Revista EXATO - Ed 13 - Maio 2020

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ÍNDICE

12.

MARKETING

Vendas online: uma questão de sobrevivência

16. 20.

MODA

Home office

IMIGRAÇÃO

Imigração nos EUA sofre alterações temporárias

24. 4 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

IMÓVEIS

Efeitos do COVID-19 no mercado imobiliário

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ECONOMIA

28.

Retrato da economia americana frente a pandemia EMPREENDEDORISMO

32.

Sobrevivendo em meio à crise TECNOLOGIA

36.

Meios de pagamento eletrônico CINEMA

48.

A teoria de tudo CULTURA

52.

Memorial Day TURISMO

54.

Conheça o território inexplorado de Moçambique MATÉRIA

58.

40.

Revista EXATO celebra 1 ano

CAPA

Nelson Oliveira: uma trajetória de sucesso e solidaderiedade

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Maio de 2020 / REVISTA EXATO / 5


COLABORADORES

Daniel Rohde CEO da revista EXATO, designer gráfico, 30 anos, catarinense, casado, formado em Administração pela Universidade Católica de Brasília, graduando em Produção Publicitária na Unigran. Gosta de ouvir música e tecnologia. @danielwrohde

Simone Rohde Comercial da revista EXATO, paranaense, casada, formada em Administração pela Universidade Católica de Brasília, e pós-graduanda em Administração com Ênfase em RH na Unigran. Gosta de viajar, ler e escrever nas horas vagas. @simonewrohde

Thaís P. Victorello Jornalista, assessora de imprensa, colunista social, produtora e editora chefe da revista EXATO; Paulistana, formada em jornalismo pela Universidade Cidade de São Paulo; cristã, casada e mãe de três filhos. Gosta de viajar e de estar com a família. @thaisvictorello

6 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

Fábio Nascimento Contador, 39 anos, casado, paraense, Graduado em Contabilidade pela Universidade da Amazônia, fotógrafo oficial da Revista EXATO. Gosta de tecnologia, tocar piano e saxofone. @fabiof_n

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EXPEDIENTE

REVISTA MENSAL ANO 2 | EDIÇÃO 13 MAIO DE 2020 CEO/FOUNDER:

Daniel Rohde

COMERCIAL:

Simone Rohde

EDIÇÃO/DIAGRAMAÇÃO:

Daniel Rohde

DESIGNER GRÁFICO:

Daniel Rohde

AGÊNCIA DE PUBLICIDADE:

BRAUS Digital Marketing

JORNALISTA E EDITORA-CHEFE:

Thaís Partamian Victorello

FOTÓGRAFO:

Fábio Nascimento

COLUNISTAS E ARTIGOS:

Thaís P. Victorello . Antônio J. Fonseca Érica Nascimento . Gabriel Basso Ed Saraiva Junior . Vernan Wolf Aurélio Rafaela S. Fonseca . Hellen Lima Maraiza Teixeira . Fernanda Melo Clarissa Kalil A REVISTA EXATO é uma publicação mensal. O conteúdo da revista, bem como artigos e anúncios são de inteira responsabilidade de seus autores e anunciantes. Pessoas sem registro em nosso expediente, não estão autorizadas a falar em nome da Revista. Na dúvida, entre em contato conosco.

CAPA: Nelson Oliveira FOTO CAPA: Fábio Nascimento

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8 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

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EDITORIAL

TEMPO DE MUDANÇAS

A

POR SIMONE ROHDE

braços são proibidos, socializar e festejar em grupos também. Já sabemos tudo o que vai mudar após essa pandemia? Provavelmente não. Embora esperamos ansiosamente o anúncio do fim da mesma, sabemos que as coisas não serão mais como erão antes. E estou falando de todas as areas: desde a forma como viveremos em família e amigos, até a forma de trabalhar e empreendeer. Se formos dar uma olhada rápida pela história, vamos ver que as maiores mudanças do mundo sempre ocorreram após disseminações de doenças, assim como após grande guerras. Impérios foram abalados, modelos econômicos foram alterados, cidades foram redesenhadas e mudanças comportamentais aconteceram. A crise atual, segundo especialistas de várias areas, será um marco entre uma geração e outra, e deverá trazer consequências culturais e práticas, como a transformação do modelo de trabalho, a valorização do sistema de saúde pública, entre outras. Com o nível alto de globalização, um vírus é rapidamente propagado por todo o globo terrestre. Por mais avançada que a medicina esteja, nunca estará preparada para uma pandemia, ainda mais visto a rápida mutação do vírus. Vemos governantes adotando medidas de contenção, de prevenção, de proibição, e etc. na tentativa de fazer algo pelos seus cidadãos, baseados em acontecimentos similares anteriores (como a da gripe espa-

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nhola, por exemplo). Entretanto, até onde o homem é o responsável pela pandemia ter acontecido, e até onde ele é o responsável para contê-la agora? Dificilmente teremos uma resposta exata para essa questão, mas teremos que descobrir a melhor forma de viver na pós-pandemia, com nossa família e negócios. Sabe-se que grande parte dos empreendedores nascem da necessidade, e nesse momento, onde muitos empregados foram demitidos, as chances de nascerem grandes ideias e novos empregadores (leia-se empreenderores), são fortíssimas. Vá até a página 40 e anote as lições dos empreendedores que estão sobrevivendo a essa crise (melhor aprender com os erros e acertos dos outros, do que comete-los por conta, não é?), monte seu plano de négocios de acordo seu talento versus a necessidade do mercado, e faça parte da história dos que transformaram uma crise num negócio de sucesso.

Simone Rohde

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MARKETING

VENDAS ONLINE: UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA Tempos difíceis passam, pessoas fortes ficam

N

POR MARAIZA TEIXEIRA

MARAIZA TEIXEIRA Consultora em Marketing Digital @vendaprodutoinfantil

12 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

ão é a toa que empreendedor tem “-dor” no nome. Imagine a seguinte cena: você está na sua loja, restaurante, bar ou escritório. Está trabalhando, ralando e feliz da vida. Afinal você faz o que ama, e o seu negócio é a realização de um sonho. Mas, da noite pro dia você é forçado a baixar as portas do seu negócio - isso já foi uma dor imensa! E tudo piora quando os boletos começam a chegar e você não tem uma reserva de emergência para manter as contas em dia. Logo, o desespero começa a bater. Nesse últimos dias, tenho ajudado muitas empreendedoras

que estão enfrentando exatamente essa situação. Porém, percebi que existem dois tipos de pessoas: aquelas que agem com estratégia, e buscam novas formas de manter seu negócio vendendo e aquelas que simplesmente se deixam levar pelo desespero e ficam patinando sem saber o que fazer. Aquelas que estão agindo, estão focadas na solução e não no problema. Estão estudando e buscando novas alternativas para continuar vendendo. Entrar no desespero não é a forma mais inteligente para sair dessa situação. É preciso focar nas tarefas mais importantes, em outras palavras, é hora de focar em fazer o que gera mais vendas.

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É incrível o quanto quem agiu rápido e se adaptou ao online está tendo mais resultados. Ações como renegociar aluguel, prorrogar boletos com fornecedores, cortar custos, transformar cada funcionário em um vendedor online, criar novas formas de entregar os produtos e serviços, tem feito parte do dia a dia dos empreendedores.

Para quem estava “empurrando com a barriga” e procrastinando colocar seu negócio no mundo online, agora não teve outra alternativa a não ser: vender online. Foi na dor, que a maioria dos empreendedores percebeu o quanto ter seu negócio funcionando online é imprescindível. O quanto entender como cada rede social funciona e usar da maneira mais estratégica possível tem sido um desafio diário, uma verdadeira “corrida contra o tempo”. Afinal, os boletos não esperam. Para vender online não basta apenas ter um site ou abrir um perfil numa rede social. É preciso estudar marketing digital, conhecer seu público-alvo, entender as necessidades dele para então vender uma solução. É preciso entender como usar as ferramentas da maneira mais inteligente e rápida para atingir o público certo e converter vendas. Mais do que isso, é preciso saber o que vender, pra quem vender e como vender. É muito mais fácil encontrar produtos para seus clientes do que encontrar clientes para seus produtos. A empresa que não tiver uma estratégia para continuar vendendo mesmo em meio a quarentena, está fadada ao fracasso. Por isso, quero deixar aqui 3 orientações para seu negócio: 1. Não se desespere. As pessoas continuam consumindo. Mesmo que em valores menores, mas continuam! 2. Crie metas. Mesmo que sejam menores, defina metas mensais, semanais e diárias. Não esqueça de comemorar cada meta vencida, isso vai te ajudar a se manter motivado e seguir em frente. 3. Estude marketing digital. Conhecimento é poder! Vamos em frente!

