Neste mês especial, Joinville completa 174 anos, e nada melhor do que destacar seus diferenciais: cidade da dança, das flores e da inovação. Assim como Joinville se reinventa, a educação também avança, trazendo projetos inspiradores para nossas escolas. Nesta edição, exploramos iniciativas que unem tecnologia e aprendizado, como o uso de histórias em quadrinhos para o ensino de inglês e um projeto premiado de inovação para o trânsito. Além disso, mergulhamos em temas curiosos: você sabe se as zebras têm mais listras brancas ou pretas? Ou quais cores os animais enxergam?
Nosso espaço também traz dicas para manter o foco nos estudos, desintoxicação digital e cultura pop, com uma seleção imperdível de doramas. E no “Mural dos Estudantes”, valorizamos projetos que promovem acolhimento, inclusão e criatividade. A educação transforma o futuro, e cada ação conta.
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
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NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br
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ANA CAROLINE ARJONAS
DAIARA CAMILO
LETÍCIA MARTENDAL
Repórter
Estagiária
Assistente de Mídia
/conteúdo
Cruzadinha Inglês em quadrinhos
Desvendando novidades antigas
Anne de Green Gables
Da Festa das Flores ao Festival de Dança: 174 anos de Joinville #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #27 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #15 #08 #10 diversão gibis capa como funciona? inovação spoiler notícias das escolas cultura pop desconecta wi-fi saideira mão na massa nosso planeta mural dos estudantes galerias educação transformaque diário escolar conhecimentos gerais
De olho nos biomas que não existem no Brasil: como surgem e quais são as diferenças?
Alunos da EJA têm oportunidade de qualificação profissional
Fãs de doramas e k-dramas: este momento é de vocês!
Construindo o município do futuro
Desintoxicação digital: um reset para a vida real
Desconecte para conectar: como equilibrar o uso do celular e a vida real
Escola Aprenda a encher balões sem perder o fôlego
10 mitos e verdades sobre o mundo animal
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Maior festival de dança do mundo, realizado anualmente.
Nome do morro onde fica o Mirante de Joinville.
Famoso casarão colonial da cidade.
Uma das comidas típicas joinvilenses.
Nome do jacaré que foi visto tomando sol em público.
Um dos setores econômicos mais importantes da região.
Joinville é conhecida como “A cidade das....”.
Outra característica marcante do município.
Renomado teatro da cidade.
Atração turística que encanta os visitantes.
Repostas: 1. Festival de Dança; 2. Boa Vista; 3. Palácio dos Príncipes; 4. Chineque;
O livro “Anne de Green Gables”, publicado em 1908, é um romance da escritora canadense L.M. Montgomery. Foi escrito como ficção para leitores de todas as idades, mas nos últimos tempos está sendo considerado literatura infantojuvenil.
A trama nos conta a história de uma garotinha chamada Anne Shirley, que perdeu os pais ao nascer e foi adotada por duas famílias que a rejeitaram. Assim, foi morar em um orfanato e buscou nos livros e na imaginação uma maneira de se divertir. Quando os irmãos Marilla e Matthew Cuthbert, da fazenda Green Gables, decidem adotar, foi enviada a eles uma menina ruiva de 11 anos enganosamente. A chegada dela foi inesperada, mas
com seu jeito curioso e uma imaginação fértil e peculiar, tagarela demais, a menina conquista rapidamente os pais adotivos.
A personagem com espírito questionador desperta o interesse das pessoas do lugar, causando um rebuliço total no vilarejo.
A história apresenta valores fundamentais, como ética, solidariedade, honestidade e a importância da amizade. Foi traduzida para mais de 20 idiomas e adaptada para o teatro e o cinema, com grande sucesso de público. Em nossa escola, o livro foi apresentado por uma aluna trajada conforme as características da personagem, para o grande grupo, no espaço da infoteca.
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
Eu sou Malala
Malala Yousafzai com Christina Lamb
Tipo assim, uma Monalisa
Jura Arruda
Gigantes também nascem pequenos
Regina Chamlian
A palavra mágica Moacyr Scliar
Março é um mês para lá de especial para os joinvilenses. É época de celebrarmos mais um ciclo e revisar a história da cidade. Há 174 anos, no dia 9, terminava de desembarcar a primeira leva de imigrantes alemães, suecos e noruegueses na região, que se uniram aos povos brasileiros e indígenas que já viviam por ali — assim se deu início à Colônia Dona Francisca e, anos mais tarde, a Joinville.
Seja pela tecnologia, esporte, educação, paisagem e, claro, a dança, a cidade é destaque no Estado. E para celebrar seus 174 anos, que tal conhecer os dez pontos mais especiais do município?
DA FESTA DAS FLORES AO FESTIVAL DE DANÇA:
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Expressões do povo
Devido ao tamanho continental do Brasil, é normal que cada região possua gírias e um dicionário único, e em Joinville não é diferente. Cada geração tem seus próprios costumes, por isso, ditados como “caixão pro Billy” (algo sem solução) e “lavar a égua” (tirar vantagem) já estiveram na boca do povo.
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Ritmo e arte
Que a cidade é a sede do Festival de Dança, o maior em número de participantes, todo mundo já sabe, né? Mas outro fato é que Joinville abriga a única filial da Escola de Balé Bolshoi fora da Rússia, instalada em março de 2000. Por isso, o município é referência nacional e internacional na dança.
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Cidade inovadora
Além de ser a única a ganhar uma filial do Bolshoi, a cidade foi pioneira em outras áreas: a criação do primeiro jornal germânico renomado no Brasil, o Kolonie-Zeitung; a primeira do Estado a ter um posto de gasolina totalmente acessível a pessoas com deficiência e a realizar o primeiro transplante renal de Santa Catarina.
174 DE JOINVILLE anos
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Delícias típicas
Na cidade tem de tudo, desde frutos do mar até aquelas sobremesas imperdíveis. No entanto, há uma culinária que se destaca: a gastronomia alemã. É comum encontrar pratos como o marreco recheado, rollmops, strudel, orelha de gato e, claro, o protagonista chineque.
Chuva sem parar
Apelidada carinhosamente como “Chuville”, a cidade se destaca por ser uma das que menos tem dias de sol no país. O ano de maior notoriedade foi em 2015, com o registro de chuvas em 294 dias, sendo 40 deles com chuvas constantes. Alguns fatores contribuem para isso, como a região úmida, a proximidade com mar e rios e a vegetação densa.
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Cidade das flores
Além da chuva, outra característica é marcante: as flores. O cuidado com os jardins e a criação de plantas ornamentais faz com que a cidade seja conhecida por elas. A Festa das Flores, promovida pelo município, é considerada patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado.
Natureza viva
Com paisagens que vão desde montanhas preservadas até mangues e praia, Joinville possui um ecossistema riquíssimo, encantando os admiradores da natureza. A Serra Dona Francisca, o Parque Zoobotânico, a Estrada Bonita e o Mirante de Joinville são pontos indispensáveis para quem busca contemplar o meio ambiente.
