Entrevista: Professor Felipe Mendes, Presidente da CODEVASF
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Ano 03 - Nº 14 - Julho / Agosto de 2015
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Opinião do leitor
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2015 Junho de - Maio // Junho de 2015 - Nº 13 Ano 03 - Nº 13 - Maio Ano 03
SENA
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FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ BRAÇO SINDICAL DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC
PRESIDENTE Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante 1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante 2º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 3º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante VICE PRESIDENTE José Arimateia Melo Rodrigues, Pedro de Oliveira Barbosa, José Rivaldo de Sousa, João dos Santos Andrade, Conegundes Gonçalves, Raimundo Marques Rebolças e Geraldo Ponte Cavalcante Neto 1º SECRETÁRIO - Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO - Maria do Socorro de Morais Correia 3º SECRETÁRIO - Delano Leno Silva Miranda de Souza 1º TESOUREIRO - Antônio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO - Margareth Silva Lopes 3º TESOUREIRO - Francelino Lima Costa DIRETOR PARA ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha DIRETOR PARA ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante Júnior DIRETOR PARA ASSUNTOS DE CONSUMO Francisco Carneiro da Cunha Mapurunga DIRETOR PARA ASSUNTOS DE COMÉRCIO EXTERIOR Raimunda Nonata da Silva Santos DIRETOR PARA ASSUNTOS SINDICAIS Erivelton Moura DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques CONSELHO FISCAL ELETIVO Janes Cavalcante Castro, Francisco Pereira Dutra e Roberto Moacir Campos Drumont
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Caro leitor, Sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação. “Porque nós crescemos mais quando crescemos juntos.”
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A Revista Fecomércio está de parabéns pela organização e inovação das matérias expostas na edição anterior! Foi com grande honra e alegria que a Sell Clínica abriu as portas para o público e para esta equipe maravilhosa da Fecomércio na inauguração do seu espaço de saúde e beleza. O nosso desejo é que possamos crescer juntos!!! Patrícia Nunes, proprietária da Sell Clínica.
AI TROCA, QUEM TROCA, DESTROCA. MINHA TERESINA NÃO TROCO JAMAIS!
Foto: Foto:Carlos CarlosPacheco Pacheco
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Ler a Revista Fecomércio significa pra mim uma oportunidade de conhecer histórias relevantes e valiosas na construção das empresas piauienses e de seus empreendedores. Nesses momentos, sempre nos deparamos com uma lição de vida, fruto da experiência e de uma trajetória de desafios e sucesso. Outra coisa que valorizo na Revista é o conteúdo informativo das notícias e matérias que sempre agregam algo para a vida e para os negócios. Um material que fala dos piauienses e, assim, enaltece a prata da casa. E por meio de equipe e material de qualidade, cumpre sua proposta valiosa de contribuir para a disseminação do conhecimento e da informação pelo nosso Piauí. Patrícia Freitas, diretora do Grupo Cacique. Na 12ª edição da Fecomércio me chamou atenção os aspectos históricos dos caixeiros que são precursores dos antigos tropeiros, representados pela imponência do Centro Cultural João Paulo dos Reis Velloso. A Revista, pelo conteúdo atual bem trabalhado, se destaca como periódico de excelência e qualidade. Minha identificação com os textos se dá pela isenção com a qual os articulistas escrevem e pela riqueza de detalhes sem perder a objetividade textual. Parabéns a todos pelo excelente trabalho. Caitano Salitre, mediador e conciliador no CEJUSC, Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania. Entrevista: Professor Professor Felipe Felipe Mendes, Mendes, Presidente Presidente da da CODEVASF Entrevista: CODEVASF
SUPLENTES Gescimar Miranda de Sousa, Lauro Antônio Cronemberg e Paulo Hernandez Couto Normando
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
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SESC/PI
SUPLENTE DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro, José Carvalho Neto, Maria dos Aflitos S. R. Cardoso, Pablo H. Couto Normando, Jorge Batista da Silva Filho, Mayra Oliveira Cavalcante Rocha e Silas Salviano de Sousa. DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Grigório Cardoso dos Santos SUPLENTE Jairo Oliveira Cavalcante e Pedro Oliveira Barbosa DIRETOR REGIONAL DO SESC Francisco Campelo Filho DIRETORA REGIONAL DO SENAC Elaine Dias NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1111 - Centro/Norte Ed. Agostinho Pinto - 4º andar CEP: 64000-360 - Teresina - PI Fone: (86) 3222-5634 Fax: (86) 3223-8253 E-mail: atendimento@fecomercio-pi.org.br
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Revista Fecomércio
Julho/Agosto 2015
Editora - chefe Karla Nery - DRT 1339 PI Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Nahiane Gomes, Carlos Pacheco, Gleyca Lima, Marciene Cruz, Giovanna Veloso e Fernando Vieira
Projeto Editorial Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Antônio Chaves, 1896-1, Bairro dos Noivos. CEP: 64.045-340 - Teresina-PI Marketing Karla Nery e Francisco Cunha
Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro
Diagramação e direção de arte Zabumba Propaganda
Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Dalton Glédson (Sesc), Mariane Aquino e Eduardo Portela (Senac), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (Sebrae), Kálita Torres, Felipe Ricardo, Cristina Alves (Fecomércio), Lana Rios (CDL) e Samia Brito (CRA-PI)
Impressão Halley S.A. Gráfica e Editora
Revisão Glécia Lima Fotos Carlos Pacheco
Cacique
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Palavra do Presidente
ÍNDICE
Felipe Mendes na Codevasf
Capa
Ano 03 - Nº 14 Julho/Agosto de 2015
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Destaques
Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com
A expansão do mercado de franquias
A
Entrevista Arquivo Pessoal
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Geral
Outras Seções
Pesquisas Fecomércio
16 18 Professor Felipe Mendes
Presidente da CODEVASF
Projeto propõe mudanças favoráveis ao Código Comercial Brasileiro
Sindicato
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Especial Carlos Pacheco
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Atuais condições de vendas afetam confiança do empresário
Ações, lutas e conquistas do Sincofarma-PI
Sesc
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Fazendo a diferença na saúde bucal
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Cresce no Piauí mercado de rastreamento de veículos
Karla Nery
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Bom Jesus recebe moderna unidade do Senac
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Revista Fecomércio
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Direito
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e Empresas
Despesas x gastos: Uma alternativa para enfrentar a crise Francisco Soares Campelo Filho
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Empresas familiares
A profissionalização da Empresa Familiar Cicero Rocha Educação Profissional
Você fala Mandarim?
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Ponto de Vista
Três legendas do comércio e da política em Teresina Herculano Moraes
Mercado de Call Center é destaque em Teresina
Seminário discute desenvolvimento regional Quanto vale seu sonho? FCDL do Piauí lança 22ª edição da Convenção Lojista
Sebrae A importância da Hidratação Facial para a saúde e beleza da pele
Felipe Mendes na Codevasf Valdeci Cavalcante
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Eventos
Bem-estar
Palavra do Presidente
Francisco Dias
Senac
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Sebrae realizará Festival Gastronômico Maria Isabel
Negociações Sistêmicas
As várias técnicas de Negociações Sistêmicas Agostinho Nunes Neto
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Agenda
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Psicologia Organizacional
Datas importantes do Comércio
Qualidade no Atendimento Gabriele Mesquita de Carvalho
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Cultura Empresarial Marielle Baía
nomeação do economista Felipe Mendes para o comando da CODEVASF insere o Piauí no alto escalão do Governo Federal, suprindo uma injustiça para com o Estado e abrindo um canal de comunicação entre os interesses do Nordeste e as ações que esperam por execução. Há algum tempo, o Piauí permanece fora dos escalões de decisão da República, provocando graves prejuízos aos interesses do Estado. Essa situação se arrasta por muitos anos, revelando a falta de prestígio dos principais líderes piauienses do contexto político da República. Reis Veloso, Waldir Arcoverde, Petrônio Portella, Stanley Baptista, Hugo Napoleão, Freitas Neto, entre outros, ocuparam pastas ministeriais importantes em diferentes governos, dando visibilidade ao Estado e possibilitando a execução de projetos importantes em favor do desenvolvimento regional. Nos últimos 30 anos, ficamos de fora das cúpulas dirigentes, reduzindo a importância do Estado no cenário republicano. A ação parlamentar é quase nula. A bancada piauiense no Congresso Nacional não tem conseguido liberar os recursos necessários a projetos domésticos, como mobilidade urbana, asfaltamento, construção de vias, recuperação de estradas, apoio financeiro ao agronegócio, entre outros de fundamental importância para o desenvolvimento da região. Recentemente, a Justiça Federal, preo-
cupada com a ação devastadora do desmatamento criminoso, comum em todas as regiões do Estado, determinou ações para proteger o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. O Fórum sobre Recursos Hídricos da bacia do Rio Parnaíba reuniu especialistas, pesquisadores e cientistas,
Felipe Mendes é um técnico do mais alto gabarito. Extremamente dedicado ao Piauí, tem exercido, ao longo da vida, importantes missões na esfera do Executivo. Possui uma ampla visão do cenário empresarial, conhece o Estado e sabe, como poucos, das necessidades que nos incomodam.
com a efetiva participação da OAB. Certamente que os debates e planos resultantes do Fórum não devem ficar na teoria, mas sair do papel, estender-se aos campos, resguardando os interesses do Piauí. Felipe Mendes é um técnico do mais alto gabarito. Extremamente dedicado ao Piauí, tem exercido, ao longo da vida, importantes missões na esfera do Executivo.
Possui uma ampla visão do cenário empresarial, conhece o Estado e sabe, como poucos, das necessidades que nos incomodam. A recuperação da economia está na planilha das discussões sobre as crises da República. Todos os setores empresariais – comércio, indústria, serviços – estão atentos e ansiosos à espera de decisões que possam melhorar o desempenho do mercado. Os impasses resultantes da falta de entendimento entre autoridades do Governo e líderes políticos, envolvendo gestores de órgãos importantes da República, respingam nos interesses regionais, prejudicando o andamento de ações e projetos de interesse do país. Os conflitos políticos, dentro de um quadro instável na economia, afetam a estabilidade da República. O descompasso político atinge, preferencialmente, os Estados mais pobres, notadamente aqueles que não dispõem de poder político para impor vontades, como é o caso do Piauí. Economia no vermelho, juros elevados, crédito restrito, comércio em dificuldade, indústria paralisada, as crises do Governo Federal se espalham por todos os quadrantes, afetando o desenvolvimento do país em todos os setores. Felipe Mendes chega à CODEVASF no momento difícil para todos. Mas apesar de tudo, temos a crença que ele saberá administrar com inteligência essas dificuldades e emprestar à CODEVASF o poder de sua determinação e do compromisso com o desenvolvimento integral do Brasil. Revista Fecomércio
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Professor Felipe Mendes – Presidente da CODEVASF
Por Karla Nery Arquivo Pessoal
Entrevista
Um homem de destaque do Piauí
O
professor Felipe Mendes foi nomeado em maio deste ano presidente da CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). Mas, sua trajetória começou muito cedo quando desembarcou de volta à capital do Piauí, em 1971, depois de cursar Economia no Ceará. Pouco tempo depois de formado, foi nomeado Secretário de Fazenda pelo Governador Dirceu Arcoverde. Mais tarde, resolveu entrar para a Política e se elegeu deputado federal, assinou a Constituição em 1988, foi vice-governador, secretário municipal de Finanças. Professor aposentado da UFPI, dedicou-se a projetos pessoais e ao hobby da fotografia, até ser surpreendido com o convite para assumir a Presidência da CODEVASF. Nesta entrevista, ele nos fala um pouco da sua história e dos seus atuais desafios.
Professor, a entrevista gira em torno da sua vida e também passa pelas suas experiências profissionais, pelos conhecimentos que o senhor adquiriu ao longo dos seus 66 anos. Eu queria que o senhor começasse contando um pouco da sua história. Onde foi que o senhor nasceu? Que lembranças o senhor tem da sua infância? Eu nasci em Simplício Mendes, sertão do Piauí. A lembrança que tenho é da mudança que meus pais fizeram para Teresina. Meu pai tinha 55 anos e eu seis quando ele vendeu uma casa que tinha na cidade e uma pequena propriedade e resolveu mudar completamente de vida indo para a capital. Outra lembrança forte que tenho é que nós passamos três dias viajando em um caminhão, e hoje nós fazemos essa viagem em cinco horas de carro. Então, eu associo sempre essa experiência como um desafio, pois parte dessa estrada - no caso o trecho de Oeiras à Simplício Mendes - foi asfaltada, graças ao trabalho que eu fiz juntamente com outras pessoas, já como secretário no Estado.
Felipe Mendes foi indicado para ser presidente da CODEVASP em maio de 2015
Na Secretaria de Fazenda
Com governador Dirceu Arcoverde
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Assinatura da Constituicão em 1988
Em missão na Antártica em 1990
Na Seplan? Na Fazenda e na Seplan.
Seus pais trabalhavam com o que em Simplício Mendes? Meu pai era um pequeno comerciante. Ele teve um pequeno comércio, depois uma pequena padaria na cidade e uma propriedade pequena. Veja que tudo era “pequeno”. Minha mãe criou os 16 filhos, dos quais eu sou o penúltimo e o único a poder estudar fora de Teresina. Com 18 anos, eu fui estudar em Fortaleza, graças a uma vaquinha que meus irmãos faziam com o papai para me manter lá. Minha irmã mais nova e eu fomos os únicos que se tornaram estudantes profissionais. Os outros se formaram e fizeram faculdade trabalhando. Em Teresina, eu estudei no Grupo Escolar Estadual Miguel Borges, depois consegui uma bolsa no quinto ano do primário no Colégio Diocesano. Depois fiz o Ginásio e o Científico no Liceu Piauiense e em seguida fui para Fortaleza estudar Economia.
fez uma espécie de entrevista vocacional e achou que eu tinha aptidão para Economia. Eu nem sabia o que era isso. Na época, estava sendo construída a barragem de Boa Esperança e eu acompanhava a construção da barragem pelo rádio, pois só existia rádio e jornal. Eu sempre tive curiosidade de saber sobre ‘essas coisas do progresso’ que estavam chegando ao Piauí. Fui fazer faculdade em Fortaleza e tive a sorte de ser aprovado em um estágio no Banco do Nordeste, estágio que eu comecei na área de Estatística do Banco e depois na área de Agricultura e de Indústria. A minha formação teve ao mesmo tempo a parte teórica na Faculdade, durante o turno da manhã, e à tarde era o trabalho prático com estatísticas sobre o Nordeste de modo geral. Daí, a minha relação hoje com o desenvolvimento da região, pois desde estudante eu já trabalho com isso.
Não havia ainda a Universidade Federal do Piauí? Não. Só havia as Faculdades de Direito, Filosofia, Odontologia e Medicina. Eu não queria nenhum desses cursos. Então, um irmão que morava em Fortaleza
O senhor fez Pós-graduação também? Já formado em Teresina, eu fiz um curso de Consultoria Industrial junto à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Depois que encerrei a carreira política, fiz Mestrado em DesenRevista Fecomércio
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Entrevista
volvimento e Meio Ambiente, na UFPI, em 2005. O governador Alberto Silva trouxe vários técnicos para cá. O senhor veio nessa remessa dos primeiros economistas? Sim. O Pádua Ramos, Secretário de Planejamento do Alberto Silva, tinha sido secretário de Planejamento do Ceará e era funcionário do Banco do Nordeste. Faltava uns quatro ou cinco meses para eu me formar e pedi para um técnico amigo dele que nos apresentasse. Eu consegui antecipar o curso e terminei a faculdade em julho de 1971 e não em dezembro, porque no ano que eu entrei, em 1968, começou a Reforma Universitária com o sistema de créditos. Como na Economia em Fortaleza tinha dois cursos, um de manhã e um à noite, eu fazia algumas cadeiras à noite, de modo que consegui terminar antes. Em março, o Pádua Ramos tomaria posse. Estive com ele em janeiro e ele disse que quando eu me formasse que eu o procurasse lá na secretaria e foi o que eu fiz. Quando cheguei a Teresina, no outro dia já estava com a carteira assinada. Então, o senhor começou na Secretaria de Planejamento como economista? Sim. Como economista e assessor do secretário, pois na implantação da Secretaria, vários órgãos foram criados, entre eles a Assessoria Geral, que eu chefiava. Em 1973, não existia a figura do secretário executivo ou secretário substituto, como tem hoje, e eu já passava a responder pela Secretaria quando ele viajava. Por causa disso, fui várias vezes despachar na casa do governador ou no Palácio de Karnak. Eu tinha 23 anos quando comecei a assumir funções de substituto do secretário. No governo seguinte, o Dr. Dirceu Arcoverde, que era Secretário de Saúde do Alberto Silva, foi o escolhido para 10
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ser o governador. Naquele tempo, eram eleições indiretas. O governador era escolhido e conhecido um ano antes. E o Dr. Dirceu pediu ao Pádua Ramos que indicasse alguns assessores para compor a equipe de elaboração do Plano de Governo dele, assim como o Secretário de Agricultura e outros secretários indicaram técnicos. Essa equipe se reunia na Universidade Federal do Piauí. Eu era
Desde o tempo do Império sabemos que o Piauí somente será desenvolvido com o aproveitamento do Rio Parnaíba. A gente diz hoje com o aproveitamento integral do Rio Parnaíba, que só tem por enquanto basicamente a produção de energia em Boa Esperança, muito pouco de irrigação lá em Parnaíba e em Guadalupe e água para abastecimento. A navegabilidade não é uma prioridade do momento, enquanto não for feita a recuperação do rio.
apenas assessor, aos poucos fui assumindo a coordenação, primeiro da parte econômica, depois a coordenação geral do plano de governo. Fui escolhido para ser Secretário de Fazenda, e depois houve um remanejamento do secretariado, e fui nomeado Secretário de Planejamento.
