâmetros de soldagem perfeitamente a seu componente e adquirir velocidades de soldagem mais altas. A fonte de solda corrige automaticamente todos os parâmetros relevantes, como as características de ignição, o tempo de soltura de pingos e a taxa de pulsação. Além disso, novos mecanismos de regulação fornecem suporte ao
soldador: O estabilizador de comprimento do arco voltaico e o estabilizador de penetração de solda aumentam a estabilidade do processo e facilitam a parametrização. Se a posição do cordão varia – por exemplo, por causa da deformação da peça ou fixação incorreta – a busca automática de cordão auxilia o sistema de soldagem a transmitir ao robô um sinal de busca de cordão para que ele faça a correção, se Os dois eletrodos de arame isolados permitem que o arco voltaico seja regulado individualmente for necessário. Sistema sofisticado – Longa vida útil eletricamente isolados um do outro. O processo TWIN se baseia na Como resultado, os arcos voltaicos soldagem Tandem, na qual dois podem ser regulados individualmente eletrodos de arame são alimentados e – mesmo com potências diferentes em uma tocha de solda com um bico – sincronizados e coordenados com de gás em comum, mas permanecem precisão. Além de duas fontes de solda
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O processo de soldagem de alto desempenho tandem assegura um cordão eficiente no caso de componentes de grande volume e cordões longos.
TPS/i, o sistema TWIN Push precisa de um TWIN Controller. Isso sincroniza o processo de soldagem e funciona como uma interface compatível com todas as marcas de robôs. Avanço de arame compacto, refrigeração, jogo de mangueira e tocha de solda TWIN completam o sistema de soldagem. A refrigeração melhorada da tocha de solda permite uma vida útil mais longa das peças de desgaste. Além disso, a Fronius desenvolveu a Robacta TSS/i TorchServiceStation: o sistema de limpeza da tocha de solda combina diferentes métodos como: limpezas por alta pressão, com escova, magnética e por fresa. A limpeza da tocha de solda profissional reduz os custos totais devido a uma vida mais longa das peças de desgaste. A eficiência do sistema de soldagem pode ser aumentada ainda mais usando a estação de troca da tocha de solda TX TWIN: o console possibilita a troca automatizada entre corpos da tocha de solda TWIN e Single. Ou seja, mesmo sistema pode soldar pontos de difícil acesso com o corpo da tocha de solda Single mais compacto. O robô troca automaticamente o corpo da tocha de solda, fazendo com que os turnos automatizados sejam possíveis. Unidade de Negócios Perfect Welding A Fronius Perfect Welding é a líder em inovação em solda por arco voltaico e solda a ponto e também a líder global em soldagem robotizada. Como fornecedor de sistemas, o setor Fronius Welding Automation também realiza soluções personalizadas completas para soldagem automatizada, por exemplo, soluções customizadas de 12 -
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acordo com a necessidade e tipo de peça que o cliente produz. Fontes de solda para aplicação manual, acessórios de solda e uma ampla gama de serviços completam o portfólio. Com mais de 1.000 distribuidores ao redor do mundo, a Fronius Perfect Welding está sempre próxima dos clientes. Fronius International GmbH A Fronius International é uma empresa austríaca com sede em Pettenbach e outras unidades em Wels, Thalheim, Steinhaus e Sattledt. A empresa com 4.760 funcionários no mundo todo trabalha nas áreas de tecnologia de soldagem, sistemas fotovoltaicos e tecnologia de carregamento de baterias. A cota de exportação de quase 92 por cento é realizada com 30 companhias internacionais da Fronius e distribuidores/representantes em mais de 60 países. Com produtos e serviços inovadores e 1.253 patentes concedidas, a Fronius é líder de inovações no mercado mundial. Fronius Brasil A Fronius do Brasil está localizada em São Bernardo do Campo (SP), próximo à rodovia dos Imigrantes e ao rodoanel, garantindo agilidade em seu atendimento aos clientes nos serviços de suporte técnico local, peças de reposição e treinamentos. Com mais de 20 anos no Brasil, a Fronius é composta de três unidades de negócios referência mundial nos setores de: Energia Solar; Tecnologia de Soldagem e Carregadores de Baterias e por uma equipe de 70 profissionais através de mais 30 representantes e filiais por todo o país Acesse: www.fronius.com.br
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investimento As STARTUPS do AGRONEGÓCIO trazem soluções EFICIENTES para o dia a dia do CAMPO * Heloisa Beigin
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nvestir em tecnologia no agronegócio é sinônimo de crescimento de produtividade, de lucratividade, de produção de alimentos e do bem-estar da população urbana e rural. Para alcançar êxito no agronegócio, muitas empresas estão investindo em startups. São empresas que tem atraído um número crescente de fundos de investimentos, grandes companhias de tecnologia e empreendedores de diversos países. De acordo com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), as agritechs já formam um grupo em torno de 300 companhias no país, que investem cerca de R$ 100 milhões ao ano e são capazes de oferecer ao produtor qualquer tipo de serviço. É uma grande oportunidade para o produtor inovar seu negócio e ter mais rentabilidade. Para se ter uma ideia, apenas 14% das propriedades rurais têm conectividade. Há consultorias preparadas para auxiliar o produtor a ter maior controle sobre sua propriedade e fazer com que seu faturamento duplique, triplique e sua produção tenha a mesma evolução. Muitas vezes, o empreendedor acaba perdendo muito dinheiro por não conhecer ou ter medo de conhecer as alternativas que podem ser a solução para o sucesso de seu negócio. Fatores que levam ao desenvolvimento das Agritechs: * executiva de marketing da innovativa Executivos Associados
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Crescimento da população (estima-se que até 2050 haverá um crescimento na demanda por comida da população mundial - podendo atingir quase 10 bilhões de habitantes no Mundo de acordo com a ONU) Custo ambiental Mudanças na dieta alimentar Diminuição nos custos dos sensores Em 2014, o setor de tecnologia dos Estados Unidos, conhecido como Agtech, recebeu investimentos da ordem de US$ 2,36 bilhões, envolvendo 264 acordos. Esse valor é superior ao de mercados bem badalados, como o de Fintechs (tecnologia para o sistema financeiro), com US$ 2,1 bilhões, e de tecnologia limpas, de US$ 2 bilhões. No Brasil, nos últimos anos, algumas startups promissoras chegaram ao mercado e passaram a se destacar dentro e fora do país. Um dos principais cases é o de uma startup brasileira que foi considerada a 33ª empresa mais inovadora do mundo pela revista americana Fast Company. A empresa vende insetos que combatem pragas em grandes plantações, como cana e soja, e foi criada nos laboratórios da Esalq, da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba. Principais tendências tecnologias no agronegócio Instalação de sensores Os produtores estão cada vez mais ligados à
tecnologia, principalmente, pela praticidade e obtenção de dados em minutos e na palma da mão. São várias as propriedades que tem adotado a instalação de sensores no campo para dispor de informações importantes sobre a plantação, o solo e outros elementos. Estes sensores são capazes de realizar comandos de forma automática, executando tarefas à distância e em tempo real. A tecnologia trouxe praticidades e agilidade nos processos que, antes era totalmente burocráticos e demorados. Sensores Uso de drones Uma de suas principais funções é captar imagens aéreas que permitem acompanhar a evolução das lavouras, principalmente, tomar decisões assertivas e rápidas quando há presença de pragas, doenças e ou estresse hídricos. Drones Softwares de gestão São utilizados principalmente para obter custos de produção. Eles
facilitam muito as atividades diárias e no gerenciamento do negócio. Ajudam na tomada de decisões de maneira fácil e assertiva, tornando o negócio mais rentável e controlado. Software de gestão Agricultura verticalizada O Brasil é um grande candidato para ser o celeiro do mundo. De acordo com a ONU - Organização das Nações Unidas – o mundo pode atingir quase 10 bilhões de habitantes até 2050. É muita gente para alimentar. Diante deste cenário, produtores estão de olho em todos os tipos de tecnologia para auxiliar no avanço da produção. Este tipo de agricultura verticalizada permite um controle ambiental onde os fatores podem ser monitorados. Estas instalações utilizam, normalmente, controle artificial, ambiental (umidade, temperatura e gases), além de fertirrigação. Agricultura verticalizada O Brasil é um grande candidato para ser o celeiro do mundo. De acordo com a ONU - Organização das Nações
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Unidas – o mundo pode atingir quase 10 bilhões de habitantes até 2050. É muita gente para alimentar. Diante deste cenário, produtores estão de olho em todos os tipos de tecnologia para auxiliar no avanço da produção. Este tipo de agricultura verticalizada permite um controle ambiental onde os fatores podem ser monitorados. Estas instalações utilizam, normalmente, controle artificial, ambiental (umidade, temperatura e A gases), além de fertirrigação.
