Revista Fecomércio PI 20 Julho / Agosto 2016

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Entrevista: Sylvio Romano, proprietário do Bioanálise

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Ano 04 - Nº 20 - Julho / Agosto de 2016

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Caro leitor, sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Curta e acompanhe a Revista Fecomércio no Facebook e envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação, nos contatos abaixo: FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ BRAÇO SINDICAL DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC

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PRESIDENTE: Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante

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Entrevista: Sylvio Romano, proprietário do Bioanálise Entrevista: Sylvio Romano, proprietário do Bioanálise

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Ano 03 - Nº 11 - Janeiro / Fevereiro de 2015 Ano 03 - Nº 11 - Janeiro / Fevereiro de 2015

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Entrevista: Evandro Cosme / Empresário e Presidente da CDL Teresina Entrevista: Evandro Cosme / Empresário e Presidente da CDL Teresina

(86) 3303-9831/ 99804-8998 - revistafecomerciopi@gmail.com

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Entrevista: MaxMax Gehringer, Administrador e apresentador da da Série Chefe Secreto do do Fantástico Entrevista: Gehringer, Administrador e apresentador Série Chefe Secreto Fantástico

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Acesse a versão online no site: www.fecomercio-pi.org.br

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Parabéns pelo Dia do Comerciante! - 16 de julho

AACopa Copachegou!!! chegou!!!

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Fotos Carlos Pacheco

Tiragem 2000 exemplares

Versão online no site: www.fecomercio-pi.org.br

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Julho/Agosto 2016

Revisão Glécia Lima

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NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1.111, Ed. Agostinho Pinto, 4º andar, Centro. CEP: 64.000-360 – Teresina - PI Fone: (0 XX 86) 3222-5634 CNPJ Nº 07.243.215/0001-82

Impressão Gráfica O DIA Ltda.

Contatos (86) 3303 9831 / 99804 8998 / 99458 4554 Email: revistafecomerciopi@gmail.com

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SUPLENTES Jairo Oliveira Cavalcante e Denis Oliveira Cavalcante

Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Raquel Lopes (Sesc), Mariane Aquino e Eduardo Portela (Senac), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (Sebrae), Cristina Alves (Fecomércio), Diana Cavalcante, Iolany Galiza e ASCOM Semdec.

4

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Grigório Cardoso dos Santos

Diagramação e direção de arte Zabumba Propaganda

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Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro

Marketing Karla Nery

4

Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Robert Pedrosa, Carlos Pacheco, Gleyca Lima e Giovanna Veloso

11:5

Editor - adjunto Robert Pedrosa MTb 964-PI

Projeto Editorial Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Antônio Chaves, 1896-1, Bairro dos Noivos. CEP: 64.045-340 - Teresina-PI

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SUPLENTES DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro José Carvalho Neto Maria dos Aflitos S. R. Cardoso Pablo Henrique Couto Normando Jorge Batista da Silva Filho Raimunda Nonata da Silva Santos.

Editora - chefe Karla Nery - MTb 1339-PI

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SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL Gescimar Miranda de Sousa Lauro Antônio Cronemberg Paulo Hernandez Couto Normando

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CONSELHO FISCAL EFETIVOS Janes Cavalcante Castro Francisco Pereira Dutra Roberto M. Campos Drumont

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DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques

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Karla Nery com os empresários David Valentin e Sylvio Romano, proprietários do Laboratório Bioanálise. Foto: Carlos Pacheco

DIRETOR ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro C. Mapurunga

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DIRETOR ASSUNTOS COMÉRCIO EXTERIOR Delano Leno da Silva Miranda de Sousa

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DIRETOR ASSUNTOS DE CONSUMO Erivelton Moura

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DIRETOR ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante júnior

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DIRETOR ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha

A Revista Fecomércio tem um conteúdo muito importante, pois aborda a temática empresarial local de forma bastante profissional. A última matéria sobre as empresas locais de tecnologia foi muito importante para dar conhecimento à revolução que acontece em nossa capital. É um momento importante para esse segmento empresarial que poderá contribuir com a inovação e aumento da produtividade dos demais. Samuel Moraes de Melo, gestor de projetos e analista técnico do Sebrae Piauí.

A gente informa, Anúncio você vende.

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2º TESOUREIRO: Margareth Silva Lopes 3º TESOUREIRO: Francilino Lima Costa

Muito interessante a matéria em relação às ações de Tecnologia da Informação que estão em desenvolvimento no Piauí. Atividades que estão em andamento e outras que estão por vir, sejam iniciativas privadas ou públicas, apontam para um caminho sem volta: o crescimento que o estado realmente precisa para subir nos rankings nacionais de desenvolvimento. Parabéns por abordarem uma temática tão atual e que certamente fará a sociedade colher frutos muito em breve. Anderson Soares, empresário e presidente da Câmara Setorial de TI e Comunicação do Piauí.

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1º TESOUREIRO: Antônio Leite de Carvalho

Revista Fecomércio

Mala Direta Básica Mala Direta SESC/PI Básica

9912366007/2015-DR/PI

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1º SECRETÁRIO: Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO: Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO: Maria do Socorro de Morais Correia

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Ano 04 - Nº 20 - Julho / Agosto de 2016

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3º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante Raimundo Rebouças Marques José Antônio de Araújo João dos Santos Andrade Pedro de Oliveira Barbosa Conegundes Gonçalves de Oliveira José Rivaldo de Sousa José Arimatea Melo Rodrigues Gerardo Ponte Cavalcante Neto Teodoro Ferreira Sobral

Ano 04 - Nº 20 - Julho / Agosto de 2016

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

991232SENA

Ano Piauí / Senac Piauí Sesc ércio / Senac Sesc a Fecom ércio do Sistema Fecom ação Public do Sistem ação Public

É um enorme prazer falar da Revista Fecomércio, porque além de sua credibilidade, é de excelente qualidade. Percebe-se a preocupação com a parte visual e a qualidade em cada segmento que a revista abrange, quer seja comercial ou informativo. Os artigos são abrangentes e atuais, isso faz com que crie um interesse em estar sempre aguardando para acompanhar suas edições com a certeza de um grande acréscimo cultural, histórico, social e informativo. Parabéns a toda a equipe da revista e em especial sua editora-chefe Karla Nery. Stella Britto Mendes, proprietária das Empresas Belgadata Soluções em Informática e da + Seguro.

2º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

capa capa

1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante

2016 Junho de - Maio // Junho de 2016 - Nº 19 Ano 04 - Nº 19 - Maio Ano 04

zabumbzabumb apropagapropag anda.coanda.co m.br m.br

Opinião do leitor

Piauí / Senac ércio Sesc / Senac Piauí a Fecom Sesc do Sistema Fecomércio Publicação do Sistem Publicação


Palavra do Presidente

ÍNDICE

Senac em Barras Capa

Ano 04 - Nº 20 Julho/Agosto de 2016

28

Destaques

Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com

Descomplicando as vendas

JJ

Entrevista Carlos Pacheco

8

Geral

Outras Seções

Pesquisas Fecomércio

14 Vendas no comércio caem 6,4% em 12 15 17

Sylvio Romano Presidente do Laboratório Bioanálise

meses

Número de teresinenses com dívidas diminui 11% Valdeci Cavalcante recebe ministros do Trabalho e Planejamento

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Valdeci Cavalcante

18

21 Projeto de Zona Franca é lançado em Ilustração

22

Teresina

Sesc

34 Mostra Sesc Amazônia das Artes 36 Quando a biblioteca vai à escola Senac

38 Barras ganha unidade do Senac 40 Senac lança programa ECOS de

Empregado sem dívidas, empresa mais produtiva

Sustentabilidade

Bem-estar Carlos Pacheco

52

Sebrae

20

Francisco Soares Campelo Filho

26 42

Julho/Agosto 2016

Vendas Marina Simão

44

Comunicação Jefferson Xavier - Jex

46

Gestão de Pessoas Dalylla Soares

48

Agenda

Eventos

50

Investimentos

para empresários e empreendedores

47 Liderança e felicidade no ambiente de

Revista Fecomércio

Educação Financeira Reinaldo Domingos

Flávio Aragão Macau Segundo

mudança

6

Direito e Empresas

43 Central Fácil desburocratiza processos 45 Recursos Humanos como protagonista de

Bons hábitos proporcionam um envelhecimento saudável

Educação Profissional Francisco Dias

Câmara

Especial

Palavra do Presidente

trabalho

54

Cultura Empresarial Marielle Baía

á está em pleno funcionamento o Centro de Educação Profissional José Osório Pires da Mota, construindo na cidade de Barras (PI), dotando a região de um complexo sócio-educativo e cultural necessário e útil a uma comunidade carente de espaços para expandir seus talentos. A unidade apresenta o mesmo padrão de qualidade e eficiência das demais instaladas no estado do Piauí, cumprindo a meta de dotar esses centros de um complexo cultural que atenda a clientela, desde o ensino fundamental e nos cuidados com a saúde física e mental. A unidade tem como patrono o ex-prefeito José Osório Pires da Mota, ilustre personalidade da história política do Piauí, responsável pela instalação da energia elétrica na região e por outras iniciativas positivas em favor do progresso regional. Político de vasto currículo, que desenvolveu obra administrativa bastante aplaudida no Piauí. Zeca Mota, como era conhecido politicamente, era um gestor moderno, compromissado com o ideário desenvolvimentista da região, tornando-se figura respeitada em todos os meios. Reconhecer o desempenho político, o empreendedorismo e as ações sociais desenvolvidas em favor das comunidades, por personalidades abnegadas da nossa história é um dever dos que

veem no exemplo motivos para resistir. Entre outras personalidades homenageadas com seus nomes insculpidos na unidade, Wilson Carvalho Gonçalves é uma unanimidade, um dos mais

A política desenvolvida pelo Senac de homenagear personalidades da região, dando seus nomes a edifícios, bibliotecas, salas, espaços de encontros e reuniões é uma forma de levar às atuais gerações a história de quem se destacou e ainda se destaca por sua atuação em favor do Piauí.

ilustres na história do Piauí. Funcionário fazendário, intelectual, escritor membro da Academia de Letras do Vale do Longá e da Academia Piauiense de Letras. O autor aplaudido e reco-

nhecido por uma vasta obra literária, Wilson Carvalho Gonçalves é o nome da Biblioteca da unidade. A política desenvolvida pelo Senac de homenagear personalidades da região, dando seus nomes a edifícios, bibliotecas, salas, espaços de encontros e reuniões é uma forma de levar às atuais gerações a história de quem se destacou e ainda se destaca por sua atuação em favor do Piauí. Um exemplo é a homenagem ao ex-prefeito e ex-deputado José Ribamar Pereira. De origem humilde, José Ribamar Pereira foi professor, vereador, prefeito, deputado estadual e secretário de Estado, numa invejável trajetória a ser seguida pelos que não desistem. Outros nomes de destaque no município também receberam o reconhecimento do Senac: Joaquim Furtado, ex-prefeito e líder político e Juarez Rocha, empresário dinâmico e empreendedor, cujo prematuro desaparecimento comoveu todo o Piauí. Para nomear a sala da beleza, nada mais justo do que destacar a figura notável da grande esteticista Conceição Rocha. Estou convencido que, a exemplo do que ocorre em outras cidades e regiões, a população de Barras saberá usufruir dos serviços oferecidos pelo Senac, iniciando uma nova história para o desenvolvimento da cultura regional. Revista Fecomércio

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Sylvio Romano – Presidente do Laboratório Bioanálise Carlos Pacheco

Entrevista

Exames que ajudam a salvar vidas Por Karla Nery

O

farmacêutico Sylvio Colonna Romano é obcecado por qualidade, gestão e conhecimento. Provavelmente, é esse tripé que fez com que ele tornasse o Laboratório de Análises Clínicas – Bioanálise – uma referência no Piauí e Maranhão. Com tecnologia de ponta, funcionários em constante treinamento e uma preocupação com a sustentabilidade, o Bioanálise está comemorando 20 anos de existência. Sylvio Romano conta, nessa entrevista à Revista Fecomércio, a responsabilidade que é comandar uma equipe de 300 funcionários, realizar mais de 140 mil exames por mês – exames esses que auxiliam médicos na definição dos diagnósticos e ajudam a salvar tantas vidas. Tal tarefa torna o trabalho ainda mais cuidadoso e essa responsabilidade e comprometimento já foi reconhecido com vários prêmios locais, nacionais e internacionais, como Marcas Inesquecíveis, Empresa Amiga da Criança, Acreditação e o convite da Johnson & Johnson para dar palestra sobre o case de sucesso do Bioanálise, na convenção anual, nos Estados Unidos.

O Bioanálise foi premiado por seis anos consecutivos como Marca Inesquecível.

Sylvio Romano e o sócio David Valentin na Central de análises.

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Revista Fecomércio

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A empresa investe constantemente em treinamentos e consultorias.

Carlos Pacheco Carlos Pacheco

O laboratório tem a certificação de Excelente do Programa de Proficiência e a de Acreditação. Carlos Pacheco

Carlos Pacheco

Visita do diretor para o Brasil da Johnson &Johnson, Marcos Cunha, na unidade de Caxias (MA).

O Dia

Arquivo Pessoal

O farmacêutico industrial Sylvio Romano comanda há 20 anos o Laboratório Bioanálise, referência regional no setor.

Os empresários Sylvio Romano e David Valentin com parte da equipe administrativa.

Dr Sylvio, pelo sobrenome, a gente percebe que sua família não é do Piauí. Estou enganada? Não. Eu sou paulista. Estudei no Colégio Rio Branco em São Paulo, onde conheci minha esposa Theresa Helena. Fiz Faculdade de Farmácia em Campinas (SP), e após a conclusão da faculdade nós nos casamos e viemos para Teresina. Eu já moro aqui há mais de 26 anos, mas já tem uns 31 anos que conheço o Piauí, pois vinha desde a época que namorávamos. Hoje me sinto plenamente adaptado e já me considero piauiense, pois gosto muito daqui. Como foi a sua adaptação aqui? Fui muito bem recebido, não só pela família da minha esposa como pela área empresarial. O acolhimento que eu tive na Associação Industrial do Piauí (AIP) foi tão espetacular que frequento até hoje. Indico o associativismo para o crescimento de qualquer pessoa ou empresa. Atualmente, sou diretor do Sindicato dos Hospitais e venho militando na área de saúde, mas foi na AIP que eu conheci muita gente ligada não só a Indústria, mas ao Comércio e à Agricultura, pois as associações de classes diferentes também se reúnem para lutar por objetivos comuns.

