its Teens Florianópolis - 24

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Revista its Teens Florianópolis nº 24 2024 | R$ 15,53

Som na caixa que, nesta edição, a rede municipal de Florianópolis e conveniadas soltaram a voz no evento que movimenta, une e engaja a comunidade escolar com a música: o Festival da Canção. Nos embalos do tema, aproveitamos e apresentamos aplicativos que podem inspirar para quem quer ir além da voz e compor as suas próprias músicas. Já pensou na próxima subir no palco com uma canção autoral?

Ainda nesta edição, você vai relembrar (ou aprender) sobre o efeito estufa e a camada de ozônio, afinal, com tanta instabilidade no clima nos últimos anos, é preciso ficar atento aos impactos e saber como podemos ajustar nossos hábitos e atitudes para contribuir com o planeta.

Além disso, esta edição está repleta de assuntos para você compartilhar a leitura com a sua turma e resolver algumas curiosidades, como: você sabe a história dos sobrenomes mais populares no Brasil? Aposto que o mais comum deles, Silva, se não está no seu sobrenome, está no de alguém da sua turma.

Aproveite mais uma edição que chega até a sua escola e boa leitura!

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

GABRIEL COSTA HABEYCHE

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

CRISTIANO MIELCZARSKI

DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

DAIARA CAMILO ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

BRUNA FACCIN

DESIGNER GRÁFICO

CATIELLE PARIZOTTO GERENTE DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES catielle.parizotto@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI

GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

JULIANA POMPEU BARELLA

GERENTE COMERCIAL OESTE juliana.barella@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

SAMARA DA SILVA BRIGIDO SAZANA GERENTE COMERCIAL CRICIUMA samara.sazana@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3.000 EXEMPLARES

NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026

/ EXPEDIENTE
DA EDITORA NOTÍCIAS DO DIA / EDITORIAL 4 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024
A REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO
Renata Bomfim Gerente de projetos especiais

VOCÊ CONHECE O BRASIL?

Teste seus conhecimentos da geografia brasileira ao tentar acertar as capitais dos Estados.

BAHIA

a) Fortaleza

b) Salvador

c) Recife

MATO GROSSO DO SUL

a) Ponta Porã

b) Dourados

c) Campo Grande

PARAÍBA

a) João Pessoa

b) Natal

c) Aracaju

PARANÁ

a) Londrina

b) Curitiba

c) Cascavel

1 2 3 4 5 8 6 9 7 10

ESPÍRITO SANTO

a) Vila Velha

b) Vitória

c) Cariacica

ALAGOAS

a) Maceió

b) Arapiraca

c) Campo Alegre

MARANHÃO

a) João Pessoa

b) São Luís

c) Teresina

TOCANTINS

a) Palmas

b) Boa Vista

c) Porto Velho

MATO GROSSO

a) Várzea Grande

b) Rondonópolis

c) Cuiabá

GOIÁS

a) Anápolis

b) Belo Horizonte

c) Goiânia

Confira as respostas na página 43.
/ DIVERSÃO
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 5

SPOILER

Florianópolis para crianças: 10 roteiros a pé pela Capital

DIÁRIO ESCOLAR

5 dicas para aprender a lidar com o dinheiro e encontrar a sua própria mina

CONHECIMENTOS

GERAIS

10 anos de resistência: entenda o que foi a Revolução Farroupilha

CULTURA

POP

Luz, câmera, música!

FESTIVAL

Soltando a voz

NOTÍCIAS DAS ESCOLAS

EJA

Pelo debate democrático

WI-FI

Dê o seu show: 10 sites e aplicativos para cantar, compor e brincar de fazer música

NOSSO

PLANETA

Desvendando o efeito estufa: quais atividades impactam o meio ambiente?

COMO FUNCIONA?

7 ditados populares que você fala errado e não sabia

VOCÊ SABIA?

5 profissões que deixaram de existir e você nem sabia delas

GALERIAS

CAPA

Estudantes à obra

SAIDEIRA

Coisas de Pedrinho

DIVERSÃO

Você conhece o Brasil? Faça o teste e descubra

07 18 12 30 08 24 14 16 32 36 10 28 34 42 43 / CONTEÚDO
6 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

FLORIANÓPOLIS PARA CRIANÇAS: 10 roteiros a pé pela Capital

POR MYLENE SILVA DE PONTES VISANI

Diretoria de Educação Fundamental

Tenho uma proposta para você: que tal redescobrir sua rua, seu bairro, sua cidade? Pense nisso. Conhecer no sentido de ver, usufruir, vivenciar. Pode ser de ônibus, de bicicleta ou a pé. Muitas vezes passamos por alguns lugares todos os dias sem perceber as folhas, as flores, as casas e as diferentes sensações que o vento, o aroma, a chuva ou o calor do sol nos proporcionam.

“Florianópolis para crianças: 10 roteiros a pé pela Capital”, de Cristina Santos, nos permite perceber e conhecer a cidade de maneiras diversas. É uma oportunidade para mergulhar na história e na experiência de notar o que geralmente passa despercebido. Vamos explorar juntos?

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

HISTÓRIA DIVERSA: AFRICANOS E AFRODESCENDENTES NA ILHA DE SANTA CATARINA

Organizado por Beatriz Gallotti Mamigonian e Joseane Zimmermann Vidal

ILHA DE SANTA CATARINA

Débora Lima

ARQUEOLOGIA DOS ENGENHOS DA ILHA DE SANTA CATARINA

Osvaldo Paulino Silva

AVENTURA ARQUEOLÓGICA NA ILHA DE SANTA CATARINA

Alexandre Gonçalves, Victor Emmanuel Carlson e Maria Madalena Velho do Amaral

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 7
/ SPOILER

para aprender a lidar com o

5 DICA$ DINHEIRO

e encontrar a sua própria mina

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Gerenciar os próprios ganhos e gastos é uma responsabilidade que faz parte da vida adulta, mas a proximidade com o dinheiro começa muito antes — em alguns casos, ainda na adolescência. Seja com o valor da mesada ou aquela quantidade que está no cofrinho, ser capaz de calcular as despesas e conseguir manter a reserva é um hábito decisivo e que pode fazer muita diferença no futuro. Entretanto, como deve ser essa relação com a grana? É fato que o dinheiro é importante, afinal, conseguimos realizar sonhos e desejos, incluindo uma ida ao cinema ou aquela visita ao parque. Porém, o segredo é compreender o processo e mapear o que pode ser feito em curto, médio e longo prazo. Confira algumas dicas que você pode começar a aplicar ainda este mês. Preparado para aprender?

/ DIÁRIO ESCOLAR 8 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

1. CRIE BONS HÁBITOS

Receber aquele valor que desejamos é um momento importante, mas os passos seguintes serão responsáveis por direcionar as compras e economias, atitude que deve ser tomada com cautela e precaução, afinal, é preciso aprender desde cedo que as conquistas financeiras e materiais levam tempo e planejamento.

“Se a pessoa desenvolver, desde cedo, o hábito de fazer poupança, por mínimo que seja, esse hábito vai acabar se prolongando e gerando uma boa prática para o resto da vida. Acho que para qualquer jovem que recebe uma mesada ou algum valor financeiro vale a pena pensar em iniciar um processo de poupar recursos, estabelecer um pequeno percentual ou um percentual que seja adequado”, explica o professor de Economia Daniel Vasconcelos, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

2. ESTABELEÇA METAS

Se você é bom em planejar e gosta de organizar os dias de estudo e componentes curriculares, por exemplo, estabelecer as metas também será uma atividade agradável. Isso porque as escolhas devem ser mapeadas neste pilar, indicando o que pode ou não ser comprado e qual é o melhor mês para fazer uma nova dívida.

