its Teens Joinville - 81

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Revista its Teens Joinville nº 81 2023 | R$ 14,85


ENQUANTO VOCÊ SE DESENVOLVE EM SALA DE AULA,


NÓS APRIMORAMOS O SEU CONHECIMENTO


/ EXPEDIENTE MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR. DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING DIRETOR COMERCIAL gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

GABRIEL COSTA HABEYCHE DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

CRISTIANO MIELCZARSKI DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

/ EDITORIAL

Coordenadora de projetos especiais

Chegamos na última edição do ano, depois de percorrer dezenas de escolas em 2023 e divulgar trabalhos incríveis que mostraram a criatividade, a dedicação e a inovação que se faz presente nas unidades da rede. Para fechar a its Teens deste mês de dezembro, tem mais trabalhos para você conhecer: pela capa, o destaque está no lançamento de mais de 200 livros feitos por crianças que tiveram a vivência de contar e ilustrar a sua própria história e ainda ter a oportunidade de viver a experiência de autografar em uma noite especial. Enquanto uma turma escreve sua história, em outra unidade os alunos aprendem sobre a Idade Média por meio da gamificação. Com criações de feudos, grupos estudam na prática sobre esse período com batalhas que permeiam os períodos históricos. Ainda nesta edição, você vai conhecer o protótipo de uma armadilha para combater o mosquito da dengue feito por alunos e professores da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Aproveite este último exemplar do ano para aprender mais sobre dicas de Língua Portuguesa, se atualizar sobre o universo da sétima arte, pegar dicas de tecnologia e ainda receber sugestões de como aproveitar as férias escolares, que já batem à porta. Curta mais esta edição e compartilhe a leitura com a sua turma. Boas férias e nos encontramos em 2024!

/ COMITÊ EDITORIAL A REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA NOTÍCIAS DO DIA RENATA BOMFIM COORDENADORA DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL

Augusto Morales Hansen

Caio Lux Marcelo

EM Pastor Hans Müller

ASSISTENTE DE MÍDIA

Caroline Pimentel da Silva

EM Paul Harris

EM Pastor Hans Müller

leticia.martendal@portalits.com.br LEONARDO MESSIAS DE JESUS DESIGNER GRÁFICO

CAMILLY VITÓRIA SOARES IAGNECZ ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

DIEGO ALMEIDA

Leticia Barboza Zastrow

Lívia Jaroczinski

EM Pastor Hans Müller

Livia Marquetti Pereira

EM Pastor Hans Müller

EM Paul Harris

SUPERVISOR DE DISTRIBUIÇÃO diego.almeida@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

ANA ZAHIA JUMA SUPERVISORA COMERCIAL SUL ana.juma@ndtv.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3.235 EXEMPLARES NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000 Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Joinville

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Maria Julia Maciel da Rosa EM Paul Harris

Sofia Niejelski da Silva EM Paul Harris

Vitor Avanzi Lipinski EM Pastor Hans Müller

Luiza Silva Stolle EM Paul Harris


Foto: Equipe Sou Bem/Divulgação

Estrada Bonita Localizada na região de Pirabeiraba, a Estrada Bonita destaca-se como um dos principais pontos do turismo rural de Joinville — e é ideal para aqueles que buscam estar em contato com a natureza. Com um percurso de cinco quilômetros, no trajeto pelo local é possível observar belas montanhas, jardins floridos e animais que habitam a região. NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 5


/ CONTEÚDO

8-9/

diário escolar

24/

10-11/

Que tipo de aluno é você?

5 dicas para consumir menos e reciclar mais

profissão do mês

De medicamentos a navios: conheça o trabalho dos engenheiros

12-13/

Aedes aegypti

Pela cor, pela luz e pelo cheiro: o que pode atrair o mosquito da dengue?

14/

notícias das escolas

15/

educação que transforma

Secretaria de Educação entrega impressoras 3D para 70 escolas municipais

16-17/

gamificação

Clero, nobreza ou servo: você sabe qual é o seu papel no feudalismo?

18-23/ capa

Nas páginas da imaginação

diversão

26-27/

cultura pop

Importados e apreciados

28-29/ wi-fi

Conheça os emojis mais utilizados no mundo

30-31/

bloco de notas

Fora do sofá: veja 8 hobbies para desenvolver nas férias

32/

spoiler

Chica, Sinhá!

34-35/

donos da língua

Língua Portuguesa: uma grande mistura

36-41/

galerias

42/

saideira

A menina que virou bolacha-do-mar

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Foto: Equipe Sou Bem/Divulgação

Museu Nacional de Imigração e Colonização

Para quem deseja conhecer mais sobre a história de Joinville, uma visita ao Museu Nacional de Imigração e Colonização é o passeio perfeito. O casarão, erguido na década de 1870, preserva espaços recheados da memória do município e contempla móveis, objetos e documentos relacionados a imigração na região. NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 7


/ DIÁRIO ESCOLAR

5 DICAS

PARA CONSUMIR MENOS E RECICLAR MAIS Conscientize-se sobre o desperdício e a reciclagem Consuma informações sobre redução de resíduos e reciclagem e compartilhe com amigos e familiares. Além de reforçar para você mesmo, essa atitude pode incentivar outras pessoas a adotar práticas sustentáveis. Além disso, é importante fazer a sua parte: informe-se sobre as políticas de reciclagem na sua região e siga as diretrizes para a destinação correta de resíduos.

Conheça os 3Rs: reduzir, reutilizar e reciclar Antes de comprar algo novo, pergunte a si mesmo se realmente precisa. Reduza o consumo comprando apenas o que é essencial. Reutilize itens sempre que possível. Você pode começar trocando recipientes descartáveis, como copos plásticos, por materiais reutilizáveis. Que tal andar sempre com um copo na mochila para evitar esse desperdício? Recicle materiais como papel, vidro, plástico e metal de acordo com as diretrizes locais de reciclagem. Certifique-se de separar os resíduos corretamente.

Descubra sua pegada ecológica

A forma como você se alimenta, se veste, se desloca pela cidade e até mesmo como se diverte pode deixar marcas no planeta. A pegada ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia o impacto do consumo sobre os recursos naturais. A pegada ecológica de um país, uma cidade, uma empresa ou de uma pessoa corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar, necessárias para gerar produtos, bens e serviços utilizados no dia a dia. Em outras palavras, a pegada ecológica é uma forma de traduzir, em hectares globais (gha), a extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza”, em média, para se sustentar. Aponte a câmera do celular para o QR Code e faça o cálculo de acordo com o seu estilo de vida e saiba como reduzir a sua pegada no site do Fundo Mundial Para a Natureza - WWF.

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POR MAI BILENKI A preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade tornou-se uma pauta fundamental na vida de muitas pessoas. À medida que a sociedade compreende o impacto de suas ações no planeta, surge a necessidade de adotar práticas mais conscientes e responsáveis. Duas boas maneiras de contribuir para a preservação do meio ambiente são a redução do consumo e o aumento dos esforços na reciclagem. Por isso vamos falar sobre dicas valiosas para repensar e começar a construir um futuro diferente.

Compre produtos duráveis e de qualidade Na hora de comprar novos produtos, considere o custo-benefício. É importante repensar também o consumo. Em alguns casos, produtos de alta qualidade duram mais tempo e evitam diversos descartes. Faça escolhas conscientes ao comprar roupas, eletrônicos e outros produtos, escolhendo marcas que valorizam a durabilidade e a sustentabilidade.

Evite plástico descartável Reduza o uso de plástico descartável, como sacolas, copos, talheres e garrafas. Em vez disso, opte por alternativas reutilizáveis, como sacolas de pano, garrafas de água de metal e recipientes de vidro.

Compre produtos usados e faça trocas Explore lojas de segunda mão, brechós e mercados de pulgas para comprar produtos usados, desde roupas até móveis. Considere a possibilidade de fazer trocas com amigos ou familiares para evitar a compra de novos itens. Isso pode funcionar especialmente com itens como jogos e livros, mas vale para tudo!

