Renata Bomfim
Gerente de projetos especiais
Para somar em mais um ano letivo e mostrar tudo o que acontece na rede municipal de Florianópolis, a revista its Teens está de volta e estamos empolgadas para cobrir os projetos, práticas e iniciativas que movimentam a nossa educação!
Para abrir as nossas edições, neste mês de abril você tem a oportunidade de se aprofundar na reportagem de capa e saber como a inclusão tem sido trabalhada no esporte. Isso porque com o Floriparadesporto, estudantes diagnosticados com algum tipo de deficiência colocam o corpo em movimento e desenvolvem novas habilidades — uma forma de explorar os benefícios do exercício físico como soma no desenvolvimento escolar.
Além disso, você também vai conferir nesta edição outros projetos que já movimentaram a rede nesse período letivo, como a conscientização e o combate ao Aedes aegypt, que têm levado as escolas a trabalhar a abordagem com os estudantes com o intuito de ir além do espaço escolar e chegar às casas da comunidade. Com isso, o Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) do Futuro Doralice Maria Dias criou uma solução diferente e de baixo custo: repelentes caseiros. Você vai ler como a iniciativa repercutiu na unidade com as crianças.
Aproveite e leia também sobre as transformações que os protagonistas do cinema sofreram ao longo dos 50 anos, conheça os animais com bioluminescência e aprenda como nascem flores em um deserto. Curiosidade, informação e diversão fazem parte desta edição — e não deixe de compartilhar com a sua turma. Boa leitura!
/ EXPEDIENTE
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE
EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO
DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA
GILBERTO KLEINÜBING
DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br
LUÍS MENEGHIM
DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br
ROBERTO BERTOLIN
DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br
SILVANO SILVA
DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br
CRISTIAN VIECELI
DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br
GABRIEL COSTA HABEYCHE
DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br
CRISTIANO MIELCZARSKI
DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br
A REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA NOTÍCIAS
DO DIA
RENATA BOMFIM
GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br
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ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br
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3.000 EXEMPLARES
NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026
/ EDITORIAL 4 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
Amor Indio
Apresento para vocês, hoje, uma história infantojuvenil que tem sua inspiração em uma narrativa indígena asteca, envolvendo um amor proibido e muitos mistérios. A história de “Amor Índio — A paixão proibida de Conyra e Cuillac”, adaptada por Rui de Oliveira, um conhecido ilustrador de livros infantis e juvenis, tem uma versão impressa na forma de livro e outra em cinema de animação, que pode ser encontrada na internet. O curta animado recebeu o prêmio “Resgate do Cinema Brasileiro”, do Ministério da Cultura.
A narrativa tem como protagonistas os índios Conyra, personagem masculino, e Cuillac, personagem feminino. Cuillac era filha do Rei da Terra e estava prometida em casamento ao filho do Rei do Céu. Conyra era um índio solitário e apaixonado por Cuillac, tendo sido amaldiçoado por causa desse amor. Sua maldição consistia em nunca ter forma humana diante da amada. Adquirindo a forma de um pássaro, Conyra visita Cuillac, revelando seu segredo a ela, que vai, aos poucos, afeiçoando-se àquela estranha ave.
Conyra procura, então, um feiticeiro, a fim de livrar-se de sua maldição. O feiticeiro dá ao índio um fruto mágico, recomendando que Cuillac o comesse. Porém, quando esta come o fruto, Conyra percebe que o feiticeiro o havia enganado, pois Cuillac cai desfalecida. No mesmo instante, um terrível dilúvio abate-se sobre a Terra, sobrevivendo apenas Cuillac com seu filho, gerado misteriosamente.
Depois de muito procurar, sobrevoando tanta água, Conyra encontra os dois, Cuillac e o filho, e todos juntos voam para a eternidade até se transformarem na mais brilhante das estrelas. No mundo novo que desponta ao final da história, uma nova e diferente família é formada.
Vejamos com mais vagar os pormenores que formam essa linda e poética narrativa sobre o amor. No início, quando Cuillac está prometida ao filho do Reino do Céu, ela espera embaixo de uma frondosa árvore sagrada, fazendo uma atividade tipicamente feminina, que é tecer, atividade que atravessa culturas. Algumas histórias mitológicas trabalham com esses elementos. A imagem da árvore, como uma árvore especial e sagrada, aparece nos mitos Guarani, por exemplo, esculpida em madeira cheia de figuras zoomórficas, como sobreviventes de um grande dilúvio primordial. A escultura em questão tem diferentes versões, podendo algumas delas serem apreciadas no acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Também lembramos que o ato de tecer como atividade feminina é célebre na mitologia grega, com Penélope, que tece, anos a fio, esperando seu amado Ulisses.
Neste resumo, deixo para vocês um gostinho dessa linda história de um amor proibido, sugerindo a leitura e apreciação de suas ilustrações, que fazem parte da narrativa, sendo a especialidade do autor.
