Ufa! Chegamos ao final do primeiro semestre e quanta coisa movimentou a rede municipal de ensino de Florianópolis nesse período — e você pôde acompanhar boa parte deles aqui. Neste mês que abre alas para as férias escolares, queremos fazer parte desse seu descanso com ainda mais informação e conteúdos que possam somar na sua formação.
Logo na capa, você vai conhecer um projeto sensacional sobre sítios arqueológicos, que mostra aos estudantes a importância da preservação das inscrições rupestres e desperta a curiosidade sobre quantas histórias podem estar por trás de cada desenho. Bacana, né?
Ainda nesta edição, você vai saber mais sobre a dupla do vôlei de areia que representou a Capital em competição e se orgulhar com o Atendimento Educacional Especializado (AEE) da rede, que chegou até um evento internacional. Que orgulho, hein?
Aproveite e se aprofunde sobre a era da inteligência artificial (IA), entenda mais sobre curtas do cinema, aprenda a meditar e muito mais. Compartilhe com a sua turma a leitura!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO
DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA GILBERTO KLEINÜBING
DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br
RENATA BOMFIM
GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br
ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br
LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br
DAIARA CAMILO ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br
BRUNA FACCIN
DESIGNER GRÁFICO
CATIELLE PARIZOTTO GERENTE DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES catielle.parizotto@ndmais.com.br
ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br
CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br
FELIPE MUCHENSKI
GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br
JULIANA POMPEU BARELLA
GERENTE COMERCIAL OESTE juliana.barella@ndtv.com.br
LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br
SAMARA DA SILVA BRIGIDO SAZANA GERENTE COMERCIAL CRICIUMA samara.sazana@ndtv.com.br
NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br
CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.
TIRAGEM: 3.000 EXEMPLARES
NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026
Renata Bomfim Gerente de projetos especiais
#CHECKLIST DAS FÉRIAS
Após meses de muito estudo e dedicação, as férias de julho já estão chegando. O que você planeja fazer durante os dias de recesso? Marque as alternativas das atividades que não podem faltar nesse período!
�� Maratonar minha série favorita.
��Passear com o pet no parque.
��Marcar de ir ao cinema com os amigos.
��Testar o novo lançamento dos games.
��Não deixar de revisar os materiais escolares para voltar preparado.
��Ler o livro que estava guardado na estante.
��Conhecer um lugar novo na cidade.
��Andar de bicicleta com os amigos.
��Praticar alguma atividade física.
��Desenvolver um hobby novo.
��Cuidar de uma plantinha.
��Ensaiar uma coreografia com os amigos.
��Deixar o quarto sempre organizado.
��Criar o próprio jogo.
��Aprender a desenhar.
��Montar uma playlist para as férias.
��Marcar uma noite do pijama.
��Fazer anéis e pulseiras para presentear os amigos.
��Visitar o museu do Centro.
��Passar mais tempo com a família.
SPOILER
Vida em destaque: descubra histórias que impulsionam através de biografias
DIÁRIO ESCOLAR
Você sabe meditar?
Entenda como a prática pode contribuir para o seu bem-estar
CONHECIMENTOS
GERAIS
Do comércio às trincheiras: a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial
ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
Testando capacidades
NOTÍCIAS DAS ESCOLAS
ATLETAS
Líderes do vôlei
CAPA
Desvendando o passado
CULTURA
POP
Curtos, mas prestigiados WI-FI
Agora é pra valer: Google vai divulgar respostas de inteligência artificial
NOSSO
PLANETA
O que é uma tromba d’água e como surge?
COMO FUNCIONA?
Como um avião consegue ficar no ar?
VOCÊ SABIA?
Museu Subaquático de Cancún
GALERIAS
SAIDEIRA
Meu gato
DIVERSÃO STOP
VIDA EM DESTAQUE:
Descubra histórias que impulsionam através de biografias
POR CECILIANO SOARES CLARO
Professor de História da EBM Dilma Lúcia dos Santos
Você curte ler biografias? O estudo das trajetórias de vida é uma ferramenta essencial para entender a história. Um exemplo disso é o livro “Vida em destaque: descubra histórias que impulsionam através de biografias”, organizado pelo educador e historiador Fábio Garcia, que ilumina a vida e obra de Ildefonso Juvenal, permitindo-nos conhecer a cultura e a política de Florianópolis na primeira metade do século 20.
Ildefonso Juvenal transitou por diversos gêneros, como crônica, poesia, teatro e prosa, com habilidade, expressando-se como intelectual e cidadão negro. A obra, em dois volumes, oferece um rico repertório para educadores usarem em aulas de História e Literatura, sendo uma fonte valiosa para entender a história social e intelectual da negritude em Santa Catarina e no Brasil.
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
ILDEFONSO JUVENAL DA SILVA: UM MEMORIALISTA
NEGRO NO SUL DO BRASIL - VOLUMES 1 E 2
Fábio Garcia
ANTONIETA DE BARROS: PROFESSORA, ESCRITORA, JORNALISTA, PRIMEIRA DEPUTADA CATARINENSE E NEGRA DO BRASIL
Jeruse Romão
ANTONIETA DE BARROS: DISCURSOS, ENTREVISTAS E OUTROS TEXTOS
Jeruse Romão
O OROCONGO DO MENINO GENTIL
Priscila Cristina Freitas, com ilustrações de Caroline Sestrem
Você sabe MEDITAR?
entenda como a prática pode contribuir para o seu bem-estar
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Priorizar a saúde mental e física em tempos de prova ou de entrega de diversos trabalhos é um desafio. Seja pelas obrigações dentro e fora da sala de aula, conseguir uma boa nota é um processo que demanda equilíbrio entre a dedicação e os momentos de descanso. Mas você já parou para pensar nos impactos que a vida agitada é capaz de causar?
De acordo com dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel), mais de 26% da população entrevistada recebeu diagnóstico de ansiedade, enquanto mais de 12% foi identificada com depressão. Por isso a importância de compreender os sinais do corpo e saber a hora certa de aprender e cultivar novos hábitos — seja por meio da meditação ou outras práticas que promovem o conforto e equilíbrio.
COMO SURGIU A MEDITAÇÃO?