Quando você começou a notar que poderia ser um empreendedor? Após meu casamento, como eu vinha para assumir uma posição de diretor numa indústria farmacêutica aqui em Teresina, passei um ano em São Paulo me preparando na área de administração, fazendo diversos cursos. A partir daí, começou o encanto por gestão e por empresas. Gostei tanto disso que faço cursos e participo de congressos até hoje. Eu sempre tive a noção que a gente precisa se diferenciar, que se você faz mais do que os outros, você está sempre uma posição à frente. Foi por isso que desde o meu tempo de estudante eu sempre busquei me capacitar. Você acha que esses cursos de gestão foram um diferencial já que nós não temos essa formação no colégio nem faculdade? Sim, eu acho, pois tive uma noção de tudo que se faz nessa área, podendo conhecer o pensamento de vários renomados professores sobre o tema, o que me trouxe “insights”, ideias que foram implantadas em minha empresa. Penso que essas disciplinas ligadas à administração, como finanças, empreendedorismo e inovação, por exemplo, deveriam estar

contempladas na grade curricular desde o colégio até a formação superior. Digo isso porque todas as profissões precisam conhecer o mínimo de administração para saber como se relacionar com o mercado. Como foi que você resolveu empreender? Acho que sempre fui empreendedor, mas particularmente no Bioanálise, tudo começou quando eu era diretor na indústria farmacêutica e o Dr. David Valentim era gerente. Ele ia montar um laboratório e eu o incentivei muito e acabamos por montar o negócio juntos. Em que ano vocês decidiram abrir o laboratório? O Bioanálise foi aberto em 1996, mas como eu e meu sócio sempre fomos tão preocupados com qualidade, bom atendimento, em fazer uma empresa organizada, nós começamos a pensar nela no final de 1994. Em meados de 1995, já estava bom, poderia até ter sido aberta, só que nós sempre queríamos aperfeiçoar algo antes de abrir as portas. Nós sempre prezamos muito pela qualidade e excelência dos nossos serviços. Na verdade, esse foi um dos maiores aprendiRevista Fecomércio

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Entrevista

zados que eu tive, pois acredito que essa busca da perfeição foi o principal motivo da gente ter crescido. Qual seria outro diferencial da forma de gestão da Bioanálise? Outro ponto positivo na nossa empresa foi a questão de cada sócio focar numa área. Quem fica responsável pelos exames é o meu sócio Dr. David Valentim, juntamente com uma equipe de bioquímicos, biomédicos e biólogos que ele coordena. Eu fico na gestão do negócio, na parte administrativa. Isso nos deu tempo para que cada um pudesse se dedicar e focar numa área específica da operação da empresa, embora tomemos juntos as decisões estratégicas. Quantas unidades do Bioanálise têm hoje? São 21 unidades próprias em Teresina, Altos, Timon e Caxias e mais umas 10 terceirizações de clínicas e hospitais, onde ficamos responsáveis pelos exames laboratoriais. Além disso, temos a nossa central de análises, que mais parece uma indústria porque ela tem equipamentos automatizados, processos, controle de qualidade, matéria-prima que são os reagentes, e outras peculiaridades muito complexas, assim como numa indústria. Hoje, o Bioanálise atende todo o estado do Piauí e parte do Maranhão, através do serviço de apoio laboratorial, onde outros laboratórios que não fazem todos os tipos de exame nos enviam as amostras para realizarmos as análises. Quais são as certificações que vocês têm hoje? Desde que começamos pensávamos em fazer exames com qualidade, bom atendimento, pontualidade e ética, conceitos esses que estão presentes até hoje na nossa missão. Então, desde o começo participamos do programa de proficiência de duas sociedades: a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas e a Sociedade Brasi10

Revista Fecomércio

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leira de Patologia Clínica. O Programa de Proficiência é para medir a exatidão dos nossos laudos e, desde o início, sempre conseguimos a classificação de Laboratório Excelente. Agora, a certificação mais importante que possuímos e que é a mais completa e rigorosa é a de Acreditação, que mede se aderimos às normas técnicas do setor e se fazemos nosso trabalho com segu-

Outro ponto positivo na nossa empresa foi a questão de cada sócio focar numa área. Quem fica responsável pelos exames é o meu sócio Dr. David Valentim, juntamente com uma equipe de bioquímicos, biomédicos e biólogos que ele coordena. Eu fico na gestão do negócio, na parte administrativa. Isso nos deu tempo para que cada um pudesse se dedicar e focar numa área específica da operação da empresa, embora tomemos juntos as decisões estratégicas.

rança para o paciente. Nós fomos um dos primeiros a ter essa certificação aqui no Piauí e já somos acreditados há muitos anos. A Acreditação nos ajuda a melhorar os processos e nos dá rastreabilidade. Por exemplo, se você vier aqui fazer um exame, nós sabemos quem lhe atendeu

na recepção, que horas você fez o exame, quem lhe atendeu na coleta, qual tubo foi usado, de qual lote, qual reagente. Nós mapeamos todo o processo por meio de uma tecnologia de gestão laboratorial muito eficaz. Vocês investem muito em tecnologia? Estamos sempre investindo em tecnologia. Na área da microbiologia, nós trabalhamos com a líder mundial em microbiologia médica, com exames automatizados altamente precisos. Na área pré-analítica, para fazer coleta, usamos tubos e agulhas das marcas líderes mundiais e na área analítica nós introduzimos, aqui em Teresina, como pioneiros, a Química Seca que é a tecnologia mais moderna, mais exata e mais precisa do mundo. Esse processo de análise não utiliza água, evitando que haja resíduos líquidos que seriam jogados no meio ambiente. Nós temos equipamentos que, quando lançaram no Brasil, o primeiro a ter foi o laboratório do Hospital Albert Einstein em São Paulo e o segundo foi o Bioanálise. Então, a gente traz a modernidade para o estado. Além disso, todas as nossas unidades estão interligadas em rede e temos a facilidade de tanto o médico quanto o paciente poderem consultar as informações e laudos pela internet, pois criamos uma pasta onde todos os exames ficam armazenados. É uma alta sofisticação de TI que está por trás disso, gerenciando todo o sistema. Quantos funcionários o Bioanálise tem hoje e como é o treinamento deles? Nós priorizamos muito a tecnologia, mas isso qualquer um pode fazer. No que a gente sempre investiu muito forte foi nas pessoas e nos processos. Ano passado, por exemplo, nós tivemos mais de 1.300 horas de treinamento, tanto interno quanto externo, para os colaboradores de todas as áreas e, este ano vamos ultrapassar e muito essa marca. Hoje, nós vivemos a época do talento.

Não é a área técnica que vai mandar, não são os equipamentos, a tecnologia que você tem. São os profissionais capacitados. É por isso que investimos também em diversas consultorias de gestão, como suprimentos e logística, RH, finanças e temos um mecanismo de gestão que envolve reuniões periódicas em todos os níveis da empresa para alinhar as pessoas e ver o que está dando certo ou errado. Como você avalia a evolução desse mercado de quando vocês começaram até agora? As pessoas estão mais conscientes da importância de fazer checkups regularmente? Na verdade, o avanço da Medicina e as informações mais acessíveis a população, tem feito com que as pessoas se cuidem mais e vivam mais e melhor. Agora, para viver mais é preciso ter qualidade de vida e, para isso tem que se cuidar, o que tem aumentado a demanda por exames preventivos. Ao mesmo tempo em que a ciência avança, surgem novos exames na área de análises clínicas. Pra você ter noção, nós temos um arsenal de mais de cinco mil exames para oferecer através de laboratórios associados em todo o país e, inclusive nos Estados Unidos e na Europa. O que é sustentabilidade para você e como tem atuado nessa área? Nós colocamos a sustentabilidade como um princípio da nossa crença, mas isso para nós é um conceito empresarial que não tem nada a ver com caridade, nem com ambientalismo. Na verdade, é um conceito capitalista onde fazemos nossa parte, hoje, para que possamos continuar a realizar nossos exames no futuro, sem afetar a sociedade nem o ambiente na cidade onde moramos. Nós temos atuado na área social e ambiental, mas ainda estamos aprendendo sobre o tema. Mesmo assim, na área social temos projetos de qualidade de vida e de apoio à infância e a juven-

tude, para que as crianças possam não ter evasão escolar, atração pelas drogas, violência e prostituição, por meio do esporte. Nessa área, também já ajudamos algumas vezes nas campanhas contra o trabalho infantil. Eu visito esses projetos e escuto os depoimentos dos pais e instrutores dizendo o quanto essas crianças e jovens mudaram seus comportamentos, que

Hoje, nós vivemos a época do talento. Não é a área técnica que vai mandar, não são os equipamentos, a tecnologia que você tem. São os profissionais capacitados. É por isso que investimos também em diversas consultorias de gestão, como suprimentos e logística, RH, finanças e temos um mecanismo de gestão que envolve reuniões periódicas em todos os níveis da empresa para alinhar as pessoas e ver o que está dando certo ou errado.

hoje eles têm mais disciplina e são mais organizados. Essa disciplina que o esporte dá foi um dos fatores que me ajudou na minha vida empresarial porque o esporte te ensina a conviver, que existem regras, ensina a ganhar e a perder, a respeitar o outro, de que devemos buscar sempre nos aperfeiçoar para jogar melhor, então isso me deu muita base.

E é até uma crítica que eu faço para a Educação aqui em Teresina, que tem muito conteúdo, mas pouco esporte. Na área ambiental, estamos utilizando equipamentos integrados que usam menos tubos plásticos, pois esses demoram a ser degradados no meio ambiente e, somos pioneiros em utilizar equipamentos que não utilizam água, nem reagentes líquidos. Assim, não tiramos água do meio ambiente para nossas análises, reduzindo também a emissão de resíduos líquidos. Estamos também num processo de redução de papel, pois nosso objetivo é ser uma empresa verde. Geralmente, você não quer que as pessoas copiem suas estratégias, mas essa parte da sustentabilidade é uma coisa que eu gostaria muito que todas as empresas se voltassem cada vez mais. Quais os prêmios que o Bioanálise já recebeu? Já recebemos diversos prêmios como o Prêmio de Empresa Amiga da Criança, da Fundação Abrinq por todas essas ações que a gente desenvolve na área social. Também recebemos o Marcas Inesquecíveis já há seis anos consecutivos. O legal é que nós somos Top of Mind na nossa categoria em cada classe social, cada faixa etária, cada nível de renda e em cada região. Ao que você acredita que se deve esse resultado? Na verdade, isso se deve as nossas estratégias de marketing e a um conjunto de ações, pois a própria consultoria de Top of Mind nos diz que a pessoa lembra da sua empresa não somente pelo que ela vê, mas pelo que ela sente no coração. Eu, particularmente, acho o marketing fascinante. Mas o marketing não é só a propaganda. O marketing é tudo que você faz desde a concepção, para que quando você divulgue e a pessoa for buscar o seu produto ou serviço, tudo esteja alinhado, funcionando. Revista Fecomércio

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Entrevista

Na história do Bioanálise, quais momentos você acha importante ressaltar? O Bioanálise foi o primeiro a fazer a adesão para ter um laboratório no Espaço Saúde, no Teresina Shopping em 1997. Isso foi uma das coisas que nos deu uma propulsão muito grande, pois só na inauguração, tinham cerca de 10 mil pessoas lá dentro, andando pelos corredores. Aquilo era uma inovação na saúde. Mas, eu lembro que as pessoas falavam pra mim: “Sylvio, você é louco, isso não vai dar certo! Pessoas que precisam de exames não vão ao shopping, shopping é lugar de passear”. E, pelo contrário, foi uma coisa maravilhosa. As pessoas não só iam como adoravam. Isso tornou a nossa marca, que tinha acabado de nascer, conhecida e me ensinou que toda inovação faz primeiro que as pessoas achem que você é louco, depois elas ficam com raiva porque você fez e elas não, e por fim elas te imitam. Outro momento especial foi quando fomos convidados, em 2014, para apresentar o caso “Bioanálise”, na convenção anual da Johnson & Johnson, nos Estados Unidos. Só tínhamos nós do Brasil, e um laboratório do México, representando a América Latina. Ao final da nossa apresentação, fomos aplaudidos de pé. Nossa, parabéns! Quais os novos projetos do Bioanálise? Nós estamos lançando em meados de agosto, no Jóquei, nosso projeto de hiper segmentação para crianças, a unidade Biokids, que vai ser o mundo das crianças. Nós já tínhamos um piloto do Biokids, e agora, vamos ter uma unidade inteirinha pensada só para elas com várias estações de leitura, videogame, cinema, artes, além de brinquedos e profissionais para acompanhá-las. É um projeto lindo para a criança interagir e não ver o exame como algo ruim. Um espaço onde ela se sinta acolhida no nível dela. 12

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Para irmos finalizando, o que você gostaria de compartilhar com pessoas que queiram iniciar no empreendedorismo abrindo uma empresa? Bom, a primeira dica é que a vida de dono de empresa não é fácil como todo mundo pensa, tem que ralar muito. Procure conversar com empresários já estabelecidos para entender melhor o que é ter um negócio e aprender com as experiências deles.

Um grande pecado que muita gente comete quando empreende, e que leva a empresa a dificuldades sérias, é confundir as finanças da empresa com as finanças dos sócios. Os sócios têm direito de retirar da empresa o pró-labore, que é a remuneração pelo seu trabalho, e o lucro, se houver e que, para o crescimento e longevidade da empresa, não deve ser retirado todo, deixando uma parte para reinvestimento e para enfrentar tempos ruins, como por exemplo, o que estamos vivendo agora.

Outra coisa importante é que às vezes a pessoa quer empreender pois tem um sonho muito grande e se desanima, pois não tem condição de abrir a empresa daquele tamanho. Minha sugestão é: não desista! Pense grande,

comece pequeno e cresça o mais rápido possível. Além disso, quem quer abrir uma empresa tem que entender, pelo menos um pouco, de contabilidade, pois é uma área importantíssima. O empresário tem que saber conversar com o contador, entender o que ele diz e poder opinar sobre os destinos de sua companhia. Aconselho também a não parar de estudar. Hoje, a cada um ano e oito meses o conhecimento dobra. Então, se você saiu da faculdade em poucos anos já estará ultrapassado. E com o empresário não é diferente. Nós vivemos na era da informação, do conhecimento. Quem não acompanhar as mudanças, literalmente, morre. E todo negócio precisa buscar constatemente inovação. Uma característica fundamental, não só para o empreendedor, mas para todas as pessoas, é a humildade, que não significa andar mal vestido, de chinelo. Humildade não tem nada a ver com aparência. Humildade é você saber que não sabe tudo e procurar estudar para crescer. É você escutar os outros, saber entender seus problemas, respeitar a opinião alheia. Um grande pecado que muita gente comete quando empreende, e que leva a empresa a dificuldades sérias, é confundir as finanças da empresa com as finanças dos sócios. Os sócios têm direito de retirar da empresa o pró-labore, que é a remuneração pelo seu trabalho, e o lucro, se houver, e que, para o crescimento e longevidade da empresa, não deve ser retirado todo, deixando uma parte para reinvestimento e para enfrentar tempos ruins, como por exemplo, o que estamos vivendo agora. Hoje, a Bioanálise tem solidez mesmo com essa crise porque nós tivemos essa preocupação desde o início. Eu só espero que essa crise não dure muito porque ninguém se preparou para um cataclismo desses. (Risos)

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Pesquisas Fecomércio

Pesquisas Fecomércio

Vendas no comércio caem 6,4% em 12 meses A queda somente nos quatro primeiros meses de 2016 foi ainda maior, chegando a 7,1%. Por Robert Pedrosa

A

crise econômica tem causado prejuízo no comércio piauiense. De acordo com os dados da Pesquisa Mensal do Comercio (PMC) divulgada pelo IBGE, as vendas no comércio varejista do Piauí no mês de abril de 2016, apresentaram uma variação de – 5,1% no volume, com relação ao mesmo mês do ano passado. Em 12 meses, a variação negativa foi de 6,4%, e, de janeiro a abril deste ano, a queda é de 7,1%. Neste índice restrito não estão incluídas as vendas de veículos e peças, bem como materiais de construção. Um gráfico do IBGE, que mostra o percentual de vendas mês a mês, revela que o mês de janeiro deste ano apresentou a maior queda nas vendas durante a

série histórica (-11,2%), mostrando que o consumidor gastou muito nas festas de fim de ano e fez uma pausa para enfrentar os gastos com material escolar. Para o analista econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado do Piauí, Fecomercio-PI), Nonato Paz, a desaceleração das vendas por um período prolongado pode ser explicada pelo cenário econômico de inflação persistente, baixa confiança do consumidor, taxas de juros altas e a variação cambial que deixaram os produtos importados com preços absurdos. “No período de crise, todo o setor produtivo passa por um dilema terrível: a indústria se limita a produzir só o que o comércio pede, enquanto o empresário do comércio fica na dúvida porque ele não pode perder vendas por falta de estoque, mas se fizer pedido a mais, corre o risco de não passar para frente o produto. Vendendo ou não, vai ter que pagar os fornecedores, além dos custos com em-

Número de teresinenses com dívidas diminui 11% pregados, aluguel, impostos, água, luz e telefone”, analisa o economista. Há ainda um agravante: as vendas potencializadas pela internet, novo concorrente das lojas presenciais, que não têm estas despesas e estão concorrendo em pé de igualdade.

Peças e material de construção

Outro indicador importante publicado na mesma data pelo IBGE é o Índice do Volume de Vendas no Comércio Varejista Ampliado, que é constituído pelo Índice do Varejo Restrito somado com as vendas de automóveis e peças e material de Construção. No mês de abril de 2016, fazendo uma comparação com o mesmo mês do ano passado, o índice sofreu uma variação de -5,7%, mostrando que os empresários que negociam com os bens de maior valor que necessitam de empréstimos, estão vendendo muito menos.

