Índice
04 Conexão 10 Mercado 14 Por Dentro Frigoríficos 18 Aves 22 Bovinos 26 Ovinos 28 Suínos 32 CAPA: Bem posicionado no exterior, couro brasileiro gera caixa imediato para frigoríficos 36 Refrigeração Industrial - Carnes e derivados em perfeita qualidade para o consumidor 38 Balanças e sistemas de pesagem garantem às empresas redução de custos e notabilidade no mercado 44 BRF reposiciona marca corporativa após conclusão do processo de fusão 44 Ministério atualiza processo de registro de estabelecimentos avícolas 46 Acontece 56 Calendário de Eventos 57 TEC (Artigo Técnico) 60 Desenvolvimento Pessoal (Artigo) 62 Visão Empresarial (Artigos) 64 Tempinho
EDITORIAL
EDITORIAL
AGRO BRASILEIRO GANHA FÔLEGO PARA 2013
Um ano de altos e baixos, com mercados se abrindo e fechando, números subindo e descendo e setores que outrora eram “a menina dos olhos”, em polvorosa. Tudo dentro da normalidade, por assim dizer. Afinal, estamos falando de um dos segmentos que mais movimentam a economia brasileira – o agronegócio – e, como não dizer, que desperta a inveja de muitas potências mundiais. Ou seja, não dá para ficar sempre “por cima da carne seca”, até mesmo porque nem sempre a maré está para peixe. Mas, confesso que acompanhar alguns acontecimentos que beiraram o dramatismo foi doloroso. Suinocultores perderam tudo, anos de trabalho e dedicação. Famílias inteiras que dedicaram grande parte de suas vidas à criação de suínos simplesmente ruíram e perderam animais, terras, equipamentos... enfim, sua essência. Vi pintos serem distribuídos em praça pública para que não morressem nas granjas. Produtores que não conseguiram adotar alternativas acabaram, lamentavelmente, não resistindo à crise que assolou os dois setores no ano passado. Danielle Michelazzo Até mesmo a bovinocultura, que teve um ano bom, estável, foi ameaçada pela “vaca louca” que, de louca, Editora de Jornalismo não tinha nada. E confessemos: perder o status de país de risco insignificante de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EBB) – o que não aconteceu – teria impacto devastador sobre a pecuária, já debilitada pelos baixos preços e pela concorrência com outras culturas. Enfim, respiramos. Por outro lado, me sentia reconfortada ao ver, dia após dia, empresários, entidades, associações e governo trabalhando, muitas vezes unidos, em prol das cadeias produtivas englobadas pelo agro brasileiro. Porque saber da luta por um sistema de defesa agropecuária forte, por estruturas logísticas e de pesquisas mais efetivas, por maquinários mais modernos e por mão de obra plenamente capacitada motiva todos os setores a seguirem fortes na batalha por um 2013 positivo, como promete ser. E que assim seja! Boa leirura!
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Apoio de peso: OIE não vê sentido no embargo à carne bovina brasileira Segundo o Ministério da Agricultura, forma de EBB encontrada em animal do Paraná era "atípica" O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês), Bernard Vallat, pediu aos países que impuseram embargo às importações de carne bovina do Brasil que suspendam as restrições assim que possível, com a afirmação de que a medida é injustificada. No início deste mês, a secretaria de Comércio Exterior do Brasil disse que o País estava considerando recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) se os países não levantassem os embargos. Desde o anúncio do episódio de vaca louca detectado no Paraná – um caso atípico, sem riscos à saúde humana –, 10 países já impuseram restrições à carne do Brasil ou a seus derivados: Japão, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, China e Taiwan adotaram embargo total; Jordânia e Líbano restringiram o produto do Paraná; Peru suspendeu completamente por três meses; e o Chile restringiu a compra de farinha de carne e de osso. Os países informaram que estavam adotando restrições depois que a OIE divulgou informação do Ministério da Agricultura do Brasil de que testes realizados com uma fêmea morta no Paraná em 2010 apontaram a existência do agente causador da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), ou mal da vaca louca. A Arábia Saudita, porém, já voltou a comprar o gado vivo. Segundo esclareceu o Ministério da Agricultura, o animal nunca desenvolveu a doença, apenas tinha a forma de EEB considerada "atípica" por cientistas. O diretor-geral da OIE, Bernard Vallat, disse que os países têm o direito de adotar embargos provisórios como resposta de emergência a surtos de doenças
que dependem de mais informações, mas, neste caso, ele diz que não há razão para tais restrições. "De acordo com os padrões da OIE, eles devem acabar com o embargo assim que possível", disse Vallat. O Ministério da Agricultura disse que março é o prazo final para o fim dos embargos à carne nacional. Classificação mantida - Em meio aos entraves, a OIE manteve a classificação do produto brasileiro de risco insignificante para a EEB, o mais seguro entre as três categorias. O status é dado a países que mostraram que a doença não existe ou é muito restrita. "Um caso em uma população de 200 milhões de cabeças de gado não justifica a mudança de classificação", disse Vallat. Mas, apesar do apoio da organização, a desconfiança no mercado internacional persiste em decorrência da demora brasileira em revelar o caso, já que a morte do animal foi em 2010. "É natural que, ao tomar conhecimento por meio da imprensa, a reação de alguns países seja de cautela", reconheceu o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz. O embargo começou em dezembro do ano passado e, segundo avaliaram especialistas, o consumo da carne bovina brasileira é de risco desprezível. De acordo com eles, a proibição do uso de rações de origem animal na alimentação dos bovinos no Brasil, e o fato de não haver relato de novas suspeitas do mal da vaca louca desde a morte do animal no Paraná, são fatores de segurança para o consumidor. DCI, Valor Online e Agência Brasil, com edição da RF
Embargo é movido por "interesses omitidos", diz ministro Mendes Filho O ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, minimizou a suspensão das importações de carne bovina brasileira por 10 países e disse que é "só questão de tempo" até as negociações serem finalizadas e os produtos liberados. "Tenho esse assunto como resolvido. Temos conversado com país por país, mas temos procedimentos externos que precisam ser respeitados. Estamos fazendo contatos internacionais definitivos. O Brasil vai cumprir todo o mandamento que precisa ser cumprido e vai defender o que lhe pertence", disse. De forma indireta, Mendes Filho destacou a defesa do mercado interno como principal fator dos embargos. "É uma ação que países adotam como 06 4
defesa, para público interno, depois fazem levantamento, comprovam que o Brasil está embasado e fazem a liberação. É só uma questão de tempo, é o jogo", comentou. "Não quero dizer se é isso ou aquilo, quero apenas dizer que acredito na defesa brasileira e que nós vamos fazer com que o assunto seja totalmente esclarecido a todo o mercado", garantiu. Já em entrevista concedida ao Grupo RBS também no início deste ano, Mendes Filho foi mais taxativo. "Não existe vaca louca no Brasil. Existem alguns interesses que nós sabemos como são omitidos, e existe uma postura brasileira que mostrou para o país inteiro a seriedade da nossa defesa. Nossos patamares estão mantidos, nosso reconhecimento
internacional também está mantido, e o Brasil vai fazer valer seus direitos", alegou. Motivos - O caso não-clássico da vaca louca está sendo usado como argumento de alguns compradores da carne brasileira, para renegociar preços num momento em que o mercado global vive situação de aperto e alta nas cotações, dizem analistas. “Acredito que isso acaba tendo um viés que parece ser mais comercial, é um mecanismo de você negociar com o seu fornecedor, muito mais do que um problema de ordem sanitária”, disse a gerente técnica da Informa Economics FNP, Nadia Alcantara. Para ela, se houvesse algum risco, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) não teria mantido o status sanitário do Brasil em risco insignificante para EEB. ”Se trouxesse algum risco para a saúde humana, com certeza a OIE não manteria o risco do Brasil”, completou Nadia. “Considerando que um dos maiores fornecedores de carne para a Arábia Saudita e Egito é a Índia, que quase não tem qualquer precaução ou regulação sanitária, eu entendo que a motivação é comercial”, apontou o analista da Safras & Mercado, Paulo Moli-
nari. ”Eles estão tentando enfraquecer os preços”, acrescentou. Para Nadia, entretanto, o apertado mercado mundial, com Estados Unidos e Austrália atravessando um período de baixa oferta bovina, não permitirá que os embargos à carne do Brasil continuem. ”À medida que isso vai ficando mais claro, os movimentos vão ser pontuais. Não acredito em prejuízo de médio e longo prazos, acredito que o impacto vai ser mínimo”, concluiu a analista da FNP. Presidente da União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec), Fernando Victer considera que a mobilização do governo e o status do país no que se refere à questão sanitária devem “produzir o rápido restabelecimento da posição do Brasil”. Ele descarta, contudo, razões comerciais para as medidas recentes e afirma que tal medida seria um “tiro no pé”. “O Brasil é um grande fornecedor do mercado. Quando o Brasil sai, a oferta de carne cai e a tendência é elevar preço. Não vejo como razoável que os demais países estejam orquestrando para prejudicar a oferta de carne brasileira”, afirmou Victer. Ag. Brasil, Rural Notícias e Reuters (por BeefPoint), com edição da RF
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Governo se mantém "tranquilo" em relação às suspensões anunciadas Países embargadores têm pouca representatividade para a balança comercial de proteínas domésticas O Brasil deverá tomar uma decisão mais forte sobre a suspensão de importação da carne bovina por países compradores apenas no início do próximo mês, quando deve acontecer a reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês). Até lá, a expectativa é a de que sejam retirados, pelo menos em parte, os embargos aos produtos domésticos. Mantido pela OIE como país classificado de "risco insignificante" para a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) – a doença da vaca louca –, o governo brasileiro aposta que esse grau será reiterado na reunião de fevereiro e, se confirmado esse parecer, terá seus argumentos fortalecidos contra as restrições adotadas pelos importadores. O temor do setor privado, porém, é justamente o de que a OIE, após tanta movimentação do mercado comprador, acabe reavaliando negativamente o status brasileiro. Ainda assim, o governo se mantém "tranquilo" quanto às suspensões anunciadas até agora porque elas partiram de países que têm pouca repre-
sentatividade para a balança comercial de proteínas domésticas. Juntos, os 10 países que já anunciaram a interrupção da compra de carne bovina, ainda que por tempo determinado, têm participação inferior a 7% das exportações do produto, segundo o Ministério da Agricultura. Com maior participação está a Arábia Saudita, com representatividade de 3,002% nas exportações no ano passado. O país anunciou que apenas comprará carne proveniente do Pará. O segundo é a China, com uma fatia de 1,23%. Esse país junto com Japão (0,134%), África do Sul (0,022%), Coreia do Sul (0,001%) e Taiwan (0,00%) declararam que não importariam mais proteína bovina brasileira – sejam animais vivos ou carnes congeladas. O Peru, responsável por 0,08% das exportações, fez um anúncio similar, mas por apenas três meses. Já Líbano (1,2%) e Jordânia (1,032%) decidiram restringir apenas a carne com origem no Paraná, e o Chile disse que não importará mais farelo de ossos e de carne. Agência Estado, com edição da RF
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Brasil deve ser quinta economia do mundo em 2013, prevê Citibank País foi um dos emergentes que mais ganharam posições no ranking das maiores economias mundiais O Brasil deverá ser a quinta maior economia do mundo em 2013, prevê o Citibank. As projeções do banco norte-americano são de que ele ultrapasse o Reino Unido, sexta posição, e a França, quinta, no ano que vem, para entrar no rol das cinco maiores economias globais, liderado pelos EUA. Em 2025, a China deverá ser a maior economia do planeta. A subida do Brasil no ranking é reflexo não só da recuperação do crescimento do país prevista pra 2013, mas também ocorre porque grandes economias desenvolvidas, sobretudo na Europa, devem ficar virtualmente estagnadas ou crescer muito pouco em 2013 e no ano seguinte, como consequência da crise na região. Nas projeções do Citibank, o Brasil deve se recuperar depois de um desempenho fraco em 2012, e o crescimento econômico deve ficar em 3,9% no ano que vem e em 4% no seguinte, como reflexo do conjunto de medidas de estímulo que o governo está tomando para reaquecer a economia. Já a França deve recuar 0,2% em 2013 e crescer apenas 0,2% em 2014, de acordo com as estimativas
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do banco norte-americano. O Reino Unido deve se expandir em 0,8% e 1% nos mesmos períodos. Os dois países devem perder posições no ranking não apenas para o Brasil, mas também para a Índia, que deverá ser a sexta maior economia do mundo em 2015. O Brasil foi um dos países emergentes que mais ganharam posições nos rankings das maiores economias mundiais nas últimas décadas. O Citi comparou o ranking das 10 maiores economias do planeta em vários períodos, começando por 1980. Naquele ano o Brasil não aparecia, a Argentina era a décima maior economia do mundo e o México, a oitava. Em 2000, o Brasil já figurava na décima posição, mas depois caiu para o 13º lugar, em 2004, para se recuperar em seguida e chegar em 2012 ao sétimo lugar. Já Argentina e México nunca mais voltaram ao ranking das 10 maiores. "Este ano, quatro das dez maiores economias mundiais são mercados emergentes", destaca o analista do Citi e autor do estudo, Michael Saunders. Agência Estado, com edição da RF
Exportações do agronegócio em 2012 registram maior valor da história Valor das vendas de carne bovina também foi recorde, com destaque para exportações de animais As exportações brasileiras do agronegócio referentes ao ano de 2012 somaram o valor recorde de US$ 95,81 bilhões, o que representou incremento de cerca de 1% (US$ 846 milhões) em relação a 2011, quando as exportações atingiram US$ 94,97 bilhões. Já as importações chegaram a US$ 16,41 bilhões, número 6,2% inferior a 2011. O saldo da balança comercial foi recorde, de 79,41 bilhões. As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). “Os números comprovam a força do agronegócio brasileiro. O país está cada vez mais competitivo internacionalmente e continuaremos trabalhando, ao lado dos produtores, na busca de novos mercados”, destacou o ministro do Agronegócio, Mendes Ribeiro Filho. Segundo ele, a economia nacional depende dos bons resultados do agronegócio para manter o Brasil entre as principais potências econômicas mundiais. Em 2012, as vendas externas foram influenciadas pela redução dos valores de mercado dos principais
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produtos exportados pelo Brasil, em função da crise econômica mundial. Os preços caíram, em média, 7,1%, enquanto o peso total exportado em produtos do agronegócio teve aumento de 8,6%. Os setores que tiveram maior crescimento de vendas foram o complexo soja (8,2%; de US$ 24,14 bilhões para US$ 26,11 bilhões), seguido por fumo e seus produtos (11,0%; de US$ 2,94 bilhões para US$ 3,26 bilhões); cereais, farinhas e preparações (60,3%; de US$ 4,16 bilhões para US$ 6,67 bilhões); fibras e produtos têxteis (20,7%; de US$ 2,17 bilhões para US$ 2,62 bilhões); e animais vivos (30,7%; de US$ 492 milhões para US$ 643 milhões). Carne bovina - A carne bovina registrou alta de 7,39%, com aumento das vendas de US$ 5,35 bilhões em 2011 para US$ 5,74 bilhões em 2012 (US$ 395,4 milhões), com valor recorde. Houve elevação da quantidade exportada: de 1,09 milhão de toneladas para 1,24 milhão (13,4%), enquanto o preço médio de exportação caiu 5,3%. As exportações de animais vivos cresceram 30,7%, o que representa 10% das compras de carne. Mapa, com edição da RF
Com agronegócio em ascensão, carnes também devem ter ano positivo Após um ano de estagnação, vendas externas do agronegócio tendem a ganhar mais força em 2013 A expectativa do mercado é que as vendas de carnes, soja, café e suco tragam mais dólares ao país, apesar do pessimismo em relação ao açúcar e milho. Carro-chefe da pauta, a soja deve puxar o crescimento, sendo que a receita com os embarques do grão e seus derivados deve alcançar US$ 30,2 bilhões, alta de 15,7%. As carnes também devem ter um ano positivo. Diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio estima que as exportações de carne bovina possam crescer 10% e superar o recorde de US$ 5,7 bilhões de 2012. Segundo Sampaio, as vendas devem ser impulsionadas pela maior oferta de animais para abate no Brasil, o que permite ao país aumentar a produção e ocupar espaços abertos por EUA e Europa, onde os rebanhos encolhem. Ele garante, ainda, que os embargos relativos ao caso de "vaca louca" não vão comprometer o desempenho do comércio exterior, uma vez que os países que impuseram restrições respondem por apenas 5% das vendas. A receita com a exportação de suínos pode subir
até 20%, para US$ 1,8 bilhão, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. "A perspectiva é otimista. Devemos repetir o ritmo do ano passado", referindo-se ao crescimento de 12,6% no volume embarcado em 2012 (de 581,5 mil toneladas). Em relação aos preços, o representante projeta uma elevação de até 10%. Além disso, a aguardada abertura do mercado do Japão, maior importador da proteína, para a produção de Santa Catarina, deve acontecer no 1º trimestre, segundo Camargo Neto. "O Japão compra 1,2 milhão de toneladas de carne suína por ano. Se comprar 50 mil a 100 mil toneladas do Brasil, esgota nossa carne". Entre os exportadores de frango, o otimismo é menor. Presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra alega que o setor já está consolidado. "E não vejo possibilidade de abrirmos novos mercados". Na melhor das hipóteses, estima, as exportações vão crescer 3% em volume e receita. Em 2012, os embarques da carne de frango somaram US$ 7,2 bilhões. Valor Online, com edição da RF
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MDIC apresenta números das exportações de carnes em dezembro Vendas para o exterior foram comparadas com dezembro de 2011 e novembro do ano passado Na comparação com dezembro do 2011, o volume exportado de carnes bovina e suína in natura cresceu em dezembro de 2012. No entanto, o volume de frango caiu, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) . Conforme apontam os números, os embarques de carne de frango in natura diminuíram de 319,9 mil toneladas para 314,2 mil toneladas, com receita de US$ 650,1 milhões, queda de 1,78%. No preço praticado da tonelada da proteína no período, porém, houve aumento de 1,79%, passando de US$ 2.032,5 para US$ 2.068,9. Já as exportações de carne bovina in natura aumentaram 32,64%, crescendo de 63,1 mil toneladas para 83,7 mil toneladas. Com preços 6,46% menores (a tonelada no mês passado valia US$ 4.648,3, frente a US$ 4.969,5 em 2011), a receita cambial ficou em US$ 389,1 milhões. Quanto à carne suína in natura, o volume exportado somou 32,3 mil toneladas, ante 30,1 mil em dezembro de 2011, indicando incremento de 7,3%. A receita cambial foi de US$ 89,8 milhões, recuo de 2,28% ante US$ 91,9 milhões. A tonelada custava US$ 2.777,5, desvalorização de 8,88% frente aos US$ 3.048,4 em igual mês do ano anterior. Comparação mensal - Se analisadas as exportações de dezembro ante novembro, apenas o suíno in natura teve queda do volume vendido, de 44,4
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mil toneladas para 32,3 mil toneladas – recuo de 27,25%. O preço desta proteína passou de US$ 2.804,4/tonelada para US$ 2.777,5/t (desvalorização de 0,95%), totalizando US$ 89,8 milhões em receita cambial. Os embarques de frango in natura saltaram de 279,6 mil toneladas para 314,2 mil toneladas, incremento de 12,37%. O preço da referida proteína aumentou 2,18%, passando de US$ 2.024,6/t para US$ 2.068,9/t e somando receita cambial de US$ 650,1 milhões. Por fim, as exportações de carne bovina in natura aumentaram em 1,2%, de 82,7 mil toneladas para 83,7 mil toneladas. A tonelada do produto, porém, sofreu desvalorização de 3,74%, caindo de US$ 4.829,3 para US$ 4.648,3. No total, a receita cambial alcançou US$ 389,1 milhões. Agência Estado, com edição da RF
Recuperação - Se em dezembro houve queda ante novembro, na primeira semana de 2013 o Brasil exportou 7,4 mil toneladas de carne suína in natura – a média diária foi de 2,5 mil t –, segundo dados do MDIC analisados pela Scot Consultoria. No resultado consolidado de dezembro, a média diária foi de 1,6 mil t. O faturamento também cresceu, passando de US$4,5 milhões por dia, em média, no último mês, para US$7,1 milhões, incremento de 57,8% no valor. Já o preço médio por tonelada (US$2.878,80) está 3,6% maior.