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
O orocongo do menino gentil
Priscila Cristina Freitas, com ilustrações de Caroline Sestrem Garcia
Frida Kahlo: para meninas e meninos
(Volume 1 - Coleção Antiprincesas)
Nadia Fink, com ilustrações de Pitu Saá
Conexão Julieta
Denise Becker, com ilustrações de Kelly Kreis Taglieber
Quissama – O império dos capoeiras
Maicon Tenfen, com ilustrações de Rubens Belli
Humor azul: o lado engraçado do autismo
Rodrigo Tramonte
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 7
POR ANA MARIA ALVES DE SOUZA Professora de Artes Visuais da EBM João Alfredo Rohr
/ SPOILER
O poder da mente:
como funciona o armazenamento do cérebro?
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Se você já assistiu “Divertida Mente” deve lembrar das inúmeras cenas em que os sentimentos são os responsáveis por conduzir determinadas situações, levando em consideração aquilo que é vivenciado pela protagonista. Ainda que a animação seja uma representação da forma como lidamos com o que sentimos, algo é verídico: existem diversos setores e áreas em funcionamento quando falamos de memorização.
Isso porque o cérebro funciona de acordo com o desafio que está sendo apresentado. Enquanto algumas situações demandam o controle da área visual, outras podem ser a junção de várias regiões, exigindo foco e concentração.
/ DIÁRIO ESCOLAR
8 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
1. Mobilização secreta
Devido aos seus cargos, os líderes possuíam maior mobilidade pela cidade, facilitando a organização. A distribuição de panfletos escritos em árabe também foi parte da estratégia para divulgar as ações sem que os colonizadores descobrissem. Para debater os planos, eram realizadas reuniões secretas.
2. Ataque a cidade
O primeiro ataque estava planejado para 25 de janeiro de 1835, data em que os muçulmanos celebram a festa Lailat al-Qadr, a Noite da Glória, referente ao dia em que o Corão foi revelado a Maomé. O objetivo era atacar a cidade. No entanto, durante a madrugada, o plano foi delatado para a polícia pela ex-escrava Guilhermina de Souza e seu marido, Liberte Fortunato. Posteriormente, os agentes invadiram a reunião dos líderes, ocorrida no porão da casa de um dos escravizados, dando início a uma batalha onde hoje está localizada a Praça Castro Alves.
3. Repressão e punição
Com 70 mortes na batalha e outros escravizados tentando fugir pelo mar, a revolta resultou na derrota dos rebeldes. Além disso, as autoridades brasileiras capturaram os líderes e participantes para julgá-los e puni-los. Com o objetivo de desencorajar futuras mobilizações, a repreensão incluiu açoitamentos, deportação e até a condenação à morte.
Uma das principais consequências do movimento foi o aumento do controle pelas autoridades, com a adoção de medidas mais rígidas de vigilância e restrições a práticas africanas. Apesar dos malês não terem atingido seus objetivos, a revolta se destaca como um ato de resistência.
Seu legado perdura como um episódio que ressalta a diversidade cultural e a luta por liberdade, contribuindo para a compreensão da complexidade das experiências dos africanos escravizados na história brasileira”, declara Felipe.
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 11
REPELENTE CASEIRO SERÁ QUE
FUNCIONA CONTRA A DENGUE?
Estudantes colocam a mão na massa e vivenciam a experiência de ser detetive na escola; conheça as soluções que foram pensadas pelas turmas
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estudantes colocam a mão na massa para promover o cuidado com a dengue dentro e fora da escola
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Com listras brancas espalhadas pelo corpo, a presença é silenciosa, mas os estragos podem ser sentidos de formas diferentes em cada indivíduo. Pequeno no tamanho, mas gigante nas consequências, a prevenção contra o Aedes aegypti é obrigação de todos. Em Florianópolis, as crianças e estudantes da rede municipal estão aprendendo na prática formas de fomentar o cuidado, criando repelentes caseiros e análises informativas.
O primeiro passo, antes da produção, foi acompanhar as trocas de conhecimento e experiências. Com a orientação da Divisão de Projetos Especiais da Secretaria Municipal de Educação, os assessores pedagógicos Charles Schnorr e Rafael Gonçalves e o estagiário Roger Voss — responsáveis por coordenar o programa Vigilante Mirim — visitaram 13 unidades de educação para compartilhar vídeos e folders com mais de 800 pessoas. Com isso, o caminho até a prevenção começou em sala de aula.
“É um material impresso que ficou com as crianças e tem um adesivo, de outra época da campanha. Alguns colocaram na roupa, outros na bicicleta, na mochila [...] o folder eles levaram para casa, inclusive as crianças. O adesivo é um jeito de deixar viva essa informação”, relata Rafael, salientando que a iniciativa já existiu em outros anos.
