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CAPA - CASE DE EMPREENDEDORISMO

A empreendedora do segmento da beleza que venceu obstáculos, criou sua marca própria e, em menos de cinco anos, decidiu compartilhar seu sucesso abrindo a oportunidade para que outros empreendedores pudessem, pelo canal de franquias, realizar sonhos como os dela ..... 12

MICROFRANQUIAS ................................ 18 Case de sucesso Home Angels

TENDÊNCIA Home Office ........................................... 22 LEI - Deveres e Direitos para o home office ... 28

SUSTENTABILIDADE ............................. 30 #empreendedorismo consciente GUIA SEBRAE - SUSTENTABILIDADE

NEGÓCIOS & REPASSES........................ 34 por Paulo Cesar Mauro

FRANQUIAS & SUPORTE .................... 36 por Adir Ribeiro

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VOCÊ JÁ SE REINVENTOU HOJE? Cases e ideias para adotar ou adaptar em seu segmento .............................. 38

ARTIGO O TIK TOK e seu potenvial de marketing por Veronicah Sella ............................... 42

TREINAMENTO & RESULTADOS Integração via gameficação .................. 44

INVESTIMENTO & OPORTUNIDADES Investir em uma franquia rentável ficou ainda mais atraente por Daniel Bernard ............................. 46 5 perguntas para fazer antes de investir ... 50 Segmentos em alta ................................... 52

EVENTOS VIRTUAIS .............................. 58 ARTIGO Para sobreviver você vai precisar empreender, por Neander Souza ....... 64 CADERNO NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES -

Encontre aqui seu novo negócio ........... 67

Nesta edição de AGOSTO 2020, publicamos um retrato do mercado e suas flutuações, vitórias e apreensões em relação a grande mudança do dia a dia, consumo e convivência social saudável. O período COVID19 deixou marcas e gerou uma grande revolução na forma das pessoas interagirem e na forma que o consumidor quer ou pode usar serviços; comprar e aproveitar a experiência das marcas e, na percepção dos diferenciais dos negócios que realmente fazem a diferença. Muita coisa ainda não ficou clara, o ‘novo natural’ não é o ‘novo normal’, como muitos achavam que iria ser. Os próximos capítulos dessa realidade não foram escritos, ou melhor, estão sendo rascunhados e experimentados a cada tentativa e novidade que, juntos, podemos avaliar, adaptar e moldar. Quando um gestor achava que não tinha mais nada para mudar ou inventar e seu concorrente saía na frente, colocando uma inovação em prática, era ruim para os negócios. Hoje, essa falta de rapidez e vontade pode ser o que falta para sua rede ou sua marca desaparecer. E o pior é que isso passa longe do exagero. É a pura realidade que muitos segmentos estão vivendo. Voltamos a publicar a seção VOCÊ JÁ SE REINVENTOU HOJE? Aproveite para ter ideias, e corra. O mercado está à espera de suas mudanças. Não deixe de analisar e fazer sua pesquisa no CADERNO OPORTUNIDADE & NEGÓCIOS com detalhes e informações sobre marcas que procuram expansão. Temos vários lançamentos de novos negócios, novas operações em segmentos pouco explorados e opções para investir agora. Conheça as feiras virtuais, elas tem facilidado o contato entre investidores e o mercado de franquias. Sim, esse é um momento muito propício para analisar as condições e oportunidades que foram criadas. Seja bem vindo e boa leitura!

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EMPREENDEDORISMO

Kelly Nogueira, ESPAÇO NAILS

SUPERAÇÃO E SUCESSO

Nossa entrevista especial de CAPA é

A Revista Franquia & Global Opportunities tem o prazer de registrar uma história de empreendedorismo e sucesso que o franchising pode celebrar, hoje, como sua. A empreendedora do segmento da beleza que venceu obstáculos, criou sua marca própria e partiu de um quiosque da Zona Leste na cidade de São Paulo(SP), em menos de cinco anos, para uma rede no segmento de beleza e estética. Ela decidiu compartilhar seu sucesso abrindo a oportunidade para que outros empreendedores pudessem, pelo canal de franquias, realizar sonhos como os dela www.revistafranquia.com.br

com a empresária Kelly Nogueira. Ela teve uma história de superação e uma trajetória empreendedora que inspira muitas mulheres. Tinha o sonho de ser policial, passou no concurso e ficou na corporação por 12 anos. Tempo que relembra com muito orgulho. Mas, uma época de dificuldades, pois o esforço para sustentar os dois filhos, ter tempo para eles, conseguir renda complementar e cumprir seu dever como polícia militar, era intenso e cada vez mais difícil. “Sempre trabalhei desde muito nova, vendi roupas, fui frentista de posto, depois Policial Militar em um dos bairros mais perigosos de São Paulo. Sempre busquei meus sonhos através do trabalho!”, relembra Kelly.

A ESPAÇO NAILS

“Um relacionamento traumático foi o ‘start’ pra minha tomada de decisão. Não por questões financeiras, porque eu nunca dependi de homem nenhum, mas pelo fato de que eu sabia que poderia chegar onde eu quisesse independentemente da opinião de qualquer pessoa. Então, diante de tanta ansiedade e ‘desaprovação’ vivida nesse relacionamento que tive, eu me libertei e tomei as rédeas do que já era meu e segui! Fiz um empréstimo, e iniciei com um quiosque apenas.” Este foi o início da rede de franquias Espaço Nails, especializada em serviços de manicure, pedicure, unhas de gel, acrigel e fibra de vidro, unhas decoradas, depilação com cera e design de sobrancelhas. É também o relato de uma mulher que conseguiu se superar e encontrar o caminho, não só para seu empoderamento pessoal, mas também, para abrir espaço para outras mulheres. Segundo a franqueadora, o sucesso do modelo de negócio da Espaço Nails é baseado nesse conceito. 13

A Espaço Nails tem, hoje, 12 unidades, sendo seis delas próprias e o restante franqueadas. A formatação da franquia tem menos de um ano e, desde seu lançamento, se destacou pelo diferencial da qualidade nos materiais e serviços, mas também pelo pilar do atendimento e foco no cliente. Segundo Kelly, “o interessado em ser um franqueado da rede deve ser dinâmico, ousado, detalhista e focado. Ter disciplina nos cuidados com toda a rotina de gerência que uma loja Espaço Nails by Kelly Nogueira exige. Qualidade nos materiais e serviços é a base, entretanto o atendimento ao cliente é também um dos 14

pilares que a minha marca exige. É meu nome nas mãos do franqueado, e todo treinamento e suporte que damos à rede tem essa preocupação embarcada.”

SEGMENTO EM ALTA E RETOMADA

Este é um ano atípico para o mercado de franquias, e para o mundo. Desafio e resiliência são obstáculos e aprendizados diários. Especialistas são unânimes em dizer que somente ‘os fortes’ sobreviverão. A empresária dá um panorama do segmento e explica o porquê dos negócios da beleza se manterem em alta neste cenário.

EMPREENDEDORISMO Revista Franquia - Por que investir no segmento de beleza? Kelly Nogueira - O segmento de estética

e beleza é bem amplo, dentro dele temos os cuidados das mãos e pés, em especial das unhas. São serviços que devem ser renovados periodicamente, o que gera uma rotatividade de retorno muito grande. É inevitável que esse seja um negócio muito lucrativo para quem investe e fideliza o cliente. O diferencial da Espaço Nails é justamente esse, não oferecemos apenas “unhas”, e sim toda a psicologia que envolve o termo: empoderamento feminino. Nosso espaço, além dos serviços, é especialmente focado no despertar da mulher. Quando ela entra em uma Espaço Nails, percebe que existe esse ‘grande universo’, e que ele está ali, concreto e em suas mãos!!

Qual foi o posicionamento da rede com o choque que o mercado sofreu no início do lockdown dos negócios?

“O sucesso do modelo de negócio da Espaço Nails é baseado no empoderamento pessoal. E vai além dos serviços de beleza que, com certeza, empoderam e dão autoestima. Minha história contagia várias pessoas e mostra que um sonho é possível. Um relacionamento traumático foi o ‘start’ pra minha tomada de decisão em empreender. Me libertei e tomei as rédeas do que já era meu e segui! Fiz um empréstimo, e iniciei com um quiosque apenas.” Kelly NOgueira

Kelly - seguir as recomendações das autoridades governamentais e sanitárias. Diante da pandemia, todos os protocolos exigidos foram cumpridos à risca. Os reflexos no movimento do mercado, atingiram a todos. Seguimos, enfrentando essa crise mundial, e, apesar de tudo, as lojas Espaço Nails se multiplicaram mesmo durante a crise, demonstrando o quão forte a marca é dentro do segmento. Foram www.revistafranquia.com.br

inauguradas novas unidades inclusive durante o lockdown.

Qual o maior aprendizado que a rede acumulou e os planos para a retomada? Kelly - O maior aprendizado que tivemos foi que todo o mercado está interligado em uma enorme rede de colaboradores. Todos são essenciais. Todo trabalho que provê o sustento de uma família é essencial. União entre franqueadora e franqueados, entre colaboradores e gestores,

entre cliente e prestadores de serviços, e assim, saímos do momento mais tenso e seguimos ainda mais fortes. Os planos para esse momento de retomada dos negócios continuam sendo os mesmos, nossa base é o despertar do empoderamento feminino. Nesse contexto, estamos ampliando nossos serviços e vindo com novidades no ramo de maquiagens e skin care.

Por que esse é um segmento que segue em alta nesse período de retomada e pós-pandemia? Kelly – Porque, na verdade, esse

segmento nunca ficou em baixa. Os serviços foram suspensos devido a decisões técnicas e políticas, mas o cuidado pessoal da mulher jamais ficará em baixa. É um mercado que independe de qualquer fator. A única questão será se a loja estará aberta ou fechada. Somos uma rede, e aqui está nossa força. Onde houver uma Espaço Nails aberta, haverá mulheres sendo bem cuidadas.

Como será a retomada do mercado como um todo – sua percepção como empresária Kelly - Os mercados e seus movimen-

tos, no geral, ficaram suspensos por questões do Covid-19. Agora, com os avanços nas pesquisas sobre uma vacina, a projeção é de aquecimento do 16

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EMPREENDEDORISMO mercado e da retomada do movimento em todos os segmentos. Estou otimista.

O que mudou? Existe o ‘novo normal’ para o segmento da beleza? Kelly - Posso afirmar que o “novo nor-

mal” já era seguido pela Espaço Nails quando o assunto é assepsia. Já estávamos um passo à frente. Porém, hoje, as limitações de horários e a capacidade de atendimento, devido ao distanciamento que vem sendo exigido, tem sido um desafio que estamos ajustando dia a dia.

“O segmento de estética e beleza é bem amplo, dentro dele temos os cuidados das mãos e pés, em especial das unhas. São serviços que devem ser renovados periodicamente, o que gera uma rotatividade de retorno muito grande. É inevitável que esse seja um negócio muito lucrativo para quem investe e fideliza o cliente.” Kelly NOgueira

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MICROFRANQUIAS

“Sou enfermeira formada há 17 anos e pós-graduada em saúde da família e comunidade, ambas pela Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein. Optei, há quase cinco anos, por empreender porque a Home Angels me deu segurança.” Melina Castilho - Franqueada HOME

ANGELS Cuidadores de pessoas

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FRANQUEADOS DE SUCESSO

Trabalhar no que se ama com

baixo investimento Franqueada de microfranquia premiada e precursora no segmento de baixo investimento com alta rentabilidade, fala sobre a alta dos serviços nessa fase da pandemia e dos seus planos de crescimento

Melina Castilho Primo Probaos

é franqueada das unidades Morumbi e Vila Andrade da rede HOME ANGELS. A marca é do Grupo Zaiom, líder nacional de microfranquias no Brasil, e a maior rede de cuidadores de pessoas da América Latina. O grupo empresarial foi criado há mais de dez anos para desenvolver microfranquias com um modelo de negócio dinâmico e de baixo investimento. A Home Angels desenvolve práticas recomendadas pelo Ministério da Saúde e pela OMS - Organização Mundial da Saúde relativos a cuidados de idosos, adultos e crianças já há uma década e está presente em todo o Brasil com mais de 100 unidades franqueadas. A unidade Vila Andrade, que Melina opera, se destaca e já foi premiada entre as TOP 10 do Brasil, certificação que qualifica os serviços prestados e a performance da franquia.

ANTES E DEPOIS DA FRANQUIA “Sou enfermeira formada há 17 anos e pós-graduada em saúde da família e comunidade, ambas pela Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein. Durante esses anos, atuei em casas de repouso, Home Care, pronto socorro de Hospitais e em Programas voltados à saúde da família, pelo Hospital Albert Einstein, na capital de São Paulo. Cuidar das pessoas era parte do meu dia a dia”, relembra Melina. “Optei, há quase cinco anos, por empreender porque a Home Angels me deu segurança. Pude investir no que eu amava, na área da saúde. E, ainda, trabalhar com idosos, um dos motivos que me fizeram entrar para a enfermagem. Optei pela profissão pois acompanhei de perto os cuidados dos meus avós maternos”. Foi assim que a empresária resolveu ser enfermeira e conseguiu se 19

MICROFRANQUIAS

manter na área, quando decidiu entrar para o segmento das franquias. Fazendo um balanço profissional em relação ao antes e depois de empreender, a franqueada alerta que “empreender é um desafio! Aceitei esse desafio e aceito todos os dias. A responsabilidade aumentou bastante. Estar desse lado do mundo dos negócios aumenta nossa visão do ‘cuidar’ com responsabilidade. Agora, faço a diferença na vida de vários idosos, familiares e profissionais. Isso me orgulha muito”. A empreendedora garante que um rígido controle financeiro e trabalho focado foram os responsáveis pelo seu sucesso e por, em menos de dois anos ter ampliado sua área de atuação e reinvestido em sua segunda unidade, abrindo sua sede e unindo uma equipe de mais de setenta cuidadores.