Quando o senhor resolveu entrar na Política? Em 1982, terminei meu trabalho na Secretaria, já no Governo do Dr. Lucídio Portella, e quis ser candidato, mas vi que não tinha condição. No governo do Hugo Napoleão, vagou uma assessoria especial da Sudene, que é nível de superintendente adjunto e ele me indicou para o cargo. Passei cinco meses até a mudança de governo, da Nova República, em 1985. Essa experiência na Sudene me deu novamente uma visão da região Nordeste. Na época, já existia a CODEVASF e todos esses instrumentos de desenvolvimento da região Nordeste, com incentivos fiscais e assim por diante. Bom, aí eu voltei para Teresina e em 1985 houve eleições diretas para prefeito da capital. O Wall Ferraz era um nome natural para ganhar. Ele tinha sido Secretário de Educação do Alberto Silva, era mais popular e o PMDB estava na moda. A dona Myriam Portela foi a candidata pelo meu partido e me chamou para fazer parte da equipe de campanha, fazendo um trabalho de informações econômicas sobre a cidade, essas coisas. Por causa disso, eu acabei subindo no palanque, discursando e tomei gosto por uma campanha política. Logo, o Presidente Sarney convocou a Assembleia Nacional Constituinte a ser eleita em 1986. Eu achei que seria uma campanha de debates de ideias, não era uma campanha como é hoje. Lembro que tinha debate nos sindicatos, nas entidades de classe e na Universidade. Eu entrei e fui eleito numa circunstância muito interessante, pois o Piauí tinha nove deputados federais e nessa eleição a bancada foi aumentada para 10, e eu fui o décimo colocado. Entrei nesse aumento da bancada. Que sorte a do senhor! Isso foi em 1986? Em 1986, foi a campanha da Consti-
tuinte, em 1987 a posse e em outubro de 1988 a promulgação da Constituição. Na eleição de 1990, fiquei primeiro suplente de deputado federal, mas assumi porque o Átila Lira foi convocado para a Secretaria de Educação. O Freitas Neto, eleito governador, me perguntou se eu queria ser o Secretário de Planejamento ou voltar para Brasília, pois poderia convocar um deputado. Então, eu disse a ele que se eu podia escolher, eu gostaria de voltar para Brasília porque lá eu poderia ajudar mais do que como secretário. Aí uma curiosidade, ele me perguntou quem eu indicaria para ser o Secretário de Planejamento e eu sugeri o nome de Elmano Férrer. Hum, olha só as coisas se ligando! Exatamente! E como foi a eleição de vice-governador? Eu estava no terceiro mandato de deputado federal, tinha sido eleito em 1994. Na eleição de 1998, eu não queria mais disputar, achava que não tinha mais nem motivação nem condição de ser eleito. As coisas mudaram demais, o processo político ficou complicado. Nesse contexto, fui indicado pelo meu Partido para ser o vice-governador na chapa do Hugo Napoleão. O Mão Santa ganhou, mas como você já sabe, é uma história mais recente, ele foi cassado. O Supremo Tribunal Federal deu ganho de causa ao Hugo Napoleão em novembro de 2001, foi quando ele assumiu o governo. Passei de 2001 a 2002 como vice-governador do Hugo. Depois, tentei uma candidatura de deputado estadual, mas sem vontade nenhuma, só para constar. Não fui eleito e agradeci por isso. Acabei minha carreira política e voltei para a Universidade em 2002, pois queria recomeçar minha carreira acadêmica. Nesse retorno à UFPI, escrevi o livro Economia e Desenvolvimento do Piauí.
Quantos anos o senhor deu aula na UFPI? Fui nomeado professor em 1974 quando não tinha concurso e me aposentei em 2011. Contanto o tempo todo, eu fiquei poucos anos lá, pois como secretário e deputado, precisava me afastar. Voltei em 2002, comecei o mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente na UFPI em
Minha atuação como deputado foi mais voltada para a aprovação de recursos no orçamento da União para construção de obras importantes para o desenvolvimento do Piauí. Eu posso citar a barragem do Bezerro em José de Freitas, a barragem de Piracuruca, a barragem de Pedra Redonda no Rio Canindé, a linha de transmissão de 69 KV que sai de Piripiri para Parnaíba, a pavimentação de rodovias, e também para os projetos de irrigação Tabuleiros Litorâneos de Parnaíba, para os Platôs de Guadalupe, além de abastecimento d’água de várias cidades.
2004. Eu realmente queria fazer a carreira acadêmica, fazer Doutorado. Só que no meio do curso de Mestrado o Sílvio Mendes, que é meu sobrinho, foi eleito prefeito e o Elmano, vice dele. O Elmano era no início Secretário de Planejamento do Sílvio. Houve
um problema político entre o PTB e o PSDB e o Elmano iria sair da Secretaria, mas ele e o João Vicente disseram para o Sílvio que só aceitariam outra pessoa se fosse eu. O Sílvio, naturalmente, comemorou. Assim, me afastei de novo da Universidade e assumi a Secretaria de Planejamento da Prefeitura em janeiro de 2005. Por um motivo pessoal do Sílvio, ele me transferiu do Planejamento para a Secretaria de Finanças, repetindo ao contrário o que aconteceu lá no passado, quando eu saí da Fazenda para o Planejamento no governo estadual. Eu fiquei até o segundo mandato do Sílvio quando ele renunciou para ser candidato ao governo. Nesse tempo, eu já tinha idade para me aposentar da universidade e me aposentei. Foi quando comecei minha carreira de fotógrafo amador. Só que em 2011, o Desembargador Jim Boavista, do Tribunal Regional do Trabalho, assumiu a presidência mais uma vez e me convidou para ser o Diretor Geral Administrativo do TRT-PI. Essa foi outra experiência administrativa no setor público, só que agora no Judiciário. Eu tinha experiência no executivo estadual, no executivo federal (Sudene) e executivo municipal em Teresina. Em 2012, eu voltei de novo para essas atividades de aposentado, viajando, fotografando. Andei nas nascentes do Rio Parnaíba, nas nascentes do Rio Poti, no Parque Nacional da Serra da Capivara, na Serra das Confusões. No exterior, fiz viagens para o Machu Pichu no Peru, ao Deserto do Atacama, no Chile, para a Antártica, para o norte da Noruega para ver a aurora boreal. Eu fui aos dois extremos, lá em cima perto do polo Norte e lá embaixo, perto do polo Sul. Que maravilha, professor! Bom, antes de falarmos da CODEVASF, eu estava pesquisando e vi que o senhor quando Revista Fecomércio
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Entrevista
deputado defendia muito o aproveitamento dos recursos naturais do Piauí. O que o senhor poderia destacar da sua atuação? Minha atuação como deputado foi mais voltada para a aprovação de recursos no orçamento da União para construção de obras importantes para o desenvolvimento do Piauí. Eu posso citar a barragem do Bezerro em José de Freitas, a barragem de Piracuruca, a barragem de Pedra Redonda no Rio Canindé, a linha de transmissão de 69 KV que sai de Piripiri para Parnaíba, a pavimentação de rodovias, e também para os projetos de irrigação Tabuleiros Litorâneos de Parnaíba, para os Platôs de Guadalupe, além de abastecimento d’água de várias cidades. Meu foco eram essas obras estruturantes, na área de recursos hídricos e de irrigação. Só que o governo do estado não continuou com os projetos de irrigação. Em Piracuruca, chegou a ser iniciado um projeto com 1000 hectares, que foi invadido depois totalmente abandonado. A Política de Irrigação no estado sempre teve dificuldades ou de recursos ou mesmo de atitudes dos governos. No Governo Freitas Neto, nós tentamos fazer um projeto de irrigação, a gente pensava em chegar ao final de 10 anos com 40 mil hectares, mas o DNOCS não tinha condição de fazer seu papel, como ainda hoje não consegue fazer. O senhor acha que à frente da CODEVASF vai conseguir fazer essa Política de Irrigação dar certo? Essa é a minha primeira preocupação, em relação ao Piauí. Mas, chegamos nessa fase de crise financeira, crise hídrica, sobretudo no São Francisco e no interior do Piauí, para abastecimento. Já coloquei recursos iniciais no orçamento do próximo ano e no Plano Plurianual para alguns projetos no Estado, como o Salinas em Oeiras, e Pedra Redonda em 12
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Conceição do Canindé. Estamos começando com projetos pequenos, até porque fica mais fácil fazer cinco projetos de mil hectares do que fazer um projeto de cinco mil hectares. Como foi seu chamado para assumir a CODEVASF? O senador Ciro Nogueira me fez o convite porque, segundo ele, eu era a pessoa talhada para representar não só o
O senador Ciro Nogueira me fez o convite porque, segundo ele, eu era a pessoa talhada para representar não só o partido, mas também o Piauí. A CODEVASF representa pra mim aquele retorno ao trabalho que tive no Banco do Nordeste e na Sudene para o desenvolvimento da região. O problema é que, com a crise financeira do País, eu posso ser a pessoa certa no lugar certo, na hora errada...
partido, mas também o Piauí. A CODEVASF representa pra mim aquele retorno ao trabalho que tive no Banco do Nordeste e na Sudene para o desenvolvimento da região. O problema é que, com a crise financeira do País, eu posso ser a pessoa certa no lugar certo, na hora errada... Além de projetos de irrigação, outra preocupação é a revitalização do Rio Parnaíba. Assim como tem o programa
de revitalização do São Francisco, eu gostaria de fazer a mesma coisa para o Vale do Parnaíba e agora também o Vale do Mearim e Itapecuru no Maranhão que entraram posteriormente na jurisdição da CODEVASF. Com o Ministério da Integração Nacional, tenho também a meta de elaborar o Plano de Recursos Hídricos para os Vales do Parnaíba, do Mearim e do Itapecuru. Desde o tempo do Império sabemos que o Piauí somente será desenvolvido com o aproveitamento do Rio Parnaíba. A gente diz hoje com o aproveitamento integral do Rio Parnaíba, que só tem por enquanto basicamente a produção de energia em Boa Esperança, muito pouco de irrigação lá em Parnaíba e em Guadalupe e água para abastecimento. A navegabilidade não é uma prioridade do momento, enquanto não for feita a recuperação do rio. E como está a obra de transposição do Rio São Francisco? A obra de transposição prossegue, não há mais paralização. O ritmo está bastante intenso e a previsão de conclusão é em meados do segundo semestre de 2016. Nós estamos preparando a CODEVASF para mais uma importante missão, pois foi designada a operadora da transposição, ou seja, o Governo Federal e o Ministério da Integração executam as obras, os canais das estações de bombeamento e a CODEVASF é que vai ser a operadora, isto é ligar e desligar as bombas, fazendo com que essa água chegue nos estados do Ceará, parte do Pernambuco e do Rio Grande do Norte. A conclusão dessa importante obra resolve parte da crise hídrica do país, principalmente do Nordeste? Não resolve porque o Nordeste é muito vasto. Mesmo com essa malha de canais, por maior que seja, em torno de 700 Km, que estão sendo construídos
e outros ramais menores, com canais na Bahia e em Alagoas, sempre vão ter regiões distantes de onde vai passar a água, mas que tem como resolver com pequenas barragens, com poços, com a regularização de rios menores, dos afluentes dentro desse programa de revitalização. Eu conversei com o superintendente da Fecomércio, Raimundo Nonato Paz, e ele me disse que o senhor fez vários projetos para o Banco Mundial. É verdade! O Nonatinho é muito meu amigo. Na Seplan, eu coordenei uma equipe, de 1977 a 1981, que resultou, na época, no maior empréstimo já concedido ao Piauí. Eram em torno de 100 milhões de dólares, incluindo o empréstimo e os recursos federais. Foi o Projeto de Desenvolvimento Rural Integrado Vale do Parnaíba. Na Prefeitura de Teresina, eu coordenei o Programa Lagoas do Norte, que está em execução. O que a CODEVASF tem para contribuir com os gestores, empresários, com o Piauí? A CODEVASF no Piauí, no momento em que começar a fazer projetos de irrigação, de produção agrícola, vai gerar naturalmente mais benefícios para o comércio, seja o comércio de insumos agropecuários, de adubos, de fertilizantes, de equipamentos agrícolas e o comércio da produção. Deverá, portanto, fazer um papel mais importante ainda, na dinamização do comércio do estado por intermédio dos projetos de irrigação que nós vamos desenvolver. Como o senhor vê o Piauí hoje? E o que senhor espera do Piauí daqui alguns anos? Olha, essa mesma pergunta eu recebo e me fiz desde a década de 70. Tivemos várias fases desse processo de desenvolvimento. A fase preponderante foi a de construção da infraestrutura do estado,
como estradas, energia, telecomunicações; depois a fase em que o governo do estado começou a se organizar melhor, principalmente para ter uma estrutura administrativa adequada aos desafios do desenvolvimento. Essa é a grande preocupação que eu tenho porque o desenvolvimento não é feito pelo governo sozinho, o governo apenas coordena o
Assumir a CODEVASF não acrescenta muito ao que já fiz como secretário estadual, municipal ou como deputado, apenas aumenta mais as minhas responsabilidades. Mas, a principal vantagem de minha chegada aqui é o apoio que eu tenho do ministro da Integração Gilberto Occhi. Eu tenho realmente todo o apoio dele e de sua equipe, o que facilita muito meu trabalho. Sem esse apoio eu não teria condições de fazer nada. Espero poder contribuir não só para o meu estado, mas para todo o país à frente dessa missão.
processo de desenvolvimento. Quem faz o desenvolvimento são as empresas que geram empregos, que geram divisas para o estado, são as pessoas que trabalham e estudam para tornar o Piauí cada vez maior. O governo tem muito mais o papel de coordenador dessas forças produtivas, sejam empresas privadas, sejam pessoas físicas.
É claro que o governo tem que ter eficiência naqueles assuntos que lhe são exclusivos, como a segurança, que precisa de mais investimentos e mais eficiência, a educação, a saúde pública e assim por diante. Além de um governo mais bem organizado, a sociedade requer um clima social favorável para o crescimento econômico. O governo precisa ter o controle sobre suas despesas, para gerar poupança que se torna, em seguida, um investimento produtivo, seja na área de infraestrutura, seja no apoio a produção e com isso o governo seria esta alavanca do processo. Não é de hoje que o governo do estado vem sentindo dificuldades por conta do pacto federativo, que não é justo para as pequenas unidades. O Piauí, como outros estados, depende muito das transferências federais e dos convênios de transferências de recursos, então isso gera dificuldades no processo de programação de investimentos porque o governo não tem garantias dos recursos que vai ter para realizar seus projetos de desenvolvimento. Para encerrar, como o senhor se sente sendo um dos poucos piauienses ocupando um cargo de destaque nacional? Assumir a CODEVASF não acrescenta muito ao que já fiz como secretário estadual, municipal ou como deputado, apenas aumenta mais as minhas responsabilidades. Mas, a principal vantagem de minha chegada aqui é o apoio que eu tenho do ministro da Integração, Gilberto Occhi, e da bancada federal. Eu tenho realmente todo o apoio dele e da equipe do Ministério, o que facilita muito meu trabalho. Sem esse apoio eu não teria condições de fazer nada. Espero poder contribuir não só para o meu estado, mas para todo o país à frente dessa missão. Revista Fecomércio
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Pesquisas Fecomércio
O teresinense está mais cauteloso na hora das compras A Pesquisa do Índice de Consumo das Famílias aponta que o consumidor está desacelerando nas compras devido a fatores como inflação, crédito, emprego, renda e encarecimento do dólar.