Além do que é produzido na escola, o fato é que o conhecimento está sendo transmitido para quem está de fora. “O retorno que vemos das famílias é muito pertinente, e é engraçado porque as famílias falam: ‘(o filho) É tão pequenininho e já se atentou para isso’. E os maiores já têm o poder de convencimento, na faixa etária de nove a 12 anos, que é uma idade que provoca, vai nos pais e questiona”, explica Charles, reforçando o papel de conscientizar e mobilizar.
A informação foi compartilhada entre as turmas, outra forma de prevenir a dengue
POR ANA CAROLINE ARJONAS
12 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
/ AEDES AEGYPTI
PRODUZINDO REPELENTE CASEIRO
Após a conversa na unidade, as profissionais Cristiane Verônica Soares e Renata Brusco Costa, do Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) do Futuro Doralice Maria Dias, tiveram uma ideia: produzir o próprio repelente, após identificarem a dificuldade da turma em adquirir o produto.
Com itens simples, o passo a passo foi acompanhado pelos pequenos, que ficaram ansiosos pelo resultado. “Peguei o álcool 70 e eles colocaram um cravo. Cada dia abrimos para fazer a comparação, depois o óleo corporal. Comprei os vidros para envasar e cada um levou o seu vidrinho para casa”, conta a educadora, mencionando que o processo é simples — basta misturar os itens e aguardar alguns dias para ter o resultado.
Para Analu Falconi de Araújo, 5, do grupo 5/6 matutino, esse foi o momento de compreender como acontece a proliferação. “O mosquito da dengue deixa ovinhos, nascem larvinhas, e eles botam ovos na água. Cresce uma pupa e depois cresce o mosquito da dengue”, diz a criança.
INFORMAÇÃO COMO CAMINHO PARA PREVENÇÃO
Para quem estava acompanhando as turmas, a mudança no comportamento foi instantânea. “Eles se organizaram, verificaram a água parada aqui no espaço e, consequentemente, ficaram com o olhar mais atento em suas vidas, nas práticas familiares dos cuidados com a dengue”, fala a diretora Stephanie Kreibich Pinheiro, da Escola Básica Municipal (EBM) João Francisco Garcez, local em que as turmas compartilharam com os pequenos do Neim Canto da Lagoa os ensinamentos aprendidos em cada atividade.
Para a professora do quarto ano Aletéa Severo de Coronel Machado, essa é uma oportunidade para cumprir a missão da educação. “Esse é nosso papel enquanto escola: informar, conscientizar e mobilizar. Desenvolvemos leitura, interpretação e produção textual”, explica a profissional, que levou o tema para sala, produzindo materiais de apoio e aprimorando a relação com a leitura e escrita.
No caso de Francynni Jaques Vargas Pinto, 9, do quarto ano, a vivência foi uma oportunidade para compreender aquilo que estava acontecendo em casa, já que a mãe e a irmã foram diagnosticadas com dengue. “Depois da nossa aula, ensinei meus amigos e parentes. Se todos tomarmos cuidado, o mosquito será combatido. O problema do outro também é meu problema e todos devem estar juntos nessa”, conta a estudante.
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Crianças aprenderam a produzir repelente caseiro com álcool, óleo corporal e cravo
Tecnologia assistiva proporciona inclusão a estudantes da rede municipal
Cerca de três mil crianças/estudantes com deficiência, autismo e altas habilidades/superdotação devem ser beneficiadas pelo uso de tecnologia assistiva na rede municipal de ensino de Florianópolis. Dentre os recursos estão talheres e mouses adaptados, planos inclinados, ponteiras de cabeça e plastificadoras, que poderão ser usados em salas de aula e nas 73 salas multimeios.
Em uma formação, professores de Libras e do Atendimento Educacional Especializado (AEE) receberam um treinamento para o uso dos dispositivos. O encontro também contemplou toda a organização do serviço, fundamentos e bases legais que norteiam a política de educação especial na perspectiva da educação inclusiva.
Ao todo, são 25 profissionais especializados na Língua Brasileira de Sinais e 128 com formação em Educação Especial que realizam o AEE.
/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS
14 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
Escola de samba mirim do Programa Bairro Educador encanta o público no desfile das campeãs
em Florianópolis
A Unidos pelo Bairro Educador (UBE), primeira escola de samba mirim de Florianópolis, encantou o público presente na Passarela do Samba Nego Quirido durante o Desfile das Campeãs em fevereiro. Cerca de 500 crianças, representando diversas comunidades locais, mostraram seu talento e alegria ao desfilar sob o enredo “Tudo é mais colorido no meu bairro, meu reino de fantasia!”.
Criada em novembro de 2023, a UBE, parte do Programa Bairro Educador, teve a estreia memorável, demonstrando não apenas habilidades artísticas, mas também o compromisso com a integração comunitária e valorização cultural.