Desempenho das vendas no varejo do Piauí nos últimos 12 meses 0

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-7,3%

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Julho/Agosto 2016

-5,1%

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O consumidor teresinense está mais consciente do seu recurso financeiro, sendo cauteloso para evitar endividamento.

Consumidores teresinenses com dívidas Maio de 2016

53,2%

Por Robert Pedrosa

Junho de 2016

53%

número de consumidores teresinense com alguma dívida caiu 11,51% em junho deste ano, em comparação com junho de 2015. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de Teresina, realizada pela Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Fecomércio-Piauí. De acordo com o levantamento, o percentual de famílias teresinenses que declararam possuir dívidas com cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, carnê de lojas, financiamento de carro e financiamento de casa foi de 53%, contra 59,1% em junho do ano passado. Na comparação com maio de 2016, houve um ligeiro recuo – 53,2% para 53%. Segundo o analista econômico da Fecomércio-PI, Nonato Paz, a boa notícia é que o consumidor teresinense está mais consciente do seu recurso financeiro e, diante da crise econômica, está sendo cauteloso temendo não conseguir honrar suas as dívidas. Por outro lado, dentre as famílias que possuem dívidas, aumentou o número daqueles que não conseguiram pagar contas em atraso. De acordo com o mesmo levantamento, a inadimplência subiu 14,38% em junho na comparação com maio. “O motivo é simples: os consumi-

Maio de 2015

59,1%

O

Consumidores com conta em atraso (dentre os que possuem dívidas) Maio de 2016

15,3%

Junho de 2016

17,5%

Junho de 2015

15,8%

dores não aceitaram renegociar as dívidas, esperando uma melhora nas taxas de juros de mercado. Alguns até estão esperando receber restituição do Imposto de Renda para realizar pagamento de dívidas”, afirma Nonato Paz. Neste levantamento observa-se que as dívidas ficaram mais concentradas no cartão de crédito e no carnê de lojas com 88,0% e 20,8% respectivamente. A pesquisa mostra ainda que os consumidores de Teresina têm renda média de 40,5% comprometida com dívidas. Além disso, 3,7% tem até 10% de renda comprometida e 38% entre 11% a 50%. Neste contexto, a pesquisa revela ainda que 52,1% têm mais da metade de renda destinada a pagamento de contas.

A inadimplência subiu 14,38%. O motivo é simples: os consumidores não aceitaram renegociar as dívidas, esperando uma melhora nas taxas de juros.

Nonato Paz, analista econômico da Fecomércio

Revista Fecomércio

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Fecomércio

Fecomércio

Negociação definiu três pisos salarias diferentes (A, B e C), de acordo com o tamanho das cidades.

Carlos Pacheco

Fechado acordo coletivo entre Fecomércio e comerciários

Valdeci Cavalcante recebe ministros do Trabalho e Planejamento Autoridades estiveram em Teresina para reunião do Conselho Fiscal do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac.

Por Robert Pedrosa

A

Texto e fotos: Ana Cláudia Coelho

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado do Piauí, Fecomercio-PI, o Sindicato do Comércio Atacadista do estado do Piauí (Sindatacadista), o Sindicato do Comércio Varejista do estado do Piauí (Sindivarejista), representantes de respectivas categorias empresariais e a Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços no estado do Piauí (Fetracompi) fecharam convenção coletiva de trabalho, com vigência de 1º de junho de 2016 a 31 de maio de 2017, em relação ao piso salarial dos comerciários do Piauí e outras questões relativas aos setores, como abertura de lojas aos domingos e em datas especiais, como Natal, Dia das Crianças, Carnaval e outros feriados. A negociação inclui apenas os comerciários de cidades que não possuem sindicatos dos comerciários próprios e os trabalhadores do setor de prestação de serviços inorganizados em sindicatos. Assim, por exemplo, o piso salarial de municípios como Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano e outros que possuem suas entidades laborais negociam diretamente com os sindicatos patronais em cada cidade. Na negociação entre a Fecomércio, Sindatacadista, Sindivarejista e a Fetracompi, ficou decidido que haverá três pisos salariais de acordo com o tamanho e população do município. Cidades do grupo A, como Barras, Altos, Bom Jesus, Campo 16

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O

O acordo está em vigência desde 1º de junho, com vencimento em 31 de maio de 2017.

Piso salarial dos comerciários definido no acordo Grupo A (Cidades maiores)

R$ 968,00

Grupo B (Cidades médias)

R$ 957,00

Grupo C (Cidades pequenas)

R$ 946,00

Maior, entre outras, pagarão o piso de R$ 968,00. Cidades do grupo B, como Buriti dos Lopes, Guadalupe, Monsenhor Gil, Luiz Correia, União, entre outras, pagarão o piso de R$ 957,00. Por fim, as demais cidades, do grupo C, pagarão o piso de R$ 946,00. Para quem tem remuneração acima desses valores, o reajuste negociado foi de 10% (dez por cento), repondo, dessa forma as perdas salariais da categoria laboral. A reunião contou com a presença dos advogados Pedro Barbosa e Vilmar Bor-

ges, e dos diretores das entidades patronais, Fábio Cardoso e Nonato Paz, da Fecomércio, o empresário Walter Pereira de Andrade, o funcionário José Guilherme, o estagiário de Direito João Pedro da Costa Brandão, além de Francisca das Chagas Silva, Marcos Holanda e Gilvan Macedo, representantes da Fetracompi. De acordo com a Fecomércio, existem no Piauí 84 mil estabelecimentos comerciais e de serviços que empregam mais de 200 mil pessoas, sendo 80 mil no comércio e 120 mil no setor de serviços.

presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, recebeu representantes de três ministérios no último dia 4 de julho, na Sala de Reuniões do Conselho da Fecomércio Piauí. Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho; Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento e Elisete Berchial, representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário participaram da reunião do Conselho Fiscal do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac. O encontro teve como objetivo promover integração e conhecimento entre os diversos departamentos regionais do Senac. Participaram da reunião a diretora Regional do Senac no Piauí, Elaine Dias, o diretor de Educação Profissional do Senac-PI, Francisco Dias, o presidente do Conselho Fiscal e representante da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José de Sousa e Silva, o diretor e a secretária do Conselho Fiscal do Senac, Claudecy da Silva e Ana Paula Leite (respectivamente); o representante da Força Sindical, Antônio Johann, o representante da CNC, Alci Matos e o representante da CUT, Helton Andrade. Valdeci Cavalcante destacou a importância do Senac para o desenvol-

O Ministro do Planejamento Dyogo Oliveira, o presidente do Senac Valdeci Cavalcante, a diretora do Senac Elaine Dias e o ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira.

vimento do Piauí. “Temos consciência que o empresariado tem visto o trabalho do Sesc e do Senac, tanto na formação de mão de obra como também no atendimento às necessidades sociais dos trabalhadores. Procuramos otimizar o nosso trabalho seguindo todas as normas e regulamentos que são oriundas da CNC”, declarou Valdeci Cavalcante. Ao conferir a evolução da atuação do Senac, com os segmentos e cursos ofertados, o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, pontuou a importância da instituição para o Brasil. “A

qualificação profissional é de extrema importância para o país. O Senac atua de forma bem organizada e segmentada, abrangendo a formação auxiliar, técnica, graduação e pós-graduação. Cursos que acontecem de forma presencial com as unidades móveis e escolas e através da educação à distância.” O Conselho Fiscal (CF) com jurisdição em todo o país é um órgão autônomo de deliberação coletiva, integrante da Administração Nacional do Senac (AN) e que exerce o planejamento, fixação de diretrizes, coordenação e controle das atividades. Revista Fecomércio

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Educação Profissional

Sindicatos

Sincopeças consegue adiar aumento de imposto

Somos todos vendedores?

Diretor de Educação Profissional do Senac-PI Licenciatura Plena em Pedagogia Especialista em Gestão Escolar fcodias@pi.senac.br

A

s empresas, sejam virtuais ou físicas, anseiam por montar uma boa equipe de vendas, um time em que todos na equipe possam se intitular verdadeiramente vendedores, mas essa é uma tarefa que exige cuidados na montagem do grupo e investimentos na aquisição de conhecimentos. Vender pressupõe, antes de tudo, deter o conhecimento do seu produto ou, ainda melhor, da solução que o mesmo promete trazer ao cliente (quem nunca comprou algo em razão do forte poder de persuasão do vendedor? Ou o contrário, deixou de comprar por que o vendedor não conseguiu entusiasmá-lo a realizar a compra da solução?). Você conhece o seu produto? Sabe discorrer sobre o diferencial do mesmo? É capaz de encantar o cliente ofertando mais que o produto, a própria solução que atende aos desejos do cliente? Essas são exemplos de boas perguntas que podemos fazer a nós mesmos e também para cada membro do nosso time de vendas e as respostas nos orientarão a ações inadiáveis. Estar preparado para vender exige sim conhecimentos e a busca por conhecimentos nos conduz a estudar. A qualificação é indispensável e o gerente ou chefe de equipe deve estar apto a atuar para o desenvolvimento do seu time. Em algumas oportunidades a qualificação pode ser realizada pela própria chefia ou por um vendedor experiente, porém, na maioria das oportu18

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Francisco Dias

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nidades o melhor a fazer é ir em busca de auxílio especializado. O mercado da Educação Profissional oferta bons cursos nessa linha, como Qualidade no Atendimento ao Cliente, Técnicas de Vendas, Estratégias de Vendas no

Você conhece o seu produto? Sabe discorrer sobre o diferencial do mesmo? É capaz de encantar o cliente ofertando mais que o produto, a própria solução que atende aos desejos do cliente? Essas são exemplos de boas perguntas que podemos fazer a nós mesmos e também para cada membro do nosso time de vendas e as respostas nos orientarão a ações inadiáveis.

Varejo, Aperfeiçoamento Profissional para Promotores de Vendas, Falar em Público, Comunicação Eficaz, Supervisão de Vendas, Aperfeiçoamento em Telemarketing e cursos sobre o uso da informática aliada à

potencialização das mídias sociais que também ajudam a vender. E muito. Equipe preparada é um diferencial insubstituível, já que não conseguimos produzir nada de extraordinário sozinho e menos ainda com time de amadores. Vender é importante, mas a venda se liga umbilicalmente ao ato de gerir as mesmas. Para isso os processos da venda necessitam estar alinhados e ser do conhecimento de todos os colaboradores. Quem não já chegou a alguma loja para comprar algo e ouviu um “tem não, acabou”. Que é complementado por um “acabou por que esse produto vende muito”. Mas, então, se vende muito por que deixamos faltar algo tão procurado pelo cliente? Aqui no Senac, no segumento Gestão, na gestão cursos como Gerência Comercial, Gerência de Atendimento, Gerência Administrativa, Gestão de Serviços, Gestão de Estoques, Excel podem ajudar em muito a se melhorar o trabalho de vendas. Somado a tudo isso é preciso cuidar do fator gente e, nesse quesito cursos como o básico, mas indispensável Relações Interpessoais no Trabalho e o também eficiente Gerência de Recursos Humanos se fazem necessário e podem oferecer boas ferramentas para a gestão da equipe o que potencializa resultados. Equipe capacitada, valorizada e eficiente na venda e na gestão formam um trinômio de sucesso e é nisso que a sua empresa precisa investir.

Atendendo à solicitação da categoria, Secretaria da Fazenda prorrogou até 31 de agosto o MVA de 56,9% sobre ICMS. Por Robert Pedrosa

O

Governo do Estado do Piauí, através da Secretária da Fazenda (Sefaz), atendendo à solicitação do Sindicato do Comércio de Veículos, Peças, Acessórios e Serviços para Veículos do Piauí (Sincopeças-PI), prorrogou, até o dia 31 de agosto, o prazo de aplicação da nova Margem de Valor Agregado (MVA), para

efeitos de substituição tributária nas operações interestaduais com autopeças. Assim, até o final de agosto, o valor a ser pago pelos empresários de autopeças continuará sendo de 56,9% do MVA sobre o ICMS. A Sefaz previa um aumento para 71,78% já no início de julho, mas o sindicato conseguiu que o Governo prorrogasse por mais dois meses o mesmo valor. “Desde o ano de 2014 estamos conseguindo, com muito esforço manter esse percentual. Novamente, conseguimos prorrogar até 31 de agosto, enquanto o Governo avalia de forma mais acurada como vai

ficar: se permanecerá definitivamente os 56,9% ou se subirá para 71,78%”, afirma Erivelton Moura, presidente do Sincopeças/PI. O empresário ressalta que a prorrogação é importante para a sobrevivência do mercado de autopeças piauiense, já que o aumento do percentual trará prejuízos ao segmento, principalmente nas vendas externas. “No Estado do Ceará, fronteira seca e principal concorrente, permanece com o MVA no percentual de 40% sem ajuste e inalterado desde o ano de 2004”, explicou Moura.

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Direito e Empresas

Câmara

O empresário não é vilão, mas herói!

Projeto de Zona Franca é lançado em Teresina Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI campelo@campelocampelo.com.br

Texto e fotos por Ascom

O

empresário no Brasil é vitimado por uma nefasta cultura que o colocou perante a sociedade como um vilão, quando na realidade, só pelo fato de conseguir sobreviver num cenário hostil e desfavorável como o que está obrigado a enfrentar todos os dias, deveria ser visto como um herói. A alcunha de vilão, ao tempo que representa uma injustiça inominável para com o empresariado brasileiro, tem representado ao longo da história um fardo por demais pesado, invisível aos olhos dos que condenam, mas bem palpável para quem vem sendo obrigado a sobreviver um dia de cada vez, sem ter certeza e segurança sobre como será o amanhã. E quantos nem sequer têm o direito de estar no amanhã... A cultura do empresário vilão surge de equívocos seculares como o jargão ideológico-religioso de que ‘lucro é pecado’, por exemplo! Outras falácias, como a que enxerga no empresário um detentor de capital e explorador do trabalho, somam-se ao longo do tempo e terminam por contribuir para esta distorcida análise. Observa-se que o empresariado brasileiro suporta uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, sendo que o retorno do Estado está muito longe de ser o adequado, muito pelo contrário, pois além dos impostos e demais con20

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Câmara Municipal realiza sessão especial para o lançamento do projeto que vai beneficiar empresas locais.

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tribuições sociais e previdenciárias, o empresário também tem que investir em segurança, na saúde e na qualificação de seus empregados, quando não em lazer,

O empresário tem que enfrentar as crises sem demitir empregados, sem aumentar os preços de seus produtos e serviços, sem reduzir a sua carga tributária, sem deixar de pagar seus empréstimos, enfim, deve suportar a dor, afinal faz parte dos riscos da atividade, do negócio, e como tais devem ser suportados por quem se aventurou na atividade empreendedora. Este é o prêmio!

alimentação, transporte, etc., obrigações que deveriam caber à Administração Pública. Mas não é assim, e o empresário tem que enfrentar as crises sem demitir

empregados, sem aumentar os preços de seus produtos e serviços, sem reduzir a sua carga tributária, sem deixar de pagar seus empréstimos, enfim, deve suportar a dor, afinal, faz parte dos riscos da atividade, do negócio, e como tais devem ser suportados por quem se aventurou na atividade empreendedora. Este é o prêmio! E o desânimo bate à porta, o desestímulo por se lutar anos a fio sem uma contrapartida razoável, sem ao menos um reconhecimento por ter sido capaz de lutar e de resistir às intempéries, fazendo girar o capital e a economia, gerando empregos, sustentando famílias e suprindo muitas vezes a ausência do próprio Estado. O desejo de reconhecimento, de valorização, de ser visto como o que verdadeiramente é: um herói, longe de representar uma mera vaidade, até porque o reconhecimento que se almeja não se reveste de nenhuma pompa ou circunstância, é uma necessidade de justiça, de ação e de estímulo. Urge, pois, que os falsos paradigmas sejam quebrados, que a verdade seja exaltada, que a realidade se descortine, para que a sociedade possa efetivamente compreender a verdadeira função do empresário, seu propósito de servir e a sua essencialidade para a existência do Estado e da sociedade.

