SE BEBER NÃO DIRIJA
Ano 03 - Edição Nº 16 - 2018
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SE BEBER NÃO DIRIJA
Expediente Ano 03 - Edição Nº 16 - 2018
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Índice 06
Comemoração: I.G. Máquinas: revolução na indústria de água mineral
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Evento: Fispal Tecnologia encerra edição 2018 e já prepara evento surpreendente para a comemoração dos seus 35 anos
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Transporte: Sistemas de transporte na indústria de bebidas
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Investimento: Taimak: simplicidade, eficiência e expansão
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Lançamento: Dádiva lança nova Berliner, com jabuticaba e mirtilo
Edição: Nº 16 - 2018 Capa: www.fispaltecnologia.com.br
Diretoria: Fábio dos Santos Cátia Rodrigues dos Santos fcsantos2002@uol.combr Jornalista Walter Fernandes fcsantos2002@uol.com.br Diagramação e Criação: Rubem Araújo Spínola binhoartegraf@gmail.com fcsantos2002@uol.com.br Estagiária Letícia dos Santos Dutra fcsantos2002@uol.com.br Assinatura / Expedição: Reinaldo A. dos Santos fcsantos2002@uol.com.br Departamento Comercial: Fábio dos Santos fcsantos2002@uol.com.br Departamento Administrativo: Carla Rodrigues fcsantos2002@uol.com.br Colaboradores: José Carlos Giordano umbrellagmp@terra.com.br Matthias R. Reinold matthias@cervesia.com.br Marco A. Amaral marcoagamaral@uol.com.br Consultor: Matthias R. Reinold (Mestre Cervejeiro)
“Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam a opinião da editora.” FC Santos Editora e Eventos Ltda Av. da Paz, 665 – Salas 02/04 – Utinga Santo André – SP – CEP: 09220-310 Tel.: (11) 4976-1053 fcsantos2002@uol.com.br www.industriadebebidas.com.br Facebook: revistaindustriadebebidas
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Desthil....................................................17
I.G Máquinas.........................................13
Taimak....................................................21
Kinox.......................................................26
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Editorial Estamos nos aproximando de mais um final de ano, esse é um momento onde iniciamos os planejamentos para o próximo ano e com grande otimismo principalmente para o setor artesanal. O setor cervejeiro continua mostrando a sua evolução e se mantém em destaque com números positivos. E para os próximos anos a tendência é ainda melhor com a economia do país se estabilizando e o retorno de novos postos de empregos fará com que o consumo cresça e o setor de bebidas retome o aumento de sua produção.
Destacamos nessa edição o destaque que a Fispal Tecnologia deu para o setor das cervejarias artesanais nesse ano de 2018. Durante o evento pudemos acompanhar palestras e debates com profissionais renomados do setor com os visitantes que procuraram informações na Arena Cervejeira, espaço montado exclusivamente para receber todos do setor cervejeiro e visitantes interessados em ingressar no mercado cervejeiro. Nossos leitores também irão acompanhar nas demais páginas, outros assuntos importantes e atuais do setor cervejeiro. Boa Leitura e ótimos negócios!
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COMEMORAÇÃO
POR Redação
I.G. Máquinas: revolução na indústria de água mineral Empresa de Serra Negra, no interior de São Paulo, nasceu há 30 anos e ajudou a alavancar o setor no País
Q
uando surgiram as máquinas da empresa no mercado, o crescimento de água mineral teve uma evolução extraordinária, vendendo garrafão de 20 litros no Brasil todo. Desta forma, a I.G. foi a responsável por abrir o mercado de garrafão no território nacional. Todo o trabalho desenvolvido durante as três décadas fez com que a empresa atingisse 70% do mercado. Hoje, a empresa segue sua trajetória de sucesso sob o comando do filho de Irineu, Antonio Roberto Giraldi (atual presidente), e dos netos Antonio Roberto Giraldi Junior e Luciano Augusto Giraldi. Com o passar dos anos, a companhia expandiu seu campo de atuação.
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Atualmente, produz uma linha completa para envase de água em garrafões retornáveis de 10 e 20 litros, contando com h i g i e n i za d o ra , e s co va d e i ra l i n e a r automática, lavadora linear automática, túnel germicida, enchedora rotativa automática, tampadora automática, visor de inspeção, túnel lacrador e sistema de elevação de esteira. Além disso, a I.G. Máquinas fabrica a linha completa para envase de água em garrafões descartáveis de cinco a 10 litros, com rinser, enchedora e tampadora; e linha completa para envase de água natural ou gaseificada em garrafas descartáveis de 500 ml a 1500 ml, também com rinser, enchedora e tampadora.
