Its Teens Joinville - 16

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www.portalits.com.br | edição 16

EDUCAÇÃO

RESGATANDO O PASSADO

WIFI

FALA COM A MINHA MÃO

CULTURA POP

Revista Its Teens Joinville 2016 | R$ 9,80

O SERTANEJO É POP

Felipe Rodrigues da Silva, 28, e Thiago Rodrigues da Silva, 23, são os filhos de Maria Aparecida Rodrigues da Silva, 54, que fazem parte da família de professores




conteúdo EDIÇÃO 15

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CULTURA POP

18

WI-FI

CAPA

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GALERIAS

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8 | CULTURA POP

10 | WI-FI

Sertanejo é pop! Não, não estamos falando (ainda) sobre o próximo álbum da Taylor Swift, mas podemos conferir como o poder feminino tem crescido junto com o gênero no Brasil e afirmando mais uma vez que preconceito musical é besteira e que música é para todos os públicos <3

Galvão Bueno ficaria orgulhoso ao saber que duas artistas brasileiras vão representar o país na próxima edição do jogo de dança mais vendido no mundo. O Just Dance 2017 vai contar com a música “Bang” de Anitta e “Te Dominar” da cantora pop Daya Luz. Essas loucuras e outras novidades no wifi desse mês

Quem passou pelo CEI Odorico Fortunato, no bairro Aventureiro, durante a Semana da Educação Infantil, pôde sentir, tocar e interagir com a representação de uma floresta feita com o objetivo de resgatar a nossa história e características da cultura indígena e africana, entrelaçando e fortalecendo o intercâmbio cultural.

18 | MATÉRIA DE CAPA

24 | PROJETO

28 | ARTE

DNA DA EDUCAÇÃO: Sabe aquele ditado que filho de peixe, peixinho é? A família Rodrigues da Silva sabe bem o que é isso. Inspirados na mãe, Maria Aparecida Rodrigues da Silva, 54, os filhos Felipe Rodrigues da Silva, 28, e Thiago Rodrigues da Silva, 23, fazem da sala de aula a extensão do aprendizado e inspiração que veio de casa.

Um dia, uma pessoa disse que, em algum momento da vida, é preciso realizar três tarefas: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. No Centro de Educação Infantil Herondina da Silva Vieira, no bairro Floresta, os 25 alunos do 2º período da professora Carla Roberta Wormsbecker, 36, já cumpriram a primeira missão: não só escreveram um livro, como também foram responsáveis por toda a ilustração gráfica do projeto.

Quem passa pela frente do Centro de Educação Infantil (CEI) Sigelfrid Poffo, no bairro Vila Nova, se encanta pelas pinturas feitas no muro em parceria com a Escola Municipal João Valentim da Rocha. Alunos, professores e comunidade de forma geral tiveram a oportunidade de colorir o espaço com as obras do artista e ambientalista joinvilense Paulo Lindner, com representações que remetem à fauna e à flora brasileira.

REVISTA ITS | É NA ESCOLA QUE A GENTE ACONTECE

14 | PROJETO


EXPEDIENTE

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A Revista its é uma publicação da Editora Mais SC Coordenador Núcleo Jovem Gilvan Saragosa Junior | gilvan.jr@ricsc.com.br

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NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000

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Gerente Comercial Xanxerê Matheus Henrique Stefanoski matheus.stefanoski@ricsc.com.br

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte. Tiragem: 3,000 mil exemplares

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CONCURSO CULTURAL

Parabenizar todas as crianças pelo seu dia e despertar a consciência dos alunos para os estudos é o desejo da escola JUMPER Profissões e Idiomas, que em parceria com a revista Its realizou o concurso cultural: É através dos estudos que nos preparamos para a vida, criamos responsabilidade e perdemos nossos preconceitos. Ser criança é se expressar de forma autêntica, é experienciar tudo com ingenuidade e doçura, ampliando assim nossa consciência de mundo, e tudo isso faz parte do que chamamos de aprendizagem. Estudar, antes de qualquer coisa, é aprender, é buscar desenvolvimento para fazermos as coisas melhor do que já fazemos, e para atingirmos novos saberes.


editorial Salve, galera!

Depois da nossa família, os primeiros laços que criamos ainda na infância se tratam da amizade que criamos com nossos professores. Se você me perguntar, ainda lembro o nome da minha primeira professora, assim como o de tantos outros que passaram pelo meu currículo escolar e universitário. Esses profissionais possuem diversas formas de nos marcarem. Existem aqueles que se tornam bons professores na forma com que lidam com a disciplina lecionada, outros vão além, abrem os nossos horizontes, ideias e se toram nossos amigos - daqueles de se guardar no fundinho do coração. <3 São esses profissionais que encaram diariamente mais de 30 rostinhos por dia, são eles que lidam com o mau humor matinal da turma, com as tretas internas da galera e até com aquela preguiça existencial no momento de trabalhos propostos e, mesmo assim, no outro dia, lá estão eles desfilando pela escola com o maior sorriso, digno de #capadaits... Sabe, ser professor é um dom! A paixão desses educadores não se mede pelo esforço físico, mental ou financeiro, é coisa de DNA, já nasce com eles... e a gente? A gente bate palma, reconhece e faz deles os nossos heróis, os verdadeiros heróis de velhas e futuras gerações.