Programa de Qualidade de Vida do Trabalhador tem implantação debatida Projeto pretende ampliar o gerenciamento do bem-estar do trabalhador dos frigoríficos nacionais O diretor de Produção e Técnico Científico da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ariel Antônio Mendes, se reuniu com representantes das áreas de Recursos Humanos, Saúde e Segurança no Trabalho de frigoríficos de aves, bovinos e suínos. A reunião aconteceu na sede da entidade, em São Paulo (SP), dia 19 de dezembro. Representantes do Serviço Social da Indústria (SESI), que também participaram do evento, apresentaram uma proposta de trabalho para implantação de programas-piloto em agroindústrias produtoras de cárneos, com o objetivo de aprimorar a qualidade de vida do trabalhador das linhas de produção. A proposta do SESI resulta de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde agosto, a partir de reuniões e visitas realizadas em frigoríficos de Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul. “O projeto contemplará investimentos em aprimoramento de estruturas e implementação de procedimentos e processos que permitam ampliar o gerenciamento do bem-estar do trabalhador dos frigoríficos nacionais”, destaca Mendes.
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O programa terá sua primeira fase implementada já no início deste ano, e contempla, ainda, a elaboração de materiais para treinamento, vídeos educativos e outras ferramentas que auxiliarão no trabalho de orientação. Para o diretor da Ubabef, esse projeto atesta o empenho dos frigoríficos nacionais em oferecer condições de trabalho cada vez melhores aos seus funcionários. “O bem-estar do trabalhador é um dos tripés da sustentabilidade, ao lado da preservação ambiental e o bem-estar animal. Como um dos líderes mundiais na produção e exportação de carne de aves, bovinos e suínos, o Brasil defende amplamente este tripé como uma filosofia de trabalho, o que coloca o setor nacional na vanguarda mundial da saúde ocupacional”, ressaltou Mendes. De acordo com o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, o setor produtor de carnes tem investido fortemente na melhoria da qualidade de vida do trabalhador das indústrias frigoríficas. Ubabef, com edição da RF
JBS abre duas unidades em MT O JBS inaugurou mais duas unidades de abate e desossa em Mato Grosso, no dia 14 de janeiro. O início das atividades das plantas situadas nos municípios de Pontes e Lacerda e Vila Rica segue o cronograma anunciado pela companhia no fim de 2012, que já previa a abertura de quatro frigoríficos no Brasil ao longo deste ano. Além das unidades mato-grossenses, tiveram as operações iniciadas no fim do ano passado as plantas de Rolim de Moura (RO) e Nova Andradina (MS) e, até abril, serão inauguradas as fábricas de Senador Canedo (GO) e Castelo dos Sonhos (PA). Pontes e Lacerda fica a 450 km a oeste de Cuiabá, em Mato Grosso. Com 42 mil habitantes, possui rebanho de cerca de 2 milhões de cabeças, considerando municípios vizinhos. A planta tem capacidade para processar 1.250 cabeças por dia. Já em Vila Rica e região, o rebanho estimado é de 835 mil animais. O município está localizado a 1.250 km a nordeste de Cuiabá, próximo à divisa de Mato Grosso com Tocantins e Pará. A planta terá capacidade para processar 1.000 cabeças por dia. JBS, com edição da RF
Abilio Diniz investe na BRF A BR Foods (BRFS3), empresa criada em maio de 2009 a partir da união entre Sadia e Perdigão, acaba de receber um aporte de R$ 60 milhões bancados pelo empresário Abílio Diniz. Segundo fontes do mercado, ele estaria, agora, articulando a entrada na companhia. A iniciativa é considerada como uma forma do empresário diversificar os seus negócios, passando do varejo para a indústria, o que pode até facilitar a retomada das negociações para a sua saída do Grupo Pão de Açúcar. Enquanto isso, conforme especulações, Abílio Diniz surge como um nome importante e de bastante prestígio para substituir o atual presidente do Conselho de Administração da companhia, Nildemar Secches, sem que haja sustos no mercado. É válido lembrar ainda que Diniz vendeu, na semana anterior ao Natal de 2012, cerca de 1,7 milhão de ações preferenciais do Grupo Pão de Açúcar (PCAR4), o equivalente a cerca de R$ 155 milhões. O grupo, anteriomente presidido por ele, foi alvo de uma série de disputas entre o empresário e o grupo francês Casino, que acabou adquirindo o controle da companhia. Infomoney e Valor, com edição da RF
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País mantém posição de maior exportador mundial de carne de frango Brasil reduziu produção e exportação em 2012, mas manteve a liderança no comércio internacional A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) anunciou as estatísticas consolidadas do setor em 2012, no dia 15 de janeiro. O Brasil manteve a posição de maior exportador mundial e de terceiro maior produtor de carne de frango, atrás dos Estados Unidos e da China. A produção de carne de frango, principal produto avícola, foi de 12,645 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,17% em relação a 2011. De acordo com a entidade, a redução na produção foi reflexo da disparada, ano passado, dos preços do milho e da soja, que representam os principais custos do setor. Este impacto foi seguido pela ausência de créditos para avicultores e agroindústrias, o que resultou na paralisação de diversas empresas do setor e em milhares de demissões. “A avicultura brasileira enfrentou, em 2012, a maior crise de sua história. E as consequências só não foram mais acentuadas porque estamos falando de um setor muito sólido”, destacou o presidente executivo da Ubabef, Francisco Turra, frisando que a produção avícola atravessou esta conjuntura mantendo seus atributos de qualidade, sanidade e sustentabilidade. Perspectivas - As estimativas da Ubabef para 2013 são de um crescimento de até 3% – tanto na produção quanto nas exportações de carne de frango.
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Ainda com relação a este ano, a entidade prevê que, sem um crescimento maior da economia, não há perspectiva de um aumento expressivo do consumo da carne de frango no Brasil, a não ser em decorrência da expansão do consumo por parte das classes C e D. A consolidação da posição da carne de frango como uma proteína animal nutritiva e saudável também poderá contribuir para um aumento do consumo no mercado interno. E, no mercado internacional, há espaço para ampliar os embarques, segundo a Ubabef. A entidade estabeleceu, como ações prioritárias de marketing internacional, iniciativas que abrangem 11 países: • Ações de manutenção de mercado e qualificação das exportações com a participação em importantes feiras internacionais, bem como a realização de workshops na França, Emirados Árabes Unidos, China, Japão e África do Sul; • Concretização da abertura do mercado da Índia, onde o fator impeditivo é a tarifa de importação de carne de frango, hoje de 100% para cortes e 30% para o frango inteiro; • Abertura de novos mercados, como Nigéria e Argélia, na África (continente que receberá um foco especial nas ações deste ano); e Indonésia, Malásia e Camboja, na Ásia. Ubabef, com edição da RF
Números oficiais da avicultura em 2012 As exportações da avicultura brasileira (carnes de frango, peru, pato, ganso e outras aves, ovos e material genético) totalizaram, em 2012, US$ 8,362 bilhões, com redução de 5,5% em relação a 2011. Em volume, as exportações avícolas somaram 4,138 milhões de toneladas, um aumento de 0,5%. Principal produto das exportações avícolas brasileiras, a carne de frango somou 3,918 milhões de toneladas em embarques em 2012, com redução de 0,6% em relação a 2011. A receita totalizou US$ 7,703 bilhões, com queda de 6,7%. O mix das exportações brasileiras em 2012 foi composto por 55% de frango em cortes, 35% de frango inteiro, 5% de frango salgado e 5% de frango processado. Os embarques de cortes somaram 2,143 milhões de toneladas, aumento de 3,7% sobre 2011; e a receita cambial foi de US$ 4,272 bilhões, redução de 4,1%. Já os embarques de frango inteiro totalizaram 1,417 milhão de toneladas (retração de 5,7%) e a receita cambial foi de US$ 2,460 bilhões (-5,7%). Por sua vez, os embarques de frango industrializado, de 180 mil toneladas, se mantiveram estáveis (+0,3%), mas a receita teve queda de 14,2%, somando US$ 478,8 milhões. Nos outros segmentos os embarques foram de 177 mil toneladas (-8,3%), com uma receita de US$ 491,7 milhões (-22%). Vendas por regiões de destino - O Oriente Médio continuou sendo a principal região de destino da carne de frango brasileira. Para lá foram embarcadas 1,396 milhão de toneladas em 2012, com pequena retração, de 1,2%. A receita cambial foi de US$ 2,624 bilhões, em redução de 2,2%. Para a Ásia as exportações somaram 1,137 milhão de toneladas, com redução de 0,5% sobre 2011, e a receita somou US$ 2,396 bilhões, em queda de 8,7%. No caso da África, o terceiro maior mercado de destino em volumes, as encomendas foram de 598 mil toneladas, com crescimento de 20%, e a receita cambial totalizou US$ 822,6 milhões, com crescimento de 19% – o que representou o melhor desempenho entre as regiões de destino do frango brasileiro. A União Europeia respondeu por compras de 448,4 mil toneladas, redução de 8,2%, e por receita de US$ 1,184 bilhão, 18,3% menor em relação a 2011. E para os países da Europa extra UE, foram embarcadas 118 mil toneladas em 2012, com crescimento de 10%, e a receita somou US$ 258,3 milhões, em aumento de 5,8%. Para os países das Américas o Brasil embarcou 216,7 mil toneladas (retração de 25,2%), enquanto a receita foi de US$ 411 milhões (-25,7%). Para a Oceania os embarques foram de 2.188 toneladas (-22,2%) e a receita, US$ 4,7 milhões (-20,7%). Exportações por Estado - Paraná, com 28,7% de participação, e Santa Catarina, com 26,1%, lideraram as exportações de carne de frango em 2012 em volumes. O Rio Grande do Sul respondeu por 18,5% dos embarques e São Paulo por 7%. Em receita cambial, Santa Catarina, com 28,6%, liderou o ranking, vindo a seguir Paraná, com 26,6%; Rio Grande do Sul, com 18%; e São Paulo, com 6,5%. Ubabef, com edição da RF 06 20
Abiec apresenta resultados de 2012 e boas expectativas para 2013 Montante foi recorde na história das vendas externas da proteína, superando número de 2008 O ano de 2012 foi bastante positivo para a bovinocultura do Brasil, mesmo tendo o setor estado envolto por impasses acerca de substâncias betaagonistas e de algumas restrições às exportações brasileiras – com destaque para os embargos iniciados em dezembro passado, em decorrência do achado priônico no Paraná em 2010. Vale ressaltar que, sobre este assunto, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) reafirma que o Brasil nunca teve a "doença da vaca louca", sendo que o animal que morreu no Paraná nunca manifestou sintomas dessa enfermidade. Simplesmente detectou-se a presença do príon, o que pode ocorrer espontaneamente em animais de idade avançada. Mas, embates à parte, o certo é que as exportações de carne bovina do Brasil somaram US$ 5,769 bilhões em 2012, aumento de 7,33% ante a receita de US$ 5,375 bilhões registrada em 2011. Os dados foram compilados e divulgados no dia 11 deste mês, pela Abiec. Em comunicado, a entidade explica que o montante foi recorde na história das vendas externas da proteína, superando em 6,8% o resultado de 2008 (US$ 5,4 bilhões), mas ficou um pouco abaixo do previsto inicialmente, de US$ 5,8 bilhões. "O resultado poderia ter sido ainda melhor, mas a conjuntura macroeconômica de recessão provocou uma ligeira diminuição no preço médio da carne exportada", disse a Abiec na nota. O preço médio praticado no exterior ficou em US$ 4.637,10 a tonelada, um recuo de 5,34%. O maior porcentual de crescimento de receita foi de
tripas, com avanço de 58,38%, para US$ 143,705 milhões. A carne salgada somou US$ 28,613 milhões em receita cambial, alta de 11,07%; as peças in natura, US$ 4,493 bilhões, avanço de 7,81%; os industrializados, US$ 662,384 milhões, aumento de 2,96%. Já as exportações de miúdos tiveram queda de 1,45%, para US$ 441,818 milhões. Já os embarques em volume no ano passado totalizaram 1,134 milhão de toneladas, crescimento de 13,39% ante 1,010 milhão de toneladas em 2011, em linha com as estimativas da Abiec. As vendas de tripas também apresentaram o maior crescimento porcentual, de 83,04%, para 25,970 mil toneladas, seguido de carnes salgadas (18,85%, para 4,407 mil toneladas); in natura (15,27%, para 861,372 mil toneladas); industrializados (4,33%, para 99,696 mil toneladas) e miúdos (0,99%, para 143,152 mil toneladas). Compradores - Os maiores mercados da carne bovina brasileira em faturamento no ano passado foram Rússia (19%), Hong Kong (14%), União Europeia (14%), Egito (10%); Venezuela (8%), Chile (7%), Irã (6%), Estados Unidos (3%), Arábia Saudita (3%) e Líbano (1%). A Abiec explicou que entre 2011 e 2012, o volume exportado cresceu em nove dos dez maiores compradores da carne bovina brasileira. "Houve recuo apenas no volume exportado para o Irã, com redução de 48%. As justificativas para esta queda estão relacionadas às questões políticas, e não a fatores comerciais ou sanitários", declarou a entidade.
