Entrevista: Max Gehringer, Administrador e apresentador da Série Chefe Secreto do Fantástico
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Ano 03 - Nº 16 - Novembro / Dezembro de 2015
Mala Direta Básica 9912366007/2015-DR/PI SESC/PI
A arte e o desafio de administrar empresas ESPECIAL
Saiba como se comportar em eventos de negócios
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Opinião do leitor
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SENA
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FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ BRAÇO SINDICAL DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC
PRESIDENTE: Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante 1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante 2º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 3º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante Raimundo Rebouças Marques José Antônio de Araújo João dos Santos Andrade Pedro de Oliveira Barbosa Conegundes Gonçalves de Oliveira José Rivaldo de Sousa José Arimatea Melo Rodrigues Gerardo Ponte Cavalcante Neto Teodoro Ferreira Sobral 1º SECRETÁRIO: Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO: Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO: Maria do Socorro de Morais Correia
Caro leitor, Sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação. “Porque nós crescemos mais quando crescemos juntos.”
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A Revista Fecomércio nº 15 nos brindou com excelentes artigos e matérias sobre a importância da marca, compliance, tecnologia, coaching, além de dicas sobre livros, filmes e sites voltados para a realidade das empresas. A gestão de pessoas foi matéria de destaque e demonstrou a importância de um RH estratégico nas organizações. E não posso deixar de agradecer a oportunidade de contar a história do Hospital Francisco Vilar. Parabéns ao Dr. Valdeci pela iniciativa e a jornalista Karla Nery e toda equipe pela qualidade do conteúdo apresentado. Dra. Raquel Vilar – Diretora do Hospital de Olhos Francisco Vilar Excelente matéria da Revista Fecomércio, publicada através da jornalista Karla Nery a quem parabenizo pelo belíssimo trabalho! A importância do RH e como ocorrem os processos de todos os subsistemas é de fundamental importância para a lucratividade e bons resultados de uma organização. Muito feliz em fazer parte dessa história em Teresina, no nosso Piauí. Parabéns a todos os profissionais de gestão de pessoas que buscam melhoria constante em seus processos. Gabriele Mesquita, Consultora de RH e psicóloga
1º TESOUREIRO: Antônio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO: Margareth Silva Lopes 3º TESOUREIRO: Francilino Lima Costa DIRETOR ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha
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Participei da matéria de capa sobre RH nas empresas e recebi tanto retorno de pessoas que viram a revista dizendo que adoraram a matéria que só poderia parabenizar pelo trabalho de vocês que é fruto de muita dedicação e competência. Sem dúvida, contribuiu muito para a valorização do RH das nossas empresas. Ana Cristina Barros, Presidente ABRH-PI
DIRETOR ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante júnior
No novo a no, queremos compartil h suas conq ar uist e realizaç as ões!
Karla Nery e o administrador e apresentador da Série Chefe Secreto do Fantástico, Max Gehringer. Foto: Arquivo Pessoal Agradecimentos: CRA-PI, Metropolitan Hotel
DIRETOR ASSUNTOS DE CONSUMO Erivelton Moura DIRETOR ASSUNTOS COMÉRCIO EXTERIOR Delano Leno da Silva Miranda de Sousa DIRETOR ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro C. Mapurunga DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques CONSELHO FISCAL EFETIVOS Janes Cavalcante Castro Francisco Pereira Dutra Roberto M. Campos Drumont SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL Gescimar Miranda de Sousa Lauro Antônio Cronemberg Paulo Hernandez Couto Normando SUPLENTES DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro José Carvalho Neto Maria dos Aflitos S. R. Cardoso Pablo Henrique Couto Normando Jorge Batista da Silva Filho Raimunda Nonata da Silva Santos. DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Grigório Cardoso dos Santos SUPLENTES Jairo Oliveira Cavalcante e Denis Oliveira Cavalcante NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1.111, Ed. Agostinho Pinto, 4º andar, Centro. CEP: 64.000-360 – Teresina - PI Fone: (0 XX 86) 3222-5634 CNPJ Nº 07.243.215/0001-82
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Revista Fecomércio
Novembro/Dezembro 2015
Editora - chefe Karla Nery - DRT 1339 PI Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Robert Pedrosa, Carlos Pacheco, Gleyca Lima, Marciene Cruz e Giovanna Veloso
Projeto Editorial Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Antônio Chaves, 1896-1, Bairro dos Noivos. CEP: 64.045-340 - Teresina-PI Marketing Karla Nery e Francisco Cunha
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro
Diagramação e direção de arte Zabumba Propaganda
Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Dalton Glédson (Sesc), Mariane Aquino, Kálita Torres e Eduardo Portela (Senac), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (Sebrae), Cristina Alves (Fecomércio), Lana Rios (CDL), Samia Brito (CRA-PI) e Cyntia Freitas (CJFlash)
Impressão Halley S.A. Gráfica e Editora
Revisão Glécia Lima Fotos Carlos Pacheco
Torne a sua marca mais forte anunciando na Revista Fecomércio e associando a grandes instituições!
Entrevista: Max Max Gehringer, Gehringer, Administrador Administrador ee apresentador apresentador da da Série Série Chefe Chefe Secreto Secreto do do Fantástico Entrevista: Fantástico
Ano 03 - Nº 16 - Novembro / Dezembro de 2015 Ano 03 - Nº 16 - Novembro / Dezembro de 2015
Mala Direta Mala Direta Básica Básica
9912366007/2015-DR/PI 9912366007/2015-DR/PI SESC/PI
SESC/PI
Tiragem 2000 exemplares Contatos (86) 3303 9831 / 99804 8998 / 99458 4554 / 99946 9172 Email: revistafecomerciopi@gmail.com capa_fec_16.indd 1 capa_fec_16.indd 1
A arte e o desafio de administrar empresas ESPECIAL ESPECIAL
Distribuição gratuita para as grandes e médias empresas e principais instituições do Piauí!
Saiba como como se se comportar comportar em em eventos eventos de de negócios negócios Saiba 15/11/15 23:58 15/11/15 23:58
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Palavra do Presidente
ÍNDICE Ano 03 - Nº 16 Novembro/Dezembro de 2015
Os dilemas de quem produz
Capa
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Destaques
Valdeci Cavalcante
Administrar é ter jogo de cintura para negociar
Entrevista
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Geral
Outras Seções
Pesquisas Fecomércio
Max Gehringer Administrador e apresentador da Série Chefe Secreto do Fantástico
Especial
14 Dificuldade de crédito gera menor taxa de
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16
18
Valdeci Cavalcante
endividamento
Comércio exterior é oportunidade e não crise
Palavra do Presidente
Educação Profissional Francisco Dias
Amazônia Legal
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Belém sedia XXII Fórum Amazônia Legal
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Direito e Empresas Francisco Soares Campelo Filho
Sindicatos
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21 Sicomércio reúne dirigentes sindicais do
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Sesc
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34 Piracuruca ganha unidade do Sesc Senac Reuniões informais podem ajudar negociações
38 Administração sustentável como estratégia para o sucesso
Sebrae
Bem-estar
43 Cursos in company para colaboradores de
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micro e pequenas empresas
Educação Financeira Reinaldo Domingos
Comércio no Rio de Janeiro
Marketing Samuel Monte
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Comunicação Jefferson Xavier – JEX
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Gestão de Riscos Gildásio Gomes Caitano
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Agenda
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Coaching
Eventos
47 CORE-PI comemora o Dia Panamericano do Representante Comercial
CRA-PI Pausa para o café faz bem à saúde
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Revista Fecomércio
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51 Comemorações do Jubileu de Ouro
Cacilda Silva
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Cultura Empresarial Marielle Baía
Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com
C
om a economia desestruturada, a redução do consumo e a desconfiança do comércio na eficácia das medidas adotadas pelo Governo, os setores produtivos do país ingressaram numa fase de expectativas e perplexidades. A exposição pública dos fatos que estarrecem a sociedade, não apenas pelo volume de recursos envolvidos, mas também pelos gestores, servidores, políticos e empresários, que se beneficiaram da corrupção, tudo isto deixa o país em situação de descrédito junto à comunidade internacional e na própria sociedade brasileira, ainda confusa diante da bateria de notícias sobre os escândalos. Nos últimos meses, o noticiário político brasileiro só falou em corrupção, processos jurídicos, delação premiada, cadeia, bilhões de reais desviados, colocando o Brasil no ranking de maus pagadores e de país exposto às práticas corrosivas no sistema econômico e financeiro. Nesse cenário, salvam-se alguns setores, entre os quais o comércio de bens e serviços. Empresários de todas as áreas esforçam-se para evitar o desemprego, reduzindo preços, realizando ginásticas inimagináveis para manter a economia funcionando. Todo esse esforço esbarra na desorganização da economia e nos atos lesivos à estabilidade
empresarial. Impostos, taxas, contribuições invadem a planilha de custos de quem produz, enquanto o Gover-
Empresários de todas as áreas esforçam-se para evitar o desemprego, reduzindo preços, realizando ginásticas inimagináveis para manter a economia funcionando. Todo esse esforço esbarra na desorganização da economia e nos atos lesivos à estabilidade empresarial. Impostos, taxas, contribuições invadem a planilha de custos de quem produz, enquanto o Governo dá “pedaladas fiscais”, inventando mecanismos e fórmulas de driblar a fiscalização e não contém o avanço progressivo dos custos de governar. no dá “pedaladas fiscais”, inventando mecanismos e fórmulas de driblar a fiscalização e não contém o avanço
progressivo dos custos de governar. Nos últimos anos, toda a legislação criada pelo Governo para o setor produtivo não ofereceu qualquer vantagem para o investidor. Por mais ousado e criativo que seja o empresário, investindo, acreditando, participando da economia, gerando empregos, dinamizando serviços, nada disso é levado em conta pelo dragão inflacionário do Governo, cujos gastos excessivos não param de crescer. Diante desse cenário, qual o comportamento a ser adotado pelas classes de produtores do Brasil? Imobilizar o crédito, congelar produtos, reduzir preços para atrair o consumo, estabilizar o mercado produtivo, reduzir serviços e negociar a estabilidade do emprego, recompor salários? Na verdade, o melhor programa econômico do Governo é não atrapalhar aqueles que produzem, poupam, investem, empregam, trabalham e consomem. O fato é que o comércio de Teresina é resistente, mesmo experimentado terríveis momentos. Neste Natal, todo o esforço do setor será feito para atender a vasta clientela, que vem sofrendo as mesmas restrições. Basta uma olhadela no centro comercial para sentir a dedicação dos empresários que saberão adotar medidas que não prejudiquem as festas de fim de ano. Feliz Natal! Revista Fecomércio
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Entrevista
Max Gehringer – Administrador e apresentador da Série Chefe Secreto do Fantástico
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Por Karla Nery
ntrevistar o administrador Max Gehringer não foi nada fácil. Primeiro porque ele é uma referência na profissão com um currículo invejável e uma agenda lotada. Depois por causa do assédio, resultado da fama dos vários trabalhos realizados nos meios de comunicação, em especial recentemente na série Chefe Secreto no Fantástico, que trouxe os bastidores do mundo corporativo pela perspectiva dos gestores que se disfarçam para conhecer o dia a dia da empresa. Aproveitamos para ter um rápido bate-papo com Max, durante sua vinda a Teresina para ministrar palestra durante o 11º ENAPI, onde compartilhou com mais de mil administradores, estudantes e autoridades sua história de vida e experiências. Nossas conversas continuaram por e-mail e abordaram temas como os desafios e as vantagens da profissão de Administrador que em 2015 comemora 50 anos e ainda sobre como decidiu largar a carreira de sucesso em multinacionais para ser palestrante e comunicador midiático. Detalhes que nós trazemos especialmente para você, leitor da Revista Fecomércio, nas páginas a seguir. Boa leitura!
“A Administração é a profissão do futuro.” Max, por que você resolveu ser Administrador? Eu comecei a trabalhar muito cedo como office-boy na antiga fábrica da Cica, em Jundiaí, interior de São Paulo, cidade onde eu nasci. Quando fui fazer faculdade, eu já tinha oito anos de carreira e estava trabalhando como montador de produção numa fábrica. Quando eu optei pelo curso de Administração, que era o único que tinha na minha cidade, o pessoal me disse que eu estava fazendo o curso errado, que esse curso era mais para engenheiros e químicos, que não servia. Quando conclui, continuei trabalhando em fábrica, me tornei diretor administrativo da empresa e os engenheiros passaram a ser subordinados a mim. Eu falava para eles que não entendia nada de Engenharia, que eu sou administrador, portanto entendo de gente, e que existem dois tipos de chefe, um que é paredão e outro que é ponte. O administrador é ponte, portanto como ele não vai entender tudo, não se concentra tanto no que as pessoas explicam e acaba observando mais como elas se comportam. Mas, enfim, eu adorei o curso e tive uma carreira muito boa e relativamente fácil porque enquanto a maioria estava preocupada com números e gráficos, eu comecei a me preocupar com as pessoas que trabalhavam na empresa. Ao longo da minha carreira, fui presidente da Pepsi-Cola Engarrafadora, Presidente da Pullman/Santista Alimentos, Diretor da Elma Chips e Diretor da PepsiCo Foods nos Estados Unidos. Eu mudei depois da área industrial para a área de vendas sem nunca ter tido nenhum aborrecimento. Sou muito satisfeito com a minha carreira. Como nós podemos avaliar a nossa
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carreira dentro de uma empresa ou instituição? A carreira de um profissional tem algumas fases. A primeira é quando todo mundo manda em nós e nós não mandamos em ninguém. A segunda é quando a gente começa a mandar em alguém, ou seja, vira chefe. A terceira é quando um subordinado passa a ter um subordinado que é quando a gente passa a mandar duas vezes na vida e a família fica orgulhosa, a mãe começa a falar bem de nós. Como todo mundo sabe, hoje, os jovens estão mudando de emprego com muita facilidade. Por que isso acontece? Porque um faz e o outro acha bonito e dá impressão que isso significa adquirir experiência. Quando as pessoas me dizem “Max, eu trabalhei em cinco empresas em três anos”, eu digo que a única experiência que ela adquiriu foi que isso vai custar muito caro lá na frente porque vai encher o currículo com várias experiências desnecessárias. Outro dia, recebi no meu email a seguinte pergunta: “Com tanta gente mudando de emprego, qual o tempo ideal ou máximo para passar dentro da mesma empresa?” A minha resposta foi: “O tempo ideal é a vida inteira. Porque o que as pessoas procuram num trabalho é uma remuneração decente, isto é salário mais benefícios, um bom ambiente de trabalho e boas oportunidades de carreira. Quando a gente tem os três, não tem nenhum motivo para mudar. Nas entrevistas que realizei eu fui descobrindo que muita gente não tem motivo nenhum, pensa que qualquer lugar é bom para trabalhar. Quem já fez entrevista ou participou de uma, sabe que é uma peça de teatro. São 10 perguntas e 10 respostas, os que conseguem representar melhor acabam sendo contratados. Só que eu acrescento mais umas
perguntas interessantes por conta própria e uma que eu fazia quando queria “eliminar” uns três candidatos é “Se eu lhe contratar e um dia tiver que te demitir, como você prefere que eu faça isso?” Nove entre 10 pessoas falavam assim: “Não se preocupe que o senhor não vai ter que me despedir porque eu prometo dar o máximo de mim em prol da empresa”. Quando começava assim, eu falava: “Pode parar. Pra começar, “em prol” a gente escreve, na fala parece nome de detergente “em prol limpa mais”. Eu me lembro da resposta de uma jovem que eu deduzi que ia ter uma carreira brilhante, e de fato teve, quando ela me respondeu assim “Senhor Max, o senhor pode me demitir do jeito que o senhor quiser porque de qualquer forma eu vou chorar.” Então, nós começamos a focar numa coisa perdida que é a simplicidade. Quanto mais a gente conseguir ser simples em entender o que o outro está falando, mais fácil vai ser a nossa vida e o oposto também é verdade. Então, por que complicar as coisas sem necessidade? Então, nas entrevistas, o certo é dar respostas simples e sinceras? Sim. Eu lembro de outra jovem que ia trabalhar na área de Cobrança que me falou assim: “Seu Max, eu quero trabalhar aqui porque moro do outro lado da rua com minha mãe que é doente. Como somos só nós duas, eu não posso ficar muito longe dela. Então, eu tenho o melhor lugar do mundo para trabalhar.” Na mesma hora, eu falei pra ela que não só estava contratada, mas promovida. E ela me perguntou assustada “Por que o senhor está me contratando?” E eu expliquei “Você falou que precisa cuidar de sua mãe doente. Na verdade, não interessa para a empresa que sua mãe saia, mas que ela fique respirando por muito Revista Fecomércio
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Entrevista
tempo, morando do outro lado da rua. Por que? Porque aí se você receber uma proposta para ganhar 5% a mais do outro lado da cidade você não vai porque tem um motivo para ficar aqui.” Eu aprendi simplicidade também com um vendedor de uma das empresas que eu trabalhei chamada “Elma Chips”. A empresa vendia salgadinhos e era uma das três empresas de distribuição no Brasil que tinha distribuição própria com aproximadamente 2.200 vendedores. Nós tínhamos depósitos pequenos, de seis a sete vendedores e pegávamos o melhor vendedor de cada depósito e promovíamos a gerente. Isso funcionou muito bem até o dia que nós fomos promover um vendedor chamado Valdemar. Fiz todo o discurso e o Valdemar olhou pra mim e falou “Posso pensar? É que eu não quero ser chefe. Quando a gente vira chefe, a gente ganha uns 10 a 20% a mais, mas tem 100% a mais de problemas na nossa cabeça. Também porque de vez em quando a gente reclama que seria bom ter um aumento. Ai, já pensou se eu viro chefe dos meus amigos? Vai ser a primeira coisa que eles vão me falar. E eu prefiro recusar do que ganhar um pouquinho a mais e perder todos os amigos que eu tenho aqui.” A gente saiu indignado porque uma coisa que sempre falávamos é que tinha que contratar pessoas que tinham ambição na vida. Todo mundo ficou falando mal do Valdemar que não aceitou até que alguém finalmente fez a pergunta certa: “O Valdemar era a única pessoa na empresa inteira, de 10 mil empregados, que não queria ser chefe?” Como não tínhamos essa resposta, resolvemos fazer uma pesquisa. Foi ai que aprendi que não adianta fazer pesquisa perguntando diretamente para a pessoa o que ela acha porque a pessoa responde o que ela acha que o chefe quer ouvir, portanto não é uma boa ideia. Então, você precisa perguntar uma coisa para deduzir outra. 10
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Isso é complicado. Até porque nem todo mundo pode ser chefe. Exatamente. Nós descobrimos que a cada dez pessoas que entram no mercado de trabalho, sete nunca serão promovidos. Na verdade, seria uma tragédia se todo mundo fosse promovido, pois ia ter mais chefe do que funcionário. Então, nós precisamos que essas sete
A tendência do século XXI é substituir empregos fixos por consultores ou prestadores de serviço autônomos. Nesse século, pensar grande não é mais pensar em ter um grande emprego, mas sim pensar como não depender de um. E o caminho, sem dúvida, passa pelo empreendedorismo.