PERÍODO COVID19 E O MERCADO AQUECIDO

Nas primeiras duas semanas da pandemia, a empresária relembra a preocupação que a nova situação gerou em todo mundo.” Tive contratos suspensos, pois atendia idosos dentro de residenciais e nesses locais foi proibido visitas e cuidadores. Nossa unidade já se preocupava com cuidados importantes antes mesmo do COVID19 (trocar a roupa que vem da rua, higiene das mãos, luvas, não trabalhar se estiver com qualquer sintoma respiratório, etc). De imediato, nosso foco foi com os cuidados da nossa equipe na rua e 20

dentro da casa dos assistidos. Nos equipamos com os suprimentos recomendados pelas autoridades: álcool em gel 70% e máscaras. E, desde então, estamos seguindo as recomendações da OMS. Fizemos treinamentos extras da equipe e tivemos uma conversa com cada um dos nossos clientes, informando e tirando as dúvidas. Inicialmente, as famílias estavam muito preocupadas e isso diminuiu um pouco a procura do atendimento. Mas, com a informação necessária e os procedimentos com os cuidados e protocolos intensificados, conseguimos trazer mais segurança e gerar novos contratos. Criamos um ambiente de segurança solucionando o problema que era emergencial para muitos idosos. No momento, a situação se normalizou”, informa. Toda a rede Home Angels foi orientada em relação a essas mudanças importantes. E, alguns procedimentos ficaram mais acentuados e serão incorporados, mesmo depois da pandemia, informam os franqueadores. Treinamentos constantes, protocolos reiterando o banho e troca da roupa ao chegar no assistido, uso dos equipamentos de proteção e supervisão, são exemplos que estarão sempre presentes. “Comunicação positiva com equipe e clientes são pontos que ficaram muito mais intensos e com a importância evidenciada”, ressalta Melina. A rede, inclusive, criou um serviço 24 horas para os cuidadores e familiares do assistido com orientação médica para www.revistafranquia.com.br

FRANQUEADOS DE SUCESSO

DICA DO EMPREENDEDOR Empreendedor vive seu negócio 24hs. Existem altos e baixos, então é importante escolher uma atividade que você goste e se identifique. Melina Castilho

tirar dúvidas e orientar nas emergências. Sem custo adicional para os clientes. É o Home Angels HELP.

UNIÃO E GESTÃO

Para a profissional da saúde, existe a possibilidade de novas situações como a que vivemos nesse ano. A percepção em

relação a novas pandemias, e que isso deve afetar seu business é evidente “não estamos imunes a novas situações como a do período COVID19. Com o que passamos, e estamos passando, verificamos a importância de estarmos preparados para uma tomada de decisão mais rápida. Buscar o suporte da franqueadora é essencial. Toda a cadeia ficou mais próxima. As empresas vão ter que olhar os funcionários pensando no bem estar físico e mental deles, trazendo segurança para o ambiente de trabalho. Trabalhar e sair às ruas gera preocupação. E tem outro ponto muito importante, eu já comecei a pensar em um fluxo de caixa mais organizado e também em focar em reservas para surpresas, como foi o caso do aumento dos custos operacionais com as EPI - Equipamento de Proteção Individual.

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CUIDADORES DE PESSOAS IDOSOS GESTANTES MÃE DE MÚLTIPLOS REABILITAÇÃO ACOMPANHAMENTO TERAPÊUTICO 21

TENDÊNCIA

HOME OFFICE

Quem provou gostou, e agora?

Como o sistema home office criou novos padrões e oportunidades que vão permanecer no mercado de trabalho? Ouvimos algumas redes franqueadoras, prestadores de serviços e especialistas para entender quais as tendências do trabalho remoto

O diretor-executivo da Infobase e

coordenador do MBA em Marketing e Inteligência de Negócios Digitais da Fundação Getúlio Vargas, André Miceli, desenvolveu o estudo “Tendências de Marketing e Tecnologia 2020: Humanidade redefinida e os novos negócios”. Segundo André Miceli, o home office deve crescer 30% após a crise do coronavírus e é fundamental que os líderes de negócios pensem, testem e compreendam que a tecnologia é, cada vez mais, um ativo humano. O especialista cita como exemplos, o e-commerce e o ensino à distância, que em geral, devem crescer 22

30% e 100%, respectivamente. “Diante desse novo cenário, torna-se necessário entender que o passado não é mais um guia para o futuro. O primeiro passo para navegar em um ambiente de mudança é elaborar uma estratégia de crise para resolver prioridades, depois preparar uma estratégia de recuperação e esboçar uma estratégia pós-crise”, explica o especialista. O que muda nas relações de trabalho? Miceli ressalta que a adoção emergencial do home office foi a principal delas e com isso as culturas organizacionais e estruturais tendem a mudar. Para ele, a modalidade www.revistafranquia.com.br

é um caminho sem volta. “O home office já se mostrou efetivo. Aliado a isso, você tira carros da rua, desafoga o transporte público, mobiliza a economia de outra forma e faz com que as pessoas tenham mais tempo para cuidar da saúde delas e permite que elas possam usufruir de coisas que lhe dão prazer. Sem que você tenha uma redução das entregas e do faturamento”, ressalta o professor da FGV.

FERRAMENTAS PARA ENFRENTAR A CRISE O coordenador do estudo aponta que em um momento de instabilida-

de, como o da pandemia, é preciso ser flexível com estruturas e modelos corporativos para prosperar. Portanto, a comunicação, de acordo com ele, deve ser centralizada em canais específicos para que instruções claras sobre procedimentos continuem na rotina dos clientes, consumidores e colaboradores. “A adoção de metodologias ágeis também permite uma resposta mais rápida aos novos desafios do dia a dia. O processo de análise, reorganização e tomada de decisão precisa acompanhar o ritmo das mudanças”, destaca. O estudo mostra que para a maioria das pessoas e empresas, ter uma reserva de

TENDÊNCIA patrimônio virou prioridade, porém, não é possível medir quando a situação econômica estará restabelecida. “Por isso, é importante que as empresas busquem novas fontes de receita, principalmente as que gerem maior liquidez, para conseguir direcionar investimento de forma ágil para as áreas da empresa mais afetadas e deficitárias”, alerta André Miceli, e continua, “ainda é muito cedo para ter a dimensão exata do impacto da COVID-19 na economia e na sociedade, no entanto, as empresas precisam reagir imediatamente. Encontrar a produtividade no trabalho remoto, escolher as tecnologias certas, gerar experiências positivas para suas equipes e seus clientes são ações que podem ser tomadas logo. Talvez tenhamos novas quarentenas, talvez uma vacina mude de novo o rumo da história, mas o fato é que não será possível esperar um céu de brigadeiro para que se defina uma nova forma de operar. As empresas que encontrarem seu caminho rapidamente irão prosperar - e os profissionais que liderarem suas equipes e organizações nesse rumo serão capazes de, não apenas entender o atual momento, mas construir o futuro.”

NA PRÁTICA

A Revista Franquia & Global Opportunities fez um levantamento junto a algumas redes franqueadoras de vários segmentos de negócios, e mais de 40% dos perguntados afirmaram que vão adotar o sistema de trabalho remoto, definitivamente. Algumas redes já usavam essa modalidade para alguns postos de trabalho, mas a grande maioria só ade24

riu por causa da pandemia. O resultado dessa experiência foi positivo e muitas redes vão manter o sistema remoto como padrão para toda a equipe. Para Laura Lopez, franqueadora da rede Turquesa Esmalteria & Beleza, a opção pelo trabalho remoto é um caminho sem volta. “Trabalharemos apenas dois dias presenciais, a equipe passou a trabalhar em home office e quando apuramos os custos, vimos que não justifica manter todo mundo junto todos os dias”. E, ela comemora, “vamos manter nossa sede somente para reuniões com clientes e treinamentos. Ter o nosso espaço é mais ‘friendly’ do que optar por espaços compartilhados para receber clientes, ao menos é assim que isso nos parece, agora. E, em relação à equipe, nunca tínhamos pensado em aderir ao home office como formato de trabalho antes, isso passou a ser realidade só quando experimentamos por imposição da situação, e vimos a eficácia, porque, na verdade, eu sou partidária do contato humano. Mas, os benefícios foram maiores. São quase $40 mil de economia por ano, e produtividade maior”. Fábio Marques Júnior, franqueador da rede Detroit Steakhouse aponta que “os pontos positivos do sistema home office são o de proporcionar grande economia em relação a custos fixos de aluguel, energia, água e manutenção de escritório. Isso pode fazer com que a opção seja por um espaço bem menor. O ponto negativo, no começo, é a necessidade de adaptar a equipe para essa nova realidade que alguns não estavam acostumados. Isso é www.revistafranquia.com.br

HOME OFFICE

uma realidade. Mas, a qualidade de vida do funcionário é melhor: ele não perde tempo com idas e vindas diárias, por exemplo. Já adotamos”. Sérgio Marcondes Lopes, CEO da Linked, sistema e plataforma de serviços desenhada para o segmento de alimentação, conta que sempre procurou manter o modelo de trabalho desmaterializado, de maneira a poder atender o Brasil inteiro a partir do escritório central. Com o início da pandemia, e com a necessidade de isolamento social, todos migraram para o home office em meados de março, com a dúvida sobre como enfrentariam eventuais dificuldades. “Para nossa surpresa, esse modelo de trabalho se mostrou muito eficiente para nós. Enfrentamos alguns desa-

fios iniciais, mas rapidamente organizamos processos e rituais para atendê-los, e hoje, quase cinco meses depois, formalizamos a Linked como empresa de trabalho remoto (teletrabalho) de maneira definitiva, afirma. Para isso, conforme o empresário, organizaram a empresa em 3 grupos – N1, N2 e N3, e cada grupo tem seu ritual. Todas as metas são diárias e reuniões de time todo início e final de dia, para manter alinhamento muito próximo. “Já havíamos cogitado o home office, mas nunca tivemos coragem de enfrentar esse cenário. A pandemia foi o gatilho para testarmos e aprovarmos esse modelo que é muito adequado para nossa empresa. A Linked ficou muito mais produtiva assim, com resultados melhores e eficiência clara nos processos e operações. 25

TENDÊNCIA Tivemos um melhor aproveitamento do tempo e maior proximidade com os times (por incrível que pareça). Desvantagens, até agora, na forma de desafios, é a integração entre áreas distintas (que chamamos aqui de N2), que demanda mais disciplina e boa vontade. Sérgio também comemora a economia que o sistema trouxe, “foi algo em torno de 12% dos custos da empresa, mas o que conta muito é a eficiência que o sistema trouxe em todas as áreas da empresa. A Linked bateu todos os recordes de vendas, instalação, franquias e qualidade de atendimento. Números que superaram, em quatro meses, os que vínhamos aferindo nos quatro anos de vida da Linked.

O FUTURO É AGORA

E, assim, o futuro do trabalho, de uma hora pra outra precisou virar presente e a maioria das organizações não estavam prontas para a filosofia por trás

do que sustenta o trabalho remoto, segundo Dario Neto, diretor geral do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), instituição que incentiva práticas mais conscientes nas organizações: “Não nos preparamos enquanto organizações e líderes para confiar verdadeiramente nas pessoas, delegar a elas verdadeira autonomia nos domínios de suas funções e oferecer toda e qualquer informação necessária de modo transparente para o trabalho fluir sem travas. A confiança é, de fato, um elemento essencial para organizações que buscam maior responsividade e adaptabilidade em um contexto global com tantas transformações sendo aceleradas. Se o comando e controle como drivers de gestão e cultura já se mostravam - pré-pandemia - pouco eficazes para o engajamento das pessoas, bem como performance superior e geração de inovação, agora têm se mostrado verdadeiras barreiras para a evolução e boa performance de muitas organizações”. O especialista ainda ressalta a importância de uma transição cultural nessa direção,

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HOME OFFICE

UM RETRATO DA SAÚDE E BEM-ESTAR

De acordo com os dados da 12ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH), 37% dos profissionais notaram piora na saúde mental e bem-estar durante o período da quarentena, enquanto outros 33% não perceberam diferença e os demais (11%) sentiram uma melhora. Para minimizar os efeitos da pandemia na saúde mental e bem-estar, 53% dos profissionais têm buscado alternativas on-line. A atividade física aparece como a principal (70%), seguida por meditação e mindfulness (25%) e terapia on-line (22%). Em relação às iniciativas das empresas para apoiar os colaboradores neste sentido, outro estudo da Robert Half, O Impacto da Covid-19 nos Negócios, mostra que as principais medidas apontadas pelos executivos entrevistados foram: • O uso de videoconferência para permitir que a alta administração transmita empatia e confiança aos funcionários; • Desencorajar ou limitar horas extras para que os colaboradores possam manter um bom gerenciamento da vida pessoal-profissional; • Benefícios para a saúde física e mental (por exemplo: bem-estar no local de trabalho, parcerias com academias ou academia própria, aulas de yoga, programas de mindfulness e resiliência); • Oferecer oportunidades adicionais de treinamento voltadas ao desenvolvimento pessoal ou profissional; • Oferecer aconselhamento confidencial. “é necessário atuar simultaneamente com as pessoas, em especial as lideranças, e também criar infraestrutura para suportar e sustentar este novo modelo mental. Artefatos culturais, tais como acordos, rituais e processos, são fundamentais para estimular e incentivar novos comportamentos. Entretanto, para que a infraestrutura organizacional funcione a favor da transição cultural, é fundamental ter líderes como verdadeiros patrocinadores influenciando a cultura nesta nova direção. Para que isso aconteça, antes é preciso quebrar crenças e paradigmas antigos para que novos possam se formar

e sustentar uma nova visão sobre gestão, cultura e as relações. É preciso verdadeiramente acreditar que a confiança gera mais resultados e deixar que sistema de gestão e cultura determinem novos comportamentos. Cada artefato cultural pode carregar mensagens de confiança ou desconfiança e é impressionante como isso é determinístico. Líderes acabam influenciando e criando espelhamento nas pessoas com a sua maneira de agir, por isso precisam também ‘viver e ser’ a cultura que se deseja. A perspectiva positiva é, certamente, a de abreviar essa 27

TENDÊNCIA ponte para um novo jeito de trabalhar e de enxergar o trabalho e as relações”. Este é um novo momento. O ideal é que as empresas olhem para o novo. O ponto chave para todos está na quebra dos paradigmas que

geram inúmeras travas. É muito fácil fazer o modelo de home office funcionar com produtividade e boa performance quando há confiança como ingrediente essencial na cultura das organizações.