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Potência industrial
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Mascotes únicos
Quem passa pela Avenida José Vieira já deve ter se encantado com filhotes de capivara que descansam nas margens do rio. Mas quem se destaca de verdade é outro animal: o jacaré-de-papoApesar da aparência perigosa, o réptil se tornou o mascote da cidade, ganhando até o apelido de Fritz.
amarelo.
Chamada de “Manchester catarinense”, Joinville é uma referência de polo industrial e tecnológico em nível estadual e nacional. As áreas de maior destaque são a de metalmecânica, tecido, alimentos, eletrodomésticos, computadores, softwares e de máquinas.
Legado
voluntário
Outro pioneirismo atribuído à cidade é a criação da primeira organização de bombeiros voluntários no Brasil, em 1892.
DE OLHO NOS
BIOMAS
QUE NÃO EXISTEM NO BRASIL:
COMO SURGEM E QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS?
Tundra
Em regiões de temperaturas excessivamente baixas, como o Polo Ártico, o bioma é composto por solos permanentemente congelados, com vegetação rasteira e uma fauna adaptada ao frio, incluindo animais como renas, aves migratórias, lebres-árticas e boi almiscarado. Enquanto o inverno é severo, o verão é curto e as temperaturas dificilmente ultrapassam os 10ºC.
Taiga
Conhecido também como Floresta Boreal ou Floresta de Coníferas, o bioma se desenvolve no hemisfério Norte, em regiões de clima frio e úmido, como Canadá, Rússia e Suécia. Apesar de os invernos serem rigorosos, o verão é ameno. Alces, ursos, lobos, raposas e esquilos fazem parte da fauna local. Já a flora é composta por pinheiros, abetos e araucárias, formando florestas densas com árvores altas.
Dono de uma diversidade única, o Brasil é lar de uma variedade de ecossistemas que abrigam espécies de animais e plantas capazes de embelezar qualquer ambiente. Da majestosa Amazônia à encantadora Mata Atlântica, nosso território é formado por seis biomas principais, que incluem também a Caatinga, o Cerrado, o Pantanal e o Pampa. No entanto, existem outros biomas mundo afora que não fazem parte da natureza brasileira, seja pelas condições extremas de frio ou pela aridez quase absoluta. Que tal explorar esses ecossistemas e descobrir novos cenários que revelam a riqueza do planeta Terra?
Floresta
Temperada
Localizada em regiões da Europa, América do Norte e Ásia, como Alemanha, Estados Unidos e Coreia do Sul, tem quatro estações definidas, chuvas bem distribuídas e temperaturas amenas. As plantas mais características do bioma são os carvalhos, enquanto os animais incluem javalis e veados.
Deserto
Lembrado pelo imponente deserto do Saara, o bioma é formado em ambientes com pouca umidade e em regiões desérticas. O baixo índice pluviométrico (a medida que indica a quantidade de chuva), a alta evaporação e a grande variação de temperatura entre o dia e a noite são as características mais marcantes. Devido ao clima extremo, a vegetação é escassa e precisou se adaptar à seca — com cactos, gramíneas e pequenos arbustos como parte da composição. Já os animais têm características que permitem se adequar à falta de água, como camelos, serpentes, lagartos e insetos.
O QUE VOCÊ
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estudantes criam quadrinhos em inglês e desenvolvem a leitura em outro idioma.
Tempo de leitura: 5 minutos
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Marcado pela presença dos desenhos, das falas dos personagens e das características peculiares de cada figura, os gibis representam, para algumas pessoas, uma proximidade com a leitura, seja na fase adulta ou até mesmo nos primeiros anos de vida. Com cores chamativas, piadas e até mesmo situações que simulam aquilo que ocorre no dia a dia, são diversos quesitos que podem conectar as gerações com aquilo que começou a ganhar fama no Brasil a partir da década de 1860, com a divulgação de um dos primeiros quadrinhos nacionais, “As aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma viagem à Corte”.
Desde aquele tempo, muitos outros escritores surgiram, dando vida às figuras que marcaram diversas crianças e adolescentes, como a “Turma da Mônica” e suas confusões. E foi partindo da proximidade com os contos de Mauricio de Sousa que a professora de Inglês Soraya Rachel Pereira, da Escola Municipal Professora Virgínia Soares, mostrou aos estudantes do sexto ano um jeito novo de aprender a língua estrangeira. A iniciativa surgiu a partir do convite para participar de um webinar — um seminário online — do British Council (Conselho Britânico). O encontro foi uma oportunidade para reforçar a forma como os estudantes aprendem, priorizando a leitura e a oralidade.
Os quadrinhos foram criados levando em consideração assuntos do dia a dia
Meio ambiente e a busca por direitos iguais foram alguns dos temas abordados
“Aprender inglês não é só ser uma pessoa bilíngue, é ser um ser humano melhor, um cidadão ativo no mundo, que pensa no outro e que tem empatia e solidariedade, principalmente a tolerância e o respeito às culturas diferentes”, pontua a professora. Pensando no que seria apresentado aos demais participantes do evento, a ideia inicial era trabalhar com as histórias da “Turma da Mônica” em inglês, mas a alternativa foi substituída por aquilo que foi criado pelos próprios alunos, partindo das vivências e ponderações de cada um — e os assuntos foram desde meio ambiente até respeito com a terceira idade. “Eu me surpreendi muito por ser um sexto ano, de crianças com 11, 12 anos, tendo esse tipo de insight de falar de alienígenas, de uma simples bola mágica, de salvar o planeta, de um mundo melhor, da vida marinha, do furacão Milton. A natureza e o meio ambiente vieram à tona.”
As experiências foram compartilhadas com profissionais de outros países, dando abertura para que pudessem aprender com aquilo que foi feito pelos alunos do sexto ano. Outro ponto que despertou a atenção da educadora foi a habilidade da turma em transformar as situações do dia a dia em histórias atrativas e atuais. “Teve um que fez o furacão Milton, por exemplo, que era um tema extremamente atual na época. Eles tiveram esse senso crítico e essa autonomia de escolher o tema.”
O processo de criação dos quadrinhos em papel foi uma atividade feita em dupla, momento que os colegas tiveram para avaliar os assuntos e estruturar os desenhos em falas. Ao final, também foi possível transformar as histórias em uma versão digital dos contos, além da interpretação das falas dos personagens.
A professora, que focou a dissertação de mestrado no estudo sobre as funcionalidades das ferramentas no aprendizado, viu na atividade o desenvolvimento da turma, até mesmo daqueles que não acreditavam que era possível. “Aquele que não é tão fã da escrita, aquele que às vezes pensa que não tem criatividade ou se subestima, que não é capaz de escrever alguma coisa, às vezes surpreende”, diz a educadora.
Para aqueles que colocaram a mão na massa e produziram o trabalho, a iniciativa foi uma oportunidade para testar suas habilidades. “Achei bem legal a ideia da professora, que pediu para fazermos uma história em quadrinhos. A proposta dela era que escolhêssemos algo importante”, conta Isabelly Carolinny Hauffe, que, na época, estava no sexto ano.
