its Teens Joinville - 91

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Sentimos frio e calor porque nosso corpo trabalha constantemente para manter uma temperatura equilibrada. No entanto, elementos como o vento e a umidade podem alterar essa percepção, gerando a conhecida sensação térmica, que muitas vezes parece não corresponder ao número no termômetro.

E quando falamos de números, já parou para pensar em como os impostos são calculados? Eles variam conforme o produto ou serviço e têm um impacto direto no que consumimos diariamente.

Nas escolas, projetos inovadores estão transformando o aprendizado. A atividade McLanche Saudável, por exemplo, usa o cardápio do McDonald’s para ensinar matemática de maneira prática e divertida, enquanto o projeto sobre Chico Rei promove a valorização da cultura africana e suas contribuições históricas.

Na capa, você vai refletir sobre o Dia da Consciência Negra, data importante no ambiente escolar. A comemoração deste dia permite que os alunos compreendam melhor a importância da luta contra o racismo, reconhecendo as contribuições dos povos africanos na construção da identidade nacional.

Além disso, há alunos brilhando com criatividade, como uma jovem escritora que está prestes a lançar seu livro de mistério. Para os pequenos, o “cantinho da calma” oferece um espaço acolhedor para trabalhar emoções. É nesse ambiente de aprendizado e inovação que a educação ganha novas formas e transforma vidas! Boa leitura!

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

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Renata Bomfim Gerente de projetos especiais
Davi Carvalho de Andrade
Davi Junkes do Nascimento
EM Doutor Hans
Dieter Schmidt
EM Professora
Elizabeth Von Dreifuss

AO LONGO DA TRAJETÓRIA DA HUMANIDADE, ALGUNS ACONTECIMENTOS MUDARAM O CURSO DA HISTÓRIA. VOCÊ SABE RECONHECER QUAIS SÃO ELES?

a) Primeira viagem turística a Marte, 2010

b) Missão Apollo 11, 1969

c) Descoberta de uma civilização alienígena, 1997

a) 1ª cerimônia dos Jogos Olímpicos Modernos, 1896

b) Jogos Olímpicos de Atenas, 2004

c) 1ª edição dos Jogos Pan-Americanos, 1958

1 3 5 2 4 BÔNUS

a) Primeiro voo solo de Charles Lindbergh, 1915

b) Construção do dirigível Hindenburg, 1924

c) Lançamento do 14-Bis, 1906

a) Revolução Romena, 2004

b) Primavera de Praga, 1968

c) Queda do Muro de Berlim, 1989

a) Criação da internet, 1967

b) O primeiro computador (Eniac), 1946

c) Descoberta de um artefato alienígena, 1973

COMO FUNCIONA?

Por que sentimos frio e calor?

DIÁRIO ESCOLAR

Por trás da etiqueta: o custo de um produto

CONHECIMENTOS GERAIS

Do troco à fatia de bolo: entenda como os números decimais e as frações estão no dia a dia

CONTAS

Matemática com sabor

NOTÍCIAS DAS ESCOLAS

HISTÓRIA

Representatividade e cultura

Toda luta tem um flow

Horror na dose certa

WI-FI

Desativação da Estação Espacial Internacional

Mistérios em tons de rosa: o fascinante Lago Hillier

A botija

VOCÊ SABIA?

Atlântida do Mar do Norte: o enigma de uma cidade perdida

MURAL DOS ESTUDANTES

SPOILER GALERIAS

SAIDEIRA

Um presente dado pelo tempo

DIVERSÃO

De quando é essa foto?

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Basta uma mudança no tempo, mesmo que mínima, para perceber a resposta do organismo quando somos expostos ao vento gelado ou ao sol do meio-dia. Seja em qualquer estação do ano, a forma como identificamos respostas básicas do corpo, como o frio e o calor, indica que algo está diferente. Mas como essa alteração acontece?

Vale destacar que temos uma região no cérebro responsável por cuidar da regulação da temperatura: o hipotálamo.

Quando identificamos o frio, esse agente é responsável por emitir um sinal ao corpo, aumentando o calor. No oposto, o mecanismo é similar, já que a única diferença é a tentativa de baixar a temperatura — a mudança deve ser avaliada com cautela, já que pode indicar um problema de saúde.

Como a sensação térmica pode impactar as reações do corpo?

Sabe aquele arrepio que sentimos quando estamos com frio ou aquele calor excessivo nos dias de sol? A alteração no corpo é modificada de acordo com a temperatura que sentimos, o que também pode ser nomeado como sensação térmica — que nem sempre é o mesmo número que é registrado no termômetro.

Mas como explicar a diferença? Na verdade, quando falamos de organismo, diversos fatores podem impactar, incluindo a umidade do ar, a velocidade do vento e até mesmo a radiação solar, aspectos que podem indicar como a mesma temperatura é capaz de ser sentida de maneiras diferentes por cada pessoa.

Um exemplo são os dias em que a temperatura está elevada e a umidade do ar também está alta, combinação que dificulta a evaporação do suor, causando aquela sensação de abafamento e calor intenso. O mesmo vale para os dias mais gelados, quando a umidade intensifica o frio.

COMO O IMPOSTO É CALCULADO?

Na hora de compreender aquilo que deve ser pago no final de cada compra, é importante ter em mente que existem alguns pontos que devem ser levados em consideração, incluindo os números responsáveis por embasar o cálculo.

BASE

O valor que deve ser considerado como base no cálculo do imposto.

ALÍQUOTA

A porcentagem que precisa ser aplicada durante a conta (a quantia pode variar de acordo com o tipo de imposto e de compra).

DEDUÇÃO

Montante que pode ser subtraído dependendo da venda e do produto que está sendo consumido.

No momento em que escolhemos um produto e fazemos uma compra em um loja, seja na modalidade on-line ou presencial, quase sempre deixamos de lado uma conta importante, mas que pode ser a responsável por modificar o valor pago: o cálculo para compreender a porcentagem do imposto. Por mais que as taxas estejam evidentes no final do cupom fiscal, detalhando o índice de arrecadação municipal, estadual e federal, saber o que é o custo é o ponto de partida para compreender a relação entre aquilo que compramos e o quanto pagamos.

Quer entender como a quantia é calculada na prática e quais são os principais tipos de impostos? Então confira as explicações e algumas dicas:

POR ANA CAROLINE ARJONAS

É levando em consideração cada taxa e a ligação entre elas que o valor final do imposto é apresentado, tendo em mente que o formato de consumo também pode direcionar o preço que será pago.

EXEMPLO:

Você comprou um produto que custa R$ 100, com um imposto de 10% no valor total. O cálculo é:

BASE: R$ 100

ALÍQUOTA: 10%

CÁLCULO: R$ 100 X 10% = R$ 10

No final, você pagaria R$ 110 pelo produto.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE IMPOSTOS?

Além de entender a forma correta de calcular as taxas, é importante saber que existe mais de um tipo de imposto e que o uso pode estar atrelado àquilo que é escolhido por cada cliente. Confira quatro situações em que é feito o pagamento da quantidade:

Imposto de renda: é o preço cobrado sobre a renda de pessoas físicas e jurídicas, variando de acordo com o valor que é arrecadado pelo contribuinte.

Imposto sobre propriedade: válido quando existe a compra de bens, como casas ou apartamentos. Serve como base para outros serviços públicos como educação, saúde e infraestrutura.

Imposto sobre consumo: a taxa que incide sobre a compra de produtos e serviços, ou seja, todas as vezes em que compramos algo no mercado, em lojas, ou quando chamamos um profissional para consertar algo em casa, esse é o valor que deve ser pago — uma parte é repassada ao governo federal.

Imposto sobre importação: a quantia é válida para os itens que entram no país, ou seja, quando decidimos comprar algo em lojas internacionais e que precisa ser deslocado até nosso endereço. Essa quantia é paga assim que o item chega ao país e o tributo serve como uma forma de proteção para a indústria local.

Influências externas

Existem alguns fatores que podem impactar no valor daquilo que será cobrado no final de cada conta, incluindo o tipo de imposto — já que cada um possui uma regra e forma de cobrança — e o tipo de operação: uma compra pode ter um valor diferente da prestação de um serviço.