pessoas se sintam felizes fazendo a função delas. Na verdade, a gente confunde qualidade de vida. Por exemplo, eu acordo todo dia às 4h da manhã para correr. Isso não é qualidade de vida, isso é tortura. Qualidade de vida é decidir que horas tem que acordar, é decidir o que eu vou fazer quando eu quiser. Tem gente que odeia correr, prefere ler um livro ou fazer alguma coisa que gosta. Agora, eu também posso optar por ter qualidade de vida e não ter todo o dinheiro que eu quero porque a maioria dos empregos exigem que se trabalhe muito, que fique à disposição no final
de semana e por ai vai. Cada um ao seu modo. A minha sugestão é trabalhe feito um condenado até os 40, junte o suficiente e depois decida o que é qualidade de vida. Pela sua experiência, o que você acha que as pessoas vão fazer? A grande profissão do século XXI é ser empreendedor. Eu vou explicar porquê. Primeiro, porque férias, 13º salário, INSS, etc. são fenômenos do Século XX, que não existiam no século XIX. Até 1931, 80% dos brasileiros moravam na roça, plantavam e criavam animais, tiravam seu sustento de lá. Em 1934, o Getúlio Vargas consolidou um monte de leis trabalhistas e todo mundo que morava na roça resolveu ir para a cidade, mesmo sem posse, porque na roça se não chovesse, eles não comiam. Com a lei, você trabalha e ganha, independente de chover ou não, não tem que trabalhar no domingo e uma série de benefícios. O auge do emprego foi a década de 70, mas não tinha emprego para todo mundo. No fim dos anos 80 com a crise do petróleo e nos anos 90 com o que chamamos de proliferação de faculdades, observou-se um grande número de pessoas formadas que não tinham emprego e acabavam abrindo um negócio próprio. Aliás, o futuro desse país, de Teresina e do Piauí é ter muitos empresários, pequenos empresários. O que está acontecendo é que as pessoas colocaram na cabeça que é preciso pensar numa solução que não seja concurso público, que é algo bom, mas que eu posso não passar, e se eu aprendi o suficiente por que eu não posso ter o meu próprio negócio? A tendência do século XXI é substituir empregos fixos por consultores ou prestadores de serviço autônomos. Nesse século, pensar grande não é mais pensar em ter um grande emprego, mas sim pensar como não depender de um. E o caminho, sem dúvida, passa pelo empreendedorismo.
Por que temos um índice tão alto de empresas que fecham? As empresas quebram porque as pessoas abrem pequenos negócios sem ter informações suficientes para tocar, num imenso otimismo achando que no segundo dia já vão ter lucro, quando na maioria das vezes o lucro só começa a chegar com três meses. Além disso, as pessoas não sabem o que é fluxo de caixa, plano de negócio... Só que a principal característica do micro e do pequeno empresário é que ele é teimoso. Se antes ele fabricava colchão de mola, quando quebra ele vai entregar pizza, um ramo completamente diferente. Esse é o empresário brasileiro. Quando ele está no segundo negócio, a possibilidade dele quebrar cai de 50% para 30% porque ele já aprendeu da primeira vez. Se ele quebra a segunda vez e abrir a terceira empresa, a possibilidade de quebrar é de 10%, ou seja ele tem 90% de chance de dar certo e isso é mas do que qualquer emprego oferece no Brasil. Ter o próprio negócio significa, entre outras coisas, entender que não precisamos ser bons em tudo. A vida nos ensina que a pessoa pode ser um excelente vendedor, mas dificilmente será um bom administrador. E que tem grandes administradores que não conseguem vender absolutamente nada, que não tem o dom de vender. Todas as grandes empresas que eu conheci até hoje, aqui no Brasil e no exterior, tem à frente duas ou três pessoas que fazem coisas diferentes, um de um jeito criativo, o outro tem mais contatos, o outro sabe administrar e assim eles vão criando empresas. Se a grande maioria das pessoas vai ser empreendedor, como fica a situação dos empregos de carteira assinada e empregos públicos? Essa pergunta é interessante porque faz um alerta para nossos filhos de que o emprego no serviço público vai acabar. Isso é seríssimo. O nosso sistema do INSS é uma pirâmide financeira.
Quando ele começou, as pessoas contribuíam durante 30 anos, se aposentavam e morriam cinco anos depois, ou seja 30 anos de contribuição e cinco de recebimento. Agora, como o pessoal morre muito mais tarde, não tem crédito. Isso significa que mais cedo ou mais tarde vão aumentar a idade porque não tem como sustentar o INSS assim.
As empresas quebram porque as pessoas abrem pequenos negócios sem ter informações suficientes para tocar, num imenso otimismo achando que no segundo dia já vão ter lucro, quando na maioria das vezes o lucro só começa a chegar com três meses. Além disso, as pessoas não sabem o que é fluxo de caixa, plano de negócio...
Lá na Grécia, fizeram várias manifestações porque quem ia se aposentar com 55 anos, agora vão se aposentar com 80. Na prática, vai acabar com a aposentadoria ou ganhar muito menos se quiser se aposentar. Portanto, não vamos esperar nada desses sistemas. Temos que criar nossa própria previdência social, nosso próprio emprego, não esperar que os outros venham resolver nossos problemas, pois ninguém vai fazer isso. Nesse novo cenário, a mulher tem ocu-
pado cada vez mais postos de liderança nas empresas e organizações. Como explicar isso? Toda vez que falo para jovens que estão começando a carreira, eu brinco com os rapazes dizendo que se nesse momento eles estão sentados ao lado de um mulher bonita, simpática, sorria para ela, porque ela vai ser sua chefe. Nas convenções que eu participei, só tem mulher na plateia. Nos cursos de Administração, de uma turma de 48 alunos, metade era homem, metade era mulher, e dos 33 que estavam se formando, 18 eram mulheres. Elas não desistem. Segundo o Sebrae, 70% dos novos negócios são abertos por mulheres. Sem falar que as pesquisas mostram que os homens quebram mais do que as mulheres. O que vai acontecer com as pessoas que tem 50, 60 anos de idade? Vão ser mandadas embora das empresas? Elas simplesmente vão acabar saindo, sendo substituídas por uma geração que aprendeu mais. Agora, um empregado de 60 anos é velho, um instrutor de 60 anos é sábio. Então, existe um futuro brilhante dependendo do que a gente resolve fazer. Observem que estão surgindo muitos consultores, pessoas que com sua experiência ajudam empresas a crescer e se reerguer. No auge da sua carreira, mais ou menos aos 50 anos, você resolveu parar e seguir outro caminho. Eu queria saber o que foi que lhe motivou a tomar essa decisão? Como o administrador sabe qual o momento certo de parar, de sair de uma empresa? Interessante. Eu comecei a planejar o encerramento de minha carreira executiva quando ainda estava na faixa dos 30 anos. Sempre gostei de escrever, e me preparei, escrevendo muito, para mim mesmo. Eu sabia, como todo mundo sabe, que empregos não duram para sempre, e decidi Revista Fecomércio
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Entrevista
me antecipar em vez de ficar esperando que o dia chegasse por decisão de uma empresa. Eu tenho amigos nessa idade que estão desempregados. Pessoas qualificadas que foram diretores, gerentes de empresas e que estão enfrentando o desafio muito grande de se recolocarem no mercado de trabalho. O que você pode dizer a eles? O que eles podem e devem fazer? Um profissional precisa estar sempre preparado para ser demitido. Os que se preparam dificilmente são. Isso inclui atualização, contatos, marketing pessoal. A maioria dos profissionais que perdem o emprego depois dos 45, 50 anos é apanhada de surpresa. Eventualmente, esses profissionais terão que aceitar empregos em empresas menores, o que a maioria reluta em fazer, mas, esse é o melhor caminho para a recolocação. Como foi a decisão de abrir mão de todas as mordomias de alto executivo para se tornar palestrante e comunicador midiático? Não precisa muita coisa para ser palestrante, basta ter uma boa história para contar e saber contar. Uma agente me viu falando num evento empresarial em 1996, quando eu era presidente de uma empresa e me propôs uma parceira: ela cuidaria de todos os aspectos de minha carreira de palestrante e eu só teria que fazer as palestras. Acreditei nela e foi a melhor associação profissional da minha vida. Ela continua a ser minha agente exclusiva até hoje. Meu primeiro livro foi lançado por intermediação dela, em 1998. Através da boa divulgação do livro, consegui uma coluna fixa na Revista Exame, e em seguida na Revista Você S.A. Essa notoriedade na mídia gerou convites para palestras, mas para aceitá-las eu teria que deixar meu emprego fixo. Fiz isso em 1999 e nunca me arrependi. 12
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Mas, no início era interessante que toda vez que tinha um evento que a empresa participava e eu tinha que ir representando, como ninguém sabia quem eu era, eu chegava no evento e me apresentava para uma pessoa da organização e assim que eu abria a boca e começava a falar, a pessoa já me dizia “Nossa, seu Português é muito bom”
Era preciso que existisse um curso que nos desse um impulso inicial, que ensinasse um pouco de cada coisa. Então, o que é o Administrador? O administrador é o profissional que sabe, pelo menos umas 15 coisas diferentes, mas nenhuma com a profundidade de quem estudou só aquilo.
e eu falava “Ainda bem porque só sei falar esse idioma.” As pessoas achavam que com um nome desse eu era gringo e eu ficava explicando que sou brasileiro, caipira, nasci em Jundiaí e moro até hoje no interior. Meu sobrenome Gehringer vem do meu pai e tem um “h” que ninguém sabe onde fica. Meu pai sempre me falava “Max, é impressionante como o brasileiro tem essa mania de ficar explicando o que ninguém perguntou a ele” e é isso que eu estou fazendo agora. Mas, como bom brasileiro, eu acho melhor explicar antes do que depois. Lembrei de uma coisa interessante.
Quando a gente está falando em simplicidade na carreira, qual é a primeira coisa que devemos garantir para ter uma boa imagem no mundo profissional? Nosso nome. Cada um de nós, assim como qualquer bom produto tem um nome. Por que as empresas investem uma fortuna em propaganda? Porque se eu lembro tão bem do nome de uma marca é aquela que eu vou comprar. Quantos livros você já publicou? Acho que uns 20 livros como Comédia Corporativa, Emprego de A a Z, Aprenda a ser chefe, Pergunte ao Max, O Sucesso passo a passo. Também escrevo artigos para várias revistas como Você S.A, Exame, Vip e Época, sou comentarista da Rádio CBN e do Programa Fantástico da Rede Globo, onde recentemente estive apresentando a série Chefe Secreto que teve uma repercussão muito positiva no meio empresarial. Nesses 15 anos, também já realizei palestras para mais de 1000 empresas e instituições de todo o país. Você já esteve em Teresina outras vezes? Essa é minha segunda visita à Teresina. Eu tive aqui em 1999 quando estava começando a fazer palestras, a convite da Associação Comercial. Eu me lembro como se fosse hoje o calor que eu passei aqui. E algo que ficou na minha memória foi como o povo foi receptivo comigo, pois naquela época, eu ainda era um palestrante desconhecido e todo mundo recebeu como se me conhecesse há muito tempo. Estou de volta hoje com o grande objetivo que é participar da festa de celebração dos 50 anos da profissão de Administrador no Brasil. Como vocês sabem, quando fizemos nosso curso só tinham cinco ou seis cursos superiores no Brasil, era muito fácil escolher e agora pela última entrada que eu
dei no site do MEC, vi que tem mais de 170 cursos superiores diferentes que, dos quais 1/3 a gente não sabe o que ensinam. Então, uma pessoa me perguntou por que optei por Administração e eu com a máxima sinceridade respondi: “Porque era a única faculdade que tinha na minha cidade. Ou eu fazia essa ou não fazia nenhuma. Então, resolvi fazer essa.” Evidentemente que as autoridades na primeira fila começaram a “desmaiar” e falar “Vocês trouxeram o cara errado para falar aqui, vai desanimar o pessoal a fazer Administração.” Porém, eu continuei “Mas, se eu pudesse voltar no tempo sabendo o que eu sei hoje, com todos esses cursos pra escolher, eu faria Administração. Esse pra mim é o curso perfeito. Esse curso nasceu para pessoas como eu fui, confusas e talvez inteligentes o suficiente para saber o quão difícil é tomar uma decisão pra vida inteira com 16 ou 17 anos de idade. Era preciso que existisse um curso que nos desse um impulso inicial, que ensinasse um pouco de cada coisa, sem profundidade em nenhuma delas. Então, o que é o Administrador? O administrador é o profissional que sabe, pelo menos umas 15 coisas diferentes, mas nenhuma com a profundidade de quem estudou só aquilo. Nós, administradores, por exemplo, estudamos Direito em nosso curso, mas nós não podemos discutir com um advogado, nós estudamos Estatística, mas não podemos discutir com um engenheiro que sabe mais sobre isso do que nós, nós estudamos Contabilidade, mas não podemos discutir com quem faz Ciências Contábeis, estudamos Psicologia e uma série de matérias que não podemos discutir. Quando a gente percebe que o outro sabe mais do que nós, a gente muda de assunto e quando as pessoas mudam de assunto a gente escapa com uma facilidade enorme da conversa.