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Maio de 2020 / REVISTA EXATO / 13




MODA

HOME OFFICE Como manter-se bem arrumada e confortável ao mesmo tempo

M

POR ÉRICA NASCIMENTO

ÉRICA NASCIMENTO Consultora de moda @meublognana

16 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

uita gente teve sua rotina completamente alterada nas últimas semanas, devido ao Covid-19 (nova doença causada pelo coronavírus e que foi considerada uma pandemia). Como medida de prevenção e pela necessidade do distanciamento social, inúmeras empresas resolveram, a fim de não parar sua produtividade por completo, apostar no modelo de trabalho em casa, o que muitos chamam de “home office”. Esse estilo de trabalho pode ser, além de uma alternativa para a atual situação, uma oportunidade e um diferencial para aqueles que conseguirem desenvolver essa habilidade de maneira produtiva, tanto para o trabalhador, quanto para a empresa. Por esse motivo, vamos

deixar algumas dicas importantes que irão auxiliar você nesse novo panorama de trabalho. É normal as pessoas, por estarem em casa, sentirem-se mais à vontade quanto ao que se vestir. Há uma tendência de procurarmos roupas confortáveis, mas temos que fazer distinção entre roupa de casa, e roupa confortável para trabalhar em casa. Então já vai dizendo não ao pijama! Para quando estiver trabalhando, use roupas confortáveis, sem muita informação, de preferência com tecidos que não amassem tanto, como por exemplo, malha e algodão. As bermudas de alfaiataria (que não sejam de linho) são elegantes e dão mobilidade, camisas de algodão trazem um ar casual e charmoso, vestidos soltos (em malha) são bem arejados para quem mora em locais mais quentes,

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pantacourt (calças soltas no tamanho midi) e até mesmo as t-shirts, são boas opções para estar arrumada para trabalhar em casa. Quanto aos pés, pode usar uma mule, uma sandália mais confortável ou sapatilha se preferir. Não descuide de sua aparência e esteja pronta para falar por vídeo chamada com seu gerente, equipe ou cliente se for necessário. . Isso é importante, porque nossa aparência fala por si mesma, e o fato de estar trabalhando em casa, não quer dizer que vamos relaxar com relação a isso. Mostre que você não está no mesmo local físico, mas está com suas energias voltadas ao cumprimento da sua tarefa e que está fazendo o seu melhor nesse momento difícil para todos. Para que seu trabalho em casa ganhe funcionalidade, é necessário disciplina da sua parte. Já que sua rotina foi alte-

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rada, esse é o momento de se adaptar a nova realidade. Mantenha o foco no seu trabalho estabelecendo um compromisso de cumprir seu horário do início ao término, a fim de não trabalhar nem mais e nem menos, e principalmente para que ao final do dia você não tenha a sensação de que não produziu nada. Defina um local mais tranquilo, onde não tenha tanta movimentação, mantendo seu horário, seus intervalos de lanche, almoço e fim do horário de produção. Fuja das distrações como assistir televisão, levantar para comer fora dos intervalos, e muito cuidado com celular e redes sociais, afinal você está no seu horário de trabalho. Esse é um tempo de muitas mudanças, readaptações e conseguir equilibrar tudo isso é possível com foco e disciplina e possivelmente um diferencial no futuro.

Maio de 2020 / REVISTA EXATO / 17




IMIGRAÇÃO

IMIGRAÇÃO NOS EUA SOFRE ALTERAÇÕES TEMPORÁRIAS Entenda a proclamação presidencial de suspensão temporária de vistos

O

POR CLARISSA M. KALIL

CLARISSA M. KALIL Advogada @clarissaimmigration

20 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

presidente DonaldTrump assinou uma proclamação para suspender temporariamente por (60 dias) a emissão de vistos americanos, com algumas exeções. O presidente caracterizou a medida como um meio de proteger os trabalhadores americanos, devido aos 22 milhões de americanos desempregados com a crise do COVID-19, e determinou que a medida seria necessária para o mercado de trabalho dos EUA durante o período de recuperação econômica. A proclamação entrou em vi-

gor na quinta-feira, dia 23 de abril de 2020 às 23h59 (ET) e suspende a entrada de qualquer indivíduo que pretenda entrar nos EUA como imigrante que: • Está fora dos Estados Unidos na data efetiva da proclamação; • Não possui visto de imigrante válido na data efetiva; • Não possui um documento oficial de viagem válido tal como “advance parole document” na data efetiva ou emitida em qualquer data depois da proclamação (documento esse que permite o indivíduo viajar para os Estados Unidos para solicitar entrada ou admissão enquanto pedido de ajuste de status

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está pendente, por exemplo). Os titulares de vistos não-imigrantes (tais como visto de turista, estudante, L-1, O, P, H1B, E2, etc) não estão incluídos na proclamação. As seguintes categorias estão isentas da proclamação: 1. Residentes permanentes legais (LPR) que já sejam portadores de green cards; 2. Indivíduos e seus cônjuges ou filhos que desejam entrar nos EUA com um visto de imigrante como médico, enfermeiro ou outro profissional de saúde; para realizar pesquisas médicas ou outras pesquisas destinadas a combater a disseminação do COVID-19; ou para realizar trabalho essencial para combater, recuperar ou aliviar de outra forma os efeitos do surto de COVID-19 (conforme determinado pelos Secretários de Estado e Departamento de Homeland Security (DHS), ou seus respectivos designados); 3. Indivíduos que solicitam um visto para entrar nos EUA de acordo com o investidor imigrante EB-5; 4. Cônjuges dos cidadãos americanos; 5. Filhos de cidadãos america-

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nos com menos de 21 anos e possíveis adotantes que desejam entrar com um visto IR-4 ou IH-4; 6. Indivíduos que promoveriam objetivos importantes de aplicação da lei nos EUA (como determinados pelos secretários do DHS e do Estado, com base na recomendação do Procurador Geral (AG) ou seus respectivos designados); 7. Membros das Forças Armadas dos EUA e seus cônjuges e filhos; 8. Indivíduos e seus cônjuges ou filhos elegíveis para vistos especiais de imigrante como tradutor/ intérprete afegão ou iraquiano ou funcionário do governo dos EUA (SI ou SQ classificação); 9. Indivíduos cuja entrada seria do interesse nacional (conforme determinado pelo Secretários de Estado e DHS, ou seus respectivos designados). Aplicação da Proclamação nos consulados americanos: caberá ao funcionário consular determinar se um indivíduo se classifica para as categorias isentas descritas acima. No entanto, a proclamação exige que, dentro de 30 dias a contar da data efetiva, os Secretários do Tra-

balho e do DHS, em consulta com o Secretário de Estado, revisarão os programas não-imigrantes e recomendarão ao Presidente outras medidas apropriadas para estimular a economia dos EUA e garantir “a priorização, contratação e emprego” de trabalhadores americanos. Os requerentes de asilo não estão incluídos na proibição. A proclamação afirma que não limita a capacidade dos indivíduos de solicitar asilo, status de refugiado, retenção de remoção ou proteção sob a Convenção Contra a Tortura. A medida também prevê a priorização de remoção ou deportação para indivíduos que contornarem a aplicação desta proclamação através de fraude, deturpação intencional ou entrada ilegal. A proclamação expira em 60 dias a partir de sua data efetiva e pode continuar caso a medida seja considerada necessária. No prazo de 50 dias a contar da data efetiva, o Secretário do DHS deverá, em consulta com Secretários de Estado e do Trabalho, recomendar se o Presidente deve continuar ou modificar a proclamação.

