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Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Florianópolis

RENATA BOMFIM

Coordenadora de projetos especiais

Estudantes, professores e comunidade escolar, temos uma novidade: estamos de volta à Rede Municipal de Florianópolis! Em 2023 temos muito o que noticiar e divulgar das escolas e creches que fazem e acontecem na nossa educação pública e de qualidade.

Para começar, nesta primeira edição de 2023 que chega até a sua escola, que tal conhecer a nova Escola Básica Municipal (EBM) Darcy Ribeiro, no Norte da Capital? Construída, do zero, em 42 dias.

Além disso, você vai saber como a impressora 3D tem sido aliada na formação dos estudantes, somando os conhecimentos teórico e prático em sala de aula, e conhecer um projeto sustentável que arrecada óleo usado de cozinha para transformar em novos produtos de limpeza.

Aproveite, ainda nesta edição, para saber o que é a Web 3.0, a nova revolução da internet; conhecer dicas de filmes para explorar neste mês verde, que destaca questões ambientais; descobrir a origem da festa junina; e aprender sobre palavras homônimas e parônimas.

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Santo Antônio de Lisboa

Famoso por sua beleza e charme, Santo Antônio de Lisboa é um dos pontos turísticos da cidade que merecem uma visita. Sua arquitetura conta a história do bairro, influenciado pela cultura açoriana, enquanto abriga diversas estruturas de gastronomia e artesanato. A Praça Roldão Rocha Pires, a Igreja de Nossa Senhora das Necessidades e a vista da Baía Norte também são espaços encantadores.

Foto: Marcos Campos/Divulgação

diário escolar

O que aconteceria com a Terra se o Sol desaparecesse?

10-11/

profissão do mês

Floripa Mais Tec: o caminho para as profissões do futuro

sustentabilidade

Neim arrecada 530 litros de óleo para descarte

notícias das escolas

tecnologia

Com impressora 3D, estudantes aprendem sobre história e ciências

12-13/ 14-15/ 16-17/ 18-23/

capa

No caminho do novo

8-9/ 24/

diversão

Organize a imagem

cultura pop

Junho Verde nas telas

wi-fi

WEB 3: a nova revolução da internet

curiosidades

Das quadrilhas ao pé de moleque: você sabe como surgiu a festa junina?

26-27/ 28-29/ 30-31/ 32/

spoiler

O homem que amava caixas

34-35/

donos da língua

Iguais, mas diferentes: entenda o que são palavras homônimas e parônimas

galerias saideira

Museu de Florianópolis –Prefeito Sérgio Grando

No Centro da cidade, ao lado da famosa Praça XV, é possível visitar o museu que conta a história da capital catarinense. Com tecnologias interativas, maquetes e outras obras, a instituição mostra a trajetória da Ilha de Santa Catarina, recebe exposições e marca expressões manezinhas nas estruturas do edifício histórico.

Foto: Arquivo/Flávio Tin/ND

O QUE ACONTECERIA COM A TERRA SE O SOL DESAPARECESSE?

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Para manter o equilíbrio e a vida humana por aqui, existem diversos elementos que precisam funcionar em perfeita harmonia. Como todo o sistema solar se movimenta ao redor do sol, fica difícil pensar em uma vida sem o brilho e a intensidade do astro.

Por mais que o cenário possa parecer com aquele projetado em filmes que descrevem como seria o fim do mundo, na teoria, como os filmes “2012” e “Wall-e”, que retratam a Terra sem humanos, existem algumas alterações que mudariam de forma drástica o convívio, a produção e a sobrevivência.

Será que o planeta seria habitável sem o brilho da estrela principal?

Sol: o astro-rei!

Compreender o mecanismo que coordena os planetas, as estrelas e o sol é algo histórico, afinal, há anos pesquisadores e figuras conhecidas levantaram hipóteses sobre a Terra e o sistema solar. Uma das mais conhecidas e que mudaria a forma como a sociedade enxergava o mundo foi aquela proposta por Nicolau Copérnico. No tempo em que muitos acreditavam que o planeta era o centro de tudo, o astrônomo colocou a tese em xeque, inserindo o sol como principal.

Mas você já pensou como seria a vida por aqui sem essa estrela? Escuridão e frio poderiam ser algumas das consequências. “Do ponto de vista astronômico, se o sol simplesmente sumisse (isso é impossível), deixaríamos de ter uma órbita estável, a Terra iria vagar pela galáxia. Provavelmente não colidiríamos com outros planetas, que estão muito distantes. O maior efeito que sentiríamos seria a escuridão perpétua, dia e noite. Para a biologia do planeta seria um desastre. Teríamos uma grande extinção em massa, como aconteceu na época dos dinossauros, em que o Sol foi tampado por uma densa nuvem de poeira”, conta o astrofísico Alexandre Zabot, professor do Curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

E quais seriam as consequências?

É inevitável pensar que uma das mudanças mais drásticas estaria na temperatura. Sem o calor, a raça humana não sobreviveria, afinal, o clima negativo e a escuridão mudariam diversos aspectos na vida que conhecemos atualmente, até mesmo as habilidades que desenvolvemos ao longo dela.

Os obstáculos para plantar e colher também estariam presentes. Um exemplo que pode ser levado em consideração são as plantas. Como precisam dos raios para a fotossíntese, o processo ficaria inviável em um mundo sem sol.

Mas e fora da Terra? Como será que seria a organização do sistema solar? “Com o desaparecimento do sol, já não haveria mais uma força gravitacional capaz de mantê-los em órbita. Eles iriam vagar livres pelo universo. No entanto, se pensarmos simplesmente na morte do sol, então apesar da explosão restaria um caroço central que chamamos anã branca. Esse núcleo tem uma massa bem grande, quase igual à massa do sol. Nessa situação, os planetas que não fossem varridos pela explosão iriam orbitar essa estrela morta chamada anã branca”, declara o astrofísico.

O sol pode mesmo desaparecer?

Embora o cenário hipotético pareça assustador, não existem evidências de que o desaparecimento do sol é algo que deve acontecer nos próximos anos. “Não conhecemos nada, exceto a morte natural dele. Toda estrela vive apenas por um tempo determinado. Estrelas como o Sol têm um tempo de vida de dez bilhões de anos. Ainda restam cinco bilhões de anos para o Sol. Quando ele morrer irá expandir e depois explodir. Provavelmente será o fim do nosso planeta também, varrido por essa grande explosão como um grão de areia jogado no vento”, explica o professor.

Sendo assim, aquela situação criada pelos filmes continua sendo apenas um reflexo da imaginação de diretores e roteiristas, mas a reflexão sobre uma vida sem o astro é fundamental para compreender a importância do sol.

