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Editorial Caros leitores, como é bom disponibilizar para o mundo a Revista Estimuladamente. A cada edição ficamos repletos de felicidade e de gratidão. Idealizamos a Revista como um painel de assuntos correlatos a desenvolvimento humano, sustentabilidade e autoconhecimento. A cada edição chegam até nós mais e mais pessoas com desejo de colaborar, de fazer parte desse lindo projeto. Sentimos que a cada edição nos consolidamos como uma Revista que se aprofunda em temas relevantes, que carecem de uma visão mais sistêmica e que dialogue com linguagem simples, acessível e não superficial. As coincidências que faziam com que os textos se encaixassem e se complementassem sem nenhuma intervenção, antes nos assustava, agora vemos que nunca foi coincidência. Nossa missão é maior do que pensávamos. Cada colaborador nos traz o texto que a sua intuição manda ou por critérios não controlados por nós. Esse processo têm se tornado cada vez mais assertivo e com resultados belíssimos. Estamos em constante movimento. Deixamos de lado a preocupação de manter as colunas criadas inicialmente e nos entregamos à colaboração e à aceitação. Como uma casa no campo, deixamos nossa porta sempre aberta para quem chega e para que parte. Quem parte é sempre bem vindo de volta e quem chega sempre tem a boas referências de quem por ela já passou. Estamos em constante transbordamento. Tema inclusive abordado nesta edição por mim e que reflete a prática do nosso novo colaborador Nelinho Chagas. Pessoa de coração enorme que se dedica a causas sociais e humanitárias. Preparem-se para experienciar as suas andanças e desafios. Falando em retorno, temos na capa o registro do nosso colaborador Gabriel Lucio, presente na edição 2 (Arte de Viver leva ações de respiração, meditação e yoga para o sistema prisional), em entrevista para nossa colaboradora Simaia Barreto sobre o projeto coordenado por ele. Dessa vez ele vem nos trazer um pouco da sua passagem pelo Ashram - Centro Internacional da Arte de Viver, na Índia. Não percam! Fico por aqui. Tenham uma proveitosa e transformadora leitura e não esqueçam de entrar em contato. Queremos muito ouvir sua opnião e sugestões.
Expediente Ano 02 | nº 08 | Outubro 2019 Bimestral Diretoria: Marcelo Conceição Reis Amanda Reis Argolo de Almeida Jornalismo: Lais do Nascimento Souza MTB 0005347/BA Revisão de Texto: Amanda Reis Argolo de Almeida Diagramação: Marcelo Conceição Reis Foto Capa: Gabriel Lucio Rua Professor Sabino Silva, nº 179, Chame-Chame, Salvador - Bahia. CEP 40157-250 revistaestimuladamente.com.br https://issuu.com/ revistaestimuladamente Tel.: (71) 99998-2877 Para anunciar: revista@estimuladamente.com.br Para colaborar: jornalismo@estimuladamente.com.br *As opiniões emitidas nas matérias e artigos são de total responsabilidade de seus autores. Imagens: www.istockphoto.com/br
Marcelo Reis Diretor
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Índice Toda edição
Pág. 48 ICF - Artigo: Coaching como ferramenta essencial para o mundo moderno e para líderes Por: Flávia Feitosa
Pág. 06 Planejamento Consciente: Transbordar Por: Marcelo Reis
Pág. 50 ICF - Agenda
Pág. 18 Vida e trabalho: Trabalhabilidade Por: Sandra Rêgo
Pág. 52 Construções Sustentáveis: Desconstruindo padrões da construção civil Por: Grece Otero
Pág. 20 Autoconhecimento & Espiritualidade: Afete lá que eu Afeto cá. Por: Conça Cedraz
Pág. 54 Comunicação Transformadora: Co-Solidariedade: Solidariedade - Bondade ou nada mais que nossa “obrigação”? Por: Marcelo Reis e Marcos Dimoraes
Pág. 22 Alterne: O Mercado Iaô e visão social de Margareth Menezes Por: Raimon Alves
Pág. 56 Universo Holístico: Transdiciplinaridade Por: Amanda Reis
Pág. 23 Mindfulness: Cuidando de Si para Cuidar do Outro Por: Ana Almeida
Pág. 60 Transbordar: A mudança que queremos ver no mundo Por: Nelinho Chagas
Pág. 24 Relações comunitárias: Escola: espaço de educação formal e social Por: Vânia Rocha
Pág. 67 Registro: Ânima Training Por: Amanda Reis
Pág. 30 Educação - 0 a 3 anos: Como alimentar o bebê? Para qualquer nutrição, não nos esqueçamos do amor Por: Leila Oliveira
Pág. 68 Contos de Família: Coração aberto para as surpresas da vida Por: Lais Nascimento
Pág. 36 Organização Vibracional: O lar Por: Tais Reis
Pág. 72 Minha Estimuladamente: Porque decidi mudar Por: Marcos Soares
Pág. 38 Alimentação: Você é o que come Por: Luciana Guidoux Pág. 40 Mecânica Quântica: O Homem Quântico Por: Jean Savedra
Nesta edição Pág. 08 Capa: Ashram - Centro Internacional da Arte de Viver Por: Gabriel Lucio
Pág. 43 Mensagem: Discernir Por: Brahma Kumaris Pág. 44 Coaching: Do Autoconhecimento à Felicidade e Plenitude do Ser Por: Renata Castello Branco
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Planejamento Consciente Por: Marcelo Reis
Transbordar
engajadas nestas causas, transbordando amor, empatia, compaixão e promovendo grandes transformações em sua comunidade, mas, em seus processos individuais, apresentam dificuldade em gerir as próprias emoções e acabam sucumbindo à depressão, ansiedade e outras doenças psicossomáticas.
Acredito que todos já ouviram falar no termo transbordar. Na língua portuguesa o verbo tem duas definições: “fazer sair ou sair fora das bordas” e “ter em excesso, estar repleto”. Ou seja, só podemos transbordar (fazer sair fora das bordas) aquilo que estamos repletos (temos em excesso). Temos visto cada vez mais o termo transbordar sendo empregado em ações de cunho social e de causas ambientais. A ideia é fazer um convite para doarmos àquilo que estamos repletos, mas muitas vezes acabamos transbordando coisas que nem sequer temos o suficiente para nós.
Esta pessoa está realmente transbordando amor e compaixão? Se ela está cheia destes nobres sentimentos a ponto de transbordar para o próximo, em que compartimento ficou o amor próprio? Assim como a xícara de chá da sabedoria Zen, podemos nos encher de bons sentimentos e energias todos os dias, mas também podemos nos esvaziar.
Não falo de bens materiais, tempo ou disposição. Falo do essencial. Vemos pessoas altamente revistaestimuladamente.com.br
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Planejamento Consciente
Proponho que neste início façamos um caminho contrário ao do transbordamento.
O mestre então responde: “Assim como esta xícara, o senhor está cheio de opiniões e conceitos préestabelecidos. Desta forma, como poderia entrar um novo ensinamento? Como poderei dar-lhe novas ideias e perspectivas, se você não tem espaço pra elas?” e completou: “Se você realmente busca ter conhecimento constante, então tem que esvaziar sempre a sua xícara”.
Já parou para observar o seu guarda-roupa? Ficamos muito felizes ao adquirir novas peças, mais felizes ainda quando essa nova peça é fruto do “transbordamento” do amor e gratidão de alguém por nós. Colocamo-la no cabide e a encaixamos, apertadinha, junto com as que lá já se encontram, com traços de uso e marcadas pelas nossas preferências.
Então devemos nos esvaziar para só depois transbordar?
Vamos a um desafio?
Acredito que as duas coisas podem ser feitas em paralelo. Podemos transbordar todo o amor que reconhecemos ter e, ao passo que a solidariedade nos encher de um amor puro e verdadeiro produzido pela preocupação genuína com a condição do outro.
Retire tudo desse guarda roupa e separe as peças por constância de uso. Separe as roupas que foram usadas no último mês. Das roupas que sobraram separe as que você não usou no último mês. E pode continuar fazendo isso até classificar todas as suas peças.
O que não quer dizer que não tenha de estar sempre estado de vigilância. Em se falando de amor, a falta do amor próprio pode abrir caminho para um sofrimento muito maior. Estar em contato com as dores do outro e as dores do mundo pode nos encher de sentimento de impotência e frustração. Sem perceber podemos acumular tudo isso e assimilar o que não é nosso para nós.
A constatação que chegará é que tem roupas que você sequer voltará a usar, seja porque saiu de moda ou porque não condiz com seu novo momento. E porque não nos livramos delas? Porque esse apego ao que já não faz mais sentido para você? Tenho uma notícia boa para você: nós também funcionamos assim!
Gosto da seguinte afirmação: acolho a condição do Nos enchemos de conceito estabelecidos, opiniões, outro e a condição do mundo, transbordo do que verdades e julgamentos, que, assim como o nosso guarda-roupa, criam barreiras para que o novo entre. mais estou repleto e que pode auxiliar na redução dessa condição, mas não sofro pelo sofrimento do Vamos esvaziar a xícara antes de transbordar? outro e não sofro pelo sofrimento do mundo. Vamos enchê-la do que faz sentido e abandonar o Ame-se e tenha a certeza de que fez o melhor, que não deve te acompanhar nesse novo momento. Somente a partir de então será possível avaliar o que da mais elevada maneira e, sem medo de ser feliz, transborde! temos mais do que o suficiente e estará pronto (a) para transbordar. Vamos criar consciência sobre o assunto? • Do que está cheio?
Citei a pouco a sabedoria Zen, sobre a metáfora da xicara de chá. Na verdade essa foi uma história real. Nan-In, um mestre japonês durante a era Meiji (1868-1912), recebeu um professor que tinha curiosidade em saber como este mestre exercia tamanha influência e tinha a admiração do povo. Ansioso, o professor sempre interrompia o mestre e tentava externar a sua opinião. Entre uma interrupção e outra o mestre Nan-In oferece chá e segue colocando chá na xícara do visitante de forma calma e serena, até que o chá preencheu toda xícara e começou a transbordar. O professor então pergunta: “Você não percebeu que a xícara está completamente cheia e não cabe mais chá nela?”. Ano 2 | outubro 2019
• O que precisa abandonar? • Se ente feliz com a felicidade do outro? • O que faria se não precisasse trabalhar? • Quais causas mais mexem com você? • Consegue identificar o porquê? • O que vai transbordar? • Como? Quando? Bom Planejamento Consciente. Marcelo Reis marcelo.reis@estimuladamente.com.br 07
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Capa Por: Gabriel Lucio
Ashram: Centro Internacional da Arte de Viver Satsang (encontro com a verdade) no centro internacional da arte de viver, Bangalore. Foto: Grabiel Lucio
Seja nas coisas materiais ou nas pessoas ao nosso redor, sempre buscamos paz e felicidade em elementos externos a nós. Quando isso não se concretiza, ficamos tristes, frustrados e não sabemos lidar com a complexidade das emoções. Ainda assim, encontrei um lugar onde tive ajuda no caminho para paz e felicidade genuínas. Lá percebi que estiveram todo o tempo dentro de mim. Esse lugar é o Centro Internacional da Arte de Viver, em Bangalore, Índia.
metros quadrados, com vários viajantes e funcionários caminhando e puxando malas. Até mesmo no banheiro fui pego de surpresa: um funcionário entrou, fazendo a limpeza antes que eu usasse e me entregou folhas de papel. A área da alfândega é outro ponto particular: há um painel enorme no qual se posicionam em sequência diversas esculturas de mãos, em diferentes tipos de mudras (gestos típicos da cultura védica para influenciar o fluxo de energia no corpo). Para uma pessoa sem alerta, sem consciência do mundo ao redor, esses detalhes poderiam passar despercebidos, mas eles me deixaram intrigado. Fui tomado pelo encantamento.
Minha primeira vez na Índia foi em 2016. Chegando lá, a área de desembarque internacional de Delhi já se mostrou peculiar. É um ambiente enorme, centenas de revistaestimuladamente.com.br
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Entretanto, esse deslumbramento se transformou assim que comecei a caminhar pelas ruas de Delhi. Antes de tudo, a Índia é a comprovação irrefutável de que o mundo é feito de valores opostos. Passando por uma rua, há o item mais belo, detalhado, bem desenhado e colorido de todo o mundo. Mais à frente, está a coisa mais estranha e mal planejada. Há pessoas de índole altruísta e, de repente, há outras de comportamento egocêntrico. As maiores riquezas e pobrezas convivem lado a lado. O trânsito é caótico; à primeira vista, não parece existir qualquer lei de trânsito. Até me fez sentir falta do trânsito de Salvador! Ao mesmo tempo, é incrível observar tanto conhecimento em meio ao caos. As pessoas têm a habilidade preciosa de ver eventos como eventos, erros como erros, sem se apegar ao passado ou ao futuro.
Navegar pelas ruas é uma aventura por si só. Dizem que quem tem boca, vai à Roma. Na Índia, talvez você não chegue à Roma, mas certamente alguém vai te levar para algum lugar. Os indianos têm a tendência de ajudar, mesmo que não saibam exatamente o que estão fazendo. Por conta disso, muitas pessoas acham difícil se comunicar, ainda que quase 10% da população fale inglês. De todos os lugares para os quais viajei, a Índia ainda é um dos locais mais cômodos para se comunicar, se você não souber falar a língua nativa. Ao norte da Índia, minha primeira cerimônia foi um Ganga Aarti , (“cerimônia de luz”, em hindi), na cidade de Rishikesh . O aarti celebrado à beira do Rio Ganges é algo para se lembrar: performado por 20 pundits (cerimonialistas), nele se oferece o fogo como símbolo de purificação. Essa cerimônia é realizada nas cidades sagradas ao entardecer, e realmente senti que algo me conectou com ela. Algo se acomoda dentro do meu coração quando escuto os cânticos durante o Ganga Aarti.
A Índia é um país que te ensina, por bem ou por mal, que o momento presente é irreversível. Quanto à cultura, a Índia é um país que abarca vários países em um só. É uma terra tão diversa que apresenta 22 idiomas oficiais, além de 1.600 não oficiais. Faz sentido imaginar um país extremamente múltiplo, com muitas cores e símbolos.
Ganga Aarti, Rishikesh Foto: Gabriel Lucio
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Festival Navratri (9 noites) no centro internacional da arte de viver, Bangalore Foto: Sri Sri Publication
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Qutb Minar, patrimĂ´nio da humanidade da UNESCO, Delhi Foto: Ano 2 | Gabriel outubroLucio 2019
FamĂlia tradicional indiana, Delhi Foto: Gabriel Lucio
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Mãos de Sri Sri Ravi Shankar antes do puja (cerimônia de gratidão) na escola védica do centro internacional da Arte de Viver, Bangalore. Foto: Gabriel Lucio Instrumentos utilizados para realização do Ganga Aarti, Rishikesh. Foto: Gabriel Lucio
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Monumento ao redor da Porta da Índia, Delhi. Foto: Gabriel Lucio
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Já viajando para o sul, passando pelas ruas de Bangalore e entrando no Centro Internacional da Arte de Viver (ou ashram ), é impossível não se impressionar com a visão monumental do Vishalakshi Mantap, a principal construção, com incríveis 1.008 pétalas de mármore branco; o Guru Paduka Vanam, um anfiteatro que comporta mais de 50 mil pessoas; a Annapurna Dining Hall, primeira super cozinha do país a receber a Certificação ISO 22000. O ashram é, com toda certeza, uma cidade dentro de uma cidade, um espaço de puro cuidado. Por sinal, merece destaque a palavra ashram , que significa “sem esforço”. Isso pode ser percebido facilmente ao viver neste lugar. Tudo é cuidado para você. Em alguns momentos, depois de passar semanas andando pelos mesmos caminhos, tive vontade de sair do Centro. Viajei por um tempo e, mesmo sem entender, percebi que gostaria muito de apenas voltar. As ruas da Índia significam agitação e desordem. O ashram significa calma e equanimidade. Valores opostos. Essas descrições parecem irrelevantes perante a energia do lugar. Um lugar que acolhe pessoas independente de sexo, cultura, religião, cor ou idade. É se sentir natural e feliz, como uma criança. É elevação espiritual, alegria aumentada quando compartilhada com tantas outras pessoas ao seu redor. É expressar gratidão, não por algo ou alguém, mas por ter uma vida nesta Terra. É como estar em uma realidade paralela pensada por John Lennon, que por coincidência viu tantas vezes o Ganga Aarti. É um lugar indescritível, porque não há palavras que descrevam como é estar em casa. Por fim, no ashram é possível ter a visão daquele que iniciou tudo: Sri Sri Ravi Shankar. Estar com ele é uma experiência única, pela primeira ou centésima vez. Dizem que estar na presença do Guru faz com que você expresse 100% daquilo que tem em si no momento. Senti isso com muita verdade; as pessoas se enchem de carinho, devoção e fazem o seu melhor para expressar todo esse amor. Isso acontece principalmente porque não existem barreiras quando há um coração devocional. Não há certo ou errado. Há simplesmente amor. E isso é a Arte de Viver. Gabriel Lucio Coordenador do Projeto de Ressocialização da Arte de Viver, professor de yoga gabrielucio@gmail.com
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Vida e trabalho Por: Sandra Rêgo
Trabalhabilidade
Durante muito tempo vivemos preocupados com a nossa empregabilidade, palavra de origem inglesa - employability - que ganhou relevância na década de 90 e tem como conceito a capacidade ou possibilidade que um indivíduo tem de conseguir e se manter em um emprego. Esse termo se relaciona com a capacitação profissional e com a adequação às competências exigidas pelo mercado, denotando a necessidade de uma pessoa agrupar um conjunto de ingredientes que a torne capaz de competir com todos aqueles que disputam um emprego.
