Revista Fecomércio PI 16 Janeiro/Fevereiro 2016

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Entrevista: Olívio J. Fonseca, Proprietário da empresa Olívio J. Fonseca

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Ano 04 - Nº 17 - Janeiro / Fevereiro de 2016

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de bons serviços

ESPECIAL

Você sabe escolher o local certo para seu negócio?


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Opinião do leitor

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SESC

facebook/revistafecomercio revistafecomerciopi@gmail.com

FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ BRAÇO SINDICAL DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC

PRESIDENTE: Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante 1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante 2º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 3º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante Raimundo Rebouças Marques José Antônio de Araújo João dos Santos Andrade Pedro de Oliveira Barbosa Conegundes Gonçalves de Oliveira José Rivaldo de Sousa José Arimatea Melo Rodrigues Gerardo Ponte Cavalcante Neto Teodoro Ferreira Sobral 1º SECRETÁRIO: Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO: Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO: Maria do Socorro de Morais Correia 1º TESOUREIRO: Antônio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO: Margareth Silva Lopes 3º TESOUREIRO: Francilino Lima Costa DIRETOR ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha DIRETOR ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante júnior

Caro leitor, Sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação. “Porque nós crescemos mais quando crescemos juntos.”

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Caros editores da Revista Fecomérico, fiquei encantado com a entrevista publicada. Menos pelo conteúdo que provi, e mais pelo cuidado e profissionalismo com que minhas palavras e opiniões foram apresentadas aos leitores. Sei que para a revista isso é rotina, mas guardarei o exemplar com imenso carinho. São momentos como esse que fazem com que anos de experiência e vivência façam sentido diante de nossos próprios olhos. Meu muito obrigado pela gentileza em me conceder a oportunidade, e um abraço a todos os leitores do querido Piauí. Max Gehringer, administrador e apresentador da série Chefe Secreto do Programa Fantástico, da Rede Globo A revista Fecomércio nº 16 contemplou seus leitores com excelentes artigos e matérias sobre a importância da Administração para as organizações. Cita-se “Os dilemas de quem produz” e “A Administração é a profissão do futuro” que enfatiza a necessidade do profissional de Administração, quer seja num hospital, ou em qualquer outra organização humana. Agradeço a oportunidade que me foi dada de abordar sobre a profissão de Administrador, que comemora 50 anos de profissão regulamentada no Brasil. Parabéns ao Dr. Valdeci, à Jornalista Karla Nery e toda sua equipe, pela qualidade do conteúdo e da revista como um todo. Pedro Alencar Carvalho Silva, Professor Mestre e Presidente do CRA-PI

DIRETOR ASSUNTOS DE CONSUMO Erivelton Moura DIRETOR ASSUNTOS COMÉRCIO EXTERIOR Delano Leno da Silva Miranda de Sousa DIRETOR ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro C. Mapurunga

A editora Karla Nery e o empresário Olívio J. Fonseca Foto: Carlos Pacheco

DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques CONSELHO FISCAL EFETIVOS Janes Cavalcante Castro Francisco Pereira Dutra Roberto M. Campos Drumont SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL Gescimar Miranda de Sousa Lauro Antônio Cronemberg Paulo Hernandez Couto Normando SUPLENTES DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro José Carvalho Neto Maria dos Aflitos S. R. Cardoso Pablo Henrique Couto Normando Jorge Batista da Silva Filho Raimunda Nonata da Silva Santos.

SUPLENTES Jairo Oliveira Cavalcante e Denis Oliveira Cavalcante NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1.111, Ed. Agostinho Pinto, 4º andar, Centro. CEP: 64.000-360 – Teresina - PI Fone: (0 XX 86) 3222-5634 CNPJ Nº 07.243.215/0001-82

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Revista Fecomércio

Editora - chefe Karla Nery - DRT 1339 PI

Fotos Carlos Pacheco

Editor Robert Pedrosa - DRT 964-PI

Projeto Editorial Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Antônio Chaves, 1896-1, Bairro dos Noivos. CEP: 64.045-340 - Teresina-PI

Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Robert Pedrosa, Carlos Pacheco, Gleyca Lima e Giovanna Veloso

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Grigório Cardoso dos Santos

Janeiro/Fevereiro 2016

5 11:38 17/11/1 11:38 5 17/11/1

Marketing Karla Nery e Francisco Cunha

Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro

Diagramação e direção de arte Zabumba Propaganda

Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Sérgio Donato (Sesc), Mariane Aquino e Eduardo Portela (Senac), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (Sebrae), Cristina Alves (Fecomércio), Lana Rios (CDL), Thaís Loiola (CRC-PI) e Iolany Galiza

Impressão Halley S.A. Gráfica e Editora

Revisão Glécia Lima

Tiragem 2000 exemplares Contatos (86) 3303 9831 / 99804 8998 / 99458 4554 / 99946 9172 Email: revistafecomerciopi@gmail.com

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Palavra do Presidente

ÍNDICE

Sesc e Senac fazem parte da nossa vida

Capa

Ano 04 - Nº 17 Janeiro/Fevereiro de 2016

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Destaques

Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com

70 anos de bons serviços

F

Entrevista

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Geral

Outras Seções

Pesquisas Fecomércio

14 Pessimismo chega ao 8º mês seguido Junta Comercial Olívio J. Fonseca Proprietário da empresa Olívio J. Fonseca

18

7

Valdeci Cavalcante

16

Abrir empresas será mais rápido no Piauí

Sindicatos

Especial

21 Fechado acordo salarial com comerciários

22

Sesc

Elaine Dias

20

Serviço Social Francisco Soares Campelo Filho

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38 Senac inaugura unidade na zona sul de Você sabe escolher o local certo para seu negócio?

Teresina

Sebrae

Bem-estar

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52

Eventos

Nova lei beneficia pequenas empresas

43 Semana Global do Empreendedorismo movimenta Teresina

46 Marcas Inesquecíveis são anunciadas em grande festa

49 Câmara Municipal entrega Prêmio Mulher de Negócios 2015

Queda de cabelo pode ser temporária ou permanente

Janeiro/Fevereiro 2016

51 CRC-PI elege nova diretoria

Crise Ernane Galvêas

42

Educação Financeira Reinaldo Domingos

Senac

Revista Fecomércio

Educação Profissional

da Fetracom-PI

34 A educação que transforma 37 “Selo Verde Teresina” é concedido ao Senac

6

Palavra do Presidente

44

Gestão de Pessoas Dalylla Soares

48

Agenda

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Gestão de Empresas Maely Barreto de Sousa

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Cultura Empresarial Marielle Baía

alar do Sesc e do Senac é contar um pouco da história da minha vida. Sou filho de Parnaíba (cidade que sediou os Departamentos Regionais do Sesc e Senac de 1954 a 2001) e a chegada dessas entidades ao Piauí beneficiou não apenas os parnaibanos, mas toda a região, a capital Teresina e parte do Sul do estado. Há 70 anos, os empresários do comércio de bens, serviços e turismo e os representantes dos sindicatos patronais aliaram-se para criar uma entidade que fosse referência na assistência aos comerciários, seus dependentes e a coletividade. Nasciam, então, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Social do Comércio (Sesc). O Senac passou a desenvolver um trabalho inovador no país: oferecer, em larga escala, educação profissional destinada à formação e à preparação de trabalhadores para o comércio. Já o Sesc prestava serviços sociais nas áreas de saúde, educação, cultura, lazer e assistência. Serviços que diga-se de passagem deveriam ser oferecidos pelo próprio Estado e que levam dignidade e mais qualidade de vida a nossa gente. Ao longo dos anos milhares de pessoas, de todas as idades, são atendidas pelo Sesc e o Senac com ações que tornaram as entidades referências regionais e nacionais na qualidade dos seus servi-

ços. Desde muito jovem acompanho o trabalho que o Sesc e o Senac realizam no Piauí. Fui aluno do Senac, fiz 17 cursos de formação profissional e acabei sendo convidado pela entidade para ser professor. Segui carreira no Senac, fui diretor e, por eleição dos conselheiros

Com o empenho dos colaboradores do Sesc e do Senac e apoio do Conselho Regional e da iniciativa privada descentralizamos os serviços destas duas entidades no Piauí levando os cursos de qualificação e capacitação profissionais do Senac e os serviços assistenciais do Sesc para quase metade das cidades do Piauí.

da Fecomércio, assumi em 2002 a presidência do Sistema Fecomércio, presidindo também os conselhos regionais do Sesc e do Senac, entidades que antes tive também a oportunidade de advogar. Com o empenho dos colaboradores

do Sesc e do Senac e apoio do Conselho Regional e da iniciativa privada descentralizamos os serviços destas duas entidades no Piauí levando os cursos de qualificação e capacitação profissionais do Senac e os serviços assistenciais do Sesc para quase metade das cidades do Piauí. Em 2002, quando assumi a presidência do Conselho Regional, o Sesc Piauí realizava pouco mais de dois milhões de atendimentos. Atualmente, são quase 20 milhões de atendimentos distribuídos em 15 centros de atividades espalhados pelo estado e quatro unidades móveis. Já o Senac está presente em oito cidades do Piauí, em unidades fixas e mais de 50% dos municípios, por meio de unidades móveis, que preparam milhares de jovens para o mercado de trabalho. Além das sedes físicas dispomos dos projetos carretas Sesc e Senac e do EAD (Ensino à distância). A partir desse ano, o Sesc e o Senac passam a atuar conjuntamente em 16 municípios do estado e trabalhamos para expandir ainda mais os serviços oferecidos. Estamos com obras iniciadas em várias cidades piauienses, pois nosso objetivo é, cada vez mais, melhorar a qualidade de vida dos comerciários, seus dependentes e da coletividade, para transformar realidades. Parabéns a todos que fazem o Sesc e o Senac! Revista Fecomércio

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Olívio J. Fonseca – Proprietário da empresa Olívio J. Fonseca

60 anos de muito trabalho

Carlos Pacheco

Entrevista

Por Karla Nery

N

atural de Porto, em Portugal, Olívio Joaquim Fonseca, mais conhecido como Olívio J. Fonseca, é sinônimo de muito trabalho. Seu primeiro emprego foi aos 17 anos, quando recebeu convite para trabalhar no Brasil, em uma empresa de peças de automóvel e uma cerâmica do mesmo proprietário em São Luís, no Maranhão. De lá, Olívio mostrou sua vocação para o comércio até que, ao atuar em uma loja de armarinho como empregado, ficou sócio da empresa. Depois dessa experiência resolveu montar seu próprio negócio, no ramo de material de construção. Foi diversificando seus negócios até chegar hoje à bem sucedida Olívio J. Fonseca, com sede em Teresina e filial em São Luís. No ano em que sua empresa comemora 52 anos, Olívio Fonseca completa 60 anos de trabalho sem parar. Seu exemplo de dedicação inf luenciou os filhos a seguir os passos do pai e hoje a administração é compartilhada com a família, inclusive com a esposa. Uma bela história de sucesso, baseada em muito trabalho e determinação.

Inauguração do Centro de Treinamento da Alameda Parnaíba em 1993.

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Arquivo Pessoal

Sede da empresa na Av. Miguel Rosa. Arquivo Pessoal

Filial da empresa em São Luís-MA.

Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

Aos 78 anos, o empresário Olívio J. Fonseca comemora 52 anos da empresa.

Comemoração do aniversário de 70 anos em família.

Gostaria que o senhor começasse contando qual a sua origem e um pouco da sua história. Onde foi que o senhor nasceu? Eu nasci na cidade do Porto, em Portugal, no ano de 1937. Lá, eu estudei o curso primário, frequentei a escola de formação e também estudei alguns anos na escola industrial. Aos 16 anos, quase 17, me foi oferecido a oportunidade de vir ao Brasil e eu aceitei esse desafio de vir para tão longe sozinho. Eu digo que foi uma aventura, pois nessa época, meu pai já tinha uma empresa na cidade do Porto que ele dava continuidade. Para qual empresa o senhor veio trabalhar? Era uma empresa de peças de automóvel e uma cerâmica. Acho que eles me contrataram porque eu ia ser o irmão do filho deles (Risos). Tenho impressão que foi isso. Cheguei a São Luís em 1954 e trabalhei lá até 1957, que foi quando eu me mudei para Teresina. Qual o motivo da sua mudança? Eu fui contratado por uma empresa importante daqui, a Casa Pinto. Eu tinha 19

anos, quando vim trabalhar como gerente da loja de armarinho e confecções e fui crescendo até me tornar sócio dessa empresa. Depois de alguns anos, resolvi sair para montar meu próprio negócio, que não tinha nada a ver com o ramo de confecções e armarinho. Abri uma empresa de material de construção. Então, o senhor começou a empreender na área de materiais de construção? Exato. O nome de fantasia era Casa Leão. Por que o senhor escolheu esse nome: Casa Leão? Porque era um nome pequeno e fácil de decorar. Eu pensei: “Por que escolher um nome complicado?”. Lembro que nós tínhamos um slogan que era: “A fera amiga dos preços baixos”. (Risos da entrevistadora e do entrevistado). Tinha um jingle que corria pelas emissoras de rádio que era muito engraçado e eu me arrependo de não ter guardado. Hoje, eu sou vogal da Junta Comercial e ajudo a analisar os processos das empresas. É comum nos defrontarmos com nomes engraçados e complicados, tanto de pessoas como de firmas.

O senhor manteve a Casa Leão por quanto tempo? Eu abri essa firma em 1964 e fechamos em fevereiro de 1986, isso quer dizer que ficamos em atividade durante 22 anos. Muito tempo, não é? Por que o senhor resolveu fechar? Uma razão muito simples. Porque a firma precisava crescer, precisava que os sócios investissem na empresa. No momento em que eu convidei meus sócios para injetar mais dinheiro na empresa para que ela crescesse, eles não gostaram e sugeriram outras medidas. Então eu disse: “Todos nós temos atividades separadas, temos empresas particulares e, eu não ia assumir os gastos sozinho” e optei por fechar a empresa. Nesse momento, eu já tinha a Olívio J. Fonseca. Quando foi que o senhor abriu a Olívio J. Fonseca? A empresa iniciou oficialmente no dia 10 de abril de 1964. Vamos completar 52 anos em 2016, fazendo parte do grupo de empresas mais antigas do estado em funcionamento. Começou como firma, com um nome muito comprido: “Olívio Revista Fecomércio

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Entrevista

J. Fonseca Representações”. O Estado obrigava a fazer assim. Quando comecei a trabalhar com produtos ainda tive que acrescentar “e Conta Própria”. Olha só “Olívio J. Fonseca Representações e Conta Própria”. Era uma razão social que não tinha tamanho. Não tinha nome de fantasia e ainda hoje não tem. Por continuidade, eu fiz uma sociedade com minha esposa Maria do Socorro de Freitas Fonseca e encerramos a confusão com os nomes, pois a firma reduziu para Olívio J. Fonseca Cia & Ltda. Por que o senhor quis pôr o seu nome na empresa? Uma questão muito interessante. Acho que cada um de nós tem um raciocínio. No meu caso escolhi colocar meu nome porque isso me obriga a ser mais comprometido, afinal é meu nome que está em jogo. Além disso, a empresa tem que ter um dono, ele tem que aparecer, tem que dar a cara da empresa e a empresa deve sempre andar com a cara dele. Interessante sua colocação, porque a maioria dos empresários prefere desvincular o nome do dono pra que a empresa cresça e não fique centralizada na pessoa dele. Se o senhor não for a um evento parece que a Olívio J. Fonseca não foi, mesmo que envie um representante. Eu não sou o único que coloquei meu nome na empresa, por exemplo, nós temos aqui em Teresina a Pintos do Agostinho Pinto, o Comercial Barroso, Comercial Carvalho, entre outras que de algum modo levaram o nome dos seus donos. Mas isso é uma coisa muito pessoal. Não quer dizer que eu dou a receita para alguém. Cada caso é um caso. Quando o senhor começou ainda não era uma empresa? Verdade. Era uma representação, que naquele tempo podia dar certo, podia não dar certo. Então não tinha empresa. 10

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Em 1965, foi inaugurada, em São Luís, a empresa Moinho de Trigo e havia um diretor da empresa que era sogro do meu cunhado. Ele convidou meu cunhado para vir para Teresina para ser representante do Moinho de Trigo. Como ele não aceitou, me perguntou se eu queria. Eu disse: “Rapaz, eu não sei se quero, mas vou experimentar”. A essa altura, eu já era casado e tinha a Maria Iva (filha) e estava em forma a Luzia Helena.