Também é fabricada em Serra Negra linha completa para envase de chopp e projetos especiais sob encomenda. A empresa tem apostado no crescente mercado de cerveja,
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EMPRESA CAPA outros segmentos, como de água de coco. Segundo a I.G. Máquinas, os benefícios de seus equipamentos são a alta qualidade e a tecnologia, com longa vida útil, assistência técnica e reposição de peças eficiente e rápida. Além disso, a companhia oferece todo o apoio para clientes em início de projeto e elabora layouts personalizados de acordo com a planta de cada um. A empresa planeja, em breve, o lançamento de novas máquinas que estão sendo produzidas e investimentos no time e nas estratégias de vendas. O presidente da I.G. Máquinas, Antonio Roberto Giraldi, mostra sua confiança no futuro e deixa um recado para todos os contribuem para o bom trabalho desenvolvido pela empresa: “Agradeço a equipe de funcionários, que sempre vestiu a camisa da I.G.; os clientes, que em mim confiaram todos esses anos; e os fornecedores, que entendem nossas necessidades e nos atendem com qualidade”. Sócios I.G. Máquinas que cada dia mais vem tomando maiores proporções, principalmente no setor artesanal. Com isso, a I.G. Máquinas passou a oferecer linha completa para envase de
chopp em barris, desde sua despressurização anterior ao envase até o encolhimento do lacre posterior ao envase. A empresa já produziu equipamentos para
Serviço www.igmaquinas.com.br
POR Redação
EVENTO
Fispal Tecnologia encerra edição 2018 e já prepara evento surpreendente para a comemoração dos seus 35 anos Mostra realizada no SP Expo reuniu mais de 38 mil pessoas que conferiram as recentes tecnologias desenvolvidas para o setor de alimentos e bebidas distribuídas em 440 expositores
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34ª edição da Fispal Tecnologia Feira Internacional de Tecnologia para Indústria de Alimentos e Bebidas que ocorreu de 26 a 29 de junho, no São Paulo Expo, em São Paulo, chegou em seu último dia com seu melhor resultado já registrado com relação a qualificação do público visitante. Nos quatro dias de evento cerca de 38.600 pessoas puderam conferir as novidades dos 440 expositores e, também, as atrações oferecidas, como Fórum Fispal Tecnologia, Demonstrador da Indústria 4.0, Lab de Soluções, Lounge Inovação e a Arena da Cerveja Artesanal que foi realizada pela primeira vez. Apesar de não ter registrado um volume superior de visitantes na comparação com 2017, principalmente porque ocorreu em mês de Copa do Mundo e na semana em que aconteceu o jogo da Seleção Brasileira no mundial, a quantidade de representantes com poder de decisão de negócios das
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indústrias do setor de alimentação aumentou consideravelmente. “Eles foram atraídos pelo dinamismo da feira e, também, pela quantidade de inovações apresentadas”, diz Clélia Iwaki, diretora da Informa Exhibitions, empresa organizadora do evento. Em 2019, a Fispal Tecnologia, que completa 35 anos, ocorrerá entre os dias 25 e 28 de junho. A renovação de contrato dos expositores superou as expectativas da organização. Como resultado deste interesse de profissionais com tomada de decisão pela feira, a Bramak, empresa especializada em máquinas envasadoras para a indústria de alimentos registrou salto significativo no volume de negócios. “Em 2017 vendemos uma máquina e, neste ano, contabilizamos a comercialização de seis”, comenta Felicio Granato, diretor Comercial da empresa. Outra companhia que comemora o bom desempenho é Beckhoff. De origem alemã
e presente em 75 países, a companhia especializada em sistemas de automação industrial, mais uma vez obteve bons resultados em seu objetivo em fixar o valor da marca no setor. “Recebemos a visita de i m p o r ta nte s p a rc e i ro s co m e rc i a i s interessados em soluções e podemos afirmar que este número foi tão expressivo como do ano passado”, diz Marcos Giorjiane, diretor da empresa. “O Fórum Fispal Tecnologia ajudou a fortalecer a imagem e o nosso relacionamento com os clientes”, comenta. A Sunnyvale, especializada em desenvolvimento de soluções para automação e integração de sistemas, também comemora a presença de um público mais qualificado. “Ainda não verificamos o volume de negócios gerados, mas a interação mais aprofundada com os nossos parceiros ocasionará melhores resultados posteriormente”, conta João
EVENTO Fortes, Gerente de Produto da empresa que participa do evento desde sua primeira edição. Retomada pela Informa Exhibitions nesta edição, a rodada de negócios também apresentou bom desempenho, com a movimentação de quase R$10 milhões em vendas de equipamentos. Em duas horas foram realizadas 89 reuniões que contaram com a presença de 15 expositores.