Atividade em aula de Geografia une o componente à tecnologia
Na turma do quinto ano da Escola Básica Municipal Jurerê, com a professora de Geografia, Aline Chaves Pereira, os estudantes envolvidos em um trabalho com intuito de reconhecer o sentido de pertencimento dos espaços de vivência: a escola, o bairro e a rua onde se mora.
Por meio do Google Maps, os estudantes exploraram mais a fundo os locais de convívio, relacionando ao seu cotidiano conhecimentos teóricos sobre os espaços em que atuam.
Tópicos ligados à geografia local foram trabalhados, como os tipos de bairros e a forma em que se conceituam, paisagens naturais e suas modificações, além dos impactos da ação humana no ambiente.
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Fotos: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação
ENTRE
ÁRVORES E ANIMAIS
SAIBA COMO É APRENDER EM UM BOSQUE ENCANTADO
Turmas desvendam a natureza e descobrem mais sobre a vida dos animais e das plantas; confira as atividades que estão sendo realizadas
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Estar imerso entre as plantas, as folhas e os animais, escutando e identificando o som de cada bicho, entendendo como a vida na natureza é capaz de abrigar tantas curiosidades e singularidades. O cenário descrito até parece uma tarde no parque com a família, mas a verdade é que os estudantes da Escola Básica Municipal (EBM) José Amaro Cordeiro têm a oportunidade de desfrutar de um espaço como esse a poucos metros da sala de aula.
Chamado de “Bosque da capivara encantada”, o local está sendo utilizado por professores e jovens que compreendem a educação como algo que vai além daquilo estipulado em sala — aqui, a imaginação e a percepção do corpo e dos movimentos ganham vida. E as novidades já foram apresentadas desde a inauguração do lugar. “Fizemos observações de aves, uma caminhada para poder escutar os sons vendados, tivemos a montagem da composteira. Todas as turmas tiveram uma atividade para entenderem que aquele espaço pertence a eles”, conta a articuladora do projeto Jornada de Tempo Integral, Roberta Pereira Affonso Devesa.
E o bosque já está sendo um ambiente de muita observação, pelo menos para as turmas da professora de Ciências, Emília de Pontibriand Vieira. Enquanto os sextos anos estão sendo desafiados no projeto com mudas nativas da Mata Atlântica, os sétimos anos são os responsáveis pela identificação da biodiversidade. No caso dos oitavos, o foco é compreender o poder
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escola de Florianópolis une educação e natureza no mesmo espaço.
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das plantas medicinais, e o nono decidiu investir na composteira da unidade. “Estamos fazendo esse processo de reciclagem de todos os resíduos orgânicos da escola, do lanche e da cozinha. Toda semana vamos com a turma e eles trabalham o processo, desde a montagem da composteira até a coleta das folhas e a lavagem dos baldes”, explica a professora, sobre o passo a passo com os adolescentes.
Mas se engana quem pensa que a iniciativa é apenas para observar o que está ao redor. Por mais que o entendimento sobre o espaço seja uma das atividades, em uma prática pedagógica diferente, existem outras tarefas que devem ser feitas. “Estamos estudando as características dos seres vivos, então eles já vão para o bosque com roteiro ou com um guia de atividades de observação. Vamos observar e descrever seres vivos que vimos. Sempre existe esse combinado prévio de ir ao bosque com uma atividade em mente”, complementa a professora.
Para aqueles que experimentam uma nova forma de aprendizado, os momentos fora da sala de aula são cruciais. “Eu acho que a aula prática, quando estamos fora, praticamos uma coisa que a gente vai aprender também”, comenta Vitor Adamski da Silva, nono ano. No caso de Sarah Depetriz Assad, quinto ano, que ainda não teve muitas experiências no local, a expectativa já faz parte do processo. “Estaríamos em um lugar que não é só a sala de aula e sempre a mesma coisa. Lá é um lugar que tem mais verde, tem barulhos naturais”, finaliza a estudante.
/ MEIO AMBIENTE 16 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
As atividades no bosque também influenciam no dia a dia em sala de aula, uma conexão da natureza com o aprendizado
CAPIVARA ENCANTADA?
Será que o bosque tem ligação com as capivaras? A verdade é que a iniciativa de nomeação partiu dos estudantes — e Elis Ribeiro Soares Tessari, quinto ano, sabe a explicação: “Achei que era um nome engraçado, legal e também foi minha amiga que propôs. As capivaras estão viralizando”, diz a amiga de Sarah, uma das responsáveis pela ideia.
O ambiente começou a ser idealizado em 2022 por Gilmar Elpídio Cordeiro, Emília de Pontibriand Vieira, Roberta Pereira Affonso Devesa e Néli de Fátima Wosnes Conginski — de lá para cá foi viabilizado o acesso e as possibilidades de ensino. “Os estudantes conseguem caminhar, temos algumas árvores que sinalizamos que eles podem subir, e próximo dessa trilha tem a compostagem dentro da caixa d’água. Fica bem na entrada do bosque, está muito próximo”, pontua a profissional que está à frente do projeto.