“Estabelecer uma meta, fazer uma poupança, tentar colocar um propósito e buscar cumprir aquilo. Evitar fazer compras por impulso. Às vezes vemos uma coisa, dá muita vontade de comprar na hora, mas a melhor coisa é não atender ao impulso”, pontua o professor, indicando que o cuidado com o consumo também deve ser prioridade.

3. FAÇA UM ORÇAMENTO

Sabe aquele processo de listar as contas do próximo mês e os ganhos previstos? Engana-se quem pensa que a iniciativa só é retratada em filmes. Ter o conhecimento dos números é primordial para poupar e conquistar aqueles itens que demandam tempo e investimento — tão importante quanto economizar é ter um objetivo, um sonho para ser realizado. “Mesmo para quem não gosta muito de aplicativo, a forma mais tradicional, que existia desde o tempo dos nossos avós, era registrar no caderninho as entradas e saídas, verificando de onde o dinheiro está vindo e para onde está indo”, salienta Daniel.

4. COMPRAS CALCULADAS

Se você é daqueles que acabam consumindo sem pensar na forma de pagamento ou movido apenas pelo desejo de ter, este é um ponto que merece atenção. Pensar no uso do item e se é o melhor momento para comprar são questionamentos que podem inibir o desejo repentino. “Respirar, ter calma e planejar a compra. Se é uma coisa mais cara, que demanda um pouco mais de dinheiro, fazer um planejamento de como vai comprar, se possível poupar um pouco antes para adquirir com recurso próprio. Você não precisa recorrer ao crédito”, menciona o educador.

5. NÃO ACREDITE EM SOLUÇÕES MILAGROSAS

Por mais que a realidade de cada um seja singular, existe algo que deve ser compartilhado com todos: não há um caminho mágico até o dinheiro. Mesmo que a ilusão seja apresentada em alguns momentos, seja na vida real ou virtual, é preciso ter cuidado. “Existem pessoas que utilizam a fragilidade para aplicar golpes, vendendo soluções que, aparentemente, são muito rentáveis, que vão render uma fortuna em pouco tempo. Em geral, se for apresentado a uma proposta como essa, fuja. Isso nunca dá certo”, finaliza Daniel.

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10 anos de RESISTÊNCIA

ENTENDA O QUE FOI

A REVOLUÇÃO FARROUPILHA

POR REDAÇÃO ITS TEENS, COM REVISÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA FELIPE SALVADOR WEISSHEIMER, DA ESCOLA BÁSICA MUNICIPAL (EBM) MARIA CONCEIÇÃO NUNES

Devidamente vestidos de trajes típicos, com o chimarrão na mão e ao som de músicas regionais ao fundo, milhares de pessoas se reúnem em desfiles e cavalgadas pelas cidades do Rio Grande do Sul todos os anos. O 20 de setembro ganhou um novo significado para a população local — celebrando o “Dia do Gaúcho”, a ocasião é uma oportunidade de preservar a identidade cultural e os costumes da região. Mas você sabe o motivo desta ser a data escolhida?

As origens do dia remetem ao conflito armado ocorrido no Estado entre 1835 e 1845. Conhecida como a Revolução Farroupilha, também chamada de Revolta dos Farrapos, o confronto é um dos episódios mais marcantes da história do Rio Grande do Sul, tendo ideais lembrados orgulhosamente pelos gaúchos.

/ CONHECIMENTOS GERAIS 10 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

Causas

Emergindo como um movimento de resistência às exigências do Império do Brasil, os posicionamentos dos farrapos manifestavam um anseio por autonomia e medidas tributárias mais justas. As tensões econômicas, políticas e sociais que afetavam a região Sul na época desencadearam uma resistência ao governo central, organizada pela elite gaúcha.

Economicamente dependentes da produção do charque e do comércio de gado, estancieiros e charqueadores estavam insatisfeitos com as altas taxas e impostos cobrados pelo governo. Comparados com a baixa taxação dos produtos uruguaios e argentinos, o mercado se tornava menos competitivo devido à concorrência injusta.

O descontentamento com a centralização política presente no Império do Brasil e o aumento de ideais republicanos entre a população levaram os líderes do protesto, como Bento Gonçalves e Antônio de Souza Netto, a iniciar a revolta.

Principais acontecimentos

O dia 20 de setembro de 1835 marca oficialmente o início da Revolução Farroupilha. Por um período, o movimento não possuía ideias separatistas, no entanto, um ano mais tarde, em 11 de setembro de 1836, surgia a República Rio-Grandense. Proclamada pelos líderes farroupilhas, a visão era ter mais autonomia em relação ao governo.

Durante os dez anos de conflito, várias batalhas foram travadas na região, incluindo a Batalha de Seival e a Tomada de Porto Alegre, ambas com vitória para os rebeldes, em 1836, ajudando a fortalecer o movimento. Posteriormente, o líder italiano Giuseppe Garibaldi passou a comandar a marinha farroupilha e, com táticas de guerrilha eficientes, contribuiu para o êxito sobre as forças imperiais na Batalha de Cerro Largo, em 1840.

Embora os gaúchos tenham atingido sucesso em alguns desafios, as dificuldades econômicas, as divisões internas e a resistência das forças imperiais foram fatores de enfraquecimento para os militares farroupilhas.

Fim da Guerra

Em 1842, um novo líder assumiu as tropas governamentais no combate aos rebeldes. Com Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, nomeado pelo governo brasileiro para conter a revolta, diferentes estratégias e ações foram aplicadas para encerrar o conflito.

Priorizando a negociação e a diplomacia, em vez de uma abordagem completamente militar, o líder buscou obter reconciliações e diálogos com os adversários, almejando um acordo pacífico. Anos mais tarde, em 1º de março de 1845, as negociações levaram à assinatura da Paz de Ponche Verde. Encerrando oficialmente a Revolução Farroupilha, o tratado possuía alguns pontos principais no acordo, incluindo garantias significativas:

Anistia: os líderes e participantes farroupilhas foram perdoados por seus envolvimentos na revolta.

Redução de impostos: a taxação sobre o charque estrangeiro passou a ser de 25%.

Reintegração ao Império do Brasil: o Rio Grande do Sul foi reintegrado ao Império do Brasil, deixando de ter tentativas de criar uma nação independente.

Outras promessas já não foram cumpridas, como o direito de escolher o próprio presidente de província e a alforria dos escravos que lutaram ao lado dos farrapos.

Influência em Santa Catarina

Embora Santa Catarina não tenha se envolvido no conflito, alguns impactos chegaram no Estado. Com movimentações de tropas militares, algumas regiões foram afetadas pelas passagens dos farroupilhas e dos imperiais.

Enquanto alguns catarinenses mantinham a lealdade ao governo imperial, outros optaram por apoiar os farrapos. Em busca de ampliar a área sob controle, em 1836, na região de Laguna, os farroupilhas proclamaram a República Juliana, que teve uma curta duração. Em cerca de quatro meses, após enfrentar desafios militares e políticos, as forças imperiais retomaram o controle da área, causando a dissolução do movimento.

Um dos ícones catarinenses, Anita Garibaldi foi figura marcante durante a Revolução Farroupilha. Ao lado de seu marido, Giuseppe Garibaldi, a “heroína de dois mundos” (já que participou também da Batalha de Gianicolo, na Itália) esteve ativa durante o conflito, marcando presença nas batalhas.

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SOLTANDO A VOZ

Para encantar o público e interpretar a música ou banda preferida, o primeiro passo é aquecer a voz; veja histórias daqueles que participaram do festival

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR POR AQUI:

crianças, estudantes e profissionais participam da primeira etapa da segunda edição do Festival Escolar da Canção.