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Um requisito importante para garantir a empregabilidade é que o profissional esteja sempre atento às demandas do mercado da sua área de atuação e tenha rápida capacidade de convergência, pois quanto maior for a aderência em corresponder a essas necessidades, maior será a sua empregabilidade. Ocorre que atualmente temos testemunhado as muitas mudanças que vem ocorrendo no mercado laboral, deixando o ambiente cada vez mais turbulento pela velocidade com que surgem os novos cenários e pelas incertezas ocasionadas pelas modernidades. 18
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Vida e Trabalho
Para uma maior segurança profissional, é importante manter a união e o equilíbrio entre as bases da trabalhabilidade que, por sinal, são similares às da empregabilidade:
Associa-se a isso a nova economia e as novas tendências e tecnologias inseridas na vida da sociedade. Não podemos esquecer de mencionar, ainda, os mais de 12 milhões de pessoas desempregadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, que, nas mais otimistas previsões econômicas, não serão tão cedo reabsorvidas pelo mercado de emprego.
• Adequação profissional – realizar um trabalho com o qual nos identificamos nos torna mais felizes, com energia e disposição, nos deixando em estado de flow. Este pilar funciona como uma forma de retroalimentação, fortalecendo a trabalhabilidade na medida em que a ocupação corresponde a aptidões, habilidades, gostos e interesses do trabalhador.
Com este pano de fundo, a empregabilidade vem perdendo lugar para a trabalhabilidade. A falta de perspectiva de se encontrar um emprego desloca para o indivíduo a responsabilidade pela criação de estratégias eficientes para ampliar os horizontes e não ficar apenas restrito ao mercado de emprego, e sim, considerar a sua inserção ou permanência no mercado de trabalho.
• Competência profissional - compreende os conhecimentos e experiências adquiridos, as habilidades e o jeito de atuar (atitudes). • Idoneidade - esta é uma questão que não tem meio termo. A honestidade e a correção com as quais o indivíduo conduz as suas atitudes dentro de princípios legais e éticos favorecem sempre as boas referências e recomendações. • Saúde física e mental - obter continuamente o equilíbrio entre os três pilares de formação do indivíduo biopsicossocial, conciliando trabalho e obrigações com boa alimentação, qualidade do sono, atividade física, hobby, vida social e autoconhecimento. • Reserva financeira e fontes alternativas – controlar o orçamento e planejar uma “poupança” nos dá fôlego para períodos de baixa em recebimento de receitas ou até mesmo tranquilidade para tomada de decisões mais ousadas. É preciso saber ir em busca de fontes alternativas de receita, como a realização de trabalhos esporádicos; um investimento produtivo pode ajudar ainda mais.
Este novo conceito versa sobre o talento, criatividade e capacidade de gerar trabalho que uma pessoa dispõe. A trabalhabilidade coloca o indivíduo para além do emprego, mostrando que esse pode ser mais que empregado e atuar, também, como consultor e empreendedor. O objetivo maior, neste caso, é gerar renda através dos próprios conhecimentos e habilidades socioemocionais e criativas.
• Relacionamentos - cultivar bons relacionamentos e manter sempre contato com eles, pois não adianta procurá-los apenas quando se está precisando de ajuda. Vale ressaltar que ambas, empregabilidade e trabalhabilidade, estão diretamente relacionadas com o VALOR profissional que uma pessoa consegue ter junto ao mercado. Vamos falar mais sobre isso? Acompanhe a nossa coluna na próxima edição.
Não é à toa que muitas pessoas desempregadas já “se encontraram” no mercado de trabalho e não pretendem mais voltar para o mercado de emprego, seja pela remuneração conquistada, pela liberdade de fazer a sua rotina ou até mesmo por ter dado vazão ao seu propósito. Ano 2 | outubro 2019
Sandra Rêgo sandra@sandrarego.com.br 19
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Autoconhecimento & Espiritualidade Por: Conça Cedraz
Afete lá que eu Afeto cá
Uma reflexão sobre como afetamos o mundo e como o mundo nos afeta.
Todos nós temos muito medo do desconhecido, seja dentro ou fora de nós. Tememos nossos aspectos destrutivos achando que se os olharmos, eles se eternizarão dentro de nós e não vemos que eles são apenas nossas partes temporárias; assim os rejeitamos e nos afastamos do nosso Eu Real.
Você algum dia já parou pra se perguntar quem você realmente é? Quem seriam os personagens que habitam dentro de você, suas qualidades e defeitos, suas formas de sentir, pensar e agir nesse nosso “mundão sem porteiras” ou no mundinho que lhe cerca no cotidiano? E sobre como eles interferem no resultado de sua vida como um todo? Eu já! E essa resposta foi profundamente libertadora.
Vamos olhar a maneira como afetamos o ambiente em que vivemos, tanto a partir da nossa parte desenvolvida quanto da nossa parte em desenvolvimento. A partir do nosso Eu Superior criamos o belo, o saudável, tudo o que é conectado com a paz e a harmonia, tudo o que pode ser chamado de amor. Mas precisamos aceitar também aquela parte que ainda não se desenvolveu, nossa parte quase irracional, ignorante e destrutiva do eu infantil e primitivo que vive em nosso interior. Sejam quais forem às razões, esta parte que tem medo e que odeia e que, portanto é destrutiva existe em todo e qualquer ser humano.
Pois bem: essa é a pergunta mais acertada quando se trata de identificar como afetamos o mundo e como o mundo nos afeta. O objetivo é descobrir quem nós somos de verdade, descobrir nosso Eu Real. Ôpa, o que é mesmo isso de Eu Real? Vamos falar sobre a ótica da metodologia de autoconhecimento chamada Pathwork®: O Eu Real, como o próprio nome diz, é tudo o que você é, com suas partes mais positivas, seu Eu Superior e suas partes mais distorcidas, seu Eu Inferior. É preciso decidir se você quer viver na ilusão de que seria um “anjo de candura” ou assumir que dentro de você também existem partes a serem desenvolvidas, para poder dar a elas a chance de serem transformadas. revistaestimuladamente.com.br
É a nossa inconsciência desse ódio e destrutividade que existe dentro da gente que gera em nós e ao redor de nós toda doença e sofrimento emocionais, todo um afetar negativo da gente para o outro e 20
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Autoconhecimento & Espiritualidade
A acusação recíproca, a atribuição hipócrita de culpas, o hábito de montar uma argumentação de que somos vítima dos outros e das circunstâncias, todas estas táticas enfim, aumentam e reforçam a interação negativa, a luta e o conflito, a dor, a separação e a confusão, nos vulnerabilizando a ser negativamente afetado pelo outro. Se o outro consegue nos afetar dessa forma, é porque existe necessariamente dúvida sobre nossos verdadeiros motivos e culpa; nem todas as nossas confusões e impulsos destrutivos, nem todos os nossos aspectos irracionais e ilusórios foram encarados.
do outro para a gente. Essa parte destrutiva faz nascer em nós uma culpa inconsciente que nos faz manifestar atitudes de ódio, na maioria das vezes inconscientes, tendo como consequência a rejeição aos outros, à vida e à bondade de ser. E nessa inconsciência, nos deixamos afetar pelas partes distorcidas do outro e deixamos de dar e receber o melhor da vida: o amor em plenitude. O ódio que existe em nós, se negado, se manifesta numa passividade aparentemente inofensiva, nos fazendo parecer sempre calmos, sempre sábios, suaves e inofensivos. Quando negamos nosso ódio e maldade, nosso egoísmo e despeito, geramos problemas para nós mesmos e para os outros. Ao negar a maldade em nós a colocamos na vida, no mundo, no outro e às vezes até em Deus, caracterizando-o como aquele que castiga e pune. Nos ocupamos em culpar, acusar e muitas vezes montamos uma argumentação para colocar o mal no outro ou nos outros, fora de nós, usando o mal real ou imaginário dos outros para negar o mal que existe em nós mesmos. Distorcemos nossa realidade interior para não encará-la.
Todos nós precisamos crescer e nos desenvolver para podermos assumir totalmente quem somos, deixar de ter necessidade de defesas destrutivas para nos isolarmos e transferir aos outros a responsabilidade pelo nosso estado atual.
Preciso lhe dizer que isso nos coloca numa enrascada: montamos numa gangorra e ficamos oscilando entre a dependência infantil em que nos encontramos, na ilusão de que somos impotentes diante dos erros dos outros, e, ao mesmo tempo, onipotentes devido à responsabilidade que esta atitude nos impõe, de julgar e culpabilizar o outro e não assumir a nossa própria destrutividade. No momento em que assumirmos plena responsabilidade sobre quem somos e sobre o que fazemos, quase magicamente nos livramos da culpa e paramos pra pensar como agir a partir de então.
Quando estamos conectados com nosso Eu Real, o mal que vem do outro não nos afeta. Apenas paramos pra pensar, sentimos o que estamos sentindo, decidimos como agir diante daquela circunstância, sem nos deixarmos abalar por aquele comportamento ou acontecimento. O outro é o outro e nós somos nós. Temos a tranquilidade de decidir o que queremos fazer com tudo o que o outro nos traz, sem sermos afetados negativamente. Para conseguir estar nesse lugar, é necessário examinarmos quais têm sido nossas reações à presença do outro, às atitudes dos outros, aquelas que no fundo no fundo você sabe que não é o outro, é você que não se sente contente com a forma como as coisas estão acontecendo, em outras palavras: com você mesmo.
Com isso não estou dizendo que devamos assumir isoladamente a responsabilidade e, falsamente, inocentar os outros. Precisamos encarar essa nossa parte destrutiva, o nosso próprio mal, sem perder de vista que se trata apenas de um aspecto menos desenvolvido de nós como um todo, do nosso eu.
Dessa forma, AFETE LÁ QUE EU AFETO CÁ, consciente e positivamente. Isso somente será possível se reunirmos a coragem de identificar nossos aspectos maus e distorcidos, acolhê-los na intenção de transformá-los, deixando com o outro o que é do outro, nos libertando da culpa e das exigências de que os outros têm que ser como nós gostaríamos que ele fosse e sendo felizes, independente do que a vida e o outro nos tragam.
A chave da vida plena e harmoniosa é o reconhecimento honesto dessa nossa parte destrutiva e primitiva. Os níveis mais desenvolvidos são construtivos e criativos, são verdadeiros e amorosos e têm um efeito muito forte sobre o mundo à nossa volta. A partir dessa honestidade é possível lidar com nossas camadas que ainda precisam de desenvolvimento e atingir o que está por detrás delas, ativando o que há de melhor na gente e no outro. Ano 2 | outubro 2019
Conça Cedraz concedraz@gmail.com 21
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Alterne Por: Raimon Alves
O Mercado Iaô e visão social de Margareth Menezes O palco principal que agora recebe o nome da mãe da cantora, que desencarnou em 2018, passou a ser Palco Dona Diva e sempre vem repleto de estrelas baianas e nacionais que comungam com Margareth de um mundo mais solidário e empreendedor.
Foto: Carol Figueiredo
O Mercado passou a ter uma área de 7.000 metros quadrados onde funcionava a Fábrica de Linhos Nossa Senhora de Fátima. Aos domingos o público tem entrada gratuita até às 13h, após este horário o ingresso simbólico custa R$ 20,00 e R$ 10,00. Palestras, cursos e oficinas diversas são desenvolvidas no local. Este ano, jovens da periferia tiveram acesso a curso de teatro com enfoque social e possibilitador do exercício da criatividade e crescimento humano e social. Atores e diretores baianos contribuem para a realização do curso. Fundado em 2014 o projeto vem crescendo e angariando parcerias importantes, motivando todos para novas conquistas. Profissionais são capacitados envolvendo atualidades do mercado e movimentado um capital para a economia baiana tendo como pano de fundo a sustentabilidade, a exemplo da oficina de Marketing Digital com a finalidade de capacitação.
Foto: Juan Figueirôa
O famoso Galpão das Artes, espaço que reúne artesãos e outros executores, já conta com trabalhos de centena de artistas, fomentando o desenvolvimento e dando visibilidade à identidade do nosso povo, como tanto deseja a mentora e cantora.
O artista exerce sempre um papel social de acordo com sua postura diante da sua arte e quando um artista tem consciência deste papel e resolve fazer o exercício pleno da sua cidadania, o resultado é produtivo para muitos atores sociais.
Portanto, se ligue! Margareth este ano vai lançar seu novo CD “Autêntica” no espaço do Mercado, e como sempre, milhares de pessoas irão se juntar para irmanar arte e o paradigma de um mundo fraterno e belo com a união de todos.
De forma cooperativa e coletiva a cantora Margareth Menezes fundou a ONG Fábrica Cultural e vem desenvolvendo um trabalho social relevante na Cidade Baixa, em Salvador, de onde é filha e que retorna para trazer benefícios para vários indivíduos.
Fan page: https://www.facebook.com/MercadoIao
Unindo diversas manifestações artísticas como moda, gastronomia, artesanato, o mercado se tornou uma linda opção para os baianos que fielmente aos domingos descem para Ribeira para vislumbrar um projeto que premia preocupações diversas como: empregabilidade, jovens da periferia, meio ambiente, cidadania, gênero e economia solidária e criativa. revistaestimuladamente.com.br
Instagram: @mercadoiao Onde: Praça General Osório, 33, Ribeira, Salvador. Raimon Alves raimonalvesator@gmail.com
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Mindfulness Por: Ana Almeida
Cuidando de Si para Cuidar do Outro
Quando pensamos ou falamos em cuidar de si mesmo(a), estamos na prática promovendo o amor próprio ou também conhecido como autoamor. Sendo ele um divisor de águas nas nossas vidas pessoais e relações interpessoais, podemos afirmar que, quanto mais nos amamos, mais conseguimos ser felizes, estando sós ou com o outro (a). Assim concluímos que quando cuidamos de nós mesmos, estamos cuidando também das outras pessoas em torno de nós.
regulação emocional (consciência), nos ensina que podemos acessar todos os nossos recursos internos positivos se escolhemos olhar para eles e comprendê-los em suas qualidades e virtudes na prática. Assim como também, olhar para outros comportamentos desagradáveis que podem ser autoregulados através de um treinamento incorporado ao seu cotidiano, trazendo mais satisfação plena e qualidade de vida humana.
Sendo assim, cuidando de você, estará cuidando também daqueles que vivem com você, dos seus relacionamentos afetivos, familiares e cotidianos. Promoverá bem estar e alegrias não somente a ti mesmo, mas também para todos aqueles que vibrarem nesta mesma energia.
Há quem diga que pessoas felizes fazem um bem danado e atraem outras pessoas felizes! Você acredita nessas afirmações? Se você acredita na lei da atração ou na física quântica então sua resposta será afirmativa. Mas então, o que podemos Ser, Fazer para Ter essa “tal felicidade”? As práticas para o autoconhecimento nos ensinam a sermos mais conscientes, desenvolvermos mais auto compaixão e auto aceitação para termos ou criarmos uma vida com mais sentido, plenitude e equilíbrio emocional. E a partir destes e outros recursos internos positivos possamos acessar a felicidade que é inerente do ser humano desde a sua tenra infância. Se você acredita que fomos criados para vivermos em plenitude e felicidade na terra, então esta essência orgânica está dentro de você! Consegue acessa-la aqui e agora no momento presente?
Nossas energias são forças sutis em pleno movimento e expansão, quando positiva ela é contagiante e pode transformar seu próprio Universo, sendo inspiração para outros que experimentam dela. E que tal vibrar cada vez mais alto nesta energia positiva Universal? O que você tem feito para cuidar melhor de si mesmo e consequentemente de outos ao seu redor?... Compartilhe comigo seu interessante ponto de vista sobre o assunto! Terei imenso prazer em conversar com você! Anna Almeida terapiaholisticasintegrativas@gmail.com
O Mindfulness, muito difundido como atenção plena, mas que para mim é um estado de auto
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Relações comunitárias Por: Vania Rocha
Escola: espaço de educação formal e social
Olá caros leitores da Revista EstimuladaMente. Bom estar com vocês mais uma vez para podermos conversar sobre temas que tanto têm nos feito refletir sobre as questões sociais e nossa existência no espaço comunitário.
configura como um ambiente social. A educação formal, que acontece no ambiente escolar, encontrase delineada na vida dos sujeitos como o espaço legitimado onde o conhecimento formal acontece, como também o ambiente em que as especificidades associadas à natureza efetiva e valores humanos devem ser reforçados, sendo, portanto, a composição destes conhecimentos que caracterizam os processos sociais e orientam o trabalho pedagógico das escolas.
Nesta edição conversaremos sobre um tema que nunca se esgota: a escola enquanto espaço educacional formal e seu papel social. É importante entendermos a escola como uma instância de mediação científico-social, ou seja, o lugar onde a educação formal acontece, mas sem perder de vista sua conexão com os contextos sociais, que se dá a partir do entrecruzamento entre a prática pedagógica e a aprendizagem, mas também o entrecruzamento das relações que perpassam e ancoram a prática e a aprendizagem, ou seja, a cultura de escolaridade, as tensões, os contextos, contrastes e acessibilidades. É neste ambiente educacional, onde os processos educativos se desenvolvem, que o sujeito-humano se insere em sua formação acadêmica inicial.
Sendo assim, a Educação não pode ser construída, concebida e, portanto, transformadora e emancipatória, se for pautada numa educação em que o indivíduo aprendente, na condição de aluno, seja um mero receptor das ideologias selecionadas e que os reduzem a meros expectadores. Na aliança entre teoria e prática no “fazer educação”, o educador não pode ser um reprodutor “robótico” de práticas pedagógicas voltadas exclusivamente para a transmissão de conteúdo sem reflexão, buscando a disciplina castradora e fomentando a competitividade negativa. Muito longe disto, o educador precisa se compreender como um ator da prática pedagógica relacional, cuidadosa e humanizadora.