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IMÓVEIS

EFEITOS DO COVID-19 NO MERCADO IMOBILIÁRIO Série: Orlando Parte 3

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POR GABRIL BASSO

GABRIEL BASSO Corretor de Imóveis @gabrielzbasso

24 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

Covid-19 afetou diversas áreas na economia mundial e no mercado imobiliário não está sendo diferente. Algumas coisas já mudaram e outras vão mudar, alguns imóveis foram afetados e outros poderão ser afetados em breve. Muitas pessoas comparam essa situação com a crise de 2008 que foi originada no mercado imobiliário, mas esse momento não tem nada a ver com aquele. As regras dos financiamentos mudaram muito após a crise de 2008 e dificilmente vai ocorrer algo similar ao ocorrido. Vemos muitas especulações e “achismos” visto que nin-

guém sabe o tamanho do impacto que teremos. Tudo depende do tempo que permanecerem as restrições (devido a pandemia), para então vermos desvalorização ou foreclosure (a execução duma hipoteca é um processo legal no qual um banco tenta recuperar o saldo de um empréstimo de um mutuário que parou de efetuar pagamentos ao banco, forçando a venda do ativo usado como garantia para o empréstimo), e acredito que isso não vai acontecer, pois os bancos estão sendo proativos e estão fazendo manobras para evitar foreclosures, como por exemplo, prorrogando as parcelas e dando carências. O que já mudou, foram os cri-

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critérios do comprador para se qualificar para novos financiamentos, e apesar de termos os juros muito baixos, os bancos estão mais criteriosos para fazer o financiamento. Muitos bancos que trabalhavam com financiamentos para estrangeiros estão exigindo mais documentos e uma entrada maior que a praticada há poucos meses atrás. Para entender os efeitos já gerados na grande Orlando, precisamos dividir o mercado em dois: região de férias e residencial. Na região de férias, temos imóveis que os proprietários alugam por diárias na maioria na plataforma do Airbnb - e essa região já está computando os prejuízos do Covid-19. Devido ao fechamento dos parques e cancelamento de convenções, a demanda por esses imóveis praticamente caiu para zero, pois esses imóveis dependem do turismo. O governo da Flórida proibiu alugueis, por pelo

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menos 30 dias, devido à alta possibilidade dos americanos que vivem no Norte, como regiões de New York e New Jersey, virem à Florida “fugindo” da pandemia, visto que nesses locais o número de casos é muito maior do que na Florida. Alguns proprietários desse tipo de imóveis estão colocando à venda ou mudando para alugar no long term (contrato de 12 meses), portanto, esse mercado tem a possibilidade de grande desvalorização. Também muitos bancos não estão fazendo financiamentos nessas regiões devido ao risco do imóvel. Já a área residencial continua normal. É claro que o ritmo de vendas teve uma queda, mas a região de Orlando é carente de inventário, tem poucos imóveis à venda no mercado, e as grandes construtoras não pararam as construções. Se esse inventario subir, podemos ter uma redução de preços, porém acredito que seja pou-

co provável, pois os proprietários - em sua grande maioria - moram nesses imóveis e pagam parcelas de financiamento menores que pagariam em um aluguel, então não acredito em muitas ofertas. Toda crise gera oportunidades e com certeza vão aparecer várias para fazer ótimos negócios. O mercado sempre varia em, ou ser bom para os vendedores ou para os compradores, e nos últimos tempos esse mercado estava melhor para os vendedores, agora vai estar bom para os compradores. Pessoas que perderam seus empregos ou estão com dificuldades em seus negócios, precisam vender rápido, então concedem mais descontos e facilidades. Várias construtoras já estão com campanha para dar maior desconto na aquisição do imóvel, então esteja pronto para as oportunidades que vão aparecer!

Maio de 2020 / REVISTA EXATO / 25




ECONOMIA

RETRATO DA ECONOMIA AMERICANA FRENTE A PANDEMIA “Qualquer um que defenda uma visão um pouco diferente da adotada pelas autoridades, mesmo que também embasada por cientistas, é taxado de genocida. Pior ainda, são acusados de carimbar valiosas vidas com cifrões monetários.”

E

POR VERNAN W. AURÉLIO

VERNAN W. AURÉLIO Economista @vernanjonas

28 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

screvo no final do mês de abril, e aqui no estado de Massachusetts, nordeste dos EUA, a população está há mais de 30 dias debaixo do “stay-home orientation” levada a cabo pelo governador Charlie Baker. Essa semana,

o “stay-home” foi extendido até o dia 18 de maio. No estado, os número de pessoas infectadas – que as autoridades sabem – chegou a 60 mil, com mais de 3.400 mortes. . Nos EUA, o número de pessoas infectadas já ultrapassou 1 milhão um terço dos casos no mundo - e o

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número de mortes passou de 60 mil essa semana. Estamos, sim, diante de uma crise de saúde pública, não podemos negar isso. As carasterísticas do novo coronavírus que gera a doença COVID-19 são diferentes dos coronavirus anteriores, por exemplo, o vírus tem alta transmissibiliade e as pessoas que o carregam podem não apresentar sintomas, denotando a característica assustadora do vírus. Quero aqui, elencar algumas das perdas econômicas que muitos terão de arcar com as medidas impostas por muitos governantes, especialmente nos EUA. As perdas de vidas são visíveis, e uma vida tem muito valor. As perdas econômicas, todavia, são muitas vezes negligenciadas por cientistas e governos, e algumas

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delas podem ser invisíveis, ou trazer um impacto nefasto no longo-prazo. No meio desta terrível pandemia, criou-se a falsa dicotomia entre “vida versus economia”. As pessoas que advogam a favor de restrições severas na socialização entre pessoas – escudadas pela palavra de médicos e cientistas – e na operação dos negócios, o faz com o argumento de que se a sociedade continuasse a conviver da forma usual, a infecção seria disseminada de tal forma que geraria ao colapso do sistema de saúde, e o número de óbitos cresceria exponencialmente. Situações assustadoras que se verificaram na Europa, como Itália e Espanha, deveriam ser evitadas a todo custo. Qualquer um que defenda uma visão um pouco diferen-

te da adotada pelas autoridades, mesmo que também embasada por cientistas, é taxado de genocida. Pior ainda, são acusados de carimbar valiosas vidas com cifrões monetários. A economia dos Estados Unidos, no primeiro trimestre de 2020 – já contabilizando alguma perda com o lock-down econômico – encolheu 4,8%, ou seja, uma perda de riqueza de aproximadamente 1 trilhão de dólares. No mercado de trabalho, um dos trunfos da administração Trump na corrida pela re-eleição, até na metade de março, foram processados pelo Department of Labor mais de 25 milhões de pedidos de seguro-desemprego. A taxa de desemprego estimada para o mês de abril pode chegar

Maio de 2020 / REVISTA EXATO / 29


ECONOMIA

a 15% da população apta a trabalhar, comparados aos 3,1% anteriores em fevereiro, a taxa de desemprego mais baixa dos últimos 50 anos. No cômputo do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA pela ótica da demanda, 68% do PIB é determinado pelo consumo das famílias. Não é surpresa que restrições impostas a pessoas e empresas, no afã de reduzir o contágio, acarretasse uma queda brusca na confiança do consumidor nos EUA. Nos primeiros 3 meses do ano – portanto sem contar o mês de abril – a queda no consumo é de 8%, de acordo com o Commerce Department. O gasto dos consumidores com alimentos e acomodações caiu incríveis 70%, e o consumo com vestuário se reduziu mais de 40%. Os que mais estão sentindo as draconianas restrições impos-