Situação nos três principais mercados Rússia - O fluxo comercial se manteve ao longo de 2012. Não existem restrições para a continuidade das exportações, nem pelo achado priônico do Paraná e nem pelas exigências relacionadas ao uso de ractopamina, cujo uso para bovinos no Brasil está suspenso. Hong Kong - A exportação continua aumentando ano a ano. Apesar da província estar administrativamente incorporada à China, os serviços de sanidade de Hong Kong continuarão com atuação independente pelos próximos anos. Não existem restrições para a exportação a este destino, muito mais relevante hoje para a indústria brasileira. União Europeia - As exportações para a UE tiveram aumento de volume, mas queda em faturamento. A recessão econômica no continente pressionou os preços negativamente, que mesmo assim são os mais altos para a carne in natura entre todos os mercados. Atualmente, 1.833 propriedades rurais estão habilitadas para o bloco europeu no Brasil. Em relação à cota Hilton, houve uma evolução no cumprimento da cota pelo brasil. No ano cota de julho de 2011 a junho de 2012, o Brasil conseguiu cumprir 25,62% da sua cota de 10.000 toneladas. No ano anterior (2010/2011), apenas 4,51% haviam sido cumpridos. Abiec, com edição da RF
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Exportação de carne do Brasil sobe mesmo com embargos As exportações de carne bovina do Brasil cresceram em dezembro, apesar das barreiras comerciais impostas ao produto brasileiro por alguns países por conta de um caso "atípico" de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da vaca louca, divulgado no início do mês passado. Os envios brasileiros atingiram 83,7 mil toneladas de carne bovina no último mês de 2012, contra 82,7 mil registradas em novembro e 63,1 mil toneladas acumuladas em dezembro de 2011, segundo informações divulgadas pela Secretaria do Comércio Exterior (Secex) no dia 2 de janeiro. Desde 7 de dezembro, quando o fato foi anunciado pelo governo do Brasil, 10 países impuseram restrições à carne brasileira ou a seus derivados: Japão, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, China e Taiwan adotaram embargo total; Jordânia e Líbano restringiram o produto do Paraná; Peru suspendeu completamente por três meses; e o Chile restringiu a compra de farinha de carne e de osso. Alguns desses países, como Chile e Arábia Saudita, são importantes importadores de carne do Brasil. O Chile é o sexto principal mercado para o produto brasileiro (em valor exportado), enquanto a Arábia Saudita é o nono, segundo dados de exportações acumulados de janeiro a novembro de 2012, publicados pelo Ministério da Agricultura. Entenda - O caso "atípico" pode ocorrer espontaneamente em bovinos idosos, e o animal de 13 anos do caso brasileiro nunca desenvolveu a EEB, tendo dado positivo para o teste de uma proteína que é o agente causal da doença da vaca louca. O animal morto em 2010 nunca entrou na cadeia alimentar, segundo o governo brasileiro, que não vê riscos sanitários. Por isso, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) manteve o status do Brasil como país de risco insignificante para a doença. Em função dos embargos, considerados injustificados pelo Brasil, o governo pode contestar na Organização Mundial do Comércio (OMC) tais barreiras, disse a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. O Brasil lidera o ranking global da exportação de carne bovina. Reuters via Agrolink e DCI , com edição da RF
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Especialistas preveem ano promissor para a ovinocultura em Mato Grosso Alguns setores da agropecuária mato-grossense mostraram organização, recuperação e capacidade de investimento em 2012, o que pode significar um 2013 promissor e de boas expectativas. Um deles é o segmento da ovinocaprinocultura que, segundo especialistas, se torna a cada dia uma atividade rentável. Por isso, tem atraído mais adeptos. A criação do Grupo Gestor da Ovinocaprinocultura, cujo compromisso é fortalecer de modo capacitado todas as estruturas do setor para que haja o crescimento da atividade, foi uma das ações realizadas para o desenvolvimento desta cadeia. De acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do Mato Grosso (Indea-MT), o rebanho de ovinos e caprinos no Estado é de 1,4 milhão de cabeças, com uma taxa de crescimento de 27% ao ano – o que corresponde a cerca de 11% do rebanho nacional, que é de 17 milhões de animais. Segundo o coordenador da Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura no Estado, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Paulo de Tarso, um dos alicerces deste grupo são os Consórcios Intermunicipais, que estão realizando o acompanhamento de todas as atividades. O objetivo é mapear toda a cadeia produtiva, com ações voltadas para as demandas que serão levantadas. A ideia é que o produto chegue aos consumidores com alto padrão de qualidade, sendo que para isso é preciso mobilizar todo o Estado. Em função disso, foi realizada uma parceria entre a Embrapa e o Estado de Mato Grosso, para a elaboração de um projeto com ênfase na capacitação continuada de técnicos multiplicadores. O papel da instituição é oferecer tecnologia com base nas potencialidades dos municípios mato-grossenses. Os trabalhos a serem executados preveem a criação das Unidades de Referências Técnicas (URTs), a serem instaladas em determinadas propriedades rurais estrategicamente situadas, que servirão de referência técnica aos produtores das regiões abrangentes. Já o repasse do conhecimento ficará de responsabilidade das instituições de Mato Grosso, como Unemat e UFMT, além do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sebrae, Senai, Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), entre outros. A proposta prevê a modernização dos frigoríficos, buscando produtos finais competitivos junto aos mercados de carne. Tarso reforça, ainda, que 2013 pode ser um ano positivo para o setor porque a ovinocultura tem se tornado cada vez mais uma atividade lucrativa, com a carne de cordeiro ganhando mercado, com uma excelente remuneração. Segundo ele, comparando com a pecuária de corte na produtividade por hectare, a produção de cordeiros rende três vezes mais que o boi. “Nosso grande desafio é a organização da produção para transformar a atividade em lucros direto para o produtor. Hoje temos os frigoríficos de Rondonópolis e Alta Floresta funcionando em pleno vapor, mas esperamos mais investimentos neste sentido”. Portal do Agronegócio, com edição da RF 06 26
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Abipecs: 2013 começa com otimismo para o setor de carne suína Presidente da associação, Pedro de Camargo Neto espera preços médios superiores aos de 2012 O ano de 2013 começa com otimismo para o setor de carne suína no Brasil, de acordo com avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. “Iniciamos 2013 com o pé direito. Esperamos um bom ano, melhor que 2012, sem a forte crise que atravessamos no meio do ano passado”. Em 2012, o Brasil exportou 581.477 toneladas de carne suína e faturou US$ 1,49 bilhão, um crescimento de 12,60% em volume e de 4,21% em valor, em relação a 2011. O preço médio, de US$ 2.571, em 2012, sofreu uma retração de 7,45%, na comparação com 2011 (US$ 2.778). Perspectivas para 2013 - Segundo o dirigente, as perspectivas e os preços do mercado interno e externo estão firmes. “Não esperamos grande crescimento das exportações ou de consumo interno, talvez um crescimento no mesmo nível do ano passa-
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do, de 12,60%, em toneladas, nas vendas externas". "Acreditamos, porém, em preços médios superiores, não só devido à recuperação das cotações em nível internacional, mas também em função de acesso a mercados externos que pagam mais. Queremos ver maiores volumes para a China continental do que para Hong Kong, mais vendas para a Rússia do que para a Ucrânia”, completou Camargo Neto. Ajustes de produção - De acordo com o presidente da Abipecs, todos os concorrentes do Brasil nos mercados externos – países europeus, EUA e Canadá – sofreram muito, também, com a alta dos insumos, quer seja milho ou farelos. "Estão todos realizando ajustes de produção e se sentem obrigados a forçar aumentos de preço". Também do lado cambial, ele diz que "não sofremos mais com aquela situação difícil de ‘câmbio irreal’, de R$ 1,70 por dólar (início de março), em comparação a cerca de R$ 2,05 por dólar, hoje”. Abipecs, com edição da RF
Destinos internacionais da carne suína em números Os processos de abertura de mercados internacionais para a carne suína brasileira caminham, mas lentamente. É o que afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. “Acreditamos ser possível concluir a habilitação para vender ao Japão ainda no primeiro trimestre. As questões técnicas estão concluídas e o que falta agora é finalizar os trâmites burocráticos, que sofreram pequeno atraso com a mudança de governo no Japão”. A Abipecs acredita, ainda, que o embargo promovido pela autoridade sanitária da Rússia ao Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, será equacionado com reuniões entre o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Enio Marques Pereira, e o diretor da Rosselkhoznadzor, Sergey Dankvert, em Berlim. Os Estados que mais exportaram no ano passado foram: Santa Catarina (207.772 t); Rio Grande do Sul (174.245 t); Goiás (71.477 t); Paraná (54.469 t); Minas Gerais (41.527 t); Mato Grosso do Sul (17.470 t); Mato Grosso (11.787 t); e São Paulo (2.730 t). Já os principais destinos foram, na ordem: Ucrânia, o principal comprador (138.666 t, com participação de 23,85% nas exportações de carne suína brasileira); Rússia (127.070 t – 21,85%); Hong Kong (124.701 t – 21,45%); Angola (45.534 t – 7,83%); Cingapura (28.171 t – 4,84%); Argentina (23.386 t – 4,02%); Uruguai (20.639 t – 3,55%); República da Geórgia (9.907 t – 1,70%); Haiti (6.606 t – 1,14%); e a Venezuela (6.553 t – 1,13%). Exportações em dezembro - O Brasil exportou 40.456 t de carne suína no mês passado, um aumento de 9,54% na comparação com dezembro de 2011. O faturamento foi 0,09% menor do que no mesmo período do ano anterior (US$ 103,65 milhões). O preço médio (US$ 2.562), em dezembro, caiu 8,80% em relação a dez/2011. O País exportou 10.914 t para Hong Kong, em dezembro de 2012, crescimento de 14% na comparação com igual período de 2011. O segundo maior comprador no mês foi Ucrânia (7.407 t, crescimento de 78,18%). Angola importou 5.684 t, aumento de 33,65%. A Rússia comprou 5.612 t, quase 100% mais do que em igual período do ano anterior. Já as vendas para a Argentina caíram 50,63% (2.216 t) ante dezembro de 2011. Abipecs, com edição da RF
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Por Danielle Michelazzo Martins
Bem posicionado no exterior, couro brasileiro gera caixa imediato para frigoríficos
U
m ano de superação. É desta forma que a cadeia coureira nacional pode definir, em síntese, como foi 2012. Isso porque além das turbulências provocadas pela grande crise econômica vivenciada por alguns dos principais países que tradicionalmente compram o couro brasileiro – em especial as nações da Europa –, os problemas de infraestrutura no Brasil também apareceram como entraves para o setor. Sem falar nos altos custos trabalhistas enfrentados pela indústria para manter em dia sua produção. Ainda assim, de acordo com o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), entidade que representa em nível nacional e internacional os empresários que compõem a cadeia do couro, foi possível recuperar o saldo negativo de 4% apresentado no primeiro semestre e, ao final do ano, atingir um balanço geral estável em relação a 2011. Em outros termos, 2012 poderia ter sido um ano melhor, mas os diversos esforços realizados no período por meio das ações individuais da cadeia coureira e através do projeto Brazilian Leather (uma iniciativa do CICB com a Apex-Brasil para o fomento das exportações) trouxeram um resultado positivo, no final das contas. Isso porque no ano em que a balança comercial brasileira teve o pior desempenho em 10 anos, com queda nas exportações da maioria dos setores produtivos, os couros contribuíram com 10,7% do superávit nacional atingido, que foi de US$ 19,430 bilhões. “Trata-se de um feito a ser registrado, considerando todos os prognósticos desfavoráveis para o ano, bem como o panorama econômico nacional”, aponta o CICB. Fortalecimento do produto no exterior Para manter a estabilidade das exportações e alcançar o crescimento de 1,6% das vendas externas brasileiras de couros em 2012, em comparação com 2011 – fato comemorado não só pela indústria 06 32
curtidora, mas por toda a economia do país –, a entidade planejou e executou uma série de ações no ano passado. Missões empresariais e comerciais, participação nas maiores feiras mundiais do setor e divulgação exaustiva do produto tanto em âmbito nacional quanto internacional. Muitas foram as atividades concretizadas para superar as barreiras existentes, visando melhor posicionar o couro brasileiro no mercado externo. Entre a série de ações idealizadas e executadas pelo CICB em 2012 com vistas à promoção de imagem, abertura de novos mercados e crescimento de vendas ao exterior para superar os números das exportações obtidos em 2011, estiveram: uma missão comercial aos Estados Unidos; missão empresarial à Turquia; participação em grandes feiras (como a APLF e a ACLE, em Hong Kong e Shanghai, respectivamente); e comunicação intensificada com a mídia especializada internacional. Destaque também para o alinhamento de um novo Planejamento Estratégico para a entidade, por meio do qual puderam ser traçados países alvo para futuras ações, proporcionando um novo panorama geral de atuação do setor de couros do Brasil. “Para 2013, a proposta do CICB é intensificar ainda mais as atividades para aumento das vendas ao mercado externo, focando atenções aos produtos de maior valor agregado, trazendo diferenciais em design, sustentabilidade e gestão industrial”, finaliza a entidade. A previsão é de que haja um aumento de 3 a 5% nas exportações brasileiras de couros. Gestão de peso Um dos grandes motores da economia brasileira, a indústria curtidora movimenta um PIB de US$ 3,2 bilhões, e emprega cerca de 50 mil pessoas, conforme dados divulgados pelo CICB no primeiro trimestre do ano passado. Já a cadeia produtiva do couro – que abrange os setores de curtumes, calça-
dos, componentes, máquinas e equipamentos para calçados e couros, artefatos e artigos de viagem em couro – reúne 10 mil indústrias, gera mais de 500 mil empregos e movimenta receita superior a US$ 20 bilhões de dólares por ano. Com base nestes números, dá para se ter uma noção mais realista da responsabilidade assumida por José Fernando Bello, em março último, quando o mesmo ocupou o cargo de presidente executivo do CICB no lugar de Wolfgang Goerlich, estando, hoje, à frente de uma entidade federativa que representa mais de 800 empresas de produção de couros instaladas no País – desde organizações familiares, até curtumes médios e grandes conglomerados corporativos do setor. Profissional com larga experiência na área de processamento de couros, José Fernando Bello é formado pela escola técnica de curtimento de Estância Velha (RS) e em Logística, com especialização em Marketing. Nascido no Rio Grande do Sul, está no setor desde 1970, tendo atuado como gerente de negócios do departamento de couros da empresa Clariant no Brasil, durante 22 anos. Diretor da empresa Greennova Tecnologia Ltda. e da F.Bello Assessoria Empresarial, o atual dirigente do CICB foi também presidente e diretor da Associação Brasileira de Técnicos e Químicos da Indústria do Couro (ABQTIC) e responsável pela organização do I Congresso Mundial do Couro, realizado no Rio de Janeiro em novembro de 2011. Dentre as principais metas assumidas no início de sua gestão estão o fortalecimento da entidade, a agregação de novos associados e iniciativas na área de sustentabilidade e ações tributárias. “O setor de couro é bastante onerado em termos de impostos. Defendo um tratamento tributário diferenciado para os curtumes que utilizam tecnologias limpas”, diz Bello. Posicionar melhor o couro brasileiro no mercado interno, cuja imagem já é bastante divulgada no exterior, bem como promover ações que apoiem o processo de sustentabilidade adotado pelas empresas e na divulgação de melhores práticas ambientais foram outras metas anunciadas. “A indústria do couro investe pesadamente em valores e em tecnologias limpas, respeitando todos os parâmetros internacionais”, explica. Confira a seguir, na íntegra, entrevista exclusiva concedida pelo dirigente à Nova Revista Frigorífico, com dados atualizados do setor e perspectivas para este ano. Nova Revista Frigorífico - Diversos esforços foram realizados pela cadeia coureira do Brasil em 2012, no sentido de conquistar novos mercados e aumentar as vendas externas. Por que o mercado
externo é tão importante para o setor? José Fernando Bello - O Brasil é um dos maiores produtores de couros, juntamente com Índia, China e Estados Unidos. Atualmente, exportamos cerca de 70% de nossa produção. O couro brasileiro está muito bem posicionado no exterior e, a cada ano, adquire maior presença no mercado mundial. O mercado interno está sendo inundado por produtos mais econômicos, produzidos por materiais sintéticos. NRF - Ainda sobre o couro brasileiro no mercado internacional, como fazer o produto produzido no País se tornar competitivo aos olhos do comprador externo? Bello - Considerando que exportamos cerca de 70% da produção brasileira, podemos afirmar que estamos trabalhando bem e mostrando nossa qualidade e nossos processos ecologicamente corretos. Para sermos mais competitivos, somente com redução dos custos internos e um câmbio mais favorável. NRF - Qual foi o fator de destaque para uma competitividade assertiva nos últimos 12 meses e
José Fernando Bello, presidente executivo do CICB
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qual a previsão para o cenário atual, em se tratando do mercado internacional em 2013? Bello - Os curtumes brasileiros adotaram processos produtivos mais rápidos e eficientes, com forte reaproveitamento das águas. Além disto, a construção de plantas industriais mais próximas aos frigoríficos também trouxe resultados significativos à cadeia produtiva. A posição de destaque no mercado internacional qu eocupamos demonstra o reconhecimento da qualidade dos couros brasileiros em relação aos artigos produzidos e a qualidade dos processos industriais, respeitando as questões ambientais. NRF - Exportações de couro totais do Brasil, em volume e receita. Quais os números mais atuais do saldo de 2012. As previsões para este ano são otimistas? Bello - As conjecturas econômicas iniciais para o ano de 2012 eram bastante desfavoráveis ao setor de couros do país. Como obstáculos para o aumento das exportações tivemos a crise na Europa, que fez com que alguns dos principais compradores de couro brasileiro diminuíssem o volume de pedidos; e entraves domésticos, como as altas cargas tributária e trabalhista e elevados custos internos de infraestrutura. Apesar desses fatores, as exportações de couros e peles em 2012 superaram o valor alcançado no ano anterior. No total, foram exportados US$ 2,071 bilhões, ou seja, uma alta de 1,3% em relação a 2011, cujo valor final ficou em US$ 2,043 bilhões. O balanço do ano para o setor de couros foi ao encontro das projeções e das ações de promoção de exportações lideradas pelo CICB. Os dados das exportações de 2012 foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que também destacou os números exclusivos do mês de dezembro: foram US$ 185 milhões em vendas de couros e peles ao mercado externo, o que representa uma alta de 14,9% em relação ao mesmo mês de 2011 – e alta de 5,7% em relação a novembro de 2012. A participação de couros e peles em todos os produtos brasileiros exportados passou de 0,8% em 2011 para 0,9% em 2012. NRF - Qual a importância do mercado interno hoje e como a demanda reagiu em relação a 2011? O que esperar desses dois fatores – mercado e demanda internos – para 2013? Bello - Não houve aumento considerável no consumo de couro no mercado interno no ano de 2012. Pra o próximo ano, acreditamos num mercado interno estável e crescimento de 3 a 5% no mercado externo. 06 34
NRF - No que diz respeito à cadeia coureira do Brasil, qual produto pode ser, hoje, considerado o de maior aceitação em nível de mercado interno e/ ou externo? Qual é o “produto referência” para o segmento? Bello - O couro continua sendo um produto desejado por todos os consumidores, seja no Brasil ou no exterior. Internamente, o couro é mais consumido para a produção de calçados. Já no exterior, o couro brasileiro é mais utilizado para estofamento residencial e automotivo. NRF - O couro bovino é, ainda, líder de mercado, seguido pelo couro caprino? Bello - No Brasil, o couro bovino lidera a produção com cerca de 40 milhões de couros /ano. A produção de caprinos no Brasil não chega a ser significante. NRF - Em virtude de ser um material de alto custo, muito se fala em substitutos do couro – principalmente nas indústrias da moda e moveleira –, tais como materiais sintéticos e naturais e, ainda, o couro reconstituído ("recouro"). Quais os efeitos disso sobre a produção de couro tradicional e como o setor está trabalhando para fortalecer o produto no mercado? Bello - O couro não é mais caro que os produtos sintéticos de boa qualidade. Existe, muitas vezes, um posicionamento equivocado do produto junto ao consumidor final. Lamentavelmente, grande parte do consumidor brasileiro está sendo enganado comprando material sintético pensando que é couro. Couro sintético, couro ecológico e demais nomes do gênero não existem. A palavra COURO, por LEI, somente pode ser utilizada para o material natural. Iremos iniciar uma campanha pra esclarecer a população para este fato e solicitar punção aos infratores. NRF - Qual a importância dos frigoríficos para a indústria coureira? Qual a relação entre esses dois setores? Bello - O relacionamento entre frigoríficos e curtumes é bastante antigo e forte. Todos os couros disponibilizados pelos frigoríficos brasileiros são adquiridos pelos curtumes brasileiros com pagamento à vista, gerando caixa imediato para o frigorífico. Trata-se de uma parceria profícua, uma vez que os curtumes são excelentes clientes dos frigoríficos. Os dois setores estão em diálogo em busca de melhorias na qualidade de tiragem e conservação dos couros, pontos fundamentais para crescimento da qualificação do couro brasileiro. Gostaríamos também de dialogar sobre sistemas de classificação dos couros in natura. Muito pode-se fazer. RF As fotos que ilustram a matéria pertencem ao acervo do CICB.
