Entrevista: Valmir Miranda, presidente do Sistema O DIA de Comunicação e do Teresina Hall
Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí
Ano 04 - Nº 19 - Maio / Junho de 2016
Mala Direta Básica 9912329399/2015-DR/PI SENAC/PI
A TI tem futuro, a TI é o futuro ESPECIAL
Mesmo sem estrutura, turismo de eventos cresce em Teresina
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os Supricabos rietária da da Supricab proprietária lda Silva,, prop evista: Caci Cacilda Silva Entr Entrevista:
Opinião do leitor
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2016 / Abril de - Março / Abril de 2016 - Nº 18 Ano 04 - Nº 18 - Março Ano 04
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PRESIDENTE: Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante 1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante
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A edição 18 da Revista Fecomércio trouxe na matéria de capa como os novos serviços em salões de beleza têm combatido a crise no nosso país. Esta edição tem também matérias sobre educação financeira, educação profissional, gestão empresarial, comunicação, coaching e muito mais. Fui entrevistado pela jornalista Karla Nery de Souza para falar dos cuidados com a voz e como falar bem pode conquistar ou afastar clientes. Toda a equipe da Fecomércio está de parabéns por esses 3 anos de contribuição ao mundo dos negócios no estado do Piauí. É uma edição melhor que a outra. Vida longa a esta revista. Sucesso! Jefferson Xavier (Jex), Palestrante e Consultor Empresarial
2º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos 3º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante Raimundo Rebouças Marques José Antônio de Araújo João dos Santos Andrade Pedro de Oliveira Barbosa Conegundes Gonçalves de Oliveira José Rivaldo de Sousa José Arimatea Melo Rodrigues Gerardo Ponte Cavalcante Neto Teodoro Ferreira Sobral 1º SECRETÁRIO: Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO: Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO: Maria do Socorro de Morais Correia 1º TESOUREIRO: Antônio Leite de Carvalho 2º TESOUREIRO: Margareth Silva Lopes 3º TESOUREIRO: Francilino Lima Costa DIRETOR ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha
Gosto muito dos artigos da Cacilda. Na verdade gosto de toda a revista.As matérias são verdadeiros aprendizados, principalmente para empreendedoras como eu que estam no começo da caminhada. Tenho varias outras edições que são verdadeiros tesouros. Parabéns pelo excelente trabalho. Ineide Costa, Empresária e vencedora do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios Eu quero parabenizar a Revista Fecomércio, da qual eu faço parte do conselho editorial, e escrevi muitas matérias. Uma delas foi vencedora da etapa estadual do prêmio Sebrae de Jornalismo. Uma revista de negócios, de jornalismo econômico, que tem vários especialistas, muitas entrevistas bacanas e um conteúdo de primeira. Um abraço para a editora-chefe Karla Nery, que teve êxito nesse projeto. Denilson Avelino, Jornalista
DIRETOR ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante júnior
Entrevista: Karla Nery com o empresário Valmir Miranda, do Sistema O DIA de Comunicação. Foto: Cristina Márcia
DIRETOR ASSUNTOS DE CONSUMO Erivelton Moura DIRETOR ASSUNTOS COMÉRCIO EXTERIOR Delano Leno da Silva Miranda de Sousa DIRETOR ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro C. Mapurunga
Capa: ilustração internet
DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques CONSELHO FISCAL EFETIVOS Janes Cavalcante Castro Francisco Pereira Dutra Roberto M. Campos Drumont SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL Gescimar Miranda de Sousa Lauro Antônio Cronemberg Paulo Hernandez Couto Normando SUPLENTES DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro José Carvalho Neto Maria dos Aflitos S. R. Cardoso Pablo Henrique Couto Normando Jorge Batista da Silva Filho Raimunda Nonata da Silva Santos.
Editor - adjunto Robert Pedrosa - DRT 964-PI
Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro
SUPLENTES Jairo Oliveira Cavalcante e Denis Oliveira Cavalcante NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1.111, Ed. Agostinho Pinto, 4º andar, Centro. CEP: 64.000-360 – Teresina - PI Fone: (0 XX 86) 3222-5634 CNPJ Nº 07.243.215/0001-82
Revista Fecomércio
Editora - chefe Karla Nery - DRT 1339-PI
Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Robert Pedrosa, Gleyca Lima e Giovanna Veloso
DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Grigório Cardoso dos Santos
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6 19:13 03/04/1 19:13 6 03/04/1
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Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Raquel Lopes (Sesc), Mariane Aquino e Eduardo Portela (Senac), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (Sebrae), Cristina Alves (Fecomércio), Diana Cavalcante e Semdec. Revisão Glécia Lima Fotos Carlos Pacheco/Flávio Farias
Projeto Editorial Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Antônio Chaves, 1896-1, Bairro dos Noivos. CEP: 64.045-340 - Teresina-PI Marketing Karla Nery e Francisco Cunha Diagramação e direção de arte Zabumba Propaganda Impressão Gráfica O DIA Ltda. Tiragem 2000 exemplares Contatos (86) 3303 9831 / 99804 8998 / 99458 4554 Email: revistafecomerciopi@gmail.com
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Palavra do Presidente
ÍNDICE
Retomada do crescimento
Capa
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Destaques
Tecnologia da Informação é essencial para desenvolvimento de empresas
Entrevista
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Geral
Outras Seções
Pesquisas Fecomércio
14 Apesar da economia ruim, empresários 17
Valmir Miranda Presidente do Sistema O DIA de Comunicação e do Teresina Hall
têm boa perspectiva
Cartilha orienta direitos dos cidadãos
21 Prefeitura lança Programa Minha
Especial CARLOS PACHECO
Sesc
34 Turismo e lazer para todos 36 Férias são no Sesc
Mesmo sem estrutura, turismo de eventos cresce em Teresina
CARLOS PACHECO
43 Fórum difunde Coaching e Liderança no Piauí
45 The Global Leadership Summit chega a Teresina
se misturar
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Revista Fecomércio
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51 Revista Fecomércio comemora três anos
Educação Financeira Reinaldo Domingos
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Eventos
Direito e Empresas Francisco Soares Campelo Filho
Sebrae
47 Interesses da empresa e família não devem Maternidade exige planejamento para mulheres que trabalham
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onde começar?
Educação Profissional Francisco Dias
Tecnologia Anderson Soares
Palavra do Consultor Luiz Carlos Alves Marinho
42 Quer abrir uma empresa e não sabe por
Bem-estar
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Senac
38 Ensino que abre horizontes
Palavra do Presidente Valdeci Cavalcante
Semdec
Primeira Empresa
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Gestão Empresarial Stella Brito
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Agenda
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Cultura Empresarial Marielle Baía
Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com
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o falar ao país no momento em que assumia a Presidência da República, o presidente Michel Temer estabeleceu com a sociedade um pacto de harmonia e desarmamento dos espíritos, de forma a unir as correntes de boa vontade em torno do que classificou de Projeto de Salvação Nacional. Sem gestos teatrais, nem a caricata contundência do discurso, desnecessários para o momento, Michel Temer foi sereno, pedagógico e firme, analisando cada situação, indicando medidas, acenando para uma nova fase política e administrativa do Brasil. Manteve a serenidade de sempre, não ofendeu, não criticou irresponsavelmente, fez poucas referências ao quadro político do momento. Fui aluno de Michel Temer na Faculdade de Direito, aprendendo a admirar algumas virtudes que ainda hoje permanecem no político honesto, culto, sério e simples, atualizado e doutrinador, educador que permanece nas atitudes do gestor. Na formação de sua equipe de Governo percebe-se a ruptura com antigos padrões de revanche a antagonismos. Não se deixou contaminar pelo ódio ideológico, nem se rendeu ao entusiasmo classista que pudesse prejudicar a unidade de comando. Siglas e legendas não ficaram acima dos interesses do país. Desse modo, atraiu para o Ministério técnicos, políticos e gestores reconhecidamente capazes,
referências em suas áreas de atuação. Entende que homens e mulheres notáveis estão em qualquer segmento, inclusive na política, de onde convocou alguns auxiliares. O recado dessa posição é dire-
Todas as medidas indispensáveis para o saneamento do país começam a ser adotadas com a necessária prudência e responsabilidade.
to. O Brasil precisa de boas cabeças para a retomada do crescimento. Todas as medidas indispensáveis para o saneamento do país começam a ser adotadas com a necessária prudência e
responsabilidade. Devido a essas atitudes, correntes de descontentamento que ameaçavam “tocar fogo no país”, tiveram de recuar, estratégia necessária a quem não encontrou ressonância na opinião pública. Os próximos vinte dias serão ainda de expectativa nacional sobre os efeitos das primeiras medidas. Sobre a opinião emitida por caudilhos latinos, Michel Temer foi discreto, ignorando alguns arroubos próprios de quem não consegue administrar seus próximos dilemas. O Brasil não tem o hábito de opinar sobre questões internas de países de vários continentes. Na mesma linha de raciocínio é inaceitável qualquer interferência estrangeira nos assuntos brasileiros. Nas entrevistas que tem concedido à imprensa nacional, Michel Temer tem se revelado o que sempre foi: sereno, comedido, ético e extremamente consciente de suas posições. Creio que o Brasil está em boas mãos. O Ministério é outro ponto favorável, notadamente os da área de Planejamento e Economia. Como é do conhecimento do país, o Brasil está no fundo do poço. Para retirá-lo dessa situação é necessária a participação de todos. Com a economia estável e a credibilidade nacional restabelecida, o Brasil ingressará na fase produtiva, que é a expectativa de todos os brasileiros. Revista Fecomércio
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Valmir Miranda – Presidente do Sistema O DIA de Comunicação e do Teresina Hall
De arquiteto a comunicador
O DIA
Entrevista
Por Karla Nery
E
mbora oriente que o empreendedor precise ter um foco, o empresário Valmir Miranda atuou em várias áreas distintas ao longo dos seus 68 anos de idade. Filho do coronel Octávio Miranda, formado em Arquitetura, Valmir foi o pró-reitor mais jovem do Brasil, no final da década de 1970, quando a Universidade Federal do Piauí estava implantada. Seu conhecimento no ramo da Educação o credenciou para ficar à frente da implantação de um grande sonho do nosso Estado: a criação da Universidade Estadual do Piauí, no final dos anos 80. Nesse período, ainda encontrou tempo para colaborar com o Jornal O DIA, hoje o mais antigo em circulação no Piauí, com 65 anos. Além disso, há dois anos, o empresário inaugurou o espaço de eventos mais completo do Estado: o Theresina Hall. Na entrevista concedida à Revista Fecomércio na sede do Sistema O DIA de Comunicação (que inclui o jornal impresso, a versão digital, o Portal O DIA e a TV O DIA), Valmir Miranda falou de sua infância, sua relação com o pai, seus investimentos e como está preparando seus negócios para a sucessão familiar. Os detalhes desse bate-papo você confere a seguir.
Valmir Miranda e os funcionários do jornal O DIA, o mais antigo em circulação do Piauí.
Fachada do Theresina Hall, inaugurado em 2014.
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Marcas Inesquecíveis, um dos eventos do Sistema O DIA.
Arquivo Pessoal Divulgação Marcas Inesquecíveis
O empresário com os filhos: o assunto sucessão familiar já está sendo posto em prática. Divulgação Marcas Inesquecíveis
O DIA
Valmir quando foi pró-reitor de Extensão da Universidade Federal do Piauí.
O DIA
Arquivo Pessoal
O empresário Valmir Miranda comanda o Sistema O DIA de Comunicação, herdado do pai, coronel Octávio Miranda e também criou o espaço de eventos Theresina Hall.
Valmir Miranda com a esposa Tânia no Marcas Inesquecíveis 2016.
Eu gostaria que o senhor começasse contando um pouco da sua história, onde nasceu e que lembranças tem da sua infância. Eu nasci em 19 de dezembro de 1948, aqui em Teresina, em uma época que a cidade se resumia em uma área central, muito reduzida que começava no Rio Parnaíba e vinha até próximo ao Hospital Getúlio Vargas, na Avenida Frei Serafim. Minha casa ficava ali no limite, uma rua antes do HGV. Lembro que era uma cidade muito pobre, empoeirada e que ainda garoto ia com meu pai para aquela região do Jóquei, porque ele era proprietário de vários terrenos lá e dizia que futuramente ali seria o centro da cidade, como de fato hoje concentra o centro gastronômico e as principais opções de lazer. Lembro que ele falava que era por conta da temperatura ser mais agradável, uns quatro, cinco graus a menos. Outro detalhe curioso é que até então poucas pessoas tinham carro e aos poucos foram construindo suas granjas e sítios no Jóquei, à medida que foi aumentando o número de veículos elas terminaram transferindo suas residências para aquela região. Meu
pai era um visionário. Tanto que naquela área foram implantados os dois primeiros shoppings da cidade. Em qual colégio o senhor estudou? Eu comecei meus estudos em Teresina, depois fui para o Rio de Janeiro, morei em Manaus e ainda em João Pessoa e Salvador, onde cursei Arquitetura na Universidade Federal da Bahia e Economia na Universidade Católica da Bahia. Mas não conclui o curso de Economia porque assim que me formei em Arquitetura, resolvi voltar para Teresina. Aqui, comecei trabalhando em um órgão de estudos, pesquisas e projeções que foi criado pelo ex-governador Alberto Silva que reuniu muitos técnicos experientes de várias partes do Brasil com o objetivo de pensar o Piauí de amanhã. Dentre eles, um jovem doutor mineiro que ele conheceu em Brasília chamado Hélcio Ulhoa Saraiva convidado para ser reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A primeira atividade dele foi criar um espaço novo, o Campus da Ininga, onde seriam implantados novos cursos aos já existentes que eram Filosofia, Direito, Medicina e Odontologia. Lembro que o
campus ficava distante do espaço urbano, pois o limite da cidade ficava onde hoje é a Igreja de Nossa Senhora de Fátima. Pouco depois, fui fazer mestrado em Desenvolvimento Urbano e Regional na Universidade Federal de Pernambuco, onde passei dois anos e coincidentemente um dos meus professores se tornou coordenador nacional de um programa de capacitação de professores das universidades federais brasileiras. Quando voltei de Recife, fui contratado pela Universidade Federal e terminei me incorporando a uma comissão de qualificação dos docentes da instituição. Como a instituição estava em fase embrionária, não tinha ainda, uma estrutura voltado para a pós-graduação e muito menos para a pesquisa e o reitor Camilo Filho me nomeou coordenar de uma comissão para tratar da questão de capacitação dos docentes. Conseguimos que muitos professores fossem fazer mestrado e doutorado nesses cinco anos que fiquei na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Demos início a implantação dos primeiros núcleos de pesquisa com o apoio do CNPq (Conselho Revista Fecomércio
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Entrevista
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Os egressos dos programas de capacitação permitiram que a instituição implantasse seus primeiros cursos de Mestrado. Mas o mais importante creio, foi fazermos com que os vários departamentos da UFPI definissem suas linhas de estudos e pesquisas.
