Santa Catarina Edição 141 2017 - R$9,50
EDIÇÃO 141
OS FILTROS DA
INDEPENDÊNCIA
Quando os dilemas de liberdade e responsabilidade vão além do 7 de setembro
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CULTURA POP
WI-FI
LIÇÃO DE CASA
CAPA
ESCOLA ABERTA
GALERIAS
conteúdo 8 | CULTURA POP
10 | WI-FI
Guarde bem este nome: Danny Ocean. O moço é o primeiro cantor latino independente, isso mesmo, independente, a entrar para o top 50 do Spotify com a música “Me rehuso”. A letra é de chorar os corações apaixonados, já que o jovem escreveu para o seu grande amor que ficou na Venezuela, enquanto ele se jogou para ganhar a vida em Miami, nos Estados Unidos. Será que teremos um retorno depois dessa?! A gente espera que sim, Brasil!
Nas últimas semanas, um aplicativo se tornou febre nos EUA e chegou no Brasil prometendo a mesma intensidade. O Sarahah permite receber mensagens anônimas em seu usuário ou enviar mensagens anônimas para outros. Desenvolvido por um programador Saudita, seu nome significa “franqueza” em árabe e essa é justamente a ideia, dar aquele toque sincero ou contar um segredo para alguém sem se queimar.
12 | LIÇÃO DE CASA
22 | CAPA
A invenção do smartphone há alguns anos mudou a forma como vemos o mundo. Ter um computador na palma da mão e estar conectado com todos a qualquer hora foi algo que mudou muito as atividades cotidianas das pessoas. Influenciou na forma de dirigir, de conversar com os amigos e até de encontrar um crush.
Chegamos a setembro, o mês da independência. E neste ano, o dia 7 de setembro ainda veio com um feriadão de presente. Mas o que a data tem a ver com a adolescência? Tudo! Nessa fase da vida, a gente clama por mais liberdade e, tal qual Dom Pedro I, às vezes a vontade é de gritar “independência ou morte”... Ok, as coisas não são tão radicais assim, mas a demanda é real.
40 | ESCOLA ABERTA
44 | GALERIAS
Na reta final do ensino médio despertam em centenas de estudantes diversas dúvidas, uma delas é qual carreira escolher, por onde começar e a vontade cada vez maior de entrar no mundo do trabalho. Pensando nisso, a Secretaria de Estado da Educação iniciou o ano letivo com uma nova proposta de estágio aos alunos das escolas da rede pública estadual.
Ei! Já conferiu se você saiu nesta edição da its? Corre para ver se você conhece alguém e mandar aquela mensagem marota para o rostinho destaque do mês.
4 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
EDITORIAL Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli
JÉSSICA STIERLE
Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Superintendente Reynaldo Ramos Jr. | reynaldo@ricsc.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.brr Conteúdo Jéssica Stierle | jessica.stierle@portalits.com.br Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Eduardo Motta Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste Eliane Salete Sante Mattos | eliane.mattos@ricsc.com.br Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br
Questões de tempo são sempre relativas, não é mesmo? Mas no caso de responsabilidade e independência, o tempo não nos presenteia com esse fator. Uma vez que você atinge passos de independência, as consequências estão expostas por todo o caminho. Liberdade e responsabilidade caminham juntas e são atreladas aos níveis de independência que atingimos. Pode parecer clichê, mas aquilo que você é hoje determina o que você pensa, fala, sonha e projeta. O tempo é relativo, mas as consequências das nossas escolhas são (in)felizmente os nossos rastros! Quando nos damos conta de que a independência já se tornou real/oficial em cada escolha que fizemos elas se tornam mais cheias de significado. Conversando com a galera da Dom Jaime isso me fez refletir que têm liberdade quem sabe usar. Tem responsabilidade quem sabe filtrar bem as ideias e idealizar pra realizar. Ou seja, será que todos nós já caímos na real de que a escola é de fato o lugar ideal para medirmos a febre de como nos saímos nesse teste? Afinal de contas, é nesses anos de frente para um mundo de possibilidades de escolhas que nós temos a prova real de quem estamos nos tornando nesses aspectos.
#tamojunto na escola #tamojunto no mundo
O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO:
Jéssica
Taylor Swift - Look What You Made Me Do Shawn Mendes - There’s Nothing Holdin’ Me Back Charlie Puth - Attention
Gerente Comercial Itajaí Robson Fiamoncini Cordeiro | robson.cordeiro@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 71.922 mil exemplares
OS CULPADOS
NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026 Pontos de distribuição: Escolas Estaduais da Rede de Santa Catarina e colégios parceiros Florianópolis COC Floripa Energia Terceirão Colégio Bom Jesus Colégio Catarinense CEB (Centro Educacional Barreiros) Itajaí Energia BC Unificado BC Colégio São José Colégio Salesiano Joinville Colégio Cenecista José Elias Moreira Colégio dos Santos Anjos Blumenau Colégio Energia Colégio Barão do Rio Branco Chapecó/Xanxerê Colégio Trilingue Exponencial Colégio La Salle Criciúma Marista Criciúma
BRUNO ANDRADE
MATEUS SILVEIRA
DAFNÉE CANELLO
PRISCILA SOUZA
EDINÉIA RAUTA
GEORGE FRANÇA
RENATA BOMFIM
LUCAS INÁCIO
VINCENT SESERING
REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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Muito topzeira, essa its Agradecemos por ler e acompanhar a its, Gustavo. Afinal, ela é feita e pensada para agradar cada vez mais quem nos lê.
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REALIDADE AUMENTADA
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Com 12 anos de circulação a gente entende do que faz e faz para motivar a educação catarinense, por isso este ano tem novidade! É a Realidade Aumentada, uma super tecnologia e proposta para estreitar laços entre a revista impressa e a tecnologia através da sua escola!
A partir deste ano, quando você encontrar esse símbolo nas páginas da revista its, saiba que você e a sua comunidade escolar contaram com uma experiência sensacional, com conteúdos que saem do papel e passam para áudio e vídeo do que de melhor acontece nas escolas do nosso estado.
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Você também pode participar, enviando vídeos e fotos do que acontece na sua escola através das nossas redes sociais para aparecer por aqui e fazer parte dos conteúdos mensais! Afinal de contas, todo mundo quer saber o que rola no pátio das outras escolas.
Basta baixar o aplicativo “ ddr ric - revista eletrônica” na Play Store ou “ddr ric”, na loja da Apple, posicionar o leitor sobre o código e curtir os conteúdos publicados.
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É fácil, é rápido e a gente acredita que você vai curtir! Mande conteúdo para dar visibilidade a projetos e iniciativas que acontecem aí na sua cidade Revista its: é na escola que a gente acontece
CULTURA POP
VEM, COLDPLAY ESTAMOS NO CHÃO Guarde bem este nome: Danny Ocean. O moço é o primeiro cantor latino independente, isso mesmo, independente, a entrar para o top 50 do Spotify com a música “Me rehuso”. A letra é de chorar os corações apaixonados, já que o jovem escreveu para o seu grande amor que ficou na Venezuela, enquanto ele se jogou para ganhar a vida em Miami, nos Estados Unidos. Será que teremos um retorno depois dessa?! A gente espera que sim, Brasil!
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Que os ingressos para os shows do Coldplay aqui no Brasil no mês de novembro já esgotaram, isso você já deve saber… se não sabia, deveria suspeitar, pelo menos. Mas não é essa a novidade, o babado é que quem fará a abertura dessa banda maravilhosa nada mais é que a cantora pop Dua Lipa, estouradíssima com um hit atrás do outro com “Blow Your Mind”, “Be the one” e também com “New Rules”. Isso que é álbum de estreia, ok, jovens?! A moça mal chega e já vem sambando na nossa cara.
RESSUSCITA! Se até agora todo o sucesso de Pabllo Vitar já deu mais que K.O, meus caros, imagina agora que temos parceria de sucesso já assinada e carimbada: vai ter gravadora Sony Music lançando mais hits de Vitar, sim, senhor! Prepara que vai ser muita lacração!
DEZEMBRO VEM O NATAL…. … mas parece que para Sia já começou em agosto mesmo. A novidade é que a cantora deve lançar em breve um CD só com músicas natalinas feitas por ela junto com Greg Kurstin. A informação divulgada no mês de agosto veio seguida de mais uma novidade: a cantora agora é a mais nova integrante da Atlantic Records, gravadora responsável pelos seus próximos álbuns.
ALGUÉM ENTENDEU? Quem aí já viu o novo clipe da Selena Gomes chamado “Fetish”? Feito em parceria com a cantora Gucci Mane, a ideia foi inspirada em filmes de terror, gênero que as duas adoram, por sinal. Se você, assim como a gente também ficou sem entender o clipe do vídeo, releva que Selena é Selena, né, mores.
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WI-FI Por Lucas Inácio
O VÍDEO DE TRÊS BILHÕES DE VISUALIZAÇÕES
Quantas vezes você já se pegou cantarolando Despacito sem mais nem menos?! Calma, galera, você não está no Cultura Pop. Estamos falando da música de Luis Fonsi no Wi-Fi porque esse clipe foi o primeiro a chegar às 3 bilhões de visualizações no YouTube. No último mês, a música ultrapassou Gangnam Style (PSY) e See You Again (Wiz Khalifa) para alcançar o feito. Por ser uma informação relacionada à tecnologia, não poderíamos deixar de falar disso aqui, até porque quem tem canal no YouTube sabe o quanto é difícil chegar nos milhares de views, imagina nos bilhões.
MARAVILHAS DA
TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its
CONHEÇA O ROBÔ QUE É BALÃO E SALVA VIDAS
Chegar a lugares de difícil acesso e erguer grandes pesos são desafios para bombeiros e outros profissionais que trabalham com resgates. Foi pensando nesse tipo de tarefa que pesquisadores da Universidade de Stanford desenvolveram um robô que pode tomar várias formas como um balão, mas resistente a pregos, fogo e outras condições desfavoráveis. Sua tecnologia foi desenvolvida pensando nas raízes das plantas e, orientados por uma câmera na parte frontal, funcionam como tentáculos. Uma vez posicionado, o robô-balão pode ser inflado ao ponto de erguer estruturas e fechar válvulas de gás, por exemplo, ajudando no resgate de pessoas em escombros. Sensacional.