A localização, por meio de compras municipais e estaduais, também pode apresentar diferenças, além do regime tributário, que é a forma como uma empresa se enquadra no sistema tributário, sendo um dos pontos de atenção no valor que será repassado ao cliente.

Fatia de bolo: DO TROCO À

ENTENDA COMO OS NÚMEROS DECIMAIS E AS

FRAÇÕES ESTÃO NO DIA A DIA

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Seja ao somar os preços “quebrados” dos produtos no supermercado ou preparar uma receita que pede um quarto de xícara de açúcar, existem dois conceitos matemáticos fundamentais para lidar com essas situações do cotidiano: os números decimais e as frações.

DECIMAIS

Os números decimais expressam valores de maneira inteira e decimal, ambos separados por uma vírgula. A posição dos dígitos dita o seu papel. No caso, por exemplo, de 3,8357, a divisão ocorre desta maneira:

3 ➤ Parte inteira

8 ➤ Décimos

3 ➤ Centésimos

5 ➤ Milésimos

7 ➤ Décimo de milésimos

Ou seja, embora o número três se repita, a característica se difere devido a sua localização no algarismo. Assim, existem três inteiros, oito mil, trezentos e cinquenta e sete décimos de milésimos. Embora os conceitos possam parecer apenas coisas de livro matemático, é necessário entender sobre eles para aprender a resolver dúvidas que podem surgir no dia a dia.

“Um produto no mercado, por exemplo, com um valor decimal de R$ 3,59, teria a operação da subtração, se eu der R$ 4, quanto precisa me voltar de troco? Se utiliza bastante essa matemática prática, sem às vezes nem mesmo perceber que é a mesma que se estuda em sala de aula”, esclarece o professor de Matemática Alex Manoel Vieira, da Escola Municipal Doutor Sadalla Amin Ghanem.

FRAÇÕES

Por sua vez, as frações representam partes de um todo. Imagine que você comprou um bolo de 12 fatias para dividir com mais três amigos. A primeira divisão das partes pode ser representada pela fração 4/12. Ou seja, o numerador (a parte que possuímos, neste caso, o quatro) está relacionado ao denominador (as partes totais, o 12).

Entender os papéis das frações no cotidiano não apenas desenvolve as habilidades matemáticas como também facilita o processo de enfrentar alguns desafios, como nas receitas, por exemplo.

“Geralmente aparecem valores percentuais, como meia xícara de açúcar, três quartos de uma xícara de trigo, aí surgem as primeiras ideias básicas de fração para compreender e conseguir aplicar na sua vida”, explica Alex.

DECIMAIS ➤ FRAÇÕES

Embora possuam métodos de resolução e estruturas diferentes, os decimais estão interligados quando se trata de representar partes de um número completo, podendo converter as formas dos algarismos.

Para representar um decimal em uma fração, é preciso considerar a quantidade de algarismo após a vírgula para determinar o denominador. Por exemplo, o número 0,85 se torna 085, podendo ser definido apenas como 85. No caso de dois dígitos após a vírgula, é preciso dividir 85 por 100 = 85/100. Caso o decimal fosse apenas 0,8, a divisão poderia ser por 10, 8/10.

FRAÇÕES ➤ NÚMEROS DECIMAIS

Para transformar uma fração em um decimal o processo é parecido, basta fazer a divisão entre o numerador e o denominador. No exemplo do bolo, quatro das 12 fatias se tornam 0,33.

HORA D O E X ERCÍC IO

Agora que você compreendeu cada conceito, é hora de botar a mão na massa e aplicar o conhecimento.

EXERCÍCIO 1: CONVERTA O NÚMERO DECIMAL 0,75 EM UMA FRAÇÃO.

Resultado: com dois decimais após a vírgula, é necessário que a divisão seja por 100.

EXERCÍCIO 2: TRANSFORME A FRAÇÃO 3/5 EM UM NÚMERO DECIMAL.

Resultado: para o transformar em um número decimal, basta fazer a divisão.

EXERCÍCIO 3: COMPARE O NÚMERO DECIMAL 0,4

E A FRAÇÃO 3/8 E VEJA QUAL VALOR É O MENOR.

Resultado: primeiramente, é preciso saber qual é o valor decimal da fração, portanto, dividir três por oito. Assim, concluímos que 3/8 é menor que

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

alunos aprendem sobre matemática por meio de atividades com marca de fast food.

Tempo de leitura: 6 minutos

Matemática com sabor

Por meio da ludicidade e interação, estudantes aprendem que a lógica por trás dos cálculos pode ser algo divertido

POR ANA CAROLINE ARJONAS

“Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles, num pão com gergelim”. O trecho da música pode não ser conhecido pelos mais novos, mas marcou gerações que acompanhavam na televisão a propaganda de uma das empresas de fast food mais conhecidas em todo o mundo. Entretanto, engana-se quem pensa que o desejo por sanduíches é algo novo. Na verdade, o primeiro relato sobre algo que, na época, era considerado lanche surgiu ainda no Império Romano, quando as pessoas tinham o hábito de comer pães, frutas e queijos antes do jantar. Com o passar do tempo, a ideia de hambúrguer foi mudando, até que no século 18 surgiram os primeiros sanduíches com duas fatias de pão e carne. Na Escola Municipal Professor Avelino Marcante Extensão, uma nova modalidade foi criada com o alimento: a chance de aprender matemática. A ideia foi da professora Eliane Aparecida Mello de Ávila, que pensou no projeto com o objetivo de proporcionar às crianças uma aula que fosse criativa e interativa. “Comecei um dia brincando na sala, falei: ‘Hoje vamos ter um McDonald’s’. Fui brincando e coloquei no quadro. Quando vi a empolgação deles, só com a brincadeira, fiquei amadurecendo um pouco mais e colocando umas continhas, porque naquela época era uma turma de segundo ano”, conta a profissional. Desenvolvido há três anos, foi em 2024 que a educadora conseguiu colocar o projeto no planeja-

mento, nomeado como “Atividade McLanche Saudável”, apresentando aos quintos anos novas formas de entender o sistema monetário, frações e números decimais — a turma contou com lanches e itens feitos em EVA, facilitando a somatória e a divisão, por exemplo. “Trabalhei desde contas simples até porcentagem. Trabalhei os números com as embalagens e sólidos geométricos. Tudo que eu podia envolver o Mc na matemática, eu envolvi”, fala a professora, que apresentou problemas envolvendo o cálculo do total da compra, do troco e divisão de despesas.

Além da melhora na compreensão sobre a matemática, os estudantes também aprenderam na prática a relevância da pirâmide alimentar, captando o papel da alimentação e aquilo que devemos ingerir. “Temos aquela questão de que somente o arroz e o feijão são saudáveis, o resto não. Queria que tivessem uma compreensão que alimentação bem feita, sem muitos processados, também pode ser saudável”, fala a educadora, que trouxe para os alunos a oportunidade de provar um lanche saboroso na própria escola, seguindo as recomendações alimentares, e a refeição foi servida em caixinhas parecidas com as da marca, momento em que outros profissionais da escola se mobilizaram para que a refeição fosse possível.

Após as contas e a alimentação, foi a vez de aprimorar tópicos da Língua Portuguesa, com a análise do tema e da escrita das embalagens alimentares.

A turma aprendeu que é possível unir a paixão pelo sanduíche e a alimentação saudável

Focada nas novas gerações

Atividades que extrapolam os livros e os cadernos possuem o diferencial de trazer para a realidade aquilo que, muitas vezes, pode ficar apenas na teoria, desafio para aqueles que querem aprender. Para Eliane, esse é o caminho quando falamos de um grupo tão conectado. “Essa geração nasceu muito tecnológica, com o celular na mão. Se continuar só entregando livro e caderno, imagino que para eles aquilo já está saturado, aquele tempo em sala. Quando trago um projeto que é divertido e diferente, esquecem toda tecnologia.”

Na visão da diretora Alessandra Aparecida Sell, que acompanhou as atividades e as reações, a iniciativa é um convite para que a educação seja vista de outra forma.