FLORIPA MAIS TEC: O CAMINHO PARA AS PROFISSÕES DO FUTURO

Conheça as carreiras que trabalham com a tecnologia e que estão em constante evolução

Ao assistir filmes, analisar pinturas, ler livros e até assistir a propagandas na TV feitas há 60 anos, é possível observar que os criadores tinham uma visão curiosa de como seria o futuro. De robôs servindo as famílias a carros voadores, as invenções apostavam que ferramentas tecnológicas comandariam o mundo. Apesar de muitas ideias mirabolantes não terem se tornado reais, algumas delas se concretizaram: delivery de comida, chamadas de vídeos e automatização de processos, além de outros diversos exemplos, são realidade na nossa sociedade.

Para que hoje a facilidade chegasse à palma de nossas mãos, foi preciso que muitos profissionais desenvolvessem tecnologias inéditas que revolucionaram a forma de viver. E, com a criação de novas inteligências artificiais, é necessário que surjam especialistas que saibam lidar com esta área.

Na Capital, o Floripa Mais Tec é o programa que tem apresentado a tecnologia e novas possibilidades aos jovens da Rede Municipal de Florianópolis. Com atividades e “aulões”, as formações são online e gratuitas, disponíveis nas escolas, para aqueles que têm de 10 a 13 anos. Para quem já passou dos 14 e deseja aprender sobre customer success, data science ou introdução a programação Front End, é necessário fazer a inscrição pelo site.

E a aproximação com as inovações é essencial, já que o relatório do Fórum Econômico Mundial estima que cerca de 69 milhões de postos de trabalho serão criados até 2027 – e, neste meio tempo, as vagas já existentes envolvendo a tecnologia devem crescer ainda mais.

É fato de que a maioria das empresas, atualmente, fazem uso e dependem da tecnologia. Por consequência disso, procuram pessoas capacitadas que trarão soluções e inovações para o ambiente de trabalho.

Para conhecer melhor sobre o universo do mercado de trabalho e as opções do Floripa Mais Tec, veja as possíveis áreas de atuação.

Floripa Mais Tec

ANALISTA E DESENVOLVEDOR DE SISTEMA

Responsáveis por manter os sistemas informatizados em funcionamento, estes são os profissionais que garantem a execução de atividades destas ferramentas. Também estão encarregados de criar soluções, projetar e desenvolver sistemas operacionais para atender às necessidades do cliente, como o controle de vendas e estoque de uma empresa.

Para ingressar nessa carreira é necessário formação em cursos tecnológicos. Outra opção é a graduação nas áreas de Ciência da Computação, Sistemas de Informação ou o próprio segmento de Análise e Desenvolvimento de Sistemas.

No Floripa Mais Tec é possível aprender sobre introdução a programação Front End e introdução à programação Back End — opções para quem quer conhecer os primeiros passos da programação.

CUSTOMER SUCCESS

Além da preocupação com a tecnologia, o atendimento ao cliente é essencial para as empresas que querem crescer. Por isso, a profissão tem como foco evidenciar a importância de um atendimento de excelência, construindo um relacionamento com os clientes e a notoriedade da marca.

O curso de customer success é uma das opções do Floripa Mais Tec. Para participar não é preciso ter conhecimento prévio, já que o objetivo é aprender os conceitos e o passo a passo para oferecer a assistência que o consumidor precisa.

FLORIPA MAIS TEC

Além de ser destaque nacional em belezas naturais, a capital catarinense se destaca na área tecnológica, sendo um dos polos mais importantes do país. Segundo dados da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), a Grande Florianópolis é palco de diversas empresas e startups de tecnologia, somando quase quatro mil organizações da área, e também de instituições de pesquisa e desenvolvimento.

Isso acontece devido aos investimentos na infraestrutura tecnológica e no incentivo ao empreendedorismo. Iniciativas de ensino na área fazem parte deste resultado, e o Floripa Mais Tec é exemplo disto. O programa – uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis, o Senai-Fiesc, o Sebrae/ SC e a Acate – é responsável por capacitar gratuitamente mais de dois mil jovens para o setor da tecnologia. O projeto atende adolescentes a partir de 14 anos que buscam por uma formação profissional qualificada.

As atividades realizadas estimulam o aprendizado enquanto desenvolvem habilidades como raciocínio lógico e resolução de problemas. Os estudantes têm acesso a aulas com profissionais renomados do setor, cursos de introdução à tecnologia, direcionamento às trilhas de aprendizagem, aulas ao vivo e exercícios práticos. “O Floripa Mais Tec promove a democratização da tecnologia e prepara crianças, jovens e adultos para serem protagonistas na transformação digital da sociedade”, explica o coordenador do projeto, Ivan dos Santos.

Quer conferir o cronograma do projeto, prazo de inscrição e atividades? Escaneie o QR

Code e acompanhe o perfil @floripamaistec.

Foto: Ivan dos Santos/Divulgação

Neim arrecada 530 litros de óleo para descarte

Com o projeto sustentável, o Núcleo de Educação Infantil de Florianópolis Luiz Paulo da Silva conquistou o segundo lugar na gincana do Programa ReÓleo, da ACIF

O que você vai encontrar por aqui: creche municipal conscientiza comunidade escolar sobre o descarte correto de óleo usado.

Tempo de leitura: 5 minutos

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Preparar uma fritura em casa pode levantar uma dúvida: o que fazer com a panela cheia de óleo? Adotar atitudes sustentáveis, que vão além da separação do lixo e da economia de água, é essencial para evitar danos ao ecossistema. Pensando em controlar o aumento da contaminação ambiental e engajar a comunidade escolar, o Núcleo de Educação Infantil (Neim) Luiz Paulo da Silva, do bairro Santinho, promove a coleta voluntária de óleo de cozinha desde 2012. O projeto contempla a oportunidade de trocar o lipídio por produtos de limpeza para a própria unidade, já que a reciclagem do material possibilita fabricar detergente, sabão, glicerina, biodiesel e até mesmo ração para animais.

Competição sustentável

Para intensificar ainda mais as atividades, no segundo semestre de 2022, o Neim participou da competição do Programa ReÓleo, da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF). A “Gincana de Coleta de Óleo” tem como finalidade conscientizar os estudantes sobre a preservação ambiental ao levar esse conhecimento para as creches e escolas de Florianópolis.

No decorrer da gincana, entre outubro e novembro do ano passado, as crianças desenvolveram músicas autorais, apresentações teatrais, atividades textuais para os rótulos das garrafas pet e a construção da famosa Oleana, a mascote da unidade. Nesta última atividade, os pequenos criaram desenhos de como imaginavam a personagem e também participaram da confecção da figura, construída a partir de sucatas e reciclados, com o auxílio dos pais e responsáveis.