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Por Carolina Sibila
REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL Carnes e derivados em perfeita qualidade para o consumidor
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“O processo de controle ideal será aquele onde é refrigeração industrial pode ser definida alto o grau de automatização. Em alguns frigoríficos, como a ação de resfriar determinados amo grau de automatização na refrigeração industrial bientes de forma controlada, com a finaliainda é muito baixo, o que causa desperdício tanto dade de viabilizar processos, processar na qualidade quanto no consumo do frigorífico, e e conservar produtos. Por isso, nos frigoríficos, os ainda contribui para um maior risco de acidentes”. sistemas de refrigeração adequados e de qualidade Por isso, Souza explica que muitos investimentos são essenciais. “A refrigeração ideal garante que a têm sido realizados em pesquisas e desenvolvimento temperatura da carne caia após o abate e, apenas de novos produtos, que contribuem cada vez mais nas condições corretas, é que se mantém o produto para a evolução da refrigeração industrial, tais cofresco para o consumo”, explica o supervisor de mo: o conceito de modularidade e flexibilidade que refrigeração da Arneg do Brasil, Thomas Shiller. confere ao produto uma grande facilidade no que Os sistemas de refrigeração industrial utilizados tange ao aumento de capacidade ou melhorias na atualmente fundamentam-se na capacidade de alautomação da instalação, permitindo que manutengumas substâncias, chamadas de agentes refrigeções sejam feitas de forrantes, absorverem granma mais rápida e eficaz; de quantidade de calor Os equipamentos de refrigeração industrial as conexões para soldaquando passam do estado devem garantir temperaturas que variem de gem direta às tubulações, líquido para o gasoso. Tais reduzindo os riscos de substâncias devem pos0ºC a -1ºC, tanto nas câmaras frias quanto vazamentos; as válvulas suir características como: nos expositores do varejo". Thomas Shiller são mais compactas e ser volátil ou capaz de mais leves, propiciando evaporar; apresentar caeconomia de espaço, redução de tempo para monlor latente ou vaporização elevados; requerer o mítagem e de manutenção; o projeto de controle de nimo de potência para sua compressão à pressão vazão permite um desempenho superior em diversas de condensação; produzir o máximo possível de recondições de operação; o acoplamento magnético frigeração para um dado volume de vapor; não ser das válvulas motorizadas (ICM) confere uma selagem combustível ou explosivo; ser inofensivo às pessoas; hermética com o motor de passo digital. ter um custo razoável; e possuir um odor que revele Ainda, independentemente do tipo de sistema sua presença. de refrigeração utilizado, todos devem ter um rePor atender a essas e outras exigências, os equiservatório com volume suficiente para armazenar a pamentos que contêm amônia, segundo Shiller, são carga total do agente refrigerante durante as paradas os tipos mais utilizados pelos frigoríficos. Porém, para manutenção. A carga total do agente não deve importante ressaltar que a amônia é considerada um ocupar área maior que 90% do volume do reserelemento altamente tóxico e, em concentrações de vatório, para uma temperatura de armazenamento 15% a 30% em volume, torna-se explosiva. não superior a 40ºC. Já para temperaturas de arAdemais, apresenta diversas vantagens, como mazenamento maiores que 40ºC, a carga de refrio fato de ser o único agente refrigerante natural gerante não deve ser superior a 80% do volume do ecologicamente correto, por não atingir a camada reservatório. de ozônio. Assim, em virtude de suas prioridades termodinâmicas e por possuir um baixo custo, a Instalações e segurança amônia tem se tornado a opção mais procurada por diversos nichos de mercado. Para que a instalação dos equipamentos de refriO engenheiro de vendas da Danfoss do Brasil, geração seja feita corretamente, é necessário tomar Gilberto Francisco de Souza, acrescenta que, em alguns cuidados. Primeiramente, os equipamentos alguns ambientes, o uso de fluido secundário é uma devem ficar no piso térreo de um edifício. Porém, alternativa em que o maior custo do frio é compensacaso isso não seja possível e seja preciso mantêdo pela maior segurança às pessoas e ao processo.
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los no mesmo prédio onde funcionam outras atividades administrativas ou de produção, a instalação dos equipamentos deve ser feita em uma parte externa, com o máximo de paredes exteriores possível. Também é essencial ter a ventilação adequada onde estão os equipamentos, assim como a existência de detectores de vazamento de gás. Os escapamentos dos dispositivos de alívio de pressão devem se localizar em altura e distantes de portas, janelas e entradas de ar. Os riscos da carne contaminada ao consumidor A carne e seus derivados são produtos que se deterioram rapidamente por serem altamente perecíveis e, por isso, a temperatura é um dos fatores que mais interfere na multiplicação de microrganismos. Isso acontece porque cada fungo e bactéria tem sua temperatura ideal de crescimento; o máximo e a mínima. A maioria cresce bem entre 15ºC e 40ºC. O congelamento é importante porque mata ou prejudica a maioria das bactérias na carne. Com a deterioração do produto, seja por fungos ou por bactérias, ocorrem também alterações químicas – que são imperceptíveis a olho nu; e físicas – que podem ser percebidas pela alteração de cor, odor, sabor e maciez. E as consequências para os consumidores são seriamente prejudiciais à saúde. Quando a carne é veiculadora de substâncias tóxicas, que podem ser tanto químicas como de origem microbiana, o consumidor adquire uma intoxicação alimentar. Um exemplo disso é o botulismo, uma infecção bacteriana que provoca um quadro de intoxicação grave, causado pelas toxinas da Clostridium botulinun dos tipos A, B, E e, em raras ocasiões, pelo tipo F, podendo até mesmo ser fatal. Há também microrganismos com grande potencial para causar sérias infecções, como a Escherichia Coli, uma bactéria que habita o intestino de animais endotérmicos, cuja presença pode indicar aspectos relativos à qualidade da água e de alimentos. Ela também pode provocar doenças, como infecções urinárias, diarreia, colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urêmica. Nesse sentido, é inegável que a temperatura ajuda a manter a qualidade e a segurança dos alimentos. E, de acordo com Shiller, da Arneg do Brasil, existem normas de refrigeração com cuidado especial em temperaturas e condições de armazenamento. “Tais condições impostas, como a temperatura delta T – diferença de temperatura e vazão de ar – são importantes para projetar um equipamento próprio para conservação da carne. Hoje, também são muito utilizados equipamentos de monitoramento eletrônico, que ajudam a conservar a temperatura”, esclarece. Os equipamentos de refrigeração industrial, segundo Shiller, devem garantir temperaturas que variem de 0ºC a -1ºC, tanto nas câmaras frias quanto nos expositores do varejo. “O controle de temperatura varia de uma câmara a um expositor, mas é importante que os produtos sejam mantidos próximos a 0ºC”, alerta. RF 37
Por Carolina Sibila
BALANÇAS E SISTEMAS DE PESAGEM Garantia de redução de custos e notabilidade no mercado
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esde o momento do transporte dos animais ainda vivos, até a embalagem final dos produtos, as balanças e os sistemas de pesagem estão presentes e possuem um papel fundamental para a indústria frigorífica. Esses equipamentos, de acordo com o gerente de engenharia da Filizola S.A. Pesagem e Automação, Thiago Camargo, são extremamente importantes para estabelecer um elo de confiança entre o frigorífico e os criadores de gado, que frequentemente acompanham a pesagem de seus lotes de animais. Por meio das pesagens, também é possível realizar o monitoramento e controle de qualidade, efetuar a separação de peças de pesos similares e controlar perdas. “Qualquer empresa e, principalmente, os frigoríficos que utilizam balanças e/ou sistemas de pesagens para controlar o seu estoque e fluxo de produção, certamente terá uma significativa redução de custos e grande competitividade no mercado”, aponta o gerente comercial da empresa Balanças Micheletti, Valdecir Martins. Ainda segundo Martins, o ponto fundamental em qualquer empresa, atualmente, é conseguir controlar seu fluxo com baixo custo. “Uma empresa que decide optar por fazer este controle usando balanças e programas de controle, sem dúvidas fará um investimento muito pequeno, terá um retorno muito rápido e ainda colocará sua empresa em um avançado conceito de tecnologia”, afirma. Mas, para que as balanças e os sistemas de pesagem funcionem corretamente, é preciso tomar alguns cuidados. O diretor da Bextra Sistemas de Pesagem, Dante Maestri, explica que uma das prevenções é garantir que erros humanos sejam evitados. “Para isso, as balanças devem ser de pesagens automáticas ou eletrônicas, conectadas em rede com sistema online de controle, que disponibilizam todo o tipo de relatórios de produção e rendimentos”. Para cada aplicação, existem particularidades no uso da balança. Em frigoríficos, segundo o gerente comercial da Navarro, José Paulo Marin, devem ser consideradas questões sanitárias que garantam a não-contaminação dos produtos durante o processo de pesagem. “O treinamento dos operadores quanto a cada tipo de balança garante pesagens corretas, evita erros humanos e prolonga a vida do equipamento”. Camargo, da Filizola, acrescenta que, além des06 38
ses procedimentos, também é preciso que a balança esteja inicialmente zerada, nivelada, aferida e com selo de aferição do Inmetro, com manutenção em dia, instalada em local sem vibração e de baixa condensação. Já para uma maior durabilidade das balanças, Maestri alerta que elas devem ser blindadas, à prova d'água e fabricadas em aço inox, permitindo a lavagem. “É importante também para cada frigorífico a especificação do número de balança, assim como suas características técnicas (capacidades máximas, divisões mínimas, blindagem para setor do frigorífico), assegurando a compra adequada com o menor erro do processo de acordo com o porte do frigorífico”, finaliza. Sistemas de Pesagem Os sistemas de pesagem mais utilizados pelo setor frigorífico são: as balanças rodoviárias, usadas para a pesagem dos animais no recebimento do frigorífico; as balanças para pesagem do gado vivo; Sistema Nória com balança Tendal, para pesagem da carcaça pós-limpeza e durante o transporte entre as etapas do processo – conferência da pesagem pelos criadores após a evisceração; balanças de bancada, utilizadas para pesagem das peças e miúdos; balança de piso para pesagem dos paletes na entrada e saída da câmara fria; e o Sistema de Coleta e Controle para registros das pesagens, relatórios, controle de estoque e rastreabilidade dos produtos. Com relação às balanças, as eletrônicas com células de carga e plataforma em aço inoxidável, segundo Marin, são as mais utilizadas nos frigoríficos. Ele explica também que as células de carga são peças fundamentais para a precisão e durabilidade de uma balança em frigorífico. São elas que enviam os sinais elétricos para o indicador digital, que transformará a informação em peso. “Recomenda-se a fabricação em aço inoxidável ou ligas de aço de alta resistência”, diz o gerente da Navarro. Célula de Carga A célula de carga é o transdutor que converte energia mecânica em elétrica, ou seja, é um dispositivo que produz sinal elétrico de saída proporcional
ao peso aplicado em sua superfície de carga. Ela funciona da seguinte maneira: primeiramente, os extensômetros são colocados em uma peça metálica, denominada corpo da célula de carga. A força/peso atua, portanto, sobre o corpo da célula de carga e sua deformação é transmitida aos extensômetros que, por sua vez, medirão sua intensidade. A célula de carga é usada na medição de força ou peso em tração e/ou compressão, aplicadas em balanças, sistemas de pesagem, entre outros. Sua utilização como transdutores de medição de força abrange, hoje, uma vasta gama de aplicações, desde balanças comerciais até a automação e controle de processos industriais. Limpeza Uma das maiores preocupações dos frigoríficos com relação às balanças e sistemas de pesagem é a de efetuar a pesagem dos alimentos sem contaminá-los. Por isso, Marin afirma que o ideal é utilizar balanças que garantam a descontaminação após o uso como, por exemplo, as laváveis em aço e inox, bem como a utilização de recipientes de car-
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ga adequados, que ajudam a eliminar os riscos de contaminação. Além disso, Camargo, da Filizola, alerta que é importante manter limpas e desinfetadas todas as superfícies que entram em contato com os alimentos, assim como toda a área de manipulação. Para tanto, o frigorífico deve estabelecer um plano de higiene e desinfecção, que deverá ser executado com a frequência necessária para assegurar a não contaminação dos alimentos. “Em geral, os equipamentos de processo (inclusive os de pesagem) devem ser limpos e desinfetados várias vezes ao dia e ao final do expediente, como preparação para o dia seguinte. Devem ser utilizados agentes de limpeza aprovados pelos órgãos competentes e não devem ser utilizadas substâncias odorizantes ou desodorizantes”, complementa. Entretanto, cada frigorífico deve estabelecer a frequência de higienização e as técnicas aplicadas, seguindo os regulamentos técnicos e instruções normativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). RF
Dante Maestri, diretor da Bextra Sistemas de Pesagem
Fenapec sugere à JBS Consebov, Anca e três balanças nos frigoríficos A Frente Nacional da Pecuária (Fenapec) reuniu, em dezembro, na sede da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), a diretoria do JBS e pecuaristas para tratar dos principais pontos da chamada Agenda Positiva, construída pelo grupo. A transparência da pesagem dos animais foi um dos principais assuntos abordados no encontro, juntamente com a criação do Consebov e da Agência Reguladora da Cadeia Produtiva da Carne (Anca) – nome este sugerido pelo presidente da Acrissul. Na avaliação do presidente da Acrissul, Francisco Maia, várias ações já foram realizadas com intuito de aproximar indústrias e produtores. “Iniciamos o ano com muitas discussões e terminamos com um consenso”, declarou. O consenso a que se refere é o encaminhamento dos três principais aspectos debatidos na reunião. Com relação à pesagem, a ideia é implantar um sistema contínuo nos frigoríficos com três balanças, sendo uma na insensibilização, a segunda na prélimpeza e a terceira na pós-limpeza. Para o presidente do Grupo JBS, Wesley Batista, o grupo apoia as sugestões em torno dos três temas. “São pontos que beneficiam tanto os produtores quanto o frigorífico. Defendo a ideia de que busquemos viabilizar a criação do Consebov e da Agência e, quanto à pesagem, também penso que seja fundamental uma conexão para coletar as in06 40
formações das três balanças”, sugeriu. Na visão da secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Correa da Costa, a reunião foi um grande avanço para a cadeia produtiva. “Só pelo fato das partes estarem sentadas conversando já temos nisso um grande avanço, principalmente porque juntos estão buscando um caminho. Com isso evoluímos muito. Ainda há muito o que ser feito, mas o entendimento de buscarmos colocar em prática esses três pontos [a questão da pesagem, dos estudos para a criação do Consebov e da Agência Reguladora] realmente foi um grande passo”, avaliou. Superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, também comemora a consolidação do canal de comunicação criado. “Isso, com certeza é um avanço, uma importante mudança”, destacou. Opinião compartilhada pelo presidente da Sociedade Rural Brasileira, Cesário Ramalho, que acrescentou que “está sendo construída uma nova história da pecuária”. Já o presidente da Famasul, Eduardo Riedel, lembrou que a indústria construiu um novo modelo de atuação e o mesmo precisa ocorrer no campo. “Nós também precisamos construir um novo modelo para podermos avançar. Este é um desejo único e que está sendo proporcionado neste momento”. Fenapec, com edição da RF
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BRF reposiciona marca corporativa após conclusão do processo de fusão Evolução do posicionamento institucional e logomarca se baseiam na vocação de aproximar vidas Determinada pelo objetivo de consolidar-se como uma companhia global de alimentos, a BRF inicia 2013 com foco em um novo posicionamento da marca corporativa. Com a conclusão do processo de fusão entre Perdigão e Sadia em dezembro de 2012, a BRF agora avança para ser reconhecida como marca líder de seu segmento e também admirada em todos os mercados que atua, no Brasil e no exterior. Alinhado ao novo momento da companhia, o padrão visual foi totalmente remodelado para transmitir aos parceiros, clientes e demais públicos de interesse as características de sua nova essência e valores: tem energia; é protagonista; cultiva vínculos; e dialoga com o mundo. “Nós aproximamos o trabalho de milhares de parceiros para fornecer alimento em todo o mundo, aproximamos talentos que gostam de desafios e entregam o que prometem e também aproximamos milhares de consumidores em momentos de convivência e prazer. Somos uma empresa que nasceu para aproximar vidas”, afirma o diretor-presidente da BRF, José Antonio Fay. Ainda segundo comunicado divulgado este mês, o nome oficial da companhia também foi alterado e passa a ser apenas BRF, mais em linha com a es-
tratégia da companhia de se tornar global. "Esta nova marca institucional também agrega qualidades dos produtos da companhia, como inovação, pioneirismo e sustentabilidade. São atributos que escreveram a história do mercado nacional de alimentos, e que já começaram a participar de regiões como América do Sul, Europa, Oriente Médio e Ásia", diz o texto. Para chegar às novas características da marca, a companhia fez um trabalho de dois anos, respaldado em uma pesquisa aprofundada com públicos estratégicos e na consultoria das agências Interbrand e A10. De acordo com o vice-presidente de assuntos corporativos da BRF , Wilson Mello, “um alinhamento de cultura interna e engajamento foi trabalhado pensando na nova estratégia de negócios da BRF de ser uma marca global e estar entre as maiores empresas de alimentos do mundo”. As 63 unidades da companhia espalhadas no Brasil e outros países vão substituir de forma gradativa a identidade visual. As novas mensagens e logo também serão apresentadas ao mercado e consumidores, por meio de campanhas institucionais em rádio, jornais e revistas, além da inserção nas embalagens dos produtos Perdigão, Sadia, Batavo, Elegê e Qualy, que são marcas administradas pela BRF.
