A escola é um espaço de descobertas, aprendizado e criatividade. Cada projeto, cada experiência e cada desafio enfrentado pelos alunos reflete o esforço coletivo em construir um ambiente onde o conhecimento se torna algo vivo e significativo. Nesta edição, apresentamos histórias inspiradoras de estudantes que transformam a teoria em prática, seja criando projetos arquitetônicos, explorando a cultura por meio do Carnaval ou se dedicando ao esporte como ferramenta de disciplina e crescimento.
Acreditamos que a educação vai além dos livros: ela acontece no dia a dia, na troca de experiências e na busca constante pelo saber. Que esta revista seja um convite para celebrar o aprendizado e inspirar novas jornadas!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
ANA CAROLINE ARJONAS
DAIARA CAMILO
LETÍCIA MARTENDAL Repórter
Estagiária
Assistente de Mídia
/conteúdo
Caça-palavras Pontes inabaláveis
Dos livros para o palco
Do nosso world para o Overworld
O Ursinho Marrom
Aniversário de Joinville tem inauguração de novo CEI e quadras cobertas
FOMO: quando a vida online domina a realidade Jogos inspirados em momentos históricos
Revelação pedagógica
Desafio rupestre: crie sua própria paleta de cores pré-histórica!
Os segredos da eternidade #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #27 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #15 #08 #10 diversão arquitetura capa como funciona? arte spoiler notícias das escolas cultura pop desconecta wi-fi saideira mão na massa nosso planeta mural dos estudantes galerias educação transformaque diário escolar conhecimentos gerais
Marcas no tempo: a fascinante missão de redescobrir a história
Arquitetando construções
Por que quanto mais perto do Sol, mais baixa é a temperatura?
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MUMIFICAÇÃO DINOSSAURO
CIVILIZAÇÃO
MINECRAFT
JOGO
REDES SOCIAIS
MONTANHAS
CORAÇÃO
ALTURA
TINTA
POR Neusa Maria Borges
Mediadora de leitura da
EM Professor Oswaldo Cabral
O livro “O Ursinho Marrom”, de Jane
Flory, trata da história de um ursinho que não sabia ler e se recusava a ir à escola. Depois de vários desencontros causados por não saber ler os avisos e convites, ele percebe a importância da leitura.
Por causa de sua teimosia de não ir à escola, acabou perdendo oportunidades de se divertir com os outros animais, como ir à casa do Senhor Coelho, ouvir histórias e participar de um piquenique.
Após muitos desencontros, o Ursinho Marrom se envergonhou de não saber ler e finalmente decidiu ir para a escola aprender a ler e escrever, pois ele percebeu a importância de participar de um mundo letrado e das atividades junto com seus colegas.
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
Vovô fugiu de casa
Sérgio Capparelli
Desventuras de um garoto nada comum 2: caos no colégio
Rachel Renée Russell
O príncipe medroso e outros contos africanos
Anna Soler-Pont
Fazendo meu filme
Paula Pimenta
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Seja nos filmes, nas séries ou durante as aulas de História, você já deve ter visto ou lido algo sobre o processo de mumificação, ação que ficou conhecida por causa dos antigos egípcios. Naquela época, a iniciativa tinha como objetivo retirar toda a umidade do corpo, evitando a decomposição. A medida também tinha ligação com a religião e com aquilo que acreditavam, já que pensavam que o corpo era um item essencial para a vida após a morte.
Por mais que a prática tenha ganhado notoriedade por conta de faraós e reis que foram mumificados, é importante ressaltar que diversas culturas ao redor do mundo foram responsáveis por definir determinados padrões, indo de acordo com as características do povo e objetivos.
O PROCESSO PARA O PROCESSO PARA OUTROS POVOS OUTROS POVOS
O método também foi replicado por povos da América do Sul, como os chinchorros, que residiam no Chile e Peru, por volta de 5000 a.C. Nessa cultura, era habitual preservar o corpo de adultos e crianças, usando técnicas que incluíam a remoção de peles e músculos — palhas e argilas eram utilizadas para preencher o espaço vazio. Outro povo que residia por aqui e que utilizava a mumificação eram os incas. A solução era empregada após a morte de governantes e figuras importantes. Aproveitando o frio das montanhas dos Andes, essa era uma forma de preservar os corpos. Para eles, a ideia de manter figuras importantes era uma maneira de demonstrar poder e continuidade.
O PROCESSO PARA O PROCESSO PARA OUTROS POVOS OUTROS POVOS
tecidos eram colocados para manter o formato natural. Cebolas também faziam parte dos ingredientes
que outros objetos e até mesmo alimentos fossem incluídos no ritual.
A FASCINANTE MISSÃO DE REDESCOBRIR A HISTÓRIA
Se você já assistiu à série de filmes “Indiana Jones”, pode imaginar os arqueólogos como aventureiros que correm atrás de tesouros perdidos em cavernas cheias de armadilhas. Na vida real, o trabalho deles é bem diferente (e mais seguro), mas não deixa de ser emocionante. Em vez de chicotes e perseguições, eles usam pincéis, escovas e muita paciência para desenterrar segredos do passado. Os arqueólogos são, na verdade, detetives da história, investigando o que ficou enterrado no tempo para entender como as pessoas viviam há milhares de anos. Eles buscam pistas escondidas no solo, em ruínas ou até no fundo do mar. Mas, ao contrário do que acontece nos filmes, a missão não é buscar riquezas, e sim reconstruir as histórias por trás dos objetos e lugares. Vamos entender como esses aventureiros acham seus tesouros. Siga as pegadas!
Antes de sair cavando por aí, os arqueólogos estudam registros históricos, mapas antigos e até fotos tiradas por satélites para identificar possíveis locais de escavação. Às vezes, um novo sítio arqueológico é descoberto por acaso, como quando alguém tropeça em uma ruína ou encontra uma peça antiga enterrada no quintal. Outras vezes, eles seguem dicas deixadas por histórias ou lendas, como na busca pela cidade perdida de Troia, que só foi encontrada porque um arqueólogo acreditou na antiga literatura grega. Quando encontram um local promissor, eles começam a escavar cuidadosamente. A escavação é como abrir um presente delicado, porque cada camada de terra pode conter objetos preciosos, como cerâmicas, ferramentas ou restos de construções. Esses achados, chamados de artefatos, são como mensagens de pessoas do passado, revelando o que elas comiam, como construíam suas casas e até quais crenças seguiam.
Uma das perguntas mais importantes para os arqueólogos é: “De quando é isso?”. Para responder, eles usam várias técnicas científicas que ajudam a calcular a idade dos objetos e das camadas de terra onde foram encontrados. A mais famosa dessas técnicas é o carbono-14, que soa complicado, mas é fascinante!
