As férias terminaram e chegou a hora de reencontrar amigos e professores e retomar os estudos. O começo do ano letivo traz desafios, mas também muitas oportunidades para aprender, crescer e se surpreender!
A educação segue como grande protagonista, com projetos que incentivam a leitura, exploram a biodiversidade ao redor das escolas e mostram como a matemática pode ser aplicada no dia a dia. Também celebramos alunos que se destacaram em competições esportivas e acadêmicas, além de iniciativas que promovem a alfabetização e o uso da tecnologia na aprendizagem.
E, claro, não poderia faltar cultura e diversão! Vamos relembrar filmes sobre amizades escolares e explorar feitos incríveis de adolescentes em todo o mundo. Que este seja um ano de muitas descobertas, desafios vencidos e momentos inesquecíveis!
Boa leitura e um ótimo retorno às aulas!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
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Ajude o estudante a encontrar o
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Confira as respostas na página 43.
SPOILER
A garota de treze
DIÁRIO
ESCOLAR
Meio ambiente e educação: dicas para ter uma rotina mais sustentável
CONHECIMENTOS
GERAIS
Matemática no dia a dia: como usar as contas para organizar seus estudos
CULTURA
Estudantes transformam consciência negra em arte
NOTÍCIAS DAS ESCOLAS
BRINCADEIRA
Imaginação sem limites
CAPA
De volta aos estudos
CULTURA
POP
Amigo, estou aqui
WI-FI
Você tem uma biblioteca no seu bolso; saiba como procurar
NOSSO
PLANETA
Há biodiversidade ao redor da sua escola? Conheça sobre fauna e flora local
COMO FUNCIONA?
Leitura e estudo descomplicados: estratégias para aprender melhor
VOCÊ SABIA?
5 estudantes que fizeram história
GALERIAS
SAIDEIRA
Colônia de férias
DIVERSÃO
Ajude o estudante a encontrar o caminho para a escola
A degarota treze
POR GILMARA CHRISTIANE RHENIUS
Supervisora escolar da CEM Professora Badia de Faria
O livro “A garota de treze”, escrito por Lilian Reis, é uma obra cativante que explora o universo adolescente de maneira envolvente e reflexiva. A história acompanha uma jovem de 13 anos, que lida com as descobertas e desafios típicos dessa fase, como as amizades, os primeiros amores e os conflitos familiares. Com uma narrativa que mistura leveza e profundidade, o livro provoca reflexões sobre identidade, autoconhecimento e transições emocionais do crescimento. O enredo vai muito além das situações cotidianas, oferecendo um olhar sincero sobre os dilemas e inseguranças de quem está entrando na adolescência.
O mistério e a tensão que permeiam a história tornam a leitura ainda mais empolgante. Desde o início, o leitor é atraído por acontecimentos inesperados que fazem a trama seguir com uma dose de suspense. A cada capítulo, os segredos da protagonista vão sendo revelados, e o enredo vai ganhando novos contornos, deixando o leitor curioso para descobrir o que vai acontecer. As reviravoltas da história tornam o livro uma leitura instigante, perfeita para quem adora uma narrativa cheia de surpresas e questões emocionais.
Além de ser uma história emocionante, “A garota de treze” também aborda a importância da amizade e da empatia, temas com os quais muitos adolescentes se identificarão. Lilian Reis sabe como tratar esses assuntos de maneira acessível, fazendo com que o livro dialogue diretamente com as experiências do público jovem. A protagonista enfrenta decisões difíceis, que, embora pareçam simples à primeira vista, têm um grande impacto no seu crescimento pessoal, o que faz com que sua jornada seja extremamente identificável para qualquer jovem leitor.
Para adolescentes de 14 anos, essa obra é uma excelente escolha de leitura, pois mistura mistério, drama e reflexões importantes sobre a autodescoberta. A escrita de Lilian Reis é envolvente e cheia de personagens reais, que representam as questões e emoções do cotidiano. Se você está à procura de um livro que combina diversão e aprendizado, “A garota de treze” é uma escolha perfeita.
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
Casa dos sentimentos
Nana Toledo
Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban J. K. Rowling
O quintal da minha casa
Fernando Nuno
E esse meu coração C.C. Hunter
Matemática n dia a dia:
como usar as contas para organizar seus estudos
POR REDAÇÃO ITS TEENS
A matemática está presente em tudo, até mesmo na hora de planejar os estudos e gerenciar o tempo. Embora muitas pessoas pensem que as contas servem apenas para resolver problemas na escola, a verdade é que elas podem ser suas melhores aliadas para organizar a rotina e aproveitar melhor cada momento. Vamos ver como usá-las de forma prática e simples no dia a dia?
Os estudantes aprenderam a aplicar noções matemáticas no cotidiano
Calculando prioridades
Nem todos os assuntos ou tarefas têm o mesmo peso na sua rotina. Para definir quais merecem mais atenção, você pode fazer uma classificação simples:
1. Liste tudo o que precisa fazer.
2. Dê uma nota de um a dez para cada tarefa, avaliando urgência e importância.
3. Priorize as atividades com notas mais altas.
Agora aplique um cálculo básico. Se você tem cinco tarefas e apenas três horas disponíveis, divida o tempo proporcionalmente. Por exemplo, se uma tarefa recebeu nota dez e outra nota cinco, a primeira deve receber o dobro do tempo da segunda. Assim você garante que está usando as horas disponíveis no que realmente importa.
Criando metas de estudo com progressão
Outra maneira de aplicar a matemática é dividir um grande objetivo em metas menores e mais simples de alcançar. Suponha que você precise estudar 300 páginas em 15 dias. Dividindo o total pelo número de dias, dá para perceber que precisa ler 20 páginas por dia.
Se 20 páginas parecem muito, você pode dividir isso em quatro sessões de cinco páginas, espaçadas ao longo do dia. Essa fragmentação não só facilita a execução, mas também ajuda a manter a concentração e evitar sobrecarga.
Otimizando com regra de três
Se você quiser melhorar sua eficiência, a regra de três é uma ferramenta poderosa. Por exemplo, se você perceber que leva duas horas para resolver dez exercícios de matemática, mas precisa resolver 30 até amanhã, use uma proporção para calcular quanto tempo vai gastar:
Se dez exercícios = duas horas, então 30 exercícios = X horas.