Eu não sou o único que coloquei meu nome na empresa, por exemplo, nós temos aqui em Teresina a Pintos do Agostinho Pinto, o Comercial Barroso, Comercial Carvalho, entre outras que de algum modo levaram o nome dos seus donos. Mas isso é uma coisa muito pessoal. Não quer dizer que eu dou a receita para alguém. Cada caso é um caso.

tinha uma carta patente de cota que hoje não existe mais. Quem acabou com esse formato da carta patente foi o Presidente Collor, liberando o mercado de trigo em grão na quantidade que os moinhos quisessem. Por exemplo, se uma empresa comprava 500 mil toneladas de trigo por mês, ele só podia receber 500 mil toneladas. Se terminasse, tinha que esperar a cota do outro mês. A nossa vantagem era que nós tínhamos um processo descomplicado. Porque lá em Fortaleza as pessoas passavam três a quatro dias numa fila para comprar farinha de trigo e eu vendia de porta em porta. Foi uma inovação para a época? Foi. O povo não acreditava que estava vendendo farinha de trigo de porta em porta. Quando eu chegava a pessoa tinha que pagar uma parte à vista. Eu dizia: “O senhor vai ao banco, deposita o dinheiro na conta no nome do Moinho e me dá o comprovante”. O cliente achava aquilo tão fácil que ele dava o dinheiro e dizia “Vá você mesmo depositar”. Isso sem nem mesmo me conhecer. Então, eu mesmo depositava e depois entregava o comprovante, (detalhe que era uma fotocópia mesmo, literalmente uma foto).

Então, nós começamos a desenvolver a parte da venda de farinha de trigo. Com algumas dificuldades pelo pouco conhecimento do ramo, mas era uma mercadoria, àquela altura, fácil de se vender, porque nosso concorrente tinha um processo de venda muito ruim. A firma dele fica no Ceará e ainda hoje existe.

E foi assim que a empresa foi crescendo? Sim. Mais ou menos um ano depois de aberta, chegou o tempo de regularizar a empresa. Nessas alturas, existia outro diretor do Moinho, um homem de pouca cultura, mas muito inteligente e com grande visão de mercado. Era um homem formidável chamado Getúlio Mezelo. Ele me disse que era necessário modernizar as padarias vendendo máquinas para melhorar a qualidade da produção, mas a grande dificuldade era que a energia elétrica no interior era muito fraca e irregular.

Como era o processo de venda dele? É que a farinha de trigo era distribuída por cotas e o Banco do Brasil que negociava. O moinho de trigo era como um banco:

Quando começou a ter energia elétrica? Mais ou menos depois da instalação da barragem de Boa Esperança. Até então era uma dificuldade enorme. As máqui-

nas eram empíricas. Parnaíba já tinha alguma padaria. Aqui em Teresina nós tínhamos cinco padarias muito boas: a Santa Teresinha, que era na Praça Landri Sales (Praça do Liceu), a Aurélia e a Tropical na Rua Senador Theodoro Pacheco, a padaria Lira na Praça Saraiva e a Gaúcha que era muito grande, ali na Rua 24 de Janeiro. Então, o senhor começou vendendo para essas padarias? Para essas e também criando novas padarias. Porque havia muitas padarias pequenas, que tinham o apelido “Casca de coco”, que ficavam nos bairros e que o pessoal trabalhava de madrugada para de manhã bem cedo sair em bicicletas vendendo os pães pelo interior do município. Fui atrás destes clientes. O senhor trazia essas máquinas de onde? Só existia uma firma grande de máquinas em São Paulo e eu fui representante dela. Foi aí que nós começamos a deslanchar. O cadastro comercial das panificadoras era muito pequeno e a venda se tornava difícil. Assim, eu passei a trazer as máquinas para atender esses clientes que eu conhecia, sabia a condição deles, convivia com eles todos os dias e não havia um risco. Aos poucos, nós fomos crescendo e desenvolvendo esse processo todo. Até que chegou um ponto que o espaço onde nós trabalhávamos estava muito pequeno. Onde era? Quando eu comecei meu escritório era na Rua Senador Theodoro Pacheco. Comecei com duas pessoas, uma secretária para cuidar das coisas enquanto eu estava ausente fazendo as vendas e outra pessoa para arrumar, limpar e entregar alguma coisa. Como foi esse início? O senhor teve dificuldade em administrar a empresa?

Antes da parte de panificação, tinha a parte administrativa das empresas que era preciso me atualizar e eu era um rapaz. Tinha aprendido umas noções quando fui gerente da empresa de confecção. Eu vou te contar uma história muito interessante da gerência. O senhor Agostinho Pinto que me trouxe para Teresina, quando foi em outubro, uns quatro me-

Fomos a primeira empresa do Brasil a ter máquinas disponíveis. Nossa empresa se divide em: panificação (equipamentos e produtos), confeitaria, sorveteria (hoje muito pouco porque nosso fornecedor de produtos de sorvete tem muitos problemas) e limpeza, que tem relação com padaria e etc. Também fornecemos material para lavanderia hospitalar, este é um departamento que não é exatamente meu.

ses depois me chamou e disse: “Olívio, eu vou para São Paulo fazer compras e você vai ficar responsável pela loja, vai fazer o balanço do dinheiro que tem no cofre, ver os compromissos para pagar e quando eu precisar de dinheiro eu telegrafo”. Naquele tempo, era o telégrafo. Ele entregou a chave da firma e saiu. E eu me perguntava “E agora? O que é que

vou fazer com a minha vida?” Aí eu fiquei pensando: “Levar o dinheiro, ninguém leva. Mercadoria também não. O que mais pode acontecer?”. Dois dias depois, eu fui numa livraria e contei minha situação e eles me indicaram um livro chamado Secretário Moderno. Nossa, aquele livro me ajudou bastante. Lembro que antes do Sebrae, apareceu o Núcleo de Assistência Gerencial e fiz todos os cursos técnicos de lá. Não fiz curso superior. Eu brinco que sou o analfabeto da família. Minha esposa é formada em Contabilidade. A Maria Iva é pedagoga. A Luzia Helena é formada em Ciências Contábeis e está fazendo pós-graduação. O Olívio Filho é formado em Ciências Contábeis e Advocacia e a Michaela é formada em Artes. Esses cursos nos deram embasamento e ajudaram a expandir nossos negócios. Começamos a nos especializar em equipamentos e produtos para padaria, depois sorveteria e outros ramos que acabamos absorvendo por causa da demanda. Vocês foram a primeira empresa do Piauí nessa área de distribuição? Fomos a primeira empresa do Brasil a ter máquinas disponíveis. Nossa empresa se divide em: panificação (equipamentos e produtos), confeitaria, sorveteria (hoje muito pouco porque nosso fornecedor de produtos de sorvete tem muitos problemas) e limpeza, que tem relação com padaria e etc. Também fornecemos material para lavanderia hospitalar, este é um departamento que não é exatamente meu. Quando foi que vocês expandiram para as outras áreas, além da panificação? Nesse período começaram a aparecer especializações. Por exemplo, começamos a trabalhar com a indústria do fermento e tínhamos que conhecer alguma coisa de fermentação. Também a indústria de gorduras específicas. Então nós fomos nos especializando e ajustando a empresa ao Revista Fecomércio

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Entrevista

mercado. No comércio é muito fácil se ajustar ao mercado. Diferente da indústria, que tem que modificar máquinas ou trazer outras coisas de fora. Na verdade, as empresas parecem ser independentes, mas elas são correlatas. Quando foi que o senhor resolveu abrir loja? Eu tive que abrir loja para atender melhor o nosso consumidor, em virtude da quantidade de produtos e máquinas que eram integrados a venda de farinha de trigo. Abri loja aqui na Avenida Miguel Rosa onde funciona a administração e temos depósito na Alameda Parnaíba. Contando os funcionários do Piauí e Maranhão creio que temos 36 funcionários. O senhor teve outros negócios? Tive, mas não deram muito certo e deixei de lado. Era em que ramo? Era uma indústria de óleo de babaçu e outra suinocultura no ramo de frangos e suínos. Não tinha futuro? Tinha, mas era preciso ser organizado. Veja bem, a mente humana não tem limite, você que limita sua mente. Você diz o que quer e fica fazendo o que quer. Se você não mudar, você não vai ter resultado diferente. Agora, na hora que você muda, você tem que se preparar para aquela mudança. Como se preparar para as mudanças? Precisa estudar, conversar com pessoas que já atuam no ramo para saber o que deve ser feito, saber como o mercado se conduz, conhecer o consumidor e o fornecedor e como deve oferecer algo diferente para esse mercado. O contato com outras pessoas da área enriquece muito, principalmente fazendo parte das entidades de classe. 12

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O senhor faz parte de quais entidades? Sou diretor da Associação Comercial Piauiense, diretor tesoureiro do Sindilojas e pertenço a uma organização mundial que tem como objetivo ser-

A administração da empresa, para mim, tem que ter a cara do dono e ser uma administração que anda de acordo com as normas do comércio, que inclui fazer o pagamento de seus impostos, assinar a carteira dos funcionários, fazer tudo como manda a lei, pois é isso que nos faz ir pra casa e colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo. Além de procurar ser organizado financeiramente, o gestor tem que ter uma relação muito boa com as pessoas, sejam elas: funcionários, fornecedores, clientes. Nesses 52 anos que minha empresa tem, eu nunca tive uma ação trabalhista. Até hoje, amanhã é outro dia. E no que depender de mim, espero não ter.

vir desinteressadamente que é o Lions Clube Teresina-Centro. Isso marca a nossa presença na classe social e serviços a comunidade. É uma boa oportu-

nidade de melhorar os conhecimentos e relacionamentos. O senhor trabalha em família. Como é isso? Eu divido a parte administrativa com minha esposa. Meu filho também cuida de uma parte dos negócios novos. A Luzia Helena gerência nossa empresa em São Luís e atualmente é a presidente da Associação Comercial do Maranhão. A Michaela durante muito tempo ofereceu treinamento de confeitaria e panificação até criar sua empresa de confeitaria, a Trigart, que funciona no mesmo prédio da administração. A sucessão é uma coisa que temos discutido. Até porque, na realidade, eu já tenho 78 anos, não sou mais criança. Este ano, faço “só” 60 anos de trabalho, de muito trabalho, diga-se de passagem. Muito tempo! História muito bonita, inclusive reconhecida! O senhor já recebeu vários títulos de cidadão teresinense, cidadão piauiense, Medalha Conselheiro Saraiva, entre outras homenagens de entidades empresariais. Que experiências e conselhos o senhor compartilha com os empresários de hoje? A administração da empresa, para mim, tem que ter a cara do dono e ser uma administração que anda de acordo com as normas do comércio, que inclui fazer o pagamento de seus impostos, assinar a carteira dos funcionários, fazer tudo como manda a lei, pois é isso que nos faz ir pra casa e colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilo. Além de procurar ser organizado financeiramente, o gestor tem que ter uma relação muito boa com as pessoas, seja funcionários, fornecedores, clientes. Nesses 52 anos que minha empresa tem, eu nunca tive uma ação trabalhista. Até hoje, amanhã é outro dia. E no que depender de mim, espero não ter. Revista Fecomércio

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Pesquisas Fecomércio

Pessimismo chega ao 8º mês seguido

serviços de Teresina, em dezembro de 2015, encontraram-se em situação de pessimismo com relação a investimentos em empregados e estoques de mercadorias. Os empresários que querem aumentar pouco o número de empregados (36,4%) e os que desejam reduzir pouco (35,1%) ficaram praticamente empatados.

Empresários piauienses são afetados pela crise nacional.

Investimento em mercadorias

Por Nonato Paz e Robert Pedrosa

O

Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) é uma pesquisa realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí (Fecomércio). O resultado da pesquisa é revelado em pontos, que vai de zero a 200. Acima de 100 indica otimismo e abaixo, pessimismo. O indicador 100 é o limite de satisfação. O quadro que se apresenta nesta pesquisa é de pessimismo em quase todos os indicadores. O ICEC do mês de dezembro de 2015, em Teresina, atingiu 91,9 pontos, apresentando uma queda de 22,18% com relação ao mesmo mês do ano anterior, que registrou 118,1 pontos. Este é o oitavo mês consecutivo em que a pesquisa revela situação de pessimismo. O levantamento contempla três cenários: a condição atual dos empresários, as expectativas para os próximos seis meses e os investimentos.

Condição atual dos empresários Na opinião dos empresários teresinenses, os resultados da pesquisa indicam retração na confiança provocada, neste mês, principalmente, pelas condições atuais da economia nacional, tendo em vista que o 14

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Quanto ao resultado dos estoques de mercadorias, a pesquisa apurou um índice de 96,7 pontos e que estabilizou com relação ao mesmo mês do ano anterior que atingiu o mesmo índice. Surpreendentemente, 36,4% dos empresários mais ricos declararam que os seus estoques estavam acima do adequado, no mês de dezembro, mostrando que as mercadorias ficaram encalhadas. Ora, se os produtos indicador alcançou 25,1 pontos, ficando - 7,46% abaixo do registrado no mês anterior e, na comparação com o mesmo mês do ano passado sofreu um recuo de 66,93%, tendo em vista que o indicador foi de 75,9 pontos. Desde quando foi iniciada a pesquisa, em 2010, não houve um índice tão baixo de satisfação dos empresários do comércio. Desestimulados, quando indagados sobre a condição atual da economia, 67,4% dos empresários responderam que a situação piorou muito com relação ao ano anterior, ao passo que apenas 2,4% disseram que melhorou muito. A condição atual do setor comércio foi avaliada em 45,7 pontos, apresentando uma queda de 11,63% com relação ao mês de novembro e uma variação de -49,33% na comparação com o mesmo mês do ano de 2014. Ao comparar com o ano passado, apenas 4,8% dos empresários do comércio responderam que a situação do varejo melhorou muito, enquanto 47,7% disseram que piorou muito.

PONTOS INDICES

Variação Anual

DEZ/15

49,6

45,9

92,5

-7,46

-50,32

.Condições Atuais da Economia

27,1

25,1

75,9

-7,38

-66,93

. Condições Atuais do Setor Comercio

51,7

45,7

90,2

-11,63

-49,33

. Condições Atuais da Empresa

70,0

66,9

111,5

-4,43

- 40,0

89,7

93,9

115,6

4,68

- 18,77

. Expectativa de Contrações de Funcionários

85,5

98,5

136,7

15,20

- 27,94

. Nível de Investimentos das Empresas

86,9

86,4

113,5

-0,58

- 23,88

.Situação Atual dos estoques

96,7

96,7

96,7

0

92

91,9

118,1

-0,1

ICAEC- Condições Atuais do Empresário do Comercio

IIEC- Investimento do Empresário do Comércio

Índice de Confiança do Empresário do Comércio - ICEC

DEZ/14

Variação Mensal

NOV/15

0 -22,18

Fonte: Pesquisa Direta pela CNC Elaboração: FECOMERCIO-PI..

estão estocados é porque não tiveram vendas e neste sentido os empresários recorrem aos bancos para honrar os seus

compromissos com pagamento de empregados, impostos e aluguéis, que são as maiores despesas do comerciante.

Enquanto isso, 72,2% dos comerciantes que empregam mais de 50 pessoas revelaram que piorou pouco a situação do comércio. O resultado deste levantamento corrobora com a Pesquisa do Varejo realizada pelo IBGE, na qual mostra uma queda consecutiva do volume de vendas desde fevereiro de 2015. Segundo o presidente da FecomércioPI, Valdeci Cavalcante, a situação pode se agravar ainda mais uma vez que a produção industrial está caindo muito (os três trimestres foram de quedas), tudo isto por causa da falta de apetite do consumidor. O consumidor tirou o pé do acelerador em dezembro, ficou com medo da inflação, que no acumulado dos 12 meses ultrapassou os dois dígitos. O agravante nesta história é que pode haver desabastecimento em longo prazo.