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/ PROFISSÃO DO MÊS

CONHEÇA O TRABALHO DOS

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Você já passou por uma ponte e pensou como ela foi erguida? Ou já se perguntou como um prédio consegue ser tão alto? E até mesmo como um foguete foi lançado ao espaço? Com diferentes áreas de atuação, os engenheiros são os profissionais responsáveis por planejar e desenvolver máquinas, equipamentos e sistemas. Seja em uma cidade pequena ou em grandes metrópoles, é possível ver o trabalho de diversos engenheiros, desde carros simples até extensos shopping centers. Apesar dos ramos serem os mais diversos e existirem dezenas de especializações, a base da profissão é a mesma: utilizar os conhecimentos científicos, econômicos, sociais e tecnológicos para projetar, elaborar, construir e aperfeiçoar distintas produções importantes para o desenvolvimento humano. Mesmo sendo uma área focada nas exatas, antes de chegar nos cálculos é preciso saber identificar problemas e formular soluções técnicas, e isso também demanda habilidades sociais e criatividade. Para ingressar na área é necessário ter graduação no segmento desejado — cada curso dura em média cinco anos.

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Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

ENGENHARIA EM AÇÃO

Como uma criança observadora e curiosa, foi durante a infância de Ademar Stringari Junior que o interesse pela engenharia deu os primeiros passos. Nos períodos de chuva, em que as ruas de chão batido passavam por alterações, o pequeno observava quando os equipamentos de manutenção chegavam no local durante as manhãs do fim de semana. “Eu acordava cedo para olhar as máquinas trabalhando junto com os funcionários. Sempre tive curiosidade de como tudo funcionava, desde planejamento e o gerenciamento”, relembra. Hoje, como gerente de infraestrutura da Secretaria de Educação de Joinville, é responsável por coordenar as construções que envolvem as unidades escolares no município. Apesar dos desafios da execução dos projetos, a conclusão das produções é gratificante para Ademar. “A melhor parte é poder entregar uma obra com qualidade, solidez, segurança e que seja funcional para comunidade.” Para quem pensa em ingressar na área, é importante conhecer os diferentes ramos e buscar por uma afinidade. “É de fundamental importância que você pesquise, participe de palestras e busque informações de várias áreas de atuação que eventualmente possam chamar seu interesse”, explica o engenheiro. Além do conhecimento teórico, o profissional explica que existem outras qualificações necessárias para se destacar na profissão. “Acredito que as habilidades de solucionar problemas, ética profissional, capacidade de trabalhar em equipe e busca constante de atualização são essenciais”, complementa.

CONHEÇA CINCO DOS PRINCIPAIS TIPOS DE ENGENHARIA: 1

ENGENHARIA CIVIL: considerada uma das áreas mais tradicionais, é neste setor que estão os responsáveis pelas construções da maioria dos projetos à nossa volta, como edifícios, estradas e barragens. Os engenheiros também fazem a fiscalização das obras, monitoram a segurança e elaboram normas e técnicas de procedimento.

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ENGENHARIA MECÂNICA: produzindo máquinas e equipamentos que vão desde aviões, ar-condicionado, prensas industriais e até implantes ortopédicos, estes engenheiros desenvolvem protótipos, aparelhos e sistemas de diversos setores do mercado.

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ENGENHARIA QUÍMICA: este ramo é para quem gosta de transformar matérias-primas em mercadorias. Sendo em laboratórios ou em indústrias, os profissionais atuam em processos industriais de diferentes setores, como o alimentício e o cosmético, podendo fabricar também produtos químicos, medicamentos e plásticos.

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ENGENHARIA ELÉTRICA: nesta área, os engenheiros aplicam seus conhecimentos na instalação e manutenção de sistemas de energia tanto de empresas quanto de residências. Também são encarregados de desenvolver redes elétricas, linhas de transmissão, motores elétricos e geradores.

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ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO: em uma crescente na era tecnológica, os profissionais projetam, desenvolvem e aprimoram os softwares e hardwares, de aplicativos e sistemas operacionais a redes de computadores e medidas de segurança cibernéticas. NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 11


/ AEDES AEGYPTI

PELA COR, PELA LUZ E PELO CHEIRO: O QUE PODE ATRAIR O

M SQUITO Ração de gato e um pouco de água são suficientes para despertar a atenção do Aedes aegypti; conheça a iniciativa pedagógica que pode diminuir os casos de dengue O que você vai encoaqntuira: r por

estudantes e professores criam armadilha capaz de matar o mosquito da dengue. Tempo de leitura: 5 minutos

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POR ANA CAROLINE ARJONAS E RENATA BOMFIM

Pequeno no tamanho, mas capaz de gerar estragos significativos. As listras brancas pelo corpo e os voos de até 1,20 m de altura são algumas das características do Aedes aegypti. Mas você já parou para pensar no que realmente atrai esse mosquito? Estudantes da Escola Municipal de Jovens e Adultos descobriram que um pouco de água e ração de gato são suficientes para produzir o feromônio, uma das substâncias que despertam a atenção dos mosquitos — mistura que pode ser mais perigosa junto com a cor de roupa (preto, ciano, vermelho e laranja), luz do ambiente e cheiro da pele. Com o objetivo de diminuir os números na cidade e o desejo de ir além da prevenção e do cuidado com os espaços e a água parada, o projeto “Dengoso” contou com a participação

do professor de Ciências da Natureza, João Paulo da Silva Caetano; do instrutor maker, Júlio Cesar Orige; e os estudantes Marcelo Henrique Vieira Silva, 16, do sétimo ano, e Gabriel Kruger, 15, do nono ano. O processo começou no ano passado, junto com a alta de casos registrados no município. Por meio de pesquisas e testes, os envolvidos descobriram os elementos que despertam a atenção dos mosquitos, além de pensar em saídas para eliminar a presença do Aedes aegypti. “O mosquito da dengue é muito complexo, tem muita coisa sobre ele que ainda não descobrimos. Todo dia pesquisamos mais e mais, descobrimos que ele é atraído por cor, o feromônio, várias coisas além da água e do sangue”, comenta Gabriel, que lembra da curiosidade sobre o tema.


Com PVC, ventoinha, led com luz específica, renda e um dispositivo de choque, os estudantes e professores descobriram que é possível criar uma armadilha que prende e mata o mosquito, pausando a proliferação e o aumento no número de casos. “Nós descobrimos coisas que ninguém imaginava sobre o mosquito. E depois que foi confirmado com a parte epidemiológica que realmente tem muita coisa que ainda não se sabe sobre, a parte mais interessante é continuar a pesquisa”, diz o professor João. A ideia já foi compartilhada com profissionais da Secretaria Municipal de Educação e de Saúde, e os próximos passos do grupo incluem pesquisa e construção, teste e análise dos dados. Para quem acompanhou o processo desde o início, a iniciativa vai além da prevenção. “Criamos a armadilha que já mata o mosquito. Se criarmos mais, desenvolver mais, as pessoas vão conhecer, todo mundo vai querer um desse em casa, e pode diminuir a chance do mosquito”, menciona o estudante Marcelo. Para quem já foi picado e sabe como funciona o processo de recuperação, a descoberta causa um sentimento único. “Tive dengue duas vezes, mas queria aprender mais. Quando me convidaram para participar do projeto fiquei muito alegre. Foquei bastante e aprendi muita coisa, muito conhecimento mesmo”, finaliza Gabriel.

Fotos: Renata Bomfim

DA DENGUE?