Fazendo a conta, descobre que precisará de seis horas. Esse tipo de projeto ajuda a planejar o tempo e evita surpresas.
Evitando estresse com pausas calculadas
A matemática também pode ser útil para manter o equilíbrio. Estudos mostram que intervalos regulares aumentam a produtividade. Use a técnica Pomodoro, por exemplo: 25 minutos de foco total seguidos de cinco minutos de pausa. Em duas horas, você terá feito quatro blocos de trabalho e ainda aproveitou 20 minutos para relaxar. Fazer essas contas simples ajuda a evitar o cansaço e a melhorar o desempenho.
Matemática em todos os lugares
A professora Josimére de Borba, do Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Maria de Lourdes Antunes encontrou uma forma criativa e envolvente de mostrar aos alunos que a matemática está presente em quase tudo ao nosso redor. Escolhendo o supermercado como cenário de uma atividade prática, ela conseguiu transformar conceitos abstratos em ferramentas úteis para o cotidiano. O ambiente, sonoro e cheio de informações, mostrou-se ideal para estimular a aprendizagem e destacar o impacto dos números no cotidiano.
Durante a atividade, os alunos do quarto ano participaram de tarefas com cálculos mentais, arredondamento de valores, comparação de preços, leitura de rótulos, medição de massa e trabalho com números decimais. Com uma meta clara, eles calcularam os gastos para fazer as compras, tornando o aprendizado direto e funcional.
Os estudantes aprenderam conceitos de economia ao lidar com orçamentos, aplicaram conhecimentos de geografia para entender a origem dos produtos, exploraram noções de ciências na análise de rótulos e até refletiram sobre valores de convivência e generosidade ao comprarem presentes para o “Amigo doce”.
A professora acredita que esse tipo de atividade tem o poder de tornar a matemática mais interessante e concreta. “Ao envolver os alunos, as atividades, como as desenvolvidas durante esse processo, deixam de ser vistas como algo abstrato e passam a ser uma ferramenta útil para resolver problemas do dia a dia”, afirma a profissional.
Durante a visita ao supermercado, os alunos compararam preços, fizeram a leitura de rótulos e a medição de massa
ESTUDANTES TRANSFORMAM
PRODUÇÃO DOS ALUNOS FOI UTILIZADA EM EXPOSIÇÃO NO PAÇO DA PREFEITURA; O FOCO ERA TRABALHAR HABILIDADES MANUAIS E O CONHECIMENTO NO TEMA
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Isabely Patricia Pereira Cavalgante
Raissa Almeida Lima
Tirar do papel aquilo que está na lei e que coordena o ensino é uma das missões dos professores. Com foco na diversidade e naquilo que pode ser abordado em sala de aula, o planejamento de cada encontro é fundamental para que as informações sejam compartilhadas, trabalhando a aprendizagem e a conscientização. Exemplo disso foi a atividade coordenada pela professora de Artes Cristina Maria Rosa, da Escola Municipal Professora Maria Ivone Muller dos Santos.
Por lá, os estudantes do sexto ao nono ano participaram de uma proposta que tinha como objetivo trabalhar a consciência negra a partir de pinturas, desenhos, produção textual e pesquisas sobre personalidades marcantes. “O objetivo era apresentar, por meio das artes visuais, a ancestralidade e a contemporaneidade da sobrevivência do povo brasileiro e do trabalhador, em sua maioria descendentes de negros e negras escravizados”, pontua a profissional.
Um costume da unidade é expor internamente os trabalhos que são produzidos pelos alunos — nesse caso, a gestão da escola teve a ideia de fazer uma exposição geral, que teve como palco o paço da Prefeitura Municipal de Navegantes. Durante a produção, a professora elenca ensinamentos que transcendem as páginas dos livros. “Experimentar temas que dialoguem com a vida contemporânea, analisar aspectos socioculturais na produção artística, refletir sobre a importância da cultura negra na sociedade brasileira e valorizar a cultura afrodescendente, bem como a história de resistência contra o racismo”, explica.
A profissional reforça a importância de apresentar na escola aquilo que está previsto na Lei 10.639/2003 — que estabelece as bases da educação nacional e inclui a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira — e comenta que a pintura pode estimular habilidades motoras e o respeito às diferenças.
Da teoria à prática
A Lei 10.639/2003 tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, colocando em sala de aula assuntos capazes de unir a trajetória do país e aspectos que são importantes para a pluralidade e a igualdade. Além da legislação, há o mês de novembro, período destinado ao tema, momento que foi utilizado pela instituição para incentivar a produção entre as turmas. Para Cristina, essa foi a oportunidade de demonstrar como os trabalhos desenvolvidos na educação podem unir os profissionais e estudantes. “Promover uma atividade para falar sobre branquitude e o papel das pessoas brancas na luta antirracista é fundamental para entender que essa é uma questão que diz respeito a todos, não apenas às pessoas negras”, finaliza a professora.
As pinturas foram desenvolvidas com base nos elementos da cultura africana
Cristina Maria Rosa
Jenifer Emily Theiss
Navegantes
é
premiada com o ouro no Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização
Escola estimula curiosidade e expressão de crianças em projeto musical
A educação de Navegantes está em festa: o município foi classificado com o ouro no Selo Nacional do Compromisso com a Alfabetização. A iniciativa, promovida pelo Ministério da Educação, reconhece o trabalho na alfabetização realizado ao longo do ano passado, desde o nível municipal até o estadual. Para confirmar os resultados alcançados em 2024, foram enviados documentos comprobatórios — Navegantes totalizou 90 pontos e conquistou o selo de ouro.
Curso capacita profissionais em técnicas de resolução de conflitos
Em dezembro, 18 servidoras municipais foram certificadas como facilitadoras no curso “Formação para Facilitadores de Justiça Restaurativa com Foco nas Práticas Restaurativas: Círculos de Construção de Paz para Situações Menos Complexas e Conferências Restaurativas”. Promovido pela Secretaria de Educação em parceria com a Ordem de Advogados do Brasil, Câmara de Vereadores de Navegantes e o Ministério Público de Santa Catarina, o treinamento ensinou as profissionais a utilizarem técnicas de resolução de conflitos baseadas no diálogo e na empatia, valorizando a criatividade e a sensibilidade.