Investimento em contratações de empregados Os empresários do comércio de bens e Revista Fecomércio

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Educação Profissional

Pesquisas Fecomércio

Senac: 70 anos fazendo história

E

Revista Fecomércio

Elaine Dias Diretora Regional do Senac elaine@pi.senac.br

m 1º de agosto de 1947, nas dependências da Associação Comercial Piauiense, o Senac/Piauí foi instalado como Delegacia Estadual da Administração Nacional. Em 1949, vieram os cursos financiados pela própria administração regional do estado, iniciando pelo curso de Datilografia, ministrados, até então, em salas da Associação Comercial, cedidas gratuitamente. Em 17 de novembro de 1954 a Delegacia Estadual passou à condição de administração regional e, nessa data, foi instalado o Departamento Regional do Senac no Piauí. Ao longo destes anos, o Senac Piauí vem deixando sua marca quando o assunto é educação profissional. Atualmente, temos treze modernos Centros de Educação Profissional que fortalecem significantemente o processo de ensino, pois as salas de aulas são muito próximas à realidade do campo. Estamos presentes fisicamente nos municípios de Teresina, Campo Maior, Parnaíba, Luís Correia, Valença, Floriano, Picos, São Raimundo Nonato e Bom Jesus, contamos ainda com duas carretas-escola e uma unidade em obras no município de Barras. Além disto, atendemos através do Senac Móvel mais de 75 municípios e temos, em nosso plano de investimentos, a construção de novas unidades nos municípios de José de Freitas, Oeiras e Uruçuí. A política do nosso presidente Valdeci Cavalcante é ampliar e interiorizar as ações para que possamos, através da educação, contribuir para o desenvolvimento social e 16

Comércio registra queda, mas empregos se mantêm

Janeiro/Fevereiro 2016

econômico de todo o estado e melhorar a qualidade de vida da população. Com essa estrutura, ao longo do tempo, ampliamos significativamente o número de atendimen-

A maior inovação pedagógica será a implantação, em 2016, do novo modelo pedagógico em que será assegurado um padrão nacional de qualidade e reafirmará o compromisso do Senac com uma educação profissional de excelência. O modelo define parâmetros comuns para os cursos realizados pela instituição em todo o país e está baseado em uma organização curricular por competências.

tos realizados: em 2014, atingimos a marca de 61.561 matrículas, tornando-se o maior ícone da educação profissional no estado. O Senac tem o compromisso de educar para o trabalho em atividades de comércio,

de bens, serviços e turismo. Nesse sentido, a Administração Regional vem expandindo ainda mais a oferta de cursos e programas para viabilizar o acesso da população ao mercado de trabalho. Temos em nosso portifólio centenas de cursos de formação inicial e continuada e, em 2015, desenvolvemos e ofertamos mais vinte títulos de cursos técnicos. As ações são direcionadas por políticas de educação profissional inovadoras, desenvolvidas através de diversificadas formas de atendimento, tais como ensino presencial, semipresencial, à distância, Senac Empresarial, Senac Móvel, dentre outras. A maior inovação pedagógica será a implantação, em 2016, do novo modelo pedagógico em que será assegurado um padrão nacional de qualidade e reafirmará o compromisso do Senac com uma educação profissional de excelência. O modelo define parâmetros comuns para os cursos realizados pela Instituição em todo o país e está baseado em uma organização curricular por competências. Para manter-se em sintonia com as mudanças no mundo do trabalho procurando responder às demandas do mercado, o Senac Piauí vem sempre contando com a essencial contribuição de seus empregados. Para isto, procuramos fazer uma gestão voltada para a valorização das pessoas, sendo esta uma tendência das organizações modernas e competitivas que preservam o seu maior patrimônio ao longo de suas histórias: as pessoas.

Fecomércio analisa os principais indicadores do comércio que marcaram o ano de 2015. Por Nonato Paz e Robert Pedrosa Foto: Carlos Pacheco

O

então ministro da Fazenda, Guido Mantega, que deixou o cargo no final de 2014, criou um programa que o chamou de Nova Matriz Macroeconômica, que consistia no seguinte: o consumo seria o motor do crescimento econômico. As famílias demandavam os produtos e o comércio e as indústrias procuravam atendê-las e desta forma a economia era movimentada realizando um círculo virtuoso, ou seja, a demanda puxando a oferta. Para funcionar, a primeira medida do Governo foi baixar as taxas de juros, que as deixou a níveis tão baixos que em todos os cantos de Teresina havia uma factoring emprestando dinheiro. Para reduzir mais os preços o Governo concedeu incentivos fiscais de produtos da linha branca tipo geladeira, e fogões, depois outras desonerações nos setores de material de construção e automóveis e em seguida mandou baixar os preços de energia elétrica. O programa iniciou muito bem porque formou-se um certo equilíbrio entre a oferta e a procura de bens, serviços e turismo. Entretanto, começou a definhar com alguns anos de funcionamento quando as famílias ficaram muito endividadas. O Volume de Vendas do Comercio Varejista do Piauí no mês de outubro de

As vendas no comércio vêm caindo desde fevereiro de 2015.

2015, de acordo com os dados da PMCPesquisa Mensal do Comércio, divulgada nesta semana, pelo IBGE, apresentou variação de -7,5%. No mesmo sentido, os índices de volumes de vendas foram

negativos, ininterruptamente, desde fevereiro do corrente. Já no acumulado do ano houve uma queda de 3,8% e nos últimos 12 meses uma variação de -2,7% na mesma base de comparação.

Revista Fecomércio

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Junta Comercial

Abrir empresas será mais rápido no Piauí O sistema RedeSim deverá ser lançado no final de fevereiro pela Junta Comercial do Piauí. Por Gleyca Lima Fotos: Karla Nery

A

Junta Comercial do Piauí (Jucepi) passará a receber exclusivamente os processos cadastrados por um sistema integrador. O órgão, que tem como missão na gestão atual acelerar abertura e aditivos, e fechamento de processos da classe empresarial, está passando por um processo de avanço tecnológico. Segundo a presidente da Jucepi, Alzenir Porto, a prioridade atual é transformar o órgão num local para que a classe empresarial fosse atendida com eficiência. “Quando assumi a presidência do órgão, encontrei um local bastante atrasado em relação à tecnologia atual, não tínhamos informatização e isso causava grandes dificuldades na análise de processos, acarretava grande acúmulo de serviços. Ao chegar aqui, nos deparamos com processos que duravam anos e outros que não apareciam”, explica a presidente. Outra dificuldade citada por Alzenir foi a relação à centralização da Jucepi. Ela explica que anteriormente o empresário tinha que se deslocar dos municípios mais distantes para dar entrada ao processo de abertura da empresa, processo este que levava meses para ser analisado. “Os municípios não tinham postos de representação, o atendimento era muito centralizado apenas na capital, as pessoas tinham que vir de longe para abrir uma 18

Revista Fecomércio

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Alzenir Porto, presidente da Jucepi, destaca a descentralização do atendimento, com abertura de postos no interior do estado.

empresa. Atualmente, a Junta Comercial conta com 14 postos de atendimento: Campo Maior, Parnaíba, Piripiri, Água Branca, Floriano, Oeiras, Picos, Uruçuí, Bom Jesus, São Raimundo Nonato, São João do Piauí, Corrente e já estamos finalizando o posto de Valença”, exalta a presidente. Dando continuidade ao processo de descentralização do atendimento, a Junta Comercial do Piauí pretende instalar, até o mês de maio deste ano, 40 postos de atendimento no Piauí. Alzenir Porto relata que os trâmites de documentação eram muito difíceis devido ao vício existente tanto pelo prestador de serviços, quanto pelos servidores da Junta Comercial para com eles. A presidente relata ainda que foi preciso fazer um mapeamento dos problemas existentes e encontrar um caminho que atendesse às respostas que os

clientes queriam e suas expectativas. “Diante dos problemas encontrados, procuramos parcerias que nos ajudassem a saná-los e ganhamos grande ajuda do Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Piauí (Sebrae-PI), por meio de seus consultores que estão nos ajudando de forma bastante forte. Diante disso, buscamos também outros parceiros, como o Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado do Piauí (Sindilojas), Associação Industrial do Piauí (AIP), Conselho Regional de Contabilidade do Piauí (CRC-PI), Conselho Regional de Administração do Piauí (CRA - PI ), entre outros”, relata a presidente. É o Sebrae, por exemplo, que está à frente do processo de digitalização de todo o sistema dos documentos que envolvem abertura, aditivos e fechamento de empresas.

O presidente do CRC-PI, Josafam Bonfim, diz que a redução da burocracia era uma reivindicação antiga dos contadores.

O diretor-superintendente Mário Lacerda afirma que a digitalização trará mais agilidade e facilidade para os empresários piauienses. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Piauí (CRC-PI), Josafam Bonfim, a modernização da Junta Comercial do Piauí ocorreu a partir do momento que a atual presidente assumiu. “A melhoria dos serviços começou com a implantação das senhas de atendimento ao público, que funciona como controle administrativo, possibilitando maior estatística por atendimento realizado e quantidade de processos recebidos”, afirma o presidente do CRC-PI. Outra questão que será reformulada na Junta Comercial do Piauí será em relação à formalização de empresas piauienses, que será feita pela internet no prazo de até cinco dias. O serviço será oferecido

A falta de informatização acarretava grande acúmulo de serviços, que foram otimizados após importantes mudanças na Jucepi.

a partir do momento que for implantada a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (RedeSim), por meio do programa Piauí Digital. O sistema RedeSim, que deverá ser lançado no Piauí no final de fevereiro, é integrado e permite a abertura, fechamento, alteração e legalização de empresas em tempo recorde, reduzindo a burocracia ao mínimo necessário. “A implantação de um sistema de informática que permite a desburocratização e simplificação da abertura de empresas nos moldes da RedeSim interligará a Junta Comercial com a Prefeitura de Teresina, Receita Federal, Corpo de Bombeiros, Vigilância Santitária e outros. Desta forma, a constituição e alteração contratual de uma empresa poderá ocorrer em poucos dias e, no futuro, em até poucas horas”, finaliza Josafam Bonfim. Revista Fecomércio

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Serviço Social

Sindicatos

70 anos do Sesc: uma empresa do bem Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PI campelo@campelocampelo.com.br

N

esse ano de 2016 o Serviço Social do Comércio - Sesccelebra seus 70 anos de existência. Uma data histórica para um país em que menos de 1% dos empreendimentos têm essa idade. Deve ser ressaltado ainda que, apesar de contar hoje com mais de 18.000.000 de empreendimentos, a idade média das empresas no Brasil é de apenas 8,7 anos, sendo que 13,78% se situam na faixa inicial de até 1 ano, 11,71% de 1 a 2 anos, e 8,81% de 2 a 3 anos, segundo informações do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação - IBPT. Por certo que só o fato de completar 70 anos de vida já é motivo suficiente para se tecer incomensuráveis elogios ao Sesc, contudo, ao voltar os olhos à sua história, se multiplicam as razões para se celebrar, e se ainda se pôr os olhos no futuro, se perceberá o quanto auspiciosos serão ainda os anos vindouros. O Sesc é uma empresa ímpar no mundo, pode-se afirmar, assemelha-se ao Estado, enquanto função, uma vez que atua prestando serviços nas áreas de saúde, educação, cultura, lazer e assistência. Na verdade, o Sesc é exemplo para o próprio Estado, uma vez que é modelo de excelência na prestação de serviços sociais, e não é por menos que, por vezes, o Sesc ocupa o próprio espaço da atividade estatal que, como 20

Revista Fecomércio

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é sabido, ainda está muito aquém de atender a contento às necessidades das pessoas. É preciso ressaltar também, o desenvolvimento de projetos sociais mais relevantes, como o Mesa Brasil, que

Na verdade, o Sesc é exemplo para o próprio Estado, uma vez que é modelo de excelência na prestação de serviços sociais, e não é por menos que, por vezes, o Sesc ocupa o próprio espaço da atividade estatal que, como é sabido, ainda está muito aquém de atender a contento às necessidades das pessoas.

colabora com a redução do desperdício de alimentos no país, além, é claro, de distribuir alimentos para aqueles mais vulneráveis socialmente. O projeto Sesc Ler, que trabalha com a educação de jovens e adultos, diminuindo o abis-

mo social que é criado pelo analfabetismo. Muitos outros projetos poderiam ainda ser citados: Odontosesc, Saúde da Mulher, Palco Giratório, Amazônia das Artes, etc. O certo, porém, é que o Sesc penetra nos campos em que a sociedade mais necessita, sendo protagonista da transformação do Brasil. Posso falar com orgulho, e com propriedade também, pois foi no Sesc que tive a minha educação infantil iniciada e onde aprendi a cultivar valores, os quais, em par com os adquiridos em família, me permitiram criar uma individualidade que até hoje se encontra fortalecida, palmilhada que foi na esteira de serviços prestados pelo Sesc. E nesses 70 anos, quantos exemplos como o meu não poderiam ser relatados?! Enquanto Diretor Regional do Sesc no Piauí, quero parabenizar a todos que fazem a instituição, seus competentes e dedicados colaboradores, ao Conselho Regional, em especial ao Presidente Valdeci Cavalcante, pelo seu exemplo de trabalho. Assim, muito me orgulha pertencer a essa instituição, uma empresa que pugna por uma vida melhor paras as pessoas, uma vida mais digna, que possa assinalar para um futuro melhor, enfim, uma empresa do bem, que faz o bem! Parabéns, Sesc, pelos seus 70 anos!!!

A convenção foi realizada em novembro, mas os valores serão pagos retroativos a junho do ano passado.

Fechado acordo salarial com comerciários da Fetracom-PI A negociação definiu também horário de funcionamento do comércio em 2016. Por Gleyca Lima Fotos: Karla Nery

A

pós diversas rodadas de negociações, empresários e comerciários chegaram a um denominador comum e fecharam em novembro de 2015 a Convenção Coletiva de Trabalho – CCT – entre a Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços no Estado do Piauí – Fetracom/PI e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Piauí – Fecomércio/PI, referente ao período 2015/2016. A negociação aconteceu na sala de reunião do Ministério do Trabalho e Emprego do Piauí. A reunião, que contou com a participação do advogado da Fecomércio/PI,

Pedro Barbosa; do diretor e secretário da Fecomércio/PI, Nonato Paz; do advogado do Armazém Paraíba, José Cláudio, do advogado do Grupo Carvalho, Vilmar Borges, e advogados representantes do Sindicato do Comércio Varejista do Piauí e Comercial Carvalho e do presidente da Fetracom/PI, Marcos de Holanda Moura. Depois da apresentação de propostas por ambas as partes, chegaram-se ao consenso de reajustes salariais fracionados com pisos a partir de primeiro de junho de 2015 respectivamente, nos seguintes valores: municípios do Grupo A – R$ 880,00; Grupo B – R$ 870,00 e Grupo C – R$ 860,00. Foi liberado o funcionamento, aos domingos e feriados, de estabelecimentos do setor de alimentos, como supermercados e frigoríficos. Além disso, ficou acordada a liberação

para fechamento das empresas nos seguintes dias: 9 de fevereiro (carnaval); 18 de março (Paixão de Cristo), e 1º de maio (dia do trabalho). Já nos sábados vésperas dos dias das mães e dos pais, as empresas do setor serviços funcionarão das 08h00 às 18h00 com acréscimo salarial de 60% no valor da hora normal. Segundo o diretor da Fecomércio/ PI, Nonato Paz, dentro da reunião houve ainda a pauta sobre os encargos aplicados ao empresário sobre a abertura do comércio aos domingos. O diretor avaliou o resultado da convenção como positivo para todas as partes envolvidas. “Todos ganharam! Tanto os comerciantes, que foram muito bem representados pelos seus experientes advogados, quanto os comerciários, que tiveram seus ganhos também a partir das cessões de ambas as partes”, afirma Nonato Paz. Revista Fecomércio

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Especial

Reprodução: GoogleMaps

Você sabe escolher o local certo para seu negócio?