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REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
IMPRESSORA PISTOLA Diferente do que a gíria da moda pode sugerir, essa não é uma impressora que está p* da vida ou qualquer coisa do tipo. A Handjet EBS-260 é um aparelho da empresa alemã EBS que permite fazer impressões em vários tipos de superfícies, em vários ângulos e, principalmente, grandes superfícies. Grandes caixas, galões, containers poderão ser marcados de forma bem mais simples. O conteúdo da impressão pode ser programada por uma tela LCD ou pelo computador via Wi-Fi. A princípio, o uso dela é industrial e isso explica o preço salgado de US$4,3 mil. Então, se você quiser inventar uns grafites muito loucos, vai ter que fazer à moda antiga mesmo.
O APP PARA DAR UM TOQUE SINCERO NO AMIGO
Nas últimas semanas, um aplicativo se tornou febre nos EUA e chegou no Brasil prometendo a mesma intensidade. O Sarahah permite receber mensagens anônimas em seu usuário ou enviar mensagens anônimas para outros. Desenvolvido por um programador Saudita, seu nome significa “franqueza” em árabe e essa é justamente a ideia, dar aquele toque sincero ou contar um segredo para alguém sem se queimar. Basta pegar seu nome de usuário e divulgar para as pessoas que você está a fim de ouvir críticas. Além disso, se tiver alguém te incomodando, é só bloquear a pessoa. E nada de se esconder no anonimato para cometer crimes na internet, pois o Sarahah usa uma conta de e-mail para fazer a conta e pode rastrear o usuário. Então vamos nos ligar aí, galera.
WAR PARA CELULAR
War é um dos jogos de tabuleiro de maior sucesso no país – ou foi, na época em que esse tipo de jogo estava em alta. Agora um aplicativo levou o jogo para o celular e com possibilidade de jogar online. O jogo RISK: Global Domination é uma versão do clássico e tem vários modos: contra amigos (em vários dispositivos ou apenas um), contra desconhecidos ou contra a máquina. Tem um contador de tempo para ninguém ficar se enrolando e ainda conta com umas animações para ilustrar as jogadas. O único porém, é que ainda não tem uma versão em português, mas vale a pena, pois War... quer dizer, RISK é muito massa.
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LIÇÃO DE CASA Por Lucas Inácio
Preste atenção na
ATENÇÃO A invenção do smartphone há alguns anos mudou a forma como vemos o mundo. Ter um computador na palma da mão e estar conectado com todos a qualquer hora foi algo que mudou muito as atividades cotidianas das pessoas. Influenciou na forma de dirigir, de conversar com os amigos e até de encontrar um crush. Claro que no meio deste processo também está a escola. Manter a atenção dos alunos é um dos grandes desafios dos educadores hoje em dia e o uso dos celulares é um dilema: proibir ou liberar? Utilizar a tecnologia ou ensinar à moda antiga? Essas e outras perguntas têm como objetivo melhorar o aprendizado dos alunos e, para isso, é importante manter a atenção. 12
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Enquanto o professor fala, as notificações chegam: é a galera no whatsapp, é um match no Tinder, é um clipe novo do Kondzilla ou uma música nova da Anitta. Do que nós estávamos falando mesmo? Ah, sim... As tentações são muitas e manter a concentração nas aulas é difícil, por mais que a gente saiba sua importância. Será que a gente sabe?! Os educadores se preocupam em manter os alunos atentos, mas nós alunos também temos que querer. Vários estudos sobre o tema já foram realizados e as pessoas não conseguem prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo. Sempre tem uma amiga que diz que consegue, mas se faz bem as duas tarefas é outra história.
No aprendizado, quanto mais foco, maiores as chances daquela fórmula grudar na sua cabeça. Quem escreveu sobre isso em um artigo foi Samir Iásbek, fundador do aplicativo de aprendizagem Qranio – aliás, fica a dica para a galera. Ele fala sobre a importância na captação de informações em seus diferentes canais. “Sistematizamos a informação verbal (o que nos é falado) e visual (o que vemos) em diferentes ‘canais’. E essas modalidades de interação são armazenadas em dois tipos de memória diferentes: memória verbal e memória visual. Desta forma, existiria uma maior chance de armazenamento e recuperação dessas lembranças, conforme necessário, quando as memórias relacionadas são armazenadas verbal e visualmente. Mas quando tentamos processar várias entradas de informações no mesmo canal, enfrentamos dificuldades.” Por exemplo, não basta apenas ouvir o professor enquanto olha o celular. Por mais que você consiga repetir o que foi dito, a absorção do conhecimento é realizada de forma mais efetiva se for por diferentes “canais”. Mas calma, a tecnologia não é a vilã, ela também oferece ajuda. Há vários aplicativos que podem ajudar nisso, mas vamos citar dois: um para a sala de aula e outro para os estudos fora dela. O primeiro é o Self-Control, um app que bloqueia notificações de Facebook, Whatsapp, Instagram e outras redes sociais que podem nos distrair. Para os estudos extra-classe, o Focus Booster é uma boa saída. Ele ajuda no controle de tempo na realização de tarefas e de descanso. Ele conta com cronômetro, alarmes e até um tic-tac que coloca uma pitada de desafio contra o relógio. Em seu artigo, Iásbek conclui da seguinte forma. “O importante é entendermos que a atenção não está diminuindo ou aumentando, e sim, os fatores externos a ela que vão se alterando com o passar do tempo. Antes não existiam smartphones, internet, Facebook, Instagram, Snapchat etc. Por isso, devemos nos manter vigilantes em formas e atitudes que podem melhorar nossa atenção e, por consequência, nosso aprendizado. Porque aprender sem atenção é impossível”. Então, ATENÇÃO, pois a melhor forma de fazer bem uma tarefa é fazer somente ela.
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ESCOLA ABERTA
Notícias das
Escolas BATE-PAPO Direitos humanos, execução penal, drogas, legislação e a função do Estado foram os assuntos abordados pelo juiz de direito da Vara de Execuções Penais, João Marcos Buch, em conversa com jovens da EEM Nagib Zattar e EEM Vereador Guilherme Zuege, de Joinville. O magistrado destacou a importância da conscientização sobre as consequências para quem entra na criminalidade e no tráfico de drogas e deixou uma importante mensagem aos estudantes: “Felicidade é a última coisa que todas as pessoas buscam, porque tudo o que você faz é para ter felicidade. E muitos jovens buscam essa valorização pelo tráfico de drogas e pela arma na mão. O que traz consequências irreversíveis.”
Por Edinéia Rauta edineiarauta@sed.sc.gov.br
CENTENÁRIO A cidade de Chapecó celebra seus 100 anos, marcados por grandes inovações e lindas histórias, como a do Colégio Trilíngue Inovação, que em apenas 9 anos de atividades é referência no ensino de excelência e na formação humana. O Colégio Trilíngue Inovação parabeniza e agradece Chapecó, um município próspero em que celebramos a alegria e o orgulho de viver e contribuir para o desenvolvimento.
VIOLÊNCIA EM PAUTA! Representantes das Polícias Militar e Civil foram a Escola de Educação Básica Professora Alícia Bittencourt Ferreira, de Joinville, para uma aula diferente. Os estudantes do bairro Profipo, aprenderam sobre a importância de combater e evitar a violência. Com o aprendizado, a comunidade escolar realizou nas ruas do bairro um ato contra esse tipo de ações.
VEREADOR POR UM DIA Compreender melhor o verdadeiro papel dos vereadores e tornar os alunos mais conscientes e críticos em relação à legislação e a democracia é o principal objetivo do projeto Vereador Por Um Dia, desenvolvido pela EEB Cristo Rei, de São João do Oeste, com apoio da Câmara de Vereadores do município. Os alunos foram convidados a elaborar um projeto de lei, que passará pela escolha dos próprios alunos e levados ao conhecimento da Câmara de Vereadores. Um pontapé importante para desenvolver a liderança e o pensamento crítico nos estudantes. Iniciativa que merece ser seguida! 14
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CONTROLE DA ALIMENTAÇÃO Algumas escolas já estão vivendo um novo momento na hora da alimentação escolar. Um novo modelo de contagem de alimentação, acessado por meio da leitura de QR Code ou código de barras via tablet, já está em uso e contemplará este ano 270 escolas da rede estadual em diferentes regiões do estado. A expectativa do novo sistema é gerar economia e automatizar o processo que antes era feito manualmente em cada unidade. As velhas fichas foram substituídas por carteirinhas, tornando a distribuição da merenda muito mais ágil e a contagem das refeições mais precisas. Também permite saber quanto cada aluno está comendo e quais alimentos come menos. Um monitoramento importante para quem cuida da alimentação das crianças e dos jovens estudantes catarinenses.
DIA DO ESTUDANTE
No Dia do Estudante, comemorado em 11 de agosto, a EEB Professora Maria Garcia Pessi, de Araranguá, realizou inúmeras atividades com os alunos. Na programação exposição dos trabalhos de artes, ciências, português, entre outros, dos alunos do ensino fundamental e médio, e do Livro ‘Maria Garcia Pessi: Um nome e duas histórias’, no Center Shopping, em Araranguá. A Escola tem 86 anos e possui hoje cerca de 1.500 estudantes. Estima-se que mais de 50 mil alunos já passaram pela unidade de ensino. Homenageando os estudantes que continuam na escola e os que já passaram por ela, homenageio todos os alunos das escolas catarinense. Todos fomos, somos ou seremos estudantes e precisamos levar todo aprendizado desta época com muito orgulho por toda a nossa vida.