Não é de agora a busca por comodidade e conforto. Desde os primórdios da civilização, a procura por melhorias e bem-estar esteve presente. “A meditação é uma prática muito antiga, com origem nas tradições orientais, estando especialmente relacionada às filosofias da ioga e do budismo. Ao que parece, vêm da China e da Índia os mais antigos relatos sobre meditação, datando cerca de 1.500 a.C. Na filosofia Vedanta do hinduísmo é em torno de 500-600 a.C. Com os taoístas na China em torno de 500 a.C”, explica a ex-atleta, educadora física e palestrante Claudia de Souza Santos.
É importante compreender que a expansão da técnica estava ligada ao desenvolvimento da sociedade. Com as viagens e rotas comerciais, os encontros também eram oportunidades para descobrir novas técnicas — e o estilo de cada povo foi influenciando o modo dos demais. Os estudos sobre o tema começaram a surgir depois de 1970, evidenciando os ganhos do relaxamento e como a atenção ao próprio corpo era capaz de reduzir o estresse e até mesmo a dor crônica.
POR QUE MEDITAR?
Basta ler o termo para imaginar uma pessoa sentada e de olhos fechados, não é mesmo? Mas se engana quem pensa que a meditação é resumida a uma posição. A verdade é que o exercício é indicado para aqueles que desejam descansar a mente, priorizando o cuidado com o físico. Paz, serenidade, harmonia e conforto emocional são outras vantagens.
Com diversas técnicas e modalidades, que incluem o controle da respiração durante as atividades do dia a dia ou os minutos reservados para determinadas posições, o fato é que o tempo de qualidade é primordial para quem deseja impulsionar o bem-estar, gerando redução da tensão e melhora na concentração.
A técnica também é uma forma de se reconectar consigo mesmo, separando alguns minutos para identificar os sinais do organismo e da mente — um estudo de Harvard alega que o ato de ficar em silêncio, em determinadas posições, pode mudar o funcionamento do cérebro, aumentando a região que corresponde à massa cinzenta.
Para quem ainda não é praticante, existem algumas técnicas que facilitam o processo de adaptação. “Comece parando por três minutos. Sente, feche os olhos e respire (inspirar e expirar). Observe a respiração e perceba que o corpo vai relaxando e a mente se acalmando. Se não conseguir fechar os olhos, fique em algum lugar que possa observar a natureza ou caminhe com calma, respirando. A ideia é focar no presente e ir respirando com mais atenção”, salienta a educadora física.
MEDITAÇÃO: 4 PASSOS PARA COMEÇAR
Se você não sabe como colocar em prática, fique tranquilo! Separamos quatro dicas que podem ser aplicadas em casa. Confira:
É IMPORTANTE ESCOLHER O LOCAL CORRETO
Dê preferência para ambientes mais calmos, sem barulho. É importante que você consiga prestar atenção às respostas do organismo, identificando as mudanças, os benefícios e a conexão consigo mesmo.
EM QUAL POSIÇÃO?
É fato que existem diversas alternativas quando o assunto é postura. Entretanto, para quem é novo na prática, há uma forma mais indicada. “Sentado na cadeira é confortável e promove uma estabilidade (coluna alinhada e pés no chão). Isso faz com que a energia do corpo circule, permitindo a calma e um ótimo fluxo de respiração e relaxamento, favorecendo a mente”, pontua Claudia.
QUAL É O MELHOR HORÁRIO?
A escolha vai depender da rotina e das preferências de cada um. Porém, no caso do estudante, o mais indicado seria no início e no fim do dia. “Seria ótimo fazer meditação ao acordar e antes de dormir para limpar a mente. Outra opção é uma parada durante o dia, cinco minutos para acalmar a mente. Sentar na cadeira e ficar respirando, pensando na respiração”, indica a profissional.
ATENÇÃO À RESPIRAÇÃO
Cuidar da respiração e controlar a inspiração e a expiração é um passo primordial para a meditação, afinal, é por meio do exercício que você poderá controlar a atenção e até mesmo a concentração. Aprender a respirar de acordo com as necessidades de cada momento é uma prática que pode ser levada para vida, seja antes de uma prova ou em circunstâncias que intensificam a ansiedade. Uma prática válida é a respiração em quatro tempos: inspiração, pausa cheio, expiração e pausa vazio — o tempo precisa ser o mesmo em cada etapa.
Do comércio às trincheiras: A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Durante os anos de 1939 a 1945, um dos episódios mais sombrios da história da humanidade assolou o mundo. Com regimes totalitários ganhando poder na Europa, uma série de tensões acumuladas desde a Primeira Guerra Mundial desencadeou um conflito de seis anos que envolveu países de diferentes continentes. Com as principais potências mundiais da época no centro da Segunda Guerra Mundial, a disputa do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) contra os Aliados (Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética) mudou as relações geopolíticas com outras nações. Devido ao interesse desses países em produtos brasileiros, o Brasil passou a se envolver no combate a partir de 1942.
Quais motivos levaram à participação brasileira?
Fornecendo recursos usados no combate, como minérios, borracha, algodão e fibras, o Brasil possuía relações comerciais com ambos os lados. No entanto, conforme a guerra se desenvolvia, Getúlio Vargas, o presidente da época, buscava reforçar os laços diplomáticos e econômicos com os Estados Unidos.
Após ataques alemães aos navios mercantes brasileiros, a Marinha dos Estados Unidos aceitou garantir a segurança das navegações em troca de uma posição estratégica no Nordeste — sendo o ponto mais perto da África, a região se tornou palco de bases aéreas e portos para os Aliados. O rompimento das relações com os integrantes do Eixo provocou novas investidas alemãs na costa nacional e, em agosto de 1942, o país declarou guerra contra a Alemanha.
“É mais correto dizer que a guerra é que chegou ao Brasil e o envolveu. Antes mesmo do conflito se iniciar na Europa, em setembro de 1939, as potências que estariam em guerra buscavam o país para fornecimento exclusivo ou preferencial de materiais estratégicos ou necessários para a condução da guerra”, explica o professor de História Francisco Ferraz.
A rígida postura de Vargas em relação ao crescimento do apoio ao nazismo no país já mostrava seu posicionamento em relação à guerra. “Havia, no governo e entre os militares brasileiros, o entendimento de que nos Estados do Sul o risco de um conflito com colonos germânicos e italianos fiéis aos seus países de origem poderia trazer a guerra ao Brasil. Assim, antes mesmo da guerra começar, houve um processo de ‘abrasileiramento’ agressivo, com repressão não apenas às organizações nazistas, mas à cultura e língua germânicas”, complementa o professor.
Como foi a participação?