mento voltado para comunicação, onde seria criada uma rádio e uma televisão educativa para o Estado. A TV e a Rádio Educativa foram criadas nessa época? Sim. Mais ou menos em 1985 foi construído aquele prédio em frente à TV Clube. Já a universidade, em menos de um ano,
Isso mais ou menos em que ano? No final da década de 70. O senhor foi o pró-reitor mais jovem do país. Quantos anos o senhor tinha? Eu tinha uns 28 anos. Passei a ser vizinho do Dr. Lineu da Costa Araújo com 65 anos e do Dr. Mariano Gayoso, mais ou menos da mesma idade, que eram respectivamente Pró-Reitores de Ensino e de Administração e aprendi muito com eles. A questão da linha de pesquisa era trabalhar com pesquisas aplicadas, que pudessem contribuir com o desenvolvimento do estado. Por exemplo, na área da Agricultura, nós encaminhávamos caixas para os agricultores, nos rincões do estado, coletarem amostras do solo de sua chácara, fazenda ou sítio, e nós fazíamos as análises, dizendo para que servia aquela terra, qual o tipo de plantação ideal, quais as correções que deviam ser feitas no solo. Começamos, assim, a desbravar o Piauí. Depois, saí para implantar a Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Como foi a implantação da Uespi? Na época, o governador Hugo Napoleão e o secretário de Educação Átila Lira me fizeram o convite para implantar a UESPI e eu aceitei aquele desafio. Eles me arranjaram uma casinha perto do Estádio Albertão e lá passei a reunir as pessoas que participariam do grupo base. A Secretaria de Educação já havia contratado estudos de uma consultoria para delinear uma universidade estadual, voltada para atender a rede estadual de ensino. O projeto continha a universidade em si, um núcleo de pesquisa educacional e um terceiro seg10
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O jornal O DIA também trabalha com vários eventos, entre eles o Marcas Inesquecíveis, que é um evento grandioso para homenagear as empresas que se destacam na mente e no coração dos piauienses. Num desses Marcas choveu, entrou água no local, e eu percebi que o espaço que nós tínhamos alugado ainda deixava muito a desejar e que Teresina tinha necessidade de ter um local de eventos mais adequado para atender à necessidade da cidade que está crescendo muito. Foi assim que surgiu a ideia do Theresina Hall.
passou a funcionar no local onde hoje funciona a Uespi no Pirajá com uma equipe de 120 professores e técnicos. O primeiro vestibular ocorreu com menos de um ano de implementação. Depois, em razão de algumas divergências, resolvi deixar a
coordenação do processo e retornei para a UFPI. Fiquei alguns anos só como professor de Planejamento Urbano e Regional no Centro de Tecnologia e também colaborava aqui no jornal O Dia. Num determinado momento, eu tive um pequeno atrito com meu pai e resolvi me afastar do jornal e me dedicar mais à universidade. Foi quando o reitor da UFPI na época, Pedro Leopoldino Ferreira Filho, convidou-me para dirigir a Pró-reitoria de Extensão. Eu fiquei como dedicação exclusiva durante cinco anos na UFPI e só me afastei quando tive que voltar novamente para o jornal em 2001 e desde 2002 estou como presidente do Sistema O Dia de Comunicação. O que o senhor fazia no jornal? Eu fazia estudos para melhorar o perfil de enfoque do jornal, trazia jornalistas experientes para vir compor nossos quadros, a exemplo de Roberto Junquilho de Salvador, jornalista que mudou totalmente as nossas rotinas produtivas. A verdade é que a evolução da tecnologia de produzir jornal mudou muito rapidamente nos últimos anos. Os primeiros computadores foram vocês que trouxeram para o Piauí? Nós fomos um dos primeiros a adquirir computador no Piauí. Como pela legislação brasileira era proibido a importação de computadores, a alternativa era a aquisição de um computador produzido no Brasil de uma marca chamada “Cobra”. Só quem tinha computador “Cobra” no Piauí era o Banco do Estado, o Jornal O DIA e as lojas Pintos. Fizemos várias experiências na redação de processos que até então não existiam e foram tão exitosas que o pessoal da Folha de São Paulo veio conhecer. No que se refere ao conteúdo, naquela época, as notícias do exterior eram captadas por um setor chamado rádio escuta ou vinham através de Telex, o embrião das primeiras agências de notícias, quase não tinham notícias locais e o jornal era muito
pequeno. Depois foi aumentando o número de páginas, passou a ter os classificados e editorias. O Jornal O DIA é um dos primeiros jornais do Piauí e o que está há mais tempo em funcionamento, tendo completado 65 anos em 2016. O que fez com que ele permanecesse tanto tempo em circulação? Creio que por conta da nossa inovação constante, dessa busca por levar informação com credibilidade e que prestasse o serviço a que se propunha que é informar bem o nosso leitor. Quantos funcionários têm hoje no grupo? Temos 168 aqui nessa área de comunicação que inclui o jornal impresso, a versão digital, o Portal O DIA e a TV O DIA. Lá no Teresina Hall devem ter uns 40 funcionários. São mais de 200 empregos gerados diretamente. Como surgiu a ideia de construir o Theresina Hall? A história é o seguinte. Eu não sei se você andou quando criança em um local chamado Castelo da Fantasia, onde tinham umas festinhas todos os finais de semana, tinha um trenzinho que circulava no Jóquei. Eu construi o Castelo da Fantasia, em função dos meus filhos, para que outras crianças como eles pudessem ter o que fazer para se divertir. Além disso, o jornal O DIA também trabalha com vários eventos, entre eles o Marcas Inesquecíveis, que é um evento grandioso para homenagear as empresas que se destacam na mente e no coração dos piauienses. Num desses Marcas choveu, entrou água no local, e eu percebi que o espaço que nós tínhamos alugado ainda deixava muito a desejar e que Teresina tinha necessidade de ter um local de eventos mais adequado para atender à necessidade da cidade que está crescendo muito. Foi assim que surgiu a ideia do Theresina Hall.
Quantos anos sonhando até concretizar? Eu sonhei uns três anos. Primeiro, comprei o terreno e quando comecei a construção, convidei meu irmão Edgar, para ser meu sócio nessa história. Ele entrou comigo com uma parte do investimento e captamos a outra parte com o Banco do Nordeste. Lá no Theresina Hall, nós cons-
O meu desejo é daqui a uns dois ou três anos não estar com mais nada em meu nome. Aos poucos, já estou passando para o nome dos meus filhos, fazendo essa sucessão. Eu estou, inclusive, tendo consultoria com o pessoal do Instituto Empresariar, pois enquanto gestores precisamos pensar na continuidade do negócio. Imagina que você monta uma empresa, constrói todo um patrimônio, mas se não organizar direito, morre e porque não foram preparados os herdeiros acabam tudo. Se você não planejar, essa sucessão fica muito mais complicada.
truimos uma estrutura maravilhosa, inclusive com gerador por causa dos problemas constantes de queda de energia. Pra você ter noção, nós temos um gerador de 750 kVA que segura uma cidade de 5 mil habitantes, só que o reserva dele é outro gerador de 750 kVA. Então, não tem como
ficar sem energia no meio de um show, o que pra gente seria um prejuízo horrível que eu não gosto nem de pensar, por isso montamos a subestação. Qual a média de shows que vocês fazem por mês? Fazemos em torno de quatro shows por mês, em geral no sábado, mas também temos eventos pequenos que acontecem naquela primeira parte, antes de você entrar no salão. São eventos menores como aniversários para 200, 300 pessoas. Agora, lá dentro já é um espaço para mais de cinco mil pessoas. Outro ponto que eu queria falar com o senhor é sobre o fato da empresa de vocês ser essencialmente familiar. Como foi que aconteceu essa sucessão familiar dentro do grupo e como é que o senhor está pensando daqui pra frente? Quando meu pai comprou o jornal O DIA em 1964, ele já tinha 13 anos de circulação. Por aqui já passaram alguns irmãos meus, mas aos poucos eles foram saindo por um motivo ou outro e foram me vendendo as ações. Hoje, eu tenho 80% das ações. Meus irmãos e meus filhos tem o restante. O meu desejo é daqui a uns dois ou três anos não estar com mais nada em meu nome. Aos poucos, eu já estou passando para o nome dos meus filhos, fazendo essa sucessão. Eu estou, inclusive, tendo consultoria com o pessoal do Instituto Empresariar, pois enquanto gestores precisamos pensar na continuidade do negócio. Imagina que você monta uma empresa, constrói todo um patrimônio, mas se não organizar direito, morre e porque não foram preparados os herdeiros acabam tudo. Se você não planejar, essa sucessão fica muito mais complicada. Como o senhor está lidando com a crise? O faturamento da empresa caiu em torno de 27%. Na verdade, todo o comércio está sofrendo o impacto dessa crise. A instaRevista Fecomércio
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Entrevista
bilidade econômica paralisa os empresários e também os clientes que não querem comprar nem se comprometer em ter um parcelamento de investimento mensal, pois não sabem se vão conseguir honrar daqui a três meses. Eu acredito que o caminho não é cortar por cortar, principalmente no atendimento demintindo funcionários e na divulgação dos seus produtos e serviços. Agora, eu estou investindo em novas tecnologias e substituindo alguns produtos para tentar baratear os custos. No meu caso e acredito que todo empresário, nós temos sempre que trabalhar para que o consumidor sinta a necessidade do nosso produto. Antes de ter a crise econômica e política, o jornal já vinha passando por uma crise, perdendo o público para outros meios de comunicação, principalmente para a internet. Foi por isso que vocês resolveram investir no portal também? Claro. Quando nós criamos a área onde vai funcionar a televisão há uns oito anos, lá já funcionava a parte de internet porque as pessoas querem ter infomação o mais rápido possível. Hoje, as informações já chegam na tela do seu celular antes mesmo que você abra para ver o que está acontecendo. Eu não acho que o jornal vai acabar. O que acontece é que ele tem que ser cada vez mais um veículo para debater ideias e para aprofundar a informação, o que não se faz no rádio e na TV, por exemplo. Agora um veículo que está absorvendo quase tudo é a internet porque você pode ser breve e ao mesmo tempo aprofundar os temas. O que mudou no Jornal O DIA? Hoje, nós interagimos com o público pelo WhatsApp e temos um aplicativo em que você pode ler o jornal. Basta clicar e folhear. Vi isso lá em Recife e achei interessantíssimo só que surgiu o whats e essa interação passou. Agora, isso de interação com nosso público é algo que vem de longe. Há uns 12
Revista Fecomércio
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15 anos, nós lançamos um prêmio chamado Jovens escritores que foi incorporado ao Salipi para tentar aproximar as pessoas do jornal, incentivando a leitura e a produção de textos. Esse material é analisado por uma equipe de professores da universidade e aquelas pessoas que são premiadas participam de uma solenidade. Nós vamos à escola onde ela estuda
Você precisa ter foco e saber que pode ter problemas para alcançar seu objetivo. Você delineia sua imagem, objetiva, estabelece sua estratégia para chegar lá e vai em busca sabendo que podem haver dificuldades, mas quando isso acontecer basta definir uma nova estratégia e seguir adiante. A perseverança é a chave do sucesso.
e colocamos uma plaquinha com o nome dela. É um negócio maravilhoso ver a sensação de orgulho tanto das crianças quanto dos pais e da escola. Essa história de premiar é algo fantástico. Falamos antes do Marcas Inesquecíveis, onde a premiação se dá pela quantidade de pessoas que têm informação e lembram do seu produto. Se você trabalha o marketing da sua empresa, você pode começar devagarzinho e ver em cada edição da revista do Marcas suas notas subindo e passando um concorrente. Você pode ver seu concorrente descendo,
diminuindo a diferença. Você pode ver outro concorrente surgir e ganhar força no mercado. Uma hora você aparece lá em cima e é premiado. Isso significa que você conseguiu fazer com que seus clientes ficassem satisfeitos. E a verdade é que você só fala bem de um determinado produto quando gosta, quando você não gosta não quer nem falar, quanto mais falar bem. Por que é importante uma empresa investir em marketing? Porque é a coisa mais importante que uma empresa tem é a imagem dela junto aos seus clientes. Confiança e qualidade são fundamentais para que você consiga sobreviver e não aconteça essa história de não dar continuidade. O senhor tem outros investimentos? Eu tenho, mas eu não queria comentar agora sobre eles não. Inclusive, eu estou montando mais um negócio que em breve você vai saber. Pra gente ir finalizando, que conselhos o senhor adquiriu e pode compartilhar da sua experiência de anos empreendendo? Eu acho que a coisa mais importante é ter foco. Você precisa ter foco e saber que pode ter problemas para alcançar seu objetivo. Você delineia sua imagem, objetiva, estabelece sua estratégia para chegar lá e vai em busca sabendo que podem haver dificuldades, mas quando isso acontecer basta definir uma nova estratégia e seguir adiante. A perseverança é a chave do sucesso. A outra coisa é fazer com que as pessoas sintam que aquele produto ou serviço é necessário e tem qualidade e credibilidade ainda mais com tantas informações que circulam de graça e rapidamente nas redes sociais e podem interferir no seu negócio. É preciso trabalhar muito bem essa relação para que o cliente confie na sua empresa.
