its Teens Joinville - 77

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Revista its Teens Joinville nº 77 2023 | R$ 14,85

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR. DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR COMERCIAL gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

GABRIEL COSTA HABEYCHE DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

CRISTIANO MIELCZARSKI DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

Depois de duas semanas de férias, é hora de voltar à escola — e a revista its Teens embarca junto neste retorno. Neste segundo semestre letivo, temos muito o que divulgar dos projetos escolares e compartilhar por aqui assuntos que podem somar no conhecimento e no desenvolvimento dos nossos alunos e professores leitores.

Como destaque, logo na capa, você vai conhecer o trabalho que uma unidade escolar desenvolveu para incentivar a alimentação saudável e fazer com que os alunos se alimentem com a merenda feita na própria escola. O retorno? A cada cardápio do dia provado, o estudante ganha um germoney, espécie de moeda interna que, ao final do mês, pode ser trocada no mercado interno, criado para estimular os alunos com o projeto. Em contrapartida, você vai saber o que outra escola, na Zona Sul de Joinville, tem feito para diminuir o desperdício.

Ainda nesta edição, você também vai saber como é possível extrair o DNA de uma fruta e aprender, na prática, assuntos teóricos que podem ir além dos desenhos dos livros.

Curta esta revista de agosto e compartilhe com os seus colegas mais esta edição que chega até a sua escola.

RENATA BOMFIM COORDENADORA DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

LEONARDO MESSIAS DE JESUS DESIGNER GRÁFICO

CAMILLY VITÓRIA SOARES IAGNECZ ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

DIEGO ALMEIDA

SUPERVISOR DE DISTRIBUIÇÃO diego.almeida@ndmais.com.br

FABIANO AGUIAR

GERENTE NACIONAL E PROJETOS COMERCIAIS fabiano@ndtv.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ

GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ

GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA

GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI

GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

ANA ZAHIA JUMA

SUPERVISORA COMERCIAL SUL ana.juma@ndtv.com.br

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3.235 EXEMPLARES

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Joinville

/ EXPEDIENTE / EDITORIAL /
COMITÊ EDITORIAL
A REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA NOTÍCIAS DO DIA
4 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023
Coordenadora de projetos especiais Alanis Machado Peres EM Governador Pedro Ivo Campos Samira Erhardx EM Governador Pedro Ivo Campos Isadora Braciak Batista EM Governador Pedro Ivo Campos Arthur Marcomini da Silva EM Professor Orestes Guimarães Samuel Gonçalves da Silva Rocha EM Governador Pedro Ivo Campos Geovanna da Costa F. de Almeida EM Professor Orestes Guimarães Stefani Bruzon EM Professor Orestes Guimarães Letícia Machado Henchel EM Professor Orestes Guimarães Clara de Souza Medeiros Bogo EM Governador Pedro Ivo Campos Laryssa Schmidt Silva EM Professor Orestes Guimarães Scheila dos Santos Guse EM Governador Pedro Ivo Campos

Parque Natural Municipal da Caieira

Com um espaço ótimo para fazer piqueniques e apreciar a natureza, o Parque Natural Municipal da Caieira fica no bairro Adhemar Garcia e é uma área de reserva ambiental e patrimonial. O espaço conta com trilhas ecológicas, e o trajeto pode contar com visita guiada. Lá é possível ver diversos mamíferos, répteis e aves, assim como manguezais e restingas.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 5 / CONHEÇA A CIDADE
Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação

diário escolar

8-9/ 24/

Se é possível imprimir mais dinheiro, por que não fazemos isso sempre?

10-11/

diversão

Desafio do fósforo

profissão do mês cultura pop

Você conhece o trabalho de um dublador?

conscientização

De olho no ‘'Restômetro'’

notícias das escolas educação que transforma

Escola de Pais quer incentivar práticas parentais saudáveis

ciência

Você já viu o DNA de uma fruta?

12-13/ 14/ 15/ 16-17/ 18-23/

capa

Chuva de germoneys

26-27/ 28-29/

Cuca, Saci e Curupira: um trio que dá trabalho

wi-fi

5 dicas importantes para não cair nas fake news

30-31/

bloco de notas

Os mistérios do céu: descubra três curiosidades sobre o universo

32/

spoiler

Extraordinário

34-35/

donos da língua

O que você sabe sobre os gêneros textuais?

36-41/ 42/

galerias

saideira

/ CONTEÚDO
6 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023

Arquivo Histórico

A melhor forma de conhecer mais sobre Joinville e sua história, é dar uma passada no Arquivo Histórico da cidade. Localizado na Avenida Beira-Rio, o prédio guarda milhares de documentos, jornais, revistas, fotos, projetos arquitetônicos e muito mais, servindo também para aqueles que estão procurando saber mais sobre seus antepassados.

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 7 / CONHEÇA A CIDADE
Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Secom/Divulgação

SE É POSSÍVEL IMPRIMIR MAIS

POR QUE NÃO FAZEMOS ISSO SEMPRE?

Você já ouviu falar no Banco Central do Brasil? O BC é responsável, entre outras tarefas, por regular a quantidade de dinheiro em circulação no país. Por isso, quando a demanda por dinheiro físico aumenta, ou cédulas precisam ser substituídas, é possível, sim, imprimir mais dinheiro.

Em fevereiro de 2023, a base monetária brasileira – a quantidade de dinheiro físico e digital em circulação no país – era de R$ 403,6 bilhões. Mas só uma parte disso está disponível em dinheiro físico: notas e moedas.

O professor de economia Daniel Vasconcelos, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que uma cédula de dinheiro é um título público, um documento válido dentro de uma região específica. “Todas as compras e todos os pagamentos só podem ser realizados nessa moeda, que é a moeda oficial”, destaca o economista. “Quando a economia cresce de um ano para o outro, isso é sinal de que vai ser necessário mais moeda física para dar conta dos diversos tipos de pagamentos na economia.”

Outra possibilidade de impressão de mais dinheiro é a substituição de notas antigas, afinal, elas não duram para sempre. Conforme o BC, cédulas de 50 e 100 reais têm vida útil média de 37 meses. Já as notas de 2, 5, 10 e 20 reais apresentam durabilidade de 14 meses. Mas uma coisa importante é que o número de notas de dinheiro em circulação precisa acompanhar a criação de riqueza dentro de um país, caso contrário, pode causar um desequilíbrio entre a oferta e a demanda e comprometer a estabilidade econômica.

/ DIÁRIO ESCOLAR 8 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023
POR MAI BILENKI

Quando uma crise econômica começa a aparecer, é comum que as pessoas logo pensem: por que não imprimir mais dinheiro e acabar com isso? Mas a impressão de novas notas e moedas não ajuda nesse cenário.

A inflação é o aumento geral e contínuo dos preços dos bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Esse conceito econômico é complexo, mas é consenso que seja reflexo de três fatores principais: o aumento dos custos de produção, da demanda pelos produtos e de políticas monetárias e fiscais inadequadas.