SOBRE A BRF A BRF foi criada em 2009 a partir da associação entre Perdigão e Sadia. A empresa atua nos segmentos de carnes (aves, suínos e bovinos), alimentos industrializados (margarinas e massas) e lácteos, com marcas consagradas como Perdigão, Sadia, Batavo, Elegê, Qualy, entre outras. Com faturamento líquido de R$ 25,7 bilhões, registrado em 2011, a BRF é uma das maiores exportadoras mundiais de aves e está entre as maiores empresas globais de alimentos em valor de mercado. Responde por mais de 9% das exportações mundiais de proteína animal, e é a única companhia do Brasil com rede de distribuição de produtos em todo o território nacional.
BRF adquire 49% do capital acionário da Federal Foods A BRF – Brasil Foods S.A. (BRF), nos termos da Instrução CVM nº 358 de 03 de janeiro de 2002, e do parágrafo 4º do artigo 157 da Lei Nº 6.404/76, anunciou, em 04 de outubro de 2012, a assinatura de uma oferta vinculante para aquisição, através de sua subsidiária na Áustria, de participação de 49% do capital acionário, da Federal Foods Limited (Federal Foods), uma Companhia de capital fechado com sede em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos (EAU). Dando procedimento às negociações, no dia 16 de janeiro, a companhia anunciou a conclusão deste negócio, com valor final de USD 37,1 milhões. A BRF terá o poder decisório em conformidade com o acordo de acionistas estabelecido e consolidará as Demonstrações Financeiras da Federal Foods. Esta aquisição está em linha com o plano estratégico da BRF de internacionalizar a companhia acessando mercados locais, através de processamento e distribuição, fortalecendo as marcas da BRF e expandindo seu portfólio de produtos no Oriente Médio. 06 42
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Ministério atualiza processo de registro de estabelecimentos avícolas Normativa pretende prevenir a entrada e a disseminação de doenças no plantel avícola nacional Para simplificar procedimentos, diminuir entraves e esclarecer definições, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atualizou a Instrução Normativa (IN) 56/2007, dando celeridade ao processo de registro de estabelecimentos avícolas de reprodução e comerciais. A publicação da Instrução Normativa nº 36, em 07 de dezembro, no Diário Oficial da União (DOU), alivia o peso das costas dos avicultores. No mesmo dia em que expiraria o prazo dado pelas Instruções Normativas 56 e 59 para que os avicultores registrassem seus estabelecimentos nos órgãos oficiais de defesa, o Mapa editou essa nova norma aprimorando as exigências. Dentre as mudanças na norma publicadas no DOU, em dezembro, está a exclusão da obrigatoriedade do uso de telas de proteção nos galpões do tipo californiano clássico ou modificado utilizados em granjas de postura comercial de ovos para consumo. A alteração baseou-se em estudo realizado pela Embrapa, que demonstrou a inviabilidade técnica de colocação da tela nesses tipos de galpões. Esses estabelecimentos, entretanto, deverão seguir um padrão de manejo de biossegurança e realizar vigilância com colheita de amostras, visando a
detecção precoce da entrada de doenças avícolas em seus plantéis. Isso porque esses estabelecimentos, juntamente com os que não se adequaram aos procedimentos de registro, representam um maior risco para a entrada e disseminação de doenças avícolas, por não terem implementado procedimentos mínimos de biossegurança. De acordo com o Mapa, o modelo dessa vigilância diferenciada será definido até março de 2013, pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). Além disso, a pasta reduziu a quantidade de documentos necessários para o registro. Conforme previsto pela IN 56/2007, as granjas de reprodução devem apresentar a documentação para a Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento da sua unidade federativa, e as comerciais para os órgãos estaduais de defesa sanitária animal. A normativa de registro surgiu da necessidade de prevenir a entrada e a disseminação de doenças no plantel avícola nacional, sendo implantadas medidas de biossegurança nos estabelecimentos avícolas para que riscos, seja para sanidade avícola ou para a saúde pública, sejam mitigados. Mapa e Faep, com edição da RF
UBABEF comemora publicação da IN 36 O presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, e o diretor de Produção e Técnico-Científico da entidade, Ariel Antônio Mendes, comemoraram a publicação da Instrução Normativa (IN) n° 36, publicada em 07 de dezembro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com Turra, a nova legislação reduziu burocracias e tornou viável o registro de granjas, sem perder o nível de qualidade das exigências propostas na Instrução Normativa anterior. “A nova normativa trouxe excelentes ganhos sanitários para o país, sem impactar na viabilidade da atividade. Em termos práticos, reduziu-se a quantidade de papéis, mas manteve-se a preocupação com a sanidade da produção, um dos mais valiosos bens da avicultura brasileira”, destaca. Conforme Mendes, a nova legislação também alterou a obrigatoriedade do registro de granjas nos Conselhos de Medicina Veterinária. Pela nova legislação, existe apenas a obrigatoriedade de que a empresa ou produtor informe o nome do responsável técnico. “Com a exigência anterior, produzir frangos e ovos no Brasil se tornaria muito mais caro, sem qualquer ganho prático para a preservação sanitária do setor”, reforça Mendes. Outro ponto importante da norma é o fim da exigência para telamento de galpões do tipo californiano. A decisão do Mapa pelo fim dessa exigência, conforme explica Mendes, partiu de um estudo encomendado pela Ubabef e o Instituto Ovos Brasil à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Face às dificuldades para esse tipo de instalação, a Embrapa sugeriu várias ações para mitigar os riscos, como controle de roedores e para não atrair a presença de aves silvestres no ambiente de criação das galinhas poedeiras. “Apesar disso, o MAPA manterá o monitoramento sobre todas as granjas e exigirá ações que mitiguem a ausência dessas telas com cuidados sanitários apropriados”, explica. O diretor da Ubabef lembra que o prazo para a entrada em vigor da legislação foi mantido – 6 de dezembro – e destaca que o Mapa deverá definir até o dia 30 de março de 2013 um programa de monitoramento para granjas de corte e postura que ainda não estão adequadas à norma. Ubabef
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Embrapa Suínos e Aves lança nova versão de software de granulometria A nova versão do programa Granucalc já está disponível na internet, para download gratuito no site A nova versão do programa Granucalc já está disponível para download gratuito no site da Embrapa Suínos e Aves, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologia da Informação da Embrapa, o software é utilizado na análise de granulometria para calcular o diâmetro geométrico médio (DGM) das partículas de ingredientes para ração, em substituição ao anteriormente chamado Softgran. A nova versão está atualizada para os novos sistemas operacionais e ganhou também nova interface gráfica. Software inédito no Brasil, o Granucalc é resultado de pesquisas dos efeitos da granulometria do milho das rações sobre aspectos técnicos e econômicos importantes na produção de suínos e aves. "Como o milho é o principal ingrediente energético das rações, e também o ingrediente que participa com maior proporção nas formulações para suínos (75%) e aves (60%), o que representa em torno de 40% do custo total de produção, ele deve ser bem aproveitado pelos animais para otimizar a digestibilidade das rações,
o desempenho animal e a redução de excreção de nutrientes no meio ambiente", diz o pesquisador Dirceu Zanotto, que liderou os trabalhos. A Embrapa Suínos e Aves identificou que o DGM das partículas do milho mais adequado para as rações de suínos é de 450 a 600 micrômetros. Para frangos de corte, o indicado é um DGM de 850 a 1.050 micrômetros. O Granucalc é indicado para produtores, fábricas de ração, agroindústrias, cooperativas, associações, instituições de ensino e pesquisa e laboratórios de análise de alimentos. Para baixar o programa de graça, é só acessar o endereço www.cnpsa.embrapa. br clicando na seção "Acesse Também > Granucalc". Terminado o download, não é necessário fazer a instalação. Basta extrair o conteúdo do arquivo para uma pasta no computador e executar o arquivo granucalc.jar. Em caso de dúvidas ou de mais informações, a Embrapa Suínos e Aves disponibiliza o Serviço de Atendimento ao Cidadão, com contatos pelo e-mail cnpsa.sac@embrapa.br ou pelo telefone (49) 34410400. Embrapa Suínos e Aves, com edição da RF
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Nativ inova e lança Fish Burger, com aprovação do consumidor Para agradar cada vez mais o paladar dos consumidores, a Nativ Pescados – empresa de pescados de aquicultura que atua em toda a cadeia, desde a reprodução das espécies, até a industrialização e comercialização dos produtos –, realizou uma Discussão em Grupo, mais comumente chamada como Focus Group, para lançar um novo produto: o Fish Burger. “Durante a discussão em grupo, os consumidores experimentaram a crocância, a maciez e o sabor característicos dos produtos, que foram apresentados em um formato jamais degustado no mercado”, esclarece Rosana Diniz, gerente de Marketing da Nativ Pescados, ao contar que os consumidores foram reunidos para experimentar, sugerir e avaliar o sabor, textura e aroma do hambúrguer temperado, empanado e pré-frito. O lançamento, que faz parte da já conhecida linha Sabores do Mundo, aproveitou a época das férias para também oferecer ao consumidor a praticidade que se procura neste período, pois pode ser frito em quatro minutos, ou assado. Além de proporcionar a saudabilidade derivada dos produtos de pescados. Diferencial - Assim como no processo dos demais produtos, a Nativ se destaca na produção do Fish Burger pela produção diferenciada. Isso porque para não perder o sabor, textura, aroma e nem comprometer a integridade do produto, diferente do que o mercado já tem por prática, os peixes são transportados vivos em caminhões tanques para a unidade frigorífica e permanecem em um tanque de espera para serem abatidos após um breve período de descanso. Esse processo, extremamente importante, diminui o estresse da viagem e mantém a qualidade do pescado. Com o lançamento, a empresa pretende alcançar 9% do mercado de hambúrgueres de peixe no período de dois anos. “Com um produto de alta qualidade e já aprovado pelos consumidores, temos certeza que agradará”, finaliza a gerente. Saudabilidade - A Nativ Pescados possui uma linha especial de alimentos voltados para uma alimentação saudável. Com faturamento previsto de R$ 43 milhões e capacidade de produzir entre 5 e 6.4 mil toneladas por ano, a marca possui na linha Segredos da Amazônia uma série de produtos In Natura voltados para quem não abre mão do alimento saudável na hora de preparar as suas receitas preferidas. Apesar da população brasileira ser uma das que menos consome peixes no mundo, uma questão em especial vem impulsionando, cada vez mais, o consumo desse tipo de proteína: a saudabilidade. De acordo com as pesquisas mais recentes, o consumo no país ainda é baixo – cerca de 9 quilos por pessoa, em média, durante o ano. Mas a tendência é que isso aumente nos próximos anos, já que médicos e nutricionistas recomendam o consumo de peixe ao menos uma vez por semana. “O consumo do peixe deve crescer cerca de 6% no Brasil até 2015. Além da economia aquecida, a preocupação das pessoas com a questão da boa alimentação será fator determinante para o aumento do consumo”, afirma a gerente de marketing da empresa, Rosana Diniz. A carne de peixe é a mais rica em proteínas dentre todas as outras carnes, além de ser um alimento de fácil digestão e possuir muito menos gordura. Os peixes de água doce possuem quantidade baixa de Ômega 3 e 6, 06 46
Carrefour apresenta carne bovina certificada no Rio Grande do Sul As lojas do Carrefour no Rio Grande do Sul são as primeiras da rede a contar com a nova linha de Carnes Bovina Garantia de Origem, proveniente de fazendas que integram a Associação Brasileira de Criadores de Gado Braford e Hereford. Após um período de adequação de todo o processo de produção, desde a criação dos animais até o momento que os cortes são colocados a venda, de acordo com as normas do programa Garantia de Origem, a nova linha de Carnes Bovina Garantia de Origem passa a oferecer todos os cortes da carne bovina, que está disponível em unidades do Rio Grande do Sul. De acordo com a rede, adquirir Carnes Bovina Garantia de Origem é a segurança de consumir um produto de qualidade superior, assegurada pelo cumprimento de normas que garantem o bem-estar animal, registro de todos os processos de criação, preservação ambiental, ações sustentáveis e sociais de apoio a instituições locais. A carne certificada é manipulada na loja e vendida fatiada ou processada, oferecendo aos clientes todos os tipos de corte. A expectativa da rede é vender 25 toneladas de carne bovina certificada, por mês, nas lojas do Rio Grande do Sul. A expectativa do Carrefour é que consumidores de outros estados onde a rede atua possam contar
com oito cortes da linha de churrasco para 13 lojas partir de fevereiro. Os produtos com o selo Garantia de Origem têm um código QR, aplicativo de smartphone, para o consumidor acompanhar a procedência do produto direto do produtor pelo celular ou pelo site www.garantiadeorigem.com.br. No total, são mais de 140 itens certificados, divididos entre peixes, carnes, legumes, frutas, sucos e ovos. Todos os produtos são produzidos de acordo com os mais elevados padrões sociais e ambientais para produção de alimentos. Sobre o Grupo Carrefour - Há 37 anos no Brasil, o Grupo Carrefour é reconhecido como empresa pioneira no mercado varejista. A rede está presente em todas as regiões do país, com os formatos Carrefour Hiper, Carrefour Bairro e Atacadão, além de oferecer serviços diversos para a conveniência dos consumidores, como postos de combustíveis, drogarias e serviços financeiros. No mundo, o Grupo Carrefour é o segundo maior varejista do mercado, presente em 32 países e com uma equipe de mais de 400 mil colaboradores. Por mais de 50 anos, a empresa tem estado presente na vida de mais de 25 milhões de consumidores da Europa, Ásia e América Latina.