L

ocalizada no meio norte do Brasil, Teresina poderá usar esse fato para se beneficiar economicamente. Equidistante das principais capitais do Norte, Centro-Oeste e Nordeste, Teresina é região ideal para ser projetada como centro distribuidor de mercadorias e serviços, pois neste raio localizam-se mais de 50 milhões de consumidores. Isso funcionaria através da Zona Franca de Teresina. No dia 11 de julho, a Câmara Municipal realizou uma sessão especial para o lançamento do projeto executivo. A proposição foi do vereador Ricardo Bandeira. A Zona Franca é uma área delimitada, onde entram mercadorias nacionais ou estrangeiras beneficiadas com incentivos fiscais e com tarifas alfandegárias reduzidas ou ausentes. No Brasil, existe a Zona Franca de Manaus, mas a diferença é que no caso de Teresina será priorizada a industrialização das matérias primas genuinamente piauienses, agregando valor aos produtos locais. “Acreditamos que a renúncia fiscal será bem menor do que aquela provocada pelo modelo inicial de Manaus, uma vez que a maioria dos produtos a serem transformados já são originalmente isentos, haja vista sua procedência ser do setor primário”, disse Bandeira. O projeto injetará em 10 anos 25 bilhões de reais no PIB do Piauí e deve gerar 20 mil empregos diretos e 100 mil indiretos.

Sessão proposta pelo vereador Ricardo Bandeira contou com a presença de várias autoridades do estado do Piauí.

Meio norte do Brasil Teresina tem a localização mais estratégica de uma capital brasileira para se projetar como centro distribuidor de mercadorias e serviços.

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Empregado sem dívidas, empresa mais produtiva

mento. Já a empresa sofre com a queda de produtividade. Segundo estudo do Internacional Stress Management Association (ISMA-BR), a perda econômica nas empresas do Brasil por esse motivo alcança 42 bilhões de dólares por ano. A pesquisa do ISMA-BR mostrou, ainda, que 89% das pessoas que se identificam com o presenteísmo apresentam sintomas físicos, como dores musculares e dor de cabeça. Além disso, 72% sentem cansaço, 39% sofrem de distúrbios do sono e 28% têm doenças gastrointestinais. “Sempre alerto aos empresários que uma das saídas para o absenteísmo, queda de produção ou mesmo para autos índices de acidentes de trabalho é desenvolver a educação financeira em suas corporações, uma vez que as dívidas e a falta de dinheiro são os principais motivos que levam os trabalhadores à desmotivação e a faltas no emprego para resolver os problemas”, afirma Reinaldo Domingos.

As organizações promovem, cada vez mais, a educação financeira de seus colaboradores, de modo a aumentar a produtividade e, consequentemente, os lucros. Por Robert Pedrosa

P

or mais que seja profissional, sabendo separar a vida pessoal da vida corporativa, o funcionário de uma empresa também é um ser humano repleto de sentimentos e, como tal, está sujeito a misturar, em algum momento, os problemas pessoais aos de seu trabalho. Nesse momento de recessão econômica, com inflação alta e queda do poder aquisitivo de parte dos trabalhadores, tem aumentado o número de pessoas com dificuldades financeiras e isso afeta, direta ou indiretamente, o rendimento profissional. A Revista Fecomércio inicia uma materia especial no sentido de discutir o assunto dentro das empresas piauienses, ouvindo colaboradores, empresários e especialistas em educação financeira. Com a comprovação, através de pesquisas, da interferência dos problemas financeiros dos funcionários na produtividade da empresa, o tema é cada vez mais aceito pelos diretores e levado para o debate dentro do ambiente corporativo piauiense. A procura para resolver o problema, com a ajuda de especialistas, tem crescido muito no mercado local. O educador financeiro Reinaldo Do22

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Anthony Caronia

Especial

Muitas companhias concedem um grande número de benefícios e auxílios aos funcionários. No entanto, esquecemse de um fator fundamental para o equilíbrio psicológico de seus profissionais: a saúde financeira.

Reinaldo Domingos, presidente da DSOP, educador e terapeuta financeiro.

Instituições orientam funcionários sobre gastos financeiros mingos, autor do best-seller Terapia Financeira e presidente da DSOP Educação Financeira (organização dedicada à disseminação da educação financeira no Brasil e no mundo), explica que um empregado que fica com a cabeça pensando em dívidas domésticas não consegue produzir de forma plena. “Os problemas causados pela falta de dinheiro ou mau uso dele, fazem com que o profissional perca o foco no trabalho”, afirma Domingos. O especialista destaca que dois comportamentos são constantes em empresas cujos funcionários passam por problemas financeiros: o presenteísmo e absenteísmo. O primeiro conceito acontece quando

o colaborador não contribui inteiramente para a produtividade da organização naquele dia, porque, embora esteja lá de corpo presente, despende uma grande quantidade do tempo de trabalho abstraídos ou fazendo coisas outras que não o próprio trabalho. Já o absenteísmo ocorre quando um trabalhador falta ao serviço. Em ambas as circunstâncias, segundo Domingos, a questão financeira está envolvida diretamente e nestes casos, tanto trabalhador quanto a empresa perdem. O primeiro, porque a organização pune com descontos nos salários, fato que complica ainda mais a situação desse trabalhador, gerando insatisfação e queda no rendi-

Instituições públicas passaram a perceber que o servidor endividado apresenta os mesmos sintomas e prejudica os serviços prestados à população. Preocupada com o bem-estar dos funcionários, a promotora de Justiça Cléia Fernandes sugeriu o tema ao Comitê de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho do Ministério Público do Estado do Piauí, através do programa “Bem Viver no MP PI”. Na palestra para cerca de 60 pessoas, entre promotores, servidores e estagiários realizada no mês de abril, a educadora Lethycia Carneiro abordou a metodologia DSOP, elaborada e disseminada pelo autor Reinaldo Domingos. Segundo a chefe da Divisão de Desenvolvimento Humano, Bem-estar e Segurança do Trabalho do MP, Solange de Oliveira Costa, a preocupação maior do comitê foi capacitar os integrantes da instituição para cuidar melhor de suas finanças, considerando-se os tempos de crise e instabilidade financeira no cenário econômico atual. “A palestra foi muito esclarecedora, no sentido de chamar a atenção para práticas de gestão de orçamento pessoal equivocadas, muitas vezes praticadas pela maioria das pessoas, sem que estas se deem conta do prejuízo que têm causado ao bolso e aos próprios sonhos”, afirmou Solange. Revista Fecomércio

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Especial

Poupar para poder investir

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Revista Fecomércio

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Por Karla Nery Fotos: Divulgação

Se economizar já é difícil, imagina saber por onde começar a investir o seu dinheiro para que de fato ele comece a render para você. Algumas pessoas já estão fazendo isso. Elas já entenderam que não basta só depositar o dinheiro na poupança, pois com a inflação todo mês, elas perdem dinheiro. Já aprenderam que o título de capitalização nada mais é que uma poupança forçada e um dos piores investimentos que se pode fazer. Também já começaram a pesquisar sobre outras formas de investir como o Tesouro Direto, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), Certificado de Depósito Interbancário (CDI), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Fundos de Investimentos e, inclusive, no mercado de ações. Mas, calma! Existem cursos específicos para quem quer entender mais sobre investimentos, que ensinam a ficar atento a rentabilidade, taxas de juros, impostos, inflação, bolsa de valores, qual a melhor hora para comprar e vender títulos e ações, como avaliar se aquele é um bom investimento ou não. Eles vão orientar inclusive se existem mais vantagens em fazer esses procedimen-

Cinco princípios para investir seu dinheiro 1 - Invista com regularidade; 2 - Reinvista lucros e dividendos; 3 - Invista em empresas e setores de crescimento; 4 - Diversifique os investimentos (Renda Fixa/ Renda Variável/ Imóveis); 5 - Busque informações do mercado e aja. Fonte: Marcelo Moretta / Bolso Forte

tos pelas corretoras ou pelos bancos. Nesses casos, é sempre bom buscar a ajuda de um especialista. O administrador e consultor financeiro Marcelo Moretta esteve recentemente em Teresina ministrando um curso no Metropolitan Hotel. Ele explica que qualquer pessoa pode começar a investir, pois no Tesouro Direto, por exemplo, só precisa R$ 30,00 e ele pode render o dobro da poupança, que

para abrir precisa ter no mínimo R$100,00, só que a maioria das pessoas não têm essa informação. “Antigamente, quem detinha o poder eram os donos das terras, pois vivíamos o Sistema Feudal. Depois, passamos para o Sistema Industrial onde quem tinha o poder eram os donos das máquinas. Hoje, vivemos na Era da Informação. Ela é o bem mais precioso. Quem detêm o poder é quem detêm o conhecimento”.

Câmara aprova disciplina sobre educação financeira nas escolas de Teresina

Thiago Silva é um funcionário que se organizou melhor após palestra de educação financeira.

O consumo desenfreado e a falta de planejamento financeiro vêm desde a infância. Os especialistas ressaltam, no entanto, que quando mais cedo soubermos lidar com dinheiro, menos teremos problemas em administrá-lo. Foi isso que levou o vereador Ricardo Bandeira a propor um projeto de lei que insere o ensino da temática educação financeira como disciplina transversal na grade curricu-

Ilustração

ção”, comenta Raimundo Lopes, consultor de gestão empresarial da Fortes. A educadora financeira Karla Nery frisa que o funcionário com problemas financeiros passa a perder o foco no trabalho e a ter uma dimuição na produção. Além disso, pode chegar a culpar a empresa pelo salário que ganha, ao invés de administrar bem o seu rendimento. “O problema não é o tanto que se ganha, mas como se gasta”, orienta. Thiago Silva, que trabalha há quatro anos na Fortes, foi um dos 40 funcionários da empresa que participou da palestra e que avaliou como satisfatório o resultado. “Embora, eu já me considere equilibrado financeiramente, após a palestra eu estou mais organizado e percebo que produzo mais”, contou.

Karla Nery ministrou palestras para os colaboradores da Fortes Tecnologia. Carlos Pacheco

Mariele Baía explica a funcionários da Marko Informática como ter boa saúde nas finanças.

Júlio Baía

Sell Clínica inaugurou espaço novo com palestra de Cláudia Santos, voltada para as mulheres. Júlio Baía

Ao perceberem o impacto da saúde financeira dos funcionários na produtividade da organização, empresários piauienses começam a aderir ao tema e já promovem palestras e cursos entre seus funcionários de forma preventiva. A Sell Clínica de Saúde e Beleza inaugurou sua nova sala para reuniões e aulas justamente com uma palestra sobre educação financeira. “Num momento econômico difícil que o país atravessa, é importante que haja esse planejamento financeiro”, afirma Patrícia Nunes, proprietária da clínica. Na palestra, a educadora financeira Cláudia Santos explicou que a grande maioria das pessoas não faz planejamento financeiro e compra sem pensar, por isso acaba se endividando. “O foco do nosso trabalho é ajudar as pessoas a diagnosticar seus gastos e identificar quais são seus sonhos e a partir daí propor mudanças de comportamento para que ela consiga realizá-los”, afirmou. Uma das convidadas que gostou muito da palestra foi a empresária Isabela Prado. “Eu descobri que não estava fazendo nenhuma economia para atingir esse objetivo. Agora vou fazer um planejamento”, comentou. A Marko Informática também já aderiu. A educadora financeira Marielle Baía promoveu uma palestra a pedido do gerente operacional da loja, Antônio Rios, que pretende, em breve, que a DSOP faça um curso com os funcionários. “Seria importante se tivéssemos uma orientação financeira na sala de aula desde criança. Hoje, teríamos outra sociedade. O funcionário equilibrado financeiramente trabalha melhor, consegue se concentrar e produz muito mais”, opina Rios. A Fortes Tecnologia em Sistemas foi outra que buscou por esse tipo de palestra. “A gente vê o indivíduo como um todo e sabe que a boa saúde financeira dos funcionários é positiva também para a organiza-

Robert Pedrosa

Empresas piauienses aderem à educação financeira

lar das escolas municipais. A proposta foi aprovada pela Câmara Municipal de Teresina. “Acredito que com informação e orientação podemos nos tornar mais conscientes em relação à administração de nossos recursos desde a infância”, disse o vereador. Isso vai contribuir para o desenvolvimento da cultura de planejamento, poupança e consumo consciente. Revista Fecomércio

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Educação Financeira

Educação Financeira nas empresas: por que inserir?

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rise é uma palavra que vem sendo frequentemente usada e que afeta diversos âmbitos da sociedade, podendo se tornar um círculo vicioso perigoso. Problemas na vida pessoal refletem diretamente no comportamento no ambiente de trabalho, gerando presenteísmo, absenteísmo, desmotivação, queda na produtividade, pedidos de demissão, dentre outras ações que prejudicam o desempenho profissional. A relação trabalho x pessoal é intrínseca, o que, por consequência, reflete no desenvolvimento da empresa. Por esse motivo, precisa receber a atenção devida, especialmente quando se trata de assuntos relacionados a finanças. E uma das maneiras mais eficazes de lidar com a questão, sem dúvida alguma, é oferecendo educação financeira a todos os colaboradores, não importando o cargo ou faixa salarial. Outros sinais de funcionários com problemas de desequilíbrio financeiro que podem comprometer seriamente o bom funcionamento e a rentabilidade da instituição, são as faltas constantes ao trabalho, pedidos de adiantamento e empréstimos e até mesmo, furtos. Aumento de salários e benefícios pode parecer uma saída, mas, muitas vezes, não é, nem para a instituição, nem para o colaborador. É preciso mais, é preciso orientação e suporte. Quando se implanta um programa 26

Revista Fecomércio

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de educação financeira na empresa é exatamente essa estrutura de apoio, amparo e instrução que se consegue oferecer aos colaboradores. Eles pas-

Um dos sinais de funcionários com problemas de desequilíbrio financeiro que podem comprometer seriamente o bom funcionamento e a rentabilidade da empresa são as faltas constantes ao trabalho, pedidos de adiantamento e empréstimos e até mesmo furtos. Aumento de salários e benefícios pode até parecer uma saída, mas, muitas vezes, não é, nem para a instituição, nem para o colaborador.

sam a entender quão importante é respeitar os limites do padrão permitido pelo orçamento financeiro e ter obje-

Reinaldo Domingos Educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP reinaldo.domingos@dsop.com.br

tivos de vida priorizados dentro dessa realidade. Aprenderão o hábito do consumo consciente, poupando antes de gastar e não cedendo aos impulsos e compulsividades que tanto os levam ao desequilíbrio financeiro, motivando um caos generalizado. Eles passarão a compreender a importância de se planejar para uma aposentadoria sustentável, conseguindo alcançar a tão sonhada independência financeira. O que as pessoas precisam é de orientação para praticar uma mudança concisa de comportamento e hábitos perante o uso e a administração dos recursos financeiros que passam pelas suas mãos ao longo da vida. De nada adianta conceder mais dinheiro e/ou benefícios, pois apenas serão paliativos e não resolverão de fato a causa do problema. Por meio da educação financeira, os pedidos de aumento de salário, a utilização do crédito consignado, a necessidade de realizar horas extras, enfim, todas essas práticas comuns até então serão encaradas de maneira mais consciente, gerando um “ganha-ganha” que não tem preço, fazendo com que a crise seja mais uma palavra fora do vocabulário de ambas as partes envolvidas.

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Capa

Descomplicando as vendas Descomplicando as venda$ Nenhum negócio funciona sem comercializar seus produtos. Saiba as diferentes estratégias que alguns empreendedores têm usado para atrair (e manter) clientes. Por Robert Pedrosa Fotos: Carlos Pacheco

S

onhos, emoções, exigências, valores, confiança, atenção, necessidades, vontades. São muitos os sentimentos e situações envolvidas na relação comercial das empresas com seus clientes. Em tempos de turbulência econômica e incertezas sobre o futuro, em que o comprador evita ao máximo fazer dívidas ou investimentos, torna-se mais fundamental ainda para o empreendedor conhecer (e aplicar) o processo de venda.

