Ano 2
. N 5 . abril de 2011 . www.revistadigital.feuc.br 0
Que carreira seguir? Essa é a dúvida da garotada. Teste vocacional pode auxiliar na escolha da profissão
TECNOLOGIA
Alunos do CAEL participam de Feira Brasileira de Ciências e Engenharia DENGUE
Conheça a doença, seus sintomas e saiba como evitar a proliferação do mosquito
Saiba como se preparar melhor para as provas de vestibular e Enem1
FEUC
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Expediente O Idoso, o Professor e uma Realidade a ser transformada O IBGE acaba de divulgar que a população brasileira está envelhecendo, ou seja, a proporção de idosos vem crescendo mais rapidamente que a proporção de crianças. Embora a queda da taxa de fecundidade seja a principal responsável pela redução do número de crianças, a longevidade vem contribuindo para o aumento de idosos na população. Infelizmente, somos um povo que ainda não trata os idosos com a reverência que merecem, o que é comum em alguns países como o Japão. Encontro muita similaridade entre o que acontece com a geração brasileira mais velha e o que acontece com os professores desse nosso imenso país. Todos sabemos o quanto são importante, mas falhamos na hora de concretizarmos o reconhecimento de seu valor. Em ambas as situações – a da pessoa idosa e a do professor – parece haver um sentimento egoísta que nos impele a vê-las deixando que a emoção inebrie a razão: a de idade avançada me faz pensar em mim mesmo daqui a alguns anos; a do professor, porque sei que ele é indispensável para meu desenvolvimento pessoal / profissional e para o desenvolvimento de meu país. De qualquer forma, fica muito claro que o idoso e o professor me impulsionam ao futuro, ao vir a ser, ao utópico que pode se tornar realidade. Mas, então, o que falta para virarmos esse jogo, eivado de prepotência e desrespeito, e transformarmos o status quo reinante? Falta-nos vergonha na cara, vontade política, conscientização e mobilização para derrubarmos alguns preconceitos e paradigmas. Há de se fazer uma verdadeira revolução no sentido de que, sepultando nossas hipocrisias, valorizemos, verdadeiramente, a existência, a preservação, dessas duas espécies, equilibrando razão e emoção, contribuindo para que “sejam eternos, enquanto durem”. E, mesmo conscientes de que, como seres humanos, têm um ciclo de vida delineado (nascem, crescem, reproduzem, amadurecem e morrem), vamos permitir e estimular que, em seus vários ciclos, tenham a oportunidade de desabrochar, mesmo depois de as intempéries de um outono / inverno lhes roubarem suas flores, suas folhas e seus frutos. Parece redundante, mas o caminho dessa revolução é a educação, que deve ser tirada do discurso e inserida na prática, sendo, de fato, prioridade política do país. Hélio Rosa de Araújo
Revista
FEUC EM FOCO Publicação da Fundação Educacional Unificada Campograndense Estrada da Caroba, 685 - Campo Grande Tel.: (21) 3408-8484 Presidente Wilson Choeri Diretora Administrativa Profª Dieni da Costa Pimenta Diretor de Ensino Prof. Hélio Rosa de Araújo Diretor Superintendente Prof. Durval Neves da Silva Diretor das FIC Prof. Hélio Rosa de Araújo Diretora do CAEL Profª Regina Sélia Iápter Gerência de Marketing Flávio Silva Diagramação, Fotografia e Reportagem Thaís Cardoso Revisão Prof. Hélio Rosa de Araújo Projeto Editorial Flávio Silva Revista Digital Keli Veloso Colaboradores Profª Janice Souza Prof. Paulo Henrique Prof. Alzir Fourny Marinhos Profª Luciane Rezende Souza Prof. Claudio Barreto Prof. Frederico Lima Darlan Gomes Lima David Joaquim de Souza Periodicidade Trimestral Tiragem 5.000 exemplares
educação infantil
Computador na pré-escola Por Thaís Cardoso
O
uso de computadores ainda na pré-escola tem sido um método de aprendizagem frequente. Mas os pais ainda têm dúvidas quanto a ferramenta. Será que o computador é realmente útil, ou acaba virando mais um brinquedo na mão da criançada? De acordo com especialistas, o uso do computador deve fazer parte da rotina escolar. É papel da escola apresentar os elementos do mundo e ensinar como interagir com eles. O acesso, durante a pré-escola, permite que as crianças interajam desde cedo com as diversas manifestações da linguagem. Lembrando que as tecnologias devem ser usadas para ampliar o conhecimento. O computador deve ser incluído na rotina da criançada para realizar pesquisas na internet, desenvolvimento de projetos ou para uso de jogos com temas que estejam sendo explorados no momento, mas que não sejam apenas passatempo, e sim atividades que proporcionam aprendizagem. Os jogos devem ser interativos de forma que agreguem à atividade conteúdos didáticos
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É papel da escola apresentar os elementos do mundo e ensinar como interagir com eles
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explorados na pré-escola, devem desafiar a criança a colocar os seus conhecimentos em prática, além de apresentar novos desafios. Uma das preocupações dos pais é a influência do computador sobre a escrita. Por isso, além do estímulo ao uso do computador, deve estimular também o uso do lápis e papel. A criança deve conhecer todas as formas de escrita para escolher qual se adapta melhor a cada situação. O ideal é que pais e professores busquem estimular a criança a usar o computador
Como incluir o uso da tecnologia de maneira saudável na vida da criançada, utilizando o meio como forma de educação e disseminador de cultura, assim como método de aprendizado através de jogos? e a internet para adquirir conhecimento. Deve-se mostrar as possibilidades do meio em poder buscar informações em lugares distantes de onde a criança vive. O uso do correio eletrônico pode exemplificar o estímulo pela troca de informações. A criançada pode mandar e-mail para os colegas de classe, parentes etc contando sobre suas novas experiências, além de poder entrar em contato com profissionais, como médicos, biólogos e outros, para que possam esclarecer dúvidas e ampliar o conhecimento.