Tudo o que foi vivo um dia, como plantas, animais e pessoas, contém carbono, incluindo uma versão chamada carbono-14. Esse elemento radioativo começa a se decompor lentamente após a morte de um organismo. Os cientistas sabem exatamente a velocidade com que ele desaparece, então, ao medir quanto dele ainda está presente em um osso ou pedaço de madeira, eles conseguem determinar há quanto tempo aquilo foi usado ou descartado.
Vamos imaginar que o solo é uma máquina do tempo, e para você conseguir usá-la precisa cavar. Quanto mais fundo você vai, mais perto do passado você chega. Essa é a técnica de análise das camadas de solo, que os arqueólogos chamam de “estratigrafia”. Assim, se uma cerâmica ou ferramenta está em uma camada bem profunda, eles sabem que ela pertence a um período muito distante.
Além disso, os arqueólogos podem estudar outros marcadores de tempo, como padrões de crescimento em árvores fossilizadas ou a composição química das rochas ao redor dos objetos. Essas informações ajudam a montar um quebra-cabeça que liga um artefato a sua época. É fascinante saber que, há milhares de anos, pessoas estavam inventando ferramentas, cozinhando receitas que hoje podem parecer primitivas ou criando arte que ainda inspira o mundo moderno. Quando os arqueólogos encontram um utensílio simples ou uma pintura em uma caverna, eles não estão apenas desenterrando objetos, estão recuperando histórias, vidas e sonhos de um passado distante.
Pontesinabaláveis
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Com palitos e cálculos, estudantes desafiam a física construindo edificações resistentes
Elaboradas para facilitar o acesso a determinados locais ou para favorecer o fluxo de carros e pessoas, as pontes são itens arquitetônicos fáceis de identificar. Com tamanhos e formatos distintos, cada uma é pensada para atender a determinada demanda. Entretanto, você já parou para pensar em todo o processo antes da construção? As etapas envolvem a análise do local, a escolha da estrutura e até mesmo dos materiais adequados, e tudo precisa ser calculado para que o resultado seja como o esperado — e aqui vale a inspiração em monumentos conhecidos, como a Golden Gate Bridge, na Califórnia, e a Tower Bridge Exhibition, em Londres. No caso dos estudantes da Escola Municipal Doutor Sadalla Amin Ghanem que estavam no sétimo ano em 2024, o desafio proposto pelo professor de Matemática Alex Manoel Vieira foi focado em mostrar que grandes estruturas também podem ser feitas pela turma. Com o objetivo de estudar sobre as formas geométricas, em especial sobre os triângulos, os grupos projetaram do zero novas pontes. “Eles pesquisaram os materiais, tinham que planejar os itens e o modelo de que queriam para a estrutura da ponte”, conta o educador. No projeto nomeado como “Futuros arquitetos e engenheiros – pontes que conectam”, a escolha dos elementos foi planejada entre o educador e os participantes. “Vi vários modelos de pontes diferentes, envolvendo, por exemplo, macarrão, outros materiais e itens reciclados. O palito era o item mais fácil de utilizar. Então, verifiquei os diferentes tipos de pontes e, a partir disso, escolhi aquela feita de palito para desenvolvermos em sala de aula”, diz o profissional.
Além da provocação de bolar algo que fosse bonito e resistente, os alunos compreenderam aquilo que é preciso avaliar quando pensamos em edificações. “A partir do estudo do triângulo, misturamos equações e cálculos e trouxemos essa parte abstrata para a prática em sala de aula. O principal conteúdo foi sobre as figuras geométricas e as propriedades do triângulo”, comenta o professor.
Após a finalização das pontes, o passo seguinte foi o teste para ver qual era a mais resistente. Com as construções posicionadas, a vencedora foi aquela que aguentou mais peso, resistindo a 74 quilos. Nos casos em que os livros foram utilizados, o peso máximo foi de 39 quilos — durante o teste, algumas pontes resistiram até mesmo ao peso de uma pessoa.
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As aulas foram divididas entre planejamento, execução e a conversa sobre como estava sendo o processo na prática.
para aprender sobre figuras geométricas, alunos criam pontes usando palito de picolé.
Tempo de leitura: 5 minutos
O professor auxiliou a turma em todo o processo, desde a escolha dos materiais até o teste final
Inspiração nacional
Os livros foram usados para testar a estrutura e a resistência das pontes
Aquilo que foi construído em solo nacional também serviu como inspiração para algumas turmas, como no caso daqueles que queriam representar um ponto importante da capital do país. “Uma equipe queria reproduzir uma ponte parecida com a Juscelino Kubitschek, de Brasília. Eles até tentaram, mas, devido à estrutura rígida do palito, não seria possível fazer as ondulações e as voltas. Perceberam que, com aquele material, não daria, mas, com outro, talvez conseguíssemos. Uma ideia foi fazer de massinha, mas não era viável por conta do peso”, explica o educador. Para Davi Inácio Melies, que agora está no oitavo ano, o ganho foi a proximidade com os colegas e as descobertas. “Foi uma atividade muito legal, aprendemos sobre muitas coisas. Eu aprendi a resistência das pontes, porque o triângulo é muito resistente e a maioria das pontes famosas usam triângulos”, diz o garoto. No caso de Paolla Camile Mello, que também está no oitavo ano, o aprendizado que marcou foi a resistência das pontes. “A parte que mais gostei foi da montagem, para saber qual parte teria mais resistência”, finaliza a menina.
ALUNOS DESFILAM CONHECIMENTO EM CARNAVAL PEDAGÓGICO
As comemorações de Carnaval em cada região do Brasil refletem as culturas e tradições dos diferentes locais. Temas como mitologia, artistas e natureza são comuns nos enredos dos desfiles, mas você sabia que também é possível adaptá-los para o ambiente escolar? Foi isso que fizeram os estudantes da Escola Municipal Doutor Sadalla Amin Ghanem.
Em um projeto multidisciplinar, as turmas do sexto ao nono ano ficaram responsáveis por desenvolver um desfile temático, com direito a trajes customizados e bandeiras que representavam o que estavam estudando nos componentes curriculares. Nas aulas de Matemática, por exemplo, perímetro, área e volume de figuras planas foram o destaque.
Outras temáticas foram os esportes paralímpicos e esportes radicais, em Educação Física; o cangaço, em História; poemas e contos de ficção, em Língua Portuguesa; a dengue, em Ciência; as regiões do Brasil, em Geografia; a família real, em Língua Inglesa; e o autorretrato, em Artes.