Oleana fez tanto sucesso entre a criançada que os professores optaram por incluir a mascote na rotina das atividades, com o objetivo de estimular o contato com a natureza e instruir as famílias a debaterem sobre a sustentabilidade fora do ambiente escolar.

Ao meio disso, também ocorreram conversas com comerciantes e conhecidos da comunidade sobre a maneira efetiva de reduzir o impacto negativo do óleo de cozinha no meio ambiente e foram divulgados comunicados, via agenda escolar e rede social, com informações de como as famílias poderiam contribuir com a coleta.

Em parceria com o Bairro Educador dos Ingleses, a unidade ganhou uma cara nova com o grafite no muro com desenhos da personagem Capina – ícone das ações relacionadas à natureza – e trechos da música “Natureza dentro de mim”, composta por Luiz Falcão, embaixador do Programa ReÓleo.

No final, a unidade arrecadou 530 litros de óleo vegetal usado e conquistou a segunda posição, sendo premiada com um notebook. Além da diversão, os resultados do projeto vão além da competição. Para a diretora Taise Andrim, a conscientização ambiental é o que deve ser evidenciado.

“Cada vez mais convivemos com situações de degradação ambiental, então, quanto mais cedo é introduzido e estimulado o cuidado com a natureza, mais as crianças se tornam pertencentes a este ambiente, entendendo que este é o nosso lar. Nós somos natureza, e estas pequenas ações reverberam não só na nossa unidade, mas sim em toda comunidade educativa, no bairro, na cidade e na vida”, complementa.

Prejuízos do óleo no meio ambiente

O óleo utilizado na cozinha é extremamente poluente e pode causar grandes prejuízos para o ecossistema e também para estações de tratamento. Com apenas um litro de óleo, mais de 20 mil litros de água podem ser contaminados. Quando os resíduos são despejados na pia, por exemplo, podem causar o entupimento de redes de esgoto e a poluição de rios e mares, provocando o impedimento da entrada de luz e oxigênio e, consequentemente, afetando as espécies aquáticas.

Já no ambiente terrestre, o óleo é absorvido pelas plantas e, assim, impermeabiliza o solo, prejudicando o metabolismo dos organismos que ali vivem. Os lençóis freáticos são afetados, fazendo com que as enchentes sejam mais frequentes. Outro prejuízo acontece na composição do lipídio, já que esse processo produz o gás metano – do efeito estufa –, causando a retenção do calor do sol e o aumento do aquecimento global.

Como fazer o descarte correto do óleo

Agora que você já entendeu a importância do destino adequado para o óleo usado, é hora de colocar em ação esse aprendizado. Para fazer a coleta é simples, confira o passo a passo:

Deixe o óleo usado esfriar; Com a ajuda de um funil, despeje o conteúdo em um uma garrafa pet; Mantenha o recipiente longe do fogo; Procure uma instituição que faça a coleta.

Fotos: NEIM Luiz Paulo da Silva/Divulgação

Faça a leitura do QR e confira o vídeo “Oleana salvando o mundo”.

Mineirinho visita sede do Programa Bairro Educador no Campeche

O campeão mundial de surfe Adriano de Souza, mais conhecido como Mineirinho, visitou a sede do Programa Bairro Educador (PBE), no Campeche. A visita incluiu uma sessão de perguntas e respostas, além de autógrafos e fotos com o surfista. Na ocasião, estavam presentes estudantes e familiares, além de todos os colaboradores da sede do bairro.

Durante o bate-papo, Mineirinho destacou a importância de programas como o Bairro Educador, que criam oportunidades de acesso ao esporte e, assim, incentivam cada vez mais pessoas a praticá-los. “As crianças estão tendo a mesma chance que eu tive há 30 anos com um projeto que eu iniciei lá no Guarujá. Não era tão estruturado, não era tão bem organizado, mas era feito com amor, e então aproveitei aquela oportunidade e extraí o máximo.”

Capital catarinense passa a integrar Cidades Educadoras do mundo

O prefeito Topázio Neto sancionou a lei que torna Florianópolis membro da Associação Internacional de Cidades Educadoras. A capital catarinense é a 27ª cidade brasileira a integrar essa entidade. No mundo, o número de membros está próximo de 500 cidades em 35 países e em todos os continentes.

As Cidades Educadoras colaboram entre si, bi ou multilateralmente para troca de experiências. Apoiam projetos de estudo e investimento tanto sob a forma de cooperação direta como em colaboração com organismos internacionais.

Escola do Futuro Tapera conquista medalha de bronze no Circuito Escolar de Xadrez

Logo na primeira participação da unidade na competição Circuito Escolar de Xadrez, o pequeno Joaquim Teixeira Welsch, 8, conquistou a medalha de bronze ao demonstrar suas habilidades no esporte.

Com a participação de 12 estudantes ao todo, também obtiveram-se alguns Top 10 das categorias sub-9, sub-13 e sub-15 (masculino e feminino), um troféu de terceira melhor escola na pontuação geral e um convite para as próximas etapas do Circuito.

Este trabalho na Escola Básica Municipal (EBM) Tapera é desenvolvido dentro do Clube de Esportes e orientado pela professora Marila Ferreira, de educação física.

Floripa Mais Tec ganha prêmio

de cidade inteligente

Um dos vencedores do InovaCidade 2023, o projeto catarinense é uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis, Sebrae-SC e Acate, voltado para estimular o aprendizado tecnológico e formar novos profissionais na área. De 106 projetos inscritos, o da Capital ficou entre os 32 finalistas.

Representando o município, receberam o troféu a secretária de Educação de Florianópolis, Fabricia Luiz Souza, e o subsecretário de Gestão e Operações Educacionais, Eduardo Gutierres.

No ano passado, pela “Jornada Kids”, foram atendidas 34 escolas. Em 111 palestras, 3.081 estudantes e 74 professores se capacitaram. No “Aulão do Futuro”, houve a participação de 3.702 pessoas.

Fotos: Arquivo SME/Divulgação

nacional

Com impressora 3D, estudantes aprendem sobre história e ciências

Aliado à tecnologia, o conhecimento extrapola os componentes curriculares; conheça alguns projetos

O que você vai encontrar por aqui: projetos escolares recriam objetos por meio da impressora 3D.

Tempo de leitura: 7 minutos

Acompanhar os momentos históricos da humanidade e ainda compreender a importância das células no organismo pode ser um desafio na aprendizagem. Seja pela complexidade das informações e conceitos ou dificuldades em visualizar o contexto, o aprendizado depende da memorização. Mas você sabia que a impressora 3D pode ser uma aliada no processo?

Na Rede Municipal de Florianópolis, algumas unidades já estão levando para a sala de aula a contribuição da tecnologia. Na Escola Básica Municipal (EBM) Maria Conceição Nunes, no Rio Vermelho, as turmas dos oitavos e nonos anos foram instigadas a entender as Revoluções Burguesas e a corrida espacial com as criações da tecnologia. A ideia foi do professor de história Felipe Salvador Weissheimer.

