Revista Fecomércio PI 18 Março/Abril 2016

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Entrevista: Cacilda Silva, proprietária da Supricabos

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Ano 04 - Nº 18 - Março / Abril de 2016

Mala Direta Básica 9912366007/2015-DR/PI SESC/PI

ESPECIAL

Prejuízos causados pela qualidade da energia do Piauí


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Fonseca Olívio J. J. Fonseca da empresa resa Olívio rio da emp Proprietário eca, Proprietá io J. Fonseca, evista: Olív Olívio J. Fons Entr Entrevista:

Opinião do leitor

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Caro leitor, sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Curta e acompanhe a Revista Fecomércio no Facebook e envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação, nos contatos abaixo: FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ BRAÇO SINDICAL DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC

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PRESIDENTE: Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante 1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante

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A revista é de excelente qualidade material e jornalística. A matéria sobre a Junta Comercial retrata a evolução que o órgão está passando por uma verdadeira revolução tecnológica com a implantação do RedeSim. Estas mudanças são fundamentais e atendem aos reclames e reivindicações da classe contábil piauiense. Achei excelente o artigo “Empresa familiar é viável?”, pois vem de encontro a uma tese defendida por mim aqui na TV Clube, de que uma empresa familiar pode ser bem sucedida, desde que administrada profissionalmente. Josafam Bonfim, Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Piauí

2º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 3º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante Raimundo Rebouças Marques José Antônio de Araújo João dos Santos Andrade Pedro de Oliveira Barbosa Conegundes Gonçalves de Oliveira José Rivaldo de Sousa José Arimatea Melo Rodrigues Gerardo Ponte Cavalcante Neto Teodoro Ferreira Sobral 1º SECRETÁRIO: Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO: Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO: Maria do Socorro de Morais Correia 1º TESOUREIRO: Antônio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO: Margareth Silva Lopes 3º TESOUREIRO: Francilino Lima Costa DIRETOR ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha

Percebo que a cada edição, a Revista Fecomércio alinha algum tema que está em evidencia no país à realidade do estado, o que nos faz refletir mais a respeito das necessidades do Piauí. E é esta aproximação nas particularidades locais o que mais admiro na revista, pois com suas novidades, críticas e informações diversas, me faz considerar este meio altamente eficaz para o desenvolvimento de negócios e excelente fonte de informação para nosso público. Dalylla Soares, Consultora de RH e Psicóloga Parabéns pela qualidade e conteúdo da Revista Fecomércio! As histórias dos nossos empresários empreendedores são inspiradoras. Gostei muito da história do senhor Olívio J. Fonseca, da reportagem sobre o Geomarketing e da matéria da capa sobre os 70 anos do Sesc e Senac. Um assunto que eu gostaria de ver seria sobre as oportunidades não exploradas no mercado de Teresina na visão de especialistas. Fernando Alencar, Gerente de controle de arrecadação da Agespisa

DIRETOR ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante júnior

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DIRETOR ASSUNTOS DE CONSUMO Erivelton Moura DIRETOR ASSUNTOS COMÉRCIO EXTERIOR Delano Leno da Silva Miranda de Sousa

A editora-chefe Karla Nery com a empresária Cacilda Silva, proprietária da Supricabos Foto: Flávio Farias

DIRETOR ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro C. Mapurunga DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques CONSELHO FISCAL EFETIVOS Janes Cavalcante Castro Francisco Pereira Dutra Roberto M. Campos Drumont SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL Gescimar Miranda de Sousa Lauro Antônio Cronemberg Paulo Hernandez Couto Normando SUPLENTES DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro José Carvalho Neto Maria dos Aflitos S. R. Cardoso Pablo Henrique Couto Normando Jorge Batista da Silva Filho Raimunda Nonata da Silva Santos.

Editora - chefe Karla Nery - DRT 1339-PI

Fotos Carlos Pacheco

Editor - adjunto Robert Pedrosa - DRT 964-PI

Projeto Editorial Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Antônio Chaves, 1896-1, Bairro dos Noivos. CEP: 64.045-340 - Teresina-PI

Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Robert Pedrosa, Gleyca Lima e Giovanna Veloso

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Grigório Cardoso dos Santos SUPLENTES Jairo Oliveira Cavalcante e Denis Oliveira Cavalcante NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1.111, Ed. Agostinho Pinto, 4º andar, Centro. CEP: 64.000-360 – Teresina - PI Fone: (0 XX 86) 3222-5634 CNPJ Nº 07.243.215/0001-82

Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Raquel Lopes (Sesc), Mariane Aquino e Eduardo Portela (Senac), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (Sebrae), Cristina Alves (Fecomércio), Iolany Galiza e Allison Bacelar (CCOM). Revisão Glécia Lima

3 ANOS

ajudando você a ficar por dentro do mundo dos negócios

Marketing Karla Nery e Francisco Cunha Diagramação e direção de arte Zabumba Propaganda Impressão Halley S.A. Gráfica e Editora Tiragem 2000 exemplares Contatos (86) 3303 9831 / 99804 8998 / 99458 4554 / 99946 9172 Email: revistafecomerciopi@gmail.com

Acesse a versão online no site: www.fecomercio-pi.org.br (86) 3303-9831/ 99804-8998 - revistafecomerciopi@gmail.com

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Revista Fecomércio

Março/Abril 2016


Palavra do Presidente

ÍNDICE

Para evitar o caos Capa

Ano 04 - Nº 18 Março/Abril de 2016

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Destaques

Valdeci Cavalcante

Mercado da beleza traz oportunidades de negócios

Entrevista

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Geral

Outras Seções

Pesquisas Fecomércio

14 Cauteloso, consumidor teresinense evita se endividar

Informe Publicitário Cacilda Silva proprietária da Supricabos

Especial

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Piauí Digital facilita a abertura de empresas

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Valdeci Cavalcante

18

21 Sindilojas-PI completa 62 anos em defesa dos lojistas

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Bem-estar

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Educação Financeira Reinaldo Domingos

34 Mesa Brasil Sesc homenageia parceiros 36 Sesc cria projeto de sustentabilidade

42

Senac

44

38 Uma história que está só começando... 40 Conhecimento que inspira beleza Sebrae

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Direito e Empresas Francisco Soares Campelo Filho

Sesc

Falha no fornecimento de energia causa danos a empresas

Educação Profissional Elaine Dias

Sindicatos

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Palavra do Presidente

43 Começar Bem é aposta para o surgimento de empresas

Gestão Empresarial Camilla Cruz

Comunicação Jefferson Xavier – JEX

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Coaching Cacilda Silva

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Agenda

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Cultura Empresarial

Eventos

45 Instituto Nacional de Excelência Humana é homenageado

Fale bem e conquiste mais clientes

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Revista Fecomércio

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47 Câmara Municipal de Teresina entrega Prêmio Mulher Destaque

Marielle Baía

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com

P

assado o período festivo de fim de ano, com o Natal aquecendo as compras e aliviando as tensões vividas em 2015, o Brasil foi às ruas festejar Momo, realizando desfiles e bailes monumentais nos principais centros financeiros do país. Nesse período de quase 90 dias, o noticiário político reduziu o impacto, a economia adormeceu e por alguns instantes houve uma trégua nas pressões políticas ao Governo. O Planalto viveu momentos de alívio e teve à sua disposição tempo para respirar, rediscutir, programar, planejar, reorganizar, reconstruir e alimentar as esperanças populares em dias melhores. Apesar dessa trégua, alguns fatos interromperam a sesta do Governo no cenário político. Protagonistas de ações delituosas continuam ocupando o noticiário policial, ao mesmo tempo em que novos atores ingressaram em cena, revelando mazelas, expondo condutas irresponsáveis, réus de acusações graves na área financeira, onde, supõe-se, foram desviados bilhões de reais do propinoduto da Petrobrás e de empresas sócias da corrupção. Inicia-se agora o tempo das decisões. Todos os processos que objetivam o afastamento da Presidente da República e do vice, o afastamento do Presidente da Câmara por improbidade, a devolução ao erário do dinheiro desviado, a repatriação dos lotes financeiros depositados em contas no exterior, o esclarecimento de dúvidas sobre

propriedade territorial, a indisponibilização de bens patrimoniais dos familiares envolvidos nesses escândalos, tudo isto estará na pauta do noticiário, até mesmo antes das eleições municipais.

Todos os processos que objetivam o afastamento da Presidente da República e do vice, o afastamento do Presidente da Câmara por improbidade, a devolução ao erário do dinheiro desviado, a repatriação dos lotes financeiros depositados em contas no exterior, o esclarecimento de dúvidas sobre propriedade territorial, tudo isto estará na pauta do noticiário.

Naturalmente que alguns lances desse vasto universo de ações nocivas à República servirão de esteio para a campanha eleitoral como parte do espetáculo político das eleições.

Num outro patamar de discussões sobre os rumos do país, pessoas responsáveis, éticas e honradas, entre as quais empresários, lojista, comerciários, produtores de bens e serviços, classes e categorias, associações e clubes, maçonaria, instituições de cultura, pequenos comerciantes, educadores e profissionais liberais, entre outros segmentos vivos da república, estarão envolvidos numa ampla e esclarecedora discussão sobre os rumos que o país deve seguir. Faltou compromisso, responsabilidade e competência para evitar o caos. O discurso demagógico e cínico, indiferente aos destinos do país, veiculados na programação de rádio e TV, deverá ser visto com desdém. O momento é de reflexão. Rediscutir a situação do país, excluir os incautos, opinar, sugerir, apresentar planos, num amplo debate nacional até que reencontremos a soberania de um Brasil livre. Certamente que teremos o retorno do discurso de campanha. Promessas enganosas, gestos cênicos de indignação, críticas e ofensas, soluções mirabolantes e outros recursos do discurso falacioso de candidatos inundarão os espaços, na tentativa de convencer um povo desiludido. A expectativa é que o eleitor não se deixe enganar e saiba avaliar com critério aqueles que se apresentam como salvadores da Pátria. Resta-nos a união de todas as pessoas de bem, para que, juntos, encontremos os caminhos de evitar o caos. Revista Fecomércio

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Cacilda Silva – proprietária da Supricabos Flávio Faria

Entrevista

“O caminho do sucesso é o autoconhecimento” Por Karla Nery

A

falta de recursos geralmente dificulta ou impede que o empresário amplie sua empresa. A empresária Cacilda Silva, proprietária da empresa Supricabos, conseguiu vencer essa dificuldade com muita fé e determinação, reformando e ampliando os espaços da empresa até construir sua sede própria, localizada na Avenida Campos Sales. A empresa que completou 21 anos em fevereiro deste ano surgiu para atender uma demanda no mercado de cabos para computador, retroprojetor, impressora fiscal, balança, home theater, racks para rede estruturada, entre outros produtos que levam soluções em conectividade, como diz o slogan da empresa. Segundo a empresária, o segredo para a longevidade e sucesso do negócio está no investimento constante em conhecimento e autoconhecimento. Para tanto, ela fez vários cursos do Sebrae voltados para o setor e também sobre negócios e liderança. Atualmente, além de empresária, atua como master coach. Nesse mês dedicado às mulheres, conheça as dicas que ela dá para quem quer se tornar uma empresária bem sucedida.

O crescimento da loja se deu depois do Empretec.

Recebendo do Vereador Ricardo Bandeira o Prêmio Mulher de Negócios 2015 da Câmara Municipal de Teresina.

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Karla Nery

Arquivo Pessoal

Ampliação da sede da Supricabos na Rua 24 de Janeiro.

Flávio Faria

Arquivo Pessoal

A empresária Cacilda Silva trabalha oferecendo soluções em conectividade há 21 anos.

Cacilda com a família, que também faz parte de sua empresa.

Um dos momentos fortes foi a construção da sede própria da Supricabos na Avenida Campos Sales.

Cacilda, eu gostaria que você nos contasse um pouco da sua história, começando por onde você nasceu. Eu nasci em Floriano, a 240 km de Teresina. Vim de uma família simples, mas onde sempre prevaleceu o amor. Quando meu pai faleceu há 26 anos, eu era muito nova, mas posso dizer da minha infância que fui muito bem criada. Como sou a mais nova de sete irmãos, fui a que mais recebeu proteção. Isso me lembra a frase “Criança frustrada reflete no adulto frustrado. Criança feliz reflete no adulto feliz.” E eu posso me considerar uma pessoa muito tranquila e feliz só por isso. Quando você veio para Teresina? Eu deveria ter uns seis anos quando vim morar aqui, mas pouco depois eu voltei porque era muito apegada a minha madrinha com quem eu adquiri o hábito de estudar. Voltei novamente depois com 13 anos. Nessa época, vim com aquele espírito de estudar de verdade e nessa de estudar fui me aprimorando, cada vez mais, sempre muito focada. Como minha mãe não podia pagar

colégio particular para todos os filhos, eu fiz uma parceria com meu irmão mais velho Reginaldo. Lembro que eu disse “Reginaldo, se você pagar minha escola, eu lhe garanto que tiro nota 10 todo mês.” Foi por causa desse gesto que vi que minha veia empreendedora pulsava desde cedo, pois já negociei meus estudos com ele. E depois, de fato, as coisas fluíram para mim. Você sabe, quem estuda tem resultado, e as coisas foram fluindo naturalmente. Comecei a trabalhar muito nova, mas sempre com aquele pensamento de ter algo meu mesmo, porque aqui em Teresina, ainda tem muito aquela cultura de empresário despreparado humilhar os funcionários. Eu sempre fui revoltada com isso. Trabalhei em duas ou três empresas e fui aos poucos criando a Supricabos. Foi nessa época que você resolveu empreender? Sim. Abri minha empresa em 1995. No início, eu tive uma sociedade, mas só durou oito meses. Como não deu certo, eu disse: “Agora vou montar uma

empresa, mesmo que seja sozinha.” O passo seguinte foi escolher o nome. Primeira coisa que pensei foi “Tem que ser supri alguma coisa, pois Teresina tem Supriforms, Supritech, Suprifácil e suprir quer dizer levar, abastecer, oferecer produtos e serviços.” Aí eu pensei assim “Como meu foco é cabos, juntei uma coisa com a outra e nasceu a Supricabos”. Queria um nome fácil de associar e acho que consegui. A maior vantagem que a gente viu no mercado de Teresina foi montar uma loja que desse atendimento olho no olho. Eu acho que isso faz toda diferença. Como as lojas têm essa falha no atendimento, foi aí que eu tive a oportunidade de crescer. Você sentar com o cliente, ouvir o que ele está dizendo, prestar atenção e tentar solucionar seu problema não tem preço que pague. E eu ouvi o que o mercado estava me dizendo e fui me direcionando para atender essa demanda. Por que você escolheu o segmento de cabos e conexões? Eu lembro que em 1991, trabalhava no Revista Fecomércio

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Entrevista

setor de compras da Jet e quando precisava comprar esses cabos, só tinha em Fortaleza ou Recife, passava 30 dias para chegar e de tanto eu conversar com os vendedores, o proprietário dessa empresa de Fortaleza, que na época era DataSul, falou assim: “Cacilda, quero contratar uma vendedora em Teresina, você tem interesse?” Não pensei duas vezes e aceitei a proposta. Passei alguns meses, adquiri experiência de vendas e decidi montar o meu negócio. Como falei antes, a sociedade não deu certo. Quando você tem uma sociedade onde só um trabalha e o outro entra com o capital, fica meio complicado. A coisa fica meio desalinhada. Mesmo assim criei coragem e fui atrás de treinamento. Fiz muitos cursos no Sebrae, mas no Piauí ele só tem 20 anos, minha empresa nasceu antes, tem 21 anos. Você imagina se tivesse o Sebrae naquela época, tudo teria sido mais fácil pra mim. Fiz praticamente toda a grade de cursos do Sebrae. O que eu achei mais forte de todos realmente foi o Empretec, que pra mim foi um divisor de águas. Fiz em 2004 quando as coisas não estavam muito bem e precisavam mudar, sair dessa inércia. Foi lá que fiz o projeto de comprar uma casa no Centro para ser a sede da empresa e que teria a fachada toda de vidro. O caminho é você investir no conhecimento e no autoconhecimento, pois essas são as principais ferramentas de crescimento, tanto pessoal, como profissional. A solução para os nossos problemas está dentro de cada um de nós. Então, o gestor tem que buscar o autoconhecimento e também treinar os seus colaboradores para que eles possam desempenhar um atendimento melhor. E, tudo isso me ajudou a saber o que de fato eu queria, que era ter a minha sede própria. Só que o sonho ficou no papel por um bom tempo até que em 2009, fiz 10

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o curso Desenvolvimento e Liderança (DL) do INEXH que também me marcou bastante, pois dentro dele trabalhei muito minhas emoções e entendi bem claro que tinha chegado a hora de executar tudo que coloquei dentro do projeto. Aos poucos as informações saíram do inconsciente e quando eu pensei que não, já estava comprando a casa.