A LEI – DEVERES E DIREITOS PARA O HOME OFFICE

As empresas podem colocar os trabalhadores em HOME OFFICE? A lei permite?

Sim, é permitido por lei. A reforma trabalhista passou a regulamentar na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) o trabalho na modalidade home office, que se caracteriza pela prestação dos serviços fora das dependências da empresa. Está no seu artigo 75-B. Existem algumas exigências que foram flexibilizadas com a MP 927, que estipula para o período de calamidade pública, com efeitos que se estendem até 31 de dezembro de 2020, que o home office transitório poderá ser adotado por imposição da empresa, não precisando da concordância do empregado.

Como estamos diante de uma realidade que não tem volta, é importante chamar a atenção sobre a CLT (Consolidação

das Leis do Trabalho) no que diz respeito ao TELETRABALHO, ou HOME OFFICE. O governo federal inseriu no início da pandemia, via medida provisória, artigos amenizando obrigações do HOME OFFICE e dando elasticidade a ajustes nos contratos de trabalho, como possibilidade de suspensão ou redução. Essa foi uma das formas de enfrentamento do estado de calamidade pública decorrente da pandemia e uma alternativa para minimizar demissões, inclusive. Mas, essas medidas www.revistafranquia.com.br

HOME OFFICE

tinham prazo de validade. Seguem sendo medidas com data e hora para acabar. Voltando à CLT, assim que as medidas emergenciais perderem sua validade, para a implementação do home office, segundo a lei, é necessário que seja feito um contrato individual de trabalho formalizando essa condição entre as partes, e também, precisam ser feitas anotações específicas na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do colaborador. E, caso o contrato de trabalho já esteja em vigor, há a possibilidade de alterar a execução dos serviços para o regime de teletrabalho, e vice-versa, mediante aditivo. Se for feita alteração de serviço presencial para remoto, esse aviso, por escrito, deve ser feito com antecedência de 15 (quinze) dias (artigo 75-C da CLT). A responsabilidade pela “aquisição, manutenção, ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto”, incluindo aqui o reembolso das despesas eventualmente arcadas pelo empregado, é de responsabilidade do empregador que precisa providenciar tudo aquilo que for necessário para a prestação do serviço na modalidade home office, e esses equipamentos ou gastos, de forma alguma podem integrar o salário do empregado, não servindo, portanto, de base de cálculo para pagamento de taxas como INSS, e FGTS. Ainda em se tratando de CLT, é responsabilidade do empregador proporcionar ao empregado um meio ambiente de trabalho saudável e isso inclui a obrigação de, mesmo em home office, orientar, fiscalizar e exigir dele o cumprimento das medidas de

proteção individual, objetivando, assim, evitar o surgimento de doença ocupacional ou mesmo acidente de trabalho. Logo, especialistas pensam ser importante, portanto, que o empregador forneça mobiliário ergonomicamente correto para o exercício das atividades em home office (artigo 75-E).

Mas o que a Medida Provisória 927 difere das regras existentes na CLT?

Esta medida tem validade durante o estado de calamidade pública. Ela flexibiliza o regime de trabalho, podendo ser alterado de presencial para trabalho remoto, ou outro tipo de trabalho a distância, bem como o retorno ao anterior, independentemente de norma coletiva, ou mesmo contrato individual de trabalho, bastando a notificação do empregado com antecedência de no mínimo 48 (quarenta e oito) horas (artigo 4º). Prevê também, que a adoção do home office isenta o empregador de controlar a jornada de trabalho do empregado. Esse ponto é visto com preocupação, por alguns juristas do trabalho, pois abre a possibilidade de um risco em relação a reinvindicação de horas extras, por exemplo. (parágrafo 3º., do artigo 4º.) A MP também diz que o empregador pode ceder ao empregado os equipamentos necessários à execução do serviço através de comodato, ou seja, cessão temporária a título gratuito. (parágrafo 4º., do artigo 4º.). Concluindo, a MP 927 permite também que estagiários e menores aprendizes exerçam suas atividades no regime de teletrabalho, remotamente, ou a distância. 29

SUSTENTABILIDADE

#empreendedorismo consciente

Em nosso portal www.revistafranquia.com.br apresentamos uma série sobre sustentabilidade empresarial com cases de empresas que adotaram práticas mais humanizadas, conscientes, sustentáveis, éticas e inovadoras. Nesta matéria, um passo a passo publicado pelo Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS) para inspirar novas formas de fazer negócio. Leia, aqui, e siga nossos conteúdos online

E mpresas são organismos vivos que

precisam crescer, evoluir e explorar seu potencial para cumprir sua missão. Ao longo do tempo, elas enfrentam os mais diversos desafios, seja simplesmente para sobreviver, seja para crescer e ocupar seu lugar no mercado. A despeito do porte, atualmente, podem contar com uma vantagem competitiva: a sustentabilidade. Quando aplicam os princípios da sustentabilidade, os pequenos negócios podem desenvolver atividades lucrativas com alto 30

valor social e utilizar de maneira racional os recursos naturais. O empresário norte-americano Jonh Elkington, fundador de uma organização não governamental (ONG) chamada Sustainability, criou uma nova maneira de entender a sustentabilidade nos negócios. Para ele, “é preciso que os negócios sejam feitos levando-se em consideração o equilíbrio entre os fatores ambientais, sociais e econômicos, e os resultados das empresas precisam refletir esse equilíbrio”. www.revistafranquia.com.br

TRIPÉ DA SUSTENTABILIDADE A esse novo conceito de sustentabilidade empresarial foi dado o nome de Triple Bottom Line – tripé da sustentabilidade, em português. Segundo essa noção, as dimensões econômica, ambiental e social devem estar em equilíbrio no resultado das empresas.

Social : são as pessoas ligadas direta ou indiretamente à empresa. O objetivo é promover qualidade de vida, dentro e além dos muros da organização.

Ambiental: são as ações da empresa para

eliminar ou, ao menos, amenizar o impacto negativo causado por suas atividades. Entram neste item o uso eficiente de matérias-primas, energias renováveis, reciclagem e outras diversas ações.

Econômico: é a lucratividade. No entanto,

na ótica do Triple Bottom Line, a empresa deve pensar sempre em lucrar ao mesmo tempo que sustenta os recursos naturais e promove qualidade de vida.

Quando a inovação é acompanhada de processos sustentáveis os empreendimentos se reposicionam na sua relação com consumidores, clientes, fornecedores, colaboradores e com a sociedade. O negócio começa a passar mais confiança e credibilidade por meio dos produtos e serviços que oferece. A gestão ambiental minimiza impactos no meio em que uma empresa opera e ao mesmo tempo desenvolve atividades lucra-

tivas, com alto valor social e utilizando de maneira racional os recursos naturais, como água, energia e resíduos.

MPES SUSTENTÁVEIS

É muito comum pensarmos que pequenos negócios causam pouco ou nenhum impacto no ambiente onde estão inseridos. Mas, quando levamos em consideração que eles ultrapassam 11 milhões de unidades no Brasil, o volume já se torna bem significativo, não é mesmo? Nesse sentido, mesmo aplicada aos pequenos negócios, uma gestão sustentável pode minimizar impactos, desenvolver atividades lucrativas, com alto valor social e utilizar de maneira racional os recursos naturais.

PARA COLOCAR EM PRÁTICA

O Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), é a unidade de referência nacional do Sebrae sobre o tema. Atua com a geração e disseminação de conhecimentos em sustentabilidade para os pequenos negócios. Seu papel é mapear inovações, técnicas e práticas sustentáveis no Brasil e no mundo e mostrar aos empresários como é possível ser mais rentável reduzindo impactos no meio ambiente e contribuindo para um desenvolvimento social mais justo e igualitário.

DICAS SUSTENTÁVEIS

Por vivermos em comunidade e, consequentemente, compartilharmos os mesmos espaços, temos a obrigação de utilizar práticas responsáveis que não comprometam a vida das gerações 31

SUSTENTABILIDADE futuras. Ao diminuir alguns consumos de recursos naturais, as empresas podem reduzir seus custos e contribuir com um mundo melhor.

ECONOMIA DE RECURSOS

Ao reduzir o consumo de recursos naturais, os empreendimentos também economizam recursos financeiros. Atitudes sustentáveis praticadas como princípios em empresas de todas as

atividades econômicas, envolvendo todos os colaboradores, promovem o estabelecimento de uma nova cultura de produção e prestação de serviços responsáveis. Todos os dias surgem novas oportunidades em todas as áreas da empresa, basta que desenvolvamos um novo olhar. Por isso, queremos mostrar uma iniciativa rápida e barata para começar a transformar sua empresa. Trata-se da regra dos três R’s: reduzir, reutilizar e reciclar.

www.sustentabilidade.sebrae.com.br 32

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Este material está disponível para download no ambiente online do SEBRAE. Instrui sobre a legislação ambiental e, também, sobre os mecanismos de ajuda aos micro e pequenos empreendedores que podem e devem olhar para seus negócios como instrumentos que tem seu papel social e sustentável. No segmento de franquias, tanto as redes franqueadoras, como seus milhares de franqueados tem essa missão. O sistema é capilar e atinge com mais rapidez e facilidade muitos empresários e suas decisões e visão sustentável podem ter resultados eficazes. A troca de informações, inovação e preocupação sustentável gera diferenciais e lucros imediatos. o consumidor procura essas marcas. Faça seu laudo, crie situações diferenciadas nesse setor e mude já!

SOMOS RESPONSÁVEIS A demanda por produtos e serviços, cresce também a pressão sobre a natureza. Tudo o que consumimos vem dela, seja em forma de água, energia, minérios, insumos vegetais, animais ou outros. Ao mesmo tempo, conforme avançam os padrões de consumo, aumenta também a geração de resíduos. Hoje, já sabemos que o volume de lixo produzido no Brasil cresce mais rápido que a população.

Já não é novidade: todo o mundo está percebendo que é impossível continuarmos crescendo sem mudar a forma de fazermos negócios. Precisamos aprender a empreender considerando que os recursos naturais de nosso planeta são finitos. Com uma série de novas leis e programas, o governo brasileiro está acompanhando essas tendências de mudança. É para responder a esses desafios que foram criadas, por exemplo, a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a Política Nacional do Meio Ambiente. Em seu conjunto, essas leis estabelecem novos paradigmas na maneira como lidar com os temas da sustentabilidade. À primeira vista, isso pode soar como novas restrições e mais burocracia para criar um negócio ou promover o desenvolvimento econômico do seu município. Mas, na verdade, essas leis vêm criar novos parâmetros para que o crescimento dos pequenos negócios, dos municípios e do Brasil como um todo possa se dar em novas bases, garantindo melhores condições de vida para as atuais e futuras gerações. Ao estudarmos as leis que regulamentam impactos sobre o meio ambiente e uso dos ecossistemas, veremos uma série de oportunidades que ainda não estão sendo bem aproveitadas, principalmente por falta de conhecimento. É com esse objetivo que foi elaborado o conteúdo desta publicação. Existem, inclusive, excelentes oportunidades de negócio voltadas ao desenvolvimento sustentável. 33

NEGÓCIOS & REPASSES

DEPOIS DA TEMPESTADE VEM A BONANÇA

por Paulo Cesar Mauro*

‘Toda crise é purificadora’. Vamos sair mais fortes, todos que sobrevivermos. Aproveitemos as oportunidades e, para isto, temos que nos antecipar e ter coragem nas decisões de investimento.

stamos ainda no meio da tormenta que o ‘CoronaVirus’ trouxe para o mundo e especialmente para o Brasil, pegando todo mundo de surpresa. No começo se pensava que poderia ser passageiro, dois a três meses, e pensávamos “a gente aguenta”!. Agora já estamos no quinto mês de pandemia e com perspectivas que a mesma se estenda até o final do ano, mesmo que mais enfraquecida. Soluções de curto prazo, mudanças de rumo, inovações, tecnologia, todo mundo

descobriu o digital, e outras ações estão ajudando a atravessar a tormenta. Mas como em toda catástrofe os mais fracos ficam pelo caminho. Mesmo com o apoio e suporte dos franqueadores, os franqueados que já vinham com problemas em grande parte, jogaram a toalha. Já desistiram, estão desistindo, ou vão desistir. Em toda rede de franquias, normalmente, em média, cerca de 20% dos franqueados são os mais fracos, os que estão com problemas financeiros, ou pessoais, de gestão, ou qualquer outro tipo de problema, e nestas horas mais críticas são os mais afetados. É lógico que isto varia de rede para rede. Algumas, mais consolidadas, mais maduras, tem um percentual menor de unidades com problemas, e outras, que trabalham com um percentual maior de franqueados múltiplos também terão como

PÓS COVID

aguentar o tranco. Mas as redes menos estruturadas, menos consolidadas ou menores, vão sofrer muito. Acreditamos que o setor de franquia, em média, pode reduzir em cerca de 10% em número de unidades franqueadas neste ano. Como em toda média isto significa que algumas redes vão fechar poucas unidades e outras vão fechar muitas unidades proporcionalmente, mais do que esses 10%.