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/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS

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icipais são destaque n u m sn oc las

Cerca de 70 alunos de sete escolas municipais participaram da etapa regional da First Lego League (FLL), na escola SESI de referência, no antigo Moinho de Joinville. A competição envolveu unidades públicas, privadas e equipes de garagem de diferentes municípios catarinenses. A FLL foi disputada em quatro categorias: desafio do robô, design do robô, projeto de inovação e core values. As escolas municipais conquistaram o segundo lugar em duas categorias, além de ser destaque também na disputa entre os melhores cosplayers. Duas unidades ainda serão suplentes para a etapa nacional.

Resultados:

� Design de robô: 2º Space Girls (Escola Municipal Padre Valente Simioni) � Projeto de inovação: 2º VS Tech Bot (Escola Municipal Professora Virgínia Soares) � Core values: 2º Robot Makers (Escola Municipal Padre Valente Simioni) � Cosplay: 2º Space Girls (Escola Municipal Padre Valente Simioni) 3º Tecnoguys (Escola Municipal Professora Zulma do Rosário Miranda) � Suplentes da etapa nacional da FLL: Robot Makers (Escola Municipal Padre Valente Simioni) Vs Tech Bot (Escola Municipal Professora Virgínia Soares)

A final da 2ª edição do Spelling Bee Contest, o concurso de soletração em inglês da Rede Municipal de Ensino para alunos do quinto ano, ocorreu em novembro no auditório do Senac. A competição foi realizada pela Secretaria de Educação ao longo dos últimos quatro meses, envolvendo 50 escolas municipais. Foram três etapas até a grande final.

lling Bee Contes e p S t do

Final

Foto: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação

O grande vitorioso foi o aluno Lucas Particheli, da Escola Municipal João Bernardino da Silveira Júnior. A final foi disputada ainda pelos alunos Maielly Welter Kraisch (Escola Municipal Wittich Freitag), Samuel Fernandes Costa (Escola Municipal Anna Maria Harger) e Vitor Henrique Anami Sanches (Escola Municipal Adolpho Bartsch).

Jo

ática atem

eira C sente na F atarinense de e r p le M invil

Foto: Secom/Divulgação

A Rede Municipal de Ensino de Joinville foi representada por quatro trabalhos na 38ª Feira Catarinense de Matemática, em Criciúma. Ao todo, o evento reuniu 120 trabalhos de alunos de diversos municípios de Santa Catarina. Os joinvilenses foram selecionados após se destacarem na 23ª Feira Municipal de Matemática e na 21ª Mostra Regional de Matemática.

Veja os representantes da Rede Municipal:

� Matemassauro - Centro de Educação Infantil Professora Felícia Cardoso Vieira � Praticando a educação financeira - Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer � Matemática “Consciência”: alfabetização financeira e sustentabilidade - Escola Municipal Professor Orestes Guimarães. � Financial Math World - Escola Municipal Pastor Hans Müller Foto: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação

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Foto: Secom/Divulgação

/ EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA

Secretaria de Educação entrega impressoras 3D para 70 escolas municipais Os alunos de 70 escolas municipais de Joinville ganharam um novo equipamento para ajudar a potencializar ainda mais o aprendizado por meio da tecnologia. A partir deste mês, eles terão acesso a impressoras 3D dentro dos espaços makers como uma ferramenta adicional para utilizar em aulas e projetos desenvolvidos pelos professores. A inovação disponibilizada às escolas pela Secretaria de Educação ocorre após a contratação do serviço por meio de locação, em um investimento de R$ 374.893,76. O contrato tem duração de um ano e pode ser renovado pela Prefeitura de Joinville. Ele inclui a implantação das impressoras, treinamento dos profissionais, serviços de manutenção corretiva e preventiva, peças e componentes, e o fornecimento de suprimentos e insumos necessários para utilização dos equipamentos. “As impressoras 3D são mais um dos investimentos que temos feito em tecnologia para transformar a forma como ensinamos nossos alunos, trazendo mais criatividade e ‘mão na massa’ para o dia a dia. Desde 2021, já aplicamos R$ 130 milhões na aquisição de kits de robótica, chromebooks, notebooks e projetores interativos, além da instalação de rede wi-fi em todas

as unidades escolares da Rede Municipal de Ensino”, ressalta o secretário de Educação, Diego Calegari. Os novos equipamentos foram entregues às escolas durante o mês de novembro e os professores integradores de mídias e tecnologias (PIMMs), responsáveis pelos espaços makers das unidades, passaram por formação específica com a empresa. Com isso, estão preparados para iniciar o desenvolvimento de projetos com os estudantes. As impressoras 3D vão auxiliar as escolas a ampliar o alcance do trabalho realizado nos espaços makers, onde o aprendizado está associado à experimentação, trabalho em grupo e interdisciplinaridade. Além disso, as impressoras contribuem para aproximar os alunos do mercado de trabalho, fazendo com que entendam as tendências mundiais no âmbito da tecnologia. Atualmente, a produção de protótipos é aplicada a diversas áreas do conhecimento que vão desde a medicina até engenharia e arquitetura.

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/ GAMIFICAÇÃO

O que você vai encoaqntuira: r por

CLERO, NOBREZA OU SERVO: VOCÊ SABE QUAL É O SEU PAPEL NO FEUDALISMO?

professor cria jogo sobre feudalismo para aproximar adolescentes da História.

Para compreender o sistema feudal e as obrigações daquela época, turma do sexto ano é desafiada a jogar; saiba como é a competição

Tempo de leitura: 6 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS E RENATA BOMFIM

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Fotos: Renata Bomfim

Conhecido por ser um período em que a sociedade era dividida entre clero, nobreza e servo, o feudalismo foi um sistema político que surgiu na Europa Ocidental durante a Idade Média. Além da luta pelas terras, única forma de riqueza da época, o movimento foi responsável por condicionar a vida nas áreas rurais. Entretanto, a vida no campo começou a ganhar um novo sentido depois da inclusão das técnicas de produção, fator que ampliou o comércio e apresentou novas possibilidades de economia. Outra característica eram os impostos pagos para a nobreza, divididos entre: talha, valor pago pela produção; banalidades, taxa pelo uso dos equipamentos; e corveia, quando o indivíduo era obrigado a trabalhar por um determinado período na colheita. Mas você já imaginou como seria se esse mesmo mecanismo fosse replicado nos dias atuais? Na Escola Municipal Prefeito Max Colin, as turmas do sexto ano estão vivenciando os desafios na pele, seja para conquistar as terras, seja para dominar a produção. A iniciativa faz parte do projeto de gamificação “A Saga da Idade Média”, criado pelo professor de História William Felisky. Tendo como ponto de partida os jogos e o protagonismo da turma, a ideia surgiu como forma de assimilar o conteúdo de sala de aula com algo que os estudantes fazem com frequência: jogar. “Queria que eles se aproximassem mais do conteúdo, não só montar um mapa e os castelinhos. Eles vão ter que desenvolver o território deles, então existem as fronteiras estabelecidas. Precisam desenvolver o feudo, uma unidade feudal, e para isso eles precisam desenvolver as atividades em sala”, explica o educador.