FALAR EM PÚBLICO
A oratória é uma habilidade que pode ser desenvolvida e, se utilizada com sabedoria, pode se tornar um instrumento muito poderoso, uma vez que exige do orador, o autoconhecimento, a capacidade de relacionar ideias e posicionar-se criticamente. E foi com a intenção de incentivar e estimular os alunos a falar em público que a EEB Silvio Romero, de Bom Jesus do Oeste, realizou o 3º Concurso de Oratória Silvio Romero. As professoras de Língua Portuguesa, Adriane Albani e Debora Elger, trabalharam a oratória, auxiliaram na produção dos discursos e na apresentação em sala de aula para selecionar os classificados por turma para a final. Os quesitos avaliados foram voz, conteúdo e apresentação. Na modalidade infanto-juvenil, estudantes do 6º, 7º e 8º anos, os alunos classificados foram: Lucas Ceccon, Isadora Gardin e Fernanda Senger, 1º, 2º e 3º respectivamente. Na modalidade juvenil 9º ano, 1ª, 2ª, e 3ª anos do ensino médio os ganhadores foram: Michely da Silva, Andrei Albani e Laís Santolin.
INGLÊS + CRIATIVIDADE Muitos não gostam de estudar inglês; outros acham difícil. Porém, o que todos sabem é que ter um outro idioma é fundamental nos dias de hoje. Por isso, na EEB Jorge Schutz, de Turvo, as aulas de Língua Inglesa são diferenciadas. A professora Hortência Gomes absorve as informações contidas nos livros didáticos e as transforma, deixando mais atrativas, despertando a curiosidade e criatividade dos alunos. Utilizando livros antigos, CDs, e muita criatividade ficou mais fácil aprender, por exemplo: seasons of the year (estações do ano), holidays (feriados), datas como Valentine’s Day (Dia dos Namorados), movies (filmes), foods (alimentos), entre outros. Algumas turmas também criaram maquetes a partir de histórias de livros e filmes, representando o mundo da fantasia e do cinema. Assim fica mesmo mais fácil para estudar!
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ITS RETRÔ
its
retrÔ Meus amigos, nesses mais de 12 anos de Revista its, muito assunto já foi publicado! E como diz o ditado: recordar é viver, não é mesmo?!
SABRINA SATO Edição 12
2006
Mas olha quem já saiu na its, se não foi a nossa rainha do “oi, oi, gente. Tudo bem com vocês?”. Ela mesma, Sabrina Sato, a japa mais gente fina que você respeita.
Edição 2
2008
Especialista em estudar os tipos de risadas virtuais, a Its fez uma matéria em 2008 caracterizando o modo de usar cada uma, rsrs. E você, qual costuma usar?
ARMANDINHO Edição 21
2006
Vai dizer que o boy nunca chegou para você e cantou: “quando Deus te desenhou, ele tava namorando...”. Se a sua resposta for não, desculpa, mas tem algo errado aí; mas se for sim, o boy está de parabéns. Esse hit do Armandinho estourou o Brasil em 2006 e ainda embala muitos casais apaixonados até hoje. 16
REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
ANDROID Edição 67
2010
Parece que a febre das polaroids não passou ainda, não é mesmo? Até porque é o acessório vintage mais fofo que você respeita e deseja.
PAPO DE LEITOR Por Mateus Pereira Silveira
Christine Amor à primeira vista é algo frequente em livros e filmes. Triângulos amorosos também. Mas quando esses elementos estão inseridos em uma obra do autor Stephen King, você já espera algo novo e assustador. Como um romance envolvendo um casal adolescente e um carro suspeito, que possui nome próprio: Christine. King aborda a paixão que um automóvel causa no ser humano, mas de uma maneira mais tensa. Mas vamos ao enredo. Christine é um livro dividido em três partes principais: Dennis, Canções Sobre Carros para Adolescentes; Arnie, Canções de Amor para Adolescentes; e Christine, Canções de Morte para Adolescentes. O protagonista é Arnie, que é apresentado ao leitor como um completo perdedor. Típico “nerd” dos anos 70/80, com seus óculos grossos, roupas antiquadas, andar desajeitado e um sério problema com acnes. Seu único amigo é Dennis, que desfruta do prestígio e popularidade de um atleta colegial. Ambos encontram Christine, um Plymouth Fury em péssimo estado de conservação, no final das férias de verão. O dono do carro é LeBay, um aposentado do exército, que vê em Arnie a oportunidade de se desfazer daquilo que considera uma lata velha. Apesar dos conselhos de seu melhor amigo e de seus pais, Arnie acaba comprando o carro por razoáveis 250 dólares. Utilizando seus conhecimentos em mecânica automotiva, o jovem passa a restaurar Christine com suas economias antes reservadas para a universidade, o que desagrada seus pais. Além dos conflitos familiares, Arnie tem que sobreviver ao bullying cometido pelos valentões do colégio. No entanto, conforme Christine volta a ganhar as ruas, a personalidade e até a aparência dele passam por alterações. Ao mesmo tempo que ganha autoconfiança, ele torna-se mais sarcástico e frio, distanciando dos antigos hábitos e pessoas. Em meio a essas circunstâncias, chega ao colégio Leigh Cabot, uma bela e inteligente adolescente, que apesar das investidas dos demais garotos, prefere namorar com Arnie, o antigo perdedor. Diante tamanha mudança de comportamento, há também uma energia estranha que vem de Christine, como se aquele automóvel tivesse sentimentos, e os piores possíveis. Enquanto as demais pessoas apenas reclamam e se afastam de Arnie e seu novo amor, Dennis passa a investigar as procedências do carro e descobre fatos importantes acerca do proprietário anterior, e como o carro ofereceu a sua contribuição para o que havia de pior no velho LeBay. Enquanto isso, coisas incomuns e tenebrosas passam a acontecer entre aqueles que conhecem Arnie e Christine, e o que vem pela frente, como anuncia o início do livro, são consequências trágicas.
UM GÊNIO DA LITERATURA DE HORROR No meio literário, é consenso que King é um mestre do terror. Desde que começou a escrever nos anos 70, o autor publicou inúmeros títulos, como “Carrie, A Estranha”, “O Iluminado”, “Misery”, “Sob a Redoma” e vários outros. Apesar de várias de suas narrativas trazerem elementos sobrenaturais, King se destaca pela construção realista de seus personagens. Por isso e outros destaques, o autor é sucesso também nas telas, já que a maioria de seus livros viraram séries e filmes, como o próprio Christine, os títulos já citados e “IT” e “A Torre Negra”, que estreiam no cinema nos próximos meses
COMO COMBATER A FÚRIA DE UM DRAGÃO - VOLUME 1 | CRESSIDA COWELL
THOR, O RENASCER DOS DEUSES | J MICHAEL STRACZYNSKI E OLIVER COIPEL
BOX - DIÁRIO DE UM BANANA - 10 VOLUMES
APENAS UMA GAROTA | MEREDITH RUSSO
SOMOS TODOS EXTRAORDINÁRIO | R.J PALACIO
FELIPE NETO - A TRAJETÓRIA DE UM DOS MAIORES YOUTUBERS DO BRASIL | FELIPE NETO UM MAIS UM - JOJO MOYES
UMA HISTÓRIA DE VERÃO | PAM GONÇALVES
AMOR EM POUCAS LINHAS | GIOVANA CHAVES
A PEQUENA PIANISTA | JANE HAWKING
*A seleção do top dez contou com os livros que estão em alta na Saraiva e Livrarias Curitiba REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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DIÁRIO DE BORDO
EEB FRANCISCO BRASINHA DIAS | BELMONTE Através das aulas de Língua Portuguesa e Literatura, os alunos do 2º ano do Ensino Médio motivaram-se a ler as obras de José de Alencar, após entender melhor e ampliar os saberes acerca das características desse marco histórico na Literatura Brasileira, que é o Romantismo. O trabalho intensificou-se após a apresentação oral de algumas obras como Iracema, O Gaúcho e O Sertanejo. Os alunos reuniram-se para teatralizarem as obras, sendo que escolheram paisagens do interior do município para assim retratarem as cenas consideradas especiais. Divididos em grupos, fizeram as interpretações e gravaram as cenas, sendo estas com efeitos especiais e apresentadas posteriormente, aos demais. Por tratar-se de um trabalho que culminou em filmes, os alunos estão de parabéns pela audácia, pois permitiram-se superar os próprios limites, exibindo a produção às diferentes turmas da escola.
EEB Santa Rita | São Miguel Do Oeste
ALUNOS DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO INOVADOR (EMI) VISITAM FOZ DO IGUAÇU
Os alunos do primeiro ano do Ensino Médio Inovador (EMI), da EEB Santa Rita, visitaram Foz do Iguaçu, em maio deste ano. A beleza daquela cidade é imensa, cada ponto turístico vem com uma surpresa diferente, a cidade é um verdadeiro paraíso. Cada esquina, cada pessoa, cada lugar proporcionava um sorriso, uma emoção diferente. O brilho nos nossos olhos ao desembarcar do ônibus para conhecer a usina foi inexplicável. Após a visita, pegamos nosso ônibus e fomos ao Ecomuseu, lá descobrimos toda uma história e representações do que havia no passado. Em seguida pegamos o ônibus e fomos até o Templo Budista. A religião deles é demais, os monumentos feitos sem deixar nenhum detalhe de fora, a grande capacidade de representar SETE metros de altura de buda foi o que mais chamou nossa atenção, um verdadeiro centro de meditação. Depois pegamos o ônibus novamente e atravessamos a cidade, observando sua diversidade e sua cultura que é totalmente oposta da nossa. Por último fomos no lugar mais esperado da viagem: as cataratas do Iguaçu. Ficamos maravilhados com tanta beleza daquelas que18 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
das e ainda saber que é considerada uma das sete maravilhas da natureza não tem preço. Voltamos para São Miguel do Oeste com uma viagem que jamais esqueceremos e com a certeza de que foi aproveitada cada momento.
EEB SARA CASTELHANO KLEINKAUF | GUARACIABA Visando aperfeiçoar e valorizar o cidadão através das linguagens artística, literária e histórica, a partir da compreensão do seu papel enquanto sujeito histórico, o projeto enfoca o ato de ler como ponto de partida para a construção do pensamento lógico, com isso, possibilitando a capacitação do aluno em construir suas relações diante do mundo como chave para a construção de todas as aprendizagens. O Projeto de leitura atende os alunos do Ensino Médio Inovador em uma aula semanal, na qual os alunos saem da sala de aula e vão para biblioteca da escola para realização das leituras. O trabalho é realizado pela professora de língua portuguesa (Profª Ejoice) juntamente com o professor orientador de leitura (Profº Ivo). A culminância deste tra-
balho ocorre com realização de fichas literárias, dramatizações, poesias e paródias. As atividades desenvolvidas buscam realizar um trabalho interdisciplinar de acordo com o Projeto Político Pedagógico.
