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Memória FADESP

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FADESP apresenta identidade visual atualizada

No mês em que comemora 44 anos de existência, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa apresenta seu logotipo modernizado, em valorização à história do protagonismo da FADESP e revelando uma história cheia de carinho por trás da criação de seu símbolo.

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Por trás de todo símbolo, há inúmeras histórias: são inspirações, contextos históricos, homenagens. A lista é extensa e pode surpreender. Com o logotipo da FADESP não foi diferente.

Após sua criação ser autorizada pelo Conselho Universitário da Universidade Federal do Pará, conforme resolução apresentada em reunião do dia 12 de novembro de 1976 (parecer número 17 da Câmara de Legislação e Normas no processo número 010.759), a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa – FADESP – nascia um ano depois, em 18 de novembro de 1977. “(...) com finalidade precípua de incentivar e apoiar pesquisa científica, podendo mesmo ampliar essa finalidade em outros campos da ciência, pesquisa e cultura em geral”, conforme descrita em sua escritura pública, a FADESP foi fundada pela UFPA e pela Associação Comercial do Pará – ACP. À época, a constituição do patrimônio ficou assim dividida: “a primeira Outorgante, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ, concorre com a doação de CENTO E CINCOENTA MIL CRUZEIROS (Cr$150.000,000); e a segunda Outorgante, ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARÁ concorre com CINCOENTA MIL CRUZEIROS (CrS 50.000,000)”, como conta também na escritura pública, que foi lavrada na presença do então reitor da UFPA, Aracy Amazonas Barreto e do presidente da ACP à época, Affonso Gadelha Simas.

“O primeiro local que abrigou a sede da FADESP foi o pavilhão do curso de Geociências”, conta João Carlos Pena, coordenador de Consultoria e Desenvolvimento Institucional e um dos colaboradores com mais tempo de casa. Era final da década de 70. “O primeiro time de pesquisadores, professores a compor a FADESP era de pessoas muito apaixonadas pelo que faziam”, relembra Albertina Fortuna, professora aposentada da UFPA e que foi uma das primei-

Capa do relatório de gestão da FADESP, em 1979. No documento, aparece o ícone pela primeira vez.

ras coordenadoras da Área de Projetos da FADESP. Aos 83 anos e morando em Brasília, a professora conta, saudosa, que os primeiros anos exigiram muita dedicação. “Eu que reunia com os pesquisadores, professores, com o intuito de angariar mais recursos para a Fundação e, naquele começo, era necessário ter um relatório, uma prestação de contas, para mostrar que tínhamos novidades e que estávamos crescendo. Meu pai, contaminado por meu entusiasmo e empolgação, decidiu criar um ícone para compor o nome da Fundação e nasceu esse desenho”, complementa. O pai de professora Albertina era o cartógrafo e desenhista Maÿr Fortuna, responsável também pela criação do primeiro brasão da Universidade Federal do Pará.

Maÿr Fortuna era maranhense de nascimento e sempre teve um notável talento para desenho a mão, segundo Albertina nos conta. “Ele era de 1904 e durante a Segunda Guerra Mundial, morou por um tempo no Museu Goeldi, onde era responsável por reproduzir, em desenho, os artefatos indígenas que os cientistas e pesquisadores traziam. Os desenhos constituíam-se em inventários”, afirma. O prato ou a “mandala amazônica”, na definição do ex-diretor da Fadesp, Marcos Ximenes Ponte, ficou pronto seis meses depois de Maÿr começar a desenhá-lo. “Ele era muito cuidadoso, estudioso das culturas indígenas e fez cada traço com enorme cuidado. Ele fez numa cartolina e seis meses depois, quando o levei para a FADESP, o desenho foi afixado numa placa de madeira”, diz Albertina.

Atualizado para o futuro

Com o desgaste natural do tempo, alguns traços da mandala amazônica não mais estavam visíveis. Diante da proximidade do aniversário de 45 anos da FADESP, seu diretor executivo Roberto Ferraz Barreto topou a ideia de preservar o original, atualizando e reforçando todo o grafismo. Entrava em campo uma equipe composta pela Assessoria de Comunicação da Fundação e do publicitário/designer Aurélio Oliveira, cuja proposta de modernização da marca foi a ganhadora. “Valorizamos os grafismos, ressaltando todos os detalhes e o resultado foi rico, surpreendente, porque há vários círculos dentro do círculo maior. Uma roda da fortuna, da vida e de prosperidade”, declarou Oliveira, que também é o responsável pela nova tipografia da FADESP – cujas letras ganharam cantos mais arredondados e ar nostálgico da década de 70, em homenagem à década em que a Fundação nasceu.

Na próxima edição, continuamos a viagem pelos 44 anos da FADESP. Até lá!

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