“Quando o professor sai da ‘caixinha’ e traz uma novidade para os alunos sobre determinado conteúdo, quando traz para prática, muitas vezes a criança que não está aprendendo entende porque vê aquilo no contexto de vida”, pontua a profissional.

Foto:
Eliane
Aparecida
Mello de
Ávila/Divulgação

Iniciativa ajuda crianças a lidarem com sentimentos

Lidar com novos sentimentos é um desafio em todas as idades, e d momento em que as crianças ainda estão aprendendo a identificar vivenciando, pode ser ainda mais difícil. Por isso, a professora Eliane Rocha Fernandes, do Centro Educacional Infantil (CEI) Pão de Mel, desenvolveu o projeto “Emoções”.

Com a apresentação da história do livro “Monstro das cores”, o objetivo é apresentar às crianças os diferentes tipos de emoções e, assim, poder separá-las e organizá-las. Perguntas como “O que acontece quando vocês ficam tristes? Quando ficam bravos?” foram feitas aos pequenos para entender os momentos em que mais tinham dificuldade de se expressarem.

Os familiares também foram envolvidos no projeto e estiveram presentes no “Dia de quem cuida de mim”, evento que ocorre duas vezes ao ano, momento em que construíram, junto com as crianças, garrafas sensoriais. Os objetos foram colocados no “cantinho da calma”, um espaço na sala de aula pensado para os pequenos relaxarem. Outro momento que as crianças se divertiram foi o “Dia do chá”, em que exploraram folhas, conheceram os aromas e os benefícios das plantas. O projeto foi desenvolvido com o apoio das auxiliares de sala Andréia Pereira de Araújo e Iraci Adriano, da coordenadora Marileia Flores, da diretora Daiana Kelm e da auxiliar de direção Márcia Nardes.

Turmas aprendem sobre animais com kits de robótica

Conhecer o estilo de vida dos animais que vivem perto de nós contribui para uma melhor convivência entre os humanos e a fauna, assim como pode ajudar a prevenir doenças e contribuir para a preservação da biodiversidade — conhecimentos que as turmas do terceiro ano da Escola Municipal Vereador Arinor Vogelsanger estão obtendo durante uma atividade em sala de aula.

Estudando sobre alimentação, reprodução, revestimento do corpo e locomoção de pássaros, mamíferos, répteis e insetos, os estudantes foram conduzidos pelas professoras Elizeane Russi e Sabrina Cardoso a recriarem os animais com objetos diferentes — materiais reciclados, argila e o kit Atto foram alguns dos itens. Com os utensílios da robótica, os pequenos exploraram as características dos bichos escolhidos, tornando o aprendizado mais palpável.

Algumas das curiosidades que mais chamaram atenção dos alunos foram o fato das borboletas conseguirem sentir odores mesmo sem ter nariz, a joaninha ser carnívora e o joão-de-barro conseguir construir suas próprias casas.

Fotos: CEI
Pão de Mel/Divulgação

Trabalho escolar inspira estudante a escrever livro autoral

Ter o hábito de leitura é uma das maneiras mais divertidas para desenvolver a criatividade, aprimorar o vocabulário e desenvolver a concentração — habilidades que podem ser ainda mais intensificadas quando você se torna o autor da própria obra. É isso que a estudante Lara Deretti de Souza está vivendo.

A aluna do oitavo ano da Escola Municipal Paul Harris começou a escrever o livro autoral em março de 2024. “Jovens náufragos” é uma ficção repleta de aventura, ação e suspense, que conta a história de quatro jovens presos em uma ilha isolada após um naufrágio.

Foi depois de um trabalho de Geografia que a ideia do enredo surgiu. O objetivo era criar um país, e o grupo, inicialmente, optou por elaborar uma ilha, mas então mudou de ideia. No entanto, o conceito permaneceu na mente de Lara, que deu início a sua ficção. Para a estudante, a parte mais desafiadora do processo de escrita foi montar um enredo coeso para um livro com mais de 200 páginas, em que o desenvolvimento dos personagens permanecesse interessante ao longo da leitura.

A aluna também conta que o momento de escrita a ajudou a manter a mente ocupada e superar algumas dificuldades que estava passando na época, auxiliando na sua evolução pessoal e artística. O lançamento de “Jovens náufragos” está programado para o dia 22 de novembro, na unidade escolar.

Alunas conquistam pódio em concurso sobre prevenção de acidentes

A conscientização sobre a prevenção de acidentes é algo que deve ser incentivado desde a juventude, e os estudantes da Escola Municipal Prefeito Nilson Wilson Bender tiveram um papel fundamental nisso: as turmas dos oitavos e nonos anos participaram da 37º edição do Concurso Bottom Zero Acidente, da empresa Gidion.

Os desenhos das alunas Sarah Luiza Dal Prá Haas (oitavo ano A), Nathaly Vitoria Schel Gonçalves (nono ano E) e Nayara Santos Bahr (nono ano C) conquistaram o pódio da competição, em primeiro, segundo e terceiro lugar respectivamente. A ilustração vencedora estampará um bottom e camisetas que serão entregues para os profissionais, incentivando a prevenção.

Outro momento que conquistou a comunidade escolar da unidade foi a Mostra Pedagógica. Com trabalhos que percorrem diversos componentes curriculares, o evento contou com trabalhos sobre histórias em quadrinhos, oficinas de origami, países asiáticos e americanos, releituras de obras famosas, azulejaria e até exposições das paisagens de locais do bairro.

Representatividade e cultura

Por meio da pesquisa e expressão corporal, jovens conhecem parte da história do Brasil

POR ANA CAROLINE ARJONAS

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR POR AQUI:

estudantes aprendem sobre Chico Rei em atividade com teatro e congada.

Tempo de leitura: 5 minutos

Nos séculos que marcaram a escravidão no Brasil, diversas histórias deixaram de ser contadas, tirando o foco de personagens que, naquela época, acreditavam em um mundo melhor. Chico Rei, figura estudada pelos alunos da Escola Municipal Professor João Bernardino da Silveira Júnior, é mais um dos relatos, sem muitos documentos, mas com uma liderança que foi capaz de inspirar aqueles que conheceram sua trajetória, como Ana Clara Dias Nascimento, 14, do nono ano. “Foi algo muito importante para mostrar que não importa a cor, não importa o gênero, mas importa a personalidade, essa vontade de liderar e de ter um mundo melhor. Mostrar para as pessoas que é possível mudar, é possível termos um ambiente melhor, independentemente da situação”, comenta a jovem.

Entre as teorias que tratam sobre a vinda de alguém que era príncipe no Congo, a escravidão e até uma possível fuga fazem parte das alternativas, pontos que foram levantados pela professora Eliane da Silva Soares. A iniciativa foi pautada na construção de um caderno de projetos, peça teatral e congada, manifestação cultural afro-brasileira. “A necessidade de trazer um pouquinho para os alunos essas vivências, essas manifestações que são diferentes em outros lugares do nosso país”, salienta a educadora, pontuando a questão da visibilidade. “Muitos alunos não se sentem representados nas escolas, e quando trazemos essa temática, é importante essa representação para eles”, completa Eliane, que dividiu as atividades com as professoras colaboradoras Léia Alves dos Santos e Maria Janete Salvador Joaquim.

instigadashistóriapela

O momento da pesquisa e da estruturação do caderno de projetos foi quando as turmas conseguiram acompanhar de perto aquilo que pode ter feito parte da trajetória de Chico Rei. No caso de Bruna Pereira Gonçalves, 14, nono ano, há algo que ficou marcado. “Quando estavam saindo da África, as pessoas contam que o navio teve uma superlotação. Eles tiveram que jogar pessoas do navio e o Chico Rei perdeu sua filha e sua esposa.”

Entretanto, a vivência com a dança e até mesmo com o teatro serviu para reforçar pon-

tos importantes, como os costumes da época. Como exemplo, as estudantes contam sobre a experiência das latinhas nos pés, ação que era feita pelos senhores, uma forma de identificar onde os escravos estavam por meio do barulho durante a caminhada.