VOCÊ QUER VER A SUA ESCOLA AQUI NO DIÁRIO DE BORDO? Calma que é bem fácil: basta você contar a história da sua turma e nos mandar junto fotos para que possamos publicar! Você só precisa enviar para a Renata (renata.bomfim@portalits.com.br) ou para a Jéssica (jessica.stierle@portalits.com.br)
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Transparência se constrói com diálogo Nos canais da Assembleia você tem acesso às notícias do Poder Legislativo e discute temas que dizem respeito à sua vida. Acompanhe o dia a dia do Plenário, as propostas, as leis e os acontecimentos do Parlamento Catarinense. Informe-se, acesse e opine. É a Assembleia Legislativa de Santa Catarina ainda mais próxima de você.
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CAPA Por Lucas Inรกcio
OS FILTROS DA
Indepen
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Quando os dilemas de liberdade e responsabilidade vão além do 7 de setembro
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Chegamos em setembro, o mês da independência. E, neste ano, o dia 7 de setembro ainda veio com um feriadão de presente. Mas o que a data tem a ver com a adolescência? Tudo! Nessa fase da vida, a gente clama por mais liberdade e, tal qual Dom Pedro I, às vezes a vontade é de gritar “independência ou morte”... Ok, as coisas não são tão radicais assim, mas a demanda é real. Para entender melhor o que envolve o tema independência, fomos à Escola de Educação Básica (EEB) Dom Jaime de Barros Câmara, em Florianópolis, e conversamos com nove os alunos do 1º ano do Ensino Médio Integral. A unidade é uma das 16 em Santa Catarina que oferecem a nova modalidade de ensino em seu primeiro ano de implantação. Ao todo, 90 alunos divididos em quatro turmas de 1º ano estão inscritos no ensino integral. Eles frequentam a escola de segunda-feira a sexta-feira das 7h30 às 17h30, com intervalo de uma hora de almoço, que começa às 12h15. A única exceção é a tarde de quinta-feira, período reservado para a reunião de planejamento dos professores e, por isso, sem aula. Se do ensino fundamental para o médio já é uma mudança grande, imagina dobrar a quantidade de tempo na escola. Você deve estar pensando que foi escolha dos pais, afinal, quem vai querer passar ainda mais tempo na escola? Pois é, a gente também pensava isso, mas na verdade os próprios alunos participaram da escolha, mesmo com uma carga horária maior. Em geral, os alunos contam que optaram pela EEB Dom Jaime justamente por ser de qualidade e que a decisão foi tomada em comum acordo, porém, nem sempre é assim. É nessa faixa de idade, lá pelos 15 e 16 anos, que as divergências se tornam mais constantes. Em cada geração isso se manifesta de uma forma e, pelo menos entre a galera com quem a gente conversou, o desprendimento é no campo das ideias, mais especificamente com questões de gênero. Para alguns, as discussões são mais frequentes. Para outros, são mais tranquilas. Mas ninguém nega que rola. Com as meninas, o tema é unanimidade, mas isso também inclui os meninos. No caso do David Ribeiro, 16, a relação com os pais é tranquila, mas é com o avô que rolam os conflitos. “Meu primo colocou um brinco e meu avô disse que estava errado, até argumentei com ele, disse que isso não tinha nada a ver, mas ele não aceitou muito. Eu não vejo problema nenhum homem raspar a perna, por estética mesmo, mas para o meu vô, estava errado.”
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A ESCOLA NA FORMAÇÃO orientados (oito aulas semanais), intervenção e pesquisa (quatro aulas) e projetos de vida (duas). Os projetos são realizados nos mesmos horários para os quatro primeiros anos. A ideia é promover a integração entre as turmas e que todos trabalhem em conjunto formando uma rede de cooperação de estudos, seja para sanar suas próprias dificuldades, seja para desenvolver conhecimento. Tudo isso sem levar tarefa para casa. A aluna Daniely Fagundes, 16, por exemplo, participou de um grupo que desenvolveu um projeto de pesquisa na área de linguagens sobre o movimento LGBT e feminismo. O grupo foi supervisionado pelo próprio professor Adriano e rendeu, inclusive, palestra na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “O projeto do ensino médio tem me ajudado bastante, pois antes eu discordava, mas não tinha argumentos para tentar fazer a outra pessoa compreender, agora eu estou aprendendo a argumentar o porquê de eu pensar de determinada forma”. Ela também conta que envolvimento com a pesquisa e a participação de movimentos sociais dão liberdade, afinal de contas, nenhuma mãe vai recusar uma saída para estudo, né?
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O ambiente escolar é parte fundamental na formação da personalidade e, consequentemente, na conquista por independência. No caso dos alunos do ensino integral, eles convivem mais tempo com os colegas do que com a família, a não ser que gaste algumas das horas de sono na escola. Brincadeiras à parte, há diversos estudos que falam sobre o tema. Um deles é o da psicóloga americana Judith Harris, que explicou como o ambiente externo tem mais influência na formação da personalidade do que o ambiente familiar. O projeto de escola integral desenvolvido na EEB Dom Jaime de Barros Câmara trabalha justamente com a importância desse espaço. O projeto é pensado para dar protagonismo aos alunos, como explicou o professor de inglês Adriano Delego. “Nós sempre trabalhamos questão do autoconhecimento e independência dos alunos. Há um planejamento coletivo entre os professores e as atividades já são estruturadas pensando na liberdade do aluno, para que ele se expresse, seja ativo e protagonista mesmo.” Além da grade de disciplinas regulares, o novo currículo inclui três projetos para complementar a formação: estudos
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Grana, pra que te quero As ações da disciplina de projeto de intervenção e pesquisa vão mudando gradualmente. No 1º ano do Ensino Médio Integral, o foco do projeto é o ambiente escolar; no 2º ano, será o bairro; e no 3º, o mercado de trabalho. O último tema, aliás, é um dos desafios da implantação do projeto, já que muitos adolescentes trabalham para ajudar na renda familiar ou até mesmo para não depender tanto dos pais para comprar algo para si. “A primeira vez que eu fui comprar rímel com o meu dinheiro foi uma sensação incrível, aquele sentimento de comprar algo que veio do próprio esforço é muito bom”, disse Mariam Baalbaki, 15. A Mariam dá uma ajuda para a mãe em um consultório, mas não é a única entre os entrevistados que dão um jeito de ter o seu dinheiro. O Regys trabalha em um bar durante o verão e administra ao longo do ano. O Klinsmann também aproveita as férias para ganhar uma grana, mas fazendo manutenção de computadores. A Daniely vai trabalhar aos fins de semana em um café, enquanto o Gabriel conserta celulares. A ideia é ser menos dependente dos pais para comprar suas coisas, mas com o pouco tempo que sobra por conta dos estudos durante a semana. Alguns conseguem dar seu jeito e dizem valer bastante a pena. “Quando você tem o seu próprio dinheiro, você aprende a administrar o dinheiro e isso estimula a tomada de decisões”, contou Maria Luiza Tsukase, 15. A história da Maria é um caso à parte. Ela é descendente de japoneses e faz um ano e meio que seus pais foram para o Japão a trabalho, mas o visto dela demorou a sair. Neste meio tempo, ela mora com os avós e, mesmo em contato diário com os pais, isso a ajudou a desenvolver responsabilidades. “Uma vez minha avó teve que viajar, então ficamos eu e meu avô e eu ajudava a administrar as tarefas da casa, pois como ele só estudou até a segunda série, durante três meses eu que ia pagar a conta, cuidava do dinheiro e isso me deu uma nova visão do quão é difícil de cuidar da casa e da família.”
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Esse tipo de experiência os ajudou a crescer e até mesmo aqueles que ainda não trabalham, reconhecem a importância das decisões tomadas por mães, pais e responsáveis. Claro que os alunos da EEB Dom Jaime também têm suas histórias de mim acher, assim como todos nós nessa idade, mas não vamos queimar ninguém aqui, certo?
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O fato é que eles sabem que essa relação de confiança é essencial para conquistar a independência pouco a pouco, como falou a Mariam. “As liberdades que os pais dão são muito importantes, então a gente não quer estragar essa confiança e dessa forma a gente vai construindo as relações.” Relações, inclusive, que vão sendo desconstruídas e reconstruídas com o passar das gerações. Se há alguns anos os pais não davam abertura para os filhos, atualmente as coisas parecem diferentes, como disse a Maria Luiza. “A gente, jovens de hoje, tem uma liberdade bem grande de pedir, falar que quer sair para um lugar ou para outro e isso é uma conquista. É uma vantagem da nossa geração”. Em seguida, a Daniely complementou. “E alguns pais ainda têm que entender que criam os filhos para o mundo, não para ele, então, concordo com a Maria Luiza, esse é o lado bom dos jovens estarem se empoderando.” E essa transformação também está ocorrendo na educação, como falou o professor Adriano Delego. “Já não tem mais espaço para a escola tradicional que nós tínhamos antes, do professor falando de cima para baixo, o aluno só copiando e não entendendo nada. Nós precisamos passar por uma revolução no ensino. Tem um colega meu que diz que nós temos um modelo de escola do século XIX, professores do século XX e alunos do século XI”. Dessa forma, estimular o protagonismo da galera, tanto em sala quanto fora dela, é um passo importante em busca da independência.