Geomarketing vem antes da escolha do ponto Pouca gente percebe, mas a escolha do local é que passa pelo geomarketing e não o contrário. Em primeiro lugar, ninguém pode definir abrir um negócio após escolher o local. Dependendo de todas as informações, um ponto que parecia muito bom numa avaliação rápida fica inviável logo em seguida, de acordo com o negócio que irá ser montado. Uma loja que exige parada constante de veículos precisa ter uma frente recuada para ter estacionamento, por exemplo. “Uma farmácia exige uma parada com mais frequência, já uma concessionária, não, porque o consumidor vai à farmácia uma vez por semana, enquanto que vai à concessionária de veículos, uma vez a cada dois anos”, afirma Eduardo Ventura. Há casos também em que, quanto mais concorrência, melhor, pois o cliente sabe que naquela região encontrará o que

O uso do geomarketing, segundo Eduardo Ventura, reduz as chances de erro na hora de escolher o local do negócio.

precisa. Até o sentido da rua é importante e, se mudar, pode matar ou fazer nascer um negócio. Por isso, é importante o

empresário saber como funciona a região antes de decidir que estratégia de marketing usar.

Para Pag Contas, mercadinhos, farmácias e mercearias é o seu filão

Aprenda a acertar na escolha do ponto comercial mais adequado para seu empreendimento. Por Robert Pedrosa Fotos: Carlos Pacheco

A

brir uma empresa não é uma decisão fácil. Além de envolver questões como vocação, tempo, dedicação, experiência, feeling e recursos econômicos, um dos aspectos mais importantes na hora de abrir seu negócio é escolher o local onde irá funcionar. Dependendo do tipo de empreendimento, o ponto pode levá-lo ao sucesso ou ao fracasso. Mas escolher um ponto comercial ide-

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al não é tão simples. O local muitas vezes parece atrativo à primeira vista, mas as chances do lugar ser o melhor aumentam se, junto com informações geográficas, o empreendedor aprender a usar o geomarketing. Geomarketing é uma técnica de marketing em que se usa o conhecimento que se tem sobre uma região para escolher o melhor local para abrir o negócio. “Eu uso várias informações, como o perfil populacional, o tipo de público que frequenta a região, se esse público é flutuante ou não, para escolher o local. É uma técnica de marketing que considera a visualização e análise de dados como componente do processo de tomada de decisão”, explica

o consultor Eduardo Ventura, especialista em marketing e que trabalha nesse ramo, prestando serviços a várias empresas do País. Apesar da sua importância, o uso do geomarketing por empresários piauienses ainda é tímido. O fato de alguns empreendedores acertarem na escolha do local e ações de marketing adequadas, mesmo que de forma empírica, dificulta que percebam a importância da aplicação da técnica. Mas, para quem quer diminuir o risco ao abrir um negócio, o geomarketing aumenta as chances do sucesso, pois é aplicado somente após uma intensa variedade de informações aliadas ao local.

Um negócio com faturamento na casa dos milhões depende muito mais do volume de pequenos comércios na periferia do que a localização em bairros nobres. O sistema de pagamentos Pag Contas, em que o cidadão paga contas de água, luz e telefone, entre outras, hoje é um sucesso graças a uma estratégia de geomarketing. O Pag Contas, criado em 2000, chegou para atender ao público que morava em bairros onde havia carência de agências bancárias. As máquinas instaladas em mercadinhos, farmácias e mercearias permitia que o cidadão pagasse suas contas sem transtornos e sem filas. Em troca, o comerciante via o movimento em seu comércio crescer. “As pessoas vão à farmácia para pagar contas e acabam consumindo”, afirma o empresário.

Sílvio Leite mostra como escolhia os locais em São Paulo, quando cuidava do bingo Poupa Ganha.

“Foquei em bairros e cidades do interior em que não havia bancos. E estou presente em bairros como Promorar, Parque Piauí, Mocambinho, Renascença, nas regiões movimentadas. E há inclu-

sive locais estratégicos que valem mais pela visibilidade, como o Mercado Capetinha, em Barro Duro”, lembra Sílvio Leite. O Pag Contas está hoje em 600 pontos do Piauí, sendo 200 em Teresina. Revista Fecomércio

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Especial

Marcas só escolhem ponto com aprovação da matriz A importância do geomarketing é tanta que as grandes marcas são rigorosas na escolha do ponto de suas franqueadas e algumas dão o aval final nessa decisão. Segundo o empresário piauiense Sílvio Leite, a rede O Boticário é que define o ponto de suas filiais. “O Boticário só aluga o ponto só se ele (a matriz) vier [até ao ponto-local] aprovar”, explica o empresário, que durante anos foi o CEO do Grupo Claudino e teve contato com muitas franquias nacionais. Sílvio Leite, aliás, aprendeu muito sobre isso na época do Grupo Claudino. Ele participou da inauguração do Teresina Shopping e lembra que o arquiteto do empreendimento disse que, no caso dos shoppings centers, em primeiro lugar vem o ponto, em segundo o ponto, em terceiro também. O empresário também usou muito seu conhecimento de marketing para definir que pontos usaria para instalar as lojas na antiga rede de bingos Poupa Ganha. Quando eu saía no Brasil inteiro alugando espaços para o Poupa Ganha, eu pagava a fachada. Por exemplo, nesse lugar R$ 10 mil é o aluguel, R$ 10 mil é a placa de propaganda na Avenida Brasil (em São Paulo), onde milhares de pessoas trafegam”, lembra.

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Observe, no mapa abaixo, como o geomarketing influencia na escolha do ponto comercial Estacionamento

Local estratégico

Algumas lojas exigem grande recuo para que os clientes possam estacionar seus carros. É o caso das Lojas Americanas, que possuem estacionamento na frente e na lateral.

A gelateria San Paolo está próxima a restaurantes, o que aumenta as chances de ser procurada após uma refeição. Além disso, o ponto possui fácil estacionamento público, sem transtornos.

Acesso difícil

Empresário acompanhou durante um mês rotina de avenidas O administrador de empresas Bruno Sampaio, de 32 anos, sabe da importância do local do empreendimento e, por isso, não mediu esforços para escolher onde abriria sua gelateria. Durante um mês, entre outubro de novembro de 2014 ele e os sócios acompanharam o movimento de veículos e de pessoas em quatro avenidas de Teresina: Homero Castelo Branco, Jóquei Clube, Nossa Senhora de Fátima e Dom Severino. “Observamos o movimento de 13h até meia-noite, período de funcionamento da nossa loja. Após muita análise, escolhemos a Dom Severino e posso dizer que acertamos na decisão”, lembra Bruno Sampaio, proprietário da gelateria San Paolo, especializada em sorvetes. Por ser localizada próxima à pizzarias e restaurantes, a San Paolo atrai muito desse público que frequenta esses locais. “Sempre que alguém come algo salgado, dá a vontade de degustar algo doce”, ensina o empresário, que deixou sua terra natal, Fortaleza (CE), para montar seu negócio em Teresina. A vinda da San Paolo para o Piauí aconteceu através da interação da empresa com os clientes, pelas redes sociais. Em Fortaleza (CE), onde morava com a famí-

lia, Sampaio leu que muitos clientes da gelateria questionavam quando a rede – que possui cinco unidades na capital cearense – abriria uma filial em Teresina. Amigo dos sócios da San Paolo, Sampaio acreditou que uma nova loja em outro estado teria boa aceitação, principalmente por ter um serviço inédito na capital do Piauí. “A San Paolo destaca-se porque permite a mistura dos sabores de sorvetes através na pedra gelada. Isso era algo que não tinha na cidade e por isso, acreditamos que daria certo”, lembra o jovem. Comemorando os 10 meses de funcionamento da filial em Teresina, Bruno Sampaio só lamenta a burocracia existente para se abrir uma empresa. “Foram quase seis meses para conseguir abrir a empresa. Em outros países, você consegue abrir uma empresa em questão de minutos”, lamenta. As dificuldades, no entanto, não desanimam Sampaio, que já faz planos para no futuro abrir outras filias na capital piauiense. “Além disso, fui muito bem recebido em Teresina. Fiz amizades muito rápido e já posso me considerar teresinense. Não penso em voltar a morar em Fortaleza. Lá, somente a passeio agora, para ver minha família”, conclui.

Sentido da via pública

A Avenida Dom Severino é muito movimentada, mas como não há mais conversão, dificulta a parada do veículo que vem no sentido inverso, pois muitos clientes evitam atravessar vias de tráfego intenso.

Antes de abrir sua gelateria, Bruno e os sócios observaram o movimento em quatro vias importantes da zona leste.

Ruas de dois sentidos são atrativas, mas como a Prefeitura pode alterar para somente um sentido, o negócio pode ser prejudicado após essa intervenção pública. É importante ficar atento.

Outras dicas importantes sobre a localização ?

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Às vezes, é importante um local ter mesmo vários concorrentes. Depois de um certo ponto, os seus concorrentes vão dividir e não somar.

É uma compra de passagem, é uma compra de conveniência?

O geomarketing é importante, mas mesmo sendo usado, não quer dizer que seu negócio vá dar certo. Porque não é só a localização que conta.

Que tipo de comportamento de consumo envolve aquele negócio?

Negócios grandes, como supermercados, atraem comércios menores. É o que se chama de sinergia.

Dois pontos importantes devem ser observados numa avenida: É possível fazer conversão? Qual a velocidade da via?

Conheça o tipo de concorrência.

O tipo de compra que envolve o produto: é compra frequente ou compra especializada?

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A visibilidade de uma esquina é importante, mas não somente isso conta. Perspectiva de futuro: a empresa tem que ter noção de espaço para que, no futuro, possa expandir sem problemas.

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O ponto é antes ou depois de chegar à concorrência?

Via muito larga dificulta os pedestres a atravessarem a rua Revista Fecomércio

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Crise

A conjuntura políticoeconômica

Lucas fazia o melhor bolo da redondeza. Só faltava uma pitada de planejamento estratégico. Ninguém abre uma confeitaria por ter talento para análise de mercado. Para isso existe o Sebrae, para ajudar na gestão do seu negócio. Palestras, cursos, consultorias, tudo na medida para a sua microempresa prosperar e crescer. Tem uma microempresa? Faça um grande negócio: procure o Sebrae. Ligue 0800 570 0800

Ernane Galvêas

Planejamento Estratégico | Plano de Marketing | Internet Associativismo | Gestão Financeira | Tributação | Gestão de Pessoas

Consultor Econômico da CNC e ex-ministro da Fazenda ernanegalveas@cnc.com.br

O

ano de 2015 foi um desastre, tanto do ponto de vista econômico, como político. A economia afundou com a queda de 3,6% do PIB, por razões diversas, inclusive pelo desentrosamento político e os desacertos nas relações do Executivo com o Congresso Nacional.

A crise tomou um vulto impressionante, que abrange praticamente todos os seguimentos da Federação. Municípios e estados estão sem liquidez, atrasando os compromissos com o funcionalismo, a saúde e a educação. Ainda por cima, ocorreram duas calamidades imprevistas: o derrame da lama de minério da Samarco, em Minas Gerais, e a epidemia do Zika vírus, de proporções alarmantes. A crise fiscal chega ao ponto extremo de não ter o Governo um mínimo de recursos para amortizar a dívida pública. Ao que indica, em 2016, como em 2015, o déficit nominal atingirá cerca de R$ 500 bilhões, elevando a dívida a cerca de R$ 4 trilhões em 2015 (66% do PIB), com previsão mais catastrófica ainda em 2016. Não há consciência política para adoção das providências mínimas para iniciar o processo de ajuste fiscal. O quadro mais competente do Governo, o ministro da Fazenda Jo-

aquim Levy, foi incompreendido e levianamente sacrificado. A nova administração fazendária que começa com Nelson Barbosa vai, possivelmente, enfrentar as mesmas dificuldades. Mas o novo ministro é experiente, dedicado e desfru-

Enquanto durarem as discussões sobre a cassação de Eduardo Cunha e o impeachment da Presidente Dilma, vai ser difícil o entendimento entre o Executivo e o Legislativo. Sobrepaira essa conjuntura, a atuação do Judiciário, na escalada dos inquéritos policiais e prisão dos responsáveis pela onda de corrupção na administração pública.

ta de maior confiança dos políticos. Tem condições para equacionar os problemas mais agudos, mas não certamente para solucioná-los. A favor do novo ministro, apon-

ta-se o fator positivo representado pelo início de vários projetos no campo da infraestrutura de energia elétrica, concessões portuárias e rodoviárias. A crise política e econômica vai entrar de férias em janeiro, mas não vai sair de dentro de nossas casas. Redução das atividades econômicas, desemprego e inflação vão continuar convivendo com o clima de incertezas e a crise de confiança que afastam os investidores nacionais e estrangeiros. O ano 2015 foi desastroso e 2016 não promete ser muito diferente. E até pior. Enquanto durarem as discussões sobre a cassação de Eduardo Cunha e o impeachment da Presidente Dilma, vai ser difícil o entendimento entre o Executivo e o Legislativo. Sobrepaira essa conjuntura, a atuação do Judiciário, na escalada dos inquéritos policiais e prisão dos responsáveis pela onda de corrupção na administração pública. O Brasil passa por uma fase de desagregação e desmoralização que ninguém sabe quando irá terminar. Importante teste vão ser as eleições municipais, em outubro do próximo ano. A escolha de novos políticos, não comprometidos com a “sujeira” atual, pode representar uma reversão no sentido da moralização.

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Revista Fecomércio

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@sebrae


Capa Foto: Luís Mota

70 anos de bons serviços

O SESC Praia recebeu quatro vezes o Selo do Guia Quatro Rodas e foi avaliado como excelente pelo TripAdvisor.

de bons serviços

As ações culturais promoveram mais de 500 mil atendimentos por ano.

No Piauí, o Sesc foi criado dois anos depois, em 1948. Em 2015, foram 11 milhões de atendimentos no País

O Sesc e o Senac são referência nacional e regional em várias áreas pela qualidade dos serviços prestados no Piauí. Por Ana Cláudia Coelho e Mariane Aquino Fotos: Ascom Sesc/PI e arquivo Senac

H

á 70 anos, nascia o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), instituições criadas pelos empresários do comércio para atender aos comerciários, dependentes de comerciários e a comunidade. Entidades sem fins lucrativos, o Sesc e o Senac são referência

na assistência em todo o país e destaque em órgãos de avaliação de qualidade nos serviços que realiza. O exemplo mais recente é o do Sesc Praia, em Luís Correia, litoral do Piauí, avaliado como excelente pelo TripAdvisor – conceituada publicação de turismo. O Sesc Praia já recebeu quatro selos do Guia Quatro Rodas, além de prêmios regionais. Inaugurado em janeiro de 2015, o Sesc Oeiras também já acumula prêmios pela qualidade dos serviços prestados. Na educação, o projeto Sesc Ler no município de Guaribas foi premiado com a Medalha Paulo Freire 2010, com o projeto Partindo da Matéria Prima. No âmbito

nacional, a Escola Sesc de Ensino Médio venceu, em 2011, o Prêmio Darcy Ribeiro, oferecido pela Câmara dos Deputados à iniciativas de destaque na educação brasileira. No Piauí, o Sesc atende crianças desde o maternal até o 5º ano do ensino fundamental e realiza o projeto Habilidades de Estudos – uma espécie de segundo turno para alunos matriculados em outras escolas, além de oferecer curso Pré-vestibular em Teresina e Parnaíba. “É gratificante proporcionar os serviços do Sesc e do Senac ao maior número de piauienses”, enfatiza o presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac Piauí, Valdeci

Instalação da Delegacia Executiva em Teresina. Criação do Sesc – Departamento Nacional.

1946 Criação do Senac – Departamento Nacional.

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Instalação da Delegacia Executiva em Parnaíba.

1947 Instalação da Delegacia Estadual da Administração Nacional, em Teresina.

1948

Cavalcante. O Sesc atua nas áreas de educação, cultura, saúde, lazer e assistência, onde são desenvolvidos serviços gerando milhares de atendimentos nessas áreas. Ao falar dos 70 anos de criação do Sesc no Brasil, o diretor Regional do Sesc no Piauí, Francisco Campelo Filho, ressalta o orgulho de fazer parte da grande família do Sesc. “É gratificante trabalhar numa empresa que tem a missão de proporcionar ações de educação, saúde, cultura, lazer e assistência de forma a contribuir com o bem estar e a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, destaca ao completar que “prestar serviços no Sesc é ter a satisfação de estar ajudando as pessoas todos os dias”.