Tempo de leitura: 7 minutos

Colocar o fone e dar play nas músicas tornou-se um hábito rotineiro. Com tantas opções e artistas, muitos esquecem que os primeiros registros de canções foram feitos ainda na pré-história — diferente daquilo que conhecemos hoje, mas partindo da observação dos sons ao redor. Para aqueles que possuem o desejo ou a curiosidade de saber como é a vida de um artista, a primeira experiência foi vivenciada no Festival Escolar da Canção, iniciativa da Secretaria Municipal de Educação que ocorreu em maio e junho.

Nesta segunda edição foram 655 inscritos, número superior à primeira edição — crianças, estudantes e profissionais da rede municipal participaram. “A principal diferença é que esse ano incluímos a categoria profissionais da educação. Quando fizemos ano passado, vários professores e servidores vieram pedir”, explica o chefe da Divisão de Projetos Especiais, Rodrigo Cantos.

No processo de seleção, cada detalhe é levado em consideração, desde a preparação para gravar até o acompanhamento com o tom da melodia. “Fazemos um comparativo, porque às vezes a criança tem uma dificuldade na gravação, nem todos gravam em unidade educativa [...] para entender a intencionalidade da criança, a tonalidade que está utilizando”, menciona a subsecretária de Educação Básica, Waleska Regina Becker Coelho de Franceschi.

Antes de enfrentar o desafio de subir nos palcos para a avaliação, os participantes vivenciam um dia de ensaio — e as transformações ficam evidentes. “Saem vibrantes, super empoderados, porque eles chegam, às vezes, super acanhados e saem quase brilhando no palco e pulando, fazendo coreografias. É uma transformação maravilhosa”, comenta Rodrigo. Outro ponto importante é o cuidado na hora de verificar como cada integrante decidiu se apresentar, já que há a opção de cantar individualmente, em dupla ou trio. “Valorizamos a questão do grau de dificuldade, o repertório e a harmonia entre eles, de que forma eles compõem criativamente as vozes para estarem cantando, isso também é observado”, expõe Waleska. Participaram da comissão avaliadora o assessor da divisão de projetos especiais, Rafael Gonçalves, e o professora de música da Escola Básica Municipal (EBM) Henrique Veras, Gian Oliveira.

12 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024 / FESTIVAL

EMOÇÃO NA PRIMEIRA ETAPA

Na primeira fase da competição, naquela em que os cantores são selecionados para a final, 55 participantes levaram emoção e entusiasmo para quem acompanhou o festival. Com diversidade musical — do gênero gospel à Música Popular Brasileira (MPB), crianças, adolescentes e profissionais soltaram a voz e experimentaram a emoção de estar no palco.

No caso de Maria Vitória Dachi dos Santos, 8,terceiro ano, que frequenta o Bairro Educador na sede Mariquinha, esse foi o segundo ano nos palcos. “Fiquei nervosa. Treinei em casa de madrugada, foi bem legal”, menciona a pequena, que gosta de conferir aquilo que é moda no TikTok. Para a mãe dela, Pamela Dachi de Almeida, há um sentimento que define o momento: “É muito orgulho, não tem outra palavra”. A desenvoltura também surpreendeu a coordenadora da sede da Mariquinha, Léa Silva Rocha, que ressalta a participação da menina em diversas oficinas, em especial na dança.

Para aqueles que subiram no palco pela primeira vez, o exemplo pode estar em casa, com o que é feito pelos pais. Isso porque Antony Gabriel Nascimento Tavares, estudante da EBM Henrique Veras, acompanha de perto o laço que os pais, Andressa Rafaela Gomes Nascimento Trindade e Wilderson dos Santos Trindade, possuem com a arte: ambos são responsáveis por organizar uma batalha de rimas na Lagoa da Conceição. “Meu professor me indicou, falou que podia fazer, que era legal, então eu queria participar. Eu canto no karaokê em casa, mas não sou muito de cantar”, conta o jovem.

A entrega e os ensaios foram motivo de orgulho para os pais, que acompanham o gosto musical do filho e reconhecem o papel das melodias. “Quando ficávamos em casa e precisávamos ter uma atividade para fazer, colocávamos alguma música, e o Antony sempre se destacava no karaokê”, menciona o pai, que vê na música a alegria compartilhada com os familiares após a descoberta e tratamento de um câncer.

Para quem escolheu subir ao palco em dupla, como Maria Victória Lemes Figuerôa, 12, sexto ano, e Yan Duarte Martins, 11, sexto ano, da EBM Beatriz de Souza Brito, a experiência é única e já desperta o desejo de participar novamente.

Camila Lemes, mãe de Maria, e Juliana Sofia Andrade Duarte Martins e Alessandro Luiz Martins, pais do Yan, também se surpreenderam com a performance dos cantores mirins.

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Fotos: Prefeitura Municipal de Florianópolis/Divulgação Yan Duarte Martins e Maria Victória Lemes Figuerôa cantaram em dupla Antony Gabriel Nascimento Tavares interpretou Chico Buarque Maria Vitória Dachi dos Santos participou pela segunda vez

Professor da rede municipal de Florianópolis é premiado em concurso nacional por trabalho com ondas cerebrais

O professor de História Felipe Salvador Weissheimer, da Escola Básica Municipal (EBM) Maria Conceição Nunes, ficou com o segundo lugar no “Prêmio Educador Transformador”, promovido pelo Instituto Significare, Bett Brasil e Sebrae, na categoria Ensino Fundamental – anos finais, pelo projeto “Robô Aranha: das ondas cerebrais (EEG) à Inteligência Emocional”.

O trabalho foi um jeito diferente que o professor encontrou de desenvolver a concentração mental e a atenção plena dos estudantes. Além disso, durante a atividade, os jovens discutiram o uso excessivo dos celulares e a dependência psicológica em relação ao mundo digital atualmente.

“Ser reconhecido com esse resultado é uma grande felicidade e gera um sentimento de dever cumprido da minha atividade docente. Enquanto professores, precisamos aprimorar nossas práticas e metodologias de ensino para conquistar nossos estudantes, e o prêmio é um estímulo para a inovação em sala de aula”, exalta Felipe Salvador.

Estudantes participam do Festival de Surf Onda Azul

Cerca de 40 estudantes de 15 unidades da rede municipal deslizaram pelas águas da Praia dos Ingleses na quarta edição do Festival de Surf Onda Azul. O evento é voltado para pessoas autistas e familiares. Uma iniciativa da Organização Não Governamental (ONG) Onda Azul, o festival é uma celebração da diversidade e da inclusão, proporcionando momentos inesquecíveis, com direito a medalhas e pódio para celebrar a participação e a potencialidade de todos.

/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS
Foto: EBM
Foto: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação
Darcy Ribeiro/Divulgação
14 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

Crianças aprendem por meio de sensações

No projeto “Quem sou eu e como sinto o mundo ao redor”, ministrado pelas professoras Mariana e Paola com o Grupo 2 do Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Morro do Horácio, as crianças descobrem, interagem e crescem por meio das sensações. Uma jornada de autonomia, respeito e afeto, em que cada descoberta é um novo passo para o futuro.

Estudantes participam de trilha e aprendem práticas de montanhismo no Sul da ilha

Para aprender técnicas de montanhismo, 18 estudantes da Escola Básica Municipal (EBM) Vitor Miguel de Souza participaram de uma trilha entre o Pântano do Sul, a Lagoinha do Leste e o Morro da Coroa. Com instruções sobre bons hábitos, segurança e descarte do lixo, o desafio foi percorrer o trajeto com atenção à sinalização, obstáculos e o cuidado com os colegas. Transitando por um caminho mais arborizado, o objetivo foi conquistado quando os jovens do quarto ao nono ano avistaram o Morro da Coroa.

