www.portalits.com.br | edição 11
CULTURA POP
OLD IS COOL EDUCAÇÃO:
Revista its Teens Florianópolis nº 11 2016 | R$ 9,80
A ESCOLA DO FUTURO
WIFI
Jamili da Silva, aluna do 8º ano, e a professora Steale Cristina, da escola municipal João Alfredo Rohr, encararam o debate sobre eleições.
CATARINENSES NO FIFA 17
conteúdo EDIÇÃO 11
ESCOLA DO FUTURO
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CLUBE DA LEITURA
CAPA
4
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GALERIAS
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8 | CULTURA POP
10 | WI-FI
Aquela “velha” história de que tudo aquilo que é bom não envelhece, mas se torna clássico, e quem é rei (ou rainha!) nunca perde a majestade, no fim das contas é verdade. Dá uma conferida no Cultura Pop e comprove a teoria.
Os catarinenses vão brilhar no FIFA 17, mas caso você não curta futebol, fica ligado no computador que cabe no seu pulso, ou arrase com um app Prisma. Se nada te convencer, sonhe em possuir o Pokémon Go Plus, aparelhinho incrível para os caçadores de plantão.
Como será a escola do futuro? Nós já podemos imaginar, porque neste semestre a Rede de Educação Básica Municipal começa implantar o Google Sala de Aula, ferramenta que promete mudar a rotina da galera
16 | CAPA
22 | SE LIGA!
30 | GALERIAS
ELEIÇÕES: A cidade e as escolas municipais se preparam para escolher novos gestores e a gente foi saber o que a galera tem a dizer sobre o assunto
Boa parte dos adultos que hoje fumam, acenderam seu primeiro cigarro ainda na adolescência, por isso, a gente precisa falar desse tema. #conscientização
Só close certo nessa edição. Confira os pátios que receberam a nossa galera durante o mês.
REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
12 | EDUCAÇÃO
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editorial Fala galera, Com 16 anos eu estava no segundo ano do ensino médio, já sonhava em seguir carreira no Jornalismo e defendia com unhas e dentes meus ideais. Ferrada em química, lembro que saí de um reforço escolar da matéria para ir com os meus colegas tirar o título de eleitor. Não era obrigatório, mas nós fomos exercer o poder que tínhamos em mãos. Fomos incentivados pelas aulas de sociologia e geografia. Fomos por acreditar que faríamos a diferença. Fomos por que nossos professores nos fizeram pensar sobre o futuro, sobre as decisões que seriam tomadas e na parcela que poderíamos representar. A vida é feita de escolhas, nós escolhemos o tempo todo, e isso não seria diferente em um período tão conturbado politicamente. Em 2010 eu e os meus amigos escolhemos tirar o título e votar. Nós não tínhamos direito à quase nada, mas tomamos posse daquela escolha. Você pode não ter direito a CNH para dirigir por aí, também não tem idade para o titulo na carteira, mas tem direito de voto e de escolha ao decidir o caminho do GPS da sua escola nas próximas eleições. Afinal de contas, por que escolhemos não escolher os caminhos que devem ser seguidos politicamente ao nosso redor influenciando e ajudando os nosso pais, nossos avós e vizinhança?
O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Tiago Iorc - Sol que Faltava Galantis - Peanut Butter Jelly Major Lazer - Cold Water feat. Justin Bieber & MØ Maiara & Maraisa - 10% Thiaguinho - Vamo Que Vamo
Eleição é algo Difícil, né? Mas calma, nós juntamos várias ideias e tentou descomplicar, curte aí e compartilha os seus conhecimentos com o povo :)
JÉSSICA STIERLE
OS CULPADOS
CULTURA POP
WI-FI
MATÉRIA DE CAPA
SAIDEIRA
HAZIEL SCHNEIDER
LUCAS INÁCIO
LUCIANA PAULA
VANESSA ESTEVES
Por Haziel Schneider,
CULTURA POP
18 aninhos punindo malfeitores em nome da Lua, estudante de Publicidade e Propaganda, fissurado por cultura pop
Aquela “velha” história de que tudo aquilo que é bom não envelhece, mas se torna clássico, e quem é rei (ou rainha!) nunca perde a majestade, no fim das contas é verdade.
NINTENDINHO
Em julho a Nintendo anunciou que o NES, o clássico dos anos 80, será relançado em breve como uma réplica quase idêntica à versão original. Terá controles USB e 31 joguinhos na memória. E o preço será super acessível, cerca de 60 dólares.
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POKÉMON GO
A grande novidade do ano, de longe, foi que uma das franquias mais bem sucedidas de todos os tempos (também da Nintendo) resolve inovar o cenário dos jogos e aplicativos para celular. Pokémon Go, em 2016, teve o mesmos efeito que o anime, em 1999: Se tornou uma febre instantânea. O jogo em menos de um dia, aqui, já ocupava as manchetes dos principais jornais e levava para as ruas pessoas de todas as idades em busca dos monstrinhos.
STRANGER THINGS
A nova série original da Netflix e queridinha de todos, que se passa nos anos 80 e gira em torno de um clima de mistérios e investigaçoes, também é um poço de referências à filmes, seriados e personagens da década de ouro, com um bônus de ter no elenco as crianças mais fofas do mundo.
A FORÇA DAS GIRLBANDS
Quem sente falta de grupos femininos como Destiny’s Child, Girls Aloud, The Pussycat Dolls e SONHA com a possível volta das Spice Girls, pode ao menos sentir o gostinho de como era viver isso, com os novos girlgroups que tomam conta da cena. Little Mix e Fifth Harmony estão cada vez mais conquistando espaço e trazendo a hype das girlbands de volta, mostrando que as meninas mandam muito bem juntas, sim!
IT’S BRITNEY, B!
Muitos fãs de Britney reclamavam que a cantora já não tinha mais a mesma empolgação com seus lançamentos, tendo em vista o mau desempenho e divulgação de seus últimos trabalhos. Mas a princesinha do pop fez jus ao nome de seu mais novo álbum, GLORY e nos provou que aquela garota ousada que dançava com cobras pescoço e performava com a Madonna no VMA, está vivíssima!
n o
GIRLS IN THE HOUSE & DISK DUNNY
Quando você pensa que o ser humano chegou no ápice da criatividade fazendo vídeoclipes e personagens bizarros no clássico The Sims, eis que alguém tem a ideia GENIAL de fazer uma série e spin off com “personagens” do jogo, trazendo a carismatica Dunny contado os casos do mundo pop de um jeito divertido, com participações de personas polêmicas como Kanye, Taylor, Britney, Katy e até Beyoncé. Três temporadas já estão disponíveis no youtube, gratuitamente, e a produção é brazuca! Repleto de diálogos ácidos, humor súbito e trazendo até discussões sociais, a série é um reflexo do que os jovens mais buscam ler nas redes sociais, com aquele toque especial do entretenimento.