inclusão social
Analfabetismo funcional No Brasil, 65% da população é considerada analfabeto funcional e 7% analfabeto absoluto. O que demonstra que 1 entre 4 brasileiros consegue ler, escrever e usar suas habilidades para continuar aprendendo Por Thaís Cardoso
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e acordo com a UNESCO, analfabeto funcional é toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, e consegue ler e escrever frases simples e efetuar cálculos básicos, no entanto é incapaz de interpretar o que lê e de usar a leitura e a escrita em atividades cotidianas, impossibilitando o seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional. O analfabeto funcional não consegue tirar das palavras o sentido real, colocar ideias no papel através da escrita, nem fazer operações matemáticas mais complexas. No Brasil, o índice de analfabetismo funcional é medido através das pessoas com mais de 20 anos e que não completaram quatro anos de estudo formal. O conceito de analfabetismo varia de acordo com a cultura de cada país. Na Polônia, por exemplo, é considerada analfabeta funcional a pessoa que possui menos de 8 anos de escolaridade. Uma pesquisa realizada pela Declaração Mundial sobre Educação para Todos afirma que 960 milhões de adultos são analfabetos. Mais de 1/3 dos
adultos do mundo não têm acesso ao conhecimento impresso e às novas tecnologias. O que mostra que o analfabetismo funcional é um problema significativo nos países industrializados e em desenvolvimento. No Brasil, 75% das pessoas entre 15 e 64 anos não conseguem ler, escrever e calcular. Desse número, 68% são considerados analfabetos funcionais e 7% analfabetos absolutos, ou seja, sem qualquer habilidade de leitura ou escrita. Apenas 1 entre 4 brasileiros consegue ler, escrever e utilizar essas habilidades para continuar aprendendo. No Brasil, muitos analfabetos funcionais possuem diploma, o que deduz-se que o problema está na qualidade de ensino do país. Para mudar esses números e começar a fazer a diferença na educação do país, as escolas devem incentivar os alunos a leitura, a escrita, a atividades que trabalhem a inteligência, raciocínio lógico e a capacidade de relacionar temas diferentes. Proporcionar uma educação de qualidade é o primeiro passo para combater o analfabetismo. 5 FEUC
mercadeo de trabalho
Que carreira seguir? A maior dúvida dos jovens está na hora de escolher a profissão, um método que pode auxiliar na escolha é o teste vocacional Por Thaís Cardoso
É
difícil pensar no futuro e decidir de primeira que carreira seguir. Aos 17, 18 anos então, é que se começa a imaginar milhares de possibilidades de futuro profissional. Essa é uma das grandes dúvidas da maioria dos jovens. Talvez, a questão mais difícil do vestibular. A escolha do curso é decisiva e vai determinar o que o jovem fará nos próximos anos. A decisão da carreira é um momento crítico e acaba se tornando, também, estressante. É muita pressão em cima dos jovens, pressão deles em ter que escolher um ramo e, muitas vezes, a pressão dos pais. É por isso que o número de abandonos e transferências de curso nas universidades do Brasil continua crescendo. Cada vez mais jovens e ainda imaturos, os estudantes acabam ingressando em cursos que não conhecem e ou não se identificam, apenas pela pressão de iniciar um curso de graduação. Eles desistem e acabam pulando de galho em galho até encontrarem o que os satisfaz, tudo por que começaram errado. Começaram ingressando no curso sem conhecê-lo e sem saber se é isso ou não que querem. Orientação Essa é a importância de uma orientação profissional. O ideal é que os alunos, durante os anos que antecedem o pré-vestibular, sejam submetidos ao teste vocacional. Algumas escolas realizam o teste com os alunos, mas o que dificulta é 6 FEUC
que a execução do teste vocacional é cara, e acaba limitando o uso. Esses testes não determinam o que você deve fazer, mas ajudam delimitando as áreas de atuação mais favoráveis ao indivíduo, ou seja, aquelas pelas quais ele tem mais afinidade. Assim, o jovem vai se fixar melhor em uma área, tornando a sua decisão mais objetiva, ao invés de vagar em meio a tantas áreas profissionais. A orientação vocacional é um processo de auto-descoberta do jovem, que acaba se sentindo perdido e desnorteado na hora de escolher que carreira seguir. Para os casos mais sérios, aconselha-se que, além do teste, o jovem seja acompanhado por um psicólogo, pois os testes são padronizados, mas as pessoas são diferentes, então, o auxilio de um profissional ajudaria na escolha. Teste vocacional Geralmente, os testes vocacionais visam a medir o interesse, as aptidões, a personalidade e a inteligência do jovem. São avaliadas as suas habilidades, o nível de percepção, o raciocínio e memória. É considerado também o lado pessoal, o equilíbrio mental e emocional, as angústias, os conflitos e as rivalidades da pessoa. Tudo isso através de avaliações estruturais, dinâmicas e outros métodos. São feitas, ainda, entrevistas com o jovem e os pais, onde é feita a análise das situações rotineiras da
família, o histórico cultural e familiar e os relacionamentos sociais que os envolvem. Uma boa orientação não deve se prender apenas a testes vocacionais. Deve buscar fatos individuais para evitar que se generalize o comportamento dos indivíduos. Existem alguns sites que disponibilizam o teste vocacional: www.oportaldosestudantes.com. br/testevoc.asp www.colegio24horas.com.br/ ogloboestagio/teste.asp w w w. c a r l o s m a r t i n s . c o m . b r / testevocacional.htm
comportamento
0 2Qualidades do professor ideal O bom professor é aquele dotado de qualidades voltadas para o magistério. Nem sempre é possível avaliar a qualidade do professor pelo desempenho do mesmo em prova, revela o Referencial para Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, mas pelo comportamento e as qualidade dele perante o aluno. Paciência, facilidade em transmitir conhecimento e humor estão entre os fatores que qualificam o profissional. O docente ideal: 1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas. 2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos. 3. Conhece as didáticas das disciplinas. 4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas. 5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem. 6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.
7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem. 8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem. 9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos. 10. Institui e mantém normas de convivência em sala. 11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos. 12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos. 13. Aplica estratégias de ensino desafiantes. 14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o
desenvolvimento do pensamento autônomo. 15. Otimiza o tempo disponível para o ensino. 16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos. 17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo. 18. Trabalha em equipe. 19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão. 20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes. Fonte: Revista Nova Escola
Enfermagem: o dom de cuidar Por Paulo Henrique Ferreira Ribeiro coordenador do Curso Técnico de Enfermagem
O Curso Técnico de Enfermagem acelera a entrada no mercado de trabalho viabilizando a oportunidade do primeiro emprego. Este curso tem como objetivo formar profissionais com um perfil de cuidador de pessoas nas suas necessidades básicas de saúde, inclusive do equilíbrio psicológico. O Técnico de Enfermagem convive de perto com pessoas carentes de atenção, carinho e insegurança enquanto se
encontram sob cuidados em uma unidade hospitalar, e ganha experiências que o ajudarão a transformar-se enquanto ser humano. Essa trajetória na vida do Técnico de Enfermagem o faz amadurecer e compreender as complexidades e diversidades que habitam cada um de nós enquanto sujeitos inacabados. É preciso refletir sobre as razões que o fizeram escolher a profissão. 7 FEUC
ensino médio O que é a Febrace? É uma Feira Brasileira de Ciências e Engenharia cuja finalidade é estimular a criatividade e a reflexão nos estudantes da educação básica a desenvolverem projetos com fundamento científico, nas diferentes áreas das ciências e engenharia.
Por Luciane de Rezende Souza Coordenadora do Curso Técnico de Publicidade e Propaganda
PREMIAÇÃO Projeto Informative Floor - Curso de Edificações Prêmio AEP de Inovação Tecnológica da Associação dos Engenheiros Politécnicos - AEP Prêmio de Relevância Social do Memorial da Inclusão e Caminhos da Pessoa com Deficiência
A FEBRACE acontece desde 2003, na Universidade de São Paulo - USP, e tem descoberto novos talentos, além de gerar muitas oportunidades.Sua história é composta por alunos, professores, pais e escolas que, juntos, mostram à sociedade brasileira que aprendem a aprender, que podem querer e que podem fazer.
Objetivos da FEBRACE * Estimular novas vocações em Ciências e Engenharia através do desenvolvimento de projetos criativos e inovadores. * Incentivar a cultura investigativa, de inovação e empreendedorismo no nosso país.
Grupo: Beatriz Rodrigues da Cunha, Mariana Lessa do Nascimento, Thais dos Santos Costa Orientador: Prof. Diógenes Rocha de Souza Projeto Sistema D.T.A - Curso de Química Prêmio FENECIT - Passaporte para a Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia Grupo: Elaine da costa Vasconcelos, Marcos Vinicius Silva Amorin, Rafaela Luiza Dias da Cunha Orientador: Prof. Luiz Carlos Moura Projeto Stay Alive - Curso de Informática Foi matéria destaque na Revista VEJA e no portal Aprendiz do UOL. Os alunos foram entrevistados pelo programa Ideias e Invenções - SP, que foi transmitido para várias cidades de São Paulo e Santa Catarina.