Com preferência pelas atividades manuais e artísticas, Ana Clara e Bruna reforçam o prazer de poder se manifestar e recontar uma parte da história que, em muitos casos, não é contada, seja pelo tempo ou pela falta de documentos históricos que comprovem essa passagem.

A turma está preparada para fazer mais uma apresentação no mês da Consciência Negra

Para a supervisora Ana Paula Luciano de Amaral, a vivência que os estudantes tiveram durante o projeto é primordial para que esse momento faça parte do aprendizado, mostrando outras realidades que vão além da unidade escolar. “Eles vão saber o que fizeram, o que criaram, o que produziram, até onde eles foram e o papel de cada um naquele momento”, diz a profissional.

A importância de Chico Rei para a cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, os aspectos geográficos, políticos, econômicos e sociais do Congo e a luta dos povos africanos no Brasil foram alguns dos tópicos abordados. A peça e a congada foram ensaiadas pelos oitavos e nono anos, respectivamente, e a primeira apresentação foi para os estudantes a partir do sexto ano. Neste mês, uma nova apresentação deve ser feita, motivada pelo mês da consciência negra.

Fotos:
Professor
João
Silveira
Júnior/Divulgação

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:

estudantes conhecem figuras importantes da luta antirracista e criam cartazes de protesto e playlist musical.

Tempo de leitura: 10 minutos

Foto: Leve Fotogra

POR MATEUS PEREIRA

Você já ouviu falar em Rosa Parks, Martin Luther King e Malcolm X ou sabe o que eles têm em comum?

Todas essas personalidades foram ativistas negros estadunidenses pelos direitos civis nos anos 60, época em que a segregação racial ainda era evidente nos Estados Unidos da América.

Mais que a luta pelos mesmos ideais, eles também foram peças essenciais para um projeto de educação antirracista idealizado pela professora Jéssica Caroline Zanella, da Escola Municipal João Costa, com as turmas do nono ano.

O tema, já abordado pela educadora nas aulas de História em outras oportunidades, partiu da discussão dos movimentos sociais na América do Norte durante a Guerra Fria e foi ponto de abordagem para a conversa sobre o racismo na atualidade.

“Enquanto formadora, sempre procuro debater o assunto em sala de aula, pois o racismo, infelizmente, ainda é presente em nossa sociedade. Por isso, acho valioso trazer os paralelos com o que já aconteceu no Brasil e no mundo com os acontecimentos e manifestações dos dias de hoje”, explica a professora.

como expressão A músic a

Para despertar o interesse dos estudantes, Jéssica elaborou uma iniciativa diferente, com uma linguagem mais próxima do dia a dia. “Pensei: ‘do que eles gostam?’ Logo lembrei da música, já que eles vivem com fones de ouvido, escutam e conversam sobre música. Então vi ali uma oportunidade”, destaca a educadora. Assim, Jéssica propôs o seguinte trabalho: com base nos conteúdos aprendidos, os alunos iriam confeccionar cartazes para manifestar o combate ao racismo e escolher músicas que, em suas letras, trouxessem a realidade da população negra.

Durante a apresentação em sala, os jovens realizaram essa troca com os colegas, o que gerou uma descoberta

de músicos e na criação de uma playlist com a curadoria da professora, trazendo diversas canções que representam a luta e o empoderamento.

A interação promovida pela professora permitiu o contato dos alunos com artistas de outras gerações, como Martinho da Vila, que continua gerando impacto com suas letras. Para a estudante Amanda Pollnow, 14, o contato com as músicas a ajudou na reflexão do problema e como combater esse tipo de crime.

“Me chamou muito a atenção ter contato com músicas que têm letras fortes e impactantes, como ‘O racismo é burrice’ do Gabriel, o Pensador. Isso nos faz pensar e criar maneiras de combater o racismo de forma mais ativa”, completa a aluna.

Não seja

um

do rap ignorante origem ou a

cor

O

racismo do seu semelhante”
Não se importe com a é burrice
Gabriel,

o Pensador

Pop, reggae e samba se misturam na playlist, mas nenhum estilo domina mais que o rap. O gênero, que tem suas raízes na comunidade negra, é uma forma de expressão que reforça a luta contra o preconceito e a violência policial de maneira enfática e, por isso, cativante.

Até mesmo alunos que preferem outros ritmos mergulharam na vibe e passaram a escutar mais artistas do estilo. É o caso de Manoel Weslley, 15, que tem como uma das inspirações John Coltrane, ícone do jazz, e se rendeu à vibe.

“No rap, você sente a verdade do que os artistas estão cantando, traz um sentimento de revolta e de combate às injustiças, o que, no fundo, dá mais confiança para a gente lutar contra o preconceito”, opina o aluno.

Partindo do mesmo ambiente, as batalhas de rima também conquistaram Manoel e seu colega Wellington Fortunato, 15, uma vez que a forma de expressão combina o flow com situações vivenciadas no dia a dia. Mesmo jovem, o estudante já sofreu com a discriminação por sua cor de pele e vê os poemas e a música como um instrumento de luta.

“Muitas vezes, só de chegar em um lugar você sente os olhares de preconceito e a gente precisa se fortalecer e ter outras pessoas, como os professores, para nos defenderem no dia a dia”, compartilha Wellington, reforçando os pontos positivos do trabalho proposto pela professora Jéssica.

Fotos: Leve
Fotogra
Manoel, Wellington, Jéssica, Amanda e Celine

Uma forma de empoderamento e identitarismo

Se por um lado o gênero musical é um convite à luta pelos direitos iguais, por outro reforça as características e senso de pertencimento de um grupo. Celine da Silva de Farias, 14, notou que as rappers femininas a ajudaram a entender sua força enquanto garota negra. “As letras falam muito sobre aceitação, do jeito que eu posso me vestir, usar o meu cabelo cacheado do jeito que quero e sentir bem com isso”, completa a aluna. Wellington, que sempre teve o cabelo mais curto, agora deixa o penteado crescer e recebe olhares de aprovação. “Já ouvi comentários de pessoas dizendo que queriam ter esse estilo, e isso é engraçado e gratificante ao mesmo tempo”, reflete. Ele também lembra que tanto o rap quanto o basquete mudaram a cultura, trazendo um visual único que hoje é imitado e apreciado por muitos.

Ícones para uma nova geração

“Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista”. A frase da filósofa Angela Davis é um verdadeiro mantra que pauta as ações da professora Jéssica Zanella em sua atuação. Consciente de ser uma pessoa branca abordando o tema, ela enxerga o debate levado para as aulas de História como uma semente que está sendo plantada, para quebrar os ciclos de racismo e alcançar uma sociedade mais justa.

Um dos propósitos alcançados com o trabalho foi de fazer os alunos conhecerem figuras históricas e representativas, que inspiraram os estudantes a não só escolherem canções, mas prepararem cartazes de protesto e buscarem um pouco mais sobre a trajetória dos ativistas.

Cada um tem seu preferido. Celine ficou encantada com a força de Rosa Parks e da própria Angela Davis.

Os estudantes tiveram a oportunidade de expandir seus repertórios musicais e conhecer ícones da cultura negra

“Eu gostei muito de fazer essas pesquisas, pois consegui entender de onde vêm os movimentos negros e não esquecer de quem já passou por aqui, para que esses casos de racismo não se repitam.”

Já Manoel, que tem a disciplina de História como sua favorita, foi atrás de conhecer os Panteras Negras, grupo que surgiu para enfrentar a opressão racial e a violência policial. “Parece que é algo do passado, mas percebi que a luta ainda é constante e difícil até hoje”, opina. O papel da internet e da cultura

pop também foi notado por eles, principalmente nos programas de comédia afrocentrados, como “Um maluco no pedaço” e “Todo mundo odeia o Chris”. Engajada nas redes sociais, Amanda destaca a importância do meio on-line para discutir o problema e alcançar mais pessoas.

“Com esse conhecimento, vem um pouco do sentimento de indignação, mas também vejo a oportunidade de usar a internet para influenciar e conscientizar mais gente para conseguirmos combater o racismo”, conclui a estudante.