Transformação em Departamento Regional do Sesc em Teresina. Implantação das atividades de Educação Infantil.

1954

Início das atividades do Sesc Ilhotas - Teresina.

1959

Inauguração do Sesc Avenida - Parnaíba.

1961

A entidade deve fechar as estatísticas de 2015 com 11 milhões de atendimentos em todo o Piauí. De acordo com a Coordenação de Planejamento do Sesc Piauí, de janeiro a novembro de 2015, a entidade realizou mais de 4,3 milhões de atendimentos na área de assistência, 2 milhões na educação e 1,2 milhão na saúde. As ações culturais também merecem destaque, com a realização dos projetos Março de Artes Cênicas, com ações em Teresina, Parnaíba e Floriano; Mostra de Dança; Mostra Sesc Amazônia das Artes e Festival de Teatro Infantil, gerando mais de 500 mil atendimentos por ano. A área de lazer, que envolve ações de

turismo e recreação, também teve números expressivos: 860.083 atendimentos. Entre as atividades estão a realização do projeto Brincando nas Férias, manhãs recreativas, viagens, passeios e excursões pelo país. Na saúde, o Sesc mantém clínicas odontológicas em Teresina, Parnaíba e Floriano e assistência médica por meio do projeto “Ver para Aprender”, que atende alunos dos centros educacionais do Sesc. O programa Assistência envolve as ações do Trabalho Social com Idosos (TSI) e do Mesa Brasil Sesc considerado um dos maiores programas de combate à fome e ao desperdício de alimentos no país.

Inauguração do Sesc Beira Rio - Parnaíba.

Construção do Parque Aquático do Centro de Atividades – Sesc Ilhotas - Teresina.

Inauguração do Ginásio Poliesportivo – Sesc Ilhotas - Teresina.

Inauguração das Bibliotecas Ambulantes do Regional

1968

1971

Inauguração do Sesc Floriano.

1972

Instalação do Departamento Regional do Senac em Teresina.

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Capa

Senac completa 70 anos marcando vidas e realizando sonhos Desde 1946, o Senac constrói uma trajetória de excelência por todo o Brasil sendo o principal agente de educação profissional voltado para o Setor do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. No dia 10 de janeiro, a instituição completou 70 anos de existência e de participação na vida de muitos brasileiros. Presente em todos os estados do país e no Distrito Federal, a instituição reúne histórias de sucesso que são reflexos da qualidade do ensino oferecido através de suas variadas programações presentes em centenas de ambientes educacionais com infraestrutura moderna e tecnologia de ponta. Muito mais do que oferecer uma educação profissional de qualidade, durante estes 70 anos, o Senac se projetou para o futuro e sempre esteve atento às necessidades dos trabalhadores do comércio bem como às exigências do mercado de trabalho. Desta forma, escreveu um capítulo particular no desenvolvimento econômico do Brasil oferecendo mão de obra qualificada e especializada.

Unidade Móvel Fluvial José Tadros.

Promovendo inclusão social

Alunas durante aula do Curso de Admissão da Escola Senac Brasílio Machado Neto em 1957. São Paulo, Capital.

Inauguração do Centro de Turismo e Lazer Sesc Praia Luís Correia.

Inauguração do Sesc Centro - Teresina.

1973

1984

Para atender a população menos favorecida, o Senac promove a inclusão social através da oferta de cursos gratuitos. Desde 2008, o Programa Senac de Gratuidade (PSG), já beneficiou mais de 1 milhão e 800 mil brasileiros. Em parceria com o Governo Federal, as oportunidades se estendem com a oferta de cursos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). De 2012 para

1991

1996

cá, mais de um milhão de matrículas foram realizadas. A contribuição para a inserção da juventude no mercado de trabalho também se dá de forma gratuita. Através do Programa de Aprendizagem Profissional Comercial, mais de 900 mil jovens de 14 a 24 anos já foram qualificados para atuarem em empresas do Setor do Comércio de Bens e Serviços. A população de baixa renda se beneficia ainda com as ações do Senac Móvel. Ao

Implantação do Programa Mesa Brasil Sesc em Teresina e Parnaíba.

1998

1999

2003

todo são 87 carretas-escola, direcionadas às regiões periféricas e do interior do país, e uma balsa-escola que favorece ribeirinhos da região amazônica. Os talentos do Senac podem, inclusive, desfrutar do Banco de Oportunidades, serviço de cadastro de currículos sem ônus para o candidato e para o empregador. Dessa forma, alunos e ex-alunos são encaminhados às diversas vagas de emprego e ainda recebem orientações para as seleções.

Inauguração do Sesc Ler em Guaribas e Acauã.

Inauguração do Sesc Ler em São João do Piauí.

Criação da Orquestra Sesc de Câmara de Parnaíba.

Reforma, ampliação e modernização do Sesc Ilhotas – Teresina.

2004

2005

Inauguração do Centro de Educação Profissional “Fausto Portela Madeira”, em Parnaíba-PI.

Inauguração do Centro de Educação Profissional “Miguel Sady”, em Teresina.

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Inauguração do Centro de Educação Profissional “Gasparino Ferreira dos Santos”, em São Raimundo Nonato – PI.

Inauguração do Centro de Educação Profissional “José Alves do Nascimento”, em Floriano– PI. Revista Fecomércio

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Capa

Transformando vidas no Piauí

O Senac está presente no Piauí desde o ano de 1947 sendo líder de credibilidade no estado. A instituição se inseriu na história dos piauienses proporcionando conhecimento e ampliando as oportunidades de geração de emprego e renda para a população local. Além de ter sido pioneiro na oferta do curso de Datilografia, o Senac permaneceu também por muitos anos como a única escola de educação profissional do Piauí com cursos de Informática. A escola, que iniciou com 40 alunos em uma estrutura com salas cedidas e alugadas, fechou o ano de 2015 com mais de 50.000 matrículas realizadas e vive um processo de expansão contínua pelo estado com treze unidades espalhadas pelas cidades de Teresina, Campo Maior, Parnaíba, Floriano, Picos, São Raimundo Nonato, Valença e Bom Jesus. Segundo o presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, mais investimentos estão previstos. “Os 70 anos do Senac só nos dão impulso para crescer cada vez mais. No

Inauguração do Complexo Turístico no Sesc Praia - Luís Correia.

De aluno a empresário

No Piauí, o Senac foi pioneiro na oferta de cursos de Datilografia.

Piauí, as próximas beneficiadas com unidades serão as cidades de Barras, José de Freitas, Uruçuí e Oeiras. Em Teresina, os projetos são para o bairro Dirceu Arcoverde”, destaca. O Senac completa sete décadas de um trabalho marcado pela qualidade, excelência, inovação e responsabilidade. São 70 motivos para comemorar o desenvolvimento de competências, a realização de sonhos e as mudanças de vida de inúmeros brasileiros que fazem parte desta trajetória.

Reforma e modernização do Sesc Centro Teresina.

Inauguração do Sesc Ler em Piripiri.

Inauguração da nova Sede Administrativa da Federação do Comércio do Piauí e dos Departamentos Regionais do Sesc e do Senac.

Inauguração do Sesc Ler em São Raimundo Nonato.

Inauguração do Centro de Convenções do Sesc Praia – Luís Correia.

Inauguração da sede Mesa Brasil Sesc em Parnaíba.

2006

Reforma, ampliação e modernização do Sesc Avenida - Parnaíba.

2009

2010

Valdeci Cavalcante na inauguração do Centro de Educação Profissional Severino Brasil, em 2014.

Inauguração da Unidade Operacional Sesc/Senac em Valença. Inauguração do Centro de Lazer “Jorge Batista” – Floriano.

2011

Ricardo Augusto Dantas é uma prova da qualidade de ensino oferecida pelo Senac. Ele ingressou na instituição em 1985 e foi aluno da primeira turma do curso de Programação de Sistemas. Atuou também na instituição como instrutor de Informática por pouco mais de um ano. Em 1989, o Departamento Nacional, em parceria com os Regionais, realizou um concurso para eleger o melhor programador do Senac com o intuito de incentivar a produção experimental de softwares feita por alunos e ex-alunos. Para concorrer ao prêmio, Ricardo aprimorou um sistema de controle financeiro que havia desenvolvido para uma construtora e, com ele, venceu a etapa estadual. Posteriormente, representou o Piauí e garantiu a primeira colocação a nível nacional. “Minha grande surpresa foi a premiação nacional. Daí me dei conta da dimensão da qualidade do ensino, de que existia algo diferente por aqui e de como eu poderia ir além”, pontua. Com o mesmo sistema que concor-

Ricardo Dantas foi aluno e instrutor do Senac na década de 80.

reu, Ricardo decidiu abrir o seu próprio negócio com o amigo Jorge Félix, que foi aluno da segunda turma de Programação do Senac no Piauí. Hoje, eles são sócios-proprietários da empresa Tecdata, localizada na Zona Leste de Teresina. “A Tecdata nasceu em 1989. Na época, fiz algumas modificações na-

quele sistema e atualmente ele é o nosso carro-chefe na empresa”, explica. O ex-aluno que passou a ser instrutor e hoje é empresário, não esconde sua gratidão ao Senac. “Fico muito feliz em fazer parte dessa história. Tenho um carinho enorme por essa instituição de ensino”.

Construção de novas unidades: • Centro do Sesc em Picos • Centro Educacional em União • Centro Educacional em José de Freitas • Centro Cultural em Teresina.

Inauguração do Sesc Oeiras.

2012

Inauguração do Centro de Educação Profissional “Chiquinha Nunes”, em Valença do Piauí.

Ampliação do Sesc Praia – Luís Correia.

Inauguração do Sesc Caixeiral.

Inauguração do Sesc Marques – Teresina.

Inauguração do Sesc Piracuruca.

2013

2014

2015

2016

Inauguração do Centro de Educação Profissional “Miguel Rosa”, em Teresina.

Construção da Unidade do Senac em José de Freitas Inauguração da Unidade do Senac em Barras

Inauguração do Centro de Educação Profissional “Clodoaldo Freitas”, em Teresina.

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Inauguração do Centro de Educação Profissional “José Almir de Sá”, em Picos – PI.

Inauguração do Centro de Educação Profissional Antônio Augusto da Paz, em Campo Maior. Reforma e ampliação do Centro de Educação Profissional Miguel Sady, em Teresina.

Inauguração da Unidade “Severino Ramos Brasil”, em Teresina.

Inauguração do Centro de Educação Profissional Antônio Ferreira dos Santos, em Bom Jesus-PI; Inauguração do Centro de Educação Profissional “Audir Lages”, em Teresina

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Sesc

No projeto Sesc Ler, homens e mulheres apresentam a Roda de São Gonçalo, uma tradição que faz parte da cultura local.

Educação e cultura local no EJA em São Raimundo Nonato

Em Acauã e Guaribas, são trabalhadas as habilidades e conteúdos de cada turma em cada faixa etária.

A educação que transforma Funcionando desde 2003, o projeto Sesc Ler oferece educação integrada para jovens e adultos de acordo com a diversidade cultural e necessidade da região. Por: Ana Cláudia Coelho Fotos: Nany da Costa

U

m centro educacional onde os alunos se sentem em casa. É assim nos Centros Educacionais do Sesc Ler no Piauí. Em Acauã, distante 469 quilômetros de Teresina, a escola do Sesc oferece educação infantil, educação

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de jovens e adultos e o Projeto Habilidades de Estudos (PHE). Lá, as crianças participam de brincadeiras lúdicas e aprendem a ler e escrever com a metodologia de ensino onde eles constroem a aprendizagem a partir da sua experiência. “O Sesc Ler não trabalha com livros. Os professores desenvolvem projetos, onde são trabalhadas as habilidades e os conteúdos para cada turma em cada faixa etária e etapa da aprendizagem”, explica a coordenadora do Sesc Ler no Piauí, Rozenilda Castro. O resultado são estudan-

tes mais participativos, criativos e mais felizes em sala de aula. Em Acauã, é possível ver nos olhos das crianças o entusiasmo. “Todos aprendem a ler e a escrever no tempo devido e adquirem o gosto pela leitura desde cedo”, reforça a coordenadora do Centro Educacional, Wbimari Régia Santana. A biblioteca é farta com livros infantis, romances, gibis, jornais e acervo de encher os olhos de bons leitores. Em Guaribas, os alunos do Sesc Ler aproveitam cada espaço da escola para atividades lúdicas e educacionais. Na

visita ao Centro Educacional, os alunos apresentaram a peça teatral “O casamento de dona Baratinha”, de Eunice Braido. Empolgadas, as crianças dramatizaram a clássica historinha infantil que retrata o sonho de Dona Baratinha. Depois as crianças participaram de um lanche coletivo e foram brincar na quadra de esportes. Para as crianças que estudam em outras escolas, o Sesc Ler realiza o Projeto Habilidades de Estudos (PHE) – uma espécie de segundo turno para a turminha que gosta mesmo de estudar. No projeto, além das atividades escolares, os alunos praticam lições de cidadania, tem acesso à cultura, discutem temas variados e participam de muitas brincadeiras.

Um Projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA) desperta nos alunos o gosto pela cultura. No Sesc Ler de São Raimundo Nonato, cidade localizada a 500 Km de Teresina, as duas turmas de EJA apresentam a Roda de São Gonçalo – uma tradição da dança portuguesa que faz parte da cultura local. O grupo já se apresentou na Semana Acadêmica da Universidade Estadual de Piauí (Uespi), no IV Encontro Nordestino do Cangaço, nos Folguedos da cidade, nas noites culturais promovidas pela Secretaria Municipal de Cultura e na praça da catedral de São Raimundo Nonato, durante a programação religiosa. Com trajes coloridos, homens e mulheres interagem com sorrisos no rosto, cadência e muita animação. O projeto é uma iniciativa do Sesc Ler, que realizou a atividade

como forma de resgatar a cultura as manifestações culturais. Segundo a diretora do Sesc Ler São Raimundo Nonato, Vanderleia Oliveira, os alunos que participam da Roda de São Gonçalo melhoraram a frequência às aulas. Quem apresenta a Roda são pessoas simples, todos alunos da educação de jovens e adultos do Sesc Ler, como o taxista José Valter da Silva, 58 anos. Quando criança, não teve oportunidade de estudar e somente na adolescência teve acesso à escola. Frequentou apenas um ano e nunca mais entrou numa sala de aula. Aluno do Sesc Ler desde fevereiro de 2015, já arrisca as primeiras palavras e procura ler sem gaguejar. “Tudo aqui é importante. Aprendi a assinar o recibo do taxi. Já consigo ler um pouco o nome das ruas quando faço uma corrida”, revela feliz Seu José.

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Senac

Sesc

A emoção de agricultores e donas de casa após as primeiras leituras Em São João do Piauí, o projeto Sesc Ler transforma a vida de dezenas de pais de família que já tinham perdido a esperança de entrar para sala de aula. Duas turmas da educação de jovens e adultos se destacam quando se fala em interesse pelos estudos. São agricultores, donas de casa e aposentados que toda noite se reúnem em sala de aula para aprender lições de cidadania. Pessoas como a agricultora Maria Luíza da Conceição, 55 anos, mãe de três filhos (e nove netos). Moradora de um assentamento na região periférica da cidade, ela começou a estudar no Sesc Ler em maio deste ano e disse que está encantada com o projeto. Antes tinha que pedir a vizinhos para ler suas correspondências e agora diz que “não precisa mais estar correndo atrás de favores”. A dona de casa Edinalva Coelho Ribeiro, 37 anos, mãe de quatro filhos também comemora. Ela é aluna do Sesc Ler desde a implantação na cidade, mas teve que abandonar os estudos para cuidar dos filhos pequenos. Edinalva diz que a união na sala de aula é o mais importante e que torna as noites mais agradáveis. Ela elogia bastante a professora, a quem atribui suas primeiras palavras na escrita. Na leitura lembra com convicção que conseguiu ler as palavras da fachada do comércio do seu vizinho “Bar das carambolas” – na periferia da cidade.