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tas em diversos estados americanos são os pequenos negócios. De acordo com o Small Business Administration (SBA), cerca de 80% das empresas nos EUA possuem menos de 20 empregados, e 98% desse negócios empregam menos de 100 pessoas. Ainda de acordo com o SBA, os negócios operados por famílias (family business) empregam mais de 60% da força de trabalho nos EUA. Com restrições severas impostas por governos na economia, uma pesquisa da National Public Radio (NPR) confirmou que metade dos americanos dizem que eles, ou alguém na sua família, teve a carga horária de trabalho reduzida ou perdeu o emprego. Contudo, talvez o maior destruição econômica venha no longo-prazo. No caso americano, o Estado, na pessoa dos governantes, foi

o responsável pela implementação de regras que destruíram a economia. Diante do clamor de desempregados e empresas fechando as portas, a “solução” parece também ter sido oferecida pelo Estado: mais de US$2 trilhões em recursos para famílias e empresas, e mais redução das taxas de juros por parte do FED, o banco central americano. Literalmente, impressão de moeda. Todo esse gasto do governo, como não pode ser compensado com a receita de impostos – visto que as restrições mataram a atividade econômica – virá através de mais endividamento. A dívida do governo americano deve ultrapassar os US$22 trilhões, chegando a quase 100% do que é gerado em riqueza no país. Toda essa dívida será paga pelos mesmos indivíduos e empresas, e pelas gerações futuras.

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EMPREENDEDORISMO

SOBREVIVENDO EM MEIO À CRISE O que podemos aprender com as empresas que estão conseguindo sobreviver a pandemia do COVID-19

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POR FERNANDA MELO

FERNANDA MELO Consultora de Empresas @femelo.co

32 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

mundo vive um momento histórico, onde uma pandemia de proporção mundial que começou na Ásia, tem se espalhando para o mundo inteiro. Estatísticas são liberadas diariamente fornecendo os números de pessoas contaminadas. Em meio a todo o pânico na área da saúde, existe um grupo que não entra nos números, apesar de ter sido fortemente “contaminado” por essa epidemia: os empreendedores! Homens e mulheres que construíram seu micro, pequeno, médio e grande negócio tem vivido dias difíceis, duros e incertos. Não importa em que cidade, estado ou país seus negócios estejam estabelecidos, o vírus do Covid-19 trouxe consigo um efeito colateral que se espalhou

mais rápido que a própria doença: o prejuízo a empresários no mundo inteiro. Não podemos negar que o mundo dos negócios nunca mais será o mesmo após essa pandemia, visto que ela obrigou empresários a questionarem a segurança do mercado, inovar e se reinventar em poucos dias. Estes, tiveram que mudar seus locais de trabalho, sua forma de entregar produtos e seu atendimento ao cliente. A pandemia reforçou ainda mais uma verdade que só quem empreende realmente entende: “Em meio a uma crise, só sobrevive quem tem flexibilidade de se adaptar rapidamente a mudanças.” E no meio dessa pandemia, alguns empreendedores nos Estados Unidos não só sobreviveram, como faturaram mais. Após acom-

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acompanhar, em atendimentos de consultoria empresarial muitos desses empresários, vi de perto como a inovação, flexibilidade e agilidade ajudou empresários a contornarem a crise. Veja o que eles fizeram: 1. Eles estavam online: Todos os empresários que sobreviveram a essa crise entendiam a importância da internet. Eles estavam ativos nas redes sociais, tinham um website sólido e os seus clientes conseguiam encontrá-los mesmo se sua localidade física fechasse. 2. Eles tinham um cadastro de clientes: Diante do pânico, as empresas que conseguiram telefonar, mandar um e-mail ou mensagem de texto para seus clientes e oferecer apoio e esclarecimento, conseguiram manter o relacionamento com os mesmos, e consequentemente suas vendas. 3. Eles conseguiram entregar seu produto: O maior desafio foi entregar o produto em meio ao

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isolamento social, por isso, todos os negócios que não tinham serviço de delivery, entrega pelo correio, ups ou fedex, ou um produto digital, tiveram grande prejuízo. Quem tinha e ampliou esses serviços pode não só sobreviver à crise, mas ultrapassar seus concorrentes e vender ainda mais. 4. Eles tinham uma reserva financeira de emergência para sua empresa: A reserva de emergência ajudou muitos empresários a investirem em ferramentas para atendimento online, evitar paralisação e até mesmo manter o salário dos funcionários. Quem se adaptou, e colocou as ações acima em prática, sobreviveu. Os outros empresários, ainda podem utilizar o tempo de isolamento para repensar suas práticas e se preparar melhor para o futuro. O universo de negócios online que já crescia, teve uma escala gi-

gante nos últimos dois meses. Sites como o Netflix, de vídeo on demand, tiveram crescimento de 53.2% em março de 2020, comparado com 4.8% em janeiro do corrente ano, de acordo com o site Comscore, que mede o consumo de várias plataformas digitais. Quem passou anos ignorando as ferramentas online, o conceito de home office e produtos digitais, tem que correr rapidamente atrás do prejuízo e se inteirar do assunto. Não dá mais para empreender ignorando o fenômeno da internet. Fica o alerta a comunidade brasileira de empresários nos Estados Unidos: se sua empresa ainda não tem uma presença ativa no universo online, um cadastro sólido de clientes, uma reserva financeira emergencial e a opção de entregar seu produto por delivery ou de forma digital, prepare-se para o futuro, pois o mundo dos negócios nunca mais será o mesmo!

Maio de 2020 / REVISTA EXATO / 33




TECNOLOGIA

MEIOS DE PAGAMENTO ELETRÔNICO A evolução tecnológica do dinheiro: do escambo ao digital

N

POR ANTÓNIO J. FONSECA

ANTÓNIO J. FONSECA Arquiteto, Analista de Sistemas, Auditor de Sistemas da Qualidade e Segurança da Informação, Consultor de Empresas @antoniojfonseca

36 / REVISTA EXATO / Maio de 2020

o início dos tempos, quando um pescador queria pão, dava ao padeiro peixes em troca. E o padeiro dava pães ao pastor, em troca de leite. Mas em algum momento, essa prática troca, ou escambo, achou-se injusta por um desses personagens. E decidiram criar uma “moeda”, uma medida de valor. Demorou pouco para se criar o dinheiro com medida definida para que os produtores vendessem e os consumidores comprassem de forma “justa” seus produtos. Esse processo de movimentação de produtos, bens e serviços em troca de uma “moeda”, que passa de mão em mão, tornou-se a prática comum no mun-

do civilizado. Cada país criou sua “moeda”, dando-lhe um nome, mas baseadas no ouro, ou no sal. Foi nos tempos mais modernos que surgiu o conceito de câmbio, atribuindo valores diferentes às moedas de cada país de acordo com as riquezas que cada país tinha, como quantidade de ouro, prata, pedras preciosas e sal – novamente o sal. Aliás, o sal é que nos deu a palavra “salário” como significado para o pagamento recebido por uma pessoa em troca de seu trabalho, pois era com sal que os trabalhadores na antiguidade eram pagos, num tempo em que não havia energia elétrica nem geladeiras para conservar os alimentos (carne e peixe) e era usado como conservante. Voltando à moeda, com cada país do mundo

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“fabricando” seu dinheiro com valor unitário diferente dos outros países, os países mais ricos ditavam o câmbio, ou seja, quanto vale o dinheiro de um país em relação ao seu. E ainda hoje é assim. Ocorre que diversas situações faziam, e fazem, essa equivalência variar, tais como guerras, escassez de produtos, inflação. Quando há inflação alta num país, a moeda perde valor e as pessoas precisam de mais dinheiro para comprar um produto. Às vezes, um caminhão de notas para comprar um saco de arroz... Por outro lado, com a condição de receber um salário em determinado momento pelo seu trabalho, um operário precisava fazer compras de alimentos ou roupas, antes de completar seu trabalho e receber o salário. Como fazer isso? Muitos lojistas, antigamente, vendiam seus produtos “fiados” para as pessoas conhecidas, de quem iriam receber quando aquele trabalhador recebesse seu salário. Foi criado o primeiro meio de pagamento a prazo. O embrião do cartão de crédito.

