Revista Its Teens Joinville nº 34 2018 | R$ 9,80
PARCERIA
AULA PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
MÚSICA NA ESCOLA
QUEM CANTA… SEUS MALES ESPANTA
AS MATÉRIAS QUE
NÃO ESTÃO NA ESCOLA,
ESTÃO AQUI.
TAMO JUNTO
na escola,
TAMO JUNTO
no mundo. A Revista ITS reúne muito conteúdo, informação e fotos. E reúne também a galera de todos os colégios do estado. Não fique de fora dessa.
EDITORIAL Grupo RIC Fundador e Presidente Emérito Mário J. Gonzaga Petrelli Grupo RIC SC Presidente Executivo Marcello Corrêa Petrelli | mpetrelli@ricsc.com.br Diretor Superintendente Gilberto Klenübing | gilberto.k@ricsc.com.br Diretor Administrativo e Financeiro Albertino Zamarco Jr. | albertino@ricsc.com.br A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Conteúdo Renata Bomfim | renata.bomfim@portalits.com.br Designer Gráfico Eduardo Motta Supervisora de Distribuição Marina Rosa - distribuicao@noticiasdodia.com.br NÚCLEO COMERCIAL REDE Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro Fabiano Aguiar | fabiano@ricsc.com.br Atendimento Regional Rio Grande do Sul e Paraná Gabriel Habeyche | gabriel.habeyche@ricsc.com.br Gerências Comerciais SC Gerente Comercial Oeste William Morelo | william.morelo@ricsc.com.br Gerente Comercial Joinville Cristian Vieceli | cristian@ricsc.com.br Gerente Comercial Blumenau Jackeline Moecke | jackeline@ricsc.com.br Gerente Comercial Itajaí Ivonete Cristina de Castro | ivonete.castro@ricsc.com.br EXECUTIVOS CONTAS SC - Sul Graziela Silveira | graziela.silveira@ricsc.com.br Florianópolis Crystiano Parcianelli crystiano.parcianelli@ricsc.com.br
Salve,galera da revista its!
Às vezes, eu acho que faço apuração de pauta; outras tenho a sensação de que algumas
entrevistas, na verdade, são aulas ao ar livre e, naquele momento, deixo de ser repórter e me vejo ali, como aluna. Ao menos foi assim que me senti ao conhecer o trabalho de educação ambiental desenvolvido com os alunos de sexto ao nono ano da EM Plácido Xavier Vieira, com a orientação das professoras Keilla Oliveira Dias e Terezinha Reinert na criação de composteiras domésticas. Durante o tempo que passei com os alunos e a professora Keilla, percebi o quanto o ensino é horizontal e que o coletivo ensina muito mais que o individual. Estudantes de diferentes anos nivelados aos conteúdos ensinados pelas professoras de uma forma que o conhecimento alinhado a prática é, sim, muito mais fácil de ser entendido. Afinal, como saber o que é um chorume para além de um desenho do livro didático? Ou como entender a forma que ele é produzido sem ver, com os próprios olhos, a decomposição dos resíduos? A iniciativa nesta escola reflete nos hábitos dos alunos para além do ambiente escolar e eu espero que esta última edição do ano também possa despertar em você esse cuidado e atenção com o meio ambiente. Boas férias! Com carinho, Renata Bomfim
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3,000 mil exemplares NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas de Rede Municipal de Joinville
O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Marketing - Israel Novaes e Jorge Eu te amo tanto - Dennis DJ, Matheus & Kauan e MC Koring Ai, amor - Anavitória Girls like you - Maroon 5, Cardi B
OS CULPADOS
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LUCAS INÁCIO
MARIANA EMERIM
MATEUS SILVEIRA
PRISCILA ANDREZA DE SOUZA
REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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CULTURA POP
WI-FI
PARCERIA
CAPA
MÚSICA NA ESCOLA
SAIDEIRA
conteúdo 8 | CULTURA POP
10 | WI-FI
Preocupada com a educação das crianças do seu país, Shakira vai mobilizar as ações da sua “Fundação Pies Descalzos” para construção de escolas em Barranquilla e Cartagena. A colombiana, que está com a turnê “El Dorado Tour”, vai colaborar com R$6 milhões para o projeto, que deve ficar em torno de R$16 milhões o total da obra e receberá o apoio de outras instituições. O objetivo é educar mais de 1000 crianças.
Um Projeto de Lei (PL) foi lançado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), para formalizar a profissão de youtuber no Brasil. O PL 10938/2018 é de autoria do deputado Eduardo da Fonte e tem como justificativa os riscos inerentes à nova profissão que ainda não conta com as proteções legais.
14 PARCERIA
18 | CAPA
Apesar de estar no nono ano, André Stecanela, aluno da EM Emílio Paulo Roberto Hardt, já pensa sobre qual profissão gostaria de seguir e está indeciso entre três cursos. O sonho de entrar na Universidade Federal de Santa Catarina ganhou ainda mais força quando teve a oportunidade de conhecer o pólo da UFSC, em Joinville.
Na casa dos gêmeos Vinícius Henrique da Silva, 13, e Victor Luiz da Silva, 13, estudantes do sétimo ano na Escola Municipal Plácido Xavier Vieira, a consciência ambiental sempre esteve alinhada aos ensinamentos dos pais. Um material descartado de maneira errada e o aviso da mãe já ecoa no ar e, às vezes, na própria consciência: “Isso vai custar no futuro de vocês”.
30 | MÚSICA NA ESCOLA
42 | SAIDEIRA
Ao subir no palco da Sociedade Harmonia Lyra para se apresentar pela primeira vez na 17º edição da mostra do Programa Música na Escola, o aluno do quarto ano da EM Anita Garibaldi, Arthur Bertoli de Cardoso, 10, buscou respirar fundo e se concentrar na letra da música para disfarçar o nervosismo.
A ideia de ter um relacionamento sério me veio à mente e logo após eu sorri, imaginando caminhadas de mãos dadas, cinema nas quartas, passeio na praia aos domingos. Ter alguém com quem tomar sorvete no final da tarde e ligar antes de dormir parece convidativo. E aí a imaginação corre solta, pula corda e brinca de amarelinha. Estou pensando em casamento, filhos e morrer lado a lado. Porque casais idosos são sempre os mais lindos.