JUNHO /14
JUNHO /15
ICF (Intenção de Consumo das Famílias)
126,6
114,3
115,6
-1,12
Emprego atual
125,0
122,1
119,7
2,00
Perspectiva Profissional
78,7
81,1
81,6
-0,61
Fonte: Pesquisa Direta CNC
Renda Atual
148,9
127,3
130,7
-2,60
Elaboração: IFPD-PI
Compra a Prazo
145,3
123,4
127,3
-6,06
Nível de Consumo Atual
135,1
115,0
115,1
-0,9
Perspectiva de Consumo
150,7
133,6
137,3
-2,69
Momento Para Duráveis
102,2
97,4
97,3
0,1
Por Nonato Paz e Karla Nery
N
o mês de junho de 2015, o Consumo das Famílias teresinenses obteve uma queda. É o que mostra a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em Teresina, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí Fecomércio-PI em parceria com a Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esta Pesquisa é revelada em pontos. Acima de 100 indo até 200 pontos mostra otimismo e abaixo de 100 caracteriza pessimismo. O ICF de junho de 2015 atingiu 114,3 pontos representando uma queda de 1,12% com relação ao mês anterior. Porém em comparação com o mesmo mês de junho de 2014 houve uma desaceleração de 9,72%. Desde quando a Fecomércio-PI começou a realizar a pesquisa (2010) este foi o menor índice alcançado. Isso mostra que o teresinense está pensando duas vezes antes de realizar qualquer compra. Os dados da ICF conferem com o resultado apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o PIB do último trimestre comparado com o 4º trimestre do ano passado (-0,2%). Segundo ainda o IBGE, as Despesas de Consumo 14
Revista Fecomércio
Julho/Agosto 2015
ÍNDICES
das Famílias neste trimestre registrou queda de -0,9%, a menor desde o terceiro trimestre de 2003. O levantamento é constituído dos seguintes sub-índices: Emprego, Renda, Acesso ao Crédito, Nível de Consumo e Compras de Bens Duráveis.
Emprego e Renda Com relação ao componente Emprego, 32,0% dos entrevistados sustentaram que estão mais seguros nos seus empregos e apenas 9,9% disseram que têm medo de que venham ficar sem ele, neste mês de junho. Além disso, 16% acham que a situação é a mesma que a do ano passado e 42,1% estavam desempregados na fase de entrevistas da pesquisa. Do ponto de vista dos consumidores com rendas acima de 10 salários mínimos, mensais, o índice Emprego Atual alcançou 150,7 pontos, mostrando que para o consumidor de poder aquisitivo maior o grau de satisfação é relativamente alto. Além disso, 56,5% estão mais seguros e 18,8% apenas estavam na situação de desempregados. Outro indicador importante neste levan-
MAIO /15
VARIAÇÃO MENSAL%
tamento do Crédito às Pessoas, e como este vem ficando cada vez mais caro o consumidor está mais cauteloso na hora de ir às compras. Vale lembrar que este componente sempre vinha apresentando um otimismo acima de 180 pontos nas pesquisas desde janeiro deste ano. Este indicador é o mais alto da pesquisa porque os consumidores não se contentam mais com um só cartão de crédito e acabam gastando o que está fora da linha de seu orçamento. As compras de longo prazo vão se acumulando em vários cartões e até se esquecem das dívidas que vem fazendo. Neste ponto a Fecomércio-PI chama atenção às famílias para não comprometerem mais de 30% de suas rendas com dívidas. Com relação ao Nível de Consumo Atual verifica-se que este componente apresentou uma desaceleração de 0,9% com relação ao mês de maio. O otimismo para os consumidores com renda até 10 salários mínimos
ficou em 114,1 pontos e para quem fatura mensalmente acima deste teto a avaliação foi de 129 pontos. Este valor foi muito abaixo do encontrado na pesquisa do mês anterior (179,4 pontos). Segundo o Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí (Fecomércio-PI), as famílias teresinenses afastaram-se das lojas neste mês de junho, principalmente por causa das medidas de ajuste fiscal do Governo Federal, que atingiram os trabalhadores bem como a alta inflação registrada nos últimos seis meses do ano.
Momento para duráveis
A Intenção de se adquirir Bens Duráveis tipo geladeira, freezer, TV, fogão, automóveis e outros ficou praticamente estável, aumentando apenas 0,1% na comparação ao mês anterior. Observa-se também que 47,3% das famílias consultadas que este é um bom momento para
se adquirir bens duráveis, muito embora, 49,9% tenham dito na mesma pesquisa que no mês de junho está sendo um mau momento. No ano passado, o Governo mandou desonerar folhas de pagamento de mais de 50 atividades, ou seja, reduziram os encargos sociais das empresas, que culminaram com milhares de contratações. Todavia, a mesma mão que fez este benefício está voltando atrás, passando a situação normal, ou seja, extinguiram o benefício fiscal. O impacto está sendo muito maior porque as empresas terão que demitir por causa da volta dos altos encargos. A intervenção do Governo na Economia pode trazer benefícios incríveis à sociedade, notadamente no nível de emprego, porém muitas vezes o efeito é inverso. Segundo o analista da Fecomércio-PI, Nonato Paz, o consumidor está desacelerando nas compras, neste mês, devido a fatores como Inflação, crédito, emprego, renda e encarecimento do dólar.
tamento é a Perspectiva de Melhora Profissional. Medidas recentes tomadas pelo Governo Federal, principalmente aquelas que tiraram direitos trabalhistas dos empregados deixaram os trabalhadores com um grau de pessimismo de 81,1 pontos. Entretanto, mais da metade dos entrevistados, ou seja 58,6%, não acreditam em nenhuma melhora profissional prevista para os próximos seis meses. Foi registrado por 44,3% dos entrevistados que a Renda Atual está melhor, neste mês, do que a do mesmo período do ano passado. Mas, 38,7% disseram que a Renda Atual ficou igual a de 2014.
Compras a prazo e Nível Atual de Consumo Na comparação mensal (junho/maio), o componente Compra a Prazo apresentou uma variação de -6,06%, apesar de mostrar um otimismo de 123,4 pontos em junho. No mês de maio, o índice foi de 127,3 pontos. Na realidade, a desaceleração do Consumo das Famílias está relacionada principalmente ao comporRevista Fecomércio
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Atuais condições de vendas afetam confiança do empresário O levantamento revela que o empresário está ciente que vai haver recuperação até o final do ano. Por Nonato Paz e Karla Nery Fonte dos dados primários: Pesquisa Direta da CNC Elaboração: IFPD - PI
O
Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Teresina (ICEC) é uma Pesquisa da Confederação do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio-PI, realizada com 135 empresas do Setor Comércio de Teresina. Numa escala de 0 a 200 pontos, o indicador apurado pela pesquisa ficou em 96,1 pontos, mostrando uma estabilidade, vez que não houve variação de maio para junho. Entretanto, houve uma variação de -26,75% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse resultado mostra pessimismo na Confiança do Empresário do Comércio porque de acordo com a metodologia, até 100 pontos caracteriza grau de insatisfação. Esse foi o pior índice desde 2010 quando se iniciou a Pesquisa pela Fecomércio-PI.
Momento atual do empresário do comércio Na avaliação dos Empresários do Comércio de Teresina, o Índice de Condição Atual da Economia (ICAEC) atingiu 61,2 pontos, caracterizando pessimismo e, quando comparado com o mês anterior houve uma queda de 1,92%. Todos os indicadores que formam o índice apresentaram resultados de insatisfação. 16
Revista Fecomércio
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ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS EMPRESÁRIOS DO COMÉRCIO (ICEC) INDICES
Maio /15
Junho /15
Junho /14
Variação Mensal
Variação Anual
Índice de Confiança do Empresário – ICEC
96,1
96,1
131,2
0,0
-26,75
Índice de Condições Atuais do Empresário – ICAE
62,4
61,2
110,2
-1,92
-44,46
Condições Atuais da Economia
35,3
34,1
93,6
-3,40
-63,57
Condições Atuais do Setor Comercio
60,2
60,0
110,6
-0,33
-45,75
Condições Atuais da Empresa
91,8
89,6
126,3
-2,40
-29,06
Índice de Expectativa do Empresário – IEEC
132,8
136,2
160,7
-2,56
-15,25
Expectativa da Economia Brasileira
113,0
124,7
155,6
10,35
-19,86
Expectativa do Comercio
135,3
137,5
160,2
1,63
-14,17
Expectativa das Empresas
150,2
146,5
166,3
-2,46
-11,91
Índice de Investimento do Empresário – IIEC
93,2
90,7
122,6
-2,68
-26,02
Indicador da Contratação de Funcionário
88,2
86,1
135,8
-2,38
-26,60
Nível de Investimento das empresas
97,1
91,4
124,0
-5,87
-26,29
Situação Atual dos Estoques
94,2
94,5
108,0
0,32
-12,50
Fonte: Pesquisa Direta CNC Elaboração: Fecomércio - PI
A opinião do Empresário do Comércio sobre a Economia Nacional no momento atual atingiu 34,1 pontos, o menor índice alcançado em toda a pesquisa. O Setor
Comércio também não foi bem avaliado pelos empresários porque situou –se muito abaixo do valor de limite entre o otimismo e pessimismo, atingindo 60,0
Foto: Carlos Pacheco
Pesquisas Fecomércio pontos. O índice encontrado na pesquisa do mesmo mês do ano anterior foi de 110,6 pontos, o que mostra uma queda de 45,75%. Esta pesquisa reflete muito bem o momento de crise em que se encontra o Setor Terciário. Os empresários estão mais satisfeitos com os resultados de suas próprias empresas que, embora tenham atingido valor também abaixo dos 100 pontos (89,6 pontos), 10,4% avaliaram que as condições atuais melhoraram muito e 33,5% disseram que melhoraram muito pouco.
Expectativa do empresário do comércio O único indicador que apresenta otimismo na pesquisa é o Índice de Expectativa do Empresário do comércio (IEEC) que atingiu 136,2 pontos. O analista da Fecomércio-PI, Raimundo Paz, acha muito importante se trabalhar com previsões quando são baseadas em dados reais do passado e também do presente. Entretanto, muitas vezes os empresários fazem as suas expectativas baseadas nas forças de mercado e suas previsões não se concretizam porque o Governo que sempre interfere na economia toma decisões que acabam com os sonhos dos empresários. O levantamento está revelando que o empresário está ciente que vai haver recuperação da Confiança do Empresário até o final do ano.
Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) Em contratações A sondagem revelou que apenas 13,8% dos empresários teresinenses tem intenção de aumentar muito o número de empregados, neste mês de junho, mas 21,9% desejam aumentar pouco. Paradoxalmente, mais da metade dos empresários entrevistados (51,3%) manifestaram o desejo de reduzir pouco o número de empregados
O Setor de Bens Duráveis como fogão, TV e geladeira tem estoque elevado.
nas suas lojas, principalmente em função do fraco desempenho da Economia brasileira no terceiro trimestre do ano divulgado pelo IBGE e de outros fatores inibidores das vendas como a valorização do dólar e as dívidas dos consumidores. Mais grave ainda, 64,7% dos empresários que empregam mais de 50 pessoas disseram que se a situação não melhorar poderão reduzir o número de vagas nos empregos.
Em equipamentos Quanto ao nível de Investimentos em equipamentos e instalações apenas 10,3% dos empresários revelaram que este tipo de investimento vai ser muito maior do que o do ano anterior, embora 33,8% tenham afirmado, nesta pesquisa, que vai ser um pouco menor. Dos comerciantes que empregam mais de 50 pessoas, apenas 3,8% disseram que este tipo de investimento foi muito maior do que o realizado no ano passado e 46,2% não querem investir em equipamentos.
Em estoques A Pesquisa revela que 22,4% das empresas do Comércio consultadas informaram que tinham um volume de mercadorias acima do adequado, mostrando que as vendas
não se concretizaram como era de se esperar no mês de junho. No levantamento por grupos de atividades no segmento de vestuário e calçado, por exemplo, 20% das empresas estão com volume excessivo de produtos, porém 61,4% disseram que os seus estoques estão adequados para o mês de junho. Entretanto, 18,6% das empresas deste segmento tem estoques insuficientes para o mês, porque estão indecisos na hora de comprar porque os consumidores se afastaram das lojas, revela a sondagem. Já o setor de Duráveis como Ar condicionado, geladeira, fogão, TV e outros, 22,0% das lojas têm estoque elevado porque não venderam bem e as mercadorias ficaram estocadas, enquanto 21,0% dos entrevistados avaliaram que precisam adequar seus estoques mas estão com medo do risco, neste momento de crise, avalia o Presidente da Federação do Comercio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Valdeci Cavalcante. É interessante observar que os bens de maior valor tipo automóveis os comerciantes do ramo não estão conseguindo passar para frente, diferente de anos atrás em que neste período haviam filas para negociar alguns modelos de veículos. Revista Fecomércio
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Sindicato
Novo Código Comercial
Projeto propõe mudanças favoráveis ao Código Comercial Brasileiro
Ações, lutas e conquistas do Sincofarma-PI
A reforma tornará o Brasil mais competitivo levando maiores opções e benefícios aos consumidores.
Destaque para as lutas pela desoneração no segmento, criação de associações e acordos coletivos na defesa das farmácias e drogarias.
Por Gleyca Lima Fonte e foto: Ascom/CNC
Por Marciene Cruz
A
Foto: Carlos Pacheco
reforma do Código Comercial Brasileiro tem sido um dos temas mais debatidos atualmente por comissões escolhidas para este fim. Isso porque tramita atualmente no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 1.572, de 2011, de autoria do deputado Vicente Cândido (PT-SP), que propõe nova redação ao Código Comercial. O projeto tem como objetivo aumentar a segurança jurídica nas relações empresariais, modernizar e simplificar o regime contábil, atualizar Leis de Falências, fortalecer a autorregulação e melhorar o ambiente de negócios. O Código Comercial do Brasil vigente é de 1850 e necessita de uma reforma, pois muita coisa precisa de atualização para reduzir custos, ter mais segurança em negociações contratuais, etc. Empresas dos setores primários, secundários e terciários de todo o país estão esperando o Relatório do deputado federal Paes Landim, ilustre piauiense que foi escolhido Relator Geral desta matéria pela sua competência e experiência no assunto. “Nós ficamos imensamente felizes e orgulhosos com a indicação do deputado Paes Landim porque além de competente, é mais um conterrâneo nosso brilhando no cenário nacional, que vai poder ajudar nosso estado, fazendo um excelente relatório. No Piauí, só nos setores do Comércio de Bens, Serviços e Turismo são mais de 94 mil empresas que 18
Revista Fecomércio
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O Grupo Técnico da CNC se reuniu para avaliar o relatório parcial do novo Código do Comércio.
precisam se modernizar”, afirmou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Valdeci Cavalcante. O Grupo Técnico (GT) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) constituído no âmbito da Rede Nacional de Assessorias Legislativas do Sistema CNC-Sesc-Senac (Renalegis), reuniu-se nos dias 15 e 16 de julho para subsidiar os trabalhos da Comissão Especial da Câmara dos Deputados que avalia o projeto de Lei nº 1.572, que deverá ser votado até setembro deste ano na Câmara dos Deputados. O objetivo desta reunião, onde participaram assessores jurídicos e legislativos dos estados de Pernambuco, Maranhão, São Paulo, Piauí, Bahia, Ceará, Goiás, Santa Catarina e Sergipe, foi avaliar o relatório parcial do deputado Décio Lima (PT-SC) para o Livro I do Código (das Empresas). A Fecomércio – PI foi representada pelo Assessor Econômico, Raimundo Nonato Paz. “O debate sobre o novo Código Comercial é o que está acontecendo de mais importante na CNC, neste momento. E o
detalhe interessante é que o relator do projeto é o deputado piauiense Paes Landim, de quem queremos nos aproximar para contribuir com esse debate apresentando dados da realidade do comércio piauiense”, disse o assessor.
O que é o novo Código Comercial Brasileiro?
É um conjunto de regras que visa disciplinar as relações jurídicas entre empresas e empresários, interessando a todo cidadão brasileiro, pois ao propor a redução das amarras que travam o crescimento da atividade empresarial, o resultado pode impactar no desenvolvimento econômico, social e cultural de toda sociedade brasileira.