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Com o advento dos bancos e o encarecimento da fabricação de dinheiro (muitas moedas são mais caras de se produzir do que o valor estampado nelas, como por exemplo o penny, moeda de um centavo de dólar americano), os governos começaram a incentivar os bancos a desenvolverem formas alternativas para que as pessoas usassem o dinheiro depositado nesses bancos sem precisar manusear o dinheiro fisicamente. Dessa forma, com menos manuseio, as notas sofrem menos desgaste e não precisam ser substituídas com tanta frequência. E como bônus, pelo aumento da violência contra pessoas que carregavam muito dinheiro no bolso (lembram do caminhão de dinheiro pra comprar um saco de arroz?), ganhamos em segurança. Foi assim que surgiram os cheques, no princípio, depois os cartões de crédito. O primeiro cartão de crédito, como conhecemos hoje, foi emitido em 1950, pelo Diners Club (embora em 1946 um banqueiro do Brooklin já tivesse criado um cartão semelhante), criado por Frank McNamara, que teve a ideia

ao perceber que tinha esquecido sua carteira, no momento de pagar por um jantar (dinner) de negócios. O conceito do cartão de crédito é simples: um banco, ou outra instituição, avalia a capacidade que um cliente tem de pagar suas dívidas em dia e quanto esse cliente pode se endividar. Define assim o “crédito” desse cliente e emite um cartão com o nome do cliente. O cliente usa seu cartão para fazer compras dentro do limite estabelecido e, em ciclos determinados, paga ao banco o valor das suas compras, valor este que o banco já pagou aos lojistas e prestadores de serviços dos quais o cliente comprou. Mas o cartão de crédito tem seus problemas, como “e se algo acontecer e eu não tiver dinheiro para pagar a fatura ao banco?”. Pois é... Quem nunca usou o cartão de crédito por emoção, ou numa emergência e depois se viu endividado, sem ter como pagar a fatura e tendo que pagar juros altíssimos? Foi aí que, nos anos 1980, surgiu uma outra ideia, baseada nos cartões de crédito, mas com uma pequena

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TECNOLOGIA

diferença: o banco “vendia” um cartão com um valor pré-definido. Ou seja, o cliente pagava a conta ao banco antes. Era uma forma de não ter que carregar moedas e notas na carteira. Os primeiros testes com este tipo de cartão foram feitos em Portugal e nos Estados Unidos e os cartões receberam um pequeno microchip, que guardava apenas a informação do valor disponível, do banco de quem o lojista iria cobrar o valor e o nome do cliente (ou número da conta). Os primeiros não tinham senha e eram conhecidos como “cartões moedeiros”. A tecnologia evoluiu, assim

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como a segurança, e novos recursos foram adicionados a esses cartões, como senhas de segurança e, com a evolução dos sistemas de comunicação e integração dos bancos, estes cartões moedeiros tornaram-se “cartões de débito”, permitindo que o lojista ou recebedor, através de uma máquina ligada aos bancos, pudesse receber quase que imediatamente seu pagamento, ao mesmo que tempo que o cliente tivesse aquele valor retirado de sua conta bancária na hora, sem ter que pagar mais tarde por uma fatura. O pagamento passou a ser instantâneo. Ou quase... Na verdade,

o banco recebe a informação da sua compra e retira aquele valor da sua conta, mas demora alguns dias para depositar o valor na conta do recebedor. E ainda cobra taxas que podem chegar a 8% do valor! Entretanto, para poder receber pagamentos de seus clientes com cartão, uma loja, ou um profissional, precisa fazer um cadastro no banco, comprar ou alugar a máquina de leitura do cartão, pagar taxas de administração, entre outras coisas. Ou seja, muito complicado para aquela senhora que fabrica e vende seus doces em casa e vende na rua. E foi aí que, mais uma vez a tecnolo-

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gia veio para ajudar. Nos últimos anos, diversos bancos e instituições financeiras, além de empresas de tecnologia, desenvolveram soluções eletrônicas de meios de pagamento para substituir os cartões de crédito e débito. A primeira solução nesse caminho foi o PayPal. Um sistema pelo qual você transferia dinheiro da sua conta bancária para a sua conta do PayPal, que funciona como um banco. A partir daí, você podia fazer compras online, por exemplo, usando o PayPal como gia veio para ajudar. Nos últimos anos, diversos

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bancos e instituições financeiras, além de empresas de tecnologia, desenvolveram soluções eletrônicas de meios de pagamento para substituir os cartões de crédito e débito. A primeira solução nesse caminho foi o PayPal. Um sistema pelo qual você transferia dinheiro da sua conta bancária para a sua conta do PayPal, que funciona como um banco. A partir daí, você podia fazer compras online, por exemplo, usando o PayPal como forma de pagamento, sem precisar fornecer o número da sua conta bancária ou do seu cartão, criando assim, mais segurança nas comprar pela internet, área muito visada por hackers e golpistas digitais. Sensacional, mas e como fica aquela senhora dos docinhos? Bem, se ela tiver uma conta no PayPal, você pode pagá-la de uma conta PayPal para outra, todavia, isso não é muito complicado para ela? Foi nisso que pensaram alguns desenvolvedores, que criaram aplicativos de celular para facilitar a vida das pessoas. Aplicativos conectados aos bancos, que funcionam como “cartões de débito”, alguns dos próprios bancos, como é o caso do Zelle®, do Bank od America. Através do Zelle®, um correntista do banco pode transferir dinheiro para outro, ou pagar uma despesa para uma pessoa ou empresa que também seja cliente do mesmo banco, usando um aplicativo e o número do telefone ou e-mail do recebedor, que está cadastrado no banco. E seu eu quiser pagar aquela senhora dos doces, mas ela tem conta em outro banco? Nesse caso existem aplicativos independentes, como o Venmo®, o Cash®, o PayPal®, o ApplePay®, o GooglePay®, entre outros. E mais recentemente, até

plataformas de redes sociais, como o Facebook desenvolveram meios de pagamentos próprios, permitindo que pessoas enviem dinheiro para outras, sem passar pelos bancos. Ou quase... Na verdade, sempre é necessário ter um banco por trás, afinal de contas você tem que dizer ao aplicativo de onde ele vai tirar o seu dinheiro para enviar para a senhora dos docinhos, não é? E ela precisará dizer para o aplicativo dela, que recebeu o pagamento, e em que banco e conta ele vai depositar o dinheiro do seu pagamento. A grande vantagem desses novos meios de pagamento é a velocidade com que as transações acontecem. Em alguns casos, a transferência é imediata. Frações de segundos. Nestes casos, você pode ter que pagar uma taxa, geralmente de 1% do valor. Em outros casos, você pode demorar até 3 dias úteis para receber, mas não paga nenhuma taxa. E em tempos de pandemia e teorias conspiratórias, que apontam para guerras biológicas com disseminação de vírus mortais através das notas de dinheiro, fique seguro, procure um meio de pagamento digital e deixe as notas e moedas guardadas no banco. Simples assim. Se você quer pagar e receber sem depender de seus cartões, ou sem ter que fornecer seus dados bancários e pagar taxas exorbitantes cobradas pelos bancos e ainda ter que esperar pra ver “a cor do dinheiro”, use a tecnologia dos meios de pagamento digitais e tenha lucro e tranquilidade. Um grande abraço e até à próxima edição.