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 17 Fotos: EBM José Amaro Cordeiro/Divulgação
/ CAPA 18 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
Entre o tiro e a linha de chegada, existem diversos obstáculos que constroem a jornada daqueles que participam de uma competição. Além da preparação física, é preciso enfrentar um rival conhecido: as próprias limitações. Por mais que a experiência de ver o outro competidor alcançando novas metas seja desafiadora, o principal oponente é acreditar que podemos chegar ao fim, respeitando as individualidades e limitações — duas características que são treinadas por meio do esporte.
E os estudantes de Florianópolis poderão aprender na prática como é a rotina para enfrentar medos e dificuldades. Com o projeto Floriparadesporto, que faz parte do Rede em Movimento e foi lançado neste mês, os estudantes diagnosticados com algum tipo de deficiência encontram uma nova forma de colocar o corpo em movimento, utilizando o horário do contraturno para conhecer novas modalidades e até mesmo possibilidades, para aqueles que almejam um futuro como atleta.
A ideia é fazer do ambiente escolar um local inclusivo, espaço onde cada um possa treinar novas habilidades e vencer os obstáculos. Com turmas montadas de acordo com a demanda em cada escola, os encontros e horários devem ser pensados conforme as necessidades dos grupos. “Neste pri -
meiro momento, a bocha e atletismo são as modalidades que os professores desenvolvem com os estudantes com deficiência”, explica a assessora pedagógica responsável pelo projeto, Lisandra Invernizzi.
Quem está em contato com a família começa a identificar as possibilidades e como o esporte pode ser uma alternativa para o desenvolvimento. Isso porque um dos pilares da iniciativa é que os profissionais direcionados para o projeto possam desenvolver as abordagens e práticas em parceria com aqueles que já estão na escola, num trabalho multidisciplinar entre os professores de Educação Física e quem atende na sala multimeios. “Estamos os conhecendo, começando a nos contactar com eles, com os pais, para ter esse processo de aproximação com o esporte”, conta Ronaldo Figueiredo, professor de Educação Física, que está acompanhando a dedicação de Ruan Guilherme Oliveira da Silva, 12, sétimo ano, ambos da Escola Básica Municipal (EBM) Osvaldo Machado.
Além de possibilitar os novos caminhos, a ação também conta com o incentivo de quem acredita na inclusão por meio do esporte. “Vamos trabalhar dentro das potencialidades daquele estudante, e não vendo as limitações [...] tendo uma visão contrária
/ CAPA
20 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
Ariel Almeida do Nascimento optou pela bocha, treinando as técnicas e a lógica em cada competição
daquilo que a sociedade nos impõe até o momento”, opina Josiane dos Santos de Castilhos, professora de Educação Física, que auxilia de perto o estudante Rafael Rodriguez Carvalho, 10, sexto ano, compartilhando as experiências na EBM Darcy Ribeiro.
No caso de quem já participa no desenvolvimento de estudantes com deficiência, essa é a possibilidade de ampliar o repertório. “Acredito que o projeto vem para melhorar a inclusão na escola, nas práticas corporais que eles não tinham. O programa veio para potencializar o que eles têm”, comenta a educadora da sala multimeios Rosane Souza Farencena, que está acompanhando o interesse e a participação de Eduarda Carpini Badim, 14, nono ano, e que agora pretende expandir os espaços da EBM Maria Conceição Nunes direcionando os esforços para o atletismo — incluindo até a modalidade com arremesso de peso.
Para quem pretende testar as competências na bocha, o confronto é com a técnica e a habilidade de soltar a bolinha no local adequado, sempre pensando na próxima jogada. E a lógica faz parte dos encontros entre o professor Acelon Eduardo da Silva Neto, de Educação Física, e o estudante Ariel Almeida do Nascimento, 12, sétimo ano, ambos da EBM Vítor Miguel de Souza. “Ele tem poucos movimentos com o braço e com a cabeça, mas
conseguiu estar em um esporte ganhando medalha, e futuramente ele pode ser protagonista da vida dele, com uma bolsa atleta”, comenta o educador.
O desejo pelo destaque também é uma meta compartilhada entre aqueles que não estão inseridos nos esportes — seja a liderança dentro ou fora da quadra. “É o protagonismo nas práticas corporais, no esporte, mostrar que é um lugar possível e que eles têm direito, não só ao acesso, mas também à continuidade”, pontua Lisandra.
Do ponto de vista de quem acompanha o projeto e a forma como cada unidade está pensando a abordagem com os jovens e famílias, o primordial é transformar o ambiente escolar em um espaço de diálogo e trocas, pautado nas diferenças. “Não é dizer que esse projeto é para estudante com deficiência e esse é para aqueles sem. Todos têm que estar e ocupar todos os espaços”, reforça Lisandra Invernizzi.
