Revista Fecomércio PI 21 Setembro / Outubro 2016

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Entrevista: Pedro Alencar - Presidente do Conselho Regional de Administração do Piauí (CRA-PI)

Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

Ano 04 - Nº 21 - Setembro / Outubro de 2016

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ESPECIAL

Saiba a importância de registrar sua marca


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Entrevista:

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SUPLENTES Jairo Oliveira Cavalcante e Denis Oliveira Cavalcante

Impressão Halley SA Gráfica e Editora.

Colaboradores Ana Cláudia Coelho e Raquel Lopes (Sesc), Layse Soares e Jair Silva (Senac), Antônia Pessoa, Carlos Augusto Lima, Graça Batista e Misael Martins (Sebrae), Cristina Alves (Fecomércio)

Tiragem 2000 exemplares

Revisão Glécia Lima

Versão online no site: www.fecomercio-pi.org.br

Fotos Carlos Pacheco

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Contatos (86) 3303 9831 / 99804 8998 / 99458 4554 Email: revistafecomerciopi@gmail.com dd .in 18 c_ _fe pa ca

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Acesse a versão online no site: www.fecomercio-pi.org.br (86) 3303-9831/ 99804-8998 - revistafecomerciopi@gmail.com

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NOSSO ENDEREÇO Av. Campos Sales, 1.111, Ed. Agostinho Pinto, 4º andar, Centro. CEP: 64.000-360 – Teresina - PI Fone: (0 XX 86) 3222-5634 CNPJ Nº 07.243.215/0001-82

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DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO A CNC EFETIVOS Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante Grigório Cardoso dos Santos

ESPECIAL

Diagramação e direção de arte Zabumba Propaganda

Assessor Fecomércio-PI André Ribeiro

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Produção e Redação Karla Nery, Nonato Paz, Samanta Petersen, Robert Pedrosa, Carlos Pacheco, Denilson Avelino, Gleyca Lima e Giovanna Veloso

A TI ro, tu u f m te a TI o r Os segredos tupara u f o boasé venda$ A arte e o desafio em fidelizar clientes

Editora Opala Comunicação e Eventos Ltda End: Rua Antônio Chaves, 1896-1, Bairro dos Noivos. CEP: 64.045-340 - Teresina-PI Marketing Karla Nery

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Editor - adjunto Robert Pedrosa - MTb 964-PI

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Editora - chefe Karla Nery - MTb 1339-PI

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DIRETOR DE COMÉRCIO ELETRÔNICO Moisés Rebouças Marques

Entrev

Karla Nery entrevista Pedro Alencar, presidente do CRA. Agradecimento especial: Sâmia Brito. Foto: Assessoria CRA-PI

DIRETOR ASSUNTOS SINDICAIS Francisco Carneiro C. Mapurunga

SUPLENTES DA DIRETORIA Raimundo Florindo de Castro José Carvalho Neto Maria dos Aflitos S. R. Cardoso Pablo Henrique Couto Normando Jorge Batista da Silva Filho Raimunda Nonata da Silva Santos.

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Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí

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DIRETOR ASSUNTOS COMÉRCIO EXTERIOR Delano Leno da Silva Miranda de Sousa

SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL Gescimar Miranda de Sousa Lauro Antônio Cronemberg Paulo Hernandez Couto Normando

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DIRETOR ASSUNTOS DE CONSUMO Erivelton Moura

CONSELHO FISCAL EFETIVOS Janes Cavalcante Castro Francisco Pereira Dutra Roberto M. Campos Drumont

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DIRETOR ASSUNTOS DE DESENVOLVIMENTO COMERCIAL Gerardo Ponte Cavalcante júnior

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DIRETOR ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS Delano Rodrigues Rocha

A Revista Fecomércio PI me atualiza com assuntos focados no nosso mercado e na nossa realidade, destacando nossa maneira regional de encarar certas questões. O que se realiza com sucesso ou não mundo afora, aqui temos nosso jeito especial de ser e agir, isso me encanta e valoriza nossa regionalidade. Rosana Barros, consultora de viagens da Primeira Classe Turismo

PI

2º TESOUREIRO: Margareth Silva Lopes 3º TESOUREIRO: Francilino Lima Costa

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1º TESOUREIRO: Antônio Leite de Carvalho

a Hall Teresin ão e do unicaç omBioanálise C Entrevista: Sylvio Romano, proprietário do e d IA ma O D o Siste dente d a, prebsios d n a ir lmir M uprica ista: Va da S Entrev ria ietá r p ro p , a Silv Direta Malaásica ilda B Cac

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1º SECRETÁRIO: Raimundo Nonato Augusto da Paz 2º SECRETÁRIO: Maria Adelaide Cavalcante Castro 3º SECRETÁRIO: Maria do Socorro de Morais Correia

E GESTORES DO PIAUÍ?

A educação e a saúde financeira são temas que requerem bastante atenção nos dias atuais e a abordagem da revista vem a contribuir na disseminação da importância desse assunto para o bom desempenho dos colaboradores no universo corporativo. A Revista Fecomércio PI está fazendo um trabalho primoroso fornecendo informações do setor empresarial piauiense para a sociedade, transmitindo conhecimento atual para os leitores com muita credibilidade. Parabéns a toda equipe! Thiago Silva, assistente financeiro da Fortes Tecnologia em Sistemas

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3º VICE PRESIDENTE Denis Oliveira Cavalcante Raimundo Rebouças Marques José Antônio de Araújo João dos Santos Andrade Pedro de Oliveira Barbosa Conegundes Gonçalves de Oliveira José Rivaldo de Sousa José Arimatea Melo Rodrigues Gerardo Ponte Cavalcante Neto Teodoro Ferreira Sobral

SEJA VISTO PELOS EMPRESÁRIOS

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2º VICE PRESIDENTE Grigório Cardoso dos Santos

A Revista Fecomércio PI para mim é uma das que tem mais conteúdo, mais utilidade aqui no estado. O trabalho da editora Karla Nery é muito valoroso. A publicação faz uma coisa que realmente é útil para a categoria. Na minha opinião, a Revista Fecomércio PI é a Revista Exame do Piauí. Sylvio Romano, proprietário do Laboratório Bioanálise.

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1º VICE PRESIDENTE Jairo Oliveira Cavalcante

En t r En evis tre t a: M vis ista: D ax G t a: r. Fran ehr cisco e Olí in ger, v Raque l Vilar. Adm doio Grupo J. F Entrevista: Audir Lages de Carvalho e Inês Carvalho -ProFundadores Cacique prietári inis os dtoraHd onse orspe ital ca apr de, POr lhos ese op Franc ntadrie isco Vil Pu bli ar ortádr ca çã Pu od iao Sé bli oS caç da rie ão is do te em Che m Sis aF tem pre fe Se ec aF eco om Publica mé ér s a cr e t ção do rcio cio Sistem o do Sesc Olí Se a Feco /S sc mércio vio en Fan /S Sesc / ac en Sena P t ás t ia c Piau J. F ac uí í Pia ico Ano 03 An on uí - Nº 15 o 03 Publicação do Sistema Fecomércio Sesc / Senac Piauí Ano 03 - Nº 13 - Maio / Junho de 2015 se Mala Direta - Se tembrNº An ca o 1/6Ou Básica - Ntubro 0 ov o 4de

PRESIDENTE: Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante

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Publicação

Caro leitor, sua opinião é muito importante para o crescimento da nossa revista. Curta e acompanhe a Revista Fecomércio PI no Facebook e envie-nos suas sugestões, críticas e comentários sobre os diversos assuntos abordados nesta publicação, nos contatos abaixo: FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DO PIAUÍ BRAÇO SINDICAL DO SISTEMA FECOMERCIO/SESC/SENAC

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Palavra do Presidente

ÍNDICE

Pioneiros no comércio do Piauí

Capa

Ano 04 - Nº 21 Setembro/Outubro de 2016

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Destaques

Pesquisa revela o perfil do jovem empresário

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Entrevista Karla Nery

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Geral

Outras Seções

Pesquisas Fecomércio

14 Economia dá sinais de recuperação 15 Intenção de consumo de Teresina tem 16

Pedro Alencar Presidente do Conselho Regional de Administração do Piauí (CRA-PI)

Indústria do Piauí se recupera e consome mais energia

Sindicatos

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Especial Carlos Pacheco

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melhor resultado em 10 meses

Sindicato de Turismo e Hospitalidade desenvolve Campo Maior

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Valdeci Cavalcante

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inovadoras nas empresas

Educação Profissional Francisco Dias

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Direito e Empresas Francisco Soares Campelo Filho

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Educação Financeira Reinaldo Domingos

Sebrae

27 Programa ALI dissemina práticas

Palavra do Presidente

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Gestão de riscos Gildásio Gomes Caetano

Sesc

34 OdontoSesc: saúde bucal com qualidade 36 Sesc Ler - Educação por inteiro

Registre sua marca – e proteja seu negócio!

Senac

Bem-estar Carlos Pacheco

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38 Mostra comemora os 70 anos do Senac 40 Pesquisa mostra que alunos aprovam cursos do Senac

Eventos

negócios

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Revista Fecomércio-PI

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Comunicação Eficiente Jefferson Xavier - Jex

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Agenda

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Comunicação e gestão Karina Matos

43 Piauí sairá da crise com atraso 44 Energia solar é alternativa para seus B-R-O-Bró aumenta risco de infecções urinárias

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47 Quer falar bem em público?

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Cultura Empresarial Marielle Baía

Valdeci Cavalcante Presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac -PI valdeci_cavalcante@hotmail.com

ara se compreender a importância do sistema de comércio na economia e no desenvolvimento social do Piauí, precisamos mergulhar na origem das iniciativas empresariais que consolidaram e compensaram o esforço de notáveis e corajosos negociantes, que transformaram pequenos negócios em grandes empresas. Parnaíba, berço do comércio, já possuía por volta de 1849/1866, um bom desempenho comercial e forte presença de empresas poderosas, como Willer & Cia; Casa Inglesa, James Frederick Clark. Na esteira do sucesso comercial dessas famílias, surgiram outras igualmente importantes, como a Casa Mack Jacob, Franklin Veras, Moraes S.A, Poncion Rodrigues, Machado S.A., Neves & Cia. É importante observar a forte presença inglesa na região, notadamente nas atividades comerciais, movidas pelas relações do Piauí com a Europa. Curioso é que, como ainda hoje, não havia porto marítimo. As mercadorias produzidas no Piauí eram levadas de sumaca (barco pequeno) até o navio ancorado a alguma distância da praia e de lá traziam perfumes, tecidos finos, produtos de beleza, calçados, chapéus, bijuterias, ornamentos, peças de vestuário e livros. A importância de Parnaíba no comércio e na indústria da região surge com a exportação do charque, sob o domínio de Domingos Dias da Silva e a colaboração

de João Paulo Diniz. As relações comerciais da família eram de grande importância para o desenvolvimento da província, cujas exportações, além da Europa, abasteciam mercados internos, na capital do Império e vilas da região.

A influência dos ingleses, em Parnaíba, e dos árabes, em Floriano, foi fundamental para a prosperidade desses municípios. Acrescentese a isto a migração regional, com várias regiões desenvolvidas pela ação de negociantes originários de outros centros. Um exemplo é Campo Maior, que recebeu cearenses e maranhenses, com fundamental desempenho no comércio.

A influência dos ingleses, em Parnaíba, e dos árabes, em Floriano, foi fundamental para a prosperidade desses municípios. Acrescente-se a isto a migração regional,

com várias regiões desenvolvidas pela ação de negociantes originários de outros centros. Um exemplo é Campo Maior, que recebeu cearenses e maranhenses, com fundamental desempenho no comércio. E Teresina teria forte presença de portugueses no desenvolvimento comercial da cidade. A ideia de fundação de uma entidade congregadora das atividades comerciais no Estado surgiu no início da década de 1950, sob a liderança de Ranulpho Torres Raposo, vindo de Miguel Alves, editor do Almanaque da Parnaíba. Em 1954 a Federação do Comércio do Piauí, presidida por Ranulpho, já iniciava seu projeto de unificação do comércio em todo o Estado. É importante destacar que para chegar a esse estágio Parnaíba criou, em 1917, a Associação Comercial, presidida por Armando Madeira Brandão. A União Caixeiral seria instalada no ano seguinte. É inegável a presença de Parnaíba no desenvolvimento industrial e comercial do Piauí. O que tem prejudicado as exportações nos últimos 70 anos, é a falta de um porto marítimo. O projeto de construção do porto de Luís Correia é antigo. Alguns milhões de reais foram investidos, mas por alguma razão, problemas burocráticos, falta de vontade e até desvio de recursos inviabilizam a obra. Enquanto não tivermos uma gestão prioritária, responsável e comprometida com o progresso da região, continuaremos a clamar no direito. Revista Fecomércio-PI

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Pedro Alencar – Presidente do Conselho Regional de Administração do Piauí (CRA-PI) Karla Nery

Entrevista

Administradores fazem a diferença na gestão pública e privada Por Karla Nery

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m ano depois dos 50 anos da aprovação da lei que instituiu a profissão de administrador, a Revista Fecomércio traz uma entrevista com o presidente do Conselho Regional de Administração do Piauí (CRA-PI), Pedro Alencar. Ele fala como surgiu a profissão, sobre as atividades exclusivas dos administradores, as funções e eventos promovidos pelo CRA e a importância de ter administradores na gestão pública e privada. Para ele, até o início do século 20 ainda era possível a empresa ou instituição crescer sem administrador, mas hoje não existe mais cenário para amadorismo. Ele cita Peter Drucker, que é considerado o papa da Administração e diz que a “Administração já era a mais importante dentre as ciências que existiam no final do século XX porque todas as demais dependiam dela para seu desenvolvimento”.

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Seminário de Administração em Picos.

Arquivo CRA-PI

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Arquivo CRA-PI

1º Fórum de Gestão Pública do PI reuniu autoridades durante o XI ENAPI.

XI Encontro de Administração do Piauí teve a presença de Max Gehringer.

CRA homenageou as mulheres no Momento Empresarial do mês de março.

A nova sede do Conselho tem oito anos de existência e está localizada no Jóquei.

Arquivo CRA-PI

Arquivo CRA-PI

Arquivo CRA-PI

O adminstrador Pedro Alencar lembra que a Administracão é ciência que subsidia todas as outras.

Comemoração do Jubileu de Ouro da Administração no CRA-PI.

Por que o senhor escolheu cursar Administração? Minha mãe queria que eu fosse para o seminário, mas meu pai não permitiu porque ele gostaria que eu fosse advogado. Lembro que em certa ocasião, fui assistir um júri e como eu era menor de idade e não podia entrar, assisti pela janela e fiquei muito empolgado. Mas, como Parnaíba na época não tinha vestibular para Direito, eu fiz para Administração meio que por acaso e com o tempo eu me empolguei. Estudei no Campus Ministro Reis Velloso da Universidade Federal do Piauí, em Parnaíba. Depois de formado em Administração, fiz também Direito, mas sempre me interessei mais pela minha primeira profissão. O que lhe chama mais atenção na Administração? Eu gosto de trabalhar com pessoas e descobri que a maneira que você tem mais acesso as pessoas é pela Administração. Em Direito, você também tem, mas sempre me incomodou o fato de você ter um adversário porque quando você recebe o seu cliente, um é a favor e outro é contra. Como surgiu a profissão de administrador?