Arena da Cerveja Artesanal Atenta a constante expansão do mercado artesanal de cervejas, a Informa Exhibitions trouxe pela primeira vez a Arena da Cerveja Artesanal que consiste na apresentação de palestras com informações importantes acerca de como montar ou gerenciar uma fábrica artesanal de cerveja. Entre os conteúdos abordados estavam: gestão, diferencias de produtos, produção e ingredientes. Segundo Luis Fernando Amaro, do Instituto da Cerveja Brasil (ICB) parceiro da realização do projeto, o público superou as expectativas. “Foram mais de 100 pessoas visitantes por dia interessados em informações sobre mercado, produção e inovações disponíveis para este segmento”, revela. E não é para menos: o mercado de cerveja brasileiro produz anualmente 13 bilhões de litros e é considerado o terceiro maior do mundo. Neste contexto, a cerveja artesanal já representa 1% deste volume e 2,5% do faturamento total. Por causa do sucesso deste ano, a Arena da Cerveja Artesanal já está confirmada para a 35ª edição da Fispal Tecnologia que ocorrerá em 2019. Parceiro da realização do projeto, o público superou as expectativas. “Foram mais de 100 pessoas visitantes por dia interessados em informações sobre mercado, produção e inovações disponíveis para este segmento”, revela. E não é para menos: o mercado de cerveja brasileiro produz anualmente 13 bilhões de litros e é considerado o terceiro maior do mundo. Neste contexto, a cerveja artesanal já representa 1% deste volume e 2,5% do faturamento total. Por causa do sucesso deste ano, a Arena da Cerveja Artesanal já está confirmada para a 35ª edição da Fispal Tecnologia que ocorrerá em 2019.
Fórum Fispal Tecnologia Considerado um importante canal de conhecimento e já consagrado entre os visitantes, o Fórum Fispal Tecnologia contou com cerca de 500 pessoas nos dois dias de apresentações. Entre os temas de palestras que mais chamaram a atenção, destaque para os que abordaram a 12
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Indústria 4.0 e apontaram as mudanças que o setor de alimentos e bebidas estão passando para implantar este conceito de manufatura avançada. Neste ano, marcaram presença empresas como BRF, Nestlé, Coca-Cola, Bauducco, Heineken, Kraft Heinz, Tetra Park, entre outras. No próximo ano, o Fórum apresentará surpresas para comemorar os 35 anos da Fispal Tecnologia.
Demonstrador da Indústria 4.0 A parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) trouxe para SP Expo uma nova versão do Demonstrador da Indústria 4.0 que reuniu conceitos nunca antes aplicados em uma feira, como Digital Twin e Realidade Aumentada. O projeto recebeu a participação de muitos visitantes interessados em conhecer a futurística linha de produção que entregou uma lata de granola com muitas possibilidades de personalização. Além de apresentar as inovações na m a n u fat u ra , o I M T o ferec eu a o s representantes de micro, pequenas e médias indústrias de Alimentos e Bebidas a possibilidade de receber uma consultoria gratuita durante seis meses. As empresas que receberam o apoio do Instituto na edição passada da Fispal Tecnologia, também estiveram no evento e puderam explicar mais sobre os benefícios decorrentes do atendimento. Para o Professor Ari Costa, que esteve à frente do projeto, esta parceria de sucesso com a feira continuará com mais surpresas para a próxima edição. “Superamos nossa
expectativa e recebemos diversos visitantes com bom nível de entendimento bem elevado da tecnologia. Além disso, cerca de 100 empresas se candidatam para receber a consultoria gratuita para solucionar seus problemas. Em 2019, voltaremos com um demonstrador ainda mais revolucionário”, conclui.