No ano seguinte, em 1943, o governo criou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), convocando mais de 25 mil soldados, também chamados de pracinhas, para lutar na Itália. “Os rapazes que embarcaram para a guerra apresentavam condições físicas e de instrução bem melhores que a média brasileira da época. Portanto é preciso descartar mais uma lenda sobre o Brasil na guerra: não foram os esfomeados e desdentados que combateram, mas, sim, um grupo selecionado, de todas as origens regionais e raciais, numa proporção próxima àquela da população brasileira”, ressalta Francisco.
Com falta de treinamentos e equipamentos, foi realizado um acordo com os norte-americanos a fim de melhorar as condições dos militares. Foram necessárias outras transformações para enfrentar os desafios. “Selecionar, treinar, armar e municiar uma tropa de civis para a Segunda Guerra Mundial exigiu mais do que a colaboração material que os Estados Unidos proporcionaram à FEB: foi uma mudança de mentalidade dos comandantes militares do país, formados e treinados em um tipo de guerra (defensiva, de trincheiras), para adaptar-se a outro tipo (ofensiva, de movimento e grande uso dos recursos materiais disponíveis)”, explica o professor.
Apesar de muitas vezes a participação do Brasil passar despercebida, a presença dos brasileiros colaborou para a conquista de Monte Castello, na Itália, região utilizada como defesa pelos alemães. A Força Aérea Brasileira e a Marinha do Brasil também contribuíram em missões de patrulhamento e escoltas no Atlântico Sul.
Mudanças nas políticas externas e internas do Brasil
Com o fim do conflito e a mudança do governo norte-americano, os planos de Vargas foram frustrados — com maiores laços políticos, era esperada uma melhor posição nas negociações internacionais pós-guerra, o que não aconteceu.
Internamente, a oposição ao governo Vargas usou o combate do exército brasileiro contra regimes ditatoriais como uma imposição da democracia no país, levando ao fim do Estado Novo. Com uma nova gestão, houve a aproximação entre as forças armadas dos Estados Unidos e do Brasil. “Isso repercutiu politicamente, com cursos em escolas militares americanas e um acordo militar de armas, equipamento e treinamento que durou até a década de 1970”, conclui Francisco.
profissional do Atendimento Educacional Especializado (AEE) participa de evento internacional sobre altas habilidades.
Tempo de leitura: 6 minutos
A professora acompanha o desenvolvimento das crianças durante as oficinas
Testar novas aptidões e reconhecer capacidades é um processo duradouro e que segue na vida adulta, dentro e fora da sala de aula. Com familiaridade em alguns temas e facilidade em determinadas áreas, aceitar os desafios e colocar em prática o conhecimento é uma forma de identificar as atividades em que temos maestria.
Entretanto, essa conclusão só é possível quando há incentivo, ou seja, quando procuramos por novidades ou quando somos impulsionados a buscar aquilo que não faz parte do cotidiano — e a busca por experiências é o que move o trabalho da professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE), Sheila Torna Rodrigues. Com passagem pela Escola Básica Municipal (EBM) Intendente Aricomedes da Silva, agora as interações ocorrem acompanhadas das crianças com altas habilidades no Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) do Futuro - Doralice Maria Dias, em parceria com a professora Roselise Romanini.
Com experiência na área, o trabalho tem sido identificar e direcionar as crianças e familiares, pensando na interação entre a rotina escolar e aquilo que acontece em casa. “O atendimento educacional especializado é ofertado para transtorno do espectro do autismo, deficiências e altas habilidades/superdotação. Não podemos desconsiderar a última porque, assim, estaríamos deixando de estimular potenciais que podem deslanchar na ciência, na arte, no esporte”, comenta a profissional, reforçando que os ganhos serão sentidos em sociedade, já que o comportamento persistente e a criatividade são traços das altas habilidades.
A persistência, o pensamento divergente e o interesse contínuo também são características avaliadas durante o atendimento, fatores que devem ser estimulados nas propostas educacionais. “É o processo de aprendizagem que deve ser observado, essa aprendizagem rápida, envolvimento, se observa, se é curioso. Existem comportamentos que só podemos observar no atendimento, nas oficinas”, diz a professora, ressaltando que a primeira conversa com a família é pautada em explicar o que são altas habilidades e que o estudante pode ou não desenvolver o potencial, dependendo dos incentivos que recebe e das questões emocionais de cada um.
PRESENÇA INTERNACIONAL
Aquilo que está sendo produzido na Rede Municipal agora está ganhando visibilidade em outros países. Pela segunda vez, Sheila participa de um encontro internacional. Em novembro de 2022, apresentou o trabalho em Montevidéu. Agora, participou do evento organizado pela Universidade de Connecticut, uma oportunidade de expor o atendimento que é oferecido às crianças e adolescentes em Florianópolis. “Foi muito interessante, porque as pesquisas para as altas habilidades são de projetos da universidade, do Ensino Médio, de organizações não governamentais (ONGs), mas ali foi da escola, da atuação na escola”, relata a profissional, mencionando que o Estado norte-americano é referência de pesquisas e atendimento da superdotação.
Trocando experiências com outros especialistas, a professora identificou aquilo que é feito na Capital e que está de acordo com a ação em outros cantos do mundo. “Foi de extrema felicidade saber que com os recursos que temos, estamos fazendo muito bem esse trabalho. Foi muito gratificante estar lá e compartilhar com outros”, finaliza a educadora, que reforça o papel da AEE na identificação e potencialização das altas habilidades.
ALTAS HABILIDADES
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Após o envolvimento entre os jovens e adolescentes no período em que esteve na EBM Intendente Aricomedes da Silva, neste ano, o trabalho está pautado no acompanhamento dos pequenos, identificando perfis e as singularidades no aprendizado de cada um. “Na Educação Infantil eles trazem as características, percebemos facilmente o interesse diferenciado para a idade. No fundamental, fica mais difícil os professores perceberem”, conclui Sheila, que reforça a importância do atendimento em um Neim do Futuro, já que as atividades podem ser exploradas também com professores de outros componentes, como inglês, música e teatro. “Será uma experiência nova e bem interessante”, opina a especialista.
Florianópolis é considerada a capital mais alfabetizada do Brasil
Com base nos dados da décima divulgação do Censo Demográfico de 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 98,6% da população de Florianópolis com 15 anos ou mais sabe ler e escrever, tornando o município a capital mais alfabetizada do país, seguido de Curitiba e Porto Alegre.