JUNTOS E MAIS FORTES Os franqueadores também se concentraram em ajudar os franqueados a renegociarem os aluguéis, a reduzirem custos, a criarem soluções de “delivery”, promoções, enfim, tudo para minimizar o estrago. Quem agiu mais rápido vai ter menos problemas. Quem deixou os franqueados à deriva vai ter muitos problemas. Em parte, isto será compensado por alguma abertura de novas unidades neste segundo semestre. Investidores querem buscar alternativas de renda, pois os investimentos financeiros de baixo risco, hoje, estão com a rentabilidade praticamente a zero. Acontece o Paulo C Mauro, CEO GLOBAL FRANCHISE (EUA-BRASILPORTUGAL), empresa membro da rede Front Consulting International - FCI, maior rede de consultoria de franchising em toda a América Latina e Europa com 20 membros, e associada à AsianWide, maior rede de consultoria de franchising na Ásia, com 36 membros. As duas redes formam a maior cadeia de consultores de franchising do mundo.

mesmo com pessoas que perderam seu emprego e que não querem buscar uma renda num mercado empregador muito fraco. Isto vai, a nosso ver, compensar os fechamentos e, talvez, a tendência da redução de unidades não aconteça e o setor de franquias feche no zero a zero, o que será uma grande conquista, tendo em vista o tombo do nosso PIB.

OPORTUNIDADES Com a redução da atividade econômica e com diversos fechamentos de lojas, principalmente fora do setor de franquias, a oferta de pontos comerciais já começa a ser muito grande. Aqui começam a aparecer as oportunidades para crescer em 2021 que deverá ser um ano espetacular, se até o final deste ano tivermos a certeza da vacina contra o Covid-19. No meio deste tiroteio vão acontecer também repasses de unidades, principalmente quando o problema não for o conceito ou o ponto comercial, mas sim o franqueado que era fraco. Esta é uma ótima estratégia para fazer os franqueados mais fortes crescerem, e aumentar o índice de concentração da rede. Menos trabalho para o franqueador e mais qualidade na gestão. Por isso que dizemos que ‘toda crise é purificadora’. Todos vamos sair mais fortes, todos que sobrevivermos. Infelizmente, muitos irmãos vão ficar pelo caminho, mas esta é a lei da vida. Vale para a saúde, vale para os negócios. Depois da tempestade vem a bonança. Aproveitemos as oportunidades e, para isto, temos que nos antecipar e ter coragem nas decisões de investimento. 35

FRANQUIAS & SUPORTE

Consultoria de Campo & Negócios Cada vez mais Negócios e menos Campo por Adir Ribeiro

O “Novo Natural” trouxe mudanças significativas no relacionamento de Franqueadores e Franqueados, gerando fortes impactos na missão do suporte e da Consultoria de Campo & Negócios. Teremos enormes desafios e aprendizagens para a construção de um novo amanhã. Adir Ribeiro

CEO & Fundador da Praxis Business

Estamos atravessando um dos momentos mais

desafiantes da jornada executiva e empreendedora de qualquer pessoa nos últimos 100 anos e diante de tantas mudanças, o que muda no suporte aos Franqueados? Enxergamos a Covid-19 como “Aceleradora do Futuro” para o mercado e isso traz vários impactos para os modelos de negócios que se utilizam do Franchising como forma de expansão das marcas, obviamente não negligenciando todas as coisas negativas que a pandemia está causando ao mundo. Portanto, exige-se uma reinvenção do suporte oferecido pelas redes de franquias, uma atualização da Metodologia de Suporte para gerar resultados efetivos e uma profunda capacidade de desenvolver novas habilidades e competências, atualizadas com o novo contexto. Menos visitas presenciais, mais segmentação dos Franqueados, para melhor atendê-los. Isso quer dizer, clusterização, não tratar diferentes Franqueados de forma semelhante, mas de forma mais personalizada, para uma melhoria de performance com mais velocidade e empatia, com maior foco para o suporte comercial (ajudar a vender mais e melhor) e de gestão (apoio na condução do negócio e análises financeiras, caixa e resultados).

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Podemos citar, como exemplo, a força do ecommerce e das mídias sociais neste período, o crescimento das vendas online, por meio de novos canais de venda - cenários que exigem do Consultor de Campo & Negócios (agora mais de Negócios, menos de Campo), o desenvolvimento de novas habilidades, auxiliando os Franqueados no entendimento destes novos comportamentos dos consumidores, que, consequentemente, impactam nas vendas.

O “Novo Natural” trouxe mudanças significativas em todos os aspectos de nossa vida e também, no relacionamento de Franqueadores e Franqueados, gerando fortes impactos na missão do suporte e da Consultoria de Campo & Negócios. Definitivamente, ou você está conectado com o que vem, ou apegado com o que foi. Portanto, teremos enormes desafios e aprendizagens para a construção de um novo amanhã. 37

JÁ SE REINVENTOU HOJE?

A vida continua e você não pode parar Cases e ideias para adotar ou adaptar em seu segmento

mercado e o mundo pararam há mais de cinco meses. Hoje, fica claro que a vida tem que continuar. Alguns exemplos são inspiradores. Resiliência e inovação são determinantes para sobreviver e a Revista Franquia & Global Opportunities reuniu algumas ações criativas, mudanças estruturais ou simples que algumas redes implantaram para se adaptar ao novo momento do mercado. O consumidor definiu alguns parâmetros de como prefere ser atendido daqui para frente, empresas e serviços adequaram seus formatos. Novas certificações foram criadas para dar mais segurança aos consumidores que, lentamente, vão voltando a

habitar o comércio e seus postos de trabalho fora do home office. A sobrevivência ainda está por um fio, mesmo para algumas marcas que reinventaram sua atuação. Um dos principais gargalos é a falta do acesso ao crédito. Isso afeta a saúde das redes de franquias, e também seu crescimento. Na prática, o discurso de alguns agentes financeiros parecia facilitar o acesso ao socorro, mas as dificuldades persistem. E esse problema agrava a realidade de alguns empreendedores. A falta de fôlego financeiro marcou, e muito, esse período, mas a expansão de algumas redes seguiu com um ritmo mais lento, mas aconteceu. Veja alguns exemplos e inspire-se:

Incentivo ao comércio local

A rede de comida típica brasileira servida na caixinha, Brasileirinho Delivery, decidiu orientar todas as unidades franqueadas a comprarem os insumos alimentares nos comércios locais, contribuindo assim, com que a economia do bairro onde a franquia está instalada também tivesse um crescimento. Outro facilitador para a operação das unidades franqueadas da rede é o ‘Shop Franchising’, que produz e distribui as caixinhas onde as refeições da rede são servidas. Esses parceiros fazem também a distribuição de outros insumos e materiais essenciais para operação. A franquia cresceu em faturamento 8,35% desde o início do ano, somando um total de R$ 123 milhões anuais e a expectativa para esse ano é comercializar mais 35 unidades e ultrapassar o faturamento de R$ 150 milhões. Atualmente a rede conta com 114 unidades comercializadas. 38

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Fundação Vanzolini cria selo de boas práticas sanitárias Serão avaliadas a gestão da limpeza, condições sanitárias, de trabalho, políticas internas, treinamentos e estrutura em estabelecimentos comerciais, corporativos e industriais para a garantia de um ambiente seguro. Locais de circulação de pessoas, públicos ou privados que aplicam boas práticas de limpeza e sanitização podem ser certificados. As atividades que eram antes triviais no dia a dia de cidades − como o simples ato de sentar em um café para ler o jornal − se tornaram menos confiáveis após a crise. Nesses contextos, como forma de contribuir para o processo de resgate da confiança e segurança desses locais, a Fundação Vanzolini lançou o selo A2S -Ambiente Seguro e Saudável – que identificará os ambientes que prezam por essas boas práticas. O selo A2S - Ambiente Seguro e Saudável é fundamental para que estabelecimentos comerciais (restaurantes, lojas, drogarias), corporativos (escritórios), indústrias e repartições públicas proporcionem aos usuários segurança no dia a dia. É um importante sinalizador de ambiente que preza por boas práticas e medidas preventivas e abrange requisitos específicos para a prevenção de vírus causador da pandemia.

Havanna inaugura modelo de operação “To Go” A Havanna, rede argentina de cafeterias, encerrou o ano passado com 100 lojas em funcionamento no país. Agora, inaugura um novo modelo de operação que promete facilitar a aquisição de franquias, sem deixar de lado a qualidade e o padrão da marca. A operação “To Go” é um modelo de atendimento que consiste na oferta de alimentos e bebidas prontos para consumo. A modalidade, que já é amplamente utilizada em países como Estados Unidos e Reino Unido, começa a conquistar espaço no Brasil. A primeira loja “To Go” da Havanna chegou no Brasil em novembro de 2019 como um projeto piloto, oferecendo os produtos ‘top20’ mais vendidos do mix de cafeteria, além do mix completo das delícias Havanna. Para uma franquia “To Go” o investimento é de R﹩114 mil, enquanto os outros modelos − Cafeteria e Cafeteria Quiosque − são de R﹩435 mil e R﹩343 mil respectivamente. 39

VOCÊ JÁ SE REINVENTOU HOJE?

Cases e ideias para adotar ou adaptar em seu segmento Delivery de tudo

Adaptações e inovações positivas em alguns setores vieram para ficar, inclusive, nos serviços mais inusitados. A rede I wanna sleep, retail tech focada em sono e relaxamento, implantou o delivery no setor. A solução, que nasceu em meio a pandemia, permanecerá como estratégia de negócio. Como cada loja física ganhou seu espaço de e-commerce, as lojas passaram a funcionar como um delivery de produtos de sono e relaxamento. Atualmente, os produtos são enviados em até 48h após a aprovação do pedido e, todas as 11 lojas da marca possuem esse formato. “Após a implementação das lojas online demoramos 4 semanas para recuperar 30% do faturamento e, em junho, conseguimos recuperar 100% e ainda, permanecemos nessa alta”, avalia Bruno Barra, head de franquias e expansão da marca.

Friends & Family

O grupo formado pelas redes Authentic Feet, ARTWALK e Magicfeet, desde o fechamento das unidades, auxiliou os franqueados realizando diversas lives, com temas específicos sobre RH, abastecimento, gestão financeira, entre outras. “Após os primeiros dias da quarentena, nos debruçamos nas ações para a retomada das operações. Elaboramos e enviamos para a rede um material detalhado, contendo processos e padrões para serem seguidos diante do “novo normal” tais como: organização da loja, jornada de atendimento, treinamento da equipe, visando total atenção aos protocolos das organizações de saúde”, explica o gerente de franquias do Grupo, Rodrigo Faria. Além disso, como 100% das operações do Grupo foram fechadas, a rede colocou em prática, por meio de seus franqueados, um programa de relacionamento com os clientes. “A campanha chamada de Friends & Family possibilitou, aos franqueados e à sua equipe, o contato direto com a base de clientes cadastrados da unidade, visando a oferta de descontos no e-commerce da rede, gerando ainda um bônus para ser utilizado pelo cliente na loja física após a reabertura. “Desta forma, conseguimos, simultaneamente, gerar vendas durante o fechamento das lojas e impulsionar o fluxo futuro na loja física a partir da reabertura”, explica Faria. Vendas via drive-thru também aconteceram nos shoppings que a autorizaram, e também via whatsapp. 40

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Juntos e mais fortes A Casa Bauducco focou na união ainda mais forte entre a rede e a franqueadora. Com uma força-tarefa que agrupou o Conselho de franqueados, informativos diários e webinars quinzenais com toda a rede, colocou em prática uma lista de ações para minimizar o impacto nas unidades franqueadas. Além de doações de produtos para comunidades carentes, hospitais e etc. Segundo Renata Boock Rouchou, diretoria da Casa Bauducco, “postergamos todos os pagamentos de royalties, fundo de propaganda e faturas de produtos da fábrica, inclusive da Páscoa. Ainda, nos preocupamos em bonificar todas as perdas e sobras de produtos dos franqueados, devido ao fechamento das lojas, pois estavam estocados. Permitimos que franqueados abrissem novos canais para venda, como supermercados locais e contratamos agência digital focando no e-commerce. Criamos produtos só para o online – Cestas, caixas presente, kit fatias de panettone com doce de leite e Nutella, além de APP próprio para take-away e delivery. Renata comenta que rapidamente foram ativados contratos com Ifood, Rappi, Ubereats, Delivery center e Loggi para entrega, e esses canais foram operacionalizados para o uso de toda rede. “Entendemos que esse era o momento de colocar em prática a excelência no suporte e apoio que a franqueadora pudesse oferecer, inclusive, na retomada da reabertura das lojas, por isso colocamos todos os pagamentos postergados, em parcelas e sem juros, a partir de agosto”, explica e continua, “coube a nós, também, negociar descontos com todos os fornecedores de produtos das lojas e de serviços (sistema de caixa, máquina de café, por exemplo) com até 50% de desconto, além de negociarmos junto aos shoppings, aeroportos e demais locadores, muitas vezes, caso a caso”. A rede ainda manteve sua expansão ativa, com algumas ações emergenciais que surtiram resultado, “isentamos taxa de repasse e de franquia para novas lojas até o final desse ano e negociamos novas condições contratuais com os shoppings para as lojas de repasse. Assim, conseguimos fechar apenas uma unidade e abrir três durante a pandemia. Estamos com três repasses em andamento e com dez lojas em processo de abertura e inauguração”, finaliza a executiva. 41