O SOM QUE ROLOU NA REDAÇÃO, ENQUANTO FECHÁVAMOS A EDIÇÃO: Anavitória – Singular Maiara e Maraisa - "Medo Bobo" Beyoncé - End Of Time Closer - The Chainsmokers feat. Halsey

Feliz (todo) Dia dos Professores

JÉSSICA STIERLE

OS CULPADOS

CULTURA POP

WIFI

MATÉRIA DE CAPA

SAIDEIRA

HAZIEL SCHNEIDER

LUCAS INÁCIO

RENATA BOMFIM

VANESSA ESTEVES



Por Haziel Schneider,

CULTURA POP

18 aninhos punindo malfeitores em nome da Lua, estudante de Publicidade e Propaganda, fissurado por cultura pop

O Sertanejo é

Pop! O estilo costumava ser dominado por homens, com um público bem específico e letras até bem... limitadas. Como eu disse, costumava! A mulherada tem conquistado cada vez mais espaço e agitado os festivais, provando que não, não é preciso ser um “cabra macho” pra fazer um bom trabalho. Essa questão de representatividade é muito importante. Além de tornar o gênero mais acessível, nos faz perceber que a música é de todos e para todos e, que apesar de ter raízes, o sertanejo ainda é “jovem” e que sim, é possível ser uma diva com camisa xadrez e botas de cowgirl. É lindo ver como a maioria dos artistas presentes são unidos entre si, sempre apoiando o crescimento uns dos outros. No sertanejo contemporâneo, sempre tivemos Paula Fernandes como um ícone solo; e agora, para “temperar” ainda mais a cena, as duplas femininas chegam em peso.

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Não, não estamos falando (ainda) sobre o próximo álbum da Taylor Swift, mas podemos conferir como o poder feminino tem crescido junto com o gênero no Brasil e afirmando mais uma vez que preconceito musical é besteira e que música é para todos os públicos <3

Marília Mendonça, a RA-

INHA da sofrência, dona de hinos como “Infiel” e “Sentimento Louco”, é um dos fortes nomes da atualidade. Com aquela pegada sofrência Cristiano Araújo e um carisma que conquista qualquer um, a moça, além de escrever as próprias músicas, já fez participação em álbuns de outras artistas, como Maiara & Maraísa.


#PLAYLIST DO HAZI

Se é para sofrer, vamos sofrer com estilo:

Naiara Azevedo - 50 Reais

Maiara & Maraísa,

as irmãs gêmeas donas do hit “10%”, ganharam notoriedade com lançamento do álbum visual “Medo Bobo” e a canção de mesmo nome, em 2016. Choquem: elas já eram conhecidas por compor canções para artistas já consagrados como Jorge & Mateus, Henrique & Juliano e Cristiano Araújo.

Simone & Simaria

Desde 2012 em atividade, a dupla, também de irmãs, já coleciona mais de 34 mil fã clubes espalhados pelo país. São popularmente conhecidas pelo “Bar das coleguinhas” (que, pessoalmente, é o nome mais divertido e criativo de todos. Eu frequentaria esse bar).

Para terminar, não podemos esquecer de listar o hino 50 Reais, de ,a nova estrela em ascenção que provavelmente será a próxima diva sertaneja consagrada da nossa lista <3. Acho que em breve vai ter gente gravando álbum em português para fazer AQUELE featuring, hein…

Simone e Simaria Meu Violão e o nosso Cachorro

Naiara Azevedo

Maiara & Maraisa - 10%

Marília Mendonça - Infiel

Taylor Swift, Paula Fernandes - Long Live

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WIFI

Por Lucas Inácio

FALA COM A MINHA MÃO Imagina atender o telefone com o aparelho no bolso e usando apenas a mão, colocando o dedo indicador no ouvido e começar a falar. Sim, parece coisa de James Bond, mas isso existe. É uma pulseira chamada Sgnl (abreviação da palavra “signal”) desenvolvida por uma empresa sul coreana. Ela pode ser usada com relógios comuns, smartwatchs ou como uma pulseira simples. O segredo é o aplicativo do Sgnl no celular que o conecta com a pulseira por meio de Bluetooth. A invenção é tão louca que o financiamento coletivo foi cinco vezes maior que o objetivo inicial. A pulseira custará cerca de US$ 140, mas ainda não tem data para ser comercializada.

NOVIDADES TECH AS NOVIDADES TECHS QUE A GENTE QUER

RASTREADOR DE CARTEIRA

Na onda das invenções incríveis, vamos falar de uma invenção muito útil: um rastreador de carteira. O Tile Slim é um aparelho menor que um cartão de banco e pode ajudar bastante na hora de encontrar seus documentos. Você liga o aplicativo do Tile no celular e, se ele estiver na área de alcance do Bluetooth do seu aparelho telefônico, você recebe um sinal sonoro; se ele estiver ao alcance de outro usuário do Tile, a pessoa recebe um aviso e você recebe a localização mais recente. Além disso, ele pode ser grudado em computadores, tablets e ajuda a localizar seu celular ao apertar um botão no próprio cartão. O aparelhinho começou a ser vendido nos EUA em setembro com a promoção de um por US$ 30 e quatro por US$ 100 para estimular o uso colaborativo. Que ideia!