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CAPA

NELSON OLIVEIRA:

UMA TRAJETÓRIA DE SUCESSO E SOLIDARIEDADE Realizado na vida pessoal e profissional, ele mantém um projeto social que ajuda 150 crianças carentes no Malawi

M

POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO

udar de país é o sonho milhares de pessoas ao redor do mundo, porém poucos têm a coragem necessária para tomar tal decisão, afinal, ela envolve a renúncia de muitas coisas que devem ser “colocadas na balança” para que a decisão seja assertiva e não uma experiência frustrante. Colocar os sonhos na mala e seguir em frente, rumo a um futuro incerto, não é uma das tarefas mais fáceis, pois muitas vezes inclui afastar-se do convívio de amigos, familiares, da cultura, dos costumes e do idioma de origem, mas também pode ser a chave

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@thaisvictorello

para um futuro próspero e de sucesso. Quando o assunto é imigração, uma das principais rotas escolhida pelos brasileiros é os Estados Unidos. Muitos que trazem na mala o famoso “American Dreams”, tem histórias de superação e conquistas, que enchem de orgulho a comunidade local. O empresário Nelson Pedro de Oliveira é um desses imigrantes, que tem uma trajetória verdadeiramente inspiradora. Nascido em uma família de origem humilde, em Cuieté Velho, um pequeno distrito do município brasileiro de Conselheiro Pena, no interior do estado de Minas Gerais, antes de mudar-se para os EUA ele traba-

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ESTE MOMENTO EM QUE O MUNDO ESTÁ VIVENDO TEMOS A OPORTUNIDADE DE DESCOBRIRMOS OS REAIS VALORES E PRIORIZARMOS PESSOAS, MOMENTOS E SITUAÇÕES.

Empresário mineiro, Nelson Oliveira, fundador do Nelson Group - Foto: Fábio Nascimento

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CAPA

Nelson e seus sócios no Alma Gaúcha Brazilian Steak House - Foto: Fábio Nascimento

lhava na roça com a família. “Meu pai tinha uma terra e trabalhávamos ali para tirar o sustento”, relembra o empresário. Mesmo sem ser fluente em inglês, Nelson mudou-se sozinho

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para o estado de Massachusetts no final da década de 80, trazendo consigo o sonho de buscar novas oportunidades. Era a primeira vez que o mineiro pisava em solo americano.

Apesar da dificuldade com o idioma, Nelson não se deixou abater. Trabalhou muito, venceu as situações contrárias e, aos poucos, foi galgando o seu futuro brilhante. Casado e pai de três filhos:

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Nelson posa ao lado da esposa e dos filhos - Foto: Arquivo pessoal

Phillip, Jonathan e Emily, hoje Nelson é um dos grandes empresários brasileiros em Massachusetts, estando à frente da “Nelson Group Companies” e sócio do Alma Gaúcha Brazilian Steak House, restaurante recém inaugurado em Boston, mesmo em meio ao período de pandemia que o mundo enfrenta, mais uma vez ele não se deixa abater, enxergando sempre a possibilidade de crescimento, tanto individual, como profissional. “O mundo não será o mesmo de antes. Temos que ter fé, amor ao próximo e à natureza”.

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Em 2016 Nelson iniciou um projeto social com crianças carentes no Malawi, um país situado no sudeste da África e que faz fronteira com a Tanzânia, Moçambique e a Zâmbia. Esse trabalho tem impactado a comunidade local, trazendo a esperança de um futuro melhor para as crianças. Conheça esta trajetória de sucesso na entrevista exclusiva que Nelson Oliveira concedeu para a edição especial de 1 ano da Revista Exato. EXATO: Quais foram os primeiros desafios que você enfrentou

ao chegar nos Estados Unidos? Nelson Oliveira: Cheguei aqui em 1988. Meus maiores desafios foram: não saber o idioma inglês, morar na cidade grande e dividir apartamento com outras pessoas... Eram muitas pessoas morando em um lugar pequeno. EXATO: Qual foi a sua primeira oportunidade profissional? Nelson Oliveira: Minha primeira oportunidade profissional foi trabalhar em restaurante onde comecei lavando pratos... Cheguei ao cargo

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mais alto. Fiz administração de cozinha e me especializei em pastry. Sempre dei o meu melhor, por isso puder ser reconhecido profissionalmente. EXATO: Quais eram os seus planos profissionais? Nelson Oliveira: Não vim com a intenção de morar aqui por muito tempo. De início eu ia para o Brasil todo ano e lá permanecia por três meses. Levou algum tempo até eu eu decidisse fixar raízes... Eu sempre buscava algo que eu amasse fazer e com isso trabalhei em vários tipos de trabalho. Muitas vezes tra-

balhei um dia de graça, só para saber se eu iria gostar do trabalho. Fiz aviação, mas não quis seguir a carreira de piloto. Até que um dia fiz um trabalho de construção para o dono da casa onde eu morava e gostei muito. Foi então que tomei a decisão de mudar de profissão, pois já estava cansado de confeitar bolos. Foi quando eu realmente decidi morar de vez nos Estados Unidos. EXATO: Quais negócios que você mantém atualmente? Nelson Oliveira: Atualmente mantenho a Nelson Group investment, Nelson Properties Mana-

gement, que administra mais de 200 unidades de aluguel, a Nelson Group Construction, que presta serviços para as duas e recentemente inauguramos o restaurante Alma Gaúcha Prime Brazilian Steakhouse, no qual sou sócio. EXATO: Quantos empregos suas empresas geram atualmente? Nelson Oliveira: Atualmente temos aproximadamente 60 funcionários. EXATO: Como você se descobriu empreendedor?

Parte da equipe de funcionários do Alma Gaúcha Brazilian Steak House - Foto: Fábio Nascimento

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Nelson Oliveira: Em 2004, quando percebi que eu era apenas um trabalhador e que para ser um empreendedor tinha que agir diferente e buscar conhecimento. EXATO: Qual é o maior desafio do empreendedor imigrante? Nelson Oliveira: Creio que o maior desafio do empreendedor imigrante seja a fluência no idioma e o conhecimento cultural. EXATO: Neste período de pandemia, qual cenário econômico você enxerga para quando os comércios retornarem suas ati-

vidades? Nelson Oliveira: As palavras que irão determinar o cenário econômico serão ‘inovação e otimização’. Vamos ter que ser dinâmicos, além de vencermos o virús, teremos que vencer o medo. EXATO: Você acredita que essa seja a pior crise econômica mundial que se tem notícia? Nelson Oliveira: Todas as crises tiveram perfis diferentes, porém a atual está sendo mais impactante, porque de uma hora para outra o mundo agitado, cheio de compro

VAMOS TER QUE SER DINÂMICOS, ALÉM DE VENCERMOS O VIRÚS, TEREMOS QUE VENCER O MEDO. missos e stress teve que parar diante de um inimigo invisível. Em toda situação de dificuldade, existe um ponto positivo. Este momento em que o mundo está vivendo temos a oportunidade de descobrirmos os reais valores e priorizarmos pessoas, momentos e situações. Hoje temos a tecnologia, que nos permite fazer todas as coisas sem sair de casa. As famílias estão mais unidas, as pessoas se tornando mais resilientes... O mundo não será o mesmo de antes. Temos que buscar pela fé, amor ao próximo e amor a natureza. EXATO: Para um empreendedor, como se manter confiante diante do atual cenário? Nelson Oliveira: Ser realista com as circunstâncias, mas ao mesmo tempo temos que ser otimistas com as oportunidades. Buscar conhecimento em sua área de atuação... Viver o hoje e se preparar para a incerteza do amanhã. Entender que tudo é passageiro... Não priorizar o

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dinheiro em sua vida e buscar novas maneiras de servir às pessoas. EXATO: Para você, quais são as principais lições que os empreendedores estão aprendendo nste momento de quarentena? Nelson Oliveira: Usar a tecnologia a seu favor como nunca foi usada antes. Saber que não temos o controle das coisas, mas que temos que aprender a lidar com elas. União da família e tempo para re-

flexões... Muitos não tinham tempo para nada, hoje eles tem tempo para tudo, mas não podem fazer nada. Temos que nos preparar para um novo recomeço... As prioridades de agora em diante não serão as mesmas de antes do COVID-19. EXATO: Fale-nos um pouco sobre o trabalho social que você desenvolve na África. Nelson Oliveira: A Nelson Foundation foi criada em 2016 e tem

como principal objetivo ensinar os princípios de vida através da Bíblia, além de prover alimentos para as crianças, ensinar liderança e empreendedorismo. Hoje atendemos no Malawi (África) e servimos 150 crianças, sendo a maior parte delas órfãs. Iniciei esse projeto sozinho e construi um complexo com uma escola técnica. Hoje conquistei o documento 501C3 e tenho mais duas pessoas dispostas a ajudar na parte administrativa.