ARTIGO

O TIK TOK E SEU POTENCIAL DE MARKETING por Veronicah Sella*

Depois dos fenômenos do Snapchat e do Instagram, com os sto-

É um universo novo e gigantesco: durante o primeiro trimestre de 2020, principalmente depois da pandemia do coronavírus, o aplicativo chinês foi o mais baixado na quarentena, atingindo dois bilhões de downloads no mundo

ries, que popularizaram o compartilhamento de opiniões e informações por meio de pequenos vídeos, o Tik Tok tem se destacado como o aplicativo da vez. A rede social que, até então era só para "dancinhas" e paródias, está começando a ser vista com um novo olhar pelas marcas. É um universo novo e gigantesco: durante o primeiro trimestre de 2020, principalmente depois da pandemia do coronavírus, o aplicativo chinês foi o mais baixado na quarentena, atingindo dois bilhões de downloads no mundo, segundo a plataforma global de análise e dados móveis, App Annie. Por ter uma linguagem mais leve e divertida em vídeos curtos - que acreditamos ser a nova escrita - a ferramenta tem fomentado diversas estratégias de empresas pelo globo . O leque de oportunidades para marcas trabalharem suas estratégias de comunicação e marketing foi aberto. A Nestlé, inclusive, contratou um novo funcionário usando, em uma das fases do processo seletivo, a plataforma, enquanto a Nike e a Apple Music também já começaram a dar os primeiros passos por lá. Partindo do entendimento de que a maior parte do consumidor do aplicativo ainda é de jovens das gerações Z e os Millennials e, em alguns casos, os Alpha (com menos de 10 anos de idade, sob supervisão de um adulto) com um bom equilíbrio entre os gêneros, uma empresa que decida investir nesta ferramenta precisa se questionar se o seu público está lá e como oferecer o melhor conteúdo para eles. Mas, assim como outros movimentos digitais, o perfil consumidor do Tik Tok também tem mudado rapidamente: segundo a Comscore, empresa renomada de planejamento, mensuração e validação de mídias cross platform, o número * Veronicah Sella é Co-fundadora da marca Criamigos, rede de franquias de pelúcias personalizáveis

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de adultos utilizando o aplicativo saltou de 3,9 para 14,3 milhões entre março de 2018 e 2019, crescendo ainda mais em 2020. Entendemos então que, sempre em linha com a estratégia e propósito da marca, vale estudar e avaliar essa nova ferramenta e seu potencial de viralização, desenvolvendo conteúdos para explorar esse universo "tiktoker". Afinal, o consumidor está curtindo esse espaço social e consumindo informação também por lá - ter presença também por meio desse veículo é importante para o maior envolvimento do cliente com a marca. Os principais caminhos para utilizar a rede social da melhor forma é por meio de parceria influenciadores digitais, com as hashtags challengers (ou desafios), com a criação de stickers (ou adesivos digitais) da marca ou com os tradicionais anúncios; compartilhando desde dicas de culinária a "faça você mesmo", decoração, esportes até construção, sempre com conteúdo criativo e rápido. Como marca, a máxima deve ser aplicada: precisamos estar antenados às tendências, ao movimento dos mercados, entendendo o potencial de cada nova rede e embarcar naquilo que faça sentido com seu propósito. Caso contrário, se não fizer sentido nem para sua marca e nem para o seu público-alvo, melhor seguir por outros caminhos. As iniciativas que entrarem antes nesse universo têm tudo para surfar nesse grande tsunami do marketing de conteúdo e comunicação com o cliente por meio do Tik Tok ou outros aplicativos e plataformas que possam surgir, estando alinhado com o consumidor, onde quer que ele esteja.

Recentemente o aplicativo Tik Tok ficou no centro de polêmicas em relação ao fato de ser um ‘malware’, ou software codificado com o objetivo de danificar dispositivos, roubar dados e causar danos às pessoas. Nada foi comprovado ainda. O que realmente se sabe é que ele está presente nos mobiles ao redor do mundo e tem um enorme potencial de atingir toda uma geração.

TREINAMENTO & RESULTADOS

Uso da Gamificação para União de Colaboradores em Tempos de Pandemia Quer ser campeão de conhecimento e ganhar uma barra de chocolate? Então a primeira dupla a me entregar a resposta será a vencedora. Pronto? Então vamos... Cite 3 cidades brasileiras que comecem com a letra R. Você tem 10 segundos a partir de AGORA!

Lembrou dos seus tempos de criança jogando “Stop”? Então, esta é uma espécie de gamificação que poderia ser utilizada, por exemplo, na disciplina de geografia. Segundo Ricardo Infantozzi, sócio-fundador da Centésimo – Marketing & Learning, empresa especialista em comunicação e treinamento através de uso de ferramentas como realidade aumentada e realidade virtual e games, “alguns aspectos desta brincadeira podem ser utilizados no mundo corporativo 44

para aumento da transmissão e fixação do conhecimento e para aumento do interrelacionamento dos colaboradores.” Em tempos de pandemia e isolamento social as empresas estão impedidas de reunir pessoas para treinamento presencial e integração. Então como as empresas podem manter claras as instruções para sobreviverem as mudanças impostas por estes novos tempos? O especialista lista vários elementos que compõem o mundo dos jogos e que podem ajudar as empresas a enfrentar a realidade do “novo normal”: Em primeiro lugar temos a questão do reconhecimento (no exemplo, como campeão). Lembra-se da pirâmide de Maslow? Pois bem, os seres humanos geralmente anseiam por reconhecimento do grupo, e as técnicas de gamification podem criar um sistema digital para valorizar e reconhecer as melhores performances. Todos que

completam as tarefas propostas conquistam badges (emblemas) e ainda tem as melhores performances apresentadas em destaque no ranking. Esses emblemas são lembranças significativas de suas conquistas e sinalizadores de metas para alcançar objetivos maiores. Com o trabalho em home office ou no revezamento na empresa para garantir o distanciamento, nem sempre o gestor consegue oferecer o reconhecimento que o colaborador necessita, mas este reconhecimento é necessário para que a pessoa continue sentindo orgulho de seu trabalho e de suas conquistas. O segundo elemento presente em nosso singelo exemplo está na competição amigável ou saudável. É inegável que existe competição no mundo corporativo. As pessoas buscam destaques e estar em evidência, a fim de serem reconhecidos ou promovidos. Uma dose controlada de competição pode proporcionar um grande estímulo para conquistar a atenção do colaborador. Não nos esqueçamos que o ser humano é um ser gregário, vive em grupos, e as tarefas ganham muito mais significado quando compartilhadas com este grupo. Ninguém quer ficar isolado do grupo. Quando um colega ganha uma recompensa, é natural que os outros também queiram buscar isto. A exposição em um ranking de classificações em tempo real, desde que sejam expostos apenas os mais bem colocados e não os de pior performance, é um elemento de grande estímulo ao grupo e um fator vital para manter a produtividade no distanciamento. O terceiro elemento presente em nosso exemplo diz respeito ao rápido feedback. Quando os colaboradores recebem um rápido retorno sobre sua performance, as suposições são substituídas pela assertividade e orientação, assim, os rumos podem ser corrigidos e o progresso continua a ser o principal objetivo. Mais uma vez, se a empresa contar apenas com o método de feedback tradicional onde o gestor fazia isto em uma reunião one-to-one, o www.revistafranquia.com.br

O game, quando bem desenhado e planejado proporciona a volta desta sensação de pertencimento ao grupo e vira assunto para um cafezinho quando a situação voltar a nos permitir a convivência social elevado tempo para o retorno pode ultrapassar a obsolescência da tarefa. O quarto elemento diz respeito a transparência e clareza de regras. No game, não existem “pegadinhas”. O objetivo do jogo está definido, programado e acessível para todos os participantes. Isto traz credibilidade e confiabilidade, valorizando a tarefa a ser executada. Não existe uma alegação de mal entendido, ou falha de comunicação, desculpa comumente usada quando existe grande distância entre o emissor e o receptor da mensagem. O quinto elemento de um jogo corporativo eficaz é que a metáfora deve fazer sentido para o problema proposto. A metáfora é um poderoso instrumento para a compreensão e entendimento. A linguagem comparativa cria um elo forte para a memorização e internalização do conhecimento. A colaboração é o sexto elemento a ser desenhado em um jogo eficaz. Sempre que for possível, os jogos corporativos devem poder contar com a participação dos jogadores alinhados em grupos. Isto cria um elo entre os participantes e ajuda no aprendizado da resolução de conflitos. O maior problema do trabalho em home office é a perda do sentido de pertencimento. Os colaboradores podem agir com um forte sentido de individualizada e desvincular sua participação no grupo. O game, quando bem desenhado e planejado proporciona a volta desta sensação de pertencimento ao grupo e vira assunto para um cafezinho quando a situação voltar a nos permitir a convivência social. 45

INVESTIMENTO & OPORTUNIDADES

Investir em uma franquia rentável ficou ainda mais atraente por Daniel Bernard*

Na visão de especialistas no Brasil

e no exterior, o ano de 2021 deverá ser um dos melhores pelo menos para um tipo de atividade: o setor de franchising, que passará por um boom no período pós-COVID 19! Quem diz isto nos EUA é ninguém menos que Mark Siebert, ex-CEO da Francorp, a maior consultoria em franchising dos EUA, e atualmente o CEO do i-Franchise Group. E no

Brasil, Daniel Alberto Bernard, fundador e Diretor Geral da NetplaN Consultoria, economista e Mestre em Marketing e Finanças pela FEA-USP, antevê cenário semelhante, porém em parte por razões distintas. Mas quais seriam os motivos para tamanho otimismo por parte de consultores internacionais dentre os mais experientes e reconhecidos no setor de franchising?

“No momento em que este artigo foi redigido (20 de junho de 2020) temos muitos negacionistas e alarmistas em seu posicionamento diante da pandemia. E no meio termo, temos os pragmáticos, que vêm buscando caminhos e soluções para empresas dos mais diversos portes e setores”, afirma Daniel Bernard, um seguidor confesso do pensamento de Aristóteles: “o equilíbrio está no meio, é tudo uma questão de intensidade”, afirma Bernard, responsável pela estruturação de cerca de 350 redes e mais de 17 mil pontos de venda ao longo dos últimos 28 anos. Haverá um grande número de desempregados em todo o mundo, e em particular nos EUA e no Brasil, que não encontrarão facilmente novos empregos formais e partirão para a montagem de um negócio próprio independente ou uma franquia, seja por necessidade ou por oportunidade. “Nesta nova circunstância, que está sendo chamada pelos marqueteiros de plantão de novo normal, toda família brasileira deveria ter uma empresa”, afirma Bernard. Pessoas com salários formais acima de R$ 5 mil já vinham montando MEIs ou MEs e sendo contratados como Pessoa Jurídica, e este movimento deverá se intensificar. A injeção de recursos públicos na Economia está demorando para chegar, mas chegará... às empresas formalizadas e para as mais estruturadas, que tinham cadastro positivo até a véspera da pandemia! E pela primeira vez na História do Brasil, valerá mais à pena investir em atividade produtiva no lugar de viver de aplicações financeiras, o que por si só é algo revolucionário! Viúvas ricas, profissionais liberais e até mesmo os mais conservadores funcionários públicos acabarão precisando mudar de posição e diversificar seus investimentos. www.revistafranquia.com.br

A pandemia deixará muitos legados, e um deles é que o dinheiro trocará de mãos. Sairão fortalecidos e empoderados segmentos como o agrícola, no qual o Brasil é macropotência mundial, e o segmento de negócios que operam em rede, no qual se destacam as franquias bem estruturadas, rentáveis e duradouras, cujo rendimento supera em muito as melhores aplicações financeiras ora disponíveis, e tornarão estas opções de investimento ainda mais atraentes.