Cassete ASIC-M
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seção trumpf
TRUMPF desenvolve LASERS controlados por VOZ
Christian Schmitz, CEO da Divisão de Tecnologia Laser e Membro da o Conselho de Administração da TRUMPF
Com a inteligência artificial, os lasers se tornarão ainda mais eficientes, mais fáceis de operar e mais adaptáveis
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a feira LASER, realizada em Munique, em junho, a TRUMPF apresentou um sistema de laser com inteligência artificial (IA) que permite ser operado intuitivamente usando comandos de voz – opção semelhante à função de reconhecimento de voz, familiar aos usuários de smartphones. O sistema, que é equipado com um laser de marcação, demonstra os potenciais benefícios da IA no processamento de material a laser. A Inteligência Artificial leva a automação para um nível acima e uma tecnologia fundamental para a manufatura conectada. “Com a IA, os processos de produção que usam nossos lasers se tornarão ainda mais eficientes, mais fáceis de operar e mais adaptáveis”, diz Christian Schmitz, CEO
"Na feira LASER, em Munique, a TRUMPF demonstrou a tecnologia e ensinou como o operador pode instruir a máquina para executar ações, simplesmente falando ao microfone."
Demonstrador de Controle de Voz TRUMPF
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da Divisão de Tecnologia Laser da TRUMPF. A tecnologia desenvolvida pela TRUMPF permite que o operador instrua a máquina para realizar ações como "abrir / fechar a porta", "iniciar o processo de marcação" ou perguntar "quantos produtos foram marcados hoje?”, simplesmente falando em um microfone. O sistema laser responde imediatamente e executa a instrução. Existem muitas vantagens do controle por voz. Por exemplo, ele torna mais fácil para usuários inexperientes operarem a máquina, porque eles não precisam aprender a navegar pela estrutura de menu e janelas ao inserir instruções manualmente, através da interface do software. Também economiza tempo, porque os operadores têm as suas mãos livres para preparar a próxima peça a ser processada ou remover uma peça da máquina. Além disso, ao fornecer acesso sem barreiras, o controle por voz permite que pessoas com deficiência operem a máquina. No futuro, as máquinas irão selecionar o programa certo automaticamente Como próxima etapa deste projeto, os engenheiros de desenvolvimento da TRUMPF pretendem simplificar ainda mais a operação do sistema de marcação a laser. Mas o que isso significa na prática? Atualmente, o operador tem que dizer à máquina qual parte foi carregada para que ela possa iniciar o programa de marcação apropriado. No futuro, sistemas avançados de sensores e softwares de reconhecimento de imagem permitirão à máquina identificar a peça e selecionar o programa por conta própria. Não é necessário nem mesmo carregar a peça em uma orientação específica, a máquina é tão inteligente que pode posicionar automaticamente o laser no ângulo correto antes de iniciar o processo de marcação. Acesse: www.trumpf.com A
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tecnologia NOVA plataforma do IPT traz mais AGILIDADE na entrega de dados de GESTÃO de INSTRUMENTOS e CALIBRAÇÕES aos CLIENTES ProCal é um produto que agrega as novas tecnologias de transformação digital e necessidades para a Indústria 4.0
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rganizações de diversos ramos do setor produtivo empregam diversos equipamentos de medição em seus processos produtivos. Para assegurar resultados válidos e confiáveis. as empresas contam agora com a Plataforma ProCal, que promove uma transformação digital na entrega dos dados de calibração a clientes do Laboratório de Metrologia Elétrica do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), trazendo mais agilidade e facilidade no uso dos dados. A calibração pode ser contratada de um laboratório capacitado para prestar este serviço, mas a análise dos resultados está a cargo do usuário ou do responsável pelo equipamento. Para facilitar a análise dos certificados, o laboratório desenvolveu uma plataforma que pode ser acessada por meio de smartphone, tablet ou desktop. O ProCal reúne para o cliente todas as 18 -
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informações relativas às calibrações realizadas pelo laboratório, de maneira organizada e estruturada. Os dados da calibração são apresentados em diversos formatos, de modo interativo e com ferramentas para análise da conformidade ponto a ponto, a partir da regra de decisão adotada para aceitação do equipamento em seu processo. Além disso, o cliente poderá fazer a gestão do plano de calibração de seus instrumentos.
A plataforma de calibração foi desenvolvida pelos pesquisadores Artur Augusto Martins e Diego Joriro Nazarre. Cada cliente recebe login e senha que pode compartilhar com quem quiser, dando acesso às informações de seu equipamento, incluindo calibrações recentes e anteriores, por meio de uma etiqueta com QR Code. SOB MEDIDA – Além de permitir o acesso aos certificados de calibração, a plataforma tem recursos para visualizar dados no formato de gráficos e tabelas. “É possível enxergar a última calibração e a evolução dos dados do equipamento ao longo dos anos, para verificar a tendência dos erros e a estabilidade. Além disso, é
possível integrar softwares e planilhas preexistentes ao ProCal, utilizando os resultados das análises de modo automatizado”, diz Martins. A plataforma faz uso de um amplo banco de dados de calibração dos equipamentos, cobrindo os últimos 15 anos. É possível também fazer customizações conforme as necessidades dos clientes que permitem análises específicas. “Para atividades em campo desenvolvemos uma funcionalidade importante que é o trabalho off-line. Uma vez acessado, o sistema baixa automaticamente os dados do certificado de calibração no celular”, afirma Martins. “Além de ter acesso a todos os dados, o cliente também pode
fazer ajustes off-line que, no próximo acesso à rede, serão sincronizados de modo automático”. O IPT lançou a ProCal dia, 20 de maio, o Dia Mundial da Metrologia. O IPT é um instituto vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo e há mais de cem anos colabora para o processo de desenvolvimento do País. Um dos maiores institutos de pesquisas do Brasil, o IPT conta com laboratórios capacitados e equipe de pesquisadores e técnicos altamente qualificados, atuando basicamente em quatro grandes áreas - inovação, pesquisa & desenvolvimento; serviços tecnológicos; desenvolvimento & apoio metrológico, e informação & educação em tecnologia. Acesse: www.ipt.br A
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responsabilidade ambiental
SIDERÚRGICA no RIO utiliza COPRODUTOS em obras de INFRAESTRUTURA Ternium Brasil reaproveita material gerado pela transformação do ferro em aço, gerando economia de recursos ambientais e financeiros
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o complexo industrial da Ternium Brasil, em Santa Cruz (Zona Oeste do Rio), até mesmo as vias que servem à usina são pavimentadas com utilização de material proveniente da produção de aço. A escória de aciaria, gerada pela transformação do ferro gusa líquido em aço, passa por um processo de retirada do conteúdo metálico, peneiramento e armazenamento, além de tratamento para a redução da expansão. O resultado é um agregado siderúrgico que pode ser aplicado substituindo a brita, com excelentes resultados em sub-bases e bases de pavimentos, aterros, artefatos de concreto, lastro ferroviário, entre outros. Mensalmente, são produzidas 75 mil toneladas dessa escória que é beneficiada e tratada pela Ternium Brasil. Entre 2016 e 2018, a companhia economizou cerca de R$ 16 milhões substituindo a brita por agregado siderúrgico, em projetos internos de melhoria de infraestrutura. Este agregado da Ternium foi utilizado em obras como a adutora, 20 -
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consumindo 233 mil toneladas, o ramal ferroviário 52 mil toneladas, e na pavimentação de vias da usina aplicandose 92 mil toneladas. A usina de Santa Cruz tem ainda uma área de 78 mil metros quadrados a serem pavimentados nos próximos anos, e a economia gerada com o uso do material deverá atingir R$ 2,7 milhões no período. A iniciativa integra a estratégia da Ternium Brasil, que investe no desenvolvimento contínuo de tecnologias para aplicação dos coprodutos. O objetivo é minimizar impactos, gerar valor e contribuir para a redução do consumo de recursos naturais. Gerente de Coprodutos, Leila Kauffmann, destaca os ganhos ambientais com uso do material: -O coproduto gerado é uma ótima alternativa ao uso da brita, tanto economicamente como para o meio ambiente. Trata-se de um material de alta qualidade técnica e que substitui um recurso cuja extração gera diversos impactos prejudiciais às reservas naturais – explica Leila.
