its Teens Florianópolis - 23

Renata Bomfim Gerente de projetos especiais

Prepare-se para mais uma edição incrível da revista its Teens que chega até a sua escola. Neste mês de maio, os conteúdos abordados foram pensados em temas que podem despertar ainda mais a sua curiosidade e seu gosto pela leitura — inclusive a capa desta edição destaca o movimento da rede municipal de Florianópolis sobre essa temática.

Com assuntos históricos, você vai saber como é feita a pesquisa e quais os critérios que tornam um local patrimônio da humanidade. Você já se questionou sobre isso? De tantos lugares no mundo, por que uns têm peso histórico e outros nem tanto? Ainda nessa linha, relembre os traços da arte que revolucionaram o mundo e impactaram movimentos culturais.

Aproveite para conhecer o que foi assunto nas escolas que compõem a rede, os projetos que despertaram mudança de atitude e comportamento nos estudantes e fique por dentro das ações que foram além da sala de aula. Compartilhe com os seus amigos, veja se conhece alguém desta edição e venha somar conosco na próxima. Que tal você se encontrar por aqui também?

Boa leitura!

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

GABRIEL COSTA HABEYCHE

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

CRISTIANO MIELCZARSKI

DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

BRUNA FACCIN DESIGNER GRÁFICO

CATIELLE PARIZOTTO GERENTE DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES catielle.parizotto@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI

GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

JULIANA POMPEU BARELLA

GERENTE COMERCIAL OESTE juliana.barella@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ

GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3.000 EXEMPLARES

NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026

VOCÊ CONHECE AS CAPITAIS DO MUNDO?

Teste seus conhecimentos geográficos e tente acertar as capitais dos países

URUGUAI

a) Salto

b) Rivera

c) Montevidéu

INGLATERRA

a) Manchester

b) Liverpool

c) Londres

TAILÂNDIA

a) Ayutthaya

b) Bangkok

c) Chiang Mai

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA

DO CONGO

a) Lubumbashi

b) Kinshasa

c) Kisangani

EGITO

a) Giza

b) Cairo

c) Alexandria

UCRÂNIA

a) Kharkiv

b) Lviv

c) Kiev

CANADÁ

a) Ottawa

b) Vancouver

c) Toronto

GUIANA

a) Nova Amsterdã

b) Georgetown

c) Linden

COREIA DO SUL

a) Busan

b) Seul

c) Daegu 1 2 3 4 5 8 6 9 7 10

VIETNÃ

a) Hanói

b) Ho Chi Minh

c) Hoi An

Confira as respostas na página 43.

SPOILER

Em Angola tem? No Brasil também!

DIÁRIO ESCOLAR

Heranças do mundo: o que é preciso para um lugar se tornar um patrimônio da humanidade?

CONHECIMENTOS

GERAIS

7 movimentos que transformaram o mundo da arte

CULTURA POP

Um cenário familiar

CONSCIENTIZAÇÃO

Ser diferente é normal

NOTÍCIAS DAS ESCOLAS

MEIO AMBIENTE

Em busca da sustentabilidade

WI-FI

Você sabe como começaram as redes sociais?

NOSSO PLANETA

O que a posição da Terra tem a ver com as estações?

COMO FUNCIONA?

Você sabe como acontece a cicatrização da pele?

VOCÊ SABIA?

Teorias da Área 51: quais são os mistérios que o local esconde?

GALERIAS

CAPA

Além do ABC

SAIDEIRA

A menina e o jardim de girassóis

DIVERSÃO

Você conhece as capitais do mundo?

Em Angola tem? No Brasil também!

POR DANIEL MACHADO DA CONCEIÇÃO

Professor de História da EBM Professora Zulma Freitas de Souza

Como a escrita e a troca de cartas podem ser empolgantes! Entre amigos é um alento para acalmar a saudade; entre estranhos e desconhecidos, é uma descoberta em cada nova frase e palavra. Descrever esse segundo momento é a proposta do livro “Em Angola tem? No Brasil também!”, de Rogério Andrade Barbosa e do ilustrador Jô Oliveira. A história conta a experiência de dois meninos, Josinaldo e Matondo, um estudante de uma escola em Salvador, no Brasil, América; outro de uma escola em Luanda, em Angola, na África.

Dois meninos de 12 anos — como muitos de meus estudantes — separados por um oceano de ancestralidade carregado de violência imposta pelo colonizador e que hoje permite, mesmo a distância, descobrir suas semelhanças. Os garotos fazem parte de um projeto de escrita de cartas entre os estudantes dos dois países. A emoção de escrever, enviar e receber uma carta significa um reencontro cheio de curiosidades, com momentos de muito espanto ao identificar uma relação entre nós e eles, repleta de semelhanças.

Enquanto trocam cartas, identificam escritores, novelas, crenças, arquitetura, festividades, mitologia, origem da capoeira, palavras e amor pelo futebol, identificam semelhanças entre Brasil e Angola. São situações e condições que aproximam os dois meninos, separados por um oceano. Em cada nova página percebemos o movimento das cartas que chegam e das que vão, recebidas com surpresa, contagiam as famílias e as escolas dos meninos: uma no continente americano; outra no africano.

Nessa história, a satisfação em aprender é expressa no envolvimento dos amigos Josinaldo e Matondo. Posso dizer que esse mesmo entusiasmo é compartilhado pelo leitor, que, atraído pelas perguntas e respostas dos garotos, reconhece as semelhanças entre Salvador e Luanda.

O mar que separa os dois continentes não conseguiu apagar a memória ancestral e cultural. Nesse livro maravilhoso é possível perceber que entre nós e eles há uma relação no modo de vida como algo muito mais familiar do que uma imagem exótica. Na verdade, o mar acabou unindo e disseminando cultura e valores, que devem ganhar visibilidade para entendermos o quanto somos parecidos.

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

MEU AVÔ AFRICANO

Carmen Lucia Campos, com ilustrações de Laurent Cardon

A HERANÇA AFRICANA NO BRASIL

Daniel Esteves, com ilustrações de Wagner de Souza

UM PASSEIO PELA ÁFRICA

Alberto da Costa e Silva, com ilustrações de Rodrigo Rosa

BIA NA ÁFRICA

Ricardo Dreguer, com ilustrações de Thiago Lopes

MEU TATARAVÔ ERA AFRICANO

Georgina Martins e Teresa Silva Telles, com ilustrações de Maurício Negro

HERANÇAS DO MUNDO:

o que é preciso para um lugar se tornar um patrimônio da humanidade?

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Você sabe o que Machu Picchu (Peru), o Palácio de Versalhes (França) e a Grande Barreira de Coral (Austrália) têm em comum? Embora estejam localizados em diferentes regiões ao redor do mundo e possuírem características singulares, todos foram tombados como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Englobando desde monumentos e obras de arquitetura até formações geológicas, a lista foi criada com o propósito de proteger e preservar bens em todo o planeta, reforçando o senso de identidade e reconhecendo pontos de importância para as gerações passadas, presentes e futuras.

Foi durante a 17ª reunião da Conferência Geral da Unesco, em 1972, que a Convenção do Patrimônio Mundial Cultural e Natural foi incorporada à instituição, procurando valorizar as riquezas das nações consideradas significativas para a humanidade e evitar maiores deteriorações desses espaços. A implementação de medidas de conservação destes espaços também faz parte dos objetivos da organização.

PATRIMÔNIO CULTURAL

Incluindo edificações, estruturas ou áreas com valores culturais, históricos, arquitetônicos, científicos ou arqueológicos, esta categoria abrange uma diversidade de obras provenientes de culturas e períodos diferentes. Conheça alguns exemplos:

Muralha da China (China)

Taj Mahal (Índia)

Pirâmides de Gizé (Egito)

Acrópole de Atenas (Grécia)

Cidade Amuralhada de Cartagena (Colômbia)

PATRIMÔNIO NATURAL

Com monumentos naturais, formações biológicas, ecossistemas e habitats com uma grande biodiversidade, os patrimônios naturais destacam-se por sua beleza e processos geológicos significativos. Alguns deles são:

Montanhas Rochosas Canadenses (Canadá)

Galápagos (Equador)

Parque Nacional Serengeti (Tanzânia)

Ilha de Jeju (Coreia do Sul)

Parque Nacional Los Glaciares (Argentina)

PATRIMÔNIO MISTO

Há também aqueles que não se encaixam em apenas uma categoria. É o caso dos mistos. Com pontos que possuem valores tanto culturais quanto naturais, esses locais se destacam pela interação entre a natureza e a tradição. Eles podem incluir:

Machu Picchu (Peru)

Monte Athos (Grécia)

Montanhas Azuis e John Crow (Jamaica)

Parque Nacional de Khangchendzonga (Índia)

Tassili n’ Ajjer (Argélia)

COMO UM PATRIMÔNIO É RECONHECIDO?