Com o objetivo de mostrar a importância da música como uma ferramenta de aprendizado, o Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Maria Regina Gazaniga da Costa criou o projeto “Arte Musical: Na Trilha Sonora”. Reunindo todas as turmas do primeiro ao quinto ano, as crianças participaram da apresentação “Na trilha sonora de filmes animados”, no Centro Integrado da Cultura de Navegantes. Músicas de obras como “Moana”, “Trolls”, “Viva - A vida é uma festa” e “Madagascar” foram encenadas.
O projeto tem o propósito de utilizar os ritmos musicais no desenvolvimento pessoal e físico dos pequenos, que podem ter sua curiosidade aguçada e a capacidade de expressão em diferentes formas estimulada.
Foto: CEM
Professora Maria Regina Gazaniga da Costa/Divulgação
Para celebrar os estudantes que se destacaram durante 2024 em competições de esporte, a Escola Municipal Professora Elsir Bernadete Gaya Müller promoveu, pelo oitavo ano consecutivo, a “Homenagem aos atletas do ano”. A iniciativa foi desenvolvida pelo professor Américo Duarte Medina, que conta com o apoio da professora de Educação Física Francieli Caroline Cabral para reforçar o compromisso da unidade em incentivar o desenvolvimento esportivo dos alunos.
Alguns desses atletas evidenciados brilharam no paradesporto. Com treinos na unidade nas aulas de sexta-feira, voltadas para crianças com deficiência, os alunos participaram de torneios municipais e estaduais. A noite de honraria, que contou com a presença da comunidade escolar e gestores do município, também enalteceu as conquistas dos estudantes que participam de olimpíadas de diferentes componentes curriculares, como Matemática e Língua Portuguesa, e do Projeto Veolia, assim como os que se sobressaíram no ano letivo.
Estudantes e professores avaliam resultados do projeto RoboGarden
Escola enaltece estudantes que se destacaram no esporte
e na sala de aula
Alunos se formam no programa “Estudante cidadão”
Com o objetivo de ensinar práticas de cidadania e respeito, o Programa Estudante Cidadão formou 420 alunos de Navegantes. O projeto é realizado pela Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) em parceria com as unidades escolares.
A escola selecionada para receber o programa foi o Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Giovana Soares da Cunha. Por lá, crianças do segundo ao quinto ano participam de atividades interativas promovidas pelos policiais militares.
O projeto RoboGarden movimentou algumas unidades escolares em 2024 e, para apresentar o relatório e a avaliação das atividades, foi feita uma reunião online com estudantes e professores das escolas municipais
Professora Elsir Bernadete Gaya Müller, Professora Maria Ivone Muller dos Santos, Professora Rosa Maria Xavier de Araújo e o Centro Educacional Professora Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC.
O momento foi uma oportunidade para os participantes trocarem experiências e opiniões sobre a plataforma, além de compartilharem os conhecimentos e habilidades adquiridos ao longo do projeto.
Foto: EM Professora Elsir Bernadete Gaya Müller/Divulgação
Foto:
Foto: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação
Imaginação sem limites
A diversão tem sido o instrumento de uma nova forma de aprendizado; veja como crianças estão recriando brinquedos com itens do dia a dia
POR ANA CAROLINE ARJONAS
A estrutura da escola passou por mudanças para tornar o ambiente mais lúdico para os pequenos
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR
POR AQUI:
turmas exploram a criatividade com brinquedos não estruturados.
Tempo de leitura: 5 minutos
Na unidade, a preservação do meio ambiente é um tópico incentivado desde a infância
Fotos: CMEI
Professora Maria
das Neves Emílio/Divulgação
É nos primeiros anos de vida que descobrimos a importância da brincadeira e como a diversão pode ser importante para conhecermos novos amigos e socializar. Isso porque é nessa fase que quase todos os itens podem ser utilizados como brinquedos, como aquela garrafa pet que já não tinha uso ou as conchas da praia, que ganham uma nova funcionalidade — sem contar a alegria de caminhar pela areia procurando pela cor ou formato ideal.
Essa mágica de enxergar que diversos objetos podem ganhar uma nova vida é um dos diferenciais no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI)
Professora Maria das Neves Emílio. Por lá, a ideia de mostrar outras possibilidades de entretenimento para os pequenos surgiu a partir de conversas entre as profissionais, que compreenderam que a brincadeira é uma das características da infância. “É a forma natural da criança se expressar, interagir e construir novos conhecimentos e habilidades”, diz a ex-diretora Débora Schneider.
Para incentivar os alunos a utilizarem os brinquedos não estruturados — nome dado às criações que têm como base objetos do dia a dia — e inserir a turma em um ambiente recreativo, foram colocados painéis interativos, pinturas coloridas e divertidas, casinhas, decoração no teto do hall, minipomar, horta comunitária e jardim florido. “Internalizamos que do portão para dentro tudo precisa envolver brincadeira, tudo precisa ser um convite ao brincar. Portanto, os espaços precisaram ser repensados e reprogramados para acolher esta nova perspectiva de Educação Infantil”, fala Débora.
Além do divertimento, a mudança também tem como objetivo estimular a imaginação e explorar novas possibilidades, uma proposta que já está sendo compartilhada com as 115 crianças da unidade. “É tornar os espaços mais educativos, interativos e atrativos, envolvendo as crianças de modo que desenvolvam o senso de cuidado e pertencimento, além de possibilitar o amplo desenvolvimento dos pequenos”, enfatiza a profissional.
Para Débora, que acompanhou de perto a evolução dos grupos, foi possível observar as capacidades que estão sendo trabalhadas. “Elas aprendem a conviver e socializar entre pares e adultos, têm sua criatividade estimulada através das inúmeras possibilidades de brincar, desenvolvem o senso crítico, de pertencimento e de responsabilidade, além de aprender novas habilidades por meio das propostas planejadas e desenvolvidas.”
As pinturas e desenhos estimulam a imaginação e criatividade
O cuidado com o minipomar faz parte do dia a dia das crianças
AMIGOS DA SUSTENTABILIDADE
Além das novas possibilidades quando o assunto é a diversão, as crianças também estão aprendendo que é possível contribuir com a preservação do meio ambiente, transformando aquilo que seria jogado no lixo em algo que pode ser compartilhado na unidade. “Ao reutilizar materiais que seriam facilmente descartados, podendo trazer prejuízos à preservação da natureza, incentivamos o cuidado com o meio ambiente, além de estimular a criatividade e ampliar as habilidades de resolução de problemas”, finaliza a ex-diretora. Vale destacar que o ato de brincar é previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil.