Atrações Sempre atenta em proporcionar inovações e conteúdo que apresentam soluções para a indústria de alimentos e bebidas, a Fispal Tecnologia em parceria com ABRE (Associação Brasileira de Embalagem) realizou o Lounge ABRE da embalagem onde foram realizadas diversas palestras p e n s a d a s j u sta m e nte p a ra t ra ze r alternativas que geram mais produtividade para a indústria. Com duração de 20 minutos, as apresentações realizadas por fabricantes de matéria-prima, agências de design e entre outros, atraíram, nesta edição, uma média de 15 expectadores por palestra. Para Isabella Salibe, gerente Comercial e de Marketing, este número superou as expectativas. “Registramos uma média de 150 participantes por dia que foram atraídos principalmente porque os temas abordados são sensíveis às necessidades atuais da indústria, como, por exemplo, a busca por soluções em embalagens que visam a redução do desperdício”, comenta Isabella. Outra atração que ganhou destaque durante os quatro dias da feira foi o Lounge Inovação idealizado pelo Instituto de
EVENTO Tecnologia SENAI. Nesta edição, os profissionais trouxeram 10 projetos de produtos inovadores à disposição para comercialização. De acordo com Estebe Ormazabal Insausti, diretor do Instituto, o número de projetos deste ano foi maior do que a edição passada. “Este aumento deve-se, principalmente, ao sucesso desta ação que foi realizada pela primeira vez em 2017. Ainda não fizemos o balanço, mas verificamos que a lista de empresas interessadas em adquirir estes produtos praticamente dobrou”, comemora.
O SENAI também levou o Lab de Soluções à Fispal Tecnologia. Esta ação que iniciou em 2017 tem como objetivo fomentar a inovação tecnológica e consiste em promover desafios que necessitam de soluções para alavancar a produtividade das empresas. Funciona da seguinte forma: quatro meses antes da feira, empresas acessam o site do Instituto e cadastram “um
desafio” que deve ser resolvido por especialistas técnicos. “O número de cadastrados saltou de 10 em 2017 para 40”, revela Insausti. A Informa Exhibitions cria comunidades e conecta pessoas e marcas em todo o mundo e, aliando as entregas de suas feiras com uma nova estratégia digital, gera oportunidades e relacionamentos 365 dias por ano. Com escritórios em São Paulo (sede) e Curitiba e cerca de 200 profissionais, a empresa conta em seu portfólio com marcas como Agrishow, Fispal Tecnologia, Fispal Food Service, ForMóbile, Futurecom, ABF Franchising Expo, Serigrafia SIGN FutureTEXTIL, Feimec, Expomafe, Plástico Brasil, High Design Home & Office Expo, entre outros, totalizando 21 eventos setoriais. No mundo, atua em 150 escritórios em 57 países e é líder em inteligência de negócios, publicações acadêmicas, conhecimento e eventos, com capital aberto e papéis negociados na bolsa de Londres.
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TRANSPORTE
POR Mathias R. Reinold
Sistemas de transporte na indústria de bebidas A necessidade em se acompanhar e até de antecipar os desejos dos consumidores fez com que surgisse uma enorme variedade de vasilhames e embalagens na indústria de bebidas.
E
ssa complexidade traz uma série de exigências ao sistema de transporte, uma vez que um determinado tipo de bebida pode se envasado em várias embalagens (garrafas de vidro, garrafas PET de vários tamanhos, latas, barris KEG ou post-mix) e embalado em bandejas múltiplas, embalagens de papelão etc. O transporte de vasilhames (garrafas, latas, barris), garrafeiras plásticas, caixas de papelão, pacotes e paletes geralmente é efetuado através de correntes, esteiras e cintas transportadoras, roletes, e construídos em materiais como aço inox e materiais plásticos (acetal, polipropileno, polietileno, etc).
Planejamento de sistemas de transporte No planejamento dos sistemas de transporte no envasamento devemos levar em conta o transporte rápido e se possível através da menor distância entre uma máquina e outra, e também: 1. Observar a clara ordenação espacial dos equipamentos; 2. Permitir o rápido acesso do pessoal de manutenção a todos os equipamentos e transportadores; 3. A ordenação dos equipamentos deve ser feita de modo a economizar espaço; 4. Prever suficiente espaço físico para procedimentos de reparo e manutenção; 5. Dar atenção a normas de segurança e saúde, como por exemplo, proteção contra ruído; 6. Prever pulmões nos sistemas de transporte, para manter as conseqüências de falhas tão pequenas quanto possível; 7. Permitir a ligação racional aos depósitos de vasilhames e produto acabado; 8. Manter pequenas distâncias aos recintos adjacentes.