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INDEPENDÊNCIAS DAS AMÉRICAS A primeira região do continente a conseguir sua independência foi aquela formada pelas Treze Colônias Inglesas. Até meados do século XVIII, a região era bem desenvolvida e a Inglaterra não controlava de perto as movimentações, mas tentou ser pulso firme, aumentando impostos. A Coroa Inglesa abriu mão da ideia quando teve que lutar contra os franceses pelas terras da América do Norte e, para isso, precisava de ajuda. Mas após a situação ficar sob controle, voltaram com os altos impostos. Isso não foi bem visto pelos colonos, que resolveram se organizar. Tentaram por acordo, mas foi após um conflito que, no ano de 1776, conquistaram a independência e tornaram-se os Estados Unidos da América. Nos países da América Espanhola e no Brasil, a independência foi motivada por diversos fatores. Primeiramente, os EUA deixaram de ser colônia da Inglaterra e em 1789 ocorreu a Revolução Francesa. Isso foi importantíssimo para fomentar a ideia de independência das demais colônias da América. Além disso, na primeira década do século XIX, Napoleão Bonaparte invadiu a Espanha e Portugal, tirando o rei espanhol Fernando VII do poder e afugentando o português Dom João VI para o Brasil. Com seu rei deposto, as colônias hispano-americanas não reconheceram José Bo-
naparte, irmão de Napoleão que assumiu a coroa espanhola. Em 1804, uma das várias rebeliões dos escravos no Haiti culminou na independência do país, ex-colônia francesa. Com isso, as colônias espanholas começaram os processos de independência que foram do Paraguai (1811) até a Honduras (1938). Nesse meio tempo foram 16 declarações, em países das Américas do Norte, Central e do Sul, incluindo o Brasil. Por aqui, a família real chegou ao Rio de Janeiro em 1808, mas só 14 anos depois o filho de Dom João VI, Pedro, soltou o famoso grito do Ipiranga no dia 7 de setembro de 1822 – e não foi o funk do gás. Na época, seu pai já voltara para Portugal e, sob muita pressão dos colonos brasileiros, o príncipe Dom Pedro proclamou a independência e tornou-se o imperador Dom Pedro I. Depois desse período agitado, apenas quatro países conquistaram suas independências em um período de mais de 120 anos: República Dominicana (1865), Canadá (1867), Cuba (1895) e Panamá (1903). Já os outros países da América tornaram-se independentes em um movimento massivo a partir dos anos 60, com colônias britânicas da América Central. A Jamaica foi a primeira, em 1962. Depois mais 12 países se emanciparam até 1981.
LINHA DO TEMPO
1776 EUA 1804 Haiti
1811 Paraguai ENTRE 1916 E 1928
8 Países da América do Sul e México
1822 Brasil 1938
5 países América Central
1867 Canadá
1898 Cuba ENTRE 1962 E 1981
13 países América Central
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AS MATÉRIAS QUE
NÃO ESTÃO NA ESCOLA,
ESTÃO AQUI.
TAMO JUNTO
na escola,
TAMO JUNTO
no mundo. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios do estado. Não fique de fora dessa.
PROFESSOR DO MÊS Por Renata Bomfim
VOLTE DUAS CASAS: É HORA DE RECUPERAR OS VALORES Professora desenvolve trabalho com temas relacionados ao bullyng, cyberbullyng, suicídio Émile Durkheim (1897), amizade e família QUEM É ELA NOME COMPLETO: Gicéli Capistrano Correa IDADE: 40 anos CIDADE DE NASCIMENTO: Lages/SC ESPECIALIZAÇÃO: Ciências Sociais MATÉRIA EM SALA DE AULA: Sociologia
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Foi numa conversa com os alunos do ensino médio da EEB Professor Gustavo Augusto Gonzaga, de Joinville, que a professora de sociologia, Gicéli Capistrano Correa, resolveu desenvolver o trabalho “As faces ocultas da sociedade contemporânea”. O objetivo foi resgatar valores esquecidos e melhorar a convivência escolar. “Respeito, cuidado com o outro, aceite as diferenças, diálogo, paciência, verdade, sinceridade e entre muitos outros para conviver melhor e, principalmente, ser menos egocêntrico no dia a dia quando convivemos em equipe”, destaca. Para a professora, a convivência no ambiente escolar serve para a vida toda e que as lembranças dessa fase marca a caminhada de cada aluno. Por isso, desenvolver esse trabalho em sala de aula mexeu com alguns estudantes, inclusive com ela. “Confesso que fui correndo abraçar cada um e todos se envolveram. É isso que me faz crescer e amar estar com meus alunos: a sinceridade e a mudança de mentalidade. Quer conhecer melhor sobre o trabalho e quem é essa professora apaixonada por praia, que curte Cidadão Quem e acompanha a série “Anne
With na e”? Então, é só você acompanhar a sua história que virou destaque nesta edição: Revista its: QUANDO VOCÊ ESTAVA NA ESCOLA O QUE MAIS TE CHAMAVA ATENÇÃO? Professora Gicéli: Iniciei minha vida escolar no jardim de infância, em que ficava no período da tarde e, em alguns momentos, o dia todo. Eu me recordo de algumas professoras, mas a que mais me chamava a atenção era uma professora que nos ensinava com muitos jogos lúdicos coloridos e também a professora do pré (hoje primeiro ano) que iniciava a alfabetização. Ambas eram dedicadas e existia muito limite entre os colegas: prevalecia o respeito e atenção individual para cada aluno. Revista its: PENSAVA EM SER PROFESSORA? Professora Gicéli: Quando eu era criança, eu e minha irmã tínhamos um quadro negro pequeno, trazíamos da escola pedacinhos de giz e brincávamos muito de ser professora. Em alguns momentos trocávamos os papéis, talvez pensasse, sim, em ser professora, mas não tinha a certeza.
Revista its: POR QUAL RAZÃO ESCOLHEU LECIONAR? Professora Gicéli: A razão veio no ano de 2000, quando troquei meu curso superior de Informática para Ciências Sociais. Fui em frente e fiquei encantada com a área de humanas, pela diversidade das disciplinas de história, geografia, sociologia e filosofia. Ao final do curso, eu fui fazer meu estágio e quando me deparei com uma sala cheia de adolescentes fiz logo minha escolha de lecionar. Revista its: O QUE MAIS TE ENCANTA NA EDUCAÇÃO? Professora Gicéli: A palavra encanto realmente é mágica. O envolvimento com os alunos é tudo de bom para minha vida profissional. Cada dia é novo, eles são amáveis, curiosos e isso é muito gratificante. Ao me deparar com alguns alunos fora do ambiente escolar, é fato que vem um largo sorriso sincero e é nesse momento que me sinto grata por ter a oportunidade de conviver com meus amados alunos. Revista its: QUAL O SEU CONTEÚDO PREFERIDO DE PASSAR EM SALA? Professora Gicéli: Trabalho os conteúdos das diretrizes da disciplina e gosto muito, mas trabalhar os pensadores clássicos é maravilhoso.
Revista its: QUANDO SURGIU A IDEIA DE DESENVOLVER O PROJETO “AS FACES OCULTAS DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA? Professora Gicéli: Surgiu no diálogo com os alunos e a necessidade de melhorar a convivência escolar. Alguns valores se tornam esquecidos, como respeito, cuidado com o outro, aceite as diferenças, diálogo, paciência, verdade, sinceridade e entre muitos outros para conviver melhor e, principalmente, ser menos egocêntrico no dia a dia quando convivemos em equipe. Revista its: POR QUE TRABALHAR ESTE PROJETO? Professora Gicéli: Para melhorar a convivência, dialogar um com o outro, ouvir e entender que as diferenças são para ser supridas e não ao contrário. A convivência no ambiente escolar é para uma vida toda, onde nos deixará recordações boas ou ruins. Então, está mais do que na hora de começar a envolver e se envolver com projetos para melhorar o indivíduo e assim as coisas boas serão repassadas e todos saem ganhando com respeito mútuo.
Revista its: O QUE GOSTA DE FAZER NAS HORAS VAGAS? Professora Gicéli: Estar na praia.
Revista its: MOTIVO DA ESCOLHA DO NOME. Professora Gicéli: Uma sociedade que se diz evoluída, com tecnologia, com um mundo consumista que diz nos trazer “felicidade”, é aparentemente enganoso. As pessoas se tornam ocultas com competições desnecessárias e perdem tempo com pequenos conflitos pelos quais são os mais difíceis de resolver, porque simplesmente envolve o seu lado emocional e colocam o ego acima de tudo. Por isso, pensar diretamente no aluno que será o futuro profissional, indiferente de sua escolha, ele precisa sair da escola sem perder seus valores adquiridos na família e repassados a outros meios sociais.
Revista its: SE PUDESSE TROCAR DE LUGAR COM ALGUÉM DURANTE UM DIA, QUEM SERIA ESSA PESSOA? POR QUÊ? Professora Gicéli: Não gostaria de trocar de lugar com outra pessoa. O ser humano é muito complexo e nossas experiências são únicas. Na vida não existe uma fórmula certa, erramos e aprendemos cada um com sua ideologia e alegria de viver a cada dia.
Revista its: DE QUE FORMA O TRABALHO FOI DESENVOLVIDO EM SALA DE AULA? Professora Gicéli: Explanar o projeto, com a interação dos os alunos, repassando os critérios e divisão em equipes com até sete integrantes, que variou de acordo com o número de alunos de cada turma, distribuindo os seguintes temas: bullyng, cyberbullyng, suicídio Émile Durkheim (1897), amizade e família.
Revista its: TEM ALGUMA BANDA/SÉRIE PREFERIDA? Professora Gicéli: Banda Cidadão Quem e série “Anne With na e”.
Cada equipe, com seu tema escolhido, desenvolveu um trabalho criativo com dinâmica para apresentar à turma e depois da apresentação em sua sala de aula os melhores trabalhos foram compartilhados. Revista its: COMO VOCÊ OBSERVOU O ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS NESSA ATIVIDADE? Professora Gicéli: Todas as turmas se envolveram, com muita dedicação, entusiasmo e com muita transparência na apresentação e diálogos com os colegas. Algumas equipes se reuniram depois, trocaram ideias e equipes novas estavam se formando entre eles até chegarem ao seu ponto de partida para a apresentação. Foi gratificante porque eu os deixo à vontade para suas escolhas de temas e colegas na equipe e, no final, eles se reconhecem com o tema escolhido. Revista its: O QUE MAIS CHAMOU A SUA ATENÇÃO DURANTE AS PESQUISAS FEITAS PELOS ALUNOS? Professora Gicéli: A grande emoção e comoção dos alunos com os temas propostos. A maioria fez em equipe, mas muitos tiveram preferência em apresentar individual. Foi nesse momento em que tive a certeza do tema escolhido dentro das escolas. A tristeza de muitos, as lágrimas, a dor no peito e o olhar distante com lembranças da trajetória escolar, que deixou muitas vezes marcas não boas pela simples falta de respeito com o outro foi difícil para contornar, mas confesso que fui correndo abraçar cada um e todos se envolveram. É isso que me faz crescer e amar estar com meus alunos: a sinceridade e a mudança de mentalidade. Revista its: QUAL FOI O SALDO DO TRABALHO PROPOSTO? Professora Gicéli: Um saldo positivo, gratificante, cheio de energias boas. Quando estamos juntos, qualquer comentário eu escuto entre eles: “Olha o bullyng”. É isso que faz a diferença: trabalhar e mudar certos comportamentos. Vejo que o ser humano precisa evoluir sempre e contribuir com isso só me faz a acrescentar o quanto é gratificante ensinar e os alunos colocarem em prática a sua aprendizagem.