A iniciativa faz parte do projeto Rede em Movimento, com o tema “Possibilidades sem limites”. Ao todo foram 5,3 quilômetros de distância e três horas de percurso. O professor responsável foi Acelon Eduardo da Silva Neto, que contou com o auxílio da educadora Ariane Henrique e da monitora Polliana Câmara Marques.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 15 Foto: EBM Vitor Miguel/Divulgação
Foto: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação

PELO DEBATE

DEMOCRÁTICO

Estudantes promovem roda de conversa em conselho estudantil; o objetivo é avaliar aquilo que pode ser melhorado na rotina escolar

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) participam de conselho estudantil.

Tempo de leitura: 7 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS

A palavra democracia costuma estar estampada em jornais e revistas, falando sobre a escolha de um modelo político que rege as normas e a convivência em sociedade. Entretanto, a expressão não é nova. A criação foi na Antiguidade, na Grécia, enquanto alguns pensadores refletiram sobre a governabilidade e o uso do poder. Porém, com o passar dos anos, o significado foi sendo adaptado de acordo com a realidade de cada época.

Para os estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA), a palavra é a norteadora daquilo que será feito, e o exemplo fica evidente no conselho estudantil, movimento que surgiu em 2018 e tem como objetivo compreender e atender às demandas daqueles que estão nos polos.

O foco inicial era estruturar um grêmio, e a escolha dos conselheiros foi uma forma de compreender que o poder e o espaço de fala são os mesmos para todos. “A ideia dos representantes é trazer todos os pedidos daquele espaço educativo. Essas podem ser as mais diversas e, para além da demanda, também é um espaço de formação política”, explica o professor e articulador do conselho estudantil Diego Pacheco, mencionando que o representante pode estar em qualquer turma da EJA, o importante é ter um escolhido em cada polo.

Com 25 membros titulares e 25 suplentes, as reuniões são periódicas e o conselho é alterado de acordo com a formação ou mudança dos estudantes — outro ponto positivo em relação ao grêmio, que é composto por cargos definidos. “Não temos poder de decisão, não temos ‘caneta’, dinheiro, mas temos a possibilidade de convocar as pessoas para se explicar”, menciona o articulador.

E para que a democracia continue valendo, a presença de quem faz parte da educação é primordial, mantendo um dos pilares do regime: a participação social. “É impossível discutir qualquer uma dessas questões se o meu espaço pedagógico não tem espaço para organização ou fala estudantil”, finaliza Diego.

/ EJA 16 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

A leitura é um passatempo para Paulo, que aproveita para buscar conhecimento nos livros

AMOR À PRIMEIRA VISTA

Entre aqueles que foram escolhidos para representar os anseios da maioria está Paulo Vitor da Costa Gomes. Nascido em Belém (Pará), ele mudou-se para Florianópolis há mais de três anos, acompanhado da ex-mulher e da filha. Enfrentando problemas com álcool e drogas, por oito meses esteve em situação de rua (não foi a primeira vez), até ser indicado para atendimento na Passarela da Cidadania — local onde reencontrou a educação. “Onde resido, na passarela, procuro fazer tudo de uma forma mais democrática, que abrange o melhor para todos”, diz o estudante, que passou a observar a importância das decisões em grupo após o retorno às aulas.

Cada encontro com os colegas está sendo uma oportunidade para pensar no futuro, e os frutos estão sendo colhidos, já que agora, além da participação no conselho, ele também é um dos porta-vozes no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “A educação é libertadora, liberta daquele vazio. A motivação é uma porta que se abre por dentro, como li uma frase do Mário Sérgio Cortella, e o complemento que eu fiz foi: tem que ter alguém para bater nessa porta”, esclarece o estudante, que acredita na esperança como forma de manter a porta sempre aberta.

Além daquilo que está sendo ensinado em sala e durante as reuniões com os representantes, há algo que Paulo pretende aplicar em outras áreas da vida. “Por meio da EJA, que foi um amor à primeira vista, desde muito tempo atrás, criei um propósito. [...] Hoje sou, de certa forma, um exemplo vivo”, pontua o estudante.

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Foto: Mariah Amanda da Silva/Divulgação
Fotos: Prefeitura Municipal de Florianópolis/Divulgação
/ CAPA 18 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

estudantes produzem brinquedos e objetos em oficina de marcenaria.

Tempo de leitura: 13 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS
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Fotos: José Somensi

Presente em móveis, instrumentos musicais e até mesmo barcos, a madeira é um item que já está inserido na rotina. Entretanto, existem algumas curiosidades no processo de reciclagem, já que aquilo que seria jogado no lixo acaba sendo triturado e utilizado na produção de papelão ou até mesmo como adubo em hortas. Na Escola Básica Municipal (EBM) José do Valle Pereira, a matéria-prima está ganhando um novo destino: objetos que são projetados e construídos pelos próprios estudantes.

A iniciativa é coordenada pelo professor alfabetizador Evaldo Furtado Pinheiro, que está ensinando as turmas da unidade os processos entre a idealização e a finalização de cada material, incluindo as tentativas e aproximações. A ideia partiu da diretora Alessandra de Oliveira Andrade, quando viu o educador andando com uma caixa de ferramentas — o nome do projeto, “Feito pelo desfeito”, também foi ideia da gestora, após uma conversa. “Há uma necessidade, uma demanda? A turma monta o projeto, dá as características, especifica tudo que é preciso, inclusive qual material é utilizado, quanto tempo, quais as medidas, e produzimos o material”, explica o profissional, que acompanha desde cedo o pai, que seguiu na carreira de marcenaria.

De início, a atividade foi incluída no projeto “Jornada Ampliada”, ação pensada para promover cultura, arte e movimento; sustentabilidade; apoio pedagógico e cultura maker. Entretanto, neste ano, a ideia foi transformar as idas à marcenaria em uma ação separada, com foco em todas as turmas. As primeiras experiências, ainda em 2023, resultaram em itens deixados na unidade, como um espaço para guardar as mochilas. “A ideia era fazer móveis, o projeto não era para fazer brinquedo, e eles (estudantes) começaram a pensar nos carrinhos. Eles se propuseram a fazer e, com as madeiras chegando da Comcap, vimos que era possível”, pontua Evaldo, que faz questão de ressaltar a importância de cada um que doou e contribuiu com o plano.

A fenda é um dos instrumentos mais utilizados pela turma, trabalhando a coordenação e a força

No processo de construir, desconstruir e levar para casa o que foi confeccionado, o aprendizado está em testar novas possibilidades, compreendendo o que é possível fazer de diferente, caso que relembra a construção do robô Robi, iniciativa em parceria com outros professores da unidade — o ponto de partida foi o filme “O gigante de ferro”. O professor conta que os projetos multidisciplinares são construídos com o eixo de sala de aula e aquilo que é praticado na oficina, já que o regente é responsável pela ideia e o que será apresentado, enquanto a parte prática é pautada em colocar a mão na massa.

/ CAPA
20 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

Os processos são direcionados pela orientação do professor

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 21
Fotos: José Somensi

O primeiro contato com os grupos é feito antes da entrada no espaço, quando Evaldo participa daquilo que é apresentado na lousa. Só depois é que os envolvidos começam a testar as habilidades. “Tem muita riqueza de experiências nesse momento que se desliga do achar que não está aprendendo. Enquanto estou planejando uma peça, tenho experiências sublimes”, pontua o profissional.

Para quem está acompanhando de perto o resultado, a realidade vai além do que foi planejado. “É uma realização tremenda a alegria nos olhinhos deles. Tudo foi muito além do que imaginávamos, inclusive o retorno. Eles brincam no recreio de carrinho de rolimã e com os brinquedinhos, é muito legal”, diz Alessandra, que salienta outro benefício: a ausência dos celulares, já que o momento do recreio é uma oportunidade para desfrutar de todos os brinquedos construídos na unidade.