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Pesquisas Fecomércio
Apesar da economia ruim, empresários têm boa perspectiva Cenário piorou para 56% dos entrevistados, mas otimismo passou do limite mínimo. Por Robert Pedrosa
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ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO (ICEC) MARÇO DE 2016 ÍNDICES
forte crise econômica que atingiu o país no ano passado e que continua em 2016 preocupa o empresário piauiense, mas não tira as esperanças de melhoria das vendas no comércio local. Segundo a pesquisa Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC), realizada em Teresina em março, com 135 empresas, a expectativa dos empresários para o setor está superior a 100 pontos. A ICEC é realizada pela Confederação do Comércio de Bens Serviços e Turismo em parceria com a Fecomércio-PI. Os pontos variam de Zero a 200, sendo zero total de insatisfação e 200, último grau de otimismo. O valor 100 pontos é o limite entre o pessimismo e otimismo. A esperança dos empresários se dá em meio a um cenário muito ruim, na avaliação dos próprios entrevistados. Segundo a pesquisa, 56,1% dos abordados disseram que a economia piorou muito este ano em relação a 2015. Tanto que a condição atual da economia chegou a um índice de 32,8 pontos, quase 70 abaixo do limite entre o pessimismo e o otimismo. O setor que mais está sendo afetado é de bens duráveis (TV, geladeira, fogão, entre outros). Nesse ramo, a confiança dos empresários foi de 25,7 pontos sobre a economia brasileira e 52,1 pontos para o comércio. De um modo geral, os empresários Maio/Junho 2016
Consumidor teresinense diminui compra de bens duráveis
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Mar/ 2016
Mar/ 2015
Variação Mensal %
Variação Anual %
Índice de Confiança do Empresário do Comercio - ICEC
94,7
97,8
108,3
3,27
-9,7
Índice de Expectativa do Empresário do Comercio - IEEL
52,6
59,0
83,9
12,17
-29,68
141,4
144,1
139,9
1,91
3,00
90,2
90,3
101,2
0,11
-10,77
Índice da Condição Atual do Comercio - ICAEL Índice de Investimento do Empresário do Comercio - IIEC
Fonte: CNC Elaboração: Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento - IFPD
O índice para TV, geladeira e fogão foi de 72 pontos, 28 pontos abaixo do limite de pessimismo entre os teresinenses entrevistados. Por Robert Pedrosa
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nova pesquisa sobre Intenção de Consumo das Famílias de Teresina (ICF) referente ao mês de março mostra que o consumidor teresinense está mais otimista, disposto a gastar e mais confiante no mercado. Porém, as compras que fizer durante os
próximos meses não incluem consumo de bens duráveis, como automóveis, geladeiras e fogão. Realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí (Fecomércio-PI) e Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com consumidores acima de 18 anos de idade, a ICF revela que entre os produtos que serão priorizados, não estão os chamados bens duráveis, como automóveis, TV, geladeira, freezer, fogão e outros. O índice para esses produtos
foi de 72 pontos, 28 pontos abaixo do limite de pessimismo (100 pontos). E as perspectivas não são animadoras: o pessimismo para adquirir bens duráveis subiu 8,10% na passagem de fevereiro para março de 2016. O motivo são os juros. “Os comerciantes que revendem bens duráveis devem ficar mais cautelosos no momento de refazer os seus estoques, pois 63% dos entrevistados afirmaram que este é um mau momento para se adquirir este tipo de mercadoria”, avalia Nonato Paz, assessor econômico da Fecomércio-PI.
teresinenses estão pessimistas porque o resultado do ICEC do mês de março foi de 97,8 pontos, portanto, na área de pessimismo. Uma queda de 9,7% em relação ao mesmo mês de 2015, quando o índice foi de 108,3. Mesmo assim, ainda apresentou um crescimento de 3,27% sobre o mês anterior. Há uma tendência, embora não tão alta, de empresários demitirem empregados. “A sondagem revelou que 57,7% dos empresários com mais de 50 empregados têm intenção de reduzir pouco o quadro de funcionários, principalmente em função do fraco desempenho da economia brasileira no primeiro bimestre do ano, divulgado pelo IBGE, e de outros fatores inibidores das vendas como a valorização do dólar e as dívidas dos consumidores”, comentou o assessor econômico da Fecomércio, Nonato Paz. Além disso, 37,9% dos empresários acreditam que vão investir menos na sua empresa este ano. Revista Fecomércio
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Pesquisas Fecomércio
Fecomércio
Desemprego atinge 23% no setor Serviços Industriais
Cartilha orienta direitos dos cidadãos
Dados do Ministério do Trabalho mostram que em fevereiro o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública desempregou 1.492 pessoas.
Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí lança cartilha que orienta a população sobre benefícios garantidos na legislação. Por Ana Cláudia Coelho
Por Robert Pedrosa
Fotos: Nany da Costa
m símbolo da grave crise econômica que atravessa o Brasil pode ser visto claramente no baque que o setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública sofreu em fevereiro. De acordo com levantamento do Ministério do Trabalho e Emprego através do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), naquele mês o setor (que engloba trabalhadores do setor de serviços dentro das indústrias) encerrou o mês com um saldo negativo de 1.492 vagas. O número representa 23,40% de toda a mão de obra empregada do segmento – de apenas 6.376 postos de trabalho. “Em fevereiro, contratou-se 52 pessoas celetistas neste setor e no mesmo período deram baixa em 1.544 carteiras”, informa o analista econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí (Fecomércio), Nonato Paz. Com os dados do Caged em mãos, Nonato conta que, no mesmo mês, o varejo do Piauí registrou 650 postos de trabalho formais a menos que o mês de janeiro, resultado de 1.961 contratações e 2.611 baixas. “A soma dos dois primeiros meses representa um saldo acumulado de – 1.224 vagas. Este é o resultado de uma variação de -0,75% sobre o estoque do mês anterior”, diz.
uma solenidade que reuniu empresários, representantes de entidades sociais e governamentais, a Fecomércio Piauí lançou na noite do dia 15 de abril a cartilha Faça Valer Seus Direitos. O evento aconteceu no espaço Cultural Cosme Oliveira no edifício Agostinho Pinto, em Teresina. A cartilha traz os procedimentos que as pessoas devem adotar para ter acesso a benefícios garantidos na legislação brasileira, especialmente na área de saúde. “O material foi produzido para o cidadão ter
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Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Elaboração: Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento do Piauí.
Para o analista, a queda nos postos de trabalho no comércio piauiense é explicada devido ao fim do prazo das contratações temporárias do final do ano de 2015. E Nonato não vê boas perspectivas para os próximos meses. “O setor vem se desacelerando desde o ano passado e a possibilidade de cortes é grande porque a percepção é de que a demanda está fraca e que as vendas não devem se recuperar nos próximos meses. Não está havendo nem possibilidade de repor as vagas de alguém que saiu”, comenta. Segundo o IBGE houve uma variação de -5,2% com relação ao mesmo período do ano passado no volume de vendas do comércio varejista do Piauí. Os consumidores estão priorizando os produtos essenciais para equilibrar os seus orçamentos domésticos. Para o presidente da Fecomércio,
Valdeci Cavalcante o Governo sofre o impacto do desemprego ao arcar com maiores demandas de serviços públicos. “O desempregado se vê obrigado a tirar os seus filhos da escola particular e o passa à pública, além de perder o plano de saúde da empresa que trabalhava e passa a utilizar os hospitais públicos. Além disso, aqueles que estão indo para a informalidade deixam de arrecadar impostos para o Estado”, diz Cavalcante. Para se ter uma ideia da gravidade do desemprego, o gráfico 1 mostra o destaque para o mês de novembro de 2015 com o melhor saldo ( 564 vagas a mais no mercado de trabalho) nestes doze últimos meses. No período de março de 2015 a fevereiro de 2016, mais da metade dos meses, os saldos foram negativos, ou seja, as demissões superiores as contratações.
acesso aos seus direitos. A linguagem é de fácil entendimento, trazendo orientações desde a abordagem inicial no atendimento médico até os modelos de requerimento e os locais onde as pessoas devem dar entrada”, explica Valdeci Cavalcante. A cartilha traz também a transcrição de leis, códigos e decisões no âmbito da ciência médica. O presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade-Te), Antinilton Marques, falou da dificuldade de acesso a direitos garantidos na Constituição Federal às pessoas com deficiência. Ele disse que já foi vitima da violação de direitos. A representante do Centro de Referência em Assistência Social (zona Leste), Maria do Carmo Ferreira, relatou a dificuldade da população em conhecer os seus direitos
e, que por conta da falta de informação, muitas pessoas não têm acesso a serviços de saúde garantidos na Constituição. Ao final da solenidade, os participantes levaram cartilhas para distribuir nas entidades. A Fecomércio Piauí editou 10 mil exemplares da cartilha para distribuir à população. A publicação também está disponível no site da Fecomércio Piauí – www.fecomercio-pi.org.br.
Valdeci Cavalcante no lançamento da cartilha: cidadão precisa ter acesso aos seus direitos. Revista Fecomércio
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Educação Profissional
Notas
Diretor de Educação Profissional do Senac-PI Licenciatura Plena em Pedagogia Especialista em Gestão Escolar fcodias@pi.senac.br
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urante muito tempo a falta de experiência no mundo do trabalho perdurou como uma barreira quase que intransponível a impedir os jovens que desejavam uma vaga no desde sempre concorrido mercado de trabalho. A fatídica e temida frase “você tem experiência?” assombrou muito jovem e até gente de meia-idade em busca de uma primeira oportunidade de trabalho formal. Hoje a experiência não perdeu a sua importância (nem perderá, cremos), perdeu na verdade espaço. E, embora a máxima “experiência encurta caminhos” permaneça na vitrine, pesquisas indicam que o fator conhecimento é de longe a bola da vez e fator consolidado. Nesse cenário, as exigências por educação não têm apenas crescido, têm também se aperfeiçoado, mantendo estreita relação com o avanço das tecnologias, sendo que o profissional necessário precisa ter domínio de uma gama de conhecimentos cada vez maior, para assim fazer frente a essas exigências. A sociedade do conhecimento veio para ficar e já se estabeleceu. Prova cabal disso são as exigências do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), dos concursos públicos e das seleções nas empresas privadas onde as provas de seleção estão cada vez mais complexas e a despeito os concorrentes elevam ano a ano a chamada nota de corte. Vemos aqui um outro viés importante o de que estar preparado não é o suficiente, 18
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Francisco Dias
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é preciso também superar a concorrência. E ela é ampla e qualificada. E é daí, dessas exigências, que surge em eco a pergunta: onde buscar esse conhecimento? Em relação ao mercado de trabalho, as possibilidades de qualifica-
Embora a máxima “experiência encurta caminhos” permaneça na vitrine, pesquisas indicam que o fator conhecimento é de longe a bola da vez. As exigências por educação têm se aperfeiçoado mantendo estreita relação com o avanço das tecnologias.
ção são infinitas, mas é preciso ter foco e escolher uma boa escola para ter sucesso na qualificação, pois essa referência é significativa no processo. Ao escolher uma boa escola de educação profissional
você incorpora não só a certeza da construção de um conhecimento qualificado, mas também um diferencial ao seu currículo e nenhuma empresa ignora o peso de uma instituição de renome no seu currículo. O curso que você realizou na escola WYZ pode ter sido muito bom, mas se essa escola tem um pequeno alcance quando você muda de cidade ou de estado o peso desse curso diminui significativamente. Nesse cenário, escolas como o Senac, por exemplo, fazem muita diferença no seu currículo. Uma marca nacional, com atuação internacional, mais de setenta anos ensinando e aprendendo, apoiada em um modelo pedagógico referência no país com foco na aprendizagem por competência e inspirado no fazer fazendo onde o estudante deixa de ser mero expectador e se transforma em protagonista. Assim, se as empresas estão indicando uma clara preferência pelo conhecimento em detrimento da outrora supervalorizada experiência. É hora de se valer dos bancos escolares ou das plataformas EAD para se qualificar, aperfeiçoar o seu conhecimento. E nessa hora, reforçamos, escolher uma boa escola faz toda a diferença, ainda que para se aprender existam muitas outras possibilidades. Então, escolha a sua escola e mãos a obra em busca de mais conhecimentos!
Edição que reúne Fecomércio de nove estados ganha contorno especial devido ao atual momento econômico e político. Texto e fotos: Ascom Fecomércio-MA
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Maranhão sediou no dia 06 de maio o XXIII Fórum Amazônia Legal, que reuniu representantes do Sistema Fecomércio/ Sesc/Senac dos estados da Região Norte do Brasil, além do Maranhão e Piauí. O evento teve como objetivo traçar estratégias para o fortalecimento do comércio de bens, serviços e turismo nesses estados que compõem a Amazônia Legal. Durante a solenidade de abertura, o presidente em exercício do Sistema Fecomércio no Maranhão, Marcelino Ra-
O presidente da Fecomércio-PI, Valdeci Cavalcante, esteve no evento em São Luís.
mos Araújo, destacou que “essa edição ganha contornos ainda mais especiais em função do atual momento econômico e político vivenciado pelo nosso país. Enfrentamos uma crise poucas vezes vista,
o que faz deste evento um instante de grande relevância para a proposição de estratégias que contribuam para a retomada da confiança dos empresários”, enfatizou Marcelino Araújo.
Piauiense no Sesi Nacional O ex-ministro João Henrique foi nomeado pelo presidente em exercício Michel Temer. Por Robert Pedrosa
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ex-ministro piauiense João Henrique Sousa foi nomeado no último dia 18 de maio, pelo presidente em exercício Michel Temer, como o novo presidente do Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social das Indústrias). O novo presidente informou
que vai lutar pelo fortalecimento nas indústrias do Brasil nesse momento difícil da economia. João Henrique é advogado, foi ministro dos Transportes no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso e presidente dos Correios no primeiro governo Lula. O Sesi tem como desafio desenvolver uma educação de excelência voltada para o mundo do trabalho e aumentar a produtividade da indústria, promovendo o bem-estar do trabalhador.
Divulgação
O conhecimento ganha força
Maranhão realiza 23º Fórum da Amazônia Legal
João Henrique Sousa preside o Sesi Nacional. Revista Fecomércio
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Direito e Empresas
Semdec
O processo de impeachment é um golpe?
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Revista Fecomércio
Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI campelo@campelocampelo.com.br
Em tempos de crise, o programa explica em seis etapas como abrir o próprio negócio. Texto e fotos: Ascom Semdec
em-se discutido muito, nas últimas semanas, sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Roussef. De um lado, o governo alardeia tratar-se de um golpe para destituir a presidente que fora democraticamente eleita. De outro, os mais de 2/3 dos Deputados Federais que processaram e receberam a denúncia sobre a acusação da prática de crime de responsabilidade, o qual teria sido cometido pela presidente Dilma. Inicialmente, para que se possa compreender o que efetivamente ocorre, é preciso se estabelecer o que vem a ser o crime de responsabilidade. No Brasil, a Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, estabelece quais são os crimes de responsabilidade, praticados por agentes políticos, da mesma forma que o Código Penal, por exemplo, especifica quais são os atos que (praticados por qualquer pessoa) são considerados crimes. Assim, matar alguém é crime, na forma do artigo 121 do Código Penal, do mesmo modo que o art. 4º da citada Lei nº 1.079 diz que “são crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra: (...) V - A probidade na administração; VI - A lei orçamentária; (...).” A Lei nº 1.079 estabelece ainda, no art. 4º, que “Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício 20
Prefeitura lança Programa Minha Primeira Empresa
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de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República (...).” Percebe-se, desse modo, que há todo um embasamento legal que tipifica os crimes de responsabilidade e que, caso praticado, su-
No caso da presidente Dilma não se pode falar em golpe, pois, uma vez que ela responde a um processo, previsto em leis e na própria Constituição Federal, em que os poderes legalmente constituídos (Legislativo e Judiciário) participam ativamente.
jeita o infrator à punição que é, no caso, a perda do cargo, da mesma forma que aquele que tira a vida de alguém está sujeito à pena de prisão, na forma do que estabelece o Código Penal. Nesse toar, pode-se avançar para o se-
gundo aspecto que importa ressaltar nessa breve análise: a existência ou não de um golpe! Para tanto, é preciso compreender o que é um golpe num Estado Democrático de Direito. Bobbio, em seu Dicionário de Política, ao definir Golpe de Estado, faz referência à tradição francesa do termo, definindo como uma violação deliberada das formas constitucionais, por um governo, uma assembleia ou um grupo de pessoas que detém a autoridade, ou seja, uma ruptura da ordem constitucional, caracterizando-se por uma tomada ilícita do poder. No caso da presidente Dilma não se pode falar em golpe, pois, uma vez que ela responde a um processo, previsto em leis e na própria Constituição Federal, em que os poderes legalmente constituídos (Legislativo e Judiciário) participam ativamente, obedecendo-se ao princípio da independência e harmonia entre os poderes. É preciso lembrar, ademais, que o processamento e o recebimento da denúncia contra a presidente se deu pela Câmara dos Deputados, ou seja, os deputados federais, que no sistema constitucional democrático brasileiro representam todo o povo. Desse modo, pode-se afirmar que a decisão dos deputados, votando pelo prosseguimento do processo de impeachment, foi uma decisão do próprio povo, haja vista que os mesmos, deve-se ressaltar, são os representantes deste.