Os registros nos mostram que os primeiros administradores surgiram no século XVII, com as primeiras empresas de navegação inglesa onde outras pessoas assumiam o comando ao invés dos proprietários. No Brasil, o curso de Administração nasceu em 1941 com a criação do primeiro curso, na Escola Superior de Administração de Negócios – ESAN/SP, inspirado no curso da Universidade de Harvard. Começou primeiramente com Administração pública e depois foi criado o curso de Administração de empresas, como era chamado anteriormente. Mas, a profissão de administrador só foi instituída por meio da Lei 4769/1965 que estabelece o dia 9 de setembro como o Dia Nacional dos Administradores e Tecnólogos e contempla as atividades que devem ser exercidas somente por administradores. Que atividades são essas? Administração de recursos materiais e patrimoniais; elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos e laudos; realização de perícias e consultorias em geral; planejamento, implantação, coordenação e controle de trabalhos; ensino de matérias técnicas da Administração; entre outras. Há um questionamento com relação a Ad-

ministração financeira, pois a Economia briga sempre por uma fatia nossa. Ano passado houve uma certa contenda com relação a isso, mas ficou definido que é realmente uma atividade da administração. O elenco é bem maior de atividades que são específicas nossas, entretanto, eu lhe diria o seguinte, ao longo desses 50 anos, muitos tipos de atividades e serviços surgiram e a lei está desatualizada, mas no atual momento se encontra uma proposta de alteração tramitando no congresso para que seja reformulada. O que se objetiva acrescentar ou mudar na lei? Bom, o que se quer acrescentar é um grande número de atividades que hoje o administrador já exerce, mas que vem sendo ocupadas por advogados, economistas, analistas financeiros, principalmente a parte no tocante aos Tribunais de contas que contratam os analistas financeiros. Estabelece ainda a obrigatoriedade de comprovar, anualmente, perante organização empregadora a regularidade junto ao CRA e multas para quem descumprir. Ao longo dos anos surgem novas profissões. O senhor acha que virou uma certa Revista Fecomércio-PI

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Entrevista

ameaça tirar um pouco das atividades do administrador? Por incrível que pareça, eu vou lhe dizer que não e cito Peter Drucker, que é o papa da Administração e diz que a “Administração já era a mais importante dentre as ciências que existiam no final do século XX porque todas as demais dependiam dela para seu desenvolvimento”. Karla, vou dar um exemplo com você mesma: você tem uma empresa de comunicação que presta serviço de assessoria, cerimonial e tal. À proporção que sua empresa for crescendo e você for acrescentando outros serviços, vai chegar um dado momento que você vai ter que contratar um administrador para administrar ou então você vai ter que estudar Administração. Caso contrário, seu negócio não irá crescer ou corre até o risco de fracassar. É a mesma coisa que acontece quando dois ou três advogados se juntam e montam um escritório de advocacia. Eles são ótimos advogados, mas enfrentam problemas para administrar o escritório. Hoje, no Rio e São Paulo, eles estão contratando administradores para administrar seus escritórios. Toda empresa tem que ter um administrador responsável técnico? A nossa lei contempla que é de acordo com as necessidades, com os tipos de serviços oferecidos pela empresa e não pelo número de empregados, mas isso é o que se luta pra conseguir que seja regulamentado também. No caso da empresa pequena, o empresário pode vir na sede do CRA que nós indicamos um responsável técnico. Esse responsável técnico fará um contrato, que não é de empregado, em que o empresário pagará a ele um salário e combina com ele os horários que quer que ele vá na sua empresa lhe orientar, examinar a documentação e depois assinar como responsável. Quais são as outras funções do Conselho Regional de Administração? A nossa função principal é a de fiscalizar o exercício da profissão. Eu não vou chamar de reserva de mercado, mas no fundo é isso. 10

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Nós estamos sempre atentos a publicação dos editais de concurso, principalmente nas áreas públicas, examinando a descrição do cargo com o que está previsto na nossa lei. Se a descrição se enquadrar em cargo para administrador e lá no edital disser que outros profissionais podem praticar daquele concurso ou seleção pública, administrativamente nós procuramos resolver o problema, pedindo que seja corrigido o edital. Quando

Numa mesa redonda com empresários convidados, o Antônio Ermírio de Moraes disse que os empresários esperam que o administrador tenha jogo de cintura e seja aquela pessoa que sabe falar e negociar, que não precisa saber muito de Estatística ou Contabilidade, pois para isso a empresa poderia contratar um estatístico ou contador. Eles precisam de pessoas que saibam conversar e fazer negociação, pois negociar é uma arte.

isso não é possível, nós entramos na Justiça e temos ganho alguns casos, outros não. Quando foi criado o CRA-PI? O nosso CRA completou 13 anos recentemente. Nós tínhamos o antigo Conselho Regional de Administração que era Piauí, Ceará e Maranhão. Com o tempo, o Maranhão se emancipou e ficou só Conselho Regional de Administração Ceará-Piauí, onde eu fui conselheiro durante quatro anos e as plenárias eram lá em Fortaleza. Nessa época,

eram necessários 1.000 administradores que estivessem registrados para que pudesse ser criado o CRA. A partir de 2001, começou um movimento de criação do Conselho Regional de Administração do Piauí que só ocorreu de fato em 2003, tendo sido nomeados automaticamente pelo Conselho Federal quem era conselheiro Piauí-Ceará. Inicialmente, funcionava num espaço na avenida Nossa Senhora de Fátima, próximo a antiga Livraria Deslivres. Mudamos para a sede própria na gestão do atual conselheiro federal Carlos Henrique Mendes da Rocha que era o presidente do CRA na época. Um ponto interessante para se destacar é que não havia curso de Administração no campus da Universidade Federal do Piauí aqui em Teresina até o ano de 1996, só existia o curso lá em Parnaíba e em algumas faculdades particulares. Em 1992, quando eu era coordenador do curso de Administração em Parnaíba, fui convidado para ir a São Paulo discutir um currículo nacional para o curso de Administração que há 20 anos permanecia intacto. Lá, com 178 representantes de todo o país nasceu a ideia de criar a Angrad, que é a Associação Nacional dos Cursos de Administração, hoje uma instituição grande, que é tipo uma supervisora nacional dos cursos de Administração. Numa mesa redonda com empresários convidados, o Antônio Ermírio de Moraes disse que os empresários esperam que o administrador tenha jogo de cintura e seja aquela pessoa que sabe falar e negociar, que não precisa saber muito de Estatística ou Contabilidade pois para isso a empresa poderia contratar um estatístico ou contador. Eles precisam de pessoas que saibam conversar e fazer negociação, pois negociar é uma arte. Quando voltei de lá como representante da Angrad, fui com os professores Manoel Teófilo e o Raimundo José conversar com o Professor Charles da Silveira que era o reitor da UFPI na época. Apresentamos o projeto em 1995 e no segundo semestre de 1996, através da resolução de número

007/96 foi criado o curso de Administração em Teresina. Qual a importância da formação do administrador? Eu diria o seguinte: se você não tem conhecimento dos métodos de administrar, você é capaz de fazer, e pode até dar certo inicialmente, mas não vai muito longe. A prova disso é que a maioria das empresas familiares entraram em decadência. Desde que o [ex-presidente da República] Fernando Collor de Melo abriu as portas do Brasil para que as empresas internacionais pudessem vender para o país, principalmente as empresas de carros, começou-se a perceber que a administração tem muita importância porque o concorrente não era mais só aquele que estava ao lado da sua empresa disputando a mesma fatia no mercado, o concorrente estava lá em Taiwan, no Japão, em qualquer parte do mundo e aí quem não entendia de administração e não se atualizava não conseguia sobreviver. Eu sou um grande pregador da história da Administração e da gestão e planejamento estratégico. Passei 20 anos fazendo esse discurso na sala de aula dizendo que para ser um bom gestor, não é obrigado você saber fazer tudo. Você vai ter que saber aproveitar o que outros sabem fazer, vai ter que saber valorizar os seus colaboradores, saber lidar com as pessoas. Eu acredito em gestor que valoriza do chão de fábrica até o escalão maior. Por isso é que eu acho que a coisa mais importante que se fez na administração foi acabar com o modelo piramidal. Pelo contrário, o modelo estratégico nos mostra que você pode através de um empregado do chão de fábrica mudar alguma coisa e dar certo. Não vou longe, eu vou dar um exemplo desse próprio conselho. Quando eu assumi, achei que o conselho precisava ser mais ágil, por isso uma das minhas primeiras ações foi a digitalização de todo nosso acervo que foi todo digitalizado, microfilmado e está registrado em cartório. Além do Piauí, só o do Rio de Janeiro fez isso.

Depois um funcionário perguntou: “Presidente, por que a gente não implanta o sistema de recebimento de anuidade através de cartão de crédito?” Nós tínhamos situações em que o administrador que estava inadimplente há dois anos quando era aprovado em concurso corria para cá porque precisava de uma certidão de que ele é registrado. Ele negociava que iria pagar em doze boletos, mas só pagava o primeiro boleto, recebia a certi-

Eu sou um grande pregador da história da Administração e da gestão e planejamento estratégico. Passei 20 anos fazendo esse discurso na sala de aula dizendo que para ser um bom gestor, não é obrigado você saber fazer tudo. Você vai ter que saber aproveitar o que outros sabem fazer, vai ter que saber valorizar os seus colaboradores, saber lidar com as pessoas. Eu acredito em gestor que valoriza do chão de fábrica até o escalão maior.

dão e não pagava as demais. No cartão de crédito, a fatura fica vindo todo mês. Outro exemplo dessa colaboração resultou na implantação do pagamento online, pois as vezes eu estava viajando e os funcionários só receberiam quando eu assinasse os cheques. Todo mundo abriu uma conta e pronto, mais agilidade. São coisas simples. No primeiro momento teve gente que não acreditou que fosse dar certo, mas depois fica natural. Eu trabalho com 100% de descentralização. Eu não acredito em poder centraliza-

do, eu acredito em poder participativo. Ou você tem uma equipe em que você acredita e divide com eles o trabalho, os problemas e você dá credibilidade, tira da cabeça que não são empregados e sim colaboradores. Ou não vai dar certo. Só dizer é muito fácil, tem que fazer porque a verdade é que a gente diz muita coisa que não cumpre. Isso de ouvir os colaboradores, me lembra muito aquela série Chefe Secreto do Fantástico, o dono da empresa se caracterizava e ouvia os colaboradores e mudava a dinâmica da empresa, observando como era a realidade lá nos outros setores. De fato, muitos gestores ficam nos seus escritórios e não conhecem a realidade da empresa. É possível administrar olhando somente os números sem pensar tanto nos processos e nas pessoas, mas fazer isso é um diferencial. Lembro que quando retornei dos Estados Unidos em 1999, fui convidado para uma entrevista em uma rádio em Parnaíba e falei em administração à distância. Ou seja, administrar assim praticamente como eu faço. Eu sou presidente do conselho, mas não necessariamente eu estou aqui em Teresina a semana toda, mas eu posso utilizar e-mail, redes sociais, telefone, celular, etc. Hoje, isso é natural, mas em 1999 quando estava todo mundo assustado com o surgimento da internet e pensando que em 2000 o mundo ia se acabar, parecia um absurdo. Quantos administradores estão registrados no Conselho? Nós temos cerca de 4.500 administradores e cerca de 500 empresas registradas em todo o estado. Além da sede em Teresina, temos, oficialmente, uma seccional instalada em Piripiri, outra em Picos e uma em Parnaíba, que é a mais antiga do estado. Temos ainda um escritório de representação em São Raimundo Nonato e Floriano. A diferença é que o representante não tem um espaço físico e não faz o atendimento direto, ele presta informações e busca informações nossas para transmitir para os administraRevista Fecomércio-PI

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Entrevista

dores do local, mas que podem nos solicitar a realização de eventos. Quais são os eventos que o CRA promove? Todos os meses o CRA realiza o Momento Empresarial, onde trazemos pra cá um empresário bem sucedido para contar a sua história, como ele começou e como ele está fazendo. No princípio, a gente só trazia administrador, mas hoje nós estamos trazendo quem é empreendedor e, na maioria dos casos, eles confessam o quanto a administração faz falta e que eles às vezes procuram um responsável técnico. Realizamos também o Fogespi, Fórum de Gestão Pública do Piauí, que promove por meio de palestras, painéis e minicursos, espaço relevante para debater a gestão pública e a sociedade em geral. O Café Empresarial com gestores, durante o Enapi, Encontro de Administradores do Piauí que é o maior evento de administração do nosso estado, reuniu diversos gestores de órgãos estaduais e municipais, como o vereador Tiago Vasconcelos, o Deputado Federal Átila Lira e o Prefeito de Parnaíba, Florentino Neto, que são administradores por formação. No Enapi do ano passado tivemos mais de duas mil pessoas no Atlantic City e contamos com a palestra magna do administrador Max Genrigher. Esse ano, o Enapi vai acontecer de 1 a 3 de dezembro no Sesc Praia em Parnaíba, no berço da Administração piauiense. Estamos definindo os detalhes e em breve iremos divulgar. Também realizamos ações no interior como o 4o Seminário de Administração da Região de Picos que teve como tema “Administração: 50 anos construindo parcerias e negócios de sucesso”. Como foram as comemorações do Jubileu de Ouro da Administração aqui no Piauí? No ano passado, nós realizamos os eventos que citei acima, além do Dia do Administrador com show do humorista João Cláudio Moreno e homenagem na Câmara Municipal de Teresina, realizamos uma plenária 12

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em Picos, outra em Piripiri e fechamos com chave de ouro as comemorações do Jubileu com uma solenidade homenageando vários administradores, autoridades e personalidades no início de setembro deste ano. Foi uma festa linda e bem prestigiada! Eu lembro que o governador falou da importância de ter administradores em órgãos públicos, o quanto isso traz um diferencial para a cidade.

Eu trabalho com 100% de descentralização. Eu não acredito em poder centralizado, eu acredito em poder participativo. Ou você tem uma equipe em que você acredita e divide com eles o trabalho, os problemas e você dá credibilidade, tira da cabeça que não são empregados e sim colaboradores. Ou não vai dar certo. Dizer é muito fácil, mas a gente diz muita coisa que não cumpre.

Isso é tão importante que é um dos eixos do Fogespi. Ao longo do tempo, nós focamos na administração de empresas, só que as instituições públicas são mal gerenciadas porque quem exerce o cargo de administrador é médico, advogado ou tem outra profissão. Eles são bons, mas o médico é bom em Medicina, advogado é bom em Direito e administrador é bom em Administração. A gente cresce mais quando cada um atua na sua área. Eu pretendo realizar uma pesquisa por amostragem para saber dos 224 municípios quantos administradores ou bacharéis em

administração estão dentro dos órgãos ou nas prefeituras, se estão exercendo a função ou não, para a partir daí, analisar se aquela prefeitura que a gente ver o maior número de administradores exercendo realmente a profissão, se ela tem melhores resultados. Se isso se constatar, vamos fazer uma campanha para mostrar aos outros prefeitos porque aqueles municípios estão bem e o deles não. Com relação a administração de empresas, qual o maior problema delas hoje? Se a empresa é familiar, eu diria que o maior problema é a sucessão, pois o patriarca não quer entregar para alguém de fora comandar. O sonho dele é passar para os filhos, mas esquece de prepará-los para isso. Eu entendo que, se não tiver um administrador dentro de toda e qualquer organização humana é muito difícil trabalhar. Não acredito em empirismo para administração. Isso deu certo até o século XIX e até meados do século XX, depois não deu mais certo. Essas empresas todas entraram em decadência. Que mensagem o senhor deixa para os administradores e gestores que estão tendo que gerenciar suas empresas ou instituições? Eu diria que a principal coisa que um empresário, microempresário, empreendedor ou gestor deve ter na cabeça, se ele não tiver feito um curso de Administração, que ele conscientize-se de que realmente precisa ter um administrador e isso não é só porque eu sou administrador. É como se ele quisesse fazer uma reforma na estrutura de um prédio e eu lhe diria para contratar um arquiteto para evitar que o prédio caia. A mesma coisa se o problema está nos seus negócios, então vá em busca de um administrador. Eu li recentemente que há muito tempo atrás, a preocupação do empresário era ter o produto porque todo mundo corria atrás para comprar. Agora, o grande problema é ter o cliente porque você precisa realmente encontrar o cliente e, que ele aceite o seu produto e pra isso você tem que ter bons negociadores.