Os benefícios são ambientais e econômicos, principalmente se comparado com a utilização da brita, um dos principais materiais consumidos em obras de pavimentação e construção civil. Entre as vantagens estão a maior durabilidade e resistência do agregado siderúrgico. Além da redução do consumo de energia e do custo na obtenção da brita, um ganho ambiental é a preservação de recursos naturais, reduzindo os impactos causados pela extração do agregado natural. A eliminação do desperdício e dos impactos ambientais causados pela disposição de materiais em aterros completa a lista de benefícios do uso do agregado siderúrgico proveniente da escória da aciaria. Sobre a Ternium A Ternium é a maior siderúrgica da América Latina e acionista majoritária da Usiminas. Desde 2017 tem um centro industrial no Brasil, no Rio de
Janeiro. A unidade de Santa Cruz (RJ) tem capacidade de produção de 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano, com alto nível de sofisticação que atende indústrias nos EUA, México, Brasil e Europa. A unidade da Ternium no Rio de Janeiro é a maior produtora de aço de toda a companhia e gera mais de 8 mil empregos, com
segurança e compromisso ambiental e social. Além do Brasil, a empresa conta com outros 17 centros de produção espalhados por 5 países: México, Argentina, Colômbia e EUA. A Ternium produz anualmente 12,4 milhões de toneladas de aço de alta qualidade. Acesse: www.br.ternium.com/pb/ A
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PROPOSTAS PARA A (RE)CONSTRUÇÃO DO BRASIL Setor de extrema importância econômica e social, a construção civil aguarda a reativação da economia para reverter o quadro de profunda retração dos últimos anos Por Ricardo Torrico
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crise que hoje assola a economia nacional tem sido implacável com todos os seus setores, mas mais implacável ainda com a indústria da construção civil que, ao contrário dos outros setores, só tem colhido resultados negativos mês após mês, ano após ano. A agropecuária, principalmente a intensiva, fortemente vinculada ao mercado externo, tem navegado num 'mar de brigadeiro', alternando pequenas e breves retrações com períodos de forte recuperação. A
indústria não tem motivos para euforia, mas, pelo menos, tem 'andado de lado'. Já para a construção civil − leve ou pesada − 'andar de lado' já seria motivo de comemoração. De acordo com o estudo Construção: 1 milhão de empregos já, elaborado pelo CBIC e entregue a representantes do Congresso nacional em fevereiro deste ano, os dados do PIB nacional demonstram que, nos últimos quatro anos, a economia nacional registrou uma queda de 5,3%. "O país vive uma
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das piores crises da sua história. Neste cenário, a construção civil foi um dos setores mais penalizados, acumulando uma retração de 25,8% em suas atividades no período de 2014 a 2017. A expressiva redução dos investimentos, o aumento do desemprego, a elevação da taxa de juros e da inflação, além das turbulências políticas geraram um cenário macroeconômico instável e totalmente desgastado, inibindo as atividades da construção", diz o estudo. Mas qual é o motivo − ou motivos − para tão fraco desempenho? O que existe é uma conjunção de fatores intimamente entrelaçados: o fraco desempenho da economia como um todo; falta de recursos para novos investimentos, principalmente por parte do governo; queda persistente do nível de emprego − ninguém ignora que o Brasil tem quase 13 milhões de desempregados −; consequentemente, a queda na demanda de bens duráveis e, principalmente, aqueles que exigem financiamentos de longo prazo, como os imóveis; e a natural falta de confiança para investir, por parte dos empreendedores, ou para assumir novas dívidas, por parte dos consumidores que ainda estão empregados, mas que não têm nenhum garantia quanto ao futuro. Recessão persistente A crise econômica mundial, que começou em 2008, com a falência do banco norte-americano Lehman 24 -
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Brothers, parecia ter passado longe do Brasil, tendo sido depreciada pelo então presidente Lula, chamando-a de apenas uma 'marolinha'. No entanto, seis anos depois, quando a demanda mundial de commodities perdeu seu impulso, a tal 'marolinha' começou também a fazer estragos na economia brasileira − estragos que já duram meia década. Indicadores não faltam para medir os danos provocados pela crise, que podem ser resumidos no pífio crescimento do PIB, ou seja, o volume acumulado de todos os bens produzidos no país. Em sua última edição de julho deste ano, o Boletim Focus, publicado pelo Banco Central, confirmou a previsão de um crescimento de 0,82% para o PIB nacional neste ano, que já tinha sido feita em junho por um grupo de economistas entrevistados. Se há algo a comemorar nessa previsão é o fato
de esse patamar ter sido mantida, já que, no início do ano, esses mesmos analistas indicavam um crescimento 2,6% para este ano e ele vinha caindo mês a mês. Desde seu início, em 1o de janeiro, o atual governo tem apostado todas as suas fichas na reforma da Previdência, cuja primeira etapa demorou seis meses para ser aprovada. As próximas, na melhor das possibilidades, vão demorar outros três, deixando apenas o último trimestre do ano para que o empresariado volte a investir e, consequentemente, criando novos empregos e para que os consumidores aumentem a demanda de bens, completando o círculo virtuoso que faz as economias crescerem. Fica no ar a dúvida sobre esse processo se tornar realidade em tão pouco tempo. Essa possibilidade é praticamente nula e se a atual previsão de crescimento do PIB se confirmar em dezembro, já será um alívio. Programa sem impulso Lançado em março de 2009, durante o governo Lula, o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) estava destinado a subsidiar a aquisição da casa ou apartamento próprio para famílias com renda até 1,8 mil reais e facilitar as condições de acesso ao imóvel para famílias com renda até de 9 mil reais. O programa vinha atingindo razoavelmente seu propósito: o balanço feito em 2018 mostrou que 14,7 milhões de pessoas − 7% da população brasileira −
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compraram um imóvel com recursos do PMCMV. No entanto, devido aos efeitos da crise e às recentes mudanças em suas regras, as contratações de novos empreendimentos têm evoluído lentamente nos primeiros meses deste ano. De acordo com balanço fornecido pelo Ministério das Cidades, no primeiro trimestre deste ano, foram contratadas 72,6 mil unidades dentro do programa, o que corresponde a 12,7% da meta de 570 mil unidades que tinha sido estabelecida em 2017. Segundo o CBIC, hoje, dois terços do mercado imobiliário compreendem o Minha Casa Minha Vida, o que, dado o atual panorama nebuloso, implica um alto grau de insegurança para as empresas do setor. "Se a arrecadação do governo cai, falta dinheiro para pagar o contrato. Para uma construtora lançar um empreendimento, precisa saber como a economia vai estar nos próximo três anos, quando o empreendimento estará sendo comercializado ou entregue, algo que, neste momento, é muito difícil de prever", afirma o presidente da entidade, José Carlos Rodrigues Martins. Obras paralisadas Se a crise já reduz a confiança para o lançamento de novos empreendimentos privados, o que dizer então do investimento em obras de infraestrutura, que demandam
recursos vindos do poder público? A restrição orçamentária do governo não só impossibilita a construção de novas obras como também tem provocado a paralisação de um grande número de obras já iniciadas. Segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção do IBGE, num período de dez anos, de 2008 a 2017, a participação das obras de infraestrutura medida pelo valor das construções, caiu de 47,4% para 32,2% no total geral. O estudo Construção: 1 milhão de empregos já, do CBIC ilustra essa queda afirmando que, conforme um relatório do antigo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, 4.738 obras estão paralisadas no Brasil, motivadas por inúmeras situações em que se destacam: falta de pagamentos, má qualidade do projeto, desapropriações e desinteresse do ente conveniado. O estudo do CBIC traça um panorama completo e detalhado dessas obras, indicando suas causas e possíveis soluções, mas não consta que o governo tenha preparado alguma resposta às propostas que apresenta nas suas 144 páginas, começando pelas inúmeras causas dessas paralisações − que nem sempre têm a ver com a crise atual, mas também com as crônica mazelas do pode público, em suas três instâncias: federal, estadual e municipal. O levantamento feito para a sua elaboração revelou que já foram empenhados R$ 70 bilhões no conjunto dessas obras e que os governos envolvidos precisariam de outros R$ 40 bilhões para terminá-las. "O novo ciclo de crescimento brasileiro virá pela retomada do investimento", argumenta ainda o estudo, ressaltando ao caráter multiplicador do investimento feito na construção civil, leve ou pesada, isto é, habitacional, industrial, corporativa ou de infraestrutura. "Casas, edifícios, escolas e creches, hospitais e clínicas, indústrias, escritórios e lojas, ruas, Revista do Aço - 27