Figuras emblemáticas

CONHEÇA AS PERSONALIDADES APRESENTADAS PELA PROFESSORA JÉSSICA AOS SEUS ALUNOS:

Rosa Parks: símbolo de resistência, a ativista ganhou notoriedade ao ser presa por se recusar a ceder seu assento no ônibus para pessoas brancas durante a segregação racial.

Martin Luther King: pastor da Igreja Batista, King se tornou uma das lideranças pelos direitos civis da população negra ainda em sua juventude.

Malcolm X: conhecido por sua atuação enérgica, Malcolm foi um ativista que conseguiu mobilizar negros e brancos contra a opressão racial.

Angela Davis: filósofa e professora, Angela é uma ativista reconhecida mundialmente por seus trabalhos e livros que abordam o racismo estrutural.

educação antirracista?

A educação antirracista busca combater o racismo estrutural e promover a igualdade racial dentro das escolas, envolvendo a conscientização sobre a história e cultura de povos negros e indígenas.

Esse modelo de ensino é previsto pela Lei 10.639/03, que estimula o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana.

A prática pode ser aplicada nas aulas de História e Geografia, como também em ações cujo objetivo é combater o racismo no ambiente escolar.

Vejaoqueháemcomumeoquecaracteriza algunsfilmesesériesmarcadospelomistério

POR GUSTAVO BRUNING

Das aventuras de “Coragem, o cão covarde” aos casos resolvidos pelo detetive Hercule Poirot, nas obras da escritora Agatha Christie, o suspense e o mistério são capazes de render boas histórias. Seja explorando enigmas do mundo real ou resgatando o melhor do sobrenatural, eles nos mostram que há sempre algo além da superfície.

As tramas que flertam com elementos assustadores podem até soar intensas demais para quem não está acostumado, mas são ainda mais saborosas para aqueles que adoram sentir um frio na espinha. Conheça algumas obras da ficção que têm o estilo sombrio como parte de sua identidade.

55 ANOS DE MISTÉRIOS

O que começou como uma turma de cinco adolescentes e um cachorro solucionando mistérios e desmascarando monstros fajutos, evoluiu de forma estrondosa ao longo das décadas. O desenho “Scooby-Doo, cadê você?”, uma das criações mais preciosas do estúdio de animação Hanna-Barbera, estreou na televisão em 1969.

Com Salsicha, Scooby, Velma, Daphne e Fred, a Mistério S.A. nasceu como a combinação perfeita dos talentos de seus integrantes. Enquanto um era estabanado, mas ágil, outro era focado e com espírito de liderança. Enquanto uma era observadora e cética, outra tinha uma maneira peculiar e criativa

de enxergar o mundo ao seu redor.

O desenho de 1969 foi a semente de uma franquia, que evoluiu consideravelmente em 55 anos. Até 2024, a turma já estrelou 14 seriados, 43 filmes animados, quatro filmes live-action e diversos especiais para a TV.

A trilha e os cenários horripilantes, originalmente desenhados à mão, formavam uma atmosfera única, levando o espectador a uma imersão em locais isolados e mal-assombrados. Essa pegada quase fez a série não sair do papel, por ser considerada apavorante demais para crianças.

O cão mais medroso da ficção passou por incontáveis reinvenções para continuar relevante. No fim, as histórias trazem problemas e soluções, reforçando como por trás de vilões mascarados geralmente há pessoas com planos para sair lucrando.

CONFIRA 15 MARCOS DA FRANQUIA SCOOBY-DOO

Estreia de “Scooby-Doo, cadê você?”.

Scooby ganha um sobrinho chamado Scooby-Loo.

Na série “Os novos filmes de Scooby-Doo”, cada episódio traz a participação de uma figura famosa — do Batman à Família Addams.

“O pequeno Scooby-Doo” apresenta as versões crianças da Mistério S.A.

Estreia do primeiro filme para a TV, “Scooby-Doo e os irmãos Boo”.

Chega o primeiro filme lançado direto em VHS e DVD, o clássico “Scooby-Doo na ilha dos zumbis”.

Lançado nos cinemas, “Scooby-Doo - O filme” é a primeira versão com atores.

“O que há de novo, Scooby-Doo?” leva a turma para o século 21, atualizando looks e equipamentos tecnológicos.

A prequel “Scooby-Doo! O mistério começa”, com atores, estreia no Cartoon Network.

As histórias ganham um tom mais maduro e continuidade na série “Scooby-Doo! Mistério S/A”.

Lançamento do crossover

“Scooby-Doo e Kiss: o mistério do rock and roll”.

Os personagens são adaptados para uma versão Lego no filme “LEGO ScoobyDoo! Hollywood assombrada”.

O seriado “Scooby-Doo! E convidados” resgata o estilo dos desenhos originais e traz participações de figuras como as cantoras Sia e Halsey e os atores Mark Hamill e Morgan Freeman.

A turma participa da série “Supernatural”, no especial “Scoobynatural”.

“SCOOBY! O Filme” é o primeiro longa de animação da franquia destinado aos cinemas.

Viajando pelos sustos

queexploramumladodivertidamentesombrio.

Um dos elementos mais tradicionais dos filmes assustadores é um local horripilante. Algumas vezes é uma floresta exótica; em outras, uma mansão repleta de seres estranhos. Em “A casa monstro”, conhecemos o enigmático lar de um idoso rabugento. O que o trio de protagonistas dessa animação teme não é uma criatura específica, e sim a própria casa! Será que é seguro se aventurar

“CORALINE E O MUNDO SECRETO”

, esse longa-metragem surpreende logo de cara pelo nível dos detalhes dos cenários e dos bonecos. Os figurinos da protagonista, inclusive, foram tricotados manualmente. Após se mudar com os pais para uma casa antiga e misteriosa, Coraline descobre uma porta que a leva para um mundo paralelo. Lá ela encontra versões alternativas de pessoas de sua vida e acaba ficando cada vez mais tentada a ficar por lá. No entanto, as coisas não são exatamente o que parecem...

já foram retratadas das mais variadas formas na ficção. Uma das mais divertidas, no entanto, é a que vemos nessa comédia da Disney. O tom assombroso toma conta da trama quando três bruxas atrapalhadas retornam à vida após 300 anos aprisionadas por uma magia. musicais, as Irmãs Sanderson precisam

de R.L. Stine já haviam virado filme em “Goosebumps: monstros e arrepios” e, recentemente, deram vida a uma nova série de suspense. “Goosebumps” acompanha um grupo de cinco adolescentes que embarcam em uma jornada para investigar um caso trágico que marcou uma pequena cidade três décadas antes. Os mistérios se entrelaçam com forças sobrenaturais e a revelação de segredos de familiares. A segunda temporada estreia em janeiro de 2025.

Um cineasta peculiar

ÉimpossívelfalarsobreohorripilanteeomacabronocinemasempensaremTimBurton. Ocineastaéconhecidoporincorporaressaestéticanãotãoconvencionalaseusfilmes, mantendooencantodatramaegarantindopersonalidadeaospersonagens. Conheçatrêsfilmesdocineastadominadospeloselementoshorripilantes.

“OS FANTASMAS SE DIVERTEM” (1988)

O terno listrado vestido pelo pirado Beetlejuice ajudou a criar um dos visuais mais icônicos do gênero — e essa é só uma parte do legado que essa comédia espantosa deixou. Na história, um casal apaixonado tem um destino trágico e os dois acabam se tornando fantasmas que assombram a própria casa. Agora eles planejam espantar os novos moradores, mas a tarefa não é fácil e só uma criatura exótica como Beetlejuice pode ajudá-los… ou será que ele é perigoso demais? O clássico ganhou uma continuação este ano.

“FRANKENWEENIE” (2012)

Indicado ao Oscar de Melhor Animação, este filme em preto e branco foi inspirado em uma ideia que Tim Burton já havia adaptado, em 1984, em formato live-action. Dessa vez em stopmotion, mostra o que acontece quando o adorado cachorrinho de um garoto morre e ele tenta trazê-lo à vida novamente por meio de um experimento científico. O título faz referência, assim como a tentativa de reanimar o animal, à tradicional história do monstro de Frankenstein.