É característica primeira da escola ser um espaço emancipatório e que represente o cenário de socialização e de mudanças, já que a escola se revistaestimuladamente.com.br
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Relações Comunitárias
Fala-se muito do papel do educador enquanto agente de transformação, tendo que ser um sujeito que tenha um espírito de cidadania, seja crítico, criativo, consciente da importância do desenvolvimento da autonomia e da capacidade de resolução dos problemas, e assim segue. Contudo, para que isto se dê na prática, e o papel social do educador se cumpra, é necessário que o sujeito-educador esteja comprometido em estar em constante processo de aprendizagem, mas principalmente, preparado para lidar com os metacontextos que circundam tanto ele próprio, quanto o educando e a comunidade escolar, considerando suas experiências, valores, as relações, as múltiplas expressões culturais, étnicas e religiosas, as realidades sociais etc.
Para que isto seja possível, a educação deve ser construção sociocomunitária, numa prática constante do diálogo entre os pares a partir do espaço de mundo do sujeito aprendente – o/a aluno/a - e do sujeito mediador – o/a professor/a. Assim, a escola deve buscar uma relação de conexão entre os atores educativos, sendo eles o/a professor/a, pais, profissionais da educação em geral, e sem deixar de contar também com a participação e aproximação com a comunidade de seu entorno, buscando fazê-lo de forma harmoniosa, sob a perspectiva de uma ação participativa social, visando à construção compartilhada de alternativas para o desenvolvimento educacional. Ressalta-se que tal cuidado em buscar a participação sociocomunitária escolar estende-se para o momento de construção e implementação dos Currículos, normas, procedimentos de ensino, teorias, linguagem, materiais didáticos, processos de avaliação, de modo que o momento de estruturação, construção e produção do texto dos mesmos contem com a participação dos entes e sujeitos sociais e sejam produzidos a partir da compreensão e necessidades locais, sem deixar de ser universalizante e ao mesmo tempo acessível.
O educador precisa estar consciente daquilo que planeja e do modelo educativo que deseja praticar. Esse alinhamento deve, consequentemente, repercutir em ações coesas e focadas no propósito maior da educação: a aprendizagem significativa do educando de modo a prepará-lo para a vida. É importante que as atividades sejam realizadas de modo a possibilitar o empoderamento do sujeito aprendente – o educando - e o intercâmbio de A esta altura o/a caro/a leitor/a deve estar saberes entre os atores sociais - educador e educando pensando: “ela é uma sonhadora”, e se perguntando: - visando à construção participativa de alternativas “onde ela vai encontrar essa participação ativa dos para o desenvolvimento educacional. sujeitos do universo escolar, na construção coletiva Assim, criar condições para que o educando possa de regras e procedimentos e na constituição de canais de comunicação?” reconhecer-se como unidade/coletiva na história da humanidade, deve ser um dos pressupostos da Primeiro gostaria de lembrá-los que nas edições formação escolar, como também para uma nova de números 2 e 3, do ano 1 desta Revista, nós já educação que estimule um processo educativo que trouxemos exemplos bem sucedidos da união entre a escola e a comunidade, que vale a pena recordar (se seja capaz de desenvolver competências no sentido expresso nos quatro pilares da educação: aprender a ainda não leu, corre, porque tá excelente!): conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os Você sabia que Salvador abriga a única escola comunitária considerada transformadora no mundo? outros e aprender a ser (DELORS, 2000). Na nossa seção sobre terceiro setor vamos apresentar o trabalho da Escola Comunitária e transformadora Luiza Mahin, que fica no bairro do Uruguai e nasceu da iniciativa da Associação de Moradores do Conjunto Santa Luzia. (BARRETO, 2018, p. 46-47)
Desta forma, é possível conceber uma Educação formal-escolarizada de cunho social que seja de fato promotora de transformação. E esta deve valorizar e enfatizar as especificidades de cada realidade regional e local, com as características sociais, culturais, econômicas, religiosas e formais de cada cantinho de cada região, reforçando o pressuposto de que não podemos mais nos prender ao conceito nacionalista de Brasil, mas da democrática forma de lidar com os brasis em sua múltipla riqueza cultural. Ano 2 | outubro 2019
No geral, nosso entrevistado explica que as Escolas Famílias Agrícolas (EFAs) são escolas comunitárias, construídas e geridas por comunidades camponesas para garantir o acesso da juventude do campo à educação mais apropriada para seu ambiente de vida. Neste caso, os atores e espaços educativos vão para além da sala de aula. A família, a comunidade, as entidades e movimentos sociais se tornam colaboradores na educação dos jovens. (BARRETO, 2018, p. 64-65) 25
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E estes são somente dois das centenas de milhares de exemplos bem sucedidos de comunidades que se uniram para fazer a diferença e lutar por uma educação de melhor qualidade que garanta os direitos constitucionais de acesso ao conhecimento formal. Posso lhe assegurar que se procurar ai pertinho de você vai encontrar algum exemplo como estes.
Temos algumas frentes de apoio e engajamento social, visto que reconhecemos a importância do papel da escola para a comunidade. Nossa concepção é de escola enquanto espaço comunitário, onde as decisões são tomadas em conjunto e as necessidades de todos os segmentos são escutadas e respeitadas. Temos relação com todas as Associações que se encontram ao nosso redor, temos também o “Diálogos com a comunidade”, um espaço de discussão de temas importantes para o desenvolvimento da comunidade. Hoje também temos uma frente de apoio às mães de crianças com deficiência, com reuniões regulares para tratar de temas como benefício, passe livre e acompanhamento. As rodas de mulheres também são uma realidade, uma rede de apoio e sororidade entre as mulheres, mães, para acolher suas demandas. (REIS, 2019).
E neste nosso bate papo trago mais um exemplo de trabalho exitoso, aqui na Cidade de Salvador. O Centro Municipal de Educação Infantil - CMEI – União Boca do Rio é um exemplo de que é possível aproximar a família, a escola e a comunidade para, juntos, pensarem e conceberem a Escola como um espaço que seja de educação formal, mas acima de tudo um espaço de transformação humanizadora, que trás para o ambiente escolar o papel ativo da família, conscientizando-as da importância de sua participação na vida escolar de seus filhos, como também conseguiu criar laços de mútua colaboração e cooperação social com a comunidade de seu entorno. Assim, o processo de educação formal passou a ter significância na vida escolar destas crianças, e foi além, mostrando para toda a comunidade escolar o significado da “estrutura” escolar enquanto patrimônio social.
Aliado à união com a comunidade, à participação mais ativa das famílias dos alunos e o trabalho cada vez mais comprometido da equipe escolar, o CMEI União Boca do Rio conta também com as ações do Programa Agente da Educação, Programa da Prefeitura Municipal de Salvador, através da Secretaria Municipal de Educação, executado pelo Parque Social, organização sem fins lucrativos, cujo objetivo do Programa consiste em:
A Gestora do CMEI União Boca do Rio, Amanda Reis, a Pró Amanda, como é carinhosamente conhecida e tratada por todos, enfatiza a importância de compreendermos a escola enquanto espaço sociocomunitário: A comunidade é a escola. É inconcebível entender a escola fora do princípio de desenvolvimento comunitário. Os ritmos, os tempos, a cultura, a construção da identidade escolar é reflexo da vida da comunidade. Portanto, as famílias são nossas maiores colaboradoras e apoiam em todas as atividades da escola, desde a tomada de decisões importantes, a partir do conselho escolar, até a organização de eventos para arrecadação de fundos para a escola. (REIS, 2019).
promover a melhoria do desempenho escolar dos alunos do ensino fundamental das Escolas municipais, incentivando a permanência interessada do aluno na Escola, a partir da redução da evasão e infrequência, através do acompanhamento da vida escolar e orientação às famílias, incluindo ocorrências indisciplinares e acompanhamento da frequência dos alunos, assim como promover a aproximação entre a família, escola e comunidade, por meio do desenvolvimento de ações que possibilitam a participação dos familiares no ambiente escolar e o seu envolvimento na rotina estudantil, auxiliando-os no acompanhamento e apoio ao aprendizado dos alunos, assim como. (PROGRAMA AGENTE DA EDUCAÇÃO)
Também destaca a igual importância da participação de todos na concretização de uma educação socialmente qualitativa, e a diferença que fez quando a escola abriu as portas para a comunidade em seu entorno, buscando atender e pensar possibilidades de melhorias para diversas demandas da população local, ao tempo em que também conscientizou-os a participar ativamente das decisões:
O Agente da Educação é estagiário/a, estudante de Pedagogia, que é responsável por desenvolver ações, sempre alinhado com a Gestão Escolar e em parceria com a equipe pedagógica e os demais integrantes da escola, que visem fortalecer a escola enquanto espaço de aprendizagem e interatividade. A Pró Amanda, enfatiza a importância das ações do Programa Agente da Educação no CMEI:
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Sempre controlamos o fluxo de frequência dos alunos. [...] O Agente articula os múltiplos setores, apoia junto às educadoras e aproxima as famílias das práticas escolares. As visitas domiciliares, o apoio e a frente social é a maior contribuição. Os pais se sentem “olhados”, cuidados. (REIS, 2019).
Nota: AMANDA REIS: Mestre em desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social. Possui formação pedagógica em Educação Transdiciplinar e a Arte de Aprender para o Desenvolvimento Humano, Coach e Analista de Perfil comportamental Disc, Practione de Barra de Access. Formações em andamento: Pathwork e Coaching Sistêmico. Sócia da Estimuladamente – Desenvolvimento do Ser Humano Integral. Diretora da Revista Estimuladamente. Gestora Escolar do Centro Municipal de Educação Infantil União Boca do Rio.
Como podemos concluir, o papel político, a contextualização prática e a participação coletiva e democrática das famílias e da comunidade, são os pontos principais no exercício efetivo de uma educação de fato social e emancipatória. Apesar de todas as mudanças ocorridas na estrutura educacional, tanto no que se refere às conquistas políticas, quanto às diversas expressões pedagógicas, é necessário manter esta busca pelas mudanças e alçar novas formas de pensar a escola por meio de múltiplos mecanismos e ampla diversidade de arranjos educacionais, escolares, familiares e sociais, de forma coletiva, participativa e democrática, tendo como elemento propulsor os objetivos principais da educação: a emancipação intelectual, a inclusão social, a participação cidadã e, acima de tudo, o desenvolvimento humano.
Referências BARRETO, Simaia. Organização global premia escola comunitária no bairro do Uruguai com o título de Escola Transformadora. Revista Estimuladamente, ano 01, nº 02, agosto/2018. Disponível em: <http://www. estimuladamente.com.br/revista/publicacoes/ano-01-no02-agosto-2018/> BARRETO, Simaia. Educar para transformar, educar para o campo! Revista estimuladamente, ano 01, nº 03, outubro/2018. Disponível em: <http://www. estimuladamente.com.br/revista/publicacoes/ano-01-no03-outubro-2018/> PROGRAMA AGENTE DA EDUCAÇÃO. Disponível em: <http://www.agentedaeducacao.salvador.ba.gov.br/ projetos.php>.
Deste modo, claro está que, a Educação formal precisa ser pensada dada esta realidade e para tanto é essencial que compreendamos os diferentes espaços escolares como o lugar por excelência de atuação coerente, ética e condizente com as necessidades da comunidade.
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Vania Rocha vaniarocha.antropologia@gmail.com
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Educação - 0 a 3 anos Por: Leila Oliveira
Como alimentar o bebê? Para qualquer nutrição, não nos esqueçamos do amor
Penso, com tristeza, em como a alimentação se tornou um campo de disputa e muitas vezes de humilhação e punição da criança, tanto em casa como em ambientes coletivos. Ameaças, frases grosseiras e castigos, ou ainda, o aprisionamento dos corpos em bebês conforto ou as tais mesas em que há cinco ou seis buracos e em que os bebês recebem sua porção de alimento em série.
Quando vejo um bebê se alimentar me encontro com a delicadeza e com a complexidade desta tão profunda capacidade humana, que traz em si uma dialogia iminente: Nutrir o outro e nutrir-se. Todos nós, se estamos vivos, recebemos de algum modo um tipo de nutrição que se constituiu como uma base de nossa existência. Conscientes ou não, esta nutrição faz parte de nossa constituição integral, pois de uma nutrição não tomamos apenas vitaminas e minerais. Tomamos afetos, desafetos, saúde ou doença, alegria ou tristeza, acolhimento ou desamparo, amor ou desamor, direito ou violações do direito. Podemos sobreviver recebendo o mínimo necessário de um alimento, mas se queremos vida, e não sobrevida, quais seriam os caminhos possíveis para alimentar o corpo e a alma de uma criança?
Refeitórios onde se alimentam centenas de bebês, e em que o estado de atenção é impossível de se alcançar, assim como a percepção de como e do que se come.
Penso também, em como, em um país tão grande como o nosso, e em que a produção de alimentos é capaz de alimentar milhões de seres humanos, incluindo o de outros países, estamos tão enfraquecidos em nível nutricional. Muitas crianças brasileiras estão desnutridas, e não só as crianças No texto da edição anterior escrevi sobre como os chamados “problemas alimentares”, se acolhidos pobres. A medida que entendemos menos sobre como funciona nosso corpo, nossa alimentação e pensados por uma perspectiva mais aberta, revelam-se como problemas que perduram também e nossa saúde, tiramos das crianças o direito de aprenderem a escolher o que o corpo delas precisa. na vida adulta. revistaestimuladamente.com.br
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Educação - 0 a 3 anos
A nutrição é um desafio humano. Não é desafio apenas dos bebês e crianças pequenas. Como todas as necessidades humanas não poderia ser simples. Ainda assim, a depender de como se inicia, pode ser uma possibilidade que elevaria todos os humanos para um nível mais pacífico consigo mesmo e com os outros, em relação a algumas dimensões que considero fundamentais: à saúde entendida como um estado de bem-estar geral do indivíduo, a aprendizagem do cuidado de si, o desenvolvimento da atenção, o poder de escolha e a confiança
criança em relação ao adulto e fortalecem, pouco a pouco, a capacidade de perceber que o alimento é importante para a sensação de conforto do corpo e que, há um limite inteligente para a ingestão de alimentos, que chamamos de saciedade. O adulto deve prestar atenção aos sinais de saciedade do bebê não insistindo para que ele exceda seu limite. Permite com este ato respeitoso que, mais adiante, a criança continue se alimentando sem extrapolar o limite de sua fome. Quando o bebê praticamente dobra o peso de quando nasceu é chegado o momento de experimentar outros alimentos. A transição para esta etapa envolve muitos elementos desconhecidos para o bebê: O alimento em si que agora possui diferentes texturas, temperaturas, sabores, aromas e cores, o uso dos novos utensílios e a nova maneira do adulto alimentá-lo.
Questiono a expressão introdução alimentar utilizada para se referir ao período em que bebês passam a se alimentar com alimentos sólidos. A introdução alimentar se inicia com as trocas de nutrientes entre o bebê e a mãe no período de gestação e continua após o nascimento, seja com leite materno e em alguns casos com a fórmula infantil. No ventre materno o bebê já sentiu vários sabores e, pouco tempo depois, durante o período de amamentação, inicia- se um processo valioso que muitas vezes é negligenciado. O bebê que chora de fome na verdade, chora pelo desconforto que a fome lhe causa. Desconforto este influenciado por um perfeito mecanismo de trocas físico-químicas que avisam ao pequeno corpinho do bebê que o seu nível glicêmico baixou. O adulto que cuida do bebê tem uma compreensão, captada pelos sentidos, de que aquele choro é o da fome. Então acolhe o bebê e o alimenta no seio ou na mamadeira. O bebê engole o alimento, e, aos poucos, a sensação de desconforto diminui. Outras trocas físico químicas acontecem não apenas pela chegada do alimento ao pequeno estômago, mas também pelo acolhimento que recebe do colo a partir do olhar e do calor do corpo do adulto.
Para um bebê com cento e oitenta dias de vida considero que o desafio é imenso pois, além de todos os fatores desconhecidos, alguns bebês se encontrarão com outros desafios: as ansiedades, medos, inseguranças e a falta de paciência de seus adultos de referência. Nos programas alimentares que formulei para instituições e, na minha experiência no atendimento familiar, sigo com apreço as orientações que me foram ensinadas pela Dr Nielce de Paiva . Apresenta-se primeiro os alimentos com sabores suaves e adocicados, mais próximos ao sabor do leite materno. Pêra, maçã, banana prata ou banana maçã, melão, abacate. Os amarelos como laranja, manga e mamão um pouco mais tarde, e ainda mais tarde as frutas vermelhas e as verdes. Por último apresentamos as que possuem alto nível de acidez. Apresentamos a fruta raspada ou bem amassada. Na medida do possível, em casa apresentamos as frutas uma a uma, lembrando que alguns bebês precisam experimentar muitas vezes o mesmo alimento para aceitá-lo.