Avaliando representatividade, autenticidade, diversidade e necessidade de proteção do local, o processo para designar um novo patrimônio é coordenado pela Unesco e envolve quatro etapas:

Indicação: com uma documentação retratando a importância cultural, natural ou mista do local, o próprio país indica um ponto de sua lista de patrimônios nacionais.

Avaliação: considerando os critérios estabelecidos pela organização, o Comitê Internacional de Conselheiros para Monumentos e Sítios (ICOMOS) examina os aspectos culturais, e a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), os elementos naturais.

Revisão: após a avaliação das duas instituições, o Comitê Internacional do Patrimônio Mundial, composto por representantes de países integrantes da Unesco, analisa as considerações e decide quem será incluído na Lista do Patrimônio Mundial.

Inclusão e monitoramento: com o local incluído entre os patrimônios, o país de origem se responsabiliza pela preservação e gestão do espaço. Para isso, a Unesco fornece assistência técnica e diretrizes para auxiliar na conservação.

BRASIL

Abrigando regiões únicas e ricas em diversidade cultural, natural e histórica, o Brasil possui uma pluralidade de patrimônios tombados. Por aqui, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é quem decide qual item (material e imaterial) se tornará um bem nacional.

O reconhecimento das paisagens naturais e manifestações de diferentes tradições brasileiras também é internacional. Certificados pela Unesco, espaços de Norte a Sul do país fazem parte dos patrimônios da humanidade. Conheça alguns deles:

Cultural

Centro Histórico de Salvador (Bahia)

Sítio Roberto Burle Marx (Rio de Janeiro)

Brasília (Distrito Federal)

Conjunto Moderno da Pampulha (Minas Gerais)

Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí)

Natural

Parque Nacional do Iguaçu (Paraná)

Reservas do Cerrado: Parques Nacionais da Chapada dos Veadeiros e das Emas (Goiás)

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Pernambuco)

Complexo de Conservação da Amazônia Central (Amazonas)

Complexo de Áreas Protegidas do Pantanal (Mato Grosso/Mato Grosso do Sul)

Misto

Paraty e Ilha Grande (Rio de Janeiro)

7 movimentos que transformaram o mundo da arte

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Antes da criação de sistemas complexos de escrita, os seres humanos já se dedicavam à produção artística. Ligada às primeiras formas de expressão, essas manifestações vão além de um singelo registro, assumindo o papel de reflexo das mudanças sociais e na formação da cultura. Afinal, as criações estão essencialmente entrelaçadas à sociedade em que foram elaboradas.

Ao longo dos séculos, é possível perceber as transformações da história retratadas em obras visuais, músicas, danças e outras formas de expressão. Desde o período Pré-Histórico, com os desenhos rupestres nas cavernas, até as tendências contemporâneas influenciadas pela tecnologia, a arte atua como um testemunho da identidade de uma cultura e de uma época. Acompanhando o percurso da humanidade, os movimentos moldaram a estética e redefiniram o significado da arte. Conheça sete deles:

1. Gótico (Séculos 12 a 14)

Predominante na Europa, entre os séculos 12 e 14, a arte gótica é caracterizada por obras arquitetônicas grandiosas, contemplando esculturas detalhadas e vitrais coloridos, como a Basílica de Saint-Denis, em Paris, e a Catedral de Sevilha, na Espanha. Além da arquitetura, esculturas e pinturas também fazem parte do movimento — com uma temática predominantemente religiosa, as obras refletem a influência da Igreja Católica.

2. Renascimento (Séculos 14 a 16)

Com grandes artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo e William Shakespeare, o Renascimento é um movimento artístico, cultural e intelectual marcado por técnicas de perspectiva, humanismo e realismo. Com obras de traços refinados, unindo a busca pelo conhecimento e as capacidades humanas, a época renascentista também foi marcada pela expansão da literatura e pelo avanço das ciências e políticas, deixando um impacto na cultura europeia e mundial.

3. Barroco (Séculos 16 a 18)

5. Cubismo (Século 20)

Liderado por Pablo Picasso e Georges Braque, o Cubismo começou por volta de 1907, buscando maneiras de romper as práticas tradicionais de representações visuais. Com diferentes fases, o movimento explorava as formas geométricas em planos e ângulos distintos. O impacto na arte moderna influenciou outras correntes posteriores, como o Futurismo, o Dadaísmo e o Abstracionismo.

6. Surrealismo (Século 20)

Com obras intrigantes, na década de 1920, o Surrealismo surge como um movimento caracterizado pela liberdade da razão e a exploração do inconsciente da mente humana, liderado pelo escritor André Breton. Artistas como Salvador Dalí, autor de “A Persistência da Memória”, e René Magritte, criador de “A Traição das Imagens”, fazem parte da tendência, com obras que desafiam a lógica.

7. Pop Art (Século 20)

Surgido na década de 1950 nos Estados Unidos e Reino Unido, o movimento incorporava elementos da cultura pop, como celebridades e produtos famosos, nas obras de arte. De forma irônica e crítica à sociedade de consumo, a Pop Art desafiou as hierarquias das artes eruditas, trazendo a mídia de massa como protagonista nas expressões artísticas. “A banana” e “Marilyn Diptych”, de Andy Warhol, são algumas das obras mais marcantes do período.

Caracterizado pela teatralidade, expressividade emocional e grandiosidade, o Barroco foi um movimento que frequentemente retratava temáticas religiosas, mitológicas e do cotidiano. Unindo arquitetura, pintura, literatura, música e esculturas, as obras buscavam criar uma atmosfera dramática. Nas artes visuais, técnicas de contrastes intensos de luz e sombra eram utilizadas; as construções foram marcadas por igrejas ornamentadas e palácios luxuosos; já as melodias eram feitas com ornamentações elaboradas. No Brasil, a Igreja de São Francisco de Assis, em Minas Gerais, e a Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Recife, são exemplos marcantes da arquitetura barroca. O artista Aleijadinho deixou sua marca no movimento com as esculturas detalhadas em pedra-sabão e madeira, enquanto Gregório de Matos criou poemas com temas amorosos, satíricos e religiosos.

4. Romantismo (Séculos 18 a 19)

Enfatizando a individualidade e as emoções, o Romantismo foi um movimento com influências que ultrapassaram as artes — com ideias e valores sociais, teve impacto também na identidade nacional pelas regiões da Europa. Na pintura, cenas históricas e representações de paisagens naturais eram a marca registrada; juntamente com a natureza, o amor e o heroísmo eram temas explorados na literatura; compositores como Beethoven criaram obras com emoção e subjetividade, deixando suas marcas na música.

O livro “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, a pintura “A Liberdade Guiando o Povo”, de Eugène Delacroix, e “Serenata Noturna”, de Wolfgang Amadeus Mozart, são exemplos de produções artísticas do Romantismo.

SER DIFERENTE É NORMAL

Professora recria boneca para trabalhar sensibilização de turma da Educação Infantil; confira o tema que foi avaliado na unidade

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Falar sobre aquilo que não podemos sentir e nem imaginar é uma tarefa delicada, que quase sempre vem acompanhada de muita dedicação e desafios. Isso porque é preciso ter empatia para se colocar no lugar do outro, compreendendo que ações simples podem ser conquistas para aqueles que estão inseridos em uma realidade diferente. No Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Machado de Assis, os pequenos estão aprendendo desde cedo a importância da compreensão e aceitação.