Como minha mãe não podia pagar colégio particular para todos os filhos, eu fiz uma parceria com meu irmão mais velho Reginaldo. Lembro que eu disse “Reginaldo, se você pagar minha escola, eu lhe garanto que tiro nota 10 todo mês.” Foi por causa desse gesto que vi que minha veia empreendedora pulsava desde cedo, pois já negociei meus estudos com ele. E depois, de fato, as coisas fluíram para mim.

Investi também na linha de Coaching. Tenho a formação completa, inclusive nos Estados Unidos pelo The Inner Game, a maior escola de Coaching no mundo. Quando eu me envolvo dentro de uma carreira de treinamento, eu vou até o fim porque quero saber o resultado que isso pode trazer. E hoje, eu me sinto uma pessoa realizada por saber que existe uma forma pra você trilhar, independentemente

de você ter dinheiro ou não, porque às vezes, as pessoas ficam meio acomodadas no mercado, principalmente porque não tem dinheiro. Onde funcionou a primeira sede da Supricabos? A Supricabos começou na Rua 24 de Janeiro, próximo ao Dom Barreto. Comecei trabalhando somente com meus irmãos Vera e Joselito. Apesar de ser a mais nova, sempre tive espírito de liderança e ainda hoje trabalho com eles e já vieram para o nosso sistema alguns sobrinhos e outras pessoas que foram se agregando e formando essa grande família, em sua maioria técnicos. Temos relativamente poucos funcionários comparando com as grandes empresas, mas como esta é uma área bem específica, só dá para trabalhar quem realmente está interessado e é bem preparado, principalmente no que diz respeito ao atendimento e a mão de obra qualificada. A Supricabos trabalha com solução e para trabalhar com solução você precisa saber o que o cliente está dizendo e saber fazer o que ele precisa. Voltando a história da Supricabos, na 24 de Janeiro, nós começamos com um ponto pequeno, e quando eu fiz o Empretec a coisa expandiu. Eu fui alugando uma sala após a outra. Quando a gente viu já estava com seis salas, todas ligadas e foi aí que eu conheci o André Nascimento, gerente da Caixa Econômica Federal da Piçarra. O filho dele estudava lá no Dom Barreto e todo dia o André passava em frente à loja e ficava observando a gente alugando e ampliando as salas. Lembro quando ele foi nos visitar para abrir uma conta e eu relutei muito porque achava a Caixa Econômica muito burocrática. Até que em um dia de sábado pela manhã, o André chegou lá na loja de chinelo, bermuda, todo à vontade e eu perguntei: “Bom dia, em que posso lhe ajudar?” E ele falou assim: “Cacil-

da, cadê os documentos que eu quero abrir a conta da Supricabos. Você quer ou não quer ter sua sede própria?” Ele tinha certeza que era esse o produto que eu queria. Foi bem no ponto. Não tive como fugir mais. Você se refere a atual sede da empresa na Avenida Campos Sales? Sim. Aqui antes era uma casa. Nós demolimos tudo e começamos a construir do zero. Foi praticamente um ano de obra. Muito difícil por sinal porque construção em si já não é fácil, traz muita preocupação, principalmente quando é com os recursos próprios. Mas, com força, fé e coragem a gente acaba conseguindo. É preciso acreditar e querer porque “quando a gente quer de verdade alguma coisa, a gente dá um jeito, quando não quer, dá uma desculpa”. E eu já tinha colocado no meu projeto no Empretec que queria organizar a empresa em sede própria, toda de vidro, bem a minha cara. A verdade é que a empresa é a cara do dono. Quando a gente vê uma empresa, vê quem é o gestor, a energia que está por trás de tudo. Só assim você entende porque essa empresa realmente está evoluindo ou não. O que você aprendeu ao longo desses 21 anos? Eu aprendi, principalmente, que o gestor de uma empresa que investe em treinamento, capacitação e também no autoconhecimento, está no caminho certo, tanto faz ter dinheiro ou não porque quando você investe nesses itens, mais cedo ou mais tarde, o retorno deste investimento vem. Ao investir em autoconhecimento, o gestor entende verdadeiramente qual o sentido da sua empresa, porque ela existe no mercado e estabelece missão, visão e valores bem definidos. Quando ele identifica o seu propósito deve se questionar: “Por que eu quero evoluir?

O que mais posso fazer?” Nessa busca de autoconhecimento, você descobre para que veio ao mundo, qual a sua missão, e dependendo do produto que você trabalha, você sabe qual o tipo de atendimento vai querer oferecer, qual é o legado que você quer deixar, como você vai se posicionar no mercado e fortalecer a sua marca. A Supricabos hoje é

dor, retroprojetor, impressora fiscal, balança, home theater, racks para rede estruturada, entre outros produtos. Não temos um concorrente direto, que seja específico nesse ramo porque nós trabalhamos com montagem em cima da solução do cliente. Então, não é um produto já pronto na prateleira, ele vai me abordar qual o problema e a gente vai trabalhar em cima da solução, por isso que a gente investe tanto na qualificação e capacitação dos nossos colaboradores.

É preciso acreditar e querer porque “quando a gente quer de verdade alguma coisa, a gente dá um jeito, quando não quer, dá uma desculpa”. E eu já tinha colocado no meu projeto no Empretec que queria organizar a empresa em sede própria, toda de vidro, bem a minha cara. A verdade é que a empresa é a cara do dono. Quando a gente vê uma empresa, vê quem é o gestor, a energia que está por trás de tudo. Só assim você entende porque essa empresa realmente está evoluindo ou não.

De onde vem esses produtos que vocês vendem? Nós temos fornecedores de São Paulo e Curitiba. Recentemente, o Emerson Moura da Garra Componentes veio a Teresina. Ele é nosso fornecedor há 10 anos de racks que são aqueles armários que você organiza os equipamentos de rede estruturada. Eu já estive na indústria do Emerson três vezes depois que a gente fechou a parceria da distribuição tanto no Piauí quanto no Maranhão. Nós trabalhamos também com a linha dos cabos de rede da Nexas, uma multinacional com sede em São Paulo. Eles trabalham com cores diferenciadas e produtos de muita qualidade.

uma empresa consolidada no mercado, tanto no Piauí quanto no Maranhão. Quem são os concorrentes da Supricabos? Com que produtos específicos vocês trabalham? Nós trabalhamos com soluções e conectividade com cabos para computa-

Vocês vendem tanto para empresas quanto para o consumidor final? Sim. Hoje todo mundo precisa de cabo. Se você quer montar um restaurante, uma faculdade, escola ou condomínio precisa de instalação desses cabos. Então, é uma infinidade de pessoas e empresas que precisam dessa solução. Pois, às vezes, você tem um equipamento caríssimo, mas cadê o cabo? Sem o cabo não funciona. Às vezes você faz a obra toda, mas esquece de pensar a parte lógica de como conectar os aparelhos e depois de tudo pronto tem que quebrar pra fazer embutido ou improvisar com aquelas canaletas que esteticamente ficam horríveis. É por isso que a SupricaRevista Fecomércio

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Entrevista

bos é de vital importância, porque sem essa solução no mercado, a gente vai ter que gastar um absurdo contratando uma pessoa de São Paulo e esperar muito mais tempo. Nesses 21 anos, quais foram os momentos que marcaram a história da Supricabos? Eu destaco principalmente a obra da sede própria, pois ela foi um dos maiores desafios que nós enfrentamos, por causa de recursos financeiros que só superamos com muita força, fé e coragem. Eu sou católica, frequento a Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro desde 2003 e foi graças a minha fé em Nossa Senhora que realmente eu consegui manter o foco de encontrar uma solução. Quem já passou por isso sabe que às vezes, você fica meio perdida, querendo só o dinheiro e não vê a solução na sua frente. Você às vezes está precisando tanto de uma coisa, mas falta o recurso, e com a fé, lá vem a solução. Deus não desampara, então, eu acho que o resultado realmente é esse, você ter força, fé e coragem. Não posso esquecer de falar do Prêmio Mulheres de Negócios que recebi no final do ano na Câmara Municipal de Teresina. Esse foi um dos maiores sonhos que eu já realizei, pois nunca imaginei receber o reconhecimento de empresária de sucesso. Além do reconhecimento, eu fui oradora de um grupo de 17 mulheres, o que pra mim foi muito forte, foi um marco na minha história de empresária. Recebi o prêmio do vereador Ricardo Bandeira, que eu acho interessante dar ênfase a ele porque é um político que está se destacando por questões voltadas ao empreendedorismo. Ele está muito focado e com vontade de apoiar os empresários e no atual cenário político nós precisamos incentivar isso, estar perto dos políticos para acompanhar e defender os nossos interesses. Não podemos ficar só reclamando de braços cruzados. 12

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Olhando agora para essa história tão bonita da Supricabos, o que você gostaria de compartilhar com outras pessoas que estão começando a empreender, em especial com as mulheres? Eu acho que o principal, tanto para as pessoas que estão começando, quanto para quem já tem empresa é investir na capacitação própria e dos seus funcionários. A liderança hoje também é fundamental, ninguém mais quer trabalhar com chefe, hoje se quer um líder que se

As mulheres têm se destacado muito no mercado porque elas estudam mais. Se você observar em todas as turmas tem mais mulheres do que homens. Então, a mulher hoje está com força total para entrar no mercado e acertar. Não vai mais como aventura pensando se vai dar certo ou não, porque ela se preparou, investiu muito em formação e isso lhe dá a certeza de que o negócio vai dar certo.

destaca pelo exemplo, pois a gente vai seguindo outra pessoa pelo que ela diz e faz e não pelo autoritarismo. Você ter um chefe autoritário, que humilha, grita, isso é uma coisa altamente ultrapassada. O perfil do novo empresário é esse, da pessoa qualificada, que continua estudando, bem educada, que sabe se colocar no lugar do outro, que sabe que as

coisas não se resolvem pelo grito e sim pelo diálogo. É por isso que hoje é tão importante o setor de RH nas empresas, pois trabalha a relação interpessoal, o trabalho em equipe. Pequenas gentilezas como lembrar a data de um aniversário, fazer alguma atividade que faça com que as pessoas relaxem, interajam entre si, se sintam importantes, isso proporciona um crescimento fantástico para a empresa. Você imagina o tamanho do prazer que eu tenho hoje em ter uma empresa, onde eu posso me relacionar muito bem com meus funcionários, meus irmãos e meus sobrinhos. Isso pra mim é uma realização porque é como se eu estivesse dentro de casa. Até porque a gente passa mais tempo na empresa do que em casa, não é verdade? As mulheres têm se destacado muito no mercado porque elas estudam mais. Se você observar em todas as turmas tem mais mulheres do que homens. Então, a mulher hoje está com força total para entrar no mercado e acertar. Não vai mais como aventura pensando se vai dar certo ou não, porque ela se preparou, investiu muito em formação e isso lhe dá a certeza de que o negócio vai dar certo. Estudar hoje é uma das prioridades das mulheres. Antigamente, o sonho da mulher era casar e ter filho. Hoje, ela se qualifica, se forma e só depois é que ela vai querer constituir família. Isso porque ela não confia somente no dinheiro do marido até porque hoje está casada, amanhã pode não estar. Ninguém sabe o dia de amanhã. O fato é que nós mulheres vencemos muitas barreiras, mas ainda temos muito pelo que lutar e a nossa arma é justamente o conhecimento. Além disso, para se ter sucesso é preciso antes de mais nada saber honrar e respeitar a sua própria história, não esquecer as suas origens, de onde você veio, quem lhe ajudou. Gratidão é um dos sentimentos mais bonitos e que mais nos ajuda a crescer.

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Pesquisas Fecomércio

Cauteloso, consumidor teresinense evita se endividar Número de famílias endividadas cai de 55% para 51%. Por: Robert Pedrosa

O

reflexo da crise econômica que atingiu o Brasil em 2015 e que continua em 2016 pode ser sentido no comportamento do consumidor de Teresina. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de Teresina (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado do Piauí (Fecomércio) em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC),

o número de famílias que possui alguma dívida caiu de 54,96% em dezembro de 2015 para 51,6% em janeiro deste ano. Isso significa que o consumidor botou o pé no freio no primeiro mês do ano. Segundo o presidente da Fecomércio, Valdeci Cavalcante, os consumidores estão mais cautelosos na hora de comprar a prazo devido às altas taxas de juros tanto dos bancos como das lojas que vendem a prazo. “Outro fato que também contribuiu para o afastamento do Consumidor das lojas foi a inflação de 1,27% de janeiro”, diz o empresário. Apesar do recuo, as famílias ainda consideram-se estar em um nível razoável de endividamento. A pesquisa mostra

Endividamento do teresinense 100%

50%

54,96%

51,6%

que 25,2% dos entrevistados declaram estar pouco endividado e 20,3% mais ou menos endividos. Apenas 8,7% das famílias entrevistadas consideram-se muito endividadas. Um dado preocupante é a capacidade de pagamento dos consumidores. A pesquisa da Fecomércio revela que 46,4% dizem não ter como efetuar o pagamento de suas contas, enquanto 37,9% declararam que podem quitá-las no prazo. Somente 14,9% podem quita-las totalmente. “Isto mostra que as famílias estão devendo menos mas atrasando mais os seus compromissos”, analisa o economista Nonato Paz, 1º secretário da Fecomércio.