Fotos: Escola Municipal de Jovens e Adultos/Divulgação
JUDÔ MOTIVA ALUNOS A SE DESTACAREM NOS ESTUDOS
O fortalecimento do corpo e a melhora na saúde mental são alguns dos benefícios do exercício físico. Além disso, a prática esportiva contribui para o desenvolvimento da disciplina e aumenta a concentração dos estudantes — habilidades que estão sendo aprimoradas pelos alunos da Escola Municipal de Jovens e Adultos.
Por lá, as aulas de judô têm feito sucesso entre as turmas. Para participar, há um requisito importante: manter um bom rendimento escolar. A avaliação é feita bimestralmente pelos treinadores Paulo Sérgio da Silva e Juan Victor Bispo, que acompanham o desempenho acadêmico dos integrantes.
As aulas ocorrem semanalmente, às segundas e quartas-feiras no período vespertino, e às terças e quintas-feiras pela manhã.
Fotos: EM
Doutor
Sadalla Amin
Ghanem/Divulgação
ANIVERSÁRIO DE JOINVILLE
TEM INAUGURAÇÃO DE NOVO CEI E QUADRAS COBERTAS
A programação de aniversário da cidade ainda contou com a inauguração das obras de reforma e ampliação do CEI Lírio do Campo, no bairro Fátima. A reforma abrangeu uma área de 1,8 mil metros quadrados e contou com a realocação de espaços, além da construção de duas novas salas de aula que aumentaram a capacidade de atendimento da unidade de 200 para 300 crianças. Também houve ampliação da cozinha e do número de banheiros, e a construção de um refeitório climatizado, secretaria, sala de professores, salas de coordenação, copa e cobertura do pátio.
A programação de aniversário de 174 anos de Joinville ocorreu durante todo o mês de março e contou com novidades na área da educação. Entre os eventos realizados estiveram a abertura de um novo Centro de Educação Infantil (CEI), além da inauguração de quadras cobertas para duas escolas e a reforma e ampliação de uma unidade de Educação Infantil.
A primeira novidade foi a inauguração do novo CEI Manoel Antônio da Rosa, no bairro Comasa, que atenderá 462 crianças de zero a cinco anos. A unidade tem 2,9 mil metros quadrados e conta com 17 salas de aula, ateliê de artes, parque infantil, solário, pátio coberto, refeitório, sanitários e toda a estrutura administrativa.
Além do CEI Manoel Antônio da Rosa, 12 unidades de Educação Infantil semelhantes estão em construção pela Prefeitura de Joinville e outros três novos CEIs estão em fase de licitação. O objetivo é ampliar a oferta de vagas para atender a demanda reprimida na cidade.
Outra novidade foi a inauguração da quadra coberta da Escola Municipal Governador Heriberto Hülse, no bairro Boa Vista. A estrutura tem 538,49 metros quadrados e conta com arquibancada para 111 pessoas, além de três salas de apoio. O mesmo aconteceu na Escola Municipal Vereador Hubert Hübener, em Pirabeiraba. A nova quadra ocupa uma área de 114,46 metros quadrados e dará mais conforto e segurança para os alunos.
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
turma trabalha habilidades artísticas por meio de projetos arquitetônicos.
Tempo de leitura: 6 minutos
Atividade incentiva a criatividade e o trabalho coletivo na construção de espaços culturais
Quando pensamos em locais antigos que despertaram (e ainda despertam) a curiosidade de pesquisadores, um dos primeiros marcos são as pirâmides do Egito, construídas entre os anos 2.630 a.C. e 2504 a.C. Seja pela imponência da obra ou pela curiosidade em saber como o projeto foi feito, muitos acabam tendo a edificação como um ponto de referência nos casos em que o tema é a África.
Por aqui, Brasília continua sendo uma referência quando o assunto é arquitetura. Construída no final da década de 1950, a cidade foi projetada pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Por mais que a obra seja antiga, o desenho da cidade e a junção entre os prédios ainda chamam a atenção, e a turma do oitavo ano da Escola Municipal Dom Jaime de Barros Câmara foi prova disso.
Durante as aulas de Artes, a professora Simone Kalbusch foi a responsável por propor uma atividade diferente para os alunos: a construção de um espaço que pudesse ser considerado como o museu de arte da Rede Municipal de Joinville, expondo aquilo que é feito em sala de aula. Antes de soltar a imaginação e
começar os desenhos, a primeira etapa foi observar as edificações existentes. “Os alunos analisaram imagens de obras de diferentes estilos, reconhecendo espaços culturais. Além disso, realizaram uma reflexão sobre as obras de Lina Bo Bardi e Oscar Niemeyer”, conta a educadora.
Para elaborar o projeto, a turma avaliou criações nacionais e internacionais, contemplando também espaços da própria cidade. “Os objetivos da proposta eram apreciar obras em diferentes estilos e identificar os elementos constitutivos das artes visuais”, pontua Simone. Divididos em duplas e trios, cada um foi responsável por pensar como seria o passo a passo da criação, dividindo as tarefas de acordo com as habilidades individuais.
“Ao projetar um espaço artístico, o arquiteto nem sempre busca a solução mais prática, mas sim a experiência do percurso, a sensação de quem caminha e a fluidez na conexão entre os espaços. Foi uma abordagem muito interessante e perspicaz”, explica a professora, reforçando que o custo de produção também foi algo questionado pelos estudantes, mas o foco da atividade foi a criatividade.
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Trabalho coletivo
Além do conhecimento em Artes, o trabalho foi uma forma de testar a compreensão sobre escala, proporção, dimensão e espaço, como lembra a docente. Outro ponto evidenciado foi a forma como a turma interagiu e se ajudou, fortalecendo o aprendizado e a troca de experiências. “Essa turma tem algo muito especial: o bom trabalho de um grupo incentiva os demais. Eles se elogiam, demonstram interesse pelos trabalhos uns dos outros, e isso foi incrível de se ver”, finaliza Simone.
Colocando a mão na massa
Para aqueles que decidiram testar os conhecimentos, a imaginação foi um dos pontos de partida para que a proposta ganhasse vida e movimentasse a produção dos estudantes. “Achei muito criativo porque tiramos ideias da nossa cabeça. Seria muito legal se existisse de verdade algo assim”, conta Djoukensly Occeás, 13, do oitavo ano.
Fotos: Escola Municipal Dom Jaime de Barros Câmara/Divulgação
Maria Torquato, Aimeê Chagas de Azevedo, Djoukensly Occeás, Alice da Maia e Hadassa dos Santos
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estudantes encenam histórias, escrevem roteiros e desenvolvem criatividade e confiança por meio da literatura.