As turmas tiveram o privilégio de aprender sobre o autismo ao lado de Gigi, personagem que foi criada para promover a integração entre os grupos e a conscientização. Com cabelos castanhos, luvas e sapatos rosa, cada detalhe foi pensado para que a interação fosse marcada pelas trocas e novos aprendizados. “Foram feitas várias ações. Fizemos murais, todo mundo usou a cor azul e foi colocado um bilhete na agenda explicando”, conta a professora de educação especial Isaclara Nunes Martins, lembrando das atividades realizadas em abril, mês que marca a causa das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

A figura despertou a curiosidade dos pequenos e até mesmo dos pais, que foram recepcionados logo na entrada da unidade. Sua inspiração teve como ponto de partida aquilo que é possível ver na própria unidade: o atendimento e o cuidado com a educação especial. “Pensei nessa boneca porque ela usa abafador, já que as pessoas podem pensar que é um fone de ouvido. Foi usado para explicar que algumas crian ças, assim como a Gigi, têm hipersensibilidade ao som, então colocam o abafador para ficarem mais confortáveis”, explica a educadora, que acredita que o tamanho avantajado da cabeça foi uma das características mais marcantes para os pequenos. Mais importante que a alegria e a proximidade com a boneca, a oportunidade foi essencial para explicar conceitos que serão levados para a vida, muito além da Educa ção Infantil. “Consegui conversar sobre o espectro, que cada cérebro é diferente, que as crianças têm esse comportamento, porque às vezes elas não sabem como brincar, e podemos chegar perto, perguntar se querem brincar. Foi feita essa conscientiza ção”, relata Isaclara.

No caso de quem idealizou a criação, o que fica na lembrança é a forma como as famílias aceitaram a Gigi. “Uma mãe começou a chorar e disse: ‘Meu Deus, estou emocionada de ver isso’; a outra falou: ‘Meu filho, hoje é o seu dia’”, ressalta a profissional que trabalha na sala multimeios, pontuando que o diferencial foi o acolhimento oferecido e o protagonismo da conscientização. O sucesso foi tanto que a boneca está sendo convidada para visitar outras unidades da rede municipal. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação, 236 crianças estão matriculadas na unidade, sendo que 13 foram diagnosticadas com o Transtor no do Espectro Autista.

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:

turmas aprendem sobre respeito e inclusão em atividade sobre autismo.

Tempo de leitura: 6 minutos

O encontro com a personagem promoveu interação e conhecimento entre as turmas

Machado de Assis/Divulgação

Fotos: NEIM

PARA QUE SERVEM OS CORDÕES?

Para contribuir com a identificação de pessoas que convivem com algum tipo de deficiência, existem acessórios que podem ser utilizados, seja para facilitar a comunicação ou até mesmo a inclusão — mas é preciso estar atento, já que o uso é limitado às pessoas que possuem diagnóstico. Veja como o item deve ser utilizado:

CORDÃO DE GIRASSOL: o acessório é indicado nos casos em que há alguma deficiência oculta e passa a ser reconhecido como um símbolo nacional de identificação. O uso é opcional e os direitos assegurados permanecem mesmo nos casos em que não é feito o uso. Em Florianópolis, a Lei 11.033, de 13 de julho de 2023, reconhece o uso do objeto.

CORDÃO DE QUEBRA-CABEÇA: deve ser utilizado nos casos em que há um diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista, seja por laudo ou documento técnico. Vale ressaltar que o uso é opcional e que todos os direitos devem ser assegurados mesmo no caso em que o indivíduo está sem o cordão. Em Florianópolis, o Decreto 25.518, de 4 de setembro de 2023, valida o uso do cordão.

Grupo de trabalho visa combater

bullying na rede municipal de ensino

A Secretaria de Educação de Florianópolis instituiu um Grupo de Trabalho (GT) de Combate ao Bullying e Cyberbullying na rede municipal de ensino. Composto por diversos setores da sociedade, o grupo irá estudar, discutir e elaborar uma política municipal de enfrentamento e prevenção dessas violências.

Três Escolas Básicas Municipais (EBMs) e três Núcleos de Educação Infantil Municipal (Neims) da rede municipal de educação assistiram à apresentação especial do Balé Bolshoi do Brasil no Teatro do CIC. Mais de 270 estudantes e crianças participaram da plateia.

As unidades participantes foram as EBMs Lupércio Belarmino da Silva, José Amaro Cordeiro, Osvaldo Galupo, os Neims Chico Mendes, Nossa Senhora de Lurdes e Anjo da Guarda.

Estudantes assistem a apresentação do Balé Bolshoi

Trabalhadores do TCE irão concluir o Ensino Fundamental na EJA

Numa parceria entre Prefeitura Municipal de Florianópolis e Tribunal de Contas do Estado (TCE), 20 trabalhadores terceirizados do TCE concluirão o Ensino Fundamental com a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Agora, já são 22 polos da EJA espalhados pela capital catarinense.

Libras: ferramenta de inclusão nas escolas e creches de Florianópolis

A Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis oferece cursos de Língua Brasileira de Sinais (Libras) em 25 localidades. Há formações em escolas e creches para estudantes e crianças, bem como para a população em geral. O objetivo principal é contribuir na comunicação entre pessoas surdas e ouvintes.

O Dia Nacional da Libras é comemorado em 24 de abril. Nessa data, no ano de 2002, foi promulgada a Lei 10.436, que reconheceu a Libras como meio legal de comunicação e expressão.

Foto:

Guto

EM BUSCA DA

SUSTENTABILIDADE

Com práticas que podem ser adotadas no dia a dia, estudantes estão mudando a relação com o meio ambiente

POR ANA CAROLINE ARJONAS

O QUE VOCÊ

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estudantes aprendem sobre preservação em horta, composteira e minhocário.

Tempo de leitura: 7 minutos

Compreender que a relação com a natureza e a preocupação com o meio ambiente são tarefas coletivas é o primeiro passo para projetar um futuro sustentável. Na década marcada pelos cuidados com a flora e a fauna, as diretrizes são estipuladas pela Organização das Nações Unidas (ONU), responsável por eleger a Década da Ciência Oceânica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com 17 pilares.

Mas como é possível replicar cada um dos conceitos em sala de aula? E se fosse possível aprender desde cedo que cada atitude é capaz de impactar o lugar em que vivemos e a cautela com o planeta? Na Escola Básica Municipal (EBM) Beatriz de Souza Brito, o desenvolvimento sustentável é uma preocupação desde os primeiros anos. Isso porque todas as turmas participam de atividades que envolvem a prática com composteira, minhocário e horta, no projeto “Escola Lixo Zero Beatriz”. O mesmo vale para aqueles que estão no contraturno, que transformam o conhecimento em produções multimídias, como podcast, posts de redes sociais e conteúdos para internet.

“Recebemos as caixas d’água para confecção da composteira e, com o passar do tempo, percebemos o quanto de resíduo evitamos mandar para o meio ambiente ou para o aterro sanitário. Em cada balde que eles resgatam de restos de comida, de frutas, verduras, eles pesam e eles vão fazendo a análise dessa quantidade de material”, conta a diretora Camila Porciuncula, salientando que no ano passado foram recolhidos 600 quilos de resíduos orgânicos e 200 quilos de recicláveis.

Para quem está acompanhando o desenvolvimento das turmas de perto, a ideia de fazer do meio ambiente o ponto de partida para projeto e tarefas é uma forma de trabalhar habilidade, indo além da relação com o natural. “Dentro do projeto de contraturno, os estudantes trabalham com uma metodologia que é a pesquisa, a prática e o compartilhamento dessas informações através das mídias. Tem a parte da pesquisa como princípio educativo, que é uma das metodologias, o trabalhar com o questionamento dos estudantes. Tem a prática empírica, que é ensinar a fazer a compostagem”, explica a professora Mônica Dias Vieira, mencionando que o aprendizado inclui entender o funcionamento de plataformas como YouTube, Spotify, Google for Education e Canva, seja para editar, seja para compartilhar as produções.

Sair da sala de aula e conhecer o mundo ao redor, levando os conhecimentos dos livros para o trabalho em campo tem sido um dos diferenciais, pelo menos para Marco Antônio Borges de Souza, 13, oitavo ano. “Mexemos na terra, é algo prático, não é só pesquisar e ficar sabendo. A gente vai lá e faz. Fazemos a horta, a composteira, pesquisamos e acho isso muito legal porque estamos aprendendo bastante e ainda estamos aprendendo a ensinar outras pessoas”, comenta o jovem.