O objetivo é aproximar o passado do presente, agregando novas experiências e abordagens. “A materialização de objetos 3D possibilita a aproximação de conteúdos, conhecimentos e artefatos históricos com a realidade dos estudantes, explorando outros significados e percepções sensoriais”, conta o educador.

Os 130 participantes estão com uma nova tarefa, que inclui troféus e medalhas. “Para dois projetos distintos: um campeonato de timeline (jogo sobre cronologia histórica) e um ScapeRoom sobre a ‘Era das Revoluções’ (uma caça ao tesouro com questões sobre o Iluminismo, Independência dos Estados Unidos, Revolução Francesa e Era Napoleônica)”, diz o professor. Enquanto isso, no nono ano a missão são os foguetes espaciais, uma menção à Guerra Fria.

Na EBM José Amaro Cordeiro, no Morro das Pedras, a impressora 3D é uma aliada em diversos componentes curriculares. No caso das ciências, o foco são os modelos de células — as eucariontes e procariontes. “É realmente conseguir que os estudantes se tornem protagonistas das atividades pedagógicas que estão participando, construindo os próprios recursos que serão impressos. Isso envolve o desenvolvimento por parte deles de novas habilidades, de novas responsabilidades e da própria autoestima. Eu acredito que isso é mais importante do que o suporte que os objetos oferecem para a aula”, opina o professor Luciano Kercher Greis, que trabalha na sala maker.

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Presença em outros componentes curriculares

Mas se engana quem pensa que a tecnologia está sendo utilizada apenas para conhecer o corpo humano ou os momentos que ficaram na história. Na EBM José Amaro Cordeiro, o objeto já é um parceiro em diversas abordagens: na matemática, com conectores para trabalhar sólidos geométricos; em geografia, com os mapas em relevo; e até mesmo no inglês, com o uso dos nomes das manobras do skate e a impressão de pistas. Indo além, existe uma turma que está criando um jogo colaborativo de tabuleiro. “Ilha da Magia, Guardiões da Natureza” tem o intuito de salvar a cidade da inundação causada pelo descarte irregular do plástico — e as habilidades de cada jogador são inspiradas nas figuras do folclore de Franklin Cascaes. Por mais que o mundo digital já seja uma realidade dentro e fora da sala de aula, é preciso pensar em uma união significativa. “O desafio é conseguir trazer contextos de aprendizagem em que a tecnologia utilizada irá agregar valor, sendo efetiva, significativa e facilitadora para os processos de aprendizagem”, explica Luciano.

E há quem enxergue a participação dos educadores como uma etapa essencial. “Para que essa ferramenta (impressora 3D) seja de fato significativa, os professores precisam mudar sua metodologia, saindo do ensino tradicional (baseado na transmissão de informações), para um modelo mais dinâmico e interativo, no qual seja possível desenvolver atividades manuais (metodologia maker), o famoso ‘mão na massa’”, completa Felipe Salvador Weissheimer.

As Escolas Básicas Municipais Intendente Aricomedes da Silva, Professora Herondina Medeiros Zeferino, Virgílio dos Reis Várzea, Darcy Ribeiro, Osvaldo Machado e Osmar Cunha também já receberam a nova ferramenta.

Fotos: EBM Maria Conceição Nunes/Divulgação

Foto: EBM José Amaro Cordeiro/Divulgação

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Tempo de leitura: 10 minutos

O que você vai encontrar por aqui:

Nova escola no Norte da Ilha, finalizada em apenas seis semanas, surge para atender à demanda da comunidade.

Foto: Marcos Campos

Quem passa por uma escola quase nunca imagina o processo que existe para que os muros e salas sejam construídos. Desde a definição de cada cômodo e o processo de aquisição dos materiais, existem inúmeras etapas que devem ser seguidas, levando em consideração investimento, tempo e aquilo que foi desenhado durante o planejamento. Entretanto, você já imaginou como seria passar por esse processo em pouco mais de 40 dias?

No Rio Vermelho, pais e estudantes presenciaram uma nova escola surgir em 42 dias — tempo recorde. Construída no estilo modular, com vagas do primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental, a agilidade pode ser justificada pelo transporte dos módulos e padronização dos espaços, fatores que facilitam a obra. Projetado para atender 1.200 crianças e adolescentes, o espaço tem 18 salas de aula, biblioteca, sala Informatizada, laboratório de ciências e sala multimeios, além do espaço externo, que conta com parquinho.

A construção surgiu com o intuito de atender à demanda do Norte da Ilha, trazendo para dentro da sala de aula os 800 jovens que estavam fora da escola, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis. E, mesmo com pouco tempo de atividade, o retorno já começa a aparecer. Para os irmãos Jonas Oliveira Pacheco, 11, e Miguel Oliveira Pacheco, 10, que estudavam em outras unidades, além do espaço, outro ganho é estudar no período matutino. “Na educação física, na terça, eu sempre vou no parque. É uma hora e meia de parque. Também o refeitório tem muita mesa e eu sempre consigo sentar no meu lugar”, conta o irmão mais novo.

A mudança de rotina refletiu em toda a família, que agora se organiza para ir buscar os estudantes diariamente. “É bom porque antes dependia de ônibus para ir. Agora eu consigo trazer e buscar. Quando não sou eu, é meu marido, sempre alguém vem buscar. E a escola é nova, né? Ar-condicionado, tudo novinho”, conta Vanessa Oliveira Pacheco, mãe dos estudantes.

Se as famílias conseguem perceber a diferença, aqueles que escolheram a unidade para trabalhar estão vivenciando os primeiros dias dessa história. “Como é novo, todo mundo gosta de participar, principalmente quando é o primeiro ano, porque estamos iniciando a história da EBM Darcy Ribeiro. Então sempre tem aquela empolgação”, explica a diretora Gisele Maria Rosa.

E mesmo que a estrutura seja recente, perceber o valor do investimento acaba sendo um incentivo para estudar. “Só do fato do estudante perceber que existe um investimento feito para ele, acho que isso já muda a percepção. Isso já é acolhedor, de uma forma geral, é mais acolhedor”, opina o professor de ciências Egon Abraão de Paula Ramos.

Atualmente, 824 estudantes frequentam o espaço, entretanto, ainda existem mais de 350 vagas em aberto. Rio Vermelho, Ingleses e Barra da Lagoa são os principais bairros atendidos pela unidade. Por receber jovens e crianças de diversas escolas, esse também é um tempo para iniciar outras amizades, conhecendo os colegas e o ambiente em parceria.