No caso de Bernardo de Souza, da mesma série, a produção foi uma chance de abordar um tema relevante: o cuidado com a terceira idade. “A minha história tem como tema o respeito aos mais velhos. Pensei nisso porque, hoje em dia, vemos muitos adolescentes tratando mal os idosos, até os mesmo os parentes”, explica. No webinar, a professora selecionou alguns trabalhos para expor durante uma conversa, incluindo o de Camila Vitória Branco, também do sexto ano. “Quando soube dessa escolha, senti uma mistura de orgulho e gratidão. Para mim, esse livrinho não é apenas uma coleção de desenhos, mas uma forma de expressar tudo o que aprendi e todas as experiências que tive”, revela a estudante.
Fotos: EM Professora Virgínia Soares/Divulgação
CRIANÇAS REFLETEM SOBRE EMOÇÕES NA VOLTA ÀS AULAS
Durante os primeiros dias das voltas às aulas, os estudantes do primeiro ano B da Escola Municipal Professor Avelino Marcante Extensão evidenciaram outro tema além dos novos conteúdos dos componentes curriculares: seus sentimentos. A professora de Ensino Religioso Claudia Maria Correa, juntamente com a professora auxiliar Lara Beatriz Barbosa Albuquerque, desenvolveu uma ação que buscou identificar e acolher as semelhanças e diferenças entre as crianças e promover o respeito mútuo.
Foram feitas perguntas em relação a como os pequenos estavam se sentindo com o retorno das aulas, como eles achavam que a professora estava se sentindo e se respeitam as opiniões e emoções dos colegas. Para aprofundar a reflexão sobre o tema, a turma conheceu a história da obra “O livro dos sentimentos”, de Todd Parr, e participou de uma roda de conversa. Para finalizar a atividade, cada criança recebeu um balão em que desenhou um rosto para representar o que estava sentindo, como uma carinha feliz, por exemplo.
REFLEXÃO CRÍTICA E ARGUMENTAÇÃO SÃO TRABALHADAS EM
ATIVIDADE ESCOLAR
Para estimular o pensamento crítico e a empatia dos estudantes, assim como incentivar o respeito às diferenças, o professor Guilherme Felipe Correia do Carmo, da Escola Municipal Senador Carlos Gomes de Oliveira, elaborou o projeto “Abra sua mente”. Os alunos do quinto ano participaram de uma etapa de perguntas instigantes e dilemas do cotidiano, momento em que puderam expressar suas opiniões. Após isso, foram apresentados contrapontos, com o objetivo de introduzir outras perspectivas sobre o mesmo assunto. Durante a atividade, os estudantes registraram como foi o aprendizado, evidenciando como a experiência impactou a forma de pensar. Além do respeito e da reflexão diante dos assuntos do dia a dia, a argumentação foi outro ponto desenvolvido ao longo do projeto.
Fotos: EM Professor Avelino
Marcante Extensão/Divulgação
ALUNOS DA EJA
TÊM OPORTUNIDADE DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Nas duas propostas, há oferta de qualificação profissional por meio de instituições parceiras. As opções de cursos são nas áreas administrativa, industrial, tecnológica e têxtil. Também há oportunidade de realização de projetos de pesquisa, empreendedorismo ou na área de tecnologia.
A EJA ocorre em diferentes escolas municipais distribuídas pela cidade. São elas: Adolpho Bartsch (Pirabeiraba), Dom Jaime de Barros Câmara (Comasa), Prefeito Joaquim Félix Moreira (Paranaguamirim), Professora Laura Andrade (Jardim Iririú), Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi (Jardim Paraíso) e Valentim João da Rocha (Vila Nova), além da Escola Municipal de Jovens e Adultos (Itaum).
Os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) começaram as aulas no último mês com a oportunidade de obter uma qualificação profissional inicial, ao mesmo tempo em que completam o Ensino Fundamental. A modalidade de ensino é oferecida pela Secretaria de Educação de Joinville para qualquer estudante com mais de 15 anos e que não tenha concluído o ensino regular.
A Educação de Jovens e Adultos é dividida em duas modalidades: primeiro segmento (primeiro a quinto ano), em que o aluno avança à medida em que evolui no aprendizado; e segundo segmento (sexto a nono ano), podendo concluir toda a etapa em dois anos. As aulas ocorrem de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 22h.
Para o segundo segmento são duas propostas pedagógicas. A primeira é a EJA presencial, em que as aulas ocorrem de segunda a sexta-feira no período noturno com turmas distribuídas em sete escolas-polo da cidade.
Já a segunda proposta é a EJA 4.0, que oferece aulas presenciais em dois dias da semana e três dias de carga horária indireta. O formato entrega mais flexibilidade e facilidade para os adultos que trabalham e têm outras obrigações que os impedem de frequentar a escola todos os dias.
C NSTRUINDO MUNICÍPIO D FUTURO
Estudantes do Lab Maker criam soluções tecnológicas e sustentáveis para transformar o espaço urbano
POR ANA CAROLINE ARJONAS
O QUE VOCÊ
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semáforos inteligentes e estacionamento digital foram algumas das ideias dos alunos do sexto ao nono ano.
Tempo de leitura: 6 minutos
Você já imaginou como seria uma cidade inteligente, pensada de forma sustentável e colocando no centro das discussões a automatização e a experiência do usuário? Basta imaginar como seria Joinville se todos os fios fossem subterrâneos, se os semáforos fossem inteligentes, acompanhando a passagem do pedestre, e se o estacionamento fosse reservado por um aplicativo no celular.
É verdade que algumas dessas melhorias podem sugerir a criação de um município do futuro, mas a discussão sobre uma cidade mais conectada foi o que motivou os 22 estudantes do sexto ao nono ano que participaram do Lab Maker da Escola Municipal Emílio Paulo Roberto Hardt. Por lá, a idealização de um novo lugar surgiu por meio do desafio proposto pela Arteris Litoral Sul. Como a unidade fica às margens da BR-101, ninguém melhor do que eles para planejar um espaço adequado.
Ao longo do projeto, a segurança no trânsito foi incentivada entre os jovens
Os estudantes do Lab Maker compartilharam os conhecimentos com as turmas mais novas
A participação da turma foi conduzida pela atual auxiliar de direção, Cristiane Schulze Schubert. O primeiro passo foi apresentar tópicos que reforçassem a segurança no trânsito, e a missão era que o grupo pudesse compartilhar esse conhecimento com os demais colegas. “Algumas de nossas atividades foram desenvolvidas pelos alunos do Lab Maker, como a contação de histórias e as músicas sobre segurança no trânsito. Ensaiamos e apresentamos para os menores”, conta a profissional, que no ano passado estava à frente do espaço. O objetivo era que cada escola pensasse em formas de melhorar o uso do espaço público, com facilidades que pudessem ser acessadas na palma das mãos ou com o auxílio da tecnologia. “Nossa escola foi uma das premiadas: ganhamos na categoria de inovação tecnológica e cidadania planetária, que consiste em estudar, junto com os alunos, como seria uma cidade planetária e um planeta sustentável”, conta a auxiliar. As soluções foram pensadas a partir das experiências dos alunos, que apontavam o que poderia ser melhorado e como a cidade
MUDANÇA DE ATITUDE
Além de incluir a tecnologia e novas ferramentas no desenho de uma cidade inteligente, a iniciativa também apresentou conceitos importantes, como a direção segura (sem álcool) e o uso adequado da cadeirinha, ações que refletiram nas ações dos jovens. “Mudaram as atitudes, porque antes eles não paravam para pensar na questão do cinto de segurança, no sinal amarelo, na furadinha de sinal e na faixa de pedestre. Eles vêm muito de bicicleta para nossa unidade, e o comportamento no uso da bicicleta mudou bastante. Acompanhamos eles na saída e vi que melhorou”, finaliza Cristiane.
poderia ser estruturada. As ideias incluíram coleta de lixo subterrânea e até estacionamento inteligente.