Fotos: Bruno Golembiewski
Os primeiros dias do ano são marcados pelas férias, período em que os estudantes aproveitam para descansar, brincar e conhecer novos hobbies. Entretanto, a volta à rotina demanda empenho e dedicação, já que é preciso adequar os horários, as responsabilidades e as novidades que serão aprendidas ao longo do ano letivo.
Mas se engana quem pensa que o momento não é satisfatório para os estudantes. No Centro Educacional Municipal (CEM) Professora Clarinda Maria Gaya, o retorno às aulas foi marcado pela empolgação dos pequenos, que foram recebidos com a unidade decorada e pensada de acordo com as necessidades de cada faixa etária.
No caso de Enzo Budak da Silva, 7, do segundo ano, voltar à sala de aula é a oportunidade de aprender e fazer novos amigos. Lembrando da interação que foi feita com a professora no primeiro dia, que consistia em brincadeiras, ele usa o tempo na unidade como oportunidade para praticar aquilo que gosta: desenhar. “Quando tem alguma atividade que precisa pintar ou desenhar, sempre elogiam meu desenho”, comenta o menino.
Alguns aproveitaram os dias para viajar e conhecer novos lugares, como Luiza Thomaz, 7, segundo ano, que descobriu novas paisagens e curtiu os momentos na piscina. Para ela, o retorno à unidade também foi um momento de alegria, marcado pela brincadeira da mímica — Luiza foi a responsável por dar vida ao elefante.
Já para Heloisa Jorge dos Santos, 7, segundo ano, que aproveitou os dias em casa para praticar a leitura e a escrita, o regresso à sala de aula foi marcado pela interação com o grupo. “Quando eu crescer, vou virar médica. Estou ansiosa para estudar.”
Gustavo Silva Pereira e Lucas da Costa aproveitam a explicação da professora para participar da aula
Organização interna
Para preparar uma experiência que fosse significativa para os pequenos, os profissionais da Rede Municipal voltaram de férias na primeira semana de fevereiro. O tempo antes da liberação das crianças foi focado em fazer do ambiente escolar um local que fosse prazeroso e pudesse impulsionar a educação. “Nós organizamos as salas e os ambientes, pensando com carinho no acolhimento, tanto das crianças que vêm de outras unidades escolares quanto daquelas que já são nossas e estão avançando para a próxima fase. Os professores também tiveram um momento para preparar o ambiente, a sala, o planejamento e a recepção, além de participarem de uma formação”, conta a diretora adjunta Carollyne Nizer Cunha.
Para o ano letivo de 2025, as salas foram pensadas em tornar o ambiente ainda mais acolhedor e com menos estímulos, focando na atenção dos pequenos. “Um espaço mais harmônico, que passe essa tranquilidade, esse acolhimento para as crianças dentro do lúdico, do colorido que é a Educação Infantil.”
Além do cuidado com os estudantes, os primeiros dias na escola foram destinados ao atendimento aos pais, momento em que os responsáveis aproveitaram para conhecer os ambiente e os profissionais, ação que reforça o laço entre a escola e comunidade. “A família precisa ter essa confiança para deixar a criança conosco, precisa se sentir acolhida, precisa ter esse amparo, sentir essa base. Então eu acredito que acolher as famílias seja muito importante. Eu, como mãe, ficaria tranquila e feliz deixando meu filho numa escola onde eu conheço a gestão”, conta a responsável.
Na visão dos professores, que se preparam para mais um ano letivo, o desejo é de que as turmas aprendam compartilhando experiências. “O que um professor espera para um ano letivo é uma oportunidade de fazer a diferença na vida de cada criança. Em cada planejamento, é possível perceber o cuidado, o zelo e o compromisso dedicado ao ensino. Tudo é feito e pensado com carinho, refletindo o quanto o professor faz para o aluno”, comenta Carollyne.
Fotos: Bruno Golembiewski
Enzo Budak e Maythê Heloísa mostram o primeiro desenho da volta às aulas
Como se preparar para 2025?
Para que o ano seja aquilo que os pequenos e os profissionais esperam, é preciso compreender que alguns processos são essenciais para melhorar o desempenho dos estudantes e a presença em sala. Segundo a psicóloga Gabrieli Waterkemper de Lima, os pais também têm uma missão importante no retorno às aulas, já que é necessário que os responsáveis compreendam os anseios dos alunos, conhecendo o local junto com os filhos e questionando como eles se sentem.
Outro ponto abordado pela especialista é que a adequação à rotina pode ser algo gradual. “O principal é essa adaptação do horário, das questões de organização da semana. Essa parte é mais difícil.”
Em casos de estresse e ansiedade, por exemplo, a profissional destaca técnicas de respiração que podem auxiliar, diminuindo a tensão. É importante reforçar que o estudante precisa se sentir seguro para compartilhar as dificuldades e fases com aqueles que estão ao redor, e alguns sinais devem ser percebidos pelos responsáveis e profissionais. “Não querer ficar no colégio, ficar estressado ao chegar na escola ou ter algum sintoma de ansiedade quando se fala no retorno às aulas, até na hora da compra do material”, pontua Gabrieli.
Cada contato com os pequenos pode ser importante para mostrar que o retorno às aulas é uma oportunidade para evidenciar o aprendizado e a socialização, por isso é essencial que os profissionais façam dos primeiros dias uma vivência positiva para a turma. “Quando os professores pedem para se apresentar, fazer isso de forma lúdica, para que todo mundo se apresente e fale um pouquinho sobre si, para que o aluno novo não se sinta o ‘centro das atenções’. Manter o canal aberto caso o adolescente ou a criança se sinta desconfortável também pode ajudar nesse período de adaptação, a direção manter uma porta aberta para que o aluno consiga dialogar”, finaliza a psicóloga.