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PAPO DE LEITOR
GOTHIC GIRL
Por Mateus Pereira Silveira
de Ricardo Manhães
Todos sabem que a adolescência é uma fase conturbada. Hormônios à flor da pele, novos pensamentos surgindo e o constante desejo pela independência. Com tantas mudanças, é natural que alguns adotem estilos de vida que podem ser classificados como rebeldes por simplesmente fugir do padrão estabelecido, como é o caso dos góticos. Com maquiagens pesadas, piercings e colares exóticos, roupas pretas e jeito melancólico, eles foram a inspiração para o ilustrador Ricardo Manhães criar uma de suas principais personagens: a Gothic Girl. As tirinhas da Gothic Girl, que já foram publicadas em vários países europeus, agora estão reunidas em um livro especial que traz as aventuras de uma adolescente um tanto quanto incomum. Junto com seu namorado, Robby, e os amigos Billy e Kurt, a garota vivencia situações cotidianas de modo peculiar, o que dá aos quadrinhos uma boa dose de humor. Com gênio forte, Gothic expõe suas ousadas preferências de maneira autêntica, mas ao mesmo tempo similar a outras garotas de sua idade. Entre rolês alternativos, animais de estimação diferentes e atitudes ousadas, a adolescente e sua turma exploram a rotina de maneira cômica. A versatilidade do autor em usar os clichês e gírias desse grupo, captando a essência do universo gótico
em um curto espaço, é o que torna os quadrinhos divertidos. Algumas histórias têm poucas falas, mas a expressividade do desenho transmite a ideia do enredo. Já em outras, é o final inesperado que traz a graça. Mas o melhor é como Ricardo expõe as incoerências do mundo adulto, quando, por exemplo, nos casos em que Gothic desafia a preocupação e passividade dos seus pais, saindo quase sempre como vencedora desses duelos. Em exatas 40 páginas, Ricardo Manhães, que também é chargista, mostra o por quê de ser um autor de destaque nacional e é reconhecido em outros países por seus diversos trabalhos. Sua capacidade de mesclar o absurdo com o habitual traz um humor característico, tão único quanto as roupas usadas pela Gothic Girl.
RICARDO MANHÃES, ILUSTRADOR
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CULTURA POP
PRIMEIRO BILHÃO NO YOUTUBE
PARA OS FÃS DE BLACK MIRROR, COM CARINHO Quem acompanha a série Black Mirror deve ficar com a sensação de que alguns episódios não deveriam ter fim e que, sim, poderia ter continuidade. Pois bem, o criador Charlie Brooker revelou que episódios antigos estão sendo revistos e podem, no futuro, ganhar sequência. Segundo Charlie, a continuação pode ser dada para o episódio White Bear, da segunda temporada. E aí, curtiram? Demorou, mas chegou o primeiro bilhão de visualizações no YouTube do One Direction. Em outubro, a boyband alcançou a marca com o clipe “What makes you beautiful”, lançado em 2011. Os comentários também já passam da casa dos 900 mil. O grupo foi revelado no “X-Factor UK” e logo ganhou o espaço entre a galera teen no mundo inteiro. O próximo passo é impulsionar o clipe “Drag me down”. Quem duvida de que fãs unidos jamais serão vencidos?!
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ALERTA EMA 2018!
O RETORNO TARDA, MAS NÃO FALHA
Tudo bem, na época que elas anunciaram o fim da girlband você nem deveria saber quem elas eram, mas, em algum momento, você já ouviu falar das Spice Girls. Depois de dez anos sem pisar nos palcos, elas retornam com turnê pelo Reino Unido no próximo ano, mas com uma falta no time: Victoria Beckhamn está fora. A notícia do retorno foi feita pelo Twitter oficial da banda, no mês de novembro. Obs.: procura no YouTube por “Wannabe”, certeza que você vai lembrar de quem estamos falando.
É ASSIM QUE RAINHA FAZ, É? Preocupada com a educação das crianças do seu país, Shakira vai mobilizar as ações da sua “Fundação Pies Descalzos” para construção de escolas em Barranquilla e Cartagena. A colombiana, que está com a turnê “El Dorado Tour”, vai colaborar com R$6 milhões para o projeto, que deve ficar em torno de R$16 milhões o total da obra e receberá o apoio de outras instituições. O objetivo é educar mais de 1000 crianças.
O mês de novembro revelou quem são os artistas da música mais populares no mundo no “MTV Europe Music Awards”, em Bilbau, na Espanha, e separamos os vencedores de cada categoria para que você veja se o seu cantor (ou cantora, banda, grupo) foi destaque nesta edição: Melhor Artista Camila Cabello Melhor Videoclipe Camila Cabello - Havana ft. Young Thug
Melhor Turnê Alessia Cara (MTV Spotlight @ Hyperplay, Singapore 2018)
Melhor Artista Hip Hop Nicki Minaj
Melhor Estreia PRETTYMUCH (October 2017) Why Don’t We (November 2017 ) Grace VanderWaal (December 2017) Bishop Briggs (January 2018) Superorganism (February 2018) Jessie Reyez (March 2018) Hayley Kiyoko (April 2018) Lil Xan (May 2018) Sigrid (June 2018) Chloe x Halle (July 2018) Bazzi (August 2018) Jorja Smith (September 2018)
Melhor Show Shawn Mendes
Melhor Artista Norte-Americano Camila Cabello
Melhor Artista Rock 5 Seconds Of Summer
Melhor Artista Brasileiro Anitta
Melhor Artista Alternativo Panic! At The Disco
Melhor Artista Britânico Little Mix
Melhor Artista Eletrônico Marshmello
Melhor Artista Canadense Alessia Cara Shawn Mendes
Melhor Música Camila Cabello - Havana ft. Young Thug Melhor Artista Pop Dua Lipa Artista Revelação Cardi B Melhor Visual Nicki Minaj
Maior Fã Clube BTS
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Por Lucas Inácio
Profissão Youtuber?!
Um Projeto de Lei (PL) foi lançado na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), para formalizar a profissão de youtuber no Brasil. O PL 10938/2018 é de autoria do deputado Eduardo da Fonte e tem como justificativa os riscos inerentes à nova profissão que ainda não conta com as proteções legais. No documento, a definição de youtuber é “o obreiro que cria vídeos e os divulga na plataforma social do YouTube com amplo alcance de seguidores e afins”, apesar de não especificar quanto é este alcance. Além disso, propõe regulamentar a carga horária de seis horas diárias (30 semanais) incluindo todas as atividades do processo, do roteiro à divulgação. Até o fechamento desta edição, o PL ainda estava na mesa do presidente da Câmara para avaliação que será levada ao Plenário.