Prêmio FENECIT - Passaporte para a Feira Nordestina de Ciências e Tecnologia
Grupo: Ana carolina Lopes Rodrigues, Charles Cleivin J. C. Curty de Almeida, Felipe Hime Miranda Orientador: Prof. Celso Omar Machado da Silva
Prêmio de Relevância Social do Memorial da Inclusão e Caminhos da Pessoa com Deficiência
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ensino médio
Ciência - Tecnologia
Felip e Colé Hime gio d (esq u (Rio e de J Aplicaç erda), A anei usad ã o Em na Ro ro o po que r qu ), desen manue drigues dá o a l v choq lquer pe olveram Leontsi e Charl nis, es C ue n ssoa um em ão p . Cam leivin, d ôde Por mo desfibril po o a entr ar na tivos de dor que Grand e segu p feira o (Ênio rança de ser ,ap Cesa laca r)
Escola da inovação De um destilador de água do mar a um sismógrafo de apenas 38 reais, conheça os destaques da maior feira de ciências do país Por Marco Túlio Pires
Desfibrilador de 800 reais - No Brasil, 270 mil pessoas são vítimas de morte súbita provocada por arritmia cardíaca por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. A arritmia cardíaca é provocada por uma série de alterações elétricas que desregulam o ritmo do coração. Pode ser corrigida pela descarga elétrica de um desfibrilador, mas o equipamento tem que chegar rápido à vítima. “O desfibrilador é um equipamento caro — cerca de 10.000 reais — e de difícil manuseio”, diz Felipe Hime, estudante fluminense de 17 anos. “Apenas especialistas podem utilizá-lo.” O avô de Felipe morreu de arritmia. Marcado pela perda, o aluno do Colégio de Aplicação Emmanuel Leontsinis, em Campo Grande (Rio de Janeiro), reuniu outros dois colegas de turma — Ana Rodrigues e Charles Cleivin — e, juntos, desenvolveram um desfibrilador com custo médio de 800 reais e de simples manuseio. “Basta colocá-lo sobre a pessoa, e o aparelho verifica se há uma arritmia e se é necessária a descarga elétrica”, explica Charles. A ideia já foi patenteada, e os alunos agora procuram investidores. Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/jovens-brasileiros-resolvem-grandes-questoes-na-maior-feirade-ciencias-e-engenharia-do-pais Portal Aprendiz - UOL Jovens inventores recriam produtos caros por preços baixos Por Sarah Fernandes
No Rio de Janeiro (RJ), estudantes do Colégio de Aplicação Emmanuel Leontsinis desenvolveram um desfibrilador automático que identifica se há arritmia cardíaca e dispara uma corrente elétrica para normalizar os batimentos. O produto original custa R$ 16 mil, mas o desenvolvido pelos estudantes sai por R$ 700. A ideia é democratizar o aparelho e evitar 95% das 300 mil mortes anuais causadas por arritmias fortes. Fonte: http://aprendiz.uol.com.br/content/slelubrule.mmp
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educação
Educação física: a prática apenas na escola é o suficiente? Por Thaís Cardoso
Atualmente as atividades do dia a dia estão deixando os exercícios físicos em segundo plano. As crianças têm escola, depois são as tarefas de casa, as aulas de língua estrangeira, a família, os amigos, os programas favoritos de televisão... É bastante coisa para se fazer em um único dia. Com tantos compromissos e tarefas diárias, não sobra muito tempo para a prática de atividade física. Mas será que essa atividade é mesmo importante? As aulas de Educação Física escolar realmente objetivam o desenvolvimento pessoal do aluno. Por meio do movimento, são ensinados valores múltiplos que vão desde
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o desenvolvimento físico, passando pelo caráter lúdico - através dos jogos e brincadeiras -, e atingindo até a conscientização de valores morais, como o respeito e o trabalho em grupo. Entretanto, a principal função das aulas de Educação Física é propiciar aos alunos condições de saúde e qualidade de vida melhores. No entanto, a frequência dessas aulas varia de uma a três vezes por semana, dependendo da escola. É muito pouco tempo para que os objetivos sejam atingidos. Por isso, o professor de Educação Física precisa da colaboração do aluno, que deve agir em benefício de sua própria saúde. O processo deve acontecer da seguinte forma: o professor passa conteúdos variados para os alunos - incluemse aí os jogos, as atividades préesportivas, as b r i n ca d e i ra s etc. - e os alunos, por sua vez, devem realizar as atividades sugeridas, apreendendo e, principalmente, contribuindo para a melhora de sua saúde. Mas só isso não basta! Os alunos também devem escolher as atividades que mais lhes agradam e procurar complemento para elas fora do horário de aula. Existem as mais variadas atividades. São recomendáveis as
“escolinhas” esportivas - que às vezes são oferecidas pela própria escola -, as escolas de natação e as academias de ginástica. A vantagem desses locais é que, na maioria deles, existem profissionais capacitados na área de Educação Física que garantem a continuidade do trabalho que o professor da escola desenvolve. Mesmo que a opção seja outra atividade, sem a presença de um professor, é importante que ela seja feita sistematicamente. Caminhadas, prática de esportes com os amigos e esportes radicais - skate, surfe etc. - também são válidos, se feitos regularmente.
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A função das aulas de Educação Física é proporcionar aos alunos condições de saúde e qualidade de vida
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Portanto, a Educação Física escolar ajuda bastante na obtenção de saúde, mas ela não é a solução para todos os problemas. Assim, mesmo que o dia a dia esteja bastante ocupado, é importante encontrar um “tempinho” para prática de alguma atividade física, o que garante uma vida mais saudável e, consequentemente, mais ativa e produtiva.
educação infatil
educando brincando A Educação Infantil do CAEL tem seu diferencial em educar criando um ambiente descontraido onde as crianças podem aprender através de atividades voltadas para momentos de diversão. Uma brincadeira divertida ou um dia diferente é a adoração da criançada, que aproveita cada momento ao máximo, tudo com fundamentos educacionais, a fim de despertar no aluno o interesse pela leitura, culinária, esportes, ensinar conceitos básicos de convivência, desenvolver habilidades físicas, motoras, musicias, entre outras. Festa da Alegria Comemoração com muita alegria e diversão do feriado de Carnaval
Aula de Ética e Cidadania Com histórias e músicas se ensina conceitos básicos de convivência
Roda de Leitura Alunos despertam a criatividade
Aula Passeio Passeio ao Mundo Jurássico, retomando a história de 65 milhões de anos dos dinossauros
Salada de Fruta Aproveitamos a aula de culinária para comemorar o início do outono com uma deliciosa salada de frutas
Festival do Sorvete Aproveitamos o final do verão para ensinar a noção de frio e quente
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saúde
Como se proteger da dengue A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. É durante os meses mais quentes que o mosquito transmissor mais se reproduz e ataca. Existem quatro tipos de dengue, a tipo 1, 2, 3 e 4. O vírus tipo 4 não era registrado no país há 28 anos, mas, em 2010, foi notificado em alguns estados, como o Amazonas e Roraima, e esse ano já foram diagnosticados casos no Rio de Janeiro e São Paulo. A dengue tipo 4 apresenta riscos para as pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 e 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar a pessoa infectada ao desenvolvimento de dengue hemorrágica. Geralmente, quando infectada pela primeira vez, a vítima contrai o vírus tipo 1. TRANSMISSÃO O ciclo de transmissão da dengue acontece da seguinte forma: o mosquito Aedes Aegypti pica uma pessoa contaminada com o vírus da dengue. Esse vírus se desenvolve dentro do mosquito, que após 8 a 12 dias passa a ser transmissor da doença. O mosquito
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infectado, quando pica uma pessoa sadia, transmite o vírus da dengue e a pessoa contrai a doença. O único meio de transmissão da dengue é através de contaminação pelo mosquito Aedes Aegypti, ou seja, não há transmissão pelo contato direto com a pessoa contaminada, nem pela água, alimentos ou objetos. SINTOMAS Os principais sintomas da dengue são dores no corpo, febre alta, dor atrás dos olhos, cansaço, dor muscular e nas articulações, enjoos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dores abdominais (principalmente em crianças), entre outros sintomas. Geralmente, o tratamento é feito a base de repouso e reposição de líquidos. A pessoa contaminada deve ingerir muita água, sucos, frutas e verduras frescas. Deve-se ter cuidado com a medicação. Medicamentos a base de Ácido Acetisalicílico, como aspirina e AAS, devem ser evitados, pois podem agravar os sintomas da doença. Por isso, deve-se fazer apenas o uso de medicamentos se houver prescrição médica.