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DEFENDA SEU REINO A empresa brasileira Mopix Games lançou seu segundo jogo para Android e iOS recentemente. O Magic Master é um jogo épico em que o jogador comanda o guardião do Forte Ukala da invasão dos inimigos e, para isso, ele usa uma série de magias. São oito poderes e elementos do cenário que podem ser combinados para retardar a aproximação dos goblins, orcs, imps, gárgulas, gigantes e dragões que tentam o ataque no melhor estilo Senhor dos Anéis.

ANITTA É BRASIL NO JUST DANCE

Galvão Bueno ficaria orgulhoso ao saber que duas artistas brasileiras vão representar o país na próxima edição do jogo de dança mais vendido no mundo. O Just Dance 2017 vai contar com a música “Bang” de Anitta e “Te Dominar” da cantora pop Daya Luz. Falando em pop, o jogo também vem com os hits “Sorry”, do cantor Justin Bieber, e “Lean On”, da dupla Major Lazer. O jogo será lançado no fim desse mês (outubro) para PlayStation 4 e PS3, Xbox One, Xbox 360, Wii U, Wii e pela primeira vez para PCs.

SEJA MESTRE DOS VIDEOCLIPES

Para quem gosta de editar vídeos e fazer clipes super trabalhados, aqui vai a dica de um aplicativo que vai te ajudar muito. O Funimate é um editor de vídeos prático e com mais de 30 efeitos: espelhado, fantasma, quebra-cabeça, vintage, entre outros. Você não precisa de registro para usar, mas caso queira, poderá participar da rede social do app e se inspirar nas ideias compartilhadas lá. E vale lembrar: suas montagens podem ser compartilhadas em todas as redes sociais que quiser. Fica a marca d’água no vídeo, mas vale a pena.

O BOM IMPACTO DO POKÉMON GO

Há quem critique o jogo, mas não tem como negar que o Pokémon Go gerou um efeito de socialização importante nas cidades brasileiras. Jovens de bairros distantes estão se reunindo em lugares públicos para buscar os bichinhos virtuais e, consequentemente, fazendo novas amizades. Um portal de noticiou que no Rio de Janeiro a segurança de vários locais públicos foi reforçada por causa dos pokémons. Com isso, pessoas de todas as idades estão aproveitando a segurança desses locais para sair de casa, mesmo que não façam ideia do que seja um Charmander. Existem ressalvas a se fazer, é claro, mas já deu para perceber que não é só um jogo.

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EDUCAÇÃO

Por Renata Bomfim

Maternal dois com a representação da índia Potira feita pela aluna Lariany dos Santos Fagundes

RESGATANDO O

Passado

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Quem passou pelo CEI Odorico Fortunato, no bairro Aventureiro, durante a Semana da Educação Infantil, pôde sentir, tocar e interagir com a representação de uma floresta feita com o objetivo de resgatar a nossa história e características da cultura indígena e africana, entrelaçando e fortalecendo o intercâmbio cultural.

Fotos: Renata Bomfim

A ideia de representar essas culturas veio de uma sugestão feita pela própria diretora, Roseli Maria Antão da Costa, 51, após voltar de uma viagem a uma tribo indígena na Amazônia. “A minha ideia foi transformar o nosso espaço numa floresta e resgatar essas duas culturas, porque é como se resgatássemos um pouco de nós mesmos”, destaca. De cara, a equipe pedagógica abraçou a ideia e passou a dividir e escolher a melhor forma que cada turma representaria cada cultura. O 1º período da professora Mariselma Ramos dos Santos, 43, estudou os valores e o respeito à cultura indígena. “Depois de mostrar imagens que a Roseli trouxe da viagem, músicas e artesanatos locais, eu enviei uma atividade para ser feita em casa com os pais para que, juntos, eles pudessem pesquisar como eram as brincadeiras indígenas”, explica a professora, que também enviou para casa a tarefa de construírem uma oca, com base nos resultados das pesquisas que fizeram. “A partir do momento em que você envia uma atividade para casa, a família vai saber o que você está trabalhando.” A pequena Suellen Cordeiro dos Passos, 5, pela primeira vez construiu uma oca - e contou com a ajuda dos pais para realizar a tarefa. “Eu ajudei a colar as folhas, a boneca e

Professora Rosangela Aparecida da Silva Mendes e a aluna Lariany dos Santos Fagundes, caracterizadas de índias

ficou bem bonito”, comenta. Sthefany Ramos Viana, 5, construiu a sua oca com a ajuda dos pais, que usaram palha de vassoura, papelão e casca de árvore. Em outra sala, lá no Maternal 2, a professora Janete Gonçalves Vieira, 40, e a professora volante dos maternais 1e 2, Gisele Tonom Pacheco, 33, trabalharam o lúdico com os pequenos e deram o nome de “Samba Lelê na África”. Dessa forma, as professoras abordaram a cultura africana mostrando, por exemplo, as vestimentas e as comidas típicas. Já com o objetivo em trabalhar com a cultura africana, a professora do 1º período, Aline Cristine Pio Mafra, 30, buscou aproximar as características da cultura afro com a nossa. “As crianças abraçaram a ideia e, como resultado, nós pintamos uma galinha da angola com as mãos. Já com as famílias, nós de-