Quem alimenta deve compreender a importância que nesta primeira fase o bebê tenha a oportunidade de viver a experiência da alimentação de forma plena. O adulto pode se sentar em uma poltrona ou cadeira confortável e, alimentando o bebê ao seio ou na mamadeira, deve demonstrar que está presente, evitando o uso de eletrônicos e de qualquer outra coisa que lhe tire a atenção ou a atenção do bebê deste momento. Fortalece-se assim a capacidade do bebê de sentir repetidas vezes os ciclos, desconforto acolhimento - conforto, fome - alimento - saciedade. Estes ciclos plantam sementes da segurança da Ano 2 | outubro 2019
Em instituições em que as crianças ficam muito tempo aos cuidados de educadoras oferecemos as primeiras frutas uma a uma e tempos depois, preparamos uma mistura de no mínimo no mínimo três frutas batidas” Essa mistura é oferecida uma vez ao dias e não substitui a fruta servida amassada e ao longo do desenvolvimento do bebê em pedaços. 31
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Pequenos grupos do berçário I Instituto Jacarandá de Educação Infantil / Campinas
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Instituto Jacarandá de EducaçãoAno Infantil 2 | outubro / Campinas 2019
Educação - 0 a 3 anos
Entre as frutas batidas, uma deve ser ácida. Frutas batidas oxidam e podem perder suas propriedades, mas a mistura de duas frutas com outra ácida mantém a mistura sem oxidação, assim como suas propriedades nutricionais. Essa mistura de frutas prepara o organismo para a captação ótima de cálcio e ferro, além de aumentar a quantidade de nutrientes recebidos pelo bebê em um dia.
está nela. Nos primeiros meses a colher deve ser pousada delicadamente sobre os lábios do bebê e ele deve abrir a boquinha para receber o alimento. Da mesma maneira como desde a amamentação, o bebê não deve ser distraído com eletrônicos, músicas, os chamados aviõezinhos ou palmas e elogios. O adulto precisa estar tranquilo e atento e o bebê poderá compreender no colo do adulto como funciona a colher. Perceberá a ação motora do adulto para pegar o alimento do pote até a sua boca. Em poucos meses, os bebês alimentados no colo se interessam pela colher. Neste momento o adulto deve entregar a colher ao bebê, mas, continuar a servir com a sua.
Entre sete e oito meses, a depender de como aconteceu a introdução das frutas, inicia-se o processo de introdução dos legumes, novamente tomando em consideração a suavidade do sabor: mandioquinha, abóbora, batata doce, chuchu, abobrinha, cenoura e vagem. Um a um, bem amassados e depois combinados entre si. Um tempo depois inserimos uma verdura e as flores, brócolis e couve flor, e os primeiros temperos, salsinha e cebolinha (a batata inglesa, o tomate e o repolho são os alimentos que procuro evitar até os doze meses se não há uma opção orgânica). Um fio de azeite pode ser introduzido, mas o sal deve ser evitado até um ano e o açúcar até os dois anos. O caldo de carne ou a carne bem picadinha e desfiada pode ser introduzido entre oito e doze meses. Nas instituições que acompanho são introduzidas por volta de dez meses dependendo do desenvolvimento da criança. Por fim, quando a criança completa doze meses introduzimos os grãos, primeiro amassados e depois inteiros.
Outra particularidade de nosso modo de oferecer os alimentos se relaciona ao uso restrito da mamadeira apenas para o leite que substitui o leite materno. A água é servida desde os seis meses em copos de vidro que variam de tamanho de acordo com o desenvolvimento dos bebês. O bebê deve estar com fome, desperto e o menos cansado possível no momento de receber o alimento. Muitas vezes os adultos escolhem um horário para o almoço e jantar dos bebês seguindo uma lógica cronológica adulta. O adulto que se conectou ao bebê reconhece sinais de fome e estabelece junto com ele um horário de alimentação adequado, constante e logo previsível. Nos primeiros dias, se houver recusa, o adulto pode esperar alguns segundos antes de novamente oferecer a colher.
Mas não é só na sequência de alimentos que devemos pensar. Como devemos servir o alimento para o bebê?
No ambiente coletivo a alimentação no colo é possível, porém, a rotina do berçário deve ser organizada de maneira a levar em consideração os Se pensamos na transição dos sabores, dos mais ritmos individuais dos bebês sem deixar de considerar suaves para os mais fortes, e se pensamos na os tempos da instituição. Já existem instituições onde transição das texturas, do líquido para o pastoso até a alimentação no colo acontece, e entre elas, estão os pedaços, também devemos pensar na transição do algumas em que atuei e atuo como formadora. lugar onde o bebê é alimentado. Em casa ou na instituição as vantagens da Fundamento a minha prática nesta transição e postura adulta na Abordagem Pikler.
O bebê estava sendo alimentado no colo quando tomava leite, e agora deverá se acostumar com outros alimentos e com talheres. Sendo assim, continuar a alimentação no colo significa manter uma das suas referências de segurança. O adulto irá usar também uma cadeira confortável, com uma banqueta de apoio para os utensílios e o potinho de alimento. Os braços do bebê devem estar livres. O adulto pode mostrar a colher e dizer ao bebê o que Ano 2 | outubro 2019
alimentação no colo são evidentes. Os bebês aceitam melhor os alimentos, progressivamente começam a reconhecer o que estão comendo e tem maior interesse em pegar a colher e levá-la a boca. Também iniciam a alimentação autônoma mais cedo em relação as que são alimentadas em cadeirões, e mais ainda, em relação aos que são alimentados em bebês confortos, com outros três ou quatro bebês ao mesmo tempo por uma mesma educadora.
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Pedro Macedo Foto: Priscila MagalhĂŁes Ano 2 | outubro 2019
Educação - 0 a 3 anos
Quando o bebê já se senta com autonomia e apresenta interesse poderá ser alimentado na mesa. O adulto deve servir o bebê com uma colher até que ele tenha a capacidade de não derrubar o alimento. A colher ideal é a de sobremesa. Usamos sempre potes de vidro ou de cerâmica. Estes potes ajudam o bebê a colocar o alimento na colher e também a visualizarem o que está no pote. Sempre uso os potes de vidro, pois, mesmo o alimento servido em camadas pode ser visto de forma integral pelo bebê.
Nossa resposta é sempre a mesma. Não fazemos nada sozinhos. Nós estamos com os bebês e procuramos compreendê-lo genuinamente. Quanto mais prestamos atenção nos sinais destes bebês, mais conseguimos compreender como está se estruturando a percepção dele sobre suas próprias necessidades e tentamos apoiá-lo para que se sinta compreendido. Aprender a se alimentar com o que a natureza oferece fortalece a vontade da criança. Não se trata apenas de aprender bons hábitos, mas de sentir o bem-estar que nos é oferecido por alimentos que fazem parte daquilo que também somos. Somos seres da natureza. A aprendizagem da alimentação também fortalece na criança a capacidade de escolha do bebê e, essa capacidade poderá acompanha-lo por toda a vida. Já observei muitos bebês que se alimentam de todos os vegetais, um dia ou outro, o rejeitarem, ou passarem uma temporada sem aceitar algum alimento. Estas rejeições precisam ser acompanhadas, mas, precisam ser respeitadas. Se a criança não está sendo exposta ao açúcar, embutidos, ou enlatados precocemente, normalmente o alimento volta a ser aceito depois de um período.
Também é importante pensar na quantidade de alimento servido. É bom para a criança receber uma porção pequena e ter a oportunidade de repetir. Um pote cheio de alimento pode causar desânimo, pois nesta fase, levar a colher na boca é um esforço motor e também mental. Exige concentração e atenção para várias ações coordenadas: colocar o alimento na colher, levar a boca, mastigar, engolir e repetir a ação quantas vezes quanto necessário até que se esteja satisfeito.
As repetidas vezes em que o bebê se alimenta de maneira tranquila, em um ambiente amistoso e acolhedor lhe ajuda na compreensão das regras comuns da alimentação que circulam na comunidade em que ele vive. O bebê irá estabelecer ritmos internos também ancorado nos processos que circulam culturalmente.
A mesa e cadeira do bebê devem permitir que seus pés estejam apoiados no chão pois isto facilita seu processo de equilibrar a colher. Em casa a alimentação à mesa deve ser acompanhada pelo adulto com o mesmo interesse de quando esta alimentação acontecia no colo. Na instituição, muitas vezes não é possível acompanhar de forma individual estes bebês a mesa, então, reunimos os bebês em grupos pequenos.
O adulto tem papel fundamental neste processo pois, ele precisa estar seguro de que o que oferece à criança é aquilo que ela necessita, em termos nutricionais, mas também em termos de afetos.
Neste modo respeitoso de se pensar e fazer a alimentação, tanto individual ou coletiva, em que os adultos se fazem presentes e os bebês podem, pouco a pouco, compreenderem seus próprios processos e exercerem sua autonomia progressivamente observamos que, por volta dos catorze meses de vida os bebês se interessam em alimentar-se de maneira autônoma e que, no máximo até dois anos de idade são capazes de se alimentarem de forma autônoma, tranquilamente e sem sujarem-se. Em uma das instituições em que trabalho, esta autonomia surpreende e encanta pais, educadores e as pessoas que nos visitam de vez em quando.
É o estado de atenção do adulto que terá influência sobre o estado de atenção do bebê e é o nível de empatia do adulto que levará o bebê, em um futuro bem próximo, a ser capaz de nutrir-se e nutrir o outro. Talvez, nutrir o próprio adulto que o nutriu no início de sua vida, seja como filho, seja como um cuidador de outras crianças, adolescentes e idosos, ou como um membro familiar. Certo é que, todo o respeito e amor que colocamos ao nutrir seguirá por gerações e se constituirá sempre em nossa própria existência, mesmo quando não estivermos por aqui. Então, para qualquer nutrição, não nos esqueçamos do amor.
Somos sempre questionados sobre como isto acontece. Ou melhor, sobre como fazemos com que isto aconteça. Ano 2 | outubro 2019
Leila Oliveira leilabob9@hotmail.com
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Organização Vibracional Por: Tais Reis
O lar
Já falamos algumas vezes que a estrutura física da nossa casa é como um corpo, com funções e necessidades próprias. Mas como se dá essa construção? Como uma casa ganha vida? Ocorre que, tudo que é criado nasce duas vezes, uma vez na nossa mente e depois nasce para o plano físico. Quando explicamos para o arquiteto como queremos nosso imóvel, ele imagina e desenha, depois passa para um engenheiro civil que avalia, elabora plantas específicas para traduzir os nossos desejos para um empreiteiro ou mestre de obras que por sua vez junto aos pedreiros, eletricistas, encanadores, vidraceiros, ajudantes, entre outros, dão vida ao que está no papel. É nesse momento que a mágica acontece, o que estava no plano das nossas ideias se transforma em paredes, fios, interruptores... Algumas vezes essa fase fica por conta das construtoras, e assumimos a criação do ponto em que a estrutura básica já existe, mas sempre damos o nosso toque. Isso vale para a decoração, para a reforma e para cada detalhe do lugar que vamos habitar ou que já habitamos. Quantas vezes você já se pegou falando “essa mesa eu vou colocar aqui por que ali vai entrar um sofá...” ou “vamos pintar essa parede da cor tal e colocar alguns quadros”, ou mesmo “no apartamento novo quero um lugar somente para eu colocar uma cadeira e poder ler e relaxar”? Pois saibam que fazendo isso estamos desenhando o nosso futuro, neste momento está acontecendo a co-criação da nossa realidade e invariavelmente as coisas irão acontecer, cada um em seu tempo, mas vão acontecer. O que pode ocorrer é que ao longo do percurso nossas prioridades e necessidade mudam, e o que seria o “recanto do guerreiro” com chopeira, bateria e até um totó, se transforma em um lindo quarto de bebê. Mudanças para receber um genitor ou genitora que necessitam de cuidados médicos também acontecem com alguma frequência. E então o home office se transforma em um espaço para acolher e receber quem precisa de nosso apoio e atenção. E está tudo bem, esse é o movimento da vida. Isso nos faz lembrar que tão importante quanto pensarmos nas cores dos cômodos, na posição dos móveis e na decoração, é que possamos imaginar as intenções que desejamos para cada espaço. revistaestimuladamente.com.br
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Organização Vibracional
É imprescindível termos em mente que a casa é um ser vivo que sente e se manifesta de inúmeras formas. Ela pode tanto acolher como pode também te deixar extremamente desconfortável. Possivelmente vocês já estiveram em lugares que se sentiram muito bem, a ponto de não querer sair. Ou em sua casa já ouviu: “quando estou aqui nem dá vontade de ir embora”, e a reunião de amigos e família se estendem noite adentro. Mas também existem lugares que você evita ir por não se sentir bem. Não, isso não é coisa da sua cabeça, e nem impressão sua, apesar de ser a impressão que seu corpo tem sobre um determinado lugar. E o que devemos fazer para que o nosso lar seja o que acolhe? Bem, inicialmente devemos fazer a conversão de um imóvel para uma casa ou apartamento, e em seguida para um lar. Para além de objetos físicos, que servem para personalizar o lugar e para que todos possam reconhecer quem habita aquele espaço a partir da observação do seu gosto e preferências, necessário se faz imprimir a presença energética no local. Cores, imagens, objetos e adereços ajudam nesta impressão, mas a forma como os habitantes lidam com o espaço é de fundamental importância para a leveza do espaço. Questões financeiras, ou da relação conjugal podem ser facilmente transferidas para a egrégora da casa. E observamos inclusive mudanças de comportamento das crianças e dos animais de estimação, ainda que nada tenha sido dito fora das quatro paredes do quarto de casal. Vamos ter um momento em outra edição para tratar exclusivamente deste cômodo. De fato morar em um lugar em que o pagamento das prestações, taxas e condomínios exija sacrifícios e renúncias pode se transformar em um martírio para todos os moradores do lar, e não somente para os responsáveis pelo pagamento, mas essa é uma questão que podemos tratar em um outro ambiente. De certo o lar para se instalar necessita que se implante as melhores e mais elevadas sensações de prazer, bem-estar, paz, tranquilidade e contentamento, pois é nesse refúgio que retornamos para nos refazer para novo ciclo de demandas, que pode ser o trabalho, estudos ou projetos. Devemos tomar as ações para que ao final de nossa jornada, quando dissermos “vou para casa”, o nosso coração se encha de alegria, porque vamos para o nosso lar. Tais Reis tais_c@bol.com.br Ano 2 | outubro 2019
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Alimentação Por: Luciana Guidoux Kalil
Você é o que come
“QUE VOCÊ É O QUE VOCÊ COME”. MAS... VOCÊ SABE O QUE VOCÊ COME?
frutas e ciscam; carnes e leite de animais que comem coisas que naturalmente comeriam se pudessem escolher. Tudo isto, claro, dependendo da sua escolha alimentar em ser vegano, vegetariano, “paleo”, onívoro, etc.
A conhecida frase, do século 19, de autor incerto, cada dia se confirma mais. Cientistas e médicos conscientes têm comprovado que a dieta massiva da humanidade está em declínio funcional. O que comemos não alimenta. As comidas mais acessíveis desnutrem e adoecem, em lugar de promover a vitalidade. Ao final, continuamos vivos com a remediação de químicos farmacêuticos criados pelas mesmas empresas que criam o problema: produtos comestíveis atraentes, coloridos, “saborosos” e “baratos”.
Médicos de diversas linhas têm constatado que problemas femininos de cistos mamários ou nos ovários, maturidade precoce, problemas na próstata e tireóide, têm relação com uma dieta rica em frangos e ovos. Alguns deles concluem que o problema está nas galinhas criadas a grande escala, alimentadas com ração industrial, feita com restos de animais e hormônios ou indutores hormonais. Isto causa desequilíbrio hormonal nas galinhas, causando também problemas hormonais em quem as come. Ovos e carne de galinhas que comem exclusivamente grãos, vegetais, insetos e ciscam não costumam causar problemas.
Ressalto a referência a “produtos comestíveis”, diferenciando de “alimento”. Alimento, alimenta. Produto comestíveis, são mastigáveis, tragáveis, às vezes digeríveis, mas sem aporte nutricional. Podem “matar” a fome, mas o corpo é sábio, e em seguida pede mais, porque não recebeu o que necessitava, nutrientes. E assim temos pessoas com sobrepeso e desnutridas.
Porque cada dia surgem mais pessoas com alergia a lactose? A reação é aos anticorpos que a vaca cria quando come outros animais, ao invés de pasto e vegetais que naturalmente comeria. Segundo Dr. Luiz Meira, médico naturalista com experiência em alergias, a maior parte de seus pacientes intolerantes à lactose que experimentaram consumir leite e derivados de vacas que se alimentam exclusivamente de pasto, não apresentaram reações. Outro problema dos laticínios podem ser os fermentos/coalhos utilizados para queijos, iogurtes e manteigas, que muitas vezes são transgênicos. Aquela “gotinha” que a vizinha coloca no leite para coalhar.
ALIMENTOS ÍNTEGROS GENETICAMENTE E LIMPOS DE VENENOS GERAM VIDA E SAÚDE. “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio.” - Hipócrates, 400 a.C. A intenção aqui é de falarmos de coisas boas, de “alimento funcional”, ou seja, ALIMENTO QUE ALIMENTA. O que fazer então? O que comer? O que temos certeza que é alimento, em sua forma integral: frutas e grãos sem modificação genética nem venenos; ovos de galinha que comem grãos, revistaestimuladamente.com.br
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O leite pode ser orgânico, mas o coalho acaba sendo o responsável pela reação alérgica. Transgênicos: os alimentos transgênicos, além de serem criados para receber uma maior carga de agrotóxicos, são organismos geneticamente modificados em laboratório, que o corpo não reconhece como alimento, e sim como uma substância estranha, e reage para se defender. Se tratam de plantas com gens de bactérias, ou de outros seres, que naturalmente não existiriam sem a intervenção humana. Soja, trigo e milho estão entre os mais consumidos, presentes em praticamente 100% dos produtos industrializados; na forma de óleo, lecitina, amido, gordura hidrogenada, goma xantana, xylitol, glicose, celulose, e inúmeros “INS” ou “E” alguma coisa. CRISES GERAM OPORTUNIDADES. VAMOS ÀS SOLUÇÕES?
Corpo são, mente sã. Corpo limpo, mente clara. Quanto mais nos aproximamos de uma alimentação natural, menos nos atraem os produtos comestíveis industrializados e modificados geneticamente, e mais aumenta nosso senso instintivo e intuitivo do que é alimento. Mais difícil fica encontrar algo nutritivo nas prateleiras dos supermercados. Atitudes positivas que levam a tal podem ser: conhecer mais de perto as empresas e produtores dos alimentos que você consome; criar novas receitas e trocá-las; participar de grupos regionais de pessoas que também estão interessadas em viver bem; encontrar tempo para cozinhar; levar informação aos que estão sem acesso; ensinar às crianças, desde pequenas, o que é alimento e convidá-las a entrar na cozinha. Ou seja, dar importância ao principal combustível material da máquina que nos permite viver esta vida neste planeta e que só nós podemos cuidar.