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Prefeitura de Teresina lançou, no dia 17 de maio, o programa Minha Primeira Empresa, com 100 vagas gratuitas para quem pretende abrir seu negócio com segurança. O programa é fruto da parceria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, entre a Associação dos Jovens Empreen-
dedores e do Instituto de Estudos Empresariais. De acordo com pesquisa citada pelo secretário da Semdec, Fábio Nery, de cada 100 pessoas que abrem seus negócios, cerca de 35 fecham em Teresina no seu primeiro ano.“É para estas pessoas que esse programa está sendo implantado. É para que todas elas aprendam como gerir seu negócio e fazê-lo prosperar.”, disse o gestor. No dia do lançamento, o programa já tinha mais de 400 inscritos, que seriam selecionados pela própria Semdec.
Fábio Nery, da Semdec, fala sobre o programa.
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Mesmo sem estrutura, turismo de eventos cresce em Teresina
Ausência de grandes auditórios é apontada como um dos entraves para o setor. Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
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localização geográfica de Teresina, em um grande entroncamento rodoviário com saídas para diversas capitais como Belém (PA), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA) e Brasília (DF), faz da capital piauiense uma cidade que ocupa uma posição estratégica que a fez se transformar em grande polo regional de serviços, notadamente nas áreas de saúde, educação, turis22
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mo, cultura e infraestrutura, atraindo em média 400 mil visitantes por ano, que geram uma receita superior a R$ 220 milhões. Os dados são do “Guia do Investidor”, contendo indicadores econômicos e turísticos de Teresina do período de 2013 a 2015, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEMDEC). Dentre essas áreas, um das que têm se destacado é o turismo de eventos, que embora tenha crescido muito nesses últimos anos ainda não se firmou como setor que venha se constituir numa forte cadeia produtiva. Os motivos para a falta de um crescimento maior é a necessidade de investimento nas áreas de infraestrutura da ci-
dade, dentre elas um auditório com uma grande capacidade de assentos de modo que a Capital possa realizar eventos de grande porte que deixam de acontecer por ausência de um espaço com tal capacidade. Uma das opções para atender a demanda de um auditório com grande capacidade seria o Centro de Convenções de Teresina, localizado na Avenida Marechal Castelo Branco em uma área estratégica, próximo a órgãos como Câmara Municipal, OAB, Assembleia Legislativa do Piauí e outros órgãos públicos. Entretanto, a obra de reforma e ampliação do espaço se arrasta desde 2007, tendo ficado quase cinco anos
Foto: Robert Pedrosa
Especial paralisada. Retomada em maio de 2015, depois da readequação do projeto, a obra receberá um investimento de R$ 24 milhões, com uma parte desse aporte financeiro garantido pelo Ministério do Turismo. A previsão é de que o prédio esteja concluído até o final de 2017. O novo Centro de Convenções contará com um auditório com capacidade para 1.200 lugares, dois espaços para estacionamento nos pisos superior e inferior, restaurante, lanchonetes e ainda dez salas menores para reuniões com capacidade de 60 a 200 pessoas e espaço para área administrativa. O painel do artista plástico Nonato Oliveira, que seria derrubado no projeto inicial da reforma, será mantido. E a Prefeitura de Teresina ainda tem o projeto de um outro Centro de Eventos. “Com a fase II do projeto Lagoas do Norte está prevista a construção de um complexo turístico
Com obras que se arrastam há nove anos, o Centro de Convenções de Teresina deve ter sua reforma concluída até o final de 2017.
na área do Encontro dos Rios, Zona Norte, que vai abranger a reforma do Polo Cerâmico e de um espaço para bares, restaurantes, hotel e um Centro de Eventos, que deverá ser erguido por meio de uma Parceria Públi-
co Privada (PPP). O início das obras está previsto para acontecer ainda em 2016 e a conclusão deverá ser em dois anos”, explica o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Fábio Nery.
Maioria dos turistas vem via aérea e para tratar de negócios
se hospedaram em hotéis, em torno de 6,4%, e se manteve praticamente estável entre os anos de 2013 e 2014. Esse tipo de turista vem a Teresina para visitar parentes e amigos (47,7%), negócios (23,3%), saúde (12%) e passeio (9,2%). A maioria dos turistas em visita a Teresina, em 2014, chegou através de voos regulares (54,6%), enquanto 41,8% preferiram o ônibus de linha e 3,3% o automóvel. Em relação ao seu perfil, 57,1% dos que visitaram Teresina em 2014 são do sexo masculino, estão na faixa etária de 36 a 50 anos e viajam desacompanhados, o que reflete no indicador negócios como motivação de viagem. Possui uma renda mensal em torno de R$ 4.337,00 e gasta em média R$ 1.183,00, sendo 30,3% desses gastos feitos com saúde, 16,1% com hospedagem e 15,0% com compras.
Mesmo com um grande crescimento, o setor de eventos ainda é o que menos motiva o turista a vir a Teresina. De acordo com o Guia do Investidor da Semdec, apenas 6% dos turistas que visitaram a capital piauiense em 2014 e se utilizaram da rede hoteleira chegaram para vir a eventos. A grande maioria veio para tratar de negócios (65%),
para tratamento de saúde (12,5%), visita a parentes e amigos (8,3%) e passeios (6,5%). Todavia, entre 2013 e 2014 houve um crescimento de 1,2% no número de pessoas que vieram a Teresina para eventos. O número de pessoas que vem a Teresina para participar de eventos também é baixo entre as pessoas que não
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Especial
Maioria dos turistas fica na cidade de segunda à quinta-feira
Mesmo com a falta de um grande espaço, já houve uma melhoria nessa área. Entre 2013 e 2015, o número de auditórios cresceu 13%, enquanto o número de assentos teve um aumento de 71% passando de 16.945 para 28.970 lugares diários divididos em 141 auditórios situados em hotéis, faculdades, órgãos públicos e privados, dentre outros espaços. A questão da infraestrutura também envolve a falta de uma frota de táxi para atender uma grande demanda e de leitos de hotéis. De acordo com Fábio Nery, todas essas questões estão sendo trabalhadas para que haja uma melhoria na qualidade da oferta de serviços em Teresina. No caso da frota de táxi, a Prefeitura de Teresina está com uma licitação para uma ampliação no número de licenças, que vai passar de 1.200 para 1.440. Na parte hoteleira houve uma modificação na lei nº2.528, de 23 de maio de 1997, que dispõe sobre a política de benefícios e incentivos fiscais para beneficiar a indústria, o comércio e a hotelaria. O objetivo da mudança é tornar mais atrativa a implantação de hotéis em Teresina. “Estamos trabalhando para dar uma melhor infraestrutura para auxiliar que vem até Teresina nos mais diversos aspectos. Elaboramos diversos Guias, como o de Eventos, gastronômico, de hotéis, de monumentos e locais históricos, de infraestrutura de acesso e o turístico”, informa Nery. Além disso, a Secretaria está sempre dando suporte para os médios e grandes eventos que estão sendo realizado na cidade, pois sabe que esse é o setor que tem crescido em Teresina e tem grande potencial.
Hoje, Teresina possui 36 empreendimentos hoteleiros, que oferecem quase 4 mil leitos, e com uma taxa de ocupação mensal em torno de 60%. De acordo com dados da Semdec, a oferta hoteleira deverá crescer 14% até o final de 2016. Um hotél recentemente inaugurado foi o Teresina Uchôa, com 104 apartamentos e um auditório com capacidade para 120 lugares. O investimento foi de R$ 10 milhões. O empresário Carlos Uchôa, dono do hotel, lembra a necessidade de trabalhar ainda mais o turismo na capital para que o número de visitantes aumente. “A maioria dos turistas fica na cidade de segunda a quinta-feira, pois são nesses dias que há uma maior ocupação nos hotéis, o que mostra que eles vêm a Teresina para um turismo de negócios. Precisamos ter mais atrativos locais para que eles venham a passeio ou fiquem nos finais de semana também”, argumenta. São nos hotéis de Teresina que se con-
O secretário Fábio Nery lembra que o município dispõe de uma política de incentivos fiscais para beneficiar o setor de eventos e hotelaria.
Auditórios e capacidade de lugares Local
Quantidade de salas
Capacidade/Lugares
Hotéis
45
6.145
Faculdades
28
4.849
Órgãos Públicos
16
2.872
Clínicas/Hospitais
8
804
Outros locais
44
14.300
TOTAL
141
28.970
Fonte: Cadastro Semdec / PMT, posição em fevereiro de 2016.
Capital dos eventos Entre 2013 e 2015 a Semdec registrou um aumento no número de eventos que ocorreram em Teresina, sendo que, em sua maioria, eles ocorreram nos meses de agosto, setembro, outubro e dezembro. 24
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2013
15 eventos
2014
170 eventos
2015
265 eventos
Carla Costa, gerente do Luxor Hotel: média mensal de 35 a 45 eventos nas salas do hotel.
centram a maior parte dos auditórios da cidade, 45 no total de 141, que abrangem 6.145 lugares. Somente no hotel mais antigo da cidade, o Luxor, são cinco salas com capacidade que variam de 15 a 200 pessoas e uma média mensal de 35 a 45 eventos. “Teresina tem uma boa capacidade para pequenos e médios eventos,
especialmente na área de negócios, que é o forte do Luxor Hotel. Mas faltam espaços maiores, como um Centro de Convenções, para que a gente possa captar eventos bem maiores e assim Teresina possa sair desse mercado tímido para um ainda maior”, destaca Carla Costa, gerente de Eventos do Luxor Hotel.
Festas também são uma boa opção de investimento em Teresina Dentro do setor de eventos, uma das áreas que tem se destacado em Teresina é a de casamentos, 15 anos e formaturas. A demanda tem crescido tanto que alguns empresários que antes investiam apenas em eventos de negócio migraram para o setor de festas. É o caso da empresária Ineide Costa, que começou sua empresa, a Mídia Eventos, focando no aluguel de telão e datashow para palestras e seminários. “Quando comecei percebi que existia uma carência na prestação desse tipo de serviço em Teresina. Mas com o aumento na quantidade desse tipo de evento e na melhoria dos espaços, eles próprios começaram a se adequar e a fornecer esse tipo de material e eu tive que me readaptar”, explica a empresária, que está no mercado desde 2008.
Arquivo Pessoal
Ascom Semdec
Número de auditórios na capital cresceu 13% entre 2013 e 2015
Ineide Costa (centro) e sua equipe alugam equipamentos para eventos empresariais e festivos.
Há cerca de três anos passou a investir no fornecimento de outro tipo de material, como aparelhos para sonorização e iluminação e também equipes de filmagem e fotografia para eventos sociais. “Essa mudança
foi o que salvou a empresa, pois estávamos ficando obsoletos . Tanto que mesmo com o início da crise em 2015, decidimos investir na compra de novos equipamentos, pois o mercado está cada vez mais exigente”, analisa. Revista Fecomércio
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Educação Financeira
Cautela e conhecimento são a chave do lucro
Reinaldo Domingos Educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP reinaldo.domingos@dsop.com.br
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este artigo falaremos sobre um quesito extremamente importante para as empresas: o lucro. Por mais estranho que possa ser, ainda encontro muitos empresários que não sabem como fazer com que seu negócio tenha lucro e, em alguns casos, nem sequer veem que estão tendo prejuízos. Essa falta de preparo somada ao momento econômico delicado do país, a hora acaba sendo de cautela e planejamento. É preciso priorizar a realização de um diagnóstico das finanças do negócio para ter uma resposta precisa sobre os números administrativos e se há a necessidade de ajustes, pois, se a empresa não estiver gerando lucro, é razoável imaginar que ela não é viável. Infelizmente, a maioria dos empreendedores só percebe isso quando já é tarde demais, por isso, se torna fundamental entender mais sobre o assunto. De maneira geral, o lucro líquido é a diferença entre o faturamento (receita) e a soma de todos os custos e despesas da empresa. Lucro líquido = faturamento - custos despesas. Elaborando uma tabela ou planilha eletrônica que contenha informações sobre a receita, custos e despesas, é possível calcular os resultados do exercício. Este demonstrativo de resultados tem por objetivo informar se o negócio está 26
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obtendo lucro ou gerando prejuízo num determinado período. As informações são relativas ao período que está sendo diagnosticado, independentemente do fato de representarem entradas efetivas de caixa (faturamento) ou saídas (custos + despesas) naquele determinado mês.
o mesmo nível de quantidade vendida; • 2 ) Aumentar o faturamento, por meio do aumento da quantidade vendida dos produtos (indústria), de mercadorias (comércio) ou dos serviços (serviço), mantendo-se o mesmo nível de preço; • 3 ) Uma combinação das alternativas 1 e 2;
É preciso priorizar a realização de um diagnóstico das finanças do negócio para ter uma resposta precisa sobre os números administrativos e se há a necessidade de ajustes.
Assim, já se consegue perceber qual a situação da empresa. Contudo, fica a questão: como elevar os valores positivos de um negócio. Pensando nisso, elaborei um caminho rápido para aumentar o lucro: • 1 ) Aumentar o faturamento, por meio do aumento do preço dos produtos (indústria), das mercadorias (comércio) ou dos serviços (serviço), mantendo-se
• 4 ) Aumentar o faturamento mais que proporcionalmente ao aumento dos custos e das despesas; • 5 ) Reduzir o custo e as despesas mantendo o mesmo nível de faturamento; • 6 ) Reduzir o custo e a despesa mais que proporcionalmente a redução do faturamento; • 7 ) Uma combinação das alternativas 1, 2 , 3 e 4 (aumento do faturamento) com a alternativa 5 (redução de custos e as despesas). Enfim, independente do momento que nossa economia atravessa, o empreendedor tem que se informar e correr atrás do lucro, caso contrário, a falência será um caminho quase certo.
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Tecnologia da Informação é essencial para desenvolvimento de empresas Antes coadjuvante, o setor de TI transformou-se na nova ferramenta estratégica para o crescimento da organização. Por: Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
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e mero coadjuvante a integrante importante do dia-a-dia das empresas, o setor de Tecnologia da Informação (TI), quando utilizado como um diferencial competitivo do mercado, é uma forma eficiente das organizações se diferenciarem da concorrência. Um dos motivos é que
com a velocidade das informações é cada vez mais é necessário que as empresas saiam na frente e usem o setor de TI como uma estratégia de mercado. Independente do tipo de organização (pública ou privada), a TI pode ajudar em diversos aspectos tanto para o melhor desempenho dos colaboradores com aumento de produtividade como em inovações para os produtos e serviços. Tudo isso gera um aumento nas receitas e, em alguns casos, queda nas despesas. Atualmente um dos maiores erros dos empresários e gestores é ver a TI apenas como mais um setor operacio-
Ney Paranaguá lembra que TI deve ser usado como setor estratégico.