senvolvemos pinturas de máscaras africanas nas telhas.” No espaço decorado, animais pendurados, folhas secas pelo chão, o cheiro da terra, o canto dos pássaros e a construção de uma oca no tamanho de um adulto fez com que todos que entrassem no CEI se sentissem ao menos instigados numa verdadeira floresta. Além disso tudo, uma oca chamou a atenção pelo tamanho e por ser um espaço de contação de história ao longo de toda a exposição. E se instigar é o verbo que conduziu todo o trabalho pedagógico durante a Semana da Educação Infantil, de acordo com a professora de apoio pedagógico, Adriana Tomelin Ferreira, 45, nem os pais conheciam a história de tudo o que foi exposto. “Por isso, nosso trabalho não foi apenas em trazer os pais para esse espaço, mas instigá-los também.”

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Professora Mariselma Ramos dos Santos com a turma do primeiro período que confecciou ocas para a exposição

a ana com de Ramos Vi a Sthefany nstruiu com palh árvore oca que copapelão e casca de , vassoura

Suellen Cordeiro dos Passos mostra a oca que construiu com os seus pais

VAMOS VOLTAR NO TEMPO...

Costa, ia Antão da Roseli Mar m a oca ao fundo diretora, co para a Semana da construída fantil In Educação

A Semana da Educação Infantil foi criada pela Lei 12.602/12, sancionada pela então presidente da República, Dilma Rousseff. Celebrada entre os dias 22 e 26 de agosto, a semana homenageia a fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns. O evento ganha ainda mais força no dia 25, quando seria a data de aniversário da médica, que morreu em 2010, num terremoto que atingiu o Haiti.

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CAPA ESPORTE

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Por Renata Bomfim


Sabe aquele ditado que filho de peixe, peixinho é? A família Rodrigues da Silva sabe bem o que é isso. Inspirados na mãe, Maria Aparecida Rodrigues da Silva, 54, os filhos Felipe Rodrigues da Silva, 28, e Thiago Rodrigues da Silva, 23, fazem da sala de aula a extensão do aprendizado e inspiração que veio de casa. Professora da rede municipal há quase 36 anos, Maria Aparecida vai muito além do conteúdo programado e sabe que o seu papel como professora não está apenas na educação: é preciso ter e colocar amor no que se faz. “Eu vejo que o meu papel é fazer com que o aluno perceba que é por meio da educação que acontece a mudança na vida dele e do país”, destaca a professora. E se mudança é a palavra de ordem, Felipe não só escolheu seguir a mesma profissão da mãe, como também lecionar história. Na fase de escolher a carreira que gostaria de seguir, até cogitou se enveredar pelos caminhos da física, mas logo desistiu. Professor desde os 21 anos de idade, o filho de Maria Aparecida não se arrepende de ter escolhido a sala de aula como profissão e destaca: “Fui para o lado da história e não me arrependi, porque eu vejo aspectos muito importantes não só no lado profissional, como os pontos de vista humanos que tem por trás de toda essa formação”.

Família Rodrigues é exemplo de que a educação vem de casa

E se vale aquela história de que se ensina muito mais nas ações do que só nas teorias, Thiago é a prova de que inspiração em casa não faltou. “Hoje em dia, essa minha visão social de querer ajudar as pessoas veio da minha mãe, mas o profissional que eu me tornei, eu me espelhei no meu irmão”, conta Thiago, formado em educação física. “Tudo o que o meu irmão me fala, eu tomo para a minha vida. Isso não é só por eles serem da minha família, mas porque são professores também e eu sempre fui de ouvir muito os educadores que passaram pela minha formação.” Apesar de Maria Aparecida e Felipe terem seguido os rumos da história, e Thiago, o da educação física, existe um ponto que conecta os três nesse DNA da educação: a preferência por lecionar na rede pública. “Mesmo lidando com todos os fatores sociais, nós sentimos prazer em fazer com que o nosso conteúdo contribua na vida do nosso aluno”, pontua Thiago. Atualmente, Maria Aparecida leciona nas escolas municipais Senador Carlos Gomes de Oliveira, no Aventureiro, e Professora Thereza Mazzolli Hresemnou, no Jardim Paraíso, já os filhos compartilham os mesmos alunos na Escola Municipal Doutor José Antônio Navarro Lins, no bairro Comasa, e é uma festa só. “Às vezes, eu vou à aula do Thiago e jogo bola com a galera”, comenta Felipe, rindo. Enquanto isso, Maria Aparecida passa a refletir e cai na risada também: “É a primeira vez que eu me pego pensando como não devem ser esses dois na mesma escola”. E se conselho de mãe é certeiro, conselho de mãe professora, então, é quase um mantra. “Nós precisamos ensinar além do conteúdo. É preciso repassar valores que estão se perdendo ao longo do tempo”. FACEBOOK.COM/REVISTAITS

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Reconhecimento

NACIONAL No mês em que comemoramos o dia dos professores, é incrível notar o amor e a dedicação em uma nova geração de educadores. Assim como os irmãos Rodrigues da Silva transmitem os ensinamentos da mãe ainda na casa dos 20 anos, Marilei Roseli Chableski, 29, também representa – e muito bem – o que de melhor existe nesse novo ciclo de professores.