A instituição foi pioneira no recebimento do prêmio na capital. Por: Mariane Aquino Fotos: Marketing Senac

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Aposentados, agricultores e donas de casas fazem parte do projeto e aprendem lições de cidadania.

E o que dizer da dona Hilda Ribeiro, 56 anos, mãe de quatro filhos (e cinco netos)? Ela nunca havia entrado numa sala de aula. Sempre dedicada aos trabalhos domésticos ou na lida da roça, não sobrava tempo para estudar. Mas agora, aluna do projeto Sesc Ler, já consegue ler e atribuiu um feito que ajudou a salvar sua vida: “Estava na fila do pronto socorro. Quando eu li no papel do hospital que minha pressão estava muito alta. Eu dis-

se pra enfermeira e ela viu que era grave e mandou que eu fosse atendida na frente dos outros”, relata, feliz. Seu Roque, 76 anos, agricultor aposentado, nove filhos (11 netos), confessa que tinha muita vontade de estudar, mas não teve oportunidade. Agora, mesmo com a idade avançada, dedica suas noites a horas de estudos e novas conquistas. “Eu me senti muito feliz quando aprendi a primeira letra do meu nome”.

Histórias de sucesso O projeto Sesc Ler acumula histórias de superação e de sucesso que transformaram a vida das pessoas no Piauí. O exemplo mais recente é o do jovem estudante Hyago Costa, 23 anos, egresso do Sesc Ler Piripiri. Ele tinha dificuldades de estudar na escola tradicional, foi alfabetizado no Sesc, concluiu o ensino fundamental e já faz planos para entrar na 36

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“Selo Verde Teresina” é concedido ao Senac

faculdade de administração. O estudante cursou todos os ciclos da alfabetização no Sesc Ler e não parou mais de se desenvolver. No final de 2011 encerrou sua educação no Sesc Ler Piripiri e fez o caminho de volta à escola pública, agora, com desempenho surpreendente, considerado um dos melhores alunos da escola. Outro aluno do Sesc Ler que chama a

atenção é o apicultor José Paes Ribeiro, mais conhecido como Zé Paes - o poeta. Mesmo com pouco tempo de escola (Sesc Ler São Raimundo Nonato) ele já escreveu um livro de poesias, com a ajuda da irmã, que custeou as despesas da impressão de 200 exemplares do seu “Poemas sertanejos”. Em suas poesias, relata a vida dura de quem convive no semiárido piauiense.

Senac foi a primeira instituição do Piauí a receber o “Selo Verde Teresina”, certificado concedido pela Câmara Municipal que reconhece empresas que contribuem para o desenvolvimento sustentável do município e a qualidade de vida da população através de medidas de preservação, proteção e recuperação do meio ambiente. A sessão solene de entrega aconteceu no dia 16 de dezembro, no Plenário Vereador José Ommati, e contou com a presença da Diretora Regional do Senac no Piauí, Elaine Dias, dos vereadores Inácio Carvalho, Ricardo Bandeira, Teresa Britto, da jornalista e editora da revista Fecomércio, Karla Nery, de assessores técnicos do Senac e de lideranças do Partido Verde. Na ocasião, a vereadora Teresa Britto, que é autora do projeto, parabenizou a instituição e falou da contribuição do Senac para a capital. “Estamos vivendo um momento único na história de Teresina, pois o Senac é a primeira instituição a receber este certificado que é de grande relevância para a cidade. Ver uma empresa como o Senac adotar medidas de sustentabilidade engrandece Teresina”, disse a parlamentar. Dentre as medidas adotadas pelo Senac estão a coleta seletiva de lixo, economia de material de expediente, impressão racional de papel, sistema de ar condicio-

A vereadora Teresa Britto (PV) entregou o “Selo Verde Teresina” nas mãos da diretora regional do Senac, Elaine Dias.

Assessores técnicos do Senac estiveram presentes à solenidade.

nado inteligente e a rede de tratamento de efluentes com previsão de reuso de água. Em 2016, a instituição vai ampliar ainda mais as práticas de preservação com a implantação do programa ECOS – Sustentabilidade. Em seu discurso, Elaine Dias proferiu palavras de gratidão e disse que o Senac procura cumprir integralmente as normas

ambientais a fim de oferecer a melhoria da qualidade de vida à população. “Consideramos de grande relevância este prêmio que enaltece as nossas boas práticas que servem, inclusive, de referência para outras empresas. Agradecemos a esta Câmara de Vereadores pelo reconhecimento da nossa instituição que, de fato, nos impulsiona a realizar bem mais e melhor.” Revista Fecomércio

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Senac

Senac inaugura unidade na zona sul de Teresina O Centro de Educação Profissional “Audir Lages” fica localizado no bairro Parque Piauí. Por: Mariane Aquino Fotos: Luis Mota

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zona sul de Teresina ganhou uma unidade do Senac. O Centro de Educação Profissional “Audir Lages”, localizado no bairro Parque Piauí, foi inaugurado no dia 18 de dezembro em solenidade que homenageou personalidades como o empresário Audir Lages, que denomina a nova unidade do Senac, o jornalista Gregório de Moraes, o coreógrafo e bailarino Helly Batista (in memorian) e o empresário Manoel Normando (in memorian). No evento, estavam presentes o presidente da Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, acompanhado de sua esposa Rosângela Brandão, o deputado federal Átila Lira, o presidente da Câmara Municipal de Teresina, Luiz Lobão, demais autoridades políticas e empresários locais. O Centro “Audir Lages” foi construído no local onde funcionava a antiga Unidade Escolar Bartolomeu Vasconcelos Filho. “Demolimos toda a estrutura que estava servindo de abrigo para vândalos e usuários de drogas e transformamos nesta unidade que vai beneficiar a zona sul de Teresina com a oferta de cursos em diversas áreas”, pontua Valdeci Cavalcante. Emocionado com a homenagem recebida, Audir Lages disse que sempre teve como lema de vida o respeito e a honestidade no trabalho. “Para mim foi uma 38

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Capacidade de 18 mil atendimentos por ano O novo empreendimento possui 22 ambientes pedagógicos com capacidade para realizar 18 mil atendimentos por ano. A estrutura conta com biblioteca, ateliê de moda, cozinha pedagógica, laboratórios de imagem pessoal e lanchonete com área de eventos. O local abriga também laboratórios de informática, montagem e manutenção de computadores, eletrônica, artes, conservação e zeladoria e salas de aula convencionais. No local funcionarão os Programas Senac de Gratuidade e Senac Aprendiz, e serão oferecidos cursos nos mais diversos segmentos como Gastronomia, Gestão, Comércio, Segurança, Meio Ambiente, Moda, Beleza, entre outros. A grande novidade oferecida pelo Senac é a Escola de Dança Helly Batista, que vai preparar profissionais para atuarem nessa área. O prédio possui 22 ambientes, entre eles laboratório de informática, biblioteca e centros equipados.

Audir Lages é homenageado por Valdeci Cavalcante

surpresa e quero agradecer ao doutor Valdeci por essa homenagem que eu não esperava merecer. Meu lema sempre foi trabalhar sem prejudicar os outros.”

Inauguração do Senac Parque Piauí contou com a presença de políticos e demais autoridades.

Audir Lages de Carvalho é natural de Miguel Alves – PI - e nasceu em 20 de agosto de 1932. Casou-se com Maria Inês Pearce de Sousa Carvalho, em 1955, com quem teve cinco filhos: Pedro, Paulo, Lourdes Amélia, Fernanda e Audir Filho. Hoje possui 19 netos e seis bisnetos. Desenhou uma trajetória de sucesso tendo como principal aliada a sua esposa e com ela construiu o Grupo Cacique. Ampliou horizontes e compartilhou sabedoria com filhos e netos, resultando na ampliação de seus negócios. Atualmente, o Grupo Cacique possui sete empresas. Destas, três são de sua propriedade e as demais pertencem a filhos, genros e netos.

Tendo como principais valores a honestidade, simplicidade e respeito ao próximo, Audir Lages fez com que o Grupo Cacique fosse re-

conhecido pelo Guia Você Exame, de 2010 a 2014, como uma das melhores empresas para se trabalhar no país.

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Sebrae

Senac

Senac é destaque no 3º Prêmio Estampa Brasil

Nova lei beneficia pequenas empresas Pequenos negócios terão prioridade em compras públicas e menos burocracia. Por Ascom Sebrae

A ex-aluna e atual instrutora de Moda, Marlice Macedo, foi premiada no concurso nacional de estamparia

Foto: Karla Nery

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Por Mariane Aquino Créditos: Marketing Senac

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ores, movimento, criatividade e conhecimento. Com estas ferramentas, Marlice Macedo, instrutora de Moda do Senac no Piauí, estampou a sua vitória no 3º Prêmio Estampa Brasil, promovido pelo Ministério da Cultura em parceria com as Lojas Renner. Marlice venceu a categoria estudante no tema: Carnaval, um Brasil de cores e terá a sua estampa presente na próxima coleção de verão da marca parceira do concurso. A vitoriosa iniciou a sua trajetória no Senac como estudante dos cursos Design de Estampas e Editor de Projeto Visual Gráfico. Atualmente é graduada em Moda, estuda Artes Plásticas e compõe o time de Agentes de Educação Profissional do Senac, em Teresina. No concurso, apresentou a estampa “Ala das Baianas”, que retrata uma visão aérea do sambódromo, no Rio de Janeiro. “Busquei algo que retratasse as nossas origens africanas e que apresentasse uma ideia visual diferente e de movimento”, explica. A instrutora destaca ainda a importância do Senac para o seu sucesso profissional e para sua vitória: “Com o Senac, pude me aprofundar na área e o incentivo recebido me fez sentir confiante para participar do concurso”, conta. Além de ter a estampa presente em uma coleção nacional, os primeiros colo40

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Marlice é ex-aluna do Senac e hoje atua como instrutora de Moda.

cados da categoria estudante foram premiados com uma visita à fábrica das Lojas Renner em Porto Alegre (RS). O 3º Prêmio Estampa Brasil contou com mais

de 4 mil inscritos e 72 trabalhos foram selecionados e publicados no livro Alma Brasileira 2015. Ao todo 18 pessoas foram premiadas.

o dia 21 de janeiro, na sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae, o prefeito de Teresina Firmino Filho assinou a Lei Municipal nº 4.853, que dispõe sobre tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido aos Microempreendedores Individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. “A partir de hoje, esses empreendimentos contam com um novo instrumento jurídico para fazer valer os preceitos da Lei Geral. A legislação garante benefícios para as pequenas empresas nas compras públicas, apoio de Agentes de Desenvolvimento, facilidade na abertura e formalização de empreendimentos, alvará provisório, entre outras medidas que desburocratizam o surgimento e fortalecimento de empresas na nossa capital”, afirmou o prefeito. Para o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda, a regulamentação da Lei Geral em Teresina é uma grande conquista. “É um divisor de águas no apoio a esses empreendimentos, os quais representam 95% das empresas estabelecidas no mercado, sendo ainda os responsáveis por 100% do saldo de emprego nos últimos três anos”, declarou. A Lei 4.853 institui ainda a data de 05 de outubro como o Dia Municipal da Micro e Pequena Empresa, num reconhecimento a esses empreendimentos que tanto contribuem para a economia municipal. Estiveram presentes na solenidade também os diretores executivos do Sebrae no Piauí Delano Rocha e Ulysses Moraes; o deputado estadual Luciano Nunes; o secre-

O evento reuniu autoridades e empresários no Sebrae-PI.

tário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Teresina, Fábio Nery; o superintendente de Desenvolvimento

Econômico do Estado do Piauí, Francisco das Chagas de Souza; entre outras autoridades, lideranças empresariais e imprensa.

MPE Brasil premia empresas com gestões inovadoras Durante a solenidade de assinatura da lei, foi divulgado ainda o vencedor estadual do Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, MPE Brasil – Ciclo 2015. A premiação reconhece as empresas que adotaram conceitos e práticas de gestão inovadoras, promovendo o aumento da qualidade, produtividade e competitividade, sendo referência em seus segmentos de atuação. Destaque-se que as 668 empresas piauienses que participaram do certame foram avaliadas com base no Modelo de Excelência em Gestão, da Fundação Nacional da Qualidade, FNQ. A empresa Clinicenter foi a gran-

de vencedora deste ciclo do MPE Brasil em nível estadual, sendo reconhecida pela excelência em Gestão, além de destaque na categoria Inovação. A Clinicenter irá representar o Piauí na etapa nacional da premiação, que acontecerá em abril, em Brasília. O MPE Brasil é promovido pelo Sebrae em parceria com o Movimento Brasil Competitivo, MBC; e a Gerdau, com apoio da FNQ.

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Educação Financeira

Eventos

Combatendo a inadimplência em 2016

Semana Global do Empreendedorismo movimenta Teresina Reinaldo Domingos Educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP reinaldo.domingos@dsop.com.br

Por Ana Valéria Carvalho

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Foto: Ascom Semdec

s projeções para 2016 ainda não são positivas financeiramente para o país, com a continuidade da crise. O reflexo já é sentido pelos mais diversos setores sociais, dentre eles com certeza as empresas, com o crescimento dos índices de inadimplência dos clientes que levam a sérios problemas financeiros. Como convivo no meio empresarial, tenho percebido uma grande preocupação por parte dos administradores, que em alguns casos já se tornaram desespero. Também já tenho escutado casos de empresas que fecharam as portas por causa de problemas relacionados à inadimplência. Enfim, chegou a hora de uma verdadeira ação de guerra nessas empresas para combater os impactos que a crise pode ocasionar para a instituição. O primeiro passo é reduzir a inadimplência e neste ponto chegamos na questão mais complexa. Como fazer isso sem perder o cliente ou o bom relacionamento? Muitos acham que é simples realizar uma cobrança. Isso não é a realidade, sendo necessária eficácia. Com práticas mais avançadas e um mercado cada vez maior, as renegociações das dívidas assumem novas metodologias que modernizaram o campo de crédito e cobrança, trazendo melhorias à instituição. 42

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Mais de 35 instituições participaram do evento, com o objetivo de fomentar a cultura empreendedora no mundo inteiro.

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Assim, uma primeira orientação que dou às empresas é serem mais maleáveis, buscando realizar conciliações que sejam positivas para todos os lados. Por isso é preciso treinar o profissional da área financeira ou de cobrança de sua instituição para

Ponto fundamental em um momento em que os ânimos estão à flor da pele, como estamos atualmente, é ter muita delicadeza na hora da negociação e, principalmente, nas cobranças. A não observância dessas necessidades de ajustes fará com que os índices de inadimplência continuem crescendo.

elaboração de soluções negociais e jurídicas para o problema dos atrasos de pagamentos, estabelecer parâmetros de acordos e ajustes de valores, estratégias destinadas ao recebimento com menor custo.

Além do treinamento desses profissionais, também é fundamental uma maior organização no fluxo de informação referente aos seus clientes. Com informações consistentes se tem uma direção melhor para tomada de decisão, podendo atuar com assertividade, dinamismo e agilidade. Quando as informações estão controladas por sistemas seguros e organizadas de forma estruturada, é possível se organizar, proporcionar descontos, ajustes de datas e prazos e ter uma visão global do fôlego financeiro da instituição para os próximos meses. Ponto fundamental em um momento em que os ânimos estão à flor da pele, como estamos atualmente, é ter muita delicadeza na hora da negociação e, principalmente, nas cobranças. A não observância dessas necessidades de ajustes fará com que os índices de inadimplência continuem crescendo. Enfim, em uma crise, em vez de fecharmos portas, devemos abrir oportunidades para que se ocorra a continuidade do relacionamento entre empresa e seus clientes, possibilitando a estabilidade e preparo para que haja crescimento póstumo.