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estradas, pontes, viadutos, redes de telecomunicação, saneamento, iluminação pública, mobilidade urbana – esses são setores com ampla demanda por investimento e diretamente associados à construção, cujo o estímulo fará reaquecer esse setor e terá reflexo positivo sobre a economia como um todo." Propostas para o setor Ainda de acordo com o estudo do CBIC, "a reversão da fase mais aguda da crise, comprovada por diversos indicadores econômicos registrados em 2018, impõe desafios novos e abre uma janela de oportunidade imperdível para o Brasil. É o momento de estimular os setores de resposta mais rápida e tirar do papel projetos que farão diferença na construção do desenvolvimento. É o momento de fomentar a infraestrutura, para dar competitividade à economia; o saneamento e a habitação, para dar dignidade ao cidadão. É o momento de estimular a indústria da construção para reverter o desemprego e gerar renda de forma sustentável." Para atingir o complexo objetivo de promover a retomada do crescimento econômico e, especificamente, da construção civil, o estudo do CBIC aponta uma ampla relação de temas que inicialmente precisam ser debatidos no âmbito do Poder Legislativo, tais como: implementação das reformas da Previdência e Tributária; revisão da
legislação que hoje reduz a segurança jurídica; utilização dos recursos do FGTS na criação de uma nova faixa do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV); prorrogação do Regime Especial Tributário (RET) para obras do PMCMV; aperfeiçoamento da Lei de Licitações; regulamentação do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, de modo a evitar distorções em licitações; aprovação de uma Lei Geral de Licenciamento Ambiental, que propicie regras claras, critérios objetivos e segurança jurídica para o empreendedor e o gestor público; gestão mais eficiente das áreas
contaminadas; instituição de critérios claros para a suspensão provisória de obras públicas; retomada e ampliação dos investimentos em saneamento básico; revisão da Lei de Desapropriações, de modo a reduzir a transferência dos riscos à iniciativa privada; vinculação dos recursos obtidos por meio de operações de securitização de dívidas aos investimentos em infraestrutura; revisão da legislação referente à garantia da obra pelo construtor; ajustes na legislação sobre alienação fiduciária, para dar mais segurança jurídica aos envolvidos no negócio; e redução da burocracia e dos custos cartoriais. Pode-se dizer, então, que propostas de soluções para reativar a construção civil, leve e pesada, não faltam − a iniciativa privada já fez sua 'lição da casa'. No entanto, passados seis meses da entrega do estudo Construção: 1 milhão de empregos já! ao governo e a parlamentares, as autoridades da área econômica ainda não se manifestaram a esse respeito. Tudo indica que − como tem ocorrido com todas as medidas econômicas que têm sido proteladas − eles estejam aguardando a aprovação definitiva da reforma da Previdência. A Revista do Aço - 29
capa SEM INVESTIMENTO, O BRASIL NÃO CRESCE A indústria de máquinas encerrou o semestre com um crescimento modesto em relação a 2018, mas sem perspectivas de um crescimento consistente nos próximos meses Por Ricardo Torrico
O
s resultados de junho e do primeiro semestre deste ano, colhidos e consolidados pela Divisão de Economia, Estatística e Competitividade (DEEC) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), indicam que continua persistindo um razoável grau de confiança da indústria nacional em geral em uma retomada do crescimento. Os valores do mês de junho estiveram abaixo do esperado, reduzindo a tendência de recuperação que vinha se delineando nos meses anteriores − tendência a ser confirmada ou, preferivelmente, revertida no mês de julho −, mas, mesmo assim, o primeiro semestre deste ano foi melhor que o do ano passado. Sem uma tendência consistente, a indústria de máquinas e equipamentos reflete o atual contexto de incerteza de toda e economia nacional, em que o empresariado espera com ansiedade a aprovação definitiva da reforma da Previdência, com uma espécie de start up para a retomada do crescimento. No entanto, essa expectativa não é compartilhada por Mario Bernardini, diretor de Economia, Estatística e Competitividade da 30 -
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Abimaq. Segundo ele, mais do que as reformas, a retomada do crescimento é a prioridade número um do país. "Sem a retomada do investimento público e a recuperação do emprego, o Brasil não crescerá. As reformas são um meio importante, mas para fazer efeito a médio e longo prazo. O que tem que se fazer no curto prazo é recuperar os investimentos", afirma Bernardini. Impulso contido A receita líquida total da indústria nacional de máquinas e equipamentos atingiu R$ 6,75 bilhões no mês de junho deste ano, o que significou uma queda de 6,1% em relação a maio e uma queda mais acentuada, de 12,1%, sobre junho de 2018. Esse resultado eliminou uma boa parte da taxa de crescimento acumulada no ano pelo setor, que tinha crescido 7,5% entre janeiro e maio sobre o mesmo período de 2018, mas que acabou o semestre com um crescimento de 3,6%. O desempenho do setor continua sendo influenciado pelo mercado doméstico, que cresceu 1,3% sobre maio e 10,2% no semestre, atingindo R$ 22,169 bilhões. Exportações em queda
Ao contrário do mercado interno, em junho as exportações caíram pelo terceiro mês consecutivo, atingindo US$ 682 milhões, o que significou uma redução de 8,0% em relação a maio e uma drástica redução de 22,5% sobre o total de US$ 880 milhões exportados em junho do ano passado. A Abimaq atribui essa tendência à acentuada desaceleração do comércio internacional em razão das tensões entre EUA e China e à crise econômica da Argentina, um dos principais mercados externos das máquinas e equipamentos brasileiros. O mês de junho, porém, confirmou uma novidade: pela primeira vez na série histórica de exportações de máquinas e equipamentos, os Estados Unidos apareceram como o principal destino das máquinas nacionais, recebendo um terço do total exportados no primeiro semestre. O encolhimento das vendas para a América Latina, que no passado
superou a marca de 50% no total vendido fora do país, ocorreu devido a uma menor penetração do setor nos mercados paraguaio e argentino. Com um cenário econômico recessivo na Argentina, que registrou uma queda de 10,1% na produção manufatureira neste primeiro semestre de 2019, as aquisições de máquinas do Brasil encolheram quase 50%. Outros países que também reduziram suas compras de máquinas e equipamentos brasileiros foram a Holanda (-33%), China (-57%) e França (-28%). Novos pedidos e emprego No mês de junho, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos aumentou em 0,5 ponto percentual o nível de utilização da capacidade instalada, atingindo 76%. Este nível é também 0,3 ponto percentual acima do observado no mesmo mês de 2018. Apesar desta relativa melhora no nível de utilização da capacidade instalada,
a carteira de pedidos da indústria de máquinas e equipamentos recuou um pouco, sinalizando que as atividades produtivas deverão manter um ritmo mais fraco nos próximos meses. No que se refere ao nível de emprego, a partir de 2018, o setor fabricante de máquinas e equipamentos iniciou o processo de ampliação do seu quadro de pessoal, encerrando o ano com pouco mais de 300 mil empregos − um aumento de mais de 10 mil pessoas empregadas só em 2018. Em 2019, até o mês de maio, o setor registrou cinco meses consecutivos de aumento nas suas contratações, mas em junho houve uma pequena redução, de 0,4%, provavelmente como reflexo do desaquecimento das atividades do setor. Ainda assim, atualmente o setor fabricante de máquinas e equipamentos conta com 307.526 pessoas ocupadas − um aumento de quase 7 mil postos de trabalho no setor em relação ao ano de 2018. A