“A NOIVA CADÁVER” (2005)

Ambientada no fim do século 19, esta animação em stopmotion é toda imersa no estilo gótico — ela lembra muito, inclusive, outro longa do cineasta, “O estranho mundo de Jack”. Quando Victor Van Dort vai vagar na floresta durante o ensaio do próprio casamento, acaba se casando, sem querer, com a personagem que dá nome ao filme. A noiva cadáver, então, o leva ao Mundo dos Mortos e, em meio a referências a filmes de terror clássicos, nos apresenta a uma infinidade de personagens esquisitos.

Desativação

A astronomia mundial vai perder uma de suas maiores ferramentas da história dentro de poucos anos. A Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), maior construção humana fora da Terra, vai ser desativada em 2031 — o anúncio foi feito pela Nasa, em julho deste ano. A gigante do espaço tem 110 metros de comprimento por 73 metros de largura e 20 metros de altura, o tamanho aproximado de um campo de futebol. Além disso, toda sua estrutura pesa cerca de 450 toneladas. Num primeiro momento, todo mundo que ouve essa notícia fica cheio de perguntas: como isso vai ser feito? Vão deixar essa construção flutuando no espaço? Vai cair alguma parte na Terra? Vai ter outra no lugar? Tem pessoas que trabalham lá? Se sim, como elas vão ser retiradas? As respostas são várias e vamos trazê-las aqui, mas antes precisamos entender a dimensão do feito que a ISS foi para a humanidade e reconhecer sua importância.

A torre da Liga da Justiça

A ISS, um laboratório para o desenvolvimento de estudos nas mais diversas áreas da astronomia, foi construída em uma força conjunta de vários países e, como o nome diz, serve ao mundo, tal qual a torre da Liga da Justiça.

A maior construção humana no espaço começou a ser construída em 1988, num esforço conjunto entre Estados Unidos e Rússia, como um símbolo de aproximação dos países, além de Japão, Canadá e União Europeia. O Brasil também estava entre os colaboradores previstos, mas nunca efetivou esse papel.

A estrutura foi lançada à órbita terrestre em 1998 e começou a receber tripulações

humanas em novembro de 2000. De lá para cá, representantes de mais de 20 países já passaram pelo local – incluindo o Brasil –, com um total de 250 visitantes ao todo (no máximo 13 de cada vez). O recorde de tempo no local é da astronauta Peggy Whinston, que ficou um ano e dez meses no local. Cada viagem até a ISS demora quatro horas, enquanto isso, ela dá a volta em torno da Terra a cada uma hora e meia. A manutenção da estrutura é difícil devido à própria tecnologia utilizada, que tem quase 40 anos de idade. Além disso, há um perigo de perder seu controle e ela cair em um lugar habitado — então está sendo feito um plano de desativação da ISS

da Estação

ESPACiAL iNTERNACioNAl

Como desativar uma gigante

Para deixar de utilizar a ISS, a Nasa preparou um plano de um ano e meio que começará a ser executado em 2030. Aos poucos, mais detalhes estão sendo revelados, mas a possibilidade de subir a Estação e soltálá no espaço foi descartada. Assim, optou-se por uma reentrada controlada no planeta, para evitar que caia em áreas povoadas.

Após a abertura de um processo de seleção com empresas do ramo, a Nasa firmou um contrato de auxílio com a SpaceX no valor de U$ 843 milhões apenas para desenvolver o plano. A parceria é simbólica

sobre a privatização da corrida espacial, algo que sempre foi tido como responsabilidade dos países, sobretudo no período da Guerra Fria.

A SpaceX vai ceder o equipamento, o qual será operado pela Nasa. A ideia é que a última tripulação seja retirada da ISS seis meses antes de sua reentrada. Depois, com uma “nave manobrista” acoplada, será feita a reentrada controlada da gigante na Terra, e seus pedaços vão cair no Sul do oceano Pacífico, a área menos habitada do planeta.

Histórico de contribuições

A mais palpável das contribuições científicas da ISS é assistir ao planeta ao vivo, afinal, há vários canais no YouTube ou em aplicativos que mostram imagens da ISS ao vivo, como o canal afarTV, o qual dá informações de local atual e trajetória da gigante. Uma curiosidade é que, a cada 45 minutos (metade do tempo para percorrer a órbita terrestre) a ISS está do lado escuro da Terra, mas a programação dos canais dão conta de deixar a vista interessante. Nas áreas científicas, diversas pesquisas sobre como a radiação afeta a vida na Terra e os seres humanos são realizadas naquele local. Na área de saúde, engenharia dos alimentos e biologia em geral, o

comportamento de substâncias em espaços de microgravidade são as principais pesquisas provenientes de pesquisas na ISS. Além disso, também olha-se muito para o céu e como as novas descobertas podem afetar a corrida espacial e novas descobertas sobre o cosmos.

Cerca de quatro mil experimentos já foram realizados por lá, com um total de 500 publicações científicas em revistas especializadas. Este papel será agora de outras estações menos imponentes, porém, mais práticas de serem mantidas. Os países continuarão contribuindo entre si, mas sem um símbolo tão poderoso de união como é a ISS. Temos sete anos para nos despedirmos da nossa gigante, então aproveitem.

o fascinante MISTÉRIOS EM TONS DE ROSA:

Lago Hi lli er

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Você já ouviu falar de um lago rosa? Parece algo de um conto de fadas, mas o Lago Hillier, localizado na Austrália, é uma maravilha natural que encanta a todos pela cor impressionante. Vamos mergulhar no mistério desse local e descobrir o que o torna tão especial.

A região foi descoberta em 15 de janeiro de 1802 pelo explorador britânico Matthew Flinders. Durante a expedição para mapear a costa da Austrália, Flinders subiu ao pico mais alto da Ilha Middle e avistou o lago rosa. Ele descreveu a descoberta no seu diário, observando a surpreendente cor da água.

1. Alta salinidade: a elevada concentração de sal no lago desempenha um papel crucial. Esse ambiente extremo permite que os micro-organismos cresçam e prosperem, criando o espetáculo de cores.

2. Dunaliellasalina:essa alga microscópica se desenvolve em ambientes com salinidade alta e produz um pigmento chamado carotenoide, o responsável pela coloração.

Desde então, o lago tem sido objeto de muitos estudos científicos. A coloração diferenciada intrigou os cientistas, que, inicialmente, especularam que poderia ser devido a minerais ou a uma reação química na água. No entanto, pesquisas mais recentes revelaram que a cor rosa é causada por micro-organismos específicos e condições especiais:

O LAGO HILLIER É O ÚNICO NA COR ROSA?

3. Halobacteria: é outro tipo de micro-organismo que também contribui para a cor diferente. Elas contêm pigmentos vermelhos que, combinados com os carotenoides das algas, intensificam a tonalidade rosa da água.

Existem outros lagos rosas ao redor do mundo, cada um com suas características únicas. Confira os dez mais famosos:

Lago Retba (Lac Rose)Senegal

O Lago Retba, também conhecido como Lac Rose, está localizado ao Norte da península de Cabo Verde, no Senegal. Ele é famoso pelas semelhanças com o Lago Hillier e é utilizado na produção de sal.

Lago Masazir (Masazirgol) - Azerbaijão

A coloração do lago pode variar dependendo da estação e das condições climáticas. A produção de sal é uma atividade comum na região, por causa das características do lago.

Lago Pink - Austrália

Ocidental

Além do Lago Hillier, a Austrália também abriga o Lago Pink, localizado perto de Esperance. Esse lago é famoso por sua tonalidade rosa, que pode ser observada durante todo o ano. A cor é mais vibrante quando observada de cima, tornando-o um destino popular para voos panorâmicos.

Lago Dusty Rose - Canadá

A coloração do Lago

Dusty Rose, localizado na Colúmbia Britânica, é resultado dos sedimentos ricos em minerais das montanhas circundantes, que se misturam com a água.

Laguna Colorada - Bolívia

Situado no Altiplano boliviano, a Laguna Colorada é composta por água salgada com tons de vermelho e rosa. A cor vem dos sedimentos e das algas que lá florescem. A lagoa também é um hábitat importante para flamingos andinos.