porém, em compensação à falta de ômegas, as espécies encontradas em nossos rios são ótimas fontes de outras substâncias, tais como os ácidos eicosapentaenóico e docosaexaenoico, elementos que auxiliam no desenvolvimento do cérebro e da retina nas crianças, além de renovar os tecidos, colaborar no combate de inflamações e proteger o sistema cardiovascular de adultos. “Outra vantagem dos pescados de água doce é que eles são digeridos mais facilmente que os de água salgada. A textura dos peixes de água doce é muito mais suave e sua carne se desfaz mais rapidamente durante a digestão. Enquanto as espécies do mar precisam de uma proteção mais firme para equilibrar as concentrações de sal e água no corpo, os peixes de rios não necessitam desse tipo de proteção” explica Rosana. Linha In Natura - Os produtos da Nativ contam com uma linha bem variada que pode servir famílias, crianças, quem mora sozinho e opções para surpreender seus convidados, sempre apostando na sofisticação dos pratos sem se esquecer da questão da saudabilidade: • Segredos da Amazônia - Tambaqui (peixe inteiro eviscerado, lombo, costela, banda e ventrecha) e Pintado (peixe inteiro eviscerado, filé e posta); • Sabores do Mundo - Tilápia (inteira eviscerada e em filé); • Camarão In Natura com diferencial no cozimento - camarão sem cabeça, camarão descascado e camarão descascado eviscerado. Mais informações no site: www.nativpescados.com.br 47
Leardini Pescados aposta no Salmão e Linguado Preparados... A linha de pratos prontos congelados da Leardini Pescados oferece ao consumidor a oportunidade de consumir de forma prática e rápida, no conforto da sua casa, algumas saborosas receitas à base de peixes nobres, como o salmão e o linguado. Produzido com salmão premium chileno, a receita do Salmão Gratinado (350g) inclui molho branco levemente temperado, cubos de tomates frescos, queijo, champignon e temperos. Um prato saboroso e saudável – o salmão é fonte natural de ômega 3 –, que harmoniza muito bem com salada, arroz, massas ou batatas, proporcionando uma refeição completa. Já o Filé de Linguado ao Molho Quatro Queijos (400g) apresenta toda a leveza deste peixe de carne branca, combinada ao sabor marcante dos queijos provolone, parmesão, mussarela e requeijão para compor com os mais diversos acompanhamentos. Acondicionadas em modernas embalagens, cada bandeja de peixe ao molho, mais um acompanhamento, serve até duas pessoas e pode ser armazenada por até 09 meses no freezer. Para saborear estas receitas exclusivas e todos os benefícios à saúde associados ao consumo do peixe, basta aquecer o alimento no forno e depois de alguns minutos ele estará pronto para servir. Utilizando peixes especiais como matéria-prima, as receitas da Leardini ajudam a popularizar o consumo de pescados no Brasil, que ainda esbarra na falta de hábito e na dificuldade de acesso e conhecimento das possibilidades culinárias dos peixes e frutos do mar junto à população.
...e na linha Massas com Sabores do Mar Ainda com a intenção de oferecer linhas de pratos prontos congelados dotados de praticidade e sabor, a Leardini Pescados também aposta na exclusiva linha de massas da marca, que ganhou duas novas variedades com o lançamento do Fettuccine com Camarão e Brócolis ao Molho Branco e do Farfalle de Salmão ao Molho Quatro Queijos. Os pratos são receitas deliciosas e nutritivas de preparo simples e rápido, bastando ao consumidor apenas aquecer as embalagens no forno tradicional ou micro-ondas. O Fettuccine com Camarão é elaborado a partir de uma massa al dente, com adição de camarões e brócolis cuidadosamente selecionados e levemente temperados, combinados com um saboroso molho branco que harmoniza a receita. Já o Farfalle de Salmão também apresenta uma massa al dente, com pedaços de salmão chileno e levemente temperado. A adição de um exclusivo molho de quatro queijos completa a receita com muita propriedade. No cardápio das massas – oferecidas em porções de 350 gramas – estão contidos os muitos benefícios associados à proteína dos peixes e frutos do mar, como o alto aporte nutritivo e a presença do ômega 3 no salmão, que auxilia na redução dos níveis de triglicerídeos e colesterol, além de prevenir doenças coronárias. A ampliação do consumo de pescados no Brasil, que encontra-se ainda abaixo da recomendação anual da Organização Mundial de Saúde, esbarra no pouco conhecimento das alternativas de utilização dos peixes e frutos do mar em diversas receitas – como as massas, por exemplo. Contando com a reconhecida qualidade da Leardini na produção de pescados, os pratos prontos congelados da marca foram elaborados para oferecer um formato ideal para a realidade da vida moderna nos grandes centros urbanos, com práticas embalagens e 09 meses de validade do alimento quando armazenado no freezer. 06 48
Macedo lança filé de peito de frango em porção individual A Macedo, marca para frangos da Tyson do Brasil, inovou mais uma vez ao apresentar, em janeiro, o primeiro filé de peito de frango individual congelado embalado à vácuo do mercado brasileiro. Com peso médio de 250 gramas, o produto atende às necessidades daqueles que procuram por porções menores e estará disponível aos consumidores dos estados da região Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o diretor Comercial da Tyson do Brasil, Renato Gheller, o filé de peito individual congelado propicia praticidade e durabilidade, além do consumo do produto por completo. “Com este produto, oferecemos uma opção inovadora ao consumidor, ideal para o dia a dia. São porções menores, que evitam possíveis desperdícios”, destaca o executivo. Os filés de frango congelados em embalagens com porções unitárias incrementam o portfólio da Macedo, que conta com cortes de frango, frangos inteiros e miúdos, com e sem tempero, resfriados, congelados e IQF (peças congeladas separadamente, em embalagem dotado do sistema abre-e-fecha fácil). Sobre a Tyson do Brasil - A Tyson do Brasil tem suas atividades focadas no segmento avícola, atuando no mercado nacional com a marca Macedo, considerada Top of Mind em Santa Catarina. Além disso, seus produtos são exportados para União Europeia, Oriente Médio e Ásia. Para isso, tem três unidades produtivas: nas cidades de São José (SC), Itaiópolis (SC) e Campo Mourão (PR), além de quatro centros de distribuição. O objetivo da Tyson do Brasil é estar, em um curto período de tempo, entre as principais empresas de seu segmento no País. Sua linha de produtos, com mais de 60 itens, pode ser encontrada em diversos pontos de venda, localizados principalmente na região Sul. A Tyson do Brasil é controlada pela Tyson Foods, uma das maiores processadoras de carne de frango, bovina e suína do mundo. Saiba mais através do site: www.tyson.com.br.
JBS conquista certificação máxima para operação de couro A divisão de couros da JBS conquistou do Leather Working Group (LWG) a nota máxima da entidade após a conclusão dos trabalhos de auditoria realizados ao longo do mês de dezembro. A organização internacional avaliou sete das 14 unidades de couro da companhia e concedeu a medalha de ouro para todas elas, a mais alta distinção possível atribuída a uma empresa. O Leather Working Group é uma iniciativa internacional formada por algumas das maiores marcas globais como Nike, Timberland, Adidas e Puma, redes varejistas, curtumes e fornecedores, com o intuito de debater e promover práticas ambientais eficientes e sustentáveis na indústria mundial nesse setor. “Esse excelente resultado coroa um trabalho exaustivo e contínuo de toda a equipe da JBS Couros na procura por resultados ambientais robustos em linha com os mais altos padrões internacionais”, afirma o presidente da JBS Couros, Roberto Motta.
Quesitos como controle de substâncias restritas, uso da água, emissões atmosféricas e rastreabilidade, receberam notas máximas ou próximas a maior pontuação possível em todas as unidades auditadas. Passaram pelo processo de auditoria da LWG as fábricas de Barra do Garças (MT), Cacoal (RO), Gurupi (TO), Marabá (PA), Naviraí (MS), Porangatu (GO) e São Luis dos Montes Belos (GO). A conquista das medalhas ouro do Leather Working Group por todas as unidades auditadas demonstra a preocupação constante da JBS com a sustentabilidade de seus processos, sendo o elemento catalisador do desenvolvimento das atividades da empresa em harmonia com as comunidades e o meio ambiente onde está inserida. O mês de ouro representa mais que uma certificação de cunho ambiental, ele traduz o esforço contínuo e foco absoluto em excelência que a JBS Couros emprega nas suas atividades e operações cotidianas, tornando-a um exemplo para o setor. 49
Ajinomoto atende demanda da indústria com Aji Aroma M-M100 A Ajinomoto – companhia que investe 400 milhões de dólares ao ano em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos –, lançou recentemente mais uma novidade voltada à indústria cárnea: o Aji Aroma M-M100. O Aji Aroma M-M100 é indicado para a fabricação de produtos cárneos, com o fim de melhorar o sabor de carne de itens como embutidos, caldos, sopas, snacks, macarrão instantâneo, molhos e pratos prontos. Em se tratando de alimentação, a preocupação humana – e por extensão da indústria alimentícia – é a excelência em três conceitos: alimentos saudáveis, saborosos e acessíveis. “Com o objetivo estratégico de diversificar o portfólio de soluções oferecidas aos clientes e atendendo a essa demanda da indústria alimentícia brasileira, a Ajinomoto desenvolvou o Aji Aroma M-M100”, afirma o gerente de área da Divisão Food Ingredients da Ajinomoto, Marcelo Machado. Com sua expertise e tradição no setor alimentício, “a Ajinomoto faz mais que trazer
novos ingredientes, traz novas soluções”, completa. Inovador, o produto tange dois conceitos referentes ao sabor humano: o umami e o kokume. O umami é o quinto gosto básico do paladar humano (azedo, amargo, doce, salgado e umami), descoberto em 1908 no Japão e reconhecido em 2000, quando na Universidade de Miami, cientistas comprovaram a existência de receptores específicos desse sabor nas papilas gustativas. Já o kokume é a palavra japonesa que significa delicioso e que transcende os cinco gostos básicos. É a experiência dos alimentos deliciosos, com sabores que equilibram sensações de impacto, preenchimento e continuidade graças a alguns aminoácidos e peptídeos. A harmonia na interação das substâncias e a presença do gosto umami garantem sabores ricos em kokume. O Aji Aroma M–M100 garante essa presença, substituindo com vantagens extratos (vegetais, animais e leveduras) e aromas na fabricação produtos cárneos.
Perdigão Food Services customiza materiais para clientes Em uma ação inédita intitulada “Presente Perdigão”, a Perdigão disponibilizou uma gráfica online para os estabelecimentos participantes imprimirem, de maneira customizada, os materiais mais usados no ponto de venda, entre eles cardápio, papel bandeja, cupom de desconto e envelope de talheres. A mecânica da campanha estava ligada ao aumento do volume de compra computado entre os meses de outubro a dezembro passados. Participaram da campanha os seguintes produtos: medalhão Chester®, presunto e apresuntado (ítens exclusivos para alimentação fora do lar), empanado recheado “Cordon Bleu”, linguiça e mini linguiça toscana, todos da Perdigão Food Services. Na compra de no mínimo dois produtos participantes no mesmo pedido, com um vendedor da equipe Perdigão Food Services, o estabelecimento acumulava pontos de acordo com o volume de sua compra – cada 1kg equivalia a 1.000 pontos. Ao juntar os pontos necessários para o material desejado, o estabelecimento podia personalizar os materiais e fazer o pedido do novo material gráfico de comunicação em parceria com a Perdigão. Os pontos, acumulados até dezembro, poderiam ser trocados até 31 de janeiro. “Esta campanha oferece aos clientes da Perdigão Food Services um serviço inédito, inovador e extremamente relevante”, ressalta a gerente de marketing food services, Fernanda Sequetto. “Ações como essa fortalecem a nossa parceria e relacionamento junto ao cliente. E, o mais importante, todos ganham”, completa a executiva. Foram disponibilizados três layouts de materiais (natural, rústico e tradição). A campanha foi válida para os estabelecimentos atendidos pelas filiais de São Paulo, Campinas, Bauru, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Recife. 06 50
Pallet fabricado em isopor® é a nova aposta da Termotécnica Indispensável no armazenamento e transporte de cargas, os pallets ocupam papel de destaque em indústrias, distribuidoras, varejistas, atacadistas e empresas de logística. Maior indústria transformadora de EPS (isopor®) da América do Sul, a Termotécnica lança uma modalidade deste produto tão utilizado no mercado brasileiro ― o Upally®. Pallet fabricado de EPS (poliestireno expandido) e termoformado, o Upally® chega ao consumidor com vantagens como leveza, não-proliferação de fungos e bactérias e facilidade de higienização. Estes fatores geram grandes benefícios na aplicação nas áreas farmacêuticas, de alimentos e em câmaras frias. Com alta reciclabilidade, é um produto que favorece a sustentabilidade ― reduz o consumo de combustível no transporte, diminuindo a emissão de CO2 na atmosfera. Outro diferencial é a possibilidade de customização do produto com a identidade visual do cliente, ao passo que pode ser colorido e possui versões de duas ou quatro entradas, com ou sem haste metálica. O Upally® é retardante à chama, permite a exposição a temperaturas extremas e suporta cargas máximas de 800 e 1000 quilos por peça. “Devido à leveza e capacidade de suportar altas cargas, os produtos da linha Upally são excelentes para utilização em operações de exportação, nos transportes aéreos e marítimos. Por isso, os reflexos de ganhos com a redução do custo de frete, em virtude do menor peso da linha Upally®, são muito altos, o que mudará com certeza a forma de paletizar desses segmentos“, explica Maida Rodrigues, responsável pela área. Sobre a Termotécnica - Fundada em 1961, a Termotécnica é a maior transformadora de EPS (Poliestireno Expandido, conhecido como isopor®), da América do Sul. Focada na produção de soluções, fabrica sua própria matéria-prima e produtos acabados com alta performance, otimizando o processo logístico do cliente e valorizando seus produtos. Com unidades em Joinville e Pirabeiraba (SC), Goiânia (GO), São José dos Pinhais (PR), Rio Claro (SP), Indaiatuba (SP), Petrolina (PE), Sapucaia do Sul (RS) e Manaus (AM), atua nos segmentos de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, construção civil, utilidades domésticas, agroindústria, alimentício, bebidas, produtos frágeis, entre outros.
Vaxxitek HVT+IBD atinge a marca de 28 bilhões de frangos de corte imunizados e entra para a história A vacina vetorial Vaxxitex HVT+IBD, a mais utilizada no mundo para o controle das doenças de Marek e Gumboro, alcança a marca histórica de 28 bilhões de aves imunizadas mundialmente, feito conquistado em seis anos e meio após seu lançamento global realizado no Brasil, em abril 2006. Atualmente, a participação de Vaxxitek na indústria brasileira de frangos de corte já ultrapassa os 60%. "O modo de ação de Vaxxitek HVT +IBD elimina a necessidade da vacinação a campo contra a doença de Gumboro, sendo capaz de proteger as aves mesmo na presença de anticorpos maternos. Desde o lançamento, seu uso aumenta progressivamente, o que ressalta o importante papel de novas tecnologias agindo a favor do crescimento da produção de frangos
de corte no Brasil", destaca o diretor de operações Avicultura da Merial, Luiz Fernando Cantarelli. Cantarelli reforça a importância da Vaxxitek na transformação da indústria avícola, ressaltando que esta tecnologia introduziu a inovadora proposta que consiste em vacinar pintinhos de 1 dia de vida contra a Doença de Gumboro apenas no incubatório. “Após seis anos, Vaxxitek HVT+IBD é o produto biológico aviário mais vendido no mercado brasileiro e a vacina vetorizada mais vendida no mundo”, salienta o executivo. “Encerraremos o ano de 2012 com 3,5 bilhões de aves imunizadas no Brasil, o que aponta um mercado nacional cada dia mais comprometido com resultados e apostando em inovação”, conclui Cantarelli. 51
Gehaka é destaque com analisadores de umidade por infravermelho A Gehaka disponibilizou ao mercado dois modelos de analisadores de umidade por infravermelho que podem ser usados no laboratório, na indústria ou onde se requeiram rápidas respostas: IV 2500 e IV 3000. Ambos memorizam até 5 procedimentos para produtos pré-estabelecidos e oferecem um banco de dados com mais de 57 produtos pré-programados que podem ser editados pelo operador, além do fato de que todos os produtos podem ser ajustados de acordo com a necessidade do usuário. Também emitem relatórios através de uma impressora, registrando dados referentes à medida efetuada e gerando relatórios que simplificam a adequação às normas de qualidade tipo ISO, GLP e GMP. • Analisador de Umidade por Infravermelho IV 2500 - determina teores de umidade ou de sólidos totais com rapidez e precisão de produtos granulados, pós, líquidos e outros. Seus resultados são obtidos após algumas operações simples e rápidas, dando a leitura do percentual de umidade em base úmida. Possui sistema de aquecimento por Emissor Cerâmico, além de display de cristal líquido de grandes dimensões que facilita a leitura de caracteres alfanuméricos, sendo que a luminosidade do display pode ser ajustada para o ambiente de operação. O gabinete em aço com pintura em epóxi garante alta resistência ao ataque de produtos químicos e excelente blindagem magnética, não sofrendo influências, por exemplo, de rádio frequências de telefones celulares. Dispõe de fonte de alimentação chaveada de alto
desempenho e dispensa o uso de estabilizadores de voltagem, porém a resistência de aquecimento opera com 220V. Permite determinar os teores de umidade utilizando dois modos de secagem selecionáveis: tempo e automático. No IV 2500 a precisão da medida de umidade pode ser selecionada com uma ou duas casas decimais. Seus resultados são obtidos após algumas operações simples e rápidas, dando a leitura do percentual de umidade em base úmida. • Analisador de Umidade por Infravermelho IV 3000 - permite a pesagem exata da amostra antes do início da secagem e a precisão da medida de umidade pode ser selecionada com uma ou duas casas decimais. Possui display de cristal líquido de grandes dimensões que facilita a leitura dos caracteres alfanuméricos, sendo que a luminosidade do display pode ser ajustada para o ambiente de operação. O gabinete em alumínio injetado com pintura em epóxi garante alta resistência ao ataque de produtos químicos e excelente blindagem magnética, não sofrendo influências de rádio frequências de telefones celulares, por exemplo. Dispõe de fonte de alimentação chaveada de alto desempenho e dispensa o uso de estabilizadores de voltagem, podendo operar em 110 ou 220V. Permite determinar os teores de umidade por quatro modos de secagem selecionáveis: tempo, rápido, suave e degrau. Já a finalização da secagem pode se dar pelos modos tempo, auto-dry e manual.