Tempo de leitura: 8 minutos
POR JULIANE GUERREIRO
Se você estiver passeando pelos corredores da Escola Municipal Prefeito Baltasar Buschle e der de cara com a Emília, a Cuca ou o Visconde de Sabugosa, não estranhe: é que por lá um projeto tira os personagens das páginas dos livros e leva direto para o palco, unindo teatro e literatura em uma contação de histórias divertida e envolvente.
O projeto, chamado de “Teatro em Ação”, completa dez anos em 2025 e já contou diferentes histórias para os alunos dessa e de outras escolas e Centros de Educação Infantil. Quem o criou foi a bibliotecária Derize Oliveira Marques, que buscava uma maneira de diversificar a contação e torná-la ainda mais dinâmica e estimulante para quem assiste e escuta.
“A gente utiliza livros da biblioteca, referências da internet e usa ou adapta. Se é um livro muito comprido, fazemos um resumo e usamos como inspiração”, explica Derize. Em uma década de projeto, os alunos já encenaram histórias como “O Mágico de Oz”, “Chapeuzinho Vermelho”, “Pinóquio”, “Sítio do Picapau Amarelo” e muito mais.
É Derize quem seleciona os alunos participantes, geralmente do sexto ao nono ano, para os encontros, que ocorrem uma vez por semana, sempre no contraturno. Aliás, o projeto é levado muito a sério: exige presença, como na sala de aula, e todo mundo participa de tudo, desde a escrita do roteiro até os ensaios para deixar tudo pronto para a apresentação.
A estudante Juliana da Rosa, 13, está participando pelo terceiro ano e agora vive a Emília, personagem de Monteiro Lobato que ela adora. “Ela é mais alegre, divertida, posso ser eu mesma e me soltar”, conta. Para a aluna, o projeto conecta o adolescente com a leitura e estimula ainda mais a vontade de ler que ela já tinha.
O projeto despertou nos estudantes um novo entusiasmo pela leitura
SAI A TIMIDEZ,
É bem verdade que o projeto nasceu como forma de diversificar a contação de histórias, no entanto, ele ainda vem colhendo outros frutos: para Derize, os estudantes ganham muito mais desenvoltura, melhoram o desempenho escolar, o comportamento, além de perderem a timidez. E os próprios alunos também acham isso, viu?
A Laura Farias dos Reis tem 14 anos e participa do projeto pelo segundo ano. “Eu era muito tímida no começo e fui melhorando. É algo que me ajudou muito a desenvolver minha fala, ficar mais extrovertida, me ajudou a falar em público”, destaca. É claro que o frio na barriga sempre bate, mas o preparo torna esse momento mais fácil!
Para Francisco Luis Machado, 12, que está estreando no projeto, além de um ótimo passatempo, a iniciativa também é divertida. “É uma grande forma de incentivar a leitura, a gente vai desenvolvendo a fala e o conhecimento. Tenho aprendido a ser mais sério e mais expressivo nas horas de fala”, conta.
Essa melhora na desenvoltura também tem o “dedinho” de Derize, que faz dinâmicas e usa técnicas para afastar o nervosismo. “Eu coloco em prática o que aprendi com a contação de histórias e o teatro e consigo adaptar para eles. É respiração, dinâmica, tudo para ir quebrando o gelo e eles irem se soltando. Tenho percebido que são outros”, ressalta.
Gabrieli Ramos Martinelli, 14, também colhe os frutos desse trabalho em seu quarto ano de projeto. “É muito bom, porque eu tinha vergonha de falar em público e o teatro me ajudou a me desenvolver, tanto na forma oral quanto escrita, porque a gente tem que ler bastante para decorar as falas. Também fiz amigos e criei o hábito da leitura”, diz.
No amplo universo de histórias que uma biblioteca repleta de livros, alunos dedicados e uma bibliotecária apaixonada pela leitura possibilitam, não faltam oportunidades para que outras crianças e adolescentes sejam tomados pelo gosto pela leitura. E neste mês, já tem peça “fresquinha” saindo do papel para o palco!
Juliana sente que pode ser ela mesma ao representar a personagem Emília
ALÉM DE ENCENAR,
Na Escola Municipal Prefeito Baltasar Buschle, o “Teatro em Ação” não é o único projeto de incentivo à leitura. Por lá, ainda há outras iniciativas que aproximam os estudantes dos livros e da escrita. Um exemplo é o projeto “Jovens Escritores”, que nasceu em 2011 e segue atraindo os alunos para a possibilidade de ter seus nomes em livros feitos pela escola.
Funciona assim: durante todo o ano, os estudantes do primeiro ao nono ano trabalham com produção textual em sala de aula. O tipo de texto varia conforme a proposta do professor e não há necessidade de sair da matriz curricular. Depois, o professor seleciona os melhores textos da turma, que serão reunidos em um livro com produções de toda a escola.
“No começo, eram só poemas. Depois, evoluiu para textos variados, como contos, receitas e cartas”, conta Derize. Além de ajudar na seleção dos textos, é ela quem faz o trabalho de diagramação do livro e, inclusive, já ilustrou as capas de algumas edições. No fim do ano letivo, acontece o “Café Literário”, que reúne os jovens escritores em um momento especial.
“A gente faz a entrega dos livros para os escritores, a leitura ou declamação dos textos, tem música e, claro, café”, fala Derize. Para ela, os dois projetos são um “trabalho de formiguinha” prazeroso.
“Eu estou fazendo a diferença na vida de alguém, essa é a minha parte na educação. Ver o resultado nem que seja em um aluno”, finaliza.
Derize é a responsável por selecionar os estudantes do sexto ao nono ano e coordenar os encontros no contraturno
A confiança e a criatividade foram outras habilidades desenvolvidas durante as encenações
ABRIL REPLETO DE
Fotos:
Confiracuriosidadesebastidoresde“UmfilmeMinecraft”,adaptaçãopara o cinema de um dos jogos mais populares de todos os tempos
POR GUSTAVO BRUNING
Estamos diante da mais nova criação derivada do jogo de computador e consoles favorito dos que amam ver a criatividade aflorar. Réplicas de monumentos históricos, como o Coliseu, e de universos ficcionais, como a Terra-Média, deixam de ser as maiores surpresas agora que temos “Um filme Minecraft”, que chegou aos cinemas neste mês de abril.
“Uma aventura LEGO” abriu portas para mais produções envolvendo brinquedos, e “Free Guy – Assumindo o controle” nos trouxe o ponto de vista dos personagens secundários.
Este novo longa-metragem, no entanto, investe no poder da imaginação: tudo que você pensar pode ser construído, desde que seja feito com blocos.