Entre os mais de 4 mil educadores inscritos no Brasil inteiro para o 19º Prêmio Educador Nota 10, feito por uma iniciativa da Fundação Victor Civita, a professora Marilei, do Centro de Educação Infantil (CEI) do Adhemar Garcia, está entre os dez vencedores e agora concorre ao prêmio Educador no Ano, que será revelado neste mês de outubro, na noite de gala preparada para os professores premiados. Apaixonada por trabalhar com crianças que vão dos quatro meses a um ano e meio de idade, Marilei destaca a importância de estar sensível a todos os momentos e participar ao lado do bebê em todas as brincadeiras, porque são nessas ocasiões que eles passam informações, já que a forma de conversa se dá por meio dos gestos corporais e balbucios. “Essa fase é muito especial, porque o cérebro da criança está em tamanho desenvolvimento, que é nesse período que ele forma as experiências que vão ser decisivas para toda a sua vida.” Com esse pensamento e trabalhos desenvolvidos aos longos dos seis anos em que atua na rede municipal de Joinville, sendo três no CEI Adhemar Garcia, Marilei resolveu fazer uma pesquisa com as famílias da turma pela qual ela é responsável para saber mais informações sobre cada criança na sua singularidade.

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Apesar de ser preenchida uma ficha de anamnese quando os pais fazem a matrícula no início do ano, Marilei percebeu que era preciso ter informações mais concretas das 18 crianças que ficam no berçário em que ela cuida. “Nessa pesquisa, haviam questões desde se o bebê tinha algum apelido, o modo como costuma dormir, se era a primeira vez longe dos pais, a forma como a alimentação é oferecida”, descreve a professora. “Esse questionário voltou recheado de informações e ali eu percebi a importância de você respeitar as características desse bebê, porque, independente de ter apenas quatro meses, ele vem com uma bagagem histórica e faz com que cada criança tenha uma reação diferente dentro da sala.” Como consequência da pesquisa, a família se aproximou muito mais da escola e os pais perceberam a preocupação das professoras pelo respeito e cuidado com cada criança que faz parte do berçário. “O resultado da pesquisa fez com que a criança se sinta em casa dentro da sala de aula ou que aquilo crie um vínculo e que ele se sinta bem acolhido nessa sala.” O projeto, que recebeu o nome de “Pé com café”, uniu duas palavras que permeiam todo o Projeto Político Pedagógico (PPP): o pé é no intuito de explorar as experiências para além das mãos; enquanto o café é devido aos momentos surpresas organizados na própria sala do berçário para que os pais e familiares, na hora em que buscam as crianças, vejam os trabalhos pedagógicos desenvolvidos ou que serão feitos no dia seguinte. Para a diretora Benta Regina Horácio Laureano de França, 47, esse foi o trunfo primordial para emplacar o projeto. “Eles saem da sala e passam na secretaria sorrindo e agra-

decendo; isso faz o nosso dia a dia mais animador e esse retorno faz com que a gente faça algo diferente para as crianças e para as famílias.” Para a professora, que se inscreveu pela segunda vez ao Prêmio Educador Nota 10, mas que apenas neste ano foi classificada, é a realização de um sonho. “Eu devo muito a toda a equipe e a todas as professoras, porque ele aconteceu ocupando muito todos os espaços do CEI, e contar com esse apoio todo foi muito positivo.” Ana Paula Nogueira está no berçário pela primeira vez e avaliou como sendo muito importante essa pesquisa para o desenvolvimento da criança nesse espaço de construção. Já para Adriana Rode Pompermaier, que trabalha pelo segundo ano com a professora Marilei, notou que com todo esse trabalho que foi feito, as crianças estão mais calmas. "Por meio da pesquisa, nós conhecemos a particularidade de cada criança e isso ajudou para que eles não sofressem muito nesse processo de adaptação", destaca.

Entre os mais de 4 mil educadores inscritos no Brasil inteiro para o 19º Prêmio Educador Nota 10, a professora do Infantil (CEI) do Adhemar Garcia está entre os destaques

Dessa iniciativa toda, destaca a diretora, o legado que fica é a implementação da pesquisa em todas as turmas do CEI Adhemar Garcia já no próximo ano, para que os pais fiquem mais seguros e as crianças sintam-se acolhidas.

Vale a pena

relembrar...

Lá em 2014, quando a professora Paula Aparecida Sestari fazia parte da equipe pedagógica do CEI Odorico Fortunato, no bairro Aventureiro, ela não só ficou entre os dez professores premiados de todo o Brasil, como recebeu o Prêmio Educadora do Ano, pela Fundação Victor Civita. O trabalho desenvolvido foi com os alunos na faixa etária de cinco anos que pesquisaram o manguezal que fica próximo à escola e construíram uma maquete sobre a Baía da Babitonga.