Na busca por novos direcionamentos, há algo de importante sendo assegurado: as alternativas e acessos. “Que tenham o direito à prática esportiva, às práticas corporais, para que possam ser cidadãos ativos, como qualquer outro que faz uma prática esportiva por lazer, seja para saúde ou para sociabilidade”, destaca a assessora pedagógica.
É o protagonismo nas práticas corporais, no esporte, mostrar que é um lugar possível e que eles têm direito, não só ao acesso, mas também à continuidade.”
Lisandra Invernizzi
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 21
Foto:s José Somensi
Eduarda Carpini Badim e Ruan Guilherme Oliveira da Silva estão testando as habilidades no atletismo
/ CAPA 22 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
Ruan, Ariel, Rafael e Eduarda são alguns dos estudantes que fazem parte do programa
Envolvimento com as famílias
Se o projeto tem como objetivo promover um ambiente integrado e acessível para todos, os frutos começam a ser colhidos fora da sala de aula. Isso porque as famílias também fazem parte da integração entre a educação e o esporte, aumentando o senso de pertencimento. “Quando recebemos o diagnóstico, falamos assim: ‘ele faz isso’. Às vezes parece que a gente fica louca, então quando temos outras mães com essa visão e temos essa interação, é muito importante”, salienta Bruna Rodriguez, mãe de Rafael Rodriguez Carvalho, que sabe a relevância do acolhimento escolar.
E o processo só é possível porque aqueles que fazem parte compreendem a dimensão do cuidado e como cada passo é significativo. “É importante para uma questão de autoestima, não só dos estudantes, mas dos familiares. É quando as famílias percebem que o filho com deficiência pode ser medalhista tanto quanto aquele que não tem deficiência; ver os pais com brilho no olhar porque o filho vai participar de um projeto junto com os outros”, finaliza Josiane.
É importante para uma questão de autoestima, não só dos estudantes, mas dos familiares.”
Josiane dos Santos de Castilhos
Esporte paralímpico x paradesporto
Embora as palavras sejam parecidas, é fundamental ter em mente que o significado é diferente. Enquanto o primeiro é utilizado para agrupar os esportes adaptados que são praticados durante os Jogos Paralímpicos, com regulamentação do Comitê
Paralímpico Internacional (IPC), o segundo termo engloba ações mais amplas, incluindo outros esportes adaptados, competições e programas de desenvolvimento.
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 23
Foto:s José Somensi
TRANSFORMAÇÕES NAS TELONAS
CONFIRA COMO PROTAGONISTAS DE FILMES SE ADAPTARAM AOS TEMPOS
MODERNOS E SE TORNARAM MAIS INCLUSIVAS E REPRESENTATIVAS
POR GUSTAVO BRUNING
A oportunidade de ver e rever nossos filmes favoritos na palma da mão e os longas com vários heróis reunidos em tramas interligadas não são as únicas novidades que o cinema nos trouxe nos últimos tempos. O passar dos anos garantiu muitos benefícios, entre eles a chance de olharmos para trás e reavaliarmos como as histórias são contadas.
A possibilidade de reconhecer padrões e comportamentos que hoje não fazem mais sentido, mas até então passavam batidos, é um grande privilégio. Além disso, uma rápida espiada em protagonistas de filmes lançados há um tempo considerável já nos permite refletir como as histórias se tornaram mais inclusivas. E não é só isso: é fato que hoje podemos nos deparar com personagens que representam muito melhor as realidades, vivências e complexidades do seu vasto público.
/ CULTURA POP
24 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
UMA FAMÍLIA NÃO CONVENCIONAL
A chegada de um alienígena na família, em “Lilo & Stitch”, de 2002, não foi o único elemento revigorante do filme. O clássico da Disney mostrou, há mais de duas décadas, como um ambiente familiar repleto de amor não precisa seguir o formato que costumávamos ver nas histórias infantis.
Nesse caso, Lilo é criada pela irmã, Nani, que se tornou guardiã legal da garota após a morte dos pais. A irmã mais velha faz o possível para se virar com as tarefas de casa e do trabalho, desempenhando um papel de responsabilidade. Ela aprende, em meio às adversidades, como o que realmente importa é cultivar a harmonia, o carinho e a aceitação dentro de um lar, até mesmo acolhendo uma criatura biruta de outro planeta.
AMOR VERDADEIRO
Se a guerreira Mulan, em 1998, já nos apresentou lições de bravura e amor pela família, a história de “Frozen: uma aventura congelante” vai ainda além. A animação protagonizada por Elsa e Anna chegou aos cinemas em 2013, mostrando como um ato de amor verdadeiro não precisa vir, necessariamente, de um príncipe ou paixão platônica. Aqui, essa demonstração vem do amor entre irmãs.