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nal da organização ou apenas de manutenção de computadores. Hoje ela tem assumido outras responsabilidades nas empresas sendo essencial na tomada de decisões e apresentando soluções que possam impactar positivamente os lucros e o crescimento da organização. “Nós temos dois tipos de comportamento nas empresas de Teresina: o primeiro é aquele mais conservador que vê a TI como custo e por isso advogo que a vida útil desse pessoal está determinada. E temos outra geração, esta sim antenada com o século XXI, que percebe a centralidade do papel da tecnologia na intermediação dos negócios”, explica o empresário da área de TI, Ney Paranaguá. Paranaguá destaca que o setor de TI saiu da base da pirâmide para o topo e é essencial que as empresas entendam sua importância no mercado competitivo atual. “O setor de TI migrou de um status de suporte operacional e gerencial para outro relevo dentro das organizações no que se refere à definição do diferencial competitivo que pode produzir uma vantagem estratégica para a empresa. Então, a TI hoje é o setor que promove, dentro de um ambiente competitivo, a vantagem estratégica da organização”. Para Samuel Moraes, gestor de Projetos e analista técnico do Sebrae Piauí, uma tendência que tem crescido a cada dia é a terceirização do setor de TI. Nesse caso, a empresa contrata outra que seja especializada na área para prestar os serviços necessários. A ideia é que a empresa contratante possa focar no seu negócio principal. “Nesse caso, a questão do custo benefício pode ser uma vantagem, pois ao invés de montar um setor na sua empresa, você contrata outra empresa qualificada para prestar todo tipo de serviço que você precisa e com profissionais que estão em constante qualificação”, destaca Moraes.
Samuel Moraes destaca que Sebrae trabalha com empresas de TI desde 2010.
Piauí trabalha para se tornar polo de TI Com mais de 800 empresas que atuam com alguma atividade relacionada à área da Tecnologia da Informação, o Piauí, especialmente nos municípios de Teresina, Parnaíba e Picos, tem projetos que já se destacam no cenário nacional, como o Jus Navigandi, o maior site jurídico com Brasil. Entretanto o que falta para muitas dessas empresas é a melhoria no setor de gestão. “Eu acredito que nós precisamos instalar dentro do nosso arranjo de TI, de fato, o espirito empreendedor. Quem está na área de TI precisa ter um perfil eminentemente empreendedor porque o nosso negócio é baseado em ideias e é preciso ter iniciativa para que elas ocorram e para que elas se transformem em negócios”, afirma Ney Paranaguá. Para tentar melhorar essa tendência entre os empreendedores de TI, o Sebrae tem trabalhado desde
2010 com projetos de gestão voltados para a área. “O maior gargalo das pequenas e médias empresas de TI no Piauí é o setor de vendas, que é normalmente fragilizado porque os profissionais dessa área se preocupam bastante com a produção e qualidade do produto, mas eles esquecem que eles têm que vender. Aí nesse momento eles procuram o Sebrae para auxiliar nessa parte”, explica Samuel Moraes. Entre 2010 e 2013, o Sebrae realizou um projeto de fortalecimento com 20 empresas de TI na região de Teresina para capacitação de gestão empresarial com cursos voltados para área de finanças, vendas, planejamento, setor pessoal, além de oferecer consultoria dentro das organizações. “Com isso tivemos, nesse período, um crescimento de mais de 132% nas receitas dessas empresas”, analisa Samuel.
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Capa
Delta Tic’s é o 1º polo de desenvolvimento no estado Divulgação
Parnaíba foi o primeiro município piauiense a ganhar, em 2015, um polo organizado de desenvolvimento de tecnologia, o Delta Tic’s, uma incubadora que atualmente abriga oito empresas que desenvolvem softwares na área da Tecnologia da Informação (TI). O projeto visa o desenvolvimento da TI na região e, consequentemente, em todo o Estado, além de fomentar pesquisas acadêmicas na área e promover melhorias sociais. “O projeto pode ser considerado um divisor de águas no setor de TI do Estado”, afirma Rodrigo Baluz, conselheiro fundador do polo. O espaço onde fica localizada a incuabadora tem custo zero para as empresas, que possuem aluguel, condomínio, água, luz e internet ofertados até 2018.
O Delta Tic`s é uma incabora que abriga oito empresas de TI.
Projetos capacitam jovens carentes em Teresina A TI também pode ajudar na inclusão social. Um exemplo é o Projeto Lagoas Digitais, uma organização social sem fins lucrativos composta de várias instituições públicas como a Universidade Estadual do Piauí e a Prefeitura Municipal de Teresina. Executado nas instalações do Parque Lagoas do Norte, tem trabalhando a capacitação de jovens da região e o fomento de projetos na área da TI. Outro projeto implementado para os jovens da capital é o Teresina Digital, que configura-se como um conjunto de ações no sentido de incentivar o empreendedorismo criativo na área de TI, buscando apoiar o desenvolvimento de novas ideias, jogos e soluções. O projeto é uma parceria entre o Instituto Interaje e a Prefeitura Municipal de Teresina e apenas em 2015 qualificou cerca de 120 jovens em três cursos na área de TI. Para este anos serão ofertados oito cursos, sendo quatro deles voltados para o desenvolvimento de jogos digitais e os demais para criação de aplicativos. Cada um terá duração de três meses. “Com esses cursos, 30
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Em 2016, tendência é crescimento de startups Para 2016, o Sebrae deu início a um novo projeto, que está em fase de cadastramento das empresas. Ele é voltado para desenvolvimento de startups a partir da difusão da cultura empreendedora e da profissionalização da gestão de seus empreendimentos, por meio de ações de capacitação, inovação e mercado que serão realizadas por meio de treinamentos, palestras, oficinas, reuniões e consultorias. “Com esse projeto queremos fomentar o empreendedorismo no setor de startups, que é a área com grande possibilidade de alcance de mercado atualmente”, destaca Samuel. O projeto tem duração prevista de dois anos. Após esse período o Sebrae deverá abrir inscrições para que novas startups se inscrevam. Outra instituição que vem trabalhando o desenvolvimento do setor de TI em Teresina é o Instituto Delta, fundado em 2011 com o objetivo de reunir empresários, poder público e academia para capacitar os profissionais da área e ajudá-los a trabalhar sua competitividade. Entretanto, desde o ano passado, o Delta está em fase de reformulação. “No início do Instituto, as associações
eram feitas através dos profissionais e agora queremos que o trabalho seja mais voltado para as empresas de TI, por isso estamos realizando várias mudanças que passam desde a alteração no estatuto até o foco das nossas ações”, destaca Ailton Rodrigues, presidente do Instituto Delta. Com as mudanças, o Instituto Delta vai buscar reunir as pequenas e médias empresas de TI de Teresina com o intuito de aproximar os empresários para compartilhar ideias, conhecimentos, fechar parcerias e apoiar nas deficiências e assim conquistar mais força e representatividade no mercado. Ney Paranaguá afirma que também é necessária uma mudança na postura dos empresários de TI do Estado no sentido de pensar em projetos voltados para o mundo e não apenas para o mercado local. “Nós seguimos um padrão cultural de sermos somos muito passivos. Pensamos apenas em soluções para o nosso bairro, cidade e estado. Eles devem ser referência, mas a proposta deve ser para o Brasil e para o mundo. Nosso aprisionamento é cultural e não técnico”, finaliza.
Empresas de TI aumentam faturamento As vinte empresas acompanhadas pelo Sebrae Piauí apresentaram a seguinte evolução em relação ao faturamento bruto após participação nas ações do projeto Fortalecimento do Polo de TIC da Região de Teresina.
Ano - Faturamento • 2013 –R$ 349.334,40 • 2014 –R$ 575.873,86 - aumento de 64,85% • 2015 - R$ 811.407,47 - aumento de 132,27%.
Joselé Martins conta que em 2015 o Teresina Digital auxiliou na criação de 20 aplicativos.
a pretensão é criar um ambiente de inclusão e integração de jovens nesse segmento, que tem crescido consideravelmente na cidade, afinal, vivemos em uma sociedade baseada na informação e no conhecimento”, pontua o gestor da Semest, Olavo Braz. “Em 2015, o projeto auxiliou na criação de 20 aplicativos como o 86Motataxi e o
Dropleto. O primeiro deve contribuir com a otimização do serviço de mototaxi da capital e o outro visa resolver dificuldades no processo de doação de sangue, facilitando a conexão entre as pessoas e os hemocentros, buscando aumentar o número de doadores e a frequência das doações”, destaca Joselé Martins, presidente do Instituto Interaje.
O Instituto Delta, presidido por Ailton Rodrigues: compartilhando ideias de TI. Revista Fecomércio
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Tecnologia
A TI faz surgir oportunidades Anderson Soares Diretor geral da Mundi Tecnologia; Presidente da Câmara Setorial de Tecnologia da Informação e Comunicação do Piauí (CSTIC-PI). anderson@grupomundi.com.br
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certo que atravessamos dias bem complicados em nosso País, falando de uma maneira geral. No entanto, para o segmento de Tecnologia da Informação (TI) é um momento não tão aparente ruim. Pelo contrário, é uma época de oportunidades. É comum acompanharmos quase todos os dias notícias de startups e empresas de TI recebendo aportes milionários, fechando grandes negócios, parcerias e despontando nos rankings de marcas mais valiosas do mundo. Arrisco dizer que aqui no Piauí não estamos muito longe de emplacar um grande case de sucesso em nível global. Existe um movimento muito bacana, um ecossistema que a cada dia se reforça mais. Institutos liderados por empresas de tecnologia e professores acadêmicos, com apoio do Sebrae, Prefeitura e Governo, promovem eventos e encontros com o objetivo de discutir e fomentar ações voltadas para a incubação e aceleração de startups. Podemos citar alguns desses institutos que estão se movimentando neste sentido, na capital e interior, tais como Instituto Delta, Interaje, Lagoas Digitais, Delta Tics, Multicom, entre outros. O projeto “Robótica Formando Cidadãos” é um grande exemplo de que vem coisa boa por aí. Jovens ávidos por tecnologia, apaixonados por ciência e pesquisa, já se enturmando com este ambiente de encontrar soluções aos problemas do mundo através da TI. 32
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Um mundo que respira tecnologia, onde praticamente todos os segmentos dependem dela diretamente. E o Piauí, culturalmente um Estado mais atrasado, agora vislumbra oportunidades através destas ações.
Empresas de pequeno porte tendem a conseguir melhores resultados do que grandes organizações, pois muitas vezes com pouco investimento conseguem utilizar soluções não tão complexas e, claro, mais viáveis financeiramente. O fato é que deixar de investir em TI é que não pode mais.
A inovação e a tecnologia precisam ser estimuladas em todos os ambientes, inclusive nas organizações, nas empresas. Grandes gestores utilizam como regra de ouro a redução constante de custos. Eu concordo e sempre complemento: sem deixar de investir em inovação.
Mudanças de processos com o uso de um bom software ou aplicação garantem muitas vezes reduções nunca antes possíveis; soluções inovadoras na capacitação e retenção de talentos; migração definitiva de papéis para o meio eletrônico; tomar decisões com base em relatórios precisos; promover a integração de setores via automatização. Esses são alguns exemplos de como ampliar os resultados de um negócio utilizando base tecnológica e são perfeitamente acessíveis a qualquer organização. O bom uso das redes sociais é um exemplo. O marketing digital que tem praticamente substituído a mídia tradicional (hoje também chamada “off-line”) pela mídia digital (internet, redes sociais, sites, buscadores, etc.). Uma boa ferramenta de posicionamento e monitoramento de marca/produto às vezes ajuda até a reduzir o investimento nos serviços de uma agência. Empresas de pequeno porte tendem a conseguir melhores resultados do que grandes organizações, pois muitas vezes com pouco investimento conseguem utilizar soluções não tão complexas e, claro, mais viáveis financeiramente. O fato é que deixar de investir em TI é que não pode mais. As empresas precisam liderar essas ações e os governantes precisam continuar apoiando cada vez mais. Nossos jovens e futuros empreendedores precisam encontrar fácil o caminho da inovação e tecnologia, pois é somente por aí que o nosso Estado conseguirá sair dos históricos resultados ruins.
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Sesc
Lençois Maranhenses (MA).
Jericoacoara (CE)
Turismo e lazer para todos O Turismo Social do Sesc realiza passeios e excursões para roteiros que priorizam as manifestações culturais e resgatam a história da região. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Divulgação
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uito além dos tradicionais roteiros de viagens, as excursões do Turismo Social Sesc promovem diferentes visões do Brasil, relacionadas especialmente com a cultura e história de cada região, ampliando acesso ao turismo pelos trabalhadores de menor renda, proporcionando lazer e entretenimento de qualidade. No Piauí, o Sesc realiza passeios e excursões para todas as regiões do país, promovendo a inclusão social e democratizando o acesso a novas culturas, povos e lugares. Os valores dos pacotes de viagem são acessíveis e os turistas têm facilidades no pagamento que podem ser feitos no boleto bancário ou nos 34
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cartões de crédito, tudo para incentivar o turismo e o lazer aos comerciários, dependentes de comerciários e a população em geral. Além dos valores acessíveis, a qualidade dos serviços é o diferencial do Turismo Social do Sesc, que promove passeios para grupos diversos, democratizando o acesso ao turismo e ao lazer. Além disso, o Sesc oferece toda estrutura dos seus centros de Turismo e Lazer com serviços agregados como alimentação, guia de turismo, traslados e recreação criteriosamente programados para grupos de excursionistas. Viajar com o Turismo Social do Sesc é ter a tranquilidade de ser bem atendido, conhecer lugares incríveis e fazer boas amizades. “O Sesc coloca toda sua estrutura de hotéis, centros de lazer e clube olímpico à disposição dos comerciários e da população que tem dificuldade de acesso ao Turismo”, reforça o presidente do Sistema Fecomercio Sesc/ Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, ao
destacar que o lazer e a cultura sempre estiveram presentes nas linhas de atuação do Sesc. Em todo o país, o Sesc oferece 43 unidades de hospedagem que atendem 3 milhões de turistas em hotéis, estâncias ecológicas e centros de turismo com elevado padrão de qualidade. No Piauí, o Turismo Social do Sesc conta com dois centros de Turismo e Lazer: Sesc Praia (Luís Correia) e Sesc Oeiras, no Sul do Estado, além do Clube Olímpico com toda estrutura de lazer e entretenimento na cidade de Piracuruca. Para facilitar o acesso ao Turismo, o Sesc oferece atendimento nas coordenações de Turismo Social em Teresina, Parnaíba e Floriano, que realizam excursões e passeios aos principais pontos turísticos. O Turismo Social do Sesc oferece pacotes para excursões com roteiros pelo Nordeste e Sul do país. Confira os roteiros e viaje com o Turismo Social do Sesc.
Turismo Social Sesc Piauí Sesc Ilhotas (Teresina) • • • • • • •
Excursão Festa Bumba meu boi Excursão a Fortaleza Excursão Foz do Iguaçu Excursão à Jericoacoara Excursão aos Lençois Maranhenses Passeio ao Portal da Amazônia Excursão ao Delta do Parnaíba Bonito (MS).