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mês de novembro na capital não será mais o mesmo. O maior evento de empreendedorismo do mundo – a Semana Global do Empreendedorismo – aconteceu pela primeira vez na capital do Piauí e entrou definitivamente para o calendário de eventos da cidade. A iniciativa foi da Prefeitura de Teresina, realizada através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semdec). A Semana aconteceu nos dias 16 a 22 de novembro e teve mais de 100 atividades com a participação de mais de 35 instituições que apoiaram a causa e ofertaram oficinas, workshops, palestras e dividiram seus conhecimentos gratuitamente com mais de 3.500 participantes com o objetivo de disseminar a cultura empreendedora e inspirar todos os envolvidos. No primeiro dia aconteceu a assinatura do Termo de Criação do projeto “Minha Primeira Empresa” em Teresina, que visa fomentar a implantação de novas empresas na cidade, com o objetivo de apoiar e dar incentivo a empreendedores interessados em implantar sua primeira empresa alinhando crédito com capacitação e acompanhamento. A Semdec, a Associação de Jovens Empresários (AJE) e o Instituto de Estudos Empresariais (Iemp) são os responsáveis pelo desenvolvimento do programa na ci-

O evento contou com a presença de mais de 3.500 pessoas nos três dias em que aconteceu.

dade, que foi apresentado pelo criador do projeto, o goiano Ricardo Barcelos. Na quarta-feira (18), o secretário municipal de desenvolvimento econômico e turismo, Fábio Nery, ministrou a palestra Geração de Empregos em Teresina. Na ocasião ele apresentou as estratégias e a metodologia usada no projeto para implantar a maior política de geração de emprego e renda em larga escala no Piauí. A apresentação mostrou os caminhos traçados pela Secretaria ao criar um projeto de lei de incentivos fiscais visando à atração de empresas de call center com o objetivo de aumentar o índice de empregabilidade entre os jovens de 18 a 24 anos. Na sexta-feira (20) teve início o Startup Weekend, evento mundial que em Teresina foi realizado pelo Instituto de Jovens Empreendedores Digitais de Teresina (Interaje). Durante o fim de semana mais de 50 jovens se dividiram em equipes para produzir modelos de negócio completos e viáveis. Na noite do dia 22, eles apresentaram o produto final. As três equipes vencedoras

Fábio Nery disse que primeiro passo foi dado e agora Teresina faz parte do calendário oficial da Semana Global.

desenvolveram três aplicativos: 1º lugar – O app Ajuda eu, auxilia o aluno que precisa de reforço escolar. 2º lugar – O app Health up, acompanha a saúde dos usuários e no 3º lugar – O app Minha Cifra é voltado para profissionais da música. Para o secretário da Semdec, Fábio Nery, o mais importante era dar o primeiro passo e tornar a SGE em Teresina uma realidade. Agora daqui para frente é avaliar os resultados. “O objetivo era apresentar o movimento ao povo de Teresina, integrar as instituições que participaram com a gente desse evento e fortalecê-las individualmente. A Rede Global do Empreendedorismo é isso, unir e fortalecer. É preciso que as pessoas entendam que o empreendedorismo é fundamental para o desenvolvimento econômico de nossa cidade”, ressaltou ele. Revista Fecomércio

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Gestão de Pessoas

Eventos

Fechado pra balanço: e “o que você fez” com 2015?

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m todos os finais de ano e início do novo, a maior parte das pessoas entra no clima de festas, confraternizações, diminui ritmo de trabalho, volta-se um pouco mais para família e amigos e se enche de novos sonhos. Porém, poucos ainda são os que, além disso, procuram avaliar como foram vividos os últimos 365 dias antes mesmo de pensar em novas conquistas. A avaliação de metas alcançadas ou não e seus fatores é de grande importância para cada um de nós e deve ser praticada antes que acabe o ano ou até os seus primeiros 15 dias do ano seguinte. Mas o que é a meta? Meta é um problema estrategicamente definido e passível de gerenciamento. Deve ser definida de forma que não seja impossível de ser realizada nem tão fácil a ponto de não exigir nenhum esforço por parte de quem irá executá-la (Falconi, 2009). Pode-se comparar a uma pessoa que quer emagrecer: precisa identificar o peso atual e o peso ideal, entender a lacuna entre os dois, planejar os meios, meta a ser alcançada e dividir a meta final em pequenos progressos que somados, permitirão o emagrecimento desejado no início. Fazer esta avaliação antes do ano terminar é o ideal, pois além de permitir um sentimento de conclusão real de suas atividades, tem-se um espaço 44

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de tempo para planejar então os próximos anseios. E não é preciso praticar tal avaliação somente se todas as suas metas estiverem sido cumpridas. Caso todas tenham sido alcançadas, PARABÉNS! Significa que você além de saber definir suas metas com níveis

Se parte de suas metas foram obtidas e outras não, é sinal de que você precisa revisitar tanto seu planejamento como sua avaliação e verificar quais foram os fatores que levaram a não conseguir seu total êxito, fazer um novo planejamento e seguir em frente.

alcançáveis, planejou bem como executá-las, foi determinado o suficiente para obter sucesso e fez sua avaliação anual, de maneira sistemática ou não. Continue dessa maneira e não deixe de

Empresa familiar é viável? Consultor ensina que, se forem respeitadas algumas regras, é possível sim misturar família e negócios e alcançar o sucesso. Dalylla Soares Psicóloga Clínica e Organizacional, palestrante, especialista em Gestão de Pessoas e Psicopedagogia dalyllasoares@gmail.com

fazer suas avaliações. Observe também se está conseguindo associar suas metas e perceber crescimento em sua carreira, vida pessoal e social, pois não basta atingir metas, é preciso haver relação entre elas. Todavia, se parte de suas metas foram obtidas e outras não, é sinal de que você precisa revisitar tanto seu planejamento como sua avaliação e verificar quais foram os fatores que levaram a não conseguir seu total êxito, fazer um novo planejamento e seguir em frente. E caso você tenha seguido na contramão de suas metas do ano anterior, CUIDADO! Você está sendo um perigo a si mesmo, pois no mínimo está sabotando suas próprias vontades e adiando a concretização de seus sonhos, e o que é mais grave, não está conseguindo identificar os fatores prejudiciais nesse processo. Você precisa de ajuda imediata. Tal auxílio pode ser obtido com processo psicoterápico, coaching, orientação profissional e/ ou reorientação de carreira. Estes profissionais certamente poderão ajudar a esclarecer estas e outras dúvidas no decorrer de sua avaliação e planejamento posterior.

Por Robert Pedrosa Fotos: Karla Nery

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família é considerada a grande base da maioria das pessoas. Devido ao forte vínculo emocional, afetivo e financeiro, de um modo geral, a família vem sempre em primeiro lugar e é natural que, por isso, empreendedores queiram compartilhar com parentes as oportunidades do mercado de negócios. Contudo, a harmonia (ou não) da família pode se misturar com os negócios e, no final, o resultado pode ser desastroso: o fim dos dois – dos laços amorosos que une os familiares e a empresa. Dessa forma, é preciso que uma empresa familiar seja, antes de tudo, profissional. Assim, as interferências de um ambiente (familiar) para outro (negócio) ficam bloqueadas por essa barreira. Isso não é fácil. Percebendo essa dificuldade, o empresário Cícero Rocha fundou o Instituto Empresariar, instituição especializada em dar consultorias e solucionar crises em empresas familiares. Há dez anos, Cícero comanda uma equipe multidisciplinar de administradores, contadores, psicólogos e educadores, na tarefa de orientar tais empresas. No último dia 9 de dezembro, Cícero Rocha esteve em Teresina a convite da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi) e proferiu a palestra “Empresas Familiares: riscos e oportunidades”. Cícero esclareceu que a primeira coi-

Cícero Rocha explica que é necessária harmonia entre sócios, família e os negócios.

Empresários e gestores de instituições prestigiaram a palestra sobre empresa familiar.

sa que deve ser feita, ao se decidir abrir uma empresa familiar, é separar bemtrês pilares que formam o empreendimento: a família, os sócios e a empresa. Cada uma tem sua independência, embora em vários momentos se encontrem. Feito isso, já há uma redução significativa dos riscos da empresa fechar. Em seguida, os integrantes da empresa devem se profissionalizar, atendendo às exigências do mercado. “É importante que isso seja feito ainda na infância. Se um pai é empresário e pretende que o filho um dia o suceda, o jovem deve ser preparado para isso, de forma que vá se

ambientando e conhecendo os negócios da família”, comentou o especialista. Cícero ressalta que a profissionalização das empresas familiares ainda é algo muito novo no Brasil e, por isso, erros básicos são muito comuns, como pagar pró-labore a integrante da família sem a competência correspondente. Esse nível de profissionalismo deve ser constante porque, Segundo Cícero, as famílias crescem mais rápido do que os negócios e dessa forma, a chegada de novos integrantes pode causar intervenções que resultarão no insucesso empresarial. Revista Fecomércio

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Eventos

A TV Antena 10 transmitiu o evento ao vivo para todo o Piauí.

Os CEOs das 40 empresas agraciadas subiram ao palco para anúncio do Clube Marcas.

Marcas Inesquecíveis são anunciadas em grande festa 40 empresas mais lembradas pela pesquisa Top of Mind foram agraciadas. Por Ascom Marcas Inesquecíveis Fotos: Tibério Hélio e Jailson Soares

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s marcas que conquistaram o coração e a mente dos consumidores teresinenses foram anunciadas na noite do dia 16 de dezembro durante a cerimônia de premiação do Marcas Inesquecíveis 2015. As empresas premiadas foram reveladas através de uma pesquisa realizada pelo Instituto Amostragem, conhecida mundialmente como Top of Mind. Com o tema “Trajetórias de Sucesso”, 46

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o evento destacou a história das marcas premiadas e fez referência a personalidades que inspiram a todos com suas vidas como Ayrton Senna, John Lennon e Charlie Chaplin. Realizada no Theresina Hall, a festa foi comandada pelos jornalistas Joice Hasselmann e Celso Cavallini e contou com atração artística teatral de dança contemporânea e de mímicos, além de show da Orquestra Tamoio e da banda Sargento Pimenta, cover dos Beatles. A festa de premiação foi transmitida ao vivo pela TV Antena 10 (Rede Record), através do programa Red Carpet, apresentado pelos jornalistas Ítalo Mota, Biá Boakari e Yuri Ribeiro. O trio recepcionou os convidados da premiação no

Red Carpet e mostrou para os telespectadores todos os detalhes dos momentos que antecederam a festa. Durante o evento, 40 empresas foram agraciadas com o troféu Marca Inesquecível. Mas, além das empresas premiadas em segmentos específicos, a pesquisa contou com a marca mais lembrada, que ficou com o Comercial Carvalho, que já havia levado o troféu no segmento supermercado. Outro momento bastante aguardado da noite foi a entrega do carro zero para o Colaborador Inesquecível. O prêmio sorteado entre os funcionários de destaque, indicados pelas empresas, ficou com a gerente-geral da Wizard Teresina, Maria de

Fátima Machado, que trabalha há mais de duas décadas na escola de idiomas. Convidado a entregar alguns dos prêmios, o presidente do Sistema O Dia de Comunicação, Valmir Miranda, disse que o Marcas Inesquecíveis é muito mais que uma premiação, é uma forma de mostrar aos empresários piauienses como conferir sustentabilidade e garantir resultados a longo prazo e que são capazes de fidelizar seus clientes. “O projeto é executado pelo Sistema O Dia de Comunicação a cada dois anos e vem sendo, desde 2002, um objeto de desejo dos empresários piauienses. Nós colocamos a nossa equipe em campo seis meses antes do prêmio para saber quais são as empresas que estão na mente e no coração dos piauienses”, explicou o empresário. Ele ainda acredita que o Marcas Inesquecíveis ajuda os empresários a encontrar alternativas para melhorar suas ações de venda e se tornarem mais visíveis à sociedade. “E isso traz bons resultados. Temos avaliado a cada edição o desenvolvimento das marcas que são vencedoras. E sempre há evolução no decorrer dos anos, o que é muito importante”, destaca Miranda. Para a diretora-geral do Marcas Inesquecíveis, Renata Miranda, a cada ano a premiação é inesquecível e diferente. Sobre o projeto, ela destaca que o objetivo é o de fomentar aos empresários a importância de sua marca. “A pesquisa

Van Carvalho ergue o troféu do Comercial Carvalho, a marca mais lembrada entre todas. Tânia e Valmir Miranda, anfitriões do evento.

Renata Miranda, diretora-geral do Prêmio Marcas Inesquecíveis.

mostra o quanto a sua marca é valiosa. O cliente, quando escolhe um serviço ou um produto, ele lembra uma experiência positiva. Isso garante mais receita para a empresa”, defendeu Renata. Uma das novidades da 8ª edição do Marcas Inesquecíveis foi o networking entre as empresas que foram consagradas na edição de 2015. O projeto promoverá encontros periódicos entre os empresários, executivos, líderes e profissionais qualificados para troca de informações e experiência, além de oportuni-

Maria de Fátima, da Wizard, ganhou um carro zero quilômetro.

zar novos negócios. Dentro do projeto do networking foi incorporado ainda o cartão Marcas, que vai facilitar a parceria entre as empresas. Na festa de premiação houve um momento de troca dos cartões Marcas entre os empresários que receberam o troféu, dando o pontapé inicial ao projeto. Este ano, a premiação do Marcas Inesquecíveis contou com o apoio do Governo do Estado do Piauí, do Sebrae e parceria com a Futura Outdoor, Antena 10 e Data Print. Revista Fecomércio

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Agenda

Eventos

FEVEREIRO

MARÇO

CURSO DSOP DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA Aprenda a diagnosticar, sonhar, orçar e poupar com Reinaldo Domingos Quando: 16 e 17 de fevereiro Onde: Metropolitan Hotel Mais informações: (86) 99913-7775

SALÃO IMOBILIÁRIO DE PERNAMBUCO 9º Salão Imobiliário de Pernambuco Quando: 02 a 06 de março Onde: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda – PE Mais informações: http://www. salaoimobiliariodepe.com.br/ salaoademi@uptodateeventos.com.br

SUPERSHOWROOM 2016 4º Super Showroom Móveis e Eletro BH Quando: 23 a 25 de fevereiro Onde: Expominas – Belo Horizonte – BH Mais informações: http://www. supershowroom.com.br mgmarketing@mgmarketing.com.br D.A.D 19 Salão de Decoração, Artesanato e Design Quando: 29 de fevereiro a 03 de março Onde: Expo Center Norte – São Paulo – SP Mais informações: http://feiradad.com.br marketing@laco.com.br

08 { de março

AGRESTE TEX 3ª Feira de Máquinas, Serviços e Tecnologia para a Indústria Têxtil Quando: 08 a 11 de março Onde: Polo de Caruaru – Caruaru – PE Mais informações: http://www.agrestetex. com.br fcem@fcem.com.br WTM LATIN AMERICA 4ª World Travel Market Latin America Quando: 29 a 31 de março

Onde: Expo Center Norte – São Paulo – SP Mais informações: http://www. wtmlatinamerica.com/ atendimento@reedalcantara.com.br BRAZIL PROMOTION DAY RIO DE JANEIRO 10ª Exposição de Marketing Promocional Quando: 30 de março Onde: Centro de Convenções SulAmérica – Rio de Janeiro – RJ Mais informações: http://www. brazilpromotion.com.br/day/ marketing@freeshop.com.br BRASÍLIA EXPO FRANQUIAS 3ª Feira de Franquias do Centro-Oeste Quando: 31 de março Onde: Centro de Convenções Ulysses Guimarães – Brasília – DF Mais informações: http://www. brasiliaexpofranquias.com.br contato@bremenpromo.com.br

Dia Internacional da mulher Parabéns a todas as mulheres por enfrentar os obstáculos impostos pelo dia a dia com determinação e ao mesmo tempo delicadeza!

Datas importantes no Comércio

Fique atento para não deixar passar em branco!