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Educadores que

INSPIRAM

Dizer que professor é a base da educação passa longe de qualquer clichê, mas colado com a realidade. A educação é o alicerce não só para o desenvolvimento individualizado, mas para o local que a gente vive, dentro da nossa cidade e até mesmo no nosso país. E assim como os nossos professores nos inspiram, eles também contam com inspirações para ir além do conteúdo programado e fazer do ambiente escolar um espaço de construção do caráter e da personalidade de cada um. Nós escolhemos três educadores importantes na história da educação brasileira. Dá só uma olhada:

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PAULO FREIRE “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” Paulo Freire | 1921- 1997 Paulo Régis Neves Freire foi educador, pedagogo e filósofo brasileiro. Nascido no Recife, ganhou reconhecimento no mundo inteiro pela sua linha de trabalho. O objetivo de Freire era trabalhar a conscientização e o senso crítico do aluno, para que pudesse enxergar a libertação. Uma das maiores críticas dessa referência na educação é que o ensinar vai muito além do saber e que o professor precisa desenvolver a criação e a produção do conhecimento. Referência no mundo inteiro, teve obras traduzidas em cerca de 20 idiomas, além de ter sido nomeado doutor honoris causa de 28 universidades pelo mundo todo.

RUBEM ALVES “Há escolas que são gaiolas, há escolas que são asas” Rubem Alves | 1933 - 2014 Rubem Azevedo Alves, natural de Boa Esperança (MG), psicanalista, educador, teólogo e escritor. No seu trabalho, ganhou reconhecimento por mais das 140 obras publicadas e instigava a curiosidade e a liberdade de se criar o próprio pensamento.

DERMEVAL SAVIANI “O papel da escola não é o de mostrar a face visível da lua, isto é, reiterar o cotidiano, mas de mostrar a face oculta, ou seja, revelar os aspectos essenciais das relações sociais que se ocultam sob os fenômenos que se mostram à nossa percepção imediata” Dermeval Saviani Considerado um dos grandes educadores brasileiros da atualidade, Dermeval vê a escola como um espaço onde não deve existir a discriminação e o preconceito. Porém, para que isso aconteça, é preciso ir além do conteúdo escolar e formar cidadãos éticos, críticos e que Professora Marileie filósofo, Roseli Chableski tenham participação ativa na sociedade em que vivem. Saviani é pedagogo nascido em Santo Antônio de Posse, em São Paulo, no ano de 1944.

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MURO ESPORTE

Por Renata Bomfim

Hora de dar asas a

IMAGINAÇÃO

Equipe pegagógica e alunas que participaram do projeto de pintura no muro

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Professora Marlise que iniciou o projeto com alunas que recriaram as obras do artista Paulo Lindner ao fundo

Fotos: Renata Bomfim

Quem passa pela frente do Centro de Educação Infantil (CEI) Sigelfrid Poffo, no bairro Vila Nova, se encanta pelas pinturas feitas no muro em parceria com a Escola Municipal João Valentim da Rocha. Alunos, professores e comunidade de forma geral tiveram a oportunidade de colorir o espaço com as obras do artista e ambientalista joinvilense Paulo Lindner, com representações que remetem à fauna e à flora brasileira. O muro, antes um espaço para pichações, como relata a diretora do CEI, Ilca Lehnen, 52, passou a ser respeitado depois do trabalho desenvolvido. “O maior objetivo disso tudo é o social, porque no dia em que fizemos essas artes, nós tiramos muitos jovens das ruas que passaram o dia inteiro com a gente”, relata. “E eu vejo o resultado como um cartão postal para o bairro.” O projeto - que começou sendo desenvolvido na Escola João Valentim da Rocha pela professora de artes, Marlise Stapait, 47, há cerca de três anos - tem como objetivo chamar a atenção das pessoas sobre a importância das nossas florestas para a qualidade de vida das presentes e futuras gerações. “Para chegar à realização das pinturas, o trabalho foi dividido em várias etapas: a conscientização, a escolha dos desenhos e a seleção do que iria para o muro”, descreve a professora. O muro, com cerca de 60 metros de comprimento, não só ficou com um

novo colorido, como também abriu a oportunidade para que outros espaços ganhassem vida. “Nós ganhamos uma parte do muro da subprefeitura do bairro para desenvolver algum projeto e estamos pensando em fazer algo este ano ainda”, comemora Marlise. Julia Schwartz, 15, e Luisa Caroline Santana Strehlow, 15, são alunas do 9º ano e desenvolveram juntas o trabalho. “Nós começamos a desenhar no muro pelo chão, porque achamos que seria mais fácil. Mas nós percebemos que ele ficaria muito maior que o pássaro e tivemos que apagar e começar pelas partes maiores”, relata Julia, que teve essa experiência pela primeira vez. Para Luisa, o desafio estava nas medidas. “A proporção que o desenho tem no papel é completamente diferente das que tínhamos no muro.” As alunas, preocupadas com o desafio, chegaram a usar fita em torno do desenho para borrar o menos possível.