O Banco Central emite moedas com valores nominais (2, 5, 10, 20, 50, 100 e 200) que são impressos na nota, mas o poder de compra desses títulos oscila conforme a inflação. “A inflação faz com que a moeda

perca parte de seu poder de compra, embora o valor monetário se mantenha”, afirma o professor Daniel Vasconcelos. “Uma cédula de R$ 100, em julho de 1994, quando o real entrou em circulação no país, comprava muito mais coisas do que é capaz de comprar hoje.” Ao colocar mais notas em circulação, o país acaba contribuindo para o aumento da inflação de duas maneiras: aumentando a demanda por produtos e incentivando políticas monetárias inadequadas. Afinal, mais dinheiro rodando significa ainda mais intenção de compra, em um mercado que não está preparado para oferecer produtos e serviços.

Se você guarda moedas em cofrinhos, não esqueça de periodicamente depositar o valor em um banco. Você pode pedir para alguém da sua família abrir uma conta para você. Assim, o dinheiro rende um pouquinho e evitamos problemas de falta dessas cédulas menores e moedas.

Guardar dinheiro é bom, mas com responsabilidade! NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 9
O que a impressão de cédulas tem a ver com a inflação?

VOCÊ CONHECE O TRABALHO DE UM

DUBLADOR?

POR MAI BILENKI

Já imaginou emprestar a sua voz para os seus personagens favoritos? O dublador é o profissional que faz isso: ele usa a voz para substituir a fala original de personagens, seja em animações, filmes, games, publicidades ou documentários gravados em outros idiomas.

Os primeiros produtos audiovisuais dublados para o público brasileiro foram justamente os filmes de animação criados pela Disney. Em 1938 começaram as gravações da dublagem do filme Branca de Neve e os Sete Anões, nos estúdios da CineLab, no Rio de Janeiro. Depois, vieram os filmes Pinóquio, Dumbo e Bambi.

Além de ser um trabalho divertido, como afirma o jornalista, ator e dublador Tomás Eon Barreiros, dubladores também auxiliam na disseminação do conhecimento para audiências pouco instruídas ou em processo de alfabetização.

Em resumo, dubladores trabalham para que conteúdos estrangeiros cheguem para grande parte da população sem que seja necessário compreender o idioma original em que foram gravados.

/ PROFISSÃO DO MÊS 10 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023

O que é necessário para exercer a profissão de dublador?

A dublagem é uma função do ator, por isso, para atuar profissionalmente como dublador é necessário ter um registro profissional de artistas (DRT). Mas antes de se profissionalizar, é importante conhecer a profissão de dublador mais a fundo.

Para trabalhar como dublador são necessários alguns cuidados, especialmente com o aparelho fonador (pulmões, traqueia, laringe, lábios, língua e nariz) e habilidades, como uma boa observação auditiva e boa capacidade de fala, articulação, clareza e entonação. “Tenho que prestar muita atenção para o sotaque característico da minha cidade não entrar na dublagem”, diz Tomás sobre o controle do sotaque regional.

Para entrar para a profissão, é importante procurar um curso de formação para dubladores, para começar a se integrar à rotina de dublagem. No eixo Rio-São Paulo há mais escolas, mas também é possível achar boas formações em outras regiões ou até mesmo online.

A

O Brasil é o país em que mais se assiste filmes e séries online. Isso reflete também na qualidade das produções brasileiras ou dubladas em português. Além de excelentes profissionais, a dublagem brasileira também conta com substituição de sacadas e piadas considerando a regionalidade, o que torna o produto mais atraente e de fácil compreensão.

Conforme a Netflix, cerca de 85% do público brasileiro preferiu assistir à série 13 Reasons Why em Português do Brasil, enquanto em House of Cards, 50% do público optou pela dublagem. Nesse mesmo streaming, Tomás fez participações em produções como “A Louva-a-Deus” e “Errementari: O Ferreiro e o Diabo”.

Além disso, já emprestou a voz para personagens de produções como “Os Cobaias”, dublando David Lowe, e “Gaston Lagaffe”, do Canal Futura. Em “Por amor à liberdade”, da TV Escola, Tomás dublou, pela primeira vez, grandes atores de Hollywood.

Você pode começar a testar sua habilidade de dublar vídeos utilizando plataformas como o TikTok ou CapCut. Você pode traduzir uma fala de um vídeo original em outro idioma ou criar uma narrativa completamente nova. O importante é se divertir!

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dublagem brasileira é uma das melhores do mundo, você sabia?
Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

na Escola Municipal Prefeito

Luiz Gomes, turmas criam o “Restômetro”, projeto responsável por medir a quantidade de comida desperdiçada.

DE OLHO NO

‘RESTÔMETRO’

Pensando em reduzir o desperdício, professores e alunos criam sistema responsável por pesar e mapear alimentos que são descartados no recreio escolar

POR ANA CAROLINE ARJONAS E RENATA BOMFIM

Na hora em que o sinal toca, o caminho da sala até o pátio é acompanhado da curiosidade para saber quais serão as opções do cardápio do dia. Com legumes, salada e frutas, a alimentação é pensada de acordo com o desejo de cada aluno, responsável por escolher aquilo que deve estar no prato.

Entretanto, existe um cuidado que deve ser mantido durante a escolha: a quantidade de comida. Na Escola Municipal Prefeito Luiz Gomes, os alunos do quinto e do sexto ano estão contribuindo com o acompanhamento daquilo que é desperdiçado. A ideia começou a ser avaliada no fim do ano passado.

O ponto de partida foi a análise da quantidade de alimentos que estavam sendo desperdi-

çados. “Nove dias de observação foi equivalente a 42 quilos jogados fora, mais 12 quilos de sobra (incluindo a parte líquida)”, conta a professora integradora de mídias e metodologias (PIMM), Giselda Maria Barbosa, que notou o espanto dos professores com os números, mapeados nos quatro recreios da unidade.

E a iniciativa de envolver as turmas no cuidado e no rastreamento começou neste ano. Hoje, o papel é acompanhar a escolha dos colegas e aquilo que é deixado de lado, incentivando a repetição, mas nunca o excesso. Após a contabilização dos restos, os estudantes das turmas-piloto também são responsáveis por passar de sala em sala dizendo o nível de desperdício da escola.

O que você vai encontrar por aqui: Tempo de leitura: 7 minutos
Foto: EM Prefeito Luiz
/ CONSCIENTIZAÇÃO
Gomes/Divulgação
12 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023

Presença garantida no Campeonato Joinvilense de Robótica

A ideia foi levada para o 3º Campeonato Joinvilense de Robótica, disputado em 17 de junho. Com a participação de 250 alunos e professores da Rede Municipal, os estudantes da Escola Municipal Prefeito Luiz Gomes foram premiados na categoria robótica educacional. Agora o próximo passo é expandir as ações para as demais turmas da unidade, colocando todos os alunos no processo de observação, pesagem e acompanhamento. O foco é reduzir o desperdício.

O projeto, que recebeu o nome de “Restômetro”, já começou a dar resultados, mostrando que a conversa e a assistência são passos importantes contra o desperdício. “O dia em que zera eles ganham uma estrelinha, então agora nós dividimos por cor. De zero a 399 é a cor verde, de 400 a 599 fica na cor amarela, e depois de 600, vermelho”, explica Giselda.

Além da participação na hora do recreio, os envolvidos foram responsáveis por criar a balança que está sendo utilizada na pesagem e os cartazes com LED, encarregados por indicar o nível de desperdício. “Na parte da robótica nos envolvemos bastante para fazer a balança, circuitos, mas nos envolvemos dentro de sala de aula, as matérias já explicaram a parte da matemática, os gráficos. Também contou sobre a história da balança”, diz Giovana Mórbis Lemos, 11, do sexto ano. Os estudantes usam coletes das cores azul, vermelho, verde e amarelo, indicando o lixo em que deve ser feito o descarte correto (papel, plástico, vidro e metal).