O dinheiro vai migrar de aplicações financeiras para atividades produtivas. Nunca antes na história do nosso país tivemos uma taxa de juros real tão baixa! Daniel Alberto Bernard Direção Geral NetplaN Consultoria

INVESTIMENTO & OPORTUNIDADES Já são 2,5 milhões de investidores em Bolsa de Valores no Brasil, mas deve-se lembrar que ali é um investimento de alto risco e não se investe no próprio trabalho e sim se aposta no trabalho de terceiros. Como resultado, 92% destes investidores perdem dinheiro. Bitcoins é algo ainda mais especulativo e não conta com lastro nem garantias, é para especuladores destinarem uma pequena parte de seu patrimônio. Quando as pessoas pensarem em investimentos de risco moderado ou administrável, com maior grau de controle do que outras opções de investimento, buscarão uma boa franquia. Haverá forte

Quando as pessoas pensarem em investimentos de risco moderado ou administrável, com maior grau de controle do que outras opções de investimento, buscarão uma boa franquia

aumento de interesse por opções para este público em 2021. É aguardar para conferir! O dinheiro vai migrar de aplicações financeiras para atividades produtivas. Nunca antes na história do nosso país tivemos uma taxa de juros real tão baixa! Do momento que a Selic baixou 0,75 pontos e atingiu 2,25% ao ano, e a inflação anual atingiu a faixa de 1,88% ao ano, isto passou a significar que a taxa básica de juros (juro real) está hoje na faixa de 0,37% ao ano! “Ora, isto muda a base e a estrutura da Economia brasileira”, afirma Bernard. Ou seja, estamos falando de um rendimento irrisório para aplicações financeiras conservadoras, portanto muita gente buscará investir em opções de risco moderado. COMÉRCIO VAREJISTA TRADICIONAL Quem foi pego desprevenido e ficou sem crédito diante da pandemia da COVID-19 e da consequente paralização da maior parte das atividades comerciais varejistas lamentavelmente acabará cedo ou tarde encerrando sua atividade e muitos pontos comerciais excelentes antes inacessíveis mudarão de inquilino. Pequenas empresas independentes e negócios informais serão os mais prejudicados. CAPITAL DE GIRO PARA 2020 É TUDO! Por outro lado, pode-se antever que quem conseguiu acesso a capital de giro até março deste ano e mantém uma atividade rentável no pós-COVID sairá fortalecido da pandemia na fase de retomada dos negócios. Grandes empresas que anteviram o cenário da pandemia, como Arezzo e Magalu, levantaram caixa para aguentar longos períodos com redução de fatura-

mento e investiram em soluções de e-commerce e em trabalho home based para sua equipe comercial, de modo alinhado às mudanças no comportamento do consumidor, portanto devem sair relativamente fortes em 2021 e perderão menos talentos de suas respectivas equipes. E há negócios antifrágeis que têm se fortalecido diante deste cenário, basta observar os setores que tiveram aumento de demanda (delivery, serviços de telecomunicação, fornecedores do setor agrícola, saúde, medicamentos, negócios digitais, etc.). A dica de ouro é não esperar ficar no vermelho para solicitar capital de giro nem ficar sem renda comprovável, é preciso buscar recursos quando o cadastro é positivo! Busque sempre um especialista para orientar sobre a melhor opção para cada circunstância específica. Seu negócio só fecha se você se isolar! Há linhas de crédito oferecidas para franqueadores e franqueados por bancos tradicionais como Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Santander e Banco do Nordeste do Brasil que seguem disponíveis. Mas para ter acesso a estes recursos é preciso passar por rigorosa avaliação do escore de crédito, e como a maior parte das empresas são consideradas de risco excessivamente elevado, lamentavelmente não conseguem aprovação. Como alternativas, há ainda diversas outras instituições financeiras ativas como BV Financeira, Banco Inter, Bari Promotora, BCredi, CashMe, Desenvolve SP e AgeRio que oferecem crédito para não correntistas, já que não tem agências. As taxas de juros estão relativamente acessíveis e próximas às taxas praticadas pelos www.revistafranquia.com.br

bancos tradicionais. Além das garantias reais geralmente solicitadas, há fundos de aval que podem ser utilizados em alguns casos e até um determinado limite, caso do Pronampe, Fampe (Sebrae) e do FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) do BNDES. Há ainda outras fontes de recursos como cooperativas de crédito, consórcios, refinanciamento de bens imóveis e veículos e entidades que levantaram recursos de doação, caso da Estímulo 2020. E tem a Cappta, empresa do grupo Stone, que permite o parcelamento de despesas fixas por meio do Parcele Já, usando o limite somado de vários cartões de crédito, a juros na faixa de 1 a 2% ao mês, sendo esta a forma mais fácil e rápida de se levantar crédito a custos acessíveis. A Associação Brasileira de Franchising (ABF), atenta à demanda por crédito por parte de suas redes associadas, está auxiliando na negociação institucional com bancos e instituições financeiras. Este esforço conjunto não impede que redes não associadas também possam ter acesso a estas fontes de recursos. Microfranquias e negócios bem estruturados e bem informados com acesso a financiamento serão os mais beneficiados. O setor de franchising responde por cerca de 2,6% do PIB brasileiro e tem atraído cada vez mais fontes de recursos em busca de tomadores de crédito qualificados. É o momento de unir forças e reforçar o papel e o peso das franquias na Economia Brasileira! Daniel Alberto Bernard, 53, é fundador e Diretor Geral da NetplaN Consultoria.

INVESTIMENTO & OPORTUNIDADES

5 PERGUNTAS PARA SE FAZER ANTES DE INVESTIR Independentemente do volume de 2-É HORA DE INVESTIR?

seus recursos, experiência no mercado, idade ou objetivos a serem alcançados, em determinado momento da sua vida você irá se deparar com questões importantes antes de fazer um investimento, sobretudo em um momento de insegurança e crise. E foi para te ajudar a investir sem medo, que o PoupaBrasil Investimentos, uma plataforma de investimentos especializada em Renda Fixa, que oferece opções seguras e rentáveis, além de ser de fácil acesso, elencou as três perguntas básicas que todo investidor deve se fazer antes de começar um investimento. 1-POR QUE INVESTIR? Guardar algum dinheiro deixa as pessoas mais confiantes e as oferece condições de atingir seus objetivos de curto, médio e longo prazos. O hábito de investir oferece uma sensação de liberdade. Além disso, manter uma reserva para emergência é sempre aconselhável para suprir momentos inesperados e evitar a necessidade de contrair empréstimos bancários. 50

Sempre é hora de investir. Isto deve fazer parte da rotina. Assim como, ao receber seus ganhos você paga mensalmente os compromissos assumidos, deve ter a mesma disciplina de reservar parte desse valor para investir com regularidade, independentemente do montante de seus recursos. 3-ONDE INVESTIR? O mercado financeiro oferece variadas opções de investimentos. Por isso é importante avaliar, antes de mais nada, qual seu perfil de investidor. Este perfil está associado à sua exposição a riscos e tempo de permanência no investimento. Se você se considera com o perfil conservador, por exemplo, que são aquelas pessoas que não desejam se expor a riscos de mercado, motivados por problemas políticos ou econômicos, os investimentos em Renda Fixa são os mais adequados e recomendados, porque independentemente do prazo e volume aplicado, você sempre terá a remuneração positiva.

4-FRANQUIA É INVESTIMENTO TAMBÉM? Sim. É um investimento de risco moderado ou administrável, com maior grau de controle do que outras opções de investimento, é o que os especialistas chamam de aplicação financeira para atividades produtivas. 5-POR QUE ME CAPITALIZAR PARA INVESTIR EM UMA FRANQUIA? Nos primeiros meses da pandemia, os negócios ficaram em ritmo de espera. O mercado ficou sem saber para onde correr e muitos investimentos ficaram congelados pela apreensão dos investidores. Hoje, fica claro que os mais fortes são os que não tem medo de aproveitar as oportunidades que toda crise oferece. Muitas redes seguiram em expansão, de média a moderada. A confiança no segmento de franquias e em alguns modelos de negócio que mostraram resiliência e força durante o pior período do lockdown foram os mais procurados. Redes franqueadoras que mostraram sua proximidade e suporte às unidades franqueadas e tomaram decisões rápidas e efetivas, em relação a saúde de seus franquedos (financeira e pessoal), e também se posicionaram com a responsabilidade social em relação às comunidades no seu entorno, colheram os frutos positivos e se prepararam. Ainda há um caminho a ser percorrido, decisões ainda são tomadas dia após dia, mas o mercado não parou. Vale conferir e pesquisar essas marcas que se destacaram em atitude e em resultados. www.revistafranquia.com.br

FRANQUIAS CAPITALIZADAS Algumas instituições financeiras tem linhas de crédito especiais para o mercado de franquias. São convênios firmados com a ABF - Associação Brasileira de Franchising e com algumas redes franqueadoras. Segundo Diogo Capuzzo, superintendente de Nichos, Cadeias & Franquias do Santander Brasil, a instituição tem convênio com mais de 450 marcas franqueadoras, o que facilita o acesso ao crédito aos futuros e franqueados dessas redes. São programas como o Giro Franquias, “essa linha de crédito é customizada para o segmento de franquias, que possui garantia complementar do FAMPE (Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas) de até 80%, disponibilizado pelo SEBRAE e é oferecido às empresas franqueadoras parceiras do Santander; Outra linha de crédito para o segmento é o Giro Franquias e é destinada para abertura de nova unidade, troca de layout, reforma, ampliação, troca de equipamento, capital de giro e modernização das lojas. Perguntado sobre as ações específicas para o período da pandemia, o executivo afirmou que a instituição reduziu taxas, já em março e atuaram com a linha de crédito da folha de pagamento do governo federal, “fizemos 39,4 mil negócios, com um volume de financiamento de R$ 900 milhões, com 655 mil funcionários de empresas beneficiados. Além disso, foram mais de 120 mil contratos de financiamentos que tiveram aditamentos”, informa. 51

MONITORANDO O FRANCHISING

Acompanhe em nossas redes sociais e no portal de conteúdo www.revistafranquia.com.br o monitoramento que fazemos do segmento de franquias e varejo. Soluções criativas que fornecedores e redes tem criado para minimizar os efeitos da crise. Parcerias e Cases de empresas que adotaram novos modelos de operação conforme o posicionamento do novo consumidor, que mais do nunca é quem dita as regras do mercado. Decisões rápidas e mudanças de percurso ágeis podem ser determinantes para a sobrevivência do seu negócio. Conte com a informação positiva. Leia, aqui, e siga nossos conteúdos online

Para acompanhar de perto os reflexos da pandemia de COVID-19, a ABF – Associação Brasileira de Franchising, em parceria com a empresa de pesquisas AGP, passou a medir mensalmente o desempenho do setor de franquias no Brasil.

70% das franqueadoras evitaram demissões no mês de abril e, 91% das franquias de alimentação trabalharam com delivery – UM RECORDE histórico www.revistafranquia.com.br

Segundo o estudo ABF-AGP, a queda média no faturamento das franquias, durante o mês de ABRIL 2020 no País foi de 48,2%. Os segmentos mais impactados foram Turismo, Entretenimento, Alimentação e Saúde, Beleza e Bem-Estar. Os indicadores confirmaram a trajetória de queda que já havia sido esboçada na segunda quinzena de março, quando aproximadamente metade das franquias apresentaram uma queda de receita superior a 25%. “A disseminação por quase todo o país de políticas de restrição à circulação e reunião de pessoas, o fechamento de centros comerciais e a suspensão ou desarticulação de algumas cadeias de valor infringiu um impacto severo ao franchising como um todo, provocando quedas históricas na geração de receita. A segunda edição do estudo ABF-AGP mostrou que a queda média no faturamento das franquias em MAIO em relação ao mesmo período do ano passado foi de 41%, uma leve desaceleração em relação à baixa registrada em Abril. A boa notícia é que uma recuperação gradual começa a se desenhar de forma mais nítida, pois, pelo segundo mês consecutivo, houve uma redução nas perdas de faturamento. A terceira edição do estudo mostra que em JUNHO, a queda média no faturamento das franquias foi de 30,1%, significativamente menor do que os números do bimestre anterior. “A reabertura gradual da economia em alguns estados, a elevação das unidades em operação e o maior desenvolvimento de outras canais de venda a partir do digital são as principais causas desta recuperação.”, afirma André Friedheim, presidente da ABF. A pesquisa de junho trouxe ainda um dado novo: a expectativa das redes para a retomada dos níveis de faturamento pré-COVID-19. Um volume considerável, 42,7%, espera que isso ocorra ainda em 2020, enquanto a expectativa de 31,4% das redes é que isso aconteça no 1º trimestre de 2021 e 14,8%, no 2º trimestre do mesmo ano. O estudo apontou, também, que 12% das unidades de franquia estiveram fechadas temporariamente em junho, queda de seis pontos percentuais em relação a maio. A taxa de encerramentos definitivos chegou a 0,8% e a de repasse a 0,2%. “O aumento dos encerramentos definitivos reflete a profundidade e duração desta crise. Infelizmente, muitos negócios não conseguiram resistir, principalmente pela dificuldade de caixa, mas é bom notar que entre as franquias esse movimento é muito inferior aos negócios isolados, dado o apoio e o compartilhamento de recursos e experiências inerentes ao franchising. Nesse sentido, continua fundamental a necessidade de que o crédito em condições especiais chegue com agilidade aos pequenos e médios empresários”, disse André.