Dez/2015

Pouco endividados

25,2%

Mais ou menos endividados

20,3%

Jan/2016

Fonte: Pesquisa Fecomércio/CNC.

Comprometimento da renda com dívidas Dentre as famílias teresinenses endividadas, 12,2% têm entre 11% e 50% da renda comprometida com dívidas no mês de janeiro, segundo a pesquisa. Enquanto que apenas 0,2% declararam ter menos de 10% dos seus rendimentos comprometidos e mais de 2/3, ou seja, 86,8 %, afirmaram ter mais de 50% dos ganhos comprometidos com débitos.

Grau de endividamento

Muito endividados

0%

Cartão de crédito é responsável por 91% das dívidas

8,7%

Fonte: Pesquisa Fecomércio/CNC.

Capacidade de endividamento 14,9% 37,9%

46,4%

não tem como pagar as contas podem pagar as contas no prazo podem quitar as contas totalmente Fonte: Pesquisa Fecomércio/CNC.

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Análise do Mercado

O brasileiro não aguenta mais impostos, diz economista Uma das alternativas para movimentar a economia seria melhorar o rendimento da poupança. Por Robert Pedrosa Foto: Carlos Pacheco

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esde quando o Governo Dilma anunciou a recriação da CPMF para ajudar a fechar as contas da União, setores empresariais criticaram a medida argumentando que tributar mais ainda o contribuinte brasileiro não é a solução para a crise econômica. Fazendo coro a essa ideia está o 1º Secretário da Fecomércio-PI, Nonato Paz. Ele acredita que a CPMF não resolverá o problema das contas públicas e aconselha que o governo melhore o rendimento da poupança. Isso sim, em sua opinião, trará resultados. “Hoje a poupança está rendendo menos que 1% ao mês. Por isso as pessoas estão retirando suas aplicações. É o dinheiro da poupança que o Governo usa para investir no País. A saída é melhorar a rentabilidade dessa forma de investimento, que aí as pessoas voltarão a depositar o saldo no banco”, afirma Nonato Paz. O economista explica que o desenvolvimento do Brasil passa por uma roda financeira que para ou reduz a velocidade do giro quando um ponto apresenta falha. “Quando uma pessoa, devido à crise, reduz a ida a um restaurante, por exemplo, esse restaurante fatura menos e, com isso, demite e paga menos impostos. O Governo arrecada menos e investe menos. É uma bola de neve”, frisa. Nonato Paz lembra que nas décadas 16

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Nonato Paz alerta que a carga tributária chega a 38% do PIB e o crescimento da economia é negativo.

de 70 e 80, a economia brasileira crescia acima de 10% ao ano porque, segundo ele, a carga tributária não chegava a 19% do PIB. “Hoje, a carga tributária chega a 38% do PIB e o crescimento da economia é negativo. Nossos políticos estão metendo a mão no faturamento das empresas públicas e os maiores empresários estão presos. Além do mais, o país recebeu o diploma de mau pagador. Está difícil recuperar em curto prazo”, avalia. Enquanto isso, o Planalto tenta melhorar a economia do país com medidas difíceis de serem aprovadas pelo Congresso, pois são impopulares. Entre os projetos considerados como essenciais para mudar o cenário de recessão em que o Brasil se encontra estão as reformas da Previdência e Fiscal, o projeto de Desvinculação de Receitas da União (DRU) e a aprovação da CPMF. Em fevereiro, o governo anunciou novas medidas de ajuste fiscal para ten-

tar reequilibrar as contas públicas - que há dois anos estão no vermelho. Uma delas cria um teto anual para as despesas públicas, com a previsão de uma série de mecanismos para evitar o crescimento dos gastos que seriam automaticamente disparados em caso de desrespeito desses. A proposta é inspirada em ação semelhante adotada recentemente pelo governo dos EUA. Como medida imediata para este ano, foi anunciado um corte de R$ 23,4 bilhões nas despesas, que vão atingir principalmente os ministérios de maior orçamento, Educação e Saúde, as obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as emendas parlamentares. Estima-se que uma alíquota de 0,38% (CPMF) poderia trazer aos cofres públicos cerca de R$ 70 bilhões ao longo de um ano, recursos que seriam divididos com estados e municípios.

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Educação Profissional

Informe Publicitário

Inserção feminina no mercado de trabalho

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Revista Fecomércio

Elaine Dias Diretora Regional do Senac elaine@pi.senac.br

as últimas décadas, observamos um dos fatos mais relevantes na sociedade brasileira, a inserção da mulher no mercado de trabalho. Foram diversas as razões econômicas, culturais e sociais que contribuiram para que isto ocorresse. Com o tempo, a participação da mulher no mercado de trabalho tem sido cada vez maior, o que, sob o ponto de vista social e econômico, é excelente não somente para nós, mas para toda a sociedade brasileira. Embora as raízes ainda sejam, predominantemente masculinas, aos poucos, conquistamos um bom espaço. A atividade produtiva fora de casa para complementar o sustento do lar tornou-se tão importante para as mulheres quanto o cuidado com os filhos e a casa. É fato que esta conquista exigiu uma maior responsabilidade, dedicação e persistência para enfrentar os desafios. Tivemos que nos adequar à nova realidade, modernizando-nos; a rotina doméstico-familiar, bem como o aspecto estético e a vida social, estão em constante equilíbrio com as atividades profissionais, sem que haja prejuízo a qualquer uma dessas áreas. As mulheres vêm conquistando muitas transformações e sem dúvidas a mais importante é a sua posição na sociedade, deixando de ser subordinada apenas a afazeres domésticos para assumir cargos políticos, direções, presidências e outras ocupações. Estas conquistas só foram 18

Piauí Digital facilita a abertura de empresas

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possíveis devido a persistência em lutar pelos seus ideais, em reinvidicar, reclamar para ter voz e conseguir seus direitos. A evolução e crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho decorrem de um conjunto de fatores que, alinhados, criam um panorama para que haja a diminuição de desigualdades. Embora

No Senac, 67% das matrículas dos cursos são de mulheres, contra um índice masculino de 33%. Outro dado importante é que, do total de empregados, 60% são mulheres; e 74% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres.

estejamos longe do cenário ideal, muito já se avançou. Segundo dados do IBGE, desde 2010, a participação de mulheres com idade ativa, no mercado de trabalho, vem crescendo em relação aos homens. Seja qual for o sexo, o trabalhador com maior nivel de conhecimento e competências tem mais chances de ingressar

e ficar no mercado de trabalho. Além da maior inserção no campo profissional, as mulheres tendem a se atualizar constantemente, mantendo-se informadas para que, com sua qualificação, faça o diferencial no mercado e agregue mais valor às suas conquistas. No Senac, 67% das matrículas dos cursos são feitas por mulheres, contra um índice masculino de 33%. Outro dado importante, é que, do total de empregados, 60% são mulheres; e 74% dos cargos de chefia são ocupados por mulheres. Trabalhar com uma mulher tem inúmeras vantagens, posto que, em sua maioria, são mais intuitivas, têm muito bom senso, procuram manter boas relações interpessoais com seus subordinados e sabem usar a palavra certa, no momento certo. Ademais, tomam decisões mais ágeis, sabem se posicionar e apresentar seu ponto de vista sempre que necessário, visando o crescimento da empresa. Não podemos ainda nos esquecer de que, para que haja uma maior promoção de igualdade de condições de inserção da mulher no mercado de trabalho, é fundamental que continuemos a luta por melhorias das políticas públicas e por proposições legislativas em favor do trabalho feminino, tais como igualdade de remuneração, direitos trabalhistas amplamente reconhecidos, maior participação no cenário político-econômico, e melhorias nos direitos dos nossos filhos (creches, saúde, educação em tempo integral etc).

Junta Comercial lançará projeto que permite formalização de negócios em até cinco dias. Por Ascom Fotos: CCom Piauí

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om o objetivo de incentivar a formalização de negócios e aumentar a competitividade da economia, o Governo do Piauí, por meio da Junta Comercial, lançará o projeto Piauí Digital, que vai integrar as entidades responsáveis pelo registro e licenciamento de empresas, reduzindo o prazo de abertura para cinco dias. Segundo a presidente da Junta Comercial, Alzenir Porto, atualmente o registro de empresa de baixo risco, sujeita à decisão singular, acontece em 48h e, para empresa sujeita à decisão do colegiado de vogais, é de três dias úteis. O Piauí Digital está em fase de testes e aguarda o lançamento oficial pelo governador Wellington Dias. A meta da Junta Comercial é integrar órgãos estaduais e implantar a ferramenta em 40 municípios até abril de 2016, dos quais 80% já estão habilitados a receber o sistema. “Temos parceria com todos os municípios envolvidos com o projeto e aqueles que assinaram o termo de adesão estão recebendo treinamento. Assim, no lançamento estará apto a funcionar imediatamente”, afirma.

Integração de processos

O projeto Piauí Digital objetiva implantar a Redesim, criada pela Lei Federal nº11.598 de 2007, que dispõe sobre a integração dos órgãos e entidades responsáveis pelo registro, inscrição e licenciamento de empresas nos

Alzenir Porto, da Junta Comercial: objetivo é integrar todos os órgãos do estado e do município.

âmbitos federal, estadual e municipal. Essa integração será realizada por uma ferramenta de informática acessada via internet. O empreendedor, por meio de uma única entrada de dados e de documentos, solicitará e receberá eletronicamente os documentos necessários para a empresa funcionar, tais como o Número de Identificação do Registro de Empresas (Nire), o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), a Inscrição Estadual, a Inscrição Municipal e o Alvará Provisório de Funcionamento. Além disso, disponibilizará informações e orientações para certidões, consultas sobre viabilidade de nome empresarial e endereço, além de outros serviços online. O Piauí Digital já pode ser utilizado para a abertura de empresas por meio do endereço www.piauidigital.pi.gov.br. Nesta primeira fase do projeto, os documentos devem ser impressos e protocolados em via única em alguma unidade de atendimento da Jun-

ta Comercial na capital ou no interior. No protocolo, o processo é escaneado e enviado para a análise. Pela internet, o empreendedor acompanha e recebe o documento chancelado digitalmente. Para receber a chancela digital, os processos deverão ser impressos na cor preta ou azul, com papel branco ou reciclado, fonte com tamanho mínimo 12, no formato de 210mm x 297mm (A4), devendo reservar um espaço em branco de 5 (cinco) centímetros no rodapé de todas as páginas. Na segunda etapa, os documentos poderão ser enviados por meio eletrônico, assinados digitalmente com certificado digital, dispensando o protocolo de documentos físicos. O processo eletrônico levará a prestação dos serviços de registro empresarial aos empreendedores de todos os municípios piauienses, mediante procedimento célere, rápido e seguro, aumentando a formalização de negócios no estado. Revista Fecomércio

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Direito e Empresas

Sindicatos

Assédio moral e sexual no trabalho

Sindilojas-PI completa 62 anos em defesa dos lojistas Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI campelo@campelocampelo.com.br

Criado em 1954, o sindicato possui atualmente cerca de 200 associados. Por Gleyca Lima Fotos: Carlos Pacheco e Arquivo Pessoal

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oje, mais do que nunca, tem se discutido nas relações de trabalho a questão do assédio moral e sexual. Esse debate, muitas vezes, decorre da falta de conhecimento sobre o tema, o que vem gerando processos judiciais, culminando às vezes em indenizações, o que gera prejuízos para as empresas. Assim, é necessário compreender o que significa o assédio moral e distingui-lo do assédio sexual, até por que este último encontra-se tipificado como crime no Código Penal, o assediado é necessariamente subordinado ao assediador, e há sempre o viés sexual, ou seja, busca-se obter favores sexuais utilizando-se da condição de chefe. O assédio moral, por sua vez, tem natureza psicológica e normalmente tem por objetivo denegrir a imagem do trabalhador, seja com atos que busquem demonstrar ao próprio empregado que ele não tem competência para realizar o trabalho, seja humilhando-o perante os demais colegas de trabalho, diminuindo-lhe enquanto pessoa, seja em relação aos clientes e à própria sociedade. Esse tipo de assédio se dá tanto numa linha vertical, onde o assediado é subordinado ao assediador (esta é a situação mais frequente), e por isso mesmo vê-se impossibilitado de defender-se, ou mesmo de reagir, ante o receio de perder o emprego, mas pode se dar também por parte dos subordinados

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que querem destituir o chefe e o boicotam. É preciso ressaltar, contudo, que para a caracterização do assédio moral há a necessidade de que haja frequência e ainda que o empregado assediado efetivamente se en-

Aqui é preciso que se entenda que o fato do chefe reclamar do trabalho de seu subordinado ou mesmo lhe dar um a ordem de forma mais ríspida não quer dizer que esteja o assediando moralmente, pois o que caracteriza o assédio é a intenção do agente, a frequência e o consequente abalo psicológico do empregado.

contre afetado psicologicamente. Também aqui é preciso que se entenda que o fato do chefe reclamar do trabalho de seu subordinado ou mesmo lhe dar uma ordem de forma mais ríspida não quer dizer que esteja o assediando moralmente, pois o

que caracteriza o assédio é a intenção do agente, a frequência e o consequente abalo psicológico do empregado. Triste é observar que o assédio, em ambos os vieses, vem ocorrendo cada vez com maior frequência no ambiente de trabalho, e o pior é o fato de que as mulheres são as maiores vítimas. Em pesquisa divulgada em junho de 2015 pelo Vagas.com, dos 4.975 mil profissionais de todas as regiões do país ouvidos, 52% disseram ter sido vítimas de assédio sexual ou moral. E, entre quem não passou por esta situação, 34% já presenciaram algum episódio de abuso. A pesquisa constatou que o assédio moral foi identificado como o tipo de abuso mais comum, apontado por 47,3% dos profissionais que responderam a pesquisa, enquanto 9,7% disseram ter sofrido assédio sexual. Alguns entrevistados declararam ter sofrido os dois tipos de assédio. Os resultados mostraram, ainda, que, enquanto o assédio moral foi relatado em proporções semelhantes por homens (48%) e mulheres (52%), o sexual é quatro vezes mais comum entre elas: 80% das pessoas que disseram ter sido vítimas de abuso são do sexo feminino. O respeito mútuo é condição inerente para a vida em sociedade, em especial no ambiente de trabalho, sendo inadmissível que em pleno século XXI ainda se conviva com mais essa triste realidade no Brasil.