Para Henrique Liczikovski de Lima, 12, estudante do sexto ano, a iniciativa já foi responsável por uma mudança de hábito, evitando as sobras. “Às vezes acontecia, só que agora não acontece mais”, comenta o estudante. Além da conscientização, os profissionais optaram por outras medidas para inibir o descarte, incluindo o uso de um balde transparente para colocar os alimentos. “A louça também foi trocada por transparente para eles observarem o que estão colocando no prato, trabalhada pela consciência. Quer repetir? Põe um pouquinho; gostou, quer mais, vai lá e repete. Eles podem repetir, não precisam encher o prato. Muitos agora começaram a se ensinar, porque eles estão se servindo”, fala a professora de ciências Alessandra Machado Alvarez. A iniciativa já chegou às famílias, que agora querem instigar a mesma consciência dentro de casa.

Foto: Renata Bom fi m
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 13
Foto: EM Prefeito Luiz Gomes/Divulgação

A 23ª Feira Municipal de Matemática reuniu 75 trabalhos de alunos da Rede Municipal de Ensino na Escola Municipal Prefeito Max Colin, no bairro Iririú. O evento foi realizado pela Secretaria de Educação, com a participação de alunos de 44 Escolas e CEIs. Eles apresentaram os trabalhos desenvolvidos em sala de aula para outros estudantes e aos profissionais da Rede Municipal de Ensino. O objetivo foi despertar o interesse pelo ensino para a aprendizagem da matemática. Foram selecionados 20 destaques, divididos por categorias, encaminhados para a 21ª Mostra Regional de Matemática, neste mês de agosto.

Alunos da Rede Municipal de Ensino participaram de dois dias de hackathon dentro do programa Hellow, em parceria com o Senai. Foram 240 estudantes de oitavo e nono ano classificados para esta etapa, realizada em 25 escolas municipais. O Hellow iniciou com dois mil alunos inscritos na primeira fase, sendo que os cinco melhores ranqueados de cada ano, por unidade, foram classificados para o hackathon. Ao fim da jornada, 50 alunos do oitavo ano e outros 50 estudantes do nono ano ganharam como prêmio um curso de “Introdução aos Jogos Digitais - Criança seu primeiro game”, no Senai.

educaçãoinclusiva

A Secretaria de Educação realizou o 6º Seminário de Educação Especial, voltado para profissionais da educação, da saúde, estudantes e comunidade em geral. O evento teve como tema principal “Desafios atuais da Educação Inclusiva: conhecimento, equidade, sensibilidade e qualidade no ambiente escolar”. Ao longo de dois dias, a programação contou com palestras e apresentação de práticas desenvolvidas na Rede Municipal de Ensino.

A Escola Municipal Plácido Xavier Vieira realizou a 8ª edição do festival de dança da unidade. O evento envolveu todos os alunos do sexto ao nono ano, que concorreram nas categorias: dança de salão, breakdance e flashback. Foram premiados os grupos melhores colocados, além do dançarino e dançarina destaques do festival. Ao todo, foram 29 apresentações, além da participação especial de professores e funcionários.

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participam de hackathond
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23ªFeiraMunicipal
Matemática S e m i n á r io discuteosdesafosda
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/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS 14 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023
Foto: Secom/Divulgação Foto: Secom/Divulgação Foto: Secom/Divulgação Foto: Secretaria de Educação/Divulgação

Escola de Pais

quer incentivar práticas parentais saudáveis

A Secretaria de Educação de Joinville lançou em julho o programa “Escola de Pais”, que busca incentivar práticas parentais saudáveis, além de fortalecer o vínculo entre pais e responsáveis com as unidades escolares.

O lançamento ocorreu com uma live aberta à comunidade, com o tema “Pais e filhos: uma relação para a vida toda”. A palestra foi com o escritor e psicólogo Antonio Siqueira, autor

do livro “50 coisas que os pais nunca devem dizer aos filhos”.

O secretário de Educação, Diego Calegari, também participou da live e explicou que a Escola de Pais é uma grande rede de apoio, mediada por profissionais muito bem preparados pela Secretaria de Educação.

"Acreditamos que é fundamental escola e família estarem unidas nesse propósito em comum de educar nossas crianças e jovens. Nos encontros da Escola de Pais, os

Como funciona o programa

O programa já está sendo desenvolvido nos Centros de Educação Infantil (CEI) da Rede Municipal de Ensino e também será estendido às Escolas Municipais durante o segundo semestre. A Escola de Pais envolve cinco encontros noturnos, com vivências em que busca encontrar caminhos para estabelecer

participantes terão dicas práticas e ainda poderão contar com outros pais, que enfrentam os mesmos desafios no dia a dia", detalhou.

Durante o lançamento do programa, os pais e responsáveis acompanharam a transmissão de suas casas e outros se reuniram em escolas municipais para assistirem a palestra. O vídeo ficou gravado e pode ser assistido na íntegra no YouTube, no canal “Mídias Educacionais Joinville”.

relações saudáveis em família. Também é um espaço para troca de experiências e socialização dos pais e responsáveis. Os interessados em participar do programa podem procurar a unidade em que as crianças estão matriculadas para obter informações sobre horários e datas dos encontros.

/ EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 15
Foto: Secom/Prefeitura de Joinville/Divulgação

O que você vai encontrar por aqui:

VOCÊ JÁ VIU O

DNA DE UMA FRUTA?

Para aproximar o tema dos estudantes, fugindo dos livros, a solução foi ilustrar a sequência de moléculas utilizando kiwi, morango e banana

alunos aprendem sobre DNA e biologia molecular em experiência com frutas.

Tempo de leitura: 6 minutos

Seja na hora de conhecer os animais, a vida na natureza ou as inúmeras curiosidades do universo e do corpo humano, as aulas de Ciências são oportunidades de experimentar e observar o novo, na maioria das vezes. Entre os assuntos apresentados, o DNA e a biologia molecular são temas que instigam a curiosidade e aquela vontade de ver o desenho para além do livro didático. Com a função de armazenar e transmitir as informações genéticas, coordenando as ações celulares, você já pensou como seria se fosse possível acompanhar o processo de

separação e observação das moléculas? Essa nova visão dos componentes que integram o organismo humano foi um experimento realizado na Escola Municipal Pastor Hans Müller, com os alunos do nono ano. A ideia foi do professor de Ciências Jackson Vicente João, que decidiu colocar como amostras as frutas kiwi, morango e banana para extração do DNA. “Que eles (alunos) entendam os conceitos básicos da genética e que possam visualizar apenas uma parte do DNA, alguns cromossomos extraídos”, pontua Jackson.

POR ANA CAROLINE ARJONAS E RENATA BOMFIM
/ CIÊNCIA
Foto: EM Pastor Hans Müller/Divulgação
16 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023

Mais do que trazer um exemplo da teoria para a realidade, abordando os conceitos básicos da genética, a ação contribuiu com o entendimento e a memorização dos conteúdos, além de ser uma oportunidade para trabalhar com outros profissionais, instigando abordagens transversais. “Conseguimos ver que eles (alunos) absorvem mais, acabam se envolvendo, porque nessa prática costumo fazer um relatório e tem questões relacionadas tanto com a prática quanto com a teoria. Eles acabam criando um vínculo, teoria mais a prática, e acabam observando bastante”, explica o professor, que estende a prática às aulas de Língua Portuguesa, em parceria com o outro educador.