Se jogar Minecraft, com sua proporção estratosférica, já é uma experiência imersiva, imagine como seria encontrar um portal para dentro do Overworld, o universo do jogo. Quando forças sombrias querem destruir essa dimensão virtual, é preciso que um grupo de quatro pessoas desajustadas e bem diferentes trabalhem em equipe para construir algo grandioso. Nessa aventura bizarra, aprendem a fabricar itens e, eventualmente, traçar o rumo do próprio futuro.
Com um mundo vasto e muito explorado pelos jogadores há anos, a ideia de dar vida a um filme ambientado no jogo já começou com a pressão de entregar algo inovador e exigindo bastante responsabilidade.
Segundo o diretor Jared Hess, o longa-metragem foi concebido por pessoas que amam e conhecem muito o Minecraft — e embarcaram nessa empreitada como forma de celebrá-lo.
Se você achou que veria um filme de animação ou completamente em CGI, prepare-se para a surpresa: trata-se de um live-action, com pessoas reais e sets construídos de verdade, integrados a elementos e personagens criados por computador. A intenção era trazer uma experiência diferenciada e mais complexa do que as animações de Minecraft já existentes e os conteúdos criados por fãs dentro do jogo.
E sabe o que é mais legal? A equipe de produção do filme, ocasionalmente, usava as ferramentas do próprio jogo para testar e pré-visualizar ideias e estruturas que planejava integrar à obra.
Para dar vida a uma das versões do popular Steve, a skin principal do Minecraft, a escolha foi Jack Black. A ideia era que o personagem representasse a essência dos jogadores, com um espírito alegre e criativo. O ator já provou ser engraçado de um jeito escrachado e, quando a história pede, é capaz de tocar nos nossos corações.
Em “Escola de Rock” (2003), Jack soube conduzir bem uma turma, enquanto em “Jumanji: bem-vindo à selva” (2017) nos mostrou que é capaz de entrar completamente em um mundo virtual. Desta vez, se entregou ainda mais ao papel: na pausa das gravações, o ator aproveitava para jogar Minecraft em um servidor especial, criado exclusivamente para a equipe do filme.
O que começou como um simples jogo de computador, criado em 2009 pelo desenvolvedor sueco Markus Persson, se tornou um dos games com o maior número de usuários de todos os tempos. Após a compra pela Microsoft, em 2014, o Minecraft ficou algum tempo sem grandes novidades, mas eventualmente atingiu proporções surreais.
Atualmente a plataforma reúne cerca de 204 milhões de jogadores ativos por mês, com mais membros chegando todos os anos, principalmente depois da pandemia. O Brasil reúne o segundo maior número de integrantes dessa comunidade, logo atrás dos Estados Unidos.
Número de jogadores ativos mensalmente no Minecraft
ANO JOGADORES
2018 75 milhões
2019 91 milhões
2020 115 milhões
2021 144 milhões
2022 170 milhões
2023 172 milhões
2024 204 milhões
As diversas atualizações ampliaram o mundo virtual de Minecraft, trazendo novas funcionalidades, criaturas, modos de jogar e desafios. Não demorou para que se transformasse em uma referência no segmento sandbox — aqueles games com pouquíssimas limitações, nos quais o jogador tem liberdade para explorar os mais variados cantos dos cenários e personalizar a própria aventura.
Quer mergulhar no oceano ou escavar túneis? Siga em frente. Quer construir uma montanha-russa? Sem problemas. Quer disputar a corrida pela lã com os amigos? É pra já. Cada um tem uma experiência diferente, com base nas próprias escolhas, no servidor onde joga e nos pacotes de recursos que usa.
Uma das partes mais incríveis desse universo ajudou a atrair cada vez mais gente: a funcionalidade multiplayer. A maior parte das crianças — 80% delas, para ser mais exato — se aventura junto com amigos, familiares ou outros jogadores online. Fora isso, a diversão continua com os gameplays de outros jogadores, que compartilham vídeos das próprias aventuras no YouTube e ajudam a expandir a experiência.
FOMO:
QUANDO A VIDA ONLINE DOMINA A REALIDADE
Sabe quando você decide assistir a uma série porque é final de semana e está a fim de ficar em casa, no sofá, relaxando? Então acompanha um, dois, três episódios e, quando percebe, já é de madrugada. Mas a curiosidade sobre o que vai acontecer é tanta que você repete aquela famosa frase: “Só mais um episódio e vou dormir”.
No dia seguinte, ao acordar, sente que precisa continuar assistindo para descobrir o que vai acontecer. Assim, no decorrer dos dias, sente que está vivendo em função dessa produção audiovisual. Algo parecido acontece com quem sente o Fear of Missing Out (FOMO) – o medo de ficar de fora.
O uso frequente das redes sociais pode ocasionar diversos problemas, e alguns deles são os sentimentos de ansiedade, angústia e até a necessidade exagerada de estar sempre conectado e por dentro do que as pessoas próximas, parentes, amigos ou conhecidos, estão fazendo. Esse fenômeno é chamado de FOMO.
Essa expressão foi popularizada em 2000 por Patrick J. McGinnis, um estudante da Harvard Business School, em um artigo de opinião para o jornal da escola. Mas a ideia por trás do conceito já existia, especialmente no marketing, que usava a ideia de “escassez” e “exclusividade” para impulsionar o consumo.
Com a chegada das redes sociais, o termo se intensificou, pois as pessoas passaram a ter acesso constante às experiências e atividades de quem estão seguindo. A cultura da conectividade e a exposição constante a vidas “perfeitas” nas redes sociais contribuíram para a popularização do termo.
Eu me identifiquei com os sintomas, e agora?
É importante reconhecer que o que vemos nas redes sociais é somente um pequeno recorte, que a vida real é feita de altos e baixos, e o que vemos lá é só uma parte de toda a história. Aceitando esse fato, você pode começar praticando o P.A.R.A:
• PAUSAR: tire pequenos intervalos do celular ao longo do dia.
• ALTERNAR: busque atividades fora das telas, como esportes, tempo na natureza, leitura ou momentos com amigos.
REGULAR: defina horários para usar as redes e evite ficar rolando a tela sem propósito.
ACOMPANHAR: perceba como você se sente após o uso das redes. Se está lhe fazendo mal e o deixando agitado e ansioso, então é hora de mudar hábitos.
Dica da especialista
Desligue as notificações!
Como identificar?
Esteja atento aos sintomas:
• Inquietação constante para checar o celular;
• Se comparar com a vida de outras pessoas na internet;
• Preocupação constante que está perdendo alguma coisa que está acontecendo online;
• Dificuldade de focar nas atividades do dia a dia;
• Ansiedade quando está longe do celular;
• Sensação de que sua vida nunca é tão legal quanto a dos outros. “O medo de perder algo pode distraí-lo do momento presente e ter um impacto significativo no seu bem-estar. Pode levá-lo a negligenciar o autocuidado, os relacionamentos e as responsabilidades do trabalho ou da escola”, explica Talita Tonin, especialista em neurodesenvolvimento infantil, doutora em farmácia e orientadora parental.