Fotos: Marcos Campos

ESTRUTURA MODULAR

Se você ainda não conhece uma estrutura modular ou não entrou em um espaço que foi construído em poucos dias, é essencial saber que a principal diferença entre os ambientes, além do tempo de construção, está na forma como cada etapa é concluída. Diferentemente das salas feitas a partir de cada tijolo, aqui as peças pré-moldadas são levadas ao local da construção.

É por meio dos encaixes e da padronização dos espaços que as equipes conseguem diminuir o tempo de trabalho. Outra diferença, que é fruto do material utilizado, está sendo perceptível para aqueles que frequentam o ambiente. “O acústico dessa construção chamou bastante atenção, e a parte térmica. Nessa construção a diferença é essa”, fala a diretora, já que agora a preocupação com o calor ou com o frio parece ser algo que fica do portão para fora.

O valor investido foi de R$ 17 milhões, verba da Prefeitura Municipal de Florianópolis e do Governo do Estado de Santa Catarina. A construção, com mais de três mil metros quadrados, tem 50 anos de garantia. Além da segurança, o processo acaba sendo mais sustentável, já que o descarte de sobras é mínimo, pois as peças são calculadas para que o encaixe seja perfeito.

Quer conferir algumas etapas da construção na EBM Darcy Ribeiro?

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QUEM FOI DARCY RIBEIRO?

Além de compreender a inovação na obra, existe outro ponto de atenção na unidade: a escolha pelo nome. Darcy Ribeiro marcou época na história por ser um defensor da educação pública e de qualidade. Sociólogo, antropólogo e educador, suas produções são base para compreender a trajetória do povo indígena e dos brasileiros. Entre os livros e estudos, muitos voltados ao indigenismo, a contribuição para a educação fica visível com a idealização da Universidade de Brasília e a participação na criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei 9394/96). Darcy também foi ministro da educação entre 1962 e 1964. Na época da Ditadura Militar, o estudioso ficou exilado do país, mas o retorno, em 1976, foi acompanhado da anistia, que recebeu em 1979. Em 1992, foi nomeado membro da Academia Brasileira de Letras.

Fotos: Marcos Campos

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JUNHO VERDE NAS TELAS

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POR GUSTAVO BRUNING

Seja o ar que respiramos ou o alimento que comemos, tudo está ligado à natureza. Por mais que não passem pela nossa cabeça todos os dias, a poluição das águas, o aquecimento global e o descarte de lixo, por exemplo, têm influência direta na nossa vida. E mais: a forma como lidamos com essas questões vai influenciar diretamente as gerações futuras. Que tal aproveitar este Junho Verde, o Mês do Meio Ambiente, e conferir seis filmes com lições essenciais?

Conexão com a natureza

“Pocahontas: O Encontro de Dois Mundos” (1995 - Livre)

“Cada planta, pedra ou criatura está viva e tem alma, é um ser”. Cantando a música Cores do Vento, Pocahontas resume a importância de respeitarmos a natureza. A conexão com animais, plantas e todo o meio ambiente é o coração deste clássico da Disney, que também traz os impactos do choque cultural entre indígenas e colonizadores. Para entender a importância dessa ligação com a natureza, é preciso seguir a dica da protagonista e “escutar com o coração”.

Poluiçãodaságuas

“Os Simpsons: O Filme” (2007 - 12 anos)

Um exemplo do que não fazer é o que desencadeia toda a trama deste filme. Desatento e sem noção dos danos que vai causar ao meio ambiente, Homer Simpson ignora os avisos nas placas e despeja uma quantidade massiva de resíduos perigosos em um lago de Springfield. O efeito desastroso é imediato e a poluição da água se torna um problema quase irreparável, prejudicando animais que habitam o lago e colocando a cidade em estado de alerta. Serve de lição para que possamos prestar atenção no que é jogado em rios, lagos e águas ao nosso redor.

Zelarpelos animais

“Tainá:

Se tem alguém que nos mostra o quão mágico é cuidar dos bichos é Tainá. A pequena heroína indígena não deixa barato e enfrenta caçadores na Amazônia para resgatar seus amigos animais, como o macaco-barrigudo, que no filme está em extinção. A garota manifesta um carinho peculiar, o que nos inspira a vê-los de forma diferente: por mais que não seja possível conversarmos com os bichos, eles são seres vivos e merecem todo o respeito.

Uma Aventura na Amazônia” (2000 - Livre)

Aquecimento global “A Era do Gelo” (2002 - Livre)

Ainda que essa animação tenha como foco as aventuras de Sid, Manny e Diego (além da caça do esquilo Scrat por uma noz), ela nos mostra um período crucial da Terra, há 20 mil anos, quando o planeta era tomado por geleiras. Os animais – muitos deles hoje extintos –fazem o possível para sobreviver ao período glacial à medida que seus habitats derretem e eles precisam se unir para salvar um bebê humano. O filme acende um alerta sobre as alterações climáticas – parte da fauna e da flora, por exemplo, não sobreviveu às mudanças. Mais um motivo para entender os efeitos do aquecimento global e buscar soluções para a crise climática atual.

Descarte do lixo “Wall-E” (2008 - Livre)

O solitário robô Wall-E é o único responsável pela limpeza do planeta após todos os humanos deixarem a Terra em uma nave. O cenário apocalíptico provocado pela quantidade astronômica de lixo é resultado de séculos de descaso – o filme se passa 700 anos no futuro – e nos revela os perigos de um descarte inapropriado em proporções gigantescas. O carismático protagonista encontra de tudo em meio à sujeira, o que nos faz pensar como podemos agir para evitar um horizonte parecido. Tudo começa com nossas próprias atitudes, reciclando e encaminhando o lixo de forma correta, seja uma simples garrafa plástica, um brinquedo que não tem mais utilidade ou um eletrônico que parou de funcionar.

Desmatamento “O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida” (2012 - Livre)

Já pensou em viver em um mundo onde não há mais árvores? Nessa animação, inspirada na obra de Dr. Seuss (o criador do Grinch!), vemos uma sociedade em que a tecnologia dominou tudo e tomou conta até mesmo da natureza. Mesmo que a cidade pareça linda e colorida, falta algo importante. E é o sonho da garota Audrey de ver uma árvore de verdade que motiva seu amigo Ted a conseguir uma semente para plantá-la.

É nessa jornada que conhecemos o Lorax, uma criatura rabugenta e defensora das árvores. Como no mundo real não temos um ser assim, é nossa missão evitar que as taxas de desmatamento cresçam e deixem a natureza ainda mais devastada, prejudicando animais, plantas, o ar e os ecossistemas que as cercam.