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Pesquisas Fecomércio

Economia dá sinais de recuperação Medidas começam a surtir efeito na queda da inflação, do desemprego e na melhoria da confiança dos empresários.

10,71%

10,35%

9,39%

9,28%

9,32%

8,84%

8

A

lgumas medidas tomadas pelo Governo Federal começam a gerar resultados, o que indica uma retomada do crescimento econômico a partir de 2017. A análise é do assessor econômico da Fecomércio-PI, Nonato Paz. Ele ressalta que as ações do Governo já apontam queda na inflação, recuperação da confiança dos empresários, queda no endividamento das famílias, saldo positivo na balança comercial, redução na queda do emprego e na taxa de câmbio do dólar. “Do jeito que estava a economia não poderia se recuperar num passo de mágica como muitos esperam, entretanto, foram tomadas algumas medidas que já estão sendo eficazes e serão importantes para alcançar resultados para 2017”, afirma Nonato Paz. O combate à inflação, considerada um dos fatores que impactam o crescimento econômico, é uma das prioridades do Governo. Em junho, foi de 0,35%. Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 14,25%, a inflação começou a crescer menos (veja gráfico). De acordo com o IBGE, enquanto que no ano de 2015 a inflação oficial do Brasil foi de 10,67%, nos últimos 12 meses (julho de 2015 a junho de 2016), ela caiu para 8,84%. Essa desaceleração dos preços resultou na melhoria da confiança empresarial. O Índice de Confiança dos Revista Fecomércio-PI

12 10

Por Robert Pedrosa

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Inflação acumulada nos últimos 6 meses

Setembro/Outubro 2016

6 4

Famílias apostam em mais compras para o segundo semestre de 2016. Por Robert Pedrosa

2 0

Intenção de consumo de Teresina tem melhor resultado em 10 meses Carlos Pacheco

Pesquisas Fecomércio

jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Fonte: CNC/FGV

Principais sinais de recuperação da economia

Fonte: CNC/FGV.

Empresários do Comércio, medido pela Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 102,2 pontos em agosto, uma variação de 10,85% em relação a agosto de 2015. Desde o meio do ano passado o índice não passava de 100 pontos. “O empresário pode até possuir dinheiro em caixa, ou crédito, mas se não tiver confiança na economia ele não investirá”, explica Paz. Entre outros indicadores da melho-

ria da economia estão a sondagem da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o Índice de Confiança da Indústria, que obteve crescimento de 3,6% na passagem de junho para julho, maior nível desde maio de 2015. O Ministério da Indústria, Comercio Exterior e Serviços aponta ainda que a balança comercial encerrou o semestre com saldo positivo de US$ 22,4 bilhões, 28% acima do saldo do mesmo período de 2015.

A

pesquisa sobre Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Teresina, realizada pela Fecomércio-PI, referente ao mês de agosto de 2016, apresentou o melhor resultado desde outubro de 2015. Segundo o levantamento, a faixa de otimismo chegou a 101,3 pontos, enquanto que em outubro do ano passado foi de 102,1. O índice de agosto apresentou ainda um crescimento de 1,5% sobre julho, quando o índice foi de 99,1 pontos (ainda na faixa de pessimismo). O levantamento é revelado em pontos. De zero a 100 pontos significa pessimismo e de 100 a 200 pontos caracteriza otimismo. Segundo Nonato Paz, analista econômico da Fecomércio-PI, o dado revela uma ligeira melhora nas vendas do varejo, motivada pela primeira parcela do 13º dos aposentados. A ICF é constituída das seguintes variáveis: Emprego Atual, Perspectiva Profissional, Renda Atual, Compra a Prazo, Nível de Consumo, Atual Perspectiva de Consumo e Momento Para Bens Duráveis.

Emprego atual

O otimismo do Emprego Atual é de 120,0 pontos. 31,0% dos entrevistados disseram que estão mais seguros nos seus empregos. Essa segurança é importante porque garante fazer compras a prazo sem medo de perder emprego.

28,6% das famílias declararam que estão comprando mais que o mesmo período do ano passado.

Renda Atual

O otimismo foi de 115,4 pontos, no mês passado alcançou 111,3 pontos. A renda das famílias melhorou, e o crescimento foi de 3,68% sobre o mês anterior. Neste contexto, 33,6% afirmaram que a renda melhorou, enquanto 18,3% disseram que a renda piorou. Entretanto, 48,1% declararam que a renda de agosto foi a mesma do mês passado.

Compra a prazo

O otimismo foi de 107,9 pontos. A vontade de comprar a prazo aumentou um pouco com relação ao mês de julho, atingindo um crescimento de 6,73%, uma vez que neste mês o índice foi 101,1 pontos.

Nível de consumo atual

28,6% das famílias consultadas na pesquisa declararam que no mês de agosto estão comprando mais que o mesmo período do ano passado. Todavia, 35,9% disseram que estão comprando a mesma coisa do ano passado. “É importante ressaltar que aproximadamente a metade, ou seja 48,9% das famílias, acredita que no segundo semestre do próximo ano o consumo vai ser melhor. É um registro mostrando que a confiança do consumidor para os próximos meses é um indicador importante na saída da crise”, afirma o analista econômico da Fecomércio-PI, Nonato Paz. Revista Fecomércio-PI

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Fecomércio Carlos Pacheco

Pesquisas Fecomércio

Valdeci Cavalcante lança livro “A Lei Divina e a Consciência” Segundo livro do presidente da Fecomércio Piauí trata sobre espiritualidade, consciência, moral, religiões, ciência espírita e maçonaria. Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Luís Mota e André Ribeiro

P

O aumento do consumo de energia indica recuperação, já que não houve incrementos de novas empresas no setor.

Indústria do Piauí se recupera e consome mais energia Por outro lado, no comércio houve uma queda, ocasionada por medidas tomadas pelos empresários para reduzir os custos. Por Robert Pedrosa

U

m levantamento feito pela Fecomércio-PI junto à Eletrobras indica que a indústria piauiense está começando a se recuperar da crise econômica do País. De acordo com a estatal, houve um crescimento de 16,94% no consumo de energia elétrica no setor industrial no mês de julho, o que aponta que as fábricas estão produzindo mais, já

16

Revista Fecomércio-PI

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que o número de indústrias seguiu estabilizado. Com 3.335 unidades operacionais, o Parque Industrial do Piauí consumiu 15.998.003 KWh em julho, comparando a 12.683.975 KWh no mês anterior. Em junho o consumo representava 5,52% e no mês seguinte passou para 6,71%. Já no segmento de Comércio e Serviços houve uma variação de - 6,23% com relação ao mês de junho. O analista econômico da Fecomércio-PI, Nonato Paz, sugere que os motivos do recuo desse setor tenha sido por causa das reduções de custos, como apagar luzes no momen-

to que não há clientes nas lojas, desligar ar condicionados nos escritórios e outros fatores próprios de crise. O número de consumidores deste setor passou de 87.767 no mês de junho para 87.848 em julho, representando um pequeno crescimento de 0,9%. É interessante notar que o Comércio está fazendo tudo para sair da crise e esse é apenas um elemento de despesas. “Tudo isto corrobora com os dados do IBGE a nível nacional que mostram um crescimento na indústria de 3,7% no acumulado dos 5 últimos meses do ano”, conclui Nonato Paz.

ersonalidades de várias regiões do Piauí participaram do lançamento do livro “A Lei Divina e a Consciência”, de autoria do presidente da Fecomércio Piauí, Valdeci Cavalcante, em solenidades realizadas nos dias 12 agosto, no Espaço Cultural “Cosme Oliveira”, em Teresina, e 06 de setembro, no Teatro do Sesc Avenida, em Parnaíba. Dentre os presentes, membros da Academia Piauiense de Letras, da Academia Maçônica de Letras, escritores piauienses, empresários, jornalistas e personalidades piauienses. O próximo lançamento está previsto para outubro, em Floriano. O segundo livro escrito por Valdeci Cavalcante trata sobre espiritualidade, consciência, moral, religiões, ciência espírita e maçonaria. Segundo Valdeci, a obra pretende mostrar o seu modo de ver o mundo e conviver em sociedade. O autor fala sobre consciência humana na perspectiva científica, onde discorre sobre o consciente, o pré-consciente e o inconsciente para mencionar os níveis de consciência como uma divindade. Cita personalidades que se destacaram na sociedade, remanescentes e contemporâneos, reforçando os níveis de consciência, cuja culminância é a consciência cósmica.

Empresários e personalidades prestigiaram o lançamento do livro em Teresina e Parnaíba. Revista Fecomércio-PI

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Educação Profissional

Sindicatos

Qualificação profissional para a juventude! Francisco Dias Diretor de Educação Profissional do Senac-PI Licenciatura Plena em Pedagogia Especialista em Gestão Escolar fcodias@pi.senac.br

Q

ue o mercado de trabalho é exigente é lugar comum. Que a qualificação é o melhor remédio para atender a esse mercado também o é. Assim, se não há nenhuma novidade nessas assertivas podemos dizer que o novo é exatamente o fato de que a educação continua sendo o grande diferencial na conquista de um lugar ao sol, notadamente, quando o assunto é inserção de jovens no mercado de trabalho. Então, ninguém mais do que o jovem em busca do primeiro emprego, sente na pele as exigências do mercado de trabalho e pode-se afirmar que também para eles a qualificação é a melhor indicação. E mais, é notório e os números da educação profissional corroboram que a qualificação vem ampliando o seu espaço para vencer outro fantasma que igualmente assombra o jovem em busca do primeiro emprego: a falta de experiência. Mais gente se qualificando é sinônimo de concorrência se acirrando e melhores profissionais chegando ao mercado. E se por um lado as empresas exigem mais dos profissionais por outro elas também estão dispostas a remunerar mais por isso. Pesquisas apontam que mais anos de estudo têm significado melhores salários e que essa relação entre maior qualificação, melhores oportunidades de trabalho e renda é uma equação que não tem mais volta. De olho nessa relação tem crescido a participação dos jovens em cursos de 18

Revista Fecomércio-PI

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qualificação profissional, especificamente para aqueles cursos indicados para iniciantes no mundo do trabalho: auxiliar administrativo, informática básica, aten-

Mais gente se qualificando é sinônimo de concorrência se acirrando e melhores profissionais chegando ao mercado. E se por um lado as empresas exigem mais dos profissionais por outro elas também estão dispostas a remunerar mais por isso. Pesquisas apontam que mais anos de estudo têm significado melhores salários e que essa relação entre maior qualificação, melhores oportunidades de trabalho e renda é uma equação que não tem mais volta.

dimento ao cliente, relações interpessoais no trabalho e alguns outros que trazem ao jovem as primeiras lições do mundo corporativo.

A qualificação profissional, observo, não é indicada tão somente para o jovem que deseja a conquista de um emprego formal. Ela é igualmente também indicada para o jovem que busca empreender e alcançar sucesso nessa empreitada de ter o próprio negócio. Afinal, se é verdade que o mercado remunera bem os bons profissionais, também o é que o mesmo não perdoa amadorismos. Estudar sempre foi e continuará sendo aquilo que faz toda a diferença para uma atuação profissional segura e, nesse quesito, o investimento em qualificação também precisa ser bem avaliado. É fato que boas escolas ajudam o estudante a ter sucesso em seus objetivos, razão pela qual indicamos que tanto quanto possível a escolha da escola para a qualificação recaia sobre uma instituição de referência na área em que você escolheu para atuar profissionalmente. Também adquira bons livros, revistas profissionais atualizadas e não se descuide em visitar bons sites. Ler, aliás, é um bom exercício para quem está em busca de uma boa qualificação e que lhe oportunize acesso ao mercado de trabalho. É como dizem por aí: se estudar não é tão bom, faz muito bem ao seu futuro. E, portanto, a indicação ao jovem que tem um longo caminho a percorrer é escolher a qualificação profissional, pois, o mercado já a legitimou!

A nova entidade levou, entre outros benefícios para o município, um centro de formação profissional do Senac. Por Gleyca Lima

C

riado em setembro de 1956, o Sindicato de Turismo e Hospitalidade de Campo Maior está cada vez mais contribuindo para ascensão daquele município. Segundo o presidente do Sindicato, Nonato Paz, um dos motivos para sua criação foi a necessidade que a Fecomércio-PI, possuía naquele momen-

to, de ter mais uma entidade para compor a equipe. Dentre outras conquistas do Sindicato, podemos citar a instalação do Centro de Formação Profissional Antônio Augusto da Paz, do Serviço Nacional do Comércio (Senac) foi uma das que mais se destacou. Indagado sobre novos projetos para o Sindicato, Paz destaca novas conquistas. “Pretendemos levar para Campo Maior o Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Junta Comercial do Piauí, que já é um pedido antigo do Sindicato”, afirma o presidente.

Carlos Pacheco

Sindicato de Turismo e Hospitalidade desenvolve Campo Maior

Nonato Paz, presidente do Sindicato do Turismo e Hospitalidade, pretende levar uma unidade do Sesc a Campo Maior.

Revista Fecomércio-PI

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Direito e Empresas

O protagonismo do empresário na crise

Francisco Soares Campelo Filho Diretor Regional do Sesc-PI campelo@campelocampelo.com.br

E

stamos presenciando a maior crise econômica da história do Brasil. A questão, contudo, nesse momento, é encontrar soluções para sair da mesma, considerando que a situação é gravíssima. Apenas para demonstrar com algumas estatísticas, o desemprego ficou em 11,6% no trimestre encerrado em julho próximo passado, segundo o IBGE. Considerando todos os trimestres, a taxa é a maior da série histórica, que teve início em 2012. De maio a julho, a pesquisa do IBGE estima que havia 11,8 milhões de pessoas desocupadas1. Com isso, o desemprego no Brasil é o 7º maior do mundo em termos percentuais, segundo ranking global elaborado pela agência de classificação de risco brasileira Austin Rating, de um total de 51 países2 . Porém, em face de toda essa situação angustiante, algo nos preocupa: a passividade do empresariado! De fato, não temos visto nenhum movimento coordenado, articulado, do empresário contra essa situação, o qual tem se limitado apenas a reclamar sobre as dificuldades, sem questionarem com tenacidade e eloquência sobre a política econômica, as medidas que poderiam (ou deveriam) ser adotadas, a reforma fiscal, enfim. Parecem que não se deram conta ainda que cerca de 1,8 milhão empresas fecharam as portas no país em 2015. 20

Revista Fecomércio-PI

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Esse número engloba companhias de todos os tamanhos e setores da economia, inclusive dados de microempreendedores individuais. O resultado é mais que o triplo do que foi registrado no ano anterior e mostra o tamanho da

O empresário precisa melhor articular-se em torno do problema que é comum a todos. Precisa, pois, debater em conjunto, discutir e apresentar ideias e sugestões, questionar medidas e procedimentos, não podendo entregar-se a inércia esperando simplesmente que a crise desapareça.

recessão no âmbito empresarial. O total de empresas que encerrou atividades foi apurado pela Neoway, consultoria especializada em inteligência de mercado, a partir do cruzamento de dados reais de todas as juntas comerciais espalhadas

pelo País e de informações obtidas no site da Receita Federal. As informações são monitoradas diariamente. “O dado é preocupante: a mortalidade das empresas aumentou mais de 300% entre 2014 e 2015”, afirma Jaime de Paula, presidente da consultoria e responsável pelas estatísticas. Ele observa que a marca de 1,8 milhão de empresas desativadas em 2015 é a maior dos últimos cinco anos3. O empresário precisa melhor articular-se em torno do problema que é comum a todos, até porque ninguém melhor que ele conhece as dificuldades. Precisa, pois, debater em conjunto, discutir e apresentar ideias e sugestões, questionar medidas e procedimentos, não podendo entregar-se a inércia esperando simplesmente que a crise desapareça. Não podemos deixar de ressaltar que o empresário sempre foi (e ainda é) a mola propulsora da economia de todo e qualquer país capitalista, sendo essencial para o seu desenvolvimento, e é por isso mesmo que precisa deixar o anonimato para ser protagonista e ocupar o lugar de destaque que lhe cabe em todo e qualquer contexto social. 1 http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/08/desemprego-fica-em-116-no-trimestre-encerrado-em-julho.html 2 http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/08/desemprego-no-brasil-e-o-7-maior-do-mundo-em-ranking-com-51-paises.html 3 http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,1-8-milhao-de-empresas-fecharam-em-2015,10000050202

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Especial

Procedimento para registrar sua marca no INPI

®

Registre sua marca – egistre sua marca e–proteja seu negócio! e proteja seu negócio!