A dengue virou uma epidemia no Estado do Rio de Janeiro. Dezenas de pessoas já morreram e milhares foram parar nos hospitais. É preciso conhecer a doenças, seus sintomas e, acima de tudo, saber evitar a proliferação do mosquito.
É fácil prevenir: O mosquito da dengue é ativo apenas durante o dia, podendo picar uma pessoa a cada 20 ou 30 minutos, o que explica a rápida explosão das epidemias de dengue. Por este motivo é aconselhável: • Atenção para os locais que formam poças de água, como vasos de plantas, caixas d’água destampadas, pneus e demais recipientes que acumulem água parada. Os focos caseiros são responsáveis por 90% da contaminação. Mais de 50% das larvas são encontradas nos pratos de plantas. • Quando a equipe da Comlurb passar pela sua rua com o carro “fumacê”, que pulveriza inseticida, abra completamente as portas e janelas e cubra os alimentos, as gaiolas, os aquários e os recipientes contendo água de beber. • Use e abuse da água sanitária, pois essa é uma poderosa arma no combate ao mosquito transmissor. Basta colocar uma colher de chá em um litro de água e pulverizar nas plantas, acabando com os possíveis focos. • A vela de citronela tem um cheiro parecido com o do limão, e espanta o mosquito da dengue, se ficar acesa o dia inteiro. • Usar repelentes corporais, espirais ou vaporizadores elétricos durante o amanhecer e/ou final da tarde, antes do pôr do sol, colocar telas próprias para mosquito em portas e janelas, mosquiteiros em camas e berços, além de evitar o acúmulo de água parada.
saúde
Distúrbio nos ossos e no músculo Um dos distúrbios musculares mais comuns no meio dos profissionais, inclusive professores, é caracterizado pelo desgaste de estruturas do sistema músculo esquelético. Por Mariana Cardoso - Fisioterapeuta
O professor é um dos profissionais mais atingidos por problemas na voz, estresse e distúrbios musculares. Um dos problemas musculares mais comuns é o Distúrbio Osteo-musculares Relacionados ao Trabalho (DORT), que se caracteriza pelo desgaste de estruturas do sistema músculoesquelético que atinge várias categorias profissionais. Diferentemente do que ocorre com as doenças não ocupacionais, as doenças relacionadas ao trabalho têm implicações legais que atingem a vida dos pacientes. O reconhecimento da DORT é regido por normas e legislações específicas a fim de garantir a saúde e os direitos do trabalhador. Geralmente os sintomas são de evolução insidiosa até serem claramente percebidos e são desencadeados ou agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou jornadas prolongadas. Em geral, o trabalhador busca formas de manter o desenvolvimento de seu trabalho mesmo com a dor. Com o passar do tempo, torna-se possível perceber a diminuição da capacidade física no trabalho e fora dele, nas atividades cotidianas. As queixas mais comuns são: dor localizada, irradiada ou generalizada; desconforto; fadiga; sensação de peso; formigamento; dormência; sensação de diminuição de força; inchaço; enrijecimento muscular; choques nos membros
e falta de firmeza nas mãos. Nos casos mais graves, pode ocorrer sudorese excessiva nas mãos e alodínea (sensação de dor como resposta a estímulos não nocivos em pele normal). O distúrbio é causado como manifestação de lesões decorrentes da utilização excessiva imposta ao sistema músculoesquelético, e da falta de tempo para recuperação. O tratamento da DORT tem início após o diagnóstico correto e deve buscar uma abordagem integrada ao invés de tratar somente os sintomas. O tratamento pode ser feito através das medidas ergonômicas, visando à melhoria do espaço físico e dinâmico de trabalho que minimize o desenvolvimento da DORT: exercícios físicos, tanto aeróbicos como de alongamento; fisioterapia, geralmente empregada
na redução da dor e na recuperação da função e dos movimentos do membro afetado; antiinflamatórios, corticóides e antidepressivos; e intervenção cirúrgica, indicada para casos associados a mau formação e deformidades ósteo-musculares irreversíveis ao tratamento medicamentoso.
Veja alguns exercícios indicados para prevenção e auxilio no tratamento da DORT - Abra as mãos e encoste as palmas em “posição de rezar”. Com os dedos juntos flexione os punhos e comprima uma mão contra a outra. (frente do peito). - Aperte dedo contra dedo, alongando-os um por um (polegar contra polegar, indicador contra indicador e assim por diante). Pode ser feito com todos os dedos ao mesmo tempo. - Cruze o dedo com dedo (gancho) e puxe alternando-os. Ex. polegar com médio, anular com mínimo. A variedade fica por conta de cada um. - Feche bem as mãos como se estivesse segurando algo com força. Em seguida estique bem os dedos. - Abra os dedos afastando-os o máximo possível. Feche os dedos apertando-os com a mão esticada. - Faça “ondas” com a mão e os dedos. Como se a mão estivesse serpenteando no ar. - Balance as mãos. 13 FEUC
inovação
Zona Oeste terá novos viadutos
Obras para implantação de três novos viadutos na região devem ser concluidas em 2012. O objetivo é melhorar o trânsito da Zona Oeste, diminuindo o fluxo de carros em Campo Grande, e encurtar o percurso Por Thaís Cardoso
O prefeito Eduardo Paes deu inicio, em 10 de fevereiro, às obras de implantação de três viadutos na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Estão sendo investidos R$ 89,7 milhões na construção dos viadutos que ficarão localizados nos bairros de Realengo, Santíssimo e Inhoaíba, todos sobre a linha férrea, facilitando a ligação entre os dois lados dos bairros. Além da construção dos novos viadutos, o pacote de obras inclui a recuperação das estradas do Lameirão, em Santíssimo, do Engenho, em Bangu, e de Paciência, em Paciência. Assim como melhorias nas vias de acesso aos viadutos. Os viadutos vão funcionar da seguinte forma: o viaduto de Realengo terá extensão de 253 metros, tendo um único sentido. No sentido contrário continuará sendo usado o atual viaduto. Em Santíssimo, o novo viaduto, que ficará na Estrada do Lameirão, será uma opção para quem segue para a Avenida Brasil. Em Inhoaíba o viaduto terá 170 metros de extensão e duas faixas, sendo uma em cada mão. A previsão é de que as obras sejam concluídas e entregues à população em 2012. As obras devem proporcionar maior conforto aos motoristas, uma vez que, para pegar a Avenida Brasil, não precisarão passar por dentro do Centro de Campo Grande onde há um fluxo intenso de automóveis. Com isso, deve-se diminuir o tempo do percurso. 14 FEUC
educação infantil
A importância de contar histórias
A prática se tornou um método constante nas escolas. Durante a pré-escola e o início do ensino fundamental, a leitura auxilia no processo de aprendizagem, estimulando as linguagens escrita e oral, além da criatividade e do senso crítico da criançada Por Thaís Cardoso
Contar uma história pode parecer algo para relaxar e entreter as crianças. Antigamente, essa era a principal função da leitura nas escolas. Proporcionar entretenimento, ajudar a criança a tirar um cochilinho e distrair. Em algumas situações a leitura continua tendo essas funções, mas não são mais as principais. Atualmente, a leitura é usada como método pedagógico, despertando e estimulando a criatividade das crianças, além de contribuir para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Por isso a importância de se ter o momento da leitura com um horário reservado especialmente para a prática. A contação de histórias é um grande auxiliar na prática pedagógica de professores da educação infantil e no início
do ensino fundamental. As narrativas vão estimular a criatividade, a imaginação, a oralidade, facilitando o aprendizado e desenvolvendo linguagens oral, escrita e visual, além de incentivarem o prazer pela leitura. Outro importante aspecto é a formação do senso crítico da criança, que pode se despertar e ser estimulado através da leitura. Essa prática vai auxiliar, ainda, na formação da personalidade da criança, promover um envolvimento social e afetivo, e disseminar cultura e diversidade. Os jogos, danças e brincadeiras também contribuem para o processo de ensino aprendizagem, pois desenvolvem a responsabilidade e a autoexpressão. Assim, a criança se sente estimulada e, sem perceber, desenvolve
e constrói seu conhecimento sobre o mundo. Em meio ao prazer e divertimento que as narrativas criam, acontecem vários tipos de aprendizagem. Dentro das histórias encontramos a gramática do conto, ou seja, os personagens, a apresentação inicial do conto, a sucessão de eventos e ações complexas e o final. Essa regularidade dos textos proporcionam uma compreensão textual da criança e estimulam a criação de histórias, contribuindo, assim, para as habilidades linguísticas. O conhecimento adquirido pelas crianças em idade da préescola, através das narrativas, é fundamental nas fases de alfabetização e letramento.