Fevereiro

Março

01- Dia do Publicitário 02- Dia do Agente Fiscal 04- Dia Mundial contra o Câncer 06- Dia do Agente de Defesa Ambiental 07- Dia do Gráfico 09- Carnaval 16- Dia do Repórter 18- Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo 20- Dia Mundial da Justiça Social 25- Dia da Criação do Ministérios das Comunicações 27- Dia Nacional do Livro Didático

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02- Dia Nacional do Turismo 08- Dia Internacional da Mulher 12- Dia do Bibliotecário 14- Dia Nacional da Poesia 15- Dia Mundial do Consumidor 21- Dia Internacional contra Discriminação Racial 22- Dia Mundial da Água 25- Sexta-feira da Paixão 27- Páscoa 28- Dia do Diagramador

Câmara Municipal entrega Prêmio Mulher de Negócios 2015 Em solenidade, vereadores da capital homenagearam empreendedoras. Por Iolany Galiza Fotos: Marcelo Cardoso

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Câmara Municipal de Teresina realizou, no dia 11 de dezembro, no Plenário vereador José Ommati, sessão solene de entrega do Prêmio Mulher de Negócios 2015, criado para reconhecer e valorizar o empreendedorismo feminino na capital piauiense. Uma das homenageadas foi a empresária Cacilda Silva. A indicação da homenagem foi do vereador Ricardo Bandeira. De acordo com o parlamentar, a honraria é um reconhecimento e valorização do empreendedorismo feminino de Teresina. “Cacilda é uma mulher que se destaca em tudo que faz, sua empresa tem 21 anos no mercado de suprimentos de cabos tecnológicos e é uma das pioneiras no coaching no estado do Piauí. Sem dúvidas é uma pessoa que merece nosso reconhecimento por sua capacidade de superação e empreendedorismo”, disse Bandeira. O Prêmio Mulher de Negócios tem o objetivo de incentivar o trabalho das mulheres na conquista de seus próprios negócios e empreendimentos, além de divulgar histórias de sucesso. A homenagem é conferida anualmente às empreendedoras que se destacarem em seus segmentos ou por meio de participações em entidades filantrópicas, cooperativas ou associações. Esta é a segunda edição da premiação que foi instituída pelo Decreto Legislativo nº 659/2013 de autoria do vereador Major Paulo Roberto (PSD).

Vereador Ricardo Bandeira entrega o prêmio à empresária Cacilda Silva.

A solenidade lotou a galeria do Parlamento.

Confira a relação das homenageadas: . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Adriana Soares Chaves Agostinho (Vereadora Teresa Britto) Alessandra Alves de Sousa Abreu (Vereador Edson Melo) Aline Maria Souto de Oliveira (Vereadora Rosário Bezerra) Ana Lúcia Lopes da Cunha (Vereador Paulo Roberto da Iluminação) Anna Virgínia Tajra Castelo Branco (Presidente da Câmara Municipal Luiz Lobão) Benila Rodrigues de Carvalho e Silva (Vereadora Teresinha Medeiros) Cacilda Silva (Vereador Ricardo Bandeira) Ema Pereira Nasi (Vereador Caio Bucar) Gonçalina Feitosa Leite (Vereador Antonio José Lira) Gracilvanda Sousa Sucupira (Vereador Antonio Aguiar) Larissa Mendes Martins Maia (Vereador Tiago Vasconcelos) Luciana Fernandes Rêgo (Vereador Ananias Carvalho) Maria Aldacy Pereira Gomes do Nascimento (Vereador Valdemir Virgino) Maria Madalena Nunes Brasil (Vereador Luís André) Milena Pâmela Oliveira Silva (Vereador Gilberto Paixão) Rogéria Lúcia Clara de Sousa (Vereador José Ferreira) Rosângela Maria de Oliveira Castro (Vereador Aluisio Sampaio) Rosângela Val Leal (Vereadora Celene Fernandes)

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Gestão de Empresas

Eventos

Os processos de sucessão e a necessidade de tratativa integrada

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evando-se em consideração a instabilidade do cenário econômico e a fragilidade política, falar de empresas pode remeter à sua finitude próxima. Uma das questões que deve ser considerada por todo membro fundador de uma empresa com caraterísticas de empresa familiar é a estruturação de um processo de sucessão. A perpetuação da empresa pode parecer algo simplório, todavia em uma empresa familiar essa perpetuação somente acontece mediante um processo de sucessão bem implantado. Não se pode mais falar em processos isolados quando se trata de empresas familiares. Existe um modelo teórico que trata a integração dos interesses que envolvem família, empresa e sócios (GERSICK et al.,1997). Davis e Taguri (1982) abordam que existem atributos bivalentes nessas relações. Esses atributos são os diversos papeis desempenhados pelos mesmos membros. Imaginemos uma situação na qual um pai que, além de desempenhar o poder paternal, também é chefe de seu filho na empresa. Neste exemplo tornam-se perceptíveis os atributos bivalentes, ou seja, constata-se uma pluralidade de papéis desempenhados por um mesmo membro. Portanto, tendo em vista o desafio em lidar com os atributos bivalentes se torna comum as relações familiares exercerem influência sobre as relações que se apre50

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sentam nos espaços de trabalho. Desta forma levanta-se o seguinte questionamento: se esses papéis podem ser naturalmente harmonizados, por que me

Existem diversos aspectos que podem enfraquecer a confiança da primeira geração na sucessão de comando para a segunda. Porém tais aspectos, apesar de se apresentarem no espaço de trabalho, não têm como origem as relações na empresa, mas refletem relações familiares manifestadas nas empresas.

preocupar com o processo de sucessão da minha empresa? Em uma pesquisa recentemente di-

Maely Barreto de Sousa Consultora empresarial Instituto Empresariar maelybarreto@institutoempresariar.com.br

vulgada, 41% dos participantes globais que estão na liderança atualmente afirmaram que a passagem de comando será difícil (PWC, 2014). Existem diversos aspectos que podem enfraquecer a confiança da primeira geração na sucessão de comando para a segunda. Porém tais aspectos, apesar de se apresentarem no espaço de trabalho, não têm como origem as relações na empresa, mas refletem relações familiares manifestadas nas empresas. Porém não são somente os integrantes da primeira geração que sentem essa insegurança. Os que compõem a segunda geração apresentam uma maior preocupação com esse processo de sucessão. Conforme a pesquisa supracitada, 64% dos entrevistados que receberão o comando da gestão da empresa acreditam que este processo será difícil (PWC, 2014). A solução das empresas familiares não pode mais ser tratada somente no âmbito empresarial. Todas as relações influenciam neste espaço, e a mistura dos papeis pode ser um fator determinante do sucesso ou fracasso da empresa. Por essa razão o Instituto Empresariar trabalha com soluções integradas, atendendo as necessidades da empresa, família e sócios, para desenvolver as organizações.

CRC-PI elege nova diretoria O novo presidente, Josafan Bonfim, e a diretoria empossada no dia 06 de janeiro, com funcionários do CRC.

Os conselheiros empossados ficarão à frente da autarquia no biênio 2016/2017. Por Thais Loiola Fotos: Assessoria CRC-PI

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Conselho Regional de Contabilidade do Piauí elegeu, por unanimidade, a diretoria que comandará a autarquia no biênio 2016/2017. A eleição e posse do presidente, vice-presidentes, representante dos técnicos no Conselho Diretor e novos conselheiros aconteceu no dia 6 de janeiro de 2016, na sede do CRC-PI. A solenidade ocorreu durante

a 808ª Reunião Plenária Ordinária, a primeira do ano. Na ocasião, Josafam Bonfim Moraes Rêgo assumiu a presidência do CRC-PI. O novo presidente é contador, empresário contábil e especialista em auditoria contábil e financeira. Josafam Bonfim também é gerente de Operações e Expansão da Rede Clube e já exerceu o cargo de Diretor Financeiro do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas - Sescon-PI; foi Vice-Presidente e Membro do Conselho Fiscal do Sindicato dos Contabilistas do Estado do Piauí e no biênio 2014-2015,

atuou como Vice-Presidente de Controle Interno do CRC-PI. Josafam ressalta que o grande desafio em sua gestão será a reforma do prédio da sede do CRC-PI, que foi construído no início da década passada e que precisa de vários reparos. “Nosso orçamento é apertado e, portanto, não poderemos dar reajuste para os funcionários por enquanto, por conta dessa reforma. Vamos também limitar bastante outros gastos para podermos começar e terminar essa obra”, comenta. Sobre a Junta Comercial, vai buscar discutir com empresários, Governo e entidades formas de contribuir com a melhoria dos serviços da Junta.

Diretoria do Conselho Regional de Contabilidade do Piauí – Biênio 2016-2017: • Presidente: Josafam Bonfim Moraes Rêgo • Vice-Presidente de Administração e Finanças: Tertulino Ribeiro Passos • Vice-Presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina: Elias Dib Caddah Neto

• Vice-Presidente de Desenvolvimento Profissional: Francyslene Abreu Costa Magalhães • Vice-Presidente de Controle Interno: Carlos Lustosa Filho • Vice-Presidente de Registro: Mário Rodrigues de Azevedo

• Vice-Presidente Técnico: Gustavo Steiner Rodrigues Mesquita • Representante dos Técnicos Conselho Diretor: José de Arimatea de Melo Rodrigues.

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Bem-estar

Queda de cabelo pode ser temporária ou permanente A causa varia desde origem genética a consequências de fatores externos e, atinge também mulheres.

Calvíce masculina é mais comum

Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco

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odas as pessoas perdem uma média de 100 fios de cabelo por dia, mas quando a queda começa a ser excessiva é hora de se preocupar. São vários os fatores que determinam a queda excessiva de fios. Alguns são mais simples de serem tratados. Outros podem acompanhar homens e mulheres por toda a vida, por serem genéticos. Algumas causas são mais comuns e comprometem o crescimento e a vitalidade dos cabelos, resultando numa queda de fios maior do que o normal. Estas podem envolver diversos fatores como anemia, micoses, queda de algumas vitaminas e nutrientes, problemas hormonais, estresse emocional ou físico (após alguma cirurgia ou parto, por exemplo), uso descontrolado de tinturas, medicamentos, descolorantes e alisantes e até perda excessiva de peso. Na maioria destes casos, a queda não afeta a raiz e depois de tratado o distúrbio, o cabelo volta a crescer normalmente. Os casos mais preocupantes são os que envolvem a alopecia androgênica, ou calvície, que muitos acreditam ser uma doença que atingem apenas as pessoas do sexo masculino. Entretanto, por ter origem genética e hereditária pode ser diagnosticada em ambos os sexos. 52

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A queda de cabelo fez Daliane (na foto menor, quando adolescente) passar a usar cabelos mais curtos para que as falhas não ficassem tão evidentes.

Jovem sofre com o problema há 17 anos Dermatologista explica que diagnóstico correto é essencial para tratamento.

Nos homens, ela pode levar à perda total ou parcial dos cabelos, principalmente no topo da cabeça. Nas mulheres ela é mais difusa e caracterizada por falhas em todo o couro cabeludo e em fios mais finos e são raros os casos de mulheres que ficam completamente carecas. Em ambos os sexos, a raiz do cabelo atrofia e o fio não volta a crescer. “Por a queda de cabelo ser uma situação que todo mundo apresenta, as pessoas não costumam dar importância, ou então elas querem tratar de qualquer jeito. Na verdade, a queda de cabelo pode ser a manifestação de uma doença sistêmica, por exemplo. E qualquer alteração no couro cabelo que a pessoa ache que esteja incomodando, o profissional mais indicado para buscar ajuda é o dermatologista”, explica a dermatologista Yáscara Pinto.

Daliane Fontenele enfrenta problemas de queda de cabelo há 17 anos. Aos 18 anos, ela percebeu que seus cabelos estavam caindo mais do que o normal. Como na época ela iria prestar vestibular e os exames não apontaram nada errado, os médicos associaram o caso ao estresse. Nos anos seguintes, a queda continuou e ela buscou vários tratamentos paliativos que ajudavam a camuflar o problema e até melhoravam um pouco o aspecto. Há cerca de um ano, Daliane teve o diagnóstico de alopecia androgênica e com o tratamento adequado, hoje ela percebe a diferença no seu cabelo. “Quando tive um diagnóstico definitivo senti certo alívio porque agora sei realmente qual o problema que tenho. A queda de cabelo nunca mexeu de fato com a minha autoestima, mas tive que mudar e passei a usar cabelos mais curtos para que as falhas não ficassem tão evidentes. E às vezes dá um pouco de saudade dos meus cabelos mais cheios e longos”, explica.

Para Yáscara Pinto, ao perceber a perda excessiva de cabelos é preciso buscar logo acompanhamento médico, pois os tratamentos respondem melhor quando o problema está em fase inicial e vai variar de acordo com o tipo de queda. Para um diagnóstico completo, os médicos costumam recomendar exames clínicos e laboratoriais. “O tratamento está ligado diretamente à causa e é preciso fazer uma investigação médica, fazer o tratamento que pode ser com medicamentos para tentar restabelecer o equilíbrio do cabelo e estimular o crescimento e tirar as causas que estão precipitando a queda”, destaca. Nos casos de alopecia androgênica, os tratamentos não acabam com a doença, mas ajudam a controlar sua evolução, especialmente nos homens. “O que a gente busca com o tratamento à base de medicamento no homem é postergar a calvície pra adiar a necessidade de fazer um transplante capilar”, afirma a médica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 80% dos homens com mais de 80 anos sofrem de calvície, pois a doença está diretamente relacionada à testosterona, hormônio masculino. Normalmente, nos homens a alopecia se manifesta entre os 20 e 30 anos de idade. Os primeiros sinais da calvície são cabelos mais finos e com crescimento mais vagaroso devido ao enfraquecimento da raiz do cabelo, ou bulbo capilar. Depois acontece a morte ou atrofia do bulbo e não crescem novos fios. A falta de cabelo normalmente começa na frente da cabeça, nas chamadas entradas, e depois segue para a parte central e superior. Restando apenas os cabelos das áreas laterais e posterior da cabeça. Como no caso das mulheres, o tratamento para a calvície masculina envolve o uso de medicamento que podem ser orais ou tópico. Entretanto, aqueles que perderam muitos cabelos podem optar por realizar implantes ou transplantes capilares.

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Cultura Empresarial Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitters e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios. Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas!

Livros

Filmes Marielle Baía Psicóloga, Consultora Empresarial, Terapeuta e Educadora Financeira marielle.baia@dsop.com.br

Internet

Dica de Leitura: Alquimia Pessoal - Como vencer a autossabotagem e atingir a prosperidade total Autor: Vinicius Guarnieri, George Patrão Comentário: O momento nos chama ao melhor planejamento e organização pessoal de nossa vida na busca do equilíbrio. O livro Alquimia Pessoal nos faz refletir sobre o “eu interior” destacando a dualidade existente entre as forças propulsoras (seguir em frente) e as forças restritivas (paralisa ou faz andar para trás). O objetivo é que o autoconhecimento possa combater os pensamentos negativos que permeiam o inconsciente, apontando caminhos para a prosperidade plena, através de uma gradativa e espiritualizada evolução emocional. A escolha dos pensamentos é o ponto de partida para assumirmos a liderança sobre nossa vida, descaracterizar a desarmonia dentro da nossa mente e deixar florescer nossa consciência divina. Ótima indicação para começar bem o seu ano! 54

Revista Fecomércio

Janeiro/Fevereiro 2016

Dica de Filme: A Grande Aposta Comentário: Se você é daqueles que não sabe muito sobre como investir seu dinheiro, vai gostar de conhecer a história de um empresário americano que conseguiu um lucro recorde para suas empresas – mesmo na crise que abalou o sistema imobiliário e, consequentemente, a economia dos Estados Unidos na década de 2000. Inspirado no livro homônimo, o filme estrelado por Brad Pitt narra como o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade antes mesmo que os grandes bancos, mídia e governo e passa a oferecê-la aos seus clientes, entre eles dois iniciantes na Bolsa de Valores. O nome ‘A Grande Aposta‘ se deve aos investimentos ousados que os levaram para o lado sombrio do sistema bancário moderno, onde devem questionar tudo e a todos. Vale a pena conferir nos cinemas!

Vale a pena curtir: www.facebook.com/catho.com.br Comentário: Fanpage criada pela equipe da Catho para ajudar o usuário a se manter atualizado com notícias, conteúdos de carreiras e novidades do mercado de trabalho. Além disso, esclarece dúvidas por meio de mensagens privadas na página e dá dicas importantes para o desenvolvimento de sua carreira profissional.

Dica de site: http://www.infomoney.com.br/ Comentário: O conhecimento econômico e de mercado é muito importante para a sustentabilidade financeira e planejamento de vida. O site Infomoney traz notícias sobre o mercado, bolsa, onde investir, finanças pessoais, negócios, carreira, imóveis, dentre outras informações que contribuem para o planejamento e sustentabilidade da vida pessoal.



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