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Com o PÉ LONGE do FREIO O mercado interno de veículos evolui dentro das expectativas otimistas da Anfavea, compensando plenamente a forte redução das exportações Por Ricardo Torrico
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indústria automotiva nacional não está eufórica, mas também não tem motivos para queixar. Pelo contrário, tem colhido resultados satisfatórios e ainda trabalha com as mesmas previsões − geralmente otimistas − elaboradas no início do ano pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, o setor trabalha num clima de otimismo moderado e confiante na possibilidade de uma evolução mais positiva no segundo semestre − desde que se confirmem as reformas que vêm sendo debatidas pelo Congresso nacional. Os resultados do setor só não têm sido melhores por conta da forte retração das exportações, decorrente principalmente da crise que tem afetado a economia argentina. "Houve um crescimento importante nos mercados da Colômbia e do México, mas eles ainda são pequenos, que não conseguem compensar a queda do mercado argentino", afirma Luiz Carlos Moraes. Mercado interno aquecido No mês de julho, o mercado interno de autoveículos − automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus −, avaliado pelo número total de licenciamentos no período, tanto de unidades nacionais como importadas, atingiu 243,6 mil unidades, o que significa um crescimento de 9,1% sobre o mês anterior e de 12,0% sobre julho de 2018. No período de janeiro a julho deste ano, foram licenciados 1,55 milhão de autoveículos, volume 12,1% superior ao 32 -
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número de licenciamentos registrados no mesmo período de 2018. Em julho, foram comercializados 8,9 mil caminhões, volume 16,3% superior ao do mês anterior e 35,7% também superior ao de julho do ano passado. Nos sete primeiro meses do ano, 55,7 mil caminhões, o que equivale a um significativo aumento de 44,3% sobre o número de caminhões comercializados no mesmo período de 2018. Já no que se refere a máquinas agrícolas, em julho foram comercializadas 3,9 mil unidades, o que significou uma redução de 9,4% sobre o resultado do mês anterior e também uma redução de 17,2% sobre julho de 2018. De janeiro a julho deste ano, foram comercializadas 23,8 mil máquinas agrícolas, o que representa uma queda de 3,4% sobre o acumulado no mesmo período de 2018. Exportações retraídas No mês de julho, a indústria nacional exportou 42,1 mil autoveículos, volume 4,2% superior ao de junho, mas 15,3% inferior ao de julho do ano passado. No período de janeiro a julho deste ano, foram exportados 264,1 mil veículos, o que representa uma drástica queda de 38,4% em comparação com o volume exportado no mesmo período de 2018. A exportação de máquinas agrícolas e rodoviárias atingiu 1,4 mil unidades em julho, evoluindo 60,1% sobre junho e 18,1% sobre julho de 2018. De janeiro a julho, foram exportadas 7,5 mil unidades, evoluindo 1,3% sobre
o volume exportado no mesmo período do ano passado. O valor do total exportado pelo setor em julho deste ano − englobando autoveículos, máquinas agrícolas e rodoviárias − atingiu US$ 910 milhões, valor 10,0% superior ao registrado em junho, mas 26,8% menor do que o registrado em julho do ano passado. No período de janeiro a julho deste ano, as exportações do setor atingiram US$ 5,926 bilhões, valor 38,1% inferior ao contabilizado no mesmo período de 2018.
Produção aquecida P a r a atender à combinação dos mercados interno e externo, a indústria automotiva n a c i o n a l produziu 266,4 mil autoveículos, volume que superou em 14,2% o total produzido no mês anterior e em 8,4% o de julho de 2018. No acumulado de janeiro a julho deste ano, foram produzidos 1,74 milhão de unidades, superando em 3,6% o total produzido no mesmo período de 2018. Em julho também foram produzidos 10,9 mil caminhões, volume que superou em 9,3% o do mês anterior e em 23,3% o de julho de 2028. Entre janeiro e julho deste ano, o setor produziu 66,3 mil caminhões,
o que representa um crescimento de 13,5% sobre o total produzido no mesmo período do ano passado. A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias atingiu 6,2 mil unidades no mês de julho, evoluindo 40,2% sobre o total produzido no mês anterior, mas caindo 8,1% em comparação com julho de 2018. No período de janeiro a julho, foram produzidas 30,9 mil unidades, volume 8,15 menor que o produzido no mesmo período de 2018. Previsões mantidas Com base nas tendências do mercado interno e das exportações, a Anfavea vem mantendo as previsões elaboradas no início do ano. A entidade trabalha com a expectativa de um crescimento de 9,0% na produção total de autoveículos este ano, atingindo 3,14 milhões de unidades. As exportações, porém, devem sofrer uma forte retração, estimada em torno de 28,5%. Veja as projeções completas na tabela elaborada pela Anfavea. A
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artigo técnico
TE PAR
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Barra de AÇO para ARMADURA de concreto GALVANIZADA por IMERSÃO a QUENTE Uma das maiores patologias do concreto armado é a corrosão das armaduras embutidas no concreto. O Brasil tem registrado ultimamente com mais frequência o colapso de estruturas de concreto, sejam em edificações ou em obras de arte (pontes/viadutos). A barra de aço para armadura de concreto galvanizada por imersão a quente, que protege o aço contra a corrosão, é uma alternativa que resolve o problema na raiz, com eficácia e baixo custo.
A
PLICAÇÕES DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO GALVANIZADA POR IMERSÃO A QUENTE O uso das barras de aço para armadura de concreto galvanizada por imersão a quente galvanizadas e outros acessórios (incluindo parafusos, amarras, âncoras, barras de segurança e tubulações) está amplamente generalizado em diversas estruturas e elementos de concreto reforçado. Algumas das aplicações em que a galvanização das estruturas leva a uma decisão de engenharia rentável são as seguintes: • infraestrutura de transporte, incluindo pisos de pontes, pavimentos de estradas e barreiras de segurança; • os elementos de proteção pré-moldados leves para fachadas e outros elementos arquitetônicos de construção; • vigas e pilares exteriores e forjados, expostos às intempéries; • construções pré-fabricadas incluindo elementos tais como módulos de cozinhas e banheiros e barracões móveis; • elementos submersos ou enterrados sujeitos aos efeitos 34 -
Revista do Aço
da água subterrânea e às flutuações das marés; • estruturas costeiras e marítimas; • estruturas de alto risco instaladas em ambientes agressivos. Existem muitos exemplos ao redor do mundo onde as barras galvanizadas têm sido usadas com sucesso em diversos tipos de edificações, estruturas e construções de concreto reforçado, incluindo: • pisos e pavimentos de pontes em concreto reforçado; • torres de resfriamento e chaminés; • armazéns para armazenagem de carvão; • revestimentos de túneis, tanques e instalações para armazenagem de água; • cais, quebra-mares e plataformas marítimas; • marinas e ancoradouros flutuantes; • diques e balaustradas costeiras; • fabricas de papel, plantas de saneamento e tratamento de águas residuais; • instalações industriais e plantas de produtos químicos; • equipamentos, fixações para autoestradas e barreiras de proteção;
• postes e torres de transmissão de energia feitos em concreto. Alguns exemplos de países que possuem estruturas importantes utilizando o vergalhão galvanizado são: Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Estados Unidos, Canadá, Londres, Itália, Holanda. Case - Ponte Route 66, Kittanning PA (Pennsylvania) - 1973 Após 30 anos de exposição a altas concentrações de cloreto não houve evidência de corrosão apesar do teor de cloreto encontrado na superfície
ser 5x o limite de corrosão para a moldura nu. Não houve necessidade de renovação do pavimento, e a nova barreira foi preenchida com concreto em torno da estrutura com moldura galvanizada existente. Dados: • Teor de cloreto na superfície do vergalhão 3.0 kg/m3 – 5x o limite do vergalhão nu. • Espessura média da camada de zinco: 247-270 micrometros. A EXPERIÊNCIA DAS BERMUDAS
A experiência prática e as pesquisas durante muitos anos demonstram claramente as vantagens da galvanização para a proteção anticorrosão do reforço em aço em muitos tipos de ambientes, incluindo situações de exposição a uma alta concentração de cloreto. A Galvanização tem demonstrado retardar o início da corrosão nas armaduras de aço e reduz o risco de danos físicos nas estruturas de concreto, causados por delaminação, rachaduras e fragmentação.