F
undado em 11 de Agosto de 1954, o Sindicato do Farmacêuticos do Piauí (Sincofarma-PI) reúne os comerciantes varejistas de produtos farmacêuticos e drogarias do estado, em prol de benefícios comuns. Filiado à Fecomércio-PI e integrante do Sistema Comércio-Sicomércio, possui a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo-CNC como entidade representante maior. Com 60 anos de atuação, o Sincofarma-PI é responsável por conquistas importantes e têm buscado oferecer os melhores benefícios e serviços para atender as demandas da categoria representada. De acordo com Delano Miranda, presidente do Sincofarma-PI, todo sindicato deve trabalhar visando o bem comum de sua categoria. E seguindo este princípio é que tem se colocado à frente na defesa dos interesses dos seus associados. “Como empresários do ramo, enfrentamos as mesmas dificuldades e comemoramos as mesmas conquistas. E para isso trabalhamos no intuito de orientar, defender seus critérios, oferecendo serviços de assessoria jurídica, técnica, cursos, palestras, convênios estando sempre à disposição para melhor desenvolvimento local e do setor. O presidente falou ainda que a traje-
O presidente Delano Miranda fala dos desafios enfrentados pelo Sincofarma.
tória tem sido de muito trabalho e conquistas importantes, mas que está sempre em busca de mais atitudes para que a entidade se torne cada vez mais respeitada pelo poder público e demais seguimentos da sociedade. “Ao longo dos anos muitos embates têm sido enfrentados pelo Sincofarma-PI, na defesa das farmácias e drogarias. Muitas lutas como um consenso entre CRF e Sincofarma/ PI, a criação de associações para melhores descontos, a luta pela desoneração deste segmento. Acreditamos na força da união e mobilização dos empresários para possibilitar condições mais dignas para cada um. Por isso, a entidade trabalha incessantemente com ações sindicais que fazem com que a categoria seja ouvida e respeitada pelo poder público. Além disso, o Sindicato investe bastante em acordos coletivos, pois é por meio deles
que as reivindicações das minorias podem ser atendidas. O objetivo é alcançar resultados de excelência, e ampliar cada vez mais as ações com qualidade e abrangência” ressaltou o presidente. Com relação aos desafios enfrentados pelo sindicato, Miranda destacou a relação profissional entre drogarias e farmacêuticos e a luta por melhores condições para o funcionamento competitivo das farmácias independentes e redes. Na oportunidade, reforçou a importância de participar do quadro de associados do sindicato. “Para que o SINCOFARMA seja mais forte e mais representativo se faz necessário a participação de todos. A união faz a força, e dessa máxima se faz um grande sindicato de classe. Nosso quadro de associados tem crescido no último ano, mas precisamos avançar mais ainda”, concluiu. Revista Fecomércio
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Direito e Empresas
Despesas x gastos: Uma alternativa para enfrentar a crise
A
crise na economia brasileira é algo que se sente a cada negócio que se realiza, independente do montante envolvido. De uma simples fotocópia a uma compra de um automóvel, por exemplo, pode-se perceber que a situação não é nada confortável. O que fazer então, quando o assunto é empresa? Aqui, a questão se torna mais complexa, pois há muito a se considerar, como empregados, fornecedores, clientes e a própria família que sobrevive da atividade empresarial. É claro que quanto maior a empresa mais são os que são afetados pela crise, o que demonstra a importância que as empresas têm para a sociedade. Afinal, apenas mais uma vez para exemplificar, um emprego, muitas vezes, representa o sustento de uma família inteira. Mas, isso tudo é algo muito fácil de verificar, não havendo necessidade de que um economista ou cientista político, ou de um advogado e diretor de empresa, como no caso, apresente teses ou argumentos que expliquem a situação. É o que se sente no bolso, para usar um jargão popular. Nada mais é necessário dizer. Eis o termômetro mais eficaz da economia: o bolso do cidadão comum ou a capacidade da empresa em manter a sua atividade sem ter que se utilizar de artifícios mirabolantes para sobreviver. O que fazer na crise, pois? Àqueles 20
Revista Fecomércio
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que ganham menos de três salários mínimos, a imensa maioria da população brasileira, os que mais sofrem com a crise, aconselho não assumirem gastos (se é que é possível) e esperem a economia melhorar, os juros e a inflação diminuírem, enfim, que aguardem uma melhora na economia. Para estes, infelizmente, nada há mais que fazer senão esperar, esperar, esperar, pelo menos no campo econômico.
Quanto às empresas, muitas vezes na crise é que se descobre uma veia para o sucesso. A inovação é algo também que não se pode desprezar, mas, sem dúvidas, o corte nas despesas é fundamental.
Quanto às empresas, muitas vezes na crise é que se descobre uma veia para o sucesso. A inovação é algo também que não se pode desprezar, mas sem dúvidas, o corte nas despesas é fundamental. É preciso diferenciar, contudo, gastos de despesas. Estas correspondem a tudo aquilo que é desnecessário,
Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI campelo@campelocampelo.com.br
supérfluo e que pode ser cortado sem prejuízo das atividades normais da atividade empresária, enquanto os gastos são o que obrigatoriamente se tem que desprender se se quer manter na atividade. Um aparelho de ar-condicionado ligado desnecessariamente, por exemplo, é despesa. A compreensão sobre esse tema é fundamental, inclusive podendo ser útil ao cidadão comum, para que este não perca qualidade de vida em detrimento de manutenção de despesas que são inteiramente expurgáveis. É preciso ressaltar que a diferenciação aqui exposta não é técnico-científica, mas é bem simples e tem por objetivo chamar a atenção dos empresários para que visualizem melhor a situação da empresa que dirigem e possam fazer cortes onde devem ser efetivamente realizados: nas despesas. Numa situação de crise, como a que se apresenta no momento no Brasil, com incertezas, inclusive de ordem política, urge que todos fiquem muito atentos, que não haja precipitações, mas, principalmente, que não sejam realizadas despesas. Muitas vezes estas são um grande vilão, invisível, sendo necessário uma análise mais aprofundada para encontrar onde se pode economizar, evitando o corte precipitado de empregos ou o investimento nos gastos que são imprescindíveis.
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Especial
Cresce no Piauí mercado de rastreamento de veículos Consumo excessivo ou desvio de combustível, fretes “por fora”, roubo de mercadorias, pagamento de diárias sem necessidade, ações judiciais com pedido de horas extras, uso do veículo para atividades pessoais são alguns dos motivos da busca por esse tipo de sistema.
Por Marciene Cruz Fotos: Carlos Pacheco
A
s empresas enfrentam grandes desafios para controlar seus veículos e motoristas. Os problemas são sempre os mesmos: consumo excessivo ou desvio de combustível, fretes “por fora”, roubo de mercadorias, pagamento de diárias sem necessidade, ações judiciais com pedido de horas extras, uso do veículo para atividades pessoais, entre outros. Nesse contexto, o empresário Kleber Albuquerque da Concept Tecnologia explica que justamente por isso o segmento de rastreamento de veículos está em ascensão. “A insegurança da população está cada vez maior, além disso, há uma preocupação demasiada com a violência. Roubos e furtos têm impulsionado as vendas dos sistemas de rastreamento não só no estado, mas em todo país”, ressalta. As empresas que possuem frota de veículos de carga são as que mais estão aderindo a esse conceito, pois dessa forma podem controlar e acompanhar o produto transportado. Segundo o diretor técnico e comercial Moisés Reis Filho, as empresas estão criando ferra-
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O rastreamento é uma ferramenta indispensável para o controle, segurança e aumento da produtividade da frota de veículos.
mentas que automatizam os controles que antes eram feitos apenas de modo manual. Nessa perspectiva, a Concept desenvolveu novas formas de controle do seu negócio utilizando o Sistema de Gestão de Frotas por Geolocalização que foi concebido para atender desde empresas que precisam apenas de um simples rastreamento veicular até as que desejam fazer o controle automatizado de sua frota.
Entre os benefícios oferecidos pelos sistemas de rastreamento o empresário destaca ainda, o bloqueio remoto do veículo, sugestão de melhor rota entre localidades, proteção de veículos, cargas e segurança pessoal, gerenciamento e monitoramento, redução de riscos e aumento da produtividade, trava e destrava de baús, controle de portas, botão de pânico, cerca eletrônica e leitura da rotação do motor.
Kleber Albuquerque explica que a personalização do sistema de acordo com as necessidades do cliente tem o objetivo de ajustar a ferramenta a realidade e melhorar e automatizar os controles. Revista Fecomércio
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Especial
Sistema de Rastreamento e Segurança em Táxi Em Teresina, os constantes assaltos a taxistas e roubo de veículos tem crescido de forma considerável. Pensando nisso o empresário Idalvo Gabriel diretor da INFOG2, decidiu investir em sistemas de rastreamento para empresas de táxi. Com 10 anos de atuação no mercado e com uma equipe de desenvolvedores, a empresa dispõe de softwares e aplicativos que permitem o gerenciamento e o rastreamento para o controle de atendimento dos clientes. Sobre o sistema de rastreamento, Idalvo explica que é instalado no veículo um equipamento rastreador com sistema de GPRS que permite localizar qual o táxi mais próximo do cliente, verificando a distância e velocidade do veículo, o sistema também permite o controle de qualidade do atendimento e possibilita a geração de um histórico de percurso para solução de conflitos. O sistema possui ainda um botão de pânico para casos de roubo ou suspeitos. Atualmente, a empresa conta com uma equipe de 10 colaboradores, divididos em time de desenvolvedores que são responsáveis pela criação de softwares e aplicativos e o time suporte, que fornecem a assistência à uma frota de um pouco mais que 350 veículos. “A gente percebeu em reunião com as próprias cooperativas que as empresas de táxi que ainda não tem o sistema de rastreamento é alvo fácil para ação de bandidos e consequentemente tem uma demanda maior de prejuízos”, afirmou Ivaldo. Recentemente Idalvo e sua equipe desenvolveram um aplicativo, com lançamento previsto para este mês de junho, chamado de PedeAiTáxi que pode ser utilizado para a solicitação de táxi através de smartphones com sistema Android. O app é voltado para as empresas de táxi, onde o cliente pode escolher a empresa ou cooperativa favorita e caso deseje um táxi mais rápido, ele pode escolher a opção PedeAi que seleciona o táxi mais próximo naquela região; com ele tam24
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bém é possível cadastrar pontos favoritos e acompanhar em tempo real a chegada do táxi até o ponto em que se encontra. Com relação as vantagens do aplicativo, o empresário ressalta que o foco é o controle de qualidade, o cliente pode avaliar a corrida, dizer se o atendimento foi bom ou ruim; classificar e escolher o tipo de carro. Além disso, o aplicativo assegura a agilidade e comodidade no atendimento. “Estudamos um pouco mais de ano para viabilizar esse projeto, buscamos conhecimento fora e decidimos então agora apresenta-lo, é um processo que dura em média seis meses, considerando a instalação e treinamento dos taxistas e atendentes, mas é algo recorrente, de suma importância, já temos clientes em fase de adaptação no Piauí e Maranhão”, conclui o gestor.
Como funciona o rastreamento de veículos?
Dentro de cada veículo rastreado é instalado um equipamento denominado de rastreador. Este rastreador utiliza dois outros equipamentos agregados: o GPS e um transmissor utilizando tecnologia Celular GSM/ GPRS. Os dados do posicionamento do veículo são identificados pelo GPS e são transmitidos de tempo em tempo conforme programação do nosso servidor de monitoramento através do equipamento com tecnologia celular e recebidas para a Central de Monitoramento, que funciona 24 horas por dia. Esses dados são disponibilizados na Internet, para que você monitore seu carro ou sua moto de qualquer computador. Assim, é possível, em tempo real, saber com exatidão a localização do seu veículo (com pontos de referência, nomes de ruas e números), a velocidade utilizada e o percurso percorrido, além de obter o histórico de posições com coordenadas, data e hora, sentido de deslocamento, e outras informações, como por exemplo, se o veículo estava parado ou em movimento. Tudo com apenas um clique de qualquer computador.
Para Idalvo Gabriel, as vantagens do aplicativo são maior controle de qualidade, além de assegurar agilidade comodidade no atendimento.
Em caso de roubo do veículo, o sistema permite ao taxista acompanhar todo o percurso até a sua captura. Em julho, a INFOG2 lançou o aplicativo PedeAí Táxi, com adesão de mais de 550 táxis. Revista Fecomércio
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Empresas familiares
A profissionalização da Empresa Familiar
ar-condicionados e climatizadores nas Lojas Ventania!
Cicero Rocha Fundador do Instituto Empresariar, especialista em empresas familiares, mestre em Marketing www.empresariar.com.br
de interesses entre família e empresa, como as relações conflituosas pelo uso indevido dos recursos da empresa por seus membros, falta de sistemas de planejamento financeiro e de apuração de
Trabalhar com parentes pode gerar níveis altos de confiança e comprometimento, mas também pode levar a tensões, ressentimentos e conflitos abertos. Sendo assim, as pessoas se esforçam para manter a razão e o coração separados e conquistar o sucesso tanto no trabalho, como na vida familiar.
custo, a resistência à modernização, ao emprego e, por fim, promoção de parentes por favoritismo, não por competência. Entre os procedimentos adotados
para minimizar os conflitos, estão o acordo de acionistas, conselhos de família, provisão para mediação de terceiros e constituições familiares. Ademais, mais empresas estão criando o Escritório de Família, órgão executor das deliberações do Conselho da Família, bem como programas de desenvolvimento de familiares, coaching, mentoria, acervo e organização da história da família e a mediação. Quanto à profissionalização das empresas familiares, sabendo que emoções podem gerar conflitos, o autor Randel Carlock, diretor do Wendel International Centre for Family Enterprise, do Insead na França, afirma que o ideal é um modelo de negócio para a família e os negócios, levando em consideração cinco fatores específicos: valores, visão, estratégia, investimento e governança. É importante, portanto, libertar-se das amarras emocionais que mantém presas a empresa familiar à formas de trabalho ultrapassadas ou a negócios de baixo desempenho criados por gerações anteriores, ou gerenciadas por um membro familiar “imexível”. Além disso, não exitar em dar passos decisivos para tornarem-se fortes e atrativas, prontas para aproveitar novas oportunidades e aptas para perdurar. Outra dica é procurar sempre ser assessoradas por profissionais com experiência e tradição comprovada no assunto.
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Imagens Ilustrativas
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força e a fraqueza do modelo de empresa familiar estão no próprio nome: família. Trabalhar com parentes pode gerar níveis altos de confiança e comprometimento, mas também pode levar a tensões, ressentimentos e conflitos abertos. Sendo assim, as pessoas se esforçam para manter a razão e o coração separados e conquistar o sucesso tanto no trabalho, como na vida familiar. Segundo John Davis, referência mundial em empresas familiares, a performance de uma empresa familiar é impactada pela forma que os familiares se relacionam, fazendo-se necessário um gerenciamento dessa performance nos negócios. Há três “disparidades” que geram conflitos dentro da empresa familiar: a disparidade de gerações, de credibilidade e da comunicação. A última citada se torna a mais relevante, pois um dos assuntos que se evita discussão é “sucessão”, principalmente com aqueles que esperam assumir o cargo ou, além disso, porque a palavra sucessão por si só pode provocar uma reação emocional extrema. A palavra também é um lembrete indesejado para o fundador sobre idade e mortalidade, um presságio da perda da influência, criando incertezas dentro e fora da empresa e da família. Lodi (1998, p.4) defende que a organização familiar, pela sua constituição e natureza, apresenta as divergências
Fuja do B-R-O-BRÓ!
Venha comprar ventiladores,
Aqui, o vento sopra a seu favor!
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A expansão do mercado de franquias Entre para o mundo do franchising já sabendo tudo que precisa. Por Nahiane Gomes Fotos: Karla Nery
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m tempos de crise, com a economia do país completamente instável a procura por negócios que levem a uma certa independência financeira continua sendo meta para muitos. De acordo com a nova pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), três em cada dez brasileiros adultos entre 18 e 64 anos possuem uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio. Na última edição da pesquisa GEM, realizada em 2014, ter o seu próprio negócio continua sendo o terceiro maior sonho do brasileiro, atrás apenas de comprar a casa própria (42%) e viajar pelo Brasil (32%). O fato interessante que essa pesquisa revelou é pela primeira vez o número de pessoas que almejam se tornar o seu próprio chefe é praticamente o dobro das que desejam fazer carreira numa empresa. Enquanto 31% dos brasileiros querem montar um negócio, 16% querem crescer dentro de uma empresa. Prova desses resultados são as inúmeras franquias que a cada dia vem chegando e se firmando no nosso Estado do Piauí, principalmente com a ampliação e vinda de novos shoppings centers. Por isso, nessa edição, procuramos alguns especialistas no segmento para analisar o mundo do franchising e deixar você por dentro das grandes questões que envolvem esse negócio nunca tão apreciado como agora.
Paulo Zambonaro, consultor de vendas de franquias e gerente de expansão do grupo Mercatta
embora a marca não seja chancelada, a empresa à qual a marca está vinculada, obrigatoriamente deve estar chancelada. É extremamente importante que a franquia tenha esse respaldo.