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POPCORN
A nova onda DO TERROR INDEPENDENTE Nesta época do ano em que o clima esfriou o que tinha que esfriar, o recesso do meio do ano acabou, as notas de quem está pendurado começam a preocupar e o segundo semestre está a todo vapor, Hollywood já deixou para trás a sua época mais lucrativa, a dos Blockbusters. Por mais que novembro e dezembro ainda tenham um espaço reservado para alguns dos grandes lançamentos, esse intervalo entre o início de agosto e os últimos meses do ano são reservados ao cinema de custo médio, ou seja, àqueles filmes que custam mais que os independentes, com atores e diretores desconhecidos, mas não tanto quanto adaptações de super-herói ou franquias de sucesso. É neste espaço que um gênero tem brilhado nos últimos anos: o terror. Em se tratando de um gênero muito popular na história, os grandes filmes de horror ou suspense tiveram focos diferentes a cada época: nos anos 1920/30 eram os vampiros, lobisomens e múmias que assustavam.
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Nos anos 1940/50 eram alienígenas, depois vieram monstros gigantes, demônios, exorcismo e lá nos anos 1980/90 foram os assassinos psicopatas que tiveram sua vez. Daí surgiram grandes clássicos, mas é um histórico de altos e baixos. Em certos períodos parece que o bom terror acabou, que ele já deu o que tinha que dar, que os filmes parecem todos iguais, nada mais assusta como assustava antes... mas felizmente para os fãs do gênero, não estamos numa dessas épocas atualmente. Não que todos os lançamentos dos últimos anos sejam obras primas, mas de 2013 para cá, o cinema independente nos trouxe grandes histórias de arrepiar e que muitas vezes vão além, tratando de temas sociais importantes. Por que exatamente isso aconteceu, ninguém sabe muito bem, mas se for pra apostar em algum motivo, talvez seja a combinação de dois fatores: a época de incerteza e de crise social, financeira e política pela qual o mundo todo passa; e o fato de
que os grandes estúdios, mais interessados nos seus blockbusters de super-heróis e franquias lucrativas, relegaram o terror aos cineastas novatos e independentes que compensam os baixos orçamentos com talento e criatividade.
Por Vincent Sesering
Terror e suspense para todos os gostos Desde um terror perturbador construído lentamente, como o da Bruxa, até histórias de suspense de roer as unhas, como A Corrente do Mal, vale conferir algumas dessas pérolas da nova onda do terror.
De Invocação do mal a Annabelle
Corrente do Mal
As histórias reais por trás dos casos paranormais resolvidos pelo casal Ed e Lorraine Warren, já renderam dois Invocação do Mal e um filme sobre Annabelle, uma boneca medonha que aparentemente é assombrada por um espírito antigo. E o grande lançamento de agosto, Annabelle - A Criação do Mal, conta a história de como “ela” foi criada.
Depois sair com um cara e transar com um ele, Jay, uma jovem normal descobre que agora carrega uma maldição que a faz ser perseguida por uma força maligna e incontrolável. A única maneira de se livrar? Passá-la para outra pessoa da mesma maneira que ela recebeu. O filme traz algumas das cenas mais angustiantes dos últimos anos, quando a protagonista é acossada pela maldição.
A Bruxa
O Homem nas Trevas
Corra!
Um filme que constrói o terror de maneira lenta a partir da história de uma família inglesa que chega aos Estados Unidos no século XVII. Com o foco na jovem Thomasin, filha mais velha que acaba “perdendo” um dos irmãos mais novos, a trama perturbadora é repleta de paranóia e de histeria religiosa.
De histórias em que casas são invadidas na calada da noite por criminosos o cinema está cheio. No caso de O Homem nas Trevas, porém, não é do lado da vítima que ficamos, mas sim dos ladrões, um grupo de jovens em busca de um dinheiro fácil na casa de um veterano de guerra cego. Mas após se verem presos lá dentro, descobrem que o velho não tem nada de inofensivo.
Visitar pela primeira vez a casa dos pais da namorada ou do namorado já é algo que dá medo na vida real. Mas em Corra!, o fato do protagonista ser negro indo parar numa cidadezinha branca e conservadora torna essa premissa ainda mais preocupante. E quando ele começa a suspeitar de ter caído em uma armadilha, pode ser tarde demais para fugir.
Gostou e quer saber mais sobre cinema e televisão toda semana? Acesse medium.com/coquetel-kulsehov
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#KERO
#Kero
Os nossos queridinhos do momento também podem ser o de vocês, né? Prestem atenção o que roubou os nossos corações nesta edição:
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Ei, você que sabe do poder e da liberdade que tem, essa necessaire tem tudo a ver com você. Meninas empoderadas até na hora de carregar sua maquiagem: temos aqui também. Onde: quemdisseberenice.com.br Valor: R$29,90 36 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Não dá mais para negar que o boné de aba reta deixa o visual muito mais estiloso e você que curte inovar, a C&A está com uns modelos mais descolados que outros, vale a pena correr e conferir. Onde: cea.com.br Valor: R$35,99
Aquela ideia de que tênis não compõe look já ficou esquecido. Para aquelas que gostam de uma combinação mais despojada e confortável, os tênis cada vez mais ganham os pés daquelas que adoram criar um look cheio de marra e estilo. Onde: youcom.com.br Valor: R$159,90
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DA ESCOLA
Com a oportunidade, Milena se organiza para aguardar dinheiro e ir estudar nos Estados Unidos futuramente
para o mundo do trabalho
MAIS DE 1 MIL NOVAS VAGAS DO PROGRAMA ESTADUAL NOVOS VALORES INCENTIVAM O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOS JOVENS
A reta final do ensino médio desperta em centenas de estudantes diversas dúvidas, uma delas é qual carreira escolher, por onde começar e a vontade cada vez maior de entrar no mundo do trabalho. Pensando nisso, a Secretaria de Estado da Educação iniciou o ano letivo com uma nova proposta de estágio aos alunos das escolas da rede pública estadual. Por meio do programa Novos Va-
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lores, foram abertas 1.075 novas vagas em todas as Gerências Regionais de Educação (Gereds) para atuação dos alunos nas próprias escolas estaduais. Cerca de 70% das vagas já foram preenchidas, o que resulta em, além de novas, boas experiências que estão sendo compartilhadas. Fotografia, moda e música são as opções de curso da aluna do 2º ano do ensino médio Milena Salerno da Rosa, 17, que há um mês está estagiando na biblioteca da Escola de Educação Básica (EEB) Claudete Maria Hoffman, de Palhoça, na Grande Florianópolis. “O cartaz do programa que estava exposto na escola chamou minha atenção, me in-
formei na secretaria da escola sobre como funciona, me inscrevi e logo fui chamada”, diz. Esta é a primeira vez que Milena trabalha e está adorando, pois uma das suas paixões é a leitura e a experiência proporciona o contato direto na organização e no controle dos livros da biblioteca da escola. A dúvida na profissão em que vai seguir ainda está sendo amadurecida, mas ela garante que a oportunidade a ajudará para outros planos. “Quero começar a guardar dinheiro para fazer minha carteira de motorista ano que vem e dar início em uma poupança para viajar ao exterior futuramente”, revela.
Fotos: Thiago Marthendal
ESCOLA ABERTA
Por Dafnée Canello com contribuição de Glauco Benetti
Em Joaçaba, são 18 novos estagiários nas 13 escolas da região
De acordo com a diretora da EEB Claudete Maria Hoffman, Monice Estol Martins Prudêncio, a iniciativa é uma via de mão dupla, deixando a escola de maneira ainda mais humanizada e com a cara dos estudantes. “Está sendo uma contribuição muito válida. Ao meu ver, o coração de uma escola é a biblioteca, e com os estagiários revitalizamos o nosso espaço fazendo com que todos os alunos tenham ainda mais gosto de estarem lá. Está ficando lindo!”, afirma.
Alexandra assinou o termo de estágio em agosto e já está na atividade.
A Regional de Seara já conta com três novos estagiários nas escolas. Uma delas é a aluna Alexandra da Silva, 17, que auxilia nas atividades administrativas da EEB Seara, no período da manhã e continua o 2º ano do ensino médio a noite. A mãe de Alexandra, Marli Pitan, apoia a iniciativa da filha. “É bom que ela queira trabalhar, para aprender uma profissão e valorizar o dinheiro dela”, completa. O Programa Novos Valores é uma oferta do Governo do Estado direcionado aos estudantes acima de 16 anos do ensino médio das escolas da rede pública estadual ou, que estão na graduação tanto em instituições públicas quanto particulares de Santa Catarina parceiras da SED. “Há 10 anos oferecemos a oportunidade para cerca de 1.600 jovens por ano, e com essa ampliação de vagas dobramos as chances dos jovens se inserirem no mundo do trabalho”, enfatiza o diretor de Gestão de Pessoas, Valdenir Kruger. O diretor ainda lembra que as vagas são distribuídas conforme o número de alunos, sendo para cada 200 estudantes por período, um estagiário, podendo cada escola ter no máximo três estagiários. E você quer experimentar esta oportunidade? Busque informações na secretaria da sua escola. #ficaadica
Oito escolas da Regional fazem parte da iniciativa que contemplou 16 estudantes do ensino médio.