Valentina Tavares aproveita a aula para desenvolver o desenho e a pintura
Fotos: Bruno Golembiewski
A turma do segundo ano está preparada para os novos desafios do retorno à sala de aula
A m i g o, estou aqui
Conheça filmes e séries que retratam amizades formadas na escola e trazem lições sobre essas relações especiais
POR GUSTAVO BRUNING
Novos conteúdos, projetos e desafios. Mais um ano escolar começou e, junto com ele, experiências inéditas estão por vir. A cada fase, o aprendizado vai ficando mais robusto, as lições se tornam mais avançadas e as explicações dos professores trazem cada vez mais ramificações. É como uma longa franquia de filmes, com o personagem principal (você, no caso) desbravando as aventuras e se desenvolvendo a cada nova produção. Em meio às novidades — de professores que estão chegando a novos componentes curriculares —, algo não pode ficar de lado: as amizades na escola. Os seus colegas são aqueles que estarão com você até o último dia de aula, passando por situações parecidas e se esforçando para absorver o conhecimento e se dar bem nas provas. Essas boas parcerias, assim como vemos em uma equipe de super-heróis ou entre os integrantes de uma banda, só tendem a potencializar o melhor de cada um.
Confira sete filmes e séries com amizades que prosperam no ambiente escolar!
Juntos somos mais fortes
Quando falamos em melhor amigo, geralmente tentamos pensar em uma pessoa específica, aquela com quem costumamos fazer dupla ou para quem contamos uma novidade primeiro. No entanto, nada impede que você tenha vários melhores amigos.
É esse o caso da turma de “Hora do recreio”, um desenho cujo protagonista, T.J. Detweiler, tem cinco colegas mais que especiais — todos com a mesma importância e que se complementam. É na escola Third Street que essa galera enfrenta o bullying, guerras de comida, mudanças e os mistérios dessa fase curiosa. O coletivo é colocado à prova em um longa-metragem de 2001, quando o grupo precisa abandonar as férias para salvar a escola.
“Hora do recreio” (1997)
Referências diferentes
A escola é uma verdadeira janela para o mundo, não apenas com o aprendizado das matérias, mas também possibilitando que conheçamos colegas com os mais diferentes estilos, gostos e perfis. Não há nada mais legal do que fazer amizade com aqueles que trazem referências distintas das nossas, pois só assim descobrimos o que é conviver com o diferente e ampliamos a nossa visão da realidade.
Todos lembram de Rony e Hermione quando se trata de amigos leais no universo de Harry Potter, mas é importante também reconhecer aqueles personagens secundários que realçam diferentes aspectos da amizade. A excêntrica Luna Lovegood, que conhecemos em “Harry Potter e a ordem da fênix”, formou um elo com o herói e foi crucial para descobrirmos mais sobre as Relíquias da Morte. Já os irreverentes gêmeos Fred e Jorge Weasley o agraciaram com o Mapa do Maroto e lutaram com a turma até a batalha final.
“Harry Potter e a ordem da fênix” (2007)
Dividindo o holofote
Tudo bem se você não se sentir totalmente à vontade em um ambiente com o qual não está acostumado — se você é novo na turma, provavelmente sabe o que isso significa. A adaptação à nova escola ou cidade é só uma fase e, quando você perceber o que há de melhor nesses cenários, as coisas vão progredir.
Em “Brilhante Victória”, vemos o que acontece quando uma garota cai de cabeça em uma escola de artes de Hollywood. Ela precisa aprender a lidar com a pressão de colocar os talentos à mostra e se esforçar para se tornar a grande artista que sonha ser. Tudo isso só dá certo graças às amizades que ela faz por lá, incluindo colegas talentosos que compartilham com ela o momento de brilhar.
“Brilhante Victória” (2010)
Reviravoltas do caminho
Spoiler da vida: as amizades continuarão sendo essenciais no Ensino Médio e na faculdade. Assim como na escola, as conexões mais incríveis, muitas vezes, podem não começar com as duas pessoas totalmente alinhadas. Não se surpreenda se, eventualmente, você reparar que está virando melhor amigo de um colega com quem não tinha tanta afinidade.
É como vemos em “Universidade Monstros”, quando Mike e Sulley se encontram pela primeira vez e passam por uma fase de estranhamento. Com o tempo, ambos conseguem enxergar um ao outro de maneira mais empática e respeitosa, desenvolvendo uma ligação que perdura em “Monstros S.A.” e “Monstros no trabalho”.
“Universidade Monstros” (2013)
Conselhos compartilharpara
Ao mesmo tempo em que só aprendemos realmente a lidar com situações cabulosas quando temos que enfrentá-las, é sempre bom ouvir conselhos de quem já passou por tais vivências. Isso pode vir na forma de rodas de conversa com colegas ou um bom papo com um professor.
Na série “Manual de sobrevivência escolar do Ned”, o protagonista não cansa de dar dicas e apresentar maneiras para encarar com coragem e bom humor os acontecimentos inesperados do mundo escolar. Além de manter o foco, a técnica e a sinceridade, é preciso da colaboração dos amigos para encontrar formas de se divertir nos momentos mais penosos dessa jornada.
“Manual de sobrevivência escolar do Ned” (2004)
Em fase de descobertas
Enquanto algumas coisas podem ser muito claras na nossa cabeça, como o esporte preferido ou o gênero musical que domina nossas playlists, outras, às vezes, são um pouco mais nebulosas. A infância e a adolescência são etapas repletas de descobertas e é importante ouvir, pesquisar e conversar com os amigos sobre as dúvidas que vão surgindo.
Em “Sky High: super escola de heróis”, a dificuldade em compreender quais são seus superpoderes torna o dia a dia de Will Stronghold angustiante, ainda mais considerando que ele é filho de dois famosos super-heróis. Tudo fica mais intenso quando o garoto entra para uma escola destinada a jovens com habilidades excepcionais, mas o tormento perde força quando ele faz amigos de verdade. Sem julgamentos, esses colegas ajudam o garoto a superar frustrações, ficar bem consigo mesmo e não ser definido por um poder.
“Sky High: super escola de heróis” (2005)
Voce tem uma ^ no seu bolso; biblioteca
saiba como procurar
POR LUCAS INÁCIO E REDAÇÃO ITS TEENS
Não é novidade que a internet trouxe possibilidades infinitas de pesquisas e leituras desde a popularização dos computadores nos anos 1990. Naquela época, os sites ainda eram estáticos, o Internet Explorer (navegador mais popular daquele tempo) exibia páginas basicamente com escrita e, se houvesse alguma imagem, já deixava a experiência bem mais lenta e demorada. Porém, a leitura online já era uma realidade e é um dos poucos recursos daquele tempo que perduram até hoje. Depois vieram os kindles, os tablets e, claro, os smartphones. No começo não era tão agradável ler em uma pequena tela que cabe na palma da sua mão, mas hoje são tantos recursos disponíveis que a experiência de aproveitar um bom livro segue viva e superdisponível. O desafio, na verdade, está em saber onde procurar bons livros e não se distrair com os demais aplicativos presentes no celular. Então aqui vão algumas dicas para ler com um recurso que você já deve ter no seu telefone, mas ainda não se deu conta.