BRAUNI TUPINIQUIM - 10 bananas nanicas, d’água ou caturras bem maduras - Meia xícara de cacau em pó 100% - 1 pitada de bicarbonato de sódio Amassa tudo com um garfo ou bate no liquidificador. Acrescenta frutas secas picadas, castanhas ou nozes se desejar. Coloca em fôrma untada com óleo de coco e cacau, ou somente molhada com água. Leva ao forno médio (200 graus) por 30-40 minutos, até o palito sair sequinho.
Outro ponto positivo é que todos estes problemas apontados criam ambiente para questionamentos e conscientização. E daí surgem produtos como “ovos de galinhas soltas alimentadas exclusivamente com vegetais”, “leite de vacas alimentadas exclusivamente com pasto”, “sem aditivos”, “sem conservantes”, “sem OGM”, etc. As empresas estão percebendo que existem consumidores conscientes e preocupados com o que colocam dentro do seu corpo.
Esta receita, sem o bicarbonato, levada ao fogo, vira brigadeiro, e congelada vira sorvete. :P Luciana Guidoux Kalil lunaca@mailoo.org
Para finalizar, fica a receita de um “brownie funcional”, gostoso e nutritivo. ;) Ano 2 | outubro 2019
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Mecânica Quântica Por: Jean Savedra
O Homem Quântico
Jesus. Sim, é com Ele que vamos aprender agora. Jesus não foi um elemento surpresa quando veio pela primeira vez. Os profetas avisaram. Porquanto, o nosso passado Ele garantiu, o nosso futuro Ele garantiu igualmente, e o nosso presente depende de como cada um O vê e sente. Jesus é um sentimento, um ser intrínseco e não-local. Não seria alguém para ser só admirado pelos seus atos, mas alguém para ser amado e adorado contritamente. Tudo que o homem precisa é perscrutar sua consciência benevolente em si, no profundo coração. E, O achando entronizado dentro de nós e não dentro de um templo, não seria tal proeza para que tenhamos alguma glória, mas para que Ele seja reconhecido como o Menino Deus causador de toda criação
Como aplicar o sistema do evangelho que o mestre ensinou em nosso dia-a-dia, se não invocarmos o espirito da ciência para corroborar com a filosofia quântica? O cerne do ensino crístico é o amor. O amor praticado e transcrito está na figura de Jesus. Ele não deixou legados, ele é o próprio legado presente para humanidade. Eu posso levar minha vida desconsiderando que Ele esteve aqui na terra, mas jamais posso garantir que sua consciência não está em cada um de nós. Mesmo que não sintamos essa energia, seu espirito está em tudo e, talvez, em alguns como inconsciência incompetente (não saber que tem a energia da cristandade e não saber que existe) outros como consciência incompetente (saber que há possui, mas não extrair de dentro ainda).
Jesus, o perfeito coach, treinador, mentor e líder. O físico quântico em sua totalidade. O libertador de nossas mentes presas tem nome: O salvador. O que podemos aprender com o Mestre é infinito. Milhares e milhares de livros foram escritos para Ele. Milhares e milhares de canções foram compostas também. Estádios no mundo todo lotam para gritar seu nome.
A nossa primordial missão é despertar, lá do âmago da alma e com todas as forças, a essência do verdadeiro evangelho, nem que isso custe um renascimento ou um recomeço, nem que você tenha que se desconstruir todo e partir para uma reestruturação mental. Jesus deixou ensinos paradoxais tal qual a mecânica quântica é.
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Mecânica Quântica
VERGONHA 20Hz: é a vibração mais baixa que um ser humano emite. A vergonha impede tomada de decisões, convivência social, não tendo experiências na vida, o que dificulta o aprendizado, a evolução e a tomada de ação, porque não se sabe o que dá certo e o que não dá. De forma mais amena, manifesta-se como timidez. E em um nível extremo de vergonha, a pessoa quer desaparecer, sentindo ódio de si mesmo.
Jesus ensina o perdão, dar a outra face, disse que os últimos seriam os primeiros, exaltou a oferta de uma moeda da viúva como a melhor oferta de todos. Ensinou a misericórdia e a compaixão, revirou as mesas dos mercadantes do templo, em certo ponto rejeitou a própria família. Contraditório? Desconexo? Jesus é um sentimento. Tudo que Ele quis ensinar é sobre o uso da fé e o amor aos inimigos. Este era o grande nicho cristão. Jesus disse ao paralitico: “Levanta e anda” e não “Espere aí que vou te ajudar a levantar”. Nessa frase dita pelo Cristo fica mais claro que Ele não veio somente ajudar, Ele veio te despertar para algo muito maior do que, simplesmente, receber um “empurrãozinho” e tapinhas nas costas. Todo esse ensino encontra resistência do ego, e quanto mais vivemos nossa egolatria afora, mais afastados estamos do evangelho.
CULPA 30 Hz: vibração um pouco mais alta que a vergonha, pois, para sentir culpa, a pessoa precisa agir. Pessoas assim criam muito pouco, fazem papel de vítima, culpando tudo e a todos por não conseguir ter sucesso em suas pretensões. Nunca inova, vive do passado. A religião para esse tipo de pessoa, alimenta nela o sentimento de que são pecadores. APATIA 50 Hz: perda da esperança e vitimização. Característica dos sem teto. As pessoas nesse estado não conseguem agir perante o que a vida apresenta.
O homem de luz que se encarnou em meio aos homens, se manifestou com super poderes. Entre seus dizeres ainda disse que coisas maiores faríamos, mas que não se dobrasse ao deus do dinheiro – Mamon. Tudo que homem tem que fazer é prestar atenção neste homem que nos visitou há 2 mil anos. Entrar em ressonância com Ele de forma vívida para o perceber dentro do coração. O evangelho não é templo de pedra. É de dentro para fora, é paixão por viver a vida da forma mais realizadora possível. Um homem que já sofreu o bastante por toda humanidade, você não precisa mais sofrer. Sua vinda foi um “download” espetacular de esplêndidas informações, a qual chamam de salvação. Em uma única vez baixou na terra a sua consciência. Quem tem acessado essas verdades? A consciência crística é a unificação com a suprema consciência.
DOR/SOFRIMENTO 75 Hz: tristeza extrema, principalmente diante de perdas. Vibra mais que a apatia, pois o sofrimento transforma as pessoas e lhes tira do estado apático. MEDO 100 Hz: as pessoas com medo se sentem inseguras diante das questões da vida, tudo se torna perigoso. Podem ter paranoicas, ficam preocupadas e estressadas. Muitas vezes, necessitam de ajuda para superar e lidar com esses medos e sair dessa situação. Medos são crenças limitantes, que geram falta de qualidade de vida. DESEJO 125 Hz: nesse nível a pessoa é materialista ao ponto de nunca estar feliz com o que tem. Alimenta vícios e luxúria. É consumista, enquanto não compra o que quer fica impaciente e ansiosa. Somos nós que escolhemos qual efeito as coisas físicas terão sobre nós, podem ser boas ou ruins. Temos que ter equilíbrio.
Jesus era o Deus o Todo encarnado. O verbo que se fez carne. Sua missão aqui na Terra era simples de entender, mas, terrível de executar. Mesmo embora no auge do seu suor e sofrimento, Ele sabia o seu propósito e enfocou sua vida, exclusivamente, em morrer. Ele não veio aqui para ter bens, casar, ter filhos, empreender ou ter um bom emprego. Não era esse seu objetivo. Seu alvo maior era morrer por amor. O amor que é vibrar em 528Hertz. Nisso ele foi quântico. Sobrepôs sua carne em alta voltagem de hertz. Talvez você não conheça a escala das emoções que fazem o giro das células. Esse giro é um vórtice que cria variantes entre a vergonha e a iluminação. Ano 2 | outubro 2019
RAIVA 150 Hz: é um sentimento de frustração, que pode ficar escondido em nosso interior ou ser exposto num momento de fúria, que também causa culpa, vergonha e mal-estar, pois, sempre após perder o controle, o indivíduo sente-se mal, por não ter conseguido controlar os sentimentos. Quando a raiva fica guardada dentro de si, acumula-se e chega num ponto onde um “mosquito vira um boi”, causando uma “explosão”. O ideal não é guardar a raiva e sim tentar canalizá-la em outras coisas, como sair ao ar livre para fazer exercícios físicos, por exemplo. 41
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Mecânica Quântica
AMOR 500 Hz: não existe mais o ego, somente o amor incondicional, onde tudo que se faz é por um bem maior. Hawkins diz que esse nível é alcançado apenas por uma em 250 pessoas durante todo o seu tempo de vida. Uma parcela mínima como 0,0001% vive nesse estado. ALEGRIA 540 Hz: estado de felicidade inabalável. A Alegria é o maior estado de consciência que o ego pode atingir. Começa o desapego com a vida. Nível onde estão mais avançados na espiritualidade. A energia dessas pessoas é radiante e é muito bom estar perto delas. Expansão de consciência. A pessoa age através de sua intuição, que é muito forte.
ORGULHO 175 Hz: esse é o estado de consciência predominante da humanidade atualmente. Dependente de circunstâncias externas (dinheiro, poder, fama, etc). É o estado que leva ao nacionalismo, racismo e guerras religiosas. Um ataque às suas crenças, vira um ataque pessoal.
PAZ 600 Hz: total transcendência. Hawkins diz que esse nível só é alcançado por uma pessoa em 10 milhões.
CORAGEM 200 Hz: nesse estado o ego ainda existe, mas já se começa a ver uma vida fora de si, pensando mais nos outros. O otimismo prevalece e a espiritualidade começa a aflorar.
ILUMINAÇÃO 700 Hz: “É a união do ser com o todo”. O fim do individualismo. O fim do eu. Fim do ego. O homem transcendental. Extremamente raro. Só o fato de pensar sobre pessoas desse nível pode fazer com que você aumente seu nível de consciência. É aqui que acontece o estado da “Consciência Elevada”, também conhecido como “Super Consciência”. Você vê o mundo como ele realmente é. Indescritível”. Além disso, Hawkins descobriu que o nível de consciência de 200 é um nível crítico. Uma média global de 200 ou mais é necessário para sustentar a vida neste planeta, sem que ele afunde em uma eventual autodestruição. Desde meados dos anos 80, ele informa que a média global da humanidade na sua escala, subiu um pouco acima do nível 200 críticos. Isto, é claro, representa outra descoberta que confirma a existência de uma mudança em curso no nosso nível de energia
NEUTRALIDADE 250 Hz: nível de sistemas onde nossas crenças são flexíveis, tornamonos desapegados e mais felizes. Aconteça o que acontecer, você estará firme em sua posição. Perdese a necessidade de provar. Você se sente seguro e convive muito bem com outras pessoas. É um estado confortável. DISPOSIÇÃO 310 Hz: neste nível, você começa a usar sua energia de forma mais eficaz. Começa a colocar em prática as ideias, não existe mais reclamação de quase nada. Aqui começa a acabar a entropia. A vida fica mais organizada. ACEITAÇÃO 350 Hz: mudança verdadeira, elimina-se crenças antigas. Vive proativamente pois sua energia aumenta. No nível da aceitação você se torna competente e aqui você quer utilizar suas habilidades para fazer algo bom. É aqui que você define e alcança metas. Começa a entender que tem um papel a mais no mundo e quer fazer a diferença. Já consegue perdoar facilmente.
Essas informações estão disponíveis a todo o homem. Acesse hoje mesmo. Ele é Arquétipo dos arquétipos. Aquele que O acessa jamais se frustrará. David R. Hawkins [1927-2012] foi um professor, autor e conferencista espiritual internacionalmente conhecido que se dedicou ao tema dos estados espirituais avançados, à investigação da consciência.
RAZÃO/CONTEMPLAÇÃO 400 Hz: Hawkins define este nível como o nível da medicina e da ciência. Consciência dos mestres, onde se é desapegado de tudo. Enxerga o mundo como um todo conectado, não existe mais sofrimento por coisas externas, não vive mais na matrix. revistaestimuladamente.com.br
Jean Savedra contato@jeanricardosavedra.com 42
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Mensagem
Mecânica Quântica
Por: Brahma Kumaris
Discernir “Discernir é entender a essência, é diferenciar o ouro autêntico do falso. Sempre que tiro alguma coisa de seu contexto, deixo de entendê-la e começo a distorcêla. Todas as situações tem suas raízes históricas, seus efeitos presentes e suas implicações futuras. Discernir é considerar as inter-relações de todos os ingredientes de uma situação. Sem essa perspectiva sou impelido a proteger meus interesses, sou consumido pelo calor do momento, deixo de ver as consequências dos meus atos..” Ano 2 | outubro 2019
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Coaching Por: Renata Castello Branco
Do Autoconhecimento à Felicidade e Plenitude do Ser “Felicidade tem pouco a ver com prazer e muito com desenvolver forças pessoais e caráter” (Martin Selligman)
Vida prazerosa: socialização, busca de prazer e cultivo de emoções positivas - prazer, alegria, esperança, otimismo...; Vida engajada e plena: busca de crescimento pessoal e de alcance do potencial humano máximo, considerando forças e virtudes que conduzem a motivação e alto desempenho;
Todo processo de Coaching, independente dos objetivos específicos que levam o indivíduo a buscálo, é um meio de ampliação da consciência sobre si mesmo e por finalidade ou consequência, contribui com o alcance de uma vida plena.
Vida significativa: uso das próprias virtudes e forças a serviço dos outros (altruísmo).
Quando pensamos em plenitude - estado do que é inteiro, completo; totalidade e integridade – estamos nos referindo à possibilidade do indivíduo viver em consonância com as quatro dimensões do ser: corpo, mente, coração e espírito, o que só se torna possível quando se ouve a “voz interior”.
Portanto, a vivência de uma vida satisfatória e significativa, estaria relacionada as forças e virtudes que compõem o caráter individual. Uma dessas forças, chamada de critério, é a que nos permite avaliar as informações disponíveis para fazer escolhas. Os estudos sobre felicidade revelam que o nível de satisfação demonstrado em relação às próprias escolhas, é essencial para que o indivíduo avalie positivamente a própria vida.
Segundo Stephen Covey, em seu livro, O 8° Hábito, a essência do ser humano é a habilidade de dirigir a própria vida, o que se refere a capacidade de fazer escolhas embasadas em seus próprios valores. Significa levar em consideração que não somos apenas produtos de nosso passado ou dos nossos genes ou da maneira como os outros nos tratam. Todos esses aspectos influenciam, mas não determinam. Nossas escolhas sim, são autodeterminantes. Entre o estímulo e a resposta existe a liberdade de escolha. Quando nos tornamos conscientes da nossa liberdade e capacidade de escolha, um horizonte de possibilidades se abre à nossa frente e nos permite enxergar nosso potencial ilimitado.
“Os sintomas aparecem quando você perde o seu caminho, ou não vive o potencial que quer se revelar através de você.” (Stephan Hausner) Como seria possível acessar todos esses elementos que permitiriam a satisfação e plenitude do ser? Autoconhecimento - processo contínuo que possibilita a identificação dos traços que nos diferenciam dos demais e cria condições para a tomada de consciência que favorece as escolhas que levariam ao contentamento. Além disso, contribui com a autorresponsabilidade, atitude básica de apropriação da responsabilidade pelas próprias escolhas e consequências, o que leva o indivíduo tomar para si o comando da própria vida ao invés de delegar a felicidade para terceiros ou culpabilizar o passado ou o destino.
A Psicologia Positiva defende sobre a importância de levar em consideração as virtudes e potenciais do ser humano para promoção da saúde e bem estar do indivíduo. Martin Seligman, afirmou que a felicidade é uma combinação de pontos fortes pessoais e virtudes humanas, sendo possível adotar estratégias para o alcance da felicidade, por meio da construção do bem-estar e da satisfação com a vida.
O autoconhecimento leva à apreciação e valorização de si mesmo, possibilitando o fortalecimento da autoconfiança e empoderamento pessoal, sendo também a base para o desenvolvimento da Inteligência Emocional – condição sine qua non para a felicidade duradoura.