Portanto, Administração é o curso mais genérico que existe no mercado de trabalho. Ele surgiu, na verdade, porque nenhum outro curso, todos bons sem dúvida nenhuma, como Medicina, Odontologia e todos os outros, eles não davam noções de como administrar uma carreira, um hospital, uma empresa, seja o que for. Então, era pre-
Administração é o curso mais genérico que existe no mercado de trabalho. Ele surgiu, na verdade, porque nenhum outro curso, todos bons sem dúvida nenhuma, como Medicina, Odontologia e todos os outros, eles não davam noções de como administrar uma carreira, um hospital, uma empresa, seja o que for. Então, era preciso um curso que dissesse o seguinte: não importa o que você estudou.
ciso um curso que dissesse o seguinte: não importa o que você estudou. O curso de Administração é um curso ecumênico. Ele recebe todo mundo, todos sentam-se juntos e vão aprender talvez a coisa mais importante da vida, que quem não estudou Administração não tinha aprendido, que é como lidar com gente. Que dicas você dá para quem resolveu empreender?
Uma delas é fazer o curso de Administração. Na verdade, a única decisão que a pessoa deve tomar é se ela faz o curso antes ou depois porque de qualquer forma ela vai fazer, seja na graduação ou no famoso MBA, pois o A é de Administração. Continuem estudando, fazendo cursos para se aperfeiçoar. Todo funcionário por mais humilde que seja tem uma história maravilhosa pela frente, é só a gente ouvir, é só a gente prestar atenção no que as pessoas tem para nos dizer. É preciso contratar pessoas, acreditar nelas, confiar nelas. Outra coisa interessante dentro da empresa é a cultura interna que funciona da seguinte maneira: os diretores se limitam ao presidente, os gerentes se limitam as diretores, os supervisores se limitam aos gerentes porque se eu continuar assim minhas chances de ser promovido aumenta. Além disso, é o exemplo pessoal que cria a cultura interna de uma empresa. Não ter vergonha de pedir ajuda e nunca fazer para os outros o que você não gostaria que ele lhe fizesse. E assim vamos construir uma empresa onde as pessoas vão querer trabalhar. Pedindo sugestões aos colaboradores, ouvindo-os, implantando as medidas que se mostrarem factíveis, e elogiando publicamente os que merecerem. Nunca desmerecendo uma sugestão, mesmo que ela seja inútil. É o incentivo e o reconhecimento que fazem com que mais funcionários se sintam encorajados a contribuir. Por último, lidar com pessoas não é fácil! Quais são os segredos para lidar e liderar pessoas? Dando o exemplo. Trabalhando mais que os subordinados, sendo equânime nas decisões e nunca deixando um subordinado sem uma boa explicação. E claro, praticando a milenar lição bíblica de não tratar os outros como não gostaria de ser tratado. Revista Fecomércio
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Pesquisas Fecomércio
Dificuldade de crédito gera menor taxa de endividamento
crédito consignado (0,6%), cheque pré (0,4%) e outras dívidas (1,5%). O analista econômico da Fecomércio-PI observou que o percentual de dívidas contraídas pelo cartão de crédito vem caindo um pouco em cada mês por causa dos juros que chegam a taxas insuportáveis. Em julho, a participação do cartão nas dívidas dos consumidores era de 86,2%, em agosto 85,9% e setembro 85,8%.
Pesquisa revela que 54,5% das famílias tem dívidas com o cartão de crédito, carnê de lojas, crédito consignado, cheque pré, cheque especial, entre outros.
Comprometimento de renda
Entre as famílias teresinenses endividadas, 35,8% disseram que tem entre 11% a 50% da renda comprometida com débito, porém 1,7% afirmam ter menos de 10% dos seus ganhos comprometidos e 53,1% relataram ter comprometimento de mais de 50%.
Por Nonato Paz e Karla Nery Crédito imagens: Internet
N
o mês de outubro de 2015, a Pesquisa do Endividamento e Inadimplência do Consumidor de Teresina (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio-PI, revela que 54,5% das famílias da capital afirmaram possuir dívidas com cartão de crédito, carnê de lojas, crédito consignado, cheque pré, cheque especial e outros, enquanto que no mês anterior o percentual foi de 56,8%. Neste sentido, pode-se afirmar que essa taxa não está tão elevada haja vista que o endividamento significa as compras que o consumidor realiza a prazo. Assim sendo, 45,5% são compradores que levam o dinheiro até o caixa. A proporção das famílias que se declararam muito endividadas alcançou 8,7%, enquanto a fatia que considerou pouco endividado foi de 26,2%. O percentual de famílias com contas em atraso caiu para 13,1%. No mês passado, esse índice encontrava-se em 14,9% e em outubro de 2014 o patamar era de 15,9% A Pesquisa é revelada em pontos que vai de 0 a 200, sendo que a partir de 100 pontos significa otimismo e abaixo desta pontuação caracteriza pessimismo. 14
Revista Fecomércio
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Tempo de dívidas em atraso
Em relação ao tempo de pagamento de
ÍNDICES
Outubro/2014
Outubro/2015
Endividados
56,2
54,5
56,8
Contas em Atraso
15,9
13,1
14,9
Inadimplentes
6,0
4,7
5,5
dívidas com atraso, aqueles que têm dívidas até 30 dias representa 19,7%. Entre 30 e 90 dias, são 38%. Acima de 3 meses, 25,2%. O tempo médio de dívidas em atraso é de 63,8 dias.
Inadimplência
O percentual de famílias que declararam na pesquisa não ter condições de pagar as contas ou dívidas em atraso atingiu 4,7% do total de endividados, a menor taxa desde fevereiro de 2014, quando alcançou o mesmo patamar. Os consumidores que faturam até 10 salários mínimos, 18,8% disseram que tem condições de pagar totalmente as suas dívidas em atrasos, enquanto 43% afirmaram que têm condições de quitá-las, parcialmente. Já as famílias com maior poder aquisitivo, cujo faturamento está acima de 10 salários mínimos, 100% relataram que tem con-
dições de honrar, parcialmente as suas dívidas em atraso. O Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Valdeci Cavalcante destaca vários fatores que estão inibindo as famílias de contrair dívidas: primeiro lugar, Teresina não está conseguindo abrir vagas e é o emprego que garante o pagamento das contas no fim do mês. Ele acredita ainda que a crise é de longo prazo. “O IBGE revela resultados negativos nas vendas do varejo desde janeiro, o Ministério do Trabalho e Emprego mostra queda nos empregos com carteira assinada acumulando desde o primeiro mês do ano, a inflação não para de aumentar acima das metas esperadas pelo Banco Central e, sobretudo, o dólar já chegou a ultrapassar os R$4,00. Esse cenário faz com que as pessoas tenham receio de comprar.”
Setembro/2015
Fonte: CNC/ Fecomércio-PI
Tipos de dívidas
Os instrumentos de crédito mais utilizados pelas famílias para contrair dívidas foram os cartões de crédito com 84,6%
e carnês de lojas (citados por 18,2% dos entrevistados), seguido por financiamento de carro (3,2%), financiamento de casa (2,2%), crédito pessoal (1,8%), Revista Fecomércio
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Pesquisas Fecomércio
Arquivo Internet
Comércio exterior é oportunidade e não crise Balança comercial piauiense registrou um saldo positivo de US$ 253,68 milhões no acumulado de janeiro a setembro de 2015. Por Nonato Paz e Karla Nery
S
egundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial piauiense registrou um saldo positivo de US$ 253,68 milhões, no acumulado de janeiro a setembro de 2015. Este saldo é a diferença das vendas de nossos produtos para o exterior no valor de US$ 351,75 milhões menos o resultado das importações, no mesmo período, que atingiram o montante de US$ 98,07milhões. De acordo com o MDIC, 97,82% dos produtos que saem do Piauí para o exterior são considerados Bens Primários, sendo 78,45% destinados a alimentos e bebidas para a indústria e 19,36% para insumos industriais, são os chamados commodities. Como as ofertas destes produtos cresceram muito, a tendência era o mercado internacional baixar os seus preços e, desde o final do ano passado e se estendendo até o começo deste ano, vinha gerando uma preocupação muito grande por parte dos nossos empresários do ramo, alguns chegaram a estocar mercadorias esperando melhores preços que não vieram. Entretanto, houve a compensação que para eles foi muito boa, que foi a valorização do dólar, uma vez que nos últimos seis
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Revista Fecomércio
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meses o aumento da moeda americana subiu mais de 30%, passando de quatro reais. Os empresários do Piauí que também, tradicionalmente, importavam bens intermediários tipo aço, trigo, insumos agrícolas, medicamentos e outros tiveram que botar o pé no freio e com isso fizeram com que as compras do exterior tivessem uma redução de 53,26% no acumulado de janeiro a setembro de 2015, comparadas com as do mesmo período de 2014. Enquanto isso, as exportações cresceram 60,40%, passando de US$ 219.294.646 no acumulado dos nove meses do ano passado para US$ 351.746.287 no corrente ano. O gráfico, elaborado pela Fecomércio-PI, com dados do MDIC mostra que de janeiro a abril de 2015 as importações do Piauí estavam acima
das exportações, porém a partir do mês de maio as vendas para o exterior suplantaram as compras, indo até setembro com desempenho extraordinário. Dessa forma, o Piauí com este volume de exportação no acumulado de janeiro a setembro fica em 20º lugar no ranking dos estados brasileiros. Neste sentido, os estados que venderam menos, neste período, foram Roraima US$ 6.581.891, Acre US$ 13.490.845, Sergipe US$ 65.578.121, Paraíba US$ 104.390.978, Amapá US$ 183.510.542, Distrito Federal US$ 212.326.508 e Rio Grande do Norte US$ 210.691.679. Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Valdeci Cavalcante apenas cinco estados da Federação tiveram variação positiva nas
exportações, neste período. O estado do Acre que cresceu 143,63%, o Piauí com 60,40%, Maranhão com 24,40%, Rio Grande do Norte com 26,88%, e Sergipe com 11,84%. Embora a taxa de cambio esteja favorável às exportações, não houve crescimento nas vendas para o exterior nos outros estados. O principal mercado consumidor internacional de nossos produtos é a China com 59,11%. Segue com a Espanha (7,83%), Estados Unidos (5,37%), Japão (4,40%), França (2,84%), Holanda (2,82%) e Reino Unido (2,63%). Ainda com base nas informações do MDIC, a soja é o principal produto de exportação, representando 78,45% de todas as mercadorias enviadas ao exterior. Em seguida, vem a cera de carnaúba (12,01%), algodão (3,44%), mel de abelha (1,95%) e milho em grãos (1,39%).
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL A soja é o principal produto de exportação, representando 78,45% de todas as mercadorias enviadas ao exterior.
Você paga uma vez só e nós trabalhamos o ano todo por você! Dados: MDIC Elaboração: Fecomércio-PI
Reafirme seu compromisso com o sindicato de sua categoria pagando a contribuição sindical patronal no período de 01 a 31 de janeiro de 2016. Entre os benefícios estão projetos de lei, pesquisas de mercado e, inclusive, a Revista Fecomércio, uma publicação do Sistema Fecomércio Sesc/Senac-PI distribuída gratuitamente para as grandes e médias empresas e principais instituições do Estado!
Para mais detalhes, acesse o site: www.fecomercio-pi.org.br Av. Campos Sales, 1111, Centro/Norte, Teresina-PI (086) 3222-5634 Revista Fecomércio
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Educação Profissional
Amazônia Legal
Francisco Dias Diretor de Educação Profissional do Senac-PI Licenciatura Plena em Pedagogia Especialista em Gestão Escolar fcodias@pi.senac.br
É
muito comum ouvirmos alguém se queixando da falta de profissionais qualificados no mercado do trabalho. A queixa é ainda maior entre gestores e empresários. Mas, em tempos em que o conhecimento flutua na palma da nossa mão, isso nos instiga a indagar: Quais seriam as razões dessa presumida escassez de profissionais qualificados no mercado de trabalho? Examinando a questão, identificamos que o mercado da educação, do ponto de vista da oportunidade, nunca ofertou tantas vagas em educação regular como agora e na educação profissional a realidade não é diferente. Na educação regular, cresce a oferta no ensino médio, na graduação e na pós graduação, com números de inegável magnitude. Na educação profissional, assistimos a uma explosão de cursos técnicos após a crescente e diversificada oferta de vagas de trabalho pelo mercado, que inclui ainda cursos
de, seria a tão debatida falha da escola no cumprimento da sua missão. De fato, o estudante parece mesmo galgar
cional (sic). O que observo como fenômeno real – sem descartar outras possibilidades - é um baixo investimento das organizações no sentido de qualificar os seus profissionais. E negligenciando
Falta talvez às empresas assumirem um pouco mais o compromisso de ter profissionais qualificados e para isso é preciso buscar instituições parceiras como o Senac que qualifica para a excelência. Fica claro, assim, que mais do que reclamar é preciso agir, porque o cliente não estará eternamente esperando. Aqui também a fila anda!
esse investimento a empresa também permite que o próprio trabalhador se acomode e assim chegamos à perda de competitividade no trabalho, gerando sem dúvidas, prejuízo para todos. É preciso, portanto, que se enxergue também a educação profissional corporativa como um investimento de alto retorno e não apenas sendo um custo, assim como ainda é vista por significativa parcela do mundo empresarial. As empresas precisam investir mais na qualificação dos seus profissionais e confiar essa qualificação a instituições que detém competência e confiabilidade no mercado. Diria que
de qualificação e aperfeiçoamento pro-
se constitui em erro grave o que ob-
fissional.
servo acontecer em algumas organizações onde, por conta da crise, se cor-
Se não faltam cursos, se não faltam
tam investimentos em educação, pois
vagas, onde estaria o entrave? Uma das hipóteses que sempre aparece nesse tipo de discussão como explicação plausível para essa realida18
nada, exceto o próprio sistema educa-
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maiores níveis de ensino carregando uma série de deficiências em um jogo de culpa em que ninguém é culpado de
em tempos dessa natureza a postura empresarial precisa ser diametralmente oposta.
O evento reuniu dirigentes do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac para discutir e traçar novos rumos para o comércio. Por Gleyca Lima
A
cidade de Belém-PA recebeu no dia 25 de setembro a XXII edição do Fórum Amazônia Legal. O encontro foi realizado no Radisson Hotel Belém e contou com a presença de presidentes, superintendentes das Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, e diretores regionais do Sesc e do Senac dos 11 estados que compõem a Amazônia Legal. Durante o evento, os gestores e representantes das instituições se encontraram para apresentar e debater propostas que tenham como objetivo traçar novos rumos para economia e o comércio nos estados da Amazônia Legal, incluindo também o Piauí e Mato Grosso do Sul. Além de promover maior aproximação entre as instituições e fortalecer as entidades junto à Confederação Nacional do Comércio (CNC). No encontro, os participantes foram divididos em quatro grupos de discussões, com os presidentes das Federações do Comércio, os superintendentes da Fecomércio, os diretores regionais do Sesc e os diretores regionais do Senac. Alguns dos principais assuntos discutidos foram verba de representação, panorama atual, responsabilidade social e sustentabilidade, saúde ocupacional, projetos educacionais e outros. Ao final, cada grupo apresentou seus resultados e relatórios com propostas e avaliações sobre as pautas.