Quem tem internet, tem leitura
No Brasil temos três grandes operadoras de internet que comandam o mercado, cada qual com seu aplicativo de livros disponível para poder acessar títulos nacionais e mundiais, de literatura clássica à mais moderna. Essa dica serve tanto para os planos de internet para celular quanto para fixo.
A Skeelo é uma biblioteca virtual que oferece boas opções de títulos para quem quiser se aventurar. Quanto maior seu plano de internet, mais acessos você tem na plataforma que, para além disso, já tem uma versão gratuita. São mais de 220 mil títulos de 840 editoras e muitos recursos para personalizar a sua leitura, versões em audiolivro, leitura off-line, entre outras funções.
Já o aplicativo Aya Books não tem uma biblioteca tão vasta quanto a Skeelo, mas tem como característica ser uma curadoria mais cuidadosa e livros mais direcionados para cada público. E para quem quer ler contos rápidos de ficção, o ideal é a Bibliotechie, um aplicativo cheio de textos de até uma hora de leitura com destaque para histórias de autores brasileiros, mas também títulos internacionais.
Ler e criar
Aprender novas habilidades pode se tornar mais prazeroso quando conseguimos adquiri-las em atividades divertidas. E o momento de leitura é um exemplo disso. Quanto mais cedo adotarmos esse hábito, mais fácil se torna o desenvolvimento cognitivo e emocional — competências necessárias no crescimento das crianças.
Os estudantes do primeiro ao quarto ano do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Natalina Sabel do Amaral estão vivenciando isso na prática no projeto de leitura da unidade. O objetivo é incentivar o lado criativo e crítico das crianças, assim como desenvolver a interpretação de texto e a produção textual.
Oficinas criativas sobre diferentes gêneros textuais, clube de leitura, visita de autores e ilustradores e a contação de histórias interativas foram algumas das práticas realizadas com as crianças. Já a atividade “Livro da abelhinha” — assim como as “Sacolas literárias” e o “Caderno literário” — promoveu a interação com as famílias.
Para finalizar o projeto em grande estilo, as turmas participaram de diversas ações em que puderam compartilhar os trabalhos elaborados e as experiências que tiveram ao longo de 2024. O evento ainda contou com a participação especial de Jorel Kulik, autor do livro “Mundaréu: mistérios e revertérios”, que inspirou os estudantes ao contar sua trajetória na escrita.
A loja que ensina
A experiência de incentivar a leitura na infância também está ganhando destaque com as crianças da Escola Municipal Professora Vilna Corrêa Pretti. Por lá, a professora Andreza Karla de Souza, do segundo ano, desenvolveu um projeto para despertar o interesse dos estudantes por esse hábito.
Durante as atividades da “Lojinha da leitura”, os alunos participaram de dinâmicas que estimulam a criatividade e a comunicação, além de integrarem o aprendizado em componentes curriculares como Língua Portuguesa e Matemática. Para fazer as compras de brinquedos no pequeno estabelecimento, as crianças receberam “dinheiro” e “cartão de crédito”, tornando a vivência ainda mais divertida.
Professora Natalina Sabel do Amaral/Divulgação
Foto: CMEI
Os contos infantis viraram temas de encenações teatrais no CMEI Professora Natalina Sabel do Amaral
Sabel do Amaral/Divulgação
Professora
Foto: EM Professora Vilna Corrêa Pretti/Divulgação
A experiência se tornou mais divertida com a “Lojinha da leitura” na EM Professora Vilna Corrêa Pretti
Foto: CMEI
Natalina
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Brincar nos riachos, subir em árvores e sentir o vento no rosto ao correr pela grama são momentos que marcam a infância e trazem benefícios, contribuindo no desenvolvimento saudável. Em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, estar em contato com a natureza é uma pausa necessária em meio à agitação do cotidiano. E a experiência se torna ainda melhor quando crianças e adolescentes mantêm essa interação no ambiente escolar. Seja nas brincadeiras ao ar livre, em pesquisas ou na criação de uma horta, a biodiversidade que cerca a escola se torna um laboratório vivo para a exploração e aprendizado.
O jardim do CAIC se tornou ainda mais encantador com a chegada do lago de carpas
Na visita ao parque, os alunos aprenderam mais sobre a fauna e flora local
Fotos: EM Professora Idília
Machado Ferreira/Divulgação
Os estudantes da EM Professora Idília Machado Ferreira foram até o Parque Natural das Pedreiras para conhecer o novo ponto turístico da cidade
Mesmo que as atividades possam parecer simples, estar em espaços naturais contribui para a formação de indivíduos mais conscientes e conectados com o mundo. Conheça benefícios que essa proximidade oferece aos estudantes:
Bem-estar: o ambiente tranquilo pode reduzir o estresse e a ansiedade. Além disso, as práticas ao ar livre mantêm o corpo em movimento, ajudando na saúde física;
Desenvolvimento cognitivo: ao explorar a natureza, a curiosidade e a criatividade são estimuladas e a capacidade de resolução de problemas é fortalecida. As atividades em grupo também promovem a cooperação e a empatia. Assim, crianças aprendem a trabalhar em equipe e lidar com desafios. O contato com a biodiversidade ajuda os estudantes a entenderem mais sobre o que está sendo analisado, adquirindo conhecimento em áreas como ciências e geografia;
Conexão com o meio ambiente: estar em meio à natureza aumenta a sensação de pertencimento àquele ambiente, ajudando crianças e adolescentes a entender a importância de preservar o meio ambiente — a conscientização sobre as questões ambientais e a adoção de comportamentos sustentáveis são consequências.
Para quem estuda ou trabalha em ambientes que proporcionam essa experiência, existem práticas que podem ser feitas para aproveitar ao máximo a riqueza natural:
Criar um jardim sensorial;
Incentivar a observação de folhas, insetos, flores e pequenos organismos;
Coletar materiais naturais;
Monitorar aves;
Estudar o ecossistema específico;
Desenvolver jogos de trilha ou caça ao tesouro;
Elaborar um guia de campo, ilustrando as principais espécies da região.