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acontecimentos
Congresso leva professoras a Cuba Por Janice Souza Coordenadora do Curso de Pedagogia
No período de 24 a 28 de janeiro, as professoras Arlene Fonseca, coordenadora do Curso de Letras; Janice Souza, coordenadora do Curso de Pedagogia; e Jane Souza, professora das FIC, participaram do Congresso Pedagógico 2011 “Encuentro por la unidad de los educadores”, realizado no Palácio Convenciones de La Habana em Cuba, e organizado pelo Ministério de Educação de la República de Cuba. O programa científico do congresso objetivou compartilhar resultados de recentes investigações, apoiar o intercâmbio de experiências e soluções cruciais de problemas educacionais, examinar formas de cooperações regionais e buscar as raízes de uma pedagogia autônoma, que resume o melhor do pensamento educativo latino americano e universal e que sirva de fonte inspiradora e arsenal de conhecimentos científicos aos educandos para o desenvolvimento sustentável e para o desenvolvimento humano e cultural. A Ministra da Educação da República de Cuba, Drª Ena Elza Velozques Cobiella, realizou a Conferência de abertura, que teve como tema “El reto a la educación: El futuro de las nacions latino americanas e caribenãs”. As professoras das FIC apresentaram seus trabalhos, em
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sessões de debate, relacionados ao simpósio 2: Formação de Educadores. Neste simpósio foram apresentados trabalhos procedentes de 13 países, havendo destaque para os trabalhos apresentados pela Venezuela e Brasil. A professora Arlene Fonseca apresentou o trabalho: Pesquisas e Prática Pedagógica: Trajetória de Docentes do curso de Licenciatura em Letras das Faculdades Integradas Campograndeses. A professora Jane Souza apresentou os trabalhos: Relação entre Currículo, Trabalho Docente e Educação Profissional e a Relação entre o modo de Produção e a Saúde de Trabalhadores Docentes. E a professora Janice Souza, em parceria
com a professora Jane, apresentou o trabalho: Formação Continuada em serviço: ressignificando a prática docente. Segundo os professores o evento caracterizou-se como um momento rico, que propiciou o intercâmbio de culturas e práticas socioeducativas, de estudo e reflexão sobre o desenvolvimento acelerado de ciências tecnológicas, a existência de crescentes desigualdades e desequilíbrios sociais, a erradicação do analfabetismo e o acesso universal a uma educação de qualidade. Participaram do evento 23 países e cerca de 4.500 participantes. No total, foram apresentados 2.802 trabalhos, sendo 587 do Brasil.
Encantando na Rádio MEC A Banda Sinfônica da FEUC foi selecionada pela Associação de Bandas do Estado do Rio de Janeiro para participar do programa “O Som das Bandas em Coreto”, promovido pela Rádio MEC e Empresa Brasil Comunicação (EBC). O programa vai ser realizado no dia 15 de maio e terá 55 minutos de duração com muita música e entrevistas. O projeto cultural visa a promover a música instrumental, exaltando a música brasileira.
O repertório da banda terá as músicas: Aquarela do Brasil, Maria Maria, Pout-porri de Villa Lobos, Andanças, Eu sei que vou te amar, além de outras canções nacionais. A Banda Sinfônica da FEUC ficou entre as 26 melhores bandas para participar do programa de rádio e posteriormente na televisão, em uma das emissoras vinculadas a EBC. No total foram 66 bandas da ASBAM tentando uma colocação para participar do programa.
acontecimentos
II Feira de Estágio e Oportunidades Por Thaís Cardoso
O mercado de trabalho está cada vez mais concorrido. Conseguir um estágio ou o primeiro emprego é para muitos uma longa batalha. Para auxiliar no contato dos estudantes com o mercado de trabalho, a FEUC realizou, nos dias 05 e 06 de abril, a II Feira de Estágio e Oportunidades. Foram realizadas palestras, workshops e exposições de empresas e agentes de capacitação de oportunidades em stands instalados no pátio da Instituição. Uma das preocupações da FEUC é com a qualificação do profissional, já que na atualidade estamos sendo cada vez mais obrigados a lidar com as novas tecnologias da informação, e adaptar-nos a elas num curto período de tempo. Por isso, esse ano a Feira abordou o tema “Mercado de trabalho no século XXI: Tendências e Oportunidades”. Foram apresentadas palestras, com as temáticas seguintes: Leitura e desventuras de um professor; A história da matemática no Brasil; Mercado de trabalho, estou preparado?; Formação e campos de atuação; Formação acadêmica e mercado de trabalho; Ofício do historiador; O
profissional de informática e o seu mercado de trabalho; Geografia e Meio Ambiente; Ex-aluno da FEUC: Experiências e relatos. Além de mini cursos de Tecnologia da Informação: Graduação ou certificação; Os ingredientes necessários para uma boa carreira neste século XXI; Marketing pessoal e Orientação vocacional: Caminhos e escolhas. O evento teve a participação de 675 inscritos nas atividades e 16 empresas partipantes, entre elas, a Fundação Mudes, IEBEU, Provedor de Talentos, Tre-Lê-Lê, Cultura Inglesa,
Grupo Seres – Gestão de Talentos, CIEE-Rio, ONG Mais Brasil, SETRAB, ASCESE RH, Academia do Concurso, PROWORKERS, Microcamp, S.O.S Computadores, Editora Abril e World Vision – Escola Multilínguas. O objetivo da Feira de Estágios é promover o relacionamento entre empresas, indústrias e agentes de oportunidades com os alunos da graduação, dos cursos técnicos e membros da comunidade, além de gerar oportunidades de estágio e empregos nos mais diversificados segmentos.