Conversamos com Paulo Henrique Zambonaro que é consultor de vendas de franquias e gerente da área de expansão do grupo Mercatta, um grupo paulista, proprietário de marcas que se expandem e interessado em trazer franquias para o Nordeste como um todo. Questionado a respeito de como grupos como esses enxergam o cenário do franchising em nossa região, o consultor responde: “O que se tem ouvido falar no estado de São Paulo é que está tendo franca expansão do mercado de franchising aqui no Nordeste. Os governos estão apoiando bastante, as instituições bancárias também, inclusive com juros muito baixos e carência
de até 12 meses, sendo que a carência em si de negócios e serviços favorece que marcas venham para cá”, diz. Para quem está interessado em abrir uma franquia, Zambonaro explica que antes de tudo é preciso ter alguns cuidados, como: • 1. Ter uma empresa de consultoria idônea como parceira e procurar saber se essa empresa é registrada na Associação Brasileira de Franquias (ABF) porque o respaldo dessa instituição será em cima de todas as marcas com as quais essa empresa trabalha. • 2. Procurar saber do franqueador se a marca é chancelada na ABF, pois
O consultor ainda esclarece que qualquer marca pode ser transformada em franquia, mas para isso, existe o processo de formatação, como elaboração e confecção de manuais administrativos, comercial, jurídico, financeiro, circular de oferta, contrato, manuais de equipamentos, dependendo do tipo de franquia. Sendo que toda essa documentação se chama preparar a formatação da marca para franquia que pode ser vendida no mercado. Para isso, todo esse processo deve se submeter à aprovação da ABF. Depois disso, a associação declara se a marca está apta ou não ao mercado de franquia. Hoje, se torna interessante ter uma
franquia ao invés de começar uma empresa do zero por conta de algumas facilidades, como evitar os dois primeiros anos de dores de cabeça que um novo empreendimento gera para firmar a marca e que o empresário leva para aprender a lidar com o negócio, incluindo os prejuízos. As franquias por seguirem um padrão de formatação, ao entrarem no mercado dão os suportes necessários para quem se habilita a ser um franqueado. Para aqueles que querem inovar num empreendimento, o interessante é que se comece do zero mesmo, com todas aquelas dores de cabeça iniciais, como formatação da marca, criação de uma unidade piloto para começar e só depois transformar o empreendimento em franquia, se for a intenção. Isso porque, geralmente, quem pretende muita inovação e entrar num segmento muito específico dificilmente encontra uma franquia à disposição. Revista Fecomércio
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Do namoro ao casamento com a franquia É preciso entender bem as questões burocráticas e jurídicas que envolvem a relação entre franqueador e franqueado. Para entender mais afundo sobre essa atuação do franqueado no segmento, as relações entre franqueador e franqueado, as questões burocráticas e jurídicas do processo como um todo para se tornar um franqueado, consultamos José Carlos Fugice Jr, administrador de empresas especializado em franquias e varejo com MBA em Administração de empresas pelo CEAG FGV/SP, com experiência em mais de 150 projetos de franquias e sócio-fundador da GoAkira Consultoria Empresarial. Fugice faz uma analogia um tanto esclarecedora a respeito de se tornar um franqueado. Para ele, é bom que se tenha o devido cuidado ao tomar essa decisão porque o processo é um grande casamento! Por isso, pede que entendamos as fases de namoro e casamento com a franquia e enfatiza todas as questões jurídicas dessa relação.
Início
Tempo de buscar as oportunidades e selecionar as marcas. Ver o que se tem de oportunidades no mercado e para o mercado local, começar a analisar as franquias, as marcas, os diferenciais e selecionar algumas delas para você avançar um pouco mais nas análises.
Paquera
Momento em que você se interessou muito por meia dúzia de marcas e busca mais informações sobre esses negócios. Nessa hora uma grande fonte de informações que não pode ser ignorada são os franqueados atuais dessas redes paqueradas e os ex-franqueados dessas mesmas. Essa informação você obtém na COF (Circular de Ofertas de Franquias). Por lei, o franqueador é obrigado a dar a relação dos franqueados atuais e dos ex-franqueados, e lá você tem os dados e basta ligar para pesquisar sobre as
O administrador de empresas José Carlos Fugice Jr. faz uma analogia de como se tornar um franqueado.
mesmas. Esse passo é importante, pois na hora de vender todos falam super bem da franquia, ninguém tem defeitos, ninguém fala mal do seu negócio, tudo é perfeito e nesse momento só impera o sonho de se ganhar dinheiro, etc e tal. Então, converse com o franqueado daquela determinada marca para saber se ele está satisfeito, se o franqueador entregou tudo aquilo que prometeu e principalmente se ele está tendo resultado positivo com o negócio. Também é importante conversar com os ex-franqueados para saber porque não deu certo o negócio.
Namoro
Aquele momento de análise da Circular de Oferta de Franquias (COF) e do contrato de franquia, disposto na Lei de Franquias de nº 8.955, oficial no Brasil, que determina por exemplo, o que o franqueador deve oferecer e pontua todas as informações adicionais para que o investidor, no caso franqueados, possam decidir se querem investir nesse segmento. A leitura da COF é importantíssima porque trata-se de um documento fundamental em todo o processo, por ser onde o franqueador coloca todas as informações sobre a franquia oferecida. É
preciso conhecer mais a fundo em que negócio você está entrando.
Noivado
O noivado é a assinatura do pré- contrato. Então, a partir do momento em que você assina esse pré-contrato, já assumiu um compromisso com aquela marca e geralmente a grande maioria das marcas exigem o pagamento das taxas a partir desse momento. E o que vem a ser o pré-contrato? É um instrumento jurídico que você assina como pessoa física, por ainda não constituir uma empresa. Antes disso, você ainda terá que achar um ponto comercial para constituir empresa junto a um contador para só depois assinar
um contrato de franquias. E esse pré-contrato é para “amarrar” esse compromisso entre o interessado e a franqueadora. É onde já tem algumas regras de confidencialidade da negociação. A partir do pré-contrato, o franqueador já vai começar a prestar um serviço de busca de um ponto comercial e já dá as primeiras orientações. Por isso que tem o pagamento das taxas iniciais. O tempo entre análise da COF e assinatura do pré-contrato precisa respeitar um prazo já descrito na lei de 10 dias corridos. Pode existir a ânsia em fechar o negócio de cara, mas teoricamente, e tecnicamente, você precisa aguardar esses 10 dias. Você pode até assinar retroativo, mas estará correndo algum risco porque está descumprindo a lei e ainda que o risco seja maior por parte do franqueador, não é recomendado porque você poderá ter problemas com a Justiça.
Casamento
É justamente a assinatura do contrato de franquias, quando você já tem achado um ponto comercial, tem constituído empresa e assina esse contrato com CNPJ e razão social. Obviamente, a expectativa é de que esse casamento dure um certo tempo que é o prazo do contrato. Geralmente, no mercado de franquia, esse prazo é de cinco anos, mas a lei não exige que sejam cinco anos. Então, cada rede de franquias define esse prazo. E assim, nesse relacionamento com franqueador você terá direitos e deveres e vice-versa.
Questões jurídicas A COF é a regra principal. Tudo é detalhado na Circular de Oferta de Franquias. Questão de repasse, por exemplo: se você não gostou da franquia e quer repassar para outra pessoa. Quais são as regras? Existem regras. Como também se descumprir alguma norma do contrato, quais serão as multas? Qual seu limite do território de atuação? E assim todas as regras do negócio são descritas na COF. Se não estão muito bem detalhadas, a recomendação é contratar um advogado para orientá-los dentro desse processo e consigam fazer todas as amarras jurídicas, para que não haja nenhum tipo de problema com o franqueador. Infelizmente, nem todos os franqueados seguem a cartilha de contratar um especialista. Cada um tem a sua estratégia, mas acontece que o documento pode não está muito bem feito e você precisa analisá-lo com cautela, pois todas as responsabilidades suas e do franqueado estarão lá.
O franqueador é obrigado a dar consultoria de campo? Pela Lei de Franquias, ele não é obrigado, mas é recomendado que ele tenha uma prática de campo para dar um suporte ao franqueado, ajudando a treinar a equipe, a orientar, a fazer a parte de auditoria para saber se o padrão adequado está sendo seguido. Agora, todo suporte que o franqueado é obrigado a dar tem que estar descrito na COF e no contrato de franquia. Se foi prometido consultor de campo e ele não mandou o consultor de campo, juridicamente você pode processá-lo porque ele não cumpriu o contrato. E vice-versa, pois lá também tem os deveres do franqueado que é seguir o padrão, senão começa uma descaracterização da marca.
O contrato de franquia não é hipossuficiente Na prática é assim, quando você vai assinar um contrato com uma empresa de Telefonia por exemplo, você é obrigado a engolir todas aquelas cláusulas do contrato. Se quiser negociar alguma cláusula eles nem aceitam. No de franquia não! Você assina se você quiser e você tem 10 dias para analisar todas as cláusulas e se assinou foi porque quis, não pode alegar que não sabia. Agora, você teve 10 dias assegurados pela lei para analisar todo o instrumento jurídico. Diferente desses de Telefonia que depois você pode ir na Justiça alegar que não sabia de determinada cláusula e assim até consegue ganhar alguma coisa, no caso de franquias não tem como.
O contrato de franquia tem uma característica personalíssima O contrato de franquia prevê um operador daquela determinada marca, um operador de franquia, aquele contrato está ligado àquela pessoa. O termo técnico pra isso é intuitu personae. Quando o franqueador aprovou aquele candidato, depois de ser avaliado, por algumas condições, competências, capacidade para fazer a gestão da franquia, ele aprova o Revista Fecomércio
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As cláusulas não são negociáveis Dificilmente, o franqueador vai negociar alguma cláusula. Até mesmo porque tem uma questão de padrão. Todos os franqueados tem os mesmos direitos, os mesmos deveres para seguir o mesmo nível de qualidade e operação, por isso as cláusulas contratuais de uma determinada rede serão sempre as mesmas para todos os franqueados. Ou você aceita daquele jeito ou você não aceita.
Cláusula da não concorrência Dentro do modelo de negócio de franquias, o franqueador desenvolveu todo
um know-how, um conhecimento em cima daquele determinado assunto e negócio. Ele estará ensinando o franqueado a atuar dentro daquele modelo, ensinando o segredo de todo o negócio e não é justo que depois que ele termine o contrato de franquia, seja por qual for o motivo, ele comece a atuar no mesmo segmento utilizando todo o know-how do seu ex-franqueador, tornando-se concorrente. E mesmo que abra concorrência com o nome da esposa ou parente próximo, se o franqueador comprovar que esse parente é de fato parente e teve acesso às informações confidenciais daquela franquia que foi fechada, todos poderão ser processados.
Confidencialidade – Uma das regras do negócio Isso é importante por duas questões: a primeira delas é a questão operacional. Não dá para ficar contando todos os segredos do seu negócio. Daqui a pouco, os concorrentes sabem como funciona tudo e você fica sem ter como manter seu diferencial à longo prazo. A outra questão é seguir à risca a cláusula de confidencialidade do contrato e não repassar informações acerca do seu negócio, se resguardar e utilizá-las somente para suas operações, principalmente em redes de franquias de bolos e doces nas quais o franqueador disponibiliza todas as receitas para o franqueado, por exemplo. Porque se forem passadas essas receitas, todos passam a concorrer com todos e seu negócio deixa de ser atraente.
Território de atuação Pode ser território de atuação por exclusividade ou preferência • 1. Por exclusividade - Naquele determinado território, só você pode
atuar, tem exclusividade. E se amanhã ou depois surgir um outro shopping na cidade ou começar a aumentar o mercado consumidor naquele determinado local, quem vai poder abrir a segunda, terceira ou quarta loja é você. • 2. Por preferência - Preferência de abrir a segunda, terceira ou quarta loja, mas caso eu não abra, o franqueador pode vender para outro franqueado. Lembrando aqui que nem todas as franquias tem a cláusula de exclusividade. Na verdade, a maioria não tem, só tem mesmo a de preferência. Porque para o franqueador, ele precisa se resguardar de que aquela demanda que surgiu naquele determinado lugar, território, vai ser atendida, seja por aquele franqueado, que já está dentro do território, ou por um novo franqueado. Nos contratos bem estruturados tem descrito o prazo para exercer a preferência.
Contratos de locação x Retorno do investimento É bom pensar se o contrato de locação que será feito é compatível com o retorno de investimento do seu negócio. Se você for investir por exemplo num quiosque no shopping e o shopping só alugá-lo por 3 meses, será que em 3 meses você vai ter o retorno do seu negócio?! É preciso ficar atento porque muitas vezes o contrato de aluguel não é renovado porque foi alugado para grandes empresas da preferência de quem aluga. Então, muita atenção para o tempo de aluguel e renovações de contratos de aluguel, pois o prazo de contrato de locação deve ser compatível com o retorno do seu negócio. Cuidado também com o prazo, pois o franqueador não é obrigado a colocar cinco anos de prazo de contrato. Ele coloca o quanto ele quiser. Se ele quiser colocar um ano e o prazo de retorno forem dois anos, para recuperar o capital inves-
tido, você terá prejuízo. Se o contrato for de três anos e o retorno médio da rede é de três anos? Também não é compatível porque não deu tempo você ganhar dinheiro com essa operação, praticamente você só retornou seu capital. Então, para um retorno de capital em três anos, o tempo compatível para que você passe a lucrar é de cinco anos, três anos para recuperar o capital e mais dois anos para ganhar dinheiro com aquele negócio.
Responsabilidade legal e trabalhista é do franqueado Já existe jurisprudência à respeito desse assunto em alguns estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo, de que a responsabilidade legal e trabalhista é do franqueado. É óbvio que algumas vezes o franqueador é co-responsabilizado quando há ingerência. Por exemplo, se o funcionário do franqueado
não é funcionário do franqueador, porque que ele emitiu uma ordem direta, demitiu ou contratou aquele funcionário do franqueado e se o funcionário conseguir provar que isso aconteceu, existe uma situação de ingerência, aí em situações assim o franqueador pode ser co-responsabilizado.
Registro da marca Muito cuidado para que você não esteja usando nomes de marcas já registradas para depois precisar mudar por implicações legais e ter prejuízos com embalagens e todos os demais custos com marketing e reestruturação da marca. É sempre bom lembrar que para alterações de cardápio, de preços, preparação
de folders, é necessária a autorização do franqueador, porque em se tratando de franquias, padrão é uma palavra absoluta.
estrutura financeira em que você possa crescer de acordo com suas pernas, senão você pode se perder.” E quando as dificuldades chegarem busque profissionais e serviços como do SESI, SEBRAE, SENAI, SENAC que possam ajudá-lo a fazer a coisa acontecer. Pergunte! Não tenha vergonha disso! E mais do que tudo tenha foco. Tudo que eu tenho é baseado em foco”. Partindo de todas as informações, dicas, palavras-chaves e pontuais questões
que envolvem esse segmento, entrar para o mundo do franchising e ter o próprio negócio parece não ser assustador, nem tão pouco complicado como se pode imaginar, quem sabe ter mesmo um foco e mente aberta para seguir padrões, sejam os primeiros passos a serem dados para que você realize o sonho de ser o chefe de si. É hora de começar a pensar e agir!
Chilli Beans: franquia de sucesso Para entender esse universo mais de perto, a nossa equipe conversou com o jovem empreendedor Caito Maia, criador da Chilli Beans, maior marca de óculos da América do Sul, com mais de 400 pontos de venda no Brasil e no exterior e que ganhou a 21ª edição do Prêmio “ABF Destaque Franchising”, considerado o mais importante do Brasil na área de franquia. Para ele, foco é a palavra mestre quando o assunto é franquia. Ele esteve à convite da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI), para uma palestra sobre empreendedorismo, inovação, moda, tendências e todas as curiosidades da trajetória da marca e deixou as seguintes dicas: “Encontre alguma coisa que ame muito porque isso fará a diferença. Outra mensagem é: Construa um futuro sólido, com base sólida, tente ter uma
Ana Cláudia Coelho
operador e não os quatro, cinco sócios que ele tenha. Ele não chega às vezes nem a conhecer os investidores, ele aprova o operador. O que significa isso na prática? Significa que se amanhã ou depois, os sócios decidirem que o operador não será mais aquele, os franqueados terão que ser reavaliados pelo franqueador para que este valide dentre eles se algum terá perfil para ser operador daquela determinada marca. E assim o franqueador não é obrigado a aceitar automaticamente esses sócios que ele não conhecia ou não tinha aprovado o perfil.