Importância da preservação dos lagos

A alta salinidade e a presença de micro-organismos específicos criam condições únicas que sustentam formas de vida adaptadas a esses extremos. Esses elementos microscópicos são considerados extremófilos, organismos capazes de sobreviver em condições extremas. Estudá-los pode fornecer insights valiosos sobre a vida em ambientes radicais e até mesmo sobre as possibilidades de vida em outros planetas.

O que acontece se um humano entrar na água?

Primeiramente: se alguém conseguir entrar, não ficará rosa. E mais: não é possível mergulhar no lago. Embora a ideia seja tentadora, a alta concentração de sal torna a água muito densa e desconfortável para nadar. Além disso, para proteger o frágil ecossistema da região, é melhor apreciá-lo de longe.

Hutt Lagoon - Austrália Ocidental

Localizada perto da cidade de Port Gregory, o Hutt Lagoon é outro lago rosa na Austrália Ocidental.

A cor varia do rosa ao vermelho, dependendo da quantidade de luz solar e da concentração de algas Dunaliella salina. O lago é uma atração turística popular e também um local de produção de betacaroteno.

Lago Salin-de-Giraud - França

Na região de Camargue, no Sul da França, encontra-se o Lago Salin-de-Giraud. Assim como os outros, este lago salgado tem áreas que exibem cores rosadas devido à alta concentração de sal e às algas presentes na água.

Lago NatronTanzânia

Conhecido pelas águas alcalinas, tem uma coloração de água que resulta das cianobactérias que prosperam na água salgada. Este lago é também um hábitat crucial para flamingos menores.

Lago Tuz - Turquia

O Lago Tuz, um dos maiores lagos de água salgada da Turquia, exibe uma cor rosada durante o verão.

Lago Quairading - Austrália Ocidental

Também na Austrália

Ocidental, o Lago

Quairading ganha uma tonalidade rosa durante certas épocas do ano.

Esses lagos são exemplos de como a natureza pode criar paisagens extraordinárias por meio de fenômenos naturais únicos. Cada um deles oferece uma experiência visual deslumbrante e destaca a diversidade e a beleza do nosso planeta.

POR Edineia Silva

Mediadora de leitura da EM CAIC Professor Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira

O livro “A botija”, de Clotilde Tavares, é uma obra de inspiração na cultura brasileira, nos mitos e nas histórias do romanceiro popular do Nordeste. Conta a história de um homem por nome Pedro Firmo, de quase 50 anos, que vivia numa fazenda de gado no interior de Minas Gerais, calado e de pouca conversa, baixo, moreno e de pouco riso, um solitário, pois não tinha casado e nem tido filhos. Sua vida era de trabalho, marcada pela solidão.

Pedro Firmo passava o dia trabalhando no pátio da fazenda. Era ele quem fabricava todas as selas, arreios e tudo que era feito de couro e que era usado na fazenda. Seu maior sonho era conhecer Recife, uma cidade que só conhecia de ouvir falar. Em uma noite, quando pitava seu cigarro, decidiu que tornaria seu sonho realidade. Foi assim que Pedro Firmo partiu para uma longa e encantadora aventura…

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

A velhinha que dava nome às coisas Cynthia Rylant

A canção de Monalisa Helena Gomes

polonês Leticia Wierzchowski

A casa na árvore com 13 andares Andy Griffiths e Terry Denton

Cristal

Na era dos deuses antigos, acreditava-se que uma ilha que ficava próxima a Gibraltar — um estreito que liga o mar Mediterrâneo ao Oceano Atlântico, situado entre o extremo Sul da Espanha e o Marrocos — pertencia ao deus grego Poseidon. A população que ali habitava desfrutava de riquezas naturais, de um grande exército e um notável desenvolvimento tecnológico.

Certa vez, Atlântida decidiu desafiar Atenas em diversas guerras por expansão de território, mas foi vencida pela poderosa deusa da sabedoria. Logo após ser derrotada, houve um grande terremoto na ilha que a levou para o fundo do oceano, aniquilando todas as evidências de sua existência. Fim.

Você já ouviu isso antes, certo? Se ainda não conseguiu identificar sobre o que a lenda trata, aqui está a resposta: o reino perdido de Atlântida. Como diz a própria história, não há indícios de que Atlântida tenha realmente existido, mas você sabia que foram achados vestígios de uma cidade na Alemanha que também foi engolida pelas águas, e a história é muito parecida com a que você acabou de ler?

Rungholt era uma cidade próspera durante a Idade Média, conhecida por seu comércio e sua localização estratégica na costa do Mar do Norte. Os habitantes, em sua maioria, eram mercadores e agricultores, que utilizavam diques para proteger as terras férteis dos mares.

A região era economicamente importante, pois as rotas comerciais que passavam por ali conectavam diferentes partes da Europa.

O motivo da destruição daquela região envolve uma combinação de fatores naturais e humanos. A tempestade Grote Mandrenke, também conhecida como a “inundação de São Marcelo”, que devastou a cidade em 1362, foi uma das maiores catástrofes climáticas do período. Ondas gigantescas varreram a costa, com ventos fortíssimos, fazendo com que milhares de pessoas morressem.

A combinação de práticas insustentáveis e falta de planejamento urbano diante das forças naturais fez com que a ilha não resistisse ao impacto. Com o tempo, o local virou uma lenda, muitas vezes chamado de “A Atlântida do Norte”, já que também envolvia mistérios, como o mito de que a cidade teria afundado devido a uma punição divina para corrigir a arrogância da população.

A DESCobERTA

Por séculos, Rungholt foi considerada um mito até que, em 2023, arqueólogos da Universidade de Kiel, na Alemanha, identificaram vestígios submersos que podem ser da antiga cidade. Utilizando tecnologias como sonar de alta resolução e imagens de satélite, os cientistas mapearam o fundo do mar, revelando estruturas antigas, como canais, diques e fundações de edifícios cobertos por lama e sedimentos ao longo dos séculos. Em marés baixas, fragmentos de antigos diques medievais emergiram, oferecendo pistas sobre como a cidade tentava se proteger do Mar do Norte. Além disso, vestígios de cerâmica e ferramentas encontrados no local reforçam a conexão com a cidade medieval.

Estudar os gêneros textuais pode ir muito além do que apenas conhecer estilos diferentes de livros ou de autores. Colocar a mão na massa e produzir o próprio conteúdo é um passo importante para desenvolver a autonomia e se tornar protagonista na aprendizagem — habilidades que os estudantes do quinto ano da Escola Municipal Deputado Lauro Carneiro de Loyola estão adquirindo em um projeto da professora Cláudia Souza Bonfim. Os alunos foram responsáveis por escolher notícias, pesquisar sobre elas, montar o roteiro e partir para a gravação e edição de um jornal. Com base nas notícias atuais, de nível municipal a nacional, os jovens produziram reportagens, fizeram entrevistas e também se tornaram âncoras do programa.

Aponte para o QR Code e confira o “Jornal Pequenos Aprendizes”.

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Além dos conteúdos vistos nos livros, há outro fator que enriquece os ensinamentos adquiridos em sala: as experiências pessoais de cada estudante. Pensando nisso, durante as aulas de Ciências da Natureza, o professor Adilson Vieira, da Escola Municipal de Jovens e Adultos, desenvolveu um projeto em que os alunos pudessem compartilhar os conhecimentos obtidos em suas vidas enquanto conheciam a culinária dos países latinos. Com estudantes de países estrangeiros, como o Haiti, e outras regiões do Brasil, principalmente Norte e Nordeste, o foco foi dividir com os colegas dicas de alimentos típicos e relatar as diferentes maneiras de como cada local consome o mesmo alimento. Os estudantes haitianos, por exemplo, comentaram sobre o uso da banana — por lá, é normal usá-la ainda verde em receitas salgadas. Já no Pará, o açaí é consumido de outras formas em comparação com Joinville. Após esse momento, a turma foi desafiada a gravar um vídeo apresentando seus conhecimentos, utilizando os recursos tecnológicos. A atividade, além de promover um ambiente de estudo mais unido e acolhedor, também ajudou os alunos a se desenvolverem e terem mais segurança ao falar em público.