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acontecimentos
IX Jornada Regional de Educação Alunos, professores e especialistas em direitos humanos discutem a realidade do Brasil e do mundo com o preconceito e as desigualdades culturais, raciais e sociais, ressaltando que a liberdade de expressão é direito do cidadão e deve ser respeitada pelos demais a fim de não violentar física ou psicologicamente os direitos sociais e civis de cada membro da sociedade A FEUC realizou nos dias 15 e 16 de abril a IX Jornal Regional de Educação, e devido a realidade dos dias atuais em que os povos, grupos sociais e indivíduos possuem os seus direitos sociais e civis violados através de violência física ou psicológica, foi abordado o tema “Educação em Direitos Humanos: por uma nova cultura, uma nova humanidade”.
Por formar educadores, a FEUC se torna um elo forte de debate sobre a humanização e a busca da construção e desenvolvimento de uma sociedade respeitosa e igualitária. Toda educação pautada em direitos humanos deve ter como princípio fundamental o respeito à vida e à dignidade humana, a fim de garantir os direitos universais
Alunos de Sistema de Informação iniciam monitoria Os alunos do curso de Sistemas de Informação iniciaram suas atividades de monitoria, no final do mês de março, junto aos professores de Tecnologia Web, onde já desenvolvem Projeto próprio. Atuam nas disciplinas de Lógica de Programação e Técnicas de Programação onde auxiliam os Docentes na tarefa de ensino / aprendizagem, além de formar 18 FEUC
comissão para execução do trabalho de realização da Semana de Informática, “FEUCTEC“, que acontecerá em novembro. Registre-se o empenho e dedicação dos monitores que passaram por processo de seleção e fazem jus ao destaque. Frederico Lima Coordenador do curso de Sistemas de Informação
do homem e a construção de novos direitos. Educar em direitos humanos é fomentar processos de educação nos mais diferentes espaços de modo a contribuir para a construção da cidadania, o conhecimento dos direitos fundamentais, a diversidade sexual, étnica, racial, cultural, de gênero e de crenças religiosas. Durante o evento, foram realizadas mesas redondas para debates sobre a prática pedagógica para a formação docente em direitos humanos, e da educação como direito à educação em direitos humanos. Além disso, aconteceram atividades culturais, mostras de arte e atividades paralelas como o Curta Cinema: o cinema como instrumento pedagógico para uma educação em direitos humanos. O evento foi aberto à comunidade e contou, também, com a participação dos alunos, poetas e artistas da Zona Oeste.
faculdade
Sistema penal e seletividade punitiva Delegado da Policia Civil, Orlando Zaccone, falou sobre a realidade preconceituosa do país com os moradores de comunidades carentes envolvidos em crimes e a impunidade de criminosos de classe alta Por Thaís Cardoso
Dr. Orlando Zaccone
A
segurança pública tem sido um dos temas de debate mais importantes do mundo. Por isso, a FEUC realizou no dia 24 de março uma aula magna para os alunos ingressantes nas Faculdades no primeiro semestre 2011. O palestrante, Orlando Zaconne, delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, mestre em Ciências Penais e doutorando em Ciência Políticas, falou sobre a temática: Sistema penal e seletividade punitiva. De acordo com pesquisas, o Brasil é o terceiro país no mundo que mais encarcera. São 525 mil presidiários. A grande maioria dos presos são oriundos de comunidades carentes e estavam envolvidos com o tráfico de drogas. Segundo o delegado, o sistema prisional tende a ser mais severo com a comunidade carente, de onde saem sempre os culpados e traficantes, mas,
de acordo com ele, o morador da Zona Sul, que carrega a mesma quantidade de drogas do que uma pessoa de classe baixa, é tachado como usuário. “Há uma estigmatização do pobre. O sistema penal foi feito para agir no espaço público, pois no espaço privado é necessário um mandado de busca e apreensão, além de investigação”, explicou. Por esse motivo, é mais fácil desarticular o tráfico que age nas ruas e comunidades carentes, onde a polícia tem acesso fácil, do que em grandes condomínios, por exemplo. Segundo Zaccone, a sociedade pensa nos delitos separadamente, ou seja, escolhem os delitos que causam reação considerando-os graves. “Os crimes não são vistos como iguais”, disse.
O criminoso é aquele que infringe as leis, seja ele de classe social alta ou baixa. Todos devem ser tratados com igualdade perante a lei e os direitos do homem. O delegado afirma que não se deve escolher quem vai responder pelo crime, mas sim todos aqueles que cometem delitos estabelecidos em lei. Um dos pontos de vista de Zaccone gerou polêmica entre os alunos. O delegado da Policia Civil defende a legalização das drogas. “Legalização não é liberação. Liberação é quando não se tem controle, e o intuito é deixar de ser crime a venda das drogas”, explicou. Após a palestra os alunos puderam defender seus pontos de vista e esclarecer suas dúvidas sobre o assunto.
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tecnologia
Como deve ser o profissional que atua no desenvolvimento de jogos? Por Darlan Gomes Lima Técnico de Suporte da FEUC
S
er profissional de jogos exige conhecimentos de programação e criatividade. É necessário identificar o público alvo, elaborar o “enredo” do jogo, executar testes para assegurar que os comandos estão funcionando corretamente, criar uma versão de testes e verificar o que as pessoas acharam, bem como ajustar detalhes se houver necessidade. Anderson Ferreira, Professor de Tecnologia Web das Faculdades Integradas Campograndenses, respondeu a algumas perguntas que podem direcionar a pessoa que deseja participar desse mundo dos “profissionais dos games”: Ao decidir criar games, qual o primeiro passo? Anderson: A área de Computação Gráfica requer estudo e dedicação. Revise conceitos do ensino fundamental e médio (Equações de 1º e 2º graus, seno, cosseno, tangente etc). A bibliografia é escrita quase na totalidade em língua inglesa. Aprenda programação e uma linguagem que suporte modo gráfico (por exemplo, C# +XNA – creators. xna.com). Com isso você poderá criar seu primeiro jogo 2D. Tente modelar um objeto 3D (por exemplo, use blender – www.blender.org), estude limites, derivadas, câmeras e enquadramentos. Um livro de introdução ao cinema ajuda bastante neste ponto. Após a experiência tente criar seu jogo em três dimensões. Como é visto esse profissional no mercado? Tem vaga garantida como se diz na mídia? Anderson: O mercado brasileiro está amadurecendo e conta com projetos interessantes. Taikodom é um exemplo de jogo adaptado à realidade brasileira. A empresa está com patrimônio na casa de milhões de reais, e foi o principal patrocinador do SBGAMES 2010 (Simpósio Brasileiro de Jogos) 20 FEUC
– que é o 2º maior simpósio da SBC (Sociedade Brasileira de Computação). A saber, o SBGAMES, que será realizado em novembro de 2011 em Salvador (BA), é o eixo principal das pesquisas acadêmicas na área de jogos no Brasil, recebendo artigos acadêmicos e produção de graduandos, mestres e doutores das mais diversas áreas do conhecimento, de Educação e Ciências Sociais até exatas, Física, Química e correlatas. Todo ano a SCEA vem no SBGAMES procurar talentos para Playstation. No Brasil, mercado e academia estão em expansão. Como prosseguir nos estudos? Anderson: É possível prosseguir seus estudos na área, em cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) na UFF, UFRJ, PUC-Rio, dentre outras. E o “Oscar do Vídeo-Game”? Como foi este ano? Anderson: Existe um prêmio atual oferecido pela Game Developer Conference (www. gamechoiceaward.com), que é o “Oscar” do vídeo-game. O eleito melhor jogo do ano foi o “Red Dead Redemption”.