Desenho higiênico O desenho da estrutura dos sistemas de transporte deve facilitar a limpeza. Suportes redondos (fáceis de limpar) devem fazer parte da estrutura. A estrutura deve ser aberta, para que não haja acúmulo de cacos de vidro e sujeira. Quando ancorados no piso, deveria-se utilizar o mínimo de suportes verticais e 16
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estes deveriam ser redondos. O ideal seria que os suportes não tivessem base e que fossem cimentados no piso, apesar de significar elevado custo em caso de alteração de lay-out. A fixação no piso é recomendada apenas para instalações relativamente permanentes.
Lubrificação A lubrificação adequada dos sistemas de transporte permite que os vasilhames sejam transportados sem deslizar ou que por falta de lubrificação haja desgaste acentuado do sistema de transporte ou que as garrafas sejam quebradas nas zonas de retenção (pulmões, por exemplo) por excesso de pressão. É importante entender a dinâmica dos vasilhames, como o seu centro de gravidade, lubrificação e forma que permitem transportá-los em pé através de todo o sistema.
Conjuntos de acionamento A construção deve ser modular e a instalação dos conjuntos motoredutores de acionamento deve permitir fácil acesso em caso de manutenção, assim como os demais componentes. Os motoredutores chamados de ecológicos permitem economia de energia elétrica de até 40% (dependendo da capacidade do equipamento e instalação). A montagem ao longo do transportador permite obter melhores condições microbiológicas, uma vez que não há formação de aerossóis (responsáveis pelas contaminações secundárias do produto na área de envasamento). Os motoredutores de acionamento podem ser montados na vertical e suportados para fora dos transportadores. A montagem vertical permite que a reposição possa ser efetuada por uma pessoa apenas e a montagem para fora do transportador mantém o gotejamento longe dos vasilhames.
Transporte de garrafas de vidro O transporte individual de garrafas de vidro apresenta o maior problema de transporte no envasamento. As maiores dificuldades são a necessidade de transportar grandes quantidades de garrafas, a sensibilidade da
garrafa de vidro à quebra (a resistência à quebra depende da forma da garrafa, a espessura da parede e a distribuição do vidro) e a emissão de ruído durante o transporte das garrafas. Para a maioria dos vasilhames de bebidas, a velocidade de transporte deveria ser mantida abaixo de 3 m/s, já que o risco de quebra do vasilhame de vidro aumenta em velocidades maiores que 1 m/s, em choque contra obstáculos. Mas as atuais linhas de envasamento de alto rendimento (linhas de envasamento para 100.000 garrafas por hora) fazem com que velocidades de transporte de cerca de 3 m/s sejam necessárias, porque a quantidade de garrafas deve ser ajustada para a velocidade de trabalho dos equipamentos instalados em série, uns após os outros. O nível de ruído depende da forma da garrafa e da energia ao chocar-se. A energia de choque por seu lado depende da massa da garrafa e da velocidade relativa. Para o funcionamento totalmente automático da linha de envasamento, é i m p o r t a n t e s i n c ro n i za r t o d o s o s e q u i p a m e nto s . Pa ra s e at i n g i r o ren d imento n o min a l d a lin h a d e envasamento, respectivamente para reduzir os efeitos de falhas que afetam este rendimento, deve-se prever pulmões. A o p i n i ã o d e q u e t ra n s p o r t a d o r e s suficientemente longos já provem a necessária capacidade de pulmão é falsa. Apenas uma parte do transportador pode agir como pulmão - a parte que não é ocupada pelo fluxo normal do vasilhame. Um transportador no qual apenas uma fileira de garrafas é transportada, possui pequena capacidade de pulmão, que corresponde ao espaço entre uma garrafa e outra. No caso de parada, o espaço é rapidamente ocupado. Através de uma construção aberta ocorre a eliminação de cacos de vidro e sujeira. Isso permite também atingir elevada vida útil, gerando um mínimo de custos operacionais e de manutenção. O uso de transportadores verticais de garrafas permite o transporte em diferenciais de altura de até 12 metros, com capacidades de até 60.000 garrafas/hora.