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om atuação na defesa dos interesses da classe lojista do estado, o Sindicato dos Lojistas do Piauí (Sindilojas/PI) comemora neste ano 62 anos de fundação. A entidade que iniciou suas atividades com apenas 30 associados, celebra atualmente o fortalecimento da categoria, que hoje possui cerca de 200 associados. Segundo o presidente do Sindilojas-PI, Luís Veloso, na época em que foi fundado, em 23 de fevereiro de 1954, o sindicato conseguiu reunir no seu quadro de sócios as mais importantes empresas deste período. “Assim que foi fundado, o Sindilojas-PI reuniu empresas tradicionais que já tinham uma história aqui em Teresina. O sindicato foi criado como uma exigência da própria legislação que recomendava a existência de uma entidade do lado patronal que tivesse uma estrutura para defender os interesses da classe”, explica Veloso. Nestas seis décadas, o Sindilojas-PI tem se dedicado aos seus associados, bem como, aos interesses dos mesmos, fato que o consolidou como maior Sindicato Patronal do Comércio do estado do Piauí. “A nossa principal função é fazer a relação empregado e empregador, trazer harmonia entre essas duas partes e ao longo do tempo o sindicato tem cumprido bem este papel, conseguindo negociar as principais reivindicações e manter com zelo esta relação, não obstante às dificuldades”, finaliza o presidente. Um fato decisivo ocorreu em 1993 com

Luís Veloso diz que Sindilojas tem conseguido harmonia entre empregados e empregadores.

Reuniões do sindicato para defender os interesses da categoria.

a ampliação da base territorial da Entidade por toda a extensão do Estado do Piauí. Já em 1999, foi deflagrada uma campanha para aumentar o número de associados colaborando para a consolidação da classe e de seus direitos e deveres. “O que o sindicato mais tem lutado atualmente é contra o exagero da carga tributária e está.preocupada com a própria economia, tendo em vista

que o país parou de crescer e o comércio como peça importante da engrenagem econômica do país, tem sofrido. Então, nós recomendanmos cautela aos nossos associados. É preciso planejar bem, conhecer o mercado e saber onde está o consumidor, pois o risco é algo comum em qualquer empreendimento e, em época de crise, aumenta ainda mais”. Revista Fecomércio

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Especial

Falha no fornecimento de energia causa danos a empresas Setor de Comércio e Serviços sofre prejuízos devido à falta e oscilação de energia no Piauí. Por Robert Pedrosa Fotos Carlos Pacheco e divulgação

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rincipal motor da economia piauiense, com 81% na participação do PIB do estado, o setor de Comércio e Serviços tem enfrentado um obstáculo que, ao contrário do que vem acontecendo deveria permitir cada vez mais o crescimento do setor: a energia. Dependente de máquinas para as mais importantes operações de vendas de produtos e serviços, os empresários do Piauí estão tendo que aumentar os custos para desenvolver seus negócios simplesmente por que a energia que é fornecida não atende às expectativas do setor.

A Revista Fecomércio conversou com alguns empresários de Teresina e as reclamações sobre a qualidade da energia oferecida pela Eletrobras Piauí, a concessionária responsável por oferecer o serviço no estado, foram um consenso. Além da falta constante de energia – ao menos uma vez na semana – os empreendedores também lamentam a oscilação diária da mesma, que resulta em máquinas paradas, como freezers, ar-condicionados, computadores, quando não gera um prejuízo maior – como queima de equipamentos. O presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, Moacir Uchoa, garante que todos os restaurantes de tamanho médio ou grande de Teresina estão recorrendo a geradores de energia para não fecharem as portas. “A falta ou oscilação de energia está obrigando os empresários

a fazerem mais esse gasto. E o custo é elevado, o que acaba sendo repassado para o consumidor”, admite o sindicalista. Um gerador de 85 KVA, que atende a uma demanda de um restaurante grande, que precisa manter ligados freezers, condicionares de ar e iluminação, custa em média R$ 75 mil a R$ 80 mil. Além do valor em si do produto, há o gasto com o combustível usado para fazer o gerador funcionar – o diesel. “É um problema sério. Quando a energia cai, o dono sofre prejuízo em todos os sentidos. Tanto de clientes que deixam de entrar no estabelecimento por conta do calor, como também de alguns que acabam saindo sem pagar, pois na falta de energia todos pedem a conta na mesma hora. Irritados, não querem ficar esperando”, conta Uchôa.

Nas redes sociais, campanha dos empresários fez críticas à Eletrobras e teve bastante repercussão.

Associação aciona a Justiça

Moacir Uchôa, do Sindicato de Bares e Restaurantes, ressalta que vários empresários estão tendo que apelar para geradores.

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Especial

Empregados são obrigados a parar 40 minutos diariamente

Na fábrica de Pablo Normando, são 1.680 horas não trabalhadas por mês devido à falta de energia.

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Um exemplo do prejuízo que a falha no fornecimento de energia (ou a má qualidade dela) causa é vivenciado diariamente pela empresa Fênix Móveis, do empresário Pablo Normando. Além de comerciante, Normando também é industrial, pois ele mesmo fabrica os próprios móveis que comercializa. No entanto, seu galpão de produção fica parado, por dia, pelo menos 40 minutos, devido à má qualidade da energia. Localizada no Polo Empresarial Sul, a fábrica de 10 mil metros quadrados possui robôs que funcionam com eletricidade, porém a constante oscilação diária da energia faz com que as máquinas parem. “São 40 minutos por dia, o que dá 800 minutos por mês. Multiplicando pelos 84 empregados que tenho no polo, no final do mês tenho 1.680 horas em que os empregados que operam as máquinas ficam parados”, relata o empresário. Mesmo assim, eles, obviamente, recebem como se tivessem trabalhado, porque eles não têm culpa da falta de infraestrutura. Normando diz que procura segurar os preços até quando pode, mas quando não dá tem que repassar os custos para o preço final do produto e, assim, o móvel vendido termina ficando mais caro para o consumidor. “A questão da energia prejudica a economia como um todo”, conta. Segundo ele, a fábrica produz 15% a menos do que poderia devido à baixa qualidade da energia. Ele lembra que em 2 de fevereiro deste ano faltou energia no polo empresarial seis vezes durante o dia. “Foram 35 empresas e 6 mil funcionários parados, em todo o polo.”, lamenta. Para resolver o problema, Normando vai apelar a um gerador com capacidade de carga de 600 KVA, suficiente para atender à sua demanda. A um custo de R$ 500 mil, o empresário terá que adquirir o equipamento através de empréstimos, e vai comprar parcelado, pagando juros. Dinheiro que não seria gasto caso a energia tivesse qualidade.

Empresa anuncia investimentos de R$ 409 milhões A Eletrobras Piauí negou à reportagem da Revista Fecomércio que haja uma falta constante de energia no Piauí de forma generalizada. Para a empresa, o que existe são problemas pontuais e, as oscilações das quais reclamam a população podem ter vários motivos, inclusive problemas na instalação elétrica da própria casa ou empresa do cliente. O superintendente de Operação da Eletrobras Piauí, Denis Alfredo Costa e Silva, disse ainda que a empresa melhorou seus índices de qualidade em 2015, atendendo à orientação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que fiscaliza o setor. “Tivemos uma redução de 20% na duração de interrupções de energia no ano passado; e uma queda de 3,3% na quantidade de vezes em que ocorre falta de energia”, afirmou o engenheiro. Segundo Denis, enquanto em 2014 os piauienses passaram, em média, 32 horas sem energia, no ano passado o número caiu para 25,32 horas. Já a quantidade de

O engenheiro da Eletrobras Denis Costa nega que haja falta constante de energia no Piauí.

vezes em que o fornecimento da energia foi interrompido caiu de 20,6 para 19,9 vezes. Sobre o problema das constantes reclamações no Polo Empresarial Sul, Denis alega que a rede construída no local não é de responsabilidade da Eletrobras, a quem cabe apenas levar a energia até o

Eletrobrás Piauí é a 6ª pior do país, segundo Aneel De acordo com o último ranking divulgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão que regula o funcionamento das concessionárias de energia no Brasil, a Eletrobrás Piauí é considerada a 6ª pior empresa no setor, numa lista envolvendo 36 distribuidoras. Os dados são referentes ao ano de 2014, último divulgado pela agência. A Eletrobrás Piauí ficou na 31ª posição. O indicador de desempenho verificado para elaboração do ranking da Aneel consiste na média entre os valores apurados e os limites anuais dos indicadores da duração de interrupção (tempo que demora para a energia voltar) e da frequência de interrupção dos serviços (quantas vezes a energia falta). As melhores entre as distribuidoras são Companhia Luz e Força (São Paulo), Companhia Energética do Ceará (Coelce), Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e

Energisa Minas Gerais. As três piores atuam nos estados de Amapá, Alagoas e Goiás. Tal situação levou o empresário André Baía, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do estado do Piauí (Sinduscon), a fazer uma grande campanha junto à comunidade, em 2014. Após mobilizar diversos setores, o empresário chegou até a ir a Brasília. Apesar da grande repercussão, a única medida tomada pelo Governo Federal foi a nomeação de um presidente com poderes de decisão para a Eletrobrás Piauí. “Na prática, infelizmente, isso não trouxe resultados. Acredito que nossa campanha chegou no momento em que houve uma crise na energia elétrica do país, como a ausência de chuvas, o que prejudicou o atendimento de nossas revindicações”, lamenta Baía.

ponto inicial. “De lá em diante, é uma rede particular. Portanto, não pode ser atribuída à Eletrobras a falta ou oscilação de energia dentro do Polo Empresarial”, justificou. Para 2016, Denis informa que a empresa vai investir R$ 409 milhões na expansão dos serviços.

Números sobre a energia no Piauí

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Educação Financeira

Mulheres e a relação saudável com o dinheiro

Reinaldo Domingos Educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP reinaldo.domingos@dsop.com.br

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Dia Internacional da Mulher foi comemorado este mês e algumas reflexões vêm à tona nessa época. Foram muitos anos de luta incessante do público feminino para conseguir assegurar seus direitos e, ainda assim, hoje, presenciamos injustiças e preconceitos. E um tema que quero ressaltar é sobre a saúde financeira. Elas trabalham fora – e boa parte também - dentro de casa, cuidam de si próprias e da família, são as que mais se envolvem em trabalhos voluntários e são alvo principal da publicidade. Mesmo assim, muitas vezes, são simplesmente taxadas de consumistas compulsivas. Pensando nisso, há alguns anos, lancei o livro “Eu mereço ter dinheiro!” (Editora DSOP), no qual faço uma analogia entre a realidade financeira da mulher moderna e a postura de personagens famosas de contos de fadas, em alguns passos: • 1º - A Bela Adormecida representa a mulher acomodada, mostrando que, às vezes, tudo o que você precisa é abrir os olhos, se levantar e andar pra frente! • 2º - Explico pelo conto da Cachinhos Dourados os resultados de ser inconsequente financeiramente, ex26

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plicando que pessoas movidas por impulsos quase sempre erram. • 3º - A partir da história da Pequena Vendedora de Fósforos, mostro a mulher delirante, delimitando a di-

A relação da mulher com as finanças mudou muito ao longo dos anos e continua mudando dia após dia. E a educação financeira é a grande aliada para que esse vínculo seja cada vez mais saudável, formando uma geração de pessoas mais conscientes e sustentáveis.

ferença entre sonho e delírio. Sonho é um objetivo de vida e delírio é algo que nos abate quando estamos com febre. • 4º - A Pequena Sereia se mostra equi-

vocada em suas escolhas, explicando que amadurecer é reconhecer o que faz parte da sua essência e saber abrir mão de tudo aquilo que não faz. • 5º - Ensino que, como a Rapunzel, é necessário ser forte, pois, se você não depositar a sua fé em si mesma, ninguém mais o fará. • 6º - A partir do conto da influenciável Chapeuzinho Vermelho, você questiona se veio ao mundo para influenciar pessoas ou para ser influenciada? • 7º - A Bela representa a mulher previdente, avaliando se você quer ser uma pessoa que tem dinheiro ou apenas uma pessoa que finge ter. • 8º - A personagem Menina dos Sapatinhos Vermelhos mostra que você precisa aprender a controlar o seu dinheiro ou, do contrário, ele acabará controlando você. A relação da mulher com as finanças mudou muito ao longo dos anos e continua mudando dia após dia. E a educação financeira é a grande aliada para que esse vínculo seja cada vez mais saudável, formando uma geração de pessoas mais conscientes e sustentáveis.

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Capa

Mercado da beleza traz oportunidades de negócios Investir em serviços diferenciais e atendimento é essencial para o sucesso. Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco

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os últimos anos houve um grande crescimento no número de salões de beleza em Teresina. São negócios informais, pequenos ou grandes centros de estética, mas quem pensa que o mercado está saturado pode estar enganado. Ainda há bastante oportunidade para empresas e empreendedores que investem em qualidade e em diferenciais competitivos, independente se o negócio é focado nas classes A e B ou C, D e E. Dados de agosto de 2015 da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), apontam que as famílias brasileiras gastam mais com serviços de cabeleireiro, manicure e pedicure do que com cursos regulares de educação (da pré-escola ao segundo grau) e com alimentos básicos, como aves e ovos. Os números mostram que são gastos anualmente 20,3 bilhões de reais com beleza, enquanto os gastos com educação são da ordem de 17,24 bilhões de reais por ano e de 19,86 bilhões de reais com alimentos básicos. As informações foram estimadas com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Um dos motivos para o crescimento do mercado de beleza no país é o acesso da classe D e E aos produtos do setor decorrente do aumento da renda. Tanto que, de acordo com a pesquisa, a classe C lidera o volume de consumo anual com 11,8 bi-

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Patrícia Nunes e sua equipe: unindo a beleza com o bem-estar em um único espaço.