A curiosidade sobre a quantidade de lixo produzida e a importância da separação dos resíduos também é algo que foi aprendido na unidade — agora as turmas acompanham como é o descarte dos materiais em todos os momentos, seja no intervalo ou na área externa. “Fomos fazer a compostagem e a professora falou o quanto de comida que jogamos fora. Geralmente o pessoal joga no orgânico, mas aqui vai para nossa compostagem, que vira meio que uma terra e vai para a horta, serve de adubo. Mas tem coisas que não vão para lá, tipo resto de frutas, que vão para o minhocário, para as minhocas se alimentarem”, diz Maria Victoria Lemes Figueroa, 11, sexto ano.

E a cautela com a ação do outro fica perceptível para quem compreende que aquilo que é aprendido na unidade também está sendo compartilhado com quem está de fora. “É tudo uma reorganização de hábitos. Esses que já fazem parte do projeto conseguimos perceber mais familiaridade. Na escola, de forma geral, há a questão da cobrança, eles conseguem apontar mais, auxiliar e indicar o caminho correto”, elenca a diretora.

Com formação destinada a professores, profissionais terceirizados e estudantes, as metas para o futuro são audaciosas. “Antes de não ter lixo dentro da escola, queremos ensinar a separar. Almejamos que não exista mais resíduos, com o objetivo de encaminhar menos para o aterro sanitário, em consonância com os estudos da ONU”, finaliza a professora, que pretende incluir a cultura oceânica no planejamento deste ano.

O processo de compostagem é realizado em uma caixa d’água

A horta é um dos espaços trabalhados pelos estudantes, com plantação e colheita

Fotos:

EBM

Beatriz

de Souza Britoe/Divulgação

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POR

Rede municipal conta com plano de alfabetização para crianças e adolescentes.

Tempo de leitura: 13 minutos

ANA CAROLINE ARJONAS

Fotos: José Somensi

Perceber que a junção das letras direciona a composição das palavras e da leitura é uma ação quase involuntária. Basta fixar o olhar em um pequeno texto para que o cérebro seja o responsável por iniciar o processo de interpretação, avaliando a composição de cada frase e qual é a conexão entre as informações. Por mais que o protocolo pareça fixado, a compreensão ainda é novidade para aqueles que estão conhecendo o alfabeto.

Nas etapas até a escrita do próprio nome, cada pequena conquista é um incentivo para identificar o poder do letramento — seja para conversar com os colegas em sala ou para criar a própria identidade. Em um país com 9,3 milhões de pessoas sem alfabetização, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compreender o valor da educação desde cedo é o primeiro passo para mudar o futuro — e a rede municipal sabe o valor do ensino inicial.

E exemplos de unidades que estão desenvolvendo projetos focados nos primeiros anos não faltam. Na Escola Básica Municipal (EBM) Retiro da Lagoa, os pequenos do G6, do primeiro e do segundo ano, estão compreendendo que a proximidade com o letramento pode ser com muita diversão e brincadeira. Isso porque o entendimento sobre a alfabetização é visto como um método integral, com diversos agentes e etapas. “Pensando que ler e escrever é um compromisso de todas as áreas, acompanhar o processo das crianças é gratificante. Cada um vai ter o seu tempo, mas é importante para nós”, explica a diretora Roberta Bayestorff.

Para aquelas que estão no acompanhamento com a turma, a criatividade tem sido uma aliada no processo de alfabetização. “Fiz uma brincadeira em que as letrinhas tinham fugido da sala. Procuramos no parque, no pátio e o objetivo era que cada um encontrasse as letrinhas do nome. De início eles colaram um pouco fora de ordem, depois com a chamada eles já conseguiam colar certinho”, conta a professora auxiliar de Educação Infantil (G6), Kelly Garcia Cassettari Bernardo, ressaltando que a hora da chamada é uma oportunidade de interação entre a turma, que aproveita o momento para repetir o som das letras e encontrar os amigos que possuem a inicial no nome.

Além de esperar o próprio nome ser chamado, há uma alternativa utilizada com frequência pelas crianças. “Temos uma caixa surpresa de letras, uma caixa que fiz com material reciclado, com tampinha. Cada criança tira uma letra e pensamos em nomes que possam começar com aquela”, conta a educadora, que faz questão de ressaltar as novidades da idade. “Fazer parte desse processo que eles estão descobrindo é muito gratificante, estou apaixonada”, pontua Kelly. No caso de quem direciona o desenvolvimento do primeiro e segundo ano, é essencial respeitar a interação entre os momentos de aprendizagem e as brincadeiras — a diversão é seguida de atividades que são desenvolvidas com tarefas, com foco na sistematização. “Fizemos uma sopa de letrinhas, e quando você traz isso, um aroma, um sabor para aquela proposta, dá outro significado. Isso faz toda a diferença no processo de alfabetização, quando traz o lúdico, questões

que vão fazer parte da memória afetiva da criança”, diz a professora Thamara Teixeira Telles, que salienta o processo de avaliação na chegada ao primeiro ano. Pensando na forma como cada um será capaz de assimilar o conteúdo, é importante entender que o processo de aprendizagem é individual. “São vários métodos, então ver qual para um grupo talvez seja mais eficiente. Da mesma forma é ofertar diferentes métodos, levando em consideração que cada um tem um tempo”, pontua a profissional, mencionando que a avaliação diagnóstica realizada durante o ano é o ponto de partida para mapear as deficiências e direcionar os passos futuros.

É na hora de colher os resultados que fica evidente a importância da interação com os pequenos, vitória que é compartilhada com a unidade e com a família. “Quando começam a ler é uma emoção, a professora sai gritando, comemorando, pede para eles lerem para todo mundo que está ao redor. É muito gratificante porque alfabetizar não é um processo simples, não é algo natural do ser humano, ele precisa da mediação de um professor”, ressalta Thamara, que criou a “festa do caderno”, oportunidade que os familiares têm de deixar recados no material que será utilizado ao longo dos meses.

Mais do que aprender de forma individual, a turma aproveita para compartilhar os conhecimentos, auxiliando aqueles que ainda não conseguem identificar as letras. “Hora eu coloco quem não sabe com alguém que sabe e um ajuda o outro, e isso é muito legal, vemos o crescimento mútuo ali. Hora fazemos um grupo com aqueles que têm mais dificuldade e faz uma atividade diferente”, menciona a professora auxiliar de ensino Franciny Vieira de Oliveira, que desenvolveu uma caixa de desafios, item direcionado para aqueles que acabam a atividade e aproveitam os minutos para resolver um problema ou questionamento surpresa.

Enquanto o segundo ano se reconhece e começa a conhecer aquilo que compõe o cenário e a vida na Lagoa da Conceição, um sentimento é compartilhado entre quem observa o desenvolvimento diário. “É muito mágico ver as crianças no primeiro ano reconhecendo as letras, reconhecendo o nome dos amigos, é um processo, não é de um dia para o outro, é um processo que leva tempo”, finaliza a profissional.

É durante o encontro com a turma que os estudantes aprendem a grafia correta do nome

Para Antonella da Costa Teixeira Linhares, 7, primeiro ano, os conhecimentos estão sendo em Matemática e Língua Portuguesa. “Estamos aprendendo a separar sílabas, aprendendo sobre parlendas. A professora sempre inventa uma brincadeira para estudar”, relata a menina, que aprendeu a escrever aos quatro anos e agora tem o desafio de saber as dezenas, unidades e contas com mais de dois numerais, atividade que está sendo aprendida em sala de aula.

Respeitando as individualidades da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, o acompanhamento com os mais novos é feito por meio da evolução registrada pelas professoras, enquanto os mais velhos compreendem o processo das provas e notas.

Fotos: José Somensi

Diretrizes federais

Fomentado entre municípios, Estados e Distrito Federal, o intuito do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é assegurar que 100% dos estudantes do segundo ano estejam alfabetizados, além da recomposição de aprendizagem para os anos seguintes, incluindo turmas do terceiro, quarto e quinto ano.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), uma criança alfabetizada é aquela que sabe ler e escrever — são válidas leituras de pequenos textos e escrita de convites e lembretes, por exemplo.