Etapas do processo de venda 28

Revista Fecomércio

Afinal, sem ela, o negócio não se mantém e a empresa não funciona. Esta edição da Revista Fecomércio foi conhecer a história de alguns empresários, consultores, lojistas e profissionais que lidam diariamente com vendas e a complexidade de como se dá todo o processo comercial. Descobrimos que desde o preço até pequenos, mas importantes detalhes, são decisivos na hora do cliente optar pela compra ou desistir dela. Quem trabalha com vendas têm que apreciar de tudo um pouco: economia, psicologia, etiqueta, administração e até comunicação. Isso porque o negócio não envolve apenas uma, mas várias ciências ao mesmo tempo. E, apesar da importância dos cursos na área, é na prática diária que os aprendizados acontecem de maneira mais certeira.

Abordagem

O vendedor deve ser sempre simpático, abordando o cliente com uma saudação (como um bom dia!) e oferecendo uma água ou café, por exemplo.

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O bom vendedor é aquele que consegue despertar o desejo e a necessidade do cliente em comprar. Dessa forma, a comercialização se dará de maneira mais prazerosa e espontânea, sem tantas hesitações. É com esse fundamento que a consultora e palestrante Marina Simão tem atuado para alavancar negócios de empresas piauienses. E os resultados têm aparecido. Em março, Marina Simão foi contratada por uma loja de Teresina e, após fazer um diagnóstico do ambiente, a consultora orientou cada um dos funcionários e explicou como deveriam abordar o cliente. No local, ela aplicou a técnica Smart (específico, mensurável, alcançável e temporal) para estabelecer as metas da loja. “Um dos pontos que fiz questão de ressaltar com o dono do negócio é que precisaríamos estabelecer metas den-

Sondagem

Situação em que o vendedor descobre se o produto procurado é para o próprio cliente ou para uma terceira pessoa, se é para uso diário ou não.

tro da realidade. Eu não poderia propor algo impossível de ser alcançado, pois teria um efeito contrário, trazendo frustração para todos”, afirma. Com o acompanhamento da consultora, as vendas subiram 30% em um mês, deixando tanto lojistas quanto vendedores vitoriosos e mais entusiasmados. “Eu trabalho a consultoria em vendas usando uma técnica que abrange várias etapas, como a abordagem, a sondagem, a demonstração do produto e a venda adicional. Cada uma das etapas tem que ser seguida, nenhuma pode ser pulada”.

A venda é um trabalho baseado na necessidade e no desejo, ensina a consultora Marina Simão.

Representante comercial: uma relação de confiança com o lojista Para que um produto chegue até o consumidor, antes é escolhido pelo lojista que, por sua vez, precisa de um intermediário entre a indústria para definir o que vai comprar. Essa intermediação é feita pelo representante comercial. José Araújo, presidente do Conselho Regional de Representantes Comerciais do Piauí (Core-PI), tem 40 anos de profissão e conta como o comércio mudou nesse período. “Ainda levamos produtos para mostrar aos lojistas, mas com a informática, é cada vez maior o uso de imagens pelo notebook para o empresário fazer a escolha”, comenta. Araújo ressalta, porém, que o lojista só compra produtos quando confia no representante comercial. No início, há uma certa resistência, mas depois que estabelece uma relação de confiança, o negócio é fechado. “O representante que não conquistar a confiança não vende”, diz.

Demonstração do produto

É necessário o vendedor ter total conhecimento sobre o que está vendendo, para que saiba os contras e, principalmente, os benefícios que o produto trará ao cliente.

José Araújo, presidente do Core-PI, mostra os produtos que leva para os lojistas escolherem e fazerem o pedido.

Venda adicional

É quando o vendedor oferece algo para auxiliar no uso do produto inicial. Se o cliente for comprar um livro, ofereça um suporte para livros, por exemplo.

Pós- venda

Mesmo com o consumidor já levando o produto, o processo de comercialização não foi concluído. É importantíssimo saber se o cliente ficou satisfeito com a mercadoria, se está tendo problemas, etc.

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Na crise, o consumidor pesquisa bastante os preços antes de comprar

Da informática para a venda de brinquedos

No segundo ano consecutivo da maior recessão da história do Brasil, as empresas precisam estar preparadas para a mudança de comportamento do consumidor. Com menos dinheiro ou com o risco de perder o poder aquisitivo, ele busca economizar e por isso intensifica as pesquisas de preços de produtos semelhantes, vendidos em estabelecimentos diferentes, como os supermercados. Disney Rodrigues, gerente comercial do Comercial Carvalho, a maior rede de supermercados do Piauí, afirma que os clientes estão menos dispostos a comprar e por isso analisam mais a concorrência. “Hoje o cliente avalia mais os tabloides de ofertas (chega a entrar na loja com o panfleto da concorrência também). Antes da crise não, isso pouco importava”, conta o gerente. Para se manter na liderança do setor, o Carvalho tem uma equipe de 85 pessoas no setor comercial, dividido entre compras, marketing e merchandising. É essa seção que elabora as principais estratégias para manter o produto cada vez mais atrativo.

Em 2007, o empresário Flávio Germano, então proprietário de uma loja de informática no Teresina Shopping, viu a concorrência aumentar e as vendas caírem. Antes que o negócio trouxesse mais prejuízos que lucros, resolveu apostar no segmento de brinquedos, dentro da própria loja de informática, para ver o resultado. No início, colocou poucas opções, dividindo o espaço com produtos de informática. Com a boa procura, os brinquedos logo foram ganhando mais destaque até se tornarem o principal mix da empresa. Pronto: estava nascendo a Dinolândia, hoje a maior loja de brinquedos genuinamente piauiense. O sucesso foi tanto que Germano resolveu abrir uma filial na Avenida Dom Severino, com estacionamento amplo e playground para as crianças, mesmo mantendo a loja no shopping. Logo, a loja caiu no gosto do público, pois tinha, além do espaço para as crianças, fachada temática, uma lanchonete e o museu dos brinquedos. “Temos um diferencial em nosso ramo

Disney Rodrigues, gerente do Comercial Carvalho, comanda uma equipe de 85 pessoas no setor.

Toda venda ou compra no Carvalho passa por avaliações, como verificar se o produto/fornecedor tem boa aceitação no mercado, se é importante para o negócio, se o fornecedor/produto tem condição de cumprir com o Plano de Negócio, entre outros. Na área de marketing, as estratégias de vendas utilizadas junto aos fornecedores do Carvalho são mídias televisivas, em rádios, lâminas e tabloides; ações internas como:

Leve + e pague -, Festivais, Semana de.... , ações de degustação, abordagens, entrega de brindes, folders; ações com campanhas para alavancar as vendas em parceria com os fornecedores; melhoria da sinalização promocional nas lojas e fora dela e utilização de carros de som, locutor na loja. Tudo isso faz com que o Carvalho se mantenha entre as 100 maiores empresas contribuintes de ICMS do Piauí e é a 18ª empresa entre os supermercados do Brasil.

Conhecimento e experiência tornam vendas de viagens um negócio diferente Nem sempre a venda é adquirir um produto. O cliente pode comprar um serviço. E, diferente daquele, em que você usa por um certo tempo, o serviço é consumido logo e tem uma avaliação muito subjetiva. Muitos empreendedores lidam diariamente com esse desafio,

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como é o caso da consultora de viagens Rosana Barros, da Primeira Classe Turismo. Há 16 anos no mercado, Rosana cita como diferencial no seu ramo a emoção. “Trabalhamos com emoção, com experiências, com expectativas das pessoas. Então, é uma responsabilidade muito grande, mas que nos dá satisfação”, conta. A habilidade, o conhecimento e o tempo no mercado são três itens muito importantes que contam no sucesso de um consultor de viagens. Um dos campos de trabalho, que consiste em agendar viagens de palestrantes

em congressos, exige bastante atenção. “Quando uma empresa precisa que o convidado (palestrante) esteja em determinado lugar e hora, temos que nos mobilizar para isso, sabendo o melhor horário do voo, o hotel mais próximo. E, temos que nos preparar para imprevistos, como cancelamento ou atraso de voos. Quando isso acontece, nossa experiência profissional permite colocar o convidado num voo seguinte de maneira mais rápida, solução que o usuário comum teria dificuldades”, explica Rosana Barros.

No caso de viagens de lazer, a consulta ensina que é preciso extrair o máximo de informações possíveis do cliente para evitar que se ofereça algo que ele não irá usar. “Há pessoas que fazem questão de ficar em um hotel de luxo, já para outras isso não importa, preferem investir em passeios na cidade. Tem também os que não medem gastos financeiros. Cada cliente tem um perfil e precisamos estar sempre atento aos detalhes, que são importantíssimos e cativam o consumidor para oferecer o produto que irá atender suas necessidades. Esse diálogo para conhecer o cliente é fundamental”, afirma a consultora.

Flávio Germano tem um atendimento diferenciado na Dinolândia

que é o atendimento e ações que mantêm o cliente em contato conosco. Usamos as redes sociais para informar aos clientes sobre um novo brinquedo e há uma interação muito grande entre o vendedor e o departamento de compras”, explica Germano. O empresário acrescenta explica que é necessário o empreendedor ter sempre um

capital de giro para fazer compras, mesmo que as vendas não estejam desejáveis. E, se for necessário se desfazer de algum patrimônio, que seja feito. “O pior é comprar para pagar depois, pois há o risco de você não apurar e depois ficar tão endividado que poderá ter que se desfazer do patrimônio que antes hesitou em vender”, orienta.

Habilidade e experiência contam no sucesso de um vendedor de viagens, segundo a consultora de viagens Rosana Barros. Revista Fecomércio

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Inovação e dinamismo fazem empresa aumentar o faturamento Inovação, dinamismo, nunca deixar o cliente sem novidade. É essa a fórmula que a Hot Sat tem usado para se manter líder em seu segmento no Piauí. Atuando na venda atacadista de antenas parabólicas, sons para festas, câmeras de segurança e climatizadores, a empresa viu suas vendas melhorarem ano após ano. Desde a fundação, em 1994, até agora, a posição da empresa no ranking dos maiores contribuintes do Piauí saltou da 202ª para a 55ª posição. Marcelo Lira, gerente de vendas da empresa, diz que o comportamento do consumidor mudou nesses 22 anos e a Hot Sat teve que se adaptar. “Começamos fabricando antenas parabólicas, mas com o advento das TVs por assinatura, as antenas deixaram de ser tão procuradas. Então passamos a fabricar caixas amplificadas para uso doméstico e de eventos, tendo uma boa aceitação”, conta o gerente. Aos poucos, a loja foi ampliando a

Marcelo Lira, gerente de vendas da Hot Sat, diz que a empresa teve que se adaptar à mudança de comportamento do consumidor.

variedade de produtos e tendo boa aceitação. Uma característica da empresa é que os produtos vendidos são fabricados na China, mas seguindo o projeto desenvolvido pela Hot Sat. Assim, são marcas próprias da Hot Sat. “Nós va-

mos três vezes por ano para a China para acompanharmos a produção, e deixar o produto com a cara do cliente”, explica Marcelo Lira. Entre as marcas próprias, as mais famosas da empresa são a Telespark e HS Sound.

Conhecer o mercado local é fundamental para vender imóveis Comercializar um imóvel é algo muito mais complexo do que outras vendas, pois em geral a aquisição de casa ou apartamento é o maior investimento da vida de uma família. Neste sentido, requer do vendedor domínio total não somente do produto, mas de todo o mercado local. O consultor de imóveis Daniel Martins explica que além das características do imóvel em si (tamanho, quantidade de quartos, material utilizado e prazo de entrega), o cliente considera muitos outros aspectos, como localização e valorização. Usando justamente a localização e as características do mercado local, Daniel Martins teve a ideia de coordenar e elaborar projetos de construção de condomínios horizontais na zona leste de Teresina, tendo como parceira a Incorporadora Economé32

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O consultor de imóveis Daniel Martins diz que a venda requer domínio de todo o mercado local.

trica e a Construtora RTF, de preço compatível com o mercado. “Antes, tínhamos apenas casa de alto padrão em condomínios de luxo, deixando muitas famílias de classe média sem a opção deste estilo de moradia.

Então resolvemos apostar em casas menores e funcionais, sem retirar o conforto, o espaço de lazer e a segurança que todo cliente deseja”, conta o consultor. As vendas desse tipo de condomínio até hoje são um sucesso.

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Sesc

Mostra Sesc Amazônia das Artes Evento terá início no Piauí em agosto e traz cultura e diversidade. Por Raquel Lopes Fotos: Divulgação

C

onexões, intensidades, intercâmbios, redes e diversidades são palavras que marcam a 9ª edição da Mostra Sesc Amazônia das Artes, projeto do Sesc para a circulação e intercâmbio das artes, que desconstrói a ideia de que não é possível fazer arte fora dos grandes eixos. A Mostra traz trabalhos com potência criativa, inquietações e provocações de artistas de dez estados brasileiros, que geograficamente e politicamente estão identificados como Amazônia Legal, são eles: Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão, Amapá, Tocantins e Piauí. O evento é realizado com

apoio técnico e financeiro do Departamento Nacional do Sesc. Em todas as suas edições, a Mostra já apresentou trabalhos de mais de 570 artistas, que se conectaram e conheceram públicos diversos. Na edição deste ano serão apresentados trabalhos nas linguagens de literatura, música, artes cênicas, artes visuais, cinema e performance. De acordo com Raimundo Nonato da Silva, coordenador de cultura do Sesc Centro, em Teresina, o evento é um dos maiores projetos de circulação de artes integradas da região norte e um dos mais expressivos do país. “O evento foi criado há nove anos para difundir a produção artístico-cultural dos estados da Amazônia Legal e já está consolidado, sendo uma importante rede de intercâmbio das artes e da cultura, que pretende ultrapassar a indispensável ação de divulgar os trabalhos, mas

Programação do Sesc Amazônia das Artes 2016 Data

se desafia também a criar laços, fortalecer a criação artística e dar visibilidade para as potencialidades estéticas que existem”, afirma Nonato. A edição deste ano teve início nacionalmente no mês de maio e em agosto chegará a Teresina, com apresentações na Casa da Cultura, Teatro do Boi, Teatro 4 de Setembro e Clube dos Diários. “A Mostra vem muito intensa esse ano, fazendo um apanhado da produção artística local e também dos estados envolvidos, o que é muito positivo para todos os artistas, que têm suas produções circulando pelo país. O Amazônia das Artes fomenta a cultura e privilegia o público que assiste as apresentações. Para o Sesc é sempre um prazer estar envolvido em um projeto tão diversificado linguagem, tão bonito”, afirma Maria do Livramento Machado, coordenadora regional de cultura do Sesc Piauí.

Espetáculo

Nome

Estado Horário

Local

08/08

Música

Música de brincadeira

AC

15h

Teatro do Boi

08/08

Música

Ensaio vocal

PI

20h

Teatro 4 de Setembro

09/08

Teatro

A Casa de Bernarda Alba

PI

20h

Teatro 4 de Setembro

10/08

Dança

Menu de heróis

PI

15h

Teatro do Boi

11/08

Música

Pregões

PA

20h

Palácio da Música

12/08

Teatro

AP

20h

Teatro 4 de Setembro

13/08

Teatro

Mal criadas Fiu-Fiu - Um encontro entre pássaros

MT

10h

Teatro 4 de Setembro

15/08

Música

Travessia

AM

20h

17/08

Teatro

Velhos caem do céu como canivetes

MA

15h

Espaço Cultural Osório Júnior Teatro 4 de Setembro

17/08

Dança

Selfie

MT

15h

Teatro do Boi

18/08

Música

Traduções

TO

20h

Palácio da Música

19/08

Dança

Requiem para dois

AM

20h

Teatro 4 de Setembro

20/08

Dança

Sotaque?

PI

20h

Clube dos Diários

23/08

Teatro

As Mulheres de Aluá

RO

20h

Teatro do Boi

Fiu-Fiu.

As mulheres de Aluá.

Requiem para dois.

Selfie.

Sotaque.

Velhos caem do céu como canivetes.

Requiem para dois.