Renato Klein
Investimento em Educação Corporativa
Thiago Silva
Belém sedia XXII Fórum Amazônia Legal
Segundo o presidente do Sistema Fecomércio PI, Valdeci Cavalcante, o Fórum é importante porque possibilita a união e troca de experiências entre os estados da Amazônia Legal. “A cada edição do Fórum, voltamos para nossos estados com novas formas de gestão e ideias de
como desenvolver o Sistema”, afirmou o presidente. Atualmente, os estados componentes da Amazônia Legal são: Pará, Acre, Tocantins, Piauí, Maranhão, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Revista Fecomércio
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Direito e Empresas
Sindicatos
A empresa como fundamento de sustentação do Estado
E
m um cenário de crise, onde as empresas estão sofrendo de forma demasiada, aumentou o número de pedidos de recuperação judicial, como também o de falências, o que demonstra que a situação é muito grave. Basta observar ainda a quantidade de demissões que estão ocorrendo no país, uma alternativa desesperada das empresas em tentar ainda se manter no mercado. No que tange ao número de recuperações judiciais solicitadas, entre janeiro e setembro de 2015, este é 44,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo a Serasa Experian. Nesse toar, foram 913 pedidos até agora, enquanto 631 empresas haviam escolhido essa alternativa nos nove primeiros meses de 2014. O aumento é o maior desde 2012, quando a variação foi de 55,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em valores totais, porém o número deste ano já é o maior da série histórica medida pelo Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Durante todo o ano de 2013, foram realizados 874 registros, antigo recorde desde que a nova Lei de Falências entrou em vigor em 2005. A recuperação judicial é um instrumento jurídico que permite que as empresas em crise possam apresentar um Plano, onde as dívidas podem ter 20
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os juros diminuídos, bem como que os prazos de pagamento sejam estendidos, inclusive com carência, tudo na
É preciso buscar meios e instrumentos hábeis a evitar a quebra das empresas, mantendo-se os empregos e a geração de renda e riqueza. Por certo que os empresários precisam buscar assessorias competentes para alcançar soluções legais viáveis. Porém, urge que o país aprenda também a zelar pelas atividades empresariais, reconhecendo no empresário um parceiro importante para a sustentação do próprio bem-estar social.
busca de evitar a quebra da empresa, retirando-a da crise. Se ainda não bastasse, as empresas em processo de recuperação judicial têm seus processos
Sicomércio reúne dirigentes sindicais do Comércio no Rio de Janeiro Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI campelo@campelocampelo.com.br
de execução suspensos, o que também já é um grande benefício. Quanto aos pedidos de falência, nos primeiros nove meses do ano foram registrados ainda 1.326 pedidos no país, ainda conforme o Índice da Serasa Experian. Destes pedidos, 691 partiram de micro e pequenas empresas, 310 das médias e 325 das grandes. O aumento é de 5% em relação a igual período de 2014, quando o número chegou a 1.263. É importante destacar que a quebra de uma empresa não interessa a ninguém, muito menos à sociedade, pois com a falência, tem-se uma empresa que encerra suas atividades, com o fim de postos de trabalho, de recolhimento de impostos, de circulação da riqueza, o que prejudica a economia local e do Brasil como um todo. É preciso buscar meios e instrumentos hábeis a evitar a quebra das empresas, mantendo-se os empregos e a geração de renda e riqueza. Por certo que os empresários precisam buscar assessorias competentes para alcançar soluções legais viáveis. Porém, urge que o país aprenda também a zelar pelas atividades empresariais, reconhecendo no empresário um parceiro importante para a sustentação do próprio bem-estar social. Portanto, não se pode esquecer que a crise da empresa representa a crise do próprio Estado!
O evento é considerado uma oportunidade de intercâmbio entre as entidades sindicais do comércio brasileiro. Por Gleyca Lima Fotos: Ascom CNC
A
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) promoveu, entre os dias 28 e 30 de outubro, o Congresso Nacional do Sistema Confederativo de Representação Sindical do Comércio Sicomércio 2015. O encontro aconteceu no Rio de Janeiro e contou com cerca de 1.200 participantes, segundo a organização. Com o objetivo de discutir assuntos relevantes para o setor, como: terceirização, produtividade, modernização das relações de trabalho e custos trabalhistas, o evento reuniu líderes da representação sindical de empresários do comércio de todo Brasil. Do Piauí, uma comitiva com 19 presidentes de sindicatos participaram do evento que teve como tema “Atuação Sindical”, considerado uma grande oportunidade de intercâmbio de ideias e práticas entre as entidades sindicais do comércio brasileiro. A abertura do evento no dia 28 ficou por conta do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello. Em seu discurso, ele abordou assuntos relacionados a sociedade e ao Estado brasileiro e afirmou que a carga tributária é grave para a economia nacional, citando o possível retorno da CPMF.
19 dirigentes sindicais do Piauí participaram do Congresso Nacional do Sicomércio.
Ainda durante o jantar de abertura, o presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, falou que o Sicomércio visa fortalecer as entidades do comércio de bens, serviços e turismo e seus representados, por meio de um fórum com foco diretamente voltado à atuação dos Sindicatos, das Federações e da Confederação, alinhando conhecimento e promovendo debates, para que tenha como resultado uma só voz: a Voz do Comércio.
Para completar o primeiro dia do encontro, foram tratados ainda assuntos como rotatividade e produtividade, modernização das relações de trabalho e simples trabalhista, entre outros assuntos. Os outros dois dias foram marcados por palestras e discussões de temas como desburocratização, substituição tributária, ação sindical com foco nos resultados, atuação dos sindicatos e sustentabilidade das entidades do Sistema. Revista Fecomércio
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Especial
Reuniões informais podem ajudar negociações
percebido ou pedir ao maitre, logo na entrada, que ele traga a conta com a fatura pronta. “Não são todos os meus clientes que proponho esse tipo de reunião. Pelos custos, é preciso avaliar se o negócio compensa esse tipo de investimento”, avalia Jedson. Outro ponto importante é a escolha adequada do ambiente. Deve-se evitar locais barulhentos ou lotados demais, pois podem atrapalhar a conversa e a interação. Para a empresária e coach Cacilda Silva, os encontros fora do ambiente ou do horário de trabalho são importantes para fortalecer os relacionamentos. “Eu costumo sair para almoçar com meus coaches e faço reuniões com eles regularmente para que eles possam trocar experiências, quebrar barreiras, além de ser uma forma de sair da linha subjetiva que vê somente o retorno financeiro do negócio”, avalia.
Almoços ou jantares de negócios são cada vez mais usados por empresários. Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
M
uitos empresários estão optando cada dia mais por trocar as longas reuniões de negócios por almoços ou jantares. Entretanto, mesmo sendo um ambiente mais informal é preciso cuidados para que as conversas não se tornem chatas demais ou saiam totalmente do objetivo do encontro. O ideal é que elas sejam produtivas sem que se tornem muito técnicas, persuasivas ou pessoais. E nada de já ir direto ao ponto num almoço de negócios. Muitas vezes, esses encontros servem para construir relacionamentos e ganhar confiança, não para fechar contratos ou bombardear o cliente com informações. Durante o almoço ou jantar, as conversas podem girar em torno de assuntos sobre negócios ou o mercado, sem entrar em questões específicas. Deixe o momento do café ou da sobremesa para fornecer informações adicionais ou entregar um catálogo, por exemplo. Há quatro anos, o empresário da área da Comunicação visual Jedson Castro aderiu a essa prática. Para ele, o ambiente deixa todos mais relaxados e ainda proporciona a criação de um vínculo maior com cliente. “Muitas vezes, por causa da agenda lotada, o cliente gosta quando escolhemos o almoço ou jantar para conversarmos. E ele ainda não fica tão escravo do tempo e pode relaxar mais o 22
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Cacilda Silva realiza encontros periódicos na sua empresa para se aproximar mais dos seus clientes.
s sem gafes io c ó g e n e d o tr n o c Dicas para um en m sucesso, é
O empresário Jedson Castro acha que clientes ficam mais relaxados nesse tipo de reunião.
que facilita depois o fechamento de contratos”, explica. Na hora de pagar a conta, quem convidou deve se responsabilizar. Para evitar constrangimentos, o anfitrião pode sair da mesa para ir ao toalete e pagar sem ser
cio seja u jantar de negó ta empresarial. Veja u o ço o m al as de et ique Para que seu da outras regr n ai ir ados: gu se so preci pre ser observ m se r inad iám ve de e qu e se o atraso fo do ca ar alguns pontos m o ri ue no horá v Sempre cheg . onado m o local seleci co o rd o vel, comun ique ac de a ve ser escolh id v A roupa de do cl iente. enlo ti es o oe jar incessantem ce o b r, io p para o encontr u o ou as, letes, roer unh reun ião dentro v Mascar ch ic péssimos hábitos para uma te também são si lencioso rio. o ou em modo ad fora do escritó ig sl de do ti ve ser man al esteja esperan v O celu lar de n ião durar. Caso o profission e o restante do enquanto a reu portante, é recomendável qu im . do uma ligação além isado a respeito av informar algo é te an rt o gr upo já esteja p im o texto, sentar alguém, dentro do con a -l cá lo co a v Se for apre a o nome das o, o que ajud do nome e carg mpre memorize se E . ão aç rs nve faci litando a co no encontro. s te n se re pessoas p Revista Fecomércio
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Especial
Vinho ajuda a relaxar no encontro de negócios Uma prática que pode ser bem ou mal vista durante um almoço ou jantar de negócios é o consumo de bebida alcoólica. Em excesso pode prejudicar a conversa e até a forma que o cliente lhe vê, ao mesmo tempo pode ajudar no processo de relaxamento se for tomada na dose certa. Para estes momentos, o vinho é uma boa opção de escolha. De acordo com Jean Lustosa, que ministra cursos de degustação orientada de vinhos, uma taça e no máximo duas são o
ideal em encontro de negócios. Lembrando que normalmente uma garrafa (750ml) serve cinco taças de vinho. Além disso, ele orienta o que deve ser observado na bebida como os aspectos olfativos, visuais e degustativos e como harmonizar com os alimentos corretos. “A ideia é orientar as pessoas dentro desse mundo para que as elas saibam se portar ao escolher um vinho e aprendam a degustar a bebida”, destaca. O professor universitário Pedro Alexandre tem um grupo de amigos que se
reúne frequentemente para degustar vinhos e conversar sobre negócios e também vida pessoal. De acordo com ele, os cursos e leituras sobre o assunto foram essenciais para aprender sobre vinhos e, inclusive, proporcionaram novos negócios. “O que no começo era um hobby hoje se tornou uma paixão. Cada um de nós procurou entender mais de vinhos e, além de nos divertimos juntos, fechamos negócios entre nós mesmos”, afirma o professor.
icas o h n m a s d ui u v g l a m esta heça um bo s, con a em um r r o a i h n c i e d i v beb dos a a apr do undo escolher a d m n e o r rutos sn f p e r e i d A z s o t u e en rod ei x Ma
O professor universitário Pedro Alexandre se reúne com o grupo de amigos para apreciar a bebida e conversar sobre negócios.
Essa tendência, despertou em Jean Lustosa a vontade de ministrar cursos de vinhos para gerentes e empresários.
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Educação Financeira
Os erros mais comuns na gestão financeira dos negócios
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dministrar uma empresa não é fácil. Muitos são os empresários que não conseguem manter seu negócio por mais de dois anos e os motivos são diversos. Em anos de experiência nessa área, entendi a importância de alguns passos e também os maiores erros na gestão financeira de pequenos negócios. Algumas ferramentas são básicas para realizar o diagnóstico da situação financeira do negócio, por meio do levantamento e análise de informações da empresa. Um dos principais problemas observados na gestão financeira dos pequenos negócios está relacionado com a inexistência de informações corretas sobre a sua real situação financeira, gerando dificuldades de planejamento e controle financeiro das suas atividades. Informações essenciais para o diagnóstico da real situação financeira da empresa: Quanto é o saldo real do caixa da empresa e das contas bancárias? Qual é o valor aplicado nos estoques? Quanto a empresa tem a receber dos seus clientes? Quanto é a dívida da empresa com fornecedores, bancos, etc.? 26
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Qual é o valor do investimento em máquinas, equipamentos, instalações etc.? Você acredita que está calculando corretamente o preço de venda de seus produtos?
Um dos principais problemas observados na gestão financeira dos pequenos negócios está relacionado com a inexistência de informações corretas sobre a sua real situação financeira, gerando dificuldades de planejamento e controle financeiro das suas atividades.
Qual o valor de suas receitas operacionais? Você conhece corretamente o custo das mercadorias vendidas?
Reinaldo Domingos Educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP reinaldo.domingos@dsop.com.br
Qual o montante das despesas: operacionais, comerciais, financeiras etc.? Como essas despesas se dividem em fixas e variáveis? Você conhece o ponto de equilíbrio de suas receitas e despesas? Você sabe calcular corretamente a necessidade de capital de giro da empresa? A empresa está gerando lucro? Você sabe quanto os sócios retiram de pró-labore? Você conhece o valor patrimonial da empresa? Se o empreendedor tiver dificuldade para responder as questões acima formuladas, este fato pode significar o primeiro sinal de perda do controle financeiro dos seus negócios. Mas, mesmo que a tenha respondido positivamente, não é necessariamente a certeza do caminho certo. Assim, é mais que chegada a hora de fazer um diagnóstico de sua empresa, buscando cada custo e cada fonte de renda, e a partir disso elaborar um planejamento empresarial que deve ser seguido emergencialmente em 2016. Falarei mais sobre isso nas próximas edições.
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Capa te competitividade e sustentabilidade nesse complexo mundo dos negócios. Outro detalhe importante é que todos os negócios no mundo à medida que crescem vão precisar de um administrador. É por isso, que nós estamos constantemente nos qualificando para melhor servir à sociedade”, afirma Pedro Alencar. Além dos cursos de graduação, existem várias pós-graduações em áreas específicas como Administração Hospitalar, Administração de Recursos Humanos, Administração em Finanças, entre outras. Buscando uma maior qualificação e auxiliar as empresas que não possuem administrador a se organizar administrativa e financeiramente, 48 administradores do Piauí estão sendo capacitados pelo Programa de Capacitação e de Formação de Multiplicadores de Conhecimento em Micro e Pequenas Empresas (MPEs). O curso faz parte do Acordo
Administrar é ter jogo de cintura para negociar A profissão de Administrador comemora 50 anos no Brasil e ainda tem muito a crescer. Por Robert Pedrosa e Karla Nery
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sse ano, a Revista Fecomércio optou por adentrar no mundo dos negócios por meio de reportagens especiais com base nos três pilares de uma empresa. Depois de abordarmos a importância do Planejamento de marketing e de valorizar os Recursos Humanos, chegamos ao carro-chefe de toda organização: a Administração. A profissão de Administração é considerada a mais completa de todas porque exige que o profissional seja um generalista, com um pouco de conhecimento nas mais diver28
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sas áreas, seja no Direito, Filosofia, Sociologia, Matemática ou Ética. Contudo, o que mais se destaca num bom gestor, tanto de organização com ou sem fins lucrativos, é sua capacidade de se comunicar, negociar e enfrentar as mais diferentes situações possíveis, a maioria imprevisível. O presidente do Conselho Regional de Administração no Piauí, Pedro Alencar, afirma que, quando mais capaz for o administrador, mais preparado ele é para negociar. “Certa vez, participando de um evento com a presença do empresário Antônio Ermírio de Moraes, ele disse que o que as empresas precisam é de um negociador, alguém que tenha jogo de cintura, pois administrar é bem mais do contratar e demitir pessoas, receber, pagar e analisar contas. E ele tem razão”, diz Alencar.