Revista do Aço - 35
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Desempenho similar das barras de aço galvanizadas foi obtido nas Ilhas Bermudas, o que confirma a durabilidade a longo prazo do concreto armado com as armaduras galvanizadas, em ambientes marítimos. Há mais de 50 anos, todos os cais, quebra-mares, pisos de pontes, subestruturas e outras infraestruturas nas Bermudas são regularmente construídos com barras de aço galvanizadas. Em 1995, uma inspeção com a retirada de material do interior da Ponte Longbird, que na ocasião tinha 42 anos, revelou que as armaduras de aço galvanizadas ainda tinham a espessura do revestimento de zinco muito além dos valores da nova especificação para revestimento galvanizado por imersão a quente, mesmo com níveis de cloreto no concreto entre 3 a 9 libras/jarda cúbica (1 a 4 kg/m3). Além disso, um exame detalhado das amostras do concreto dessas estruturas revelou que os produtos resultantes da corrosão do zinco migraram para uma distância considerável (cerca de 0,4mm), a partir da interface zinco/concreto, para o interior da matriz do concreto circundante, sem produzir nenhum efeito visível no concreto. Os estudos demonstram que em concreto de boa qualidade e que esteja bem compactado, bem conservado e com uma espessura adequada de recobrimento, as armaduras galvanizadas se conservam
2012 - Elevado da perimetral – projeto porto maravilha – RJ - 1ª Especificação de vergalhão galvanizado para obra pública no Brasil
por períodos mais longos e são um método econômico de proteção à corrosão. Em concretos de má qualidade, particularmente aqueles que contêm uma elevada proporção de água/ cimento e um recobrimento deficiente sobre a armadura, a galvanização retardará o aparecimento da corrosão do reforço provocada pela presença de cloreto, mas seus efeitos são mais limitados. ASPECTOS ECONÔMICOS DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO GALVANIZADA POR IMERSÃO A QUENTE A galvanização por imersão a quente é um investimento pequeno, mas muito importante. É usada exaustivamente em todo o mundo, todos os anos, para proteger milhões de toneladas de aço contra a corrosão.
A galvanização por imersão a quente é, portanto, um serviço amplamente disponível, com um custo muito competitivo em relação a outros sistemas de proteção dos vergalhões de aço. Quando comparado ao custo total da construção ou da edificação, e aos enormes custos potenciais associados à manutenção prematura do concreto danificado ou falhas da estrutura, o custo adicional pago pela moldura galvanizada é muito pequeno e plenamente justificado. Estudos recentes apresentaram que considerando o custo total da obra, o aumento pela utilização de barras de aço para armadura de concreto galvanizadas por imersão a quente é da ordem de 1% a 3%. Ricardo Suplicy Goes Gerente Executivo ICZ – Instituto de Metais Não Ferrosos
Fotos pier no Royal Bermuda Yacht Club, central de energia de tynes bay Bermudas
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Revista do Aรงo
A EXPERIÊNCIA NO BRASIL
2008 - Museu Iberê Camargo – Porto Alegre/RS - 100% em vergalhão galvanizado por imersão a quente
FONTES: • Hot Dip Galvanized Reinforcing Steel: A Concrete Investment - International Zinc Association (IZA) • Catalogo Vergalhão Galvanizado: Durabilidade e segurança para sua obra – ICZ • Biblioteca do ICZ • Norma ASTM A767/A767M:2016: Standard Specification for ZincCoated (Galvanized) Steel Bars for Concrete Reinforcement • Norma ABNT NBR 7480: 2007: Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado - Especificação • ABNT NBR 16300:2016: Galvanização por imersão a quente de barras de aço para armadura de concreto armado Requisitos e métodos de ensaio. APLICAÇÕES DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO GALVANIZADA POR IMERSÃO A QUENTE O uso das barras de aço para
armadura de concreto galvanizada por imersão a quente galvanizadas e outros acessórios (incluindo parafusos, amarras, âncoras, barras de segurança e tubulações) está amplamente generalizado em diversas estruturas e elementos de concreto reforçado. Algumas das aplicações em que a galvanização das estruturas leva a uma decisão de engenharia rentável são as seguintes: • infraestrutura de transporte, incluindo pisos de pontes, pavimentos de estradas e barreiras de segurança; • os elementos de proteção prémoldados leves para fachadas e outros elementos arquitetônicos de construção; • vigas e pilares exteriores e forjados, expostos às intempéries; • construções pré-fabricadas incluindo elementos tais como módulos de cozinhas e banheiros e barracões móveis; • elementos submersos ou enterrados
sujeitos aos efeitos da água subterrânea e às flutuações das marés; • estruturas costeiras e marítimas; • estruturas de alto risco instaladas em ambientes agressivos. Existem muitos exemplos ao redor do mundo onde as barras galvanizadas têm sido usadas com sucesso em diversos tipos de edificações, estruturas e construções de concreto reforçado, incluindo: • pisos e pavimentos de pontes em concreto reforçado; • torres de resfriamento e chaminés; • armazéns para armazenagem de carvão; • revestimentos de túneis, tanques e instalações para armazenagem de água; • cais, quebra-mares e plataformas marítimas; • marinas e ancoradouros flutuantes; • diques e balaustradas costeiras; • fabricas de papel, plantas de saneamento e tratamento de águas
2013 - MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro. Utilizado mais de 80 toneladas de vergalhão galvanizado para o concreto armado e 37 colunas em aço galvanizado, para sustentação da laje que simula uma marola. Revista do Aço - 39
2017 – Instituto Moreira Sales – São Paulo SP – 100 % em vergalhão galvanizado por imersão a quente
residuais; • instalações industriais e plantas de produtos químicos; • equipamentos, fixações para autoestradas e barreiras de proteção; • postes e torres de transmissão de energia feitos em concreto. Alguns exemplos de países que possuem estruturas importantes utilizando o vergalhão galvanizado são: Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Estados Unidos, Canadá, Londres, Itália, Holanda. Case - Ponte Route 66, Kittanning PA (Pennsylvania) - 1973. Após 30 anos de exposição a altas concentrações de cloreto não houve evidência de corrosão apesar do teor de cloreto encontrado na superfície ser 5x o limite de corrosão para a moldura nu. Não houve necessidade de renovação do pavimento, e a nova barreira foi preenchida com concreto em torno da estrutura com moldura galvanizada existente. Dados: • Teor de cloreto na superfície do vergalhão 3.0 kg/m3 – 5x o limite do vergalhão nu. • Espessura média da camada de zinco: 247-270 micrometros. 40 -
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A EXPERIÊNCIA DAS BERMUDAS A experiência prática e as pesquisas durante muitos anos demonstram claramente as vantagens da galvanização para a proteção anticorrosão do reforço em aço em muitos tipos de ambientes, incluindo situações de exposição a uma alta concentração de cloreto. A Galvanização tem demonstrado retardar o início da corrosão nas armaduras de aço e reduz o risco de danos físicos nas estruturas de concreto, causados por delaminação, rachaduras e fragmentação. Desempenho similar das barras de aço galvanizadas foi obtido nas Ilhas Bermudas, o que confirma a durabilidade a longo prazo do concreto armado com as armaduras galvanizadas, em ambientes marítimos. Há mais de 50 anos, todos os cais, quebra-mares, pisos de pontes, subestruturas e outras infraestruturas nas Bermudas são regularmente construídos com barras de aço galvanizadas. Em 1995, uma inspeção com a retirada de material do interior da Ponte Longbird, que na ocasião tinha 42 anos, revelou que as armaduras de aço galvanizadas ainda
tinham a espessura do revestimento de zinco muito além dos valores da nova especificação para revestimento galvanizado por imersão a quente, mesmo com níveis de cloreto no concreto entre 3 a 9 libras/jarda cúbica (1 a 4 kg/m3). Além disso, um exame detalhado das amostras do concreto dessas estruturas revelou que os produtos resultantes da corrosão do zinco migraram para uma distância considerável (cerca de 0,4mm), a partir da interface zinco/concreto, para o interior da matriz do concreto circundante, sem produzir nenhum efeito visível no concreto. Os estudos demonstram que em concreto de boa qualidade e que esteja bem compactado, bem conservado e com uma espessura adequada de recobrimento, as armaduras galvanizadas se conservam por períodos mais longos e são um método econômico de proteção à corrosão. Em concretos de má qualidade, particularmente aqueles que contêm uma elevada proporção de água/ cimento e um recobrimento deficiente sobre a armadura, a galvanização retardará o aparecimento da corrosão do reforço provocada pela presença
de cloreto, mas seus efeitos são mais limitados. FOTOS PIER NO ROYAL BERMUDA YACHT CLUB, CENTRAL DE ENERGIA DE TYNES BAY BERMUDAS A EXPERIÊNCIA NO BRASIL 2008 - Museu Iberê Camargo – Porto Alegre/RS - 100% em vergalhão galvanizado por imersão a quente 2012 - Elevado da perimetral – projeto porto maravilha – RJ - 1ª Especificação de vergalhão galvanizado para obra pública no Brasil 2013 - MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro. Utilizado mais de 80 toneladas de vergalhão galvanizado para o concreto armado e 37 colunas em aço galvanizado, para sustentação da laje que simula uma marola. 2017 – Instituto Moreira Sales – São Paulo SP – 100 % em vergalhão galvanizado por imersão a quente ASPECTOS ECONÔMICOS DAS BARRAS DE AÇO PARA ARMADURA DE CONCRETO GALVANIZADA POR IMERSÃO A QUENTE
A galvanização por imersão a quente é um investimento pequeno, mas muito importante. É usada exaustivamente em todo o mundo, todos os anos, para proteger milhões de toneladas de aço contra a corrosão. A galvanização por imersão a quente é, portanto, um serviço amplamente disponível, com um custo muito competitivo em relação a outros sistemas de proteção dos vergalhões de aço. Quando comparado ao custo total da construção ou da edificação, e aos enormes custos potenciais associados à manutenção prematura do concreto danificado ou falhas da estrutura, o custo adicional pago pela moldura galvanizada é muito pequeno e plenamente justificado. Estudos recentes apresentaram que considerando o custo total da obra, o aumento pela utilização de barras de aço para armadura de concreto galvanizadas por imersão a quente é da ordem de 1% a 3%.