Na terra ou no mar

Não foram apenas os brinquedos de “Toy Story” ou as criaturas esquisitas de “Monstros S.A.” que destacaram os filmes da Pixar em seus anos iniciais. Duas produções que encantaram o público na fase de ascensão do estúdio contaram histórias de animais e nos mostraram como eles vivem, apresentando cenários naturais fabulosos.

Divertidas e com personagens icônicos, as animações “Vida de Inseto”, de 1998, e “Procurando Nemo”, de 2003, vieram também com muito aprendizado sobre as espécies e o meio ambiente. Enquanto o primeiro filme traz o período de colheita das formigas e brinca de forma criativa com a estrutura da colônia, o segundo é uma verdadeira jornada pelo mar. Além de lições sobre desapego e confiança, a aventura de Nemo, Marlin e Dory explora a relação entre humanos e animais e peculiaridades sobre criaturas marinhas.

WEB 3: A NOVA REVOLUÇÃO DA INTERNET

Hoje é impossível imaginar a vida sem internet, não é mesmo? É inegável que ela pauta nossas vidas, das danças que vamos fazer na próxima festa da escola aos assuntos dos governos internacionais que a gente vê no jornal. Inclusive, a internet foi essencial para um dos maiores baques que a humanidade sofreu em sua história. Imaginem um mundo sem conexão durante a pandemia: o quanto de pessoas a mais teria que se expor ao coronavírus para trabalhar, estudar, ter lazer, descansar a mente. Seria muito mais difícil manter as pessoas em casa, pois foi por conta do digital que conseguimos nos informar, nos comunicar de forma rápida, de saber como os países ao redor do mundo estavam lidando com isso e até de se divertir e encontrar risadas em meio a uma situação tão difícil. A internet é uma ferramenta que ela evolui, se desenvolve, se transforma e passa por grandes mudanças. É o caso da Web 3.0, uma expressão que entra cada vez mais no vocabulário popular, mas que a maioria não sabe bem o que é. Vamos descobrir juntos!

POR LUCAS INÁCIO

Web 1.0: um grande mural

De 1991 a 2004, a web era quase como um mural da escola: poucas pessoas podiam pendurar seus recados e avisos, e os usuários apenas liam o que estava exposto lá. Os sites eram estáticos, serviam praticamente apenas para consulta e, a grande maioria, para leitura (até carregar foto era difícil). Não existia nenhuma rede social de relevância na época e as interações eram mais os sites de bate-papo ou programas de conversa como ICQ e mIRC.

Produzir conteúdo era para poucos, já que existia a necessidade de entender sobre programação ou conhecer alguém que fizesse isso para você, sem contar os custos de ter um lugar para publicar. Era difícil monetizar e, no geral, as pessoas eram apenas consumidoras.

E o que é a Web 3.0?

A Web 3.0 surge a partir da falta de privacidade, com a pretensão de nos dar uma solução. Aqui entra a tão famosa blockchain, outra expressão que surgiu recentemente, que é uma ferramenta de segurança, a mesma utilizada pelas criptomoedas. Diferente de utilizar grandes servidores particulares das megaempresas que armazenam os dados, aqui os dados são compartilhados entre milhares de servidores, formando uma rede mais transparente e democrática.

Não é qualquer um que pode tomar as decisões, pois ainda é necessário conhecimento e recursos para isso, mas na Web 3.0 muitos vão gerenciar os dados das pessoas, além de fazer o acompanhamento e conferência das informações compartilhadas. De forma geral, os usuários serão donos dos conteúdos, não mais as empresas como Google, Facebook, Amazon etc.

Ainda é difícil ver quais os ganhos reais, mas a base está em integrar cada vez mais pessoas e máquinas nessa equação. A inteligência artificial será amplamente utilizada e desenvolvida com a Web 3.0, já que os dados serão disponibilizados a todos. Além disso, a imersão vai ser algo presente no mundo digital, como o metaverso está tentando fazer. O design 3D será cada vez mais comum e as interatividades serão mais imersivas, quase como um mundo paralelo.

Em 2004 houve a primeira grande mudança de comportamento da internet com a chegada da Web 2.0, pois foi a partir dela que a interatividade virou recorrente. As pessoas passaram a produzir conteúdo, comentar, interagir com diversas possibilidades. A grande sacada é que agora as pessoas não buscavam apenas conhecimento ou entretenimento, pois as grandes empresas da internet passaram a ter informações nossas. Antes a gente apenas observava, mas, a partir dali, passamos a ser observados também.

Há uma fase clássica que resume – de forma simplista – a grande mudança aqui: “se você não está pagando pelo produto, o produto é você”. Foi a partir da Web 2.0 que os anúncios tomaram conta e a internet passou a ser algo rentável, gerando big techs como Facebook e Google. Falta de privacidade é uma marca e surge com a desculpa para conteúdos mais personalizados. Forma também as bolhas com conteúdos direcionados para cada um. Se antes éramos apenas consumidores, aqui passamos a ser o produto

Cuidados, muitos cuidados

Porém, toda tecnologia que surge tem seus cuidados e, no caso da Web 3.0, ele pode ser gigante. Um deles está justamente nessa imersão, e a criação de um mundo novo pode abrir margem para ferir direitos, como por exemplo, aqueles cobertos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Outro problema é o gerenciamento de conteúdos, como moderação e remoção de publicações violentas e ofensivas, pois tudo é compartilhado entre milhares de computadores e não há garantia de que algo será excluído de todos os servidores.

Há questões também relacionadas às leis e proteções da população, já que é um mundo descentralizado, o que nem sempre é bom. A quem recorrer quando houver violações e crimes? Quem vai conter e punir, na vida real, quem cometer crimes dessa forma? São várias questões que nos levam a pensar como fazer.

Web 2.0: o corredor da escola e as propagandas da lanchonete

DAS QUADRILHAS AO PÉ DE MOLEQUE: VOCÊ SABE COMO SURGIU A FESTA JUNINA?

Aprenda a origem da festividade e de onde vieram as comidas típicas

Quando chegamos na metade do ano, as lojas começam a ficar decoradas, as guloseimas enchem as prateleiras e o clima friozinho toma conta da cidade, só pode significar uma coisa: a festa junina está próxima. Celebrado anualmente em todo o país, esse evento multicultural conquista públicos de todas as idades que aguardam a data ansiosamente.

É tempo de festa, muita música, danças, brincadeiras e o que faz brilhar os olhos de muitas pessoas: as comidas típicas, afinal, quem resiste a uma boa canjica ou um bolinho de milho? Mas essa comemoração nem sempre foi assim. O festejo passou por muitas mudanças até se tornar um dos maiores símbolos da cultura brasileira. Continue lendo e descubra essa história.

É fato que a festa junina chegou ao Brasil junto com os portugueses no século 16. No entanto, as origens da festividade se iniciaram anos antes. Na Idade Média, entre as tradições europeias estavam os rituais pagãos em comemoração ao solstício de verão no Hemisfério Norte, período em que eram realizadas atividades em agradecimento aos deuses pelas colheitas e com pedidos de proteção.