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Sesc
Fazendo a diferença na saúde bucal Há quase 70 anos prestando assistência odontológica, o Sesc se consolida levando atendimento às regiões mais longínquas, estando presente em todos os estados do Brasil. Por Ana Claudia Coelho Fotos: Nany Costa
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om uma rede com 236 clínicas odontológicas, entre unidades físicas e móveis, o Sesc é uma das maiores redes de assistência odontológica do país. A informação é da técnica em Odontologia do Departamento Nacional do Sesc, Valéria Rôças, durante I Encontro da Assistência Odontológica do Sesc no Piauí. Em 2014, foram realizados 2,4 milhões de atendimentos odontológicos no Brasil pela rede de assistência odontológica do Sesc que reúne mais de dois mil profissionais da área para atendimento clínico e educativo em todos os estados brasileiros. A rede de assistência oferece mais de 200 clínicas com equipamentos de última geração e profissionais em constante capacitação. Em especial no Piauí, foram realizados 41,1 mil atendimentos no ano passado. A importância desses números se justifica quando analisados os dados relativos ao cenário da saúde bucal do Piauí. Situado no Nordeste do país, a condição de saúde bucal dos piauienses em nada se difere daquele apresentado pelos demais componentes dessa região. Estudos realizados revelaram nesta década um volume de doenças bucais ainda muito acentuado, onde as crianças de 12 anos apresentaram uma média de 3 dentes necessitando atendimento clínico. (Dados Ministério da Saúde – SB 2010). Para contribuir na melhoria desse 34
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quadro, hoje ainda marcado pela dor e pelo sofrimento decorrente das doenças bucais, segundo a Coordenação de Planejamento do o Sesc Piauí, a entidade oferece atenção odontológica através de três clínicas fixas atuando nas capitais do Estado e também por meio de duas carretas do Projeto OdontoSesc que percorre as localidades de maior vulnerabilidade social. Em Teresina, foram 20,5 mil atendimentos e no interior 20,1 mil atendimentos nos municípios de Floriano, Parnaíba, Buriti dos Lopes, Barra D´Alcântara, além dos atendimentos na capital. Os dados incluem os atendimentos realizados nas clínicas odontológicas do Sesc em Teresina, Parnaíba e Floriano, além dos serviços realizados nas unidades do OdontoSesc.
Para prestar assistência às comunidades mais distantes, onde há carência no atendimento odontológico, o Sesc criou em 1999 o projeto OdontoSesc e o Piauí foi um dos primeiros estados do País a receber a carreta móvel, com cinco gabinetes odontológicos para atender a população na periferia das grandes cidades e nos municípios do interior do Brasil. O OdontoSesc funciona em média 90 dias úteis em cada município, período em que realiza milhares de atendimentos, promovendo saúde, cidadania e prevenindo doenças. Cada unidade móvel percorre, pelo menos, três localidades por ano. Assim, o Sesc leva cobertura odontológica para cerca de 156 novas localidades e municípios a cada ano. Entre as ações desenvolvidas, procura-se combater, prevenir e diagnosticar precocemente doenças bucais, desenvolver programas educacionais para incentivar a adoção de hábitos saudáveis e atuar em rede, junto as estruturas de saúde das localidades atendidas. Cada carreta do OdontoSesc tem 14 metros de comprimento e possui quatro ou cinco gabinetes odontológicos, aparelho de raio-X, sala de esterilização e 10 profissionais de Odontologia.
No Piauí, foram realizados mais de 40 mil atendimentos no ano passado.
Clínicas Odontológicas do Sesc O Sesc oferece clínicas odontológicas fixas que atendem comerciários e seus dependentes. As clínicas funcionam nas áreas anexas às unidades do Sesc e prestam serviços de qualidade a preços acessíveis. O Sesc realiza, ainda, ações nas escolas, nas empresas, entidades sociais e em eventos públicos, com a equipe de Educação em Saúde, bem como promoção e reabilitação da saúde bucal, através de ações educativas e tratamentos clínicos, incluindo restaurações, aplicação de flúor, raspagem de tártaro, tratamento de canal e pequenas cirurgias bucais.
A técnica do Departamento Nacional do Sesc, Valéria Rôças, durante I Encontro da Assistência Odontológica do Sesc no Piauí. Revista Fecomércio
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Educação Profissional
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Lixo é quase nada
Você fala Mandarim? Francisco Dias Diretor de Educação Profissional do Senac-PI Licenciatura Plena em Pedagogia Especialista em Gestão Escolar fcodias@pi.senac.br
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ão é clichê, mas sempre que se discute as possibilidades de ingresso ou crescimento do profissional no mercado de trabalho é sugerido como credencial indispensável e fator crítico de sucesso que o profissional precisa ser bilíngue. De fato, falar bem a Língua Portuguesa não diferencia ninguém nesse exigente e competitivo mundo do trabalho, onde qualidade virou lugar comum. E, em sendo o português nossa língua mãe, se utilizar bem do mesmo não passa de uma obrigação inconteste que só é realmente notada quando escorregamos nas suas inúmeras regras gramaticais. Tudo bem, mas se temos que ser bilíngue, que segunda língua falar? Então, o questionamento é prudente porque na verdade não vale falar qualquer língua. É preciso que essa segunda língua minimamente se articule com o ramo de negócio no qual o profissional atue ou pretenda atuar. Assim, se o mercado com o qual você mantém maior relação são os nossos vizinhos da América do Sul o espanhol é a sua escolha natural. E assim, de forma sucessiva. Esse apontamento em torno da necessidade de uma segunda língua, no entanto, nem sempre é uma unanimidade. Em muitos momentos, por razões diversas, somos levados a duvidar e até a descreditar no poder de uma segunda língua. Nesse caso é bom ilustrar com a realidade. 36
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Em 2005, trabalhando em São Raimundo Nonato deparei-me com uma situação um tanto curiosa/inusitada. Um estrangeiro desejoso de conhecer o Parque Nacional da Serra da Capivara foi forçado a esperar por dois dias em um
Vamos lembrar aqui que o inglês continua universal. Mas se o negócio em que atue gira em torno do mercado asiático aí então não tem conversa, você precisa aprender a falar Mandarim.
hotel da cidade em virtude da indisponibilidade de profissional bilíngue para guia-lo no parque ou em outros serviços na cidade. O exemplo acima pontua um entra-
ve em relação ao desenvolvimento do turismo na região do Parque, onde a construção de um aeroporto internacional (importante e bela obra, por sinal) não se propõe resolver. No caso, a qualificação profissional em idioma estrangeiro que habilite os profissionais da cidade ligados ao trade turístico para bem receber o turista. Também não podemos pensar – em relação a questão bilíngue - apenas em situações extremas como a acima descrita, pois muitas vezes a demanda por uma segunda língua nem sempre é estrangeira, mas pode ser até mesmo a nossa Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que em tempos de inclusão social fortalecida como de interesse social aparece como uma necessidade para todas as pessoas e, mais, especialmente, para os profissionais, inclusive, os profissionais liberais. Francês, espanhol, italiano, alemão, enfim que idioma você que falar para se tornar um bilíngue? Pode ser que para começar a superar a barreira de falar uma segunda língua você tenha que primeiro se resolver sobre que língua estudar. Na dúvida, vamos lembrar aqui que o inglês continua universal. Mas se o negócio em que atue gira em torno do mercado asiático, aí não tem conversa, você precisa aprender a falar Mandarim.
Descubra que nem tudo que você joga fora é lixo. A exposição “Lixo é Quase Nada” do projeto Sesc Ciência provoca reflexões e mudanças de comportamentos sociais. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Divulgação Ascom Sesc
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ma forma lúdica e interativa de chamar a atenção das pessoas para temas relacionados ao lixo. O Sesc Piauí realiza de 10 a 21 de agosto, no espaço cultural “Cosme Oliveira”/Sesc Administração, a exposição “Lixo é Quase Nada” – uma coletânea de peças produzidas a partir de material reciclado que circula o país por meio do projeto Sesc Ciência. A mostra é uma iniciativa do Departamento Nacional do Sesc, em parceria com o Sesc Piauí. Os visitantes terão acesso aos módulos e estantes com visualização de temas que permitem ampliar e questionar sua compreensão sobre o consumo e aproveitamento de resíduos. O acervo da exposição é composto pelos módulos e apresenta o amplo ciclo de formação e descarte do lixo: sua produção, destinação, tipos de resíduos e tratamentos. Destaca o reuso e a reciclagem, onde as garrafas pet se transformam em peças artesanais ou equipamento de sistema de aquecimento solar. Ao longo da exposição, serão realizadas oficinas para facilitar a compreensão dos fenômenos correspondentes aos apresentados na mostra. Será um momento para o visitante construir um experimento que descreva um fenômeno científico. Antes da abertura ao público, o Sesc realiza o Seminário com a temática,
dia 7 de agosto, às 8h30 no auditório do Sesc Administração, com entrada gratuita. A exposição é aberta ao público em geral e às escolas de Teresina que deve fazer agendamento prévio da visita. Os alunos de escolas particulares deverão levar um quilo de alimento não perecível e os alunos da rede pública de ensino devem levar garrafas pet. “A Mostra nos leva a refletir sobre o que descartamos: se é realmente lixo ou pode ser reaproveitado”, explica a coordenadora da mostra no Sesc Piauí, Francisca das Chagas Lemos”. Revista Fecomércio
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O Centro de Educação Profissional do Senac em Bom Jesus possui 18 ambientes pedagógicos com capacidade para atender 10 mil estudantes por ano.
Bom Jesus recebe moderna unidade do Senac A inauguração aconteceu em junho e três personalidades foram homenageadas. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Luís Mota
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om a presença de personalidades políticas e diretores de várias entidades de classe do Piauí, o Senac inaugurou seu novo empreendimento em Bom Jesus, o Centro de Educação Profissional “Antônio Ferreira Cavalcan-
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te”. A solenidade foi realizada no dia 19 de junho. Dentre os presentes, o presidente da Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, o prefeito de Bom Jesus, Marcos Elvas, o deputado federal, Paes Landim, além de várias lideranças locais. Na oportunidade, foram homenageadas três personalidades do município: o saudoso comerciante Antônio Cavalcante, que denomina a nova unidade do Senac; o comerciante Antônio Bartolomeu Miranda, que nomeou o auditório do novo Centro e a educadora Ivanilde Borges, 80 anos, ilustre
moradora de Bom Jesus, que tem o carinho e a admiração dos moradores da cidade. Ela denomina a Biblioteca do Senac. Em seu discurso, Valdeci Cavalcante falou do empenho do Senac em promover cursos de formação, qualificação e capacitação profissional que atendem os municípios mais distantes do Piauí. “Quando o Senac chega numa cidade a realidade muda porque surgem novos empreendedores, pessoas que são formadas pelo Senac e decidem montar seu próprio negócio”, enfatiza Cavalcante. Revista Fecomércio
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Senac
Mercado de Call Center é destaque em Teresina O Senac oferece cursos de qualificação para quem deseja atuar na área. Por Mariane Aquino Fotos: Marketing Senac
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oco no cliente e preocupação das empresas em oferecer serviços de qualidade. Estes aspectos, nos últimos anos, têm impulsionado o setor de Call Center em todo o país. A área ganha notoriedade e se destaca por abrir oportunidades para quem deseja ingressar no mercado de trabalho. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que Teresina alcançou o primeiro lugar do ranking entre as capitais brasileiras com o maior saldo positivo de postos de trabalho no período de janeiro a maio de 2015. As ocupações que apresentaram maior saldo foram aquelas ligadas às atividades de Call Center representando uma participação de 82,58% dos empregos para o setor de Serviços dentro do período analisado. Ao avaliar a conjuntura econômica da capital, o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico (SEMDEC), Fábio Nery, destacou que a atração de investimentos para o setor teve início no ano de 2013 e dois fatores foram fundamentais para a inserção no projeto de crescimento da cidade. “Montamos um plano de atrair empresas de Call Center porque entendemos que são rápidas em sua instalação e empregam grande número de pessoas”. O secretário disse ainda que de 2013 a 2015 já foram ofertados mais de 12 mil empregos nesta atividade e a previsão para o final do ano é que o número cresça para 15 mil. Até 40
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A empresa Almaviva do Brasil já gerou mais de três mil empregos em Teresina.
essenciais para o desempenho do trabalho. De acordo com a Gerente de Recursos Humanos da empresa Almaviva do Brasil, Hingrid Portela, 80% das contratações das unidades localizadas em Teresina nos últimos meses foram de pessoas que estavam ingressando no primeiro emprego. A gerente acrescentou que as chances para o crescimento profissional na área são consideráveis para aqueles que já trazem em seu currículo cursos de qualificação ou até mesmo graduações. “Já contabilizamos mais de 200 pessoas que foram promovidas para diversos cargos dentro da empresa e os conhecimentos em Informática, por exemplo, são fundamentais porque todo o trabalho realizado por nós é sistematizado”, explica. A conquista do primeiro emprego foi comemorada por Gabriel Oliveira que ingressou na empresa Almaviva há três meses. Antes de buscar a experiência, ele decidiu fazer o curso de Operador de Telemarketing no Senac: “Tudo o que aprendi no Senac tem sido muito importante para o desempenho das minhas funções”, disse. Além da oferta do curso Operador de Telemarketing, o Senac contribui para a mudança de vida daqueles que querem crescer na área disponibilizando em seu portfólio cursos de Supervisão de Telemarketing e cursos na área de Informática. No período entre 2014 e o primeiro semestre de 2015 mais de 200 estudantes egressos de cursos que envolvem o setor de Call Center foram encaminhados para o mercado de trabalho através do Banco de Oportunidades.
Gabriel Oliveira fez o curso de Operador de Telemarketing do Senac e conquistou seu primeiro emprego.
Senac promove troca de experiências entre os profissionais Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Fábio Nery
o final de 2016 estão previstos 20 mil empregos gerados com carteira assinada em Call Center. Boa parte das pessoas que ingressam em empresas de Call Center estão em busca do primeiro emprego, tendo em vista que
o segmento não exige experiências anteriores. Entre os pré-requisitos básicos para o acesso está a maioridade e a necessidade de ter ensino médio completo. Habilidades como boa dicção, facilidade na comunicação e conhecimentos em informática são
Com o intuito de reunir profissionais que atuam na área, o Senac promove há cinco anos o Encontro Profissional de Telemarketing. A quinta edição aconteceu nos dias 03 e 04 de julho em Teresina. O evento já é consolidado no Piauí e teve como público alvo profissionais, interessados na área, estudantes e egressos de cursos do Senac. Neste ano, o Encontro reuniu mais de 300 pessoas que aproveitaram a oportunidade para realizar uma troca harmoniosa de ideias, experiências e informações. A programação contou com palestras e oficinas que discutiram aspectos importantes sobre o trabalho do profissional de telemarketing, bem como a gestão de processos, o atendimento ao cliente, cuidados com a voz, dentre outros. Na ocasião, os participantes conheceram os cursos oferecidos pelo Senac para a qualificação dos atuantes na atividade.
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Ponto de Vista
Eventos
A pimenta mutante que invadiu o país
Três legendas do comércio e da política em Teresina
Empresário criador da marca Chilli Beans vem ao Piauí e revela segredos de sua trajetória de sucesso com a marca que conquistou a América Latina. Herculano Moraes Jornalista, escritor Titular da Academia Piauiense de Letras, de cuja instituição é Secretário Geral. herlanomoraes@hotmail.com
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omércio, empresa e política sempre exerceram grande fascínio sobre as pessoas. No final do século XVIII, Cícero Alves de Carvalho iniciava a saga de personalidades que atuariam com destaque no cenário comercial e na política partidária, exercendo forte influência nos meios legislativos e empresariais. Nascido em Teresina (1890), iniciou suas atividades por volta de 1915, Diretor Comercial do embrião da Associação Comercial do Estado. Imediato de navios fluviais, comandante do “Vapor Igaraçu”, em 1935, elegeu-se vereador, tendo sido Presidente da Câmara até a dissolução do Legislativo por ato de Getúlio Vargas. Na sequência de grandes empresários e políticos com notável destaque na Capital, o nome de Aphrodísio Tomás de Oliveira (DOTA OLIVEIRA), figura expressiva em todas as atividades sociais. Tenente da Guarda Nacional afirmou-se por sua atuação no comércio. Foi Presidente da Associação Comercial e da Junta Comercial do Estado. Presidiu também a Câmara Municipal de Teresina e a União Caixeiral. Esteve presente em todos os grandes acontecimentos políticos e empresariais do Piauí. Uma lenda na história do comércio de Teresina. Na atualidade, é importante destacar o nome de um dos mais notáveis 42
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políticos e empresários na história do Piauí. Jesus Elias Tajra é um símbolo do comércio, da política e do empreendimento em favor dos grandes inte-
O fascínio das relações entre comércio, política e sociedade tem alcançado personalidades singulares, todos eles atuando com destaque nos principais segmentos da economia, gerando empregos fomentando a indústria, os serviços e oferecendo a Teresina e ao Piauí exemplos de dedicação e amor às causas que abraçam.
resses do nosso Estado. Foi Deputado Estadual e Federal com invejável atuação em todos os segmentos políticos e
empresariais. Nome de referência que orgulha o Piauí. Com ele, podemos destacar outro nome importante no empreendedorismo estadual. Lourival Parente é dinâmico, criterioso e determinado, responsável por algumas das mais importantes obras da engenharia piauiense. Fechando esta modesta resenha, destaco o nome por todos os títulos respeitados, de Inácio Soares da Silva. Formou-se em Direito, depois de atuar, ainda criança, como comerciário em Teresina. Advogado, ingressou no Banco do Estado do Piauí, que ajudou a fundar. Tornou-se Diretor do Banco, cuja atividade exerceu por mais de 20 anos. Vereador de Teresina, presidiu o Legislativo até 1959. Foi ainda Deputado Estadual por duas legislaturas. O fascínio das relações entre comércio, política e sociedade tem alcançado personalidades singulares, todos eles atuando com destaque nos principais segmentos da economia, gerando empregos fomentando a indústria, os serviços e oferecendo a Teresina e ao Piauí exemplos de dedicação e amor às causas que abraçam. Estes nomes constituem marcas indeléveis de empresários e políticos que ao longo da vida se dedicaram a construir a memória do comércio e a dignidade da atividade política em nossa capital.