Mediante pesquisas e estudos, a Psicologia Positiva concluiu que a felicidade pode ser construída por meio de três dimensões: revistaestimuladamente.com.br
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Coaching
Afinal, uma das premissas para ser feliz é a boa tolerância às frustrações e superação das contrariedades inerentes à desafiadora vida humana. A performance e êxito no alcance de objetivos estão fortemente associados à Inteligência Emocional
O Coaching Ikigai propõe contribuir com o processo de conscientização e estruturação do propósito do indivíduo, visando apoiá-lo na identificação de quatro pilares essenciais para a conquista de uma vida plena: 1. Quem sou e o que amo fazer (paixão); “Habilidade de gerenciar impulsos e emoções para motivar a si próprio e ser mais socialmente 2. O que faço e o que posso fazer bem feito consciente” (Daniel Goleman). (profissão); 3. O que posso ser pago para fazer (vocação); O Autoconhecimento permite a compreensão de “quem sou” e a escolha de “quem quero me tornar” 4. O que faço que é bom para o mundo (missão). ao visar o alcance de uma vida plena e feliz. Essas quatro perspectivas estão diretamente O Coaching tem se mostrado como uma alternativa correlacionadas com as dimensões propostas pela efetiva que apoia o indivíduo na construção desse Psicologia Positiva, capazes de promover prazer, novo ser, como uma ponte que viabiliza o acesso significado, engajamento e plenitude. ao cenário futuro desejado do vir a ser. A primeira Obviamente que nada disso poderá ser construído etapa dessa jornada consiste em lançar luz sobre sem percorrermos a trilha do autoconhecimento, a essência do indivíduo, trazendo à tona, além que tem ponto de partida, mas não de chegada. dos atributos que compõem a grandeza do ser, Afinal, nunca estamos prontos, e sim, em estado elementos muitas vezes ignorados ou inconscientes contínuo de aprontamento, se quisermos nos até então, que funcionam como travas e impedem a mantermos plenos nos estágios e desafios que a vida expansão e concretização do potencial do indivíduo, nos reserva. as chamadas crenças limitantes. Identificar os “Todas as graças da mente e do coração se pensamentos e crenças perturbadoras, questionáescapam quando o propósito não é firme.” los e buscar evidências destas crenças para em (William Shakespeare) seguida desenvolver novos pensamentos e crenças mais adaptativas e positivas, refere-se ao processo Artigo inspirado no E-book “Você é capaz de ser de desenvolver o otimismo (Seligman, 2005). Uma feliz de segunda à segunda?” da própria autora. visão mais otimista da vida, pode ser aprendida e praticada, o que influencia na felicidade e Renata Castello Branco longevidade, segundo a filosofia Ikigai, originária da Psicóloga Clínica com Formação em Abordagem Ilha de Okinawa, no sul do Japão, que defende um Sistêmica e Terapia Familiar. Coach Executiva, de estilo de vida que propicie o encontro da razão de ser Performance e Carreira. Diretora da Excelência ou o propósito para a existência, a fim de alcançar a Consultoria RH e Docente de cursos de MBA. satisfação plena nas diferentes áreas da vida. renatacastellob@excelenciaconsultoriarh.com
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ICF - Internacional Coach Federation | Artigo Por: Flávia Feitosa
Coaching como ferramenta essencial para o mundo moderno e para líderes
Desde o advento da industrialização, a preocupação com a melhoria do desempenho e resultados das empresas é um tema constante, sendo Ford e Taylor exemplos de autores que sempre se preocuparam em alcançar melhores resultados ao abordarem esses temas.
respeitar hierarquias ou de que seriam imediatistas e intolerantes e, portanto, em busca de uma carreira meteórica evitando frustrações. As conclusões atuais demonstram que a juventude permanece sendo uma grande catalisadora do Espírito da Época (BOURDIEU, 1983; MORIN, 1977) e da modernidade líquida (BAUMAN, 2001) onde a fluidez requer a flexibilidade de uma sociedade que não se fixa no espaço e não se prende no tempo, movimentando-se muito mais livremente. Este conceito de líquido se dá porque “diferentemente dos sólidos, não mantém sua forma” (BAUMAN, 2001, p. 8), isto é: a própria sociedade atual passa por constantes mudanças e está sempre se renovando, sendo a nossa juventude uma catalisadora deste movimento. Assim sendo, essas mudanças se transformam em desafio para o mundo do trabalho; não porque temos novos jovens ou novas formas de atuar, mas porque o mundo contemporâneo permite e exige uma produção de significado.
A consequência direta de estudos relacionados ao desempenho resultou em uma gama de modificações na gestão do trabalho. Os avanços alcançados por esse novo sistema de ciência e arte da administração e da gestão de pessoas ajudaram a aprimorar um olhar crítico para as condições de trabalho, com o intuito de gerar melhores resultados para as empresas. No entanto, o subproduto desse movimento foi à constatação de que o sistema de produção precisa, necessariamente, olhar de forma mais sistemática para as pessoas envolvidas nesse processo. Diante da modernidade e sua complexidade, muitos outros temas transversais passam a surgir, demonstrando que cada vez mais é necessária uma ênfase e um olhar específico e cuidadoso nas pessoas.
A liderança como peça chave dessas demandas é elemento constitutivo da história da humanidade; da Grécia antiga e o Império Romano aos grandes eventos históricos como guerras, conflitos e avanços sociais, a figura do líder que assume posição de destaque em um grupo é necessariamente a catalisadora da influência nos demais, sendo responsável por modificar atitudes, opiniões e
Estudos recentes sobre os “Millennials” - a geração que constituirá cerca de 70% dos postos de trabalho na próxima década, mostram de forma inequívoca que seus comportamentos são relativamente parecidos com os das gerações anteriores, não fazendo sentido a insistência em estereótipos como o de que seriam irresponsáveis e incapazes de revistaestimuladamente.com.br
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ICF - Internacional Coach Federation | Artigo
comportamentos daqueles sob sua inspiração, tornando-se assim um exercício de poder capaz de unir as pessoas dentro de um determinado período para atingir um objetivo em comum. Nos últimos cem anos, o tema tem sido inspiração para inúmeros estudos acadêmicos e foco de investimento de toda organização que se preocupa com as questões envolvendo resultados, equipes e pessoas que movem seus negócios, num cenário cada vez mais competitivo e exigente.
com as pessoas ao seu redor, sendo uma ferramenta essencial e eficaz para ser aplicada também em times, ou seja, na relação entre pares. A consciência do indivíduo sobre sua reputação gera um desafio a ser superado e, por consequência, um foco pelo qual é possível estabelecer suas necessidades de desenvolvimento, oferecendo ao indivíduo uma clareza sobre si e permitindo que se tome decisões concretas para superar essas deficiências. O Coaching não se limita apenas às questões de relacionamento interpessoal, sendo também muito útil para se estabelecer foco para os negócios nas empresas, para ser aplicado nas linhas de produtos ou nos planos de carreira e entre outras inúmeras possibilidades. O método definitivamente não é mágica apesar de parecer: a partir do momento em que temos clareza dos nossos objetivos, não damos atenção para focos paralelos e passamos a ter certeza do que queremos e do que precisamos fazer ou alterar na nossa rotina para sermos mais eficientes, agindo dentro de nossos limites e, portanto, nos tornando muito mais eficazes.
Ao contrário do que víamos na antiguidade, no mundo contemporâneo, a influência de poder que chamamos de liderança se dá a partir do significado construído e compreendido pelos grupos e não mais por intermédio do uso do poder de coerção ou correlatos, uma vez que o distanciamento histórico nos mostra que esta abordagem tem menor efeito no significado e constitui tempo perdido na busca do alcance dos resultados. Sabemos hoje também que a liderança independe do cargo de gestão, o que é especialmente relevante para o cenário organizacional contemporâneo, momento em que a hierarquia é cada vez menor e a colaboração cada vez mais enfatizada e necessária.
O mundo contemporâneo já não aceita mais uma forma estrutural inflexível onde somente recebemos ordens. O novo milênio exige o ser humano integral, capaz de dialogar na sua riqueza de sentidos e possibilidades. A vida moderna nos permite e exige flexibilidade e mobilidade. Assim, participar de uma empresa, e desenvolver um plano profissional, são tarefas hoje alcançáveis se o Coaching e suas ferramentas estiverem cada vez mais presentes na vida de líderes, professores, instrutores e todos os seus subordinados.
Ao focarmos na liderança no contexto do século XXI, devemos levar em conta que muitas organizações são atualmente compostas por times ou células onde não há mais espaço para gestão tradicional que vem sendo cada vez menos aplicada por não mais existir a necessidade de papéis altamente definidos. Enquanto um gestor não tem exclusividade em seu papel de líder, um profissional de recursos humanos não tem a necessidade de se ocupar exclusivamente do desenvolvimento dos gestores.
REFERÊNCIAS
Entramos então no campo de conhecimento que engloba o Coaching, um conhecimento técnico que permite aprimorar o desempenho das pessoas a partir de um modelo focado em Metas, Realidade, Opções e Vontade (WITHMORE, 2012), com foco em Consciência e Responsabilização.
BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2001. BOURDIEU, P. A “Juventude” é Apenas uma Palavra. Questões de Sociologia, p. 112-121. Rio de Janeiro: Editora Marco Zero. 1983 MORIN, E. Cultura de massas no século XX: o espírito do tempo. Rio de Janeiro: Forense: Forense Universitária, 1977.
Os princípios desenvolvidos para o Coaching permitem que as pessoas tomem consciência de si a partir de uma autoanálise ou aproximação da sua reputação, por intermédio de auto-avaliação ou uso de ferramentas específicas, ajudando assim em seu autodesenvolvimento e estabelecendo planos concretos de ação. Esta abordagem serve tanto para líderes enquanto líderes (e suas necessidades de melhorias), quanto para o olhar dos líderes para Ano 2 | outubro 2019
WITHMORE, J. Coaching para aprimorar o desempenho: os princípios e a prática do coaching e da liderança. São Paulo: Clio Editora, 2012.
Flávia Feitosa
Doutora (USP) e Mestre (LSE University of London) em Psicologia Social, Psicóloga (PUC-SP) e Coach (Ecossocial e PROFIT) PCC (ICF). Professora na ESPM, FGV e Casa do Saber. E-mail: diretoria.internacional@icfbrasil.org 49
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ICF - Internacional Coach Federation | Agenda
Capítulo Regional Rio de Janeiro Questionamento Instigante Webinar com Gilda Goldemberg (PCC) Data: 05/11/2019. Horário: 19:00 às 20:30. Descrição: Dedicar foco à composição, ao propósito e aos desafios para fazer perguntas, pode fazer toda diferença na prática de coaches e líderes. Quais são as principais características da pergunta poderosa? | Como a pergunta se relaciona com as competências de coaching? Venha conferir essas e outras questões, além de dicas para desenvolver a habilidade de perguntar. Informações: Juliana Lima, desenvolvimento.icfrj@icfbrasil.org
Capítulo Regional Rio Grande do Sul Jogos Psicológicos em Coaching Data: 05/11/2019. Horário: 19:30 às 21hs. Descrição: Modelo da Análise Transacional em Coaching Papéis Sociais: como proporcionar um espaço de aprendizado para que Coachee aumente a competência nos papéis exercidos. Triângulo Dramático: como ajudar o Coachee na identificação de papéis estereotipados, não conscientes e inefetivos e assumir uma posição mais efetiva. Link para inscrições - https://bit.ly/2BgRQwd
Capítulo Regional Rio Grande do Sul. Plataformas colaborativas em Coaching Data: 13/11/2019. Horário: 18:30 às 19:30 (H. de Brasília) Descrição: A Era Digital e seus sinônimos tem gerado uma positiva demanda por autodesenvolvimento. Também tem favorecido novas possibilidades de comunicação virtual oportunizando o acesso a diversos serviços a um público até então sem possibilidade de acesso a eles; Isso estimulou a criação de diversas plataformas de coaching que tem envolvido diversos profissionais, associados ou não ao ICF. Link para inscrições - https://bit.ly/2MK6hOO
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ICF - Internacional Coach Federation | Agenda
Capítulo Regional Minas Gerais Copartilhando Converge Evento fechado para associados. Data: 20/11/2019. Local: Belo Horizonte, MG. Descrição: Informações: Sandra.gazire@gmail.com e rosangela@ rosangelapedrosa.com.br.
Capítulo Regional São Paulo Webinário - Curso acreditado ACTP Magistere Coaching com Eliana Dutra Data: 05/11/2019 Horário: 20:00h às 21:00h Inscrições: https://www.sympla.com.br/webinario-cursosacreditados-icf__689380
Capítulo Regional Espírito Santo Próximos eventos Webnário com Roque Luz Data: 12/11/2019 Tema: Mindfulness e qualidade de vida Roda de conversa com Vânia Goulart Data: 21/11/2019 Tema: Liderança Local: Selecta, Vitória - ES.
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Construções Sustentáveis Por: Grece Otero
Desconstruindo padrões da construção civil
A prática do consumo consciente tem ganhado cada vez mais força, à medida em que compreendemos que cada bem adquirido gera impacto na natureza durante seu processo de fabricação. E quando nos damos conta de que somos corresponsáveis por tudo aquilo que consumimos e, ainda mais, de que todas as nossas atividades diárias reverberam sobre o meio ambiente, sobre o Todo, temos a grande sacada de que podemos influenciar o mercado ao qual estamos conectados. Passamos a buscar e a priorizar marcas, produtos e serviços que repensam sua cadeia produtiva e fazem ajustes capazes de gerar algum tipo de benefício ao planeta. revistaestimuladamente.com.br
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Construções Sustentáveis
Seguindo a tendência de repensar antigos padrões de “como fazer as coisas”, o mercado da construção civil vem se destacando através de novos métodos para intervir na paisagem natural. A construção civil é uma das principais atividades econômicas responsáveis pelas mudanças climáticas, na qual os danos ocorrem nas três etapas do processo: antes, durante e após a conclusão das obras. Tudo começa com a supressão vegetal, ou seja, o desmatamento da área a ser construída, seguido pela geração de resíduos durante a execução da obra (Resíduos da Construção e Demolição – RCDs) e após a entrega do imóvel com os resíduos gerados pela ocupação humana do empreendimento. Por fim temos como resultado a transformação radical e irreversível da paisagem natural.
com serviços de bota fora. A estrutura do imóvel, que na maioria das vezes é composta de muito concreto e pouco verde, reduz a permeabilidade da água no solo, efeito que contribui para o aumento da temperatura local, e na medida em que os imóveis ocupam os espaços da paisagem original, produzem efeitos globais sobre as mudanças climáticas.
o ciclo da água do empreendimento é fundamental para garantir uma boa economia do recurso. Sistemas de captação de água das chuvas, reuso e tratamento das águas residuais são estratégias cada vez mais adotadas por arquitetos e engenheiros. Priorizar o uso de materiais que otimizem a climatização dos ambientes internos diminuem a demanda por ar condicionados. Durante a etapa de execução é possível, através de parcerias com cooperativas de coleta seletiva, reduzir os custos
Nesse caminhar, os desafios são muitos e as oportunidades de melhoria também. Pesquisa, inovação e tecnologias são necessárias para criarmos alternativas que sejam capazes de beneficiar o meio ambiente e promover uma transformação urbanística mais natural, responsável e ética.
Garantir a eficiência energética do empreendimento deve ser uma das metas das empresas responsáveis pela construção. Estas e outras ações possíveis de serem aplicadas são amplamente recomendadas por umas das maiores referências na área de Construções Sustentáveis, a LEED - Leadership in Energy and Environmental Design.
Esse novo modelo de construção civil vem ganhando espaço no mercado de forma gradativa, Construir sem causar impacto ao meio ambiente na medida em que surge uma nova geração de é praticamente impossível, entretanto podemos profissionais com maior consciência ecológica. minimizar a níveis significativos os danos da Aliado a isso, o consumidor cada vez mais exigente e intervenção, através de um bom planejamento. Aliás, corresponsável, induz as construtoras a mudarem os planejamento é a palavra chave para alcançar esses antigos padrões de empreendimento. objetivos. No caso da etapa de supressão vegetal, é São diversos os benefícios obtidos pelas importante analisar as caraterísticas das espécies, construções sustentáveis, e chamam atenção os há quanto tempo foram formadas, se são plantas números. É possível alcançar resultados animadores: nativas da região, a população de animais presentes redução de até 40% do uso de água, 30% de no local, se há animais silvestres ou até mesmo ameaçados de extinção. Essas são algumas perguntas energia elétrica, 35% na emissão de CO2 e 65% de resíduos a menos a serem destinados para o meio que devem ser levantadas pelos profissionais ambiente. Segundo a LEED, as principais vantagens responsáveis na fase de concepção e na escolha do econômicas desse novo modelo de construção local a ser construído. Uma alternativa inteligente incluem: diminuição dos custos operacionais e é manter um percentual de área plantada ou até dos riscos regulatórios, valorização do imóvel para mesmo transplantar algumas espécies para locais específicos do empreendimento, ao invés de executar revenda ou arrendamento, aumento na velocidade de ocupação e da retenção, além de modernização um jardim somente de espécies ornamentais. Esse e menor obsolescência da edificação. Sem dúvida método simples e prático reduz bastante o custo com aquisição de novas plantas e com insumos para os benefícios ambientais e econômicos ganham destaque quando comparados com os métodos de manutenção do paisagismo, uma vez que a flora já está adaptada ao local. Com a crise hídrica, projetar construção civil convencional.
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Grece Otero contato@vivaavidasa.com.br
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Comunicação Transformadora Por: Marcelo Reis e Marcos Dimoraes
Co-Solidariedade: Solidariedade - Bondade ou nada mais que nossa “obrigação”?
Em Roma antiga, as leis expressavam, de modo simples, que havia obrigações dos cidadãos para com a comunidade na qual estavam inseridos e se beneficiando. Essa obrigação vem do termo, “solidariedade”, derivada do termo obligatio in solidum, que no direito romano expressava primitivamente, a obrigação comunitária. Nesse conceito de solidariedade social, os cidadãos sentemse integrados e, dessa forma, eles e a sociedade eram interdependentes. Ainda hoje, os impostos e taxas pagas ao estado, refletem esta obrigação do indivíduo com a sociedade em que vive.
Enquanto a sociedade Romana tratava da Solidariedade como uma “obrigação comunitária” na qual, ao ser mantida, nos beneficiamos dela, as sociedades Africanas tinham o princípio de Solidariedade social como a consciência da relação entre o indivíduo e a comunidade, onde a fraternidade se opõe ao individualismo. Em sociologia, Émile Durkheim, em seus estudos para explicar a organização social e compreender o que garantiria a vida em sociedade e a ligação entre as pessoas, chegou à conclusão que essa ligação, independente da localização geográfica da comunidade, se dava pela Solidariedade social.