05 dias

Exame formal

Depósito

É o prazo para cumprimento da exigência formal.

Exigência formal Nesta fase, poderão ser formuladas exigências formais, que devem ser cumpridas sob pena de o pedido ser considerado inexistente.

Cresce o número de empresas piauienses que recorrem ao INPI para garantir o direito de uso exclusivo da sua marca e nome, evitando plágios ou pirataria.

Publicação do pedido

60 dias

É o prazo para apresentação de oposição.

Oposição

As oposições interpostas serão publicadas iniciando-se a prazo para apresentação de manifestação (opcional)

Por Robert Pedrosa

U

ma empresa vai bem quando possui boa reputação no mercado, transparência com os funcionários e traz lucros. Mas tudo isso pode acabar de uma hora para outra se a empresa não tiver registrado seu nome e/ou marca de acordo com a legislação brasileira. Estamos falando da proteção garantida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), uma autarquia federal responsável pelo registro de direitos de propriedade intelectual para a indústria. Uma empresa formal, mesmo registrada na Junta Comercial do Estado, não tem garantia sobre seu nome e marca em uso nacional, e isso pode resultar em prejuízos enormes para o empresário, inclusive o fim de seu próprio negócio. A questão da marca é tão séria que rende brigas na Justiça pelo seu uso. Entre os casos mais notáveis, estão o do nadador brasileiro César Cielo, que acusa a empresa de pagamentos eletrônicos Cielo de ter usado indevidamente seu sobrenome. Sabendo da necessidade do mercado piauiense de uma empresa especializada na área, o publicitário Arimatéia Quinto e a contabilista Maria Rebello fundaram há dois anos a empresa Companhia das Marcas, especializada em assessoramento no registro de marcas, patentes, softwares e na proteção 22

Revista Fecomércio-PI

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60 dias

Exame substantivo

Fotos: Carlos Pachêco e arquivo pessoal

Exigência

A importância de registrar sua marca

Durante o exame, poderão ser formuladas exigências, que devem ser cumpridas sob pena do arquivamento do pedido.

Sobrestamento 60 dias

É o prazo para cumprimento da exigência.

Deferimento

Arimatéia Quinto e Maria Rebello prestam assessoramento no registro de marcas para pessoas físicas e jurídicas.

à criação intelectual, além de treinamento e gestão empresarial. “O processo de registro no INPI é burocrático e requer um acompanhamento de perto. Auxiliamos a empresa nesse contato com o INPI e prestamos todas as informações necessárias até sair o registro. Somos a pioneira do Piauí”, afirma Quinto. Em alguns casos, a (própria) marca (e/ ou nome) possui valor maior que a própria empresa, como as multinacionais Google, Apple, McDonald’s, Facebook e Amazon. “Muitos empresários não encaram a questão com a importância devida, mas correm o risco de perderem tudo, pois caso outra pes-

soa copie a ideia e registre o nome e a marca da empresa, esta terá que mudar tudo após o registro ser confirmado no INPI”, alerta Arimatéria Quinto. É importante lembrar que a questão de registro de (nomes e) marcas vale para qualquer tipo de negócio, seja ele uma empresa de prestação de serviço, um restaurante, uma lavanderia. “Houve um caso de um restaurante de Picos que usava o nome de Lampião e a família do cangaceiro, mesmo estando em Pernambuco, soube e os proprietários tiveram que retirar o nome e ainda indenizar a família, pois esta tinha seus direitos assegurados por lei”, conta o especialista.

60 dias + 30 dias

É o prazo para pagamento das taxas de proteção do 1º decênio e de expedição do certificado de registro

Anterioridades impeditivas pendentes de exame poderão acarretar o sobrestamento do pedido, que se encerra com a decisão final de tais anterioridades.

Indeferimento

60 dias

É o prazo para apresentação de recurso contra o indeferimento

Recurso Pedido arquivado Na ausência de pagamento das taxas finais dentro do prazo, o pedido é arquivado, encerrando-se a instância administrativa.

Concessão do registro Pagas as taxas, é publicada a concessão do registro e emitido o certificado do registro.

Fonte: Cia das Marcas,

Registro em vigor O registro vigorará por um prazo de 10 anos, sendo prorrogável por períodos iguais e sucessivos. Revista Fecomércio-PI

Caso a decisão seja reformada, o pedido é deferido, abrindo-se o prazo para pagamento de taxas finais.

Pedido indeferido

Na ausência de recurso ou caso a decisão seja mantida, o pedido é considerado indeferido, cessando o trâmite administrativo.

Setembro/Outubro 2016

Fonte: INPI

23


Arquivo: Jornal O Dia

Especial

A necessidade de se registrar um nome ou uma marca vem da importância que ambos têm para o consumidor. Por trás de uma marca, há toda uma ideia, um objetivo, um sentido. É o que explica a publicitária e professora universitária Sâmia Brito Vernieri, que trabalha no ramo há 20 anos em uma agência de Teresina. “A criação de uma marca não é um processo simples e não envolve apenas a escolha da fonte, dos ícones, das cores e formas. Para criarmos uma marca (nome, sinal, símbolo) que tenha identidade e transmita emoção e valores, várias questões devem ser respondidas e analisadas para enfim chegar a uma proposta/desenho: definição de público-alvo, mensagem, segmento, conceito, atributos, benefícios e valores que pretende-se trabalhar junto ao consumidor. Além disso, existe algo muito mais importante, que é saber se o público-alvo decodificou o mote da comunicação da marca. Essa mensagem age no subconsciente do

Milena Pessoa

Por trás de uma marca, há uma ideia, um objetivo

A mensagem de uma marca age no subconsciente do consumidor, explica a publicitária Sâmia Vernieri.

consumidor, isso pode ser explicado através da semiótica”, afirma Vernieri. A publicitária conta histórias polêmicas no Piauí, como o caso de uma agência de publicidade que foi contratada para fazer a campanha de um cliente (ele já tinha a marca) e, após já tudo pron-

to, descobriu-se que a marca já existia. A empresa foi pega de surpresa e acabou ficando no prejuízo, tendo que escolher outro nome. “Isso ocorreu porque a agência não teve o cuidado de pesquisar se já existia aquela marca no mercado”, comenta Vernieri.

Semelhança fez empresária registrar nome da lavanderia A empresária Eliane Cristina não havia percebido a importância do registro de marcas até se deparar com uma situação inusitada. Cerca de quatro anos após abrir a lavanderia Sec Lav na rua Visconde de Parnaíba, no bairro Horto Florestal, em Teresina, foi surpreendida com a instalação, poucos metros depois, de uma outra lavanderia com nome muito parecido com a da Sec Lav, o que causou muita confusão entre os clientes. “Os nomes são muito parecidos e a localização também. Foi aí que me toquei para o fato e recorri ao INPI para registrar minha marca. Temi que poderia perder todo o meu investimento” afirma a empresária, que deu entrada no processo em novembro de 2012. O registro oficial do INPI veio em agosto 24

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Setembro/Outubro 2016

do ano passado e apesar de ser a dona exclusiva do nome e marca da SecLav, Eliane Cristina não acionou a Justiça para que a concorrente mudasse o

nome. Para ela, apesar das semelhanças, não sofreu prejuízos, visto que o modo de lavagem das empresas concorrentes é diferente.

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Valor de marca: US$ 229,2 bilhões Setor: Tecnologia

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Valor de marca: US$ 228,5 bilhões Setor: Tecnologia

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Valor de marca: US$ 121,8 bilhões Setor: Tecnologia

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Valor de marca: US$ 107,4 bilhões Setor: Telecom.

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Valor de marca: US$ 102,6 bilhões Setor: Tecnologia

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Valor de marca: US$ 98,9 bilhões Setor: Varejo

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Valor de marca: US$ 100,8 bilhões Setor: Pagamentos

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Valor de marca: US$ 93,2 bilhões Setor: Telecom.

09

Valor de marca: US$ 88,6 bilhões Setor: Alimentos

10

Valor de marca: US$ 86,2 bilhões Setor: Tecnologia

Renata Miranda alerta que muitos anos de trabalho e dedicação podem estar em risco sem a proteção da marca.

“Anos de trabalho em risco” A empresária Renata Miranda resolveu abrir uma empresa no ramo de alimentação há dois anos, a Spetitos, que teve a assessoria de um arte finalista pra que tivesse uma preocupação com as cores, com a aplicação em peças de divulgação e passasse uma imagem de franquia. Miranda ressalta que o registro da marca é um dos primeiros passos que qualquer

empreendedor deve ter para proteger o projeto ou produto que vai lançar. “Além dos registros naturais de uma empresa nova, o registro da marca e a compra do domínio para o site é o que nos dá tranquilidade pra trabalhar sem risco de dores de cabeça no futuro. Muitos anos de trabalho e dedicação podem ser colocados em risco sem a proteção da sua marca”, analisa.

Quase vítima de golpe

Eliane Cristina correu para registrar sua marca quando outra lavanderia foi aberta próxima à sua.

As 10 marcas mais valiosas do mundo

Mesmo amparado por consultoria especializada, o diretor-administrativo do Hospital de Terapia Intensiva (HTI), Amauri Pereira Gonçalves, foi vítima de uma tentativa de golpe. Durante o processo de registro da marca do HTI junto ao INPI, o empresário recebeu no e-mail um boleto supostamente vindo do INPI para ele pagar uma taxa e assim ser concluído o processo de registro da marca.

Desconfiado, Gonçalves rapidamente acionou sua consultoria, que o alertou para não pagar o boleto e denunciasse o caso ao próprio INPI e à polícia. “Os dados para o registro do nome e marca são públicos a partir do momento em que é dada a entrada no INPI. Por isso, alguém pode ter acessado e usado isso para aplicar o golpe”, conta o proprietário do HTI, especializado em alta complexidade e com 18 anos de existência.

Fonte: BrandZ, elaborado anualmente pela WPP e pela Millward Brown. Site consultado: Exame.com

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Educação Financeira

Sebrae

O jovem empreendedor e a educação financeira

Programa ALI dissemina práticas inovadoras nas empresas Reinaldo Domingos Educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP reinaldo.domingos@dsop.com.br

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oje vejo em muitos jovens um impressionante espírito empreendedor, e essa gana e vontade de fazer algo diferente sempre me deixa muito feliz, por isso incentivo essas pessoas a buscarem seu sonho. No entanto, faço um importante alerta: entre as pessoas que pensam em abrir um negócio, infelizmente, apenas a minoria teve a oportunidade de se planejar adequadamente para esse projeto, com conhecimento administrativo e principalmente educação financeira. A falta de capacitação e de conteúdos pode com certeza frustrar o sonho empreendedor e, pior, levar a pessoa a uma situação de falência e de inadimplência. Tendo reflexo negativo direto na vida profissional e familiar. Muitos devem estar se perguntando qual a relação da educação financeira com esse tema, por isso alerto, se o empreendedor não souber lidar com as suas finanças pessoais, como poderá administrar sua empresa? E é por isso que muitos dos empreendimentos no Brasil fecham as portas antes mesmo de completarem dois anos. Então, para os empreendedores, especialmente os jovens, é fundamental aumentar suas competências em relação às finanças para que seus negócios realmente cresçam, além, é claro, de obter conceitos sólidos sobre gestão de empre26

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sas e de pessoas, dentre outras temáticas relacionadas ao mundo dos negócios. Em resumo, para o jovem empreender é preciso, antes de qualquer coisa, saber onde

Para o jovem empreender é preciso, antes de qualquer coisa, saber onde está pisando, ou seja, se informar o máximo possível sobre o negócio, as finanças, o ramo, o público, etc. O primeiro passo, com certeza, é buscar por captação, o que pode ser feito por meio de cursos, palestras ou mesmo busca de conteúdos pela internet.

está pisando, ou seja, se informar o máximo possível sobre o negócio, as finanças, o ramo, o público, etc. O primeiro passo, com certeza, é buscar por captação, o que pode ser feito por meio de cursos, palestras ou mesmo busca de conteúdos pela internet. Além disso, deve-se pesquisar bastante o

mercado e as oportunidades, para fazer suas escolhas com consciência. Lembrando que a oportunidade deve estar alinhada com os anseios profissionais do empreendedor. E isso leva ao segundo passo, o de sonhar. As possibilidades são inúmeras, então, o bom é escolher de acordo com o seu desejo, até porque, quando gostamos do que fazemos, tudo se torna mais fácil. Os sonhos motivam as pessoas e, por isso, eles devem ser a base de tudo. A partir daí, comece a orçar esse sonho. Procure saber exatamente o quanto você precisa para consolidar o projeto. Para isso, é necessária a realização de um planejamento minucioso, que dará vida ao que chamamos de plano de negócio, no qual deve conter as seguintes informações de forma detalhada: o que, como, quando e a que custo. E então, como não poderia ser diferente, o próximo passo é poupar, a fim de que se possa, finalmente, colocar o plano em prática. Em termos técnicos, é preciso acumular capital suficiente – aquele valor que consta no plano de negócio – para investir no novo empreendimento. Por oferecer essa base tão sólida é que ressalto sempre a importância da educação financeira. Aliás, há diversos livros, palestras e cursos – alguns online e gratuitos – para adquirir esse conhecimento; é preciso parar de arranjar desculpas e procurar caminhos para a realização dos seus sonhos!

Iniciativa do Sebrae segue para o quarto ciclo no Piauí. Por Antônia Pessoa Foto: Ascom Sebrae

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Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae, no Piauí executa o Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), que já segue para o seu quarto ciclo no Estado. O objetivo é promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas, por meio de orientação proativa e personalizada de agentes, capacitados pela instituição. O primeiro ciclo do programa ocorreu entre 2010 e 2012. O segundo ciclo se deu de 2012 a 2014. Já o terceiro iniciou no segundo semestre de 2014 e encerrou em setembro deste ano, com a participação de 800 empresas das cidades de Teresina, Bom Jesus, Floriano, Picos, Piripiri e Parnaíba. No quarto ciclo, que começará no primeiro semestre de 2017, serão incluídas também empresas de São Raimundo Nonato. Uma das empresas participantes do terceiro ciclo do programa foi a Entre Pêlos e Patas, petshop e clínica veterinária com sede em Floriano, no sul do Piauí. A empresária Patrícia Teles, proprietária da loja, conta que o empreendimento surgiu a partir da percepção de uma oportunidade de mercado, aliada ao seu amor por pets. “Desde a concepção da clínica, busquei o apoio do agente de inovação do Sebrae. Fui orientada quanto ao plano de negócios e recebi muitas dicas que contribuíram para o sucesso da empresa. Após dez meses da inauguração já regis-

Patrícia Teles, da Entre Pêlos e Patas, inova e garante crescimento rápido da sua empresa.

trava 100% de aumento do faturamento. Eu não imaginava tamanho avanço, num espaço tão curto de tempo”, comenta Patrícia. Uma das dicas repassadas pelo ALI foi com relação à utilização das mídias sociais e do aplicativo WhatsApp. “Facebook e Instagram dão retorno rápido em termos de divulgação. Já o WhatsApp é uma ferramenta por meio da qual ficamos mais próximos dos clientes, informando período de vacina e vermífugo dos pets, descontos e novidades da empresa”, destaca a empresária. Além de apostar nas mídias sociais, Patrícia fez investimentos na melhoria da estrutura física da empresa, que passou a dispor de dois consultórios, ambulatório, centro cirúrgico, e salas para internação e repouso. A empresária comprou também um software, para garantir maior controle e cadastro dos clientes e serviços prestados.