Quem está no desenvolvimento e construção dos objetos também percebe a importância de estar na marcenaria. “Tudo é legal com professor. Quando ele fez aquele carrinho de peixinho, eu queria um, e falei para a professora: ‘onde está aquele professor?’. Ela falou que estava atrás da escola, fui lá e foi quando conheci a sala”, explica Maria Clara de Moraes Lopes, 8, do segundo ano. Davi Jeordânio Lima Paulino, 7, está trabalhando com Maria na atividade do robô e já sabe o que vai fazer com o novo amigo quando levar o boneco para casa, próxima etapa da atividade. “Eu gosto de brincar com ele, eu fiz um robô de papelão igualzinho a ele, e é muito legal”, comenta o pequeno.

Além de brincar e aprender de forma divertida, há uma lição que será levada para a vida, pelo menos para Evaldo. “A questão do ‘eu que fiz’ é uma experiência muito diferente. O brinquedo que eu compro ou ganho e o brinquedo que eu faço é diferente. Tem essa experiência da criança participar do processo de construção, numa relação de não comercialização e não produção de mais plásticos”, observa o responsável, que presenciou a fabricação de cachorro, coelho, peixe, carrinhos e cavalos.

É uma realização tremenda a alegria nos olhinhos deles. Tudo foi muito além do que imaginávamos, inclusive o retorno. Eles brincam no recreio de carrinho de rolimã e com os brinquedinhos, é muito legal”.

Alessandra de Oliveira Andrade

/ CAPA 22 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024
A hora do intervalo é o momento para brincar com aquilo que foi construído na oficina

É na marcenaria o primeiro contato com as ferramentas

Meu amigo barulho

A questão do aprender e fazer também ganhou destaque no que foi produzido pelas turmas, já que Evaldo fez questão de ressaltar que qualquer pessoa pode aprender a manusear as máquinas e criar objetos. Com a atenção para as demandas dos jovens, dois alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) compreenderam que o som feito pelas máquinas pode ser suportado, competência capaz de modificar a relação de ambos com as demais interações. “Ligou uma coisa, é sempre tapado os ouvidos, e eu sei o que é essa dor. Tentamos ressignificar o momento para dizer que é ‘meu amigo barulho’. ‘Meu amigo barulho’ virou um texto, era uma incomodação muito grande, porque ela fazia isso e depois dizia: ‘não tem problema, vai doer um pouquinho e vai passar”, finaliza o educador.

Amigos da Comcap

O “Feito pelo desfeito” aproveita as sobras que são destinadas à Comcap para contribuir com a sustentabilidade. Os profissionais da unidade ficam com a missão de visitar o espaço em busca daquilo que pode ser levado e utilizado na escola. Quando as construções são finalizadas, aquilo que não é utilizado volta para a Comcap, passando pelo processo de reciclagem para virar adubo. Gostou do projeto e quer doar alguma ferramenta ou móvel? Escaneie o QR Code e entre em contato com a EBM José do Valle Pereira.

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Fotos: José Somensi

MUSICA! ´ ^ LUZ, CAMERA,

QUANDO VÍDEO E MÚSICA SE UNEM, O RESULTADO PODE SER FENOMENAL: APRENDA SOBRE O CONCEITO DE VIDEOCLIPES E DESCUBRA COMO ESSE FORMATO É UM MUNDO DE POSSIBILIDADES

POR GUSTAVO BRUNING

Como você consome música? Uma das plataformas contemporâneas que mais abrem portas para que possamos conhecer novos cantores e bandas é o YouTube. E é lá, em meio a uma infinidade de conteúdo, que temos fácil acesso livre aos videoclipes dos mais diversos gêneros. Os music videos, como são conhecidos em inglês, são muitas vezes responsáveis por alavancar o sucesso das canções.

Os videoclipes nada mais são do que uma combinação entre música e vídeo, atualmente com o objetivo principal de divulgar o trabalho dos artistas para além das plataformas de streaming. É nessas obras audiovisuais que eles mostram a sua cara, exploram a estética do seu projeto e apresentam o que podem oferecer de melhor visualmente.

Enquanto muitos entregam clipes repletos de coreografias, outros investem na pegada da narrativa, com histórias e personagens associados à letra da música. Há quem nem faça questão de aparecer, dando espaço para outros atores, mas a maioria não abre mão de estrelar os próprios projetos.

/ CULTURA POP
24 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

PRODUCAO MILIONARIA

Por mais que um dos videoclipes mais conhecidos de Michael Jackson seja o da faixa “Thriller”, é o da música “Scream”, parceria com a irmã Janet Jackson, que figura como o mais caro da história. Lançada em 1995, esta produção do Rei do Pop custou sete milhões de dólares, equivalente a US$ 13,9 milhões nos dias de hoje (em reais, o valor pode chegar a R$ 69,5 milhões). Escaneie o QR Code para assistir!

HORA DE GIRAR A TELA

TUDO DE UMA VEZ!

Um conceito desafiador é o do plano-sequência. São aqueles vídeos filmados em uma única tomada, sem cortes, que podem render desde uma cena simples a movimentações ousadas e coreografadas pelo cenário.

A ideia se popularizou nas duas últimas décadas, como em “We are never ever getting back together”, da Taylor Swift. Também trouxeram clipes nesta linha as bandas McFly e Haim, bem como Billie Eilish no hit “What was I made for?”, do filme “Barbie”.

QUE TAL IR ALEM?

Uma prática relativamente recente é lançar videoclipes verticais, voltados especialmente para plataformas como Instagram e TikTok. Com o alcance massivo de tais redes sociais, assistir a vídeos com o celular na posição vertical se tornou bem comum, então esse tipo de mídia precisou ser adaptado. Em alguns casos, o clipe já é concebido nesse aspecto, como já fizeram Katy Perry e a banda Imagine Dragons.

Enquanto um ou dois videoclipes podem ser o suficiente para a divulgação de uma “era” de um artista, alguns optam por ir além e produzir álbuns visuais. São verdadeiras coletâneas de clipes, alinhadas a um conceito maior, que permeia todas as faixas.

O resultado pode ser até mesmo um filme com enredo, como o sucesso “Gracinha”, lançado por Manu Gavassi no Disney+. O filme “Os reis do iê, iê, iê”, dos Beatles, de 1964, é visto por muitos como um precursor do formato. Desde então, artistas como Beyoncé, Daft Punk e Pink Floyd já se aventuraram na ideia.

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UMA VIAGEM PELO PASSADO

Uma série de experimentos, incluindo o uso de um equipamento de projeção chamado lanterna mágica, deu luz à primeira música ilustrada, um conceito que precedeu o videoclipe. A música “The little lost child”, de 1894, foi criada por Edward B. Marks e Joseph W. Stern e ganhou vida com imagens projetadas em uma tela durante uma performance ao vivo.

Já o termo music video, segundo o Guinness World Records, só foi adotado oficialmente em 1958, em produções do músico norte-americano The Big Bopper.

COMO OS VIDEOCLIPES SE POPULARIZARAM?

O passar das décadas contribuiu para a evolução do cinema e os filmes passaram a contar com som. Curtas-metragens, assim como produções da Warner Bros. e da Disney, permitiram que músicos e bandas explorassem suas faixas de forma visual, ocasionalmente até interagindo com desenhos animados. Os musicais, especialmente, fortaleceram a presença das músicas no audiovisual.

QUANDO OS VIDEOCLIPES REALMENTE ESTOURARAM?

A telona pode ser imponente, mas foi na telinha que os clipes encontraram seu lugar. Nos anos 1950, performances televisionadas de artistas como Elvis Presley foram atraindo cada vez mais olhares. Isso se intensificou na década seguinte, com os Beatles, que abraçaram o conceito de narrativas em vídeos associadas às canções. Foi nos anos 1980, com essa necessidade de inovação, que nasceu a MTV. O canal, cuja sigla representa Music Television, se destacou dos demais como um verdadeiro propulsor dos videoclipes. A programação abriu espaço para que estrelas como Madonna, Michael Jackson e David Bowie explorassem ainda mais este formato de mídia.