MARAVILHAS DA
TECNOLOGIA Fique ligado nas dicas da equipe its
Nem tudo vira ouro
A Apple é uma das marcas mais valiosas do mundo e muito disto se deve aos seus produtos que inovaram o mercado e criaram uma legião de seguidores. Talvez essa galera mais fanática já saiba, mas a empresa da maçã tem uma série de invenções que não deram muito certo, mas que hoje podem ser itens valiosos de algumas coleções por aí. A primeira que a gente destaca foi o MacPhone, um telefone fixo que contava com uma lousa digital acoplada, uma caneta para desenhar na lousa e com mensagens que poderiam ser enviadas para outro MacPhone. O mais louco que isso é uma linha de roupa da Apple nos anos 80, quando o logo ainda era a maçã super colorida e as roupas eram tão extravagantes quanto, bem típico daquela década. O legal é que a Apple Colection tinha de jeans a canivetes suíços. Bizarro, né?! Será que daria certo hoje?
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A sonda de Ícaro
Uma sonda espacial da Nasa chamada Parker acabou de bater o recorde da nave terrestre – atenção ao “terrestre” – que chegou mais perto do Sol com 42,7 milhões de quilômetros de distância. Parece longe, mas não é uma tarefa fácil chegar perto da nossa estrela, tanto que a antiga melhor marca era da sonda Helios 2, de 1976. O mais impressionante é que a Parker está apenas no início de sua missão que tem como objetivo chegar a 6,12 milhões de quilômetros do Astro Rei. Para isso vai usar a órbita de Vênus e terá a previsão de chegar nessa distância em 2024. Imagina o quanto de informações novas teremos sobre o Sol nos próximos anos. Simplesmente sensacional.
Queremos ferroadas
Você já deve ter ouvido falar sobre o desaparecimento gradual das abelhas no mundo que acontece há várias décadas, um problema tão real que foi o principal tema da animação Bee Movie. Para se ter uma ideia, elas são responsáveis pela polinização de 70 dos 100 tipos de colheitas mais consumidas pelos seres humanos, ou seja, são essenciais. Para diminuir os dados alarmantes sobre as espécies do inseto, a Oracle (multinacional de tecnologia e informática) e a World Bee Project vão utilizar colmeias inteligentes para estudar o comportamento e as condições de produção de mel e reprodução destas espécies. A ideia é publicar os dados para que estudos sejam desenvolvidos e frear a extinção das abelhas.
Batalha Viking
Vocês sabem que temos uma preferência por jogos que possam ensinar algo, então que tal um jogo de estratégia e dominação com base na história e cultura viking?! O Vikings at War é um game para celular baseado nos antigos povos da região nórdica no estilo conquista de territórios e expansão dos mapas. É um jogo leve, mesmo com visual 3D, é simples de jogar e isso estimula a conhecer ainda mais sobre a região. Disponível para Android e iOS.
Bloqueia, bloqueia, bloqueiaaa
Final de ano é a época em que os estudantes precisam de foco, principalmente a galera do vestibular e, para isso, um aplicativo pode ajudar muito a combater um problema chamado “nomofobia” que é o medo de ficar desconectado ao celular. É contraditório pensar que existe um aplicativo para isso, mas, sim, existe e o AppBlock é um desses. Diferente dos modos que já vêm no Android, este app é simples e tem várias funções, como bloqueio por tempo ou por localização. Além disso, ele faz um mapeamento de quantas vezes você tentou abrir determinado aplicativo, para ajudar a curar desse vício que te persegue.
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ESCOLA ABERTA
Notícias das
ESCOLAS
ALUNOS DA REDE MUNICIPAL DE JOINVILLE DEMONSTRAM CONHECIMENTO EM ROBÓTICA EM EVENTO SENAI CHALLENGE Cerca de 600 alunos de escolas municipais de Joinville tiveram a oportunidade de conhecer as novidades do mundo da inovação e robótica no mês de novembro, no Senai Challenge, evento que ocorreu no Expocentro Edmundo Doubrawa, com apoio da Prefeitura de Joinville. Na ocasião, a Secretaria de Educação realizou o torneio
de robótica em duas arenas montadas no evento. As provas foram disputadas por aluno em três modalidades: Artbot, Desafio de Robôs e Desafio Worldcraft: Geração de Energia. Nos dois dias, os estudantes do 6º ao 9º ano tiveram a possibilidade de mostrar as habilidades com o uso das tecnologias.
Foto: André Kopsch
CONFIRA OS CAMPEÕES: Desafio Worldcraft: Geração de Energia 1º Os Incríveis PH - Escola Municipal Paul Harris 2º Solar Craft - Escola Municipal Pastor Hans Muller 3º MineTeam - Escola Municipal Profº Oswaldo Cabral DESAFIO ARTBOT 1º Sadalhama - Escola Municipal Dr. Sadalla Amin Ghanem 2º Robô Isabela - Escola Municipal Pe. Valente Simioni 3º PED - Escola Municipal Profª Lacy Luiza da Cruz Flores DESAFIO DE ROBÔS 1º Curt Lego - Escola Municipal Vereador Curt Alvino Monich 2º Mecânicos do Hawaii - Cesita 3º R2D2 - Escola Municipal Pastor Hans Muller
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ALUNOS DE DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE JOINVILLE IRÃO REPRESENTAR A CIDADE EM EVENTO NACIONAL DE MATEMÁTICA Duas escolas municipais de Joinville ganharam destaque na Feira Catarinense de Matemática realizado em Massaranduba, no mês de outubro. Os dois projetos vão representar o município na Feira Nacional de Matemática em 2019 e outras competições nacionais. Os vencedores foram os projetos A Matemática do Meu Dinheiro da Escola Municipal Profª. Eladir Skibinski, na categoria Anos Iniciais, e Escravos de Jó - Brincadeira e Matemática da Escola Municipal Gov. Pedro Ivo Campos, nos Anos Finais. Outros três projetos da rede municipal receberam troféu e medalhas com o título de destaque e uma escola ganhou menção honrosa. A Feira Catarinense de Matemática 2018 contou com 150 trabalhos, sendo 11 de Joinville e seis da rede municipal de Joinville. O objetivo é incentivar a divulgação e socialização de experiências e pesquisas na área da matemática, servindo de iniciativa para implementação de programas e projetos de educação científica. A Feira Nacional de Matemática de 2019 ainda não tem data e local para ocorrer. Confira os premiados da rede municipal de Joinville:
DESTAQUE COM INDICAÇÃO PARA COMPETIÇÕES NACIONAIS ANOS INICIAIS Projeto: A Matemática do Meu Dinheiro! Escola Municipal Professora Eladir Skibinski Alunos: Alexsander Fidelis Moreira e Suzana Bridi Professora: Carlas Rosemeri do Nascimento Pawluk ANOS FINAIS Professor: Escravos de Jó - Brincadeira e Matemática Escola Municipal Governador Pedro Ivo Campos Alunos: Eveline Denker Viebranz e Julia Tobias Professor: Sérgio Okonski DESTAQUE Educação Infantil Projeto: Matemática no Galinheiro! Muitas Vivências e Aprendizagens! Escola Municipal Alfredo Germano Henrique Hardt Alunas: Janaina Sofia Schmücker Wiener e Suzana Dognini Professoras: Lara Schroeder e Polyane Dumke de Liz ANOS INICIAIS Projeto: Engenheiros Kids Escola Municipal Vereador Arinor Vogelsanger Alunos: Gabriel Furni e Théo Joseph Assis Guth Professora: Luciane de Meira
Escola Municipal Gov. Pedro Ivo Campos
Escola Municipal Profª. Eladir Skibinski
ANOS FINAIS Alfabetização Financeira Escola Municipal Professora Virgínia Soares Alunos: Maria Helena de Lima e Pedro Gabriel Hollas Professores: Carolina Aparecida e Marcelino Schmitt MENÇÃO HONROSA ANOS INICIAIS: Cultivando a Matemática Escola Municipal Prefeito Wittich Freitag Alunos: Ana Yasmin da Silva Rodrigues e Lucas Cuchi de Souza Professora: Jaqueline Gonçalves
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PARCERIA
AULA PARA
ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
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Fotos: Renata Bomfim
Por Renata Bomfim
Apesar de estar no nono ano, André Stecanela, aluno da EM Emílio Paulo Roberto Hardt, já pensa sobre qual profissão gostaria de seguir e está indeciso entre três cursos. O sonho de entrar na Universidade Federal de Santa Catarina ganhou ainda mais força quando teve a oportunidade de conhecer o pólo da UFSC, em Joinville. A visita faz parte de um convênio que a Secretaria de Educação da cidade assinou em outubro deste ano com o Perini Business Park, UFSC e Fundação Instituto Tecnológico de Joinville (Fitej) que pretende levar alunos dos nonos anos da rede municipal para conhecer de perto as inovações e novidades na área de tecnologia. No total, 53 escolas devem visitar os laboratórios de modelagem em impressora 3D na Fitej e o espaço do projeto de extensão da UFSC, Ciências e Tecnologia, voltado para a exposição de projetos que envolvem energia renovável, tecnologia e meio ambiente. Para a professora no básico das engenharias, Tatiana Renata Garcia, aproximar as escolas da universidade serve como forma de incentivo para mostrar aos estudantes que é possível, sim, cursar um ensino superior.
PARCERIA COM A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO LEVA 53 ESCOLAS PARA CONHECER OS CUIDADOS AMBIENTAIS DO PERINI BUSINESS PARK, UFSC E FITEJLAB
Visita ao FitejLab aproximou os alunos das produções feitas pela impressora 3D
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Atento aos movimentos das cidades inteligentes, a Fitej criou, ainda no ano passado, o FitejLab, um laboratório voltado para o desenvolvimento de tecnologias e que tem como empresas mantenedoras a Keepcad, na área de tecnologia, e a New Target, voltada à engenharia. André Fernando de Assis, diretor técnico da Keepcad, explica que essa parceria entre o laboratório e a empresa tem o objetivo de fomentar a inovação tecnológica de impressão 3D. “Por mais que já seja uma tecnologia disseminada, ela é muito exclusivista”, explica. “A ideia é mostrar para os alunos que existe essa novidade na nossa cidade e que não é nenhum ‘bicho de sete cabeças.’” Quando visitam o laboratório, os alunos se encantam ao ver a máquina de produção em materiais 3D dando forma a um produto. Gabriela Garcia Cordeiro, 15, nunca chegou a imaginar como era feito esse processo. “Eu achei bem interessante e legal ver a máquina desenvolvendo o projeto. Esse conhecimento a gente vai levar para a vida”, destaca.
Gabriela Garcia Cordeiro, 15
Trilha ambiental no Perini Business Park mostra o cuidado com a área de preservação
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Aplicativo de realidade aumentada lê camiseta e mostra a divisão do corpo humano
EMPRESAS ATENTAS AO CUIDADO E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE! Além das visitas aos laboratórios, a programação inclui palestra sobre a preservação ambiental e a atenção que o Perini Business Park tem com o meio ambiente a sua volta e visita às trilhas ambientais. Apresentada pela bióloga do Núcleo de Educação Ambiental (NEA), Katiuscia Kali Durão, a apresentação reforça a importância do desenvolvimento sustentável e que é possível ter um ambiente equilibrado entre empresa e meio ambiente. Com visitação aberta para o público, o espaço de preservação ambiental costuma receber, em média, 1200 alunos por ano das escolas públicas e privadas. “A avaliação que a gente faz em cada visitação apresenta ótimos resultados, porque a gente acaba vendo uma interação, principalmente com crianças e adolescentes que não têm essa vivência no dia a dia”, comenta a bióloga. “Muitas delas acabam tendo esse primeiro contato com a natureza aqui, então, esse contato direto os fazem pensar mais nas atitudes.” A professora de ciências, Carla Keite Machado, da EM Emílio Paulo Roberto Hardt, acompanhou a visita dos alunos e, apesar de saber da existência do espaço preservado, foi a primeira vez que teve oportunidade de conhecer de perto o trabalho desenvolvido pelo NEA. “As escolas deveriam conhecer esse espaço e todo o trabalho ambiental desenvolvido aqui.” Durante a apresentação, Katiuscia falou sobre a febre amarela, tema estudado pelos alunos em sala de aula. Dessa forma, muito além de uma visita, os alunos passam a ter a oportunidade de ver, na prática, as teorias estudadas em sala de aula. “Nós desenvolvemos um projeto para estudar o aedes aegypti, de como é o ambiente dentro da floresta, o equilíbrio e por quê esses mosquitos surgem na área urbana”, comenta a professora Carla. O Perini Business Park fica localizado em meio a mais de 600 mil m2 de área de preservação.