Foto: EM Deputado Lauro Carneiro de Loyola/Divulgação
Foto: Escola Municipal de Jovens e Adultos/Divulgação

Com diversas mudanças durante o ano, é preciso ficar atento para saber identificar o ciclo lunar. E para facilitar esse processo, as turmas do oitavo ano, da professora Beatriz Maria de Oliveira Torrens, da Escola Municipal Paul Harris, aprenderam sobre as fases da Lua de uma forma diferente: com uma folha de papel, desenhos do Sol e da Terra, os estudantes utilizaram bolachas recheadas para representar os diferentes estágios do satélite natural. Outra conquista dos estudantes da unidade foram as medalhas na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC). Os alunos Gustavo Ryan Adão, Henrique Krüger e Tiago Schattschneider Goll garantiram a prata, o bronze ficou com Bernardo Marques Santos. Thaynara Rios de Oliveira Bachio, Carolina Redivo Fragoso, Gabriel Cordeiro Bosse e Maria Heloísa Kruger ficaram com a menção honrosa. Outra unidade que também tem alunos na lista de vencedores é a Escola Municipal Pastor Hans Müller — Caroline Pimentel da Silva e Maria Cecília da Silva Santana receberam a prata; Mateus da Silva Brummer e Tarsila Boniolo Kiam com o bronze; e as menções honrosas foram para Miguel Michalovicz, Valéria Conaco Hammes, Jonathan Edwards Brikalski de Souza, Lilian Felacio Malinsky e Luan Pacheco.

Aprender com um livro é muito mais do que apenas conhecer novas histórias. Na Escola Municipal Valentim João da Rocha, os estudantes dos sétimos anos produziram cartões-postais após lerem a obra “Malala, a menina que queria ir para a escola”, de Adriana Carranca, momento em que puderam saber mais sobre a protagonista e a história do seu país natal. O trabalho de literatura foi organizado pelos professores Francine Rengel e Duarte. Para criar, os alunos escolheram um personagem ou um cenário para desenhar no papel e descrevê-lo ao lado. Com as peças prontas, as turmas trocaram os cartões entre si.

Fotos:
EM Paul Harris/Divulgação
Fotos: EM Valentim
João da Rocha /Divulgação

EM Amador Aguiar Ulysses Guimarães

As turmas dos terceiros anos, da professora Daiane Menegaro,

Em duplas, os estudantes utilizaram papelão e tampas de participaram de uma atividade que une o mundo da arte com garrafas para confeccionar as paletas em que seriam colocadas a sustentabilidade: a construção de pinturas em tela com as tintas, como um suporte da pintura. A arrecadação materiais recicláveis Inspirados nas obras do artista Joan dos materiais foi feita pelos alunos e pela professora Miró, a base do exercício foram os elementos visuais, como linhas, formas geométricas e cores

Por meio das peças do kit Atto, as turmas do terceiro ano, EM Valentim João da Rocha Vila Nova da professora Lúcia Freire da Silva Guimarães, estudaram os invertebrados Após pesquisas em revistas, cada aluno escolheu um ser para analisar, observando as características e classificações, fez uma apresentação oral e construiu uma maquete do bichinho

Pelo segundo ano seguido, o projeto “Muros que formam

EM Pauline Parucker Boehmerwald pontes” vem conquistando a comunidade escolar da unidade Estudantes do primeiro ao nono ano participam das pinturas tanto no interior quanto no exterior da escola, As pinturas de árvores, flores e animais da Mata Atlântica estão trazendo mais cor e alegria para alunos, funcionários e familiares expostas na “Galeria florestal” A ideia é identificar os bichos para Neste ano, o tema escolhido foi “Floresta encantada” que professores de diferentes turmas possam utilizar o muro da unidade como ferramenta de estudo

UM PRESENTE DADO PELO TEMPO

Não nos percamos de nós mesmos quando a experiência de vida nos presentear. E que o brilho e a alegria de viver não nos deixem de acompanhar.

Ainda que se sentires sozinho, tenha fé, a vida é, sim, uma só, não a deixe escapar; se permita buscar, ao som de lindas músicas e boas lembranças, mil razões para sorrir vendo o tempo passar.

Contemplar o belo é uma tarefa fácil, deixe-se levar e caminhe até aqui, é longo o trajeto, mas garanto, valerá a pena chegar.

Os frutos que ficaram no caminho, outros hão de colher, espero que com a sabedoria de poder compartilhar; Tudo que plantei foi pensando na boa colheita que um dia haveria de ganhar, Por isso não desperdice a riqueza que alguém suou para lhe deixar.

Não esqueça que, antes de nós, outros nos antecederam E outras dificuldades tiveram de enfrentar.

Sua luta não é só sua, se souberes semear por todo o terreno fértil da vida pelo qual terá de passar.

Coisas boas, certeza, irão lhe acompanhar e o compensarão, não sem perdas ou sacrifícios em todo campo de batalha que precisar enfrentar.

Então aos mais jovens digo: valorizem os cabelos brancos que indicam um aprendizado marcado pelo tempo. Doem-se um pouco hoje por aqueles que marcaram seu passado, pensando no seu futuro em lutas e pensamentos.

POR Celestre Silva
Biblioteca Pública Municipal Prefeito Rolf Colin

MISSÃOAPOLLO11

A foto registrou o momento histórico em que o astronauta Edwin “Buzz” Aldrin caminha pela Lua, em 20 de julho de 1969. Este marco da humanidade foi possível devido à missão Apollo 11, lançada pela Nasa. O primeiro homem a pisar no satélite natural foi Neil Armstrong, que proferiu a icônica frase: “Este é um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade”.

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QUEDA DO MURO DE BERLIM

Construído em 1961, o Muro de Berlim dividiu a Alemanha por quase 30 anos, simbolizando a separação entre os mundos capitalista e socialista. A combinação de fatores sociais, políticos e econômicos no final da Guerra Fria, juntamente com o anseio dos alemães por liberdade e melhores condições de vida, levou à queda da estrutura em 9 de novembro de 1989.

1ªCERIMÔNIADOSJOGOSOLÍMPICOSMODERNOS

Após mais de mil anos de pausa, os Jogos Olímpicos voltaram em 6 de abril de 1896, em Atenas. O evento aconteceu após dois anos da fundação do Comitê Olímpico Internacional, por Pierre de Coubertin. Estavam presentes cerca de 200 atletas de 14 países.

PRIMEIRO COMPUTADOR 14-BIS

Em 1946, surgiu um novo equipamento que mudaria o mundo para sempre: o computador. O Electronic Numerical Integrator and Computer, ou apenas Eniac, foi revelado ao público no dia 14 de fevereiro — o aparelho pesava 30 toneladas e ocupava um espaço de 180 m² de área construída.

O brasileiro pioneiro Alberto Santos Dumont deixou seu legado na história com o lançamento do 14-Bis, um biplano com duas asas sobrepostas, que viabilizou o primeiro voo de um avião mais pesado que o ar, sem força externa. Em 23 de outubro de 1906, na França, a aeronave percorreu 60 metros a uma altura de dois metros do solo, tornando-se um marco na aviação.

PLANO DE FUNDO DO WINDOWS

Nos anos 2000, uma simples imagem de um campo verdejante e um céu azul virou um ícone na era digital ao se tornar o papel de parede padrão do Windows XP. Apesar de muitas pessoas acreditarem que a foto era apenas uma ilustração, a captura é de um lugar real e carrega uma história interessante.

O fotógrafo americano Charles O’Rear, em 1996, estava a caminho da casa de sua namorada na Califórnia quando passou por uma estrada sinuosa na região de Sonoma County e decidiu parar para registrar a bela paisagem.

Após a venda da foto, chamada de Bliss (felicidade, em português), para a agência Corbis, a empresa Microsoft obteve a licença da imagem e a tornou o plano de fundo do sistema. Outra curiosidade é que o local se tornou um ponto turístico, com pessoas de todo mundo indo conhecer pessoalmente o cenário que tanto viram pela tela do computador.

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