Uma das formas da Prefeitura Municipal de Florianópolis combater o analfabetismo entre as pessoas a partir de 15 anos é a Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA), atualmente com 1.100 estudantes em 22 localidades distribuídas pela Ilha e Continente. Além disso, o Programa Floripa Alfabetizada expandirá ainda mais o letramento de crianças e jovens da Capital.
Turmas de Neim conhecem a história da canoa havaiana
Os grupos 6 do Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Coqueiros, com a colaboração dos estagiários Italo Sampaio e Rafael Passos, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), tiveram a oportunidade única de remar e conhecer a história da canoa havaiana.
O esforço conjunto proporcionou às crianças uma experiência segura e enriquecedora, conectando-as com a cultura local e a natureza. “Nós tínhamos um sonho e quando o sonho foi sonhado por várias pessoas, deu certo. A Kanoa Sambaqui foi incrível em aceitar levar a canoa para água e nos receber”, disse Sharlene dos Santos, diretora da unidade.
Estudantes aprendem sobre povos originários e cultura Guarani
Os estudantes de quatro a dez anos da Escola Básica Municipal (EBM) Costa de Dentro receberam a visita de Wera, de descendência indígena e etnia Guaraní, do povoado do Morro dos Cavalos.
O convite foi feito a fim de promover uma maior compreensão e respeito pela diversidade cultural, além do aprendizado sobre história, cultura e modos de vida dos povos indígenas, contribuindo para a valorização e preservação da sua identidade.
Visita do “Hipo” ensina crianças de Neim sobre higiene bucal
No Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Armação, os pequenos do Grupo 3B tiveram uma visita diferente para aprender mais sobre cuidados bucais. As crianças se divertiram com o boneco “Hipo” e também escovaram os dentes do amiguinho animal. Após a brincadeira e com seus kits de higiene em mãos, os conhecimentos adquiridos foram postos em prática pela criançada com o auxílio das professoras Rosângela, Thais, Gabriela e Karina.
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
VOLEI ^ LIDERES DO
dupla chega até a fase regional dos Jogos Escolares de Santa Catarina.
A dupla aproveita o tempo livre para aprimorar as técnicas no vôlei
POR ANA CAROLINE ARJONAS
O nervosismo em cada saque e a tensão na busca pelos pontos são momentos conhecidos daqueles que escolhem a quadra ou a areia como palco para aprimorar a habilidade e a agilidade no vôlei. Quando o assunto é o pódio, aqueles que gostam do esporte sabem a relevância da Seleção Brasileira (feminina e masculina) nos campeonatos mundo afora.
E para alcançar um cenário de destaque, os passos iniciais precisam ser ainda nos primeiros anos, época em que as táticas começam a ser treinadas e o futuro passa a ser programado. Exemplo disso é a dupla Jadson Carlos da Rosa de Souza, 14, nono ano, e João Henrique Teixeira Dascanio, 14, oitavo ano, da Escola Básica Municipal (EBM) do Futuro - Tapera.
Acompanhados pela professora de Educação Física Marila Silveira Teixeira Welsch, os treinos são pensados de acordo com a rotina dos jovens, já que cada um estuda em um período — e os momentos de descanso são divididos com o tempo em treinamento.
A dupla começou a competir em 2023, e a aproximação entre os estudantes foi ideia da própria professora, que observou a desenvoltura de cada um durante um projeto da escola. A primeira competição foi no vôlei de areia em um evento realizado pela Rede em Movimento, promovido pela Secretaria Municipal de Educação. “Treinamos algumas vezes antes, para não ir sem ter treinado. De cara eles foram campeões, ganharam todos os sets daquele campeonato”, ressalta a educadora.
PARTICIPAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
De lá pra cá, os dois participaram dos Jogos Escolares de Santa Catarina (Jesc), na fase municipal, seletiva microrregional e primeira regional Sul e ficaram em segundo lugar, atrás apenas da equipe de Imbituba. “São lideranças positivas, então todo mundo se espelha neles, não só com relação ao esporte, mas eles conquistaram uma posição de serem monitores, de responsabilidade, e os colegas respeitam muito. Está sendo bem legal ver isso de perto”, comenta a professora, que conta com o apoio dos estudantes como monitores da turma, fator que coloca Jadson e João como referência.
Jadson, o primeiro a se aventurar na prática esportiva, começou com treinos individuais. “Jogava futebol e depois fui para o vôlei, uma modalidade que eu acho melhor para mim”, pontua o estudante, que compartilha o entusiasmo da família após os treinos. Para João, a aproximação foi instantânea. “Comecei a me interessar quando comecei a jogar e me divertir. Tive essa proximidade com vôlei e desejei competir por esse esporte”, finaliza o garoto.
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR POR AQUI:
estudantes aprendem sobre sítios arqueológicos.
Tempo de leitura: 13 minutos
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Fotos: José Somensi
Conhecida por ser uma ilha cercada de belezas e de muita natureza, Florianópolis pode ser apresentada de formas distintas, dependendo do ponto de vista. Enquanto alguns mencionam a importância da relação com o mar e a relevância da pesca, há quem enxergue na Capital um caminho para o futuro, impulsionado pela tecnologia. Há também o interesse pela história da cidade que pode ser conhecida pelos vestígios encontrados em sítios arqueológicos. Seguindo aquilo que os registros mostram, um desses sítios, conhecido como sambaqui, foi intencionalmente formado por populações pré-coloniais que viviam da pesca e que se instalaram no Litoral há mais de 6.500 anos.
Estes vestígios foram tema de pesquisa dos estudantes da Escola Básica Municipal (EBM) João Alfredo Rohr. Motivadas pelas professoras Raquel de Melo Giacomini e Monique Ouriques Maia, as turmas do terceiro ano compreenderam que o conhecimento é o ponto de partida para a preservação da história. O foco do estudo — orientado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e por aquilo que consta na proposta curricular de Florianópolis — foi mostrar a ligação entre o que está nos livros e o cotidiano do local em que vivem.
Com leitura, produção de desenhos e cerâmicas e análises de fotografias de objetos encontrados em sítios arqueológicos, o trabalho desenvolvido aproximou a turma do conhecimento sobre os primeiros habitantes da região. “Apresentei o conceito de sítio arqueológico, trabalhei o que é, quem trabalha nele, qual é o ofício do arqueólogo e como esses pesquisadores conseguem, a partir do que é encontrado, criar hipóteses sobre como as pessoas viviam no passado”, comenta Raquel, que apresentou para os grupos sítios arqueológicos pré-coloniais.