Para o presidente do CRA-PI, Pedro Alencar, as empresas precisam de administradores com habilidade de negociação.
de Cooperação Técnica entre a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) e o CFA, e visa formar multiplicadores habilita-
dos para diagnosticar problemas e orientar empresas para encontrar soluções e desenvolver seus negócios.
A profissão do Século XXI
O administrador é o profissional que é preparado para o universo dos negócios. E os cursos de graduação cada vez mais orientam os alunos para esse mundo. Segundo dados do Conselho Federal de Administração (CFA) publicados na Revista Brasileira de Administração, existem mais de 1500 cursos no Brasil e cerca de 390 mil administradores registrados que disputam mais de 180 mil vagas de trabalho. No Piauí, o número de administradores com formação superior registrados no CRA é de aproximadamente 4200. “A atuação do administrador é bastante ampla, sendo necessária em todas as empresas e instituições, e sua gestão faz uma grande diferença de uma pessoa que não tem essa formação. Sem o administrador, as organizações não alcançariam suficien-
O administrador e apresentador da Série Chefe Secreto do Fantástico, Max Gehringer, afirma que a Administração é a profissão do futuro, pois no Século XXI ganham destaque as microempresas e as pessoas precisaram obter noções de Administração, seja na graduação ou numa especialização ou MBA. “Você vai escolher se faz Administração antes ou depois de abrir um negócio, pois diferente da geração que vivia da roça no Século XIX ou da seguinte que estava acomodada com empregos de carteira assinada ou concursos públicos, nesse século teremos uma geração de empreendedores que precisam aprender a administrar seus próprios negócios, que mais do que entender de finanças, precisam aprender a administrar pessoas, pois elas são o diferencial de qualquer empresa”, afirmou Gehringer. No entanto, no ano em que se comemoram 50 anos da Administração no Brasil, paradoxalmente ainda há muitos empresários que não sabem gerir seus próprios negócios e terminam caminhando para o insucesso.
Segundo a pesquisa Demografia das empresas realizada pelo IBGE em 2013, mais da metade das empresas abertas no Brasil fecharam as portas depois de quatro anos de atividade. Esses dados são preocupantes, pois mesmo com todas as informações disponíveis, o problema de gestão ainda é considerado o principal fator para o fechamento de empresas. Por trás do excesso de burocracia e da carga tributária, apontados como os principais fatores na pesquisa, estão administradores e planos de negócios ruins ou pior falta de planejamento, de conhecimento do público alvo e mercado de atuação. A análise é de Jonice Escórcio, coordenadora estadual do programa Sebrae Mais. “O sucesso de uma empresa está diretamente ligado à gestão. O administrador tem que estar sempre buscando capacitação, treinamento. A globalização é implacável. O empresário tem que estar superando a expectativa das pessoas, surpreendendo o cliente o tempo todo”, afirma Escórcio.
Para o administrador Max Gehringer, mas do que aprender a administrar negócios, o empreendedor precisa aprender a administrar pessoas.
O Sebrae, que trabalha diretamente com micro e pequenas empresas, tem um programa voltado especialmente para a evolução delas: o Empretec, um seminário comportamental cuja premissa básica é trabalhar o empreendedorismo. “O objetivo fundamenRevista Fecomércio
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Capa
“O maior problema hoje é a gestão”, diz a consultora do Sebrae, Jonice Escórcio.
tal é fazer com que as pessoas desenvolvam seu comportamento empreendedor. Todos nós temos nossas características empreendedoras, só precisamos aperfeiçoa-las para que nosso negócio cresça de forma sustentável e se torne um case de sucesso como tantos que temos no nosso estado”, ressalta Jonice Escórcio. Sobre a importância de persuadir e seduzir o cliente, a consultora lembra que a forma de gestão é muito mais importante que os recursos financeiros. Ela cita por exemplo, o sucesso das empresas virtuais, que fazem pouco investimento financeiro e apresentam resultados fantásticos, ao mesmo tempo em que empresas com grande capital financeiro entram em crise.
O desafio dos novos empresários Qualquer negócio que seja – e quanto maior for – exige a participação de funcionários capacitados das mais diversas áreas. Infelizmente, no Piauí, a carência da mão de obra é uma realidade que dificulta o crescimento das empresas. A constatação é do presidente da Associação dos Jovens Empresários – secção Piauí (AJE-PI), Samuel Monte.
Empresário há sete anos, Monte diz que isso atrasa a produção e a excelência das empresas. “Há uma carência muito grande. Eu sempre ouço reclamações dos meus colegas empresários nesse sentido e percebo que falta mão de obra especializada em alguns setores”, afirma Monte, que espera uma melhora na situação, já que a oferta de cursos superiores e técnicos tem
Samuel Monte afirma que existem muitas oportunidades para quem está no início de carreira.
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aumentado muito com as ações do governo e de instituições como o Senac e Sebrae. Graduado em Marketing empresarial pelo CEUT, Monte abriu sua empresa, a CJ Flash, em parceria com mais quatro sócios que apostam no relacionamento com o cliente para alcançar o sucesso. “Aprendemos no curso de Administração que administrar é uma arte que exige de nós acima de tudo uma capacidade de boa comunicação, de uma boa rede de network e de estar sempre se aperfeiçoando para conseguir melhores resultados”, conta. Samuel Monte ressalta ainda que o maior desafio dos empresários hoje é lidar com o novo, com ramos diferentes, agregando informação para seu negócio, principalmente num mundo em que as informações circulam muito rapidamente. Ele destaca para quem está em início de carreira que existem muitas oportunidades para administradores no segmento de tecnologia, finanças, marketing digital e varejo. No entanto, mais importante do que o segmento da empresa é o que esse desafio pode agregar para a carreira em termos de experiência, aprendizados e potencial de crescimento.
Um novo modelo de gestão integrada e participativa Embora a Administração tenha pontos iguais em todas as empresas, cada gestor tem sua maneira e filosofia de gerir os processos. Assim, é natural que haja resistências e conflitos quando uma nova maneira de administrar é implantada. No entanto, não é assim que tem acontecido com o Grupo Educacional Estácio CEUT, que passou a ser uma só desde novembro de 2014. Ao adquirir a Faculdade CEUT (Centro de Ensino Unificado de Teresina), a administração da instituição de ensino superior Estácio de Sá, com sede no Rio de Janeiro, decidiu, de imediato, manter todos os colaboradores administrativos, coordenadores e professores. Apenas a equipe de gestores (diretor, gerente acadêmico, gerente administrativo e gerente comercial) vieram da Estácio para participar ativamente do processo de integração. “Desde o início, tivemos a preocupação de fazer as mudanças com a máxima prudência possível. Logo que chegamos, muito mais do que aplicar as mudanças necessárias para implantação do nosso modelo de gestão, se fez necessário conhecer melhor o maior patrimônio de qualquer instituição, seja ela de ensino ou não: as pessoas. Com isso, foram realizados alguns ajustes de funções e reorganização de alguns setores”, conta Bruno Antunes das Chagas, diretor-geral da unidade piauiense da Estácio. Bruno ressalta que, na verdade, o sucesso na integração começou há mais de
Para o diretor da Estácio CEUT, Bruno Chagas, a certeza de que a instituição adquirida é idônea foi fundamental para o bom andamento desta integração.
dois anos, quando a Estácio iniciou a conversa com os antigos mantenedores. Segundo ele, a responsabilidade em fechar um negócio com a certeza de que a instituição adquirida é idônea foi fundamental para o bom andamento desta integração. A principal mudança na gestão da Estácio de Sá, ao adquirir o CEUT, foi a integração da administração com os alunos e professores. Esse conceito é baseado na missão da instituição de ensino: “Educar para Transformar”. O modelo de gestão é intimamente ligado do modelo acadêmico. Com isso, a Estácio passou a implantar uma administração participativa, focada na academia, onde as mudanças vão acontecendo gradativamente e não de forma brusca.
Um exemplo de sucesso na integração entre o CEUT e a Estácio de Sá é a professora Yolete Dourado de Araújo, coordenadora do curso de Administração. Funcionária do CEUT há 18 anos, Yolete não teve dificuldades na adaptação das gestões por entender que a nova direção trouxe novidades com interação entre todos os setores do centro de ensino, uma espécie de gestão compartilhada. “Essa mudança na cultura organizacional da instituição agradou bastante a quem já estava no CEUT como eu, porque aconteceu de forma planejada, estudada e, o mais importante, com a participação de todos os integrantes e colaboradores”, comenta a professora. Revista Fecomércio
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Uma administração voltada para o bem estar financeiro dos colaboradores Imagine que você é jovem, prestes a se formar e em busca do primeiro emprego. Depois de um certo tempo, consegue uma vaga. Daí em diante, ao receber o primeiro salário você descobre que todo ele já está comprometido com suas próprias contas. Sentiu alguma semelhança com você no início da carreira? Você não é o único. Segundo a consultora financeira Marielle Baía, a nossa cultura de gastar sem limites é responsável por casos como esse. O jovem, ao receber seu primeiro salário, está todo comprometido com dívidas. E isso acontece não somente com quem está iniciando a carreira, mas com as pessoas de um modo geral, inclusive com grandes empresários. “Não há em nossa cultura um preparo para a educação financeira. Somos estimulados a gastar, gastar, gastar. Não nos ensinam a poupar. E esse excesso de gastos torna as pessoas endividadas e, por sua vez, com problemas no âmbito familiar, social e profissional. Isso termina prejudicando a produtividade no trabalho”, comenta Baía. A especialista lembra ainda que quem tenta poupar parte do seu dinheiro, fazendo gastos conscientes, é taxado de forma pejorativa como uma pessoa mesquinha, miserável ou “mão de vaca”, como se diz popularmente no Piauí. Isso ocorre porque a cultura do mundo capitalista nos ensina a gastar sem limites, a pagar em quantas parcelas for possível, a usar o limite do cheque especial e do cartão de crédito. Para sensibilizar os funcionários do Metropolitan Hotel, que estavam com problemas financeiros em casa, a gerente Marielle Baía que é também diretora da unidade DSOP no Piauí, foi convidada pela direção do hotel para dar um curso de educação financeira aos empregados. Por meio de conversas com cada um dos funcionários e de cursos, ela conseguiu fazer com que todos, mesmo sem haver 32
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A gerente do Metropolitan Hotel, Marielle Baía, orientando as funcionárias do hotel sobre como cuidar das finanças pessoais.
mudança salarial, mudassem seu comportamento e passassem a poupar. “Na verdade, nós começamos falando dos sonhos, de desejos que as pessoas têm. Depois, falamos do excesso de gastos que possuem no dia a dia. Pesquisas já mostraram que desperdiçamos 30% do que ganhamos, seja no supermercado, no restaurante ou em alguns hábitos desnecessários. O curso ensina a cortar esses excessos por meio da mudança de comportamento, pois gastar muito não é uma questão financeira, mas comportamental. E olha que não estamos falando exclusivamente da classe A ou E, pois há famílias com renda de R$ 50 mil que devem R$ 1 milhão e famílias com renda de R$ 2 mil que possuem equilíbrio financeiro”, explica Marielle. Essa distorção é explicada porque o problema de cada um não está no quanto ganha, mas no como faz uso do seu dinheiro. Um dos obstáculos mais fortes, segundo Baía, é as pessoas terem consciência de qual seu padrão de vida. “Temos que viver de acordo com nossas posses e realidade. Não adianta eu querer ser e agir como um milionário se não sou nem estou fazendo nada para isso. Mas também não adianta eu poupar meu dinheiro sem saber para que e o que vou fazer com ele”, orienta. Segundo os funcionários, um dos melhores benefícios foi o fato dos conhecimentos adquiridos serem estendidos às suas famílias. Para Maria dos Santos, funcionária do Metropolitan há 18 anos, os últimos 10 meses foram os melhores da sua vida. “A minha vida melhorou
muito nos últimos meses. Consegui fazer com que meu esposo e meu filho que era muito gastador fizessem o curso e passassem a gastar menos. Além disso, na minha loja, deixei de comprar à prazo e hoje só compro à vista. Eu fico imaginando se tivesse feito esse curso dois anos atrás, hoje eu estaria muito melhor”, conta. Para a colega de trabalho Tânia Moura, além de reeducar financeiramente, a metodologia ensinada no curso da DSOP possibilitou realizar vários sonhos. “Todos nós temos muitos sonhos, mas não trabalhamos para realizá-los. Não aprendemos a orça-los e a planejar nossos gastos tendo um objetivo maior que pode ser individual ou da família. Mais do que poupar, aprendemos a direcionar esse dinheiro, a nos livrar das dívidas, gastando menos do que ganhamos. Esse foi o
grande diferencial, o que, sem dúvida, tornou nossas vidas muito melhor”, comenta Moura. A gerente avalia que essa mudança de comportamento trouxe resultados positivos para o hotel, pois os funcionários sem dívidas e realizados profissional e pessoalmente trabalham melhor, atendem melhor os hóspedes. Segundo ela, esse também foi um dos motivos para o Metropolitan Hotel ter recebido o Prêmio da melhor empresa para se trabalhar no Piauí pelo Great Place To Work, premiação internacional onde os funcionários avaliam as empresas nas quais trabalham.
Metropolitan Hotel ganhou o Prêmio Great Place To Work como o melhor lugar para se trabalhar no Piauí. Revista Fecomércio
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Sesc
Piracuruca ganha unidade do Sesc
Durante a inauguração do Clube Olímpico Dr. Manoel Cerqueira, Valdeci Cavalcante anuncia novas obras do Sesc em Piracuruca. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Luis Mota
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uma concorrida solenidade, na noite do dia 9 de outubro, o Sesc entregou aos piauienses seu novo empreendimento: o Clube Olímpico Dr. Manoel Cerqueira, em Piracuruca. Dentre as autoridades, o desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, o deputado estadual e secretário do 34
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Trabalho e empreendedorismo, Jessivaldo Isaías, empresários do Piauí e técnicos da Fecomércio Rio de Janeiro, em visita ao nosso estado. O novo Clube do Sesc tem estrutura completa e propicia lazer, esporte e entretenimento. Possui amplo parque aquático com toboágua e piscinas adulto e infantil, playground, salão de festas, salão de jogos, quadras de esportes, campo de futebol com arquibancada e ainda pista de atletismo. São mais de 18 mil metros quadrados de área urbanizada que já conquistaram os piracuruquenses nos finais de semana. O Clube Olímpico conta ainda com moder-
na academia de ginástica, pistas de mini golf, quadras de vôlei e pistas de skate. Durante a solenidade, o presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, anunciou novas obras do Sesc na cidade. Ele foi bastante aplaudido ao defender a construção de uma creche para atender filhos de comerciários de Piracuruca. Ele anunciou ainda a inauguração de novas obras do Sesc e do Senac no Piauí, como o novo Centro de Educação Profissional do Senac no bairro Parque Piauí, em Teresina, a nova unidade do Senac em Barras, o Centro de Atividades do Sesc em Picos e o início das obras do Centro Cultural do Sesc em Teresina.
Estrutura do Clube Olímpico - Área total do clube 18.500 m² • Guarita de segurança • Estacionamento pavimentado • Portão anexo para entrada de caminhões e ônibus em dias de grandes eventos • Área livre de 4.000 m² (reservada para construção de acomodações visando transformar o local em um resort) • Academia climatizada • Sala de avaliação física • Escritório
• Salão de jogos (climatizado) • Bar e restaurante (climatizados) • Cozinha completa com churrasqueira e demais acessórios • Banheiros internos e externos • Minigolf • Playground • Parque aquático completo • Quadra de badmington • Quadra de vôlei de areia • Quadra de futevôlei • Pista de skate
• Campo de futebol society oficial com arquibancada • Quadra de futsal/handball (poliesportiva) com arquibancada • Área coberta – apoio das piscinas • Pista de atletismo (100 metros rasos) • Pista de caminhada/ciclismo (500 metros) • Sistema integrado de vigilância eletrônica • Palco com 150 m² de área • Guarita de segurança suspensa.