Sejam elas na forma de sons, vibrações ou sinais visuais na tela, as notificações servem para desviar sua atenção do que quer que esteja fazendo. A vida acontece aqui e agora, no mundo real. Você nunca está perdendo nada quando está presente no seu próprio momento!
EM MOMENTOS HISTÓRICOS
Uma das coisas que mais conquistam os gamers são boas histórias, e nenhuma fonte é melhor para isso do que a própria história humana. Além de gerar grande entretenimento, a trajetória dos Homosapiensna Terra também traz conhecimento sobre nós mesmos, podendo nos ajudar a cuidar mais do futuro com base nos erros e acertos do passado. Sendo assim, o componente curricular de História é essencial para a nossa formação, mas nem sempre fácil de se entender apenas com leituras, já que os modos de vida eram bem diferentes do nosso atual, mas até nisso a tecnologia ajuda. Não à toa, trouxemos exemplos de jogos que podem nos fazer viajar e nos divertir pelos momentos históricos da humanidade.
Civilization (série)
O sucesso de “Age of Empires” o faz parecer o pioneiro no imaginário de muita gente, porém, em 1991 teve início a série “Civilization”, um marco para esse tipo de game. A jogabilidade é semelhante: jogo de mapa aberto e estratégia em que o objetivo é explorar e expandir, sendo que sua sétima edição acabou de ser lançada (fevereiro de 2025), o que mostra a longevidade do jogo. Diversos cenários e tempos históricos já foram demonstrados ao longo destes 34 anos da franquia, seja pelas novas edições, seja pelas expansões da série. Estas estão disponíveis para os mais diversos tipos de plataformas e consoles e podem ser encontradas nas lojas online de cada uma delas.
Age of Empires (série)
Se existe uma referência de jogos históricos, este é “Age of Empires” (“A era dos impérios”, em tradução livre). Sua primeira edição foi lançada em 1997, na época em que a internet mal funcionava aqui no Brasil e era uma grande novidade no mundo, tendo como cenário o início das civilizações nas regiões do Norte da África, Oeste da Ásia e Sul da Europa, indo da Idade da Pedra Lascada, Idade da Pedra Polida, Idade do Bronze até a Idade do Ferro. O objetivo é construir e administrar seu povo, coletando recursos da natureza, administrando a agropecuária, conquistando território e se defendendo de povos invasores. Não é um jogo linear com começo, meio e fim, é de estratégia e campo aberto.
A partir de então já foram lançados quatro jogos, mas cada um tem diversas expansões de cenários e para consoles diferentes, sendo aproximadamente 50 lançamentos desde 1997. Ou seja, você pode jogar em muitos lugares e momentos históricos diferentes: Egito e Mesopotâmia nas primeiras civilizações, Roma e Grécia Antiga, Europa Medieval, China e Japão milenares, a invasão da América Espanhola, entre outros, incluindo a versão mitológica de alguns desses povos.
POR LUCAS INÁCIO
Valiant Hearts
Voltando aos grandes estúdios, aqui vai um jogo no estilo quebra-cabeça para quem quer conhecer mais sobre a Primeira Guerra Mundial e gosta de histórias humanizadas em um raro jogo de guerra sem violência gráfica ou personagens em combate direto. Na verdade, são dois jogos que formam a sequência “Valiant Hearts” (“Corações valentes”, na tradução): “The Great War” (“A grande guerra”, de 2014, no centenário do acontecimento) e “Coming Home” (“Voltando para casa”, de 2023).
O primeiro jogo, lançado pela gigante Ubisoft, tem uma característica 2D com visual bem marcante e que pode ser jogada com quatro personagens: o francês Emile, o alemão Karl, o soldado norte-americano Freddie e a enfermeira belga Anna – na sequência de 2023 há algumas adições de personagens.
O objetivo é resolver as missões e encontrar soluções para os problemas postos durante esta jornada que vai sendo costurada com histórias baseadas em documentos, cartas e entrevistas de pessoas que estiveram no cenário da guerra durante os quatro anos do conflito. O jogo pode ser encontrado em todas as principais plataformas de games
Patrulheiros da História – Angola
Novamente uma ideia desenvolvida por uma universidade, que não tem um grande estúdio por trás, mas que traz muito conhecimento de uma forma divertida e cheia de desafios para a gente vencer.
Nossa dica agora é para jogar online em qualquer navegador e aprender sobre a história africana, afinal, “Patrulheiros da História – Angola” (2018) é uma criação do projeto de extensão Ludo Educativo, de São Paulo, e traz um jogo 2D com missões aparentemente simples, mas desafiadoras. Dois irmãos arqueólogos buscam resgatar os pedaços de uma máscara mágica em uma escavação dominada por uma empresa que quer construir um prédio no local, enquanto a dupla busca manter a história de seu povo.
Sambaquis: uma história antes do Brasil
Como diz o meme: “Aqui é Brasil!”, então vamos sair um pouco das produtoras estrangeiras e valorizar os jogos nacionais, especialmente um que foi criado por diversas universidades. Já que os jogos de civilização não contam a história dos nativos brasileiros, um grupo de arqueólogos da Universidade de São Paulo (USP), em conjunto com a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), de Tubarão, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e outras iniciativas criaram o jogo “Sambaquis: uma história antes do Brasil” (2019).
O nome é bem sugestivo ao apresentar como viviam os povos indígenas do litoral brasileiro em áreas que são caracterizadas como sambaquis – e o litoral catarinense esteve repleto deles. O game é jogado em terceira pessoa e tem o enredo dividido em três partes. No prólogo, você é uma escavadora que encontra um esqueleto que o leva à segunda parte. Nesta, três mil anos antes, como um indígena, e tem a grande missão (com várias tarefas intermediárias) de sepultar uma anciã. Por fim, joga o epílogo como um garoto visitando o museu, o que encerra o jogo e fecha o ciclo.
As opções são para jogar em celulares Android, no computador ou no navegador online.
POR QUE QUANTO MAIS PERTO DO SOL, mais baixa é a
TEMPERATURA?
Densidade do ar
Convecção
O ar no topo de uma montanha é diferente do que estamos acostumados aqui na terra. Por lá, a densidade é menor, por isso, a quantidade de moléculas é baixa, o que dificulta a absorção e retenção do calor.