Durante as atividades, os estudantes começaram a contextualizar como era a vida na época e quais eram as principais características na antiga Nossa Senhora do Desterro. “Por meio das atividades envolvendo fotografias, os estudantes tiveram a oportunidade de ampliar o repertório visual e se sensibilizaram na diferenciação entre as rochas de granito e diabásio. Vivenciaram a construção de um minissambaqui com areia, conchas e rochas, experimentaram recriar a ‘descoberta’ de vestígios ósseos e adornos em sítios representados simbolicamente”, relata a professora Monique, lembrando que os estudantes também identificaram no mapa as inscrições rupestres.
A educadora apresentou vestígios da depredação dos sítios arqueológicos, como churrasqueiras construídas em cima de oficinas líticas, resíduos (lixo) nos sambaquis, rabiscos e pichações em inscrições rupestres. “Aprendendo e conhecendo sobre os diversos assuntos abordados, os estudantes tornam-se multiplicadores no processo de conscientização quanto à preservação do meio ambiente e da nossa história. É um trabalho para conhecerem e aprenderem, significando, conscientizando, preservando e multiplicando”, fala Monique, que salienta a importância de combater esses crimes.
A professora Monique faz expedições pela ilha e já encontrou uma ossada — que foi enviada para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) — e um possível sítio de inscrições rupestres. Ela aproveita as saídas para fazer registros fotográficos que são apresentados em sala de aula. Como uma das atividades realizadas, os estudantes escolheram duas inscrições rupestres que foram reproduzidas por meio de desenhos em proporções ampliadas. As inscrições escolhidas estão localizadas na Ilha do Campeche e na praia do Santinho. “Uma questão interessante sobre as inscrições rupestres que foram reproduzidas é que existem padrões geométricos e são simétricas. Isso também foi trabalhado, qual é o padrão das inscrições rupestres encontradas na ilha e o que é simetria”, conta Raquel.
José Somensi
A turma utiliza conchas para criar o próprio sambaqui
Sitios arqueologicos
São considerados sítios arqueológicos os espaços em que foram encontrados vestígios de vidas humanas, ou seja, locais onde há indícios de ocupação. Um dos tipos de sítios são os sambaquis. “São estruturas formadas por camadas de conchas, um verdadeiro amontoado, mas frequentemente também são encontrados restos faunísticos marinhos e terrestres, artefatos líticos (pontas de flechas), ósseos, cerâmicas e conchíferos. Por conter ossos humanos, acredita-se que esses monumentos poderiam ser locais onde realizavam rituais e faziam os sepultamentos”, pontua Monique, que acredita na interação com a turma para multiplicar o conteúdo para além dos muros da escola.
Além dos itens que eram utilizados pelos povos antigos, existe outro ponto importante na identificação: as cerâmicas. “São encontradas mais no topo por causa do tempo cronológico. As coisas mais antigas ficam na base”, ressalta Raquel.
Outro assunto trabalhado em sala de aula foi a localização dos sítios e a possível relação entre os espaços e a parte Leste da ilha. Os sítios são encontrados em lugares como a Lagoa da Conceição, Armação do Pântano do Sul, Matadeiro, Ilha do Campeche, Santinho, Ingleses, Barra da Lagoa e Ponta das Canas.
Ceramicas produzidas pelos Guaranis
Além de experiências realizadas em sala de aula, que contaram com a prática de fazer uma miniescavação em bandejas com areia e a criação de um sambaqui, a turma também teve a oportunidade de manusear a argila, criando esculturas, com orientação da professora de Arte Ana Maria Alves de Souza. “Vimos que são feitas com o dedão e com a ponta da unha. Existem formas para fazer a estrutura do vaso, levantando as paredes, a circularidade e a estrutura”, explica a educadora.
Mais que descobrir como os objetos eram utilizados pelos povos antigos, Ana Maria identificou a proximidade dos estudantes com o material. “Experimentam primeiro a modelagem no sentido de mexer na argila, sentir a sensação, ver aquela questão da textura, a sensação nos dedos. Algumas crianças estranham e outras acham interessante”, comenta a profissional, que ressalta a similaridade entre a argila e a massinha de modelar.
Experiencia compartilhada
Quem pensa que as atividades estão sendo realizadas apenas com o terceiro ano está enganado. Na verdade, a proximidade com o município é incentivada durante os encontros com a professora Monique, que apresenta temas transversais nas atividades. Numa delas, chamada de “Expedição natureza da ilha”, a professora aborda o tema em aulas complementares com outras turmas, quando está atuando como professora auxiliar de ensino. Levando em consideração a idade e aquilo que está sendo tratado em sala de aula, a metodologia vai ao encontro das necessidades da turma e dos projetos que estão sendo desenvolvidos, seja para pensar em uma experiência nova ou em saídas de campo, como a que foi feita para a Ilha do Campeche.
Quem foi Joao
Alfredo Rohr?
João Alfredo Rohr, conhecido como Padre Rohr, chegou ao Colégio Catarinense em 1942 como professor de Física, Química e Ciências Naturais, desempenhando um importante papel pedagógico e depois assumindo e ampliando o museu que já existia na unidade.
Rohr criou o Instituto Anchietano de Pesquisas (IAP) e iniciou as escavações em um sítio junto à Base Aérea de Florianópolis, onde encontrou esqueletos humanos de indígenas. Após experimentar a profissão de arqueólogo, o padre recebeu bolsa de pesquisador, e nesta área descobriu mais de 400 sítios por Santa Catarina.
A professora Raquel explica que o nome da escola homenageia o padre, que fez a doação do terreno onde fica localizada a escola atualmente. Com o trabalho desenvolvido, os estudantes também tiveram a oportunidade de conhecer quem foi a pessoa que dá nome à unidade e sua contribuição para o conhecimento da história da Ilha de Santa Catarina.
Fotos: José Somensi
Os estudantes recriaram as inscrições rupestres encontradas na Ilha do Campeche e na praia do Santinho
CURTOS, MAS
PRESTIGIADOS
POR GUSTAVO BRUNING
Algumas histórias só funcionam no formato de curtas-metragens. Além de serem feitos com um orçamento bem menor que o dos longas, eles não costumam demandar uma equipe gigantesca e um tempo de produção tão extenso. Está a fim de assistir a algo mais objetivo ou tem pouco tempo? Não faltam opções!
ELES TÊM ESPAÇO PRÓPRIO
No fim das contas, curtas são uma forma prática de explorar boas ideias, tanto quando não há muitos recursos disponíveis quanto nas vezes em que a história encanta pela simplicidade. Eles são tão importantes que têm as próprias categorias no Oscar: animação, documentário e live action.