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Sesc
Senac
Você sabe qual vinho escolher? Marketing Senac
Sesc realiza 10º Festival de Teatro Infantil
O Senac ajuda a desvendar o mundo dos vinhos com o curso de Sommelier. Por Mariane Aquino
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Festival foi criado para comemorar o mês das crianças e apresenta programação variada de espetáculos produzidos por grupos e companhias piauienses. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Nany da Costa
A
emoção de entrar no teatro pela primeira vez. Foi o que os alunos da educação infantil atendidos pelo Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) Apolônia Carvalho, do bairro São Joaquim, em Teresina, sentiram ao ir assistir ao espetáculo de abertura do 10º Festival Sesc de Teatro Infantil, realizado de 5 a 16 de outubro, nos Teatros do Boi e 4 de Setembro. Os alunos da CEMEI assistiram ao espetáculo “As Aventuras de Jeca Valentão”, do grupo Biboca, que abriu a programação do Festival, no teatro do Boi. As crianças participaram do espetáculo respondendo as perguntas dos fantoches. Elas também cantaram canções infantis e comemoraram quando o caçador conseguiu dominar a cobra que comia os personagens e levou-a ao zoológico da cidade. O Festival foi criado para comemorar o mês das crianças. Toda a programação é voltada ao público infantil. Ao todo, foram realizadas 26 apresentações e 12 espetáculos teatrais produzidos por grupos e companhias piauienses. Na primeira semana, os espetáculos foram apresentados no Teatro do Boi. E na semana seguinte, no Theatro 4 de Setembro, todos com entrada gratuita. 36
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Quarto de Brinquedo Grupo Metamorphose de Teatro.
Umas e outras de João Trancoso Companhia Pé de Moleque.
A Flor do Mamulengo Grupo Fantochito.
Antes do espetáculo, as crianças assistiram à curtas da Mostra Nueva Mirada. Este ano, o Festival trouxe uma novidade: a oficina Criação e manipulação de bonecos de 13 a 16 de outubro, na Casa da Cultura, em Teresina.
os bons restaurantes, os amantes de vinhos já devem ter sido abordados por um profissional bem trajado que apresenta uma carta de vinhos e auxilia na difícil tarefa da escolha de que vinho beber: o sommelier. Este, por sua vez, não tem o seu trabalho restrito apenas a restaurantes, mas pode atuar também em eventos gastronômicos, hotéis, supermercados, lojas especializadas e até em companhias aéreas e marítimas. A profissão vem ganhando destaque e as portas para o mercado de trabalho nesta área têm sido abertas após a regulamentação da profissão pela Lei nº 12.467 de 26 de agosto de 2011. Há quem pense que o consultor de vinhos carrega apenas os inúmeros títulos gravados na mente para apresentar aos clientes, mas na verdade o trabalho vai muito além disso. O sommelier precisa ter um vasto conhecimento sobre o universo desta bebida que, bem harmonizada com uma comida, pode dar aquela característica única para o momento. E, para exercer a função de descomplicar o vinho, o profissional precisa aprofundar-se na evolução histórica, explorando aspectos como safra, características tanto da bebida como da sua matéria prima, aspectos geográficos, socioculturais, entre outros. As técnicas de trabalho do sommelier envolvem ainda a elaboração da carta de vinhos, compra, conferência, armazenamento, controle das adegas e harmonização com a escolha dos pratos. Com tantas atribuições, a qualifica-
O sommelier qualificado pelo Senac ganha certificação nacional e sai apto para trabalhar nos melhores restaurantes, hotéis, lojas especializadas e eventos gastronômicos.
ção torna-se indispensável e, pensando em atender às demandas do mercado de trabalho, o Senac lançou o curso de sommelier. A carga horária é de 200h e, durante a programação, o participante estuda disciplinas que englobam ética, comunicação, expressão, língua francesa e as técnicas específicas de trabalho. Ao todo, 55 títulos de vinhos serão analisados durante o curso. O sommelier qualificado pelo Senac ganha certificação nacional e sai apto para promover a cultura do vinho, levando em consideração todos os seus aspectos. Além disso, o profissional fica gabaritado para realizar análises sensoriais, identificando e descre-
vendo as características, interpretando rótulos de acordo com as diferentes tipicidades.
O que se aprende no curso de Sommelier do Senac? • Aconselhar na escolha do vinho • Realizar análises sensoriais • Elaborar carta de vinhos • Administrar adegas • Armazenar corretamente os diferentes tipos de vinhos, taças e acessórios
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Senac
Administração sustentável como estratégia para o sucesso A adoção de práticas que visam a preservação ambiental garante vantagens competitivas para as organizações. Por Mariane Aquino Fotos: Marketing Senac
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as últimas décadas, as soluções para melhorar a relação entre ser humano e o meio ambiente têm sido bastante discutidas. O “pensar no futuro” já não é mais um assunto que se restringe apenas às salas de aula, mas ganhou notoriedade nos meios de comunicação e, principalmente, no cotidiano das organizações que desejam manter o sucesso a longo prazo. Empresas de diversos segmentos passaram a estudar e a implementar ações que condicionem mudanças de
postura, pensamentos e procedimentos com vistas à sustentabilidade. Os impactos de produtos, serviços e atividades ganham atenção especial e passam a ser controlados para que se atinja um desempenho ambiental correto. Para se obter a sustentabilidade corporativa, é preciso buscar o equilíbrio entre o compromisso econômico, a preservação ambiental e o desenvolvimento da sociedade, assumindo a responsabilidade pelas condições de vida atuais e futuras. A organização que decide adotar práticas sustentáveis entra em uma via de mão dupla, pois ao tempo em que contribui para a sociedade, ela se beneficia.
Vantagens da administração sustentável • Aumento da produtividade • Ambiente de trabalho mais saudável • Contenção de gastos • Reaproveitamento de matérias primas • Impacto positivo nos resultados • Reputação positiva da marca • Melhoria da imagem da empresa
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O Senac sai na frente com o ECOS Para muitas instituições, a adoção de medidas ecoeficientes ainda é vista como um grande desafio no tocante à incorporação de todos os conceitos no cotidiano organizacional. Mas, a missão não é impossível e muitos projetos podem ser aplicados com sucesso, trazendo retornos positivos à organização. Para que as ações sejam adotadas de forma mais assertiva, é preciso que os profissionais se empenhem na busca pelo conhecimento. O Senac, por exemplo, já se projetou para qualificar essa mão de obra e conta, em seu portfólio, com o curso Planejamento da Sustentabilidade Organizacional que vai preparar o participante para obter um modelo de gestão orientado para decisões estratégicas apoiadas na priorização de investimentos para a sustentabilidade. Desde o ano de 2010, o Senac cumpre a sua responsabilidade social, ambiental e econômica através do ECOS – Programa de Sustentabilidade CNC – SESC – SENAC. O programa tem como missão planejar, propor, executar e apoiar ações que induzam à prática intersetorial e colaborativa da sustentabilidade nas atividades desenvolvidas nos âmbitos da CNC, dos Departamentos Nacionais e Regionais do Sesc e do Senac. O Piauí, atualmente, está em processo de implantação do ECOS. A execução deste programa está prevista para abril de 2016. O projeto conta com uma coordenação geral, representada pela assessora técnica Viviane Alves e por coordenadores táticos divididos em subgrupos temáticos de gestão, desenvolvimento, capacitação e comunicação. De acordo com a coordenadora do subgrupo gestor de Desenvolvimento do Programa ECOS no Piauí, Ieda Brito, a sustentabilidade não se resume apenas a políticas e procedimentos. “A sustentabilidade é muito mais complexa do que imaginamos. O seu tripé de sustentação está diretamente relacio-
Capacitação do grupo gestor com a instrutora do Senac de Pernambuco (PE), Cecília Barreto.
O Senac usa lixeiras específicas para a coleta seletiva.
nado à cultura, à atitude, conduta e comportamento das pessoas”, explica. A coordenadora disse ainda que o ECOS se volta especialmente para a sustentabilidade corporativa. “São associados à sustentabilidade corporativa três macro objetivos: a geração do valor econômico, relacionada à obtenção de resultados positivos no presente e no futuro; a responsabilidade ambiental, que diz respeito à conservação e ao uso sustentável dos recursos naturais e à responsa-
Etapas do Programa ECOS • Análise do organograma institucional • Estruturação e capacitação do grupo gestor • Diagnóstico • Planejamento
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Senac
A central de coleta seletiva do Senac fica na Unidade Severino Ramos Brasil.
Rede de tratamento de água do Senac.
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bilidade social que contempla a corresponsabilidade das empresas no desenvolvimento da sociedade”. Mesmo antes da execução efetiva do Programa, várias ações de sustentabilidade vêm sendo desenvolvidas com o intuito de sensibilizar os colaboradores para atuarem com responsabilidade na conservação do meio ambiente, estimulando a reflexão sobre impactos socioambientais relacionados às atividades cotidianas. Nas unidades de Teresina e Picos, o Senac adotou uma rede de tratamento que faz com que a água das pias seja reutilizada em vasos sanitários. Para oferecer maior conforto térmico ao ambiente, a Unidade Severino Ramos Brasil, em Teresina, conta com vidros solar. Já no Centro de Educação Profissional (CEP) Antônio Augusto da Paz, em Campo Maior, a tecnologia está no teto, com uma cobertura que ajuda a reduzir a temperatura interna. Além, disso, as unidades de Bom Jesus, Picos, Campo Maior e Teresina contam com um sistema de ar condicionado inteligente que reduz a emissão de poluentes. A conscientização sobre o uso de elevadores também aconteceu por meio de cartazes e folders explicativos que explicam os benefícios de usar escadas que possuem, em seus acessos, lâmpadas com sensor de presença para reduzir os gastos com energia. Outra prática sustentável é a coleta seletiva de lixo, feita em parceria com empresas de reciclagem. Nos setores administrativos, as equipes organizam a separação dos resíduos que são recolhidos e colocadas de forma organizada em uma central de coleta para depois serem despachados de forma adequada.
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Marketing
Sebrae
Marketing ajuda a valorizar sua marca
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Em tempos de crise e de recessão econômica, como a que vivemos, as empresas têm o costume de cortar ou diminuir os gastos com publicidade, o que provoca certo agravamento do cenário. Isso ocorre porque não são todas as empresas que tem o investimento em publicidade tabulado em sua estrutura de custos, uma vez que uma grande parte dos anunciantes do estado é de micro e pequenas empresas. Dessa forma, com o cenário inflacionado e com menor demanda de consumo, a primeira atitude dessas empresas é cortar os gastos com publicidade, ao contrário do que fazem os grandes investidores, que têm uma estrutura mais complexa e sabem a dificuldade que é para recuperar uma perda nos ganhos. Mas, se um produto e serviço não aparecem, como esperar conRevista Fecomércio
Samuel Monte Publicitário, empresário Presidente da Associação dos Jovens Empresários do Piauí (AJE-PI) samuel@cjflash.com.br
m um momento em que o cenário mercadológico é cada vez mais competitivo, sobressair-se diante de seus concorrentes tornou-se uma questão constante no dia a dia dos gestores até mesmo dos grandes empreendimentos, com nomes conceituados e consolidados no mercado. É neste momento que surge a principal ferramenta para impulsionar e valorizar uma marca: o Marketing.
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Cursos in company para colaboradores de micro e pequenas empresas
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quistar novos negócios e atingir novos clientes? É na crise que surgem as novas possibilidades, portanto ela não deve ser vista como um resultado catastrófico, mas como
Mas, se um produto e serviço não aparecem, como esperar conquistar novos negócios e atingir novos clientes? É na crise que surgem as novas possibilidades, portanto, ela não deve ser vista como um resultado catastrófico, mas como uma porta que se abre para outras ideias, soluções, mídias e argumentos. Como diria Nizan Guanaes: “Enquanto alguns choram, outros vendem lenços”.
uma porta que se abre para outras ideias, soluções, mídias e argumentos. Como diria Nizan Guanaes:
“Enquanto alguns choram, outros vendem lenços”. O ideal é que todas as empresas invistam em mídia com um planejamento adequado a cada situação e objetivo, afinal, aqueles que não são vistos não são lembrados e com isso desaparecem do mercado. Uma das mais antigas e eficazes estratégicas de marketing para manter uma marca sempre em evidência é associá-la a outra marca ou produto com um histórico impoluto, aumentando, cada vez mais, sua plataforma de visualização e interação com o público. No Piauí, há quase 15 anos, o Marcas Inesquecíveis tem incentivado bastante o investimento e fortalecimento de pequenas e grandes empresas através de uma metodologia que é considerada uma das mais eficientes formas de buscar, no inconsciente da população, o poder envolvente das marcas de maior sucesso. O Marcas Inesquecível, além de reconhecer marcas importantes para o nosso estado, contribui, indiretamente, na melhoria da qualidade dos serviços prestados por empresas dos mais diferentes ramos de atuação no mercado, uma vez que incentiva uma concorrência saudável, onde todos se beneficiam.
Treinamentos são específicos para quem demanda os serviços do Sebrae no Piauí. Por: Antônia Pessoa Foto: Divulgação
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o dia a dia das micro e pequenas empresas surgem diversos problemas, que podem ser de ordem técnica, operacional ou gerencial. E são nesses momentos que se faz necessário buscar soluções inovadoras e eficientes para maximizar os resultados. Um dos caminhos é ter uma equipe capacitada e integrada, o que faz toda a diferença nos empreendimentos. O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, oferece uma série de cursos in company, que são capacitações realizadas com exclusividade para determinado empreendimento. Os cursos podem acontecer tanto na sede do Sebrae como na empresa, contando com a participação somente dos colaboradores indicados pela contratante dos serviços da instituição. “Os cursos in company são mais flexíveis, atendendo a demandas específicas, com otimização de tempo e de recursos. Nós fornecemos a metodologia e o profissional que irá ministrar a capacitação. Já a empresa que contrata o Sebrae define que horário e local é mais adequado para a realização do treinamento, bem como outros detalhes”, afirma o diretor técnico do Sebrae no Piauí, Delano Rocha. A Pizzaria Fornatta é uma das empresas que já contratou o Sebrae no Piauí para a realização de cursos in company. A empresária Gladys Santana, proprietária desse meio
A empresária Gladys Santana, da Pizzaria Fornatta, investiu nos treinamentos in company do Sebrae e comemora os resultados.