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Sesc

Quando a biblioteca vai à escola Projeto BiblioSesc, que funciona em todo o país, leva 3 mil livros às escolas, prédios públicos, eventos e instituições sociais do Piauí. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ascom Sesc/PI

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star presente na vida do leitor incentivando a prática da leitura e conhecimento a milhares de alunos nas escolas, instituições sociais e eventos em Teresina e no interior do Piauí. Há 9 anos, o BiblioSesc circula as escolas de Teresina com acervo atrativo a todas as idades. A ideia é oferecer o livro que o alu-

no, o comerciário ou a dona de casa quer ler. E o melhor, o leitor passa 15 dias com o livro até que o título retorne ao acervo para ser lido por outra pessoa. Assim, as obras circulam e chegam às mãos de dezenas de leitores em curto espaço de tempo. Em 2011 o projeto do Sesc, desenvolvido em todo o país, recebeu Menção Honrosa “José Mindlin” como prêmio Vivaleitura, concedido pelo Ministério da Cultura. Atualmente 54 unidades circulam nas principais cidades brasileiras. “É um projeto de extrema importância para o Sesc e para a educação porque incentiva a leitura e ajuda a formar no-

vos leitores”, enfatiza o diretor regional do Sesc no Piauí, Francisco Soares Campelo Filho. Para facilitar o acesso, a biblioteca funciona em um caminhão de cinco metros por 2,5 de largura, equipado com ar-condicionado e 10 estantes, cada uma com 10 prateleiras. O cadastro é feito na hora, baste o leitor apresentar documento de identidade e comprovante de residência. O acervo de 3 mil títulos entre clássicos da literatura, aventuras, ficção e histórias reais chegam às mãos de leitores de todas as idades, levando entretenimento e boa leitura às escolas do Piauí.

O BiblioSesc percorre um circuito de dez bairros, cumprindo o mesmo roteiro, por no mínimo seis meses. Cada bairro recebe duas visitas mensais, funcionando de 9h às 17h.

BiblioSesc nas escolas

Desde a implantação do projeto no Piauí, o BiblioSesc já percorreu quase da metade das escolas da rede municipal de Teresina, e em 2016 chegou às instituições sociais que como é o caso da Legião da Boa Vontade (Marquês),

Lar de Maria (Centro), Casa de Zabelê (Vermelha), Lar Maria João de Deus (Vila Operária) e Centro Social Pedro Arrupe (Vila Frei Damião/Porto Alegre). A biblioteca móvel do Sesc também percorreu a Fundação da Paz (Vila da Paz), escola Irmã Catarina Levrini (Memorare), Centro de Apoio Michelly de Grutola (Porto Alegre) e Escola Popular Madre Maria Villac (Satélite). Em Parnaíba, o projeto foi lançado em setembro de 2012, na Fundação Raul Bacelar, no bairro São José.

BiblioSesc • • • •

56 bibliotecas volantes do Sesc 3 mil obras/cada Ampliação do acesso ao livro Formação de leitores

Acervo da biblioteca itinerante • Gibis e contos de fadas • Literatura brasileira e estrangeira • Biografias e livros de culinária • Livros didáticos, para vestibulares e para concursos • Jornais e revistas

Sesc terá centro de atividades em União O Centro Educacional do Sesc vai ter 2.390 m² de área construída e o projeto já foi aprovado pelo Departamento Nacional da entidade Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ascom Sesc

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A biblioteca ambulante funciona em um caminhão equipado com ar-condicionado e 10 estantes, cada uma com 10 prateleiras.

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om a presença de várias autoridades locais foi realizado o lançamento da pedra fundamental do Sesc em União. O evento aconteceu no auditório da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) em União e teve a presença do prefeito Gustavo Medeiros, do presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, do diretor Regional do Sesc no Piauí, Francisco Campelo Filho, do diretor Administrativo-Financeiro, Jesus Enrique Arias Fernandes e da diretora de Programas Sociais do Sesc, Ana Lúcia Rocha. O novo empreendimento do Sesc será erguido ao lado da Uespi em União, num terreno de 9.482 m² doado pela Prefeitura de União. O Centro Educacional do Sesc vai ter área construída 2.390 m² e o projeto já foi aprovado pelo Departamento Nacional da entidade.

O prefeito de União, Gustavo Medeiros, e diretores do Sesc participaram da solenidade em União.

Ao falar sobre a chegada do Sesc em União, Valdeci Cavalcante disse que o município vai ter acesso às ações de educação, saúde, esporte, cultura e assistência realizadas pela organização, além de contar com cursos de formação profissional realizados pelo Senac Piauí. “Durante o dia, o Sesc oferecerá educação na escola e à noite as salas de aula serão usadas para cursos de formação

profissional do Senac”, explica o presidente. O diretor Regional do Sesc no Piauí, Francisco Soares Campelo Filho, apresentou a estrutura do novo empreendimento do Sesc em União e falou das ações que a entidade vai levar para o município, inicialmente com atividades móveis do Sesc como o BiblioSesc, já em funcionamento em União, o Sesc Saúde Mulher e o OdontoSesc. Revista Fecomércio

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Senac

Centro de educação é um marco histórico para a cidade A unidade do Senac em Barras, cidade localizada a 122 Km de Teresina, possui 22 ambientes pedagógicos com capacidade para realizar 13.000 atendimentos por ano. São três pavimentos com elevador, biblioteca, auditório com 150 lugares, laboratório de saúde, quatro laboratórios de informática, dois laboratórios de imagem pessoal com salão de beleza, salas de maquiagem, manicure, pedicure e sala de estética. O prédio conta também com sete salas de aula convencionais e outras para aulas de segmentos de moda, conservação e zeladoria e artes, além de centro gastronômico com cozinha didática. Considerado umas das principais obras e um marco histórico na cidade, o Centro de Educação Profissional José Osório Pires da Mota é totalmente adaptado

Entre os ambientes pedagógicos estão auditório, laboratórios de informática e de imagem pessoal.

para pessoas com necessidades especiais e possui sistema de monitoramento com câmeras de TV digital, gerador de energia elétrica e estacionamento. A mais nova unidade do Senac vai oferecer os mais diversos cursos nas

áreas de Artes, Beleza, Comércio, Comunicação, Conservação e Zeladoria, Design, Gestão, Hospitalidade, Idiomas, Informática, Meio Ambiente, Moda, Produção de Alimentos, Saúde e Segurança.

Desenlace da fita inaugural do Centro de Educação Profissional José Osório Pires da Mota.

Barras ganha unidade do Senac O novo empreendimento tem capacidade para realizar 13 mil matrículas por ano. Por Ana Cláudia Coelho e Mariane Aquino Fotos: Luís Mota

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inauguração do Centro de Educação Profissional José Osório Pires da Mota, primeira unidade do Senac em Barras, reuniu personalidades políticas, empresariais e sociais do Piauí na noite do dia 30 de junho. A solenidade teve a presença do presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, do prefeito local, Edilson Sérvulo de Sousa, do deputado federal Júlio César Lima, do deputado estadual Georgiano Lima, da diretora regional do Senac no Piauí, Elaine Dias, 38

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além de vereadores, secretários municipais, conselheiros e diretores do Senac e do Sesc no Piauí. Durante a solenidade, foram homenageadas sete personalidades de Barras, entre elas o prefeito Edilson Sérvulo, os ex-prefeitos José Ribamar Pereira - o Cabelouro - e Joaquim Lucas, um dos primeiros prefeitos do Município. A unidade recebeu o nome de José Osório Pires da Mota, que administrou a cidade no final da década de 40 e teve sua administração marcada pela construção da usina termoelétrica movida à lenha no município. Também foram homenageados o saudoso médico e um dos maiores produtores rurais do Nordeste, Juarez Rocha; o escritor barrense Wilson Gonçalves, da Academia Piauiense de Letras; e

a cabeleireira Conceição Costa da Rocha que, após fazer vários cursos de formação profissional no Senac, abriu seu salão de beleza em Barras no início da década de 90 e permanece com o empreendimento até os dias atuais. Em seu discurso, Valdeci Cavalcante destacou as inúmeras obras em todo o estado do Piauí, entre elas, a nova sede da Fecomércio em Parnaíba. O presidente fez também um agradecimento especial pelo apoio que recebeu na cidade para a instalação do mais novo prédio do Senac. “Agradeço imensamente à Prefeitura de Barras pela doação do terreno em área estratégica da cidade. A chegada do Senac em Barras vai beneficiar toda a cidade e região circunvizinha, fortalecendo o comércio e a economia local”, enfatizou.

O homenageado José Osório Pires da Mota Zeca da Mota, como era conhecido José Osório Pires da Mota, nasceu no dia 28 de dezembro de 1900, formou-se em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal da Bahia e em 1928 foi nomeado intendente de Barras. Dois anos depois de assumir o cargo, inaugurou o serviço de energia elétrica em Barras, com a construção da usina termoelétrica, movida à lenha. Criou a guarda municipal de Barras, construiu a primeira cadeia pública na cidade e montou a primeira banda de música local. Também, na sua gestão, construiu para residência oficial do intendente uma casa conhecida como “Casa rosada”, em frente à igreja matriz, que foi posteriormente tombada, onde funciona atualmente a Prefeitura Municipal de Barras. Deixou o cargo de intendente em 1932, após realizar várias obras na cidade. Fazendeiro, explorava carnaúba, coco

Placa em homenagem ao Zeca da Mota, ex-prefeito de Barras.

babaçu e gado em várias de suas propriedades em Barras. Em 1948 foi eleito prefeito de Barras, onde iniciou os serviços de instalações hidráulicas para a distribuição de água no município, não tendo finalizado devido a problemas de

saúde. A obra foi inaugurada pelo seu sucessor. Vítima de problema cardíaco, José Osório Pires da Mota, faleceu em 7 de abril de 1958, em Barras, deixando um legado para seus conterrâneos e saudosas lembranças para toda a família.

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Senac

Senac

Senac lança programa ECOS de Sustentabilidade A solenidade contou com a presença do presidente do Sistema Fecomércio Sesc/ Senac, Valdeci Cavalcante. Por Mariane Aquino Fotos: Marketing Senac

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Senac realizou, no dia 03 de junho, o lançamento do Ecos Programa de Sustentabilidade CNC-Sesc-Senac. A solenidade contou com a presença do presidente do Sistema Fecomércio, Valdeci Cavalcante; da diretora Regional do Senac no Piauí, Elaine Dias; da vereadora Teresa Brito; do 1º sargento do Batalhão da Polícia Ambiental, Francisco Cirilo, de representantes da Litucera – Limpeza e Engenharia, ONG Casa de Benjamin, além de membros do corpo técnico do Senac. Durante a programação, foi apresentada a proposta do Programa Ecos, que é desenvolver iniciativas com a participação dos empregados, que minimizem os impactos ambientais em ações cotidianas, como a redução do consumo de energia elétrica, água, copos descartáveis, papel A4 e papel toalha, dentre outras medidas. A ocasião contou ainda com a participação do jornalista e ambientalista Alcide Filho, que ministrou a palestra Sustentabilidade Ambiental. Mesmo antes da implantação do Ecos – Programa de Sustentabilidade, o Senac já desenvolvia várias ações tendo o propósito de promover uma consciência que favoreça a adoção de condutas ambientalmente sustentáveis. “Com muita honra dizemos que, no Piauí, o Senac foi efetivamente a primeira empresa a receber o 40

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Janete e Betânia são pioneiras na representação da marca Tulípia no Piauí.

Particpiaram do evento o ambientalista Alcide Filho, a vereadora Teresa Britto, autoridades do município e do Senac.

De alunas a empreendedoras Estudantes montam o próprio negócio a partir dos conhecimentos obtidos em curso do Senac. Por Mariane Aquino Foto: Marketing Senac

I Membros do corpo técnico do Senac participaram do lançamento do programa.

Selo Verde pela Prefeitura Municipal de Teresina. Isso só comprova o trabalho que estamos fazendo pela preservação do meio ambiente”, declarou Valdeci Cavalcante. Além de programações, consultorias e cursos na área do meio ambiente, o Senac desenvolve ações como coleta seletiva de lixo, sistema de ar condicionado inteli-

gente, rede de tratamento de efluentes com previsão de reuso de água, estrutura com vidros que permitem a redução de calor, entre outras. A diretora Elaine Dias incentivou todos os colaboradores a abraçarem o projeto. “Adotem o Ecos e façam dele uma parte da vida de vocês. Nossa intenção não é apenas lançar o programa, mas mantê-lo”.

niciativa, perseverança, autoconfiança, capacidade de planejamento e coragem para correr riscos estão entre as características de um empreendedor de sucesso. Muitas vezes para reconhecer e assumir as potencialidades que carrega, o ser humano precisa de um empurrãozinho que o faz perceber que é possível transformar sonhos em realidade. Foi assim que aconteceu com Janete de Souza e Joaniel Betânia. Através do Modelo Pedagógico Nacional do Senac, elas uniram talentos, vontades e vislumbraram uma oportunidade de geração de renda. As alunas já haviam estudado juntas no curso de Massagista do Senac e, logo após, decidiram ingressar no curso Técnico em Estética pelo Programa Senac de Gratuidade.

Em junho de 2015, a turma recebeu o desafio de montar um plano de negócio para o cumprimento de uma unidade curricular do curso. A atividade foi orientada pela Agente de Educação Profissional Thaís Lopes, que incentivou todos os alunos a abraçarem seus projetos com dedicação e transformá-los em realidade. Janete e Betânia aproveitaram a oportunidade para projetar sonhos. Apaixonadas por estética, as alunas não pararam de buscar conhecimento e enxergar possibilidades. Foi então que decidiram prosseguir, mesmo após o término da disciplina do curso, retirando as ideias do papel a fim de colocá-las em prática. “A partir desse momento vimos que realmente seria viável. Fomos saber se a marca de cosméticos Tulípia já tinha representação no Piauí e aproveitamos para sermos as pioneiras no estado. Não tínhamos condições financeiras naquele momento, mas decidimos arriscar. Cumprimos a meta que nos foi dada e conquistamos a confiança do fornecedor”, relata Janete.

Com determinação e foco no objetivo, as estudantes fundaram o próprio negócio: a Central de Estética “Aromas e Sensibilidade”. Estudiosas, ousadas e perseverantes, as alunas comemoram a inserção no mercado de trabalho antes mesmo do término do curso. “Somos muito gratas a todos os profissionais que fazem parte do Senac pelo incentivo e pelas portas que nos foram abertas. A credibilidade que a instituição tem, a nível nacional, foi fundamental para que o proprietário da marca Tulípia confiasse em nosso trabalho”, destaca Betânia. Para a coordenadora técnica pedagógica do Senac no Piauí, Marcilene Machado, a história das estudantes reafirma o compromisso do Senac em desenvolver competências nos mais diversos perfis profissionais. “É engrandecedor saber que trabalhamos com sonhos, que se concretizam e transformam vidas! Hoje temos alunos sonhadores que no futuro serão profissionais qualificados, reconhecidos pelo mercado de trabalho.” Revista Fecomércio

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Vendas

Sebrae

Central Fácil desburocratiza processos para empresários e empreendedores

Que tal um toque especial nas vendas? Marina Simão Instrutora, consultora e palestrante marina-simao@hotmail.com

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rabalhar com vendas é uma tarefa bem desafiadora, pois o mercado só tem espaço para os melhores e são esses que sobrevivem. A comercialização de produtos e serviços no mercado atual, exige muita habilidade e disciplina para conquistar bons resultados. Um vendedor que logra êxito nas vendas realiza consciente ou inconscientemente alguns passos para conseguir vender um produto. Vou explicar no artigo de hoje quais são e como fazê-los.

Pré-venda

As empresas devem propiciar aos seus clientes uma recepção acolhedora, tais como: fachada da loja, layout, disposição dos produtos, vitrines, iluminação, higiene e organização, farda e visual dos colaboradores, pois esses pontos são atrativos primordiais para atrair clientes.

Abordagem

Os vendedores devem, além de perguntar o nome do cliente, buscar decifrar o perfil do mesmo, levando em consideração a faixa etária e o estado civil, além do que observar o seu jeito de falar e de se vestir. Um ponto de grande relevância é detectar o motivo principal da compra, pois este norteará a oferta do vendedor e também a argumentação da venda. 42

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Sondagem

Ao descobrirmos o principal motivo da compra devemos valorizar essa carência, apresentando opções que atuam como soluções perfeitas para saná-la, pois precisamos ponderar os aspectos objetivos e subjetivos da questão.