MONITORANDO O FRANCHISING

SEGMENTOS EM ALTA A Revista Franquia & Global Opportunities fez um levantamento com alguns especialistas e consultores do mercado sobre os segmentos que tem sido mais procurados pelos investidores. Além disso, compilamos dados entre nossos leitores e seguidores. A pesquisa aconteceu nos meses de maio e junho 2020 e tivemos uma amostragem e adesão de mais de 18 mil interessados no segmento de franquias. 89% deles tem o interesse em abrir uma franquia, 9% já tem um negócio e 2% tem interesse pelo segmento. Dentre os interessados por abrir uma franquia, 41% fez, nestes últimos meses, uma pesquisa de interesse no Instagram, Facebook ou LinkedIn, onde seguem influencers e publicações do setor. Outras fontes de pesquisa são sites de notícia e de negócios. Alguns insights importantes em relação a expectativa que o mercado tem para o posicionamento das marcas, nesse momento de dificuldade, para investir em uma franquia foram a segurança para o investimento (75%) e a confiança no franqueador(17%). Dentre os segmentos que mais tiveram interesse, separamos algumas marcas que estão se reinventando e criando condições para novos investimentos: SAÚDE E TELEMEDICINA Redes de farmácia, clínicas e telemedicina estão em alta. Redes que dependem de procedimentos pessoais, estéticos e de beleza, depilação a laser, massagens, e outros, tiveram uma quebra nos atendimentos, nos primeiros dias do lockdown. Mas, com as adequações, atendimentos individualizados, e novos protocolos sanitários, aos poucos, estão conquistando a confiança dos clientes e voltando a um ritmo normal. O segmento está aquecido. A Acesso Saúde manteve 90% da rede aberta na pandemia. Seu aplicativo de teleconsulta foi um dos diferenciais mais determinantes, e veio para ficar. A Docway, empresa de inovação com foco em saúde, desde o início do ano passado oferece o serviço de teleorientação e telemedicina. Contabilizou cerca de 65 mil teleconsultas em um único mês, no início da pandemia. As chamadas telefônicas dispararam também, atingindo mais de 5 mil contatos por dia. “Tivemos duas semanas para ajustar nossa operação à demanda. Recrutamos médicos, adaptamos a equipe interna seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e contratamos uma plataforma de Business Intelligence”, enfatiza Tiepolo. CEO da Docway. O empresário acredita que este é um momento de ruptura do mercado, e deixará uma marca duradoura na maneira como as pessoas consomem e interagem com a área de saúde. E que as pessoas se perguntarão, daqui para frente: ‘Por que vou ao consultório médico, se posso obter uma consulta de qualidade sem precisar sair de casa? É necessário se preparar para o futuro, ele já chegou. 54

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ENERGIA RENOVÁVEL

A Mais Sol Energias Renováveis tem como missão, entregar soluções econômicas de geração de energia sustentável, através de sistemas solares fotovoltaicos, contribuindo assim para a preservação do planeta. Está iniciando sua expansão pelo canal de franquias, abrindo oportunidades para que novos investidores possam ingressar no mercado de energia solar. Na primeira quinzena de junho, esse segmento teve um crescimento de 35,1% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados foram divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Segundo Laércio Moreira, franqueador da Mais Sol, as vantagens do negócio de energia renovável, é a economia imediata; valorização imobiliária e instalação rápida. E o baixo custo de manutenção, além do apelo sustentável que a energia solar.

EDUCAÇÃO ONLINE Ensino básico, superior, cursos extras, de idiomas e ensino profissionalizante agora é totalmente oline ou híbrido (mesclando presencial e online). Esse é um mercado que tem crescido e se mostrado em alta. As redes com estrutura para oferecer aulas online, conforme as preferências de cada aluno. E, também o modelo de aulas que complementam o EAD com encontros presenciais, já adequados às exigências e cuidados sanitários necessários para uma retomada em meio às necessidades do mercado, chegam na frente. A maior rede de ensino técnico particular do país, o Grau Técnico faz parte do Grupo Grau Educacional. Com mais de 60 unidades, presente em todo o País, o Grau Técnico oferece mais de 20 cursos nas áreas de saúde, negócios, tecnologia e indústria. Hoje, as aulas práticas serão alternadas, as turmas serão divididas para acompanhar online e presencialmente. A franquia Grau Profissionalizante também faz parte do Grupo e possui estrutura voltada para a qualificação de mão de obra para o mercado de trabalho. Conta com mais de 30 cursos profissionalizantes, rápidos e práticos, em áreas como bombeiro civil, cuidador de idosos, eletricista predial, gastronomia, informática, manutenção de smartphones, mecânica de carros e de motos, e refrigeração, entre outras.

MONITORANDO O FRANCHISING

SEGMENTOS EM ALTA CRÉDITO Negócios ligados ao crédito, fintechs, consórcios, serviços financeiros em geral são uma demanda urgente. Pessoas perderam suas fontes de renda e precisam sobreviver e ajustar suas vidas em relação a contas e inadimplência. Com a pandemia e o aumento da inadimplência, a Ótris Soluções Financeiras pensou em produtos para facilitar a negociação entre as empresas e os clientes inadimplentes. Assim, a rede agilizou o lançamento do Ótris APP, para cadastro de inadimplentes pelas PME’s e a franquia do Negociador por aplicativo - Versões IOS e Android. O APP funciona como um Uber das Negociações e além de auxiliar a conexão entre negociador especializado e empresa, ajuda na geração de renda e trabalho para quem deseja trabalhar como autônomo. A rede também criou campanhas de descontos e incentivos para inadimplentes que fazem acordo na rede, concorrendo a prêmios como Smart Phones e Smart Tv e muito mais para quem estiver em dia com suas contas. LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

A Sanitização e desinfecção de ambientes virou serviço essencial. Com a abertura do comércio, dos prédios corporativos, malls e a volta gradual das pessoas aos ambientes públicos, esse será um segmento com grande demanda. A rede de limpeza comercial JAN-PRO utiliza métodos exclusivos de desinfecção, combatendo bactérias e vírus, inclusive Covid-19 e elaborou um protocolo extra de segurança e oferece equipamentos de proteção individual, como máscaras, viseiras, óculos e avental a todos os funcionários, para evitar a contaminação. A rede de franquias para seleção e intermediação de diaristas e mensalistas, Mary Help, viu suas portas serem fechadas em diversas regiões devido à quarentena. Lançou, neste período, um novo serviço, a sanitização de ambientes que reduz a chance das pessoas se infectarem por vírus (incluindo o Covid), bactérias e fungos e complementa a limpeza convencional que a Mary Help já oferecia. Com o lançamento, a marca teve um aumento de 50% da procura de interessados pelo modelo de negócio. Desde então, já foram realizados mais de 100 serviços desse tipo. 56

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ALIMENTAÇÃO DELIVERY

ALIMENTAÇÃO CONGELADOS A pandemia está fazendo com que pessoas de todo o país vejam seus freezers sob um novo ponto de vista. Segundo especialistas, a demanda por entregas, tanto de itens de supermercados quanto de alimentos congelados, teve uma alta histórica nos últimos meses e deve permanecer como prioridade entre os consumidores mesmo após o final da quarentena. Essa mudança desestabilizou milhares de empreendimentos e lançou um novo desafio para o setor alimentício.

Delivery, Take away, Faça você mesmo, são várias as formas que as redes de alimentação criaram para driblar a realidade de portas fechadas. Mais do que resiliência, inovação, troca de informação, pesquisa e rapidez na tomada de decisões, além do apoio das redes franqueadoras, foi o divisor de águas para a sobrevivência desse segmento de negócios, e mais, para virar a mesa e encabeçar a lista dos segmentos mais procurados pelos novos investidores. O N1 Chicken rede de franquias especializada em delivery de frango frito, teve um crescimento de 46% no faturamento de suas unidades durante a pandemia. A expectativa é de um crescimento de 50% nas vendas até o final deste ano. A rede é a maior Dark Kitchen do país, possui 136 unidades comercializadas e atua exclusivamente com delivery. Passou a atuar com operador logístico para compra de insumos, como seu tempero secreto e embalagens. “Isso facilitou a gestão de estoque e controle de rastreamento, os pedidos chegam mais rápido e reduziram os custos de frete por pedido, além do número de erros e perdas.

Empresas de pequeno e médio portes tiveram que adaptar suas operações para superar os efeitos da crise. Exemplo disso é a rede paranaense Bangalô dos Pastéis. “Fomos

obrigados a desenvolver novos projetos, conceitos e formas de atuação. Foi aí que resolvemos investir fortemente em uma linha de congelados e condimentos, levando o Bangalô dos Pastéis para a casa dos brasileiros”, explica Augusto Pedrotti, sócio proprietário da rede que conta com nove unidades espalhadas pelo Paraná e Santa Catarina. Mas, foi durante o período de isolamento social que viu o cenário perfeito para o lançamento de sua linha de congelados, massas e condimentos.

EVENTOS VIRTUAIS

Eventos virtuais geram resultados e ajudam na busca por novos negócios Feiras e eventos virtuais, soluções da área de aceleração digital, mantém a conexão entre investidores que procuram novos negócios e as redes de franquias em busca da expansão

Como funciona esse ambiente?

stimular a geração de negócios com a cautela e a segurança necessárias para esse período de pandemia, tem sido um grande desafio para vários segmentos. Com a economia ainda em estado de stand by, aguardando a liberação da quarentena em diversas cidades, o mercado de franquia já está se reinventando e proporcionando uma experiência inovadora para quem quer comprar e vender franquias. A Feira Virtual de Franquia já é uma realidade entre as marcas franqueadoras e tem proporcionado um excelente networking entre marcas e investidores. Três edições já aconteceram, nas praças de São Paulo e Belo Horizonte no mês de julho e, na primeira quinzena de agosto, no Rio de Janeiro foi possível criar conexões valiosas para geração de negócios. “Nossa experiência no franchising mostra que as feiras são fundamentais para apresentarmos os negócios, criarmos conexão e mostrar a credibilidade e estrutura que cada marca pode proporcionar ao franqueado. Para manter esse vínculo de confiança das redes precisamos nos adaptar à nova realidade e com as três edições que já aconteceram percebemos que isso é possível também virtualmente”, explica Ricardo Branco, diretor executivo da Feira Virtual de Franquia. INCENTIVANDO NEGÓCIOS Foram mais de 6 mil pessoas que se inscreveram, gratuitamente, para conhecer os modelos de negócios participantes. “Nosso maior objetivo é fazer com que os participantes se conectem, criem um relacionamento, entendam o momento www.revistafranquia.com.br

O maior objetivo da FV- Feira Virtual de Franquia é fazer com que os participantes se conectem, criem um relacionamento e que construam uma parceria duradoura. O evento incentiva o empreendedorismo auxiliando marcas e os investidores que buscam seu primeiro negócio”

de cada um e que construam uma parceria duradoura. Essa primeira conexão virtual deve ter um reflexo bastante positivo a curto prazo com a retomada gradual da economia”, reforça Branco. NETWORKING ATIVO Para as pessoas que buscam o negócio próprio, essa é uma oportunidade de conhecer os detalhes dos negócios que possuem o seu perfil sem a necessidade de se deslocar para uma feira presencial, ou seja, sem perigo de contaminação e sem qualquer outro tipo de custo. Tudo é feito 59

EVENTOS VIRTUAIS por meio da internet: primeiro o interessado faz sua inscrição no site da feira, escolhe as marcas (quantas quiser) e os horários das videoconferências que irá participar. Após isso, receberá contato da equipe organizadora para confirmar dados e passará a receber as primeiras informações sobre o negócio desejado. No dia do evento, por meio de um link da plataforma Zoom, será possível tirar todas as dúvidas ao vivo com um consultor de expansão da rede para esclarecer todos os pontos do negócio e dar prosseguimento à negociação. “Para a Brasil Nutri Shop a Feira Virtual de Franquia tem sido muito importante, pois é uma possibilidade de encontrar leads qualificados mais facilmente para o nosso negócio sem a necessidade de uma feira física. Nosso modelo de franquia já é on-line, então poder fechar novas parcerias e ser encontrado por no-

vas pessoas por meio da internet é algo muito positivo. Uma tendência.”, conta Nylmar Diego Zacharias, proprietário da Brasil Nutri Shop. Para o gerente de Novos Negócios da Fini, Patrick Ramos, o período de pandemia trouxe possibilidades de aprendizado e oportunidades de negócios. “Com os eventos presenciais paralisados, tivemos a oportunidade de atuar em outros canais de negócios, como a participação virtual. Como franqueadora e líder no segmento de candies no Brasil, nossa participação na Feira Virtual tem sido um momento importante de networking e encontro com empreendedores que estejam interessados em investir no modelo de negócio Fini com operação e gestão simples, experiência de compra e portfólio exclusivos, além dos clássicos da marca comercializados a granel”, afirma Patrick.