As empresárias Carla e Eduila Muriz decidiram investir em loja de roupas e acessórios junto com salão de beleza. Na foto, cliente escolhe produto enquanto faz o cabelo.

lhões de reais, bem superior às classes A e B, com gasto de R$ 3 bilhões e R$ 2,9 bilhões respectivamente. No total, as famílias brasileiras gastam em média anualmente R$ 20,3 bilhões em serviço de manicure e pedicure. Outra razão para o crescimento do negócio é que hoje os salões oferecem uma grande variedade de serviços dirigidos à beleza e ao bem-estar que incluem estética de sobrancelhas e cílios, cabelos (cortes, alisamento, tintura, hidratação, esco-

va, etc.), manicure, pedicure, maquiagem, depilação, massagem, etc. E a cada dia os salões estão focando em públicos específicos: masculino, feminino e infantil. E para atender a essa clientela específica é preciso analisar suas necessidades básicas e definir uma identidade própria para o salão. Se o foco for as classes A e B, por exemplo, ela vai exigir um serviço mais luxuoso em um espaço requintado e um atendimento personalizado. Já as classes C, D e E optam mais pela qualida-

de dos serviços. Entretanto, uma questão fundamental para todas as classes é que a cliente, hoje em dia, é uma mulher ativa, que trabalha, cuida da casa, estuda e tem pouco tempo para dedicar-se à própria beleza. Por isso é cada vez mais comum salões de beleza que integram outros serviços para que as mulheres possam resolver tudo em apenas um único espaço. A empresária Patrícia Nunes, da Sell Clínica, começou seus negócios há cerca de cinco anos com um salão de beleza.

Hoje o espaço agrega diversos serviços como estética, terapias naturais, nutricionista, fonoaudiólogo, RPG e pilates. “A beleza está muito ligada com o bem-estar, com a melhora da motivação e da autoestima. Por isso decidimos expandir e agregar mais serviços de forma a melhorar o atendimento para a nossa cliente que tem seu tempo bastante resumido”, destaca Patrícia. As irmãs Eduíla e Carla Mauriz, do Centro de Beleza Mauriz Fashion Hair, também decidiram expandir os negócios além do salão de beleza. O negócio começou no bairro Dirceu apenas com

a parte da beleza e venda de produtos para manutenção dos cabelos. Mas com o crescimento da demanda de clientes tiveram que buscar um novo local e mudaram para a Zona Leste. Com mais espaço, resolveram investir na venda de produtos de sex shop e em acessórios e logo veio a ideia de uma loja de roupas. “Nós só atendemos ao público feminino e fomos vendo que as mulheres gostam de encontrar tudo em um só espaço. Assim a cliente vem pra cá e já sai completa, se ela vai para um aniversário, por exemplo, pode comprar da roupa até o presente”, explica Eduíla. Revista Fecomércio

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Capa

Qualificação é essencial para crescimento dos negócios Muitos salões começam de forma informal e, alguns casos, na própria casa do profissional, o que pode trazer problemas de qualidade no atendimento e prejudicar o crescimento do negócio. Para o Sebrae Nacional, os principais problemas para a manutenção de salões de beleza passa pela carência de formação dos empreendedores quanto à gestão de seus empreendimentos, além da ausência e/ou desconhecimento de normas técnicas, sanitárias e ambientais de funcionamento. Desta forma, se faz cada vez mais ne-

cessário que os estabelecimentos invistam na capacitação dos seus profissionais e em diferenciais e serviços que possam estimular a preferência dos clientes e também, na regularização do serviço. Para a Presidente do Sindicato dos Salões de Beleza do Piauí, Adriana Lobão, essa regularização dos pequenos e informais salões de beleza está mais fácil. “Hoje por meio do Microempreendedor Individual (MEI) qualquer pessoa, que atenda mesmo em casa, pode se regularizar e ter diversas vantagens como com-

prar nos grandes representantes”, destaca. Outro problema enfrentado pelos proprietários de salões em Teresina é a falta de mão de obra capacitada. “Esse é um dos nossos principais empecilhos. Hoje é mais fácil você preparar um profissional dentro do seu próprio salão porque falta no mercado pessoas qualificadas. E o ramo do salão de beleza é uma área que acho fenomenal, pois ela tem essa capacidade de estar qualificando as pessoas, de dar uma profissão”, explica Adriana.

Fátima Sousa investe em inovação e bom atendimento para manter a marca.

Empresária é referência no setor de beleza no Piauí Uma marca consolidada não é motivo para acomodação e o maior exemplo na área no Piauí é a empresária Fátima Sousa. Com mais de 20 anos de atuação no mercado da beleza, Fátima iniciou sua carreira como revendedora e representante de cosméticos e hoje comanda um dos principais salões de beleza e clínica estética do estado, a Beleza & Cia. Um dos segredos foi sempre só investir em novas áreas quando as anteriores já estavam consolidadas. “Começamos com estética facial em 1995 e depois veio cabelo e estética corporal. Eu queria sempre fazer tudo muito bem feito, não queria ter um serviço só por ter. Então, foi tudo foi gradativo”, destaca a empresária. Há 18 anos no mercado, o espaço está em constante renovação seja em termos de instalações, equipamento, tecnologia aplicada e qualidade dos serviços ou padrão de atendimento. Atualmente a empresa atende homens e mulheres separadamente em 30

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ambientes climatizados, onde eles podem usufruir de um variado leque de serviços nas áreas de estética corporal e facial, cabelo, relaxamento, podologia, SPA urbano, barbearia e afins. A inovação sempre foi uma tendência para ela, que investiu no setor de barbearia masculina quando o campo ainda engatinhava e hoje, Fátima aposta em um projeto de alimentação saudável, inclusive com uma horta no próprio espaço do empreendimento. Entretanto, investir em várias áreas não quer dizer se preocupar menos com a rentabilidade delas. Para a empresária cada uma delas deve trazer retorno e se manter. “Todos os meses analisamos todos os setores para saber se os segmentos estão se pagando. É como se fossem várias empresas dentro de uma só e usamos nosso setor de Marketing para fortalecer as que mais estão em baixa”, destaca Fátima. Revista Fecomércio

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Capa

Brasileiros investem também em produtos de beleza e higiene O mercado nacional do setor de higiene e beleza é o terceiro do mundo e em 2015 teve um faturamento de R$ 42,7 bilhões, mas pela primeira vez em 23 anos registrou uma queda de 6% em relação ao ano anterior. O motivo seria a crise que o país vem enfrentado ,que gerou também uma diminuição em 2% no número de pessoas empregadas no setor. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). O motivo dessa redução no faturamento e no número de empregados é que com a desaceleração da economia, os brasileiros estão mudando os hábitos de consumo e reduzindo o número de serviços e a quantidade de vezes que frequentam os salões ou compram produtos de beleza e higiene. Desta forma, quem investe nesse tipo de negócio deve focar cada vez mais em relacionamento, praticidade e atendimento. “O ideal é sempre buscar excelência no atendimento e também o diferencial que você vai oferecer para o seu cliente como um ambiente legal com uma boa música, uma luz adequada. Tem que agregar valor com outras qualidades. Às vezes o serviço é o mesmo, mas no seu salão ele tem algo a mais. Por exemplo, enquanto a pessoa faz um tratamento no cabelo, ela recebe uma massagem nos pés”, finaliza Adriana Lobão que já está no mercado há 11 anos.

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Adriana Lobão investiu em um salão voltado exclusivamente para o público masculino.

Mudança de comportamento do público masculino As mulheres ainda são maioria dos clientes que frequentam os salões de beleza, mas é cada vez maior o número de homens que têm procurado esse tipo de estabelecimento. Se antes a ida era para fazer a barba, podologia e cortar o cabelo, hoje eles buscam novos serviços como coloração, limpeza de pele, massagem e até depilam o abdômen, o peito e a sobrancelha. Se transformando em responsáveis por cerca de 30% do movimento em salões e centros de bem-estar, segundo a Associação Brasileira de Clínicas e Spas. De acordo com relatório da Abihpec, o mercado de beleza masculina cresce em média 25% ao ano. E de cada dez homens, oito cuidam não apenas de sua higiene pessoal, mas também da beleza. Uma pesquisa feita pela agência de publicidade internacional J. Walter Thompson (JWT) com mil homens nos Estados Unidos e Inglaterra aponta para a democratização de hábitos antes encarados como do sexo feminino. Os dados mostram que 33% depilam ou removem os pelos, 29% fazem manicure, 24% investem em tratamentos faciais, 13% depilam a sobrancelha e 19% fazem bronzeamento artificial.

Adriana Lobão foi uma das primeiras a investir nesse nicho de mercado em Teresina. Ela optou por criar um ambiente que tivesse “a cara” do homem, pois muitos clientes não se sentem à vontade em estar num salão junto com as mulheres. “Antes existiam aquelas barbearias mais tradicionais ou salões que atendiam aos públicos feminino e masculino, mas nada voltado a esse homem mais moderno e mais exigente. E o que buscamos no nosso salão foi esse diferencial, um espaço totalmente planejado para que o homem se sinta confortável em fazer todos os procedimentos que desejar”.

Consumo anual com serviços de cabeleireiro, manicure e pedicure:

Dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado de São Paulo (Fecomercio-SP) - Agosto/2015.

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Sesc

Aimée Castelo Branco, coordenadora do Mesa Brasil Sesc.

Aimée Castelo Branco, representantes de doadores e beneficiados pelo Mesa Brasil e Dr. Campelo Filho.

Mesa Brasil Sesc homenageia parceiros Evento reuniu doadores, parceiros e beneficiados em noite de agradecimento e confraternização. Por Raquel Lopes Fotos: Nany da Costa

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a noite do dia 02 de março, no Salão Nobre do prédio da Administração Regional do Sesc, parceiros, doadores, empresários e representantes de instituições beneficiadas pelo programa Mesa Brasil Sesc estiveram reunidos para um momento de agradecimento e confraternização. Foi o Encontro Anual de Parceiros do Programa Mesa Brasil Sesc. A coordenadora regional do Mesa Brasil Sesc, Aimée Castelo Branco, apresentou os dados e resultados das

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ações do programa referentes ao ano de 2015. Um total de 101 empresas doaram 535.358,67 quilos de alimentos para 95 entidades sociais atendidas pelo programa, totalizando 12.346 pessoas atendidas, representando 4.424.430 refeições complementadas em instituições de Teresina e de cidades do interior do estado. “São números grandes, que representam grandes resultados, alcançados através da soma de esforços de muitas empresas, doadores individuais e parceiros. Só temos a agradecer a todos que fazem parte dessa rede do bem. O Mesa Brasil Sesc não é apenas assistencialismo, é compromisso social”, disse Aimée. A coordenadora também destacou a importância das ações educativas de-

senvolvidas dentro do programa “Elas são nosso diferencial. No âmbito dessas ações queremos fortalecer a rede de solidariedade, superar condições de vulnerabilidade social e promover diferentes níveis de sustentabilidade das entidades sociais beneficiadas, conferindo-lhes protagonismo na ação social e na interlocução política com a sociedade e o estado”, disse. Durante a solenidade também aconteceu a premiação das vencedoras do I Concurso de Receitas promovido pelo Mesa Brasil. Quatro manipuladoras de alimentos prepararam pratos nutritivos usando sobras de alimentos. Evani Oliveira, representante do Centro Espírita João Nunes Maia, que realiza trabalho assistencial com famílias de catadores de lixo, falou sobre o

Dr. Campelo Filho, diretor regional do Sesc Piauí. ato de doar. “Doar é praticar o desapego, a compaixão, a solidariedade. É dar ao outro algo o que não vai fazer falta, mas pode mudar a realidade dessa pessoa. Nossa instituição se sustenta apenas através de doações e recebemos ajuda do Mesa Brasil há mais de uma década. Somos muito gratos por tudo que já recebemos e por tudo que ainda vamos receber”, disse, emocionada. Em seguida foram entregues os certificados de honra ao mérito aos parceiros e doadores do programa. Francisco Campelo Filho, diretor regional do Sesc Piauí, que na solenidade estava representando Dr. Valdeci Cavalcante, presidente do Sistema Fecomércio, participou da entrega. “É uma grande alegria poder reunir aqui hoje os dois lados do Mesa Brasil: os doadores e os beneficiários, desse que é um programa de extrema relevância, pois é exemplo da força da solidariedade. Queremos deixar nosso agradecimento especial a todos que participam dessa rede, especialmente aos

Diretores do Sesc, gerente do Sesc Ilhotas e vencedora do concurso de culinária do Mesa Brasil Sesc. empresários, que mesmo nessa época de crise não deixam de fazer suas doações. O Mesa Brasil Sesc não apenas entrega alimentos a quem precisa, muito mais que isso, ele melhora a condição de vida e leva dignidade e esperança a milhares de pessoas”, disse Campelo. Felinto Resende, gerente de marketing do Grupo Carvalho, doador do programa, agradeceu em nome da empresa que representava a oportunidade de participar do Mesa Brasil. “Para nós é uma honra poder ajudar esse projeto, que tem um alcance tão grande e tão significativo. Sabemos da nossa responsabilidade, sabemos que muitas famílias e instituições dependem da nossa doação, então reafirmamos aqui nosso compromisso de continuar fazendo parte desse programa. Nós é que agradecemos essa oportunidade”. O Encontro terminou com um coquetel onde foram servidos pratos feitos a base de legumes das oficinas educativas do programa.

Sobre o Mesa Brasil

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Sesc

Coordenador do projeto ECOS, Mário Saladini. ministrou workshop em Teresina.

Prêmio destacará ações sustentáveis Os alunos atendidos no projeto Habilidade de estudos cultivam hortas e pomares cuja produção é usada para complementar a merenda servida no centro.

Sesc cria projeto de sustentabilidade Projeto Sesc Sustentabilidade foi lançado durante o Encontro de Gerentes e Coordenadores do Sesc no Piauí. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Nany da Costa

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tender as necessidades da sociedade sem comprometer as gerações futuras, preservando os recursos naturais é o principal desafio da atualidade. As ações de sustentabilidade ganham cada vez mais destaque nas empresas, determinando o seu conceito social. Com a preocupação de reduzir os males que degradam o meio ambiente, o Sesc vai intensificar as ações de sustentabilidade. 36

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Para isso criou o projeto Sesc Sustentável, que prevê uma série de medidas visando à prática de atitudes sustentáveis pelos colaboradores e as pessoas atendidas pela entidade. O Sesc Sustentável foi lançado no final de fevereiro deste ano, durante a realização do Encontro de Gerentes e Coordenadores do Sesc no Piauí. O evento teve como tema “Sustentabilidade e inovação – a criação de novos paradigmas na administração”. A ideia é promover a educação para a sustentabilidade – um processo de desenvolvimento da cultura de sustentabilidade. O coordenador do programa de Sustentabilidade do Sesc Nacional (Ecos), Mário Saladini, ministrou o workshop “Perspec-

tivas da Sustentabilidade para Melhoria da Qualidade de Vida”. “O Sesc Piauí está investindo no desenvolvimento intelectual de seus colaboradores porque acreditamos que o potencial da instituição está na capacidade criativa deles, nas ideias e na sua reinvenção diária”, enfatiza o diretor Regional do Sesc, Campelo Filho. O Sesc Sustentável foi lançado oficialmente dia 15 março com o recolhimento sistemático de material reaproveitável às terças e quintas-feiras. O material será repassado ao Movimento Emaús Trapeiros de Teresina – entidade que recicla material descartável e beneficia famílias carentes da cidade.