Floripa Alfabetizada

Antes de colocar em prática aquilo que foi estipulado nos planos federal e municipal, os grupos tiveram uma avaliação diagnóstica. Assim, a rede municipal de Florianópolis traçou uma estratégia capaz de evidenciar a alfabetização em todas as etapas de ensino, desde a Educação Infantil até os anos finais do Ensino Fundamental. Nomeado de “Floripa Alfabetizada”, o foco é trilhar o caminho que deve ser percorrido por professores e estudantes, necessidade que surgiu da observação. “A ausência de um Norte para alfabetização, que conversasse com a rede inteira, que os professores chegassem e entendessem que aqui alfabetizamos desse jeito, pensamos desse jeito”, pontua a diretora de Ensino Fundamental Karla Christine Hermans Lima. No trajeto que começa nos primeiros anos de vida e segue até o nono ano, fase em que os estudantes estão nas unidades municipais, o plano também tem como foco entender a transição em cada uma das etapas — da Educação Infantil para o Ensino Fundamental; a transição do quinto para o sexto ano; e a transição do nono para o Ensino Médio. “É trabalhar na ampliação desse repertório, no acesso às informações, a instrumentos, a brinquedos. Essa possibilidade faz com que crie autonomia e segurança para seguir de uma forma mais tranquila o percurso estudantil”, acrescenta a profissional.

Vale destacar que o Floripa Alfabetizada surgiu a partir da adesão ao plano nacional. Entretanto, existem algumas distinções. “O diferencial é a inclusão dos estudantes não alfabetizados do anos finais do Ensino Fundamental e o incentivo às práticas pedagógicas interdisciplinares, uma vez que de acordo com a perspectiva da rede municipal ler e escrever é compromisso de todas as áreas”, pontua uma das professoras que esteve à frente do programa, Andrea do Prado Felippe.

Fotos: José Somensi

A interação e a diversão fazem parte do processo de alfabetização, com atividades que extrapolam a sala de aula

UM CENÁRIO FAMILIAR

MESMO VINDO DIRETO DA FICÇÃO, ESSAS FAMÍLIAS NÃO PECAM NA DOSE DE REALIDADE E NOS APRESENTAM PARENTES QUE PODERIAM MUITO BEM FAZER PARTE DA NOSSA VIDA

Elas vêm em tamanhos, configurações e jeitos variados, reunindo no mesmo grupo pessoas com perfis e gostos diferentes. As famílias da ficção, por mais inusitadas que possam ser, podem refletir as características das que temos no mundo real.

Dos agitados e com confusões de sobra aos pequenos e sossegados, os conjuntos de parentes que vemos em filmes e séries nos ajudam a abraçar ainda mais aqueles que nos apoiam pra valer, sejam de sangue ou ligados por um amor verdadeiro.

Neste mês que celebra o Dia da Família, que tal relembrar essas figuras do cinema e da TV?

POR GUSTAVO BRUNING

DOZE É DEMAIS (2003)

Ter muitos irmãos pode trazer desafios diários, como na hora de dividir os quartos ou brinquedos. Para a família Baker, no entanto, o número também traz vigor. Os 12 filhos do casal protagonista têm diferentes idades e estão em momentos distintos da vida, mas nos mostram que a união resolve qualquer dificuldade.

A FAMÍLIA ADDAMS (1991)

Os Addams, com seu estilo gótico e peculiar, não dão a mínima para a opinião alheia. A originalidade é o grande atrativo do clã, que combina elementos macabros, como roupas escuras e uma casa horripilante, e um dia a dia tomado por uma leveza cômica. O excêntrico faz parte de todos, de Mortícia a Wandinha e de Gomez ao mordomo Tropeço, membro honorário do grupo.

O PEQUENO STUART

LITTLE (1999)

Uma família é muito mais do que pessoas que vivem juntas ou têm vínculo sanguíneo. A chegada do ratinho Stuart ao lar dos Little, após ser adotado pelos humanos, reforça como não importa nem mesmo se os parentes são da mesma espécie para que uma ligação familiar exista. Além disso, sempre há espaço para mais um — neste caso, a passarinha Margalo, no segundo filme.

Não teremos todos ao nosso lado eternamente, mas sempre levaremos a nossa família no coração para iluminar os momentos sombrios. Essa é uma das lições do belíssimo curta “Canvas”, uma linda história, disponível na Netflix, protagonizada por um avô e sua neta.

AS MENINAS

SUPERPODEROSAS (1998)

Foi misturando açúcar, tempero e tudo que há de bom que a família do Professor Utônio cresceu. Como pai solo, ele traz a dose certa de motivação para Docinho, Florzinha e Lindinha, permitindo que as garotas aprendam por si mesmas. Carinhoso e ocasionalmente rígido, prova que não é preciso seguir uma configuração tradicional de família para fazer o amor transbordar.

ENCANTO (2021)

A família Madrigal, formada por integrantes com os mais variados talentos mágicos, serve como exemplo do quão importante é a aceitação dentro do lar. Descobrir o que há de especial e singular em nós mesmos é crucial para entendermos o nosso papel entre os nossos. Às vezes isso leva um tempo, ainda mais quando lidamos com gerações anteriores, mas, assim como acontece com Mirabel, esse momento chega.

EM SÉRIE, MAS NÃO TÃO SÉRIOS

MODERN FAMILY (2009)

O convívio de três núcleos de uma mesma família, com vivências e estilos totalmente diferentes, é repleto de histórias engraçadas que se entrelaçam por 11 temporadas. Os personagens icônicos são a melhor parte!

A CASA DA RAVEN (2017)

Esse derivado de “As visões da Raven” traz a protagonista em um novo momento da vida, após se divorciar e decidir criar os filhos no mesmo apartamento em que a amiga Chelsea e seu filho. A bagunça rendeu muitas risadas ao longo de seis temporadas.

HORA DO QUIZ

Agora que você conhece o perfil de algumas famílias da ficção, que tal ver em qual delas você mais se encaixaria? Faça o quiz e descubra!

1. Como seria o passeio em família ideal?

a) Cada parente tem um gosto diferente, então o que importa é todos estarem juntos.

b) Uma tour por feirinhas e apresentações culturais.

c) Passear até é legal, mas nada como aproveitar o conforto do lar.

d) Uma visita ao museu, onde é possível encontrar antiguidades e peças inusitadas.

e) Passar alguns dias em um lugar remoto, prezando pelo contato com a natureza.

2. Qual seria o estilo de uma festa de aniversário organizada pelos seus parentes?

a) Um aniversário tradicional, com jogos e competições para entreter a todos.

b) Uma celebração repleta de música e dança.

c) Uma festinha em casa, matando a saudade de parentes que não aparecem há tempos.

d) Uma cerimônia tranquila e apenas em família, com direito a comidinhas incomuns.

e) A festa seria pura bagunça, com atividades recreativas e convidados aos montes.

3. Que tal sair com a família combinando roupas?

a) Combinar o estilo com os irmãos é interessante, mas é essencial incorporar algo da própria personalidade nas roupas.

b) Boa ideia! Todos podem usar peças floridas, bem coloridas e vibrantes.

c) Perfeito, isso vai ajudar ainda mais a criar uma ligação especial entre todos.

d) O ideal é manter os visuais na linha do que já se usa em casa, principalmente se incluir roupas pretas.

e) Uma tarefa improvável, já que cada um tem um jeito distinto de se vestir.

4. Qual presente seus parentes provavelmente te dariam?

a) Um kit de laboratório, para treinar experiências e aprender sobre ciências e química.

b) Não se trata de receber um presente, e sim de conselhos para aperfeiçoar os próprios dons.

c) De preferência um brinquedo — a miniatura de um carro seria uma boa, assim como um skate!

d) Um animal de estimação diferenciado, porém não tão perigoso quanto um leão ou uma tarântula.

e) Algo artesanal e personalizado, feito à mão e com muito carinho.

5. Qual música melhor representa você e sua família?

a) “Roar”, de Katy Perry.

b) “Magic”, da banda Pilot.

c) “Fight Song”, de Rachel Platten.

d) “Crazy Family”, de Megan Thee Stallion, Maluma e Rock Mafia.

e) “The House That Built Me”, de Miranda Lambert.