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WIFI
Por Lucas Inácio
CATARINENSES NO FIFA 17 No fim de setembro, será lançado oficialmente o FIFA 17 e com a presença de vários times da Série A do Campeonato Brasileiro. Chapecoense e Figueirense, os dois representantes de Santa Catarina na elite do futebol brasileiro, estão confirmados. Times tradicionais, como a dupla mineira Atlético e Cruzeiro, a dupla GreNal, os paulistas Palmeiras, São Paulo e Santos, além de Botafogo e Fluminense. Mas as grandes ausências do jogo são Flamengo e Corinthians. As duas maiores torcidas do país fecharam direito de imagem com o Pro Evolution Soccer 2017, concorrente direto do FIFA. Na boa, quem precisa deles quando se tem Chape e Figueira?!
NOVIDADES TECH Se liga nas dicas da equipe its.
FILTRO NO VÍDEO
O aplicativo Prisma é super conhecido entre os amantes de filtros de foto. Quem gosta de texturas, cores e outros efeitos em suas imagens tem que ter esse app no seu celular, afinal de contas, ele dá um banho nos filtros do Instagram. Depois de se jogar ao mundo mágico do Android (antes exclusivo para iOS), o Prisma vai ganhar a função de filtros para vídeos, mas ainda não sabemos quando. “Algumas semanas” é o que diz a empresa que desenvolve o aplicativo, ou seja, o negócio é esperar.
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REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
NÃO DÁ MAIS PARA REBOBINAR Talvez vocês não conheçam o verbo acima, mas “rebobinar” era uma das coisas mais importantes a se fazer após assistir um filme até os anos 90, e quem não o fizesse pagava multa ao entregar o VHS na videolocadora. Estamos falando disso porque a última fabricante de videocassete do mundo, a japonesa Funai, vai parar de produzir o aparelho. Demanda ainda existe, mas o único fornecedor de uma peça essencial vai parar de produzi-la, o que forçou a Funai a encerrar a produção. Era uma vez o videocassete.
SENTA E VOA, MEU FILHO
Imaginem uma poltrona super confortável, daquelas que a gente vê em shopping, voando pelo meio da cidade. Na verdade só dá para imaginar, mesmo, porque essa poltrona ainda precisa de ajustes para sobrevoar partes habitadas, mas ela existe. Por meio de oito hélices e usando combustível fóssil, o canal do Youtube Amazing DIY projects desenvolveu o projeto, que conta com uma série de 12 vídeos. Quando vão chegar ao ponto de vender, isso a gente não sabe, mas não se espante caso veja um sofá voando por aí.
COMPUTADOR DE PULSO QUE CABE NO BOLSO
A empresa chinesa Mobvoi pretende deixar o mercado de smartwatchs (relógios espertos, em uma tradução literal) mais acessível. O Ticwatch 2 é um relógio de pulso com frequência cardíaca, rastreador de passos, GPS e até uma função para telefonemas e alertas de notificações. O aparelho tem sistema próprio, mas aceita tanto Android quanto iOS. Possui quatro opções de cores e pulseiras de silicone, couro ou metal, o que faz variar os preços de US$ 99 a US$ 300. Até cabe no bolso, mas só se for dos pais.
RASTREADOR DE POKÉMON
Setembro é o mês do Pokémon Go Plus chegar às lojas, ou pelo menos foi isso que a Nintendo anunciou. O aparelhinho pode ser usado como relógio de pulso, no bolso ou preso como um clipe e vai deixar muito mais fácil a tarefa de capturar os bichinhos do aplicativo febre por aí. Ele vibra e acende quando um pokemon ou item do jogo está por perto, o que deixa o jogador bem menos dependente do smartphone, já que você só vai precisar usar na hora de capturar. O custo vai ser de 35 dólares, mas aqui no Brasil, nem o Ash sabe.
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EDUCAÇÃO ESPORTE
Por Luciana Paula
COMO SERÁ A
ESCOLA DO FUTURO? Neste semestre a Rede de Educação Básica Municipal começa implantar o Google Sala de Aula, ferramenta que promete mudar a rotina da galera
Muitos especialistas críticos do atual modelo de Educação dizem que ele pouco mudou nos últimos cem anos. As fileiras de carteiras, o quadro negro… são elementos que nossos avós já conheciam, por exemplo. Mas seria injusto dizer que nada se alterou, as antigas cartilhas são bem diferentes dos atuais livros didáticos. As salas informatizadas e de vídeo são outra vantagem que vovó nenhuma pôde experimentar. E vem mais novidade por aí, a partir deste semestre, a Rede Municipal de Educação começa a cadastrar
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seus profissionais e estudantes em uma plataforma da Google especialmente criada para facilitar a relação aluno-professor. O Google Sala de Aula é um ambiente virtual em que um professor pode abrir uma “sala de aula” para cada turma. Neste ambiente, ele pode criar e corrigir tarefas on-line. Sabe aquela cena clássica do profe que entra na sala com dez mil pastas cheias de provas e trabalhos? Se depender da Google isto não fará mais parte da nossa rotina. Esse sistema também promete
acabar com alguns dos mais clássicos migués escolares: “o cachorro comeu meu trabalho”, “a senhora perdeu meu trabalho, professora?! Eu juro que entreguei!”. É claro que neste primeiro momento talvez ainda não seja possível abolir completamente as avaliações em papel da nossa rotina, porque pra fazer as atividades e avaliações via Google Sala de Aula todos os alunos precisam ter acesso a Internet. Mas como o app pode ser acessado de tablets e smartphones, isso vai se tornando cada vez mais viável.
Fotos: Arquivo Pessoal
Não foram poucas as vezes que nós mostramos o quanto a tecnologia faz parte da vida dos estudantes da Rede. Em dezembro do ano passado, nossa capa foi com Maria Eleonora Adão, youtuber que comanda o “Como assim, Maria?”, e na época cursava o 8º ano na Escola Básica Almirante Carvalhal. Nesta mesma edição, escrevemos sobre o trabalho massa que a professora Fernanda Beatriz, da escola municipal José do Valle, desenvolve sobre os cuidados que os estudantes precisam tomar ao usar as redes sociais e games na Internet. Em junho deste ano, foi a vez da Júlia Martins e da Rayany Wasem, do 9º ano da Escola Básica Herondina Medeiros Zeferino, provarem quanto o aprendizado pode ficar melhor quando aliado a tecnologia. Com todo o apoio da professora Giselle Medeiros, do Laboratório de Informática, elas criaram um app para localizar animais de estimação perdidos ou possíveis donos para animais abandonados, e até chegaram às semifinais da competição internacional Technovation Challenge. Pra garantir que as escolas municipais não fiquem pra trás dessa geração tecnológica, a Secretaria de Educação mantém o Núcleo de Tecnologia Municipal. Nós estivemos lá pra saber mais sobre a implantação do Google Classroom nas escolas. A assessora pedagógica do Núcleo, Suleica Fernanda Biesdorf Kretzer, explica que a adesão da Rede ao pacote “Google Apps for Education” era um dos requisitos do Banco Internamericano de Desenvolvimento (BID) com quem a Prefeitura contraiu empréstimo. Atualmente, o projeto está na etapa de cadastramento de emails de todos os professores e alunos para que os mesmos possam usar a plataforma que inclui ferramentas de pro-
dutividade como o Gmail, o Documentos e o Drive. Os impactos desta novidade nas salas de aula ainda não estão tão evidentes, já que o projeto está em fase incial. Mas a expectativa é que as escolas municipais consigam facilitar o trabalho dos professores e transformar o espaço escolar em algo mais próximo da expectativa que os estudantes têm para o futuro.