Em África, vemos este conceito por um ângulo diferente. Como disse Nelson Mandela, “... o africano quer o universo como um todo orgânico que tende à harmonia e no qual as partes individuais existem somente como aspectos da unidade universal”. Ele se referia ao conceito que conhecemos com “Ubuntu”. Fazemos parte de um todo maior que nos define, só podemos nos compreender quando fazemos parte de uma coletividade que nos contem. Ou, como algumas traduções: “a minha humanidade está inextricavelmente ligada à sua humanidade”. revistaestimuladamente.com.br
Diferente da Solidariedade Social Romana, onde a Solidariedade era regida por lei para manutenção da ordem comunitária, o conceito trazido por Durkheim traz a ideia da existência de dois tipos de consciência em cada indivíduo. Todas as nossas ações são pautadas pela consciência coletiva (comum) e a consciência individual (própria). A consciência individual tem relação com a nossa personalidade, mas a sociedade não é a soma de consciências individuais, sendo assim temos 54
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Comunicação Transformadora
Aprendizado pela prática. Ao exercitar a solidariedade, o indivíduo entenderá que existe alguém, além dele próprio, que é tão importante quanto ele, que está num grau de vulnerabilidade tamanho que essa condição o faz questionar o seu papel na coletividade. Estamos falando em Se temos, desde as sociedades mais antigas às mais exercitar também a empatia. O poder de se jovens uma ideia do compromisso que temos com transportar de lugar e calçar o chinelo do o outro e com a comunidade que vivemos, algumas outro. Perceber que às vezes esse chinelo é vezes mais com o outro do que conosco mesmo, como é o caso de sociedades africanas , onde “eu sou desconfortável, seus dedos tocam o chão ou até inexiste. porque nós somos”, em que momentos deixamos se também uma consciência coletiva, que influencia a consciência individual com a combinação do conjunto de consciências individuais dos demais indivíduos. Essa consciência coletiva é responsável pela formação de valores morais e de tudo que consideramos certo ou errado, exercendo assim uma pressão externa que influencia diretamente nas tomadas de decisão.
perder no caminho nossa solidariedade social?
Co-Solidariedade, é disso que estamos falando. Você provavelmente nunca ouviu falar nesse termo, até porque ele não existia até desenvolvermos o projeto Umbu Solidário, e vermos que o que estávamos propondo ultrapassava o propósito de transbordamento do que acreditamos.
Já parou para se perguntar por que surgiu a terceira divisão social, ou terceiro setor? O primeiro setor é formado por instituições estatais, sejam federais, estaduais ou municipais, que administram bens e serviços públicos. O segundo setor é constituído por empresas e iniciativas privadas, com recursos aplicados em benefício próprio e visando fins lucrativos. A terceira divisão social, ou terceiro setor, é composto por um conjunto diversificado de instituições, sejam elas: associações, fundações, entidades filantrópicas, organizações não-governamentais, entre outras, e a sua finalidade é prestar serviços de caráter público, mesmo sendo de iniciativa privada.
Ao fazer a ponte entre uma empresa, seja pública ou privada, ou até iniciativas empreendedoras ou mesmo de pessoas físicas em busca do que temos a oferecer, e instituições sem fins lucrativos ou iniciativas transformadoras independente de classificação, percebemos que estamos fomentando a solidariedade social. Estimulamos empresas a apoiar iniciativas e incentivamos a manutenção desse vínculo. Numa importante fase da nossa vida, Se as sociedades estivessem cumprindo individualmente seus papéis solidários sociais, sejam ouvimos a quase que diariamente que “a palavra convence e o exemplo arrasta”. Apostamos que essa individualmente ou coletivamente, não haveria pequena ação de sinergia, que batizamos de colacuna a ser preenchida que justificasse a existência solidariedade, é apenas uma pequena ação, mas com do terceiro setor. grande significado e que pode reverberar em ações Alguns poderão indicar que esse movimento se deu de solidariedade social verdadeira em toda estrutura por ineficiência do estado, outros por entender que da organização. as empresas visam apenas lucro. Mas, os dois setores E se formarmos uma grande rede de cotem um ponto em comum: são constituídos por seres humanos. Logo, a falta de polícias públicas que solidariedade? Qual o impacto podemos contemplem as necessidades de uma comunidade proporcionar na sociedade? e empresas que entendam que existe algo além do Vamos fazer juntos? lucro são condições criadas por seres humanos que perderam ao seu senso de solidariedade social. Umbu Digital - Comunicação Com Essência Enxergamos um caminho para que pessoas físicas e jurídicas, consigam voltar a trilhar o caminho da Marcelo Reis solidariedade social: o aprendizado. marcelo@umbudigital.com E se existisse uma forma de ensinar alguém a Marcos Dimoraes exercitar a solidariedade? dimoraes@umbudigital.com Ano 2 | outubro 2019
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Universo Holístico Por: Amanda Reis
Transdisciplinaridade
Difícil resumir um conteúdo tão denso em poucos caracteres, por isso tal escrita vem referendada por algumas obras que deixarei de indicação para o leitor que deseje aprofundar. Nessa edição trataremos de Transdisciplinaridade, um termo que vem sendo cunhado em vários contextos, que merece detalhamento e postulado epistemológico. Mas peço-lhe calma, embora o contexto descrito requeira um aprofundamento teórico, prometo ser a mais clara possível, sendo fiel aos conceitos estruturantes do assunto. Vamos pensar em um campo circundante, abrangente e integrador. Falar de Transdisciplinaridade nos encaminha a um pensar acerca do que está ao mesmo tempo entre e para além das disciplinas, como afirma Basarab Nicolescu uma referência nesse assunto. Para compreendermos melhor como isso acontece, há a necessidade de demarcação de algumas rupturas imprescindíveis que vêm acontecendo desde o século XVII, até a atualidade. revistaestimuladamente.com.br
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Universo Holístico
Se formos traçar uma linha do tempo, teremos como ponto de partida uma epistemologia multimensional em meados do século XII, seguindo pelo racionalismo do século XVII e pelo empirismo do século XIX. Tal linha revela o quanto cada vez mais a humanidade seguiu numa lógica de separação entre tradição, filosofia e ciência. O nascimento da Ciência moderna é, efetivamente, um ponto crucial nesse traçado histórico. Junto com ela, a especialização e a necessidade de ir cada vez mais fundo com o intuito de buscar verdades que se aproximassem de certezas pautadas em modelos matemáticos e físicos que não abriam margem para erro.
extrapolamento das ciências exatas com vistas a um entendimento de consenso com as ciências humanas, com a arte, a literatura, a poesia e a experiência espiritual. Os três pilares definidos neste documento foram: 1) a Complexidade; 2) a Lógica do Terceiro Incluído; 3) os Diferentes Níveis de Realidade. Para não ser reducionista, apontarei de forma sucinta cada um desses pilares com o compromisso de seguir detalhando cada um deles nas próximas edições. No que diz respeito ao pensamento complexo, esclarecemos que por mais que se reconheça e identifique partes de um sistema, isso não habilita a compreensão da propriedade de todo que o caracteriza. Sendo assim, não é para tudo que se aplica a relação direta entre causa e efeito, algumas se tratam de sistemas complexos.
As bases investigativas propostas por modelos epistemológicos empiristas e racionalistas, propuseram metodologias que construíram verdadeiros “muros” entre os conhecimentos, impedindo assim o diálogo entre eles. Mas acreditem, isso ganha maior fôlego com a Revolução Francesa e o Iluminismo, a partir das novas lógicas apontadas por perspectivas de percepções de sociedade; por isso, Comte repensa o modelo de organização das ciências pautado por uma hierarquia assim definida: ciências fundamentais, ciências descritivas e ciências aplicadas. Esse movimento é o que chamamos de hiperespecialização que dominou o século XX.
Para dar conta dessa premissa, ultrapassando os limites do “ou isso ou aquilo”, Lupasco elaborou a lógica do terceiro incluído. Na perspectiva clássica, os termos A e não-A constituem um par de opostos, uma polaridade, não havendo possibilidade para um terceiro termo T. Já na lógica de Lupasco, o termo T integra os opostos e resolve as questões de polaridade, que agora passa a ser “isso e aquilo” e “nem isso nem aquilo”.
O fato é que “o feitiço virou contra o feiticeiro” e de tanto hiperspecializar, os muros construídos entre as disciplinas começaram a ruir e o aprofundamento epistemológico de uma, começou a esbarrar nos conceitos fundantes de outras. Mas é claro, o princípio do diálogo aparece em um nível tão amplo, que essa interação acontece em diversas esferas, inclusive dando origem a campos epistemológicos novos. A Teoria Cibernética de Segunda Ordem e a Teoria da Complexidade apoiaram essa mudança de perspectiva e, em certa medida, revolucionaram a forma de pensar e de pesquisar.
Por último, não menos importante, o terceiro pilar reconhece a existência de diferentes níveis de realidade e logicas diferentes de acesso a estes. No primeiro nível temos como acesso os cinco sentidos, no segundo estão as percepções, no terceiro a intuição e no quarto a contemplação do mundo das essências e da vida etérea e espiritual. Agora que já temos o cenário geral, trocando em miúdos o pensamento Transdisciplinar traz a lógica da não exclusão, do entendimento de todo e parte e da forma como são consideradas as possibilidades que se apresentam. Nesse contexto, não há como escapar da integração, da unidade e do retorno as bases, premissa fundante na construção de uma nova visão de mundo.
Foi no I Congresso Mundial da Transdisciplinaridade, organizado pelo CIRET (Centro Internacional de Pesquisas e Estudos Transdisciplinares, sediado em Paris) com parceria da UNESCO, em Arrábida (Portugal) em 1994, que de fato se firmou um tratado acerca do conceito através da elaboração da Carta da Transdisciplinaridade. Tal documento revelou uma ideia de abertura, especialmente no que tange ao Ano 2 | outubro 2019
Seguimos detalhando, observando e abrindo na abertura... Até logo! Amanda Reis amanda.reis@estimuladamente.com.br 57
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Transbordar Por: Nelinho Chagas
A mudança que queremos ver no mundo Foto: Arquivo Pessoal
Eu mal havia completado 5 anos, os primeiros raios solares me convidavam a explorar a praça de frente a nossa casa. Sentado no colo de meu avô, avistei uma criança que sozinha brincava na areia e corria entre as árvores. Incentivado por ele, fui até lá conhecer o novo amiguinho. Ele parecia que já estava brincando há muito tempo ali na areia, pois sua camisa branca já estava muito suja, como eu ficava quando brincava por muito tempo no quintal de casa. Enquanto meu avô conversava com a mãe dele, corremos e nos divertimos bastante até ela aparecer carregando revistaestimuladamente.com.br
muitas sacolas e o chama-lo de volta. Ela parecia ter brincado bastante com ele ali, pois estava bastante suja também. Meu avô sugeriu que déssemos um abraço, nos despedimos e eu nunca mais o vi. Por longos dias perguntei ao meu Avô se eles voltariam. Eu havia gostado de brincar com aquele novo amigo. E querendo me dar uma resposta que talvez ele não tinha, respondeu: “certas pessoas vão passar por sua vida e ficarão por muito pouco tempo; às vezes, só irá durar o tempo de uma brincadeira. Você nunca vai saber.” 60
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Foto: Arquivo Pessoal Ano 2 | outubro 2019
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Transbordar
Mas, se você souber aproveitar aquele momento, brincar e for feliz com ela, vocês serão eternos na vida um do outro.
É quando descobrimos a nossa missão, o nosso propósito de vida, que começamos a escrever a nossa verdadeira história. Aquela que iremos nos orgulhar em contar aos quatro cantos do planeta. E independente de qual seja essa história, ela precisa tocar corações humanos!
Sempre que olhar uma criança, um novo amiguinho, você poderá ser feliz com ele nem que seja por 1 minuto e nesse momento, você lembrará de mim, pois será comigo que também estará brincando.”
Porque são as lembranças dos corações que tocamos, e de quem nos tocou, que levaremos conosco ao fechar dos olhos.
Só hoje enxergo que com esse e outros diálogos, recebi do meu avô a maior e mais valiosa dica do que Quando você descobre o seu verdadeiro caminho; seria a minha missão nessa vida. Mais de 30 anos se não aquele que seu ego deseja, seu espírito irá passaram e eles continuam mais vivos do que nunca implorar e fará seu coração gritar para segui-lo. em minha memória. Meu coração gritou, e continua gritando muito alto. Pela primeira vez conto essa história e acredito que E é ele que me acorda às 5h da manhã todos os dias. a partir de agora, quando me perguntarem como Se porventura, compartilhar um pouco da minha surgiu a inspiração para criar o projeto social Liga história, sobre como descobri o meu propósito e do Bem, direi de quais fontes eu bebi e dos exemplos como ele vem transformando e beneficiando a vida que tive lá atrás e tenho até hoje. Seja com Avô, de outros seres humanos, se, e apenas se, isso de minha Mãe, meu Pai, meus irmãos, meus amigos ou alguma forma inspirar pelo menos uma única pessoa pessoas que me inspiram. que se dispõe a ler essa coluna, e leva-la a refletir Agradeço a oportunidade em poder contar algumas e agir em prol do bem comum ficarei muito feliz e acredito que já terei feito o meu trabalho. dessas histórias e vivências, em especial ao convite do amigo Marcelo Reis, editor desta revista, da qual sou leitor e que vem construindo através de suas matérias, uma importante ponte de reflexão sobre quem somos, como nos relacionamos com o nosso meio e de que forma podemos tornar esse relacionamento mais saudável e sustentável em prol do bem estar comum.
Desde pequeno, convivo com um sentimento muito forte de que eu vim ao mundo para tornar a vida das pessoas mais leve, alegre e divertida. De uma forma geral, eu sempre buscava causar um impacto positivo na vida de cada um que cruzava o meu caminho.
Escolhi trabalhar com entretenimento. Passei pela advocacia, psicologia e marketing. Mas, o vazio Estimular e inspirar pessoas por onde quer que eu vá, através do trabalho voluntario e ações de impacto insistia em me acompanhar, me rasgava o peito e a social têm sido hoje o meu fim e o meu meio. Quase mente e me fazia ir em busca do desconhecido, e de algo muito maior do que eu. Esse caminho nunca uma obsessão do bem que me faz acordar às 5h foi fácil. Foi difícil, muitas vezes dolorido, onde da manhã e muitas vezes ir dormir às 02h. Não é machuquei e me deixei machucar. Onde sempre insônia, é ânsia de tornar-me a melhor versão de procurei perdoar e o mais difícil: me perdoar. Com mim mesmo, para que possa ser melhor para o o perdão verdadeiro e só com ele, veio a verdadeira outro. É propósito. gratidão. Não aquela que repetimos com a boca Mas, afinal, o que é esse tal de propósito que hoje através das palavras, mas aquela gratidão que infla em dia invade as rodas de conversa do mundo seus pulmões e bombeia sangue para o seu coração corporativo, universidades e do terceiro setor como e seus neurônios e você explode em um sentimento se fosse um fato novo, uma inovação tecnológica? inexplicável em que você apenas quer se manter Dizem que há dois grandes momentos em que naquele estado, abraçar as pessoas, sorrir com os a vida passa a valer pena; o momento em que olhos por se sentir parte de algo muito maior que nascemos, e o momento em que descobrimos para você e desejar devolver toda essa bênção de volta que viemos ao mundo. para o mundo.
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Acredito que a partir daí, uma semente foi plantada em mim e nasceu em formato de um movimento de amor chamado Liga do Bem e Governance Impacto Social. Onde temos como missão, transformar vidas através da união do trabalho voluntário, criar e gerir projetos sociais para Ongs ou organizações privadas com foco em impacto social.
Vivenciar essas experiências nas caravanas do sertão ou na África e enxergar o quanto com pequenos gestos a gente consegue mudar o mundo de muita gente, faz a minha vida valer a pena, faz ela ter sentido e me faz sentir cada vez mais, que estou ajudando a construir o mundo que eu quero viver. Na próxima edição, trarei aqui mais dessas experiências e histórias e dicas de como você pode começar a mudar o mundo começando de onde está! Serviu pra mim e pra muitos, quem sabe não sirva pra você?
Descobrir o nosso propósito e agir para alcançalo, é mergulhar em um mar desconhecido, revolto e muitas vezes ir à contra mão de todo um sistema. Mas, posso garantir que vale e sempre valerá a pena, cada gota de suor derramada e cada lágrima que deixamos cair.
Precisamos de todos, precisamos de você. Não importa se na África, na favela ao lado ou no sertão. Vá onde seu coração gritar. Somos todos um só, somos todos seres humanos. Quem criou as fronteiras foram os homens, não Deus.
Hoje, a liga do Bem não é apenas uma organização da sociedade civil, ela é um movimento de amor, feito por pessoas físicas, voluntários sem qualquer vínculo político ou religioso, que vem transformando a vida de milhares de crianças, adolescentes, famílias e comunidades.
A humanidade grita por socorro, consegue ouvir? Então, vamos juntos! Nelinho Chagas Empreendedor Social e Humanitário, Fundador da Ong Liga do Bem e da Governance Impacto Social neliochagas@hotmail.com
A cada vida transformada, a cada pessoa inspirada, vou aprendendo, crescendo e transformando a minha própria vida.
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Registro Por: Amanda Reis
Ânima Training
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Esfuziante, vermelha e integrada, Bianca Ogata acolheu, orientou, confrontou nossas mulheres sagradas. A tenda vermelha aconteceu de forma genuína e intensa. Com a parceria de seu pai, Massaru Ogata e de seu marido Bruno Ferreira, Bianca nos convidou a mergulhar no universo complexo de nosso feminino, reconhecendo nossa ancestralidade e honrando toda a nossa história.
Ânima Training é uma imersão em meio à natureza que traz a integração de ferramentas de desenvolvimento pessoal, inteligência emocional e elevação da autoestima com uma jornada de autoconhecimento no ser mulher e diversas vivências que trazem o empoderamento feminino. Um grande desafio, fazer o registro de uma experiência que muitas vezes não cabe em sua dimensão por completo no papel. Sendo assim, convido vocês a uma leitura para além das entrelinhas, que vai requerer escuta interna.
Numa proposta de feminino curado a partir da integração do masculino, foram múltiplas manifestações de amor, cuidado e sororidade. As mulheres se revelaram e a onda vermelha foi ressonância de uma eclosão de amor. A lua fez a guiança e os ciclos internos se revelaram. Nos vimos, nos sentimos, nos reconhecemos como nunca. Cada uma na sua dimensão e no seu fluxo de cura. Diálogo interno, experiência no corpo e inclinação para a mudança.