RESULTADO

MAIS OPÇÕES A

A sua família é uma boa fonte de coragem e incentivo e, assim como as Meninas Superpoderosas, você pode encontrar nos parentes grandes companheiros de aventura.

MAIS OPÇÕES B

As portas da casa mágica da família Madrigal se abririam com entusiasmo para você. Que tal também levar o clima musical de “Encanto” para sua casa?

MAIS OPÇÕES C

Descansar em casa, ao lado de pessoas importantes na sua vida, recarrega suas energias. Que tal lembrar do poder do afeto familiar assistindo “O pequeno Stuart Little”?

MAIS OPÇÕES D

Você e seus parentes são realmente singulares e abraçam o melhor de si sem pensar duas vezes. Quem sabe as aventuras dos Addams serão ainda mais divertidas se assistidas com eles!

MAIS OPÇÕES E

O agito faz parte das suas vivências familiares, mas isso não impede que você busque conquistar o seu espaço nesse meio. Os Baker, de “Doze é demais”, são numerosos, mas extremamente unidos.

POR LUCAS INÁCIO

VOCÊ SABE COMO COMEÇARAM AS

A Internet revolucionou o mundo a partir dos anos 90 e, após três décadas, é impossível pensar a sociedade moderna sem essa inovação. Seja para entretenimento, política ou desenvolvimento da ciência, se comunicar passou a ser algo muito mais simples e, quando falamos de comunicação, falamos de sociedade.

REDES SOCIAIS?

O COMEÇO DO FORMATO MODERNO

O grande salto para o formato das redes que temos hoje foi em 1997 — e a busca pelo amor foi o que nos levou a isso. Alguns programas de anos anteriores já tinham o objetivo de juntar pessoas para encontros, mas o SixDegrees resolveu criar perfis das pessoas que pudessem ser encontrados pelos outros usuários. Não durou muito, mas foi a inspiração para várias outras que vieram em seguida. Fora do radar do Ocidente, em 2002, a Friendster foi criada unindo milhões de usuários cadastrados, sendo uma febre na Ásia, inspirando as redes do lado de cá do globo e durando até 2015.

O INÍCIO

Tal qual a invenção da computação moderna pelos ingleses se deu na Segunda Guerra Mundial, nos anos 1940, ou a invenção dos satélites artificiais, em 1957, pelos soviéticos, foi por estudos militares que a Internet foi criada nos anos 1960 como uma forma de comunicação entre computadores. Com isso, em 1979, um espaço chamado Usenet foi criado para que integrantes de uma determinada comunidade científica pudessem compartilhar seus avanços, como se fosse uma revista. Nove anos depois, veio o IRC , uma forma em que usuários (já logados) pudessem enviar e receber arquivos, além de mensagens de texto, sendo precursores do mIRC (1995) e o ICQ (1996), programas que tinham uma característica de promover conversas por envios de mensagens diretas ou em grupos.

A ERA MODERNA

Nesta mesma época, começaram a surgir os nomes mais conhecidos do mercado, tanto de comunidades já extintas quanto de algumas que duram até hoje. Em 2003, por exemplo, foi o ano de criação do LinkedIn , rede social profissional mais conhecida atualmente. Neste mesmo ano, surgiu o MySpace , uma plataforma com perfis personalizáveis, com suporte para áudios e vídeos e que permitiu o surgimento de grandes artistas da música, como Adele, Calvin Harris e Arctic Monkeys, entre outros.

Sucesso no Brasil, quem surgiu em 2004 foi o Orkut, uma rede baseada em comunidades com interação em murais de conversas. Complementar a isso, já que o Orkut não tinha chat, era usado também MSN Messenger , em que era possível enviar e receber mensagens diretas ou em grupos privados. Na mesma época, surgiu aquele que transformaria de vez o mundo dos negócios e o paradigma do que é uma rede social: o Facebook . O grande salto de fazer todo esse meio ser rentável foi a partir de 2004. Criado para unir fraternidades de universidades de alta classe dos Estados Unidos, foi aqui que o dinheiro começou a ser um fator importante.

OS NICHOS E AS TENDÊNCIAS

Muitas novas redes sociais surgiram, mas poucas resistiram a essa gigante. O Facebook reunia todas as boas ideias que o mercado oferecia: texto, vídeo, fotos, mensagens diretas, comunidades e um grande “catálogo” de pessoas para as empresas investirem seu tempo e seu dinheiro. Nesse ponto se destacou quem conseguiu oferecer uma dinâmica diferente para as pessoas. O Twitter (2006), por exemplo, oferecia pouquíssimos caracteres (140 no começo) e interação frenética. Ganhou muita credibilidade ao se tornar um espaço em que gente famosa falava com o mundo. Foi comprada recentemente por Elon Musk e está sob o nome X . Já o YouTube (2004) surgiu como um site de publicação de vídeos com ótimo suporte para tal. Seu sucesso foi tanto que o Google comprou a rede por U$ 1,65 bilhão apenas dois anos depois do surgimento. Outra rompedora de mercado que ofereceu novas dinâmicas foi o Instagram (2010). Uma plataforma específica para fotos que ganhou mercado rapidamente com uma dinâmica simples em que valorizava bastante as imagens e pouco os textos, além do uso das hashtags (algo que já vinha do Twitter). Em dois anos, o Facebook comprou a rede por U$ 1 bilhão.

Com o passar do tempo, o Instagram passou a agregar diversas funções vindas de outros sistemas inovadores que surgiam com força, como os stories do Snapchat (2011) e reels do TikTok (2016). Enquanto o Snapchat se mantém entre as top dez redes sociais do mundo, mas com menos da metade de usuários do Instagram, o TikTok sobe de forma meteórica buscando desbancar a popularidade de sua concorrente.

A MAIS POPULAR E MAIS NECESSÁRIA

A rede social com mais usuários do mundo é o Facebook , com três bilhões de perfis, seguido pelo YouTube , com 2,4 bilhões. Porém, o número de usuários não significa engajamento e, nisto, as chamadas plataformas de mensagens diretas são as mais necessárias e mais grandiosas. No Brasil, 98% dos celulares têm o WhatsApp (2009) instalados. No mundo todo são mais de dois bilhões de usuários, o que fez com que o aplicativo fosse comprado pelo Facebook em 2019 por U$ 22 bilhões. Se somarmos WhatsApp , a chinesa WeChat (2011) e a russa Telegram (2013), as três redes mais famosas deste tipo no mundo, temos mais de quatro bilhões de usuários ativos, mostrando que a necessidade e a praticidade de se comunicar formam uma junção poderosa.

O QUE A

TEM A VER COM AS POSIÇÃO DA TERRA ESTAÇÕES?

POR

REDAÇÃO ITS TEENS

De dezembro a fevereiro, o calor e os dias mais longos são as características mais marcantes da época; nos meses seguintes, um clima mais ameno domina, nos preparando para o frio que vem adiante.

Após as quedas das folhas, a vegetação volta a florescer junto com o aumento da temperatura, deixando os ambientes mais bonitos e floridos.

Ano após ano, esse ciclo continua, ainda que, nos últimos tempos, o aquecimento global e fenômenos como o El Niño impactem os padrões das estações, deixando as características de cada uma menos definidas. Mas você sabe os motivos delas existirem?

Com uma inclinação de 23º27’, a Terra completa a volta em torno do Sol após cerca de um ano, um processo conhecido como translação.

Esse movimento leva ao que chamamos de solstícios (inverno e verão) e equinócios (outono e primavera), ou seja, os eventos que marcam a

mudança das estações, fenômenos cruciais para a agricultura, o ecossistema e bem-estar das pessoas. Essa transformação faz com que a duração dos dias sofra interferência, caso contrário, sempre teríamos 12 horas de iluminação solar e 12 horas de noite. Durante os meses de cada período, a inclinação dos raios solares varia de acordo com a posição da Terra em relação ao Sol. Por exemplo: quando o Polo Norte se inclina em direção ao astro, todo o hemisfério Norte vive o verão. Após seis meses, a Terra já percorreu metade da sua órbita, momento em que o Polo Sul fica na posição mais voltada ao Sol — agora é a vez desse lado aproveitar o período mais quente. Com isso, todos os anos, o horário que as estações se iniciam pode sofrer mudança, podendo assim adiar ou adiantar em um dia ou algumas horas o começo de cada fase.