Mas como isso se transformou no evento na forma conhecida hoje? A primeira mudança veio quando a Igreja Católica passou a substituir os rituais por celebrações dedicadas às figuras importantes do catolicismo e a associá-las às datas que homenageiam os símbolos, como Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho). Por um tempo, as cerimônias ficaram conhecidas como festa joanina, devido a um dos santos.

Após chegar em terras tupiniquins, a mistura de culturas presentes ao longo dos anos fez com que as atividades da festa se adaptassem ao nosso país e ganhassem um toque brasileiro.

Muitos dos símbolos utilizados na antiga festa junina sobreviveram a essa passagem de tempo e marcam presença até hoje. A fogueira é um destes exemplos. Usada anteriormente como forma de gratidão e contra maus espíritos, atualmente, além de proteger do frio do inverno, faz parte da decoração e de brincadeiras.

Já as bandeirinhas que trazem cor e beleza à celebração, primeiramente eram produzidas em tamanho maior e com as imagens dos santos. Com os anos, essa tradição foi substituída por peças coloridas que deixam o ambiente mais animado e convidativo. As vestimentas vibrantes também passaram por um processo parecido. Os trajes voluptuosos e rodados da corte deram lugar aos vestidos da quadrilha, com tecidos mais estampados e chamativos. As fantasias de caipira vieram da associação da festa com as raízes do interior, celebrando a cultura da roça.

As danças, inicialmente influenciadas pela nobreza francesa, hoje fazem parte da representatividade cultural de cada região do Brasil. Anualmente as icônicas quadrilhas estão presentes nos eventos em todo o país. O Nordeste, por exemplo, sede do maior São João do mundo, adotou o uso de ritmos tradicionais do local, como o arrasta-pé e o forró.

Já reparou que nas quadrilhas é sempre um casal que lidera o grupo? A tradição do casamento jeca é, na verdade, uma referência ao Santo Antônio, conhecido por ser uma figura que ajuda a formar pares românticos. A encenação é composta por diversas sátiras e piadas engraçadas.

É claro que em um bom arraiá não pode faltar uma coisa: uma mesa recheada de iguarias apetitosas. Nas festas juninas sempre há dois ingredientes que se destacam: o milho e o amendoim. Adaptando as receitas antigas utilizando os alimentos mais produzidos no nosso país, diversos pratos se tornaram típicos desta época do ano. Paçoca, pé de moleque, pinhão, cachorro-quente, quentão. A lista de comidas clássicas é longa e causa água na boca na maioria dos brasileiros.

Outra característica animadora para a criançada são as brincadeiras, realizadas principalmente em festas de escola e de bairros, que garantem a diversão no evento. Que tal dar uma passadinha na pescaria e ver se consegue fisgar um brinde legal? Ou até mesmo entrar no jogo das argolas e testar as suas habilidades?

Os primeiros passos da festa junina

Os símbolos do arraiá

As alegrias da festa

O HOMEM QUE AMAVA CAIXAS

Que tal continuar a leitura do mês e procurar por estes títulos?

Mamãe é Um Lobo

Ilan Brenman

A Maior Coisa do Mundo

Kenneth Steven

Adivinha quanto eu te amo

Sam McBratney

Papai é Meu

Ilan Brenman

MUNIRA THIESEN BERGMANN

Você já parou para pensar em quantas maneiras diferentes podemos demonstrar o amor que sentimos pelas pessoas? Muitas vezes, na correria do dia a dia, fazemos nossas tarefas e acabamos esquecendo de parar por um instante e dizer aquelas três palavrinhas: “eu te amo”. Seja para nossos familiares ou amigos, esquecemos de demonstrar em palavras o amor que sentimos por essas pessoas tão especiais em nossas vidas.

Mas nem sempre esse sentimento que guardamos lá no fundo do coração vem em forma de palavras ou daquele “eu te amo”. Esse amor pode ser demonstrado de várias maneiras diferentes: pode ser servindo uma refeição gostosa, fazendo um carinho, um cafuné, dando um abraço bem apertado e até quando ajudamos um amigo que está com alguma dificuldade. Algumas pessoas se sentem mais amadas quando recebem esse amor por meio de atitudes afetuosas do que quando simplesmente ouvem essas três palavras. Tem vezes que só de escutarmos alguém que precisa desabafar estamos demonstrando que amamos essa pessoa.

O livro “O homem que amava caixas”, escrito por Stephen Michael King, com sua narrativa sensível e apaixonante, nos mostra um pai, um filho e o amor que existe entre eles. Mas esse amor não é demonstrado por meio de palavras, como geralmente esperamos que aconteça. As ilustrações do livro trazem um lindo colorido que complementa perfeitamente o texto, transmitindo toda a sensibilidade da escrita do autor.

O livro nos traz a profundidade das emoções e nos mostra que existem, sim, diversas formas diferentes de demonstrar afeto, amor e carinho quando amamos as pessoas. Ele também nos ensina a perceber o amor que recebemos dos outros. Nem sempre o seu jeito de demonstrar amor é igual ao jeito dos outros! Podemos aprender que existem formas de amar diferentes da nossa e passar a perceber que somos amados também, reparando nas diferentes demonstrações de afeto que nos dão diariamente! Podemos também passar a demonstrar mais amor pelas pessoas, seja com palavras ou atitudes, para todos que estão ao nosso redor. Nesta história, um homem demonstrava amor pelo seu filho de uma maneira um tanto inusitada: ele construía castelos, aviões e uma série de coisas para divertir seu filho e até seus amigos. Este pai estava sempre se esforçando para demonstrar seu amor pelo filho! E para isso ele usava uma coisa a que todos nós temos acesso: caixas de papelão! As caixas de todos os tamanhos e dimensões se transformaram em coisas que significavam diversão e alegria para o menino. A dificuldade do pai em dizer ao filho que o amava desaparecia quando via o menino se divertindo com suas construções. As pessoas achavam estranho o jeito desse pai amar o filho e julgavam com olhares e comentários, o que não é nada legal de se fazer! Mas quem foi que disse que tem só um jeito certo de se amar as pessoas? Será que só dizendo “eu te amo” é que realmente se demonstra amor? E você? Qual é o seu jeito de amar?

Fortaleza de São José da Ponta Grossa

Construída em meados do século 18, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa é uma das estruturas que formam as três fortalezas do triângulo de proteção da costa catarinense. Localizada no Norte da Ilha, foi tombada como Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional devido ao seu conjunto arquitetônico, também composto pela Casa do Comandante e a capela dedicada a São José.