Ricardo Suplicy Goes Gerente Executivo ICZ – Instituto de Metais Não Ferrosos FONTES: • Hot Dip Galvanized Reinforcing Steel: A Concrete Investment - International Zinc Association (IZA) • Catalogo Vergalhão Galvanizado: Durabilidade e segurança para sua obra – ICZ • Biblioteca do ICZ • Norma ASTM A767/A767M:2016: Standard Specification for ZincCoated (Galvanized) Steel Bars for Concrete Reinforcement • ISO 14657 – Zinc-coated steel for the reinforcement of concrete. • Norma ABNT NBR 7480: 2007: Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado - Especificação. • ABNT NBR 16300:2016: Galvanização por imersão a quente de barras de aço para armadura de concreto armado Requisitos e métodos de ensaio. Acesse: www..icz.org.br A
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na eliminação dos riscos com os acidentes nas manobras. O ProArc3 permite que o operador faça a extração afastado da área de risco com total segurança. O aparelho é dotado de sensores de presença que limitam a permanência na área de risco não permitindo a extração, possui também informação visual e auditiva par orientação do mesmo. Fácil adaptação para diversos tipos de disjuntores, leve, seguro e prático no trabalho. A eletrônica aplicada no ProArc3 identifica com exatidão a conclusão da operação certificando que a manobra foi efetivamente concluída. As empresas da área de siderurgia e mineração entre outras, já adotaram o ProArc3 em suas unidades com total sucesso. Além do ProArc3 fazemos dispositivos especiais com projetos únicos para outros disjuntores. Solicite uma demonstração e assim poderemos ratificar a eficiência do nosso equipamento. Acesse: www.recaf.com.br A
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competitividade
Reforma TRIBUTÁRIA deve ampliar a COMPETITIVIDADE da INDÚSTRIA, melhorando acesso ao CRÉDITO e o CUSTO do capital
O
Brasil está em último lugar no ranking de custo do capital, na comparação com dezessete países com economia similar, segundo estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria). Para Felipe Leonard, CEO da empresa global S.I.N. Implant System, a alteração nos impostos deve gerar empregos e atrair investidores, sendo fundamental para a recuperação da economia Para o CEO e presidente da S.I.N. Implant System Felipe Leonard, o fato de o Brasil estar em último lugar no ranking de custo do capital, em comparação com países de economia similar, tem relação direta com os altos impostos e a sua complexidade, que aumentam o risco e dificuldade de geração de renda no País. Por isso, com a Reforma da Previdência encaminhada, é hora de se iniciar amplo debate para que a Reforma Tributária tenha um impacto mais rápido para a recuperação da economia. Na visão do executivo, a alteração dos tributos tende a atrair investimentos a curto e médio prazos, reduzindo o chamado "custo Brasil" ¬ que torna o País, atualmente, pouco atrativo para as empresas. Também acaba permitindo ao País e às empresas acesso a melhores condições de crédito no mercado financeiro global. 44 -
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Segundo Leonard, o custo financeiro e a dificuldade de acesso ao crédito no Brasil reduzem fortemente os investimentos e a geração de renda e emprego no País. “Ao mesmo tempo, a complexidade e pressão fiscal atentam também contra a geração de renda, aumentando o risco para quem vai fazer empréstimos. Como consequência, o dinheiro fica mais caro e mais restrito", explica o CEO. “Com o equilíbrio dos impostos e burocracias, além de medidas capazes de atenuar a insegurança jurídica, vamos conseguir facilitar o acesso ao crédito do País como um todo e, inclusive, no setor privado", defende Leonard. A S.I.N. Implant System, com fábrica instalada no País, opera em mais de 20 países e é controlada pelo grupo internacional Southern Cross Group, que atualmente investe mais de U$ 2,8 bilhões em 38 empresas de toda a América Latina. Conforme o boletim Competitividade em Foco, divulgado no início do mês pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil ficou em último lugar (18º. posição) no ranking do custo e disponibilidade do capital, quando comparado a dezessete outros países com economia similar à brasileira. Os principais competidores do Brasil
Soluções em pisos e revestimentos
no mercado internacional e que estão à sua frente são: Argentina, Austrália, Canadá, Chile, China, Colômbia, Espanha, Indonésia, Índia, Coreia do Sul, México, Peru, Polônia, Rússia, Tailândia, Turquia e África do Sul. Segundo a publicação, o Brasil é o País que apresenta a mais alta taxa de juros real de curto prazo entre os 18 países avaliados. A taxa de juros real de curto prazo no Brasil é de 8,8% ao ano, o que representa 68% acima dos 5,2% ao ano cobrados na Rússia, país que está na 17ª colocação. Muitos entraves para as corporações Para um projeto empresarial vingar, sabe-se que ele precisa ser viável e demonstrar sua rentabilidade em primeiro lugar. "Mas no Brasil, para isso ocorrer, é necessário lidar com uma carga tributária altíssima, com PIS, Cofins, ICMS e IPI, além de burocracias e um custo laboral considerável, com os encargos e impostos sobre a geração de trabalho”, enfatiza Leonard. “A isso se somam os trâmites para obtenção de licenças e alvarás, sendo que é preciso, muitas vezes, outorgar parcelamentos aos clientes, com a consequente inadimplência de alguns deles. Por fim, surge o grande obstáculo: o custo do acesso ao crédito para financiar essa roda toda. E o fato de a roda ser tão complexa é que aumenta o custo do crédito e reduz a sua disponibilidade", conclui Felipe Leonard. Sobre o entrevistado: Felipe Leonard é presidente e CEO da empresa global S.I.N. Implant System Sobre a S.I.N. Implant System: Com uma trajetória de conquistas apoiada nos princípios simplicidade,
inovação e nanotecnologia, a S.I.N. Implant System está presente em mais de 20 países, e já é referência global. A marca atua no mercado desde 2003, oferecendo as melhores linhas de implantes dentários do mundo, além de componentes protéticos. A empresa tem como visão oferecer o que há de melhor e mais seguro na área de implantodontia, utilizando, para isso, tecnologia de ponta e equipamentos de última geração, que passam por rigoroso controle de processos. A excelência em qualidade dos produtos é garantida e comprovada por meio de certificações nacionais e internacionais. O sonho de restaurar sorrisos, iniciado com a sra. Neide e o dr. Ariel Lenharo continua vivo. Em tempo: Ariel Lenharo foi o primeiro doutor em implantodontia do Estado de São Paulo, tendo também realizado sua pós-graduação nos Estados Unidos, no Pankey Institute. Neide e dr. Lenharo estiveram à frente da companhia até 2009, quando o controle acionário da S.I.N passou para o fundo de investimentos Southern Cross Group, equity firm líder e mais antigo dedicado ao mercado latino-americano, com mais de U$ 2,8 bilhões investidos em 38 empresas em todo o continente. A
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estudo do aço
Estudo do COMPORTAMENTO dos AÇOS ABNT D2 e ABNT O1 antes e após o TRATAMENTO térmico, na usinagem por ELETROEROSÃO por E2 T R PA PENETRAÇÃO. Daniel Alves Sodré *1 Willy Ank de Moraes *2
A
rugosidade do canal usinado foi medida na forma de rugosidade máxima (Ry) e rugosidade média (Ra). Em relação à rugosidade máxima, foi verificada uma coerência entre os valores fornecidos pela tabela tecnológica do fabricante e os obtidos durante os ensaios em todos os Cps. Já em relação à rugosidade média, é possível constatar que, nas amostras tratadas (a)
termicamente, a rugosidade é ligeiramente menor que nas amostras sem tratamento térmico. A Figura 8 apresenta os resultados de rugosidade. O acabamento superficial de uma peça está diretamente relacionada ao desempenho na sua aplicação. Entre estes desempenhos é possível citar o desgaste de componentes mecânicos, onde, superfícies com rugosidade mais (b)
Figura 8 - Variação da rugosidade: (a) rugosidade máxima; (b) rugosidade média. *1 Tecnólogo Mecânico, Mestre em Engenharia Mecânica da UNISANTA, Professor no SENAI Manuel Garcia Filho e no Centro Universitário Anhanguera de Santo André, São Paulo, Brasil (danielsodre@uol.com.br) *2 Doutorando, Mestre, Engenheiro e Técnico em Metalurgia e Materiais, Sócio-Diretor da Willy Ank Soluções Metal-Mecânicas, Professor Mestre da UNAERP-Guarujá e Professor Adjunto da Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Santos, SP, Brasil (willyank@willyanksolucoes.com).