Simulador de corrida é a atração dos visitantes que passam pelo espaço de extensão, Ciências e Tecnologia, na UFSC
Quero conhecer! Ficou interessado e quer que a sua escola (ou sua família) conheça esse espaço de preservação? As vagas são limitadas e, por isso, é preciso agendar para conhecer o programa de visitação às trilhas pelo email: nea@perinibusinesspark.com.br A visita é gratuita. REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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CAPA
Projeto para construção de composteira doméstica com minhocas na EM Plácido Xavier Vieira envolve mais de 400 alunos e transforma lixo em adubo
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Fotos: Emily Milioli
Por Renata Bomfim
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Na casa dos gêmeos Vinícius Henrique da Silva, 13, e Victor Luiz da Silva, 13, estudantes do sétimo ano na Escola Municipal Plácido Xavier Vieira, a consciência ambiental sempre esteve alinhada aos ensinamentos dos pais. Um material descartado de maneira errada e o aviso da mãe já ecoa no ar e, às vezes, na própria consciência: “Isso vai custar no futuro de vocês”. Agora, com o estudo, os aprendizados sobre como fazer uma composteira (ou vermicomposteira) nas aulas práticas
de ciências, os irmãos aumentaram o número de lixeiras em casa: o que antes eram duas para separar o lixo comum do reciclável, passou a ser três e o que seria lixo, hoje é adubo. “O objetivo geral é levar mesmo a conscientização e que eles possam levar para os familiares e expandir, como vem acontecendo”, comenta a professora e uma das mentoras do projeto, Keilla Oliveira Dias. Os cuidados e a vontade de trabalhar com os alunos sobre educação ambiental, fez com que Keilla, junto com a professora Terezinha Reinert, alinhasse os estudos de ciências e geografia e passasse a oferecer, pelo menos uma vez na semana, aulas ao ar livre. Com turmas de sexto ao nono ano e mais de 400 alunos envolvidos no projeto, a escola já produziu cerca de 70 composteiras, numa iniciativa que passou a virar prática desde o mês de março deste ano. De início, a professora Keilla dividiu as turmas em grupos e cada equipe ficou responsável pela produção da composteira doméstica. “A gente saiu para pedir os baldes nas panificadores e eles (alunos) foram buscar o material”, relembra. Com todos os baldes na escola, o próximo passo foi ensinar a fazer o furo correto com os recipientes que ficariam com os resíduos, para que as minhocas pudessem circular e acelerar o processo dos decompostos. Aliás, este foi mais um ponto: qual minhoca é recomendável para fazer este trabalho? Para comprar as minhocas californianas, as equipes juntaram as moedas e encontraram um produtor local, Werner Eichenberg.
“Quando a pessoa participa do processo, o aprendizado, a interação e a conscientização é outra. Porque ela vai jogar o lixo onde não devia e vai ficar com a consciência pesada e a se questionar que não deve fazer aquilo.” professora de ciências, Keilla Oliveira Dias
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Além de fornecer as minhocas, ele também participou de uma atividade ao ar livre e deu dicas para a professora Keilla sobre o processo de compostagem doméstica. Com as minhocas na escola, os alunos passaram a trazer os resíduos. Lívia Milena Vieira, 14, aluna do oitavo ano chegou a contar quantas vezes separou material e levou à escola. “Eu trouxe 20 vezes no mês”, destaca. Além do material de casa, a escola também abraçou a iniciativa e os restos de comida da merenda escolar passaram a ganhar um novo destino. Além disso, ao lado do refeitório, placas para sinalizar o lugar de descarte de “cascas” e “restos de comida”, de um outro projeto da escola também contribuem para a produção das composteiras. Como parte do trabalho, Keilla levou as turmas do sexto ano para conhecer o aterro sanitário de Joinville, o que deixou os alunos bem preocupados com o volume de material que poderia ter um outro destino. “Foi bem impactante ver que tudo aquilo vai para o aterro sanitário, porque dá pra reutilizar muita coisa, como o projeto de composteira da escola”, fala Emanuela de Souza, 11. A primeira etapa do projeto já foi concluída no final de setembro. Agora, o trabalho consiste em fazer a separação do composto para secar e retirar as minhocas das composteiras. “Depois de seco, peneiramos esse composto e a partir disso, sim, usá-lo para um outro projeto na escola, que é o da revitalização da horta pedagógica”, aponta Keilla. E é justamente neste ponto de revitalização que a engenheira am-
Engenheira ambiental, Maria Carolina Campestrini
biental, Maria Carolina Campestrini, destaca o papel das escolas de demonstrar, na prática, o potencial positivo da separação dos resíduos, da redução do desperdício e da reciclagem. “A compostagem é também um processo de reciclagem, pois transforma os resíduos em produto - e o adubo proveniente do processo pode ser utilizado em hortas na própria escola, fomentando discussões sobre cultivo, alimentação de forma mais natural e nutrição”, destaca a engenheira. “Os nutrientes e a matéria orgânica dos restos de alimentos se perdem ao serem aterrados - ao promover a compostagem, podemos fazer com que estes nutrientes que foram retirados do solo retornem a ele.” Maria Carolina atua no setor de resíduos sólidos e promove a compostagem em diferentes escalas. Para ela, ao tomar essa iniciativa, as pessoas se tornam conscientes do consumo e ativas na solução deste
problema. “Estamos dando valor a algo considerado ainda por muitos como lixo e que é jogado ‘fora’ sem preocupações. Mas sabemos que o impacto disso é enorme - gases de efeito estufa, geração de chorume nos aterros, dependência maior de fertilizantes químicos, não aproveitamento de nutrientes que trazem fertilidade aos solos. Precisamos também lembrar que não existe ‘fora’, o planeta é um só! E também que os aterros estão atingindo sua capacidade de recebimento cada vez mais rápido”, conscientiza Maria. “Outro aspecto positivo é a produção do fertilizante - muitos começam a plantar flores e temperos e outros ampliam suas hortas depois que iniciam a compostar, e isso faz que nossas casas e jardins se tornem mais verdes e mais ricos. Eu vejo somente vantagens, e você?”
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ESTUDO ALINHADO COM A EMENTA ESCOLAR DE CADA TURMA Para que o projeto pudesse ser desenvolvido com todas as turmas do fundamental II, a professora Keilla viu que a disciplina de ciências, em cada ano, envolvia o assunto de forma diferente e com possibilidade de ampliar o que antes seria trabalhado com apenas um ano. Sexto ano: estudo sobre lixo e meio ambiente; Sétimo ano: estudo dos animais, como os anelídeos; Oitavo ano: cadeia alimentar; Nono ano: estudo de química/física, o que engloba chorume.