Mas não se engane achando que curtas são despretensiosos. Os live actions podem ser verdadeiros espetáculos de cineastas iniciantes ou de renome, como Wes Anderson. Para outros, é a oportunidade de testar uma ideia na tela e, se ela der certo, transformá-la em um longa-metragem — foi o caso do intenso “Whiplash: em busca da perfeição” e o tocante “Marcel, a concha de sapatos”.
Já os curtas de animação são uma ótima forma de se familiarizar com o cinema desde cedo. É aí que a mente dos cineastas vai às alturas, experimentando conceitos e estilos visuais, ocasionalmente entregando mensagens valiosas — é o caso de “Canvas”. “Frankenweenie”, por exemplo, foi feito por Tim Burton aos 25 anos. Três décadas depois, virou um longa da Disney.
QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE O CURTA E O LONGA-METRAGEM?
DURAÇÃO
Os curtas duram até 40 minutos. Quanto aos longas, não há uma duração padrão. No Oscar, são considerados longas os filmes superiores a 40 minutos, mas festivais divergem em relação a isso e estabelecem 50 ou 80 minutos.
HISTÓRIA
No curta geralmente vemos uma história de fácil resolução, um problema que não demora a ser introduzido e se desenrola rápido. No longa há como espaçar muito mais os três atos e explorar as consequências das ações.
PERSONAGENS
É comum termos poucos personagens, introduzidos sem demora. Conhecemos apenas o suficiente de cada um para entendermos motivações, problemas e características principais. No longa, a duração permite saber melhor sobre seus passados e vê-los interagindo ainda mais com o mundo.
“O CAÇADOR DE RATOS” (2023)
Inspirado em uma história de Roald Dahl, autor de “A fantástica fábrica de chocolate” e “Matilda”, é repleto de simbolismos ao mostrar as técnicas bizarras de um caçador de ratos incomum. Com a assinatura visual do diretor Wes Anderson, é estrelado por Ralph Fiennes (o próprio Voldemort, da franquia Harry Potter).
“REFLEXO” (2022)
Lançado como parte do programa experimental Pane Elétrica, da Disney Animation, este curta é estrelado por uma bailarina — a primeira protagonista gorda do estúdio. Apaixonada pela dança, ela enfrenta o medo e as dúvidas quanto ao corpo na tentativa de abraçar seu talento e força interior.
“ANIMA” (2019)
Thom Yorke, vocalista da banda Radiohead, estrela este show de expressão corporal e dança interpretativa.
A música conduz o curta musical, dominado por luzes, cenários e elementos extravagantes. É uma combinação de crítica social e reflexão sobre a magia de uma conexão extraordinária.
“SITARA:
SONHANDO COM AS ESTRELAS” (2020)
Este curta de animação paquistanês se passa nos anos 1970 e dá um vislumbre das tradições e cultura de lá.
A delicadeza ao mostrar a inocência da irmã caçula e seus sonhos, simbolizados por um avião de papel, ajuda a demonstrar como, muitas vezes, não é preciso de palavras para contar uma história.
“A SABIÁ SABIAZINHA” (2021)
Este curta em animação stop motion é protagonizado por animais feitos com lã. Após ser adotada e crescer em uma família de ratinhos, uma sabiá se vê empenhada em aperfeiçoar habilidades associadas aos roedores. Em meio a canções e elementos natalinos, ela enfrenta perigos e conhece um pássaro obcecado por colecionar objetos.
QUANDO OS CURTAS ESTÃO NA ESSÊNCIA
Desde que foi criada, a Pixar Animation Studios ficou conhecida por caprichar nos curtas-metragens. Nos primórdios do estúdio, essas produções eram a chance de testar os limites técnicos da animação computadorizada, ainda nos estágios iniciais.
O curta “Luxo Jr.”, de 1986, introduziu a luminária que até hoje serve como mascote da companhia. Mesmo com tantos longas de sucesso, a Pixar seguiu investindo em curtas originais. Por décadas, inclusive, os exibiu antes dos lançamentos de cinema.
Funcionários da empresa participam do programa de criação
“SparkShorts”, que garante a eles um orçamento e um período de seis meses para desenvolver curtas baseados em experiências próprias. Os resultados mais inovadores ganharam lançamento oficial e estão disponíveis no Disney+.
CONFIRA 3 CURTAS ENCANTADORES DA PIXAR:
“PULAR” (2004)
Este curta musical engraçado mostra um carneiro dançante e vaidoso superando um momento de tristeza profunda.
“DIA E NOITE” (2010)
De forma animada e criativa, destaca as particularidades de cada parte do dia e como os diferentes se completam.
“LAVA” (2015)
Traz uma história de amor entre dois vulcões, ao longo de milhões de anos, contada por meio de uma música.
7 PASSOS PARA FAZER O SEU CURTA-METRAGEM
Quer se aventurar no mundo do cinema? Uma maneira prática é dar vida ao seu próprio curta.
Reúna seus amigos ou colegas da escola e coloque a ideia no papel!
1. Defina a história e os personagens: tudo começa por aí, com a escolha do que será contado, o estilo do filme e quem participará da trama;
2. Escreva o roteiro: o roteirista será responsável por transformar a história em cenas e amarrar tudo, das falas às descrições de cenário;
3. Prepare os equipamentos: escolha a câmera ou celular que será usado, bem como a iluminação que ajudará a compor a atmosfera das cenas;
4. Cenário e figurino: decorar o ambiente e vestir os atores com as roupas do personagem é essencial para garantir autenticidade;
5. A gravação: será tudo na rua ou dentro de casa? Planeje a ordem das cenas, deixe as falas na ponta da língua e ensaie os movimentos de câmera antes de começar a gravar;
6. Hora da edição: o editor vai organizar todo o material gravado e montar o filme de acordo com o roteiro, incluindo efeitos, trilha sonora e créditos;
7. O momento de lançar : se vai para o YouTube ou se será lançado apenas entre amigos, você decide! Prepare a pipoca, reúna a equipe e comece a pensar na continuação!