Outro processo importante é a convecção, ou seja, quando diferenças térmicas e de densidade na atmosfera causam a movimentação do ar. Nas áreas mais baixas, o ar quente que vem da superfície sobe e se expande, e por isso perde energia e consequentemente fica mais frio. Ao mesmo tempo que isso
acontece, o ar frio que vem de cima desce e é comprimido, e assim a temperatura aumenta. Isso se transforma em um ciclo de ar frio descendo e ar quente subindo, o que faz com que o calor da superfície da Terra se espalhe. Já nos lugares mais altos, por causa da pressão atmosférica baixa, o efeito é menos eficiente.
Quando se fala das maiores montanhas do mundo, existe algo em comum entre elas: a presença da neve. No topo destes montes, as temperaturas chegam a graus negativos surpreendentes. No Monte Everest, por exemplo, é comum que o clima fique por volta dos -60º C no inverno. O cume está a quase nove mil metros de altitude, mas se ele está mais perto do Sol que os locais ao nível do mar, por que é tão gelado?
TEMPERATURA?
A verdade é que a altura do Everest não está nem perto da distância entre a Terra e o Sol: cerca de 150 milhões de quilômetros. Por isso, não existe uma proximidade suficiente para aquecer as montanhas. Já a queda de temperatura ocorre por diversos fatores físicos e atmosféricos. Primeiramente, é preciso entender que o calor da superfície terrestre acontece pela radiação solar que atinge o planeta. O solo, os oceanos e a vegetação absorvem essa energia, resultando no aquecimento — por isso, os lugares mais longe do nível do mar são mais frios. Aliás, a cada 100 metros de elevação, a temperatura pode cair por volta de 1º C.
A neve que cobre o solo das montanhas é outro fator que dificulta o aquecimento do local, já que a camada branca reflete a radiação solar, impedindo que a superfície esquente. Conheça outros motivos:
As montanhas
mais frias do mundo
Além do Monte Everest, outras montanhas com grandes altitudes apresentam temperaturas extremamente baixas.
Monte Denali
A montanha mais alta da América do Norte, situada no Alasca, tem 6.194 metros de altitude. Também conhecido como Monte McKinley, o nome Denali vem de um termo da língua nativa do local, que significa “o grande”. Por lá, os invernos são rigorosos, com temperaturas inferiores a -40º C, e podem chegar até 70 graus abaixo de zero no topo.
Monte Vinson
Localizado no lugar mais frio do mundo, a Antártica, o Monte Vinson apresenta temperaturas por volta dos -50º C. O vento intenso é um fator que aumenta ainda mais a sensação térmica extrema. A montanha é a mais alta da região, com altitude de 4.892 metros.
K2
Na fronteira da China com o Paquistão está a segunda montanha mais alta do mundo. Com 8.614 metros de altura, o monte atrai alpinistas corajosos, já que é considerado extremamente perigoso, além de ser profundamente gelado — o clima chega até -50º C.
Monte Elbrus
Partindo para a Rússia, esta é a montanha mais alta da Europa e é um vulcão inativo com dois cumes. O monte abriga 22 glaciares, e a neve está presente durante todo o ano, se intensificando ainda mais no inverno, período em que as temperaturas podem cair para 40 graus abaixo de zero. O local é também uma fonte termal na região e um centro de esportes, como esqui e escalada. Outra curiosidade é que Elbrus foi citado em um dos contos da mitologia grega como o lugar onde o titã Prometeu foi acorrentado.
VOCÊ SABE QUANTOS NERVOS EXISTEM NO CORPO HUMANO?
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Quando colocamos o corpo em movimento, existem diversos nervos que são acionados para que as ações sejam feitas de acordo com o que pensamos. Além do comando, que é ordenado pelo cérebro, existe todo um mecanismo responsável para garantir a movimentação adequada. É nesse momento que entram em ação os nervos, responsáveis por permitir uma simples caminhada ou até mesmo aqueles movimentos involuntários. Ao todo, são 86 nervos em funcionamento para que o organismo funcione, divididos entre espinhais e cranianos. Outra curiosidade é que, além dos nervos principais, outras ramificações menores auxiliam as reações do corpo. A regulação da respiração, a sensação do toque, temperatura, pressão e dor são outros fatores que podem ser regulados — e muitos comandos passam pelo sistema nervoso central.
QUAL É A PESSOA MAIS ALTA E A MAIS BAIXA DO MUNDO?
Além do tom de pele, cor de cabelo e traços de personalidade, existe outra característica que torna cada ser único: a altura. Fatores como genética, alimentação e até mesmo o sono podem influenciar o crescimento, o que explica o motivo da altura média de homens e mulheres variar de acordo com o país.
É POSSÍVEL VIVER SEM CORAÇÃO?
O coração é um dos órgãos mais importantes do corpo humano, responsável por bombear sangue e levar oxigênio e nutrientes para todas as partes do organismo. Sem ele, nada funciona direito. Mas será que dá para viver sem um coração? Apesar de parecer impossível, a ciência moderna mostrou que existem maneiras de contornar essa falta — embora elas sejam bem temporárias. Quando o coração para de funcionar, o corpo entra em colapso porque o sangue não consegue circular e as células começam a ficar sem energia. Mas, com a ajuda da tecnologia, é possível substituir temporariamente essa função. Um exemplo é o coração artificial, que é como uma bomba mecânica colocada dentro ou fora do corpo para fazer o trabalho de bombear o sangue. Esses dispositivos são usados enquanto a pessoa espera por um transplante, e, embora não sejam a solução definitiva, são uma maneira eficaz de manter tudo funcionando. Outra alternativa tecnológica é o uso de aparelhos chamados de Dispositivos de Assistência Ventricular Esquerda (LVADs), que ajudam o coração a trabalhar, em vez de substituí-lo completamente. Eles impulsionam o sangue e permitem que uma pessoa viva por meses ou até anos com um coração que precisa de suporte. Mesmo com esses avanços, viver completamente sem coração, de forma indefinida, não é possível. A tecnologia atual ainda depende de soluções temporárias, e o coração continua sendo insubstituível no longo prazo. É por isso que cuidar dele é tão importante — fazer exercícios, manter uma boa alimentação e evitar o estresse são formas de garantir que esse órgão vital continue trabalhando bem.
Embora a maioria das pessoas passem despercebidas em relação a isso, há aqueles que se destacam pelas alturas impressionantes, seja por estaturas muito abaixo ou acima da média. Sultan Kosen, por exemplo, é considerado o homem mais alto do mundo desde 2009, com notáveis 2,51 metros. Diagnosticado com gigantismo hipofisário, o turco teve um crescimento comum até os dez anos, quando um tumor alterou as proporções de seu corpo. Seu pé, de 36,4 centímetros, mede mais do que a metade da mulher mais baixa já registrada, Jyoti Amge, que tem apenas 62,8 centímetros. A indiana sofre de acondroplasia, um tipo de nanismo que impede seu crescimento após uma determinada altura. Já o homem mais baixo do mundo é o iraniano Afshin Esmaeil Ghaderzadeh, medindo 65 centímetros e pesando cerca de 6,5 kg. Também originária da Turquia, Rumeysa Gelgi é a mulher mais alta — diagnosticada com a síndrome de Weaver, condição que acelera o crescimento, ela atinge 2,15 metros de altura.