Para incluir outros estudos e despertar a curiosidade, o desenvolvimento contou com a criação de uma história e até mesmo de personagens — dois jovens camponeses na Idade Média. Foi a partir daí que os adolescentes começaram a compreender como era a vida no feudalismo e quais eram as obrigações. O projeto foi estruturado em cinco fases: formação do feudalismo, crise do feudalismo, renascimento, reforma religiosa e absolutismo. Além de conhecer como era a divisão da sociedade e do trabalho e a conquista de renda, é jogando que os grupos aprendem a manter o comportamento em sala para conquistar mais pontos. “Eles vão passando (de fase) e a pontuação vai aumentando; porém, se eles deixarem de fazer, as punições também. Então vai aumentando a dificuldade e também a retribuição”, menciona William. Entregar a tarefa de casa e respeitar o colega, por exemplo, são ações que podem resultar em pontos, fator-chave para desenvolver o sistema feudal. Independentemente da fase, a disputa será realizada em um mesmo mapa, mantendo as conquistas dos desafios

anteriores. “Haverá um jogo quando eles estiverem nos castelos, nas fortalezas, um vai atacar o outro. Também terá outro, com tomada de decisões, então eles vão ter cartas e uma série de situações, por exemplo, o aumento da produção agrícola”, explica o professor, que criou uma pontuação diferente para cada decisão. Para quem está participando da disputa, a conquista é um fator extra para manter o foco. “O professor faz com que a gente se envolva, como se estivéssemos vivendo isso mesmo, como se estivéssemos lá. Aqui na escola, durante as aulas, mantemos o comportamento para ganhar mais pontos e cumprimos com as nossas obrigações. Isso gera pontos para comprar coisas, é como se fosse um jogo mesmo”, comenta Beatriz Maria dos Santos, 12, sexto ano. Para ter o domínio, há quem já tenha desenvolvido uma estratégia. “O meu feudo consiste em capivaras. Na verdade, eu pensei (na ideia) porque eu gosto muito de capivara. Desenvolvemos um feudo em que as capivaras são animais de estimação, usadas como montaria infantil”, finaliza Davi Francisco Cristofolini, 11, sexto ano. NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 17


/ CAPA

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mais de 200 estudantes aprendem a criar o próprio livro, desde a narrativa com direito a lançamento com noite de autógrafos. POR ANA CAROLINE ARJONAS E RENATA BOMFIM Tempo de leitura: 11 minutos

Foto: Leve Fotografia

O que você vai encoaqnutri:ar por

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/ CAPA

V

ocê conhece aquele ditado que diz que todos precisam ter, pelo menos uma vez na vida, a experiência de publicar um livro? Isso se tornou realidade para 217 alunos da Escola Municipal Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou. Por meio da Estante Mágica, projeto que permite o desenvolvimento e a publicação da própria história, os contos escritos e ilustrados por crianças da escola se transformaram em livros físicos e digitais. O lançamento fez da quadra da escola um palco para a noite de autógrafos, com a presença dos familiares dos autores mirins, que vivenciaram o lançamento com desfile pelo tapete vermelho. E o cenário foi a realização de um sonho, pelos menos para as amigas Micaela Luiza Reis Rodrigues, 10, Sofia Fernandes Floriano da Silva, 9, e Melissa Chiudini, 10, estudantes do quarto ano. Com histórias de um gato e uma raposa, três melhores amigos que derrotaram uma nuvem e a menina em um reino em que tudo é vegetal e fruta, as colegas aproveitaram a oportunidade para concretizar algo que já era um desejo. “A primeira brincadeira que fizemos foi fingir que éramos escritoras. Fizemos histórias e contamos umas para as outras”, diz Micaela, lembrando do sonho compartilhado entre elas. Os estudantes tiveram o prazer de descobrir na prática os desafios da vida de um escritor, seja para sintetizar em algumas páginas os sentimentos, seja na hora de definir o título ou a capa. As professoras Patrícia Ferrari, Sarah Linsmeyer Soares da Costa, Rosiane do Socorro Cortinhas de Jesus, Eva Josefa Gomes da Silva Jacinto, Roseles dos Santos e Erika Rebeca da Silva Alves Sales fizeram parte do processo. “Primeiro as professoras trabalharam a escrita das histórias, depois eles ilustraram, tinham que dividir a história em seis partes e fazer um desenho para cada parte. Depois tivemos a participação dos pais com a biografia”, relembra a supervisora dos anos iniciais, Justina de Almeida.

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Fotos: Leve Fotografia

Mais do que expor as próprias criações, existem etapas do processo que aproximaram os estudantes na hora de pensar na ideia ou nos momentos da ilustração. Isso porque o processo começou com a inscrição da escola, seguida da definição de tema de cada um, a produção das ilustrações e a criação de um jogo virtual com os personagens que fizeram parte das histórias — aqui, cada criança pôde desenvolver o desafio de acordo com o que foi publicado nas páginas. A história, que contou com uma versão digital, também foi disponibilizada em livro físico. Para facilitar a criação e a verificação, cada educadora ficou responsável por orientar uma turma, levando em consideração as necessidades e técnicas precisas para alcançar o resultado. “O trabalho das professoras foi importantíssimo, porque muitas vezes a criança pode começar uma história, abre um leque de informações, e depois para conseguir fechar em seis páginas não é tão simples assim. A professora estava sempre junto, trabalhando naquilo”, salienta a supervisora. Mesmo que a contação de história e a produção textual façam parte da prática escolar, o desafio de ser o autor também serviu de motivação para as profissionais. “As histórias não são reescritas, eles mesmos que criaram as histórias. Na nossa sala tem um menino que fez o Pinóquio, e na história, cada vez que alguém brigava com ele, ele ficava zangado e engordava”, conta Roseles, que lembra que a contação dos contos foi uma das etapas antes de colocar a mão na massa. Acompanhar o processo, pensado nas folhas do caderno antes da notoriedade no livro, causou a sensação de dever cumprido, pelo menos para a professora Eva Josefa Gomes da Silva Jacinto. “Quando viram que estava pronto, ou até mesmo quando alguns viram na lousa, eles ficaram maravilhados, e um amigo queria ler o do outro. No início ficaram meio perdidos: ‘como assim contos de fada moderno? Vou falar do quê?’, até que saíram sereias e dinossauros no espaço.” Por mais que o momento da produção tenha sido cercado de sentimentos e novas sensações, a emoção ficou para a noite do lançamento, momento em que os familiares compartilharam a entrada dos estudantes. “O olhar deles, nervosos, porque eles viram: ‘realmente o nosso livro foi impresso’. No outro dia, quando voltamos pra sala, eu fiz a pergunta: ‘vocês fariam diferente?’, aí eles: ‘professora, amei meu livro, mas eu colocaria algumas coisas diferentes, melhoraria um pouco mais’, aí já fez aquele gancho, fizemos outra produção textual e eles: ‘professora, meu texto daria para fazer outro livro”, comenta Erika, que viu na turma a chance de pensar na próxima produção.

A leitura foi uma das etapas para construir as histórias

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/ CAPA

Para aqueles que testaram as habilidades pela primeira vez, a produção foi o momento de libertar a imaginação. “Fiquei muito nervosa quando a professora falou que íamos escrever e fazer algo diferente. Foi nossa primeira vez, nunca fizemos um livro, ficamos bem ansiosos, bem nervosos. O meu livro foi inspirado em uma nuvem e uma princesa”, diz Soriane de Oliveira, 11, do quarto ano. Quem já passou por uma experiência com livro, mesmo que pequena, a alternativa foi uma oportunidade para apresentar novos pontos de vista de histórias conhecidas. “A minha história fala sobre a ‘Chapeuzinho Vermelho’, só que eu pensei em mudar um pouco e virou a ‘Chapeuzinho arco-íris’. O sonho dela era conhecer todas as cores do mundo, e o vilão dessa história, que seria o lobo mau, virou uma raposa”, conta Raul Assis da Silveira Fernandes, 10, do quarto ano. No caso de Rafaelly Dias Pereira, 10, do quarto ano, a noite de autógrafos foi memorável. “Quando cheguei em casa só ficava pensando nisso. Quando chegou a minha vez, fiquei muito nervosa porque íamos assinar o nosso próprio livro”, relata a aluna. Para Isabelli Vitória Friedemann Fernandes, 10, do quarto ano, a história de amizade entre uma fada e uma menina foi o ponto de partida para escrever a história. Há quem tenha usado como inspiração contos famosos, como os “Três Porquinhos”, opção de Bruno Geraldo Brunel, 9, do quarto ano, que criou os “Três Irmãos”. Sobre a experiência de pensar em uma nova abordagem para aquilo que já é conhecido, a diversão foi palavra-chave.