Google vai divulgar respostas de INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL AGORA É PRA VALER:
POR LUCAS INÁCIO
A curiosidade é algo do ser humano. Desde criança, nós exploramos o mundo antes mesmo de andar, falar ou ter consciência. É instintivo criar perguntas e ir atrás das respostas. Com o tempo, a humanidade desenvolveu métodos que são passados de geração a geração. Às vezes nem sabemos direito porque não se pode fazer algo, mas a gente acaba repetindo o que aprendeu com os adultos. É assim desde o surgimento do Homo sapiens e foi assim que desenvolvemos as formas, técnicas e fórmulas de buscar respostas que nos fizeram chegar à sociedade atual.
O fato é que pesquisar exige método e isso vem sendo desenvolvido há milhões de anos pela humanidade. Porém, eles estão cada vez mais dinâmicos, as coisas estão cada vez mais rápidas e muitos aprendizados novos mudam os antigos. Sabemos que no mundo da tecnologia digital é assim e uma grande novidade está chegando na forma de procurar respostas: o Google vai mudar.
COMO ASSIM “O GOOGLE VAI MUDAR”?
Pois é, mudanças à vista. A mais famosa ferramenta de pesquisa da nossa geração vai mudar de forma. Em maio deste ano, a empresa Google deu a notícia de que vai ter um novo método de busca — e as inteligências artificiais (IAs), é claro, têm a ver com isso. Ainda em 2024, nos Estados Unidos, as respostas às pesquisas não serão mais links e, sim, textos produzidos pelas IAs, na tecnologia chamada AI Overview (“IA visão geral”, em português) .
Para buscar as respostas, em vez de links de sites sugeridos — nos quais você tinha que clicar um a um, ler, selecionar as informações mais importantes — agora a própria IA do Google vai unir essas informações para dar uma resposta já na tela de busca. O que a empresa promete é que serão resultados mais rápidos e de uma forma mais prática para o usuário. Porém, é algo que gera desconfianças.
QUESTÕES SEM RESPOSTAS
Tem algumas questões, nesse caso, que o Google tenta responder, mas talvez não possa, e a primeira delas é: como confiar nas informações dadas? Para isso, a empresa diz que o sistema simplesmente junta os conteúdos dos links mais confiáveis e mais semelhantes ao que o usuário consome. O que deixa no ar sobre as perguntas que não têm uma resposta objetiva, como debates sociopolíticos.
Do ponto de vista prático, fica uma preocupação com quem fornece essas respostas. Como vão sobreviver os sites que dependem do tráfego das pessoas? Já que a ideia é não clicar em links para ler as respostas, os cliques (que são o principal parâmetro para venda de anúncios e geração de renda nos sites), ficam prejudicados. A big tech afirma que cada link acessado pela inteligência artificial para buscar a resposta vai ser contabilizado, mas isso pode ser mais uma rasteira em quem produz conteúdo para sites.
Como vai ser o futuro das buscas é uma incógnita. Porém, parece que coloca a gigante da tecnologia com cada vez mais poder, os produtores de conteúdo mais em dúvida e os usuários tendo que pesar entre a praticidade e o cuidado com as informações recebidas.
COMO SE PREVENIR DAS
INFORMAÇÕES
FALSAS?
É difícil confiar com certeza que a IA vai saber qual link traz informação correta. Atualmente, o Google já conta com um rankeamento dos sites apresentados nas primeiras posições de sua busca. Essa conta considera os sites oficiais das instituições, sites de notícia, mas principalmente os costumes que o usuário tem, o que chamamos de viés de confirmação. Isso tende a alimentar cada vez mais as chamadas bolhas. Sendo assim, há alguns cuidados que temos de ter para buscar informações, seja com a nova ou com a atual tecnologia do Google:
Busque diretamente nos sites: em vez de buscar no Google, procure na busca de sites que sejam confiáveis, como portais jornalísticos ou das instituições.
Sites de checagem de fatos: é importante ler os conteúdos de sites de checagem de fatos, tanto nos sites quanto nas páginas das redes sociais destes projetos.
Pesquisa tradicional: pelo menos no primeiro momento, o Google vai dar a opção para encontrar as respostas do jeito atual, com links sugeridos, os quais você pode ler um a um e formular sua própria resposta.
Aprenda a fazer perguntas: quanto mais detalhadas e específicas as perguntas, mais a IA terá que pesquisar para dar sua resposta. Por isso, mais importante que saber a resposta é fazer boas perguntas. Então leia muito e desenvolva seu senso crítico, converse com pessoas mais velhas de vários ciclos e aprenda a questionar.
Pergunte a quem sabe: uma ajuda nunca é demais e, muitas vezes, os adultos podem nos guiar em busca de novas respostas. Inclusive, converse com seus professores e professoras, que não são mestres por acaso, pois têm muito a nos ensinar.
O QUE É UMA
E COMO SURGE?
Imagine que você está no mar e, de repente, surge um grande fluxo de água se movendo rapidamente em uma só área, como se fosse uma “dança” aquática — essa agitação é o que chamamos de tromba d’água. Dos mais diversos tipos de fenômenos naturais, podemos definir este como uma variação mais leve, não causando tanta destruição ao meio ambiente. A maior ameaça que ela oferece são para as embarcações que estão em alto-mar, caso elas se encontrem.
FUNIL NAS ÁGUAS
Nesse contexto, uma tromba d’água é como uma espécie de tornado, mas, em vez de se formar no ar, ocorre em oceanos, lagos ou grandes rios. Em tal momento, a água começa a girar rapidamente e forma uma espécie de funil que vai para cima.
O professor de Física Reinaldo Haas, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que é como um redemoinho mágico que acontece sobre a água. “Ela evapora da água, essa que vai formar as nuvens de tempestade. Por isso são quentes e dificilmente conseguem se manter em terra firme”, finaliza.
Tudo começa com o Sol aquecendo a água. Após a evaporação, o vento age e as nuvens criam uma tempestade. A intensidade aumenta quando as nuvens estão sobre águas muito quentes, formando a tromba d’água. No entanto, não são todas que se transformam no fenômeno — esse fator vai depender exclusivamente das condições atmosféricas.
CONHEÇA OS TIPOS DE TROMBA D’ÁGUA
As trombas d’água são divididas em dois tipos: as não tornádicas e as tornádicas. Confira a diferença entre elas:
Tromba não tornádica: é uma nuvem que gira, mas não chega a ser tão forte como um tornado. Acontece sobre a água em lugares que estão quentes, sendo comum em regiões costeiras.
Tromba tornádica: girando muito rápido, a nuvem começa a formar o funil. Esse momento de circulação é a tromba tornádica que se forma em cima da água.