Como funciona o ALI

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Pesquisa revela o perfil do jovem empresário

investimentos para a capitalização de suas empresas. Dentre os 40% dos jovens que buscaram recursos financeiros, 54% foram atrás de financiamentos bancários ou através da família e/ou amigos (39%). A falta de recursos para investir na própria empresa também é demonstrada pelo seu porte. A grande maioria dos jovens possui uma microempresa (51%) ou uma empresa de pequeno porte (20%) e 18% são microempreendedores individuais (MEI). Outro dado importante da pesquisa é que 66% dos jovens não possuem uma empresa familiar, ou seja, iniciaram os seus próprios negócios. “No estado essa não é uma realidade tão forte, muitos dos jovens associados a AJE estão em negócios de família, mas vemos cada vez mais pessoas interessadas em abrir sua própria empresa, e esse nicho está crescendo muito”, destaca Carvalho.

Independência financeira e oportunidade são os principais motivos que levam os jovens a encarar os desafios do mundo empresarial, aponta estudo. Texto: Samanta Petersen Fotos: Carlos Pacheco

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cada vez maior o número de brasileiros que decidem empreender e ser seu próprio chefe. Alguns preferem investir em pequenas empresas, já outros buscam voos mais altos e abrem franquias ou criam novos negócios. E muitos dos que procuram arriscar são jovens na faixa etária entre 18 e 39 anos, os chamados jovens empresários. Os fatores que levam estes jovens a entrar no mundo dos negócios são principalmente a identificação de oportunidades de negócios e a vontade de empreender. Estas informações estão na Pesquisa “Perfil do Jovem Empreendedor Brasileiro”, que demonstra que outros motivos como mais independência, continuar um negócio da família, flexibilidade de horário e necessidade de uma fonte de renda se destacam durante a escolha. Entretanto, há outros fatores que os jovens devem observar antes de optar em abrir a sua empresa. “O primeiro passo é avaliar se o mercado está favorável e para isso precisamos analisar: clientes, fornecedores e concorrentes. E também é preciso avaliar outras questões relacionadas à própria pessoa. Como se aquele negócio vai dar o retorno que eu espero, se ele vai trazer qualidade de vida, além de avaliar os interesses em termos familiares e a longo prazo”, avalia Roselane Souza, consultora 28

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Setor alimentício é um dos mais procurados, diz presidente da AJE, Landerson Carvalho.

10 características de um empreendedor de sucesso v Busca de Oportunidades e Iniciativa; v Persistência; v Correr riscos calculados;

do Sebrae. A pesquisa ainda aponta que os jovens que empreendem possuem apenas uma empresa (63%), que são em sua maioria do setor de serviços (48%) e comércio (27%), tendência seguida no Piauí. De acordo com o presidente da Associação dos Jovens Empresários do Piauí (AJE/PI), Landerson Carvalho, estes também são os setores que os empresários locais mais investem. “Atualmente a cereja do bolo está no setor alimentício, como hamburgueria,

food truck e comida natural, e também no salão masculino. Mas uma área que pode ser mais explorada é a do lazer, porque temos carência neste setor”, analisa. A escolha pelo setor de serviços pode ser explicada pela falta de recursos financeiros para investir no negócio, visto que esta área geralmente necessita de menor capital de investimento e, assim, os jovens conseguem driblar uma das grandes barreiras para empreender. Desta forma, 60% dos jovens empreendedores não obtiveram

v Exigência de qualidade e eficiência; v Comprometimento; v Busca de informações; v Estabelecimento de metas; v Planejamento e monitoramento sistemático; v Persuasão e rede de contatos; v Independência e autoconfiança. Fonte: Sebrae

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Qualificação é arma para melhorar gestão No Sebrae, além das consultorias, os jovens podem buscar ajuda no Empretec, um curso desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) que testa e potencializa seu comportamento empreendedor. O objetivo do curso é que o participante encare seus medos, acorde para as oportunidades, enfrente suas limitações e fortaleça suas habilidades empreendedoras. “As pessoas estão percebendo a importância do autoconhecimento. Eu tenho que me conhecer, saber minhas características, tenho que verificar onde e como melhorar. O Empretec gera esse autoconhecimento, explica Roselane Souza, instrutora do curso e consultora do Sebrae. E muitos dos que procuram o Empretec são jovens. De acordo com o Sebrae, que realizou uma pesquisa sobre o perfil da pessoa que fez o Empretec em

Para Roselane Souza conhecimento do mercado e de sua competência é essencial.

2015, 1 em cada 2 entrevistados tinha menos de 34 anos (51%) e 40% era do sexo feminino. “Hoje por meio das pesquisas sabe-

mos que o que torna uma pessoa um bom empresário são os seus comportamentos, e estes podem ser aprendidos”, esclarece Souza.

Receita de hambúrguer é segredo de empresários piauienses Um dos setores que mais vem crescendo no mercado piauiense é o alimentício e a falta de opção de hambúrguer artesanais em Teresina fez com que os empresários Luís Bandeira, 33 anos, e Campelo Neto, 25 anos, decidissem abrir uma hamburgueria, o Bruthus. “Trabalhava em uma multinacional e sempre buscava hamburgueria para fugir do fast food e quando queria comer aqui não encontrava. E percebemos que tínhamos um espaço neste mercado”, destaca Luís Bandeira. Os empresários foram para São Paulo onde visitaram as 20 hamburguerias consideradas as melhores do País. “Em algumas fomos apenas como clientes para conhecer o espaço e apreciar os sanduíches. Em outras, conhecemos toda a logística”, relata. A primeira loja foi aberta em novembro de 2015 e o sucesso foi tanto que nas pri30

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Luís Bandeira está planejando abertura de terceira hamburgueria.

meiras semanas, o Bruthus teve que fechar mais cedo porque a demanda era maior do que a oferta. “Em uma semana estávamos com um público que esperávamos ter somente após seis meses de abertura. Tive-

mos que rever toda nossa logística”. E o sucesso foi tanto que a segunda loja foi aberta em julho e a terceira já está em reforma. Hoje os empresários se dedicam 100% ao negócio.

Depois de investir no ponto alugado, Bianca Vieira teve que entregá-lo após o proprietário pedir o local.

Empreendedorismo se aprende em casa Mesmo quando o jovem não herda uma empresa, a visão e a vontade de empreender dos pais, acabam sendo seguidas pelos filhos. Por influência do pai, a empresária Bianca Vieira, de 24 anos, despertou ainda na infância a vontade de ter seu próprio negócio. “Meu pai sempre trabalhou na área de comércio e teve diversos tipos de negócio e ele sempre foi uma referência para mim”, relata. E sua vontade de empreender começou cedo: com sete anos ela começou a fabricar bijuterias que levava para vender na escola. Já na adolescência bolsas e produtos cosméticos foram sua fonte de renda. Mas ela não parou por aí. Na faculdade incrementou ainda mais seus negócios e passou a vender também lingeries. “Na época fiz um cartão de crédito universitário e peguei todo o crédito e comprei de peças de lingeries para vender. A ideia era que eu tivesse uma renda própria”, conta. Mesmo sabendo do seu tino empresarial, fez faculdade de direito e até foi trabalhar na área, mas com nove meses no emprego percebeu que essa não era de fato a sua grande paixão. Há quase dois anos, deixou o direi-

to, pegou o dinheiro da rescisão e abriu sua empresa, a loja de roupas Bianca Vieira. No primeiro ponto que alugou, a empresária logo aprendeu na prática as dificuldades de empreender. “Investi na reforma e melhoria do ponto e em pouco tempo o proprietário me pediu o local e tive que procurar uma nova sede para a minha loja”, relata. Para a nova loja, Bianca procurou um local que precisasse de pouco investimento, mas acabou em um bairro que ela não conhecia a clientela. “Tive que buscar a ajuda do Sebrae para me adaptar ao público do Dirceu e segui algumas sugestões como colocar os valores das peças na vitrine para atrair mais clientes”. Para aumentar ainda mais sua cartela de compradores, Bianca decidiu investir em roupas para crianças e também em uma linha de vestidos brancos. Além disso, ela ainda atende algumas clientes em domicílio. “Percebi que nenhuma loja possuía uma grande quantidade de vestidos brancos, que são muito usados em missas de formatura, batizado e ensaio de noivos, e decidi oferecer esse tipo de produto”. Revista Fecomércio-PI

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A necessidade fez com que Sarah e seu marido Anderson percebessem oportunidade de negócio de hotel para cães.

Inovação é garantia de sucesso Investir em um produto ou serviço diferenciado é para 48% dos jovens que participaram da pesquisa um dos pontos mais importantes para se obter sucesso em um negócio. Foi o que fez a empresária Sarah Monte Gonçalves, de 31 anos, e seu marido, Anderson Gonçalves, quando abriram no mês de julho um pet shop com hotel para cachorro diferente do que havia no mercado local. A ideia principal do Cantinho do Pet – Spa e Hotel é que os animais quando hospedados no hotel não fiquem preso em gaiolas. “Os animais que se hospedam conosco ficam em um ambiente climatizado e possuem a sua disposição um playground onde podem brincar e se socializar. Também oferecemos sistema de creche, day care, taxi dog e serviço de adestramento”, conta Sarah. A vontade de abrir o negócio surgiu após a dificuldade de encontrar locais adequados para os três cachorros da 32

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família. “Temos muito amor pelos nossos cães, eles são da família e, inclusive, já deixamos de viajar por não termos onde deixá-los. Aí vimos a necessidade de Teresina ter um espaço diferenciado para hospedar os animais enquanto seus donos viajam ou trabalham”, explica. O casal levou dois anos pensando no negócio e há pouco mais de seis meses decidiu tirar o projeto do papel. Para isso visitou locais semelhantes em outros estados e fizeram muita pesquisa. “Nossa ideia é que os cães se sintam em casa e acho que está dando certo. Nos 15 primeiros dias após abrirmos havíamos feito divulgação apenas por rede social e tivemos mais de 20 cães hospedados conosco”. E a nova empresária já tem planos de trazer novos serviços para o Pet Shop. “Vamos disponibilizar para os ‘pais’ links para que eles vejam seus animais ao vivo no momento do banho”, conta.

Planejamento foi essencial para abertura da empresa de Guilherme Soeiro.

Jovens empresários pensam em diversificar empresas Guilherme Soeiro, de 32 anos, sempre quis ser empresário. Mesmo com os pais trabalhando no serviço público não se via seguindo nesta área. Preferia arriscar e abrir seu próprio negócio. Ele faz parte dos 40,4% dos jovens que sempre tiveram vontade de empreender. Em 2007, Soeiro viu uma oportunidade com uma franquia de um site que reúne em um único local diversas empresas e fornecedores de eventos, o SeuEvento.Net. “Nessa época comecei a estudar o mercado para abrir o site em Teresina. Em 2013, comprei a franquia, mas só lancei em 2015. O que me chamou atenção no negócio é que ele aliava a minha profissão, que é a publicidade, com outra área que sempre me identifiquei, que é o setor de eventos”, diz.

A opção de Soeiro de estudar o mercado antes de abrir o negócio é cada vez mais comum entre os jovens que querem empreender. “O jovem empresário se capacita muito antes de abrir um negócio, ele percebeu que não adianta só gostar da área. Ele vai fazer um plano de negócios, vai estudar o mercado. Hoje a internet está aí com ferramentas superacessíveis para facilitar”, explica Landerson Carvalho. E Soeiro não quer parar por aí, ele ainda pretende expandir a empresa para o interior do estado e também investir em novos negócios. Assim como ele, 52% dos jovens empresários pensam em investir em segmentos diferentes e 25% no mesmo segmento. Revista Fecomércio-PI

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Assistência Odontológica:

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Educação em Saúde: Cada carreta itinerante OdontoSesc atende cerca de 10 mil pessoas por ano.

Os profissionais fazem vários procedimentos odontológicos.

Atendimento dentro do caminhão do OdontoSesc.

OdontoSesc: saúde bucal com qualidade Projeto itinerante faz tratamento odontológico há 17 anos em vários municípios do Piauí. Por Raquel Lopes Fotos: Ascom Sesc

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OdontoSesc, um projeto itinerante que visa a melhoria do quadro de saúde bucal do país, vem ampliado sua atuação no estado. Criado em 1999 pelo Departamento Nacional do Sesc, o programa atua em parceria com instituições governamentais e não-governamentais. 34

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De acordo com Bergson Moraes, coordenador do programa no Piauí, o OdontoSesc busca ainda minimizar as desigualdades sociais no âmbito da saúde. “Dispomos de duas unidades móveis, equipadas com quatro consultórios cada uma, com aparelhos de raio-x, barreiras de ar-estéril, autoclaves, todos os equipamentos necessários e materiais de última geração em um ambiente refrigerado, que nos permite realizar um ótimo atendimento”, garante. O coordenador explica também que o OdontoSesc realiza procedimentos clínicos obedecendo normas de biossegurança, além

- média de 6.000 a 7.000 consultas odontológicas por ano em cada unidade - 12.000 a 14.000 atendimentos por pessoa nas duas unidades.

-média de 10.000 atendimentos por ano em cada unidade. -Total de 20.000 atendimentos nas duas unidades.

Municípios por onde o OdontoSesc já passou

O projeto já percorreu 21 municípios do Piauí, como em Piripiri.

de ações de prevenção e de educação em saúde. “Trabalhamos muito com ações educativas, explicando a importância de uma boa higiene bucal até como forma de prevenção de doenças. Em nossas palestras também abordamos temas como DSTs, planejamento familiar, sexualidade, alimentação alternativa e higiene corporal. Nossa intenção é contribuir para um país mais saudável e com a qualidade de vida das pessoas”. Nos atendimentos realizados pelo programa, a população tem acesso a exames clínicos, procedimentos de odontologia preventiva, que inclui exames, orientações indi-

viduais, remoção de tártaro, profilaxias (limpeza) e aplicações tópicas de flúor, além de procedimentos de odontologia curativa, que inclui realização de restaurações, exodontias (extrações), tratamentos endodônticos (canais) e radiografias. “Nossas unidades geralmente ficam instaladas nos pátios das escolas ou próximas ao posto de saúde dos municípios que visitamos, por três ou quatro meses, podendo esse prazo ser prorrogado de acordo com a demanda. Realizamos, em média, de 180 a 200 consultas por semana, totalizando entre 600 a 800 consultas por mês”, explica Bergson. Revista Fecomércio-PI

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Sesc

Sesc Ler - Educação por inteiro Projeto oferece educação integrada para jovens e adultos não escolarizados, de acordo com a diversidade cultural e necessidade da região.