E a nova forma de conhecer aquilo que antes estava apenas no livro é um ganho para aqueles que estão do outro lado. “Eu sabia que ia dar para ver, mas eu achei que ia ser bem diferente, achei que seria igual aqueles desenhos, mas parece um grão de arroz”, conta Gabriela Senderski, 15. O processo ganha um significado diferente, aproximando da rotina o que antes parecia estar distante. “Quando ele (professor) falava, eu não entendia. Na prática foi bem mais fácil”, explica Aimê Andriolli da Silva, 14, que comenta a mudança de perspectiva depois da prática, de colocar a mão na massa e observar o funcionamento do DNA.

Como extrair o DNA de uma fruta?

Para replicar a ideia do professor e aproveitar o laboratório de Ciências da sua escola, existem alguns passos que podem facilitar a experiência. Quer levar a sugestão e desenvolver aí na sua unidade?

Confira:

1. Transforme a fruta em uma mistura homogênea;

2. Faça uma extração com água quente;

3. Dê um choque térmico com álcool gelado;

4. O DNA estará entre a camada mucosa e a camada densa. Faça a extração com uma micropipeta;

5. Retire o DNA e coloque na lâmina para observação e análise no microscópio.

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Foto: EM Pastor Hans Müller/Divulgação Foto: Sharon Breis Rathunde /Divulgação Professor Jackson com as alunas em aula prática
/ CAPA 18 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023

O que você vai encontrar por aqui:

projeto incentiva a alimentação saudável com criação e arrecadação de moeda interna na escola.

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Tempo de leitura: 12 minutos

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 19
Foto: Leve
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No café da manhã, almoço ou jantar, escolher os itens que vão estar no prato é uma decisão que vai além do sabor. Na hora de cada refeição, a prioridade deve ser a alimentação saudável, optando por produtos naturais — e aqui vale aquela regra clássica: prato colorido, com verduras e legumes. Para atingir o equilíbrio, existe uma atitude primordial: o desafio de conhecer novos sabores e opções. Na junção de provar aquilo que já é conhecido e o novo, surgem combinações inesperadas, mas que acabam criando um vínculo. Além de ser uma oportunidade para descobrir diferentes sabores, a ação é essencial para manter a saúde em dia. E na Escola Municipal Germano Lenschow, as turmas já estão aprendendo o valor do que é saudável.

Por lá, o projeto “Merenda Delícia” tem movimentado mais que o horário do recreio, trazendo para dentro da sala dois temas: a alimentação adequada e a educação financeira. Isso porque cada refeição com a merenda escolar rende germoneys, moeda criada para uso interno. A ideia de criar o próprio dinheiro também veio acompanhada do desejo de instigar a alimentação escolar, sendo um motivo a mais para os alunos escolherem aquilo que é servido na unidade.

E o que começou com o intuito de incentivar o saudável agora também rendeu uma poupança para os estudantes. Isso porque cada refeição feita com o que é servido na escola vale um germoney, montante que no fim do mês pode ser gasto no “Mercado do seu Germano” — os termos foram inspirados no nome da escola.

A ideia foi uma criação da diretora Geisa Simone da Rocha Borin e da auxiliar de direção Rossana Zablonsky Bergmann. “Um dia antes de fazer o mercadinho, nós vamos na sala e perguntamos se eles querem fazer o saque e quanto eles querem. Diante disso, colocamos cinco germoneys, dez germoneys (quantidade desejada pelo estudante)”, comenta Geisa.

Aqueles que não pensam em gastar o valor ou que desejam comprar algo mais caro, descobrem que deixar a moeda na poupança, com juros, também é uma forma de investimento. Aqui a fórmula é simples: continuar comendo a merenda da escola e deixar os germoneys na conta. “Aquele dinheiro que sobrou, que ele não gastou ou se ele não quiser gastar tudo, pode guardar no Banco GL. Anotamos, tem um controle nosso, e a criança também tem a cadernetinha de poupança dela, com o que ela ganha, pra saber quanto que ela tem”, explica a diretora. O mecanismo serve para controlar os valores de saque e depósito e o que ainda tem disponível.

Mais do que o incentivo para escolher a alimentação saudável, é na prática do dia a dia que eles aprendem sobre temas que fazem parte da vida adulta. “Temos uma taxa de juros pequena, até porque o valor deles, que eles poupam, é pequeno, então a gente tem um combinado que quando soma mês a mês, somamos um germoney, porque nós não temos centavos na nossa moeda. Assim a criança pode retirar os juros também”, comenta Geisa.

Para quem participa da iniciativa, a oportunidade é uma chance de unir a alimentação e o financeiro. “É porque muita gente que não comia agora pode comer para ganhar uma coisa legal”, finaliza o aluno Elias Baartz, 11, do 5º ano. Além do desafio de administrar o próprio dinheiro, a vivência também está sendo incluída em sala de aula, por meio de projetos desenvolvidos em diversos componentes curriculares.

/ CAPA
20 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 21

No mercadinho do seu Germano

Além da alimentação saudável e da educação financeira, as compras mensais na escola estão servindo para mostrar como é a rotina na hora de administrar a grana, escolher um item e comprar – experiência conduzida de acordo com as escolhas de cada criança. “Tem bola, fone de ouvido, alguns jogos, tipo aquele cubo mágico, material escolar, revistinhas para colorir e quebra-cabeça”, diz a diretora.

O valor que cada estudante tem na poupança é calculado no tempo de fechamento do mês, período em que os profissionais levam em consideração o número de refeições e os germoneys, incluindo aqueles que são conquistados pelo bom comportamento e participação na rotina escolar – outra forma de receber a moeda. Antes de liberar a turma para a compra, a primeira responsabilidade é encontrar aquilo que vai ao encontro do que cada um procura, disponibilizando o item dentro da própria escola.

/ CAPA 22 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023
Uma vez no mês, alunos trocam os germoneys por brinquedos na feira interna da escola

Dicas para poupar seu dinheiro

Aprender sobre educação financeira e pensar sobre economias pode parecer papo chato de adulto. No entanto, quanto mais cedo alguém compreender a necessidade do controle de gastos, mais preparado e consciente estará no futuro. Para entender o valor do dinheiro, é importante adotar práticas responsáveis ainda na adolescência. Confira cinco delas:

1. Defina seus objetivos: separe um tempo na rotina, reflita e entenda quais são os objetivos de curto, médio e longo prazo. Seja para assistir o lançamento do mês no cinema, adquirir um novo celular ou até mesmo uma viagem de formatura, tenha em mente o que você precisa e use suas metas para se sentir motivado a continuar com as economias.

2. Gaste menos do que você ganha: quando entra aquele dinheiro na conta é difícil resistir à vontade de gastar tudo em um único dia, afinal, é só olhar para o lado que é possível encontrar diversas opções disponíveis para usufruir o valor. Se você tem uma renda fixa (quando ajuda algum familiar em algo ou ganha uma mesada), determine uma porcentagem da quantia que irá gastar no mês.