É importante estar seguro e procurar abrigo caso consiga identificar que um desses dois fenômenos está vindo na sua direção, mas, na maioria das vezes, eles não duram muito tempo.
O QUE AS TROMBAS D’ÁGUA PODEM CAUSAR?
Quando o movimento da água está mais violento, pode afetar o ecossistema local, causando a morte de peixes e outros seres vivos marítimos. Caso cheguem à terra firme, podem causar danos à infraestrutura de construções costeiras.
Nem todas as trombas d’água causam alguma consequência. Muitas delas desaparecem antes mesmo de atingir a costa. No entanto, é crucial seguir os alertas meteorológicos para garantir a própria segurança em passeios que envolvam água.
FICAR NO A R? COMO UM AVIÃO CON S EGUE
POR REDAÇÃO ITS TEENS
A resposta é fácil: física pura! De maneira simplificada, um avião é capaz de se manter no ar graças a diferentes forças: aquela gerada pelos motores das turbinas e a resistência do ar. Para que a aeronave consiga se manter acima das nuvens, a força gerada pelas turbinas, chamada de empuxo, precisa ser maior do que a resistência do ar. Além disso, o formato do avião — mais especificamente as asas e a cauda — também influencia na sua permanência nos ares.
Na estrutura de um avião, as asas possuem curvas na parte superior e retas na parte inferior, fazendo com que o ar que passa por cima delas acelere, gerando diferenças de pressão, tanto em cima quanto embaixo das asas, que resultam em uma força capaz de equilibrar o peso do avião e mantê-lo no ar. Já a cauda serve para dar equilíbrio e direção.
POR QUE OS AVIÕES NÃO SÃO FEITOS DE CAIXA-PRETA?
Após um acidente aéreo, é comum ver equipes de resgate em busca da caixa-preta do avião — uma peça crucial contendo dois dispositivos que desempenham o papel de registrar a comunicação durante o voo, essencial para esclarecer as causas do desastre e levar à implementação de ações para evitar episódios semelhantes.
Instalados na cauda do avião, geralmente a última área a sofrer os impactos da queda, os dispositivos dentro do recipiente são o Flight Data Recorder (FDR), com o registro de informações importantes como altitude, velocidade e configuração dos motores; e o Cockpit Voice Recorder (CVR), que grava os sons da cabine de comando e a comunicação entre os integrantes da tripulação.
Nas caixas-pretas mais avançadas, o armazenamento pode chegar até 25 horas de gravação, incluindo também um sinal de localização para rastrear o aparelho. Feitas com resina e misturas de metais, podem aguentar temperaturas de até 1.100º C e uma pressão de seis mil metros de profundidade, caso caiam no mar.
Se elas conseguem suportar tanto impacto, por que os aviões não são feitos do mesmo material? A resposta está no peso. As aeronaves são, normalmente, construídas a partir de fibra de vidro e carbono, elementos resistentes e leves. Caso seguissem o exemplo das caixas, a massa seria múltiplas vezes maior, inviabilizando o voo.
Mas você sabia que a coloração da caixa, na verdade, é laranja? O equipamento é pintado com uma cor chamativa que se destaca em diferentes tipos de ambientes para facilitar a localização em meio aos destroços. O nome ficou conhecido porque os primeiros artefatos eram cobertos por uma tampa preta e instalados na cabine de comando dos aviões.
Museu Subaquático DE CANCÚN
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Seja nas grandes metrópoles, com estruturas modernas, ou em cenários naturais, unindo a arte e o meio ambiente, existe uma variedade de museus ao redor do mundo, refletindo a diversidade de interesses ao longo da história. No Japão, por exemplo, o Museu a céu aberto de Hakone conta com esculturas ao ar livre, rodeado por um campo verde, enquanto a Cidade das Artes e das Ciências, na Espanha, combina uma arquitetura futurista com atividades educativas. Há também aqueles que proporcionam uma experiência envolvente e inesquecível, como é o caso do Museu Subaquático de Arte (MUSA). Localizada na costa de Cancún, no México, a galeria está em um lugar inusitado: no fundo do mar. Idealizado pelo escultor inglês Jason deCaires Taylor, o espaço foi inaugurado em 2009 com o objetivo de preservar a vida marinha.
São mais de 500 esculturas, todas construídas com cimento de pH neutro, ou seja, que impede a liberação de toxina no oceano. Além disso, a escolha dos materiais é pensada de modo que as obras integram-se com a natureza. A texturização, por exemplo, é projetada de maneira a facilitar a fixação dos corais. Outros animais marinhos, como os peixes, passam livremente pelas esculturas, tornando-se outro espetáculo à parte. Ao atrair o público para essa região, o fluxo de turistas em recifes de corais ameaçados de extinção diminui, ajudando na conservação do ecossistema.
Existem três opções para visitar o museu: mergulho com snorkel (uma máscara conectada a um tubo para respiração, embora o mergulhador permaneça apenas na superfície da água); o mergulho com cilindro, que usa um equipamento de ar, proporcionando maior autonomia subaquática para explorar os recifes; ou em uma excursão em um barco com fundo de vidro.
O MUSA é dividido em dois espaços. O Punta Nizuc é uma área próxima à zona hoteleira da cidade, com apenas quatro metros de profundidade. Nessa opção, o mergulho com snorkel é ideal, pois o uso do cilindro não é permitido. Na segunda alternativa, Machones, as esculturas ficam em uma profundidade de oito metros, exigindo o uso do cilindro para observar de perto os detalhes das obras.
FESTIVAL ESCOLAR DA CANÇÃO
A segunda edição do Festival Escolar da Canção está revelando ainda mais talentos, desde os pequenos até os profissionais da rede que estão soltando a voz. A etapa regional Norte, realizada nos Ingleses, foi emocionante e as expectativas para a etapa final estão a mil!
Fotos:
Guilherme Xavier/SME/PMF/Divulgação
GATO MEU
Mia baixinho e espia
Se tem ficado na pia.
Quando mia mais alto, Vai correndo, vai correndo para o palco.
Meu gato, Quando pula no tapete, Já virou um cacoete.
Meu gato vira vira-lata
E é um baita acrobata.
Não escapa
Nenhuma barata.
Fecha a cara e dispara.
Meu gato, Meu ultra amigo, Sempre me protege
Do perigo.
Eu te amo, meu gato amigo.
STOP
Que tal deixar as categorias clássicas de lado e se aventurar em tópicos mais divertidos? Chame os amigos e teste para ver quem tem mais respostas na ponta dos dedos!