/ CULTURA POP
26 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

SO AS LETRAS?

Já se deparou com um tal de lyric video? Esse formato tem como objetivo exibir a letra da música ao espectador. Cada palavra, frase, verso e refrão surge conforme a música toca, permitindo que o público acompanhe o que é dito de uma forma dinâmica, geralmente com elementos visuais que combinam com o estilo da faixa. Escaneie o QR Code para treinar o seu inglês com o lyric video de “Shape of you”, do Ed Sheeran. ´

CONFIRA 7 PASSOS PARA CRIAR O PROPRIO VIDEOCLIPE

ESCOLHA

A MUSICA

Essa decisão vai dar o tom do projeto, que pode ser bem animado e cheio de movimento ou mais intimista.

QUEM VAI PARTICIPAR?

Você pode até fazer o videoclipe sozinho, com a ajuda de um tripé ou lugar para apoiar a câmera, mas a experiência será ainda mais divertida se tiver amigos ajudando em diferentes tarefas.

O LOCAL DA GRAVACAO

É preciso escolher uma localização que combine com o conceito do videoclipe, seja ela um lugar público ou dentro de casa.

O QUE VOCE PRECISA?

Além do celular ou câmera, é bom pensar no figurino de quem aparece em cena, na decoração do ambiente e em uma iluminação adequada. Uma dica: esteja com o celular bem carregado antes de começar!

PLANEJAMENTO

SIMPLICIDADE VALE OURO

Mesmo que muitos videoclipes tenham orçamentos colossais, é possível fazê-los sem ter que desembolsar uma grana. A banda Coldplay mandou bem ao fazer um vídeo simples, na praia, para a música “Yellow”, enquanto o clipe de “Lose you to love me”, de Selena Gomez, foi gravado com um celular!

Preparar um plano de gravação é essencial. Planeje qual a ordem das cenas e de que forma você pretende gravá-las, com enquadramentos e ângulos específicos. Lembre-se de ensaiar!

CRIATIVIDADE

É ótimo procurar inspirações e buscar ideias nos videoclipes dos seus artistas favoritos, mas, mais do que isso, é fundamental ter ousadia para criar algo inédito.

HORA DE EDITAR

A etapa final é a edição, que inclui selecionar as melhores tomadas, sobrepor as cenas com a música e adicionar os efeitos. O aplicativo CapCut é ótimo para isso, assim como os programas Windows Movie Maker, Sony Vegas e Adobe Premiere.

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De o seu SHOW

10 SITES E APLICATIVOS PARA CANTAR, COMPOR E BRINCAR DE FAZER MUSICA

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Música e tecnologia sempre andaram juntas. Claramente acompanham as eras e mudam de tempos em tempos conforme as coisas avançam. Mas é inegável que, quando se fala de música, se pensa em instrumentos acústicos, algo mais tradicional como violões, pianos, flautas, bateria, tambores, entre outros.

Porém, a inovação sempre falou muito forte na música. A invenção da guitarra, com seu som elétrico, trouxe inovações no blues e no rock, mas também uma indignação dos tocadores da música clássica. O teclado e suas diversas programações, idem. O rap trouxe a inovação do uso de trechos de outras músicas para se criar algo novo, o que chamamos de samples. Assim como a música eletrônica também inovou ao trazer timbres totalmente diferentes.

É isso que a tecnologia permite: experimentações. Programas de computadores nos dão a possibilidade de fazer música apertando botões além das tradicionais cordas e teclas, e são alguns desses caminhos que vamos indicar agora.

^ / WI-FI 28 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

BRINCANDO COM

INTELIGENCIA

ARTIFICIAL

Se sua ideia é brincar com vozes, você pode usar a inteligência artificial e há diversas opções para isso: no Voice.AI e no Musicfy você pode aproveitar as vozes predefinidas de Morgan Freeman, Kendrick Lamar, Ariana Grande, Rihanna e muitos outros para brincar. Mas lembre-se: os testes são apenas para diversão e jamais para a comercialização desses materiais.

Se sua ideia é conseguir músicas para trilha sonora, as IAs dos sites Soundful e o Beatoven podem produzir música instrumental com inteligência artificial a partir das orientações que o usuário der.

AFINE SEU CANTO COM APLICATIVOS

É possível aprender a cantar apenas por aplicativos? Ainda não. Os professores sempre serão insubstituíveis, mas para quem quer dar os primeiros passos, aqui pode ser um bom começo.

Os principais aplicativos de canto trabalham com exercícios vocais para manutenção da afinação, então eles indicam uma nota ou melodias para você acompanhar. Importante salientar que, tal qual malhar, é preciso praticar um pouco todo dia, por isso, a orientação é importante para não se machucar (aqueça sempre). Sing Sharp e Voice Training são ideais nesse sentido.

PARA SEPARAR O QUE VOCE QUISER

Moisés foi o personagem bíblico que teve como seu feito mais conhecido abrir o Mar Vermelho, e saber essa história deixa o nome da nossa próxima dica bem criativo: o Moises é um aplicativo que separa as ondas musicais de cada instrumento de uma música. Esse recurso permite que ele seja ótimo para produzir karaokês perfeitos e não apenas para vozes, mas para qualquer instrumento. Músicos das cordas, de percussão, das teclas ou do canto que queiram treinar com o acompanhamento original podem usar estas mesmas funções que o aplicativo oferece. Além disso, permite manipular outras funções como andamento (velocidade), alternar o tom da canção ou até mesmo tirar a cifra da música, ajudando a fazer ajustes que forem melhor para a sua voz ou instrumento. Existem limitações na versão gratuita, mas vale a pena o teste.

PRODUZINDO MUSICA NO CELULAR

Agora que vocês já treinaram bastante sua voz e seus instrumentos, hora de colocar os novos conhecimentos em prática criando música do zero. Para isso é necessário ter os DAWs em mãos. Esta é uma sigla para Digital Audio Workstation (“estação de trabalho de áudio digital”, em português), aplicativos que são um estúdio na palma da mão, nos quais é possível criar músicas, fazer equalizações e distorções, trabalhar timbres, acordes e solos, tudo com diversos vídeos no YouTube ensinando.

O mais conhecido deles é o GarageBand, desenvolvido pela Apple e exclusivo para os iOS e para os computadores MAC. Porém, é claro que o Android tem opções, e uma delas é o BandLab (que também tem para iOS), com a vantagem que esse também tem uma rede social com a qual dá para colaborar com outros artistas. Já o mais profissional de todos esses é o Cubasis 3, que se parece muito com um programa de computador, mas também funciona no celular: completo e cheio de recursos que permitem os mais avançados a desenvolverem toda sua criatividade.

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DESVENDANDO O EFEITO ESTUFA:

QUAIS ATIVIDADES IMPACTAM O MEIO AMBIENTE?

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Nos meses mais quentes e nos dias de frio, existe uma observação em comum: a oscilação na temperatura e a mudança repentina do clima, seja com sensações térmicas acima da média ou com chuvas prolongadas — e exemplos não faltam, seja no Estado ou no mundo. Mas como explicar a mudança inesperada? Uma das causas pode estar no efeito estufa e nas atividades humanas, responsáveis pelo desequilíbrio e irregularidade nos termômetros.

De acordo com dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 foi considerado o mais quente nos últimos 174 anos — a elevação na temperatura foi de 1,4°C. O estudo também colocou a última década como uma das mais quentes da história, dados que acendem o sinal de alerta.

/ NOSSO PLANETA
30 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

O QUE É O EFEITO ESTUFA?