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Fotos: Leve Fotografia

Os alunos puderam admirar suas obras, incluindo o texto e as ilustrações

O desejo de aumentar a proximidade dos jovens com a leitura e o intuito de compreender a potência da educação e como os livros são essenciais na rotina escolar foram alguns dos incentivos para a criação do projeto Estante Mágica. Os primeiros movimentos começaram a surgir em 2009 e o número de escolas parceiras e livros lançados surpreende. “Mais de sete mil escolas já participaram no Brasil, México, Colômbia e mais outros seis países onde aplicamos a Estante Mágica. São dois milhões e meio de crianças que já puderam escrever suas próprias histórias e transformar isso em e-book e livro físico, celebrado no dia do autógrafo. Temos muito orgulho dos números. Cada história conta para essa grande transformação que fazemos com o maior projeto de incentivo à leitura e escrita da América Latina”, enaltece o diretor e cofundador Robson Melo. Para além do que já foi possível conquistar, o foco está no protagonismo dos contos e criações, proporcionando novos mundos e possibilidades. “Aquele livro é dele, do amigo dele, é feito pela própria criança, aquela história passa a ser valorizada. Entendemos que uma criança não é uma página em branco, ela carrega em suas histórias a educação que está acontecendo a partir das próprias vivências. Quando você consegue valorizar e permitir que ela conte em um livro, um livro de verdade que ela vai celebrar, não só com a família mas com professores e amigos, isso é um ganho muito grande para o educador e o estudante, pensando em um modelo de ensino-aprendizagem que é de mão dupla”, salienta Robson. É no observar, compartilhar e elaborar que as turmas comprovam o ensino que é passado dia a dia em sala de aula, apresentando, de acordo com cada perspectiva, aquilo que foi mais marcante — significativo o suficiente para estar em um livro.

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Por dentro da Estante Mágica

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/ DIVERSÃO

Que tipo de é você? o n u l a Apesar dos componentes curriculares serem apresentados da mesma maneira para todos os estudantes, cada pessoa tem sua forma de aprender. Alguns alunos conseguem entender o conteúdo apenas prestando atenção na fala do professor; outros só compreendem depois de praticar exercícios ou até mesmo precisam preencher o caderno com marca-textos e anotações. Entender com qual mais se identifica pode ajudar no aprendizado. Quer saber qual é o seu? Faça o teste e descubra! POR REDAÇÃO ITS TEENS

1 Onde você tira as principais dúvidas?

4 Quem é você no trabalho em grupo?

a) Já pego o celular e procuro no Google. b) Pergunto diretamente para o professor. c) Em vídeos no YouTube.

a) O que organiza o que vai ser feito. b) O que se oferece para apresentar. c) O que se responsabiliza por fazer os slides.

2 Escolha a opção que parece a aula ideal:

5 Qual é o seu passatempo favorito?

a) Com diversas atividades para treinar o conhecimento. b) Com muita conversa com o professor. c) Com explicações recheadas de ilustrações e slides.

a) Quebra-cabeças. b) Tocar um instrumento musical. c) Fotografar.

3 O que você faz quando chega em casa

6 Como é sua rotina de estudo?

depois da aula?

a) Pratico atividades físicas. b) Escuto o álbum do meu cantor preferido. c) Maratono a série do momento ou leio meu livro favorito.

a) Faço resumo das aulas e crio mapas mentais. b) Coloco a playlist de músicas calmas e vou revisar os conteúdos. c) Fico em um cantinho isolado da casa e vou me concentrar nas leituras.

Se você respondeu mais A: cinestésico

Você é aquele tipo de estudante que não consegue ficar muito parado e já quer partir para a prática. Então, para ajudar nos estudos, que tal desenvolver o hábito de sempre fazer anotações das aulas, criar mapas mentais e procurar estudos mais dinâmicos? Uma dica também é criar intervalos durante os estudos e aproveitar para dar uma caminhada pela casa.

Se você respondeu mais B: auditivo

Se você se identificou mais com essas opções, então deve ser o estudante que está sempre ouvindo sua playlist favorita e prefere conteúdos de áudio em vez da leitura. Algumas dicas para potencializar seus estudos são: gravar as aulas para escutar depois, ler os conteúdos em voz alta, escutar podcasts educativos e conversar com seus colegas sobre os assuntos abordados em sala.

Se você respondeu mais C: visual

Agora, se você é o oposto da opção anterior e precisa do silêncio para se concentrar, então esse é o seu tipo! Em vez das músicas, sua área é com gráficos, apresentações e elaborar aquela listinha de atividades que precisam ser feitas. Para fortalecer o aprendizado, é indicado procurar lugares mais silenciosos, fazer anotações em sala de aula, e usar muito marca-texto e canetas coloridas na hora de revisar os conteúdos. 24 ITS TEENS - JOINVILLE / DEZEMBRO 2023


Para continuar a leitura...

Vire a revista para a carinha ficar feliz.


/ CULTURA POP

S O D A T R IMPO ECIADOS R P A E riados no c s e im n sea das s, música nas últimas déca ie r é s o om aqui Confira c orça por f m a r a h G an BRUNIN Oriente g USTAVO POR G

Eles são produzidos do outro lado do mundo, mas estão a um toque de distância, ganhando espaço nas plataformas de streaming. As séries asiáticas, mais especificamente as coreanas, japonesas e chinesas, tiveram um boom nos últimos anos. Com a explosão do gênero musical k-pop, na última década, a cultura oriental se popularizou ainda mais em outros países, como no Brasil, fortalecendo junto outras formas de entretenimento. Veja destaques dessas produções em diversos segmentos!

Franquia poderosa

Não é de hoje que jogos, filmes e séries de países asiáticos têm seu espaço no coração dos brasileiros. “Pokémon”, uma das maiores franquias do mundo, teve origem no Japão. O que começou como um jogo para o videogame portátil Game Boy, em 1996, se tornou uma marca conhecida mundialmente antes da virada do século. A criação rendeu um anime com mais de 1.200 episódios, jogo de cartas, dezenas de filmes, coleções e incontáveis novos jogos. Quase 30 anos depois, a franquia segue viva e Pikachu continua sendo reconhecido em todos os lugares.

Transcendendo formatos

A década de 2000 trouxe uma onda de animes que formaram a base para muitas sagas que vieram desde então. Logo após “Pokémon” estrear na TV, “Digimon” e “Monster Rancher” surfaram na onda das criaturas incomuns. Outras produções japonesas seguiram cruzando formatos. Em 2002, “Naruto” deu as caras na telinha pela primeira vez. Baseado em um mangá, não demorou a transformar sua icônica bandana em uma febre. “Yu-Gi-Oh!”, por exemplo, transcendeu as páginas e os episódios do desenho, virando um jogo de cartas absurdamente popular. Enquanto isso, “Beyblade” deixou de ser apenas um peão modernizado e se tornou um anime, fazendo ainda mais crianças ficarem vidradas em brinquedos que giram — isso bem antes dos fidget spinners. Escaneie o QR Code para conferir uma seleção da revista its de sete animes que você não pode deixar de assistir 26 ITS TEENS - JOINVILLE / DEZEMBRO 2023


Aventura virtual

Os anos 1980 já haviam rendido jogos de videogame japoneses memoráveis, como “Super Mario Bros.”, “The Legend of Zelda” e “Pacman”. Com a popularização do acesso à internet, na metade da década de 2000, os jogos online chegaram a um novo patamar. Os jogadores puderam viver virtualmente, pela primeira vez, o papel dos próprios personagens. A sigla em inglês MMORPG abrange esse tipo de game, que corresponde a um RPG (jogo de representação de papéis) online, multijogador em massa, em que todos podem interagir e aperfeiçoar habilidades em um mundo fictício. Um dos maiores jogos no segmento MMORPG nasceu na Coreia do Sul em 2002. “Ragnarok Online”, baseado na mitologia nórdica, estreou no Brasil dois anos depois, reunindo milhares de pessoas online. No ar até hoje, ele permite se aventurar como espadachins, magos, arqueiros e outras classes.