Agroceres PIC lança nova versão de seu Guia de Manejo de Fêmeas A Agroceres PIC lançou a nova versão do seu Guia de Manejo de Fêmeas. A publicação traz os princípios básicos do manejo de leitoas e porcas, agregado de informações sobre a biologia do crescimento, reprodução, parto e lactação. O material é uma importante ferramenta no objetivo de se extrair ao máximo o potencial genético presente nas linhas de fêmeas Agroceres PIC. Escrito em linguagem objetiva, o guia pode ser utilizado como plataforma de ensino e treinamento das equipes de produção, bem como na atualização de profissionais do setor em relação aos novos parâmetros e índices de produtividade nas granjas. Esta atual versão é resultado de anos de pesquisas e da experiência de campo acumulada pelas equipes técnicas da empresa no Brasil, Estados Unidos, México e Chile. Dividida em sete partes, cada uma delas traz tópicos específicos sobre um tema. O material dispõe ainda de apêndices específicos sobre rotinas dentro das áreas de gestação e maternidade. "Isto possibilita a qualquer pessoa que o consulte, encontrar rapidamente a informação de que necessita", afirma o supervisor de Serviços Veterinários da Agroceres PIC, Marcelo Nunes de Almeida, um dos colaboradores no processo de atualização do guia. O material está disponível no item "Informativos" do site www.agrocerespic.com.br. 06 52
Eduardo Araújo é homenageado em premiação do agronegócio Personalidades importantes do agronegócio do país estiveram presentes no Jockey Club de São Paulo, dia 28 de novembro, para a cerimônia de premiação do ‘Produz Brasil 2012’, prêmio nacional do agronegócio. Em noite de muita comemoração e glamour, o cantor Eduardo Araújo foi um dos homenageados, tendo sido apresentado como "Ho-mem do agronegócio e um artista de renome da Música Popular Brasileira". No palco, ele agradeceu: “Ofereço este troféu aos meus pais, que foram desbravadores do Vale do Jequitinhonha. Tudo que sei e que vivi, e vivo até hoje no campo, devo à dedicação deles de uma vida inteira. Este troféu irá direto para as mãos de minha mãe, dona Maria Araújo”. O cantor e fazendeiro fez um 'pocket show' no início e no final da cerimônia, cantando alguns de seus sucessos, em especial as canções que ele compôs voltadas para o homem do campo, rodeio, cavalos. Histórico - Nascido e criado no campo, onde seu pai e avô criavam jumentos e cavalos da raça mangalarga, o cantor deu sequência às atividades da família, em paralelo com a carreira artística. Hoje, possui o Haras Aliança D’Jerid, em Araçoiaba da Serra (SP), onde cria cavalos das raças Anglo-Árabe e Mangalarga Marchador, além de Jumento Pêga. No momento desenvolve um projeto inovador chamado de “Fábrica de Burros”, visando produzir burros de genética avançada e de qualidade. Do cruzamento do Jumento Pêga com éguas, nascem os burros e as mulas, e esse é o foco de Eduardo Araújo, que se uniu ao cirurgião plástico Antônio Almeida e ao empresário Ademir Barchetta, dois outros apaixonados por cavalos, nesse projeto.
Representantes da JPPA e de empresas japonesas no Brasil A Topgs do Brasil recebeu a visita de representantes da Japan Pork Producers Association (JPPA) e clientes do País, no final de novembro. Entre eles estavam o presidente da Crest e vice-presidente da JPPA, Mr. Kuriki; o presidente da Hanshin Chikusan e diretor da JPPA, Mr. Takenobu; e o presidente da Kawaken, Mr. Kawamura. Técnico da Topigs do Japão, Mr. Motohiro Kudo representou a Topigs Internacional, sendo que André Costa, gerente técnico; Valdomiro De Gregori, supervisor comercial; e Mauro Pozzer, supervisor técnico, estavam em nome da Topigs do Brasil. Segundo André Costa, o motivo da visita, que durou três dias, foi a abertura do mercado japonês para a exportação de carne suína de Santa Catarina. “Eles tinham interesse de conhecer o sistema de produção de suínos no estado, como está estabelecido, quais as principais empresas, qual é o foco da produção, quais os resultados zootécnicos e como o estado está se preparando para poder exportar, entre outras dúvidas”. O itinerário incluiu visitas à Cooperxanxerê, cooperativa da cidade catarinense de Xanxerê. “Esta cooperativa é um cliente InGene® Topigs, com 8,5 mil matrizes Topigs20, e na visita foi mostrado como funciona o sistema de produção utilizado”.
De acordo com André, outras duas cidades de Santa Catarina completaram a programação: Chapecó, onde foi feita uma reunião com a gerência técnica de suínos da Aurora Alimentos, que possui 180 mil matrizes e é a maior cooperativa na produção de suínos do Brasil; e a granja Comeli, cliente 100% Topigs, na cidade de Iomerê. “Esta granja possui 2.500 matrizes Topigs20 e machos Talent”. “O intercâmbio realizado agregou um grande número de informações sobre o sistema de produção de suínos de Santa Catarina e os controles sobre esta produção. Ademais, as empresas visitadas puderam conhecer o sistema de produção de suínos do Japão e como funciona o mercado de carne japonês, sendo o Japão o maior importador de carne suína do mundo”, avaliou Costa. Ele também ressaltou que oportunidades como estas são extremamente importantes para a Topigs estreitar ligações com os clientes e permitir o acesso às informações que possam ser úteis para suas estratégias comerciais e de produção. “A Topigs tem como objetivo permitir que seus clientes, nos diferentes países onde atua, possam trocar informações entre si, buscando maximizar a eficiência da cadeia de produção de suínos onde cada um desses clientes esteja inserido”. 53
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IFFA: expositores apresentam soluções para o futuro Escândalos envolvendo o tema segurança alimentar, problemas com alimentos para animais, o surto de uma epizootia – são assuntos que ganham frequentemente destaque na mídia e que têm uma alta prioridade na consciência pública. Questões de segurança alimentar, garantia de qualidade e rastreabilidade desempenham mais do que nunca papel importante na indústria da carne. Mais do que apenas uma ferramenta importante para a gestão de riscos, a rastreabilidade também desempenha um papel na proteção dos consumidores e melhoria da cadeia de suprimentos, incluindo equipamentos utilizados para isso. Todos os eventos que estão associados com a produção de produtos cárneos cozidos e in natura devem ser registrados em detalhes. Esta é a única forma de garantir a rastreabilidade perfeita. Este processo começa com o nascimento dos animais e continua através da sua criação e engorda, abate e processamento, e todas as fases de transporte e de armazenamento para a exposição e venda dos
produtos nas prateleiras e refrigeradores. Para tanto, são necessários tecnologia de informação moderna, sensores e sistemas de visão inteligentes, testes químicos rápidos e gravação contínua de dados do processo, incluindo software capaz da documentação completa de todos os processos. Na IFFA, a ser realizada em Frankfurt, Alemanha, de 4 a 9 de maio deste ano, os principais fabricantes mundiais mostrarão produtos e soluções de futuro para cada estágio do processo de rastreabilidade. A IFFA é a feira internacional líder em processamento, embalagem e vendas na indústria da carne. Tem sido a plataforma internacional para a indústria de processamento de carne e o fórum mais importante do mundo para decisões de investimento desde 1949. Confira todas as novidades em equipamentos, produtos e serviços voltados á cadeia produtiva da carne neste evento, considerado o maior do mundo destinado ao setor. Informações detalhadas no site www.iffa.com.
Indústria de processamento de carnes terá espaço exclusivo na AveSui Buscando atender a todos os segmentos da indústria avícola e suinícola da América Latina, a AveSui 2013 apresenta uma grande novidade este ano – a área de "Processing". Trata-se de um espaço exclusivo que reunirá o setor de industrialização e processamento de carnes em Florianópolis (SC), entre os dias 14 e 16 de maio. Com esta novidade, a Gessulli Agribusiness, organizadora do evento, reúne de forma completa toda a cadeia produtiva das carnes de frango e suína - desde a nutrição e produção animal, passando pelos vários estágios de processamento e industrialização, chegando ao prato do consumidor. Esta nova apresentação da 13º edição da AveSui irá aquecer toda a cadeia produtiva da carne, possibilitando às empresas que compõem o setor realizar grandes negócios. A sinergia entre as cadeias de aves, suínos e processamento de carnes permite otimizar a visitação da feira e, consequentemente, a troca de know how e informações entre os detentores dos cargos de maior interesse das empresas participantes do evento. A Associação Brasileira da Indústria de Armazenagem Frigorificada (Abiaf) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), entidades diretamente ligadas à cadeia de processa06 56
mento, apoiam o evento, entre outras entidades. A Gessulli Agribusiness também organizará um curso de cortes que será realizado no espaço das empresas de processamento de carnes. Mais um atrativo para os visitantes interessados em participar da feira. A abordagem do curso será definida em breve pela organização da feira. A AveSui já é reconhecida internacionalmente por concentrar todas as oportunidades ligadas à produção intensiva de proteína animal, o que justifica a inclusão de mais um segmento dentro de um evento já consagrado e reconhecido por grandes formadores de opinião como principal acontecimento da avicultura e suinocultura da América Latina anualmente. Um ponto de encontro destas cadeias, a AveSui 2013 oferecerá aos profissionais, empresários, criadores e todos os envolvidos no setor de aves e suínos interação e relacionamento para ampliar ainda mais as possibilidades de negócios concretizados durante e depois da feira. A AveSui 2013 acontece de 14 a 16 de maio de 2013, no CentroSul - Centro de Convenções de Florianópolis, na Av. Gustavo Richard, s/n Florianópolis - Santa Catarina - Brasil. Acesse www.avesui.com e atualize-se sobre os detalhes e novidades deste grande evento.
O melhoramento genético do rebanho só depende de você Artigo sobre a influência do melhoramento genético no processo de produção de uma carne bovina de melhor qualidade, a saída para a conquista de novos mercados e melhor remuneração ao pecuarista *Por Ricardo Arantes
Ricardo Arantes
Entre janeiro e outubro, as exportações de carne bovina renderam US$ 4,75 bilhões, com a comercialização de 1,024 milhão de toneladas. É um excelente desempenho e, ao mesmo tempo, reflete nossa competência na produção. Mas os números exponenciais não nos eximem da responsabilidade em investir um pouco mais na genética do plantel, que tanto contribui para esse cenário. Foi graças a ela que conseguimos reduzir o ciclo de abate de seis para três anos, dois ou até menos – em alguns casos específicos. Estima-se que cerca de 50% de nossa pecuária ainda é “pré-histórica”, ou seja: sem controle ou aporte tecnológico ao tripé sanidade/genética/nutrição. Entretanto, é um cenário que está mudando aos poucos. Não há mais espaço para touros de produção duvidosa, escolhidos a olho. Para desempenhar o papel de reprodutor, o animal deve passar por uma malha fina que comprove sua produtividade. Falamos aqui das Diferenças Esperadas na Progênie (DEPs), uma avaliação das características genéticas economicamente mais importantes à produção. Antes, eram animais restritos ao meio científico ou a uma parcela mais elitizada de pecuaristas. Hoje, já é mais comum vê-los nos pequenos rebanhos. E para quem duvida, o retorno do investimento em genética avaliada acontece logo na primeira safra de bezerros, gerando um gado mais homogêneo, precoce, com melhor rendimento de carcaça e qualidade de carne. Eis aí um grande mercado ainda inexplorado. A carne brasileira ganha espaço no exterior, mas é porque forcemos um produto barato, e não por ser mais macio e saboroso. Veja por exemplo a famosa Cota Hilton, do mercado europeu, que remunera até três vezes mais por cortes nobres do quarto traseiro do novilho precoce. A fatia do Brasil é quase insignificante em volume e, mesmo assim, não somos capazes de atender a demanda. A tão sonhada remuneração superior só virá a partir do
momento que produzirmos animais com a qualidade necessária e em maior escala. Independentemente de qualquer crise econômica, a população mundial vem crescendo desenfreadamente e é fato que toda ela precisará se alimentar. Imaginem a gigantesca população da China. Lá, o consumo per capta de carne bovina gira em torno de 5 quilos/habitante/ano, ao contrário do Brasil, onde essa média sobe para 28 quilos. Se eles apenas dobrassem o consumo, acabariam com a carne bovina do planeta inteiro. E mais: teríamos de vender arroba de bezerro aos invés de boi gordo. É por esse e outros motivos que devemos apostar em uma pecuária cada vez mais produtiva e sustentável. Sou grande defensor do cruzamento industrial, por permitir a produção de carne superior em menos tempo. A técnica exige um pouco mais de investimento no manejo, mas os ganhos são compensadores, especialmente, no que se refere ao relacionamento com a indústria, que passa a enxergar os fornecedores com maior confiabilidade. Erros cometidos pelos pecuaristas no passado foram corrigidos e, atualmente, a carcaça do gado cruzado é cobiçada pelos frigoríficos, que pagam prêmios para obtê-la. É também uma evolução que decorre das atuais biotecnologias reprodutivas. Em especial, a inseminação artificial convencional e em tempo fixo, com preços mais acessíveis. Um pecuarista com um rebanho de 100 fêmeas possui perfeitas condições financeiras para comprar um botijão de sêmen de touros provados por até R$ 3.000,00, os quais possibilitarão índices de fertilidade cada vez mais altos. Com apenas algumas semanas de treinamento, o próprio funcionário pode fazer a inseminação das vacas da propriedade. Para adeptos da monta natural, também existem várias opções de touros avaliados, como os taurinos adaptados, que desempenham bem em regiões de clima quente e estão agradando pecuaristas brasileiros. Eles respondem à criação extensiva e produzem uma carne com a qualidade desejada. A frase que intitula esse artigo era uma das preferidas de meu pai, um homem visionário e que levou o desenvolvimento à pecuária de Rondônia por meio do melhoramento genético. É por este motivo que enxergo para o futuro uma cadeia produtiva mais integrada e também uma participação mais atuante do Brasil em mercados de maior valor agregado. Algo possível se enxergarmos as tecnologias e melhoramento genético com maior clareza. Ricardo Arantes é administrador de empresas e um dos proprietários da Agropecuária Nova Vida (Ariquemes/RO) ricardoarantes@terra.com.br
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CEM visa alcançar pecuária de qualidade e rentável Com estrutura inovadora e curral equipado com o que há de mais moderno em manejo, espaço é uma mostra de como a integração de diversos elos da cadeia podem melhorar a atividade
O Centro Experimental de Manejo Racional e Produtivo (CEM), localizado na fazenda Arca de Noé, município de Guairaçá (PR), tem como proposta ser um espaço dentro de uma fazenda modelo de produção voltado ao treinamento e formação para o desenvolvimento de uma pecuária de qualidade e rentável. O Centro nasceu de um projeto da Beckhauser, empresa de troncos e balanças sediada em Paranavaí (PR), que já vem realizando no campo um trabalho de disseminação do conceito de manejo racional e produtivo e seus benefícios, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento da pecuária. O projeto de um espaço para treinamentos, no entanto, ganhou uma dimensão ainda maior com a parceria firmada com a Fazenda Arca de Noé e o frigorífico Argus que, além da infraestrutura, enriqueceram o projeto com a possibilidade de o Centro ser instalado dentro de uma fazenda de gado que já nascia com o propósito de ser uma fazenda modelo de pecuária na região. Além disso, o projeto ganhou a porta aberta do frigorífico, através de números de acompanhamentos de abate, que permitirão um diálogo sobre melhorias na produção que podem refletir em ganhos em toda a cadeia. A Beckhauser está a cargo da coordenação das atividades de treinamento. O CEM conta com um mezanino com uma sala de aula onde serão ministradas as aulas teóricas e um curral modelo para que as pessoas visualizem na prática os conteúdos apresentados. O curral está equipado com câmeras em diversos pontos, que permitirão registrar o manejo – seja para transmissão em tempo real nos treinamentos em que haja um número grande de participantes, seja para uso em pesquisas, com medições ligadas, por exemplo, ao comportamento dos animais em diferentes situações de manejo. 06 58
A estrutura do curral foi cuidadosamente pensada, com a escolha de um modelo de tronco de contenção antiestresse para oferecer as melhores condições possíveis de manejo à equipe e aos animais, respeitando seu bem-estar. Cada detalhe foi escolhido considerando o manejo racional: desde a oferta de água nas mangas que ajuda a evitar o estresse dos animais, passando pela seringa com laterais fechadas que facilita o fluxo de manejo, até o sistema de dreno para evitar a formação de barro no curral. O espaço está equipado, também, com o que existe de ponta em tecnologia para o manejo de gado, como um tronco pneumático instalado com balança eletrônica, equipamento com foco em alta produtividade e qualidade de manejo. A ideia é que o Centro de Manejo ajude a fomentar a pecuária, sobretudo na região, mostrando que a atividade é viável, e como fazer uma pecuária de resultados a partir do conhecimento e da integração de diversos elos da cadeia. O CEM contou, ainda, com parceria na construção da Itabira Currais, responsável pela planta e construção do curral; e da WM Borrachas, que trabalha com pisos antiestresse emborrachados para estruturas diversas (rampas, currais, baias e caminhões boiadeiros). O primeiro curso a ser realizado no CEM já está marcado e será no final deste mês, promovido em parceria com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR). O treinamento será voltado a médicos veterinários que atuam na área de bovinocultura de corte. O Centro Experimental de Manejo Racional e Produtivo foi inaugurado em 24 de novembro passado, em evento que contou com a presença de mais de 350 pessoas.