Por mais que o termo seja conhecido por muitos, você já se perguntou qual é o significado do efeito estufa? Esse é um fenômeno natural que ocorre na atmosfera, com o objetivo de manter a superfície do planeta em uma temperatura adequada. Tudo começa com a luz solar que atinge a Terra, já que parte dela é absorvida pela extensão terrestre. O passo seguinte é a radiação térmica enviada do nosso planeta para o espaço. “É um fenômeno natural de extrema importância, necessário para manter a existência, mantendo as temperaturas globais mais elevadas. Sem esse efeito nós estaríamos em um local muito mais frio”, comenta o meteorologista Piter Scheuer.

É na etapa posterior que os gases do efeito estufa absorvem uma porção da radiação, devolvendo parte das substâncias para o globo. Durante o processo é criada uma camada natural, responsável por reter o calor e manter a temperatura média. Entre os gases que fazem parte do processo, vale destacar a presença do dióxido de carbono (CO2), produzido pela queima de combustíveis fósseis, incluindo carvão, petróleo e gás natural; do metano (CH4), derivado dos pântanos e decomposição orgânica, além da produção e transporte de combustíveis fósseis; óxidos de nitrogênio (NOx), criado durante a combustão em veículos e instalações industriais; e gases fluorados, produzidos industrialmente — representam uma pequena fração, mas o potencial de aquecimento é maior.

QUAL É A RELAÇÃO ENTRE O EFEITO ESTUFA E AS AÇÕES HUMANAS?

Quando o assunto é compreender as atividades do cotidiano e como cada atitude pode transformar a natureza, é essencial ter em mente que toda decisão é seguida de uma reação — neste caso, a resposta pode ser o aumento das temperaturas ou mudanças climáticas. “À medida que a concentração dos gases do efeito estufa aumenta, o mesmo acontece com a temperatura da superfície global. Isso acaba favorecendo a formação de tempestades mais severas, ciclones e extremos de temperatura. Um é inversamente proporcional ao outro”, opina o profissional.

Conheça algumas ações que contribuem com o efeito estufa:

EMISSÃO DE GASES: realizada por meio da queima de combustíveis fósseis e desmatamento, por exemplo, atividades que contribuem com a emissão das substâncias liberadas na atmosfera.

TROCA DE SOLO: outra ação que contribui com o efeito estufa é a mudança de uso do solo, ou seja, quando uma região que antes era preservada passa a ser utilizada na agricultura ou expansão urbana.

PROCESSOS INDUSTRIAIS: algumas atividades industriais também contribuem, incluindo a produção de cimento, processos químicos e a produção de aço.

RESÍDUOS: o descarte incorreto de materiais em aterros sanitários contribui com a produção de substâncias, como o metano, que impactam diretamente o efeito estufa.

EFEITO ESTUFA X AQUECIMENTO GLOBAL

Enquanto o efeito estufa é encarregado de controlar a temperatura, o aquecimento global está ligado ao vínculo do ser humano com o meio ambiente. “O efeito estufa é um fenômeno natural que garante a temperatura mais elevada para a superfície da Terra, para que possamos viver aqui. O aquecimento global está associado ao aumento das temperaturas do planeta e das águas dos oceanos, por conta da ação do homem ou, muitas vezes, da ação local”, finaliza Piter.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 31

7 DITADOS

QUE VOCE FALA ERRADO ^

E NAO SABIA ~ POPULARES

POR REDAÇÃO ITS TEENS

/ COMO FUNCIONA?
32 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

Quem nunca ouviu um ditado popular? Essas frases carregam consigo muita sabedoria para quem fala e lição para quem ouve. São expressões comuns de origens humanas.

Alguns registros apontam que os ditados populares já eram utilizados há tempos, ainda antes de Cristo (a.C.). Os filósofos, reis, rainhas e pensadores utilizavam as expressões durante vários períodos históricos e, atualmente, elas ainda estão presentes. Porém, é justamente por essa passagem de tempo que muitas delas foram sendo modificadas ou adaptadas. Por isso, preparamos sete ditados populares que bem provavelmente falamos errado:

�� ERRADO: “Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.”

�� CERTO: “Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.”

�� ERRADO: “Cuspido e escarrado.”

�� CERTO: “Esculpido em Carrara.” (Carrara é um tipo de mármore.)

�� ERRADO: “Quem não tem cão, caça com gato.”

�� CERTO: “Quem não tem cão, caça como gato.” (Ou seja, sozinho.)

�� ERRADO: “Quem tem boca vai a Roma.”

�� CERTO: “Quem tem boca vaia Roma.”

�� ERRADO: “Hoje é domingo, pé de cachimbo.”

�� CERTO: “Hoje é domingo, pede cachimbo.”

�� ERRADO: “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho carpinteiro.”

�� CERTO: “Esse menino não para quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.”

�� ERRADO: “Cor de burro quando foge.”

�� CERTO: “Corro de burro quando foge.”

DE ONDE VIERAM OS SOBRENOMES MAIS POPULARES DO BRASIL?

Já se perguntou por que tantas pessoas de diferentes lugares do Brasil têm o mesmo sobrenome? Aposto que você já encontrou um Silva por aí, ou até mesmo alguém da família Oliveira. Mas como um indivíduo do Norte do país pode ter essa semelhança com alguém do Sul? A resposta para essa questão está na colonização portuguesa.

Silva ocupa o primeiro lugar dentre os mais comuns, tanto no Brasil como em Portugal, segundo a plataforma Forebears. Com mais de cinco milhões de brasileiros registrados, o sobrenome tem origem geográfica e veio do termo latino “silva” — com significado de “selva” ou “floresta”. A presença dos romanos na Península Ibérica, onde hoje ficam Portugal e Espanha, fez com que muitos habitantes da região portuguesa adotassem Silva como nome próprio, popularizando-se no nosso país após a chegada dos europeus.

Santos também está entre os mais comuns. Neste caso, existem diferentes motivos que levaram as pessoas a adotarem o sobrenome, que tem como origem a palavra latina “sanctus”: santo ou consagrado. Na Era Medieval, quem nascia no dia 1º de novembro, o Dia de Todos os Santos, poderia receber esse nome. Já outro ramo da família está ligado ao Sul da Espanha, na cordilheira Sierra de los Santos.

Também de origem geográfica, a família Oliveira conta com mais de três milhões de integrantes brasileiros e faz referência à árvore que dá seu nome. Já um sobrenome que causa confusão devido a sua grafia, o Souza, vem do latim “saxa”, algo como uma rocha. Ao ser modificado para o português, o termo passou a ser “sausa” e posteriormente “sousa” — passando a ser registrado também com “z” no Brasil. Fugindo um pouco de Portugal, a raiz do sobrenome Rodrigues está ligada ao país vizinho, a Espanha, e significa “filho de Rodrigo”. É possível encontrar pessoas dessa mesma origem em outros países da América Latina, como Colômbia, Uruguai e Costa Rica, além de estar presente também nas comunidades hispânicas dos Estados Unidos.

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5 profissões nem sabia delas QUE DEIXARAM

DE EXISTIR E VOCÊ

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Conforme o mundo e as tecnologias evoluem, cresce no mercado a demanda por profissionais que atendam diversas áreas. Engenheiros robóticos, gestores de mídias sociais e cientistas de dados são algumas das apostas de profissões em alta nos próximos anos. No entanto, enquanto surgem novas ocupações, outras desaparecem com o tempo. Conheça cinco delas:

/ VOCÊ SABIA?
34 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

1. Lanterninha de cinema

Embora os cinemas contam com diversos funcionários para manter um bom funcionamento do estabelecimento, algumas décadas atrás existia outra ocupação: os lanterninhas. Responsáveis por realizar diversas tarefas dentro das salas de projeção, os profissionais auxiliavam os espectadores a encontrar o assento designado, direcionavam-nos para banheiros, saídas de emergência e áreas de lanchonete durante o filme e zelavam pelo comportamento durante as exibições, podendo até pedir para que o público barulhento se retirasse.