Nelson Foundation: Projeto social que o empresário fundou na África - Foto: Arquivo pessoal

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Atualmente o projeto atende 150 crianças carentes no Malawi - Foto: Arquivo pessoal

EXATO: Como você se enxerga daqui a cinco anos? Nelson Oliveira: Daqui cinco anos me vejo mais perto de Deus. Minha família com saúde, a Nelson Foundation transformando ainda mais vidas pelo mundo. Minhas empresas continuando a crescer... Tenho a meta de estar com três churrascarias e 400 unidades de aluguel. EXATO: Qual conselho você daria para quem sonha em se tornar um empreendedor de sucesso como você? Nelson

Oliveira:

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Descobrir

como trazer a solução para as pessoas. Entender que o que conquistamos é uma permissão de Deus para administrar. Se administrarmos bem, mais será acrescentado. Sempre buscar mais conhecimento e ter cuidado com a “zona de conforto”, afinal uma árvore nunca para de crescer e quando ela para, ela morre. EXATO: Qual é o seu “American Dreams”? Nelson Oliveira: Já conquistei todos: tenho uma família unida, casa para morar, três casas de férias, barcos, jetski e avião.

MUITOS NÃO TINHAM TEMPO PARA NADA, HOJE ELES TEM TEMPO PARA TUDO, MAS NÃO PODEM FAZER NADA.

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CINEMA

A TEORIA DE TUDO A superação de um homem que se tornou um dos mais importantes cientistas do mundo

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POR ED. SARAIVA JR.

ED. SARAIVA JR. Jornalista @edsaraivajr_escritor

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filme “A teoria de tudo” (2014) narra o início da jornada do gênio Stephen Hawking (Eddie Redmayne) ao mundo da física e as dificuldades que precisou enfrentar na vida e no âmbito acadêmico. A cinebiografia dirigida por Jason Marsh retrata o auge dos estudos do jovem Stephen, em 1963, discutindo a origem da vida e dos buracos negros com os colegas de faculdade, em uma festa, entre drinks, músicas e danças. Quando surge a figura da bela Jane (Felicity Jones) no baile, a lei da atração acontece para Stephen, que troca a companhia dos amigos e se aproxima para conversar com a moça. Um romance entre os dois é construído de maneira poética e suave, anulando as diferenças de

pensamentos e crenças, tornando-se um verdadeiro big-bang de motivações para Stephen continuar as suas pesquisas. Mas ao longo de uma bela trajetória, o jovem cientista percebe gradativamente, um peso na força dos seus movimentos e que a sua saúde não é mais a mesma. Ignorando tal problema, Stephen começa a ter dificuldades de segurar uma simples caneta para anotar os seus estudos ou correr para não perder um trem. A situação fica mais agravante quando tropeça nos próprios pés, batendo a cabeça e desmaiando no pátio da faculdade. No hospital, Stephen Hawking recebe o diagnostico de que está com uma doença no sistema nervoso que enfraquece os músculos, chamada Doença de Lou Gehrig, e as perspectivas médicas sobre a

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vida não são nada otimistas. O que parecia um conto de fadas, torna-se um pesadelo para Stephen e Jane, mesmo assim, o casal decide enfrentar o problema e Hawking não desiste de apresentar as suas teses e tornar-se um doutor em física. Baseado no livro My Life with Stephen, escrito por Jane Wilde Hawking, o filme foca mais no relacionamento de Hawking com Jane do que na genialidade do astrofísico, mas apesar disso, “A teoria de tudo” (2014) retrata os valores do amor e a força de vontade, e que essa mistura pode resultar em uma carreira brilhante, não apenas para um, mas para o casal. Vale destacar a atuação de Eddie Redmayne que lhe rendeu o Oscar de 2014, na categoria de Melhor Ator. O filme está disponível no catálogo da Netflix, um bom programa para esta quarentena.

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Sinopse: Ano: 1998 (126 minutos) Direção: Clint Eastwood Elenco: Minnie Driver, Casey Affleck, Stellan Skarsgård, Cole Hauser, John Mighton, Matt Damon, Robin Williams , Ben Affleck. Gênero: Drama País de origem: EUA

Avaliações: 4.6

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CULTURA

MEMORIAL DAY O dia é reservado para honrar todos os homens e mulheres que morreram em combate enquanto serviam as forças armadas dos Estados Unidos.

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POR HELLEN LIMA

HELLEN LIMA Administradora @hellennsl

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m dos principais e mais antigos feriados nos Estados Unidos é o Memorial Day. O dia, que é celebrado na última segunda-feira do mês de maio, tem suas origens no período pós Guerra Civil e inicialmente era chamado de Decoration Day. A Guerra Civil Americana ceifou mais vidas que qualquer outro conflito na história dos EUA e demandou o estabelecimento de cemitérios nacionais. O conflito ocorreu entre os Estados Confederados do Sul, que eram separatistas e queriam manter sua economia escravocrata; e a União Federativa – ou os Estados Unidos da América – que tinham uma economia mais urbana e industrializada, e era contra a escravidão. A guerra durou entre 1961 e 1965 tendo como vitoriosos os Estados Unidos, que conseguiram manter o território íntegro e abolir a escravidão em toda a nação. Mas,

isso não foi alcançado sem um alto custo de vidas americanas: estima-se que cerca de 600 mil pessoas morreram, esse número é maior que a soma de todos os soldados americanos mortos em batalhas nos principais conflitos do século passado. Nas duas guerras mundiais morreram 125 mil e 322 mil soldados respectivamente, na Guerra da Coréia 55 mil soldados, e na do Vietnã 57 mil soldados. Em cinco de maio de 1868, o General John Logan instituiu o Decoration Day. O dia foi reservado com o propósito de decorar os túmulos dos soldados mortos, tanto da Confederação como da União, na brutal guerra que tinha acabado 3 anos antes. No primeiro Decoration Day, mais de vinte mil túmulos foram enfeitados no Arlington National Cemitery em Washington DC. Em seu discurso, Logan disse: “O dia 30 de Maio de 1968 está designado com o propósito de decorar com flores, ou qualquer outro tipo

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Arlington National Cemetery in Washington DC - Foto: Google

de decoração, os túmulos dos companheiros que morreram em defesa do nosso país durante a rebelião e cujos corpos jazem agora em quase todos os cemitérios das cidades, vilas e aldeias desta terra. Nós devemos guardar seus túmulos com uma vigilância sagrada. Não devemos esquecer, como pessoas, o custo de uma livre e indivisível nação.” No decorrer dos anos essa celebração tomou proporções nacionais, com homenagens semelhantes em várias partes do país. Com a imensa quantidade de mortos na Primeira Guerra Mundial, achou-se conveniente incluir

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na homenagem todos os homens e mulheres que morreram enquanto lutavam pela América. A partir de então, o dia passou a ser chamar Memorial Day. Por décadas, a data permaneceu em 30 de maio. Em 1971 após a Guerra do Vietnã, o Memorial Day se tornou um feriado nacional e passou a ser celebrado na última segunda-feira de maio. Atualmente cidades em todo o país fazem desfiles nas ruas, frequentemente incorporando militares ativos e membros de organizações de veteranos. Algumas das maiores paradas ocorrem em Chicago, New York e Washington DC.

General John Logan - Foto: Google

Os americanos continuam a visitar cemitérios e a decorar os túmulos de seus heróis. Assim como o Veteran’s Day, o Memorial Day tem o objetivo de honrar homens e mulheres que entenderam o significado de “servir acima de si mesmo”, com a diferença de que no Memorial Day são honrados aqueles que, segundo o famoso discurso de Abraham Lincoln, deram a última medida de transbordante devoção, suas próprias vidas.