Fazenda Arca de Noé - O CEM está instalado na fazenda Arca de Noé, que fica dentro da microregião de Paranavaí, classificada pelo IBGE como o maior rebanho bovino do estado do Paraná, seguida por Umuarama, que também está muito próxima à localização da fazenda. Com área equivalente a 690 alqueires de pastagens, agricultura, Reserva Legal e Área de Proteção Permanente, a propriedade explora a cria, recria e engorda de gado bovino, com um rebanho de aproximadamente 2.500 cabeças. Além da pecuária, a fazenda produz cana e capim napier, utilizados para consumo, e cultiva mandioca, visando a recuperação das pastagens. “Os investimentos e as parcerias para a criação do Centro Experimental de Manejo Racional, realizados na Fazenda Arca de Noé, visam a melhoria da produtividade com manejo, genética e sustentabilidade, utilizando tecnologia de ponta na pecuária”, afirma o proprietário da fazenda, Luiz Carlos Setim, que também é dono do Frigorífico Argus, situado em São José dos Pinhais (PR). Então deputado federal pelo estado do Paraná, Setim foi recentemente eleito a prefeito de São José dos Pinhais. Sobre o Frigorífico Argus - O Frigorífico Argus é um complexo industrial com mais de 50 anos de mercado voltado para o abate de bovinos e suínos, cuja carne é distribuída para a região metropolitana de Curitiba, Campos Gerais e litoral do estado do Paraná, abastecendo redes de supermercados e açougues da região. O Complexo Argus industrializa, em modernas instalações, subprodutos de origem animal, como sebo industrial, farinha de carne e farinha de sangue, distribuídos no mercado nacional. Os animais são adquiridos no Paraná, especialmente na região dos Campos Gerais, região de Guarapuava, Norte Pioneiro e Noroeste do estado. Sobre a Beckhauser - Há 42 anos a Beckhauser alia manejo racional e produtivo, com a finalidade de oferecer aos pecuaristas soluções inovadoras de contenção, manejo e controle que aprimorem a produtividade, agregando, assim, valor ao negócio com segurança para o homem e para o animal. Nesse sentido, a empresa possui uma completa linha de troncos tradicionais e automatizados, além da linha de controle/pesagem eletrônica. Além dos produtos, a Beckhauser investe na disseminação do conceito do manejo racional e produtivo em eventos de diversas regiões do país, e por meio de ferramentas como o Informativo Manejo, que leva exemplos de manejo racional bem aplicado e dicas práticas que ajudam a melhorar a produtividade e os resultados da produção pecuária.
Luiz Carlos Setim e Gabriel Back, representante SEAB
José Carlos Beckheuser, diretor da Beckhauser O Centro Experimental de Manejo Racional e Produtivo (CEM) tem como proposta ser um espaço dentro de uma fazenda modelo de produção, voltado ao treinamento e formação para o desenvolvimento de uma pecuária de qualidade e rentável.
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O cliente malandrinho
*Por Paulo Araújo
Cá entre nós... quem ainda acredita que o cliente e caso se sentir lesado, tentar um acordo justo e de sempre tem razão? Esse é um dos mitos em vendas forma respeitosa com o seu fornecedor. que sinceramente está mais para poesia do que para a dura realidade dos negócios. O cliente malandrinho adora um barraco. A finalidade de qualquer empresa, sim, é servir Ganhar as coisas no grito e causar constrangimento ao cliente. Mas, se a empresa existe para servi-lo, é sua especialidade. Assim ele ganha a atenção que criar melhorias e inovações, concretizar sonhos e não merece. Quando o cliente fizer barraco, peça suprir necessidades, nada mais justo que o cliente que se acalme, ofereça uma água e deixe claro que também seja a fonte de lucro e perpetuidade do enquanto isso não acontecer não haverá conversa nosso negócio. para resolver o problema. O cliente deve ser tratado com respeito e especialmente com honestidade. Sem isso não há conO cliente malandrinho não merece sua confiança e, sem confiança, não há relacionamento que sideração! Não mate a sua lucratividade ou auresista. mente o stress e a pressão sobre sua equipe para, Porém, pode acredino final das contas, ver tar, é impossível que na que sobrou só um pouÉ ilusão acreditar que sempre tudo quinho de dinheiro dasua vida corporativa você é culpa da empresa e que o cliente é quela venda, que se não se depare com o fosse hoje, você faria de CLIENTE MALANDRINHO. sempre o inocente. tudo para evitar. O cliVamos identificar esse ente malandrinho tem sujeitinho que, como erque pagar o valor justo, senão não tem negócio. va daninha, parece que nunca acaba. É claro que existem empresas desonestas, que não entregam o que prometem, ou ficam devendo O cliente malandrinho quer levar vantagem em muito nos requisitos atendimento e assistência em tudo. Sempre quer ganhar o máximo possível técnica. Mas é ilusão acreditar que sempre tudo é e só tem preocupação com a saúde do seu próprio culpa da empresa e que o cliente é sempre o inobolso. cente. O malandrinho tem na ponta da língua frases Na verdade, no mundo dos negócios não deve de efeito que como mantras bem decorados saem mais haver espaço para MALANDROS, nem de um da sua boca para esculachar a sua empresa. Não lado e nem de outro. se abata e pesquise se ele está comparando o seu produto com algo similar, se os concorrentes têm preços e condições melhores e, principalmente, se vale a pena ter esse cliente na sua carteira. O cliente malandrinho acredita que sempre tem razão. De tanto ouvir esse ditado ele o toma como verdade absoluta. Livre do bom senso e da noção de limites, faz questão de sempre recordar que ele é quem está certo. Sabe de cor os seus direitos, mas os deveres, bem, isso é assunto para os filósofos que adoram discutir ética. O negócio do malandrinho é lutar bravamente para sair vencedor ao final de uma discussão. O cliente tem razão quando cumpre acordos e contratos
Paulo Araújo é especialista em Inteligência em Vendas e Motivação de Talentos, diretor da Clientar - Projetos de Inteligência em Vendas, e autor de Paixão por Vender (Ed.EKO), entre outros livros. Informações sobre palestras ou treinamentos de Motivação, Talentos e Vendas pelo telefone (41) 3267-6761, ou pelo site www.pauloaraujo.com.br Twitter: @pauloaraujo07
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Impactos do Transporte Rodoviário no frete em 2012
O transporte rodoviário de cargas no Brasil, apesar de responder por aproximadamente 60% de toda a matriz de movimentação logística no País, ainda enfrenta uma série de problemas estruturais que castigam o serviço. Em 2012, além dos impactos que o frete sofreu com a nova lei dos transportes, criada em julho, outros componentes influenciaram todo o sistema. Parcela significativa das estradas nacionais apresenta um estado incipiente com relação à conservação e condições de rodagem, o que corresponde a algo em torno de 78% das vias em estado de conservação considerado ruim a péssimo. O roubo de cargas contabiliza mais de meio bilhão de reais em perdas anuais, sem contar com a elevada idade média da frota em circulação. Soma-se a estes fatos a alta carga tributária brasileira, que aumenta os custos de qualquer investimento em logística. Segundo dados da NTC&Logística, em 12 meses, considerando um período entre setembro de 2011 e setembro de 2012, vários itens diretamente relacionados ao transporte rodoviário (carga de lotação) sofreram reajustes, como pneus (15,61%), recapagem (29,33%) e seguros (11,56%). Os salários dos empregados em empresas de transporte rodoviários de carga foram reajustados em maio de 2012 em 8%, tendo como base os acordos coletivos da categoria em São Paulo e região. A alteração salarial pode gerar um impacto no índice nacional de custos do transporte de carga fracionada (3,21% em médias distâncias e 3,70% em distâncias muito curtas de até 50 km). Nas cargas de lotação, o impacto é menor, sendo 1,42% nas médias distâncias e 1,32% nas muito curtas. Por outro lado, o maior impacto nos fretes será causado pela aplicação da nova lei 12.619/10. De forma resumida, podem-se entender algumas das novas disposições da legislação. Para o motorista empregado, necessidade de repouso de 11 horas a cada 24 horas, uma hora de refeição, jornada de trabalho de 8 horas (podendo fazer até 2 horas extras) e repouso semanal de 35 horas. Nas viagens de longa distância (duração superior a 24 horas), devem-se cumprir de forma complementar um intervalo para descanso de 30 minutos a cada 4 horas de direção e repouso semanal de 36 horas para as viagens com duração de mais de uma semana. Além de afetar os custos dos transportes devido à necessidade de readequação do quadro de moto06 62
ristas para atender às novas exigências, as transportadoras deverão se deparar com a questão do tempo de espera, ou seja, as horas que excederem à jornada normal de trabalho do motorista que estiver aguardando para carga ou descarga ou em fiscalização em barreiras fiscais ou alfandegárias. Estas deverão ser computadas como horas extraordinárias, sendo indenizadas com base no salário normal acrescido de 30%, sem a incidência de encargos. Fica nítida a influência de um custo que, até então, não existia na apuração dos fretes. Logicamente, esta nova prática implicará também em uma readequação dos prazos de entrega junto aos clientes, o que gera uma segunda discussão sobre quanto tempo adicional este aumento vai acarretar. Algumas estimativas iniciais apontam uma ampliação de 12 horas para cada 700 km percorridos nos padrões atuais. Se por um lado a lei acarretará uma série de obrigações para as empresas de transporte, trazendo à tona alguns direitos dos motoristas, por outro vai também impor alguns deveres. Os funcionários, além de zelar pelas condições de segurança (sua, do veículo e da carga) e respeitar os tempos mínimos de descanso, serão condicionados a possíveis testes aplicados pelo empregador, para controlar o uso de álcool, drogas e demais substâncias ilícitas que afetem o seu desempenho ao volante. Evidentemente, a lei dos transportes traz aspectos positivos por trás das novas exigências. No entanto, a Lei 12.619/10 sofreu vetos importantes da presidente Dilma, principalmente em aspectos que serviriam como contrapartida do governo para melhorar a infraestrutura que ainda precisa de muito mais atenção. O item que previa a obrigação do governo em construir postos de parada para os motoristas, oferecendo melhores condições em termos de segurança e conforto ao longo das rodovias para o cumprimento dos intervalos obrigatórios de descanso, não foi levado adiante. Resta saber quais benefícios serão proporcionados pelo poder público para contrabalancear os investimentos das transportadoras e a reprogramação por parte dos seus clientes, de forma a minimizar os impactos em todo o sistema logístico. Alessandro Borraschi Ferreira é professor de Gestão da Cadeia de Suprimentos da Trevisan Escola de Negócios.
Redes sociais na empresa: liberar ou proibir? Bom, hoje vou acabar revelando minha idade, pois sou da época da máquina de escrever. Você lembra, ou fez curso de datilografia? Do tempo do Telex, do Fax já é mais moderno, mas o que quero dizer com isso? Então, vamos por partes, uma coisa muito importante é entender a tecnologia que avança muito diariamente. Com isso, todos nós de auditoria, controladoria, compliance, controles internos e riscos, devemos buscar entender o que está acontecendo, além de buscar melhorias para a organização. Mas, como podemos fazer isso? Há pouco tempo, a TI das empresas bloqueava acessos a e-mails particulares, sites ou até páginas de internet que não faziam jus ao trabalho exercido pelos colaboradores. Porém, com o advento dos smartphones, iphones, ipads, tablets, redes sem fio, mobilidade digital, sejam qual for o nome, vem a pergunta: como posso bloquear os acessos remotos? Na verdade, não posso. Uma das maneiras para solucionar esta questão é apelar pela cultura e educação dos colaboradores, já que as redes sociais possuem atrativos, que podem causar até dependência. Pode ser que você seja uma dessas pessoas e se identifique, pois vai ao banheiro com o aparelho, em reuniões profissionais e de família; na sala de casa, não conversa mais, pois manda SMS para a esposa na cozinha; usa o aparelho no metrô, no ônibus, no carro, já que não podemos mais perder tempo. Será? Mas, fica a indagação de como podemos mudar esta cultura do acesso à novidade, e também a certas "bobagens" dentro da empresa? Como não podemos viver sem informações, uma boa estratégia é educar e cobrar resultados, pois estas atividades acabam distraindo profissionais no ambiente de trabalho. Ou seja, a solução é disciplina! Para isso, buscar a melhoria do convívio entre trabalho e a informação deve ser mais bem ajustado nas organizações. Vejamos o que as empresas têm feito para combater o tabagismo. Por exemplo, se um colaborador fumar um maço de cigarro por dia e, a cada descida para fumar, entre idas e vindas, demorar 10 minutos. Quanto tempo de trabalho se perde no dia? E na semana? Com a rede social também pode ocorrer a mesma coisa. Portanto, devemos orientar e monitorar resultados, pois acredito que a questão é meta x tarefas x resultados x recompensa. Dessa forma, podemos criar uma cultura organizacional diferente e sem grandes atritos internos, pois aquele profissional que não faz parte deste grupo, pode vir a sentir-se desmotivado ou acreditar que este seja o modelo ideal. Pense nisso! Marcos Assi é diretor e consultor da Daryus Consultoria e Treinamentos, professor da Saint Paul Escola de Negócios, da FIA (Labfin) e do MBA Gestão de Riscos e Compliance da Trevisan Escola de Negócios. Autor de livros, é também consultor de finanças do programa A Grande Ideia, do SBT.
Dica de leitura Quais são os principais passos para empreendedores que estão buscando investimentos para seu novo negócio? Você sabia que o investimento-anjo tem um papel fundamental na sociedade, por fomentar e apoiar o empreendedorismo na criação de novas empresas, empregos e tecnologia? E que as maiores empresas inovadoras, como Google, Facebook e Twitter, receberam investimentos-anjo? Como se tornar um investidor-anjo? Estas e outras perguntas são respondidas no livro Investidoranjo: Guia prático para empreendedores e investidores. Neste livro, o leitor irá encontrar toda orientação de que precisa, passando pelos principais conceitos sobre investimentos-anjo até a efetivação do negócio. Será guiado passo a passo em cada etapa, desde a busca de investidores por empreendedores e de negócios por investidores-anjo, até as fases da “paquera”, do “namoro”, do “noivado”, do “casamento” e do “divórcio” (que neste caso pode, e deve, ser feliz), sempre com exemplos práticos, do dia a dia, apontando os principais cuidados e soluções que devem ser tomados contra os eventuais obstáculos que surgirem. A obra ainda esclarece os principais jargões da indústria de investimentos como drag along, tag along, term sheet, venture capital, valuation, business plan, start up etc., por meio de uma linguagem simples e acessível. Trata-se de um guia essencial destinado a todos que querem aventurar-se por esse mundo inovador e crescente das startups, incubadoras e aceleradoras para aproveitarem as grandes oportunidades que estão surgindo devido à revolução do mundo dos negócios pela qual estamos passando. Título: Investidor-anjo Subtítulo: Guia prático para empreendedores e investidores Editora: nVersos Autor: Cassio A. Spina Preço médio: R$ 42 N. de páginas: 176 63
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