Conquistas musicais

O alcance da boyband sul-coreana BTS é inegável, e desde “I Need U”, um dos primeiros singles do grupo, muita coisa mudou. Os garotos tiveram hits em inglês, como a dançante “Dynamite” e “Butter”, cujo videoclipe foi a maior estreia no Youtube de todos os tempos. As parcerias do BTS, incluindo músicas com a banda Coldplay e a cantora Halsey, só ajudaram o k-pop a deslanchar por todo o mundo. A girlband Blackpink passou a acumular recorde atrás de recorde, além de colaborar com Selena Gomez. Já Jeon Jung-kook, em uma empreitada solo durante a pausa do BTS, ganhou destaque como o artista de k-pop com mais músicas número um na parada global do Spotify.

Doramas e k-dramas

O boom mais recente relacionado ao entretenimento asiático por aqui foi o dos doramas e k-dramas. São como combinações entre novelas e séries, que mantêm o estilo e a narrativa tradicional do Japão e da Coreia do Sul, respectivamente. Destaque para a produção japonesa “Que Chegue a Você: Kimi ni Todoke” e as sul-coreanas “Pousando no Amor” e “Nosso Eterno Verão”. As comédias românticas dominam essas obras, que nos permitem vislumbrar uma cultura repleta de hábitos e peculiaridades diferentes, além de ter contato com idiomas que não vemos com tanta frequência por aí. Ao contrário das séries norte-americanas, que se estendem por anos, os doramas vão direto ao ponto e costumam durar cerca de 20 episódios. Diferente das novelas brasileiras, transmitidas diariamente e por meses, tais produções asiáticas vão ao ar uma vez por semana, com um núcleo de personagens principais e uma trama bem costurada.

Oficialmente na nossa língua

A palavra dorama, em outubro, passou a integrar o dicionário da Língua Portuguesa. Apesar de ser originalmente utilizada para se referir apenas a produções japonesas e ter origem nessa língua, há quem use o termo remetendo a obras da Coreia do Sul e da China. A definição da Academia Brasileira de Letras, por sua vez, corresponde a obras audiovisuais “produzidas no leste e sudeste da Ásia”. NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 27


/ WI-FI

Conheça os emojis mais utilizados no mundo POR LUCAS INÁCIO A comunicação sempre foi essencial para a humanidade. Na verdade, sempre foi essencial para a vida, afinal, animais de diversas espécies usam isso o tempo todo. Porém, nós passamos a desenvolver diversas formas de comunicação conforme nossa vida ficou mais complexa. Desde a fala ao desenvolvimento das primeiras expressões artísticas, a essência da nossa existência se baseia nisso. Nunca fomos os seres mais fortes, nem os mais rápidos, mas a inteligência e a coletividade nos fez ganhar o planeta, e isso só foi possível com a comunicação. Ao longo da história, grandes revoluções também foram movidas por grandes inovações na área, como a escrita (3500 a.C.), a prensa de Gutenberg (1450), a fotografia (1826), o telefone (1876), o computador (1946), a internet (1969), o celular (1973), os emojis (1995). Isso mesmo, os emojis.

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História popular

Brincadeiras à parte, os emojis são, sim, uma ferramenta atual importante e representam bem o ditado “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Criado em 1995, os emojis se desenvolvem e tiveram vários nomes ao longo de sua história de 28 anos. Já foram chamados de emotions e emoticons, todos com esse radical “emo” — de emoções mesmo. Em um mundo cada vez mais ditado pela escrita e o envio de mensagens diretas, ter símbolos que possam ser incorporados aos textos de forma fácil é algo que ajuda bastante a transmitir o tom de uma fala. Os mais saudosistas podem se prender à escrita direta e reclamar do uso dessa linguagem, alegam que “bons leitores sabem interpretar a escrita”, mas o fato é que as carinhas ajudam a sintetizar coisas que as palavras não conseguem — a não ser para os mestres da leitura . O uso do emoji acima não foi em vão, mas um exemplo de que a linguagem, mais do que ser divertida, ajuda. Se bem que… é tanto emoji disponível que cada grupo acaba criando seus próprios significados para este símbolo. Há também o pessoal que questiona a necessidade de tantos emojis, algo que não acontece com a letra x, por exemplo. E esse impasse nos leva a outra pergunta: como são criados e escolhidos?

Como nasce um emoji?

Existem mais de 3.600 emojis registrados e, tendo em vista a inclusão de pessoas, é possível que esse número cresça cada vez mais nos próximos anos. Todo mundo quer um emoji para chamar de seu e, se alguns não fazem muito sentido para você, devem fazer para alguém. Para saber os significados, cheque o QR Code. Isso é definido pelo Consórcio Unicode, uma união sem fins lucrativos que se reúne constantemente para revisar e definir novos padrões da comunicação digital. Fazem parte dela as gigantes da comunicação Google, Apple, Microsoft, Spotify, Meta, Adobe, entre várias outras. São nessas reuniões, inclusive, que se incluem emojis novos ou se retiram alguns antigos. Para sugerir um emoji é preciso fazer uma campanha para que ele seja levado em consideração. Há vários sites que sugerem isso, inclusive um em que você pode mostrar seu apoio aos possíveis candidatos: www.emojirequest.com (é bem divertido). Porém, para ser escolhido e incluído no teclado de todos os sistemas possíveis pela Unicode, é preciso ter uma boa justificativa, usabilidade e, claro, respeitar os direitos humanos, afinal, emoji é coisa séria.

Os tops do Brasil e do mundo

O Dia Mundial do Emoji é o 17 de julho. Nessa data, anualmente, é divulgado o resultado das pesquisas sobre a popularidade dos emojis. Mesmo sendo coisa séria, também pode ser divertida e esse acaba sendo o principal uso das nossas queridas imagens. Não à toa, o mais usado no Twitter no mundo, em 2022, foi o emoji de gargalhada. Já no Brasil, um país do amor, o mais usado foi o coração vermelho. A pesquisa foi da plataforma Crossword-Solver, que verificou mais de nove milhões de tweets para chegar no resultado. Veja abaixo a lista das cinco mais usadas no mundo.

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/ BLOCO DE NOTAS

FORA D O S O F Á:

VEJA 8 HOBBIES PARA S IA R É F S A N R E V L O V N E S E D AO AR LIVRE Crie a sua própria horta

Criar a sua própria horta pode ser uma aventura incrível! Você pode se sentir como um pequeno agricultor e cuidar das próprias plantas, como vegetais, ervas e frutas. Além de divertido, mexendo com a terra é possível aprender sobre a natureza, entender o ciclo de crescimento das plantas e ter a chance de colher deliciosos alimentos que você mesmo cultivou. Mesmo quem mora em apartamento ou não tem muito espaço em casa consegue fazer esse experimento com poucos vasos ou garrafas PET, que podem até mesmo ficar penduradas na parede.

Organize um piquenique no quintal

Com uma toalha xadrez, lanches deliciosos e bebidas refrescantes, você pode criar uma experiência única de piquenique sem sair de casa. Em um dia ensolarado, aproveite o clima de verão com risadas, conversas e muita comida saborosa.

Esportes de verão

Aproveite o verão e sua energia contagiante praticando esportes ao ar livre. Este é o momento perfeito para se envolver em atividades como vôlei de praia, futebol, badminton ou até mesmo surfe, se estiver perto da costa. Além de nos manter ativos e saudáveis, os esportes de verão promovem o trabalho em equipe, a competição amigável e a alegria de estar sob o sol radiante. Então, preparese para fazer do verão a estação dos esportes e da diversão.