“Nós pensamos em semáforos inteligentes, com placas solares para manter a energia dos próprios semáforos e de toda a parte elétrica. Também idealizamos faixas de pedestres inteligentes, com sensores que, ao detectarem a aproximação de uma pessoa, fariam o sinal fechar, permitindo a travessia com segurança. Abordamos a questão da educação no trânsito tanto para pedestres quanto para motoristas.”
A auxiliar também salienta que o Lab Maker era um ponto de inovação, com diversos desafios e participações, como a inscrição (e premiação) na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), por exemplo, além do projeto de reciclagem, que consistia em recolher itens reutilizáveis para utilização no laboratório — o que não tinha uso era vendido e revertido em dinheiro para o grupo.
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
turma explora fitas VHS, máquinas de escrever e orelhões para entender a evolução da comunicação ao longo do tempo. Tempo de leitura: 9 minutos
Foto:
Leve
Fotogra
POR JULIANE GUERREIRO
Sabe quando bate aquela vontade de assistir a um filme? Hoje é só acessar o seu streaming favorito e escolher entre milhares de opções! Mas há não muito tempo, essa tarefa era um pouco mais difícil, viu? Era preciso ir a um local chamado locadora, escolher um filme entre muitas opções — mas não tantas quanto existem agora —, pagar um aluguel, levá-lo até em casa em um objeto chamado fita, finalmente assisti-lo em um aparelho de videocassete e depois ainda voltar à locadora para devolvê-lo. Pode até parecer que isso aconteceu há muitas décadas, mas é só perguntar para os seus pais, avós ou professores para ver que não faz muito tempo que as coisas eram assim. E depois das fitas VHS
e dos videocassetes, vieram os DVDs, mais modernos, até que toda a tecnologia nos trouxe aos streamings que a gente conhece hoje e que facilitam a vida de quem ama assistir a filmes e séries pela internet, sem precisar sair de casa. Essa transformação da tecnologia, aliás, não aconteceu só em relação a como assistimos, mas também a como ouvimos música, nos comunicamos e muito mais. E quem sabe explicar tudo isso direitinho são os alunos que completaram o nono ano em uma turma da Escola Municipal João Costa no ano passado. Com foco na globalização, eles viram que o mundo mudou rapidinho e que o que era rotina nos anos 1980, 1990 ou 2000, hoje é raridade.
Julia e Isadora sentiram a nostalgia de fazer ligações no orelhão
DESCOBRINDO RELÍQUIAS EM CASA
A professora Raquel Antpack de Oliveira do Nascimento conta que o nono ano estuda a globalização durante as aulas de Geografia. Aliás, se você ainda não estudou esse tema, a gente explica: a globalização é como uma integração em escala mundial, que impacta a economia, a cultura e outros aspectos dos países pelo mundo — e tem tudo a ver com muitos dos avanços em transportes e em comunicação que vivemos hoje.
“A gente mostra que as tecnologias, além de terem evoluído com a globalização, também ampliaram e facilitaram a globalização. Antes eu apresentava essas tecnologias aos alunos, mas dessa vez a proposta foi fazer um museu da tecnologia. Eu disse: ‘vão no quartinho da bagunça, na oficina do avô, na garagem da avó e descubram coisas que já foram top da tecnologia e hoje caíram em desuso’”, conta a professora.
A partir daí, os estudantes se mobilizaram e trouxeram para a escola vários objetos antigos, muitos guardados há tanto tempo que eles mal conheciam. A estudante Julia Neis, 15, não sabia que tinha um aparelho de videocassete em casa até precisar dele para o projeto. “Meu pai me explicou que via quando era criança, falou como era ir na locadora e alugar. Foi uma diferença muito grande de realidade porque agora tem aplicativo, nem de TV precisa”, destaca.
Fitas VHS, videocassete, monóculo de fotografia, DVDs, CDs, máquina de escrever e até um orelhão: tudo isso foi levado à escola e os alunos montaram uma feira para apresentar essas “novidades antigas” aos estudantes de outras turmas. “Os professores contaram coisas novas e as crianças ficaram chocadas”, completa Julia.
Para a professora, o diálogo entre os alunos e as famílias é um dos destaques do projeto, assim como a apresentação na feira, que ajuda os estudantes a se prepararem para o mercado de trabalho. “Era a minha intenção que eles percebessem que as coisas evoluem muito rápido, que a gente tem que ter consciência no descarte e o quanto a comunicação se abriu”, complementa Raquel.
Fotos:
Leve
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COMO AS COISAS MUDAM! DO ORELHÃO AO SMARTPHONE:
Se hoje é tarefa rápida fazer uma ligação para alguém, há alguns anos não era assim, sabia? A forma mais rápida de se comunicar com quem estava longe era o orelhão, telefone público que permitia ligar para outras pessoas ao custo de algumas moedas. Até hoje, alguns ainda podem ser encontrados em ruas de Joinville. Preste atenção quando estiver passeando!
Vitória Rodrigues da Silva, 15, conta que o contato com objetos antigos traz muita nostalgia. Ela, por exemplo, assistia a filmes em DVD na casa do avô, que tinha uma gaveta cheia deles. “Ele tem o aparelhinho e o controle até hoje. A tecnologia traz um grande avanço, mas dá nostalgia, saudades de pegar o orelhão e apertar os botõezinhos. Hoje é tudo na mão. Eu gosto dessas coisas antigas, sempre quis usar”, fala a estudante. Aliás, essas coisas antigas também trazem outros
sentimentos além da nostalgia. A aluna Letícia de Souza conta que, por causa do projeto, descobriu uma fita VHS em casa. “Minha mãe falou que nela está o vídeo do casamento dela e do meu pai, então é algo muito legal para guardar, mesmo que com a globalização a gente consiga as coisas mais fácil”, conta. Ou seja, mesmo em desuso, esses objetos guardam grandes memórias!
Já a Isadora Vieira dos Santos, 16, encontrou uma máquina de escrever na casa do avô. “Foi uma experiência muito boa saber como era o passado e ver como as coisas evoluíram”, diz. Para ela, o objeto mais impressionante da feira foi o monóculo de fotografia, levado à escola pela amiga Thalyta Fernandes Barbosa.
Se você nunca ouviu falar nisso, a própria Thalyta explica. “É um objeto feito de plástico com uma lente que você coloca no olho e vê uma foto antiga. Era muito usado em romarias e
circos, como uma lembrancinha para levar. Muitas pessoas têm como recordação”, destaca. É o caso do pai dela, que guarda uma imagem da família no monóculo de fotografia.