E o papel dos jogos na educação e formação do indivíduo? Anderson: Os pais e educadores têm papel fundamental na questão dos jogos eletrônicos. A falta de informação influencia negativamente em qualquer campo do saber. Acolher bons produtos e perceber jogos como ciência, lúdico, objeto de aprendizagem e entretenimento agrega valor na formação do homem na era da informação. Recentemente demonstrei em um artigo SBC/SBGAMES que 40% das pessoas que jogaram vídeo-game na infância (375 entrevistados) exercem profissões tecnológicas nos dias atuais. Vídeo-game interfere diretamente no desenvolvimento tecnológico de um país. E sobre os maus profissionais? Anderson: Algumas pessoas temem os jogos. Devemos evitar os maus profissionais e seus produtos. Infelizmente pessoas prestam-se ao lado ruim em qualquer área do conhecimento. Produtos negativos, como os caça níqueis e jogos de azar, devem ser reprimidos com o rigor da lei. A pirataria interfere na geração de emprego e renda. Cada produto ilegal implica quebra de ciclo econômico sustentável, desemprego e desvalorização do profissional de software.
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curiosidades
Casos contados pelo professor Alzir Por Alzir Fourny Marinhos professor do Curso de Matemática das FIC
CASO 1: UM EPISÓDIO EM DIA DE PROVA.
CASO 3: O COPISTA
No ano de 2006, no segundo semestre, estava aplicando uma avaliação numa Faculdade (deixo de mencioná-la), em um Curso de Licenciatura em Matemática. Num determinado momento, observei um aluno que tentava colar, desesperadamente, sem constrangimento, sem vergonha. Aquele aluno seria professor. Iria aplicar prova também. Fiquei pensando sobre o que fazer. Veio a ideia de escrever alguma coisa no quadro para aquele aluno. Escrevi, em silêncio: Diz o dito popular: “ Quem não cola não sai da escola”. Mas, se sair desta forma, estará colado aos incompetentes, inconsequentes, incapazes, infelizes etc. Todos, após o que escrevi no quadro, levantaram a cabeça e leram. Alguns riram. Mas aquele aluno, sério, em tom alto, perguntou-me: “Professor, isso é o que você pensa?” Respondi que sim. Ele retrucou: “Mas não me interessa o que você pensa.” Espantei-me com o desenrolar do fato e preferi ficar calado. Após o episódio, este aluno, durante o tempo restante da prova e durante as provas que fez posteriormente não tentou mais colar.
No início dos anos 80 eu cursava Matemática na UFRJ. Na disciplina de Cálculo II estava sendo dado o conteúdo “integrais trigonométricas”. Neste mesmo período, eu lecionava num Curso de pré-vestibular, no Município de Itaguaí, no Estado do Rio de Janeiro. Num dia, que antecedia uma prova de Cálculo II, estudando, desenvolvi várias integrais trigonométricas. Houve uma, de grande complexidade, que não consegui fazer. À noite, saí para lecionar no pré-vestibular, pensando naquela integral que ficou sem solução. Desenvolvi a aula, no prévestibular, com tranquilidade. Num momento em que aguardava a resolução de um exercício que havia passado para os alunos, tive a visualização da solução daquela integral que tanto me angustiava. Com rapidez, fui ao canto do quadro e fiz, meio escondido e rabiscado, a resolução da integral. Consegui. Que alegria! Retornando à aula, fiz o exercício que havia passado, ficando, no quadro, os rabiscos da resolução da integral. No encontro seguinte, no pré-vestibular, ao iniciar a aula, solicitei o caderno de um aluno para verificar o conteúdo dado anteriormente. Fui surpreendido, ao abrir o caderno. Aquele aluno tinha copiado todo o quadro. Copiou, também, todos os rabiscos da resolução da integral que só eu poderia entender.
CASO 2: CONHECENDO O PROFESSOR KID PALAVRÃO Nos anos 60, num colégio do Rio de Janeiro, com alunos somente masculinos, havia um professor que falava muitos palavrões em suas aulas. Ele tinha o apelido, sem saber, de Kid Palavrão. Um de seus alunos sempre comentava, com a mãe, a postura do professor: “Mãe, o professor fala muitos palavrões em sala de aula. Ofende os alunos e, também, a senhora. Diz, quando erramos, que tivemos parto de mula e que por isso somos burros”. A mãe, cansada de ouvir os comentários do filho e indignada, resolveu ir ao colégio e conhecer o professor. Ao chegar ao colégio pediu para ir à direção. Caminhando pelo pátio, mudou de ideia. Resolveu ir direto ao professor. Indagou e soube qual a sala estava o professor. Chegando à sala, sinalizou para o professor chamando-o. O professor parou a aula e veio prontamente. Houve o diálogo: Mãe: “O senhor é o professor Kid Palavrão?” Professor: “ Kid Palavrão é a PQP (deixo de escrever o palavrão), sua mula, sua mocreia. Aquela mãe estava, naquele momento, conhecendo o professor Kid Palavrão.
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pós-graduação
Se especializar nunca é demais Os cursos de pós graduação podem ser um grande aliado na hora de conquistar a tão sonhada vaga no mercado de trabalho. Esse diferencial especializa o profissional, dando a ele uma bagagem maior de conhecimento e aprimoramento de técnicas relacianas a sua profissão Por Gabriela dos Santos Coordenadora da Pós-Graduação
Nossa realidade e nosso contexto social sofrem diariamente transformações. Estas transformações, por sua vez, criam condições para que os conhecimentos necessários ao exercício das profissões sejam constantemente aprimorados e mesmo desenvolvidos. Em pouco tempo, os conhecimentos que construímos nos cursos de graduação precisam ser revistos. Cursar uma pós-graduação é uma maneira bastante eficaz de um profissional renovar seus conhecimentos. Além disso, a produção de conhecimentos pela humanidade ocorre num ritmo tão frenético que não damos conta de absorvêla integralmente nem conseguimos prever seus desdobramentos. Não temos respostas absolutas para perguntas como: Em que condições poderemos empregar determinados conhecimentos? Onde atuam os profissionais que dominam certos assuntos? Assistimos frequentemente à integração de áreas do conhecimento que até então operavam de modo isolado e à criação de novos institutos e frentes de trabalho que jamais imaginaríamos. O mercado passa a nos exigir certa autonomia intelectual. Para acompanharmos suas exigências, precisamos aprender a aprender e esta é mais uma das contribuições que um curso de pósgraduação pode prestar à carreira de um profissional. De acordo com o Ministério de Educação e Cultura (MEC), os 24 FEUC
cursos de pós-graduação podem ser Lato Sensu ou Stricto Sensu. Os cursos Lato Sensu diferem dos cursos Stricto Sensu pela especificidade das pesquisas propostas aos alunos e pela carga horária exigida legalmente. A pós-graduação Lato Sensu é composta por uma carga horária mínima de 360 horas e deve ser cursada por alunos que já concluíram um curso de graduação. Já os cursos Stricto Sensu, onde estão classificados os cursos de mestrado e doutorado, além de terem o mesmo público alvo, requerem uma carga horária de estudo muito maior e, consequentemente, uma dedicação também maior por parte do aluno. Deste modo, é recomendável que os indivíduos que atuam no mercado de trabalho e ainda não podem se dedicar integralmente aos estudos prossigam suas vidas acadêmicas pelos cursos de pós-graduação Lato Sensu. As FIC oferecem cursos de pós-graduação Lato Sensu nas áreas das ciências exatas, humanas e biológicas, com um ano de duração. Sendo a Casa do Professor, boa parte de seus cursos se volta para o magistério. Entretanto, há ainda os cursos de MBA que priorizam atividades de gestão. Em resumo, os cursos oferecidos são: Educação Ambiental; MBA em Gestão Educacional; MBA em Logística Educacional; MBA em Gestão de Sistemas de Informação; Geografia do Brasil; História Social e Cultural do Brasil; Pedagogia
Empresarial; Política e Sociedade no Brasil; Língua Brasileira de Sinais; Coordenação Pedagógica e Supervisão Educacional; Matemática para o Magistério Público; Educação Especial: Gestão e Prática; Educação Infantil: Gestão e Prática Pedagógica em Creche e Pré-Escola; Educação de Jovens e Adultos: Teoria, Prática e Propostas; Novas Tecnologias Aplicadas à Educação; Teoria e Prática de Ensino de Filosofia; Teoria e Prática de Ensino de Física; Teoria e Prática de Ensino de História; Teoria e Prática de Ensino de Informática; Teoria e Prática de Ensino de Química; Teoria e Prática de Ensino de Matemática; Teoria e Prática de Ensino de Sociologia; Estudos Literários; Língua Espanhola; Língua Inglesa; e Língua Portuguesa.