de alimentação, conta que o treinamento em Higiene e Manipulação de Alimentos foi muito proveitoso e mudou a realidade da pizzaria em vários aspectos. “A higiene no local de trabalho melhorou muito. Meus funcionários passaram a entender a necessidade de simples atitudes para manter a qualidade dos alimentos e do atendimento ao cliente. Hoje, ninguém entra na área de produção sem estar devidamente equipado com luvas, toucas e outros acessórios. Até o acondicionamento dos alimentos é feito de maneira diferente. Recebemos uma fiscalização e fomos bastante elogiados pela organização da pizzaria”, afirma Gladys. O treinamento realizado na Pizzaria Fornatta contou com a participação de todos os colaboradores e foi importante para a integração do corpo funcional. “Toda a equipe se envolveu na busca pelos
resultados. Minhas cobranças diminuíram bastante. Eles mesmos cobram uns aos outros. Estão mais unidos e conscientes de suas responsabilidades”, acrescenta a empresária. A mudança de atitude dos colaboradores da Pizzaria Fornatta refletiu muito na produtividade, gerando também economia de matéria-prima. “A lucratividade da empresa praticamente dobrou após esse treinamento. Os clientes sentiram a mudança de cultura e as melhorias implementadas”, completa Gladys. Além dos cursos in company, o Sebrae disponibiliza também palestras, cursos presenciais e a distância, oficinas e consultorias para potenciais empreendedores, potenciais empresários, empresários, Microempreendedores Individuais e produtores rurais. Maiores informações no site www. pi.sebrae.com.br. Revista Fecomércio
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Comunicação
Eventos
Conecte-se com as pessoas de maneira inteligente
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omo você se sente quando conversa com alguma pessoa que não olha nos seus olhos e não tira o foco do celular? Que imagem você tem de alguém que passa o dia postando bobagens em suas redes sociais ou enviando futilidades pelo celular? Que impressão você tem do profissional que não consegue passar uma mensagem de forma clara e convincente? Como você fica quando não lhe dão atenção ao que você fala? Você já parou para pensar que estamos o tempo todo nos comunicando? Já percebeu que as pessoas estão atentas ao que falamos ou fazemos? Será que você está se conectando da forma correta? Incrível como existem tantos cursos de oratória, mas só há pouco tempo criaram cursos de ‘escutatória’. Acredito que essa ideia deve ser uma saída. A arte de ouvir é um importante canal de conexão assim como a arte de perguntar. Se interesse verdadeiramente pelos outros. Isso cria sinergia. Quando estiver com alguém esteja por inteiro, concentre-se na conversa. Estudos dizem que quatro minutos de contato visual ininterruptos aumentam o grau de confiança e mostram o quanto você é uma pessoa empática. É difícil na prática, mas é possível. Faça o teste. Pessoas de sucesso sabem se comunicar efetivamente com os outros. E isso é percebido também no mundo virtual. 44
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O que você tem postado nos seus perfis na internet? Você se preocupa quando escreve algum texto, quando posta alguma opinião pessoal sobre determinado
A arte de ouvir é um importante canal de conexão assim como a arte de perguntar. Se interesse verdadeiramente pelos outros. Isso cria sinergia. Quando estiver com alguém esteja por inteiro, concentre-se na conversa. Estudos dizem que quatro minutos de contato visual ininterruptos aumentam o grau de confiança e mostram o quanto você é uma pessoa empática. É difícil na prática, mas é possível. Faça o teste.
assunto ou divulga alguma foto sua? Muito cuidado para não passar uma imagem de desleixado ou de que é uma
Piauí Center Moda Experience Durante os dois dias do evento, 21 lojistas expuseram suas peças em estandes e desfiles de moda. Jefferson Xavier – JEX Palestrante, coach, especialista em PNL, professor de oratória e coautor dos livros “Líderes em ação” e “Liberte seu poder” falajex@gmail.com
pessoa sem compromissos. Gere respeito e autoridade através da sua comunicação. Destaque-se na multidão. Quantas mensagens legais poderiam ser compartilhadas para criar conexões positivas. O fato é que todos nós precisamos agregar valor na maneira como nos comunicamos com o mundo e isso é conseguido quando: • 1 - Encontramos um ponto em comum para tornar nossas conversas mais agradáveis; • 2 - Captamos o interesse das pessoas olhando nos olhos; • 3 - Nos preocupamos com o que escrevemos, dizemos e mostramos; • 4 - Libertamos nosso poder de interagir com o outro verdadeiramente e estamos focados nele por inteiro; • 5 - Sabemos que precisamos aprimorar nossa fala, nossa escuta e nosso jeito de agir. Pense nisso da próxima vez que for se comunicar com alguém. Desenvolva suas habilidades pessoais para promover mudanças e melhorar seus resultados. Influencie pessoas através da sua atenção, confiança e dos seus exemplos. Aprenda a ouvir, valorizar e respeitar todos que encontrar. Ao fortalecer sua comunicação e melhorar sua conexão só quem tem a ganhar é você. O mundo abre as portas para quem age, se relaciona e se comunica com excelência. Dê o seu melhor e aguarde as consequências. Sucesso!
Texto e fotos: Carlos Pacheco
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isando divulgar as marcas e aumentar as vendas, o Piauí Center Modas Experience foi pensado por um grupo de lojistas do Piauí Center Modas para ser um evento periódico que tem como público alvo as revendedoras autônomas e lojistas do interior e da capital, além do Maranhão e Pará. “O evento foi pensado para atender esse público, por isso é realizado as 10h da manhã, para que os convidados ao acabar os desfiles já façam logo as suas compras”, comenta a organizadora Cláudia Pontes. O Piauí Center Moda Experience é um desfile roupas e acessórios promovido pelos fabricantes de confecções do Piauí e região, previsto para acontecer quatro vezes ao ano. A primeira edição do evento ocorreu em maio de 2015 e contou com a participação de 19 marcas. A segunda aconteceu nos dias 24 e 25 de setembro e contou com a participação de 21 empresas mostrando suas criações na passarela. Segundo a organizadora, o PCM Experience já se consolida como o maior evento de moda do estado e avalia que a iniciativa teve bons resultados e que o crescimento no número de grifes participantes não foi maior devido a crise
econômica que assola o país. “Os 21 atacadistas presentes nessa edição mostraram suas novas coleções ou um mix de produtos totalmente atualizados com as tendências da moda, valorizando os elementos de identidade cultural da moda piauiense. Os dois dias do evento foram bastante prestigiados tendo todos os seus espaços lotados com uma plateia visivelmente encantada com os produtos mostrados nos desfiles.”
O Piauí Center Moda é o espaço dos atacadistas criado em 2006 com a finalidade centralizar as melhores marcas da moda piauiense, facilitando o acesso dos varejistas do ramo. São 133 lojas, das quais 75 estão funcionando plenamente e seis em processo de instalação. O espaço conta ainda com restaurante e áreas de integração gerando grandes ideias e oportunidades de negócios.
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Eventos
Gestão de Riscos
O erro: inimigo ou aliado?
CORE-PI comemora o Dia Panamericano do Representante Comercial Gildásio Gomes Caitano Mediador e Conciliador no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) caitanosalitre@hotmail.com
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Por Gleyca Lima
o mundo dos negócios, errar é algo terrível e muitas vezes inevitável, mas por incrível que pareça o erro também pode ser bom, pois nos traz experiência e novos conhecimentos do mercado. No entanto, grande parte das organizações são desprovidas de métodos adequados para detecção, levantamento e análise de dados ligados ao erro. É bem verdade que culturalmente fomos criados para ignorar o erro, admiti-lo então é encarado como “suicídio”. Talvez seja por esse fator cultural que se explique a negligência generalizada ou mesmo a pouca importância dada aos erros. Muitos são os fatores que geram um erro, dentre eles estão a desatenção, falta de capacidade técnica, processo administrativo inadequado, grau elevado de dificuldade da tarefa, incerteza, tentativa de melhora de processos. Os erros podem ser analisados sob duas óticas básicas: fatores condenáveis ou censuráveis, que estão ligados à violação deliberada, seja por gestores ou colaboradores, de processos já consolidados (desatenção, falta de capacidade técnica) ou fatores louváveis, que dizem respeito a erros advindos principalmente da complexidade das tarefas não corriqueiras, na tentativa de melhorar processos existentes ou mesmo da total mudança de método. 46
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O evento que teve iniciativa beneficente aconteceu no dia 1º de outubro no auditório do Sebrae.
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Os erros condenáveis são erros que poderiam ser evitados, em geral só causam prejuízo, podendo ser sanados com treinamento constante ou periódico.
É preciso implementar uma cultura de aprendizado voltada à utilização inteligente do erro e de seu potencial para o crescimento organizacional, deixando, quando da ocorrência de um erro, de apontar culpados, e sim, fazer com que os colaboradores entendam claramente o que ocorreu e quais os prejuízos atuais e futuros gerados pelo erro, traçando daí, metas para que este erro não volte a acontecer ou tenha diminuída sua incidência.
Em algumas organizações, que dada a natureza complexa de suas ati-
vidades, podem ocorrer erros inevitáveis. Tais erros, em geral pequenos, devem ser acompanhados e imediatamente resolvidos, pois deles eclodem erros maiores. Por fim, temos os chamados erros inteligentes, que são fruto de experimentos no intuito de melhorar um produto ou processo existente, ou mesmo quando da criação de um novo conceito, processo ou produto inovador. Contudo, para que um erro seja enquadrado como inteligente, no processo de inovação é necessário que este processo seja até certo ponto controlável e executado em uma escala menor, ou seja, se estou em busca de uma nova fórmula para um produto de estética, não faz sentido algum nessa fase produzir em escala maior que a necessária para se chegar ao resultado desejado. Para se chegar a esse patamar, é preciso implementar uma cultura de aprendizado voltada à utilização inteligente do erro e de seu potencial para o crescimento organizacional, deixando, quando da ocorrência de um erro, de apontar culpados, e sim, fazer com que os colaboradores entendam claramente o que ocorreu e quais os prejuízos atuais e futuros gerados pelo erro, traçando daí, metas para que este erro não volte a acontecer ou tenha diminuída sua incidência.
Fotos: Karla Nery
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o dia 1º de outubro, comemora-se o Dia Panamericano do Representante Comercial. Para homenagear os profissionais da área, o Conselho Regional dos Representantes Comerciais no Estado do Piauí (CORE-PI) reuniu a classe num evento beneficente no auditório do Sebrae-PI. Segundo o presidente do CORE-PI, José Antônio de Araújo, o Dia Panamericano do Representante Comercial surgiu no ano de 1937 em Buenos Aires, na Argentina e apenas no ano de 1965 houve a criação da Lei 4.886/65 que regulamentou a profissão no Brasil. “Antigamente, os profissionais trabalhavam sem existir uma norma que regulamentasse a profissão. O trabalho era feito da forma que o trabalhador achasse mais conveniente e o pagamento era incerto, pois o profissional não teria como reclamar seus direitos”, explica o presidente. O presidente lembrou ainda que neste ano, comemora-se cinco décadas de regulamentação da profissão no país e que ao longo desse período, os Conselhos Federal e Regional dos Representantes Comerciais (CONFERE e CORE), unificaram-se para conquistar e defender os interesses dos representantes comerciais. O evento contou ainda com uma palestra do consultor educacional e pro-
fessor universitário Luís Marinho que discursou sobre o tema “Mundo Profissional – desafios, resultados e sucesso”, abordando aspectos atuais como a crise econômica vivenciada atualmente no Brasil, o clima de insegurança por ela gerado e a perspectiva que um representante comercial deverá ter sobre a mesma. Finalizando a noite, o humorista Amauri Jucá cantou paródias e contou piadas direcionadas à classe de represen-
tante comercial. A inscrição foi 1 quilo de alimento não perecível, material de limpeza ou fraldas geriátricas, doadas ao abrigo São Lucas.
50 anos de regulamentação da profissão de representante comercial
No dia 9 de dezembro de 2015, a regulamentação da profissão de representante comercial completa 50 anos. O marco dessa data é a promulgação da Lei nº 4.886/65, que normatizou o exercício da atividade no Brasil.
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Agenda
Eventos
NOVEMBRO FISPAL TECNOLOGIA NORDESTE 13ª Feira de Embalagens, Processos e Logística para as Indústrias de Alimentos e Bebidas do Nordeste Quando: 03 a 06 de novembro Onde: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda – PE Mais informações: http://www. fispaltecnoligianordeste.com.br ABF FRANCHISING EXPO NORDESTE 5ª Feira Internacional de Negócios e Franquias Quando: 03 a 06 de novembro Onde: Centro de Convenções de Olinda – Olinda – PE Mais informações: http://www. abffranchisingexponordeste.com.br
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SBGAMES 2015 XIV Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital Quando: 11 a 13 de novembro Onde: Blue Tree Towers – Teresina – Piauí Mais informações: www.sbgames.org/ sbgames2015
FRANCHISING FAIR 23ª Feira Nacional de Franquias Quando: 13 a 15 de novembro Onde: Centro de exposições da FIEP – Curitiba -PR Mais informações: http://www. feiradefranquias.com.br SEMANA GLOBAL DE EMPREENDEDORISMO Maior movimento de empreendedorismo do mundo Quando: 16 a 22 de novembro de 2015 Onde: FIEPI – Federação das Indústrias do Estado Do Piauí - Teresina-PI
Mais informações: www. empreendedorismo.org.br
DEZEMBRO FNA 26ª Feira Nacional de Artesanato Quando: 01 a 06 de dezembro Onde: Expominas Belo Horizonte – Belo Horizonte – MG Mais informações: http://www. feiranacionaldeartesanato.com.br MARCAS INESQUECÍVEIS O projeto do Sistema O Dia de comunicação é realizado a cada dois anos e está na 8a edição monitorando as marcas que estão no topo da lembrança dos consumidores teresinenses. Quando: 16 de dezembro Onde: Theresina Hall Mais informações: http://www. marcasinesqueciveis.com/
Natal Que o Natal seja mais do que um período de troca de presentes, mas sim a festa do nascimento do nosso Salvador. Feliz Natal e Boas Festas!
Datas importantes no Comércio
Dezembro
01 – Dia de Todos os Santos 02 – Dia de Finados 08 – Dia do Aposentado 09 – Dia do Hoteleiro 12 – Dia do Supermercado 15 – Dia da Proclamação da República 20 – Dia do Auditor Interno 22 – Dia Internacional do Livro 26 – Dia do Ministério Público 27 – Dia do Técnico em Segurança do Trabalho
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Ensinando a lidar com o dinheiro desde cedo DSOP realiza I Encontro de Educação Financeira do Piauí e lança livro Mesada não é só dinheiro. Texto e fotos : Karla Nery
Fique atento para não deixar passar em branco!
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O educador financeiro Reinaldo Domingos orienta como pais e educadores podem inserir o dinheiro na vida das crianças.
01 – Dia Internacional da Luta Contra a AIDS 02 – Dia Nacional das Relações Públicas 04 – Dia da Propaganda 08 – Dia Mundial da Imaculada Conceição / Família / Justiça 09 – Dia do Fonoaudiólogo 11 – Dia do Arquiteto / Engenheiro 14 – Dia Nacional do Ministério Público 25 – Natal
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ocê já imaginou se tivesse aprendido desde cedo a economizar para realizar seus sonhos ou simplesmente não gastar mais do que ganha e viver dentro do seu padrão de vida? Imagine o quanto seria bom, se desde à escola, você recebesse noções de como lidar com o dinheiro, identificando o que você deseja, calculando quanto custa e poupando num cofrinho tendo a certeza de que esse sacrifício irá render a alegria de mais uma conquista no futuro. Mas, infelizmente, a maioria das pessoas não recebe essa orien-
tação nem nas escolas nem nas universidades e acabam adentrando o mundo dos negócios e falindo muitas vezes, por não saber planejar e gerir bem o dinheiro da empresa e a renda pessoal e familiar. Foi para tentar ajudar a mudar essa realidade que a DSOP foi criada há sete anos pelo educador e terapeuta financeiro, Reinaldo Domingos. Nos últimos anos, a metodologia de Educação financeira da DSOP tem se expandido pelo Brasil e pelo mundo e sido bem aceita pelas empresas e escolas. Recentemente, a Unidade da DSOP em Teresina realizou o I Encontro de Educação Financeira do Piauí, reunindo mais de 200 professores e representantes de instituições de ensino no auditório da Faculdade Maurício de Nassau. Na ocasião, além de apresentar a meto-
dologia e os cases de sucesso nos colégios da capital que tem Educação financeira como o Diocesano, Lerote, Dom Bosco, Bright Bee, Inec e Madre Maria Villac, foi lançado o livro Mesada não é só dinheiro. O livro é uma ferramenta poderosa para auxiliar a família e os educadores à inserir o dinheiro na vida das crianças, por meio de oito tipos de mesadas: mesada voluntária, financeira, econômica, empreendedora, ecológica, social, de troca e de terceiros. Segundo o autor, Reinaldo Domingos, o objetivo é formar cidadãos conscientes e financeiramente sustentáveis no futuro. “Se eu dou dinheiro para o meu filho e ele entende desde cedo que tem que gastar tudo, quando ele crescer vai gastar todo o salário, vai entrar no cheque especial e por ai vai. Os jovens, hoje, rankeiam a inadimplência no Brasil. Por isso, precisamos começar a educar desde cedo para que ele possa crescer e descobrir o verdadeiro valor de ser feliz, livre das dívidas.”