Para incentivar a mudança de hábitos entre os colaboradores visando à preservação dos recursos naturais e melhoria da qualidade de vida da população, o Sesc vai premiar com o troféu Amigo do Planeta o colaborador que entregar maior quantidade de material reciclável. O prêmio será entregue no final do ano, em solenidade realizada pelo Sesc Piauí. O prêmio é uma das ações do projeto Sesc Sustentável, implantado pelo Sesc Piauí em março deste ano. O projeto prevê ações sistemáticas para mudança de comportamento nas unidades do Sesc. Dentre as medidas iniciais estão a substituição de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de led, que vão proporcionar uma economia expressiva no consumo de energia elétrica. Também será feita a substituição das torneiras comuns por torneiras de pressão, que vão proporcionar uma economia de 20% a 55%. “Essas medidas vão começar pela Administração Regional, onde já estamos realizando as substituições”, explica a coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Técnico, Danuta Coelho, res-

ponsável pelo projeto Sesc Sustentável. Nas unidades do interior do Piauí, as ações Sesc Sustentável contemplam os centros educacionais do Sesc Ler Guaribas e Acauã, onde serão implantados sistemas de energia solar, iniciando pelo Sesc Ler Acauã, no extremo Sul do Piauí. No Sesc Ler, as ações de sustentabilidade chegaram mais cedo. Os alunos da educação de jovens e adultos e as crianças atendidas no projeto Habilidade de estudos cultivam hortas e pomares cuja produção é usada para complementar a merenda servida no centro. No Sesc Ler Piripiri é produzido cana de açúcar – onde é servido caldo de cana uma vez por semana para os alunos. Em Guaribas o destaque é a produção de limão e macaxeira também usados na merenda. Em São João do Piauí, os alunos cultivam acerola de onde vem o saboroso suco rico em vitamina C. O mais importante é que os alunos levam para casa os hábitos de produzirem frutas e legumes, ajudando a mudar a rotina alimentar e melhorando a qualidade de vida.

Ações do Sesc Sustentável • Captação de água da chuva para descargas; • Temporizador nas torneiras; • Estudo para implantação de energia solar; • Projeto Adote uma caneca; • Uso de lâmpadas econômicas de led; • Campanha de conscientização; • Substituição de vidro para copos de vidro.

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Senac

Senac

Uma história que está só começando...

Alimentação saudável e segura

Senac mobiliza corpo técnico para comemorar 70 anos de grandes realizações.

O Senac concedeu Declaração de Boas Práticas para 18 empresas do ramo alimentício.

Por Mariane Aquino

Por Mariane Aquino

Fotos: Karla Nery

Fotos: Marketing Senac

mês de fevereiro iniciou com um clima de comemoração entre o corpo técnico do Senac no Piauí. Toda a equipe se reuniu na manhã da segunda-feira (1º), no Espaço Cultural Cosme Oliveira, para celebrar os 70 anos da instituição, completados no dia 10 de janeiro de 2016. Na ocasião, foi exibido um documentário retratando a história e a atuação do Senac ao longo desses anos no estado, sendo referência na oferta de Educação Profissional. Os presentes puderam conhecer alguns detalhes da história e da participação da instituição na vida dos piauienses. O presidente do sistema Fecomércio e Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, externou a alegria em fazer parte da instituição há 45 anos. “Quando se fala em formação profissional, o primeiro nome que vem à mente é o do Senac e ficamos muito felizes em ver o quanto que a empresa cresceu. Aqui iniciei como aluno, depois passei a ser instrutor, advogado, diretor e hoje sou presidente.” Em seu discurso, a Diretora Regional do Senac no Piauí, Elaine Dias, enfatizou a responsabilidade social da instituição e a transformação da vida das pessoas através dos serviços oferecidos. “O nosso principal papel é inserir as pessoas no mercado de trabalho através da educação e, dessa forma, fazer com que elas possam mudar de vida.”

Programa Senac de Segurança Alimentar entregou a 18 empresas do ramo alimentício a Declaração de Conformidade na Implantação de Boas Práticas. A solenidade de entrega aconteceu no dia 17 de fevereiro, no auditório José Alves Filho. As empresas que receberam a certificação atingiram pelo menos 70% dos critérios de segurança dos alimentos e de conformidades propostas no início do atendimento. Durante o processo, contaram com acompanhamento in loco de consultoras capacitadas e receberam visitas de auditorias. A consultoria tecnológica contou com a parceria do Sebrae, através do Programa Sebraetec, com dois projetos: Desenvolvimento Empresarial de Teresina e Economia Criativa no Território de Teresina. O programa forneceu também treinamento de Boas Práticas na Manipulação de Alimentos para colaboradores. Todos os estabelecimentos atendidos receberam os documentos da qualidade, como o Manual de Boas Práticas, Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs), Instruções de Trabalho e Planilhas de Monitoramento. A Diretora Regional do Senac no Piauí, Elaine Dias, parabenizou as empresas que receberam a declaração de conformidade. “O Senac está aqui para dar esse apoio às empresas. Isso é um diferencial nesse mercado cada vez mais competitivo, pois o cliente está sempre em busca de uma alimentação saudável e segura”, frisou.

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Em um abraço simbólico, o Senac foi homenageado pelos seus 70 anos.

Senaquianos reunidos na comemoração do aniversário do Senac.

De mãos dadas e com balões brancos, os senaquianos encerraram o momento simbolizando um abraço em frente ao Edifício Agostinho Pinto e à Unidade Miguel Sady, localizados na Avenida Campos Sales, centro-norte de Teresina

Valdeci Cavalcante tem uma trajetória de mais de 40 anos no Senac.

Representantes dos restaurantes Altas Horas e Altas Horas Prime foram contemplados com a certificação.

As Declarações dos restaurantes Dr. Cantina 1 e 2 foram recebidas por Maria Cristina pelas mãos de Elaine Dias.

A representante do restaurante Altas Horas Prime, Girlândia Soares, falou das principais conquistas a partir do recebimento da consultoria do Programa. “Parabenizo o Senac por essa iniciativa. Mudamos nossa forma de agir e tratar o alimento. Foi um ganho para a empresa, para os colaboradores e principalmente para os clientes”, ressaltou. Durante a solenidade, foi lançado o Programa Boas Práticas em Resíduos Sólidos (BPRS), que vai promover melhorias e adequações nas rotinas que envolvem o gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nas atividades econômicas da empresa.

Constância Maria representou o restaurante Light Meals River que também recebeu a declaração de conformidade.

O que faz o Programa Senac de Segurança Alimentar?

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Conhecimento que inspira beleza O Senac possui uma variedade de cursos para preparar profissionais da beleza. Por Mariane Aquino Créditos: Marketing Senac

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brasileiro está cada vez mais vaidoso e procura constantemente estar de bem com a aparência. Diante disso, o segmento da beleza fica evidenciado em uma relação entre investimento e retorno garantido. A crescente demanda requer um mercado que esteja pronto para atender às exigências da clientela que busca a elevação da autoestima. Com esse cenário, crescem as oportunidades para quem escolhe ingressar na área e, na disputa por uma vaga no mercado de trabalho, sai na frente quem decide agregar conhecimento. Apresentar um curso no currículo aumenta o número de chances e pode até ser fator determinante na contratação. Referência na preparação de profissionais da área da beleza, o Senac, nos últimos cinco anos, realizou mais de 12 mil matrículas nesse segmento no Piauí. Com infraestrutura moderna e tecnologia de ponta, a instituição possui aproximadamente 20 laboratórios distribuídos em unidades presentes nas cidades de Teresina, Campo Maior, Parnaíba, Floriano, Picos, Valença, São Raimundo Nonato e Bom Jesus. O portfólio conta com uma variedade de programações com carga horária que varia entre 20 e 400 horas/aula. Entre as ofertas estão os cursos de Cabeleireiro, Maquiador, Depilador, Manicure e Pedicure, Penteados e Maquiagem para Noivas, Modelagem e Henna para Sobrancelhas, Unhas Artificiais, Automaquiagem e Mega Hair. 40

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Estudantes realizam atendimentos gratuitos para aplicar os conhecimentos na prática.

Os profissionais oriundos do Senac ganham certificado de reconhecimento nacional.

De acordo com a supervisora do segmento de Beleza do Senac em Teresina, Edlly Abreu, os estudantes ficam ansiosos para ingressarem nos laboratórios e, muitas vezes, esquecem a importância da teoria. “Geralmente encontramos resistência

em relação à parte teórica, mas isso tem melhorado com o Modelo Pedagógico Nacional, através do qual o aprendizado é mais dinâmico e os estudantes se tornam mais participativos e preparados para encarar desafios”, relata.

Talentos na trilha do sucesso

Talento e força de vontade. Esses foram os fatores que impulsionaram Bruno Ribeiro a buscar o Senac com o intuito de realizar um sonho: ser cabeleireiro. Enquanto aguardava a abertura da turma que queria, o jovem não perdeu tempo e ingressou nos cursos de Inglês e Técnico em Secretariado. Com o surgimento da tão esperada turma de Cabeleireiro, o estudante agarrou a oportunidade e garantiu uma vaga pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec. “Quando entrei no curso, realizei-me totalmente. Entrei com um olhar diferente por conta dos conhecimentos já adquiridos nos cursos anteriores”, diz. Durante a trajetória de aprendizado, Bruno afirma ter participado intensamente de todas as atividades. Ele agregava mais conhecimento em outros cursos rápidos oferecidos pelo Senac. “Eu aproveitava todas as capacitações, aperfeiçoamentos, workshops, enfim, todas as oportunidades de ganhar mais conhecimento”, pontua. Em 2014, o estudante representou o Senac e o Piauí na etapa nacional da Olimpíada do Conhecimento, onde garantiu certificado de excelência. Tão logo terminou a qualificação de Cabeleireiro, Bruno conquistou o seu primeiro emprego no centro estético Beleza & Companhia. Dedicado e esforçado, o jovem observou a importância dos conhecimentos teóricos nas suas atividades. “Pude perceber o quanto a teoria é fundamental em tudo o que fazemos. Os penteados, por exemplo, mesmo modificados, buscam referências em outros séculos e tudo isso é visto na teoria que, muitas vezes, não é valorizada pelo aluno”. Bruno divide o ambiente de trabalho com outro talento oriundo do Senac: Fátima Sousa. Ela foi aluna do curso de Cabeleireiro e também é prova da qualidade do ensino da instituição. “A minha base

Bruno alcançou o sucesso através da busca pelo conhecimento.

Fátima Sousa é proprietária da Beleza & Companhia e foi aluna do Senac na década de 90.

foi o Senac. Tenho muito orgulho de dizer que estudei nesse lugar e sempre digo que quem quer começar tem que passar por lá.” Fátima é proprietária da Beleza & Companhia, considerado um dos maiores centros estéticos da capital. Atualmente a empresária lidera uma equipe com mais de 90 funcionários. Revista Fecomércio

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Sebrae

Gestão Empresarial

A mulher na empresa familiar

Começar Bem é aposta para o surgimento de empresas Camilla Cruz Doutoranda em Administração, Especialista em empresas familiares camilla@institutoempresariar.com.br

Solução é destinada para quem tem uma ideia de negócio ou já tem experiência em trabalhar por conta própria. Por Antônia Pessoa Foto: Aureliano Müller

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té recentemente, os contornos dos modelos familiares, em sua maioria, baseavam-se em que as relações de poder na família eram atreladas a divisão de tarefas, onde o homem, no papel principal de provedor e a mulher responsável pela casa e a família, caracterizam um modelo patriarcal. Esse contexto propícia o desenvolvimento de barreiras de entrada das matriarcas e filhas, em especial nas empresas familiares. No entanto, as transformações culturais, econômicas e sociais provocaram uma mudança no que se refere ao modelo de família fundamentada no patriarcalismo. Este cenário contribui para uma maior inserção das mulheres no mercado de trabalho. Além disso, a existência de deficiências na formação de gestores do sexo masculino, possibilitou também, oportunidades para uma presença feminina mais enfática nas organizações. Nestas circunstâncias, as mulheres vêm conquistando mais espaço e confiança no ambiente da família empresária, cerca de 60% das empresas familiares possuem mulheres em posições de comando, conforme Galvin, Astrachan e Green (2007). Na empresa familiar a mulher ligada à gestão está cada vez mais competitiva, 42

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pois se dedica mais tempo aos estudos desenvolvendo assim mais habilidades. Acrescentam-se também outras características, como: o caráter empreendedor o que proporciona atitudes inovadoras que auxiliam na perenidade da empre-

Na maioria dos casos, as mulheres nas empresas familiares assumem um papel de alta gestão em momentos de crise e nem sempre possuem sucesso nessa inserção, devido à ausência de planejamento e harmonização dos interesses da família, sócios e negócios no momento em que estão sendo inseridas no ambiente da empresa familiar.

sa familiar e uma atitude de ética e de justiça nas suas tomadas de decisões, de acordo com Brito e Leone (2012). Com isso, a presença da mulher nas

empresas familiares tendem a aumentar, sendo que atualmente 50% dos conselhos de administração já possuem pelo menos uma mulher na sua composição, segundo o Family Business Center of Excellence (2015). Na maioria dos casos, as mulheres nas empresas familiares assumem um papel de alta gestão em momentos de crise ou até mesmo em casos de morte do fundador, por exemplo, e nem sempre possuem sucesso nessa inserção, devido à ausência de planejamento e harmonização dos interesses da família, sócios e negócios no momento em que estão sendo inseridas no ambiente da empresa familiar. Para mitigar esses riscos é que há a necessidade de se implantar soluções que integrem os interesses da família, dos negócios e dos sócios. O Instituto Empresariar, instituição brasileira especializada na profissionalização de empresas familiares, sediada no Nordeste, a mais de uma de década vem desenvolvendo e implementando metodologias integradas com êxito em empresas brasileiras visando viabilizar a participação das mulheres nas empresas familiares como fator importante para a sobrevivência dos negócios e a harmonia das famílias empresárias.