Por Ana Cláudia Coelho Fotos: Ascom Sesc/PI

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o dia 8 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidades (ONU) e pela Organização das Nações Unidades para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), desde a década de 1960, com objetivo de fomentar a alfabetização em vários países, incluindo o Brasil. Passadas cinco décadas, o país ainda possui quantidade expressiva de brasileiros que não sabem ler nem escrever o próprio nome. Cerca de 13 milhões de analfabetos, segundo dados oficiais. Para diminuir esses índices - que prejudicam o desenvolvimento da sociedade brasileira, o Sesc desenvolve o projeto Sesc Ler, que promove a educação e cidadania de jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de estudar no período devido. O projeto Sesc Ler foi criado pelo Departamento Nacional do Sesc em 1999, tendo suas ações inicias na região amazônica. O projeto atende 71 municípios brasileiros (incluindo o Distrito Federal), em 18 estados. No Piauí, as ações do Sesc Ler foram iniciadas em setembro de 2003, nas cidades de Guaribas e Acauã – as primeiras a receberem centros educacionais do projeto, inaugurados em 2004. Dois anos depois, o Sesc inaugurou os centros educacionais do Sesc em São Raimundo Nonato e em São João 36

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Projeto de alfabetização integra ações do Sesc com a educação e já conquistou prêmios.

Piauí conta com cinco centros educacionais do Sesc Ler.

do Piauí, na região Sul do estado. Em 2009, foi inaugurado o Centro Educacional do Sesc Ler na cidade de Piripiri, no norte do Piauí. “O projeto Sesc Ler é uma das boas iniciativas privadas que têm ajudado centenas de brasileiros a conquistarem lugar de destaque social por meio da

educação e o que não faltam são bons exemplos no Piauí”, destaca o diretor Regional do Sesc Piauí, Francisco Campelo Filho. Ele reforça que o projeto conquistou em 2010 a Medalha Paulo Freire – a maior comenda do país – no reconhecimento de boas práticas na educação de jovens e adultos.

Histórias de superação de quem prioriza os estudos Em 12 anos de atuação, o projeto acumula histórias bonitas de piauienses que foram alfabetizados no Sesc Ler e se destacaram na sociedade, como é o caso do vereador de Guaribas, Adão Dias Pereira, o jovem pré-vestibulando Hyago Costa, o mecânico Luís Pereira, de 68 anos, aluno do 9º ano do ensino fundamental em Piripiri, e da comerciária Maria do Carmo, que aprendeu a usar a calculadora no Sesc Ler e decolou suas atividades no Verdurão, onde trabalha. São muitos exemplos de pessoas que acharam que não conseguiriam aprender a ler e a escrever uma nova história, um novo destino. O caso mais emblemático é o do vereador Adão Pereira. Ele aprendeu a ler e a escrever nas salas de aula do Sesc Ler Guaribas, no extremo Sul do Piauí. Aluno das primeiras turmas de alfabetização do projeto, Adão alimentava o sonho de representar a população de Guaribas na Câmara Municipal. Dedicado aos estudos concluiu todas as etapas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi eleito vereador da cidade; já cumpriu dois mandatos eleitorais e atualmente está em campanha pela segunda reeleição. No Sesc Ler Piripiri o destaque é o ex-aluno Hyago Costa, que não se adaptou na escola tradicional e acabou sendo alfabetizado no Sesc Ler Piripiri. Concluiu todas as etapas da EJA no Sesc Ler e seguiu os estudos na escola pública, sendo considerado um dos melhores alunos do ensino fundamental. Atualmente, se prepara para as provas do Enem e atribui ao Sesc seu interesse pelos estudos. Em Acauã, a aluna do Sesc Ler, Maria do Carmo, que trabalhava no Verdurão, não atendia as pessoas porque não sabia usar a calculadora. Superada esta dificuldade, foi remanejada de função e agora atua no atendimento ao cliente. “Histórias como essas nos deixam emocionados porque sabemos que estamos contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Sentimos

Maria do Carmo aprendeu a usar a calculadora e foi promovida no Verdurão.

Objetivos do Sesc Ler • Levar educação gratuita aos municípios com maior índice de analfabetismo; • Minimizar o analfabetismo no interior do Brasil; • Integrar ações do Sesc nas áreas de saúde, lazer e cultura com a educação; • Estimular a prática da leitura e o diálogo entre professores e alunos; • Investir na formação continuada de professores; • Promover o desenvolvimento comunitário. Hyago Costa, ex-aluno do Sesc Ler, se prepara para as provas do Enem 2016.

isso nos relatos dos próprios alunos do EJA, quando aprendem a ler e a escrever. É como se eles atravessassem uma barreira que até então achavam intransponível”, enfatiza a coordenadora do projeto Sesc Ler no Piauí, Rozenilda Castro.

Público alvo • • • • •

Jovens e adolescentes; Adultos; Idosos; Grupos indígenas e quilombola; Pessoas com deficiência.

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Senac

Mostra comemora os 70 anos do Senac Evento mostrou as atividades realizadas pela instituição e contou com oficinas, mesa redonda, workshop, exposições e atendimentos de saúde e beleza. Por Ascom Senac Fotos: Marketing Senac

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Senac realizou no mês de agosto a I Mostra Senac, como parte das comemorações dos 70 anos da instituição. Com o intuito de estreitar os laços junto ao público, todas as unidades desenvolveram atividades gratuitas para estudantes, ex-estudantes e comunidade em geral, que tiveram a oportunidade de conhecer o Senac, seus profissionais e ambientes pedagógicos. Diversas atividades foram desenvolvidas em período integral tais como: oficinas, mesa redonda, workshops, exposições, bate papo, palestras e atendimentos de saúde e beleza. Dessa maneira, foi possível demostrar a diversidade de áreas e modalides de cursos oferecidos pelo Senac, dentre eles: artes, empreendedorismo, educação à distância (EAD), marketing, línguas, gastronomia, moda e beleza e muitos outros. As oficinas possibilitaram o conhecimento da prática de diferentes cursos, dessa forma os participantes tiveram a oportunidade de confirmar, ou não, suas aptidões para os cursos de interesse, renovar, e ampliar seus conhecimentos sobre o complexo mercado de trabalho. “Quanto mais conhecimentos adquirirmos melhor para a gente enquanto profissional. Coisas que aprendi hoje vou repassar para minha equipe a fim de trabalharmos cada vez melhor”, afirmou Adane Neves, técnica em formação profissional e participante da oficina Análise das Habilidades Profissionais. Ainda durante a Mostra Senac, os interessados tiveram a oportunidade de 38

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Palestras e bate-papos fizeram parte da I Mostra Senac.

conhecer melhor a variedade de cursos oferecidos pela EAD, como também puderam sanar dúvidas e participar da simulação do ambiente virtual dos cursos desta modalidade. As unidades dos demais municípios do Piauí desenvolveram uma programação semelhante a que aconteceu em Teresina com oficinas e palestras que abordaram temas atuais, como alimentação orgânica e saudável, tecnologia e robótica, dentre outras. Além disso, algumas unidades também realizaram atendimentos de saúde e beleza e a formatura coletiva dos estudantes. O Workshop Festival de Penteados e o Make Up Festival encerraram a programação da I Mostra Senac em Teresina, com muita beleza e integração. Ex-alunos da instituição se inscreveram para participar destas atividades e competiram, entre eles,

Empresas são homenageadas na I Mostra Senac Ainda durante a I Mostra, o Senac Empresarial e o Banco de Oportunidades prestaram homenagem a algumas empresas parceiras, que estão sempre presentes no cotidiano da instituição, seja realizando treinamentos e capacitações com suas equipes ou solicitando o encaminhamento de currículos para suas seleções. Parecidos no quesito de aproximação com o universo corporativo, o Senac Empresarial e o Banco de Oportunidades atuam tanto em Teresina como no interior do estado. Nesse contexto, o Senac Empresarial trabalha com serviços In Company, elaborando e executando cursos, oficinas e palestras, priorizando a necessidade da empresa bem como seus cronogramas, e horários. “Sempre somos atendidos com muita presteza. Esse tipo de homenagem reforça o quanto somos especiais e demonstra o compromisso do Senac com as empresas parceiras”, afirmou Amanda Morais, gerente de Marketing da Engecopi.

Representantes das empresas homenageadas.

Já o Banco de Oportunidades presta às empresas, alunos e ex-alunos um serviço gratuito de recrutamento, onde as empresas parceiras divulgam o quadro de vagas, estabelecem o perfil profissional desejado e o Banco de Oportunidades encaminha os candidatos para a seleção de talentos. As empresas agradeceram a homenagem e o excelente atendimento em suas

solicitações. “O Senac é referência para nós quando precisamos solicitar profissionais para um processo de recrutamento, pois sabemos que é uma instituição séria e compromissada que preza pelo melhor ensino profissional”, disse Sandra Moreira, supervisora de RH do Hospital São Paulo, uma das empresas homenageadas no evento.

Novos profissionais para o mercado de trabalho

Crianças decoraram pirulitos na oficina “Chocolate para Kids e Teens.

para a escolha da melhor maquiagem e penteado. A avalição dos trabalhos foi realizada pelo público que estava prestigiando o evento e por uma banca composta por professores da instituição, do segmento de beleza. No festival, todos os concorrentes tiveram a oportunidade de mostrar seu trabalho e receberam certificado de participação para acrescentarem aos seus portfólios.

Duas solenidades de formatura foram realizadas em Teresina durante a programação da I Mostra Senac. Uma delas foi a formatura coletiva de aproximadamente 100 alunos dos cursos técnicos de Secretariado, Cozinha, Segurança do Trabalho, Radiologia e Produção de Moda. O clima de felicidade e satisfação pelo dever cumprido predominou durante todo o evento. Isherli Ferreira, formanda do curso Técnico em Segurança do Trabalho, falou da emoção de poder compartilhar esse momento com seus amigos, familiares e professores. “Sempre tive muita vontade de estudar no Senac. Quando tive a oportunidade, agarrei com todas as forças e me dediquei tanto a esse crescimento que o Senac estava me proporcionando, que só faltei na última semana do

Os profissionais formados pelo Senac estão aptos para ingressar no mercado de trabalho.

curso porque minha filha nasceu”. Na ocasião, houve ainda a solenidade de formatura de 60 alunos das turmas de idiomas, mais especificamente dos cursos

de Inglês e Língua Brasileira de Sinais – Libras, em que os alunos que completaram todo o itinerário desses cursos foram certificados pelo Senac. Revista Fecomércio-PI

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Senac

Senac

Pesquisa mostra que alunos aprovam cursos do Senac Levantamento realizado com estudantes de todo o País revela que os do Piauí estão entre os mais satisfeitos com a instituição.

Principais resultados

Por Ascom Senac

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A grande maioria dos alunos do curso já atua no setor imobiliário.

ma pesquisa realizada pelo Departamento Nacional do Senac revela que seus alunos aprovam a qualidade dos cursos realizados pela instituição. De acordo com o levantamento, realizado no segundo semestre de 2015, o Índice Nacional de Qualidade Percebida atingiu 90,04 pontos, numa escala de zero a 100 pontos. No Piauí, a aprovação chegou a 92,85, acima da média nacional. A sexta edição da Pesquisa Nacional de Qualidade Percebida ouviu mais de 9,7 mil alunos, em todas as unidades do Senac no Brasil, dos cursos da Educação Profissional - cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC), Nível Técnico e Superior; e as diferentes formas de financiamento – cursos comerciais e cursos gratuitos (financiados pelo Programa Senac de Gratuidade – PSG e pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec). Segundo a pesquisa, o corpo docente foi identificado como ponto forte da instituição, visto que o quesito professor obteve o índice de 94,14 (veja quadro). No Piauí, a Pesquisa de Qualidade Percebida foi realizada na capital e nos demais municípios que possuem unidades do Senac. A amostra foi composta 40

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Qualidade Percebida por Modalidade de Recurso

Curso EAD forma corretores de imóveis em Teresina Educação à distância de Técnico em Transações Imobiliárias pelo Senac já formou 65 profissionais em Teresina. Por Ascom Senac Foto: Marketing Senac

por um total de 371 alunos das modalidades PSG, Comercial e Pronatec. Além disso, a pesquisa contemplou os cursos do tipo Aperfeiçoamento, Qualificação Profissional e Cursos Técnicos, oferecidos através dessas modalidades. Com o objetivo de garantir que o aluno tivesse vivência suficiente para avaliar os quesitos selecionados para a aferição de qualidade, a pesquisa concentrou-se em discentes de cursos com 50% ou mais de sua carga horária concluída e foi realizada através da aplicação de questionário on-line.

Dentre os maiores índices de qualidade percebida no Piauí destacam-se os quesitos: instalações físicas dos ambientes pedagógicos (95,11), professor (94,89), equipamentos e utensílios (93,58), curso (91,75) e material didático (90,74). Confira mais detalhes na tabela 1. Os quesitos analisados dos cursos gratuitos e comercial tiveram índices acima de 92,00, o que deixa claro que a gratuidade não é fator para menor qualidade ou proficiência dos cursos oferecidos.

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educação à distância (EAD) nos últimos anos vem se desenvolvendo e firmando-se como uma importante via de acesso educacional. Hoje essa modalidade contempla um vasto portfólio de cursos, permitindo ao aluno fazer desde cursos de aperfeiçoamento e qualificação a cursos de nível técnico e superior. Para a realização desses cursos é feito um minucioso planejamento que envolve o uso das mídias digitais, através dos ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), também conhecidos como plataformas virtuais e de encontros presencias. Observando as facilidades e benefícios da educação à distância e a realidade do mer-

cado imobiliário no estado do Piauí, em especial em Teresina, o Senac inovou e diversificou sua atuação na educação profissional com a oferta do curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI), possibilitando aos profissionais dessa área uma formação de qualidade. O profissional Técnico em Transações Imobiliárias realiza planejamento, execução, controle e avaliação das ações e processos de compra, venda locação e administração de imóveis, agindo de acordo com a legislação que regula a profissão de corretor de imóveis, tendo um vasto campo de atuação, podendo trabalhar em empresas do setor imobiliário, construção civil, urbanizadoras, loteadoras, agentes financeiros, empresas prestadoras de serviços e ainda em seu próprio empreendimento. Em Teresina, o Senac já formou 65 técnicos em transações imobiliárias nas três primeiras turmas ofertadas. Em geral são pessoas que já atuam no setor e encontraram na

EAD a alternativa perfeita para atender às exigências de formação determinadas pelo Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis). Atualmente mais três turmas estão em andamento, cerca de 120 alunos. Para a coordenadora de Educação à Distância, Ana Rocha, o curso é um grande diferencial, pois possui um currículo muito abrangente e a metodologia utilizada provoca o protagonismo do discente. O Conselho Federal e o Conselho Estadual de Corretores de Imóveis (Creci-PI) estão sempre presentes com palestras e informações atualizadas sobre o mercado de trabalho. Com a constante preocupação em formar profissionais qualificados para atuar no mercado de trabalho, o Senac oferta esse curso não apenas em Teresina, mas em todos os polos de Educação a Distância do Piauí, como Campo Maior, Floriano, Valença, Picos, Bom Jesus, Parnaíba e São Raimundo Nonato, proporcionando maior flexibilidade quanto aos locais e horários para estudo. Revista Fecomércio-PI

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Gestão de riscos

Eventos

Piauí sairá da crise com atraso

Como agir nas negociações

Em evento da AJE, analista prevê que economia piauiense só voltará a crescer dois anos após a da região Sudeste. Gildásio Gomes Caetano Mediador e Conciliador no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) caitanosalitre@hotmail.com

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onflitos são uma rotina no seu dia a dia? Certamente o são e não teria como ser diferente. As pessoas são dotadas de particularidades que as tornam seres únicos no mundo, por isso mesmo é bem provável que nossa rotina seja permeada por desentendimentos dos mais variados, e para muitos cargos de chefia não é raro que seja mais cômodo usar da autoridade que usar de argumentos convincentes. Mas então, como agir diante de divergências no âmbito das negociações? Para início de conversa, é preciso entender que o convencimento é a base do entendimento e não mais a imposição pura e simples, pois na atualidade é preciso, antes de tudo, ter argumentos convincentes e não apenas usarmos da posição hierárquica ou mesmo do poder econômico. E é bem verdade que, nas tratativas empresariais, hierarquia nem sempre funciona. É importante notar que boa parte das divergências advém de posicionamentos contrários motivados por interpretações distorcidas sobre determinado fato, a famosa falha na comunicação. Um negociador inteligente é aquele que sabe mostrar ao seu interlocutor que entende seus argumentos. Como alternativa para esse problema é aconselhável checar sempre a compreensão exata do que foi trans42

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mitido, em geral fazendo a seguinte pergunta: “Deixa ver se eu entendi, você quis dizer isso, isso e isso?”. Dessa forma, caso o entendimento seja o correto passa-se ao próximo ponto.