A comercialização de produtos e serviços mercado exigem muita habilidade e disciplina para conquistar bons resultados. Um vendedor que logra êxito nas vendas realiza consciente ou inconscientemente alguns passos para conseguir vender um produto

Negociação

Faz-se necessário apresentar benefícios e vantagens dos produtos, como forma de negociar. A famosa negociação ganha-ganha. O vendedor deve sempre ter em mente as armas que possui e usá-las no

Sebrae realizou mais de sete mil orientações sobre abertura, baixa e alteração de empresas no último semestre. Por Antônia Pessoa

momento adequado: descontos, formas de pagamento e brindes, entre outros itens.

Venda adicional

O momento de fechar um pedido é também o da venda adicional: “O que mais eu posso oferecer ao cliente para agregar mais valor à venda?”. Ao se comunicar com os clientes os vendedores precisam ser multifuncionais, tipo pensar e executar diversas tarefas diferentes ao mesmo tempo.

Entrega

Dizem que o ponto mais importante da negociação é a conclusão da venda em si. E, com certeza, é! ENTREGAR é um momento mágico na conclusão da venda, o vendedor deve valorizar adequadamente a entrega e a apresentação final do produto ao cliente.

Pós-venda

Pós-venda é momento feedback, onde existem duas diferentes e grandes oportunidades – saber da satisfação plena com o produto adquirido onde o vendedor tem a chance de reforçar o seu atendimento e lembrá-lo de voltar outras vezes para novas compras de sucesso como aquela – outro caso, é o cliente não ter tido a plena satisfação, onde o pós-venda permitirá entender a razão disso e propor alternativas para que ele se satisfaça por completo. Pós-vendas é uma poderosa ferramenta de fidelização.

Foto: Carlos Augusto Lima

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Central de Atendimento Empresarial Fácil, que funciona em prédio anexo ao Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, (Sebrae), em Teresina, foi criada para facilitar a vida de empreendedores, empresários e contadores que buscam atendimento para abertura, baixa e alteração de empresas. O espaço, inaugurado em Teresina em 2004, é uma iniciativa do Sebrae no Piauí, tendo o apoio da Prefeitura Municipal de Teresina; do Governo do estado, através da Secretaria Estadual de Fazenda e da Junta Comercial; e do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). “Nos últimos seis meses realizamos mais de sete mil atendimentos na Central. O grande diferencial desse espaço é que os empreendedores encontram num mesmo lugar vários órgãos envolvidos no processo de abertura, baixa e alteração de empresas. O Sebrae atua nesse espaço como agente orientador”, afirma o diretor técnico do Sebrae no Piauí, Delano Rocha. Ainda segundo Rocha, os analistas e consultores do Sebrae recebem a demanda e encaminham ao órgão competente para que seja solucionada, não tendo ingerência direta nos processos.

Delano Rocha, diretor técnico do Sebrae no Piauí – Papel do Sebrae na Central Fácil é de agente orientador

Serviços da Central Fácil

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Comunicação

Eventos

Recursos Humanos como protagonista de mudança

A nossa intolerância dentro das empresas Jefferson Xavier - Jex Professor, coach, practitioner em PNL e co-autor dos livros “Líderes em Ação” e “Liberte Seu Poder” contato@cpjex.com.br

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ltimamente temos acompanhado profissionais das mais diversas áreas se digladiando por não aceitarem o pensamento do outro. Será que podemos encarar como natural a onda de intolerância e ódio que se alastra no Brasil? E nas empresas, isso também tem acontecido com frequência? Pessoas intolerantes e preconceituosas, geralmente, não aceitam a opinião dos outros e nem as respeitam. Elas acreditam que estão certas e quem pensa de forma contrária é motivo de intriga, confusão e bate bocas acalorados. Isso é péssimo em todos os lugares, principalmente, se ocorre no ambiente de trabalho. Imagina você trabalhar ao lado de alguém que se importa com seu cabelo, com seu jeito de vestir, que se incomoda com o seu sotaque, com sua cor, com sua condição sexual, com sua religião, com suas amizades, com seu estilo etc. Tudo isso é lamentável e causa problemas sérios de convivência. Além de tudo isso, muito do que vivemos se compõe de reações que manifestamos através de nossa comunicação. Você pode até dizer que não é intolerante ou que não tem preconceito, mas sua expressão corporal ou um simples gesto pode pôr tudo a perder. Pequenas atitudes geram grandes impactos para o bem ou para o mal. Uma ex-aluna minha contou-me cer44

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ta vez o que ocorreu com ela quando era vendedora numa loja. Ao ver duas clientes entrarem de mãos dadas e muito próximas não pensou duas vezes em cutucar uma colega de trabalho e cochi-

Muito do que vivemos se compõe de reações que manifestamos através de nossa comunicação. Você pode até dizer que não é intolerante ou que não tem preconceito, mas sua expressão corporal ou um simples gesto pode pôr tudo a perder. Pequenas atitudes geram grandes impactos para o bem ou para o mal.

char que as duas poderiam ser algo além de simples amigas. Uma das clientes percebeu a cena e isso gerou uma confusão enorme na loja. Os ânimos só se acalmaram quando a gerente intermediou, mas já era tarde demais. Os donos da empresa tomaram conhecimento do

fato e não deu outra. Ela foi demitida por justa causa e ainda correu sérios riscos de ser processada por discriminação. Isso mostra o quanto é fundamental prestarmos atenção à nossa reação diante dos fatos. Isso nos traz uma lição de que devemos ser eficientes em nossa comunicação. Um tom de voz mais agressivo, um sorriso sarcástico, uma fala com ironia, um comentário maldoso, uma atitude de deboche, uma mentirinha de leve pode desencadear uma série de contratempos e consequências graves às nossas relações. Tem muita coisa na vida que não concordamos, mas nem por isso podemos deixar de agir com respeito e prudência. É necessário ter muita cautela em nossas ações e no trato com as pessoas. Se queremos ter resultados mais eficientes precisamos ter atitudes e reações mais inteligentes. A partir de agora, preste mais atenção à forma como você se comunica seja falada ou escrita. Se acredita em suas ideias procure defendê-las de maneira ética e assertiva, mas sem magoar o ponto de vista do outro. Não queira impor a forma como você considera que é certa. Pouco se consegue com agressividade, mas com humildade e tolerância você se tornará uma pessoa admirada e com mais possibilidade de crescer, prosperar e criar vínculos. De que lado você quer estar?

VI Congresso de Gestão de Pessoas trouxe aos participantes cases que tornam melhor a administração das organizações. Texto e fotos por Carlos Pacheco

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ases que trouxeram mais produtividade e qualidade ao ambiente de trabalho das empresas foram o ponto central do VI Congresso de Gestão de pessoas – o RH como protagonista de mudança, realizado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Piauí (ABRH-PI) nos dias 15 e 16 de junho, na Uninovafapi. Seis especialistas renomados em gestão de pessoas palestraram durante os dois dias do evento. As palestras começaram com a gerente do Metropolitan Hotel, Marielle Baia mostrando como conseguiu tornar mais eficiente os serviços prestados pelo hotel mesmo reduzindo em 20% o número de colaboradores. Com ações voltadas para o bem estar dos colaboradores e adotando práticas como o método portas abertas, ganhou o prêmio de melhor empresa para se trabalhar pelo Great Place to Work em 2015. O próximo a palestrar foi o consultor em mentoring, Paulo Erlich. Segundo Erlich, mentoring é uma ferramenta de desenvolvimento profissional que consiste em uma pessoa experiente ajudar outra menos experiente. O mentoring ou mentoria pode ser aplicado em qualquer área da vida, entretanto, ele tem se dedicado ao mentoring organizacional. A última palestra do primeiro dia foi

Participantes do VI Congresso de Gestão de Pessoas comemoram o sucesso do evento.

ministrada pelo psicólogo organizacional Albigenor Militão, sobre liderança corajosa. Em sua fala, o psicólogo explica as características e práticas de um líder. Segundo ele, os atributos de um líder é ser proativo, dedicado, corajoso e obstinado. O segundo dia de congresso iniciou com o psicólogo Jairo Martiniano e o tema “O líder protagonista dos seus resultados”. Entre uma ironia e outra, Martiniano mostra as más posturas dos líderes dentro das empresas, explicando como não agir. A palestra de Rogério Leme teve como conteúdo “Competências colaborativas gerando resultados diferenciados”. Na opinião de Leme, para garantir resultados diferenciados é necessário que as competências colaborativas não sejam uma postura de um RH cor-de-rosa ou RH paz e amor.

O Congresso encerrou com a palestra do engenheiro Dill Casella, que encantou a plateia cantando, dançando, tocando e contando piadas enquanto falava sobre estratégias de sucesso para novos líderes. Casella acredita que para ser bem sucedido, o novo líder tem que se sentir líder, ele deve fazer o autoconvencimento. Ao final do congresso, a presidente da ABRH – Piauí, Socorro Cerqueira, avaliou positivamente o evento. “Tendo em vista que os objetivos da ABRH são divulgar e promover o debate da gestão de pessoas no estado, trazendo novos conhecimentos e práticas para o desenvolvimento dos recursos humanos das empresas”, finalizou. Revista Fecomércio

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Gestão de Pessoas

Eventos

A atitude do profissional também é importante!

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Revista Fecomércio

Dalylla Soares Psicóloga Clínica e Organizacional, palestrante, especialista em Gestão de Pessoas e Psicopedagogia dalyllasoares@gmail.com

fator atitude é um dos elementos que compõe o conceito mais atual de Competência (CHA). Até alguns anos, era considerada competente uma pessoa logo que se formava na faculdade ou era muito estudiosa de um assunto, entretanto hoje essa noção não se aplica mais. Competente, nos dias atuais, é o profissional que além de dominar o conhecimento e a habilidade também possui a atitude necessária para a função que lhe cabe. Essa noção, que se origina do conceito de Gestão por Competências, já é aplicada nos processos seletivos dos diversos segmentos, em empresas de todos os portes. Sabendo disso, ainda assim, percebem-se muitos erros de contratação no Brasil e no mundo. Segundo dados da Revista Exame (2014), no Brasil 66% dos motivos de desligamento no trabalho estão voltados para atitude e comportamento inapropriados dos profissionais. Os motivos apresentados foram: falta de adequação à cultura da empresa, relacionamento ruim com a equipe, atrasos e faltas, e desentendimentos com o superior. Diante desses fatos, o que está acontecendo? Infelizmente, poucos são os estudos sobre a Seleção por Competências e sua validade e/ou resultados posteriores para as empresas. Percebe-se, na verdade, a possibilidade de que “o 46

Liderança e felicidade no ambiente de trabalho

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ângulo” pelo qual se tem selecionando as pessoas, não seja o que é exigido no mundo corporativo. Leme (2008) afirma que a seleção de pessoas precisa levar em conta a competência técnica e comportamen-

Segundo dados da Revista Exame (2014), no Brasil 66% dos motivos de desligamento no trabalho estão voltados para atitude e comportamento inapropriados dos profissionais. Os motivos apresentados foram: falta de adequação à cultura da empresa, relacionamento ruim com a equipe, atrasos e faltas, e desentendimentos com o superior.

tal, entretanto é mais fácil treinar um profissional tecnicamente do que em termos de comportamento (leva muito mais tempo - risos!). E Murphy (2014)

defende que quase todas as abordagens de seleção estão erradas, pois muitos executivos ainda acham que a guerra pelo talento é a guerra pelo que possui mais técnica, o que não é o mais interessante para os dias de hoje, já que se tem visto que a maioria das contratações “pecam” pela falta de competência associada a comportamento, segundo os dados já citados. Conclui-se, portanto, que o maior desafio na seleção de pessoas hoje não é saber quais as habilidades necessárias, mas quais as atitudes certas e que estejam alinhadas ao contexto de cada organização! Essa tarefa é possível de ser realizada por pessoas especialistas da área de RH ou Psicologia que entendam de ambiente organizacional, de negócio e comportamento humano. Para isso, é preciso fazer um trabalho atento que identifique às características das pessoas que possuem alto desempenho naquela função, ou seja, quando for solicitado novo ocupante para um cargo, que seja anotado na requisição de pessoal a forma de se comportar das pessoas que melhor se adaptam a cultura organizacional em determinados contextos. Assim, é mais provável que todos os demais ocupantes daquela equipe sejam pessoas cada vez mais competentes (em conhecimento e habilidades, é claro!) e também atitudes.

5ª edição do Café Empresarial destaca a importância do bem-estar para a produtividade. Por Iolany Galiza e Pablo Cavalcante Fotos: Marcelo Cardoso

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eresina recebeu, no último dia 11 de junho, a 5º edição do Café Empresarial, evento organizado pela Gestão & Mais, empresa que atua na área de gestão empresarial há mais de oito anos. O acontecimento, que já se tornou tradição no meio de negócios teresinense, tem por objetivo estreitar os laços entre empreendedores da cidade, gerando networking entre os participantes com troca de experiência, permuta de cartões entre os convidados e apresentações de marcas comerciais. Este ano o evento trouxe a palestra “Liderança e felicidade no trabalho”, da mestra em psicologia Nádia Santos, professora da pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas e autora do livro “Planejamento e Liderança - Conceitos, Estratégias e Comportamento Humano”. Conceituada nacionalmente, Nádia Santos possui um vasto currículo. Psicóloga especialista em Gestão, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela Fundação Getúlio Vargas e, atualmente, consultora parceira da Conexão FGV para programa de coaching de carreira. A palestrante focou as discussões em dois aspectos existentes no cenário da gestão: o aspecto da liderança, do ponto de vista de quem coordena pessoas e do ponto de vista empreendedor, que possui uma equipe sob seu comando; e o aspecto das ferramentas que se pode implementar para melhorar o clima dentro da empresa.

“O propósito desse projeto é apresentar o tema felicidade baseado na ciência, pois por muito anos este tema sofreu com as críticas empresariais pela sua condição de subjetividade. Existem estudos que comprovam que pessoas felizes produzem mais, e se estamos na era da criatividade e inovação a situação de bem-estar significa para empresas a possibilidade de líderes e colaboradores focados no positivo, pessoas resilientes, engajadas, dedicadas a uma meta maior, com foco e também muito mais saudáveis”, destacou a psicóloga. “Estamos muito satisfeitos com a realização de mais um Café Empresarial. As impressões sobre o evento são as melhores possíveis e são validadas pelo depoimento das pessoas e pelo feedback que recebemos nas redes sociais. É esse o intuito de aperfeiçoar a gestão dentro das organizações como um todo e um eminente modelo de gestão nas empresas piauienses”, comemora o idealizador do evento, Márcio Vinícius. Para os convidados, o Café foi mais uma oportunidade para ampliar os conhecimen-

A psicóloga Nádia Santos ressaltou que pessoas felizes são mais engajadas, dedicadas a uma meta maior e com foco.

tos sobre gestão de pessoal e construção para um melhor ambiente de trabalho. “Um sentimento de gratidão por estar dissertando sobre felicidade e por ter tido a oportunidade de enriquecer de forma tão científica e serena os conhecimentos passados pela professora Nádia, que na sua emoção expressa felicidade e na sua razão muito domínio do tema”, destaca a consultora Marina Simão. “O tema felicidade está no nosso dia a dia, já que está intimamente ligado a nossa saúde, autoestima e produtividade. Gostaria, inclusive, que a Gestão & Mais possa trazer mais debates desse nível, como o apresentado neste sábado”, afirma o vereador e entusiasta do ramo empresarial, Ricardo Bandeira. Revista Fecomércio

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Agenda

AGOSTO FORUM GENTE E GESTÃO Coach, alta performance e gestão de pessoas Quando: 06 de agosto de 2016 Onde: Espaço Gestão e Mais – Teresina Mais informações: (86) 3321-5224 e 98109-0857 OFFICE BRASIL ESCOLAR 2016 30ª Feira Internacional de Produtos para Papelarias, Escritórios e Escolas Quando: 07 a 10 de agosto Onde: Pavilhão do Anhembi – São Paulo –SP Mais informações: http://www.officepapaerescolar.com.br officepaper@francal.com.br FEIRA DO EMPREENDEDOR 2016 8ª Feira do Empreendedor do Ceará Quando: 24 a 27 de agosto

16 { de agosto

Onde: Centro de Eventos do Ceará – Fortaleza – CE Mais informações: http://www.feiradoempreendedor. ce.sebrae.com.br feiradoempreendedor@ce.sebrae.com.br PIAUÍ NEGÓCIOS Feira de Negócios do Piauí Quando: 25 a 27 de agosto Onde: Centro de Convenções Atlantic City Mais informações: www.grupofranly.com vendas@grupofranly.com.br FORMAÇÃO DE ORADORES E PALESTRANTES Técnicas de comunicação verbal e não verbal da FEBRACIS Quando: 19 a 21 de agosto Onde: Gran Hotel Arrey Informações: www.febracis.com.br (86) 3232-0197

SETEMBRO EXPOSHOPPING 14º Congresso Internacional de Shopping Centers & ExpoShopping Quando: 12 a 14 de setembro Onde: Transamérica Expo Center – São Paulo – SP Mais informações: http://www.portaldodhopping.com.br/ eventos@abrasce.com.br EMPRETEC 2016 Seminário desenvolvido pela ONU para identificar e potencializar o comportamento empreendedor Quando: 12 a 17 de setembro Onde: Unidade do Sebrae, em Teresina Mais informações: (86) 3216-1384.