Outono

(20 DE MARÇO A 21 DE JUNHO)

Tal estação é considerada o melhor período para a colheita — é nesta época que diversas regiões marcam o amadurecimento das safras. No Sul do Brasil, por exemplo, o outono é conhecido como o período ideal para a frutificação das plantas, tendo uma grande abundância de frutas como maçã, banana, laranja, uva e limão.

Os dias ficam mais curtos e mais frescos, com as folhas passando por transformações de cores e, em seguida, caindo das árvores. Durante o outono, alguns animais iniciam a migração sazonal, enquanto outros começam a procurar alimentos e a se preparar para a hibernação durante o inverno.

Primavera

(23

DE SETEMBRO A 22 DE DEZEMBRO)

Esse é o momento em que as cidades ficam coloridas, devido ao desabrochamento das flores — árvores e arbustos começam a florescer, trazendo novas cores e aromas para os ambientes. Além das plantas, os animais se reproduzem e constroem os seus ninhos. Já os insetos, como abelhas e borboletas, voam pelas flores em busca do seu alimento, o néctar. Conforme a primavera avança, os dias se tornam mais longos. A estação também é marcada pela maior incidência de chuvas e elevação das temperaturas. No entanto, apesar deste aquecimento, uma das características da primavera é não ser tão quente quanto o verão, nem tão fria quanto o inverno.

Inverno

(21 DE JUNHO A 23 DE SETEMBRO)

O inverno é o período mais gelado do ano. Em alguns pontos da região Sul do país — como São Joaquim e Urubici, em Santa Catarina, e Gramado, no Rio Grande do Sul — chega até a nevar, tornando estes locais grandes pontos turísticos. As geadas também são comuns, podendo afetar a agricultura e a vegetação. Devido aos raios solares, durante esses meses, os dias são mais curtos e as noites, mais longas. Outra característica marcante dessa época é a culinária, com pratos quentes e reconfortantes, como caldos, chocolate quente, além das iguarias tradicionais das festas juninas, como comidas feitas à base de milho e pinhão.

Verão

(22 DE DEZEMBRO A 20 DE MARÇO)

Aguardado por muitos, o verão é o momento de visitar praias e cachoeiras e aproveitar o dia fora de casa. Com as árvores bem verdes e carregadas de frutas, é a melhor época para aproveitar passeios pela natureza. Com dias mais longos do que as noites, a estação do calor é apontada como o período mais quente do ano — em algumas áreas do país, as temperaturas podem ultrapassar os 30°C e até mesmo atingir os 40°C. Devido à rápida evaporação das águas, pelo calor do Sol, as chuvas se tornam constantes, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, podendo vir acompanhadas de ventos fortes e tempestades elétricas.

VOCÊ SABE COMO ACONTECE A

CICATRIZAÇÃO DA PELE?

Além de ser considerada o maior órgão do corpo humano, a pele possui o superpoder de renovação e regeneração. Um exemplo é quando caímos e a camada da pele é machucada. Se cuidada de forma certa, ela se regenera, cicatriza e volta ao normal.

A esse processo é dado o nome de renovação celular — etapa que acontece na superfície do corpo, de maneira constante num ciclo de no mínimo 28 dias, em que as células da pele são substituídas por outras mais jovens.

COMO FUNCIONA A RENOVAÇÃO CELULAR?

Esse é um processo contínuo do nosso corpo, em que todas as células da epiderme — camada mais externa da pele, são renovadas, machucadas ou não, de forma a eliminar as superficiais que já estão mortas.

A regeneração da pele acontece por meio da mitose — uma célula mãe se divide e dá origem às células filhas, todas com o mesmo material genético. A epiderme é composta por quatro camadas: basal, estrato espinhoso, estrato granuloso e a córnea — a pele mais superficial do corpo e com a qual temos contato direto a todo instante.

Na camada basal estão as células-tronco, capazes de se dividir e dar origem a novos queratinócitos, as células que compõem a epiderme. Conforme essas partículas se diferenciam, encaminham-se em direção à superfície do corpo.

Com isso, atingem a camada córnea, que já passou por todas as outras camadas de pele. Ao atingir essa camada, o estágio final, a célula encontra-se carregada de queratina e sem núcleo, significando que a pele já está morta.

É exatamente por isso que a outra camada entra em ação, protegendo a pele contra o externo e hidratando-a, até que uma mais nova se forme, sendo naturalmente eliminada. Todo esse ciclo dura de 28 a 40 dias, tempo para a camada basal chegar até a córnea.

Alguns fatores podem desacelerar esse processo, como o estresse, a idade, condições genéticas, hormonais e até mesmo ambientais.

COMO O SISTEMA NERVOSO FUNCIONA?

O sistema nervoso é responsável por coordenar e regular todas as nossas atividades corporais. Isso acontece porque ele recebe informações dos nossos sentidos, faz o processamento e dispara as reações. Por exemplo, se você toca em algo quente, você tem o reflexo e puxa a sua mão para trás, certo? É o sistema nervoso que faz com que essas sensações sejam despertadas.

Mas, para além dessa situação, ele também comanda as ações do organismo, como a respiração, os batimentos cardíacos e a digestão de alimentos, entre outros. Além desses estímulos internos, faz com que o nosso corpo reaja a cheiros, sons e imagens.

Também chamado de sistema neural, é considerado um dos mais complexos da anatomia humana. Ligando vários órgãos do corpo ao cérebro, o sistema nervoso funciona por meio de uma rede de nervos e tem a função de garantir que o organismo esteja bem e funcionando. Os nervos enviam os estímulos ao cérebro, que interpreta a informação e produz a resposta.

Com isso, a principal função do sistema nervoso é proteger o organismo. Isso porque se a pessoa não sentir desconforto, não adotará nenhuma medida para preservar o seu corpo. O mesmo acontece com a sensação de frio, calor, ansiedade, fome, entre outros.

Além disso, também envia comandos para garantir que o sistema excretor esteja em dia. Ou seja, toda a fisiologia do corpo humano é comandada pelo sistema nervoso. Uma baita responsabilidade, não é mesmo? Obrigada por tanto, sistema nervoso!

Teorias da Área 51:

quais são os mistérios que o local esconde?

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Se você é daquelas pessoas que se dedicam a descobrir os mistérios do universo e se interessam pela vida extraterrestre, já deve ter ouvido falar sobre a Área 51. No local, alvo de diversas teorias da conspiração, muitos acreditam que acontecem experimentos envolvendo alienígenas.

Localizada em um deserto de Nevada, a Área 51 é uma instalação confidencial da Força Aérea dos Estados Unidos, criada em 1955, durante a Guerra Fria. Inicialmente, a base foi usada pela Agência Central de Inteligência (CIA) para desenvolver e testar o avião de reconhecimento U-2, com o objetivo de espionar a União Soviética.

Segundo a jornalista Annie Jacobsen, autora do livro “Area 51: an uncensored history of America’s top secret military base” (Área 51: uma história não censurada da base militar ultrassecreta da América), a aeronave era confundida com um objeto voador não identificado (Ovni) pelo civis.

No final de 1970, a instalação passou a ser da responsabilidade da Força Aérea dos EUA, que manteve sua existência em segredo por muitos anos. Um novo rumor surgiu em 1989, quando um suposto ex-funcionário participou de uma entrevista alegando ter trabalhado no local, examinando uma espaçonave alienígena.

Com a justificativa de proteger informações confidenciais, o primeiro presidente a reconhecer a existência da base foi Barack Obama, em 2013. Apesar disso, o que acontece dentro do local continua trancado a sete chaves, sendo divulgada apenas a informação de que são feitos testes com engenharia reversa de objetos capturados em campos de batalha no exterior, para estudar os segredos dos oponentes.

Invasão a Área 51

Em 2019, um grupo no Facebook marcou um evento chamado de “Storm Area 51, they can’t stop all of us” (Invadir a Área 51, eles não podem parar todos nós), incentivando pessoas a irem até os portões da base militar. Na página, mais de um milhão de usuários confirmaram presença. No entanto, apenas aproximadamente 200 indivíduos apareceram no local.