Para ela, a evolução da tecnologia é positiva, mas também requer atenção. “Por mais que a gente use, geralmente, para o bem, tem gente que usa para o lado ruim, como para espalhar fake news”, alerta. É por isso que toda tecnologia, nova ou antiga, deve ser usada com cuidado e moderação tanto por crianças e adolescentes quanto por adultos.
Vitória, Thalyta, Raquel, Viviane Tomio, Isadora, Letícia e Julia
Fotos: Leve Fotogra
VOCÊ CONHECE ESSES OBJETOS?
Além da máquina de escrever, videocassete e DVD, há outros objetos que fizeram sucesso no passado e foram superimportantes para a comunicação. Olha só!
• Disquete: esse objeto é praticamente o “pai dos pendrives”! Ele servia para guardar arquivos e transferi-los entre computadores, mas tinha pouquíssimo espaço para o armazenamento, bem diferente dos pendrives e HDs de hoje;
• Mimeógrafo: esse parente da copiadora era muito usado para fazer cópias na sala de aula. O problema é que o seu uso envolvia um certo trabalho braçal e ele só fazia uma cópia por vez, o que tomava muito tempo dos professores;
• Fax: praticamente extinto, o fax era como um e-mail de antigamente, mas menos tecnológico. Na prática, ele transferia documentos de forma remota de um aparelho a outro e era muito usado em escritórios;
• Câmera analógica: antes de você conseguir fazer fotos com o seu smartphone, as câmeras digitais eram um sucesso. E antes delas, havia as analógicas, câmeras que funcionam com filmes, que eram revelados em laboratórios. Demais!
Para Isadora e Vitória, um dos melhores momentos foi conhecer o monóculo de fotografia
Em um universo onde as plataformas de streaming são dominadas por filmes e séries estadunidenses, é bom ver quando produções de outros países vigoram no top dez das mais assistidas. Ocasionalmente vemos obras audiovisuais brasileiras sendo bastante comentadas, mas, nos últimos tempos, foram os doramas e k-dramas que roubaram a cena.
Não é de hoje que o entretenimento asiático tem apelo mundial — dos incontáveis animes e jogos de videogame à explosão do k-pop. Essa cultura chegou a novos patamares quando os doramas ganharam espaço no streaming, trazendo uma combinação de novelas e séries que mantêm o estilo e a narrativa tradicional do Japão e da Coreia do Sul, respectivamente.
Grande parte dessas produções traz a pegada da comédia romântica e, ao contrário dos seriados norte-americanos, são mais objetivas, não duram tantos anos e têm histórias bem amarradas desde a concepção. De bônus, abrem a porta para que tenhamos a chance de vislumbrar diferentes costumes, línguas e legados.
Conheça quatro doramas que trazem personagens e histórias encantadoras!
POR GUSTAVO BRUNING
A força de uma amizade
Mais forte que a estudante de halterofilismo Kim Bok-joo é a lealdade de um amigo verdadeiro, elemento central de “Fada do levantamento de peso, Kim Bok-joo”. Esse dorama combina as desventuras amorosas da protagonista e seus colegas, atletas e estudantes de faculdade, com a beleza das amizades autênticas. Lidar com emoções e inseguranças nem sempre é fácil, mas é possível desfrutar de bons momentos quando temos pessoas leais ao nosso lado.
Fada do levantamento de peso, Kim Bok-joo
(2016)
Otimismo para sonhar
Você pode até estar acostumado com a rotina escolar e a ver séries ambientadas nesse cenário, mas um dorama como “Escola 2017”, que traz os desafios enfrentados por alunos de uma escola sul-coreana, é bem diferente. Não é apenas isso: a trama nos faz pensar sobre a diferença entre classes e as dificuldades que surgem ao planejar o futuro, tudo em um tom leve e divertido. A protagonista é Ra Eun-ho, que nos mostra que somos capazes de sonhar e manter o otimismo mesmo não tendo as melhores notas.
(2017)
Em outubro de 2023, a palavra dorama se tornou parte do dicionário da Língua Portuguesa. Mesmo sendo usada originalmente apenas para produções japonesas, é comum vê-la empregada para tratar de séries da Coreia do Sul e China. Segundo a Academia Brasileira de Letras, o termo engloba obras audiovisuais “produzidas no Leste e Sudeste da Ásia”.
Escola 2017
Todos de mãos dadas
Que tal voltar no tempo, mais precisamente para os anos 1980? No dorama “Responde 1988” conhecemos cinco famílias e acompanhamos sua convivência em um bairro de Seul, capital da Coreia do Sul. Em cada uma está um dos cinco adolescentes protagonistas, que formam um grupo de amizade desde a infância. Cada um tem uma personalidade diferente e vive experiências distintas, desde notas baixas e a dificuldade em receber atenção dos parentes à riqueza repentina e dependência de familiares. É uma história simples, com lições sobre empatia e reflexões sobre aspectos culturais de uma época distante.
Responde 1988
(2015)
Dedicação e parceria
A vida é repleta de possibilidades, mas algo que não descobrimos como fazer, até então, é voltar no tempo. Imagine chegar à terceira idade, após décadas de vivências, e perceber que você jamais realizou um dos seus maiores sonhos. É o que vemos em “Navillera”, um dorama estrelado por um aposentado de 70 anos. Shim Deok-chul deixou de lado o desejo de dançar balé para sustentar a família. Após trabalhar a vida toda em um emprego comum, decide se dedicar à arte que tanto ama. É aí que ele faz uma amizade especial com um jovem de 23 anos e vê novos desafios surgirem. As trocas entre gerações, a dedicação e a valorização do sonho são o coração dessa série.
Navillera (2021)
DESINTOXICAÇÃO DIGITAL:
UM RESET PARA A VIDA REAL
Quem já teve uma intoxicação alimentar sabe o quão desagradável é sentir esse desconforto, que pode causar náuseas, dor de cabeça, cólica abdominal (conhecida também como dor de barriga), febre e outros sintomas. Esse diagnóstico pode ser tratado ao consultar um médico e com auxílio de remédios, mas você sabia que existe uma intoxicação digital? A superexposição a telas pode causar muitos danos — como prejudicar o desenvolvimento da atenção, da memória, da linguagem e até mesmo do autocontrole emocional. Mas não se preocupe, esse problema tão comum no século 21 tem solução. Embora a resposta possa parecer um remédio amargo, é bastante eficaz: reduzir ou até mesmo pausar o uso de telas. Para Talita Tonin, especialista em neurodesenvolvimento infantil, doutora em farmácia e orientadora parental, a desintoxicação digital não significa eliminar totalmente as telas, mas usá-las de forma mais consciente e saudável. “É como reaprender a viver sem a necessidade constante de dopamina instantânea, permitindo que crianças, adolescentes (e adultos) desenvolvam atenção plena, imaginação e laços afetivos mais fortes”, afirma a profissional.
Por onde começar?
Pedimos dicas para a doutora pensando em quem quer iniciar essa jornada, e ela propôs quatro passos: o P.A.R.A (Pausar, Alternar, Regular e Acompanhar) – bem sugestivo, não é mesmo? Vamos explicar melhor abaixo: Pausar: não tenha pressa! Comece diminuindo o tempo em frente às telas aos poucos. Defina períodos sem eletrônicos, como durante as refeições e antes de dormir, por exemplo.