Foto: UFSC/Divulgação

entenda o que são palavras homônimas e parônimas Iguais, mas diferentes:

Desenvolva habilidades linguísticas e aprenda a não cair em pegadinhas

REDAÇÃO ITS TEENS

A professora passou uma atividade, mas na hora de escrever o texto as dúvidas chegam: afinal, é censo ou senso? cesta ou sesta? Palavras com a escrita e a pronúncia parecidas – os homônimos e os parônimos – são uma das maiores dificuldades dos estudantes que desejam aperfeiçoar as habilidades linguísticas, já que o erro na grafia de um termo pode alterar todo o sentido de uma frase.

Homônimos

Esta ordem é composta por palavras que possuem a mesma pronúncia – e, em alguns casos, a mesma escrita – mas significados diferentes. Com isso, os homônimos são divididos em três categorias:

Homógrafas: iguais na escrita e diferentes na pronúncia.

Gosto (verbo) x Gosto (substantivo); Colher (o utensílio) x Colher (extrair os frutos); Lobo (animal) x Lobo (parte inferior da orelha); Cor (coloração) x Cor (memória); Sede (vontade de beber) x Sede (matriz).

Homófonas: a pronúncia é idêntica, mas a grafia é distinta.

Cheque (ordem de pagamento) x Xeque (jogada no xadrez); Concerto (sessão musical) x Conserto (reparo); Acender (ligar/atear) x Ascender (subir/elevar); Acento (sinal gráfico) x Assento (local de sentar); Cinto (acessório) x Sinto (verbo sentir).

Perfeitos: tanto a pronúncia quanto a escrita são iguais.

Verão (estação do ano) x Verão (verbo ver); Banco (instituição financeira) x Banco (assento); Manga (fruta) x Manga (parte da camisa); Rio (curso de água) x Rio (verbo rir); Cedo (advérbio de tempo) x Cedo (verbo ceder).

Parônimos

Neste grupo, os termos se assemelham na grafia e na pronúncia, no entanto, possuem sentidos distintos. Conheça alguns exemplos:

Aprender (adquirir conhecimento) x Apreender (capturar);

Cavaleiro (aquele que cavalga) x Cavalheiro (homem educado);

Comprimento (tamanho) x Cumprimento (saudação);

Emigrar (sair de um país) x Imigrar (entrar em um país);

Tráfego (trânsito) x Tráfico (comércio ilegal); Osso (estrutura de suporte do corpo) x Ouço (verbo ouvir);

Soar (produzir som) x Suar (transpirar);

Emergir (vir à tona) x Imergir (mergulhar);

Inflação (alta dos preços) x Infração (violação);

Precedente (o que vem antes) x Procedente (proveniente de).

Chegou a hora de aplicar os aprendizados

Agora que você já viu a parte teórica e aprendeu alguns exemplos, é momento de testar os conhecimentos e ver se já está craque no conteúdo. Pegue o seu caderno e o lápis, leia as questões com atenção e vamos lá!

Complete as frases:

1. Está muito escuro. Pode ______ luz para mim? (Acender/Ascender)

2. Os policiais ______ os bandidos. (Aprenderam/ Apreenderam)

3. O presidente da empresa está na ______ da instituição (Cede/Sede)

4. Meu celular quebrou, terei que levar no ______ (Concerto/Conserto)

5. Estava jogando xadrez e consegui dar um ______ -mate no meu adversário. (Cheque/Xeque).

Explique qual é o sentido dos termos destacados nas orações a seguir: Eu cedo este assento no ônibus para a senhora. Estou muito ansiosa para a chegada do verão Sempre que meu amigo me conta uma piada eu rio muito. Eu já sei essa matéria de cor. Precisamos pregar este quadro.

Dicas para não cair em pegadinha

Para se aprofundar cada vez mais no mundo da Língua Portuguesa, é importante adotar alguns hábitos simples que vão fazer toda a diferença no seu aprendizado. A leitura é a dica principal: quanto mais você tem esse costume, mais palavras você conhecerá e aumentará o seu vocabulário.

Aprender sinônimos e fazer pesquisas em dicionários também são práticas essenciais para desenvolver a escrita. E, claro, não vá com dúvida para a casa, deixe a vergonha de lado e chame seus professores para esclarecer questões que não ficaram claras – eles estão lá para te ajudar!

NEIM MORRO DO HORÁCIO

CENTRO

No mês de abril deste ano, o Neim Morro do Horácio celebrou o primeiro ano de existência. Para comemorar a data, a unidade educativa recebeu uma festa de aniversário com bolo, espetáculos e diversão. Profissionais, crianças e comunidade participaram da celebração.

TRUPE DA ALEGRIA

As escolas de Florianópolis receberão, ao longo do ano, a visita da Trupe da Alegria. O grupo deve apresentar aos estudantes o espetáculo “Uma Ajuda de Outro Planeta”. Na lista de paradas estão os Núcleos de Educação Infantil Municipal (NEIMs) e Escolas Básicas Municipais (EBMs) da cidade.

EBM TAPERA - ESCOLA DO FUTURO

TAPERA DA BASE

A Escola do Futuro da Tapera iniciou no ano passado uma parceria com o curso técnico em meteorologia do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). O foco é o desenvolvimento conjunto de projetos educativos.

Por meio da disciplina de projeto integrador do curso de meteorologia e do Clube de Meteorologia da escola, estudantes do curso técnico e do Ensino Fundamental trabalham juntos na elaboração e construção de recursos de aprendizagem (murais, experimentos, simuladores) que despertam o interesse da criança e do adolescente para os temas das ciências da natureza e humanas, tendo a meteorologia e as mudanças climáticas como pano de fundo.

QUE VEM PRA JULHO?

Tem inverno que adentrou à porta e frio e chuva que não vão embora.

Tem noite comprida que não acaba e vento chato a toda hora!

Aqui é o Sul que assovia... E esse Norte que me amola?

Só tem isso neste julho?

Não, não, não! Olha cá, então!

Tem lugar bem aquecido, em coração já de saudade…

De um outono que se finda, foi embora de verdade.

Mas antes disso tudo, em tempos de medo e desconfiança, sorria, meu julho amado, pois na vida tem criança!

EBM Costa de Dentro

PROFESSORA RAQUEL SILVEIRA

Pista de Skate da Trindade

Localizada na Praça Jornalista Gustavo de Lacerda, a mais nova pista de skate da Capital é considerada a maior estrutura da modalidade street do Estado.

Com mais de dois mil metros quadrados, a “Trinda Times” é perfeita para os fãs do esporte, e tanto amadores quanto profissionais podem treinar no espaço pensado para os skatistas.

Foto: Prefeitura Municipal de Florianópolis/Divulgação

FESTA JUNINA?

Aprenda a origem da festividade e de onde vieram as comidas típicas