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Divididos em duplas, estudantes fazem composteiras domésticas
ESCOLAS SUSTENTÁVEIS De acordo com a professora técnica pedagógica, Lesani Zerwes Becker, o Núcleo de Educação Ambiental (Neam) incentiva as unidades escolares a desenvolver a consciência e a responsabilidade com os recursos naturais. “O trabalho do Núcleo consiste em desenvolver, junto à comunidade escolar, projetos multidisciplinares que desenvolvam os princípios básicos da Educação Ambiental: sensibilização,
compreensão, responsabilidade e cidadania, buscando sempre a harmonia entre homem, sociedade e natureza. Dentro desses princípios, é disponibilizado suporte técnico e pedagógico na elaboração e execução de ações no contexto educativo ambiental, promovendo a sustentabilidade dos programas e projetos desenvolvidos”, diz Lesani. Dessa forma, o Neam aborda as seguintes práticas pedagógicas:
O uso racional da água, com a implantação de sistemas de captação de água da chuva e do ar condicionado; A destinação e a reutilização correta dos resíduos gerados na escola; A implantação de sistemas de compostagem, como forma de reaproveitar parte do resíduo gerado nas cozinhas; A redução no consumo de energia elétrica, fazendo uso da luz natural para clarear os ambientes e desligando aparelhos elétricos quando não estão em uso; A implantação de áreas verdes, para tornar a temperatura mais amena e tornar o espaço mais agradável; O cultivo de hortas pedagógicas, promovendo a alimentação saudável; A conscientização sobre o consumo da merenda, evitando o desperdício de alimentos.
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vermicomposteira
Passo a passo para você aprender a fazer uma
A geração de resíduos sólidos no Brasil chegou a 78,4 milhões de toneladas no ano de 2017, um aumento de 1% em comparação ao que foi produzido em 2016, segundo o relatório produzido pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). No Brasil, a região sul ocupa o terceiro lugar entre as que mais produzem resíduos: foram mais de 22 toneladas/dias em 2017, o que representa 10,9% da produção nacional,
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No primeiro recipiente, faça uma base com folhas secas ou serragem, em seguida coloque a terra com as minhocas. Depois coloque o material orgânico e cubra, mais uma vez, com serragem. Isso contribui para a oxigenação. Assim que o recipiente encher, inverta-o e recomece o processo enquanto uma está em repouso.
Separe 100 minhocas, de preferência californianas, que processa uma boa quantidade de material orgânico e, após a digestão, consegue transformar em húmus. Além disso, tem uma alta reprodução, o que quase triplica a quantidade de minhocas durante a produção do composto. Empilhe os três recipientes e faça pequenos furos entre os dois andares, para que a minhoca possa circular e cair o líquido do resíduo orgânico.
desse gás e ainda beneficia o solo com a produção do composto. Por isso que iniciativa como essa feita na EM Plácido Xavier Vieira inspira a reaproveitar o material produzido e repensar no destino final. Que tal você colocar na prática todo esse aprendizado e construir na sua casa (ou na sua escola) uma composteira doméstica, hein? Veja o passo a passo e tudo o que você precisa para não perder mais tempo:
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Separe três recipientes de plástico ou madeira (cuidado para que ela não esteja tratada). É preciso que pelo menos uma tenha tampa, para ficar fechada durante o processo de decomposição.
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ficando atrás apenas do sudeste com 52,9% e do nordeste com 22,4%. A destinação desses resíduos deveria ser como última opção os aterros sanitários, já que esses locais não passam por nenhum tipo de proteção e deixam o solo e os lençóis freáticos o tempo todo em estado de alerta, porque a decomposição do material produz chorume e gás metano, causando o efeito estufa. A compostagem é uma aliada do meio ambiente, porque evita a produção
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O recipiente que está na base coleta o chorume do bem que é produzido nas caixas superiores.
Para retirar o húmus, retire o material do recipiente ou deixe-o aberto com bastante luz para ajudar no processo de secagem. As minhocas podem voltar à terra para se esconder ou você pode fazer a separação delas.
UÉ, MAS O QUE FAZER COM O CHORUME DO BEM? Com o bioterfitilizante produzido no processo de decomposição dos materiais na vermicompostagem (ou simplesmente composteira doméstica), pode ser usado como auxílio no adubo de sementes e até como repelente natural para as plantas. Mas tome nota: é preciso diluí-lo na água, na proporção de 1/5 a 1/10, ou seja, uma parte do chorume do bem para cada 5-10 partes de água. Esse cuidado é necessário para que a acidez não queime as folhas das plantas ou as sementes germinadas.
FIQUE ATENTO!
Com a composteira feita, é preciso saber o tempo que esse processo leva para que o adubo possa ganhar um destino. Para cuidar das minhocas e do fluxo do sistema, é necessário mexer no material orgânico com frequência. Logo após os primeiros 15 dias do início da compostagem, revire os resíduos e faça isso, pelo menos, uma vez na semana. Com o apoio das minhocas, a composteira doméstica leva cerca de três meses para ficar pronta.
O chorume do bem produzido é acumulado em garrafas de plástico
ATENÇÃO AOS CUIDADOS COM OS RESÍDUOS DECOMPOSTOS É preciso estar atento na hora de fazer a separação dos materiais orgânicos para saber o que pode ou não ir na composteira. Veja o que é possível separar e transformar em adubo:
Coloque à vontade
Restos de alimentos, como talos e cascas de verduras e frutas (por favor, não coloque as que são cítricas), borra de café, casca de ovo. Resíduos frescos de podas de grama e folhas possuem alta concentração de nitrogênio, pode colocar que é muito bem-vindo. As folhas secas são ricas em carbono e afastam os bichos aquele cheiro nada agradável no lugar.
Pode colocar, mas com moderação
Alimentos assados ou cozidos até podem ser colocados na composteira, mas em pequenas quantidades. Fique atento aos produtos industrializados para evitar o excesso de sal e conservantes. Além disso, os estercos dos animais só podem ser utilizados se tiverem sido curtidos, que são as fezes deixadas no tempo para que o excesso de nitrogênio evapore.
Nem pense em chegar perto com isso
Frutas cítricas, como laranja, limão, abacaxi podem alterar o PH da terra; fezes de cães e gatos podem conter parasitas, que podem causar danos nas plantas e nas minhocas usadas no processo; produtos derivados do leite; carnes em geral; nozes preta; comidas que contém trigo; papéis (por favor, isso você coloca na reciclagem); arroz; serragem tratada; plantas doentes; carvão; vidro; fitas adesivas; gordura; alho e cebola. REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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PROGRAMA Por Renata Bomfim
MAIS TEMPO NA ESCOLA = MAIS CONHECIMENTO
Lucas Madeira Tamanini, 10, aluno da EM Honรณrio Saldo
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Fotos: Renata Bomfim
Programa Educação Plena atende alunos em situação de vulnerabilidade social e defasagem escolar
O dia da aluna Geovana Helena Angewicz, 11, da EM Honório Saldo, na zona rural, começa cedo. Com as atividades do programa Educação Plena, a estudante chega na unidade escolar às 7h30 da manhã, volta para casa só para almoçar, e se despede da escola no final do dia, quando termina a aula do quinto ano. Assim como ela, mais alunos da rede municipal de ensino passaram a estar na unidade escolar quase que em turno integral com a oportunidade de participar de oficinas, como ateliê, letramento, experiências matemáticas, orientações de estudo, orientação para o trânsito, protagonismo social e práticas laboratoriais. Com capacidade para ajudar até 4900 alunos de toda a rede municipal, o atendimento prioriza estudantes em situação de risco/vulnerabilidade social e defasagem escolar. Com atendimento todos os dias, o programa se divide em dois ciclos: o primeiro para alunos de terceiro ao quinto ano; já o segundo do sexto ao oitavo ano.