O QUE A GALERA IMAGINA PRO FUTURO DA ESCOLA? A ficção científica nos dá algumas pistas do que podemos esperar para o futuro da Educação. Em alguns casos mais extremos, há quem acredite que será possível até implantar chips com os conteúdos em nossas cabeças. Parece tentador, mas ao mesmo tempo, que chato seria nem precisassemos ir mais para escola, esse espaço onde aprendemos não apenas pelos livros, mas também nas trocas com os professores e colegas. O João Pedro, do 9º ano da Escola Básica Anísio Teixeira, não é muito otimista quanto as mudanças que estão por vir na escola. “Eu acho que vai ser a mesma coisa, nada vai mudar eu acho”. Mas quando questionado, ele é super a favor de que os cadernos sejam substituídos por computadores, “também quadros digitais, ar condicionado.. isso é importante!”, acrescenta. Já o Pablo Feijó, do mesmo ano e escola, pirou mais nessa ideia. “Assim... não sei. Não imagino muito bem como vai ser... Mas, por um lado, acho que vai ser melhor, com muitas tecnologias chegando hoje em dia, essas coisas... Acho que eles [no futuro] vão ter mais poder de aprendizado. Não que hoje em dia não tenha, pois tem sim. Mas como daqui a uns 40 anos a tendência é óbvio e que melhore... Agora já não sei se pela política melhoram as escolas públicas. Mas acho que vai ser muito diferente de hoje e acho que vai ser engraçado eles aprenderem coisas que eu vivi sabe?!”, reflete.
João Pedro
Pablo Feijó
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Suleica Kretzer, Carolina Güntzel e Patrícia Vieira, multiplicadoras e assessoras pedagógicas do Núcleo de Tecnologia Municipal
Google aprensenta
“SALA DE AULA”
O Sala de aula está disponível para qualquer usuário do Google Apps for Education, um pacote gratuito de ferramentas de produtividade que inclui o Gmail, o Documentos e o Drive. O Sala de aula permite que os professores criem e recolham tarefas em formato digital, além de incluir recursos que poupam tempo, como a possibilidade de criar uma cópia de um documento do Google para cada aluno. Ele também cria pastas do Google Drive automaticamente para cada tarefa e cada aluno, ajudando na organização. Os alunos podem ver as tarefas que precisam ser feitas na página "Tarefas" e começar a trabalhar com apenas um clique. Os professores veem rapidamente quem concluiu a tarefa e fornecem comentários e notas diretamente, em tempo real, a partir do Sala de aula. Como funciona: - CONFIGURAÇÃO SIMPLIFICADA: Os professores podem adicionar alunos diretamente ou compartilhar um código para os alunos participarem da turma. A configuração leva apenas alguns minutos;
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Fonte: Texto extraído da página de suporte da Google
- POUPA TEMPO: Um fluxo de tarefas simples e digital permite que os professores criem, corrijam e pontuem tarefas rapidamente em um só lugar; - MELHORA A ORGANIZAÇÃO: Os alunos podem ver todas as tarefas em uma página de tarefas, e todos os materiais didáticos são arquivados automaticamente em pastas no Google Drive; - MELHORA A COMUNICAÇÃO: O Google Sala de aula permite que os professores enviem comunicados e questões instantaneamente. Os alunos podem compartilhar materiais com os colegas e responder a perguntas no fluxo; - ACESSÍVEL E SEGURO: Como os demais serviços do Google Apps for Education, o Google Sala de aula não contém anúncios, nunca usa seu conteúdo ou os dados de alunos para fins publicitários e é gratuito para escolas. - PRIMEIROS PASSOS NO SALA DE AULA: O Sala de aula está disponível para qualquer pessoa que
tenha uma conta do Google Apps for Education. Acesse classroom.google.com e faça sua inscrição. Especifique se você é um professor ou aluno e crie ou participe de uma turma. - ENCONTRAR AJUDA: Em caso de dúvidas sobre o Google Sala de aula, acesse o Fórum de Ajuda do Google for Education. - NAVEGADORES COMPATÍVEIS: Você pode acessar o Sala de aula pela Internet em um computador ou smartphone com qualquer navegador moderno, como Chrome, Firefox®, Internet Explorer® ou Safari ®. Em geral, o Sala de aula é compatível com as versões atuais e as principais versões anteriores dos navegadores Chrome, Firefox, Internet Explorer e Safari. - APLICATIVOS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS: Você também pode usar o aplicativo Sala de aula em seu dispositivo Android ou iOS. Para mais informações, consulte Instalar o aplicativo Sala de Aula.
SAIBA MAIS Fique por dentro do NTM acessando a página: www.facebook.com/NTMFlorianopolis
Saiba ainda mais sobre o Google Sala de Aula https://www.youtube.com/googleforedu
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CAPA ESPORTE
Por Luciana Paula luciana.paula@portalits.com.br
Jamili da Silva, aluna do 8º ano, e a professora Steale Cristina, da escola municipal João Alfredo Rohr, encararam o debate sobre eleições.