O Ânima -Bahia começou no dia 02 de agosto, sob a coordenação de uma mulher de força, nossa querida Éllen Biondi. Tudo cuidadosamente pensado para receber na Fazenda Campo Verde, em Mata de São João, trinta mulheres que embora diferentes, buscavam o mesmo objetivo: o reencontro com seu feminino. A imersão começou desde o trajeto até a fazenda. Os olhos lindos de cada mulher revelavam sentimentos variados: ansiedade, medo, alegria, tranquilidade... Cada uma seguia seu movimento. Algumas já se conheciam, havia certo papo na van. Mas no fundo ninguém sabia exatamente o que iria viver, até por que existe um código entre as Ânimas que circula em torno de ancorar um ambiente seguro, por isso não se pode compartilhar as experiências, somente a reverberação delas. Ano 2 | outubro 2019
Vivemos coisas simples, coisas novas e muito de nós mesmas. Silêncio, propósito, ancestralidade, fogo, junção de todos os elementais em favor da vida presente e pulsante no útero de cada mulher, a força da criação. No dia 04, nos despedimos fartas de jambo e boa comida, empunhando nossas flores e completamente prontas para a mudança. Uma vez Ânima, jamais o mesmo olhar, jamais o mesmo comportamento. Um novo mundo, para novas mulheres. Amanda Reis amanda.reis@estimuladamente.com.br 67
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Contos de Família Por: Lais Nascimento
Coração aberto para as surpresas da vida
Dizem que gato e cachorro juntos não dá certo… só dizem! Na casa da família que apresentamos nesta edição, essa teoria é posta à prova, porque os “pets” dormem abraçados e morrem de amores um pelo outro. Nesse conto, não faltam exemplos esse nobre sentimento, chamado amor, supera qualquer (a) diversidade!
sábado, em 1997, quando Argi se preparava para viajar à Salvador a trabalho e esperava por um secretário da Administração Municipal, de Itambé, município baiano, quando foi surpreendida com a notícia: - Doutora, eu tenho um menino para a senhora. A criança que a senhora tanto quer adotar chegou. Era o tio de Pedro, irmão de sua mãe biológica, que após dar à luz, fugiu por não saber como agir diante do inesperado. A primeira reação de Argi foi ir atrás da moça para orientar e convencê-la a ficar com a criança, mas, sem encontrá-la, retornou ao hospital e com a autorização dos médicos levou o pequeno Pedro para casa.
Podemos começar contando sobre o primeiro integrante da prole. Antes mesmo de conhecer Gel, aquela que seria sua companheira, Argi já sonhava em ser mãe e realizou este sonho pela primeira vez, ainda solteira, com a chegada inusitada de Pedro, hoje com 22 anos. Nove anos depois, sem que imaginasse, uma nova surpresa bateu à porta da Família Soares-Cerqueira, Isabel (17) e Joab (16) chegavam para completar essa história inspiradora.
De todas as partes surgiram ajuda e doações e à nova mamãe coube apenas a compra do berço, que embalaria Pedro em novos sonhos de uma vida repleta de amor e descobertas. Em pouco tempo, o processo de adoção foi concluído e a maternidade se concretizou para Argi, como um passe de mágica.
“O agir de Deus é lindo”, afirma Argimária Soares, 48 anos, delegada de Polícia do município de Cairu (BA), ao rememorar a chegada do primeiro filho. Era um revistaestimuladamente.com.br
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Contos de Família
O casamento veio cinco anos depois, quando em 2002, Argi conheceu Angelina. A relação homoafetiva foi oficializada em 2008, garantindo ao casal direitos e deveres comuns aos casais de sexos diferentes, uma grande novidade à época. A oficialização da relação reforçou um desejo mútuo: a adoção em conjunto de uma criança.
da espontaneidade e retidão de Pedro. E conta sobre a semelhança entre Angelina e Isabel, que além dos traços físicos, se parecem no jeito de ser. Já Angelina lembra do pai e repete com propriedade o lema “Família é sempre família.”, por isso, meu desejo é que meus filhos continuem se tratando como irmãos unidos e que tenham amor pra dar, generosidade, porque é o que a gente leva da vida. Então, eu espero em Deus que meus filhos cresçam fortes, resolvidos com suas questões, mas que acima de tudo sejam pessoas amáveis”.
Angelina Cerqueira é psicopedagoga, em 2008 foi educadora social no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), em Valença, sul da Bahia. Durante uma de suas visitas a uma casa de passagem, que abrigava crianças e adolescentes, que dentre outras condições, estavam sob medida protetiva do Estado, Gel, como é chamada, conheceu Isabel, então com 5 anos. “Isabel, pra mim, é um presente de Deus.Eu sempre quis ser mãe e quando eu cheguei lá no Centro e apresentei o trabalho ela chegou para mim e ficou segurando na minha saia o tempo todo, e me encantou... pelo olhar dela, me encantou por tudo.
Quando questionada se sente ter feito uma caridade ao adotar as crianças, Argi é categórica: “Talvez eu tenha feito uma caridade a mim mesma. Eu não sinto como se eu estivesse fazendo uma caridade a eles (em adotá-los). É sem trocas”. Lembra ainda de um dia desses em que saiu com os três e falavam sobre as despesas de casa, quando ela disse em tom de brincadeira: “se eu não tivesse filho estaria rica”, e um deles emendou: “mas estaria triste e chorando pelos cantos”.
O encontro com a menina chamou atenção de Angelina, que compartilhou a experiência com a companheira. Juntas, decidiram que convidariam a pequena para um fim de semana com a família. A diversão foi certa e a visita ilustre encantou a todos. Foi inevitável a tristeza provocada pelo retorno da criança à instituição que a abrigava, no domingo. Entre lágrimas de saudade da tia Gel e do pequeno Pedro, restou a esperança de mais uma adoção.
A adoção sempre foi um tema que dividiu opiniões entre familiares e amigos de Angelina e Argimária. Há quem tema as surpresas que o DNA pode carregar, outros acham que não serão capazes de preencher a lacuna do abandono. Com uma receita simples que inclui amor, respeito e cumplicidade, nesta família a condição é secundária. “A gente esquece que eles são adotados e vice-versa. Uma coisa é certa, aqui ninguém solta a mão de ninguém”, diz Argi.
No mesmo ano, o casal decidiu adotar Isabel. Em 2009, a guarda foi concedida, e mais especificamente, aplicada. No dia 31 de março, dia do aniversário de Gel. Presente melhor não poderia haver. E a família que parecia estar completa, ainda abriria espaço para mais um membro. Joab, irmão biológico de Isabel, viria a ser o quinto elemento desse “balaio de gato”, como Argi costuma se referir à própria família. O caçula chegou nove meses depois da adoção de Isabel. O “voto de Minerva” veio da mãe de Argi, D.Maria José, que achava um erro separar os dois irmãos deixados no abrigo, em decorrência do abuso de drogas sofrido pela genitora.
Seguro pelas mãos firmes da mãe, Pedro segue seus passos, sem no entanto ser cobrado por isso. Inspirado pela rotina profissional de Argimária, encontrou na faculdade de Direito o caminho que pretende seguir. “Minha escolha pela advocacia é uma influência indireta da minha mãe, porque ela nunca determinou o que eu deveria ou não fazer, mas a rotina de trabalho dela, me inspirou”, conta o primogênito. A transparência sempre foi o tom das conversas em casa. Tanto assim, que todos conhecem e têm livre acesso às suas famílias biológicas e há sempre um pedido de Argi e Gel para que os filhos não guardem ressentimentos de seus genitores. “Não vou dizer que não bate uma insegurança, mas construímos uma relação de muito amor”, explica Argimária, que
Como a coruja que gaba o toco, Argi descreve cada um deles destacando habilidades e valores que admira nos filhos. Fala satisfeita do senso de justiça de Isabel, da generosidade e sensibilidade de Joab e Ano 2 | outubro 2019
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Contos de Família
acredita ainda que “a gente cria filho pro mundo e o mundo leva por muitos caminhos. Quanto mais próximo deles a gente puder estar, melhor”.
podendo reconstruir minha vida, que poderia ter sido perdida há muito tempo. Hoje, a emoção de falar sobre essas mulheres que me acolheram é inexplicável”, declara a filha.
O equilíbrio proporcionado pelo convívio saudável em família, garante uma relação de autoconfiança e um posicionamento muito firme, diante das surpresas que a vida traz. Isabel foi protagonista de um fato curioso quando veio a Salvador para tirar seu primeiro RG e sua postura encheu as mães de orgulho e alegria. Em dúvida sobre como dispor os nomes de Angelina e Argimária no documento, já que as duas são apontadas como ‘mãe’ na Certidão de Nascimento, o atendente questionou como fazer. Isabel, com toda simplicidade, disse: “Informa um nome em cima e outro abaixo, assim, como se faz com pai e mãe”. E de fato, assim foi.
Cada um a seu modo, ensina e aprende com o outro. Ao longo da vida, Argi diz ter se reinventado, sempre lutando para não se embrutecer, sobretudo pela profissão que desempenha, e foi no autoconhecimento que se amparou para seguir o caminho. “Me considerava uma pessoa de posicionamento radical e o aprendizado com meus filhos, tem me levado a novas reflexões”. Argi tem a companhia de outra mulher de coragem, que compartilha com firmeza a missão de superar desafios em busca da realização de sonhos. “A minha família não é diferente de nenhuma outra família. Como toda família, os meninos brigam, brincam. Nossa vida é cheia de alegrias e responsabilidades, então às vezes, eu sou a mãe chata, a mãe que reclama, que cobra, mas sou também a mãe que eles gostam, que chegam perto… enfim, a gente tem os dois lados: eu cobro, Argimária brinca e eles se divertem com tudo isso”.
Isabel ostenta com orgulho o documento de identidade e diz que nunca teve medo ou vergonha, ao contrário, é sempre grata. “Eu sou muito feliz por ter no meu RG o nome de duas mães. É diferente e isso me orgulha muito. Eu não me envergonho, nem tenho medo de dizer para ninguém que eu sou filha de duas mulheres, principalmente porque elas são minha base, referência de acolhimento, elas são minha fortaleza e me possibilitam seguir em frente,
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Minha Estimuladamente Por: Marcos Soares
Porque decidi mudar Eu casei aos 19 anos e nessa mesma data nasceu meu primeiro filho - Marcos Júnior - a minha felicidade em ser pai, foi indescritível, mas logo eu me vi preso, eu estava reproduzindo inconscientemente, em grande parte, os mesmos comportamentos dos meus pais e percebi que havia algo errado comigo. Aos 30 anos, eu comemorava o nascimento do meu segundo filho – Pedro Lucas. Comemorava a aquisição de um carro novo, uma casa legal quando de repente, aquelas perguntas pareciam que iriam explodir a minha cabeça quando eu percebi que meu casamento era um relacionamento fracassado, minha mãe, a minha heroína faleceu e eu me vi sozinho nesse mundo, o “fundo do poço” não é uma expressão que consiga descrever a situação em que eu me encontrava. Eu pensei que se acabasse com tudo, não teria de enfrentar todos esses problemas. Mas as perguntas agora pareciam mostrar alguma luz no fim do túnel. Eu lembrei de todo esforço que a minha mãe fez para me fazer prosseguir. Certa vez ela quase obrigou meu pai a largar tudo onde morávamos e mudarmos para um lugar onde tivesse uma escola mais adequada para eu poder estudar. Verifiquei que consegui a façanha de aprender a tocar violão do lado contrário por ser canhoto, percebi que eu tinha habilidades únicas e isso era incrível. Como eu não pude prestar atenção nisso antes? Indagueime. Eu tinha começado a despertar de um pesadelo, eu tinha que fazer valer a pena todo o esforço dos meus pais afinal de contas eu não tinha outra opção senão, avançar na direção dos sonhos que estavam engavetados e empoeirados, mas algumas as dúvidas me faziam oscilar, foi quando aconteceu algo magistral na minha vida, eu encontrei a pessoa mais especial da minha vida, a pessoa que sempre procurei - eu mesmo - quando me deparei com a Mecânica Quântica.
Desde os meus 5 anos de idade, quando eu acompanhava meus pais aos cultos e comecei a tocar uma sanfoninha que combinava com o meu tamanho; eu comecei a fazer perguntas sobre a natureza das coisas, minha infância foi maravilhosa. Certa vez quando eu estava na terceira série, me peguei juntando bolachas que caiam dos outros coleguinhas, talvez fosse criancice, coisa da idade, mas a verdade é que meus pais não podiam me dar dinheiro para comprar o lanche, eles tiveram suas próprias dificuldades. Dos 5 primeiros filhos que tiveram, eu era o único sobrevivente – no entanto minha mãe se transformou em uma espécie de super-heroína, não admitindo outro resultado que não fosse o meu sucesso. Eu já estava crescido e fazendo ainda mais perguntas, eu queria entender porque meus pais pareciam estar presos em ciclos repetitivos de escassez, e percebi que isso estava ligado à forma de pensar, as crenças deles e a suas recusas em muda-las. revistaestimuladamente.com.br
Foi um tremendo espanto quando vi aquele ser enfraquecido, carente de amor, parecia cansado de bater em tantas portas, cansado de tantas frustrações, parecia não acreditar mais em ninguém, tão pouco permitir que eu me aproximasse. Mas eu fui me aproximando com carinho, estendi a mão e comecei imediatamente a fazer uma reintegração de todas as partes que tinham sido arrancadas pelos velhos hábitos. 72
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Minha Estimuladamente
A Mecânica Quântica, me proporcionou ver quem sou em essência, percebi que não estava à mercê das circunstâncias, na análise do experimento da “dupla fenda”, em que o observador faz o átomo se comportar como partícula quando observado, e como uma onda de possibilidades quando não é observado, me deparei com coisas muito bizarras como o princípio da incerteza de Heisenberg, no qual não se pode medir o estado de uma partícula sem alterar o resultado da medição pelo simples fato da observação. Tudo isso parecia bom demais para ser verdade. Essas constatações fizeram o sol raiar no meu horizonte e aquelas velhas perguntas da minha infância - bumm- pareciam ganhar alguma resposta plausível.
Aos 37 anos eu fiz uso dos princípios quânticos, e atraí uma bela jovem a qual se tornou minha esposa. A Lírian, que fez parte dos grupos de “M.Q.” antes de nos unirmos em casamento, veja o princípio da complementaridade funcionando - hoje eu tenho uma vida equilibrada, tenho várias fontes de renda, faço o que eu amo como terapeuta holístico, palestrante e propagador do autoconhecimento e transformação de vidas. Os conhecimentos obtidos com a Mecânica Quântica assim como o mergulho nos estudos da espiritualidade me fizeram adotar alguns comportamentos que considero a base do meu sucesso hoje: assumir 100% a responsabilidade por tudo em minha vida, encontrar as soluções dentro de mim em vez de tentar mudar algo externo.
Mas, minha alegria não durou muito, quando eu tentei contar isso para alguns amigos, eles me criticaram, me fizeram ficar triste. Como eu contaria algo que tinha transformado a minha “visão de mundo” para as pessoas, quando a impressão que eu tinha era que apenas eu pensava assim? Foi nesse ponto que encontrei um grande amigo que também tinha experimentado dessa transformação e me ofereceu um ombro amigo, o nome dele: Jean Savedra.
Aquelas perguntas de quando eu tinha 5 anos de idade, continuam me instigando, hoje elas são do tipo: o que posso fazer para alcançar o maior número de pessoas com essa mensagem? Aliás, essa parte questionadora e criativa está dentro de cada um de nós, é o que nos faz romper os paradigmas e criar novas possibilidades. Eu me sinto completo, com os meus sentimentos e emoções, problemas, incertezas. Sei que diante de qualquer obstáculo, problema ou oportunidade, meu subconsciente me proverá com os recursos certos dentro de mim, por isso não tenho porque temer ou viver preocupado com nada.
Quando eu encontrei o Jean logo fui apresentado para a “família milagres” na qual, abracei a causa que me foi apresentada, pois tinha tudo a ver com o que eu sempre tinha sonhado – criar conteúdo capaz de gerar transformações de muitas vidas por meio do autoconhecimento e expansão de consciência – isso me deixou em êxtase, nessa época nasceu o “Mecânica Quântica na Prática”. Embora eu não tenha compreendido totalmente o trabalho do Jean naquela época, ele foi mais que um amigo, foi e continua sendo um irmão de alma para mim.
A melhor coisa que aconteceu na minha vida está ligada a “todas as experiências que passei”, pois elas foram minhas professoras, se alguma delas tivesse sido diferente, eu não seria quem sou e não estaria aqui falando delas para você. Portanto, você que está passando por dificuldades, agradeça por elas, aprenda com isso, tem uma mensagem nelas dizendo; cresça! E agradeça por cada aprendizagem.
No decorrer dessa jornada encontrei muitas pessoas que também precisaram de um ombro amigo, nos grupos de Whatsapp “M.Q na Prática”, na página do facebook “Mecânica Quântica na Prática” onde passei a oferecer cursos gratuitos. Às vezes penso na satisfação da minha mãe, se estivesse fisicamente aqui, para se alegrar comigo pelos resultados que tenho alcançado, para ouvir os relatos de tantas pessoas que andavam sem rumo assim como eu andei, e com a minha ajuda conseguiram se encontrar com a própria essência. Ano 2 | outubro 2019
Obrigado por ler a minha história, espero que ela de alguma forma inspire você a usar todo esse potencial que tem ai dentro, esperando para ser utilizado. Vejo você no topo! Marcos Soares Terapeuta Holístico, facilitador Quântico, Reprogramador Neurolinguístico, pesquisador independente, licenciado em Física pela UFPA marcossousasoares@yahoo.com.br 73
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