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ara ter um empreendimento de sucesso é importante planejamento. Começar Bem é um novo projeto do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-Sebrae, que auxilia quem tem uma ideia de negócio ou já tem experiência em trabalhar por conta própria. Palestras, cursos e outros recursos como cartilha, guia visual, aplicativo e vídeo são algumas das soluções do projeto, que foi desenvolvido para concretizar o sonho de milhares de empreendedores de serem empresários de sucesso. “Em tempos de crise, iniciar um negócio é algo desafiador. Para ter sucesso, é preciso avaliar, planejar bem o investimento. E como o próprio nome já denota, o Começar Bem é uma ferramenta para auxiliar nesse processo”, afirma o diretor técnico do Sebrae no Piauí, Delano Rocha. A meta é capacitar 200 candidatos a empresários somente em Teresina. “Queremos contribuir para o surgimento de novos negócios, alavancando a economia da capital. O trabalho no interior do estado deve iniciar no segundo semestre”, completa Rocha. O projeto possui soluções específicas de acordo com o perfil do candidato a empresário. Para o perfil “Tenho uma Ideia de Negócio”, o Começar Bem está estruturado em quatro etapas: Ideia – Construir – Validar – Negócio. Algumas

Delano Rocha, Diretor Técnico do Sebrae-PI: Começar Bem é uma nova solução para auxiliar na abertura ou melhoria de um empreendimento.

soluções de cada uma dessas etapas são ofertadas também para o perfil “Tenho Experiência em Trabalhar por Conta Própria.” É só o interessado escolher qual se ajusta melhor à sua necessidade e seguir em frente. A fase Ideia inclui um conjunto de soluções que ajudam o empreendedor a dar o primeiro passo, mostrando por onde começar o empreendimento. Nessa etapa são apresentadas várias opções de investimento, em diversos setores. Construir é a fase em que se trata de modelos de negócios, ferramentas importantes para a construção de empresas bem sucedidas. Nessa etapa, o participante tem a oportunidade de conhecer os

principais elementos que compõem um modelo de negócios, com base na metodologia Canvas. Na fase Validar é o momento de avaliar o modelo de negócios estruturado na etapa anterior, aprofundando o trabalho realizado e ajustando as possíveis distorções encontradas, de forma que o modelo de negócio possa estar alinhado ao projeto. Na última etapa, que é a fase Negócio, são apresentadas ferramentas para organizar e desenvolver o plano de negócios, com mensuração de riscos, custos, infraestrutura básica, investimentos, marketing e vendas, entre outros pontos fundamentais. Revista Fecomércio

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Comunicação

Eventos

Instituto Nacional de Excelência Humana é homenageado

A comunicação como forma de poder Jefferson Xavier – JEX Palestrante, consultor empresarial e coach em PNL Professor de oratória e coautor do livro “Líderes em ação” falajex@gmail.com

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Por Iolany Galiza e Allisson Bacelar

s pessoas que dominam a forma de se comunicar melhor conseguem crescer, amadurecer, ter melhores relacionamentos na família, com os amigos e, principalmente, no trabalho. Para isso é importante cuidar do tom de voz, atitude, equilíbrio e uma linguagem correta. Tudo isso faz parte de uma comunicação poderosa que gera resultados. Certo dia presenciei uma cena num certo supermercado de Teresina. Uma jovem acompanhada de uma senhora comprava algumas verduras. De repente a jovem perguntou a uma funcionária o valor de determinado produto. Perguntou uma vez, mas a cliente não entendeu o valor. Perguntou mais uma vez e ela ficou em silêncio. Na terceira vez ela respondeu de maneira bem ríspida: “Você é surda ou o quê? Não vou mais repetir porque tenho mais o que fazer.” Quanta grosseria desnecessária! Quando você não se comunica bem você pode ser confundido com um profissional sem competência. Imagine você ser atendido por um vendedor que não consegue se expressar bem, sem uma boa ordenação do raciocínio, com uma postura deselegante, gesticula inadequadamente, mostra uma cara de poucos amigos, não tem paciência e, ainda por cima, grita com você. Você compraria com esse vendedor? Provavelmente não. Existem palavras que elevam e existem palavras que machucam. Da mesma forma, 44

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Entidade se destaca na formação pessoal e profissional, com o programa Desenvolvimento e Liderança.

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há algumas atitudes que dizem muito mais que certas palavras e podem aproximar ou afastar. Mas parece que há pessoas que estão sempre em conflito e não sabem dialogar, não respeitam o outro, não ouvem com atenção, gritam, impõem, criticam demais, não toleram ser contrariadas e já

Imagine você ser atendido por um vendedor que não consegue se expressar bem, sem uma boa ordenação do raciocínio, com uma postura deselegante, mostra uma cara de poucos amigos, não tem paciência e, ainda por cima, grita com você. Você compraria com esse vendedor?

explodem, não sabem passar uma mensagem, por mais simples que seja, e causam intrigas em todos lugares que chegam. Conhece alguém assim? Talvez sim. Por isso é tão necessário que percebamos o poder

transformador de se comunicar com mais respeito. Devemos nos policiar com relação à maneira como nos comunicamos com todas às pessoas que encontramos. Para evitar mal entendidos podemos usar técnicas da PNL como o rapport ou o backtraking. O rapport é uma palavra de origem francesa que significa conexão, sintonia total com o outro. Em outras palavras, significa, estar em compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo e estar atento à sua fala e ao seu comportamento. Já o backtracking, é quando eu reafirmo uma ideia para que ela não fique mal compreendida. Por exemplo, quando eu passar uma mensagem aos meus colaboradores eu repita uma ou quantas vezes for necessária para evitar falhas e problemas. Checar esses acordos ajudam a reduzir mal entendidos e diminuem estresses. Daqui para frente fiquemos atentos à forma como nos comunicamos e procuremos não aquilo que nos diferencia dos demais, mas o que nos une. Foquemos nas pequenas gentilezas como um bom dia, obrigado, desculpa, por favor, dentre outras. Atenção também para a linguagem corporal que diz muito sobre o que queremos transmitir. Esses detalhes fazem uma grande diferença e melhoram bastante os resultados para a nossa empresa. Devemos sempre investir no melhoramento contínuo da nossa comunicação porque aprender nunca é demais!

Fotos: Ascom

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Instituto Nacional de Excelência Humana (INEXH) foi homenageado no último dia 25 de fevereiro, na Câmara Municipal de Teresina. A solenidade proposta pelo vereador Ricardo Bandeira, destacou a importância do Instituto na formação pessoal e profissional de centenas de pessoas do Piauí e outros estados. Para o vereador, o Inexh vem desenvolvendo um trabalho importante para a sociedade à medida em que faz com que as pessoas se preparem para superar desafios e vencerem na vida. “O Inexh, por meio do programa de Desenvolvimento e Liderança (DL) e outras atividades que vem realizando, tem desempenhado um papel importante na sociedade fazendo com que as pessoas superem seus limites e saibam controlar suas emoções”, declarou. O head trainer e psicoterapeuta Marcos Mazullo, diretor do Inexh no Piauí, afirmou estar feliz com a homenagem. “Uma homenagem sempre é bem-vinda, principalmente quando se recebe em função de nosso trabalho. Acredito que esse reconhecimento vem por termos realizado nossa missão com excelência, ética e sempre pensando em contribuir com a evolução das pessoas. Logo após a solenidade, também foi lançada a 4ª edição do livro Líderes

O INEXH está no Piauí há sete anos e já treinou mais de cinco mil pessoas.

Celiane Cabral e Marcos Mazullo recebendo a homenagem do vereador Ricardo Bandeira.

O head trainer do Inexh, Marcos Mazullo, com os personagens da quarta edição do livro Líderes em ação.

em Ação. A publicação traz uma série de pequenas biografias de empresários, profissionais liberais, políticos e jornalistas falando sobre os desafios na vida de cada um e como as ferramentas do DL os ajudaram a superar os desafios e conquistar os sonhos. Segundo Mazullo, o livro Líderes em Ação através das excelentes histórias contidas nele, tem como missão inspirar outras pessoas a buscarem evoluir e alcançarem êxitos em suas vidas.

“O quarto livro da série traz mais histórias de sucesso de vários lugares do Brasil e da Europa, porém com um ponto comum a todos os outros: são histórias de pessoas que o destino uniu por um motivo muito especial, um grande encontro consigo mesmo. Esse encontro se deu quando eles decidiram evoluir e assim os fizeram merecedores de terem suas histórias contadas nessa publicação. Está uma belíssima obra”, enfatizou. Revista Fecomércio

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Coaching

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Câmara Municipal de Teresina entrega Prêmio Mulher Destaque

Sócrates e a origem do Coaching Cacilda Silva Empresária, master coach e neuro coach cacildamastercoach@gmail.com

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Por Ascom

ócrates(469 A.C. - 399 A.C.) foi um filósofo que viveu em Atenas, na Grécia, e costuma-se afirmar que foi um dos fundadores da filosofia Ocidental, ainda que sua figura esteja envolta em grandes mistérios, pois tudo o que se sabe sobre ele nos foi legado pelas obras de seus alunos, como Xenofonte e Platão. Este último o elegeu como personagem principal de suas obras escritas na forma de diálogos, e um desses diálogos recebe o nome de Parmênides (o que está fora do Ser não é ser; o Não-Ser é nada; o Ser, portanto é). As personagens principais desse conhecido diálogo Platônico são o próprio Parmênides, o ainda jovem Sócrates e Zenão de Eleia. Esta obra de Platão nos faz pensar que Sócrates possa realmente ter tido contato com Parmênides em sua juventude, e que a filosofia parmediana tenha influenciado profundamente seu pensamento. É digno de nota que antes de Sócrates, os filósofos estavam preocupados com o entendimento da natureza. Segundo o Filósofo romano Cícero, coube a Sócrates transferir, a Filosofia do Céu para a Terra, ou seja, Sócrates apropriou-se de maneira sofisticada com que Parmênides e seus antecessores, os Filósofos Pré-Socráticos pensavam as questões sobre o universo e a transferiu para o âmbito da ética, das relações humanas, dos desafios da convivência, na cidade, método 46

Vereadores homenagearam 30 profissionais no Dia Internacional da Mulher.

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de investigação filosófica utilizado por Sócrates é conhecido como o Método Socrático, perguntas simples que levam a respostas óbvias, até desnudar toda a verdade. Essa técnica já é conhecida como método Maiêutico, que consistia em usar

O primeiro passo para aprender o novo, consiste em um grande esforço para desaprender algumas ideias, crenças e princípios, questões consagradas, mas que merecem questionamentos. (Sócrates)

perguntas para extrair conhecimento que já existia na mente da pessoa e precisavam de um incentivo para se tornarem manifestos. Enfim, as perguntas poderosas no processo de coaching é uma for-

ma de ajudar as pessoas a descobrirem as coisas por elas mesmas e continua sendo até hoje uma ferramenta bastante eficaz para que possamos expandir nossa capacidade reflexiva. Consiste de um tipo muito peculiar de educação onde uma série de perguntas é feita com intuito, não somente de obter respostas específicas, mas, acima de tudo, para compreender o verdadeiro significado daquilo que está sendo discutido. Assim como Parmênides, Sócrates buscava a verdade última; a definição final dos termos; dos valores; dos princípios éticos. Desta maneira, Sócrates fez importantes contribuições à teoria do conhecimento e à lógica, áreas filosóficas de extremo interesse para o Coaching, e a influência de suas ideias reverberou em boa parte dos filósofos ocidentais que se seguiram a ele. Devido a isso, não são poucos os autores que creditam a Sócrates grande parcela do sucesso de nossa civilização. O método Socrático se caracteriza pela instigação e o embate entre ideias e argumentos, e sua principal finalidade é fazer com que seu interlocutor desconstrua sua opinião, considerada por Sócrates um falso saber, para reconstruir uma nova forma de fluir o mundo e de alcançar a verdade, um novo saber. Isso te lembra de alguma coisa caro leitor? Na próxima edição vamos continuar falando desse tema.

Fotos: Diana Cavalcante

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Câmara Municipal de Teresina realizou na noite do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a 8ª edição do prêmio Mulher Destaque, que homenageia aquelas que se destacam nos mais diversos segmentos da sociedade. Foram agraciadas artistas, empresárias, funcionárias públicas, profissionais liberais, entre outras. Cerca de 260 convidados, 90% deles mulheres, estiveram presentes. O prefeito de Teresina, Firmino Filho, participou da solenidade, que aconteceu no plenário da Câmara Municipal. “O Poder Legislativo faz essa justa homenagem às mulheres que contribuem para o desenvolvimento de nossa cidade”, afirmou o presidente da Câmara Municipal, vereador Luis Lobão, ao destacar as mulheres do parlamento municipal: vereadoras Cida Santiago, Celene Fernandes, Graça Amorim, Teresinha Medeiros, Rosário Bezerra e Teresa Brito. A empresária Kuniko Maeda recebeu o Prêmio Destaque e a instituição Casa de Maria a premiação da Personalidade Social. Entre outras homenageadas estão as advogadas Luci Farias Soares e Fides Angêlica, as educadoras Camila Rangel e Alda Veloso, a assistente social Mauricéia Carneiro e a promotora Miryam Lago.

A advogada Fides Angélica (na tribuna) foi uma das homenageadas.

A presidente da Câmara da Mulher Empreendedora de Toledo no Paraná, Ivete Tanzawa, esteve presente e ressaltou que o evento valoriza a mulher no negócio. “Atualmente, mais de 70% dos comércios e indústrias de Toledo são administradas e gerenciadas por mulheres e precisamos valorizar cada vez mais a sua presença no ambiente de trabalho”. A vereadora Teresa Brito fez uma explanação sobre os avanços conquistados pela mulher brasileira, entre os quais a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a presença da mulher nos mais relevantes postos, inclusive na Presidência da República. Ela lembrou que no município as empresárias atuam em lojas de peças

A galeria da Câmara esteve lotada. A maioria dos presentes era formada por mulheres.

automotivas, bicicletarias, parte gráfica, entre outros setores. “Muitas pessoas acham que a mulher deve ser proprietária de uma boutique ou de loja de bijuterias. No entanto, o universo é desafiador e é grande a gama de diferentes negócios conduzidos e gerenciados por mulheres”. Revista Fecomércio

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Agenda

ABRIL I FÓRUM DE LIDERANÇA E COACHING DO PIAUÍ Liderança, Gestão e Coaching Quando: 01 e 02 de abril Onde: Auditório da FIEPI – Teresina – PI Mais informações: http://flicpi.com.br/ FENNOPAN 19ª feira Norte Nordeste de Panificação e Food Service Quando: 14 a 16 de abril Onde: Centro de Convenções de Pernambuco – Olinda – PE Mais informações: www.fennopan.com.br contato@fennopan.com.br CONGRESSO EMPREENDE LITORAL 2016 Congresso de Empreendedorismo do Meio Norte do Brasil

08 { de maio

Quando: 22 e 23 de Abril Onde: Campus UFPI – Parnaíba – PI Mais informações: http://dinamicatreinamento.com.br/ empreendelitoral2016/ TERESINA BUSINESS Congresso de Administração e Empreendedorismo Quando: 22 e 23 de abril Onde: Atlantic City World – Teresina – PI Mais informações: http://www. teresinabusiness.com.br/ teresinabusiness@hotmail.com

MAIO APAS 2016 32º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados Quando: 02 a 05 de maio Onde: Expo Center Norte – São Paulo – SP

Mais informações: feiraapas.com.br secretaria@eventosapas.com.br CURSO DSOP EDUCAÇÃO FINANCEIRA Aprenda a controlar suas despesas de forma simples e eficaz com Reinaldo Domingos Quando: 04 a 05 de maio Onde: Metropolitan Hotel - Teresina-PI Mais informações: comercial.teresina@dsop.com.br BNT MERCOSUL 22ª Bolsa de Negócios Turísticos do Mercosul Quando: 20 a 21 de maio Onde: Centreventos de Itajaí – Itajaí – SC Mais informações: www.bntmercosul.com.br bnt@bntmercosul.com.br

Dia das Mães Ser Mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do amor incondicional. Feliz Dia das Mães!