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LIVROS DO VESTIBULAR
“Invento objetivos na cidade”
REVISÃO DE QUARENTA DIAS DE MARIA VALÉRIA REZENDE
Na recém terminada edição da Festa Literária de Paraty, roubou a cena uma escritora em uma mesa marcada pelos testemunhos de resistência em regimes autoritários. Ao lado de Luaty Beirão, escritor e rapper angolano que fez greve de fome preso na luta pela democratização de seu país, Maria Valéria Rezende caiu nas graças da plateia descrevendo suas entradas e saídas da prisão sem nunca ter sido presa, “porque sei muito bem fazer cara de boba”, como disse. Como freira, Maria Valéria atuou na resistência à ditadura militar brasileira levando para fora da prisão as cartas de Frei Betto, trocando com ele cintos de couro com os papéis em letras miúdas costurados por dentro. Ela descreveu, ainda, suas passagens por diversas regiões do Brasil e a vida, desde 1988, em João Pessoa –
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o que tem a ver com a obra indicada novamente pela lista do Vestibular UFSC 2017, Quarenta dias. A história, no entanto, é inventada: segundo Maria Valéria, foi primeiro escrita e depois “testada” em andanças por Porto Alegre, nada tendo, portanto, de autobiográfica. Sobre o livro: Alice é professora de francês aposentada e larga sua vida em João Pessoa-PB, para viver em Porto Alegre-RS, a pedidos (ou chantagens emocionais) de sua filha Norinha, que ansiava por ter um filho e precisava de uma avó em tempo integral, por medo de perder a vida acadêmicoprofissional se tivesse que se ausentar para cuidar da criança. Vendo-se desamparada e sozinha numa cidade diferente e ameaçadora, Alice conta como foi a experiência de quarenta
dias através de uma espécie de diário. Usando um caderno com a capa da Barbie, ela registra seus momentos e sua empenhada busca pelas ruas da cidade atrás de Cícero Araújo, filho de uma conhecida de João Pessoa, que há um tempo não dava notícias. Portanto, o livro que nos apresenta é esse “registro informal” de Alice passado a limpo postumamente, juntamente com epígrafes e imagens coletadas. A partir daí se elencam alguns pontos importantes. Primeiro o estilo da escrita: a autora narra em 1ª pessoa do singular, num estilo que pende ao confessional. Utilizando o caderno da Barbie como um diário, Alice usa essa personagem como sua interlocutora, dialoga como ela como se fosse um ser dotado de capacidade de compreensão, embora
Por George França e Bruno Andrade com um tom de ironia, talvez como uma sátira à sociedade de consumo. Isso pode ser visto nos vocativos: Alice sempre a trata pelo inglês, como “my dear” ou “my friend”. Também pode ser identificada uma faceta da passividade feminina, faceta esta que Alice acaba descobrindo em si mesma com a aceitação e resignação ao que é imposto por outros. Em seguida temos as epígrafes: Cada capítulo conta com uma ou mais epígrafes de escritores variados, entretanto com relações com o que é dito nesse mesmo capítulo ou no livro como um todo, claro. Uma curiosidade: todas as epígrafes foram retiradas de livros que a autora coletou de sebos e livrarias pela capital gaúcha. Junto as epígrafes, também encontramos dezesseis imagens entremeadas no livro, que são os papéis utilizados para as anotações de Alice. Vão desde notas fiscais de supermercado à folders e propagandas, como um método que a autora encontrou para dar “veracidade” à história. Podemos chamar essas epígrafes de intertextualidades, ou seja, textos que se sobrepõem a outros ou que os moldam de alguma forma. Da mesma forma, Quarenta dias também traz outras relações com outras obras. Uma das mais importantes e explicitas é, provavelmente, com Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol. Assim como sua “Xará inglesa”, Alice embarca em um mundo que não conhece em busca de um “coelho branco”, talvez inalcançável talvez inexistente. Outra questão pertinente que se coloca vem do título: Quarenta dias nos remete a vários episódios bíblicos, como os quarenta dias em que Jesus foi tentado ou os quarenta anos da peregrinação dos israelitas. De modo geral, o quarenta bíblico remete a uma ideia de peregrinação, provação, tempo necessário a um julgamento ou decisão.
Uma terceira intertextualidade latente é com os livros Pollyanna e Pollyanna Moça, de Eleanor H. Porter. Diversas vezes Alice trata a si própria como Poli, ou professora Poli – num sentido de boazinha, paciente, positiva – muito próximo da personagem de Eleanor. Em Pollyanna moça, continuação do primeiro, a personagem vai morar com uma Senhora depressiva que tem como causa de sua tristeza o sumiço de um sobrinho. Compadecida, Pollyanna empreende uma busca pelo garoto. Parece semelhante com algo que vimos aqui, em Quarenta dias? Em análise, Quarenta dias traz assuntos importantes, pertinentes à realidade em que vivemos. Trazendo à baila a questão do abandono dos mais velhos, a pobreza do nordeste comparada com a do sul, as questões raciais – como a surpresa de Alice por ver que junto a gente branca do sul “também tinha pobre” – o livro faz por merecer o prêmio recebido em 2015 e demonstra a relevância de Maria Valéria Rezende como escritora contemporânea brasileira.
No Vestibular UFSC 2017... Quarenta dias apareceu em duas questões. Em ambas, foi utilizada a estratégia de comparar a obra com outras da lista. Entre as afirmativas corretas feitas sobre o livro, a chantagem emocional feita pela filha para que Alice assumisse “o encargo obrigatório de ser avó”; a “inquietação típica do mundo contemporâneo” de Norinha, que acredita que a maternidade não interferiria na sua carreira profissional se sua mãe assumisse os cuidados do neto; a maneira como a protagonista ironiza o tratamento dispensado ao Nordeste – encarado no senso comum como uma região homogênea – chamando a
população de “os de lá”; o fato de que Alice assume voluntária e temporariamente a condição de sem teto; e a favela como cenário que figura na narrativa, mas não de forma central. As incorretas envolviam referências à religiosidade, ao projeto gráfico do livro (que tem cartões de visita e anúncios ao longo da narrativa na função de “epígrafes visuais”, diferentemente do que se dá com o uso da fotografia por Copi em As fantasias eletivas). É mais do que válido, portanto, ao estudar, pensar sobre os intertextos das obras lidas e sobre elementos comuns e distintos entre elas.
A AUTORA: Maria Valéria Rezende nasceu em 1942 em Santos, SP. É escritora e reside em João Pessoa desde 1988. Estreou em 2001 com o livro Vasto Mundo. Ganhou alguns prêmios importantes, como o prêmio Jabuti de 2009 na categoria literatura infantil com o livro No risco do caracol; na categoria juvenil de 2013 com Ouro dentro da cabeça; e nas categorias romance e livro do ano de 2015 com Quarenta dias. Recebeu também o prêmio Casa de las Américas em 2017 com o livro Outros cantos.
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ITSPORTS Por Lucas Inácio
Foto: Antonio Prado
JOGUINHOS ABERTOS CHEGOU A SUA 30ª EDIÇÃO Caçador foi o município que recebeu a 30ª edição dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, a competição de base mais importante do Estado. Realizado pela Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), no fim de julho. E é para celebrar uma marca tão importante para o esporte catarinense que o Itsports desta edição será especial sobre os Joguinhos. Joinville foi a campeã geral com 144 pontos, seguida por Blumenau com 143 – isso mesmo, apenas um ponto de diferença. Esse foi o sexto título consecutivo da cidade do norte catarinense e o 13º no geral, ficando a um de empatar com Blumenau, o maior campeão. Mas é para falar das nossas jovens promessas que estamos aqui, então vamos a elas (e eles).
HEGEMONIA EM QUADRA
Foto: Heron Queiroz- Fesporte
Logo no primeiro dia de competições dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, o ciclismo de Joinville tomou conta do circuito que percorreu as ruas centrais de Caçador. Em cerca de duas horas de competição, três atletas do município dominaram o pódio. Wolfgang Hipólito ficou com o primeiro lugar, Vinicius Rangel em segundo e Leonardo Farias na terceira colocação.
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Joinville basquete
Foto: Josiane Zago
JOINVILLE DOMINOU O CICLISMO DE ESTRADA
Uma das modalidades mais populares do esporte brasileiro tem dono nos Joguinhos Abertos. Joinville domina o basquete masculino da competição há anos e em 2017 não foi diferente, tanto que o município conquistou seu 17º troféu da competição. Mas se historicamente a equipe tem vantagem, nesse ano não foi tão fácil, pois a final foi apertada com um 60 a 56 para o Joinville. Jaraguá do Sul ficou com o bronze.
Blumenau não tem praia, mas isso não foi problema para a dupla Luísa e Cristiele que conquistaram o ouro no vôlei de praia. As atletas venceram a final por 2 sets a 0 (21/17, 21/16) contra a dupla de Pomerode e garantiram o lugar mais alto no pódio. A disputa foi realizada no penúltimo dia dos Joguinhos e mantiveram Blumenau na briga pelo troféu de campeão geral até o último dia. No masculino, a dupla de Balneário Camboriú formada por João Vítor e Joshua conquistou o título.
Foto: Heron Queiroz-Fesporte
NÃO PRECISA TER PRAIA
Foto: Antonio Prado-Fesporte
AS MAIS VELOZES DA HISTÓRIA A 30ª edição dos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, em Caçador, também contou com quebras de recordes. Um deles foi no atletismo, com a equipe feminina de Tubarão no revezamento 4x100. As atletas Karolina Teixeira, Elllen Anfiloquio, Tayra de Lima e Andrieli Zander fecharam a prova em 48,85 segundos e entraram para a história dos Joguinhos. “Nosso objetivo era ganhar. Entramos para dar o nosso melhor, mas não sonhávamos com a quebra do recorde. Ficamos muito felizes e, para nós, esse será mais um desafio para o ano que vem” afirmou a atleta Andrieli.
Luísa e Cristiele
SETE VEZES OURO PARA ITAJAÍ O BRILHO DA GINÁSTICA RÍTMICA Blumenau levou a melhor na Ginástica Rítmica dos Joguinhos. O título de campeã por equipe ficou com a cidade do Vale que acumulou 56,60 pontos, seguido por Florianópolis e Joinville. No individual, o destaque ficou com uma velha conhecida da Revista its. A atleta de Florianópolis, Beatriz Linhares, participou da nossa capa na edição 130, em julho de 2016, e brilhou nos Joguinhos em 2017. Ela foi medalha de ouro na competição individual, tendo as melhores notas nos aparelhos arco e bola.