Viva uma aventura

Explorar trilhas naturais e acampar sob o céu estrelado são maneiras incríveis de criar memórias inesquecíveis. Seja sozinho ou com os seus melhores amigos, prepare-se para essa jornada nas férias de verão. Em todo o Brasil, a natureza oferece uma variedade de cenários espetaculares. Você e seus amigos vão se reconectar com a natureza, mas também fortalecer os laços de amizade, sem falar no desenvolvimento de habilidades de sobrevivência. Pegue sua mochila, monte sua barraca e prepare-se para uma aventura incrível com os amigos! 30 ITS TEENS - JOINVILLE / DEZEMBRO 2023

I POR MAI BILENK

Com a chegada das férias de verão, surge a oportunidade perfeita para afastar as telas e explorar atividades empolgantes ao ar livre ou em casa. Com criatividade é possível aproveitar toda a temporada com muita diversão e sem o uso excessivo de tecnologia. De esportes aquáticos a iniciar uma nova habilidade artística, há algo especial esperando por todas as pessoas. Como a temporada mais quente do ano já está à porta, é hora de descobrir oito hobbies que vão manter você em movimento durante esse período.


DENTRO DE CASA Desenvolva uma nova habilidade artística

Nestas férias, você pode dar asas a sua criatividade e embarcar em uma jornada de descoberta artística. Que tal aprender a desenhar, pintar e fotografar ou até mesmo experimentar a escultura? Desenvolver uma nova habilidade artística é uma maneira maravilhosa de dar vida as suas ideias e emoções. Com tantas formas de arte para explorar, de aquarela e colagem a cerâmica, você pode encontrar a sua paixão e criar obras-primas únicas. Deixe que a arte seja a sua expressão de férias e aproveite um escape criativo — além de divertir, é uma maneira de se conectar consigo mesmo e com o mundo ao seu redor.

Jogue e desenvolva jogos de tabuleiro

Que tal sair do mundo digital e mergulhar no universo dos jogos de tabuleiro nestas férias? À medida que você joga e se diverte, estará desenvolvendo habilidades valiosas, como o pensamento crítico e a tomada de decisões. Além disso, os jogos de tabuleiro podem estimular a estratégia, a criatividade e a resolução de problemas. Você também pode aproveitar o tempo livre para criar o seu próprio jogo com dados, cartas e peças, reaproveitando de jogos antigos ou criando tudo do zero. Pense em um tema e em uma narrativa e comece sua própria brincadeira!

Invista no “do it yourself”

Desbrave o mundo do “faça você mesmo” com projetos que refletem sua personalidade e estilo. Você pode experimentar construir um móvel, fazer bijuterias, customizar roupas ou até mesmo criar um artesanato com materiais reciclados. O “do it yourself” é uma maneira divertida de aprender habilidades práticas enquanto expressa sua individualidade. Além disso, é uma oportunidade de mostrar o seu talento e surpreender amigos e familiares com criações únicas.

Comece um blog sobre um assunto que você gosta

Qual é sua paixão? Games, moda, esportes, culinária? Um blog é uma plataforma perfeita para expressar ideias e se conectar com pessoas que compartilham interesses com você. Ao mesmo tempo que pode falar sobre um assunto que domina, essa é uma oportunidade de desenvolver habilidades de escrita, pesquisa e design. Você pode compartilhar dicas, análises, histórias ou até mesmo criar tutoriais que ajudam os outros. Essa é uma experiência de aprendizado contínuo, com a qual você pode se aprofundar em seu assunto favorito e até mesmo educar e inspirar outras pessoas.

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/ SPOILER

Cleiton Leonidas Izauro ● Mediador de leitura da Plácido Xavier Vieira

“Chica, Sinhá!” é um romance baseado em pesquisa de sérios historiadores. Carlos Alberto de Carvalho, escritor da obra, vive no Rio de Janeiro e é doutor em literatura e mestre em literatura brasileira. No livro, narra a vida de Chica e de sua mãe, Maria, com maestria. Nunca vi antes parte da história do Brasil ser retratada de maneira tão agradável. Muitas histórias fascinantes surgem quando mergulhamos no passado. Uma delas é a trajetória de Chica, uma mulher extraordinária que nasceu de uma mulher negra que veio da África para se tornar escrava (Maria) no Brasil. Sua vida é retratada em um romance baseado em pesquisas de renomados historiadores que nos transporta para um período marcado por desigualdades e lutas por liberdade. No entanto, sua história não se limita à condição de submissão e opressão. Ela se tornou mulher do contratador (João) que era responsável por todos os veios de mineração daquela região, o que lhe proporcionou uma posição privilegiada dentro da sociedade da época. Por meio de sua união com o contratador, Chica conquistou liberdade e, consequentemente, acesso a recursos financeiros. Com inteligência e determinação, ela soube aproveitar essas oportunidades e se tornou uma mulher de grande influência e riqueza. Sua trajetória é um exemplo de superação e resiliência em um contexto em que as mulheres, principalmente as negras, tinham poucas chances de ascensão social.

Diário de Pilar na Grécia Flávia Lins e Silva

32 ITS TEENS - JOINVILLE / DEZEMBRO 2023

O romance que retrata a vida de Chica é baseado em pesquisas detalhadas realizadas por historiadores renomados. Essa abordagem garante a fidelidade dos fatos históricos e nos permite conhecer a realidade vivida por Chica e tantas outras mulheres negras da época. É uma forma de resgatar e valorizar a história dessas mulheres, muitas vezes esquecidas ou negligenciadas. “Chica, Sinhá!” nos convida a refletir sobre a importância de conhecermos e valorizarmos a história de pessoas que foram marginalizadas e oprimidas. É uma oportunidade de reconhecermos a força e a resiliência daqueles que enfrentaram adversidades e deixaram um legado para as gerações futuras. “Chica, Sinhá!” é mais do que um romance histórico, é uma homenagem a todas as mulheres negras que, mesmo em um contexto adverso, conseguiram conquistar seu espaço e deixar sua marca. É uma história que nos inspira a lutar por igualdade e justiça e a reconhecer o valor de cada indivíduo, independentemente de sua origem ou condição social. Portanto, mergulhe nesse romance e deixe-se encantar pela história de Chica, uma mulher que desafiou as convenções de sua época e se tornou a mais rica do Império. Uma história de amor, coragem e superação que nos convida a refletir sobre o passado e a construir um futuro mais justo e igualitário. “Chica, Sinhá!” é um convite para conhecermos e valorizarmos a história de mulheres extraordinárias como Chica, que merecem ser celebradas e lembradas.

Diário de Pilar no Egito Flávia Lins e Silva

Diário de Pilar na Amazônia Flávia Lins e Silva


Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação

Pórtico e Moinho É ao chegar em Joinville, pela entrada principal, que você se depara com o Pórtico e o Moinho da cidade — alguns dos símbolos mais marcantes do município. Ao lado, encontra-se o Complexo da Expoville, espaço com uma ampla área, onde é possível fazer piqueniques, caminhar ao ar livre e até mesmo praticar tirolesa. NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 33