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pronunciadas estão sujeitas a desgastes mais intensos do que teriam no caso de um melhor acabamento [16]. Outro fator influenciado pela qualidade do acabamento superficial é a resistência a fadiga - componentes que trabalham sob a exigência de cargas elevadas necessitam de melhor acabamento, pois geometrias com alta rugosidade estão propensas a concentrações de tensão facilitando a propagação de trincas [16]. A medição da dureza teve como objetivo a comparação entre a dureza do componente fora do canal usinado e da dureza dentro do canal usinado. Esta comparação é importante devido à formação da camada branca originada pela resolidificação do material durante o processo de EDM. Nesse sentido verificou-se que todos os CPs apresentam uma dureza dentro do canal usinado maior do que a dureza medida fora deste canal. A Figura 9 apresenta as medições de dureza. Como verificado em diversos
Figura 9 - Variação da dureza dentro e fora do canal usinado.
trabalhos [4-5-7], a dureza superior dentro do canal é justificada pela integridade superficial deficiente gerada em função às altas temperaturas envolvidas durante a usinagem por EDM. Segundo Amorim [7], a dureza e a fragilidade da região termicamente afetada pela eletroerosão é bem superior ao
material base da liga. No caso de peças usinadas com dielétrico de hidrocarbonetos, ocorre que durante a usinagem carbono é liberado pela desintegração do dielétrico e interage com o ferro do aço, formando cementita (Fe3C) [17]. Devido as suas características, a camada deve ser removida por
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Figura 10 - Camada branca mais nos CPs que receberam tratamento térmico (30x)
processos abrasivos como polimento e retificação. A presença desta camada também ficou evidente durante o ensaio metalográfico realizado nas amostras, principalmente nos CPS tratados termicamente, conforme mostrado na Figura 10. Com base nos resultados obtidos, foi possível constatar que as peças que foram tratadas termicamente apresentaram-se com a largura do canal usinado menor que as demais. O mesmo comportamento foi observado em relação à rugosidade e a integridade superficial na região usinada. Peças com tratamento térmico se apresentam com menor rugosidade e com uma camada branca maior do que as que foram usinadas sem tratamento térmico. As Figuras 11 e 12 ilustram a relação entre a dureza, o dimensiona e a
rugosidade. A principal referencia para operadores de eletroerosão em relação a regulagem da máquina e os calculos da medida final do eletrodo ferramenta, são as tabelas tecnologicas fornecidas pelos fabricantes (Figura 4) que pos sua vez não levam em conta o tratamento térmico das peças. Com relação as tabelas tecnologicas, segundo apontado por Amorim [7], é muito difícil obter na pratica industrial as condições ótimas de usinagem e os mesmos resultados informados pelas tabelas tecnológicas fornecidas pelos fabricantes. Isso ocorre tanto pela complexidade na fabricação de moldes e matrizes quanto pela diferença entre os materiais efetivamente empregados na fabricação e aqueles que foram usados pelos fabricantes para a
Figura 11 - Relação entre a dureza e a dimensão do canal usinado.
elaboração das tabelas tecnológicas de controle dos equipamentos de usinagem. Entretanto, o que se observou durante os testes foi que o tratamento térmico interfere em características importantes de peças submetidas ao processo de EDM como a dimensão, o acabamento e a integridade da superfície usinada. Esta variação pode ser justificada em função dos efeitos que as transformações de fases no estado sólido, ocorridas durante o tratamento térmico, tem sobre a microestrutura dos aços afetando suas propriedade físicas [18 e 19]. CONCLUSÕES Para a maioria das aplicações industriais, o tratamento térmico tem como objetivo a alteração das propriedades mecânicas como resistência a esforços diversos, desgaste ou fadiga. Entretanto nos ensaios realizados neste trabalho foi possível observar que o tratamento térmico tem influência direta no comportamento da usinagem por eletroerosão e possivelmente sobre a condutividade elétrica dos aços aqui estudados. Variações dimensionais, de rugosidade ou de integridade superficial podem afetar aspectos importantes de moldes e matrizes causando dificuldades de montagem, diminuição da vida útil e até mesmo fratura. Diante da evidência da influencia do tartamento térmico na usinagem por descargas elétricas, fica Revista do Aço - 49
Figura 12 - Relação entre a dureza e rugosidade do canal usinado.
a possibilidade de estudos futuros no sentido de que as tabelas tecnológicas para regulagem das máquinas levem em consideração o tratamento térmico dos aços ou ainda, estudos capazes de invertigar como as transformações na microestrutura dos aços afetam suas propriedades físicas, como por exemplo as propriedades elétricas. Agradecimentos Os autores expressam seus agradecimentos ao apoio recebido pelos colegas do SENAI Manuel Garcia Filho durante a fase de preparação e usinagem dos Corpos de Prova empregados neste trabalho.
REFERÊNCIAS 1 VILLARES METALS. Catálogo de Materiais. 2016. Disponível em http:// www.villaresmetals.com.br /pt/ Produtos/Acos-Ferramenta/Trabalhoa-frio. <Acesso em 15/01/2016>. 2 GGD METALS. Catálogo de Materiais. 2016. Disponível em: http://www. ggdmetals.com.br/aco-ferramenta/. <Acesso em 15/01/2016>. 3 OLIVEIRA CJ. Avaliação da Influência de Sistemas de Filtragem Aplicados a Topografia de Superfícies em Usinagens. Dissertação de Mestrado. Belo Horizonte - MG: Pontifícia universidade Católica de Minas Gerais; 2004: p.123. 50 -
Revista do Aço
4. OLINIKI R. Influência da Combinação entre os Parâmetros de Usinagem por Eletroerosão na Integridade Superficial do Aço AISI H13 Temperado e Revenido. Dissertação de Mestrado. Curitiba: Universidade Tecnológica Federal do Paraná; 2009: p.127. 5. NEVES P, SOUZA O. Influência da Variação dos Parâmetros do Processo de Eletroerosão por Penetração no Desgaste do Eletrodo e na Produtividade no Desbaste do Aço Inoxidável 304 e do Inconel 718. In 7º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação; Penedo RJ; 2013: p. 10. 6.SILVA RD. Comparação do Desempenho do Fluído Dielétrico Vegetal com Mineral Sintético e Querosene na Eletroerosão do Aço AISI H13. Dissertação de Mestrado. Belo Horizonte MG: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; 2007: p.110. 7. AMORIM FL. Tecnologia de Eletroerosão por Penetração da Liga de Alumínio AMP 800 e da Liga de Cobre CuBe para Ferramentas de Moldagem de Materiais Plásticos. Tese de Doutorado. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2002: p.156. 8. SANTOS RFd. Influência do Material da Peça e do Tratamento Térmico na Eletroerosão dos Aços AISI H13 e AISI D6. Dissertação de Mestrado. Belo Horizonte MG: Pontifícia Universidade Católica de Minhas Gerais; 2007: p.122.
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