A cidade e as escolas municipais se preparam para escolher novos gestores e a gente foi saber o que a galera tem a dizer sobre o assunto Com o controle remoto na mão, você tenta trocar de canal, mas não adianta, eles estão em toda parte. Saúde, Educação, Família… os candidatos parecem usar as mesmas palavras, mesmo buscando ressaltar o que propõem de diferente dos seus adversários eleitorais. E se é possível dizer que existe uma afinidade inquestionável entre todos eles é
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que, desde o dia 26 de agosto, estão focados em um único objetivo: conseguir votos. E para isso, eles têm o direito de usar os meios comunicação como TV, rádio e jornais para chamar a atenção das pessoas. Essa enxurrada de propaganda e promessas às vezes acaba gerando um efeito negativo e o assunto “política” cai no senso comum como algo chato, desin-
teressante pra qualquer um que não seja homem, adulto e engravatado. Mas será que é isso mesmo? Além de eleger prefeito e vereadores, neste ano Florianópolis vai às urnas também para escolher os diretores das unidades da Rede Municipal de Educação. E se quem ainda não fez 16 anos não pode votar nas eleições municipais, na
Fotos: DM Fotografia
escola todos os alunos do 5º ao 9º ano vão poder fazer valer a sua opinião. Como nós somos obcecados por saber o que se passa na cabeça da galera, fomos até a escola municipal João Alfredo Rohr, no Córrego Grande, para trocar uma ideia com as turmas do 7º e 8º anos, tanto sobre as eleições para a Câmara Municipal e prefeitura quanto sobre as eleições para diretores escolares. Mais que analisar propostas, para a estudante Alice Costa, do 7º ano, “tem que acompanhar os candidatos! Não pode só deixar acontecer”. Afinal, não adianta nada votar em alguém que tem ideias parecidas com as nossas, e depois não conferir se o candidato ou candidata as colocou em prática. “Hoje em dia tem Google, é fácil pesquisar. E se tiver algo de ruim sobre o candidato, já ficamos com o pé atrás”, reforça a professora de Geografia Steale Cristina. Já o Thiago Siqueira, também do 7º ano, defende ainda que “política tinha que ser menos machista”. Na última legislatura da nossa Câmara Municipal, por exemplo, só foram eleitos vereadores homens. Segundo o Portal Brasil, site do Governo Federal, nosso país está em 121º lugar no ranking mundial de participação feminina na política. Elas são, atualmente, apenas 9% de deputadas federais e 10% de senadoras. E infelizmente parece que esta realidade não está tão perto de mudar. Quando questionamos quem da turma gostaria de um dia se candidatar a um cargo político, a única pessoa que curtiu a ideia foi o próprio Thiago. Mas isso não quer dizer que as meninas não saibam da importância de ter representatividade. “Eu achava importante que tivesse um político anão, por exemplo, porque ele não pensa como eu. Ele olha o ônibus e pensa que precisa ter um degrau que ele alcance. E mesmo os cadeirantes, quase não tem ônibus adaptados para eles”, argumentou Alice.
NA ESCOLA Devido às melhorias que estão sendo feitas na escola Alfredo Rohr, com a reforma tão aguardada pela comunidade. Quando as promessas viram realidade, a galera reconhece. “A gente sabe que a nossa escola é boa, está sendo reformada, tem bons professores”, comenta Ana. Questionados sobre as eleições para diretores, algumas das expectativas dos estudantes revelaram o quanto a galera é aficionada pela tecnologia. “Eu queria poder usar mais o celular”, admite Lucas Diogo, do 7º ano. A Lei estadual 14.363 proibe, desde 2008, o uso de aparelhos celulares nas escola. “Mas os professores já deixam a gente usar às vezes pra pesquisa”, argumenta o colega Rodrigo Cesar. De maneira geral, as duas turmas tiveram mais facilidade de mencionar suas reivindicações para a cidade do que para a escola. Todos reconheceram que o pulso firme da atual diretora da unidade é importante para a conservação da escola.
Ninguém vive em uma bolha. Todos usamos as ruas e calçadas da cidade. A qualidade da rede de esgoto vai influenciar diretamente na nossa saúde. A iluminação das ruas garante ou não a segurança de quem passa por ela… Assim sendo, se você vive na cidade, isso já é suficiente pra dizer que você pode e deve opinar e ficar por dentro do que prefeitos e vereadores fazem pelo município.
A GALERA QUER BEM FLORIPA <3 A escola Alfredo Rohr está passando por uma mega reforma para se adequar ainda mais às necessidades dos alunos. Lá, os estudantes que têm necessidades especiais encontram um ambiente inclusivo. Mas infelizmente, a acessibilidade nem sempre é encontrada fora dos muros da unidade. “Outro dia, pra gente ir da escola para o Parque do Córrego, precisamos de três pessoas para ajudar ela com a cadeira. Três pessoas!” comenta Ana Beatriz, do 8º ano. Outra expectativa da galera pra que a cidade fique ainda melhor é a expansão das ciclovias e uma maior disponibilidade de horários de ônibus. Já que muitos estudantes usufruem do transporte coletivo de forma gratuíta para fazerem o trajeto casa-escola. E nos finais de semana, quando tem menos usuários no transporte coletivo, a turma também gostaria de ter mais horários disponíveis. “Não dá pra ir na praia de ônibus no domingo”, diz Thiago. “Eu acho que devia ter mais ônibus e menos carro nas ruas”, complementa Lavínia.
"Eu acho muito bom [votar para diretor] porque se eu conheço 'bem' a pessoa que vou votarpra diretora ou diretor sei que aquela pessoa vai ajudar ou ao menos tentar ajudar a 'melhorar' algo na escola"
Jamili da Silva,
8º ano, João Alfredo Rohr Monique, Jamile, Alice, Aysllânia e Janine WWW.PORTALITS.COM.BR
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SOB NOVA DIREÇÃO Pra começar, a gente precisa dizer que poder ajudar na escolha do diretor da escola não é um direito de estudantes de qualquer unidade. Existem municípios em que os diretores são escolhidos por indicação política, por exemplo, e outros em que eles são contratados para a função via concurso público. Já nas escolas privadas, quem define é a administração da instituição. Mas aqui na Rede Municipal da Capital esta escolha está nas mãos da comunidade escolar. Assim, quem escolhe os diretores nas nossas escolas municipais são seus próprios especialistas, professores e demais servidores, pais e responsáveis e alunos do 5º ao 9º ano. Para que a decisão não fique concentrada nas mãos dos alunos, que estão em maior número na escola, é usado um cálculo diferente, para que haja mais equilíbrio. E para se candidatar, é preciso cumprir os seguintes requisitos: • Ser servidor efetivo no Magistério ou ocupar os cargos civis de auxiliares de sala e bibliotecários; • Ter formação de nível superior; • Estar trabalhando na prefeitura há no mínimo três anos, e ao menos desde março deste ano na unidade onde vai se candidatar; • Fazer o curso de Gestão Escolar da Secretaria de Educação na função Diretor Escolar; • Elaborar um Projeto de Gestão, vinculado ao Projeto Político-Pedagógico da escola. Esse projeto precisa ser referendado pela Secretaria de Educação e aprovado em Assembleia Geral da Comunidade Educativa. Para garantir que tudo ocorra bem nas eleições - sem tretas! - existe uma Comissão Eleitoral composta por servidores da Secretaria de Educação e outra composta por membros da comunidade escolar.
AGENDA outubro
18 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
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outubro
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novembro
1º Turno das Eleições Municipais
2º Turno das Eleições Municipais
Eleições para Diretores
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Qual é a do(a)
prefeito(a)?