“A edição de São Paulo surpreendeu pela quantidade de leads e é grande nosso entusiasmo com a qualidade de leads que estamos negociando e a possibilidade de fechamento supera nossas expectativas. Em Belo Horizonte a qualidade dos leads também surpreendeu. São pessoas que realmente estão buscando uma alternativa de investimento para esse momento aparentemente desfavorável devido à COVID-19. Acreditamos que essa modalidade de Feira foi muito assertiva e esperamos excelentes resultados nesse segundo semestre”, reforça Jhansen Herrero, Diretor Nacional de Franquias da StartupWin Franchising. Ricardo Branco é um dos idealizadores desse novo canal de negócios e precursor dos eventos no ambiente de aceleração digital, ele explica, “com a experiência que já tivemos nas três primeiras edições da Feira Virtual de Franquia, entendemos que seria importante focarmos as próximas edições em localidades que pudessem gerar leads de qualidade para as marcas expositoras. Analisando a movimentação do mercado, o aumento do índice de desemprego e as oportunidades que as franquias podem oferecer a esse público, potencializamos nosso calendário com duas feiras no eixo Rio-interior e São Paulo-interior, além de outras capitais brasileiras que são estratégicas para a expansão das redes”. VIDA VIRTUAL INCORPORADA Segundo recente pesquisa do Índice de Vídeo Global da Brightcove, no primeiro trimestre de 2020, as visualizações de vídeo entre as empresas aumentaram 91% ano a ano, com dados preliminares de abril e maio mostrando aumentos de quase 80% e 54%, respectivamente. www.revistafranquia.com.br

“Criamos a cultura interna das videoconferências entre a equipe durante a quarentena, com isto, conseguimos sinergia com a equipe mesmo à distância e maior proximidade com franqueados e candidatos, além da redução de custos e maior conversão na expansão”, conta Henrique Mol, diretor executivo da Acquazero, rede de franquia de estética automotiva. “Em tempos de pandemia, do “Novo Normal”, encontramos na dificuldade, estratégias e ferramentas que nos fizeram sair adiante. Num segmento onde a “tratativa” é algo imprescindível, nos vimos diante de um cenário que, apesar de não ser totalmente novo, não era o mais usual: o distanciamento social. Sendo assim, entendemos que por algum tempo, e talvez, de forma definitiva, nossas reuniões de apresentação de franquias deveriam ser realizadas de maneira remota e, para isso, precisaríamos de tecnologia e infraestrutura adequadas para dar aos nossos candidatos e responsáveis pela expansão de nossa marca, uma experiência nova e produtiva. Mesmo com os receios normais da quebra de paradigma, esta nova metodologia nos possibilitou, além de uma grande flexibilidade de horários, uma grande capacidade de alcance, que nos permitiram obter resultados muito além das nossas expectativas”, explica Carlos Guerberoff, gerente de expansão da Jan-Pro. “A maneira como as pessoas fazem negócio vem mudando gradativamente e, recentemente, com a chegada do Covid precisamos acelerar o processo. É uma nova realidade que veio para ficar. 61

EVENTOS VIRTUAIS Cada vez mais vamos nos deslocar menos e conectar mais. Vamos investir em tecnologia e diminuir gastos com viagens corporativas. O mercado virtual está nos proporcionando novos modelos de negócio e a criatividade vai potencializar nossas ações”, salienta o diretor executivo da Feira. MENOR INVESTIMENTO Para as marcas participantes do evento o investimento é bem menor que em feiras tradicionais, visto que não há necessidade de deslocamento, hotel, alimentação e nem estrutura, tudo é feito a partir do escritório da franqueadora. A organização da feira é responsável pela captação de interessados em investir para a participação no evento por meio de ações de marketing digital e relacionamento. “Temos um amplo mercado para explorar ainda e o momento mostra que em toda crise surgem grandes oportuni-

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dades. Esse é o momento de olhar com atenção para todas as possibilidades”, finaliza Ricardo. MODELO REPLICADO O modelo de eventos virtuais tem dado tão certo que outras ações tem explorado o online para adequar a necessidade que treinamentos, networking e encontros de negócios aconteçam, mesmo que não presencialmente. É o caso da ABF Expo Digital, lançada na segunda quinzena de agosto na praça de Goiânia e a agenda segue para as praças de Belém, São Luís, Florianópolis, Londrina e Maringá. O evento segue os mesmos moldes da Feira Virtual de Franquia, com reuniões agendas online e reuniões ao vivo. Os agendamentos são feitos no site da entidade www.abf.com.br. ENCONTRO DE EMPREENDEDORISMO Outro evento do segmento de franquias, mais voltado para o aprendizado em empreendedorismo, acontece, também, totalmente online, entre os dias 19 e 23 de outubro, é o BConnected, projetado para ser o maior da América Latina sobre negócios, empreendedorismo e franquias com mais de 50 horas de conteúdo exclusivo pela internet, incluindo mais de 100 palestras e convidados internacionais de países como Estados Unidos, além da América Latina, Portugal e Espanha. O Grupo Bittencourt - consultoria especializada no desenvolvimento, gestão e expansão de redes de negócios e franquias - realizará o evento com objetivo de fomentar o empreendedorismo, a recuperação das empresas por meio de conteúdo

relevante e prático para a transformação dos negócios, além de formação das equipes e colaboradores. E, por fim, oferecer oportunidades para investidores por meio de ampla feira de negócios que fará parte da programação. Todo o conteúdo será realizado de forma 100% online, gratuita e sem limite de inscrições, com a expectativa de atingir um público de mais de 50 mil pessoas. Também haverá o Fórum Brasil-Portugal e o Fórum Latinoamericano, para promover intercâmbio de negócios entre empreendedores brasileiros e redes de negócios desses países. “É uma grande oportunidade para os empreendedores e suas equipes terem acesso a um conteúdo de altíssimo nível e de forma democrática. Mais do que nunca, nosso compromisso é com o futuro dos negócios do país. Queremos fomentar o mercado e apoiar a profissionalização dos negócios e profissionais para construir um novo normal com muito mais propósito e resultados”, explica Lyana Bittencourt, diretora executiva do Grupo Bittencourt. O público alvo são executivos e profissionais da indústria, do varejo, do franchising e de redes de negócios interessados em assuntos como transformação digital, inovação, novas tecnologias, mudança de modelos de negócios e outras tendências do empreendedorismo. CONTEÚDO Entre os destaques do evento estão as palestras de grandes nomes do mundo dos negócios e franquias nacionais e internacionais, como Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho do Magazine Luiza www.revistafranquia.com.br

e do Grupo Mulheres do Brasil; Chuck Runion, CEO e cofundador da Self Esteem Brands, uma das maiores franqueadoras dos Estados Unidos, detentora das redes de bem estar como Anytime Fitness, Waxing the City e Basecamp Fitness; Melissa Vogel, CEO da Kantar IBOPE Media; George J. Chanos, autor e chairman de mais de 100 lojas da rede de franquia de restaurantes Capriotti’s (EUA), entre outros. Com o tema “Tração & Ação: Negócios ágeis, relevantes e escaláveis”, o BConnected nasce conectado com as necessidades do momento, de forma digital, gratuita, aberto para pessoas de todo o Brasil, com apoio de empresas patrocinadoras. Ele é resultado da união de expertises do Grupo Bittencourt, que há dez anos promove o Fórum Internacional de Gestão de Redes de Franquias & Negócios, reconhecido por reunir presencialmente as principais lideranças empresariais, com a TD, a maior realizadora de eventos online do país. Os conteúdos do evento serão direcionados para estimular a capacidade de adaptação, teste de novos negócios e mercados além de suas fronteiras, escalabilidade, práticas voltadas à geração de processos de inovação e percepção do coletivo, entrega de um propósito claro, integração, busca de novas competências e habilidades que vão além do seu ambiente tradicional de negócios. “É uma oportunidade de sair da inércia, ganhar relevância e ser necessário e não simplesmente opcional”, avalia a executiva do Grupo. 63

OPORTUNIDADES NA CRISE

40 MILHÕES DE DESEMPREGADOS NO BRASIL, PARA SOBREVIVER VOCÊ VAI PRECISAR EMPREENDER! Por Neander Souza*

crise mundial nos convida a tomar uma atitude, vivemos em um país que a desigualdade social é gigantesca e a instabilidade financeira infelizmente é cultural no Brasil. O trabalho convencional que chamamos de CLT, está cada vez mais escasso e devido a recessão muitas empresas não estão conseguindo manter as vagas e por outro lado algumas profissões estão sendo substituída pela tecnologia. O conceito da palavra “emprego” denomina-se à relação contratual estabelecida entre duas partes, um empregador e um empregado. O empregado contribui com seu trabalho e conhecimento a favor do empregador em troca de uma compensação monetária, ou seja, “dinheiro no bolso.” Com a crise não existem tantos empregos formais, e agora cadê o dinheiro no bolso? Qual a solução? Eu tenho a reposta: Seja um empreendedor! O empreendedor é aquele que identifica as oportunidades e as transformam em um produto, que resolve um problema. O empreendedor é um “ser” de atitude, que tem iniciativa, liderança, se automotiva, tem opinião crítica e sempre está em busca de achar uma solução para seus clientes. Nesse artigo quero dar algumas dicas importantes para dois tipos de empreendedores: 1º Aquele que está em busca de ter seu próprio negócio; 2º Aquele que já tem seu negócio e que expandir sua ideia. Vou começar pelo primeiro: “Aquele que está em busca de ter seu próprio negócio”. Tome cuidados na hora de investir em sua ideia, seja ela em negócio próprio ou em uma franquia. Você sabia que existe metodologia para diminuir o risco do seu investimento? Na ânsia de empreender em um negócio próprio ou em uma franquia, na minha caminhada de mentor em negócios, vejo muitas pessoas pulando as etapas importantes. Dúvidas são comuns no processo do empreendedorismo. Dificilmente o empreendedor domina todos os aspectos do negócio (marketing, vendas, financeiro, gestão de pessoas, entre outros). Lembre-se o dinheiro que você tem aí no seu “bolso” é valioso, custou o seu tempo, custou o seu suor, custou noites acordado, custou seu fim de semana, custou as férias, custou horas sem estar com sua família e porque você não dá importância necessária para fazer um estudo completo antes de investir em algo? Invista tempo em captar conhecimento, fazer conexões com quem já empreende e ainda melhor busque alguém que te possa ajudar em cada uma dessas etapas. Agora vou falar um pouco sobre o segundo item: ”Aquele que já tem seu negócio e que expandir sua ideia.” Vou começar parabenizando! 64

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ARTIGO Você é um vencedor, um dia você teve uma atitude e não quis mais trabalhar em um emprego convencional, se jogou pra dentro da sua ideia, desenvolveu um produto ou uma prestação de serviço, criou uma metodologia, implantou, caiu para dentro da operação, treinou pessoas, passou e passa por momentos difíceis mas não desiste, já deve ter chorado sozinho muitas vezes, já pensou em desistir, trabalha mais do que quando você trabalhava pra outra pessoa, não tem a menor ideia onde está sua carteira de trabalho, deixa de comprar coisas para você para investir no negócio, antes de dormir dorme pensando em fechar o negócio mas acorda com 783 novas ideias com um só objetivo: ter um negócio que resolva um problema e seja rentável. Agora chegou a hora da sua “expertise” do seu negócio escalar, mas como fazer isso? Sozinho ou acompanhado de um mentor? Melhor fazer com um mentor, ele é o único com expertise que conseguirá levar você ao próximo nível do seu negócio. Já formatei muitas empresas em redes de franquias, a primeira e mais importante etapa do projeto de formatação de uma franquia é a Análise de Franqueabilidade. Trata-se de uma análise profunda e detalhada da empresa para saber a que ponto ela pode estar se tornando em uma franquia e expandir sua marca, você precisa ajustar, corrigir, planejar e entender alguns passos para franquear, tais como: Planejamento financeiro da rede, marketing, instrumentos jurídicos, Registro de marca, tecnologia, operação, Recursos humanos, manualização, padronização etc. Vocês perceberam que o ciclo é o mesmo nos itens 1º e 2º acima. Porém em posições diferentes, ambos devem buscar conhecimento, dar os passos necessários para cada etapa, isso vai resultar em projeto sólidos, pensado com o intuito diminui o risco de investimento e fazer crescer seu negócio de maneira responsável. O “código” desse artigo é: Não pule etapas, estude o seu mercado, busque algum profissional que te levará para o outro nível; seja montado seu negócio próprio, investindo em uma franquia ou expandindo sua empresa. Lembre-se: Não existe mercado saturado para bons profissionais! Que história você quer contar daqui há dois, cinco ou dez anos? O meu sonho é fazer esses 40 milhões de desempregados se tornarem empreendedores.

Não se engane! Ser um empreendedor é passar por momentos difíceis mas não desistir, chorar sozinho muitas vezes, trabalhar mais do que quando você trabalhava pra outra pessoa, e mesmo assim acordar com ‘783 novas ideias’ com um só objetivo: ter um negócio que resolva um problema e seja rentável

Neander Souza é mentor de negócios na NDR BUSINESS 65

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EXPEDIENTE A Revista Fanquia & Global Opportunities e o Caderno Negócios & Oportunidades - são publicações sazonais da ADC Editora. Distribuída em pontos de venda especializados de todo Brasil, WORKSHOPS nacionais e internacionais, Encontro de negócios e de investimentos, principais eventos e feiras do setor. Circulação trimestral PRIMAVERA - VERÃO - OUTONO - INVERNO

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As informações sobre as marcas franqueadoras ou oportunidades de negócios licenciados e suas operações são fornecidas pelas próprias empresas, sendo de sua total responsabilidade. A Revista recomenda a seus leitores uma pesquisa rigorosa junto a cada marca, busque sites especializados, a ABF- Associação Brasileira de Franchising e procure alguns franqueados ou licenciados que já operem nas redes que despertarem seu maior interesse. Fazendo, assim, um levantamento minucioso no mercado antes de optar por um novo investimento. Disponibilizamos a cada trimestre, informações para uma pesquisa inicial, apresentando de forma interativa, e detalhada várias opções de negócio dentro de cada segmento, para facilitar sua busca. Boa leitura.

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segmento das franquias. Para ajudar esses empreendedores a iniciar, ou concluir, sua pesquisa e finalmente decidir dar o start ao seu novo negócio, os encontros presenciais do franchising são o ambiente ideal para essa decisão. Ainda podemos aproveitar o último trimestre do ano, com todos os cuidados necessários. Empreenda, e tome as rédeas de sua vida. O pós-crise COVID19 oferece oportunidades imperdíveis. Com formato “low cost”, a FRANCHISE4U, já reuniu grandes marcas e conectou pessoas a negócios de forma inovadora nesses mais de dois anos de sucesso.

A proposta de oferecer ao mercado uma feira de baixo custo para expositores e gratuita para futuros empreendedores, visa facilitar a criação de empresas de forma segura e lucrativa sob o formato de franquia. Franqueadores e investidores qualificados, de todos os tamanhos e bolsos, aderiram e prestigiaram os últimos encontros. O grande diferencial da feira é disponibilizar a lista de expositores em seu site (www.franchise4u.com.br), onde o investidor analisa as informações e pré-agenda um horário para reuniões individuais com os representantes de cada marca. A pessoa comparece ao local, na hora marcada, sem filas nem aglomerações, com total segurança.

Para visitar a feira, você precisa agendar uma reunião com a franquia de seu interesse. Veja no site as marcas participantes e o horário que você quer ser atendido no site

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