Texto e fotos: Ana Cláudia Coelho
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uando desembarcou no Brasil trazendo na mala 200 pares de óculos, o então integrante de uma banda de Rock pouco conhecida, Kaito Maia, sequer imaginava que iria se transformar num dos maiores empreendedores do país com uma rede com mais de 617 pontos de vendas e crescendo numa velocidade incrível. Em visita às lojas da sua marca Chilli Beans, em Teresina, o ex-roqueiro deu dicas de empreendorismo, moda e inovação para uma plateia eufórica. A palestra-show aconteceu no dia 23 de junho, no auditório da Fiepi, em Teresina. O jovem empresário falou um pouco da sua trajetória e de como conseguiu derrotar gigantes do setor e se transformar na maior empresa de óculos escuros da América Latina. Irreverente, orientou os empreendedores sobre “Como conhecer seu público alvo e estar atento às suas vontades e necessidades”, “Como desenvolver estratégias de relacionamento com clientes e fornecedores” e apresentou vídeos de campanhas de sucesso da marca, o impacto na mídia espontânea e falou ainda sobre como definir investimentos em ações e campanhas de marketing que agregam valor à marca e ajudam a vender cada vez mais. Maia adiantou a nova campanha da Chilli Bens e revelou a nova coleção de óculos inspirada na cantora Rita Lee. Apesar do visível crescimento e expansão da marca, ao longo dos seus 15 anos, o sonho de Kaito Maia não para por aí. Quer ser
O jovem empresário Kaito Maia falou sobre estratégias para expandir a franquia.
a maior empresa global do setor. Almeja, em pouco tempo abrir 70 lojas em 25 países e em apenas quatro anos, chegar a 1.200 lojas. “A Chilli Beans é uma empresa mutante. O mundo está sempre em transformação e nós queremos participar desse processo”, diz o empresário, ao reforçar que o Brasil é sua maior fonte de inspiração. Estrategista, Kaito Maia, revela ter lojas da marca ao lado da segunda maior loja da Apple. A marca também está nos melhores shoppings do Brasil, mas não deixa de montar os famosos quiosques que consagraram a Chilli Beans. Atualmente, a marca tem licenciamento para produzir óculos, relógios, celulares, computadores, chinelos e até veículos au-
tomotivos. E se depender do empresário, em alguns anos os motoristas vão poder trafegar nas ruas do país em carros com a marca da pimenta mutante. Revista Fecomércio
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Eventos
Eventos
Seminário discute desenvolvimento regional
Marcos Mazullo é o novo âncora do Programa Líder Piauí
Autoridades politicas e econômicas do Piauí, representantes de instituições financeiras e representante do Ministério da Integração Regional discutiram políticas de desenvolvimento regional.
A segunda edição do programa mostrará histórias de superação, perseverança e sucesso. Texto e fotos: Carlos Pacheco
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Texto e fotos: Ana Cláudia Coelho
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om a presença do governador do Piauí, Wellington Dias, do prefeito de Teresina, Firmino Filho, do presidente do Banco do Mundial, do Banco do Nordeste, do Ministério da Integração Regional e de secretários de Estado do Piauí foi realizado o Seminário “Federalismo, Desenvolvimento e Planejamento Regional”. A abertura do evento aconteceu no dia 30 de junho, no anfiteatro da Assembleia Legislativa. O Seminário é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento em parceria com o Banco do Nordeste e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e tem como objetivo debater as capacidades governistas dos estados no processo de planejamento focando as desigualdades regionais. Também participaram do Seminário diversas autoridades e técnicos da área de Planejamento do Estado do Piauí. O objetivo é possibilitar o avanço em políticas públicas duradouras e com mais aderência às potencialidades do Piauí. O coordenador geral de Planos Regionais e Territoriais da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, João Mendes Neto, ministrou a palestra de abertura “A Nova 44
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Política de Desenvolvimento Regional”, onde destacou entre outros aspectos que “as desigualdades regionais no Brasil andam de mãos dadas com a pobreza”. João Mendes Neto destacou que as assimetrias do sistema institucional se refletem no processo de desenvolvimento e lembrou a necessidade da inclusão de reformas estruturais nas agendas para incentivar o desenvolvimento regional. Segundo ele, a proposta da nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional traz, na sua essência, um conjunto de mecanismos que procura restaurar um ambiente federativo mais equitativo, marcado pela coesão. Também ministraram palestras durante o Seminário, o professor Adjunto do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ, Carlos
Antônio Brandão, que discorreu sobre “Desenvolvimento, Território e Pactuação Multi-Escalar”, o coordenador de Estados Federativos do IPEA, Constantino Cronemberger Mendes, que abordou sobre “Federalismo Fiscal Brasileiro” e o diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Antônio Carlos Galvão, que debateu a “Política Regional, Adensamento da Economia e Inovação”.
segunda edição do programa Líder Piauí estreou com novidades. O programa da TV Antena 10, que antes era apresentado por Ítalo Mota, a partir do dia 12 de julho passou a ser apresentado por Marcos Mazullo, meia hora mais cedo. O coquetel de apresentação do novo apresentador aconteceu no hall de entrada na FIEPI e contou com a presença de diversas personalidades, dentre elas, o ex-ministro João Henrique. O novo âncora dispensa apresentação, dono de um currículo invejável, destacamos a autoria do livro “Líderes em Ação” e coautoria do “Manual das Inteligências Múltiplas”; além da realização de palestras, cursos e treinamentos no Brasil e na Europa. Mazullo diz que não é apresentador, ele estará apresentador, que esse é um novo desafio e buscará incentivar o público para alcançar o sucesso através de suas entrevistas. Marcos acredita que não será uma tarefa fácil encontrar entrevistados. Segundo ele, as pessoas de sucesso temem o reconhecimento, as vezes por timidez, mas, a maioria não gosta de aparecer com medo da violência. O programa vai mostrar entrevistas com piauienses de sucesso nas mais diversas áreas, tendo como objetivo inspirar o público a buscar o próprio sucesso.
O reality da TV Antena 10 promete contribuir para o desenvolvimento de atributos de um verdadeiro líder.
“Nossas entrevistas com pessoas bem sucedidas não é para saciar a vaidade dos entrevistados, nós pretendemos influenciar a sociedade, fazendo nascer em cada um a vontade de vencer”, afirma Mazullo. A produção do programa composta por Andréia Rocha e Renato Ricarte afirma que as entrevistas com expoentes da sociedade serão pautadas nas histórias de vida e nas lições adquiridas. “Quando pensamos na reformulação do programa, não queríamos apenas trocar o apresentador e o horário, buscamos levantar a autoestima do público, dando-lhes exemplos de sucesso com muita perseverança e superação.”, conclui Renato. O reality, idealizado por Mazullo, vai ao ar todos os domingos às 10h30
na TV Antena 10 e promete contribuir para o desenvolvimento de atributos de um verdadeiro líder, como honestidade, capacidade de delegar, comunicação, senso de humor, confiança, compromisso, atitude positiva, criatividade, intuição e capacidade de inspirar. Revista Fecomércio
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Negociações Sistêmicas
Eventos
As várias técnicas de Negociações Sistêmicas
Agostinho Nunes Neto Master Coach, Master em PNL Constelações familiares e organizacionais Instrutor líder do Empretec
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m primeiro lugar preciso definir o que entendo por Negociação Sistêmica: qualquer espécie de acordo que fazemos conosco ou com os outros levando em consideração as necessidades de cada um, simples assim, complexo assim. Todos temos padrões de negociações, quer seja conosco ou com os outros e estas formas de nos relacionarmos estão infinitamente interligadas.Uma negociação sistêmica seria encontrar a melhor negociação, aquela que seria a melhor possível em cada situação para todas as partes, porque todos estamos conectados. Precisamos identificar nossos padrões de negociação. Sou daqueles que quer sempre levar vantagem em tudo? Sou capaz de identificar e respeitar minhas necessidades e as dos outros? Consigo saber os dias em que estou mais pleno e os que estou mais frágil? Ao identificar como você está a cada momento vai lhe ajudar a aumentar exponencialmente sua capacidade de negociar com você e com os outros. Ajuda a ver se você está no melhor ambiente para esta negociação, ver se seus comportamentos estão ajudando para o melhor resultado para todas as partes, a ver quais capacidades suas são mais necessárias naquele momento, saber se seus valores estão sendo preservados, como você se identifica com esse momento, se essa negociação se alinha com sua missão de vida, se será ecológica visando o bem estar de todos e do planeta e se num plano espiritual se 46
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liga com algo maior que você acredite. Para praticar dispomos de várias técnicas que podem nos ajudar muito: PNL, Coaching, Constelações e Comportamentos Empreendedores.
Precisamos nos conhecer plenamente para termos uma boa negociação conosco e com os outros. Precisamos identificar nossos padrões de negociação. Sou daqueles que quer sempre levar vantagem em tudo? Sou capaz de identificar e respeitar minhas necessidades e as dos outros? Consigo saber os dias em que estou mais pleno e os que estou mais frágil? Através da PNL podemos identificar quais os padrões que adotamos ao praticar cada atividade, que caminhos percorre em nosso cérebro cada informação. A grande sacada da PNL foi descobrir que cada um de nós tem padrões diferentes de perceber a realidade objetiva. Através do Coaching podemos identificar com clareza quais os nossos objetivos,
os obstáculos que temos pelo caminho, principalmente dentro de nós mesmos e os recursos que precisamos para alcançar este objetivo. Através das Constelações, que significa posicionamento de corpos, podemos externalizar situações que se passam dentro de nós para identificar o que é melhor para cada uma das partes envolvidas. Ampliar nossa percepção das situações que se passam conosco sejam conflitos internos ou situações externas como no seu relacionamento com o outro no ambiente de trabalho, familiar ou social. Através de Práticas Empreendedoras poderemos lapidar comportamentos que fazem diferença para os empreendedores de sucesso. Por exemplo: essas pessoas têm objetivos de longo prazo bem definidos, aproveitam as oportunidades que estiverem ligadas a esses objetivos e para isso são excelentes estrategistas. Usando dinâmicas de PNL, Coaching, Constelações e Empreendedorismos o treinamento de Negociações Sistêmicas tem como objetivo melhorar as negociações conosco e com os outros, que estejam alinhadas com nossos objetivos de longo prazo, nossos valores, missão de vida e que se reflitam em nossa prosperidade, saúde, paz de espirito e alegria de viver. Se quiser saber mais sobre esse tema, estarei ministrando um curso de Negociações Sistêmicas em Teresina em outubro. Espero por você!
O educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos explica como ter uma vida financeira saudável.
Quanto vale seu sonho? Método DSOP está ajudando milhares de pessoas a conquistarem a independência financeira. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Karla Nery
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m método de educação financeira promete revolucionar o comportamento das pessoas em relação às finanças. A metodologia DSOP orienta o consumidor a agir racionalmente em relação às despesas e incentiva o hábito de guardar e aplicar dinheiro para realizar sonhos pessoais e familiares – projetos de vida pré-estabelecidos a curto, médio e longo prazos, resultando na independência financeira. Uma metodologia simples, sem cálculos matemáticos, sem cortes excessivos, que instiga o consumidor a mudar seus hábitos pessoas e a viver de acordo com seu padrão de vida de forma harmoniosa e feliz. O método de educação financeira
está sendo aplicado nas escolas de Teresina para os alunos do ensino fundamental, na grade curricular de 2015 com intuito de formar jovens empreendedores, como já ocorre em alguns países europeus onde a população tem maior educação financeira. Segundo a educadora financeira, Marielle Baia, é preciso educar as crianças desde cedo para que não entrem nos círculos viciosos das finanças do consumo desenfreado e fiquem endividados no futuro. Algumas instituições educacionais no Brasil oferecem o curso de pós graduação em Educação Financeira. A DSOP é uma das empresas que oferece este tipo de formação. Trata-se de uma organização dedicada à disseminação da educação financeira no Brasil e no mundo que tem como pilares aplicação da metodologia DSOP (Diagnosticar, Sonhar, Orçar e Poupar). No Piauí, uma turma com 50 alunos entre empresários, profissionais liberais, funcionários públicos e até estudantes aprendeu os princípios de educação finan-
ceira DSOP, durante curso realizado nos dias 8 e 9 de julho, no Metropolitan Hotel. O curso foi ministrado pelo educador e terapeuta financeiro, Reinaldo Domingos, escritor e presidente da DSOP Educação Financeira e da Editora DSOP. Ele é autor do best-seller Terapia Financeira, presente na lista de livros mais vendidos de importantes publicações e do outros sucessos de vendas como “Livre-se das Dívidas” e da série “O Menino do Dinheiro”. Na passagem por Teresina, Reinaldo Domingos ministrou ainda uma palestra sobre Educação Financeira no auditório do Sebrae. “As pessoas perderam a capacidade de sonhar e não tem controle do que e como gastam seu dinheiro, por isso por mais que ganhem bem, correm o risco de se endividar. O que venho dizer é que independentemente de seus ganhos, é possível poupar e preparar-se para um futuro financeiro mais confortável e repleto de realizações”, afirma. Revista Fecomércio
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Eventos
Agenda
AGOSTO ABAD 2015 FORTALEZA 35ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor Quando: 03 a 06 de agosto Onde: CEC Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza – CE Mais informações: http://www.abad2015fortaleza.com.br BITS 2015 5ª Feira de Exposição de Produtos e Serviços da Indústria de TI para Empresas Quando: 11 a 13 de agosto Onde: Centro de Eventos FIERGS – Porto Alegre – RS Mais informações: http://www.bitsouthamerica.com.br CHRISTMAS FAIR 20ª Feira Profissional de Artigos para Natal, Brinquedos e Festas Sazonais
09 { de agosto
Quando: 15 a 18 de agosto Onde: Expo Center Norte – São Paulo – SP Mais informações: http://www.grafitefeiras.com.br FESTIVAL GASTRONÔMICO MARIA ISABEL Evento realizado pelo SEBRAE-PI que pretende promover a culinária regional. Quando: 23 a 30 de agosto Onde: Parque Potycabana – TeresinaPI Mais informações: ascom@pi.sebrae.com.br
SETEMBRO INTERMACH 2015 4ª Intersolar South America 2015 Quando: 01 a 03 de setembro Onde: Pavilhão Amarelo, Expo Center Norte – São Paulo – SP
Mais informações: http://www. intersolar.net.br/pt/intersolar.html EXPOANICER 18ª Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos , Automotivos, Serviços e Insumos para a Indústria Cerâmica. Quando: 16 a 18 de setembro Onde: Centro de Eventos FIERGS – Porto Alegre - RS Mais informações: http://www.centrodeeventosfiergs. com.br
Ser pai é plantar raízes, é ensinar segurando a mão com coragem e determinação. Feliz Dia dos Pais!
Datas importantes no Comércio
Fique atento para não deixar passar em branco!