CAMINHO PARA A NATUREZA
Para conhecer o novo ponto turístico de Navegantes, os estudantes da Escola Municipal Professora Idília Machado Ferreira visitaram o Parque Natural das Pedreiras em uma saída de campo. Acompanhados pelos professores de Ciências e Geografia, os alunos tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre a Mata Atlântica — bioma com o qual já convivem em seu cotidiano pela localidade da unidade.
O parque fica próximo à escola e, por lá, as turmas exploraram as plantas, árvores e animais presentes na região. Segundo o Instituto Ambiental de Navegantes (IAN), já foram catalogadas cerca de 100 espécies de flora e 140 de fauna pela extensão do parque.
Para a ex-diretora Johanna Êmile Finger, a conexão com a natureza faz toda a diferença na rotina dos estudantes. “A escola fica pertinho da mata, então, as agentes levam as crianças com crises de ansiedade para ter um pouco mais de contato, para se acalmarem”, relata.
PEQUENOS CUIDADORES
A proximidade com a natureza não é novidade para os pequenos do Centro Educacional
Professora Maria de Lourdes Couto Cabral - CAIC. A convivência com animais já faz parte do dia a dia dos alunos e, em 2024, eles ganharam novos companheiros: as carpas.
Desenvolvido pela professora de educação especial Suelen Souza Estácio, um lago de carpas foi criado na unidade. O objetivo era ter um espaço de relaxamento e aprendizado, onde os pequenos com necessidades especiais pudessem melhorar o bem-estar emocional e reduzir a ansiedade.
Mas as crianças não são as únicas que recebem atenção. Na verdade, são elas que ajudam no cuidado com os peixes, desenvolvendo habilidades de empatia, responsabilidade e trabalho em equipe. Além disso, temas como biologia, sustentabilidade e ecossistemas foram trabalhados com os alunos.
VISITA ILUSTRE
Quem andou pela Praia do Gravatá no final de 2024 deve ter se deparado com uma presença para lá de especial: um lobo-marinho-sul-americano passou um tempo repousando na área até voltar ao mar e seguir para o seu próximo destino.
A visita do mamífero não é incomum, eles costumam aparecer na região entre o final do inverno e a primavera. Apesar de ser fora de época, o animal foi avaliado por uma veterinária e apresentou bons resultados.
Caso você encontre espécies exóticas, seja na praia ou em outro lugar, é importante não se aproximar, já que, caso se sintam ameaçados, os animais podem atacar. A melhor opção é entrar em contato com o IAN ou o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
LEITURA E ESTUDO DESCOMPLICADOS:
estratégias para aprender melhor
POR REDAÇÃO ITS TEENS
O início do ano letivo pode ser desafiador, seja se você está em uma nova escola ou se continua com os mesmos colegas. É hora de retomar a rotina, seguir horários, se aprofundar nos conteúdos dos componentes curriculares e planejar os estudos para garantir um bom aprendizado.
E para dar uma ajudinha nesse processo, as orientadoras escolares Márcia Fernandes Rodrigues e Lia Carine Henrique dos Santos, junto com a supervisora Kerolyn Francine Ivares, compartilharam estratégias práticas para criar hábitos de leitura e organizar estudos de maneira eficiente. Confira os principais pontos:
Escolha livros atrativos: histórias que despertam a curiosidade, como aventuras, esportes ou animais, tornam a leitura mais interessante.
Ambiente adequado: um local tranquilo, bem iluminado e confortável ajuda a manter a concentração.
Metas curtas: divida a leitura em blocos, como capítulos ou páginas específicas, para criar um senso de progresso.
Adapte-se ao seu estilo de vida: avalie o tempo disponível e ajuste o plano de leitura conforme sua rotina.
Crie horários fixos: escolha períodos consistentes para estudar e adapte-os ao seu melhor horário de produtividade.
Revisão e ajuste: avalie o cronograma semanalmente ou mensalmente, identificando possíveis melhorias.
Estratégias para melhorar a concentração e o desempenho
Evite distrações: estude em locais tranquilos, avise familiares e amigos sobre seus horários e desconecte-se de redes sociais.
Intercalar disciplinas: estude materiais diferentes no mesmo dia; isso mantém o cérebro ativo e evita a monotonia.
Use recursos dinâmicos: plataformas como YouTube e Khan Academy oferecem vídeos e jogos educativos que tornam o aprendizado mais interativo.
Teste e revise: faça exercícios, resolva questões anteriores e revise erros para fixar o conteúdo.
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Seja no campo das ciências, causas sociais ou nas artes, ao longo do tempo pessoas quebraram padrões e conquistaram feitos que mudaram o mundo. Mas se engana quem pensa que esses triunfos foram realizados exclusivamente por adultos: jovens desafiaram expectativas e deixaram seu nome na história. Conheça cinco deles que são prova de que é possível deixar legados mesmo com pouca idade.
1. MALALA YOUSAFZAI
Com apenas 11 anos, Malala se tornou um símbolo da luta pelo direito à educação. Vivendo no Paquistão sob as leis do Talibã, a menina, assim como todas as outras no país, era proibida de frequentar as escolas, por isso Malala começou a escrever em um blog para compartilhar suas experiências. Um ano mais tarde sobreviveu a um atentado, mas continuou dedicando sua vida à causa — e com 17 anos tornou-se a pessoa mais jovem a ganhar um Prêmio Nobel da Paz.
2. MATTIE STEPANEK
Diagnosticado com uma doença neuromuscular rara, o menino deixou um legado inspirador por meio de poesias. Em sua curta vida, Mattie escreveu mensagens de esperança, paz e amor — seus sete livros publicados se tornaram best-sellers e foram traduzidos para diversos idiomas.
3. RUBY BRIDGES
Em meio à segregação racial nos Estados Unidos, a menina de seis anos foi um exemplo de resistência e luta pela igualdade. Em 1960, Ruby foi a primeira criança negra a frequentar uma escola primária em Nova Orleans que era reservada para os brancos. Apesar de enfrentar uma multidão de manifestantes racistas e ouvir diversas ameaças, a pequena persistiu nos estudos e se tornou um marco na história dos direitos civis americanos.