A primeira coisa que precisamos saber pra escolher bem um representante é o que afinal de contas ele terá a obrigação de fazer, quais as suas atribuições. É óbvio sacar que uma pessoa está de caô se ela promete acabar com a guerra da Síria caso se eleja o novo síndico do condomínio. Mas as coisas não são tão fáceis quando falamos da administração municipal. Prefeito e vereadores têm deveres e competências diferentes. Para início de conversa, eles pertencem a poderes diferentes: Executivo e Legislativo. O Executivo tem que basicamente fazer acontecer, colocar a mão na massa. Já o Legislativo faz as regras do jogo (aprova leis) e fiscaliza se o prefeito as está cumprindo bem. Claro, isso colocando as coisas de uma forma muito simples. Assim sendo, o(a) prefeito(a) tem que dar conta de tudo o que a Constituição Federal de 1988 diz que é dever do município oferecer. E pra isso ele pode contar com um “time”, os secretários de Educação, Saúde, Mobilidade… Ele ou ela é quem nomeia a galera que ficará na função dessas áreas. Sobre as maiores reivindicações das turmas com que falamos, saúde, educação, planejamento urbano e mobilidade urbana… Segue a real: • Se a escola de nível infantil e fundamental (até o 9º ano), por exemplo, estiver meio caidinha, pode reclamar pra prefeitura, porque ela é obrigada, sim! Já do ensino médio em diante fica na responsa do governo do Estado (ensino médio) e federal (ensino superior e pós-graduação); • Na saúde, desde 2006 os municípios são incentivados a “assumir integralmente as ações e serviços de seu território”. Ao menos é o que diz a cartilha “Entendendo o SUS”, do Ministério da Saúde. Mas a prefeitura não precisa fazer isso sozinha: metade da grana custuma vir de repasse do governo federal, e a outra metade vem dos governos estadual e municipal; • Deixar as calçadas aptas à passagem de cadeirantes, deficientes visuais, enfim, de quem precisar usá-las, é também ‘funça’ dos prefeitos; • Garantir que haja ônibus - amém! - pra ir pra escola e dar um rolê no fim de semana também é missão da prefeitura. Qualquer problema ou exigência deve ser cobrada da Secretaria de Mobilidade Urbana.
E os vereadores(as)? Se for pra simplificar, os vereadores e vereadoras devem fazer leis (isso inclui escolher nome de ruas e praças) e ficar de olho no prefeito, e o que ele faz com o dinheiro dos contribuintes. Mas, afinal, que grana é essa? Existem vários tipos de impostos. Alguns deles vão direto pro caixa da prefeitura, como o IPTU, por exemplo, que é o imposto que se paga quando se tem uma casa, apartamento, terreno, imóveis em geral. Outros impostos como o IPVA, do carro, e o de renda, sobre o salário, vão pros governo estadual e federal, respectivamente, e voltam pros municípios em forma de repasses. Mas não é só porque uma pessoa foi eleita que ela pode fazer o que quiser com a grana que vai pra cidade - não, não é que nem mesada! O prefeito é obrigado a investir um percentual mínimo em algumas áreas, como saúde e educação, e tudo tem que estar bem especificado num orçamento, que tem que ser aprovado pela câmara municipal. No fim do ano, ele presta contas à câmara de novo, pra ela avaliar se aquele plano foi cumprido corretamente. Mesmo sem especificar demais, dá pra sacar que é uma responsa imensa ser vereador, mas assim como o prefeito, ele não está sozinho. Ele também pode escolher assessores - em bem menor número que o prefeito pode ter de secretários. Os membros da equipe que compõe o gabinete de um vereador são os assessores parlamentares, que estão lá para ajudá-los a fiscalizar o orçamento do município e os projetos de lei.
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Veja a linha do tempo das
ELEIÇÕES NO BRASIL Fonte: Eleições no Brasil – Uma História de 500 anos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e site do TSE
1532
1822
1881
Primeira eleição conhecida em território brasileiro, na Vila de São Vicente, hoje São Paulo, para escolher ocupantes da Câmara Municipal. Voto exercido pelos homens bons – nobres, ocupantes de cargos importantes, proprietários de terra, burgueses que haviam ascendido pela renda.
Primeiro pleito após a declaração de Independência do Brasil. Podiam votar homens com mais de 25 anos que atendessem a uma série de critérios, inclusive de renda. As votações ocorriam em graus, com eleitores escolhendo outros eleitores, que tinham direito a votar nos representantes.
A Lei Saraiva introduz o voto direto, que já era reivindicado. Cria ainda o voto secreto e institui o título de eleitor, substituindo o título de qualificação do eleitor. Entretanto, não abole os critérios de comprovação de renda para voto, além de vetar o direito de voto aos analfabetos
1935
A legislação reduz de 21 para 18 anos a idade mínima para votar. A Constituição não chega a ser aplicada em razão do golpe do Estado Novo, em 1937
1945
1934
A Constituição da Nova República acaba com a possibilidade de voto descoberto ao instituir apenas o secreto
1955
1932
Lei cria a Justiça Eleitoral, com o intuito de ser a única responsável pelo processo. O voto feminino é oficializado e o veto para analfabetos é mantido
1964
Com o fim do Estado Novo, o Brasil volta a ter um Código Eleitoral. Uma de suas inovações foi a proibição da candidatura avulsa, com obrigatoriedade de vinculação a partidos políticos
Criação da cédula de votação oficial, embora fosse facultado aos partidos fabricá-las e distribuí-las. A cédula guardou a liberdade e o sigilo do voto, facilitou a apuração e diminuiu a influência do poder econômico, pois os candidatos gastavam muito com impressão e distribuição
Ano do Golpe Militar. O Ato Institucional n° 1 estabelece eleição indireta para presidente, pelo Congresso Nacional. A redemocratização só viria 21 anos depois, em 1985
2014
2010
2000
A Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis políticos condenados em segunda instância pela Justiça, é aplicada pela primeira vez nas eleições gerais
20 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
A identificação biométrica começa a ser usada no país. Em 60 municípios, 1,36 milhão de eleitores (de um total de 135,8 milhões) votam por meio da identificação pela digital
Eleitores de todo o país votam utilizando a urna eletrônica
1889
1891
Proclamação da República
A primeira Constituição republicana cria o sistema presidencialista, com presidente e vice-presidente eleitos de forma direta e por maioria absoluta
1930
1928
Movimento armado liderado por Minas Gerais, pela Paraíba e pelo Rio Grande do Sul resulta na deposição do então presidente Washington Luís e impede a posse do presidente eleito, Júlio Prestes, pondo fim à Primeira República
Vinte eleitoras do Rio Grande do Norte conseguem se registrar e quinze votam no pleito de 15 de abril daquele ano. A Comissão de Poderes do Senado descarta os votos como “inapuráveis”
1985
1988
Em pleito indireto, Tancredo Neves é o primeiro presidente civil eleito após o golpe
1997
Emenda constitucional permite a reeleição para cargos de prefeito, governador e presidente
Promulgada a nova Constituição. Ela dá direito de voto a analfabetos, após 107 anos de proibição. Permite ainda que jovens acima de 16 anos votem. Nos dois casos, o voto é facultativo
1996
A urna eletrônica é usada pela primeira vez. Um terço do eleitorado vota usando o sistema
1892 A primeira Lei Eleitoral da República estabelece as condições de elegibilidade para presidente: ser brasileiro nato, ter mais de 35 anos e estar na posse dos seus direitos políticos
1896
Embora não elimine o voto secreto, a legislação passa a prever a possibilidade de voto descoberto – público – caso o eleitor deseje. Também permite receber uma segunda via atestando em quem o eleitor tinha votado. Na prática, era um meio de facilitar o voto de cabresto
1989
Primeiras eleições diretas depois do golpe militar
1994
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral decide, por unanimidade, adotar a interpretação de que a idade de 16 anos completos deve ser considerada no momento do voto, e não no alistamento eleitoral. Antes, somente os adolescentes que completassem 16 anos, até 31 de maio, podiam ter o título FACEBOOK.COM/REVISTAITS
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ESPECIAL
Por Luciana Paula
Encerramento do ciclo de palestras que aconteceu em 29 de agosto, dia de combate ao tabagismo
APAGA ESSA!