• Alternar: troque o digital por aventuras no mundo real! Procure por brincadeiras ao ar livre, leituras envolventes e momentos de criatividade com artes, que são ótimas opções. Regular: mantenha-se firme. Decida um tempo máximo por dia e escolha conteúdos que realmente valham a pena consumir.
• Acompanhar: reflita sobre sua evolução e comemore suas conquistas por cada vez menos uso de eletrônicos. Aproveite para fazer um piquenique em família, com uma regrinha: sem celulares! E divirta-se na vida real!
Observação da especialista
• Nível de dependência: irritação extrema sem telas, dificuldade para brincar sozinho, desinteresse por atividades fora do digital, falta de concentração e baixo rendimento escolar são sinais de vício digital. Então a mudança precisa ser gradual.
• Rotina familiar: seja o exemplo! Comece por você e influencie toda a sua família. Quanto mais pessoas estiverem com você nesse processo, melhor é a adaptação.
• Alternativas reais: antes de reduzir o tempo de tela, pense em atividades que possam substituir esse hábito.
COMO EQUILIBRAR O USO DO CELULAR
E A VIDA REAL
POR LUCAS INÁCIO
Não é de hoje que o uso excessivo de celulares, computadores e outras telas é uma questão debatida como algo relacionado à saúde. Se a invenção e a evolução desses aparelhos transformaram a forma de se relacionar com o mundo, agora é a hora em que esse estilo de vida se torna uma questão a ser revisada, afinal de contas já sentimos na pele – e em várias outras partes do corpo – as consequências disso. Problemas de visão, postura, articulações, perda de sono e apetite, ansiedade, depressão, síndromes novas e muitas outras coisas foram causadas ou agravadas. E para se encontrar o equilíbrio entre o uso da tecnologia e a sintonia de aproveitar o mundo presencial, diversas técnicas estão sendo desenvolvidas para conter vícios e melhorar a qualidade de vida.
Dificulte o
acesso
ao celular
Estar distante do aparelho é um passo importante, por isso coloque barreiras para dificultar o acesso a ele. Quando a gente tem que estudar, a melhor coisa a se fazer é guardar o celular e deixá-lo longe. Ao dormir, não o coloque na cabeceira da cama – e embaixo do travesseiro, nem pensar! Quando quiser se concentrar em outra atividade, desligue a internet ou coloque no modo Não Perturbe. Se está junto aos amigos, deixe na mochila ou no bolso (e tire a função de vibração). Parece drástico, mas isso ajuda bastante a conter o vício até a gente equilibrar as coisas.
Preste atenção na sua rotina
O primeiro passo é perceber se você está usando excessivamente o celular — e isso é essencial. Os celulares geram vício e as redes sociais são feitas para nos manter nelas. Não é fácil perceber que a gente está usando demais a internet, afinal de contas, é gostoso estar ali e isso libera vários hormônios de recompensa rápida, o que atrapalha o uso do córtex-frontal que comanda a parte das escolhas conscientes. Então, para perceber melhor se você está usando demais o celular, vamos dar duas dicas. A primeira é: pergunte aos outros Fale com seus pais, tios, irmãos e primos mais velhos, de preferência. Grande parte das vezes, as pessoas percebem melhor nossos hábitos do que nós mesmos. Outra dica é usar a própria tecnologia. Todos os celulares têm controle de quanto tempo você usa cada aplicativo: no Android é a função Bem Estar Digital, já no iPhone é o Tempo de Uso. O tempo ideal de tela para crianças até os dez anos é de, no máximo, duas horas por dia, e para adolescentes de 11 a 18 anos, três horas por dia. Tendo isso em mente, use o controle de tempo para saber como você está indo.
Crie metas para usar o celular
Hoje a gente se esforça mais para ficar longe do celular do que para ficar com ele, então que tal inverter a lógica? É tipo comer chocolate ou salgadinhos: a gente sabe que é gostoso, mas não muito saudável. A principal dica dos nutricionistas — “pode comer de vez em quando, mas não tenha esses alimentos em casa” — é justamente para dificultar o acesso. Então, se quando a vontade é grande o suficiente, você se esforça, sai de casa, vai até o mercado e compra, esse esforço deixa o quitute até mais gostoso. No caso do celular, vale transformar seu uso em metas. Intercale o tempo de estudos com o uso do aparelho. Você pode fazer isso para livros também: por exemplo, a cada 30 páginas, dez minutos de rede social. Passou a tarde brincando na rua, pode usar o celular um pouco à noite. Arrumou o quarto, lavou a louça, fez o almoço? Pode jogar aquele game que você tá a fim. Tudo isso pode ser falado com seus pais e eles vão ajudar bastante. Aliás, nesse ponto, a própria tecnologia também ajuda. Há diversos aplicativos que fazem esse trabalho de recompensar a restrição ao celular. O mais famoso deles é o Forest, que dá prêmios por ficar tempo com o celular sem uso — e o melhor: esses prêmios são recompensa para a vida, afinal, as árvores digitais que você ganha por ficar longe do celular são plantadas na vida real.
Na mesma linha, há aplicativos como o Focus Plant e o Plantie. Poupe seu tempo e salve a natureza.
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Avestruzes enterram a cabeça na areia
Apesar de ser uma cena comum em muitos desenhos animados, esse comportamento não faz parte da realidade dessas grandes aves. Quando o avestruz se sente ameaçado, ele não esconde a cabeça no chão. Em vez disso, prefere correr em alta velocidade ou usar suas fortes pernas para se defender.
Camelos armazenam água na corcova
Por muito tempo, acreditou-se que os camelos guardavam água em suas corcovas para sobreviver ao clima árido do deserto. Na realidade, essa parte do corpo funciona como um depósito de gordura, que serve como fonte de energia para o animal durante os períodos sem alimento e água.
Ratos gostam de queijo
A associação entre ratos e queijo é muito antiga. Seja em filmes ou em fábulas, é normal encontrar o roedor atrás do alimento, o que reforçou essa ideia no imaginário popular. Embora seja possível encontrar os animais se alimentando de queijo, essa não é sua iguaria favorita. Na verdade, o cheiro forte pode até afastá-los.
Eles têm preferência por alimentos ricos em proteínas e carboidratos, como frutas, grãos e vegetais.
Hienas dão risada
Se você é fã de “O Rei Leão”, provavelmente já notou que as cruéis hienas costumam dar “risadas” enquanto articulam algum plano malvado ou quando se sentem em vantagem. Na vida real, o som característico que os animais emitem faz parte da comunicação do grupo, fortalecendo os laços sociais, expressando emoções e até mesmo mantendo a ordem e afastando intrusos.
Peixes-dourados têm memória curta
A expressão “memória de peixe” é comumente usada para descrever alguém que tende a esquecer as coisas facilmente, e costuma ser associada ao peixe-dourado. No entanto, isso não passa de um grande mito. Os seres conseguem reconhecer outros animais e objetos, assim como são capazes de realizar tarefas específicas.