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SETEMBRO
09 – Dia dos Pais
07 – Dia da Independência do Brasil
11 - Dia do Estudante/ Dia da Televisão
09 – Dia do Administrador
13 – Dia do Economista
15 – Dia do Cliente
15 – Dia da Informática
19 – Dia do Comprador
16 – Aniversário de Teresina
20 – Dia do Funcionário Municipal
27 – Dia do Corretor Imóveis
22 – Dia do Contador
28 – Dia dos Bancários
29 – Dia do Anunciante
31 – Dia dos Nutricionistas
30 – Dia da Secretária
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O evento com palestrantes renomados irá acontecer nos dias 18 e 19 de setembro. Por Lana Rios
FEBRAVA 19ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do Ar Quando: 22 a 25 de setembro Onde: Centro de Exposições Imigrantes – São Paulo – SP Mais informações: http://www.febrava.com.br
Dia dos Pais
AGOSTO
FCDL do Piauí lança 22ª edição da Convenção Lojista Fotos: Karla Nery
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Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Piauí (FCDL-PI) lançou no dia 15 de julho, na sede da entidade, a 22ª Convenção Lojista do Piauí. O evento que irá acontecer nos dias 18 e 19 de setembro, no auditório da Uninovafapi, traz palestrantes renomados como o ex-piloto Emerson Fittipaldi; o CEO da Riachuelo, Flávio Rocha; o consultor de empresas, Clóvis de Barros e o publicitário, Hugo Rodrigues. Para esta edição do evento, a entidade trouxe uma série de novidades, entre elas um site destinado apenas para a convenção lojista, onde o participante não precisa mais ir até a sede da FCDL para se inscrever. A expectativa do presidente da FCDL, Sávio Normando, é que atinja um público de 1.500 convencionados para o encontro lojista. “O evento pode ser útil, principalmente para enfrentar o momento de crise, devido a nossa economia atual. Esse também é um momento de discutir o cenário local e nacional e buscar superar dificuldades. Qualquer lojista ou empreendedor e, inclusive os estudantes tem muito a se beneficiar”, afirmou. Desde a sua primeira edição, em 1992, até o ano de 2013, já participaram da Convenção Lojista mais de 25 mil pessoas, entre empresários, estudantes e empreendedores, em busca de mais co-
Empresários prestigiam o lançamento da Convenção que irá ocorrer nos dias 18 e 19 de setembro.
nhecimento e oportunidades de negócios. O interesse crescente dos participantes mostra que a Convenção Lojista se consolida, a cada edição, como um dos mais importantes eventos do Piauí que objetiva promover uma maior integração e troca de conhecimentos, visando o fortalecimento e desenvolvimento do movimento lojista piauiense. Esse sucesso é devido principalmente à relevância de temas importantes relacionados ao meio empresarial piauiense, bem como pela participação de grandes personalidades, reconhecidos pela qualidade de suas palestras, o que ajudou a tornar este evento uma referência no cenário no movimento lojista brasileiro. Para o presidente da entidade que recepciona o evento, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Teresina, Evandro Cosme, o evento é muito aguardado durante todo o ano. Ele aposta no nome
de Flávio Rocha como um dos mais prestigiados pelos empreendedores locais. “Ele lança coleções com grandes nomes da moda, a preços populares, conquistando um grande público. Esse tipo de ação é inspiradora para qualquer lojista e empresário. O principal objetivo é trazer pessoas que promovem o pensamento e a inteligência. Os empresários vão ver suas empresas sob a ótica de grandes nomes”, afirma. As inscrições para o evento tiveram início no dia 20 de julho e podem ser feitas na sede da FCDL ou no site www. convencaolojistapiaui.com.br. Revista Fecomércio
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Psicologia Organizacional
Sebrae
Qualidade no Atendimento
Sebrae realizará Festival Gastronômico Maria Isabel Gabriele Mesquita de Carvalho Psicóloga Organizacional, Gestora de RH e Diretora da Soma Consultoria gabriele@somaconsultoriagp.com.br
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Por Antônia Pessoa
uitas histórias sobre o mau atendimento proliferam diariamente entre as pessoas, dentre elas: “Nossa, que péssimo atendimento!”, “Eu nunca mais volto nessa loja”, “Gente, cadê o vendedor que estava me atendendo, ou cadê os atendentes dessa loja que não me atendem”, “Nossa, esse atendente está com a cara ruim, eu hein...não deu um bom dia”, partindo dos colaboradores comumente é de costume se ouvir: “Senhor, desculpe sou novato aqui e não sei como posso lhe atender”, “No momento, nosso sistema está com problema por isso a demora para lhe atender, aguarde mais 5 minutos”, essas e outras histórias se repetem em nosso cotidiano e comprometem a organização, contribuem para desfazer a imagem positiva da empresa ou dos serviços pela qual atua, principalmente, afastam outros possíveis clientes antes mesmo de tentar o atendimento. Em nossa contemporaneidade, o mercado está cada dia mais dinâmico e competitivo. Com o surgimento de novas empresas e novos serviços as organizações também devem se atentar para as novas formas de atendimento e de prestação de serviço para acompanhar esse processo de mudança, saindo assim da zona de conforto em busca do crescimento, assim como os colaboradores, até por que crescendo 50
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Evento acontecerá de 23 a 30 de agosto em Teresina e valorizará a culinária regional.
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os colaboradores como consequência a organização também cresce e vice versa. É preciso, sem sombra de dúvidas, a atenção imediata para o atendimento, pois ele além de fazer parte do ma-
Porém, para um bom atendimento, de fato não basta somente um sorriso no rosto ou uma bela voz no telefone, mas sim um conjunto de iniciativas estáveis e sistemáticas da empresa como um todo que tem como objetivo tratar o cliente como se fosse uma pessoa especial, envolvendo-se com suas necessidades e expectativas.
rketing da empresa, acaba sendo uma ferramenta barata e eficaz. Porém, para um bom atendimento de fato não basta somente um sorriso no rosto, ou uma bela voz no telefone, mas sim um
conjunto de iniciativas estáveis e sistemáticas da empresa como um todo que tem como objetivo tratar o cliente como se fosse uma pessoa especial, envolvendo-se com suas necessidades e expectativas. Existem inúmeras ferramentas para trabalhar essas questões no que se refere ao atendimento, o mesmo deveria ser obrigação a todo prestador de serviço, porém acaba sendo algo que precisa ser estimulado quando não existe. E uma das formas desse estímulo são os programas de treinamento. Esses treinamentos devem se adequar a cultura organizacional e consequentemente serem trabalhados tanto os dirigentes como os colaboradores a nível de desenvolvimento ou aprimoramento no comportamento. Atualmente, pode ser percebido que muitas empresas melhoraram ou estão em busca de uma melhoria no atendimento, porém muitas delas ainda continuam defasadas e de péssima qualidade quando se trata do quesito atendimento o que tem como consequência grandes danos, alguns deles a queda nas vendas, a diminuição dos serviços ou até mesmo estado de falência. As empresas precisam se atentar enquanto há tempo e enquanto o mercado permite e está propicio a isso, caso contrário muitas delas podem estar destinadas ao fracasso.
Foto: Graça Batista
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e 23 a 30 de agosto, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí realizará o Festival Gastronômico Maria Isabel, em Teresina, contando com a participação de 30 meios de alimentação, estudantes de cursos de Gastronomia de instituições de ensino da capital piauiense e chefs de renome nacional. A chef Ana Luiza Trajano, do Restaurante Brasil a Gosto, destaque no cenário gastronômico de São Paulo, é a curadora do evento. Ana Luiza comanda a equipe técnica formada pelos chefs Flávia Quaresma, nome obrigatório quando se fala em gastronomia no país; Mônica Rangel, grande representante da cozinha brasileira, que está à frente do Restaurante Gosto com Gosto; Neka Mena Barreto, uma das precursoras da gastronomia inventiva no Brasil; e Fábio Vieira, do Restaurante Micaela, uma das grandes revelações da cozinha nacional. “Esse festival divulgará os sabores e aromas do Piauí por meio de receitas que prometem agradar aos mais exigentes paladares. A interação entre os chefs nacionais e locais com certeza trará grandes resultados. Temos uma culinária bastante rica e diversa e esperamos com esse evento, inserir Teresina e o Piauí na rota de destinos gastronômicos do país”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda. Para elaboração dos pratos, os chefs e cozinheiros locais participarão de oficinas
Os chefs Flávia Quaresma, Ana Luiza Trajano, Mônica Rangel, Fábio Vieira e Neka Mena Barreto fazem parte da equipe técnica do festival.
gastronômicas ministradas pela equipe técnica comandada pela chef Ana Luiza Trajano. Os ingredientes foram criteriosamente selecionados durante visita técnica que esses profissionais fizeram ao Piauí no início de julho. “Esse evento, com certeza, será um marco para a culinária local. Iremos incentivar o uso de sabores e temperos da terra, o que dará às receitas caráter único e especial. Fizemos um estudo dos ingredientes a serem utilizados e o resultado promete surpreender”, afirma Ana Luiza Trajano. Entre os ingredientes estudados, destacam-se: castanha, mel, carne de sol, carneiro, rapadura, capote, frutos do mar, bacuri, pequi, caju, e outras delícias típicas do Piauí. Na noite de abertura oficial do evento, que ocorrerá no dia 23 de agosto no Parque Potycabana, será realizada a ação Chefs na Rua, que consiste na comercialização de porções dos pratos a preços acessíveis. Uma grande arena será montada, com es-
tandes dos estabelecimentos participantes. Os tíquetes serão vendidos na entrada da arena, podendo ser utilizados para a compra de porções em qualquer um dos meios de alimentação. Na arena, haverá ainda um concurso gastronômico, com a participação de estudantes da Facid/Devry, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, IFPI; e Fundação Padre Antônio Dante Civiero, Funaci. Serão cinco estudantes previamente selecionados, dentre todos os inscritos, que apresentarão suas criações para o público. Os três melhores pratos serão premiados nesse concurso. O Festival Gastronômico Maria Isabel conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Teresina, Governo do Estado do Piauí, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, Senac; e Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Abrasel, Seccional Piauí. Revista Fecomércio
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Bem-estar
Segundo a fisioterapeuta e especialista em Dermato Funcional, Laura Soares, o cuidado com a pele é essencial e deve ser constante.
agressivas. Durante a noite, a pele deve estar limpa para receber um creme nutritivo e durante o dia devem ser utilizados hidratantes com fatores de proteção FPS conforme a necessidade da pele.
A importância da Hidratação Facial para a saúde e beleza da pele Saiba quais os cuidados que você deve ter para evitar o envelhecimento precoce. Por: Marciene Cruz Fotos: Karla Nery
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o meio corporativo e em todos os ambientes que circulamos, nós precisamos sempre estar atentos à nossa aparência. Mas, não nos referimos aqui apenas às roupas e cabelo. Peles que estejam sem brilho, com aspecto esbranquiçado, às vezes com uma descamação fina precisam ser hidratadas imediatamente. A frequência vai depen52
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der do grau de ressecamento anormal dos tecidos de cada um. Sobre esse tema, a fisioterapeuta e especialista em Dermato Funcional, Laura Soares, explica que uma boa hidratação mantém o vigor e a beleza da pele, além de manter a integridade da camada de proteção cutânea, evitando problemas como descamação, ressecamento, envelhecimento precoce, irritações e infecções. Ela lembra que todos os tipos de pele em todas as idades precisam de hidratação. “Até os bebês precisam de cuidados com a pele. Agora, é aconselhável utilizarmos hidratantes para cada tipo de pele e específicos para o rosto e o corpo. Outro detalhe importan-
te é que uma boa hidratação tem que ser feita por dentro e por fora. Além do uso de produtos, recomenda-se a ingestão diária de, no mínimo, dois litros de água e uma alimentação balanceada”, ressalta. Entre os cuidados gerais com a pele é importante destacar também, prática de atividade física regular, o uso do protetor solar FPS igual ou maior que 30, sempre manter a pele limpa, tonificada e hidratada, realizar limpeza de pele profunda regularmente, ter como base seu tipo de pele para escolher cosméticos e cosmecêuticos (cosméticos que contêm ingredientes que são bioativos), e evitar exposição excessiva ao Sol e esfoliações muito
para o fato das pessoas não usarem protetor solar por trabalharem em ambientes fechados, uma vez que a exposição às lâmpadas e telas de computador queima a pele e o ar-condicionado resseca. Segundo ela, no mercado, é possível encontrar várias máscaras que não só hidratam, mas fazer o preenchimento da pele. No nosso clima, esses cuidados são fundamentais, tendo em vista que a maioria dos cânceres de pele está relacionada à exposição ao Sol. É importante lembrar que usar apenas filtro solar não basta. É preciso complementar as estratégias de fotoproteção com outros mecanismos, como roupas, chapéus e óculos apropriados. Também é importante consultar um dermatologista regularmente para uma avaliação cuidadosa da pele, com a indicação do produto mais adequado. Fique atento! Ainda mais agora que o B-R-O-BRO está chegando.
A hidratação tem como efeito
• Evitar o ressecamento: a pele seca e desidratada é opaca, áspera, sem elasticidade e com tendência à descamação. Aquelas pequenas rugas e linhas finas de expressão também ficam mais evidentes quando a pele está ressecada. O hidratante mantém a sua umidade e acrescenta nutrientes importantes para a revitalização e regeneração do tecido. • Melhorar a luminosidade: uma nutrição adequada devolve viço à pele. • Proteger contra a poluição: os hidratantes que são enriquecidos com substâncias antioxidantes na formulação, tais como as vitaminas C, E e coffeberry podem ajudar a neutralizar os radicais livres e diminuir os danos oxidativos causados pela poluição. • Previnir manchas: uma das principais causas das manchas na pele é a exposição excessiva e inadequada à radiação solar. Os hidratantes que contém FPS e ativos clareadores na sua composição podem ajudar não só a prevenir manchas, como a clareá-las. Além do mais, o hidratante protege e mantém as propriedades da pele, dando a ela mais força para se reparar. • Evitar o envelhecimento precoce: o processo de envelhecimento está ligado a perda gradativa da hidratação natural da pele. Com o hábito de hidratar a pele regularmente, nutrimos as células e podemos retardar ou pelo menos minimizar esse processo. • Controlar o brilho e a oleosidade: existem no mercado, hidratantes com ativos que possuem o chamado efeito matte ou matificante. As formulações específicas para a pele oleosa também controlam a produção de sebo por causa dos seus princípios ativos, tais como o ácido azeláico e glicólico. Fonte: http://belezaesaude.com/hidratacao-facial/
Arquivo Internet
Existem várias formas de hidratação da pele que podem ser feitas no salão e em casa.
Sobre o uso de hidratantes, Laura destaca ainda que antes de experimentar diferentes hidratantes faciais, é importante determinar qual é o seu tipo de pele que em geral estão definidas em pele seca, normal, mista ou oleosa. “Para quem tem a pele seca é necessário recorrer a uma hidratação intensiva e deve-se usar produtos à base de óleo de amêndoas, aloe vera, ureia, entre outros. A pele normal ou sensível necessita de cuidados especiais. A hidratação é essencial para suavizar e acalmar a pele e reforçar as suas defesas naturais, diminuindo as eventuais sensações de irritações. Já as oleosas necessitam de hidratantes em forma de gel, que atendem a função de proteger, controlar a oleosidade e minimizar o aparecimento de cravos e espinhas. Os hidratantes ideais para pele oleosa devem ser matificantes e livres de óleo.”, conclui a esteticista. A especialista chama atenção ainda
Cultura Empresarial Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitters e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios. Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas!
Livros
Filmes Marielle Baía Psicóloga, Consultora Empresarial, Terapeuta e Educadora Financeira marielle.baia@dsop.com.br
Internet
Dica de Leitura: Terapia Financeira Autor: Reinaldo Domingos Comentário: Como realizar seus sonhos, se o que você recebe não é suficiente para pagar todas as contas do mês, cobrir a dívida do cheque especial e a do cartão de crédito? Este livro irá ajudá-lo a livrar-se desse círculo vicioso das finanças e, assim, você estará pronto para conquistar seus sonhos e objetivos. O consultor e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos desenvolveu uma metodologia simples e objetiva, baseada em sua história de vida, capaz de modificar o seu comportamento com relação ao dinheiro. Primeiramente, ele é orientado a identificar sua situação financeira atual, descobrindo quando, com o que e por que gasta. O passo seguinte tratará de despertar seus sonhos, pois na Metodologia DSOP eles servem de combustível ao desenvolvimento. Na sequência, trabalha-se com a tarefa de orçar. Finalmente, o trabalho recairá sobre o ato de poupar, de acordo com a própria faixa de rendimento, para viabilizar sonhos de curto, médio e longo prazos. Você verá que, independentemente de seus ganhos, é possível poupar e preparar-se para um futuro financeiro mais confortável e repleto de realizações 54
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Dica de filme: Delírios de consumo Comentário: Baseado no livro de Sophie – Os Delírios de Consumo de Becky Bloom e Delírios de Consumo na 5ª Avenida e em forma de comédia, este filme alerta sobre os cuidados que devemos ter dentro de uma sociedade tão consumista e com tantas influências de consumo (textos publicitários, propagandas televisivas, internet, etc). A história se passa com uma jovem jornalista, Rebecca Bloomwood (Isla Fisher), compulsiva por compras. Os sete cartões de crédito são insuficientes para que ela compre as roupas que deseja adquirir. Ela vive uma fantasia colorida que não condiz com sua realidade. Rebecca é demitida e sabe onde consegue emprego? Numa revista de finanças, trabalhando ao lado do editor Luke Brandon (Hugh Dancy). Esse filme também mostra os muitos lados negativos do consumo desenfreado, que vai de encontro diretamente com a crise financeira que o planeta enfrenta no momento.
Vale a pena curtir: XP INVESTIMENTOS Comentário: XP é uma das maiores empresas independentes de investimento no país. Fanpage com mais de 226 mil curtidas, na qual você ficará por dentro das informações sobre economia, mercado financeiro e atualidades. Orientações sobre tipos de investimentos, vídeos, matérias atualizadas nos meios de comunicação e indicadores da economia importantes para sua tomada de decisão em relação a seus investimentos. Este é para você que quer planejar o seu futuro com mais segurança.
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