Boa parte dos adultos que hoje fumam, acenderam seu primeiro cigarro ainda na adolescência, por isso, a gente precisa falar desse tema
Aos 14 anos, ela começou a fumar escondida. Afinal, são tantas as proibições na vida de uma adolescente, que o cigarro parecia ser só mais uma. Enquanto tragava, inspirada no glamour das estrelas do cinema, ela se sentia mais livre, mais mulher. Com o tempo, o hábito foi ganhando mais espaço em sua rotina e ela chegou a fumar dois maços por dia.
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Mas aos 33 anos, Rosana dos Santos resolveu mudar o curso de sua vida. “Assim que comecei a trabalhar na creche, no primeiro dia, o diretor falou que a gente não poderia fumar lá, naquele momento eu senti tanta vergonha [deste hábito] que nunca mais fumei!”. Hoje, já se passaram quinze anos desde que ela se tornou ex-fumante e servidora da Creche Joaquina Maria Peres, no Itacorubi. No dia do combate ao tabagismo, 29 de agosto, Rosana aceitou o convite do Departamento de Gestão Ocupacional e
Avaliação de Desempenho (DEGOA) da Prefeitura Municipal, direcionado aos servidores da Secretaria da Educação, para uma tarde de palestras sobre o assunto. Na época que ela começou a fumar, não se tinha tanto conhecimento a respeito das consequências do tabaco para a saúde. Já hoje em dia, a frase “fumar causa prejuízos a saúde” quase equivale a “o céu é azul”. A real é que a história da Rosana é uma prova do quanto a nossa vida é e sempre será feita de pequenas escolhas que podem ter um impacto imenso.
“Pouco tempo depois de parar de fumar já senti mais disposição e meu marido, que também era fumante, resolveu largar o cigarro só pelo meu exemplo”, conta. Mas nem todo mundo busca saber mais sobre os malefícios do cigarro. Ao chegarmos no auditório onde ocorreriam as palestras, poucos e atentos funcionários compunham a plateia. Talvez isso já nos dê uma pista de que quando se fala em cigarro, a primeira reação de todo mundo é achar que isso “não é comigo”. Mas esse não foi o caso da auxiliar de sala Gisele Rosa, que atua na Creche Anna Spyrios Dimatos, no bairro Tapera, que também marcou presença no evento. Ela fuma há 16 anos, e - adivinhem! - começou também na adolescência, aos 15. Assim como Rosana, Gisele queria matar o tédio. Fumava em festas com amigos. Com o cigarro ela se sentia mais corajosa. E justamente querendo se sentir mais livre, acabou presa a um vício que resolveu tomar coragem de combater. Mas diferente de Rosana, que largou o cigarro sozinha, Gisele se inscreveu no posto de saúde do Ribeirão da Ilha em um programa de apoio a fumantes. Este serviço está disponível nos postos de saúde da nossa cidade, e pra se informar mais, basta discar 136. No evento do dia 29, quando conversamos, Gisele estava acompanhada de sua filha, Emilly Rosa, de 14 anos. A Emilly é aluna da escola Batista Pereira, no Ribeirão, e por lá, não falta conversa sobre esse assunto. “A professora Micheli, de Ciências, faz com a gen-
O CIGARRO É UMA DROGA “MAIS DE BOAS”? SQN! Entre os palestrantes que falaram para os servidores da prefeitura municipal no dia do combate ao tabagismo, estava a odontóloga Marise Nolasco Pereira, que atua na Secretaria Municipal de Saúde. Entre as informações que ela trouxe - pasme! - está a de que o cigarro tem mais de quatro mil substâncias tóxicas além de causar vício. Segundo o Ministério da Saúde, o cigarro é responsável por 25% das mortes por angina e infarto do miocárdio, 90% dos casos de câncer no pulmão, 25% das doenças vasculares e 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer, entre eles o de boca, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia. Outras doenças causadas pelo cigarro são ainda: hipertensão, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias, trombose vascular, osteoporose, catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa precoce, complicações na gravidez, entre outras.
AFINAL, DO QUE É FEITO?
O tabaco é uma planta da região dos Andes, América do Sul, que era usada pelos povos da região em seus rituais. Com a colonização do nosso continente, o tabaco caiu no gosto dos europeus também. Nos últimos cem anos, de olho no aumento de consumidores do mundo todo, as indústrias conseguiram incentivar muitos agricultores a plantar fumo ao invés de alimentos. O cigarro que encontramos hoje à venda é muito diferente do que os povos andinos produziam a partir do tabaco, porque desde a plantação está repleto de agrotóxicos, e no processo de industrialização ainda recebe mais aditivos químicos. te o programa #Tamojunto”, conta. Inspirada no programa Unplugged, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a iniciativa traz “informações sobre as drogas, frases motivacionais, brincadeiras, confecção de cartazes...”, explica Emilly. E já que a informação é uma arma fundamental contra qualquer vício, nós reunimos a seguir alguns mitos e verdades sobre o cigarro.
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QUANDO FUMAR VIROU MODA? Desde o primeiro contato europeu com a América, o tabaco percorreu o mundo. Mas o consumo ganhou um “up” no século XIX, quando um comerciante da planta dos Estados Unidos, chamado James Buck Duke, comprou uma máquina de cigarros e resolveu investir 20% dos lucros em propaganda. Foi aí que o negócio bombou e o consumo cresceu 50% em vinte anos. Anos mais tarde o cinema só colaborou pra isso, mostrando personagens atraentes com o produto. E como a influência das estrelas na nossa vida é inegável, as empresas de tabaco começaram a pagar para os diretores de cinema incluírem cenas de gente fumando nos filmes.
QUANDO DEU RUIM?