10 MITOS VERDADES SOBRE O
MUNDO ANIMAL
Da majestosa baleia-azul aos pequenos insetos quase invisíveis a olho nu, o reino animal abriga seres fascinantes de tamanhos e formas variadas. Seja pela aparência única ou pelo papel que desempenham na natureza, os seres despertam tanto a curiosidade quanto a imaginação. Mas será que tudo o que ouvimos sobre eles é verdade? Os touros realmente se irritam com a cor vermelha? Os cavalos dormem sempre em pé? E os tubarões, será que nunca adoecem? Venha com a gente mergulhar no mundo animal e desvendar o que é fato e o que não passa de mito.
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VERDADES
Elefantes não conseguem pular
Os ossos e articulações dos elefantes, devido ao peso, não foram feitos para suportar o impacto de um salto, embora esses animais possam caminhar por longas distâncias e nadar com facilidade.
Panda-gigante só se alimenta de bambu
Acredita-se que a bambu faça parte da dieta dos pandas há cerca de sete milhões de anos, o que fez com que a alimentação desses animais fosse composta exclusivamente pela planta. Os ursos desenvolveram adaptações físicas e fisiológicas para isso, como dentes achatados para mastigar com facilidade e dedos para agarrar os caules de bambu. No entanto, para suprir as necessidades nutricionais, é preciso comer em grande quantidade — um panda adulto pode chegar a consumir até 40 quilos de bambu por dia.
Os polvos têm três corações
Isso mesmo que você leu! Por causa da alta atividade e de um tipo sanguíneo diferenciado, os polvos precisam de três corações para sustentar seu estilo de vida e atender às necessidades do corpo. Enquanto dois corações são responsáveis por bombear o sangue para as brânquias, o terceiro bombeia o sangue oxigenado para o restante do organismo.
Quase todos os gatos cálicos são fêmeas
A explicação para esse fato está na genética: a pelagem tricolor (branco, preto e laranja) é determinada pelos cromossomos. As fêmeas possuem dois cromossomos X, e é neste que se encontra o gene responsável pelo tom alaranjado. Isso permite que existam diferentes combinações de cores na pelagem, resultando em padrões distintos. Embora seja raro, ainda existe a possibilidade da existência de gatos cálicos machos: quando ocorre uma anomalia cromossômica, em que animal possui um cromossomo X extra (XXY).
Golfinhos dormem com um olho aberto
Para se manterem vigilantes contra predadores e controlar a respiração, os golfinhos sempre mantêm um olho aberto e uma parte do cérebro em alerta durante o descanso. Essa capacidade é conhecida como sono uni-hemisférico, em que um hemisfério cerebral permanece ativo mesmo quando o outro está em repouso profundo.
AS ZEBRAS
são pretas com listras brancas ou brancas com listras pretas?
Se você é fã do filme “Madagascar” deve lembrar da cena em que o leão Alex finge estar contando as listras do Marty, seu melhor amigo. Apesar de ser uma situação descontraída em meio ao momento de tensão do enredo, o ato representa uma curiosidade que muitas pessoas têm em relação às zebras: afinal, o animal tem pelagem preta com listras brancas ou é ao contrário?
A resposta para essa pergunta é mais difícil do que parece, apesar de algumas discussões não chegarem a uma conclusão, a teoria mais aceita nos debates científicos é que a zebra é preta com listras brancas — os biólogos americanos Gilbert Scott e Susan Singer defendem
essa ideia no livro “Biologia em desenvolvimento”.
Um dos argumentos é que uma espécie de animal, originária das savanas na África e que foi extinta no século 19, tinha uma pelagem escura, enquanto as listras estavam apenas na parte frontal do corpo. A segunda defesa explica que, por viverem em regiões de calor intenso, a pigmentação negra ajudaria os bichos a se protegerem dos raios solares.
Pesquisas embriológicas indicam que os folículos dos pelos desses animais são carregados de células melanocíticas, ou seja, é mais provável que as zebras sejam pretas. Já as partes brancas (com a melanina “inativada”) são consequência da genética do bicho, aliás, a pelagem é uma espécie de “impressão digital”, ou seja, cada divisão é única.
Ver a vida pelo ponto de vista dos animais pode ser muito curioso. Com câmeras conectadas nas coleiras de cães e gatos, os vídeos viralizados nas redes sociais mostram como são as aventuras diárias dos bichos, dando um gostinho de como é o dia a dia destes seres pelo olhar deles. Enquanto os animais de estimação possuem um
QUAIS CORES OS
campo de visão panorâmico que pode chegar a 270 graus ao redor do corpo e uma ótima visão noturna, as pessoas atingem somente até 180 graus. No entanto, não é somente o campo de visão que muda em comparação com o olhar humano, outro fator muito importante para enxergar o mundo como o conhecemos se difere: as cores. animais
Qual é a maior criatura viva do PLANETA?
Com histórias épicas envolvendo gigantes animais místicos ou que já foram extintos, como dragões e dinossauros, respectivamente, algumas questões são levantadas: existe algum animal desse tipo no mundo? Qual é a maior criatura encontrada na Terra?
Num primeiro momento, os pensamentos mais óbvios podem apontar para os elefantes, as baleias ou até mesmo os gorilas que inspiraram o imponente King Kong, mas e se
eu te disser que, na verdade, a resposta está em um fungo?
Conhecido como “cogumelo-do-mel”, o fungo Armillaria ostoyae é o maior organismo vivo do planeta, podendo cobrir uma área equivalente a quase dois mil campos de futebol, se espalhando por meio de filamentos microscópicos. Apesar de ter uma aparência de um cogumelo comum, a maior parte está no subterrâneo, o que o levou a ser descoberto apenas em 1996, na Floresta Nacional de Malheur, nos Estados Unidos. Agora, quando se fala no reino animal, a baleia-azul é quem domina. Pesando mais de 150 toneladas e medindo até 30 metros de comprimento, tem um coração que pode se aproximar do tamanho de um carro pequeno. Apesar disso, grandes
presas não fazem parte do seu cardápio, pois este mamífero se alimenta de pequenos crustáceos. Já em solo terrestre, o título vai para o elefante-africano. Os machos adultos podem chegar a quatro metros de altura e pesar até seis toneladas — se alimentando de grandes quantidades de vegetação, o consumo pode chegar a 150 quilos de comida por dia.
Os humanos, com exceção de pessoas com daltonismo, possuem uma visão tricromática, ou seja, além de ver as cores vermelho, verde e azul, é possível combiná-las e formar novos tons. Fatores como as células fotorreceptoras, ambiente e estilo de vida interferem na forma como os animais enxergam — os noturnos, como as corujas, têm pigmento extra para a luz ultravioleta, facilitando a caça e a orientação.
Entenda as cores que algumas espécies podem identificar:
Cães e gatos: principalmente tons de azul e amarelo.
Polvos: azul.
Aranhas: ultravioleta e verde.
Cobras: infravermelho.
Ratos: azul, ultravioleta e verde.
Cientistas americanos e britânicos, da George Mason University e University of Sussex, respectivamente, desenvolveram um sistema capaz de reproduzir as cores que os animais enxergam. Com uma câmera que captura vídeos em quatro canais de
cores (azul, ultravioleta, verde e vermelho) simultaneamente, as imagens são processadas com base nas informações dos fotorreceptores nos olhos de cada espécie. As comparações foram feitas no ponto de vista de pavões, abelhas, cães e humanos.