A busca pelo amor é tema de grande parte dos clássicos da Disney e, neste caso, acaba sendo mais simples e realista. Ao contrário de “Branca de Neve”, de 1938, esse sentimento não precisa ser necessariamente distante ou idealizado como objetivo primário da vida da personagem.
Mesmo após se afastarem na infância, Elsa e Anna encontram uma na outra a força para vencer um falso aliado e, em “Frozen 2”, salvar o reino de Arendelle e a Floresta Encantada.
/ CULTURA POP 26 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
REPRESENTATIVIDADE
Foi apenas em 2009, em “A princesa e o sapo”, que pudemos conhecer a primeira princesa negra da Disney. Tiana estreou no que é considerado o 49º clássico de animação do estúdio e se tornou uma nova referência para as garotas. Mesmo que seu filme não tenha tido um sucesso estrondoso, ela passou a ocupar um lugar especial, ao lado de Ariel, Mulan, Bela e tantas outras.
A chegada de Tiana demorou — foram cerca de 70 anos dominados quase totalmente por princesas brancas — mas veio com um legado. Ela traz não apenas o poder da representatividade, mas também uma personagem resiliente, ambiciosa e dedicada, que faz de tudo para realizar o sonho de abrir o próprio restaurante.
E a aventura vai continuar: a dona da voz da dançante música “Quase lá” vai estrelar, este ano, uma série só dela no Disney+.
Escaneie o QR Code para relembrar o brilho dessa princesa em um videoclipe de “A princesa e o sapo”.
FORÇA FEMININA
Logo que conhecemos Helena Pêra, no começo de “Os incríveis”, de 2005, já percebemos que se trata de uma heroína das grandes. A Mulher Elástica foi quem salvou a família superpoderosa no longa, mas foi na continuação, lançada em 2018, que ela realmente se tornou uma protagonista.
Quando percebemos que o mundo dos super-heróis, incluindo os universos da Marvel e da DC, nunca chegou a ser repleto de mulheres lado a lado, personagens como Helena surgem como boas referências. Ela escancara a versatilidade de uma supermãe, que segue com um vigor primoroso mesmo tendo abandonado a vida de justiceira para cuidar da família.
Helena ainda se sobressai ao escolher com precisão as batalhas que quer lutar e se adapta a essas circunstâncias, focada também em manter os filhos seguros e a família unida.
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 27
COMPUTADORES VIRTUAIS
vocêsabeoqueéisso?
POR LUCAS INÁCIO
Cada vez mais, a tecnologia é uma realidade no mundo e também no ensino. Durante muitos anos, ela foi vista como algo a ser evitado, e pais e profissionais da educação tentavam fugir dos celulares, computadores e tablets, com receio de que prejudicassem o andamento escolar. Passado o período de transição da explosão tecnológica dos anos 2000, houve uma mudança para uma visão de que aliar as ferramentas pode ser bem mais divertido e produtivo.
A comunhão entre ensino e tecnologia deu muito certo e continua rendendo frutos ano após ano com o uso inteligente dos aparelhos e aplicativos, resultando em estudantes mais participativos e criativos. Porém, um dos maiores desafios da educação pública passou a ser garantir a infraestrutura adequada para que todos os estudantes pudessem ter o mesmo acesso.
A questão não é ter o melhor celular nem o computador mais potente, mas ainda há muitas pessoas que não conseguem ter um aparelho bom o suficiente para realizar as atividades – inclusive, muitas pessoas nem têm um aparelho. Por isso, a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis (SME) traz uma novidade que vai diminuir essa distância e dar mais autonomia aos estudantes: o Educatec.
/ WI-FI
28 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
CONHEÇA OS ANIMAIS COMBIOLUMINESCÊNCIA Luzes na natureza:
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Assim como nos filmes de ficção, nos quais humanos e animais possuem poderes especiais, existem alguns organismos na vida real com habilidades que parecem ter vindo de outro planeta.
Afinal, já imaginou se houvesse seres que pudessem deixar o mar com uma cor neon? Ou até mesmo possuir uma lanterna mágica para iluminar a noite?
Seja voando pela natureza ou nadando nas profundezas dos oceanos, alguns animais se destacam em meio à escuridão. Iluminando o ambiente, esses organismos possuem uma característica que contribui para a sobrevivência e comunicação da espécie: a bioluminescência.
De criaturas marinhas a pequenos insetos, a capacidade de emitir uma luz fria e visível desempenha diferentes funções, de acordo com sua necessidade. A atração de presas e polinizadores, a camuflagem como mecanismo de defesa e a própria iluminação para navegar pelos locais são alguns exemplos de desempenho da bioluminescência.
/ NOSSO PLANETA 30 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
COMO SABER A HORA DO DIA COM BASE NO SOL?