As primeiras pesquisas que associaram o cigarro ao câncer de pulmão são da década de 1950. Mas até os governos tomarem atitudes demorou mais um tanto. Um dos maiores ídolos brasileiros dos anos 1990, o piloto Ayrton Senna, era patrocinado por uma marca de cigarro. O logo dela estampava seu macacão e seu carro. Hoje, estas marcas não podem mais patrocinar eventos esportivos, já que ao contrário dos esportes, só fazem mal a saúde.
vidora Rosana dos Santos,sser fumar que está há 15 ano sem
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Psiquiatra Renata de Lima, QualiRede/SC Saúde
Odontóloga Marise Nolasco Pereira, Secretaria Municipal de Saúde
Limão
FCB Realização:
Patrocínio:
Pulmão de uma pessoa não fumante
Pulmão de uma pessoa fumante
POR QUE A GALERA AINDA PIRA NESSA? Não dá pra responder essa pergunta com toda a certeza do mundo, mas é impossível deixar de fazê-la. Parece não fazer sentido nenhum consumir algo já sabendo que faz mal. Ainda mais hoje em dia, quando existem regras que proíbem a propaganda do cigarro em qualquer meio - TV, Rádio, Revista -, que obrigam as embalagens a trazerem advertências, que não permitem o uso do cigarro em locais públicos fechados… Tudo isso é eficaz, mas infelizmente não o suficiente pra galera tirar da cabeça a ideia de que fumar é ser “vidaloka”. Sem contar que os famosos atuais continuam fazendo apologia. “Dos artistas que eu acompanho já vi fumando os integrantes do One Direction, a Fergie, a Lady Gaga…”, exemplifica a aluna Emilly da Rosa.
MAD MEN
Gisele e Emilly Rosa, mãe e filha conscientes dos danos causados pelo tabaco
Se rolou uma curiosidade sobre como o cigarro ganhou o mundo da publicidade, partiu assistir a série Mad Men, no Netflix. O protagonista John Drapper é diretor de criação de uma agência de publicidade e tem que lidar com a pressão de convencer a galera a continuar fumando mesmo com todas as pesquisas comprovando os malefícios do tabaco. A série nos ajuda a refletir como a galera da publicidade influencia nossos hábitos mais banais.
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Fonoaudióloga Maria de sFátima Tomazelli, Baía Sul/ Cori
s o o m o c Faça : s o t a d i d bons can o d a r a p e r chegue p . o ã ç i e l na e
brasileira. na política aconteceu e qu o do is de tu tos do seu eleição depo efeitos dire ra os ei te n im se pr a cê Esta é de que vo m piorar. na sua cida coisas pode decisivo. É rá se to vo tar mal, as vo Se E o seu . ça n a muda os fatos m, começa ar e mostrar cê votar be os, investig ic lít po voto. Se vo os onar colha C vai questi a melhor es e o Grupo RI você fazer ra Pa . as É por isso qu m platafor em todas as ansparente tr a rm fo de meçar. outubro. ade de reco no dia 2 de a oportunid é ta es , al o municip e uma eleiçã Mais do qu da. te da sua vi ais importan m o çã ei el Éa
#meuvotoDEcide
COBERTURA DAS ELEIÇÕES 2016
ELEIÇÃO MAIS SOMOS BEM SANTA CATARINA
DA SUA VIDA Acompanhe em meuvotodecide.com.br /GRUPORICSC
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GRUPORICSC
CLUBE DA LEITURA
“
Os anos se passaram, continuei vivendo algumas aventuras, um pouco menos arriscadas. Eu já havia conseguido viver quase tantos invernos quanto havia imaginado. Afinal, de contas, agora eu era um senhor gambá de respeito.
“
SOBRE AS OBRAS
Sua produção literária iniciou em 2007 com o seu primeiro livro intitulado: Saru o guerreiro da floresta, que narra as aventuras de um valente e cativante gambá de pelagem branca, em sua luta pela sobrevivência. A curiosidade do leitor sobre a saga do bichinho é despertada pela narrativa já no primeiro capítulo, quando se instala o suspense sobre Saru: ser ou não devorado por uma irara.
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(Saru: o guerreiro da floresta)
Diante da ameaça maior à sua vida, a memória do guerreiro narrador traz à tona, em flashs, os perigos com os quais ele se deparou até esse dia. No ano de 2010, lançou um livro paradidático, que está disponível na versão online, As onças da minha família, no qual conta a história de uma família de leões-da-montanha. A narrativa se dá através de uma jovem suçuarana, que apresenta sua
vida, de sua família e a história de criação de uma Unidade de Conservação, onde as imagens mostradas são registros conseguidos através de armadilhas fotográficas. Em 2012, lançou seu terceiro livro, Histórias da natureza, contendo quatro pequenas narrativas tendo como fio condutor, o “equilíbrio ecológico”. Nesta obra os contos infantis acontecem sobre circunstâncias
Fotos: Divulgação
curiosas que o autor estudou ou viveu, em muitos momentos junto à natureza, desde a sua infância até os dias de hoje; e sendo assim, cada episódio simula situações corriqueiras de convivência dos diversos seres da mata entre si e com os seres humanos como conseqüência do gradativo avanço das cidades sobre as florestas.
SOBRE O AUTOR:
COM O CLUBE DA LEITURA: GENTE CATARINENSE EM FOCO
O autor Maurício Eduardo Graipel tem contribuído para a Formação Continuada dos profissionais da Rede Municipal de Educação de Florianópolis, através dos encontros literários que o Projeto Clube da Leitura: Gente Catarinense em Foco organiza. O autor também já visitou nestes últimos anos muitas das unidades escolares municipais, dentre elas: E. B. M. Luiz Candido da Luz, E. B. M.Beatriz de Souza Brito, E. B. M. Antônio Paschoal Apóstolo, E. B. M. Adotiva Liberato Valentim, E. B. M. Maria Conceição Nunes. Ainda este ano estará visitando em outubro a E. B. M. Donícia Maria da Costa e a E. D. M. Osvaldo Galupo. Seus livros são bastante requisitados, originando uma diversidade de propostas pedagógicas. Neste ano, os alunos do 4º ano da turma 43 da E.B. M. Adotiva Liberato Valentim, estão desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre animais selvagens, e estão lendo as obras literárias de Maurício Eduardo Graipel. A visita deste autor, que ocorreu neste mês de setembro, estimulou a continuidade da pesquisa e a leitura de mais obras literárias com esta temática.
Maurício Eduardo Graipel, é doutor em Biociências pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e pesquisador da área de Mastozoologia, que é a ciência do ramo da Zoologia que estuda os animais mamíferos. Nessa área de conhecimento, publicou diversos estudos científicos, principalmente com roedores, marsupiais, felinos, e também métodos para estudos desses animais, até que ao perceber a curiosidade infantil por este assunto através das vivências com o seu filho, resolveu começar sua criação literária com o objetivo de fortalecer a conscientização infantil para a conservação da biodiversidade.