Datas importantes no Comércio

Fique atento para não deixar passar em branco!

Abril

Maio

02 · Dia do Propagandista 07 · Dia do Jornalismo / Dia Mundial da Saúde 08 · Dia Mundial do Combate ao Câncer 10 · Dia da Engenharia 12 · Dia do Obstetra 13 · Dia dos Jovens / Dia do Hino Nacional 19 · Dia do Índio 21 . Tiradentes 22 . Descobrimento do Brasil

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01 . Dia Mundial do Trabalho 03 . Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 08 · Dia das Mães 12 · Dia Mundial do Enfermeiro 13 · Abolição da Escravatura 15 · Dia do Gerente Bancário 17 · Dia da Constituição 18 · Dia dos Vidreiros 26 . Corpus Chisti 27 · Dia do Profissional Liberal 31 · Dia Mundial das Comunicações Sociais

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Eventos

Eventos

Condomínios precisam profissionalizar síndicos

CRA-PI reúne mulheres empreendedoras em mesa redonda

Especialista em condomínios fala sobre a importância de se conhecer as regras para fazer uma boa administração em áreas de vivência coletiva.

Valorização e empoderamento da mulher foram alguns dos temas debatidos. Por Karla Nery Fotos: Karla Nery

Por Robert Pedrosa

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Fotos: Karla Nery

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crescente verticalização de Teresina, especialmente na zona Leste, somada à busca pela segurança, tem levado cada vez mais os habitantes a morarem em condomínios, sejam horizontais ou verticais. Isso requer adequações no comportamento dos moradores, já que passarão a dividir áreas em comum, o que faz parte da natureza dos condomínios. Para evitar transtornos e ajudar na administração de condomínios, a Executiva Administradora de Condomínios trouxe a Teresina o advogado condominial Rodrigo Karpat, para realizar o “1º Workshop para Gestores de Condomínios”. O evento aconteceu no dia 10 de março, no auditório do Edifício Paulo VI. O especialista enfatizou que o síndico e também os administradores de condomínio precisam conhecer todos os direitos e deveres de cada um dos que fazem parte do edifício para que haja uma convivência pacífica no local. Isso ajuda a evitar problemas de convivência entre os moradores, de longe o maior problema existente em unidades de vivência coletiva. “A harmonia dentro de um condomínio é possível, mas isso só será alcançado com a participação de todos 50

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Especialista falou sobre os principais problemas que envolvem os condomínios.

os envolvidos: síndico, moradores e funcionários. É um tripé”, comentou o advogado. Ele frisou que o morador, mesmo que nunca vá se tornar um síndico, precisa conhecer o regulamento interno e a convenção do prédio dele e ler as atas. Com isso já vai estar se inteirando do que está acontecendo e consegue entender a realidade do prédio. O proprietário da Executiva Administradora de Condomínios, Júnior Dutra, disse que a vinda de Rodrigo para Teresina é importante para profissionalizar o mercado, que carece de mão de obra qualificada no setor. “O síndico profissional virou uma profissão e para isso precisa de conhecimento e conteúdo. Não pode ser considerada uma pessoa para tapar buraco”, comentou Dutra, que possui 14 anos de experiência

Rodrigo Karpat, advogado condominial, com organizadores do evento em Teresina.

administrando condomínios na capital. A empresária Lya Nery, da Leg Distribuidora, participou do evento e falou sobre o crescimento e especialização do setor. “Hoje, as pessoas buscam comodidade e cada vez mais as empresas estão se especializando para atender melhor públicos cada vez mais específicos. A palestra do Rodrigo nos abriu novas possibilidades”, disse.

Conselho Regional de Administração do Piauí (CRA-PI) organizou no dia 10 de março uma mesa redonda para marcar as comemorações pelo Dia Internacional da Mulher. O evento reuniu acadêmicos e administradores com o objetivo de homenagear as mulheres e teve como tema “A Administração e os desafios da contemporaneidade: a percepção da mulher frente às gestões pública e privada.” Participaram do debate a deputada federal e secretária estadual de Educação, Rejane Dias, a vereadora Teresinha Medeiros e a empresária e professora Adriana Pacheco. A mesa redonda foi mediada pela jornalista e publicitária Samia Brito. Na ocasião, as convidadas compartilharam suas histórias de vida e como veem o empoderamento e valorização da mulher nos ambientes em que frequentam, seja na família, no trabalho e na sociedade. A secretária Rejane Dias compartilhou o quanto a formação em Administração lhe ajudou enquanto secretária de Assistência Social e agora na Secretaria de Educação. “Enquanto administradores, nós temos uma formação generalista e percebemos com a nossa experiência que é mais importante ter bons administradores à frente dos órgãos públicos, logicamente cercados por

bons técnicos. Assim como numa empresa, para ter os melhores resultados é preciso colocar as pessoas certas no lugar certo”, disse. Ao final do evento, o presidente do CRA-PI, Pedro Alencar, o Conselheiro Federal Carlos Henrique Mendes e demais conselheiros entregaram rosas

As convidadas do CRA falaram de suas histórias envolvendo a administração..

para as convidadas e demais mulheres presentes. Todos os meses, o CRA-PI realiza o Momento Empresarial na sede do Conselho. Revista Fecomércio

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Bem-estar

Fale bem e conquiste mais clientes Cuidar da voz é fundamental, já que é nossa principal maneira de se comunicar. Por Robert Pedrosa Fotos: Karla Nery e Carlos Pacheco

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palestrante Jefferson Xavier explica que todo profissional precisa saber se comunicar usando a voz. Em um mundo em que as pessoas cada vez mais usam aplicativos em smartphones para se comunicar, como o WhatsApp e o Facebook, falar parece ter ficado em segundo plano. Apenas parece. Na verdade, poucas são as formas de comunicação tão fieis à mensagem quanto à voz. Através dela, do seu tom, de sua altura, de sua gravidade, compreendemos com mais clareza a mensagem. Por isso, usá-la bem pode ser o diferencial na hora de conquistar clientes, ou até mesmo para você se fazer bem entendido. A Revista Fecomércio conversou com profissionais em que a voz é seu principal instrumento de trabalho, como oradores e professores, e especialistas da área de saúde, que deram dicas de como cuidar bem de nossas cordas vocais. Professor de oratória e especialista em marketing e gestão de pessoas, Jefferson Xavier explica que todo profissional precisa saber se comunicar, e, ao passar sua mensagem, deve ficar atento ao seu tom de voz e também a expressão corporal. 52

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Professora chegou a ficar afônica A professora de inglês Ângela Correia tem 29 anos de sala de aula e já enfrentou muitas dificuldades com a voz, em decorrência do uso excessivo da mesma. No período mais sério, chegou a ficar afônica ou rouca várias vezes, até que decidiu procurar um tratamento com fonoaudióloga. “Isso aconteceu num período em que eu dava cerca de 7 horas de aula. Era saindo de uma sala e entrando na outra. Até que minha voz ficou rouca e depois fiquei afônica”, lembra a professora. Após várias sessões de fonoterapia, Ângela recuperou a voz e passou a ter mais cuidado. “Passei a usar mais exercícios escritos e gestos para me comunicar com os alunos. Também parei de falar mais alto na sala, pois isso agride nossas pregas vocais”, conta. “Após o tratamento, passei a articular melhor as palavras, não elevo o tom da minha voz e peço a colaboração dos alunos

Ângela Correia hoje cuida bem melhor de sua voz.

para que eu consiga ser ouvida por todos”, diz. Ângela também faz exercícios em casa semanalmente para manter a qualidade da voz, procura respirar somente pelo nariz e está sempre bebendo água, para hidratar as pregas vocais. “Mas é água em temperatura ambiente, pois a temperatura muito baixa causa choque térmico e prejudica minha fala. Estou sempre com uma garrafinha de água na sala de aula”, conclui.

O palestrante Jefferson Xavier explica que todo profissional precisa saber se comunicar usando a voz.

“Um empresário ou colaborador precisa convencer através de seu tom de voz, bem como apresentar coerência com aquilo que fala”, diz Jefferson. No entanto, às vezes o interlocutor pode passar uma mensagem errada sem querer. “Um chefe muito autoritário tem um tom de voz agressivo, muitas pessoas vão temer. E isso não é positivo”, explica o especialista. A voz passa muitas mensagens. Assim, o líder precisa passar segurança e ter mais segurança com relação a voz, até quando vai fazer comentário ou passar uma bronca. “Cada tipo de

voz vai te dizer o que você vai passar naquele momento. Se você está muito nervoso, sua voz fica trêmula. Voz infantilizada pode passar imagem de pessoal imatura, mimada”, comenta Jefferson. Há algumas profissões em que voz é o primeiro contato com o cliente, como no caso de operadores de telemarketing. “Quem vai atender tem que ter uma voz agradável, mais suave. Pelo tom de voz você sabe se a pessoa que atende quer desligar logo. E isso numa empresa pode ser fatal”, orientar Jefferson.

• Articule bem as palavras. Articular bem a boca ao conversar facilita que os outros entendam o que você quer dizer e evita que você tenha que falar mais alto ou gritar para conversar; • Não grite, não sussurre. Fale normalmente. Usar a voz em tom mais alto ou mais baixo que o habitual necessita um esforço maior, que pode provocar a formação de nódulos;

Fonoaudióloga ensina como evitar problemas com a voz Como toda parte do corpo humano, as cordas vocais também podem sofrer danos e por isso, precisam de cuidados. A fonoaudióloga Rosana Muniz explica que a falta de conhecimento dos cuidados básicos para preservar a voz pode ter como consequências o desencadeamento de algumas doenças laríngeas como edemas, nódulos, pólipos, úlceras de contato, entre outras. “As alterações vocais afetam a vida pessoal, social e, sobretudo, a profissional, gerando ansiedade e angústia. Por isso, com mais razão, os profissionais que utilizam a voz como seu instrumento de trabalho, muitas vezes, necessitam de um treinamento de apoio para desenvolver o seu potencial vocal”, diz a fonaudióloga. Passar um dia rouco, por exem-

• Evite pigarros: Ao efetuar muitos pigarros com o objetivo de melhorar a secreção presente nas pregas vocais, o efeito é exatamente contrário. Por isso, para compensar a necessidade de tossir ou pigarrear forte, tente beber água ou deglutir algumas vezes;

Rosana Muniz: falta de cuidados básicos para preservar a voz pode desencadear doenças laríngeas.

plo, já é o suficiente para perceber o quanto a voz é importante para o ser humano. Por meio dela, conseguimos comunicar nossos pensamentos e emoções, além de revelarmos muito da nossa personalidade. Os cuidados com esse meio de expressão é essencial. “Cuidar da voz é uma questão de condicionamento físico. Ela precisa estar forte para aguentar as variações do dia a dia”, orienta Rosana.

• Evite ficar muito tempo em ambientes com ar condicionado. Ele compromete a respiração e resseca o aparelho fonador.

Fonte: Fonoaudióloga Rosana Muniz

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Cultura Empresarial Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitters e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios. Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas!

Livros

Filmes Marielle Baía Psicóloga, Consultora Empresarial, Terapeuta e Educadora Financeira marielle.baia@dsop.com.br

Internet

Dica de Leitura: Eu Mereço Ter Dinheiro - como ser feliz para sempre na vida financeira Autor: Reinaldo Domingos Comentário: No mês do dia da Mulher, podemos nos presentear com essa leitura enérgica e divertida. Toda mulher merece ter dinheiro! Por isso, precisamos aprender a lidar com o dinheiro e poder realizar nossos sonhos/objetivos. Para isso, Reinaldo Domingos traz á tona 10 personagens dos contos de fadas infantis e dialoga através de seus ensinamentos, conscientizando sobre alguns pensamentos femininos em vários aspectos, inclusive no financeiro. Para além do “eu mereço” emocional, existe um “eu mereço” comportamental e proativo que favorece seu futuro e te faz uma pessoa sustentável e independente. Algumas reflexões dessa leitura que te faz sair da zona de conforto e partir para a prática: Será que suas escolhas financeiras cotidianas realmente lhe fazem feliz ou são apenas tentativas furadas para impressionar ou se sentir aceita? Você quer ser o tipo de pessoa que ajuda ou aquele tipo que está sempre precisando ser ajudada? Aprenda a tomar as rédeas de seu futuro financeiro e seja ainda mais feliz! 54

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Dica de filme: Amor Sem Escalas Comentário: Ryan Bingham (George Clooney) é um executivo contratado por empresas desesperadas por mandar pessoas embora, mas que não tem coragem de fazer. Chega sem ser anunciado, senta numa sala reservada e chama as pessoas para serem dispensadas. De forma positiva, tenta mostrar ao recém-desempregado que ele pode tornar do momento triste e inesperado, um momento de mudança de vida e recomeço. Essas experiências nos fazem refletir sobre nossa vida pessoal e o quanto precisamos rever e planejar melhor nossa vida. Também traz aprendizados pelo seu estilo de vida pessoal, alterando seus comportamentos e nos fazendo refletir sobre nossas ações. O atual cenário econômico do Brasil deixa o filme coerente com a nossa realidade, como o desemprego inesperado, e a falta de preparo e planejamento financeiro e pessoal do ser humano.

Vale a pena curtir: https://www.facebook.com/oficialsbie/ Comentário: A Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional é dedicada a aumentar o conhecimento e aplicação prática da Inteligência Emocional de indivíduos e organizações. Fanpage com objetivo de ajudar o ser humano a direcionar melhor cada uma de suas emoções.

Dica de site: http://www.redemulherempreendedora.com.br/ Comentário: A Rede Mulher Empreendedora prioriza a integração, o conhecimento e a troca de informações entre mulheres donas de seu próprio negócio em todo o Brasil. Site conta com mais de 36.500 mil empreendedores cadastrados, atualizado diariamente. Os cadastros são gratuitos e as mulheres publicam um perfil do seu negócio, acessam dicas e notícias importantes sobre empreendedorismo e ainda participam de eventos e fóruns de discussões.



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