Aniversário de Teresina Parabéns, Teresina, pelos seus 164 anos e a todos que fazem a nossa Cidade Verde crescer!

Datas importantes no Comércio

Fique atento para não deixar passar em branco!

AGOSTO

SETEMBRO

11 – Dia do estudante/ Dia da Televisão

07 – Dia da Independência

13 – Dia do Economista

09 – Dia do Administrador

14 – Dia dos Pais 15 – Dia da Informática/Dia da Assunção de Nossa Senhora 16 – Aniversário de Teresina 27 – Dia do Corretor Imóveis

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15 – Dia do Cliente 20 – Dia do Funcionário Municipal 22 – Dia do Contador

28 – Dia dos Bancários

29 – Dia do Anunciante

31 – Dia do Nutricionista

30 – Dia da Secretária

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Investimentos

Eventos

Empresas têm novo modelo de imposto de renda

Fundo imobiliário como investimento Flávio Aragão Macau Segundo Sócio-diretor Acrópole Investimentos flavio.acropole@gmail.com

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Por Gleyca Lima

brasileiro tem como tradição gostar de investir em imóveis, mas nem todos podem comprar um imóvel sozinho ou estão dispostos a enfrentar a burocracia de comprar e vender imóveis. Considerando essa situação, a crise que o setor imobiliário tem vivido nos últimos meses, as projeções de queda na taxa de juros com possíveis melhorias na economia fazem os fundos imobiliários (FII’s) se tornarem uma excelente opção de investimento. Os FII’s não são uma forma de investimento muito difundida no mercado brasileiro. O principal motivo para isso baseia-se na falta de conhecimento da estrutura. Para facilitar o entendimento dos FII’s, precisamos compreender o que é um fundo de investimento. O fundo é uma estrutura que reúne o dinheiro de diversas pessoas com objetivo em comum e que contratam um gestor para cuidar dos investimentos, No caso dos fundos imobiliários, esse objetivo é a compra, venda e aluguel de imóveis. Tecnicamente, diz-se que a estrutura é um condomínio. Em suma, o fundo funciona da mesma maneira que um condomínio residencial, onde cada condômino é dono de um apartamento (cota no caso do fundo) e paga o sindico ou administradora (gestora do fundo) para gerenciar as atividades do condomínio. Como no condomínio residencial, o fundo possui regras que se aplicam a todos. Conhecendo 50

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A ECF permite a consolidação de várias informações em um sistema informatizado.

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a estrutura, surgem outras dúvidas muito comum aos investidores. Como funciona a remuneração do fundo imobiliário? A remuneração do fundo pode acontecer de duas maneiras: na pri-

Nos fundos imobiliários, os rendimentos mensais são isentos de imposto de renda, é necessário um valor menor para realização do investimento (existem costas de fundos abaixo de R$ 1,00), não possui uma serie de taxas, impostos e burocracias que são necessárias na compra, venda ou aluguel. Caso o fundo fique pouco rentável você pode vender ele e em três dias o dinheiro está na sua conta.

meira, o fundo distribui os ganhos advindos da venda e aluguel dos imóveis; na segunda, a venda da cota do FII na bolsa de valores, caso a mesma tenha se valorizado

(a cota varia a todo momento. Você pode ganhar ou perder na venda da cota). Por que investir através de fundos e não diretamente no imóvel? Investir em imóveis através de fundos imobiliários possui algumas vantagens como os rendimentos mensais serem isentos de imposto de renda, a necessidade de um valor menor para realização do investimento (existem costas de fundos abaixo de R$ 1,00. Na compra direta do imóvel é necessário um recurso bem maior), o fundo permite que o pequeno investidor seja proprietário de shoppings, prédios comerciais de luxo, hotéis, dentre outros imóveis. Além disso, o FII não possui uma serie de taxas, impostos e burocracias que são necessárias na compra, venda ou aluguel. É pago apenas uma taxa de administração para o gestor, e, por fim, o fundo possui uma liquidez rápida do imóvel. Caso o fundo fique pouco rentável você pode vender ele e em três dias o dinheiro está na sua conta. Como todo investimento, essas informações não valem de nada caso ele possua um baixo retorno, que não é o caso dos FII. Os rendimentos mensais podem ultrapassar 1% líquido ao mês, mas é importante lembrar o investidor que antes de investir seu dinheiro em um fundo é bom conhecer o tipo de imóvel que ele investe e se possui uma carteira com imóveis de qualidade. Dito isso, bons investimentos!

Foto: Karla Nery

A

s empresas agora têm um novo modelo de Declaração de Imposto de Renda. É a Escrituração Contábil Fiscal (ECF), uma evolução da antiga Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ). Em Teresina, os contadores participaram do curso “ECF Entenda Tudo”, promovido pela Fortes Educação, no dia 13 de julho, e tiraram todas as suas dúvidas. O curso foi ministrado pelo consultor Fernando Sampaio, especialista em Gestão, Contabilidade e Controladoria. As empresas devem entregar a ECF até o dia 29 de julho de 2016. O objetivo do governo com esta mudança é controlar as informações a respeito da apuração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), para que as empresas apresentem seu detalhamento patrimonial, receitas, despesas e custos. Segundo Fernando Sampaio, todos os contribuintes de empresas são obrigados a entregar a ECF. “Estão desobrigadas as empresas tributadas pelo Simples Nacional (que possuem uma declaração própria que é apresentada no mês de março), as instituições públicas e as que estão em situação de inatividade”, explica o consultor contábil Fernando Sampaio.

Fernando Sampaio ministrou o curso sobre ECF e tirou as principais dúvidas dos contadores.

Empresas às quais não se aplica a obrigatoriedade da entrega da ECF:

No entanto, existem particularidades para as organizações imunes e isentas em relação à ECF. Sampaio explica que as empresas que possuem pagamentos de impostos por outras receitas que não são da imunidade e isenção devem ficar atentas. “Podem existir empresas que realizam atividades que não pagam imposto, mas também podem realizar outras atividades que pagam imposto, o que as inserem em regime misto, devendo assim, realizar a ECF, pois desta forma o governo pode realmente verificar se essas organizações estão de fato com receitas

imunes e isentas”, esclarece o consultor. Com a ECF o governo criou um plano padrão onde os empresários devem adequar suas contas de acordo com esse plano, pois isto vai criar uma visão igualitária de todas as organizações, permitindo um monitoramento mais seletivo. Fernando Sampaio frisa ainda que instituições que perderam o prazo para entregar as ECFs estão sujeitas às multas legalmente previstas no art. 8º - A do Decreto-Lei 1.598/77, com redação dada pela Lei 12.973/14, cujo valor depende do enquadramento da empresa. Revista Fecomércio

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Bem-estar

Bons hábitos proporcionam um envelhecimento saudável

Dicas para uma boa saúde na terceira idade 1 - Mantenha o convívio social Ter uma vida social, ampliar os relacionamentos e manter uma boa relação com a família são fatores importantes para ter apoio e estabilidade emocional, além de evitar o isolamento e a depressão.

2 - Treine a memória

Divu lgação

Bons hábitos proporcionam um envelhecimento saudável Por Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco

C

om o crescimento da expectativa de vida da população, a cada dia se torna mais necessário falar sobre envelhecimento saudável. Atualmente, o Brasil tem uma porcentagem de 12,5% de idosos. Esse número deve alcançar os 30% até a metade do século. No Piauí, a população com mais de 60 anos representa 10,64%, ou 331.772 pessoas. De acordo com o IBGE, deste total a maioria é de mulheres (178.320) com idade entre 60 e 69 anos (93.259). Entretanto não adianta envelhecer sem qualidade de vida. Como, então, não deixar que os danos causados 52

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pelo tempo prejudiquem o seu dia a dia? Para a geriatra Lara Sepúlveda, não se trata de não envelhecer, pois as alterações no corpo e na mente são inevitáveis, mas sim em viver bem com as mudanças que ocorrem. “Quando se fala em envelhecimento saudável logo se pensa em retardar o envelhecimento, mas isso não existe. Quando se fala em bem-estar ao envelhecer se fala em bem-estar físico e emocional. Isso que é envelhecer bem”, relata a médica. E para conquistar um envelhecimento saudável é preciso seguir alguns hábitos de vida como: dieta equilibrada; atividade física regular; inserção social e amorosa; saúde emocional e controle de doenças. E quanto mais cedo a pessoa começar a cuidar de cada um deles, mas poderá colher os frutos no futuro. “A gente deve se preparar para envelhecer de maneira saudável, fazermos planos

dança em even

tos pela cidade

.

s busc Castro, 63 an mais de 60 ano plo de Francisca em ex o Hoje quem tem É o. iv mpre at s de pilates e se r cada vez mais la se au é as so su is r a ze ar p fa pectos deixa de ntia dez anos, ela não ade física eu se id de s iv ai at r m á ca h ti a ra p ad Aposent ma tir. “Antes de u fazendo algu ar para se diver to aj es vi re ra p cu m se ro p sa que pode bem. Em ca , mas agora vivo o rp s”. co no s re e já tem 93 ano qu muitas do , ãe m a h in m em viagens. udo a cuidar da s investe ainda o an 0 6 e d s coisa e ainda aj ai tem m aumentou po livre, quem ez anos para cá d e d s, ro Com mais tem ar B m íl ia. ga Rossana igos ou em fa am m a turismólo e co d o o p rd o ru g ac e D usam os jando seja em e Piauí também o de idosos via qu er ar m P ú o n rr o ai o b it u m Idosos do de dança, tes do Grupo de es fazem aulas el á, L a. d vi Os 90 participan de trosasua qualidade amizade. O en de para melhorar s s lo co u si fí nc s ví o ci us cí exer um dos e aumentam se apresentou em ase a capoeira, se b o o m up co gr o m e tê que o grande qu mento dos idosos é tã ial de Enfrenta ão d n aç u p ci M ti ia ar D p e no mento to realizado ina durante even es er T de gs in shopp sa. tra a Pessoa Ido a Violência Con

Geriatra diz que segredo é cuidar da mente e do corpo.

para quando tivermos envelhecendo. E para o envelhecer vale a lei do uso e do desuso, se a gente não usar vai atrofiar e isso vale para a memória e para o corpo”, afirma Lara.

sentações de os fazem apre

os idosos d e d ú a s ra a p is ta s são fundamen n e g ia v e s asa ic s fí e d alidade e um do qu Ativida s ai m m co a os. a uma vid

Grupo de idos

ASCOM/Sesc

As alterações no organismo são inevitáveis, mas é possível passar dos 60 anos com vitalidade e cheio de energia.

Aos 63 anos, Francisca investe no Pilates e na caminhada para aliviar as dores.

Exercite a memória e o raciocínio com quebra-cabeças, palavras cruzadas, por exemplo. Além disso, ler bons livros e participar de cursos ajudam a manter o cérebro ativo.

3 - Mantenha-se atento à sua saúde É preciso visitar o serviço de saúde para exames periódicos e para a realização de vacinas.

4 - Tenha uma alimentação colorida e saudável Uma dieta balanceada ajuda na manutenção da saúde e previne doenças.

5 - Evite os acidentes e quedas Com mais fragilidade óssea, menor força muscular, senso de equilíbrio e capacidade de recuperação, os idosos vítimas de fraturas podem ficar incapacitados. Por isso, é preciso adaptar os espaços da casa para evitar acidentes.

6 - Mantenha-se ativo Manter-se ativo auxilia a reduzir os riscos de aparecimento de doenças que normalmente aceleram o processo natural de envelhecimento. Procure praticar alguma atividade física, no mínimo com 30 minutos de duração e na maioria dos dias da semana. Revista Fecomércio

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Cultura Empresarial Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitters e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios. Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas!

Livros

Filmes Marielle Baía Psicóloga, Consultora Empresarial, Terapeuta e Educadora Financeira marielle.baia@dsop.com.br

Internet Dica de Leitura: O Segredo de Luísa Autor: Fernando Dolabela Comentário: O livro Segredo de Luisa é um case do empreendedorismo de forma clara e concisa, esclarecendo cada passo para construção de seu projeto. Conta a história de Luisa, menina de 20 anos que fazia odontologia para satisfazer o desejo do pai. Porém, no decorrer de seu caminho reconhece a necessidade de realização de um sonho (independência) e agarra as oportunidades com desejo de realização. Sua tia, a qual admirava bastante por ser independente, fazia goiabada saborosa e todos aprovavam. Reconheceu aí uma oportunidade de negócio e com força de vontade foi em busca de conhecimento técnico para realização de seu sonho. Buscou as etapas necessárias para criação de uma empresa, através de pessoas que entendiam do assunto. Cada um contribuiu com algo importante, como a formatação do plano de negócio, análise financeira, experiência em incubadora, empresa júnior, importância do foco, dedicação, etc. Aproveitou todas as dicas técnicas e principalmente teve persistência na construção de seu sonho. Mais que uma história de sucesso, o Segredo de Luisa mostra o quão importante é lutar por seus objetivos de forma profissional na construção de seu projeto, do seu plano de negócio. 54

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Dica de filme: De porta em porta Comentário: Baseado na história real de Bill Porter, que teve paralisia cerebral, o filme conta as dificuldades do personagem em vender. A história conta a luta de Bill para conquistar um emprego de vendedor de porta em porta. Após muita insistência, consegue a vaga. O filme é indicado para quem quer fazer boas vendas, pois passa seis lições que inspiram aqueles que buscam sucesso naquilo que fazem, independente do que seja. As lições são: 1) Não deixe o orgulho lhe tirar do caminho do sucesso (muitas vezes “abaixar a cabeça” e passar por cima do orgulho é a melhor alternativa); 2) Ter paciência, persistência e disciplina (os resultados são como os frutos de uma planta: você planta, rega e depois colhe); 3) Cultivar bons relacionamentos (gentileza gera gentileza); 4) Entender cada cliente (se adapte a cada um dos clientes); 5) Resistir aos obstáculos (eles fazem parte da caminhada) e 6) Amar o que faz (no filme o personagem não é preso aos resultados e nem ao dinheiro, quer apenas ser um bom vendedor. Teve a oportunidade de se aposentar mas continuou trabalhando, e quando menos se esperava foi condecorado com o prêmio de “O vendedor do ano”, em seu discurso disse: “Eu amo ser vendedor”).

Vale a pena curtir: https://www.facebook. com/GeracaodeValor Comentário: Com mais de 3 milhões de seguidores, a página do Geração de Valor é uma das principais fanpages de empreendedorismo do Brasil, onde se acredita que “o sucesso é uma ciência exata que todos podem aprender”. Com conteúdos diários de autoria de Flávio Augusto da Silva, promove o empreendedorismo através da construção de uma mentalidade vitoriosa.

Dica de site: http://www.lidebr.com.br/ Comentário: O LIDE é uma organização privada, que reúne empresários em doze países e quatro continentes. Debate o fortalecimento da livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social, assim como a defesa dos princípios éticos de governança corporativa no setor público e privado.



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