Você sabia que é possível saber a hora do dia com base na movimentação do sol? Pois bem, para isso usamos um instrumento chamado de relógio de sol. É ele quem indica as horas conforme a projeção da luz solar, não dependendo de trabalhos mecânicos, como os aparelhos tradicionais.
Criado por volta de 1500 a.C, o relógio de sol servia para medir o tempo, sendo um mecanismo importante para as pessoas saberem quais eram os melhores momentos para plantio e colheita.
Hoje, apesar de não serem mais tão utilizados, ainda é possível encontrá-los em espaços públicos, como nos jardins das praças.
TIC-TAC DIFERENCIADO
Diferente dos ponteiros que estamos acostumados a ver, os mostradores do relógio de sol são divididos por linhas, que vão corresponder às horas. Eles possuem uma haste encaixada na vertical, funcionando como um ponteiro, chamado “gnômon”, o responsável por fazer a sombra conforme o sol se move.
O relógio solar não possui os minutos exatos, apenas as horas, que são indicadas pela sombra. Para ter um bom funcionamento é muito importante que a haste esteja alinhada com o eixo de rotação da Terra. Além disso, por se tratar de um relógio solar, só funciona em dias ensolarados.
/ COMO FUNCIONA?
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Como nascem as flores no
Deserto do Atacama?
/ VOCÊ SABIA?
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POR REDAÇÃO ITS TEENS
Em um ambiente desértico, caracterizado por solos áridos e condições climáticas extraordinariamente secas, a imagem de vegetações saudáveis e vibrantes parece quase impossível. Embora seja uma cena incomum em muitos lugares, no Deserto do Atacama, localizado no Chile, diversas flores embelezam a paisagem em determinadas épocas do ano.
Conhecido como “deserto florido”, o evento tem ligação com o fenômeno climático El Niño, que provoca o aquecimento das águas do Pacífico equatorial, aumentando o volume das chuvas no deserto durante o inverno no Hemisfério Sul. As condições favoráveis fazem com que as sementes “adormecidas” passem a ser estimuladas e inicia-se o processo de germinação, concluído na primavera seguinte. A floração, antes vista a cada cinco a dez anos, tem se tornado mais frequente nos últimos tempos, devido à influência do aquecimento global no El Niño. As flores são encontradas em partes específicas da área, que se estende por 965 quilômetros. A principal região fica no Norte do país, próximo à cidade de Copiapó.
Para se adaptar ao ambiente extremo do deserto, considerado o mais árido do mundo, as plantas precisaram desenvolver mecanismos de sobrevivência diante da escassez de água. Com raízes profundas, é possível a elas conseguir a hidratação de forma subterrânea enquanto esperam pelas chuvas.
Além das diversas espécies de flores, outras paisagens do deserto chamam a atenção de moradores locais e turistas. O Parque Nacional Llanos de Challe abriga uma variedade de animais adaptados às condições do local, como raposas, coelhos, lagartos e diversas espécies de aves. Já o Valle de la Luna e a Cordillera de la Sal contam com formações rochosas únicas.
Devido à clareza do céu, a região também contempla observatórios astronômicos.
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NEIM COLÔNIA Z-11
NEIM CAIEIRA DA BARRA DO SUL
Com muita descontração, diversão e momentos especiais, relembre o período de volta às aulas, marcado por sorrisos e vivências que vão ficar na memória das crianças e estudantes. Veja a galeria e observe como cada unidade celebrou o primeiro encontro de 2024.
EJA CONTINENTE II
NEIM CAIEIRA DA BARRA DO SUL
EJA CONTINENTE II
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/ GALERIAS
NEIM DRA. ZILDA ARNS NEUMANN
NEIM JOSÉ RODRIGUES WILLAMIL
NEIM IRMÃ SHEILA
NEIM COLÔNIA Z-11
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NEIM DRA. ZILDA ARNS NEUMANN
NEIM
NEIM
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NEIM IRMÃ SHEILLA
NEIM MONTEIRO LOBATO
NEIM MONTEIRO LOBATO
MORRO DO HORÁCIO
NEIM MARIA ELENA DA SILVA
NOSSA SRA. DE LURDES
/ GALERIAS
NEIM PAULO MICHELS
NEIM RETIRO DA LAGOA
NEIM OTÍLIA CRUZ
40 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / ABRIL 2024
NEIM NOSSA SRA. DE LURDES
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RESPOSTAS
Alice no país das maravilhas Thor
Gato de botas
Senhor dos anéis
Kung Fu Panda
/ DIVERSÃO
Guardiões da galáxia Star Wars Barbie Encanto Super Mario Bros
Revista its Teens Florianópolis nº 82 2024 | R$ 15,53
OS ANIMAIS
Computadores
o
WI-FI VOCÊ SABIA?
CONHEÇA
COM BIOLUMINESCÊNCIA Luzes na natureza:
virtuais: você sabe
que é isso? Como nascem as flores no deserto do Atacama?