TRANSPORTE
Transporte de garrafas de vidro por esteiras em aço inox Transporte de latas O transporte de latas, pelas características do produto a ser transportado (latas vazias e cheias), normalmente é feito através de transportadores construídos em material plástico ou aço inox. Novos sistemas de transporte de latas consistem em esteiras em material sintético (acetal, polipropileno, polietileno) com um coeficiente de atrito muito baixo e elevada resistência à tração. A superfície aberta impede a formação de bolhas de ar, depósito de pó e permite fácil limpeza. O transporte de latas inclui transportadores pneumáticos, que impulsionam as latas por meio de pequenos orifícios e sistemas de guias que permitem que a lata seja virada e desvirada (como antes e após os rinsers). Pelo fato de que as velocidades de
transporte em linhas de envasamento de latas modernas atingem 120.000 latas por hora (equivale a 33 latas por segundo), exige-se perfeito sincronismo entre o sistema de transporte e as diversas máquinas que compõem a linha de envasamento.
Transportador a ar para vasilhames plásticos Este tipo de transporte geralmente é concebido de forma modular e permite pela sua construção, o transporte de vasilhames plásticos sem danos, ruído, com economia de energia e sem paradas. Por meio de alterações simples no sistema pode-se transportar os mais variados tipos de vasilhames plásticos, podendo ser usado para acumulação de garrafas muito leves
(PET, PVC, PEN), sem risco de as fazer cair ou deformar por força de pressão. Este transportador modular permite uma implantação otimizada, seja no teto ou no solo. Permite vencer inclinações de até 10%, sendo possível projetar linhas mais compactas e mais curtas do que com os transportadores mecânicos tradicionais. O transportador a ar representa uma ligação racional entre as várias máquinas que compõem a linha de enchimento de PET, como por exemplo, sopradora, despaletizador, rinser (enxaguador), enchedoras ou rotuladoras. Um inversor de freqüência permite, através da modulação da rotação dos ventiladores radiais (e conseqüentemente dos fluxos de ar e da pressão exercida sobre as garrafas), obter os parâmetrosde transporte ideais, em função do tamanho das garrafas, da velocidade da enchedora a jusante ou ainda, das condições de acumulação. Isso permite um mínimo de atrito e poucas perdas por desgaste. A supervisão dos filtros de ar permite ainda compensar automaticamente as perdas de carga devidas à colmatação (entupimento) progressiva dos filtros de ar dos ventiladores (o ar que transporta as garrafas é mais limpo do que o ar ambiente – passa por primeiro por filtros de partículas de 5 mícrons e depois por filtros de 0,3 mícrons). É possível também utilizar transportadores a ar em versão asséptica, onde é acoplado um sistema CIP para o transportador, com estação de dosagem inclusa.
Transporte de embalagens Estes transportadores são construídos de acordo com o mesmo princípio dos transportadores de garrafas e latas. Para o transporte individual de garrafeiras
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ARTIGO
plásticas, bandejas e caixas de papelão são utilizados transportadores por gravidade sob a forma de roletes e transportadores acionados por motor como esteiras ou roletes. Caso não exista uma inclinação disponível para o transporte de embalagens ou uma leve inclinação (8 a 10%) deva ser vencida, os roletes podem ser equipados com um motor de acionamento.Ao invés do acionamento de roletes individuais, podese optar por uma esteira (cinta) de borracha colocada sobre os roletes, que é colocada em movimento por meio destes. A construção dos transportes de embalagens deve levar em conta o aspecto higiênico, com estrutura em aço inox e ausência de cantos mortos que dificultem a limpeza. O desenho deve permitir a eliminação de cacos de vidro e sujeira (desenho aberto). O transporte de bandejas de vasilhames ou pacotes deve ser feito de modo que as mesmas não sofram danos durante o transporte (por exemplo, em caso de acúmulo). Sistemas existentes permitem desacoplar o acionamento e impedir que a pressão danifique as embalagens (“pressão zero”).