Sesc Beira-Rio (Parnaíba) • • • • •
Excursão Lençois Maranhenses Excursão Oeiras Excursão Pantanal Passeio Sítio do Bosco Passeio Sete Cidades
Sesc Floriano • Excursão Delta do Parnaíba • Excursão Fortaleza • Excursão Jericoacoara
Linha do Tempo • • • • •
1996 – Inauguração do Sesc Praia 2006 – Ampliação do Sesc Praia 2009 – Centro de Convenções Sesc Praia 2013 – Duplicação do Sesc Praia 2015 – Inauguração do Sesc Oeiras (Centro de turismo e lazer) • 2015 – Inauguração do Sesc Piracuruca (Clube Olímpico).
Fortaleza (CE). Revista Fecomércio
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Sesc
Sesc Praia: 80 confortáveis apartamentos
Recepção do Sesc Praia em Luiz Correia.
Piscina do Sesc Praia atrai muitos turistas nas férias.
No Piauí, o Sesc dispõe de dois centros de turismo e lazer: o Sesc Praia e o Sesc Oeiras. O primeiro, situado na área de proteção ambiental do Delta do Parnaíba, na praia do Barro Preto, em Luís Correia, a 338 km da capital Teresina. “Com estrutura moderna e confortável, o Sesc Praia possui 75 amplos apartamentos e cinco suítes, decorados com leveza e equipados com TV, ar-condicionado, minibar, wi-fi, lan house e outras facilidades”, afirma Patrícia Raposo, gerente do Sesc Praia. A estrutura de lazer conta com parque aquático com piscinas para crianças e adultos, toboágua, escorregadores e chafarizes, além de playground, cama elástica, bicicletas, churrasqueira, sala de ginástica e salão de jogos. O Centro de Convenções tem capacidade para 500 pessoas, todo climatiza-
Os quartos são equipados com TV, ar-condicionado, minibar wi-fi, lan house e outras facilidades.
do e com sistema de áudio, acústica, vídeo e iluminação. O Sesc Praia conta também com setor de Turismo Receptivo, ofertando serviços
de traslado e passeios para pontos turísticos no litoral do Piauí. As reservas online podem ser feitas pelo link http://www.pi.sesc. com.br/reservaonline.html.
Sesc Oeiras: parque aquático é uma das atrações Uma estrutura completa e agradável para os hóspedes.
No Sesc Praia também é possível praticar esportes.
Férias são no Sesc Sesc oferece centros de lazer em Parnaíba e Oeiras. Por Raquel Lopes Fotos: Nany da Costa e Luís Mota
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pós um semestre, um ano inteiro de trabalho, de estudo (ou as duas coisas) é normal que a pessoa comece a sentir o peso do cansaço e as férias passam a ser objeto de desejo e pensamento constante. Direito garantido pela legislação trabalhista e período certo de descanso para estudantes, as férias são a ferramenta perfeita para re36
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carregar as energia e voltar às atividades com mais disposição. Por intermédio do Sesc, milhares de brasileiros passam suas férias nas mais variadas regiões do país. São mais de 40 hotéis e pousadas com infraestrutura e preços diferenciados localizados em cidades repletas de atrativos culturais, boa gastronomia e opções de lazer e compras. As ações do Sesc na área de Turismo Social priorizam o equilíbrio da relação entre homem e meio ambiente, respeitando os aspectos culturais e sociais inerentes ao turismo. Proporcionam, ainda,
momentos de reflexão, entretenimento, recreação e desenvolvimento físico, oferecendo ao indivíduo bem-estar e qualidade de vida em seus momentos de lazer e descanso. São muitos os destinos e paisagens possíveis, entre estâncias ecológicas, serras, praias, grandes capitais e cidades históricas. Para fazer a reserva nas unidades Sesc o trabalhador das empresas de comércio, bens e serviços, bem como seus familiares, devem usar a carteirinha atualizada do Sesc. Usuários também podem usufruir das hospedagens, porém, com preços diferenciados.
Já o Centro de Turismo e Lazer Moisés Reis, em Oeiras, situado no Centro-Sul do Piauí, distante 313 km da capital Teresina, possui 38 apartamentos, sendo dois deles adaptados para pessoas com deficiência. “O hotel do Sesc fica a um quilômetro do centro de Oeiras, na BR 230, e conta com uma das maiores atrações turísticas da cidade: seu parque aquático, além de estrutura arquitetônica moderna, equipado com móveis de última geração e decorado com peças do artesanato local”, conta a gerente da unidade, Denise Barros. O Centro de Turismo e Lazer conta com restaurante, recepção com saguão, banheiros públicos, piscina com área de apoio, restaurante, bar, parque aquático, centro de esportes, pista de Cooper, ,campo de futebol, quadra society e sinuca. Todos os apartamentos possuem varanda, banheiro, guarda malas, televisão e frigobar. “O projeto arquitetônico está alinhado com as perspectivas mundiais de sustentabilidade. O hotel conta com energia solar e uso
Pacote Tô de Férias
Toboágua é o destaque do parque aquático do Sesc Oeiras.
do sistema de reaproveitamento de água das chuvas armazenadas em cisternas e utilizadas nas descargas dos sanitários, na irrigação das plantas e lavagem de alçadas”, explica a gerente Denise. Revista Fecomércio
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Senac
Líder na preparação de profissionais De 2010 a 2015, o Senac realizou mais de 60 mil matrículas nos segmentos de Gestão e Comércio. O portfólio é variado e atende a todos os gostos e necessidades de quem busca se destacar no mercado de trabalho. Só na área da Gestão, são mais de 70 títulos envolvendo cursos técnicos, de qualificação, aperfeiçoamento, ações extensivas e programas instrumentais. Cursos como Qualidade no Atendimento ao Cliente, Chefia e Liderança, Relações Interpessoais no Trabalho, Rotinas Administrativas, Assistente de Recursos Humanos e Gestão de Processos Organizacionais integram o portfólio do segmento de Gestão do Senac. Para quem deseja se profissionalizar na área do Comércio, as opções também são variadas. Entre as ofertas
Marcus Vinícius e Joyce Mycaelle trabalham com atendimento ao cliente.
João Júnior pretende fazer cursos específicos na área de vendas para ampliar o conhecimento.
estão os cursos de Operador de Supermercados, Operador de Telemarketing, Fiscal de Lojas, Operador de Caixa e Representante Comercial. Há ainda aqueles voltados especificamente para
vendas como Vendedor de Automóveis, Promotor de Vendas, Técnicas de Vendas, Estratégias de Marketing Imobiliário e Vendas e Supervisão de Vendas.
Ensino que abre horizontes Estudantes do Senac saem preparados para atender às exigências do mercado de trabalho. Por: Mariane Aquino Fotos: Marketing Senac
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uem decide ingressar no Senac para se profissionalizar, ganha conhecimento e oportunidade. A excelência do ensino desperta talentos para o empreendedorismo e a atenção do empresariado que vive constantemente em busca de profissionais qualificados. Joyce Mycaelle e Marcus Vinícius ingressaram no curso Técnico em Administração pelo Programa Senac de Gratuidade (PSG) e perceberam que estavam no caminho certo. Através do 38
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Banco de Oportunidades, os estudantes conquistaram uma vaga de estágio no Laboratório Exame e deixaram boas impressões na empresa. “O diferencial desses alunos é o comprometimento e a disposição para o trabalho. O que nos encanta também é nítida vontade que eles têm de aprender mais e mais”, destacou a administradora Fernanda Siqueira. Joyce não esconde a satisfação em fazer aquilo que gosta, aplicando na prática os conhecimentos adquiridos no Senac. “Já fiz vários cursos no Senac, hoje estou trabalhando com o que sempre quis que é o atendimento ao cliente”. Tão logo concluíram o curso, Joyce e Marcus foram contratados pelo Laboratório. Outro exemplo de que o ensino do Senac abre horizontes é o de João Sampaio Júnior, que decidiu trabalhar por
conta própria. O jovem cresceu ajudando os pais na mercearia da família e a prática na relação com clientes despertou a vontade de atuar no ramo imobiliário. Ele começou cuidando de locações de imóveis e agora pretende expandir o negócio com vendas. Para concretizar seus planos, João decidiu investir na qualificação e ingressou no curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) através da Educação a Distância (EAD). “Vi que o Senac era uma instituição séria, com grande credibilidade e que atua no mercado há muito tempo, além de ser reconhecida pelo MEC”, declarou. João conseguiu estágio numa imobiliária da capital, por intermédio do Banco de Oportunidades, e agora está na reta final do curso técnico escolhido. Revista Fecomércio
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Gastronomia
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Parceria em prol da segurança
Participantes atentos às orientações de combate a princípios de incêndio.
Soluções customizadas para empresas O Senac Empresarial oferece a educação como estratégia para o alcance do sucesso. Por: Mariane Aquino Fotos: Marketing Senac e Ascom HUT
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investimento na capacitação de profissionais tem sido a preocupação de várias empresas que buscam conquistar melhor posição no mercado e garantir a satisfação dos seus clientes. O caminho para 40
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o sucesso passa por vias onde se encontram equipes capacitadas e comprometidas. O Senac está atento às necessidades corporativas através do Programa Senac Empresarial. Por meio dele, são oferecidas soluções em diversas áreas para melhorar o desempenho de organizações, sejam elas públicas, privadas ou não governamentais. Para empresas públicas há a facilidade da dispensa do processo licitatório conforme o artigo 24, inciso XIII da Lei 8.666/93.
Com um portfólio diversificado e instrutores qualificados, o programa desenvolve ações de acordo com as características específicas de cada empresa. As capacitações acontecem tanto nas dependências da organização solicitante como no próprio Senac. Entre as instituições que já foram atendidas pelo Senac Empresarial estão o Governo do Estado do Piauí, Prefeitura Municipal de Teresina, Justiça Federal, Exército Brasileiro, Rottary Club, Cacique Pneus, Grupo Claudino e Uninovafapi.
A preocupação com a segurança no ambiente de trabalho foi o que motivou a Fundação Hospitalar de Teresina (FHT) a firmar convênio com o Senac Empresarial. Mais de 20 turmas do curso de Brigada de Incêndio serão realizadas no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) no decorrer do ano de 2016. Cerca de 700 funcionários estão sendo treinados e preparados para aplicar corretamente as técnicas de combate a incêndio tanto em ambientes domésticos como corporativos. Entre teoria e prática, os participantes aprendem a realizar atendimentos de primeiros socorros, incluindo reanimação cardiopulmonar e outras medidas de prevenção que visam manter a vida da vítima até a chegada do atendimento médico. A metodologia do Senac Empresarial foi aprovada pelo funcionário Francisco Alves, que trabalha no Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) do hospital. Ele reconheceu a importância desse momento voltado para funcionários. “Foi muito proveitoso. Nunca esperamos a ocorrên-
Nas noções de primeiros socorros, funcionários aprendem a deslocar a vítima.
cia de um incêndio, mas saber como agir nessa situação faz toda a diferença”. Segundo a Coordenadora de Educação Continuada do HUT, Francisca Cortez, profissionais de diversos setores participarão do treinamento. Ela destacou o comprometimento do Senac na prestação de serviços. “Além da qualidade, o Senac tem um método que facilita o trabalho com instituições públicas dentro da legalidade”. O diretor geral do HUT, Gilberto Al-
buquerque, elencou as principais razões para o preparo da equipe de profissionais. “A exigência da lei é um motivo; evitar ou amenizar riscos é uma obrigação de todos; trabalhar em ambiente fechado com tantas vidas para salvar ou tratá-las da melhor forma é um compromisso. Tudo isso faz com que o HUT esteja preparando sua equipe para qualquer imprevisto nesse sentido”. Segundo ele, a meta é treinar 80% dos funcionários do hospital. Revista Fecomércio
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Quer abrir uma empresa e não sabe por onde começar? Sebrae oferece orientações e soluções para elaboração de planos de negócios. Por: Antônia Pessoa. Fotos: Divulgação.
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plano de negócio é o melhor instrumento para organizar as ideias, as informações detalhadas sobre o ramo em que se pretende atuar, os produtos e os serviços a serem oferecidos, bem como possíveis clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do negócio. O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae, dispõe de várias soluções para auxiliar no processo de elaboração desse documento tão importante para quem quer iniciar um negócio com o máximo de planejamento possível. “Para ter sucesso é importante que o empreendedor ou empresário tenha bem definido os seus objetivos a curto, médio e longo prazos, além dos diferenciais necessários para atingir as metas estabelecidas. E essas informações são justamente as que constam num plano de negócio bem estruturado. Esse documento contribui para restringir ao papel erros que não devem ser cometidos no mercado”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Mário Lacerda. No curso a distância Iniciando um Pequeno e Grande Negócio, o empreendedor tem acesso a conhecimentos sobre o que e como fazer para iniciar um novo negócio; dicas sobre comportamentos empreendedores capazes de impulsionar o empreendimento rumo ao sucesso; téc42
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nicas para a elaboração de pesquisas de mercado, que possibilitarão maior conhecimento dos clientes, fornecedores e concorrentes, e orientações para a construção de um plano de negócio para os pequenos empreendimentos. No site do Sebrae – www.sebrae.com. br – também é possível encontrar outras opções que tratam sobre plano de negócios. O manual Como Elaborar um Plano de Negócios orienta o empreendedor nesse processo. O documento traz explicações sobre o que é e como proceder em cada etapa da elaboração do plano; quadros e exemplos a serem preenchidos para praticar os pontos apresentados; e um modelo de plano de negócio que você pode usar para a sua empresa. A instituição oferece também capacitações presenciais, por meio dos programas de Orientação ao Candidato a Empresário - Próprio, que terá a última turma em junho, em Teresina; e do Começar Bem, solução que começou a ser ofertada este ano na capital e que substituirá o Próprio. No Próprio, o participante recebe assessoria completa para abertura de um empreendimento, desde a análise do perfil empresarial e conhecimentos para planejar o negócio até a consultoria de viabilidade. A turma, que será ofertada antes da descontinuidade da solução, terá início no dia 02 de junho, em Teresina. Palestras, cursos e outros recursos como cartilha, guia visual, aplicativo e vídeo são algumas das soluções do Começar Bem, novo programa do Sebrae desenvolvido para auxiliar quem tem uma ideia de negócio ou já tem experiência em trabalhar por conta própria, mas ainda
Fórum difunde Coaching e Liderança no Piauí Evento realizado na Fiepi trouxe oito cases de como tomar decisões em momentos importantes da carreira. Texto e fotos: Robert Pedrosa
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Manual está disponível no site do Sebrae. Instituição dispõe também de capacitações presenciais e a distância.
não está legalmente estabelecido no mercado. O programa possui soluções específicas de acordo com o perfil do candidato a empresário. Para o perfil Tenho uma Ideia de Negócio, o Começar Bem está estruturado em quatro etapas: Ideia – Construir – Validar – Negócio. Algumas soluções de cada uma dessas etapas são ofertadas também para o perfil Tenho Experiência em Trabalhar por Conta Própria. É só o interessado escolher qual se adéqua melhor à sua necessidade e seguir em frente na elaboração do plano de negócio e formalização do empreendimento.
astante difundida nos grandes centros urbanos, a metodologia do Coaching tem ganhando espaço por orientar o profissional sobre que decisão tomar na sua carreira ou na vida pessoal. No Piauí, o Coaching chegou há poucos anos, mas tem atraído bastante interesse de quem o conhece. A capacidade de mudança a vida de alguém, através principalmente do autoconhecimento, foi o que atraiu o coach Faustino Júnior a realizar o I Fórum de Liderança e Coaching do Piauí (FLIC-PI 2016). O evento aconteceu nos dias 1º e 2 de abril no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi) e reuniu diversos empreendedores e profissionais liberais atraídos pela profunda transformação que o Coaching faz nas pessoas. “É uma ferramenta fantástica que pode melhorar a performance das pessoas, das empresas, dos profissionais e melhorar a felicidade das pessoas”, disse Faustino Júnior. O FLIC-PI trouxe aos participantes oito palestras de coachs do Piauí e de outros estados com assuntos variados para ajudar o público a tomar decisões. Um dos palestrantes, Davidson Menezes, explicou os participantes sobre como não repetir os 10 erros que o próprio Davidson cometeu quando se viu numa situação desesperadora, há alguns anos. “Eu estava desempregado, com
O Coaching é uma ferramenta que pode melhorar a performance das pessoas, das empresas e dos profissionais.