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Jéssica Zimmermann, 14, recriou no muro o desenho que fez ainda no ano passado, quando estava no oitavo ano

Já para Jéssica Zimmermann, 14, e também aluna do 9º ano, a diferença entre o desenho na folha e o que fez no muro estava nos detalhes. “Na folha tem todos os cantos certos e medidas; já no muro não tem nada disso”, conta Jéssica, que, apesar do desafio, gostou do resultado final do trabalho. Os desenhos feitos retratavam a figura de um pássaro, pois, segundo a professora Marlise, era preciso ter um animal que representasse a nossa floresta brasileira. “O maior objetivo desse trabalho foi despertar no aluno a importância da nossa fauna e flora para a sobrevivência da humanidade de forma geral”, explica. Além disso, os pássaros, muito mais do que representantes das nossas florestas, remetem-nos à ideia de liberdade e a quem pode nos dar, literalmente, asas à imaginação. Muitas vezes, ser aluno é ser pássaro: alçar voo para além da sala de aula e levar todo conhecimento para além dos muros da escola.

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Alunas Julia Schwartz, 15, e Luisa Strehlow, 15 com a pintura que recriaram no muro

Parceria entre o CEI Sigelfrid Posso e Escola Municipal João Valentim da Rocha deu uma nova cara ao muro que, por muitas vezes, era pichado

PAULO LINDNER, A INSPIRAÇÃO

Todos os desenhos recriados no muro no CEI Sigelfrid Poffo foram inspirados no trabalho do artista e ambientalista Paulo Linder, que entrelaça a sua paixão pela arte com a preservação do meio ambiente. Um dos traços marcantes do artista é a figura do pássaro que, por toda simbologia que existe por trás da ave, remete à ligação entre o céu e a terra. Em todas as suas obras, faz com que a natureza esteja sempre nos seus traços marcados por meio da reprodução dos animais e da nossa floresta de modo geral.


ESPORTE

LIVRO

Por Renata Bomfim

Fotos: Renata Bomfim

Turma de autores que construiu e já fez história no CEI Herondina da Silva Vieira

Senta que lá vem

A HISTÓRIA...

Um dia, uma pessoa disse que, em algum momento da vida, é preciso realizar três tarefas: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.

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Ana Julia Dias Tavares mostra a ilustração que criou para publicar no livro

No Centro de Educação Infantil Herondina da Silva Vieira, no bairro Floresta, os 25 alunos do 2º período da professora Carla Roberta Wormsbecker, 36, já cumpriram a primeira missão: não só escreveram um livro, como também foram responsáveis por toda a ilustração gráfica do projeto. De acordo com a professora, a ideia inicial era fazer uma contação de história com os alunos, depois de tê-los visto se apresentarem numa peça de teatro no início de 2016. “Metade da turma havia sido meus alunos no ano passado e eu os vi se organizando para uma apresentação no início do ano. Foi ali que eu vi a oportunidade de fazer um projeto sobre contação de história”, revela Carla. “Comentei com as crianças a ideia desse projeto e que, ao final de todos os livros trabalhados, a gente poderia montar a nossa própria história e fazer o nosso livro.”

Crianças compartilham o livro e recontam entre si a história que escreveram

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A euforia foi tamanha e as crianças gostaram tanto da ideia de terem o seu próprio livro que a contação de história precisou ficar em segundo plano, mas não esquecida. “Professora, nós vamos ficar famosos”, as crianças diziam. Por causa de tamanha empolgação, Carla recebeu o total apoio da direção do CEI, que também abraçou a ideia. “É a primeira vez que produzimos um livro e a Carla trouxe para a gente a proposta com tanta animação que isso fez com que a gente acreditasse e apoiasse todo esse trabalho”, comenta Joseane Helena Schulz, 36, auxiliar de direção. O livro, que recebeu o nome de “A princesa e o soldado em busca do mistério”, foi construído totalmente de forma coletiva, desde as escolhas dos personagens, o enredo da história até as ilustrações que cada criança gostaria de fazer. Davi dos Reis Dalcastagné, 5, desenhou um soldado que saiu inteiramente da sua cabeça.

Professoras do segundo período responsáveis por todo o processo de construção do livro


Davi dos Reis Dalcastagné desenhou o soldado que criou sozinho

“É muito legal escrever um livro, mas também é bem difícil”, revela o pequeno, porque os amigos querem falar ao mesmo tempo no momento em que ocorreu a “tempestade de ideias” da construção do trabalho. “Além disso, a gente teve que pintar na tela com tinta, depois de fazer o desenho com lápis com cuidado para não borrar.”

Mas para dar vida ao livro e tornar o sonho realidade, numa reunião de pais no CEI a professora Carla falou do projeto. Carina Soares Ávila, 29, mãe de uma aluna da turma, levantou a mão e se disponibilizou em ajudar. “Como eu sou designer e, por conta da minha formação, eu resolvi ajudar a fazer toda a montagem do livro, porque eu tenho a ferramenta”, comenta a mãe, ao lembrar que a filha fica toda orgulhosa dessa participação dela na escola. O livro foi oficialmente lançado na abertura da Semana da Educação Infantil no CEI com uma sessão de autógrafos com os 25 pequenos escritores. Agora, o objetivo é que os 500 livros produzidos não fiquem restritos aos familiares e professores: em parceria com os pais e patro-

cinadores, os livros estão à venda no valor de R$ 15. De acordo com Joseane, o valor arrecadado será revertido para uma festa de encerramento e de despedida dos pequenos, que começam os primeiros passos na escola. “Eles não só construíram uma história, como também deixaram história no nosso CEI”, comenta a auxiliar de direção. E você lembra que a ideia inicial era fazer uma contação e o resultado disso tudo seria um livro? Pois é, o projeto, que começou de trás para frente, agora se encaminha para a segunda parte: apresentar uma grande peça teatral com a história que eles escreveram, incluindo uma apresentação musical. Muito sucesso para esses pequenos artistas, criativos e amantes da arte!