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GALERIAS
Larissa, Myuk e Alissa
Camila e Talita
Allanys e Suyanne
ESCOLA
VIRGÍLIO VÁRZEA Amanda, Sophia, Alissa, Julia, Nicole, Myuk, Erika, Stefany e Janilly
Allanys, Suyanne, Amabile e Luana
30 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Kailane e Valentina
Taina e Kailane
Fotos: DM Fotografia
Luiza, Gabriela e Sofia
Turma 81 com professor Ricardo
Luccas e Gabriel
Pedro e Jordano
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31
Lucas e Arthur
Karolina e Yuri
Daniel
ESCOLA
VITOR MIGUEL
Fotos: DM Fotografia
Julia, Karolina, Sirley e Stefany
Eliane, Kamila, Vitor, Enio,Yuri,Tiago e Léo
32 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Maria Fernanda, Kamila, Eliana e Amabilly
Pedro Henrique e Leonardo
Kamila, Amabily, Professora Mayara, Maria Fernanda e Eliane
Turma do 9° Ano
Jhenyffer e Ana
Tiago, LĂŠo e Yuri
33
Leticia, Vitoria e Junior
Kailane e Shirlei
Amanda e Maria Eduarda
ESCOLA
ALBERTINA DIAS Fotos: DM Fotografia
Celita, Karolayne, Claudemir, Poliana, Larissa, Maria Eduarda e Jasmine
Tuma 91
34
Jasmine, Karolayne, Poliana, Larissa, Celita, Maria Eduarda, Claudirene e Jaisla
Celita, Karolayne, Jasmine, Larissa e Claudirene
Paula e Emili
Luiza, Rafaela e Isabele
Gustavo, Gregori, Joao Pedro, Vinicius, Adrian e Diretor Rubens
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35
Thaina e Raissa
Maria Eduarda, Agata e Laura
ESCOLA
MARIA TOMÁZIA COELHO
Fotos: DM Fotografia
Marcos,Derick,Lucas,Maria Luiza,Erick e Joao Pedro
Kauana, Manoela, Cher, Luiza e Maiara
36 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Eduarda e Mayara
Julia e Lauryen
Amanda,Diandra, Kalany, Danielly e Juliane
Shakira e Luana
Luiza e Luiza
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Fotos: DM Fotografia
Juninho e Cléia
Joyce
ESCOLA
PAULO FONTES Bruna, Maria Luiza e Renata
Diretora Angelica, Matheus, Cleia, Alan, Lucas, Lara, Bruna e Maria Luiza
38 REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE
Gabriel, Renata e Lucas
Karine, Diretora Angelica e Alan
Cleia, Diretora Angelica, Professora Fabi, Lara, Bruna e Maria Luiza
Turmas 91 e 92 com a Diretora Angelica
Matheus, Davi, Wesley e Gabriel
Gabriel, Lara, Bruna, Joyce, Renata e Alan
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Alice e Lucas
Juliana e Jennifer
Jaco e Janine
ESCOLA
JOÃO ALFREDO ROHR Jocilene, Fabiana, Julia, Isabelle, Larissa e Jocilene
Tuma da João Alfredo Rohr
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Tuma da João Alfredo Rohr
Lucas, Marcos e Michel
Fotos: DM Fotografia
Juliana, Gabriela, Nicoly e Jennifer
Monique, Jamile, Alice, Aysllânia e Janine
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Por Vanessa Esteves www.esteveswhere.com
SAIDEIRA
EU PRECISAVA SENTIR A NOSTALGIA Eu só precisava atravessar a rua movimentada e subir o morro. Depois, somente um passo me separava daquela subida que continha tantos momentos inesquecíveis que passei ao lado dos meus amigos de infância. Eu queria poder ligar para cada um deles e dizer quanto sentia falta da amizade. Mesmo revendo alguns de vez em quando, ainda sentia aquela tristeza dilacerante por saber que o tempo passado não voltaria mais. Ao subir e dar alguns passos, precisei respirar fundo como sempre fazia quando criança e instantaneamente sorri. Se alguém passasse por mim, naquele momento, veria uma garota na penumbra da noite com um sorriso iluminado. Talvez eu precisasse daquilo. Sair um pouco da minha vida sem rotina e com quase sem graça para me aventurar em uma rua do passado. Eu precisava sentir a nostalgia novamente. Às vezes muitas coisas são tiradas de nós sem ao menos nós podermos dizer adeus. E, para dizer a verdade, eu não gosto e nunca gostei do adeus. Então enquanto eu caminhava e avistava casas familiares, eu percebi que podemos, sim, reaver algumas dessas coisas. Nem todas elas dão um adeus. Algumas delas apenas dizem um até
“
logo. Como a minha escola que apareceu logo após o alto do morro. Uma sensação inexplicável invadiu meu peito e meus passos ficaram automaticamente mais rápidos. Os portões haviam mudado, o colégio aperfeiçoado, mas eu parecia ter 14 anos ainda, idade em que me formei. Todos os anos em que estudei ali passaram como um filme em poucos segundos em minha mente. A moça do portão me reconheceu, falou do meu cabelo e achou diferente quando eu disse que iria fazer dança ali. Quando vi minha professora de dança de infância, aquela com quem fiz balé e jazz, com quem tive minhas primeiras apresentações em palco e com quem sentia falta de dançar, corri para o abraço. Assim como quando éramos crianças e chamávamos as professoras de tias, eu não conseguia chamar minha professora de dança da época de outra coisa a não ser de tia. Assisti ao fim de uma aula de sapateado de crianças com a mesma idade que eu tinha quando fazia balé e ri internamente. Algumas de saia e outras de bermuda do colégio. Aquele azul que tínhamos vergonha na época, mas admito que ainda guardo uma bermuda daquela no guarda-roupa. Eu via a mim e as minhas amigas em cada uma
daquelas meninas. Cada uma tinha seu estilo e cada uma me lembrava de uma amiga da época. Senti ainda mais saudade das apresentações em shoppings e supermercados. E mais ainda de ter os braços curtinhos das minhas amigas sempre perto de mim na dança. Quando a aula a qual eu fui realmente assistir começou, encontrei também nelas as minhas amigas. A mais alta, a mais gordinha, a mais exibida, a mais quietinha, a mais extrovertida. Uma delas elogiou o meu cabelo e eu sorri querendo colocar pra fora um dos meus melhores sorrisos. Depois de assistir a todas elas dançarem músicas que eu conhecia e de ficar com vontade de dançar junto, minha professora recordou comigo alguns momentos na aula de dança. Ah, que saudade. Saí da sala após um abraço cheio de nostalgia e com a vontade de voltar sempre que pudesse. Como eu disse antes, algumas coisas somente dizem um até logo. Alguns dos meus amigos disseram isso. Meus professores disseram isso. Até meu colégio disse isso. Ou até mesmo não disseram, porém não foi preciso que o fizessem. Mas principalmente, todos os momentos vividos antes voltam, agora, como nostalgia. E eu precisava senti-la novamente.
Uma sensação inexplicável invadiu meu peito e meus passos ficaram automaticamente mais rápidos. Os portões haviam mudado, o colégio aperfeiçoado
“
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Vanessa Esteves tem dezoito anos, mora em Florianópolis, é blogueira desde 2012 e futura jornalista. Apaixonada por livros, escrita, música, sorrisos e azul. Acredita que pode mudar o mundo (ou pelo menos uma parte dele) com suas palavras. Acesse: esteveswhere.com e saiba mais da garota
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