Com uma segurança reforçada, ninguém conseguiu ter acesso à Área 51. Se a instalação de fato contém segredos de alienígenas ou não, o mistério segue mantido pelos funcionários e pelo governo norte-americano.

BAIRRO EDUCADOR MONTE VERDE

CENTRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

CENTRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

EDUCADOR MONTE VERDE

BAIRRO EDUCADOR MONTE VERDE

BAIRRO

CINEMA DO CIC

CINEMA DO CIC

CINEMA DO CIC

Celebrando 15 anos de existência, a edição de 2024 da Semana Municipal do Livro Infantil ocorreu entre os dias 12 e 19 de abril, marcando presença em diferentes espaços de Florianópolis. Durante o evento, uma série de atividades foi realizada, incluindo lançamentos de livros, exposições de obras, rodas de conversas com escritores, contações de histórias, visitas a museus, oficinas literárias e troca-troca de livros. Confira os resultados nos registros desta edição!

EBM LUPÉRCIO BELARMINO DA SILVA

CENTRO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

VIRGÍLIO DOS REIS VÁRZEA

VIRGÍLIO DOS REIS VÁRZEA

EBM

EBM LUPÉRCIO BELARMINO DA SILVA

EBM LUPÉRCIO BELARMINO DA SILVA

EBM LUPÉRCIO BELARMINO DA SILVA

EBM

HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO

HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO

EBM VIRGÍLIO DOS REIS VÁRZEA

EBM VIRGÍLIO DOS REIS VÁRZEA

NEIM COQUEIROS

NEIM COQUEIROS

NEIM COQUEIROS

NEIM DORALICE TEODORA BASTOS

NEIM DORALICE TEODORA BASTOS

NEIM DORALICE TEODORA BASTOS

SESC PRAINHA

NEIM ORISVALDINA SILVA

SESC PRAINHA

SESC PRAINHA

SESC PRAINHA

A MENINA E O JARDIM DE GIRASSÓIS

Era uma vez uma menina que cultivava um lindo jardim cheio de flores coloridas. Nesse jardim, lançava muitas sementes com amor. E enquanto cultivava a terra, cantarolava muitas canções!

Cuidava de cada detalhe daquele jardim, pois era um lugar que a deixava muito feliz. Em um dia ensolarado, quando olhou para o céu, ela teve uma brilhante ideia! Iria plantar sementes de girassol, para ter em seu jardim o mesmo sol que brilhava lá no céu!

Ela então plantou as sementes e regou todos os dias com água fresca. O tempo foi passando e elas viraram brotinhos. A menina viu cada caule e folha crescer e ganhar cada vez mais força! Em um certo dia, ela acordou e foi até o jardim. Ao chegar, percebeu que suas plantas tinham crescido, e havia ali um lindo jardim de girassóis!

A menina ficou tão contente ao ver aquele espetáculo que estava acontecendo no seu jardim, que seu coração de criança ficou quentinho de amor.

Olhando toda aquela lindeza, falou: - Quero ser como um girassol! Mas espera! Eu já sou um girassol, porque quanto mais alegria e amor eu distribuo, mais feliz eu fico!

E a partir daquele dia, a menina encontrou na flor do girassol um símbolo de esperança e amor compartilhado...

E por onde ela passava, continuou plantando suas sementes e fazendo florescer seu amor e seu bem querer…

E convida todas as pessoas a serem girassóis! Então... sejamos girassóis! E que possamos ser luz e energia positiva uns para os outros.

Aquelas flores tão alegres fizeram a menina lembrar de uma história que ouviu uma vez, que dizia que, em dias nublados, os girassóis viravam-se uns para os outros, para doarem energia entre si.

E agora, ela pergunta para vocês: - Quem aqui quer ser girassol?

POR MARTA NOVAKOSKI COSTA DA SILVA Professora no Neim Machado de Assis

URUGUAI

Com 1,7 milhões de habitantes, Montevidéu é considerada a capital uruguaia desde 1828, quando o país conquistou sua independência da Espanha. Banhada pelo Rio da Prata e com uma rica cultura, a cidade é a metrópole da América Latina com maior qualidade de vida. As famosas parrillas, churrascarias, as feiras de rua e as ruas de paralelepípedos, localizadas na Ciudad Vieja (bairro histórico), são grandes marcas da capital.

TAILÂNDIA

Com um dos nomes de cidade mais longos do mundo, Krung Thep Mahanakhon Amon Rattanakosin Mahinthara Ayuthaya Mahadilok Phop Noppharat Ratchathani Burirom Udomratchaniwet Mahasathan Amon Piman Awatan Sathit Sakkathattiya Witsanukam Prasit, mais conhecida como Bangkok, é capital da Tailândia desde 1782. Com os famosos tuk-tuks — veículos motorizados de três rodas —, modernos arranha-céus e uma culinária única, a metrópole se destaca como uma das capitais asiáticas mais marcantes.

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

Marcando a independência do domínio belga, Kinshasa tornou-se capital da República Democrática do Congo em 1960. Anteriormente chamada de Leopoldville, em homenagem ao rei Leopoldo II da Bélgica, teve seu nome alterado como parte da busca de uma identidade após a colonização. Ultrapassando os 11 milhões de habitantes, a cidade é uma das maiores da África e possui uma rica cultura, com diversos gêneros musicais e estilos de dança únicos.

VIETNÃ

Conhecida como “Cidade das Águas”, Hanói é uma das localidades mais antigas do Vietnã, tornando-se a capital do país após a independência do domínio francês e japonês durante a Segunda Guerra Mundial, em 2 de setembro de 1945. A região possui características singulares: as casas tradicionais são altas e estreitas, a comida de rua inclui pratos famosos, como o Pho, e estruturas únicas, como a Ponte Longa - Cau Nhat Tan.

INGLATERRA

EGITO

Com um nome arábe (al-Qahira) que significa “a vitoriosa”, Cairo tem um papel crucial na história egípcia, sendo um importante centro cultural, político e econômico desde que se tornou a capital do país, em 969 d.C. Atravessada pelo Rio Nilo, abrigando um dos mercados mais antigos do Oriente Médio e exibindo uma mistura de estilos arquitetônicos que une o moderno e o tradicional, a cidade é uma das maiores metrópoles do continente africano.

UCRÂNIA

Após a independência da União Soviética, em 1991, a Ucrânia escolheu Kiev para ser sua capital. Considerada uma das cidades mais antigas da Europa Oriental, a região tem uma origem que remonta a mais de 1.400 anos. Com uma rica história, a região é considerada o berço da civilização eslava e possui um importante centro cultural e educacional.

CANADÁ

Apesar de Toronto ser o centro financeiro, cultural e econômico do país, o título de capital canadense é de Ottawa. Abrigando o Canal Rideau, que se transforma em uma grande pista de patinação ao ar livre durante o inverno, e milhares de tulipas coloridas que enfeitam a região, a cidade é considerada bilíngue, tendo inglês e francês como idiomas oficiais.

GUIANA

Com uma arquitetura colonial britânica e uma diversidade cultural, de uma população de descendentes de africanos, indianos, europeus, chineses e povos indígenas, Georgetown é uma capital que reflete a história e pluralidade do país. Conhecida como “Cidade Jardim do Caribe”, abriga diversos espaços verdes e parques, inclusive o Jardim Botânico de Georgetown, um dos mais antigos do mundo.

COREIA DO SUL

Com uma cultura que abraça a modernidade e a história do país, Seul é uma capital que abriga inovações tecnológicas, centros de entretenimento (incluindo o k-pop e os doramas), mas também palácios tradicionais, construídos no século 14, durante a Dinastia Joseon. Após conseguir a independência da ocupação japonesa, em 1948, a cidade foi designada para ser a capital da recém-fundada República da Coreia, sendo hoje um dos polos políticos, econômicos e culturais mais importantes do continente asiático. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

O Palácio de Buckingham, os icônicos ônibus de dois andares, as cabines telefônicas vermelhas e o Big Ben são apenas algumas das atrações da cidade inglesa. Reconhecida como capital no século 13, durante o reinado de Henrique II, Londres é uma das regiões mais importantes de toda a Europa, com uma grande influência cultural, política e econômica.

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