O que é Coaching?
O palestrante Davidson Menezes em uma ação interativa com integrante da plateia durante sua abordagem no Fórum.
uma família que dependia financeiramente de mim. Montei um negócio, mas não foi adiante. Em vez de desistir, eu fiz faculdade, me qualifiquei e consegui dar a volta por cima. Hoje dou aulas, palestras e conto minha história. Ensino o que as pessoas podem fazer para sair da situação crítica”, disse à Revista Fecomércio. Um dos cases de sucesso foi o do empresário e funcionário público Franzé Chaves. Ele começou a participar de maratonas e falou aos palestran-
tes como isso mudou sua vida, mesmo sendo um profissional com muitas atividades a fazer durante o dia e na semana. Hoje, tem tido boas colocações nas maratonas que participa Brasil e mundo afora. Revista Fecomércio
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Palavra do Consultor
Eventos
Treinamento faz a diferença
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Revista Fecomércio
Luiz Carlos Alves Marinho Consultor Empresarial e Educacional. Administrador, especialista em marketing e gestão hoteleira. luizcarlosalvesmarinho@yahoo.com.br
mundo muda em uma velocidade impressionante, a tecnologia evolui, o conhecimento dobra em poucos dias, as informações estão disponíveis nas mais variadas configurações. Novas formas e tipos de empresas surgem a cada segundo nos mais inusitados lugares, inclusive no âmbito virtual. Competência, competitividade, concorrência, nicho, segmento, diferencial e estratégia, são palavras que fazem parte não apenas dos dicionários físicos e virtuais, mas do vocabulário das pessoas na atualidade. Essa nova ordem leva as empresas a inovarem, serem criativas, se refazerem a cada crise que enfrentam e as nuances do mercado. Para existir, ganhar espaço, enfrentar os desafios, conquistar sucesso e ser referência em sua área de atuação, as empresas buscam inovação, trabalhar a imagem, implantar ações de marketing, contratar especialistas, investir em estratégias, tecnologia, estrutura e pessoal qualificado. Porém, por mais que se fale que as pessoas fazem a diferença dentro de qualquer empresa, ainda encontramos resistência no aspecto investir na qualificação profissional. As estatísticas apontam altos índices de rejeição em atendimento. Os números demonstram queda nas vendas, as metas não estão sendo atingidas e os resultados são pouco atraentes para os empresários que investiram tudo em seu sonho de uma 44
The Global Leadership Summit chega a Teresina
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empresa de sucesso e conquistar uma fatia do mercado. Quando falamos de qualidade muitos ainda acreditam que está embutida no produto, na tecnologia de ponta, na facilidade de aquisição da compra e nas formas de pagamento. Porém, um ponto fundamen-
O profissional preparado faz a diferença, pois o produto já tem, em sua composição, materiais e tecnologias que deixam evidente os aspectos de qualidade, e isso é fácil de encontrar em todos os bens.
tal precisa ser destacado e reforçado para todo empresário, gestor e empreendedor que acredita em seu negócio, seus produtos e serviços é: a qualidade está nos detalhes. Uma equipe qualificada e consciente de
seu papel possui maiores condições de enfrentar as adversidades, bem como, vencer uma objeção, garantir a venda e assegurar que o cliente saia satisfeito, volte, indique outros e fidelize; isto é algo que precisa ser trabalhado de forma sistemática e planejada. Assim, o treinamento é a estratégia mais adequada para o sucesso de qualquer organização e a sustentabilidade do empreendimento. Precisamos criar a consciência de que o atendimento é uma obrigação de todos. O profissional preparado faz a diferença, pois o produto já tem, em sua composição, materiais e tecnologias que deixam evidente aspectos de qualidade, e isso é fácil de encontrar em todos os bens. O serviço passa a existir no momento em que é solicitado e o contato entre solicitante e prestador é algo que precisa ser bem feito logo no primeiro momento. Assim, uma equipe qualificada e desenvolvida, voltada para resultados necessita de um envolvimento completo de toda organização; do desenvolvimento de novas habilidades e conhecimentos, assim como, novas técnicas e principalmente assimilação de todo o processo que envolve o atendimento e as vendas. Uma equipe profissional pode ser o diferencial em momentos de crise, situações de concorrência e na conquista de novos espaços, pois as pessoas são sim, os maiores bens de uma empresa e precisam estar qualificadas e desenvolvidas para levarem à organização e atingirem seus resultados.
Maior evento mundial de liderança é realizado no Piauí e ressalta experiências importantes sobre um líder. Texto e fotos: Robert Pedrosa
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eresina recebeu pela primeira vez o The Global Leadership Summit, maior evento mundial de conferências sobre lideranças que é realizado anualmente em Chicago (EUA) e depois retransmitido a vários países. Na capital piauiense, o evento aconteceu no Cine Teatro da Assembleia Legislativa do Piauí, nos dias 18 e 19 de março, e foi coordenado pela Jornada Igreja Batista de Teresina. Apesar de a organização ser de uma igreja, o evento não era voltado para a religião, mas para a liderança. “O Summit é uma experiência a nível mundial para líderes que querem aperfeiçoar sua liderança. A ideia é inspirar líderes. A gente acredita que quando um líder melhora, todos melhoram. Quando um pai é bom como um líder, ou uma mãe, então toda a família recebe os benefícios de uma boa liderança. Se um governador melhora, um estado melhora”, explica o pastor Alzuragai Pinheiro, que esteve à frente do evento. “Acreditamos que quando nós precisamos cuidar uns dos outros é em todos os sentidos. Como Jesus fez conosco, não somente na área espiritual, mas em todas as áreas de nossa vida. O evento acontece há 20 anos nos EUA e há 10 no Brasil e não acontecia ainda no Piauí”, disse Pinheiro. O organizador diz que todos têm condições de ser
O pastor Alzuragai Pinheiro disse que a ideia é inspirar líderes.
líderes. “Ninguém nasce líder. A liderança é desenvolvida. Com o conhecimento vem a inspiração”, comentou. Durante os dois dias, o Sumitt contou com conferências pré-gravadas de sete líderes, entre eles o pastor dos Estados Unidos Bille Hybels, autor de livros como “Liderança Corajosa” e “Simplifique”; o co-fundador da Pixar Studios e presidente da Walt Disney Studios Ed Catmull, vencedor de cinco Oscars; a pesquisadora Brene Brown, cuja palestra na TEDx Houston 2010, “O Poder da Vulnerabilidade”, é um dos cinco vídeos TED Talks mais vistos no mundo; e a professora de Direito da Harvard Sheila Heen, que dedicou duas décadas no Harvard Negotiation Project, especializando-se na condução de negociações difíceis – aquelas em que as divergências são fortes, as emoções estão em alta e as relações se tornam tensas.
A empresária Nayana Soares, que participou do evento, disse que identificou pontos importantes nas conferências, como observar os próprios erros para se corrigir. “A gente faz um autoconhecimento do trabalho e descobre pontos cegos”, avaliou. O médico Lázaro Rogério, também presente no evento, disse à Revista Fecomércio que o evento é importante porque sucinta o sentimento de lideranças nas pessoas. “Os atos dos conferencistas inspiram outras pessoas naquilo que estão fazendo, de forma que possam deixar seu legado”, concluiu. Revista Fecomércio
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Gestão Empresarial
Venda em tempos de crise
Interesses da empresa e família não devem se misturar Stella Brito Diretora Comercial da empresa Belgadata Soluções em Informática. belgadata.stella@gmail.com
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credito na criatividade e na força interior que sempre resgatamos ao nos deparar com alguma dificuldade... A melhor hora? Em tempos de crise. São nesses momentos que afloramos o que esta adormecido dentro de nós, quer seja por estarmos vivendo confortavelmente, ou porque nos acostumamos com as dificuldades diárias ou simplesmente porque não temos coragem de encarar o novo, o recomeço, o difícil de fazer, ouso até dizer, nos rendemos ao desânimo em vez de realmente ir a luta. Vender algo que é desejado e que se entrega na hora já é difícil, mas vender sistemas de informática é muito mais, na maioria das vezes por questões culturais. Muitos ainda acreditam que anotar no caderninho ou no livro de caixa diário dá resultado, mas anotações não são controláveis, fáceis de organizar, e muito menos se encontra quando e onde precisamos... Ahh!!! mas existem as planilhas!!! Ok, existem, fato. Mas elas não te dão relatórios assertivos, rápidos e dinâmicos. Um bom sistema de informação dá resultados corretos, na hora, onde e quando se precisa. A organização é a base confiável para tomada de decisões, o que possibilita correr riscos calculados. 46
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Existem muitas outras dificuldades que também não fogem da falta de cultura. Ainda não temos em todas as escolas, aulas de informática. E isso impacta em tudo!! Pessoas mais cultas têm
Um bom sistema de informação dá resultados corretos, na hora, onde e quando se precisa. A organização é a base confiável para a retomada de decisões.
mais conhecimento para comprar e se colocam com mais facilidade no mercado de trabalho, o que obviamente lhe dá
maior poder de compra, é um vice-versa, um toma-lá-dá-cá, só que bem justo. Cito um exemplo que aconteceu com minha empresa. Vendemos um sistema de gestão para uma pessoa muito empreendedora, era seu sonho largar aquelas anotações cansativas e assumir o controle de sua empresa, fazíamos treinamentos repetidamente, mas não fluía, então tomamos uma decisão, não iríamos perder esse cliente, isso é caro demais e gera uma grande insatisfação no corpo de uma empresa que tem como finalidade a venda de seus produtos ou serviços e a satisfação de seus clientes. Então fomos para dentro da empresa e descobrimos onde estava o gargalo. Lá existiam vários funcionários que não sabiam usar um computador. Fizemos o quê? Demos aulinhas básicas de informática e conseguimos realizar dois sonhos: o nosso, de fazer acontecer o uso do sistema; e o do empresário, de organizar, controlar, reduzir custos e fazer crescer a sua empresa. Então as dicas são: não desistir, insistir e jamais deixar de acreditar que a solução está em suas mãos. Na crise nós nos achamos, nos fortalecemos e aprendemos que o espírito de equipe e parcerias são a chave fundamental.
1º Congresso de Empresas Familiares do Piauí reúne mais de 360 participantes. Texto e fotos: Robert Pedrosa
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e cada 10 empresas que são abertas no Brasil, oito são familiares. E essa relação intensa entre família e negócios levou a Focus Fórmulas e Treinamentos a realizar com sucesso o 1º Congresso de Empresas Familiares no Piauí, no dia 19 de março, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi). O evento reuniu mais de 360 participantes, que acrescentaram ao seu currículo as palestras de cinco consultores sobre cases de empresas familiares no Piauí e no Brasil e como evitar que os interesses familiares possam interferir nas empresas, prejudicando-as. “A demanda por um evento sobre empresas familiares era muito grande aqui no Piauí. É um assunto de muita importância, pois precisamos entender a dinâmica dessa relação. Há muitos casos de mistura de gestão. Por exemplo: alguns familiares focam na questão do patrimônio da empresa, mas não miram no resultado do negócio. Querem se servir da empresa, mas não querem servir à empresa”, explicam as sócias-diretoras da Focus, Renata Lourdes e Tânia Soares. O Congresso teve como tema “Liderança servidora e o seu impacto no desenvolvimento de equipes vencedoras” e reuniu empresários, líderes organizacionais, gestores de recursos humanos e sucessores. Um dos palestrantes, o consultor Guilherme Pequeno, do Ceará, disse que qualquer empresa precisa passar por um processo de governança corporativa, que vem a ser a estrutura-
Os palestrantes ressaltaram a importância de profissionalizar as empresas familiares.
ção dos pilares que garantam a perpetuidade do negócio. Pequeno frisou ainda que o grande desafio dentro das empresas familiares está no choque de gerações, como a geração que vem a seguinte dos fundadores. “O processo de comunicação [entre as duas gerações] aproxima ou afasta pessoas. Nosso grande desafio é alinhar as expectativas dos fundadores com os sucessores”, explicou. Outro palestrante, Neder Izaac, de São Paulo, abordou dois cases de empresas familiares que deram certo no Piauí e lembrou que isso ocorreu graças à fórmula do empreendedor - a fórmula dos quatro “C”s: compromisso (com a meta, com alguma coisa, com o desempenho da empresa); coragem (para tomar atitude); capacidade (que vai se ganhando ao longo do processo) e, por último confiança. “Depois que você se comprometeu, criou coragem para fazer, ganhando capacidade técnica, você fica confiante com o que está fazendo de novo, crescendo”, comentou.
Os principais erros cometidos em empresas familiares
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Agenda
JUNHO CURSO SOBRE INVESTIMENTOS Entenda como multiplicar e salvar seu dinheiro com Marcelo Moretta. Quando: 03 e 04 de junho Onde: Metropolitan Hotel Mais informações: (86) 9 9904-8998/9 9458-4554 OFICINA DE PRIORIDADES ODS TERESINA O Futuro que Queremos em 2030 Quando: 08 de junho Onde: Auditório da SEMTCAS – Rua Alvaro Mendes, 861. Mais informações: (86) 2107-7900/9 9991-1123 www.appm.org.br
VI CONGRESSO DE GESTÃO DE PESSOAS O RH como protagonismo de mudança Quando: 15 e 16 de junho Onde: Auditório Ipê - Uninovafapi Mais informações: (86) 99480-6395/99844-0182 abrhpi@gmail.com
JULHO FEBRAVAR 4ª Feira Brasileira do Varejo. Quando: 06 a 08 de julho Onde: Cento de Eventos BarraShoppingSul – Porto Alegre – RS Mais informações: http://www. febravar.com.br febravar@febravar.com.br
TRANSPOSUL 18ª Feira e Congresso de Transporte e Logística. Quando: 12 a 14 de julho Onde: Centro de Eventos FIERGS – Porto Alegre – RS. Mais informações: http://transposul.com marketing@setcergs.com.br INFO FAIR 3ª Feira de Tecnologia da Informação e Segurança Eletrônica. Quando: 27 a 30 de julho Onde: Parque Vila Germânica – PROEB – Fundação Promotora de Exposição de Blumenau – Blumenau – SC. Mais informações: http://www.viaapiaeventos.com.br infofair@viaapiaeventos.com.br
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13, 24 e 29 { de junho
Viva Santo Antônio, viva São João, viva São Pedro. Que a sua Festa Junina seja bem divertida!