/ DONOS DA LÍNGUA

POR REDAÇÃO ITS TEENS COM REVISÃO DE TÂNIA GRACIELE BELO

34 ITS TEENS - JOINVILLE / DEZEMBRO 2023


A Língua Portuguesa é uma língua neolatina, ou seja, tem origem no Latim vulgar — aquele falado pelas pessoas comuns, e não pelos grandes intelectuais da época — e, com o passar dos anos, foi se modificando e se adaptando. Na verdade, pode-se dizer que ainda está, e é por isso que falamos que ela é viva. O português passou por várias fases, do arcaico até o contemporâneo (o que falamos hoje), muitas palavras francesas, inglesas, espanholas e até japonesas foram adicionadas ao nosso vocabulário. Hoje vamos explorar um pouco essa “sopa linguística” que faz parte do nosso dia a dia. Começando pelo outro lado do mundo, não podemos deixar de citar o “jasmim” que perfuma nossos dias e vem diretamente do persa “yasmin”, que inclusive se tornou nome próprio e vem ganhando popularidade no Brasil. Ainda no Oriente, se você tem o costume de tomar chá, saiba que essa palavra deriva do mandarim “ch’a”. E, considerando que nosso país tem a maior população japonesa fora do Japão, é claro que não vamos deixá-los de fora. Sabia que o termo “emoji” vem da junção das palavras “imagem” e “letra”, em japonês? Pulando para a Europa, existe uma série de palavras francesas que nós abrasileiramos e usamos diariamente: “balé” é uma delas, que vem de “ballet”; podemos mencionar também “bufê”, que deriva de “buffet”; e “champanhe”, de “champagne”. Algo interessante de se observar aqui é que tanto a grafia francesa quanto a versão abrasileirada podem ser vistas por aí, e ambas estão certas, apenas em línguas diferentes. É claro que não vamos esquecer de tudo que aderimos da Língua Inglesa, muitas vezes sem nem mudar a grafia, apenas adicionando as palavras ao nosso dicionário. Desde o “show” que anima nossas noites, o “jeans” que usamos diariamente, o “shopping” que frequentamos aos finais de semana, os “hobbies” que mantemos nas horas vagas, ou o “fastfood” que sacia nossa fome quando precisamos de algo rápido e prático. Nem mesmo as redes sociais fugiram desse fenômeno: o “Twitter” – agora X – virou “Tuiter”, e o ato de publicar as mensagens se tornou “tweetar” ou “tuitar”. E não podemos esquecer de como o “WhatsApp” se tornou o famoso “zap” ou “zap zap”. A verdade é que vivemos em um país extremamente vasto e diversificado, e apesar de muitas dessas palavras estarem presentes em todos os países lusófonos – aqueles que falam português –, coisas como o apelido carinhoso que demos ao aplicativo de mensagens são bem relacionadas ao jeitinho brasileiro de ser. Todas essas palavras citadas e tantas outras são como convidados que chegaram para uma festa e decidiram ficar, trazendo consigo novas cores à Língua Portuguesa. E aí, qual a sua palavra abrasileirada favorita?

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/ GALERIAS

36 ITS TEENS - JOINVILLE / DEZEMBRO 2023


EM VALENTIM JOÃO DA ROCHA VILA NOVA Durante as aulas de Ensino Religioso, da professora Solange Wilbert, os alunos do quarto ano B e D criaram a sua caixa contendo símbolos que representam a sua família e guardam momentos especiais e apresentaram em seguida aos colegas. Um momento prazeroso, de muitas risadas e emoção entre as turmas.

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/ GALERIAS

38 ITS TEENS - JOINVILLE / DEZEMBRO 2023


ESCOLA AGRÍCOLA MUNICIPAL CARLOS HEINS FUNKE DONA FRANCISCA Além dos nove componentes regulares, os estudantes também participam de disciplinas técnicas, como Produção Vegetal, Produção Animal, Agronegócio e Alemão. Nos projetos agrícolas (como no zelo pelos animais, hortas e cozinha experimental) os alunos são responsáveis pelo cuidado dos bichos e também pelo plantio, manejo e colheita dos alimentos.

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/ GALERIAS

rilo via e Mu e, Ana Lí Henriqu Josiane,

Isabel e Mirella

Alunos que auxiliam no contraturno na Infoteca

Grazielli, Laur a, Kauã, Raf aela e Ísis

a mediadora Professora Katiuscia e e de leitura Josian

40 ITS TEENS - JOINVILLE / DEZEMBRO 2023

Josiane, Sara h, Ana

Claudia e A na Carolina

Heitor Ana Júlia e

Turmas do primeiro ao quin to ano

Alunos do quinto ano auxiliam os pequenos no troca-troca

matutino

Alunos d o sexto a on do turno vespertin ono ano o


EM PADRE VALENTE SIMIONI Turma do quinto ano A com a professora Nívia

IRIRIÚ No mês de outubro foi realizada a quarta edição da troca-troca de livros entre os alunos do primeiro ao nono ano dos turnos da escola. O projeto contou com participação das professoras Nívia Maria Gasparin e Katiuscia dos Santos, e da mediadora de leitura Josiane Costa. A atividade incentiva o gosto pela leitura e promove a socialização.

Estudantes do sexto e sétimo ano

B com Turma do oitavo

Turma do oitavo ano C com

bella Isadora, Bruna, Isa

scia a professor Katiu

a professora Katiuscia

e Lara

Alunos do terce iro, quarto e qu into ano

Estudantes do sexto e sétimo ano

zielli Laura e Gra

Carolina Paola e Ana ue, Darlan, Lara, Henriq

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/ SAIDEIRA

POR CLARA DE SOUZA MEDEIROS BOGO Aluna da EM Governador Pedro Ivo Campos

Era uma vez uma menininha chamada Ashley, que amava o mar. Ela era apaixonada pelas criaturas, os mistérios e as maravilhas do infinito oceano. Amava ir à praia para coletar pequenos tesouros marítimos para estudá-los em seu microscópio — conchas, peixinhos e siris mortos, algas marinhas, água do mar e, principalmente, bolachas-do-mar. Um dia, ela estava brincando alegremente no mar junto de sua família. Eles mergulhavam, pulavam ondas, nadavam e se divertiam. De repente, uma grande onda apareceu, Ashley precisou mergulhar e ficar debaixo d’água para não ser derrubada até ela passar. Porém, quando emergiu novamente a superfície, não encontrou seus pais. Saiu nadando pelos arredores pensando que talvez eles tivessem sido arrastados pela correnteza, mas nem sinal deles. Assustada, a menina olhou para areia à sua frente e se deu conta de que não foram seus pais os únicos a desaparecer, mas todos que estavam por lá antes da grande onda. Todos haviam sumido. Não havia mais pessoas nadando ou brincando na água, tomando sol ou vendendo picolés, comendo, conversando, nada. Não havia mais ninguém. A praia estava deserta. Apenas a pequena Ashley, de 11 anos, boiando, confusa, triste e assustada nas águas daquela praia que sempre lhe fora tão familiar.

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De repente, a menina sentiu algo estranho enrolado em seu pé. Era algo estranho, grosso, pegajoso e um tanto borrachudo, como uma espécie de tentáculo. Então, vap! A coisa arrastou-a para longe da costa e foi puxando Ashley para o fundo d’água. Enquanto a menina lutava e se debatia em vão na tentativa de escapar da criatura, começou a se sentir estranha, como se seus membros estivessem encolhendo e enrijecendo, e quanto mais para o fundo ela ia sendo arrastada, mais essa sensação ia aumentando. Ela já estava tonta e sem ar quando viu o que a esperava no fundo arenoso daquelas águas: dezenas de milhares de bolachas-do-mar, como se todas as pessoas da praia tivessem se transformado e se acumulado em uma pilha de bolachas-do-mar. Então, alguns milissegundos antes de desmaiar sem fôlego, e com a sensação de encolhimento e enrijecimento mais forte do que nunca, ela percebeu que estava se transformando em uma delas. Mas assim que o fez, já era tarde demais. Ela, em seguida, desmaiou e perdeu a consciência, se transformando completamente em bolacha-do-mar. Hoje em dia, ninguém mais se lembra de Ashley, de sua família ou de qualquer uma daquelas pessoas que foram transformadas, como se a memória do mundo tivesse sido apagada ou modificada para seguir como se elas jamais tivessem existido. Mas, até hoje, crianças se divertem nas águas daquela velha praia catando bolachas-do-mar e as jogando de volta na água, sem nem suspeitar de quem elas foram um dia… Fim.


Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação

Estrada do Pico No caminho pelos 12 quilômetros da Estrada do Pico, os viajantes podem contemplar a conhecida e notável diversidade agrícola da região e também encontrar a ponte coberta sobre o Rio Cubatão, uma das características marcantes do local.

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Revista its Teens Joinville nº 81 2023 | R$ 14,85


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