Foto: Antonio Prado-Fesporte
Foto: Antonio Prado-Fesporte
O ginasta de Itajaí, Robert Willian Dutra Ribeiro, foi um dos grandes destaques dos Joguinhos Abertos deste ano. Aos 15 anos, Robert conquistou todas as sete medalhas de ouro possíveis no individual: solo, cavalo, argolas, salto, barra, paralelas e individual geral. Além disso, ele também foi prata por equipe. Essa foi apenas a terceira vez na história que um ginasta conquistou todas as sete medalhas possíveis na competição individual, um feito e tanto para o atleta que fez sua despedida na competição. “Estou me despedindo dos Joguinhos por questões de idade e fiz minha melhor participação dos últimos quatro anos. Estou feliz com o resultado”, disse Robert.
Beatriz Linhares, Joguinhos Ginasta Robert Dutra Ribeiro - 7 ouros
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GALERIAS
EEB Marechal Bormann - Chapecó
Colégio Energia - Blumenau
SANTA CATARINA
DISTRIBUIÇÃO CEDUP - Blumenau
Colégio Exponencial - Chapecó
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Colégio Bom Pastor - Chapecó
Colégio dos Santos Anjos - Joinville
Fotos: Blumenau - Promotes Eventos | Chapecó: Fabricação Filmes | Floripa: Fernanda F F L L Silva
EEB Jandira D’avila - Joinville
EEB João Widermann - Blumenau
Colégio Exponencial - Chapecó
Colégio Trilíngue Inovação - Chapecó
EEB Médice - Joinville
EEB Médice - Joinville
IEE - Florianópolis
Colégio CEB - São José
EEB Gov. Celso Ramos - Joinville
Colégio Energia - Florian
ópolis
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GALERIAS
Nicole,Talita, Victor, Jhonatan, Gabriel e Vinicius
Jhonatan e Vinicius
Alana, Maiza e Lais Fotos: Foco Eventos (Tainara)
Vitoria, Gabriela, Claryssa, Debora, Aline e Larissa
Vitoria e Larissa
JOINVILLE
EEB PROFESSOR GERMANO TIM
Galera da Germano Tim
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Luna, Eduardo, Vinicius e Promotora Daniele
Paloma e Luiza
Alana, Nathalia, Amabile e Isabela
Anthony, Rafael, Luan e Thayna
Carolina, Isabela e Nathalia
Ingrid, Amabile e Alana
Fotos: Foco Eventos (Tainara)
Paola, Nathalia, Hevelin, Raquel e Fernanda
JOINVILLE
Julia e Ingrid
Carolina e Thayna
EEB PROFESSORA MARIA AMIN GHANEM
Turma do 1ยบ ano - 3
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GALERIAS
Humberto, Milena, Cleisson e Jennifer
José, Johanna e Bruna
Fernando, Henrique, Alan e Igor
BLUMENAU
SENAI Renan, João e Caio
Luiza, Débora, Natália e Stefanie
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Valentina, Caroline e Carol
Julia, Aline, Bianca C e Bianca N
Fotos: Promotes Eventos (Tayana)
Gabriela, Amanda e Ana
Caio, Vinicius e João Vitor
Fotos: Promotes Eventos (Tayana)
Alexia e Larissa
Adrielly, Guilherme e Laisa
Augusto e Vinícius
Felipe e Gabrielle
Felipe, Nicolle, Rian e Kevyn
BLUMENAU
EEB GOVERNADOR CELSO RAMOS Orides, Stefani, Maria Clara, Adriano
Jéssica e Bruna
Amanda, Emily, Barbara, Gabrieli, Gabriela e Yasmin
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GALERIAS
Eros, Vinicius e Maria Luiza
Ana Julia, Estela, Letícia e Gabriela
Andra e Julia
Alunos do 9º Ano em atividade sobre o Centenário de Chapecó
Andrei, Liriana, Maria Eduarda e Rafaela
CHAPECÓ
COLÉGIO TRILÍNGUE INOVAÇÃO Samuel, Luiz e João Gabriel
Alunos do 1º Ano do EM Celebrando a Alegria de Viver o Centenário de Chapecó
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Maria Heloisa, Bruna e Débora
Alunos do 1ยบ Ano do EM Celebrando a Alegria de Viver o Centenรกrio de Chapecรณ
Oscar e Ana Laura
Evini e Giordana
Maria Cecilia e Vitoria
Milena e Matheus
Marina
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GALERIAS
Pamela, Maria Vitoria, Barbara, Mariana e Fabiola
Davi
Alexandra
Katrine
Fotos: DM Fotografia
FLORIANÓPOLIS
EEB HILDA TEODORO VIEIRA Turma do Hilda Teodoro
Thays, Amanda, Erika, Douglas, Davi, Ruann e Alvim
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Kelly e Maria Eduarda
Emily e Alexandra
Helena
Rubens, Jean e Carlos
Maria Luiza, Jehnifer e Camile
Fotos: DM Fotografia
FLORIANÓPOLIS
EEB IRINEU BORNHAUSEN Jean Pierri, Rubens Emilio e Luis Gustavo
Chaiana e Ketlyn
Alunas com a diretora Luciane
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GALERIAS
Yohanna, Maria Eduarda e Carolina
Allison e João
Fotos: Estudio BEND
ITAJAÍ
COLÉGIO SÃO JOSÉ Vinícius, Maria Luiza, Gabriela e Luiza
Pedro, Daniel, Leandro, Luiz, Bernardo e Vitor
Maria Eduarda S, Emily Bucher e Beatriz Pereira
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Larissa e Vanessa
Camille Nagel, Vitória e Saimon
Igor Scaravagliose e Diego Ceboeira
Laura e Jade
Helena e Maria Eduarda
Marcella e Ana Luiza
Eduardo Henrique
Luiza, Vinicius, Eduardo, Gabriela, Maria Luiza, Eloá, Livia e Zè
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SAIDEIRA Por Priscila Andreza de Souza
Convite
Eu sabia que esse dia iria chegar, mas tinha esperança que a minha vez chegaria primeiro. No fim você estava certo, tem o direito de esfregar a felicidade na minha cara. Só achei injusto me enviar o convite, eu sei eu tinha que saber que era com ela. Você deve estar sorrindo agora. “Culpa sua” — você disse umas três vezes quando liguei perguntando se era verdade. Você me acusou de não saber perder e de não saber me relacionar também. Nós nos dávamos bem quando éramos somente amigos, por longos três anos. Quem quis namorar foi você e quem terminou fui eu, alegando que não tinha maturidade para um compromisso tão sério. Maturidade que adquiri assim que te vi com ela. Quando eu terminei, você chorou, disse que me amava e eu quis continuar na amizade, mas você não quis, disse para eu seguir a minha vida que era para eu parar de te atormentar. Eu parei, deixei-te em paz, até eu te ver com ela. Achei uma puta sacanagem você me enviar o convite por correio, sério. Primeiro, deveria ter respeitado a minha posição de ex e não mandado nada. Poderia ter deixado eu saber do casório por algum falso amigo fofoqueiro. Mas não, você quis que eu soubesse e não teve a decência de me entregar em mãos, porque sabia que eu iria gritar, espernear e te abraçar. Covarde. Mandou pelo correio e deve estar morrendo de curiosidade para saber qual foi a minha reação. Você ainda deve se lembrar daquele dia que peguei minha irmã usando a minha escova de dente para pentear a sobrancelha. Bom, a minha cara está parecida. Eu tenho nojo de vocês juntos.
Eu não sei ainda se vou ao casamento. O prudente seria não ir, mas me resta uma ponta de curiosidade de vê-la de vestido. Ela vai estar linda, eu sei. Ela sempre foi mais linda do que eu e apaixonada por você, diferente de mim nos dois adjetivos. Se fosse com qualquer uma, eu iria para desejar felicidades e fingir que ainda mantemos contato, afinal, foram sete anos juntos, contando os três de amizade. Porém, é com ela. Ficarei tentada a gritar assim que o padre começar a falar: “se alguém tem algo contra esta união, que fale agora ou…”. Pensando bem, é melhor não, daria um fuzuê e eu não gosto de barracos. Ok, menti. Eu gosto e você sabe, mas eu teria que ser mais original. Esse de interromper o casório é um clichê de comédias românticas, aquelas que você assistia comigo nos domingos à tarde com cara de tédio. Será que você assiste comédia romântica com ela? Por que você me mandou esse convite? É pra rir da minha cara, mesmo? Ou será que quer voltar a ser meu amigo? Afinal, já faz cinco anos desde o nosso término e quatro que está junto com ela. Credo! O convite é todo branco, sem nenhum charme. Eu acho que vou sim, antes vou contratar um acompanhante bem gato, para você ver que eu não fiquei sozinha, como você praguejou quando rompemos. Ok, fiquei. Você tinha toda a razão eu não sei me relacionar, mas estou disposta a aprender com você. PS: não resisti de responder por carta via Correio. Afinal, foi assim que começamos a namorar, você lembra?
Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br
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GRUPO RIC. O MAIOR PRODUTOR DE CONTEÚDO REGIONAL DO BRASIL. O MAIOR GRUPO PO DE COMUNICAÇÃOO DA REGIÃO SUL. UL. Há 30 anos, o Grupo RIC vem trazendo aos catarinenses e paranaenses, através das suas 11 emissoras, as notícias que realmente importam: aquelas que acontecem na sua região. Hoje, somente em Santa Catarina, as 6 emissoras de TV e a Record News produzem, diariamente, 23 horas de conteúdo regional. Seja através da TV, do Jornal ou da Internet, você pode sempre contar com o Grupo RIC para saber do que acontece na sua cidade e no seu bairro. São matérias e programas feitos por quem é daqui e conhece como ninguém o nosso estado, a nossa cultura e as nossas características. Porque você merece sempre a melhor informação, entretenimento, lazer e notícias. E é para isso que o Grupo RIC trabalha todos os dias.
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