Transporte de barris
Transporte de barris por esteiras Os transportadores de barris KEG de 30 e 50 litros (para cerveja) e cilindros de post-mix de 18 litros (para refrigerantes) são geralmente compostos de transportadores de correntes, esteiras transportadoras,
roletes acionados e roletes livres. O transportador por gravidade é o mais simples e barato. A inclinação da pista de roletes deve estar relacionada com o peso dos diversos tamanhos de barril ou cilindros de post-mix, a composição de sua
CAPA
ARTIGO superfície (cilindros de post-mix são normalmente emborrachados nas extremidades) e o comprimento da pista. A inclinação para o transporte individual de barris oscila entre 2% e 5%. A construção das estruturas dos transportadores geralmente é de aço inox e modular, permitindo compor um sistema homogêneo. Os barris são transportados em pé e individualmente e armazenados em unidades maiores de transporte, os paletes. Na área de enchimento de barris ou post-mix, principalmente para o transporte e acúmulo dos mesmos, é utilizado o transportador de esteiras, que desliza sob o barril e gera pouco ruído. O transporte a distâncias maiores é feito por meio de empilhadeiras.
Transporte de paletes Para a movimentação de paletes dispomos de transporte de roletes, esteiras, mesas rotativas, mesas de transferência, elevadores/descensores e empilhadeiras, quando este transporte deve ser realizado horizontalmente ou com pequena inclinação. Como complementos também são utilizados: controle de paletes vazios, magazine de empilhamento de paletes vazios (até aprox. 15 paletes), sistema de centralização no empilhamento de paletes vazios, dispositivos de separação. A construção da estrutura, bandejas, unidades de acionamento, pernas de sustentação, painéis elétricos já é toda em aço inox, de modo que aumenta a resistência contra a corrosão (no caso de bebidas como cerveja, refrigerantes e sucos). Os roletes são zincados, com opção em aço inox. Existe uma tendência de mercado para a utilização de paletes menores, por isso deve-se prever um sistema de transporte de paletes que permita ajustes (por exemplo, a inserção de mais roletes, de modo que o menos espaçamento entre eles suporte de modo adequado os paletes mais curtos. A estabilidade dos paletes é influenciada diretamente pelo seu material de construção (paletes de madeira possuem um bom coeficiente de atrito, enquanto que paletes de plástico apresentam problemas nesse sentido) e também pelo material da embalagem do material transportado (normalmente as garrafeiras plásticas apresentam uma estabilidade bem superior à das embalagens de papelão). Um empilhamento com “amarração” aumenta a estabilidade, mas não evita que embalagens de papelão “deslizem” (uma proteção por meio de filme plástico ou fitas aumenta a estabilidade). O transporte interno por distâncias maiores normalmente é efetuado por empilhadeiras, que também são utilizadas para o abastecimento das máquinas e estoques. Para que um sistema complexo como uma linha envasamento possa funcionar adequadamente, há a necessidade de se integrar uma seqüência de equipamentos, e isso apenas pode ser feito quando os sistemas de transporte (vasilhames, produto acabado) foram bem projetados, construídos e instalados. Não podemos nos esquecer que “o elo mais fraco de uma corrente compromete toda a corrente”, principalmente quando se trata de manter o alto rendimento das complexas linhas de envasamento atuais.
Serviços: Matthias R. Reinold Mestre cervejeiro diplomado www.cervesia.com.br
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Referências 1) GEBO - França. 2) Krones - Alemanha 2) Gronemeyer - Alemanha. 4) UNI-Kettentechnik GmbH. Alemanha.
ARTIGO
INVESTIMENTO
POR Walter Fernandes
Taimak: simplicidade, eficiência e expansão Com mais de 20 anos de mercado, fabricante de máquinas empacotadoras e posicionadores investe na construção de nova planta para atender melhor seus clientes e elevar produção
U
nir simplicidade e eficácia não é uma tarefa nada fácil. Somente com experiência, conhecimento e paixão pelo que se faz é possível obter tal resultado. E foi exatamente isso que a Taimak conseguiu alcançar em seus mais de vinte anos de mercado – fundada em maio de 1997. A fabricante gaúcha de e m p a c o t a d o ra s e p o s i c i o n a d o re s desenvolve máquinas de fácil operação, extremamente efetivas e com garantia técnica. “Nosso equipamento é muito fácil de operar, de simples manutenção e funcional. Além disso, é de pouca tecnologia agregada. Desta forma, quando a manutenção torna-se necessária, ela é feita com facilidade e baixo custo. Nós prezamos por algo importante desde o início da empresa: a venda de soluções, não de problemas”, destaca o diretor da Taimak, Samir Lucas Oliveira. Com esta filosofia, a companhia da cidade de Ijuí (RS) já instalou mais de 800 máquinas no Brasil, América Latina e Angola com tecnologia 100% nacional. Entre os clientes estão indústrias de bebidas, laticínios, produtos de limpeza e químicos, sorvetes, entre outros.