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Lucas Gabriel Madeira Tamanini, 10, está no quarto ano na EM Honório Saldo e apresenta dificuldades em interpretação de texto. O desafio do Lucas, na verdade, é compartilhado entre os 18 estudantes da escola que participam do Educação Plena. “Esse ponto é de dificuldade da maioria, por isso que a gente faz bastante leitura e discute os assuntos”, comenta a professora do programa na unidade escolar, Marizete Risso. Dentro do programa, Marizete desenvolveu com os alunos o estudo e desenvolvimento de mandalas, produção de um informativo na escola e sinalização das placas de trânsito no estacionamento da unidade escolar. Apesar de os trabalhos terem começado em agosto deste ano, a professora já observou que os alunos passaram a apresentar melhorias no comportamento e na concentração em sala de aula. O mesmo ponto, a professora Dayana Larissa de Souza Menegassi passou a notar nos alunos que participam do programa na EM João Valentim da Rocha, no Vila Nova. “Eles começam a enxergar o básico, como matemática e português, de uma forma diferente”, destaca a professora. Focada em atender crianças do terceiro ao quinto ano, Dayana conta que, no início, precisou desenvolver atividades sobre ética, conduta e socialização, porque as crianças entendiam o espaço como avaliativo. Hoje, eles sentem prazer em participar do programa e o número de evasão é quase nulo. “Aqui, não tem certo ou errado, todas as opiniões são válidas e nós buscamos explorar o por quê que cada um chegou nessa opinião.”
O programa Educação Plena atende a meta seis do Plano Municipal de Educação: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, cinquenta por cento das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica. EM João Valentim da Rocha
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CURTIÇÃO É SER VOCÊ.
/oficialbgr
bgroficial
MÚSICA NA ESCOLA
Por Renata Bomfim
Quem canta…
Seus males
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Fotos: Renata Bomfim
Alunos e professores do Programa Música na Escola
espanta
Com o tema “músicos joinvilenses”,17ª mostra do Programa Música na Escola homenageia os compositores da cidade Ao subir no palco da Sociedade Harmonia Lyra para se apresentar pela primeira vez na 17º edição da mostra do Programa Música na Escola, o aluno do quarto ano da EM Anita Garibaldi, Arthur Bertoli de Cardoso, 10, buscou respirar fundo e se concentrar na letra da música para disfarçar o nervosismo. Integrante do coral desde o primeiro ano na unidade escolar, ele é um dos mais de 1300 alunos que participam do programa instituído na rede municipal em 11 unidades escolares. Com o tema “músicos joinvilenses”, a noite de apresentação musical homenageou e reconheceu a importância de oito compositores locais, como Israel Medeiros, Luiz Gonzaga, Erivelto Souza, Fabrício Dalprá, Patricia Sayure, Ana Paula da Silva, Rodrigo Bujik e coautoria de alunos do programa. Milton Neto, também um dos compositores homenageados, viu ser interpretada no palco pelos alunos seis músicas de sua autoria. Inspirado em retratar nas letras tudo o que vive, ficou emocionado ao receber a notícia de que suas canções estariam no repertório da noite. “A valorização do compositor da região mostra às crianças que existe um futuro para quem quer seguir essa arte de compor”, destaca o músico. Nascido em uma família musical, Milton acredita que o gosto por essa arte veio por meio das influências que teve desde muito cedo. “Eu aprendi a gostar de coral com a minha avó, que era regente, e em casa tinha piano, violão, então, não tinha como eu fugir disso.”
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EM Professora Eladir Skibinski, EM Prefeito Luiz Gomes, EM Presidente Castello Branco e EM CAIC Desembargador Francisco José Rodrigues de Oliveira
EM Anita Garibaldi e EM Professor Edgar Monteiro Catanheira
EM Professora Rosa Maria Berezoski Demarchi, EM Senador Carlos Gomes da Silveira, EM Professora Eladir Skibinski e integrantes da Oficina de Música do CEU Aventureiro
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EM Professor João Bernardino da Silveira Junior
Fotos: Renata Bomfim
EM Prefeito Baltasar Buschle
EM Doutor José Antônio Navarro Lins
EM Professor Saul Sant’Anna de Oliveira Dias
Compositores homenageados, Patricia Sayure e Milton Neto, ao lado prefeito, vice e professor do programa Música na Escola
Foto: Jaksson Zanco-Secom-Prefeitura de Joinville
Clarice Farani Fortuna, 10, participa do coral da EM Anita Garibaldi há quatro anos e, assim como Milton, também veio de casa o interesse pela música. “Eu sempre gostei de cantar, porque eu ouvia a minha avó tocar flauta e o meu irmão piano”, relembra. Também como parte do projeto de extensão em parceria com a Secretaria de Educação, a EM Professor João Bernardino da Silveira Junior conta com aulas de piano gratuitas no contraturno escolar, oferecidas pela professora Michele Priscila Mohr Vicente. A aluna Lizzie Graudino, 14, entrou no grupo musical da escola quando ainda estava no sexto ano e só lá aprendeu a tocar flauta, piano e técnica vocal. “Antes eu não tinha noção, achava que seria impossível tocar piano, porque era muito difícil”, comenta. Mas se milagres existem, eles são feitos pelos próprios santos da casa, como pontuou o prefeito Udo Dohler em sua fala. “Aqui estão os nossos professores, os nossos alunos, que, seguramente, nos encantarão nesta noite.” O programa Música na Escola é desenvolvido desde 2000 e oferece aos alunos da rede municipal a oportunidade de uma experiência diferenciada, com o objetivo de sensibilizar e tornar cada um mais conhecedor de si, fazendo com que a vivência escolar se torne mais significativa. Confira as apresentações das 11 escolas que se apresentaram na Sociedade Harmonia Lyra, na 17ª mostra do programa Música na Escola.
DICAS DA MARI
Por Mariana Emerim
GUIRLANDA de Natal Oi, oi! Tudo bem? O Natal está chegando (quem está muito feliz por isso, toca aqui o//)! É hora de pensar nos enfeites da casa, deixar tudo prontinho para receber essa data tão especial! Por isso, vamos montar uma guirlanda diferente?