Conheça alguns pecados na hora de dar mesada • Nunca tire dinheiro do cofrinho do seu filho. • Nunca sonegue, isto é, deixe de pagar contas sem nota fiscal em troca de desconto, na frente de uma criança. Você está criando um sonegador. • Nunca coloque mais dinheiro no cofre do seu filho. Você vai estar matando seu sonho. • Nunca atrale o valor que você vai dar a uma ação. “Se você lavar o carro eu te dou mais. Se você for mal na escola, eu vou cortar sua mesada.” Lembre-se mesada é doação, não recompensa. Fonte: Livro Mesada não é só dinheiro. Editora DSOP. 2015.
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Coaching
CRA-PI
Por Sâmia Vernieri
Cacilda Silva Empresária, master coach e neuro coach cacildamastercoach@gmail.com
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ando continuidade ao nosso artigo “Coaching e Filosofia” da edição anterior, falando do tempo, trazemos a frase de Santo Agostinho “O que é, por conseguinte, o tempo? Se ninguém perguntar, eu sei; se quiser explicá-lo a quem me fizer a pergunta, já não sei.” Agostinho segue seu raciocínio e afirma que o passado e o futuro não existem, pois quando olhamos para o passado, ele já não é mais, pois se transmutou em memória. Já quando procuramos o futuro, ele ainda não chegou, sendo somente uma mera esperança ou nada mais do que uma expectativa. Sendo assim, somente o presente existe, e o tempo seria uma criação da mente humana. Ele foi o primeiro pensador ocidental a destacar abertamente o caráter subjetivo do tempo, e não podemos deixar de levar em consideração que boa parte dos assuntos relacionados aos dilemas apresentados em processos de Coaching diz respeito ao tempo: tempo roubado da vida, tempo que escorre da alma, investimento equivocado de tempo, desvio de tempo dos sonhos, perda de tempo biográfico, falta de tempo para amar, entre outros dilemas temporais. Logo, investigar o tempo é nossa atividade. Todavia, como podemos investigar se habitamos em seu interior? Como pode ser possível tal investigação se a finitude de nosso pensar se manifesta em um gigantesco e incomensurável oceano de temporalidade? Como pode o ponteiro ter acesso às 50
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horas do relógio? Cabe-nos, então, abdicar da tentativa de definir o que é o tempo. Falaremos dele, sem contudo, ter a pretensão de conhecer sua essência. Contentemo-nos, somente, em pensar a agenda do cotidiano de nossas vidas, ou seja, onde devemos alocar nossas prioridades, se no presente ou no futuro, uma vez que o passado já se foi. Agostinho é ainda mais radical e afirma que sobra-nos somente o presente, fragmentado em três partes: presente do passando,
“Que é, pois o tempo? Se ninguém me pergunta, eu sei; se quero explicá-lo a quem me pede, não sei.” (Santo Agostinho)
passado presentificado; presente do presente, presente; futuro do presente-futuro presentificado. Estes são os tempos de nossa alma. Todavia, nem sempre estão alinhados com o tempo das coisas do mundo; com o tempo do relógio, uma vez que no mundo, só existem instantes e na alma existe presente do passado, presente do presente. Com isso, Agostinho já nos alertava sobre uma potencial relação de conflitos entre o tempo do mundo e tempo da alma, pois a definição das cadências existenciais
Ricardo Vernieri II
Grandes eventos marcam os 50 anos da profissão de Administrador no Piauí.
da sociedade é primazia daqueles que detém o poder, e suas decisões nem sempre estão em sintonia com os tempos de nossa alma; com cadência que mais alegra nosso ser. Pense bem, caro leitor, os relógios das cidades sempre estão alocados nos edifícios que ditam a cadência da vida: igrejas, fórum, prefeituras, ou seja, instituições e organizações que por serem coletivas, quase nunca se preocupam com a nossa subjetividade, pois o tempo de nossa alma nem sempre está alinhando com o tempo do coletivo; com aquilo que esperam de nós; com a forma como almejam que cadenciemos nossas trajetórias existenciais. Bem antes de Agostinho, os gregos já intuíam a existência desses dois tempos, designados por eles como Kronos e Kairós. Kronos é o tempo mensurado, finito, controlado, igual para todos, com seus segundos, minutos, horas, dias, meses e anos. Kronos, por sua vez, manifesta-se na linearidade do calendário e na ostensiva dos relógios que tiranizam nossa existência. Kairós tem como definição “O momento certo ou oportuno.” Vivemos em Kairós quando estamos absortas no momento presente; quando sentimos nossa inutilidade à moda de Aristóteles; quando nos notamos apaixonados pelo que estamos a fazer ou pelas pessoas com as quais nos relacionamos. E, você, caro leitor, vive em Kronos ou Kairós? O que tem feito para conseguir viver sua vida respeitando a cadência de seu próprio tempo?
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nspirado no ano do Administrador no Brasil, o Conselho Regional de Administração do Piauí (CRA-PI), presidido pelo Adm. Pedro Alencar Carvalho Silva, planejou juntamente com a equipe de Conselheiros Regionais, Diretoria executiva e o Conselheiro Federal Adm. Carlos Henrique Mendes da Rocha, várias ações alusivas aos 50 anos da profissão. Entre as atividades, o 11º Encontro de Administradores do Piauí (ENAPI) que teve edição especialmente planejada para comemorar a data no período de 22 a 24 de setembro, onde promoveu o primeiro Concurso de Empreendedorismo sustentável – o Sustentare e teve palestra magna com o Adm. Max Gehringer, garantindo a participação de um grande público, entre administradores, estudantes e autoridades. Max Gehringer falou sobre a importância do profissional da Administração e fez algumas sugestões aos mesmos: “É preciso aprender noções básicas do que é dirigir uma empresa e ter conhecimento prévio sobre aquele setor em que se vai atuar. Além disso, as empresas deveriam sempre ser abertas por vocação e não por necessidade como acontece no Brasil. Outro conselho que dou a quem vai abrir a primeira empresa é que ache um sócio, pois por mais confiança que alguém possa ter, vender e administrar requerem habilidades muito diferentes.” Outro momento importante foi o 4º Seminário de Administração da Macrorregião de Picos (SEMAD) que aconteceu no período de 27 a 29 de outubro na cidade de Picos (PI). O evento pro-
Grande público prestigiou o 11º ENAPI no Atlantic City. Arquivo CRA-PI
Coaching e Filosofia Parte II
Comemorações do Jubileu de Ouro
Dentro das comemorações, o CRA-PI realizou o 4º SEMAD em Picos.
movido pelo CRA-PI Seccional Picos, organizado pelo Conselheiro e Delegado desta Seccional, Adm. Francisco das Chagas da Silva, reuniu um público expressivo no auditório da Universidade Federal do Piauí - Campus Picos. Até o final de dezembro deste ano, o CRA-PI estará realizando a 2ª Corrida do Administrador, a campanha de Natal em parceria com os Correios para realização de sonhos de crianças carentes e o prêmio “Lauro Correia”, que tem como objetivo homenagear diversas categorias que deverão ser concedidas a pessoas
físicas e instituições que contribuíram com a profissão de Administrador. De acordo com o Presidente Adm. Pedro Alencar, a comemoração do Jubileu de Ouro em todo o país serviu de estímulo e inspiração para trabalhar cada vez mais para o engrandecimento da profissão. “Em 2016, vamos manter o mesmo ritmo de atividades, contando com a garra e trabalho de toda a equipe do nosso Regional, do CFA e todos os Administradores do Piauí. Parabéns a todos os profissionais que sentem orgulho da nossa profissão.” Revista Fecomércio
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Bem-estar
Pausa para o café faz bem à saúde
Quanto menos açúcar, melhor
Apesar dos benefícios é preciso aprender a apreciar com moderação. Por Robert Pedrosa Fotos: Carlos Pacheco e Daniela Sammia
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na empresa que boa parte das pessoas amplia seu grau de relacionamentos. Muitos iniciam longas amizades, namoros e até casamentos. Apesar do clima corporativo ser de produção e competitividade, pequenos momentos de lazer dentro do horário de trabalho fazem bem à saúde porque ajudam o cérebro a descansar. Um desses momentos é o hábito de parar o que está fazendo para saborear por cinco ou dez minutos uma xícara de café. A mania está tão arraigada no comportamento do brasileiro que hoje o café é a segunda bebida mais consumida do Brasil, perdendo apenas para a água e uma das mais consumidas e apreciadas em todo o mundo. Segundo a nutricionista Lôhara Sobreira, o café é uma bebida natural, que traz muitos benefícios à saúde, desde que usado com moderação. Ela afirma que o consumo recomendado diário de café é em torno de quatro xícaras de 50ml, ou seja 200ml/dia, que podem ser distribuídos no desjejum, lanche da manhã, início da tarde e lanche da tarde. “O grão do café não possui apenas a cafeína, aminoácidos, proteínas, lipídeos, açúcares e polissacarídeos, mas também potássio, zinco, ferro, magnésio e outros minerais, embora em pequenas quantidades. E assim como tudo em excesso faz mal. O interessante é que além das substâncias citadas, o café também tem a presença de polifenóis antioxidantes, que 52
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A barista Socorro Madeira abriu um café e dá consultorias aos empresários que querem abrir uma nova cafeteria.
Segundo a nutricionista Lôhara Sobreira o café deve ser consumido com moderação.
melhora a funcionalidade cognitiva, pois é um alimento com ação termogênica auxiliando, inclusive na perda de peso”, ensina a especialista. Ela lembra que algumas pessoas tem o hábito de tomar café depois das refeições e chama atenção para o perigo de não tomar café pela manhã. “É importante se alimentar no início do dia. Muita gente vai para o trabalho sem tomar café e passa longos períodos do dia de estômago vazio, o que acelera a produção de ácido gástrico e pode causar úlceras e outras doenças gastrointestinais e ao contrário do que se diz não é o consumo do café que provoca isso, ele só acentua. É como uma ferida que se você toca, doí”, explica a nutricionista. Por isso, mesmo com todas essas
virtudes, o consumo acima de 200 ml por dia devem ser evitado, pois a cafeína em excesso pode prejudicar o sono, atrapalhar a quantidade de cálcio nos ossos e aumentar o risco de ataque cardíaco e irritabilidade.
Os empresários Rafael Lima e Francisco Lima viram no café uma oportunidade de negócio.
Diante de tantos benefícios, a reportagem da Revista Fecomércio foi atrás de especialistas na arte de fazer café para conhecer mais sobre a bebida. A barista e empresária piauiense Socorro Madeira, conhecida como Serena, diz que o café de qualidade é aquele que não precisa de açúcar para ficar doce. Ou, pelo menos, precisa de pouco. Especialista em café gourmet (café mais nobre servido somente em cafeterias), Serena explica que para saborear a bebida com toda a sua essência o café precisa ser acompanhado desde a colheita, passando pela seleção dos grãos, da moagem, da torrefação e do preparo. “São detalhes que fazem a diferença no final. O sabor de um café nobre é diferente de um café comum. É interessante que você vá diminuindo a quantidade de açúcar gradualmente para sentir seu verdadeiro sabor”, afirma. Proprietária de uma cafeteria, a barista também presta consultoria para novas cafeterias e, inclusive para empresas que industrializam o café, como é o caso da empresa Dom Camilo, a única a torrar e industrializar café aqui no Piauí. O empreendimento genuinamente piauiense tem contato direto com os produtores, comprando grãos cultivados nas melhores regiões de Minas Gerais e trazendo para industrializar no nosso estado. O café já está na família desde o século passado e foi sendo passado de geração para geração. “O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de café. Eu sempre tive vontade de trabalhar com café porque meu pai começou com o Café Singelo e hoje nós produzimos o Grão Nosso, que é um café especial e O amigão e o Seis e meia que são cafés tradicionais. Importamos o maquinário da China e participamos de feiras e eventos com o objetivo de ampliar a exportação de cafés especiais e trazer novidades para melhorar cada vez mais nossos produtos”, afirma o empresário Francisco Lima que além de apreciador de café, viu nisso uma oportunidade de negócio. Revista Fecomércio
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Cultura Empresarial Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitters e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios. Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas!
Livros
Filmes Marielle Baía Psicóloga, Consultora Empresarial, Terapeuta e Educadora Financeira marielle.baia@dsop.com.br
Internet
Dica de Leitura: Livre-se das Dívidas Autor: Reinaldo Domingos Comentário: O endividamento vem afetando cada dia mais as famílias, assim como um câncer, silenciosamente. Quando se dão conta do tamanho do problema, muitas vezes, já está comprometido o equilíbrio financeiro e a realização dos sonhos. Como forma de combate as dívidas e recuperação do equilíbrio financeiro, Reinaldo Domingos discorre sobre a necessidade de uma atitude comportamental com transformação de hábitos e costumes. O livro aborda conceitos como “dívidas de valor”, “dívidas sem valor”, dicas e explicações didáticas sobre temas cotidianos, como o uso do cartão de crédito e do cheque especial, a leitura correta do extrato bancário, os cuidados ao usar o cartão de débito. Também orientações para quem já perdeu as esperanças de se livrar das dívidas, através da “quebra do ciclo de endividamento”, sobre crédito consignado, a portabilidade de crédito e de como negociar suas dívidas de modo que a nova parcela assumida caiba no orçamento, evitando que a inadimplência continue. É um grande incentivo para alcançar a estabilidade financeira. 54
Revista Fecomércio
Novembro/Dezembro 2015
Comentário: Este filme demonstra o mundo corporativo de forma prática e real, com formas de gestão diferentes, porém de aprendizado mútuo. A empresa que Carter Duryea trabalha, compra a empresa na qual Dan Foreman trabalha, escalando Carter Duryea para substituí-lo e começar um processo de demissões em massa, buscando produtividade. Observa-se a dicotomia entre o executivo dos velhos tempos, aquele que é apaixonado e acredita no que faz e o novo executivo, capaz de doar seu sangue para ser reconhecido como o competente e frio executor do que for necessário para o crescimento da empresa, doa a quem doer. Muito foi feito e mudado, porém Carter começa a se dar conta da desumanidade das ações corporativas e ao se aproximar da vida de Dan Foreman, trocam experiências e aprendem muito um com o outro. Carter Duryea começa a enxergar a pessoa atrás de cada cargo e não somente números e custos para a empresa. Dan Foreman, enfim, descobre que precisa melhorar sua relação com a nova geração, e reconhecer seu potencial, para poder conseguir mais dinamismo e funcionar na nova ordem.
Vale a pena acessar: Portal ABDT Link: http://portal.abtd.com.br/portal/ cbtd.html Comentário: Nesse portal, você pode obter informações sobre o CBTD 2015, maior Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento promovido anualmente pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), de 25 a 27 de Novembro de 2015, em Santos-SP. O congresso tem como tema: “A Era do Protagonismo: Construindo Trajetórias de Sucesso!”
Dica de site: http://empreendedorismo.org.br/ Comentário: Maior rede de empreendedorismo do mundo, a Rede Global do Empreendedorismo (RGE) promove a Semana Global do Empreendedorismo, que acontecerá em Teresina, entre os dias 16 a 22 de novembro deste ano, na FIEPI. As ações terão como objetivo apoiar as iniciativas que impulsionem a cultura empreendedora no nosso estado.