3. Não compre por impulso: todos os anos surgem milhares de novos produtos

O consumismo descontrolado é o maior adversário da economia e é sempre bom pensar duas vezes antes de tomar uma decisão. Lembre-se que escolhas erradas podem atrapalhar a conquista de suas metas.

4. Registre seus gastos: é difícil ter noção de quanto dinheiro ainda resta se não há registro do que foi gasto. Pegue um caderno, abra uma planilha ou baixe um aplicativo de controle financeiro e anote tudo o que entra e o que sai. Assim, será mais fácil entender quais são as principais despesas e as compras que poderiam ter sido evitadas.

5. Tenha uma reserva de emergência: é normal que imprevistos aconteçam: sua camisa favorita pode ter rasgado sem querer ou a tela do tablet de estudos rachou. Por isso é importante ter uma poupança guardada para não ficar na mão durante esses momentos. Separe uma quantia por mês e reserve em um local onde você não se sentirá

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Fotos: Leve Fotogra
/ DIVERSÃO Desafio 1 - Resposta Desafio 2 - Resposta Desafio 3 - Resposta Desafio 4 - Resposta Desafio 5 - Resposta Desafio 6 - Resposta Troque três palitos de lugar e forme três quadrados Retire dois palitos e forme dois triângulos Mova três palitos para formar três triângulos iguais Reposicione dois palitos e deixe apenas três triângulos Mexa em três palitos para formar três quadrados Troque três palitos de lugar e gere dois quadrados POR REDAÇÃO ITS TEENS 24 ITS TEENS - JOINVILLE / AGOSTO 2023 Sigaasinstruções, pegue o papel e a caneta
e tente resolver as questões! 2 3 1 4 5 6
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Cuca, Saci e Curupira: um trio que dá trabalho

Você conhece esses ícones do folclore brasileiro?

Há algo fascinante sobre as criaturas místicas que as tornam atemporais. Seja com figuras lendárias, como o Monstro do Lago Ness, ou aparições misteriosas, como o Pé Grande, já vimos de tudo em séries e filmes. O seriado “Supernatural”, inclusive, é a prova disso.

Mas quais são as figuras brasileiras mais emblemáticas quando se trata de lendas e causos? Quem dá a cara ao folclore no nosso país? Aproveitando que no dia 22 de agosto se comemora o Dia do Folclore, saiba mais sobre três criaturas mitológicas icônicas que despertam o imaginário das crianças há gerações.

O que é folclore?

É um conjunto de elementos que formam a cultura popular, incluindo personagens, contos, festas, danças, tradições e manifestações artísticas. O termo une as palavras em inglês “folk”, que significa povo, nação e raça, e “lore”, que é “ato de ensinar”.

Saci-Pererê, a lenda peralta

Se há uma lenda conhecida pelas travessuras, ela se chama Saci-Pererê, um garoto de apenas uma perna que não desgruda do seu gorro vermelho. O jovem negro vive na floresta e impressiona pela agilidade, muito bem empregada na hora de pregar peças.

Além de atazanar cavalos, azedar o leite e atrapalhar viajantes, ele é capaz de formar redemoinhos para fazer ainda mais bagunça. O ser mitológico vive até os 77 anos e só pode ser contido se for preso em uma garrafa.

Há estudos que apontam que a lenda do Saci surgiu entre os índios guarani no Sul do Brasil, mais tarde ganhando o país e incorporando elementos de outras lendas, como a da Caipora. Também há especialistas que acreditam que o surgimento dessa figura mitológica se deve a influências de países da Europa.

Foi graças à obra de Monteiro Lobato que o Saci se tornou um personagem tão conhecido. O autor publicou um livro sobre a lenda em 1918 e, três anos depois, lançou a adaptação do jovem peralta como parte das histórias do “Sítio do Picapau Amarelo”. As adaptações para a televisão só o tornaram cada vez mais popular.

A série animada “Além da Lenda” traz um olhar diferente e curioso sobre personagens do folclore brasileiro, incluindo o Boitatá, o Boto e a Mula-SemCabeça. Escaneie o QR Code ao lado para conferir!

/ CULTURA POP
POR GUSTAVO BRUNING
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Cuca, o terror da noite

Ela tem o mesmo nome de um bolo delicioso, mas não tem nada de doce. A Cuca é uma bruxa má com cabeça de jacaré, pele verde e aparência assustadora. Ela dorme uma vez a cada sete anos e vai atrás de crianças que não respeitam a hora de dormir – daí a música com a letra “Nana, neném, que a Cuca vem pegar…”.

A forma mais conhecida no Brasil surgiu nas histórias do “Sítio do Picapau Amarelo”, de Monteiro Lobato, em 1921. Muito antes, no entanto, a lenda já circulava por aqui. Há relatos de que ela chegou na época da colonização, com a forma da Cuca sendo representada por uma velha enrugada, com os cabelos brancos e o corpo encurvado. A versão original, do folclore galego-português, tem raízes em um dragão de nome Coca, derrotado por São Jorge. Há também varia-

ções mundo afora, com Cucas assumindo formas de fantasmas, bruxas e dragões devoradores de crianças desobedientes.

Você sabia?

A Cuca brasileira chegou até mesmo a virar um meme internacional! Em 2017, quando imagens de uma adaptação para a TV do “Sítio do Picapau Amarelo” fizeram sucesso na web, internautas de outros países começaram a se deparar com a figura pitoresca. A “lenda” e “rainha”, como foi chamada, caiu nas graças do mundo virtual, com suas imagens passando a integrar posts de humor.

A imagem icônica do Curupira, com seus cabelos vermelhos cor de fogo, talvez seja sua característica mais memorável. Mas é a sua missão de proteger florestas, matas e animais que o torna realmente marcante. Essa lenda é tão importante para o folclore brasileiro que foi a inspiração para a criação do Dia do Protetor das Florestas, comemorado em 17 de julho.

Há registros da lenda em solo brasileiro desde o século 16. A versão mais conhecida atualmente traz um menino de baixa estatura, com os pés virados para trás, que enganam os caçadores por causa das pegadas ao contrário. O Curupira é esperto, ligeiro e bem integrado à floresta, o que ajuda na hora de afastar as ameaças, e pode ser visto montado em um porco do mato.

Escaneie o QR Code para assistir a um divertido episódio de “Animacriança – Lendas

Brasileiras” sobre o Curupira!

As lendas do folclore existem há muitos anos e, ao longo de décadas ou séculos, sofreram mudanças. Elas nem sempre foram do jeito que as conhecemos hoje e, em alguns casos, incorporaram elementos de outras lendas.

Já pensou em como seria uma combinação entre a Cuca, o Curupira e o Saci-Pererê? Use a imaginação e desenhe como você acha que essa criatura seria!

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POR LUCAS INÁCIO

Parece contraditório, mas as notícias falsas se tornaram uma verdade no mundo atual. Há mais de uma década, as chamadas fake news se popularizaram e tornaram-se uma realidade incômoda para todos nós. Com a evolução da tecnologia e o poder de se comunicar na mão de todos, o que parecia uma solução trouxe algumas dores de cabeça. As causas para essa enxurrada de notícias falsas são várias. A primeira delas é por desinformação das pessoas mesmo. Sabe a brincadeira do telefone sem fio? A internet funciona assim também na comunicação e as pessoas vão compartilhando as coisas sem saber se elas são verdadeiras. Porém, há também quem use isso de má fé, como uma ferramenta para alcançar objetivos – sejam políticos ou não.