empreender.com
A Importância da Contabilidade Gerencial Por Flávio Silva - professor da disciplina de empreendedorismo e mercado de trabalho das FIC
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ontabilidade Gerencial é um sistema de informação necessário para a boa administração de qualquer organização e tem como objetivo principal fornecer informações para que os empreendedores e gestores possam decidir qual o melhor caminho para a organização. As organizações precisam de um sistema de informação que oriente e motive as equipes a irem em direção de suas metas. As ferramentas da contabilidade gerencial podem ser utilizadas tanto pelos contabilistas como pelos administradores. Se imaginarmos a relação que existe entre um médico e um paciente, veremos que não é muito diferente daquela que um contador/administrador e um empreendedor precisam possuir para que ambos possam cumprir as suas importantes missões. O paciente precisa de quem o oriente para a saúde do corpo e o empreendedor precisa de quem o guie para saúde da riqueza. Essas missões são parecidas. O contabilista/administrador é procurado pelo seu cliente, mas, além de prescrever o que fazer em matéria apenas fiscal, precisa estar atento para a maior importância de todas, que é a do sucesso da organização. O médico examina, observa, analisa, receita e, se o paciente não segue a prescrição, não pode obter a cura. O equilíbrio da organização depende do gerenciamento das informações.
A fórmula do sucesso é o gerenciamento diário Em busca do diferencial competitivo, é crescente o número de organizações que vêm investindo em meios que ofereçam informações estratégicas a fim de possibilitar aos gestores tomadas de decisões mais seguras e de forma proativa. A contabilidade, por ser alimentada diariamente pelas transações realizadas nas organizações, pode ser considerada um sistema de informação indispensável à gestão. Nem sempre a contabilidade é vista como uma ferramenta gerencial, mas como uma obrigatoriedade exigida por lei. Por isso, cabe ao contador demonstrar ao administrador que a contabilidade financeira pode se transformar em uma ferramenta gerencial, cuja principal finalidade é auxiliar os gestores no processo decisório. O objetivo é demonstrar uma sistemática que possibilite a inserção de forma gradual e participativa do gestor da co nta b i l i d a d e gerencial no processo decisório, na análise dos dados disponíveis nos sistemas utilizados pela organização, na elaboração de relatórios e na adaptação do processo de tomada de decisão, com
base nas informações registradas na contabilidade gerencial. Por meio da aplicação, pode-se afirmar que a contabilidade gerencial agrega valor no processo decisório da organização, a qual possibilita que o empreendedor gestor adquira uma nova visão em relação à contabilidade, transferindo-a para a política organizacional, que consequentemente enriquecerá a elaboração dos futuros planejamentos estratégicos da organização.
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ensino médio
Orientação e preparo para vestibular e Enem As provas que garantem o ingresso na faculdade ainda são muito temidas pelos jovens. Ter um bom preparo educacional para os exames é o primeiro passo para se chegar perto do objetivo, mas deve-se, também, manter a calma e ter atenção redobrada nas questões Por Cláudio Barreto Coordenador do Curso de Formação Geral
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os últimos anos o vestibular vem passando por grandes mudanças. Até o ano de 2008(vest.2009),as universidades federais e estaduais realizavam seu vestibular separado, cada uma com seu modelo. A Ufrj era toda discursiva, enquanto as outras alternavam entre uma parte objetiva e outra discursiva, que eram as provas específicas. A partir do ano de 2009(vest.2010), o Enem passou a ser o novo Enem, com 180 questões divididas em quatro grupos, Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias, com 45 questões cada, mais a prova de redação. A partir desse ano o Enem passou a ser utilizado como vestibular. No ano de 2009, o Enem foi anulado, devido a um vazamento de provas, provocando uma grande confusão. A Universidade Rural e a Unirio utilizaram, nos dois anos, o Enem para 100% das vagas. Tudo indica que esse ano não ocorrerá mudanças. A Ufrj, no primeiro ano, usou o Enem como primeira fase, porém, devido à anulação, utilizou o Enem no ano passado da seguinte forma: 60% das vagas pelo Enem (20% com cota) e 40% pelo vestibular tradicional com provas específicas discursivas, além de português e redação. A Uff utilizou o Enem no primeiro ano como parte da nota final; no ano passado separou 20% das vagas para o Enem e 80% foi pelo vestibular 26 FEUC
tradicional. A Ufrj e a Uff ainda não definiram seus critérios de avaliação para esse ano. A Uerj não participou do Enem em nenhum dos dois anos e continua fora do Enem esse ano. O vestibular da Uerj é composto por dois exames de qualificação, que compõem a primeira fase, mais as provas específicas que compõem a segunda fase. Outras universidades no Rio de Janeiro e em outros estados do Brasil utilizam o Enem. Isso pode ser conferido no site do Inep. A seleção pelo Enem é feito pelo SISU, Sistema de Seleção Unificada. Tudo indica que o Enem esse ano acontecerá em outubro, porém ainda não foi definida a utilização como vestibular e se o modelo permanecerá o mesmo. Não ocorreram mudanças no Ministério da Educação, porém o presidente do Inep mudou. O segredo para passar no vestibular não é uma receita nova. Com Enem ou sem Enem, as dicas são as mesmas. É importante fazer simulados e fazer provas anteriores para descobrir o perfil de cobrança de
cada universidade. É importante estudar todas as disciplinas, e não aquelas que você mais gosta, que geralmente são as específicas no vestibular. O Enem avalia todas as disciplinas de forma geral. A preocupação da específica deve ocorrer após o Enem, a não ser que o aluno queira apenas a Uerj. Uma preparação adequada exige muita disciplina e dedicação, além de muita atenção às aulas. É importante rever os conteúdos e ler bastante, estar sempre antenado no que acontece no mundo, pois o Enem costuma cobrar atualidades dentro de suas provas. Manter a calma durante as provas é necessário para o bom desempenho no vestibular, saber dosar o tempo de prova e o nervosismo. Conquistar a sonhada vaga em uma universidade pública não é uma tarefa fácil. É preciso confiar em si mesmo, com muita força de vontade e objetivos claros, a vaga será sua.
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