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Ainda hoje, as empacotadoras (enfardadoras, shirink e túnel de encolhimento) são o carro-chefe. São equipamentos que atendem pequenas, médias e grandes empresas de diferentes segmentos. “Oferecemos máquinas de três mil frascos/hora até 20 mil frascos/hora”, ressalta Samir Lucas Oliveira. Além disso, a Taimak proporciona ao mercado um versátil posicionador, que trabalha com frascos de 250 ml, 500 ml e dois litros. Com embalagens de dois litros, a capacidade do equipamento chega a 12 mil frascos/hora. “Não há outro equipamento como este no mercado”, resume o diretor. Para 2019, a Taimak desenvolve o projeto de produção de uma envolvedora. Será uma máquina de alta produção para trabalhar com filme impresso.
unidade terá 1.600 m², o dobro de tamanho da atual. “Queremos atender o nosso cliente de uma maneira ainda melhor, dar um ambiente mais digno de trabalho aos nossos funcionários, além de aumentar a capacidade produtiva e, automaticamente, a rentabilidade”, afirma o diretor Samir Lucas Oliveira, que espera alta de 30% em produtividade com a nova planta. A Taimak busca também explorar outros mercados, como cosméticos e cerveja artesanal, e elevar sua participação nos defensivos agrícolas. “E continuarmosfirmes em água mineral, sucos, bebidas em geral e laticínios, onde somos muito fortes”, finaliza o diretor.
Serviço
Nova planta www.taimak.com.br Mesmo com a instabilidade econômica do País, a Taimak vive um ano muito positivo, com crescimento próximo aos 40% na comparação com 2017. Diante deste bom cenário, a empresa está em processo de construção de uma nova fábrica no município vizinho de Coronel Barros. A
LANÇAMENTO
Dádiva lança nova Berliner, com jabuticaba e mirtilo Purple Sour é a nova Berliner Weisse que vem agregar acidez e delicioso sabor de frutas à linha da conhecida Pink Lemonade, da Cervejaria Dádiva.
Foto Divulgação
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e cor púrpura, o quarto rótulo da série ganhou uma combinação atraente de jabuticaba e mirtilo, com um toque final aveludado de baunilha. Com ABV 4%, a Purple Sour é uma cerveja refrescante, com sabor intenso de frutas escuras, que traz no corpo as cores da Primavera e no gosto uma acidez típica do estilo Berliner Weisse. A Pink Lemonade, lançada em 2016, em parceria com a carioca 2cabeças, apresentou uma combinação de framboesa, amora e limão para provocar os sabores da diferençam - e da ousadia, deixando de lado o amargo da cerveja para
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brincar com as sensações primárias da acidez no paladar dos brasileiros. Em 2017 foi a vez das frutas amarelas. Muito pêssego, abacaxi e manga para compor a Yellow Tart, segundo rótulo da linha. O terceiro rótulo foi lançado em 2018 com cores e sabores da Pink Lemonade intensificado por alto volume de frutas. A Double Pink Lemonade ganhou 25% mais de framboesa, amora e limão, atingindo um pH de 2.9, uma receita deliciosa que acaba de receber medalha de bronze na 1ª Copa Cerveja Brasil, da Abracerva, na categoria American Sour. S e m p re co m i n s p i ra çã o ret rô n a
composição dos rótulos desta linha, a nova Purple Sour traz como diferencial uma história de família. "Sempre que vejo uma jabuticaba, me lembro da minha avó Deilah. Ela dizia que eu tinha olhos de jabuticaba. Então, quando decidimos fazer uma Berliner Weisse com a fruta, vasculhei os baús da família para encontrar uma foto com a qual pudesse homenageá-la. Modéstia à parte, o rótulo ficou lindo", brinca Luiza Lugli Tolosa, sócia fundadora da Cervejaria Dádiva. Serviço: www.cervejariadadiva.com.br
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