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TURISMO

CONHEÇA O TERRITÓRIO INEXPLORADO DE MOÇAMBIQUE Confira essas dicas de viagem para Moçambique: o que fazer, principais pontos turísticos, as melhores praias. Tudo que você precisa saber pra conhecer esse lindo país da África

L

POR RAFAELA FONSECA

RAFAELA FONSECA Turismóloga @rosadosventos_viagens

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ocalizado no sudeste do continente africano, Moçambique faz fronteira com diversos países como a Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe e África do Sul. É banhado pelo Oceano Índico, o que significa lindas praias de águas claras e areia branca. A história de Moçambique

data de muitos anos e povos naturais. Devido a sua posição geográfica, povos como persas e árabes tentaram se fixar e dominar o comércio marítimo da região, mas a que se consolidou foi a colonização portuguesa, sendo a mais extensa, durando de 1500, mais ou menos, até 1975, quando obtiveram a sua recente independência.

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Outras informações importantes sobre nosso destino são: sua capital é Maputo, a língua oficial é o Português e a moeda local é o Metical. O clima é tropical úmido e sofre influência das monções. Por isso o melhor período para viajar é entre abril e setembro. Alguns preparativos essenciais para a sua viagem são o visto

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e a vacina que precisam ser feitos com certa antecedência. Se o pedido de visto for realizado com, no mínimo, 15 dias de antecedência, custará em torno de R$150,00, mas caso o mesmo deva ser emitido com urgência, já dá um salto para a bagatela de R$500,00! Quanto as vacinas, você precisa contra febre amarela (obrigatória), e contra he-

patites A e B (recomendado). Recomenda-se fazê-las com no mínimo 30 dias antes da viajem, devido a necessidade da emissão no Certificado Internacional de Vacinas. Agora que você já sabe algumas informações, que tal conhecer um pouco sobre nosso destino? Desde 1898 Maputo é a capital, e geralmente a porta de entrada de

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TURISMO

quem inicia uma viagem por Moçambique. Ela fica bem ao sul do mapa e é um bom lugar pra conhecer mais sobre a cultura moçambicana. Como uma boa capital, Maputo possui mercados, vida noturna agitada além de ser um dos melhores lugares para experimen-

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tar a culinária local, isso significa que você não pode sair de lá sem provar o peri-peri, um molho feito com pimenta de mesmo nome, que serve de base para diferentes pratos, como frango e camarão. E para conhecer melhor o local, um boa pedida do que fazer é conhe-

cer Maputo através de um citytour e assim ver os principais pontos turísticos, como a Estação Ferroviária, a Catedral, o Mercado Central, o Museu de História Natural e a Casa de Ferro. Partindo do agito de Maputo para a região das praias, você che-

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gará na província de Inhambane. Na pequena cidade de mesmo nome, você poderá conhecer alguns pontos interessantes como o Mercado Central, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, o antigo bairro e o Porto. Mais adiante na província che-

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garemos em Tofo. A Praia desse lugar se tornou um destino muito popular entre os jovens por ter um clima descontraído e praias convidativas pra quem curte praticar esportes como o surfe e kitesurfe. Entretanto, o maior destaque fica por conta do mergulho: Tofo é conhecida por ser um ótimo ponto de mergulho para ver raias manta, baleias jubarte e tubarões baleia. E se você tiver sorte ainda pode ver vários golfinhos! Seguindo na atmosfera praiana, outro lugar incrível para se conhecer é Vilanculos, um lugar bem agradável e um destino também bastante procurado por quem quer explorar o arquipélago de Bazaruto e o melhor das praias de Moçambique. Entre as opções do que fazer em Vilanculos está andar a cavalo pela praia, snorkel e mergulho nas ilhas próximas. Aproveitando por já estar por perto, que tal conhecer a maior ilha do arquipélago? Com 37km de extensão, a Ilha de Bazaruto é considerado a maior reserva marinha da África. Destino famoso para os amantes de mergulho, a água é cristalina e a vida marinha muito abundante, sendo facilmente avistados tartarugas, raias manta, baleias jubarte, tubarões baleia, além de muitos corais. Um pouco mais para o norte no território de Moçambique, na província de Nampula, está a Ilha de Moçambique, reconhecida como Patrimônio da UNESCO, com apenas 3km. Foi dela que se originou o nome ao país. Apesar da sua pouca extensão territorial, já foi a capital de Moçambique por quase quatro séculos (antes de Maputo). A ilha tem uma mistura grande de influências árabe e portuguesa. A maioria das construções históricas estão na área norte da Ilha, enquanto a parte

sul é um pouco mais moderna. Mais ao norte ainda, encontra-se outra joia de Moçambique: o Arquipélago Quirimbas. Formado por cerca de 30 ilhas, você vai encontrar uma grande variedade de praias paradisíacas e ótimos pontos de mergulho. Há também um parque nacional e um centro histórico, que valem ser explorados. Outra ótima opção é fazer um passeio de barco para olhar golfinhos, passar por um naufrágio e fazer uma parada em São Gonçalo, um lindíssimo banco de areia. Mas, atenção ao escolher ficar no arquipélago, pois apenas algumas ilhas oferecem opções de acomodação. E se você está pensando: “mas eu não curto praias!”, não se desespere! Moçambique também pode te encantar com locais como a Reserva de Niassa. Ela é a maior área protegida de Moçambique, sendo duas vezes maior que o Parque Nacional Kruger, na África do Sul. Uma área relativamente pouco explorada, onde o cenário pode variar de savanas a florestas. Entre os animais que podem ser avistados, estão leões, leopardos, elefantes e uma variedade enorme de aves. Não está convencido ainda? Então que tal o Parque Gorongosa? É uma enorme área com floresta tropical, rios e vida animal abundante. Apesar de um período de fortes devastações durante os anos de guerra civil e caça descontrolada, hoje ele passou por um enorme programa de reabilitação, que foi muito bem sucedido e trouxe de volta toda a beleza local, sendo possível avistar elefantes, búfalos, leões e zebras. Moçambique é um local pouco conhecido, repleto de aventuras, belezas naturais, povo acolhedor além de cores e sabores só esperando por você.

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MATÉRIA

REVISTA EXATO CELEBRA 1 ANO

A

ideia de criar uma revista dinâmica, com foco em empreendedorismo nasceu em janeiro de 2019, quando o diretor da revista, Daniel Rohde, percebeu que havia uma lacuna nesse segmento, em meio as revistas da comunidade brasileira nos EUA, enquanto

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POR THAÍS PARTAMIAN VICTORELLO que o número de empreendedores brasileiros aumentava de forma qualitativa e exponencial. A partir daí, Daniel buscou a minha ajuda e, de cara, aceitei o desafio de escrever e ser a redatora da revista Exato, pois percebi a necessidade de uma mídia neste segmento tão importante da comunidade brasileira local.

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À partir daí, buscamos profissionais de diversas áreas que estivessem dispostos a colaborar, escrevendo artigos de qualidade e de relevância social. Formamos um belo time, que se mantém empenhado, trazendo informações para os nosso público. Em maio de 2019 nascia, efetivamente, a nossa primeira edição,

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TODAS AS CAPAS

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MATÉRIA

com a matéria de capa falando sobre as profissionais de destaque na estética feminina. Profissionais brasileiras que fazem a diferença nesse concorrido mercado americano. Para celebrar, a diretoria da revista Exato organizou um evento de lançamento da revista, que comtou com a presença dos colunistas, além de empreendedores brasileiros de Massachusetts. Neste um ano de existência,

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já temos muitas histórias para contar... No decorrer dessas 12 edições, contamos (com entrevistas exclusivas) a trajetória de sucesso de diversos empresários e personalidades que inspiram e enchem de orgulho a comunidade brasileira, entre eles: Antonia Fontenelle, Renato Valentim, Paola Santana, Leonardo Soares, Veronica Oliveira, Vanessa Nixon, Fernanda Morais, ministra Damares Alves, Josy

Fernandes, além de falarmos sobre graduação de brasileiros nos EUA e muito mais. Queremos sempre trazer o que é há de melhor no empreendedorismo, tecnologia, educação, leis, imigração e informações de interesse e utilidade social. Por isso prepare-se para muitas edições mais!

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