As turmas do primeiro e segundo ano da Escola Municipal Emílio Paulo Roberto Hardt obtiveram um aprendizado muito importante: a segurança no trânsito. O projeto ocorreu em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e, ao longo de seis meses, as crianças participaram de diferentes atividades. Prevenção, meios de transporte, sinalização e respeito com os pedestres e motoristas foram alguns dos temas abordados pelos professores Breno Rocha e Patricia Carvalho durante o ano. Para finalizar a iniciativa, os estudantes confeccionaram placas e carrinhos com materiais recicláveis. Os objetos foram expostos em um desfile, que também contou com a participação da fanfarra da unidade, buscando conscientizar a comunidade escolar sobre o tema.
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Conhecer novas culturas é uma das maneiras de entender mais sobre a diversidade do mundo. No entanto, não é preciso ir tão longe para entender as diferenças — é possível fazer isso observando as pessoas ao nosso redor. Inspirada pela obra “Humanae”, da artista brasileira Angélica Dass, a professora Luciane Felisbino, da Escola Municipal Prefeito Nilson Wilson Bender, desenvolveu um mural com as fotos dos estudantes do sétimo ano. Além da diversidade das cores de pele, a ideia de raça e o racismo foram alguns temas trabalhados durante a atividade, que contou com o apoio dos formadores Graziela Skonieczny e Gabriel Cruz de Souza, da professora de Artes Caroline Sestrem Garcia e da gestão da unidade.
Fotos: EM Emílio Paulo Roberto Hardt/Divulgação
Fotos: EM Prefeito Nilson Wilson Bender/Divulgação
Os estudantes do quarto ano da Escola Municipal Evaldo Koehler aprenderam mais sobre os meios de comunicação ao gravarem seus próprios programas durante as aulas da professora Josineuma Justino Alves Julião. Divididos em grupos, os alunos foram responsáveis por definir os temas, elaborar o roteiro e escolher as atrações que fariam parte da produção. Os programas de rádio e TV contaram com contações de histórias, apresentações musicais e até mesmo propagandas, como a de um livro sobre diversidade cultural.
As crianças da Escola Municipal Prefeito Joaquim Félix Moreira tiveram uma volta às aulas para lá de especial. Cada professora regente fez uma decoração na porta de sua sala, enquanto a equipe das atividades complementares ficou responsável pela entrada principal, garantindo que os alunos fossem recepcionados com carinho.
Os pais dos estudantes também puderam acompanhar seus filhos e conhecer a sala de aula e as docentes, reforçando o vínculo entre a escola e a família. Além disso, a unidade garantiu que estudantes com necessidades especiais, como baixa visão, conseguissem interagir com a turma, incentivando o respeito e a inclusão entre os colegas.
Fotos: EM Evaldo Koehler/Divulgação
Fotos: EM Prefeito
Joaquim Félix
Moreira/Divulgação
Para incentivar o hábito da leitura, a professora Glória Abreu Oliveira da Roza desenvolveu o projeto “Uma carta para você”, com as turmas do oitavo ano. Após lerem um livro da biblioteca, os estudantes escreveram uma carta incentivando os colegas a conhecer a obra.
EM PROFESSORA ELIZABETH VON DREIFUSS MORRO DO MEIO
Motivada pela música infantil “Lavadeira”, a professora Maiara Daniele Ardino desenvolveu uma atividade especial com as crianças de três anos: uma experiência lúdica e sensorial inspirada nas lavadeiras antigas. Utilizando bacias, água e sabão, os pequenos ensaboaram e esfregaram as roupas e, assim, exploraram as texturas e desenvolveram as habilidades motoras, tudo isso enquanto se divertiam e estimulavam a imaginação e a socialização.
O momento da volta às aulas também é marcado pela revisão dos assuntos estudados previamente. E para motivar a turma do sétimo ano, a professora Ana Paula Souza desenvolveu uma atividade para relembrar os conteúdos científicos. Foram produzidas placas com metáforas de conceitos científicos fazendo uma analogia ao período das férias.
ESCOLA
POR JORGE HENRIQUE CAMPOS DOS SANTOS
ESTUDANTE DA EM VALENTIM JOÃO DA ROCHA
As aulas são legais, mas às vezes bate uma saudade das férias. Da saudade de não ter que se preocupar com provas e tarefas. Mas nas férias também sentimos falta dos colegas, dos professores e outras coisas. Eu gosto muito de aprender no meio das minhas férias, sinto falta da escola. No começo das aulas todo mundo tem material novo, lápis, mochila, estojo, caneta, tudo. Nos últimos dias de aula, o 13º lápis comprado no ano está pequeno; a caneta, com a tampa toda mordida; o estojo, só com três lápis de cor; e o resto do material, perdido. E quando é aluno novo, só pelo olhar já sabe o jeito do aluno. Toda sala tem o palhaço da turma, o jogador de futebol, o que só vem duas vezes por ano, o tímido, o gamer, o inteligente, e o puxa-saco do professor. Enfim, é sempre bom se esforçar, estudar e aprender, porque o sucesso só depende de você.
APRENDA A
SEM PERDER O FÔLEGO
É sua festa de aniversário e balões serão usados na decoração. Encheu um, dois, três… no quarto você começa a sentir que está faltando pulmão para tanto ar, aí percebe que ainda faltam 96 bexigas para serem sopradas! E agora? Nós temos a solução e ela está baseada em uma reação química.
MATERIAIS:
• Garrafa PET de 500ml
• Balão
• Bicarbonato de sódio
• Vinagre
• Funil
• Colher de sobremesa
Ah, não! Não tenho funil, não vou conseguir fazer! Não seja por isso.
1. Pegue uma folha de papel, enrole como um canudinho.
2. Segure em uma das pontas, soltando devagar.
3. O papel vai desenrolar para cima, ajuste o tamanho para caber na boca da garrafa.
4. Se preferir, cole as pontas externas para seu funil não desmanchar.
Pronto?
Seguimos para o experimento!
COMO FAZER:
1. Na garrafa, coloque dois dedos de vinagre
Não, não é para molhar os dedos no vinagre! Coloque dois dedos na parte que fica embaixo da garrafa, marque a medida e adicione o vinagre até a marcação.
2. No balão, adicione uma colher de bicarbonato Com a colher de sobremesa cheia (ou duas metades, para não espalhar o pó por toda a mesa), coloque o bicarbonato de sódio dentro do balão.
3. Prenda o balão na boca da garrafa Aqui não tem segredo. Após prender a bexiga (por questões da lei de Newton) você precisa levantar o balão para que o bicarbonato caia e entre em contato com o vinagre. E voilá! Seu balão irá encher em segundos!
REAÇÃO EXPLICADA
O bicarbonato de sódio (NaHCO₃) é um composto básico, já o vinagre contém ácido acético (CH₃COOH), que é considerado fraco. Quando misturados, o ácido acético reage produzindo acetato de sódio (CH₃COONa), água (H₂O) e dióxido de carbono (CO₂). O gás carbônico forma bolhas e espuma, aumentando a pressão dentro da garrafa e fazendo o balão encher.