4. GRETA THUNBERG
Aos 15 anos, a garota inspirou milhões de jovens a se tornarem ativistas no combate às mudanças climáticas. Participando de protestos em frente ao Parlamento Sueco, a adolescente exigia que os políticos tomassem medidas para a crise climática. Rapidamente, Greta ganhou repercussão nas redes sociais, o que a levou para o cenário global. A adolescente já participou de discursos na Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU), foi eleita a “Pessoa do ano” pela revista Times e indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 2019 e 2020.
5. RAYSSA LEAL
Conhecida carinhosamente como “fadinha”, com apenas 13 anos, Rayssa conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, tornando-se a mais jovem medalhista olímpica brasileira.
A skatista vem de uma comunidade carente do Maranhão e começou a praticar o esporte quando ainda era criança, em uma pista improvisada. Agora um pouco mais velha, a jovem continua atingindo novas conquistas por campeonatos pelo mundo, incentivando outras meninas a participarem da modalidade.
NO TOPO DO PÓDIO
Não é preciso ir muito longe para encontrar jovens extraordinários. Três estudantes da Escola Municipal Professora Rosa Maria Xavier de Araújo deram orgulho à unidade no último ano. Kamille de Souza Luciano se destacou na prática do tênis de mesa ao longo dos treinamentos, e seu esforço a levou a competir nos Jogos Paralímpicos Brasileiros, em São Paulo, onde conquistou a medalha de prata.
Ainda no esporte, a aluna Maria Luisa Silva Machado, atleta da Confederação Brasileira de Taekwondo, conquistou diversos títulos na modalidade, incluindo o segundo lugar na Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc) e o primeiro lugar nos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), Jogos Escolares de Santa Catarina (Jesc) e na Copa do Brasil.
Nas áreas linguísticas, Hanna Zimermann Mamedes da Silva foi uma das representantes da escola na Olimpíada de Português e recebeu menção honrosa por se qualificar na 277ª posição, competindo com escolas públicas e privadas em nível nacional.
“Isso demonstra a importância de se ter projetos pedagógicos nas escolas, seja de esportes ou de cultura e arte. As escolas precisam abrir-se para isso, fomentar projetos, e a sociedade também precisa se voltar mais às escolas, para oferecer essa demanda”, declara o ex-diretor da unidade, Henrique Pitt.
Maria Luisa Silva Machado
Hanna Zimermann Mamedes da Silva
Kamille de Souza Luciano Fotos:
EM Professora Rosa
Maria
Xavier de Araújo/Divulgação
CEM PROFESSORA ALCIRÉIA CONCEIÇÃO COUTO
CEM PROFESSORA ALCIRÉIA CONCEIÇÃO COUTO
CENTRO EDUCACIONAL PROFESSORA MARIA DE LOURDES COUTO CABRAL - CAIC
CEM PROFESSORA ALCIRÉIA CONCEIÇÃO COUTO
CENTRO EDUCACIONAL PROFESSORA MARIA DE LOURDES COUTO CABRAL - CAIC
VEJA OS MELHORES MOMENTOS DAS COMEMORAÇÕES DE FIM DE ANO DE 2024!
CENTRO EDUCACIONAL PROFESSORA MARIA DE LOURDES COUTO CABRAL - CAIC
CMEI PROFESSORA ALESSANDRA ZILDA DA SILVA
CMEI PROFESSORA ALESSANDRA ZILDA DA SILVA
CMEI PROFESSORA ALESSANDRA ZILDA DA SILVA
CMEI PROFESSORA DIDYMEA LAZZARIS DE OLIVEIRA
CMEI PROFESSORA DIDYMEA LAZZARIS DE OLIVEIRA
CMEI PROFESSORA MARIA DOS NAVEGANTES RAMOS
CMEI PROFESSORA DIDYMEA LAZZARIS DE OLIVEIRA
CMEI PROFESSORA MARIA DOS NAVEGANTES RAMOS
CMEI PROFESSORA MARIA DOS NAVEGANTES RAMOS
EM
CMEI PROFESSORA ROSANA DE FÁTIMA GAYA BARRETO
CMEI PROFESSORA ROSANA DE FÁTIMA GAYA BARRETO
EM PROFESSORA MARIA TEREZA LEAL
EM PROFESSORA MARIA TEREZA LEAL
CMEI PROFESSORA ROSANA DE FÁTIMA GAYA BARRETO
PROFESSORA MARIA TEREZA LEAL
EM PROFESSORA ROSA MARIA XAVIER DE ARAÚJO
EM PROFESSORA ROSA MARIA XAVIER DE ARAÚJO
EM PROFESSORA VILNA CORRÊA PRETTI
EM PROFESSORA ROSA MARIA XAVIER DE ARAÚJO
EM PROFESSORA VILNA CORRÊA PRETTI
PRÉ-ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA
NAZIR RODRIGUES REBELLO
PRÉ-ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA
NAZIR RODRIGUES REBELLO
PRÉ-ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA
NAZIR RODRIGUES REBELLO
PRÉ-ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA
NAZIR RODRIGUES REBELLO
PRÉ-ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA
NAZIR RODRIGUES REBELLO
Colônia de férias
Tão belo o céu limpo
Iluminado o barquinho
No oceano.
Pedro de Freitas Pitt
No meio da restinga
Vejo suas flores –Que lindeza!
Alice de Cássia Lins
Uma bela borboleta
Pousando
Em uma flor branca.
Wellyngton Silas Ferreira
E meus olhos viram
Algo lindo –
Cacto no meio da restinga.
Eliannys Carolina Salazar
Colônia de Férias
Cultural
Natsu 夏 Verão
Durante o recesso escolar, os estudantes da Escola Municipal Professora Rosa Maria Xavier de Araújo participaram da Colônia de Férias Cultural Natsu 夏 Verão, oferecida na unidade, momento em que tiveram a oportunidade produzir textos e ilustrações. O projeto é gratuito e faz parte do Projeto Flores de Estação, coordenado pelo ex-diretor Henrique Pitt e a professora Gabriela Ern.
Crianças e adolescentes do bairro
Meia Praia são convidados a participar do programa, que oferece atividades artísticas e culturais, além de estimular o letramento literário e a consciência socioambiental dos jovens da região.
A iniciativa começou em 2021 e, desde lá, os estudantes já elaboraram dois livros com haicais e ilustrações autorais.
A terceira obra, produzida neste ano, está em fase de edição.