2. Telefonista

Muito antes dos smartphones e dos aplicativos de mensagens existirem, a forma de comunicação acontecia de um jeito diferente. Após a invenção do telefone, era necessário alguém para auxiliar a conexão com outro aparelho.

Muitas vezes ocupadas por mulheres, a profissão de telefonista era a responsável por repassar as ligações do remetente para ramais específicos. Para isso, era necessário informar o número do telefone e outros dados, como a cidade do destinatário. Até a década de 1980, era comum encontrar telefonistas no Brasil.

3. Acendedor de poste

Você já percebeu que após certo horário os postes se acendem sozinhos? Antes da implementação da eletricidade nas cidades, a iluminação urbana era feita manualmente pelos acendedores.

Ao entardecer, os profissionais eram encarregados de diariamente ligar e desligar as lâmpadas dos postes de iluminação pública. Seja à base de lamparina a gás ou com querosene, os acendedores utilizavam uma longa vara com uma chama na extremidade para ativar a iluminação.

4. Leiteiro

Figuras presentes em diversos filmes antigos, os leiteiros passavam de porta em porta, cedo pela manhã, para abastecer as famílias. Muitas pessoas já deixavam um vasilhame do lado de fora da residência à espera da garrafa de vidro com leite fresquinho.

O declínio da profissão veio por volta dos anos 1950 e 1960, à medida que a produção em grande escala e os avanços nos sistemas de refrigeração permitiram que uma variedade de leites ocupassem as prateleiras dos supermercados.

5. Vendedor de enciclopédia

Antes de existirem plataformas de pesquisas, como o famoso Google, e conseguirmos ter acesso a milhares de informações em apenas alguns segundos, o maior meio de estudo eram as enciclopédias.

Para que as pessoas tivessem contato com esse material, os profissionais visitavam as casas a fim de vender os livros. Com apresentações em domicílio dos produtos e um grande poder de persuasão, os vendedores mostravam a variedade de tópicos abordados e a qualidade das informações.

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/ GALERIAS 36 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

FESTIVAL ESCOLAR DA CANÇÃO

Crianças, estudantes e profissionais da rede municipal de Florianópolis soltaram a voz na etapa Centro/Continente da segunda edição do Festival Escolar da Canção. Os participantes das entidades conveniadas e os estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) também marcaram presença.

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Secretaria Municipal de Educação de
Fotos:
Florianópolis/Divulgação
/ GALERIAS 38 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024
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Secretaria
Fotos:
Municipal de Educação de Florianópolis/Divulgação
/ GALERIAS 40 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024
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Fotos: Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis/Divulgação

COISAS DE PEDRINHO

No show de mágicas fui parar, Queria ver o coelho da cartola saltar. Vi um desafio surgir, O que faria se coelho pudesse me sentir.

Pedro diria: “Coelho não posso ser, nasci gente”, Coisas de Pedrinho, sempre tão diferente. “Se fosse um pombo, o que faria?” “Voar!” a garota respondia.

Pedro, o amigo que sabe das aves, Que caçam, falam, fazem amizades. Sabe o nome de todas e onde vivem, Diria algo incrível aos que sorrissem.

Tantos pensamentos que do coelho esqueci, Do Pedrinho lembrei ali.

O circo, tão a cara dele, mas ele não estava, O local não o aguardava. Sobre ele, algo novo eu aprendia. Aprendi a ver o mundo como ele via, Sim, as coisas de Pedrinho, que eu não sabia.

/ SAIDEIRA
POR ADRIELI WEINGERTNER professora de Educação Especial da EBM Luiz Cândido Luz
42 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / JUNHO 2024

RESPOSTAS

1 BAHIA

Primeira capital do Brasil, escolha estratégica devido a localização geográfica favorável, Salvador se tornou a capital da Bahia em 1549. Importante centro administrativo e econômico durante a colônia portuguesa, a cidade continua influente devido a sua importância cultural e belezas naturais — o Centro Histórico do Pelourinho é considerado um Patrimônio Mundial da Unesco. A culinária e as festas populares também são marcas registradas da região.

2 MATO GROSSO DO SUL

Com uma rica diversidade cultural, com influências indígenas e também gaúchas, Campo Grande abriga pontos marcantes que refletem a história e tradições do Mato Grosso do Sul. Localizado no coração da cidade, o Parque dos Poderes é uma região que se destaca pelos diversos prédios governamentais e pelo ambiente arborizado. Já o Bioparque Pantanal abriga o maior aquário de água doce do mundo.

3 PARAÍBA

Com praias de águas quentes e calmas e um ponto turístico projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, o Farol do Cabo Branco, João Pessoa é uma cidade rica em história e cultura. A capital paraibana é conhecida por ter o ponto mais oriental de todas as Américas, ou seja, local onde os primeiros raios solares aparecem. A Feira de Artesanato de Tambaú e Festival Internacional de Música Clássica também são destaques na região, atraindo visitantes de todos os lugares.

4 ESPÍRITO SANTO

Conhecida pelo Centro Histórico, Vitória é uma capital que preserva a arquitetura e o passado da cidade. Situada em uma ilha, tem a Terceira Ponte como um dos pontos mais marcantes da região, juntamente com o bairro Ilha das Caieiras, famoso pela tradição pesqueira, e a Praia de Camburi.

5 PARANÁ

Unindo características urbanísticas, culturais e ambientais, Curitiba destaca-se pelo Jardim Botânico, um dos cartões-postais da cidade, e pelo seu sistema inovador de transporte público. Com um grande número de imigrantes japoneses na região, foi criada a Calçada da Fama, para homenagear personalidades da comunidade nipo-brasileira. A Ópera de Arame, o Museu Oscar Niemeyer e o Bosque Alemão são outros pontos famosos da capital.

6 ALAGOAS

Abrigando águas cristalinas e areias brancas, Maceió se destaca por suas praias deslumbrantes e piscinas naturais. Além do mar, é possível conhecer mais sobre a cidade no Centro Histórico, com construções tradicionais, e nos centros culturais espalhados pela região, com museus e feiras de artesanato.

7 MATO GROSSO

Uma das capitais mais quentes do Brasil, Cuiabá tem uma forte cultura pantaneira, com tradições típicas do Pantanal. As expressões artísticas tradicionais, como o artesanato feito em madeira e cerâmica, são pontos fortes da cidade. A culinária, com pratos como a Maria Isabel (feito com arroz e carne de sol desfiada), e as paisagens naturais, como o Encontro das Águas dos rios Cuiabá e Coxipó, também ganham destaque.

8 MARANHÃO

São Luís é uma das capitais mais culturalmente ricas do país. Com ruas de paralelepípedos e casarões coloniais, o Centro Histórico da cidade é considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Já as belas praias deram o título de “Ilha do Amor” para a região. As festas tradicionais, como o Bumba Meu Boi e o São João, também viram atrações para visitantes de todo o país.

9 TOCANTINS

Projetada com uma concepção urbana e moderna para ser a capital de Tocantins, Palmas foi criada em 1989, sendo considerada uma cidade jovem. O Parque dos Povos Indígenas destaca a importância das comunidades indígenas na região, enquanto a Praia da Graciosa, uma praia artificial na margem do Rio Tocantins, tornou-se um ponto de lazer. O artesanato feito com capim dourado, típico do cerrado, também é um elemento marcante do local.

10 GOIÁS

Uma das primeiras cidades planejadas do país, no início do século 20, Goiânia foi projetada para ser a capital de Goiás. Unindo elementos urbanos e naturais, a cidade possui locais de espaços para lazer, como o Bosque dos Buritis, espaços para conhecer a história da região, como Vila Cultural Cora Coralina, e também esculturas marcantes, como o Monumento às Três Raças, simbolizando a miscigenação racial no Brasil.

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/ DIVERSÃO

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