Na gestão de risco por negociação é preciso ter em mente a possibilidade de se negociar com os mais variados tipos de pessoas e situações. Neste caso o negociador diligente é aquele que se coloca na posição do outro, dessa forma será mais assertivo e terá mais chances de fechar bons negócios.

Do contrário, se esclarece o que não ficou claro. Na gestão de risco por negociação é preciso ter em mente a possibilidade

de se negociar com os mais variados tipos de pessoas e situações. Neste caso o negociador diligente é aquele que se coloca na posição do outro, dessa forma será mais assertivo e terá mais chances de fechar bons negócios. Isso significa ter o máximo de informações sobre a outra parte, seus pontos fortes e fracos e em que circunstâncias ele tem mais vantagens que você. Um momento de extrema importância em uma negociação é o início, instante em que ainda existe tensão e desconfiança entre as partes. Neste momento é importante definir se seu interlocutor é do tipo competitivo, perfeccionista, impaciente ou mesmo cooperativo. Trabalhe essas características de forma a não frustrar o outro, mas alimentando-as a seu favor. De posse do conhecimento acerca das circunstâncias em que se vai negociar ficará claro quando se é mais forte ou fraco, qual o momento de parar, como neutralizar os interesses da outra parte, quando não se deve bater de frente, gerando estratégias, pois em negociação ou você tem uma estratégia, ou será parte da estratégia do seu oponente (Alvin Toffler). Por fim é preciso ter em mente que negociações mutuamente vantajosas são sempre o objetivo final de toda e qualquer tratativa, já que negociar não é sinônimo de ganhar sempre.

Texto e fotos: Robert Pedrosa

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om o PIB em declínio por conta da maior crise econômica do Brasil desde 1930, o Piauí só deve retomar o crescimento dois anos após a recuperação dos estados do Sudeste e Sul. A análise é do economista e cientista político Ricardo Alaggio, que tratou do tema durante o projeto “Líder Piauí”, promovido pela Associação dos Jovens Empresários (AJE) do Piauí. Doutor da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), Alaggio atribui a demora da economia piauiense em se fortalecer à baixa industrialização de seu mercado, o que faz com que o estado seja muito dependente de repasses federais. “O Piauí cresceu apoiado num modelo de economia de consumo, que se baseava nos gastos sociais, no aumento real do salário mínimo e no crédito consignado. Como o Piauí é muito dependente das transferências federais, assim como ocorre com outros estados do Nordeste, o dano tem sido maior nessa região desde que a economia do Brasil entrou em colapso, em 2015”, explica Alaggio. O economista lembra que, por conta dessa diferença dos estados do Sudeste e Sul, menos dependentes dos repasses, o Nordeste demorou mais a sentir a crise. Mas quando ela chegou na região, veio com mais força. Ele frisa ainda que a queda no PIB do Piauí será muito maior do que a que houve e vai haver no PIB do Brasil em 2015 e 2016. Essa conjuntura do mercado local também refletirá no tempo pra se recuperar. Segundo Alaggio, a partir do fi-

O economista Ricardo Allagio e empresários na palestra que discutiu a crise econômica do Brasil e do Piauí.

nal do ano as regiões Sudeste e Sul devem voltar a crescer, mas tal perspectiva só chegará ao Piauí com atraso de dois anos, em sua avaliação. “Os estados industrializados respondem mais rápido e por isso largarão na frente. O Piauí, a manter esse gradualismo do fiscal brasileiro, talvez demore dois anos patinando até ter resultado positivo novamente”, analisa o economista. Em julho deste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) se mostrou mais otimista com o Brasil e, em vez de recessão de 3,8% prevista para 2016, espera uma queda menor no PIB, de 3,3%. Para 2017, há uma expectativa de alta de 0,5%. A análise de Alaggio foi presenciada por convidados do projeto, que puderam assistir gratuitamente à palestra. O presidente da AJE, Landerson Carvalho, comentou que escolheu o tema “Interpretações da crise e perspectivas para o Piauí” por ser atual. Ele frisou também

PIB do Brasil - crescimento 2015

-3,8%

2016

-3,3% (previsão)

2017

0,5% (previsão)

Fonte: IBGE e FMI.

o fato do evento ser aberto ao público, gratuitamente, o que contribui para o conhecimento da população sobre o assunto. “A AJE faz evento todos os meses e nesse observamos a importância de uma análise sobre a crise. Foi muito útil para os associados da AJE, que precisam saber tomar decisões em momentos de turbulência, como esse”, comentou Carvalho. A palestra de Alaggio foi proferida no dia 20 de julho, na Faculdade Maurício de Nassau, no bairro Jóquei Clube. Revista Fecomércio-PI

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Eventos

Energia solar é alternativa para seus negócios No Piauí, empreendedores querem transforma Floriano na cidade com o maior número de placas solares do estado. Por Denilson Avelino

Benefícios e preço estão entre os principais atrativos Ainda tímida, a energia solar começa a se destacar no mercado como parte de uma solução para os problemas de escassez de eletricidade, causada pela falta de chuvas e também pela dependência da geração hidroelétrica. A região Nordeste (e sem dúvida alguma o Piauí saí na frente nesse quesito) tem posição privilegiada para se tornar uma grande produtora de energia fotovoltaica, aquela obtida a partir da conversão direta da luz solar em eletricidade. E o melhor, há uma série de benefícios no

aproveitamento da energia solar, como: redução dos custos com energia convencional, é infinita, não faz barulho, não polui, manutenção e baixo custo do sistema fotovoltaico, fácil de instalar, pode ser usada em áreas remotas e é totalmente renovável. Além disso, a vida útil dos painéis é de (em média) 40 anos, o que representa um investimento em longo prazo e com retorno garantido nos primeiros meses de economia.

Fotos: Karla Nery, Misael Martins e reprodução Facebook

Como instalar um sistema de energia solar

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a era da sustentabilidade e procura por novas fórmulas na redução de custos, a energia solar pode se tornar um importante aliado para quem quer empreender no setor, lucrar com ela e abrir caminho em uma área que começa a despertar interesse de micro, pequenos e grandes empresários. Da dona de casa ao grande industrial, todo aumento de imposto é ruim. Mas quais seriam as alternativas para driblar tantos custos? A resposta está no céu. Isso mesmo! É de lá que vem uma fonte de energia inesgotável e universal: o sol. E segundo o último boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2015”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil deve integrar o ranking dos 20 maiores produtores de energia solar em 2018. Ou seja, o mercado está em franca expansão. No Piauí, investimentos vêm sendo realizados em todas as regiões, mas em Floriano, no sul do estado, o plano de negócios dos empreendedores responsáveis pela Neosolar Energia é ambicioso. Segundo Conegundes Júnior, diretor comercial do Grupo Conegundes Solar, a ideia é transformar Floriano, de 68 mil habitantes, na cidade com o maior número de placas solares de todo o estado do Piauí. “Nunca pensei em escassez hídri44

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A palestra sobre o evento atraiu diversos empresários, interessados na energia solar.

ca, mas sempre vislumbrei a possibilidade do ganho financeiro. Isso se confirmou, e com o suporte da Neosolar Energia nos âmbitos técnico e prático percebi, em pouco tempo, que estava certo”, diz Conegundes. Para discutir sobre a energia solar, a Superintendência Estadual do Banco do Nordeste e o Sebrae-PI realizaram em agosto o workshop “Como reduzir custos na sua empresa através de energia solar”. O evento aconteceu no auditório do Sebrae e reuniu técnicos, empresários e engenheiros. Contou com a parceria da Federação das Indústrias do Piauí, Câmara de Dirigentes Lojistas de Teresina e Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico. Os técnicos convidados pelo Sebrae falaram sobre a micro e minigeração de energia distribuída, viabilidade técnica e econômica, perspectivas de mercado, financiamento de sistemas fotovoltaicos,

A energia solar é infinita e com isso tem um resultado melhor economicamente.

Representantes do Grupo Conegundes Solar falaram sobre seus investimentos em Floriano.

por meio do produto FNE Sol, além do Marco Regulatório do sistema, procedimentos de regularização com a concessionária (Eletrobras) e apresentação de cases. O grupo Conegundes Solair já negociou 200 mil reais no primeiro semestre de 2015, período em que comercializou e instalou 29 KW de energia solar em uma cidade com apenas 50 mil habitantes. Os próximos passos para o grupo são as negociações de 100KW. Revista Fecomércio-PI

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Comunicação Eficiente

Eventos

Conquiste clientes através de boa comunicação

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omo você se comunica com seus clientes ou com seus colaboradores? Às vezes, até em nossa casa deixamos a desejar na comunicação. Com o cliente não é diferente. Para que isso seja amenizado, crie formas de estar sempre em comunicação com o seu cliente. Um relacionamento forte com ele é a melhor das impressões que você pode deixar e se essa comunicação for bem trabalhada desde o início, as chances de fidelização são muito maiores. Mês passado fui conhecer um restaurante na nossa cidade porque vi numa rede social uma propaganda falando de um novo prato. Na recepção havia uns quatro garçons bem animados conversando sobre uma festa do final de semana. Nenhum deles me cumprimentou e nem fizeram isso com todos que ali adentravam. O som do local era extremamente alto. As pessoas mal conseguiam se ouvir. Chamei um garçom e por conta do barulho tive que gritar para fazer meu pedido. Por incrível que pareça ele não sabia do novo prato. Chamou outro colega para me atender. Meia hora depois quando chegou o pedido não era bem o que eu esperava e o suco estava trocado. Esse é apenas um dos exemplos do que acontece diariamente nas empresas. A boa comunicação deve acontecer antes, durante e depois para gerar bons resultados. Cliente satisfeito volta e indica para outros amigos. Já o contrário... 46

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O que adianta fazer uma boa propaganda para atrair novos clientes se o atendimento deixa a desejar? Como é que a empresa comunica algo se nem seus colaboradores têm conhecimen-

Ganha credibilidade a empresa que trabalha com transparência, pois gera confiança e um feedback positivo dos clientes. E se for lançado um novo produto ele deve ser informado ao mercado. Há muitos meios de se comunicar com os clientes seja pelas mídias sociais, e-mail ou mensagem de texto de celular.

to? A comunicação tem, portanto, para a empresa, um papel de fundamental importância para a fidelização de seus clientes. Se o objetivo for apenas para atrair clientes e não se trabalha isso

Quer falar bem em público? O curso da Febracis apresentou técnicas para desenvolver apresentações de sucesso. Jefferson Xavier - Jex Professor, coach, practitioner em PNL e co-autor dos livros “Líderes em Ação” e “Liberte Seu Poder” contato@palestrantejex.com.br

com os colaboradores, fatalmente muitas empresas cairão em descrédito. Os clientes devem ser vistos como parceiros e, sentindo-se lesados, a empresa deve buscar uma solução. Pelo contrário tornará uma relação desgastada e frustrada. Ganha credibilidade a empresa que trabalha com transparência, pois gera confiança e um feedback positivo dos clientes. E se for lançado um novo produto ele deve ser informado ao mercado. Não precisa gastar muito com propagandas. Há muitos meios de se comunicar com os clientes, seja pelas mídias sociais, e-mail ou mensagem de texto de celular. E os colaboradores também devem estar cientes das novidades para evitar contratempos. Quem deseja conquistar novos clientes precisa estabelecer uma boa conexão que gere experiências positivas. E isso pode ser conseguido quando ele é bem atendido, tem boas lembranças e é, principalmente, respeitado. Também não se deve esquecer de retornar quando houver reclamações. Esteja presente nas redes sociais, crie cartões, vídeos, lembranças, brindes, descontos para que ele volte e fique em contato. Por isso, manter um canal de comunicação com seu cliente, saber se ele está satisfeito e o que precisa ser feito para melhorar constantemente poderá garantir negócios muito mais lucrativos.

Por Karla Nery Foto: Danilo Mendonça

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uando falamos podemos impactar e influenciar pessoas para o bem ou para o mal? Podemos citar como exemplo disso Gandhi, Nelson Mandela, Martin Luther King, Hitler e Jesus Cristo, grandes líderes que usaram da comunicação para transmitir suas mensagens de liberdade pacífica, igualdade racial, unificação, superioridade que mata e sua mensagem de amor, respectivamente. Durante três dias (19 a 21 de agosto), no Hotel Arrey, no “Curso de Oradores e Palestrantes”, professores, jornalistas, empresários e outros profissionais se permitiram estudar estilos de comunicação identificando pessoas que se comunicam bem e colocando tudo o que aprenderam em prática em busca do dom de falar com desenvoltura em público. “Comunicação é poder! Porém, a maioria das pessoas não pagam o preço para desenvolver essa habilidade, que é fundamental para o sucesso pessoal e profissional. Inclusive, falar em público está entre os três maiores medos das pessoas no mundo. Nesse curso muitas pessoas vencem esse medo”, afirmou Luís Paulo Machado, instrutor da Federação Brasileira de Coaching Integral Sistêmico (Febracis), entidade que promoveu o curso. Uma das técnicas ensinadas foi a modelagem. “Na verdade, estamos a todo tempo modelando, consciente ou inconscientemente. No curso, aprendemos modelar da forma correta, por meio de

Durante três dias, professores, jornalistas, empresários e outros profissionais se permitiram estudar estilos de comunicação.