Equipe pedagógica que trabalhou na construção do livro FACEBOOK.COM/REVISTAITS

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O SUCESSO DE UM COMEÇA COM UM 15 de outubro. Dia do Professor.


GRANDE ALUNO GRANDE MESTRE. Homenagem


GALERIAS

Elaine e Raquel

Cintia e Beatriz

ESCOLA

AMADOR AGUIAR Palestra Sexualidade 8ยบ e 9ยบ Ano

Turma do 9ยบ Ano D

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Gustavo e Felipe

Fotos: Daniele Labandera

Jeniffer a Patricia

Gabriel e R. Ramos

Sul e Ana Lucia

Palestra Sexualidade 8ยบ e 9ยบ Ano

www.portalits.com.br

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Debora e Amanda

Luiza e Rebeca

Barbara e Sarah

ESCOLA

AVELINO MARCANTE

Fotos: Daniele Labandera

Professores

Turma do 8ยบ ano, com a Professora Jaqueline

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Leonardo e Arthur

Juliane, Bruna e Mirian

Maysa e Vitoria

Mateus e Guilherme

Turma do 9ยบ ano C, com a Professora Mariane

Julia e Larissa

Maria e Clara

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Alessandra e Cibelly

Djenifer e Leticia

ESCOLA

EDGAR CASTANHEIRA

Fotos: Daniele Labandera

Diretora Marta, Denis, Guilherme e Keullay

Turma do 7ยบ ano C, com a Professor Jackson

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Edson e Davi

Maria, Jegnyffer e Barbara

Professores

Nicolas e Alexsandro

Milena e Lethicia

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Meninos 6ยบ Ano

Ana Julia e Helissie

Kauan e Wilson

ESCOLA

GERALDO WETZEL Professores

Turma do 8ยบ ano 1, com a Diretora Sander e Prof Monica

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Meninas do Geraldo Wetzel

Jayany, Eduarda, Lucoa e Lissandra

Fotos: Daniele Labandera

Veronica, Alini, Paola, Julia e Hellen

Debora, Talita, Vitor, Julia e Leticia Junkes

Professores

Meninas 6ยบ Ano

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Nicolas e Wesley

Carlos e Dominick

Angelo e Cristiano

ESCOLA

Turma do 9º ano com a Prof. Marissol, Diretora Maricia, Aux. de direção Janete

Fotos: Daniele Labandera

SENADOR CARLOS GOMES

João e Vitor

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Caroline e Stefani


Nicoly e Luise

Paolo e Naomi

Turma do 8ยบ ano A, com a professora Maria Aparecida

Luana e Pamela

Ezequiel e Cristian

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Por Vanessa Esteves www.esteveswhere.com

SAIDEIRA

EU QUERO DAR ADEUS AO CASULO Talvez eu tenha sentimentos que não cabem no peito. Não sei se é por causa da minha vênus em touro ou por eu muitas vezes não pensar nas consequências que isso traz. Já li livros e textos, fiz até testes em revistas, para parar de me iludir e de me apegar tão rápido às pessoas. Não é horrível quando você conversa todos os dias com alguém e, simplesmente do nada, ele para de falar com você? Parece que o interesse sumiu num piscar de olhos e você ficou ali, aguardando um sinal qualquer de que estava tudo acabado mesmo. Que não teria mais nenhum “oi” para iniciar a conversa diária e mais nenhum desabafo na madrugada. Eu poderia correr atrás, não é mesmo? Mas parece que algo me trava, algo me diz para não arriscar, para não demonstrar os sentimentos e muito menos deixar as

pessoas à minha volta perceberem quem eu realmente sou. Poxa, é difícil entender que eu definitivamente não consigo controlar aquilo que sinto? Já fui tão decepcionada que, às vezes, me fecho em um casulo e não consigo deixar ninguém novo entrar no meu coração. Pelo simples medo de sentir algo a mais, mesmo eu tendo uma vontade inexplicável de me apaixonar de novo. Eu só quero ser uma borboleta e me livrar disso. Mostrar as minhas cores, a minha metamorfose para o mundo e poder dizer as três palavras que tanta gente por aí sonha em ouvir. Eu quero dar adeus ao casulo. Eu quero demonstrar meus sentimentos. Eu quero sentir e continuar sem pensar tanto nas consequências. Porém, acima de tudo, eu quero amar e não ter medo de me apaixonar por alguém que ainda não deixou seu coração aberto para mim.

só quero ser “ Eu uma borboleta e

me livrar disso.

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Vanessa Esteves tem dezoito anos, mora em Florianópolis, é blogueira desde 2012 e futura jornalista. Apaixonada por livros, escrita, música, sorrisos e azul. Acredita que pode mudar o mundo (ou pelo menos uma parte dele) com suas palavras. Acesse: esteveswhere.com e saiba mais da garota



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