O problema é tão grave que existem empresas que ganham dinheiro para produzir fake news. Mais complexo ainda são os casos das megaempresas chamadas big techs, como Facebook, Google e Twitter, entre outras, que lucram com essas desinformações e fazem pouco ou nenhum esforço para combatê-las – para saber mais, assista ao documentário "Dilema das Redes", com classificação indicativa para 12 anos.

Existe o ditado “uma mentira contada mil vezes se torna verdade”. Na internet, são milhares de pessoas – e bots –contando e compartilhando coisas que nem sempre são reais o tempo todo. Por isso, cabe a nós contarmos as verdades milhões de vezes. A liberdade de expressão é essencial, mas exige responsabilidade. Aqui vão cinco dicas para sabermos o que é mentira e combatê-las.

/ WI-FI
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Desconfie

Em 2018, uma pesquisa feita no renomado instituto de tecnologia Massachusetts Institute of Technology (MIT), chegou à conclusão de que as notícias falsas são compartilhadas mais rapidamente e alcançam mais pessoas do que as notícias verdadeiras. Os pesquisadores estimaram que as fake news têm 70% a mais de chances de serem propagadas. Uma das grandes causas disso é que elas soam como grandes descobertas, como uma informação que poucas pessoas sabem. Então, se alguém chegar contando algo muito absurdo e que pareça fora da realidade, desconfie e pesquise.

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Seja curioso e se informe Busque fontes

É difícil desconfiar de coisas que a gente não conhece. Por isso é importante que a gente esteja atento e bem informado. Para isso é preciso ser curioso, gostar de ouvir e conhecer as coisas por vários ângulos. Converse com seus professores dentro e fora da sala de aula, leia notícias, ouça podcasts informativos e assista a canais de cientistas e jornalistas, gente compromissada com a informação. Se ligar nos acontecimentos do mundo pode preparar você melhor para o que ocorre no seu dia a dia.

Já que estamos na onda dos ditados, aqui vai mais um: “Falar bem, até papagaio aprende”. Trazendo para o nosso tema, quer dizer que repetir ou compartilhar algo é fácil, mas de onde vem aquilo? Cientistas, jornalistas e pesquisadores trabalham com fontes confiáveis de informação, então é importante saber onde buscar.

Quando alguém compartilha algo nas redes sociais, WhatsApp e chats, é importante que tenha um link junto para saber mais detalhes sobre o tema. Se não tiver o link, desconfie; se tiver, é importante também que o site seja de confiança. E se a conversa for pessoalmente? É só usar a tecnologia a seu favor, dar um Google rapidinho e ir atrás de sites confiáveis.

Sites de combate às fake news

Essa é a dica mais certeira e que serve contra as notícias falsas que ganham fama no mundo da internet. Antes delas serem chamadas de fake news, os sites de checagem (ou fact checking) já existiam. Um deles, o E-farsas, criado em 2002, resiste até hoje. Já na década passada surgiram vários: Boatos.org, Aos Fatos, Agência Lupa, Fato ou Fake, Uol Confere. São sites sérios e feitos por jornalistas, mas também dá para dar boas risadas com as fake news absurdas que estão rolando por aí.

Quando for falar, use as dicas anteriores

As dicas anteriores eram voltadas para quando recebemos uma fake news, mas agora é hora de colocar isso em prática e ser um exemplo para as outras pessoas. Quando for passar uma informação, confira antes de falar, vai que você esqueceu algum detalhe importante ou ouviu de alguém que estava errado. E, por último, se não tiver certeza que é verdade, é melhor não compartilhar.

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POR REDAÇÃO ITS TEENS

A imensidão do universo é capaz de causar muita curiosidade. Seja pelos corpos celestes, pelas galáxias ou elementos presentes no céu, os mistérios que envolvem esses fenômenos despertam diversas dúvidas nas pessoas que tentam entender como eles acontecem.

Apesar do avanço da tecnologia, diante da vastidão do cosmos, as descobertas feitas pelos humanos ainda são limitadas. Entretanto, algumas já foram explicadas pela ciência. Continue lendo e descubra três delas. 1

Sabe aquele dia em que o céu está bem azul e as nuvens parecem algodões branquinhos? Apesar de parecer algo fofo como um colchão confortável – assim como no desenho “Ursinhos Carinhosos” –, as nuvens, na verdade, são um aglomerado de gotículas de água e cristais de gelo. Mas se a água é transparente, então, como elas parecem brancas?

A resposta disso tem a ver com a física! Os cristais e as gotículas que compõem as nuvens são como um prisma e atuam como um refletor das cores a partir do sol.

Assim acontece a mistura de todos os sete tons do arco-íris, que são dissolvidos pela luz solar. O resultado disso é a cor branca que vemos no céu. Mas e os dias de tempestade, em que o céu está acinzentado? Dependendo da altura, da temperatura e de outros fatores, as nuvens possuem aparências diferentes em seus formatos, cores e espessuras. Quando as camadas de vapor d’água e gelo aumentam, a densidade da nuvem se torna maior e, assim, os raios solares não são capazes de atravessá-la por inteiro, causando o aspecto escuro.

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/ BLOCO DE NOTAS

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Navegando pela internet, você já se deparou com fotos de uma aurora boreal e se perguntou se aquilo era real? Não é somente em filmes de ficção científica ou em edições de imagem que se pode encontrar algo tão incrível. Assim como no caso das nuvens, a resposta de como esse fenômeno acontece está na ciência – e desta vez tem relação com os ventos solares. O contato e a interação da energia irradiada pelo sol com os elementos da atmosfera terrestre na termosfera são capazes de formar diferentes traços luminosos no céu.

Esse espetáculo apresenta uma diversidade de cores – como vermelho, laranja, azul, verde e amarelo – e de formas. Também não é um evento exclusivo noturno, podendo acontecer durante o dia. Em caso de tempestades solares, a chance de ocorrer uma aurora boreal aumenta, já que o planeta recebe mais energia. Entretanto, esse acontecimento não é visto em qualquer lugar, apenas nas localidades de maior latitude, como Alasca, Canadá, Groenlândia, Islândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia.

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Olhando para o céu estrelado é possível encontrar diversas estrelas e constelações fáceis de identificar e que são conhecidas por seus nomes populares, como as Três Marias e a Ursa Maior. Mas você já parou para pensar como esses nomes surgiram?

As nomeações dos astros da galáxia acontecem há muito tempo: desde a antiguidade, os corpos celestes visíveis são estudados. Foi assim que os cinco planetas possíveis de ver a olho nu foram designados durante o Império Romano. Seguindo a tradição da mitologia local, os planetas foram representados pelos deuses: Júpiter, Marte, Mercúrio, Saturno e Vênus. Já os outros astros, descobertos anos mais tarde, seguiram a mesma temática: foram nomeados de Netuno, deus romano, e Urano, deus grego.

Por muito tempo não houve regras para escolher os nomes, e conforme os corpos celestes eram descobertos, os astrônomos os batizavam da forma que desejavam. Entretanto, em 1922, a União Astronômica Internacional (UAI) criou

padrões para esse processo, para que o sistema de localização e diferenciação se tornasse mais fácil.