Datas importantes no Comércio
Fique atento para não deixar passar em branco!
JUNHO
JULHO
01 - Dia da Imprensa 05 - Dia Mundial do Meio Ambiente 10 - Dia da Língua Portuguesa 12 - Dia dos Namorados 13 – Dia de Santo Antônio / Dia do Turista 14 - Dia Mundial do Doador de Sangue 19 - Dia do Cinema Brasileiro 24 - Dia de São João / Dia das Empresas Gráficas 29 - Dia de São Pedro
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02- Dia do Hospital 04- Dia Internacional do Cooperativismo 12- Dia do Engenheiro Florestal 13- Dia do Engenheiro de Saneamento 16- Dia do Comerciante 20- Dia Internacional da Amizade 25- Dia do Escritor/Motorista 28- Dia do Agricultor.
Eventos
Eventos
Empreende Litoral leva empresários e estudantes a Parnaíba Palestras e cases de sucesso marcaram a programação.
Confraternizações realçaram a contribuição da revista para o estado.
Texto e Fotos: Karla Nery
Por Diana Cavalcante
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Fotos: Carlos Pacheco e Diana Cavalcante
Dinâmica Consultoria realizou nos dias 22 e 23 de abril o Empreende Litoral 2016 com o tema “Construa seu sucesso na praia”. O evento realizado em parceria com o Sebrae está em sua segunda edição e tem se consolidado como o maior congresso de empreendedorismo do meio norte do Brasil. O Empreende Litoral reuniu mais de 350 estudantes e empresários de várias cidades do Piauí e de outros estados como Ceará, Maranhão e Pernambuco. “O encontro tem como objetivo mostrar alternativas para os participantes saírem da zona de conforto em que se encontram e buscarem novos voos por meio do empreendedorismo. Queremos que os participantes repensem seu futuro profissional, estimulando a geração de novos negócios”, afirmou o organizador do evento, Pedro Pinto. A programação contou com palestrantes de renome nacional, apresentação de cases de sucesso, minicursos, festas de integração, além da disputa de projetos sociais que receberam uma premiação em dinheiro para que possam ser desenvolvidos. Entre os palestrantes nomes como o vice-campeão do Aprendiz 7 – Universitário e terceiro lugar no Aprendiz - O retorno, Rodrigo Solano; Diego Jovino, autor do personagem Suricate Seboso, página regional no Facebook que tem mais de 200 mil seguidores; o especialista em vendas Edemilton Pozza; o administrador de empresas e consultor empresarial e educacional Luiz Marinho; o ad50
Revista Fecomércio comemora três anos
Revista Fecomércio
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Diego Divino, autor do personagem Suricate Seboso, no Facebook, brinca com a plateia.
Rodrigo Solano, vice-campeão do Aprendiz 7 Universitário.
ministrador, criador e produtor do ENAV (Encontro de Atendimento, Vendas e Varejo da Região Norte) e do Ceará Vendas, Davidson Menezes, e a presidente do Fora da Caixa e coaching ativa mais nova do Brasil certificada pela Academia Brasileira de Coaching, Aline Cavalcante. O presidente do Sistema Fecomércio, Sesc Senac no Piauí e empresário, Valdeci Cavalcante, esteve entre os seis cases de sucesso. “Acredite no seu negócio e invista o que tem que ele dá certo. Outro conselho que dou é não busque ser uma pessoa de sucesso, mas uma pessoa de valor”, aconselhou Cavalcante. Outros cases apresentados foram
Valdeci Cavalcante (esquerda) e demais convidados do Empreende Litoral.
do proprietário do Brownie Rei, João Batista Cronemberger; o diretor de marketing da Houston, Paulo Rubens; o gerente da Imobiliária Rosângela Castro, Olair Monteiro, e as proprietárias do Spaço Rosângela Albuquerque e da Clínica Kamilla Youssef, que levam seus nomes. O evento contou com o apoio da Vikstar Contact Center, do Conselho Regional de Administração (CRA-PI), da Botica Farmácia de Manipulação, da Escola Crescer, da Livraria Nobel, do site Eu curto Parnaíba, do Boticário, da Bela Rosa Flores e Festas e da Ótica Ferraz.
ara comemorar os três anos da Revista Fecomércio, a editora chefe Karla Nery organizou uma confraternização na noite do dia 26 de abril na sede da sua empresa, a Opala Comunicação e Eventos. Na ocasião, estiveram presentes o Superintendente da Fecomércio Raimundo Nonato Paz, o vereador Ricardo Bandeira, os colunistas Cacilda Silva e Jefferson Xavier, além de empresários e colaboradores da revista. A confraternização foi marcada por uma palestra sobre Educação financeira ministrada pela educadora Kátia Cacau e por uma breve recapitulação dos momentos importantes ao longo desse periodo como a conquista do 3º. lugar no Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2014, os convites para palestras em universidades e as muitas entrevistas, parcerias e aprendizados que a revista tem proporcionado a toda a equipe. “A cada dia nós aprendemos muito e procuramos sempre ouvir os empresários, saber o que eles querem que a gente aborde na revista. Temos uma preocupação constante em melhorar o conteúdo e a parte gráfica e o mais interessante é que de tanto conviver com empresários resolvi também empreender e abri minha própria empresa”, afirma a editora. O aniversário da Revista Fecomércio foi comemorado também no dia seguinte na reunião dos conselheiros do
Na sede da Opala, Karla Nery recebeu empresários e colaboradores da revista.
O conselho da Fecomércio ressaltou importância da publicação para divulgar ações da entidade.
Sistema Fecomércio Sesc Senac Piauí. Na ocasião, o presidente do Sistema Fecomércio Valdeci Cavalcante e o superintendente Raimundo Nonato Paz falaram sobre a importância da revista para divulgar as ações do Sistema Fecomércio, além das pesquisas que ajudam os empresários a tomar decisões.
“A Revista tem ajudado a aproximar o Sistema dos empresários e se consolidado como o veículo de comunicação que divulga informações importantes sobre o comércio piauiense e histórias de vida que inspiram outros empresários”, ressaltou o presidente Valdeci Cavalcante. Revista Fecomércio
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Bem-estar
Maternidade exige planejamento para mulheres que trabalham
Parto normal é melhor para saúde da mãe e do bebê
Leis asseguram direitos das mães, mas empresas também buscam alternativas para auxiliar funcionárias no período da gravidez e no pós-parto. Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco
Ana Cristina Freitas optou pelo parto normal pelos benefícios que ele proporciona.
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momento de ter um filho sempre foi uma decisão muito importante para a mulher, mas nos dias de hoje há vários motivos a serem observados antes da chegada do bebê, especialmente por quem trabalha. Tanto que a taxa de natalidade no Brasil caiu 18,6% nos últimos dez anos e a média de filhos por mulher também reduziu de 2,14 para 1,74. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais 2015 do IBGE. A dupla jornada (trabalhar e cuidar da casa) pode ser um dos motivos que faz com que as mulheres repensem essa decisão. A pesquisa aponta que 90,7% das mulheres que chegam a casa, após o expediente, continuam trabalhando com serviços domésticos. E assim, em 2014, uma a cada cinco famílias optava por não ter filhos. Para as mulheres que escolhem ter filhos há legislações específicas que garantem os direitos, e muitas empresas também trabalham para auxiliar às mulheres nesse período. “Sempre tentamos alinhar os interesses da mãe e da empresa de forma a dar suporte para que nossas colaboradoras fiquem tranquilas nesse momento. destaca Raquel Vilar, diretora administrativa do Hospital de Olhos Francisco Vilar. Com um quadro de 231 funcionários, sendo 176 mulheres em sua maioria em idade fértil, o que representa mais de 76% de seus colaboradores, a empresa teve que pen52
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Hospital Francisco Vilar trabalha em parceria com mães, que são grande parte dos funcionários.
sar alternativas como convênio com creches e escolas e até unir o período da licença-maternidade de quatro meses com as férias para estender o tempo que a mãe vai passar com a criança. Já para as mulheres que são empresárias, o momento da licença-maternidade pode ser um pouco mais complicado. Ana Cristina Freitas teve a primeira filha há pouco mais de três meses e ainda na gravidez estabeleceu metas para voltar ao trabalho sem prejudicar sua relação com a criança. Nos planos da empresária ela voltaria ao mercado quando a filha estivesse com dois meses, o que de fato aconteceu. E na primeira reunião, que era uma visita rápida a um cliente, Ana Cristina optou por levar a filha que acabou necessitando ser amamentada. “Eu perguntei se ele se incomodava que
amamentasse e ele disse que não e nesse dia houve uma confluência entre o trabalho e a maternidade”, explica a empresária. Ana Cristina ainda optou por fechar o escritório que tinha e transferi-lo para sua casa. “Como trabalho muito viajando e dando consultorias externas eu já havia notado que o escritório acabava ficando muito ocioso. E eu decidi mudá-lo para o meu apartamento com esse pensamento de estar próximo a ela nos seus primeiros anos de vida”. Mas para a empresária, o apoio do seu companheiro e o pai de Amora é fundamental. “O Vinícius trabalhava em uma empresa privada, mas já tinha vontade de ter sua autonomia como profissional e com isso decidimos que ele iria ser meu sócio e assim ele pode me ajudar no atendimento dos clientes nesses primeiros meses”, analisa.
Uma das escolhas da empresária Ana Cristina Freitas para o retorno mais rápido ao trabalho foi a opção por um parto normal. “A primeira decisão pelo parto natural foi pensando na minha autonomia após o parto”, destaca. Tanto que no primeiro dia após o nascimento da filha, Ana Cristina estava em casa e até atendeu ligações de cliente. De acordo com a ginecologista e obstetra Maria das Neves, além da recuperação mais rápida, o parto normal só traz vantagens para a mulher. “Os benefícios são muito maiores, tanto para a mãe quanto para o bebê, do que incorrer em um procedimento cirúrgico que é a cesariana. Eu comparo com uma fruta no pé que você precisa esperar amadurecer antes de colher. O bebê tem o tempo dele de gestação que não deve ser interrompido bruscamente”, afirma. A declaração da médica é respaldada pelo Ministério da Saúde, que em 2015 emitiu um protocolo para orientar profissionais de saúde e tentar reduzir o número de cesarianas, que é considerado alto em todo o país. Atualmente, no Brasil, o percentual de partos cesáreos chega a 84% na saúde suplementar. Na rede pública este número é menor: cerca de 40% dos partos são cesarianos, entretanto o percentual recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de 15%.
Direito das grávidas • Toda mulher que trabalha no Brasil e contribui para a Previdência Social, seja por meio de emprego com carteira assinada, temporário, terceirizado, autônomo e até doméstico, tem direito à licença-maternidade. • A licença é no mesmo valor do salário mensal no caso de quem possui carteira assinada ou exerce trabalho de doméstica. • Para as demais mulheres que contribuem com o INSS, o valor da licença é de acordo com o salário de referência da contribuição.
• A gestante não pode ser demitida da • Em caso de gravidez de alto risco, a gestante pode receber auxílioempresa desde a confirmação da gra-doença. Esse período de afastavidez até cinco meses após o parto, a mento não entra na conta da licennão ser por justa causa. ça-maternidade. • Se o trabalho envolver risco de saúde para a mãe ou o bebê, a gestante deve • Para o período de amamentação, a lei prevê dois descansos especiais, apresentar atestado médico comprode meia hora cada um, durante a vando que precisa mudar de função. jornada de trabalho até o filho completar seis meses. Nesse caso, • A gestante pode se ausentar do trabaa empresa pode negociar para lho para a realização de exames e conagrupar o período para uma hora sultas médicas contato que comprove para que a mãe saia mais cedo ou por meio de atestado. Caso contrário chegue mais tarde ao trabalho. poderá sofrer descontos em seus rendimentos devido as suas ausências.
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Cultura Empresarial Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitters e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios. Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas!
Livros
Filmes Marielle Baía Psicóloga, Consultora Empresarial, Terapeuta e Educadora Financeira marielle.baia@dsop.com.br
Internet
Dica de Leitura: Dobre seus Lucros Autor: Bob Fiber Comentário: Baseado no conhecimento obtido na análise de mais de 100 das maiores empresas norte-americanas, o autor de forma objetiva, direta e concisa mostra formas de melhorar o lucro de seu negócio. Com exemplos práticos e vivenciados, faz você repensar e acreditar que é possível reduzir custos, maximizar lucros, potencializar o ânimo e moral dos colaboradores e aumentar o valor de sua empresa. Ter a cultura do lucro entranhada em todos os departamentos da empresa e afirmar que todos os colaboradores devem ser nada menos que os melhores, nunca estando satisfeito com a média do mercado, os motiva e entusiasma. Gastar mais com o que gera negócios e reduzir ao mínimo os custos de funcionamento da empresa. E aumentar as vendas através da especialização e treinamento de vendedores. Ainda apresenta 78 dicas que fazem você pensar e testar qual a medida de sucesso para sua empresa. Todo gestor de empresa deve ler este livro para rever seus conceitos e possibilidades de melhoria. As boas práticas que geram sucesso nos inspiram a fazer cada dia melhor. 54
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Dica de filme: Coach Carter - Treino para a vida Comentário: O filme conta a história de Carter, um líder na função de técnico de basquete, que obtém sucesso com características necessárias para um ambiente coorporativo: engajamento, trabalho em equipe, foco, pontualidade, agilidade e concentração. Ele treinava alunos para vencer como jogadores, mas, sobretudo vencer na vida. O time colecionava derrotas, não acreditavam em si mesmos, não tinham sonhos, nem visão de futuro. Mas o técnico (líder) sabia exatamente o que queria: transformá-los em campeões! Utilizou um sistema rígido de normas em que os interessados deveriam cumprir. Disciplina e o máximo de esforço eram necessários naquela equipe. A liderança foi valorizada e absorvida por todos de forma que aprenderam que cada um tem o poder de escolha e que são responsáveis por ela. Como resultado, o time se tornou imbatível, cada jogador conquistou realização pessoal e passam a ter visão de onde querem chegar, acreditando e reconhecendo seus talentos com capacidade para realização dos sonhos. Importante lição para construção de equipes!
Vale a pena curtir: https://www.facebook.com/revistamelhor/ Comentário: A Revista Melhor - Gestão de Pessoas é especializada na área de Gestão de Pessoas com informações de qualidade, capaz de antecipar as principais tendências da área. Publicação de cases, entrevistas com grandes gurus do RH e reportagens sobre gestão.
Dica de site: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto Comentário: O tesouro direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com BMF&F Bovespa para vendas de títulos públicos federais para pessoas físicas por meio da internet. Com aplicações a partir de R$ 30,00, você tem oportunidade de conhecer e diversificar seus investimentos. Nesse site, você entende sobre esse tipo de investimento, que é bem valorizado pelo rendimento que está dando.