Dicas para fazer uma boa apresentação

muitos conceitos e ferramentas”, ensina. Uma delas é, após escolher a pessoa certa a ser modelada, assistir a vários vídeos dessa pessoa em uma espécie de imersão. “Aprendemos muito observando, ouvindo e experimentando fazer o que a pessoa que escolhemos modelar comunica,

pensa, sente e crê. Modelar não é copiar ou plagiar. Quem modela, dá honra ao seu modelo. E isso faz toda a diferença. Para nos ajudar nesse processo uma dica é se filmar e assistir à sua performance, comparando com a dos seus modelos” orienta o instrutor. Revista Fecomércio-PI

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Eventos

OUTUBRO FESTIVAL JPA 6º Festival do Turismo de João Pessoa Quando: 14 a 15 de outubro de 2016 Onde: Centro de Convenções de João Pessoa - João Pessoa – PB Mais Informações: http://www.festivaljpa.com.br / sac@ festivaljpa.com.br FINIDEXA BRASIL Quer viver a semana mais feliz e empreendedora do Piauí? Quando: 09 a 14 de outubro Onde: Luís Correia Mais informações: www.findexabrasil. com.br FÓRUM FAMILY BUSINESS O fórum referência em empresas familiares do Brasil. Quando: 27 de outubro de 2016

19 { de outubro

Onde: Centro de Eventos do Ceará Fortaleza-CE Mais Informações: http://www. institutoempresariar.com.br/familybusiness

NOVEMBRO ABF FRANCHISING EXPO NORDESTE 6ª Feira Internacional de Negócios de Franquias Quando: 08 a 11 de novembro de 2016 Onde: Centro de Convenções de Pernambuco - Olinda - PE Mais informações: http://www.abfexponordeste.com.br tita. maia@informa.com FEIRA DO EMPREENDEDOR MG 7ª Feira do Empreendedor MG Quando: 08 a 12 de novembro de 2016 Onde: Expominas - Belo Horizonte - MG Mais informações:

http://feiradoempreendedormg.com.br/ empreendedorf@sebraemg.com.br SEMANA GLOBAL DE EMPREENDEDORISMO DE TERESINA Quando: 16 a 18 de novembro Onde: Sebrae Teresina Mais informações: (86) 3215.7474, 99991.1123 e www.empreendedorismo.org.br SEMINÁRIOS EMPRETEC 2016 Seminário desenvolvido pela ONU que visa a identificar, estimular, desenvolver e potencializar o comportamento empreendedor. Quando: 21 a 26 de novembro de 2016 Onde: Teresina – PI Mais informações: treinamentoempresarial@pi.sebrae.com.br / (86) 3216-1300

CRA-PI homenageia profissionais da Administração Evento premiou também gestores públicos e privados em nove categorias. Por Karla Nery

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Conselho Regional de Administração do Piauí (CRA-PI) prestou homenagens a profissionais, organizações e personalidades que se destacaram e contribuíram para o desenvolvimento técnico-científico e social da ciência da Administração e que realizaram relevantes serviços em benefício da sociedade. Entre os homenageados o governador

Wellington Dias, o prefeito Firmino Filho, o secretário municipal de Governo, Charles da Silveira, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fábio Nery, a administradora Ana Cristina Barros e o conselheiro federal Carlos Henrique Mendes da Rocha. O evento aconteceu no dia 8 de setembro, na sede do CRA-PI. As homenagens foram entregues em nove categorias: Antiguidade, Profissional, Acadêmico, Organização, Personalidade, Conselheiros Regionais efetivos e suplentes, Colaborador CRA, Comissão Instaladora e Conselheiros Federais e Presidente.

Arquivo CRA

Agenda

Profissionais agraciados pelo Conselho de Administração.

Dia do Piauí Piauí: Um estado que vem se desenvolvendo, empreendendo e surpreendendo cada vez mais!

Datas importantes no Comércio

Fique atento para não deixar passar em branco!

OUTUBRO

NOVEMBRO

01 – Representante Comercial/Viajante/Vendedor 10 – Dia do Empresário Brasileiro 12 – Dia das Crianças / Nossa Senhora Aparecida 15 – Dia do Professor 18 – Dia do Médico / Pintor de Parede 19 – Dia do Piauí 26 – Dia do Trabalhador da Construção Civil 27 – Dia do Comerciário 28 – Dia do Funcionário Público 30 – Dia do Balconista

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Revista Fecomércio

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01 - Dia de Todos os Santos 02 – Finados 08 – Dia do Aposentado 09 – Dia do Hoteleiro 15 – Proclamação da República 20 – Dia do Auditor Interno 26 – Dia do Ministério Público 27 – Dia do Técnico em Segurança do Trabalho

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Eventos

Comunicação e gestão

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Karina Matos Repórter e Apresentadora de TV, mestre em Ciência Política, especialista em Propaganda e Marketing e em Telejornalismo. tvkarinamatos@gmail.com

e conectar às outras pessoas é um instrumento poderoso não só de comunicação, mas também de relacionamentos e de negócios. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram que as pessoas vencedoras adoram seu trabalho em boa parte por causa das pessoas que trabalham nele. A relação entre gestor e colaborador é fator de definição tanto de produtividade quanto do tempo que as pessoas passam no emprego. Segundo a psicologia, a conexão social positiva induz o prazer, reduz a ansiedade e melhora a concentração e o foco. E para isso você não precisa de longas conversas no ambiente de trabalho. Basta um cumprimento verdadeiro no corredor e uma breve pergunta de como está o dia. Não dá para ter uma excelente carreira sozinho. E aí vai a principal notícia: de 80% a 90% das oportunidades de trabalho surgem a partir de relacionamentos. Não vão estar nos jornais ou mídias sociais; é o conhecido boca a boca, indicações de amigos e conhecidos. Lógico, sua competência vai ser testada, mas você já está na lista de lembrança das pessoas e esse é um passo fundamental para partir na frente. Agora, pense bem, é preciso estabelecer uma relação de confiança. Não ligue para aquele conhecido que você não fala há tempos só porque soube que tem vaga na empresa dele. 50

Loja situada no Balão do São Cristóvão era esperada pelos clientes que moram na região.

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Mas como você pode aumentar sua rede de contatos? Além de cultivar os que estão por perto, separe um momento do dia para comentar posts, responda e-mails, envie, peça para ser apresentada por amigos em comum, marque um café. Para interagir é preciso sair da zona de conforto. É comum ver pessoas em situação de

Ter uma atitude mental positiva influencia nas vendas. Vendedores otimistas fazem, em média, 56% mais vendas. E há ainda também o ‘Efeito Pigmaleão’: subordinados tendem a imitar a visão dos líderes.

crise pessoal ou profissional se isolarem da família, dos amigos, dos colegas de trabalho. Pare por aí! Não há nada pior do que ficar isolado na crise. Quem tem uma rede social de apoio é mais resiliente, energizado e criativo. Saiba, antes de tudo, que para alcan-

çar o sucesso, primeiro é preciso ser feliz. A felicidade não está no fim do caminho. Ter uma atitude mental positiva influencia nas vendas. Vendedores otimistas fazem, em média, 56% mais vendas. E há ainda também o “Efeito Pigmaleão”, subordinados tendem a imitar a visão dos líderes. Se temos um líder positivo, a tendência é acreditar que coisas boas vão acontecer. No final dos anos 80, a MetLife, uma empresa de seguros norte-americana, estava quase falida e constatou que 50% dos vendedores da empresa não passavam do primeiro ano e que a empresa perdia mais de 75 milhões de dólares com os custos de contratação. Contratou o pesquisador Martim Seligman, para melhorar o desempenho da empresa. Seligman passou a fazer a seleção de pessoal com base em afirmações dos candidatos como: “a situação não é tão ruim assim e vai melhorar” e “ a situação é terrível e nunca vai melhorar”. O que ele chamou de “modelo explanatório”. As pesquisas de Seligman apontavam que os vendedores com uma visão otimista vendiam mais e ficavam mais tempo no emprego. E foram esses os contratados. No primeiro ano, os otimistas venderam 21% mais do que os pessimistas e no segundo ano 57% a mais. Então, ser positiva te ajuda a ter mais relações sociais e vender mais.

Por Karla Nery

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s empresários Agesilau Otávio de Souza e Álvaro Souza inauguraram no dia 21 de setembro a primeira filia das lojas Ventania no Balão do São Cristóvão. A abertura do novo espaço foi comemorada com familiares, amigos, clientes e colaboradores. A Ventania está no mercado teresinense há mais de seis anos e é referência em ventiladores, ar-condicionados e climatizadores de ar. O empresário Álvaro Souza explica

que a escolha da localização foi estratégica para atender ao público da zona Leste de Teresina. “Há muito tempo, nossos clientes nos pediam para abrirmos uma loja nessa região e procuramos assim proporcionar maior comodidade e conforto na hora das compras. Quem quiser amenizar o calor da nossa cidade é só passar na Ventania”. A empresa possui mais duas lojas no Centro da cidade e presta serviços de instalação, manutenção, assistência técnica e aluguel de climatizadores. O proprietário da Hot Sat, Raimundo Júnior, prestigiou a inauguração. “A Ventania já é nossa parceira há muitos anos. O interessante é que eles inauguram num período de crise, mas em que as vendas estão bem

Arquivo Pessoal

Seja positivo e venda mais!

Ventania inaugura filial na zona Leste

Colaboradores e proprietários prestigiaram a inauguração da loja, especializada em climatização.

aquecidas por conta do B-R-O-BRÓ. Os aparelhos que fabricamos tiveram uma procura surpreendente”, afirma.

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Bem-estar

B-R-O-Bró aumenta risco de infecções urinárias Com a chegada do período mais quente no Piauí, é necessário maior cuidado para evitar infecções urinárias e pedras nos rins. Por Samanta Petersen Foto: Carlos Pacheco

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omeça o Br-o-Bró, período formado pelos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro em que o calor no Piauí é mais intenso. Com ele, crescem os cuidados com a saúde. Além das infecções respiratórias e de problemas na pele, o aumento da temperatura também pode acarretar outras doenças, como infecções urinárias e pedras nos rins. Isso porque as duas últimas são agravadas pela falta de hidratação adequada para o período. Assim, pessoas que vivem em regiões quentes ou que suam muito estão dentro do grupo de

Médico recomenda aumento na ingestão de líquidos para evitar as doenças

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risco de serem acometidas por elas. “Isso tem uma explicação lógica. Nesse período de maior calor nós temos uma transpiração mais intensa, nosso corpo perde mais líquido e nosso organismo fica mais desidratado e se não houver uma hidratação adequada isso faz com que a chance dessas doenças aparecerem seja maior”, explica o urologista Guiliano Aita. De acordo com o médico, o crescimento no número de pacientes que apresentam problemas de cálculo renal é porque com a pouca ingestão de líquido a urina fica mais densa, mas concentrada e se precipita com mais facilidade. E a explicação para as infecções é exatamente a ausência do fluxo contínuo (urina) que pode ajuda a levar as bactérias para fora do organismo. Então, se a taxa de produção de urina é menor há uma chance maior da bactéria permanecer mais tempo na bexiga e causar uma infecção. Desta forma, a melhor forma de evitar ambas as doenças é ingerindo muito líquido. “É importante beber uma quantidade de água e líquidos suficiente para que a urina fique sempre bem clara, quase transparente. De acordo com o nosso clima e falando de um adulto jovem, estamos falando, em média de dois litros de água por dia”, destaca Guiliano. Ambas as doenças podem atingir homens e mulheres, mas a infecção é mais comum no sexo feminino. E de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) metade das mulheres vai apresentar pelo menos um epi-

sódio de infecção urinária durante a vida. Além disso, a cada três mulheres que apresentam quadro de infecção urinária você tem apenas um paciente do sexo masculino. O motivo é anatomia do corpo da mulher, que tem ânus, vagina e uretra muito próximos. E como a infecção

urinária se caracteriza pela presença de bactérias no trato urinário, a mulher acaba sendo mais atingida. Já as pedras nos rins, ou cálculo renal, é uma massa sólida formada por pequenos cristais, que podem ser encontrados tanto nos rins quanto em qualquer outro órgão do trato urinário.

Cálculo renal nem sempre precisa de tratamento O Cálculo nos rins podem produzir sintomas ou não. Algumas vezes as “pedras” podem se deslocar para o ureter (canal que liga os rins à bexiga). Nesta situação a pessoa poderá apresentar uma dor lombar muito forte. Além disso, os cálculos podem ocasionar infecção ou sangramento na urina. “É aquela dor nas costas usualmente unilateral, só de um lado, que irradia para a parte anterior do abdômen, ou ‘pé da barriga’, e vem acompanhada de náuseas, vômito. Uma característica

interessante dessa dor é que não existe uma posição que faça ela melhorar, é uma dor aguda e intensa”, esclarece o urologista. Os cálculos urinários podem ou não necessitar de tratamento. Pedras pequenas nos rins, assintomáticas, muitas vezes não requerem nenhum tratamento. Alguns cálculos ficarão nos rins por um bom tempo e outros podem ser eliminados espontaneamente. Por outro lado, cálculos renais maiores e sintomáticos devem ser tratados.

Higiene íntima é essencial para combater a infecção

Como evitar a infecção urinária • Ingerir bastante líquido; • Dar preferência a alimentos que tenham bastante líquido em sua composição como as frutas; • Evitar segurar a urina; • Higienizar regiões genitais antes e depois das relações sexuais; • Após a evacuação, ao higienizar a vulva e região perianal, limpar sempre no sentido de frente para trás.

Como evitar o cálculo renal • Ingerir bastante líquido; • Dar preferência a alimentos que tenham bastante líquido em sua composição como as frutas; • Moderar no consumo de proteína e sódio (sal); • Controlar a quantidade de açúcar na dieta; • Ter uma dieta balanceada, pois pessoas obesas são mais propensas a terem a doença.

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Cultura Empresarial Aqui você encontra dicas de livros, filmes, sites, twitters e fanpages que irão lhe ajudar a se manter sempre atualizado no mundo dos negócios. Aproveite o tempo livre para curtir as nossas dicas!

Livros

Filmes Marielle Baía Psicóloga, Consultora Empresarial, Terapeuta e Educadora Financeira marielle.baia@dsop.com.br

Internet Dica de Leitura: A Estratégia do Oceano Azul - Como Criar Novos Mercados e Tornar a Concorrência Irrelevante Autor: Kim, W. Chan; Mauborgne, Renée Comentário: A Estratégia do Oceano Azul é resultante de um estudo de 150 ganhadores e perdedores em 30 indústrias diferentes. Eles chegam à conclusão que ao invés de superar a concorrência a fim de obter uma parte de um mercado já existente (oceano vermelho), é melhor buscar novos nichos, ou seja, um mercado virgem (oceano azul) com potencial de crescimento. Dessa forma, a concorrência se torna irrelevante e a melhor estratégia para afastá-la não é competir diretamente com ela, mas parar de competir para atuar em mercado virgem. Com isso, é necessário concentrar energias na inovação de valor, através da criação de produtos ou serviços que possam atrair um público-alvo que antes não via valor nestes produtos ou serviços (não-clientes). O livro é um manual para encontrar “oceanos azuis”, além de orientar no gerenciamento e liderança para que a implementação da inovação de valor e das mudanças necessárias sejam efetuadas da melhor forma possível. Cita vários exemplos que deram certo e errado, com visão da possível prática para sua empresa. 54

Revista Fecomércio-PI

Setembro/Outubro 2016

Dica de filme: O Jogo do Dinheiro Comentário: Neste filme, Lee Gates (George Clooney) é o apresentador do programa de TV “Money Monster”, onde dá dicas sobre o mercado financeiro mesclando com performances típicas de um popstar com objetivo de audiência. É seguido por vários telespectadores que querem multiplicar seu dinheiro, mas por muitos que não têm poder de decisão por falta de conhecimento. O previsível acontece: pessoas que, atendendo a suas dicas e previsões financeiras, tiveram prejuízo de mais de 800 milhões de dólares. Dentre eles, Kyle Budwell (Jack O’Connell), falido por causa das adivinhações de Lee. Este, como forma de vingança, invade o programa do apresentador exatamente quando ele está sendo gravado e, com um revólver, obriga Lee a vestir um colete repleto de explosivos. O drama continua, mas a mensagem que fica para nós é de que devemos ter conhecimento para investir, devemos ter opinião de especialistas, técnicos, e saber diversificar conforme entendimento de mercado. Entregar ao outro todo o nosso esforço financeiro de vida, pode custar muito caro e desastroso. Pense nisso!

Vale a pena curtir: https://www.facebook. com/endeavorbrasil/ Comentário: Considerada organização líder no apoio a empreendedores de alto impacto ao redor do mundo, presente em mais de 20 países e com 8 escritórios no Brasil. Conteúdos ricos que promovem a educação empreendedora, dados sobre a situação atual do empreendedorismo no Brasil, além de inspiração e networking para os mais brilhantes empreendedores. Vídeos e eventos que agregam á sua vida empreendedora.

Dica de site: http://dataviva.info/pt/ Comentário: O DataViva é uma ferramenta de pesquisa que disponibiliza dados oficiais sobre economia, educação, indústria, mercado profissional, exportações, entre outros. Com acesso livre e gratuito às informações, proporciona conhecimento mais detalhado da economia brasileira, gerando informações para planejamento e tomada de decisão para empresários, estudantes, investidores e profissionais.



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