Os exoplanetas – aqueles que estão fora do Sistema Solar – são reconhecidos por um nome ou abreviação e terminam com uma letra minúscula. O 51 Pegasi b, por exemplo, foi encontrado na órbita da estrela que leva o mesmo nome: 51 Pegasi. A última letra indica a ordem em que foi descoberto em seu respectivo sistema planetário.

Mas essa regra não se aplica a todos os astros, já que as estrelas seguem normas variadas, sendo relacionadas à constelação de que fazem parte até em suas coordenadas no espaço. Entretanto, as normas se empregam apenas aos nomes científicos.

A maneira pela qual são conhecidos popularmente vem de sugestões feitas ao UAI por astrônomos, observatórios e clubes de astronomia ou então definidos por meio de uma votação aberta ao público. Agora, e se você pudesse escolher um nome para uma estrela, qual seria?

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Todos nós, sem exceção, sempre pré-julgamos as coisas, uma vez que somos humanos e nos deixamos levar pelas aparências. Não é diferente na história de August Pullman, um menino de 10 para 11 anos que passa por mais de 20 cirurgias para consertar uma anomalia genética que deformou seu rosto e todo o seu sistema fonatório, oriunda de seus dois lados da família, e que era mais difícil de acometê-lo do que ser atingido por um raio, o que o fez ganhar uma loteria ao contrário. Filho de pai americano e mãe brasileira, Auggie nos imerge em sua vida e em sua primeira visita à sua futura escola, pois até o momento havia sido tutorado por sua mãe em ensino domiciliar

A obra “Extraordinário”, de R. J. Palacio, por mais que seja considerada uma literatura categorizada como bestseller, é incrível e bem conduzida, pois não temos apenas as narrações de Auggie, mas também as visões de Olivia (sua irmã), Justin (namorado de Olivia), Summer e Jack (seus colegas de classe) e de Miranda (amiga de sua irmã), o que categoriza esse romance como polifônico, ou seja, não somos conduzidos por um único narrador, mas por vários, o que faz as narrações se intercalarem, nos fazendo ter uma visão mais ampla da trama.

Os temas abordados na obra são os mais variados, tais como bullying, relacionamentos (familiares, de amizade e na escola), ansiedade e depressão, mas falados de forma tão leve que não geram desconfortos em quem, de repente, esteja passando por algo dentro dessas questões. Contudo, a despeito da forma tratada, não há como não gerarmos empatia por cada um dos personagens, sendo eles narradores ou não Até mesmo pelo garoto que mais tentou prejudicar August, que por fim vemos ser alguém que apenas replica o que aprendeu, pois como diz uma música da banda Linkin Park, “você vive o que aprendeu”

A obra é sugerida para leitores de todas as idades, pois suas lições são atemporais, marcantes e importantes, pois, principalmente após ser pai, vi o quanto os exemplos são fundamentais, uma vez que somos imitados pelos filhos. É uma obra leve, fluida, engraçada e comovente, mostrando-nos que, ao julgarmos pelas aparências, somos levados a não vermos a beleza das coisas por sua essência. Auggie queria muito ser alguém comum/normal, porém vê que sua vida até ali, apesar das intempéries, foi e será extraordinária, pois é assim que ela deve ser vivida!

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

Alice no país da mentira por Pedro Bandeira
/ SPOILE R
A menina que tinha medo de errar por Milene Peixoto Ávila Novas aventuras de Pedro Malasartes por Hernâni Donato O pequeno príncipe por Antoine de Saint-Exupéry
32 I TS TEENS - JO I NVILLE / A G OST O 2 0 2 3
Fernando Pereira Gonçalves Professor de Língua Portuguesa EM Prefeito Baltasar Buschle e EM Doutor Sadalla Amin Ghanem
/ CONHEÇA A CIDADE Arena Joinville Considerado um dos maiores estádios de futebol de Santa Catarina, a Arena Joinville tem capacidade para 22.400 pessoas e é utilizada tanto pelo Joinville Esporte Clube quanto pelo Fluminense Futebol Clube.
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Foto: Prefeitura de Joinville/Secom/Divulgação

Entenda a diferença entre tipos e gêneros textuais e conheça alguns exemplos

POR REDAÇÃO ITS TEENS COM REVISÃO DE TÂNIA GRACIELE BELO

Você sabe a diferença entre os livros "A Cartomante" (Machado de Assis) e "Meu Pé de Laranja Lima" (José Mauro de Vasconcelos)?

Além de temáticas diferentes, tem uma característica que também deve ser destacada: o gênero textual. Enquanto o primeiro exemplo é um conto, o segundo é um romance infantojuvenil.

Saber identificar os elementos de uma narrativa é essencial para a aprendizagem da literatura e também para diferenciar os textos lidos no dia a dia. Para conhecer mais sobre os variados gêneros textuais, primeiramente, é preciso entender a diferença entre eles e os tipos de narrativa.

Os tipos textuais estão relacionados às características da estrutura, que geralmente são fixas, e por conterem um objetivo. Dentro das tipologias, existem cinco principais, cada uma organizada de forma distinta para cumprir a sua função comunicativa. São elas:

NARRAÇÃO: composto por apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho, como romances, fábulas e novelas, por exemplo.

DESCRIÇÃO: descrevem acontecimentos, lugares ou seres. Cardápios e biografias são alguns exemplares deste tipo textual.

EXPOSITIVO: expõem ideias e utilizam recursos como a conceituação, a comparação e a definição. Neste tipo de texto as reportagens e verbetes de enciclopédias são os maiores destaques.

ARGUMENTATIVO: é caracterizado por utilizar de argumentações como a defesa de pontos de vista. Já sua estrutura é formada por introdução, desenvolvimento e conclusão. Grandes modelos deste tópico são as teses, sermões e cartas abertas.

INJUNTIVO: neste estilo o foco é instruir o leitor à realização de algum procedimento, como as leis, os tutoriais e as receitas.

/ DONOS DA LÍNGUA
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O QUE VOCÊ SABE SOBRE OS

Um dos gêneros mais comuns na literatura brasileira, o conto é uma narrativa composta por conflito, clímax e desfecho. Com poucos personagens e locais limitados, é uma história curta que foca em resolver aquele embate de forma que desperte a curiosidade do leitor. Com origem nas narrativas orais de povos antigos, ao longo dos anos o conto passou por diversas transformações até chegar nos dias de hoje, com histórias que podem ser de ficção científica, fantasia, humor e até de terror. Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, Mário de Andrade e Lygia Fagundes Telles são alguns dos maiores nomes brasileiros na área.

ROMANCE

Presente em diversas revistas, jornais e blogs, as crônicas são uma narrativa com o objetivo de provocar uma reflexão sobre acontecimentos comuns do dia a dia. Com um texto curto e uma linguagem simples, esse gênero possui algumas características marcantes, como o humor crítico ou irônico, poucos personagens na história e uma linha cronológica definida.

Apesar de a crônica apresentar a visão única do autor sobre determinado assunto, é importante lembrar que ela não é uma fantasia, então as histórias se tratam de temáticas reais, ainda que abordadas de formas mais poéticas. Alguns escritores destacados na área foram Machado de Assis, Clarice Lispector, Luís Fernando Veríssimo e Carlos Drummond de Andrade.