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Você vai precisar de grampos (esses usados para roupas, de preferência de madeira), tinta verde, vermelha ou dourada, tesoura, papelão, fita decorativa ou cola glitter!
Primeiro passo é você escolher o tamanho da sua guirlanda. Eu usei como base um prato grande!
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Pinte os grampos de madeira também!
Em seguida, encaixe os grampos na base de papelão!
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Quando fizer publique uma foto com #diymariemerim que eu vou lá curtir e comentar! Feliz Natal! Beijo, beijo, beijo! Tchau, tchau, tchau, tchau!
Corte em círculo e depois corte de novo, mas dessa vez no centro, como se fosse retirar o “miolo” do papelão!
Para decorar a guirlanda, você pode usar cola com glitter, fitas de cetim, enfim, deixe-a com o sua carinha!
Depois pinte essa base de verde ou com a cor da sua preferência.
GALERIAS
KELTON E CARLOS Fotos: FOCO EVENTOS / TAINARA FIDENCIO
GIOVANA E MARIANA
ESCOLA
EM AMADOR AGUIAR
ULYSSES GUIMARÃES
MILENA
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MATHEUS E CAUÃ
MIRELA
MARIANA,ESTEFFANY,GIOVANA E SARAH
MARIA E MILENA
RAFAELA E MIRELLA
CARLOS, KELTON, EDAURDA E MICHELLE
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AMANDA, EMILYN E JULIA
ELOISA E ANA PAULA
ESCOLA
EM PRESIDENTE CASTELLO BRANCO BOA VISTA
KAMILY, GUSTAVO E JOÃO
KAMILY
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NICOLE
Fotos: FOCO EVENTOS / TAINARA FIDENCIO
GALERIAS
IANCA, NICOLE, PROFª JÉSSICA, RAIANE, GEOVANA, RAISSA, ALINE E AMANDA
NICOLAS, GIAN E PATRICK
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ERICA E KAMILA
LUIS E LUIS FERNANDO
ESCOLA
EM PROFESSORA ISABEL SILVEIRA MACHADO VILA CUBATÃO
AMANDA, MARIA,CAMILA E AMANDA MARIA
AMANDA E MARIA
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HESHELLEY E EVYLIN
Fotos: FOCO EVENTOS / TAINARA FIDENCIO
GALERIAS
HERSELLEY, ÉRIKA E AMANDA
ÉRIKA, HERSELLEY E AMANDA
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GALERIAS
LUIS, CRISTHIAN E MABILE Fotos: FOCO EVENTOS / TAINARA FIDENCIO
EMILLY E IASMIN
ESCOLA
EM PROFESSOR SYLVIO SNIECIKOVSKI JARDIM PARAÍSO
LUIS, CRISTHIAN E MABILE
JEAN E GABRIEL
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LUIS
JEAN, LEONARDO, PABLO E GABRIEL
VANESSA E SILMARA
CHRISTOPHER E WESLEY
TAINA, MARIA,THAYNA E ISABELLA
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SAIDEIRA Por Priscila Andreza de Souza
SOLTEIRICE
A ideia de ter um relacionamento sério me veio à mente e logo após eu sorri, imaginando caminhadas de mãos dadas, cinema nas quartas, passeio na praia aos domingos. Ter alguém com quem tomar sorvete no final da tarde e ligar antes de dormir parece convidativo. E aí a imaginação corre solta, pula corda e brinca de amarelinha. Estou pensando em casamento, filhos e morrer lado a lado. Porque casais idosos são sempre os mais lindos. Gosto de falar sobre relacionamentos, ouvir amigas, dar opinião, fofocar sobre os encontros da semana. Essas coisas femininas que dividimos no banheiro público. Mas como a maioria das coisas, relacionamentos são mais coloridos na teoria, no platonismo e na imaginação, porque é estável. Quando passa para o real fica perigoso, dá medo e o instinto é sair correndo, romper contrato e construir barreiras. A frase que mais escuto nesses últimos dias é essa: “Você fala assim porque ainda não se apaixonou”. Ah! Tá. “E como faz para se apaixonar, tia? Me conta, ou melhor, me dá um passo a passo de como fazer”. Será que é mesmo assim tão involuntário? Ou posso bloquear e controlar um sentimento?
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Tenho medo de me anular, de me perder no outro. Enfim, de ser menos eu. Acredito que na convivência com pessoas, pegamos trejeitos alheios. É assim com pais, irmãos, amigos e com parceiros também. E aí cabe a nós escolher a dedo quem caminhará lado a lado para os costumes serem positivos. Porque eu não sei você, mas quero alguém que me faça ser uma pessoa melhor. Não para me fazer feliz, seria muita petulância exigir tal descabimento de alguém, felicidade só depende de mim e de mais ninguém. Na arte da conquista, nós, mulheres, somos mestras. Roupa nova, sapato de salto, maquiagem impecável, cabelo solto e o olhar 43. Riso na hora certa, certo charme com as mãos e o famoso códigos de demorar um pouco para achar a chave de casa na hora do tchau. Clássico. É tiro e queda. Mas aí o primeiro encontro vira segundo, que vira terceiro e uma hora a máscara impecável cai. Afinal, a sedução é fantástica, mas ninguém é tão lindo e legal assim. Pura fantasia. E o dia a dia é o real com direito a cara amassada de sono, o mau humor matinal, o mau hálito no fim do dia, os cabelos no ralo
do banheiro. E tem sempre um mais apressado; o outro é lerdo. Tem sempre um que é menos e esse é o apaixonado. O outro, bem o outro é o apaixonante. E você já sabe quem que dá as ordens na relação, não é? Mas aí que vem o ponto da questão: quem ganha? Em qual lado é melhor de se estar? Alguns dizem que é o lado que tem o controle o que se deixa ser amado, afinal, ele ama menos, sofre menos e os seus desejos são atendidos. Enquanto o outro parece mais um lunático fazendo surpresas, atendendo vontades e sendo ciumento de um jeito absurdo. Será que para sermos amados temos que podar as características não tão atraentes? Acho isso tão injusto, são os defeitos que fazem a pessoa especial. Sim, somos chatos em vários pontos, apenas os pontos mudam de pessoa para pessoa e só. Somos absurdamente falhos em todo tempo. É irreal querer cobrar perfeição e mais asqueroso é querer controlar cada situação. A vida somente acontece e não há nada de errado em relaxar e curtir a vista, só por hoje deixe a vida te levar, só por hoje dê uma segunda chance. Afinal, as pessoas podem surpreender.
Priscila é jornalista, autora do livro "Expectativas" e chocólatra. Para ler mais crônicas, você pode acessar o site priscilaandreza.com.br