Para proporcionar um dia especial para as crianças, a professora regente Maiara
Daniele Ardino e as auxiliares Carla Cristina
Carvalho Pereira e Maria Vitória Jaschke da Silva, do Centro de Educação Infantil (CEI) Fátima, promoveram um dia de spa para os pequenos da unidade. Os momentos de atividades lúdicas e de massagens ajudaram a turma a entender mais sobre a higiene corporal e o autocuidado.
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Para celebrar a importância das mulheres na ciência, os estudantes do oitavo e do nono ano da Escola Municipal Amador Aguiar elaboraram sacolas literárias temáticas durante as aulas de Língua Portuguesa, da professora Kátia Metzler Longo Claudino. Dentro dos objetos estava uma ficha de pesquisa, desenvolvida pelos alunos, sobre as cientistas, junto com imagens e itens relacionados ao assunto.
Fotos: CEI
Fátima/Divulgação
Fotos: EM
Amador
Aguiar/Divulgação
Para incentivar o hábito de leitura dos estudantes, a professora Rosiane Afélis dos Santos Elias, da Escola Municipal Pauline Parucker, propôs uma atividade diferente durante os momentos na biblioteca: cada estudante apresentou a obra lida para os colegas. Para isso, os alunos utilizaram o chromebook e a lousa digital para preparar a apresentação do livro — o objetivo era inspirar a turma a entrar no mundo da leitura. Obras como “Godi”, de Fábio Ferreira, e “O urso rabugento”, de Nick Bland, foram alguns dos exemplos expostos.
Com o número de casos de dengue aumentando durante o primeiro semestre do ano, é importante chamar a atenção para o tema e evitar que o mosquito se multiplique rapidamente — lição que as turmas do quinto ano B e D, da Escola Municipal Professora Rosângela Martinowsky Baptista, estão aprendendo. Durante as aulas da professora Luciana Frazzon Assmann, os estudantes criaram um lapbook interativo sobre a dengue, com informações sobre a doença e as maneiras de se prevenir. Com o projeto pronto, os alunos desenharam o mosquito e fizeram a impressão 3D do inseto, com o auxílio da professora Cristiane Bernardino Miranda.
Fotos: EM
Pauline
Parucker/Divulgação
Fotos: EM Professora Rosângela Martinowsky
Baptista/Divulgação
Após a reinauguração do cantinho da leitura na biblioteca da unidade, a professora Josineuma Justino Alves Julião proporcionou diversos momentos especiais no espaço para os estudantes, como a leitura com o Stitch, ações para celebrar o Carnaval e comemorar o aniversário de Joinville, além de uma atividade para libertar o pássaro da leitura.
EM EVALDO KOEHLER PIRABEIRABA
As turmas do primeiro ano estão aprendendo sobre a Páscoa de um jeito diferente: conhecendo a cultura alemã e a tradição da Osterbaum (“árvore de Páscoa”), com a professora Daiane Menegaro, enquanto pintam cascas de ovos.
EM NELSON DE MIRANDA COUTINHO JARIVATUBA
Os pequenos da unidade aprenderam sobre a importância da higiene bucal durante uma atividade desenvolvida pela professora Cristiane de Souza Rover. As crianças utilizaram modelos de boca, escovas de dente e representações gráficas para explorar de modo lúdico o momento de cuidado com a saúde e o bem-estar.
CEI MARIA LAURA CARDOSO ELEOTÉRIO ULYSSES GUIMARÃES
REVELAÇÃO PEDAGÓGICA
POR SOR JEFERSON (JEFERSON RENATO VEIGA) PROFESSOR DA EM DOM JAIME DE BARROS CÂMARA
É uma proposta para o mundo, enfim
De só se fazer aquilo que se sabe:
Aprender
Quem?
Para quê?
Quando?
Onde?
Por quê?
São as perguntas que mais se encontram
Só não se acham as respostas
Perdidas no currículo
Fazem da sua procura o caminho em si
Procura quem quer
Acha quem pode
Utiliza quem precisa
O que é importante saber?
As palavras?
As frases?
Os textos?
Não importa
É sempre um mundo em fim
Inevitavelmente encontrando um novo começo
DESAFIO
RUPESTRE:
CRIE SUA PRÓPRIA PALETA DE CORES PRÉ-HISTÓRICA!
Nos anos 2000, quando os computadores eram grandes cabines brancas (pelo menos quando eram novos), o programa mais sensacional, sem sombra de dúvida, era o Paint . Muitos jovens passavam horas no aplicativo tentando aprimorar suas habilidades artísticas, que iam desde desenhos do reflexo da lua no mar em uma noite estrelada, jardins floridos, até barras de chocolate.
Hoje em dia, temos muitos aplicativos para desenhos e criação de artes que facilitam a vida de quem precisa fazer um trabalho criativo em pouco tempo — e não reclamamos por isso (o diagramador da revista agradece!).
SERÁ QUE VOCÊ CONSEGUE?
Imagine que você precisa fazer um trabalho para a aula de artes para entregar amanhã. Nele você tem que desenhar uma paisagem que o representa. Mas tem um detalhe: você está na era dos homens das cavernas. E agora? Com esta situação incrivelmente possível de acontecer (contém ironia!), a gente não podia deixar de dar dicas para fazer tintas que darão vida ao seu desenho rupestre.
AMARELO
• 2 colheres de sopa de açafrão em pó;
• 2 colheres de sopa de água;
• 4 colheres de sopa de cola branca líquida.
Misture o açafrão com água, até virar uma pasta, depois adicione a cola branca líquida para a fixação.
AZUL
• ½ repolho roxo picado;
• 2 xícaras de água;
• 1 colher de chá de bicarbonato de sódio (para transformar o roxo em azul).
Com a ajuda de um adulto, cozinhe o repolho por dez a 15 minutos. Coe o líquido e espere esfriar, depois adicione o bicarbonato de sódio aos poucos, mexendo até ficar na cor desejada.
VERMELHO
• ½ xícara de morangos ou framboesas;
• ¼ de xícara de água;
• 1 colher de chá de vinagre.
Amasse os morangos até soltar bastante suco. Misture tudo com a água e o vinagre e, para finalizar, coe.