Muito mais do que uma história de amor, o romance é um gênero que narra uma história completa, composta por enredo, ambientação, personagens e temporalidade. Apesar de muitos romances se aproximarem da realidade, é possível também ter elementos fictícios.

Dentro do romance existem diferentes enredos, como o histórico (contando a vida e os costumes de determinada época), romântico (a idealização do heroísmo e o amor à algo ou alguém), realista (caracterizado pelas críticas sociais e às instituições), naturalista (explora as características dos personagens comuns de uma maneira que evidencia os aspectos irracionais e patológicos do ser humano) e o modernista (com um tom de crítica e revolução, é composto por denúncias de desigualdades sociais). Os grandes autores do romance brasileiro são Gonçalves de Magalhães, Álvares de Azevedo, José de Alencar e Maria Firmina dos Reis.

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Já os gêneros surgem por meio desses estilos e são classificados por suas particularidades na linguagem e no conteúdo. Conheça três deles: CONTO CRÔNICA

Professora e instrutora da Fesporte, Rosicleia, orientadora do 1º ao 5º ano, Clarice, e professora do Atendimento Educacional Especializado, Tatiane

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Alex Barreto com grupo de alunos dos 2º anos Atletas Guilherme Mertz da Costa e Saulo Ferreira Tavares com os alunos do 1º ao 5º ano Circuito com alunos do 2º ano Bruno Eduardo Soares com alunos Amarildo da Rocha, Simone Silva e Cátia Regina Pereira Tênis de mesa na cadeira com alunos do 3º ano Palestra para os funcionários

EM PREFEITO GERALDO WETZEL

FÁTIMA

O Festival Itinerante Paradesportivo é um evento realizado pela Sesporte que traz à escola diversas modalidades de esportes para pessoas com deficiência e permite o envolvimento de toda a unidade escolar. Para os adultos são realizadas palestras de pessoas com deficiência falando de suas vivências. Já para os alunos existem os circuitos que envolvem modalidades como voleibol sentado, raia guiada, bocha paralímpica, goalball, judô, tênis de mesa sentado, ciclismo em tandem, basquete em cadeira de rodas e bicicleta guiada. Uma vivência inesquecível para todos. Material compartilhado pela professora de Atendimento Educacional Especializado (AEE) da unidade, Tatiane Costa.

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Timotio Pimentel Linhares com a aluna Yohana Mota Pereira Bocha paralímpica com grupo de alunos Alunos do 5º ano na experiência com cadeira de rodas para basquete de cadeiras Equipe no Festival Itinerante Paradesportivo Alunos do 1º ano jogando vôlei sentado Érico Augusto Machado Yasmin no circuito com professores
/ GALERIAS
Turma do 2º ano D Maquete Meios de transporte, vista vertical Maquete Meios de transporte, vista vertical e refeitório Infoteca da unidade Parque da unidade
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Turma do 2º ano C, com os objetos desenvolvidos no projeto

Maquete Meios de transporte, vista horizontal e jardim

EM PROF. KARIN BARKEMEYER - EXTENSÃO

VILA NOVA

A atividade teve o propósito de trabalhar os meios de transporte de forma criativa com os alunos das cinco turmas de segundos anos. Em parceria com a professora Eliane Pereira Ferrari, do espaço Maker, cada turma construiu uma grande maquete que representava uma linha férrea, e os alunos, individualmente, confeccionaram e decoraram um vagão de trem utilizando materiais recicláveis (rolinho de papel higiênico e tampinhas de garrafa pet). Desta forma também foi trabalhada a questão ambiental na reutilização destes materiais alternativos. O projeto foi realizado pelo professor Laionel River Silva Santos.

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Turma do 2º ano A Turma do 2º ano B Turma do 2º ano C Professor Laionel, idealizador do projeto Turma do 2º ano E

EM PROFESSOR SAUL SANT’ANNA DE OLIVEIRA DIAS

JOÃO COSTA

/ GALERIAS
Victor Hugo, a professora Juliane e Emily Leticia, Larissa, Théo e Silas Gustavo, João, Davi, André, Lucas e Nicoli
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Thiago, Ana Julia, Ryan, Emanuelly e Isadora Matheus e Alexandro Arlindo e João Camila Diogo, Jheniffer, Lucas, Samuel, João e Camila Victória, Kauani, Gabriel, Adryan e Pedro Vinicius, Eduardo da Silveira, Eduardo Silva, Heloiza e Suzi Matheus, Alexandro, Bryan e Camilli

EM JOÃO DE OLIVEIRA

FÁTIMA

Como forma de diversificar as metodologias de aprendizagem sobre os continentes americano e europeu nas aulas de Geografia, a professora Juliane Edineia Rodrigues Ferreira Richeski Pereira utilizou uma estratégia baseada no Desenvolvimento Universal da Aprendizagem (DUA) com os oitavos e nonos anos nas escolas municipais João de Oliveira e Professor Saul Sant’Anna de Oliveira Dias. O objetivo era proporcionar modos múltiplos de apresentação, ação e expressão para que os alunos fossem protagonistas em seus aprendizados. Os estudantes escolheram um país da América e um da Europa e apresentaram seus aspectos físicos, econômicos e culturais.

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Davi Josué, Sophia, Hellyza e Andry Kauany e João Gabriel Yasmin, Murilo, Andryel, Isabella e Kamilla Amanda, Vitória, Lucas, Isabela e Amanda João Lucas e Gabriela

Esse é o tempo da minha caminhada na educação de Joinville. Nesse período fui um eterno aprendiz.

Fiz do meu trabalho terra fértil para o plantio da aprendizagem. Colhi afetos e reconhecimento.

Cultivei amizades para vida. Tive tropeços, Me cansei, Me superei.

Disfarcei estar tudo bem para poder entregar o melhor de mim. Crie, inventei e brinquei.

Acima de tudo amei o “ato de educar”.

Dos dissabores da profissão, prefiro dizer que o amor foi bem maior e venceu sempre. Aprendi uma nova linguagem de comunicação, a internet. Ativei o modo conectar, Repensei meu jeito de ser, Ressignifiquei a vida diante das duras perdas que enfrentei. Reavaliei atitudes e valores.

Fiz dos meus dias de trabalho degraus para o amadurecimento. Transformei conhecimentos em vivências praticáveis. Transformei experiências em lições para a vida.

Fiz tudo na certeza de que pior do que errar tentando é nunca tentar. Cheguei até aqui com o sentimento de vitória. Garanto que tudo valeu a pena.

Direi hoje e sempre: ”Tenho orgulho de ser professor!”

TEXTO AUTORAL

Em março de 2023, Itamar Rodrigues Oliveira completou 35 anos de profissão e compartilhou com a revista its Teens este texto que resume todo esse tempo dedicado à educação de Joinville.

/ SAIDEIRA
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POR ITAMAR RODRIGUES OLIVEIRA EM Nelson de Miranda Coutinho

Casa Krüger

O destino perfeito para quem gosta de arquitetura, principalmente a de influência alemã, é a Casa Krüger. Lá, além de apreciar a estrutura, é possível comprar produtos artesanais e alimentos orgânicos, como cuca, queijos e salame.

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Foto: Prefeitura de Joinville/Secom/Divulgação
Revista its Teens Joinville nº 77 2023 | R$ 14,85

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